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cinema é pintura na tela da representação - GT Nacional de História ...

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VI Simpósio Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> <strong>História</strong> Cultural<br />

Escritas <strong>da</strong> <strong>História</strong>: Ver – Sentir – Narrar<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí – UFPI<br />

Teresi<strong>na</strong>-PI<br />

ISBN: 978-85-98711-10-2<br />

viver o mundo <strong>da</strong> melhor forma possível, <strong>de</strong>scompromissa<strong>da</strong> e tamb<strong>é</strong>m<br />

irresponsavelmente” (FERREIRA, 2011, pág. 25). Pretendia atingir as massas pelo<br />

circuito comercial. Para Gustavo Ferreira a pilantragem foi um<br />

Projeto est<strong>é</strong>tico <strong>da</strong> d<strong>é</strong>ca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1960, foi inventado por Simo<strong>na</strong>l, Carlos<br />

Imperial e No<strong>na</strong>to Buzar. Buscava, como o tropicalismo, fundir o que<br />

vinha ‘<strong>de</strong> fora’ com as tradições ‘<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro’. A busca <strong>de</strong> música nova,<br />

mais swinga<strong>da</strong> e cheia <strong>de</strong> balanço, levou a Simo<strong>na</strong>l a incorporar novos<br />

instrumentos, modificar seus shows, transformar seus arranjos e suas<br />

performances no palco. (FERREIRA, 2011, pág. 15).<br />

A primeira vez que o termo apareceu em uma música foi em “nem vem que<br />

não tem”, canta<strong>da</strong> por Simo<strong>na</strong>l. Este trouxe um swing inovador e variações harmônicas<br />

proposta por Cesar Camargo Mariano. Levou as massas a <strong>da</strong>nçarem e participarem<br />

como protagonistas em seus shows. Porem, por mais controversos, famoso e respeitado<br />

como cantor. Simo<strong>na</strong>l sofreu severas criticas por causa <strong>da</strong>s letras e do estilo <strong>de</strong> sua<br />

música ligado ao seu projeto est<strong>é</strong>tico. O talento em conduzir as massas levou-o a<br />

dissemi<strong>na</strong>r gírias como “alegria, alegria”, “Com champignon”, “vou <strong>de</strong>ixar cair”, “que<br />

tranqüili<strong>da</strong><strong>de</strong>”, “se machucar”, “machucar os corações”, etc.<br />

Já No<strong>na</strong>to Buzar inventou a Turma <strong>da</strong> pilantragem, trazia <strong>na</strong> bagagem nomes<br />

como Jos<strong>é</strong> Roberto Bertrami, Victor Manga, Raul Souza e outros. Por sua vez, Carlos<br />

Imperial formou a Turma <strong>da</strong> pesa<strong>da</strong> para lançar o LP “Pilantrália”. Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> lançar,<br />

constantemente, novos cantores ligados ao estilo. Houve at<strong>é</strong> um filme escrito por<br />

Imperial intitulado “O rei <strong>da</strong> pilantragem” (1969), dirigido por Jacy Campos. No filme,<br />

Bebeto (interpretado por Paulo Silvino) <strong>é</strong> um pilantra que só pensa em conquistar<br />

mulheres, mas, sempre acontece algo que o atrapalha. Enfim, dos quatro movimentos, a<br />

pilantragem foi o único que não <strong>de</strong>u frutos. Não revelou novos cantores<br />

espontaneamente.<br />

APARATO REPRESSIVO A PARTIR DO ATO INSTITUCIONAL NÚMERO 5<br />

Enquanto o ato institucio<strong>na</strong>l número cinco (AI-5) era <strong>de</strong>cretado no Brasil.<br />

Wilson Simo<strong>na</strong>l vivia seu melhor momento profissio<strong>na</strong>lmente, ele “não ape<strong>na</strong>s não se<br />

importava com os rumos <strong>da</strong> cultura e civilização como zombava do envolvimento<br />

artístico. Um esquete <strong>de</strong> seu programa, no álbum duplo Show em Simo<strong>na</strong>l, <strong>é</strong> irônico.”<br />

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