Conto Colaborativo | capítulo III - Alexandre Borges, 11ºA, nº1
Conto Colaborativo | capítulo III - Alexandre Borges, 11ºA, nº1
Conto Colaborativo | capítulo III - Alexandre Borges, 11ºA, nº1
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Mas porque é que toda a gente olha para mim hoje? Está tudo maluco ou<br />
sou eu?! – Suspirou e tentou acalmar-se.<br />
- Pois Ed… pelos vistos ainda não reparaste que tens a parte de cima<br />
do pijama vestida por baixo do casaco. – Respondeu Natasha um pouco a<br />
medo. E, apesar de tudo, conseguiu manter a sua voz suave e calma como<br />
sempre. Não dera a entender que tinha achado a mínima piada à<br />
situação.<br />
Edmundo olhou para baixo e viu o seu pijama. O seu estúpido pijama que<br />
a avó lhe tinha dado no natal, aquele com a estúpida da rena com o<br />
chapéu de pai natal. Respirou fundo e apertou o casaco até cima.<br />
- Uma coisa de cada vez... – repetiu para si mesmo começando a tirar<br />
as coisas da mochila.<br />
Ao seu lado a sua melhor amiga sorria, aquele sorriso típico de melhor<br />
amiga.<br />
- Tem calma Ed, acontece aos melhores. – Disse-lhe.<br />
- Pois, espero que sim. – Respondeu Ed.<br />
- Passa-se algo, não é? – Perguntou ela, com cuidado.<br />
Ed suspirou e sorriu para Natasha, enquanto a professora continuava<br />
como voz de fundo a rever a matéria para o teste.<br />
- Podemos falar depois? Não quero que percas a revisão para o teste. –<br />
Respondeu após uns segundos.<br />
-Sim, claro. É sério?<br />
Ele limitou-se a acenar com a cabeça.<br />
- Ok, não te preocupes. – Respondeu ela.<br />
A aula continuou e aqueles 90 min. parecerem infindáveis. O que, por<br />
um lado, até era bom, visto que a seguir tinha o teste de matemática.<br />
Mal a aula acabou, Ed saiu disparado da sala com vontade nula de falar<br />
com alguém. Desceu as escadas do pavilhão e ao sair deu de cara com o<br />
grupinho de raparigas que tinha visto à entrada da escola. A de olhos<br />
azuis e cabelo moreno voltou os olhos para Ed e, por uns segundos,<br />
pareceu desapontada. Logo se seguida, quase que instantaneamente,<br />
desviou o olhar e meteu-se no meio das outras raparigas. Algumas ainda<br />
levantaram a cabeça e puseram os olhos fixos nele e outras ainda<br />
soltaram pequenas gargalhadas. Ed estava a chegar ao seu extremo e,<br />
pensando para o bem da comunidade, decidiu ir directamente para a sala<br />
onde ia ter o teste.<br />
-O dia não pode ficar pior que isto, mas é que não pode mesmo! -<br />
Pensou.<br />
Chegando à porta da sala, Ed reparou que ainda ninguém da sua turma lá<br />
estava. Olhou para dentro da sala e viu que a “stora” de matemática já<br />
lá estava. Bateu à porta e perguntou se podia entrar. A “stora” olhou<br />
por cima dos seus óculos, quadrados, e acenou afirmativamente. Ed<br />
sentou-se o mais longe possível e retirou a folha de teste, a caneta,<br />
esquadro, régua, máquina calculadora, compasso, lápis e borracha.