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Reciclagem do Isopor da Fiat Automóveis - Feam

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SUMÁRIO DESCRITIVO<br />

RECICLAGEM DO ISOPOR NA FIAT AUTOMÓVEIS<br />

I - APRESENTAÇÃO<br />

Endereço completo<br />

Responsável Técnico<br />

Formação<br />

Número de Registro<br />

Profissional<br />

<strong>Fiat</strong> <strong>Automóveis</strong> S.A.<br />

Tecnologia Industrial América Latina<br />

Engenharia Ambiental e Utili<strong>da</strong>des<br />

Av. Contorno, nº 3455 - Bairro Paulo Camilo<br />

CEP 32530-000 – Betim – MG<br />

Cristiano Augusto Felix<br />

Engenheiro Mecânico<br />

CREA MG 140219285-1<br />

---------------------------------------------------------------------- FIAT <strong>Automóveis</strong> S/A --------------------------------------------------------------<br />

Av. Contorno, nº 3455, bairro Paulo Camilo - Betim - Minas Gerais - Cep: 32.669-900<br />

1


II – ENQUADRAMENTO DA BOA PRÁTICA DE GESTÃO DE RESÍDUOS<br />

SÓLIDOS INDUSTRIAIS<br />

A máquina recicla<strong>do</strong>ra de isopor está instala<strong>do</strong> na fábrica <strong>da</strong> FIAT em Betim, desde 1996 e<br />

mais uma vez, A FIAT AUTOMÓVEIS mostra-se pioneira em tecnologias ambientais através<br />

<strong>da</strong> máquina de reciclagem <strong>do</strong> isopor. A dificul<strong>da</strong>de de logística e gerenciamento <strong>do</strong> isopor<br />

devi<strong>do</strong> ao grande volume e baixa densi<strong>da</strong>de fez com que buscássemos novas alternativas para<br />

tratativa <strong>do</strong> isopor.<br />

A FIAT <strong>Automóveis</strong> certifica<strong>da</strong> em 1997 pela ISO 14001 possui um sistema interno de<br />

gerenciamento de to<strong>do</strong>s os resíduos gera<strong>do</strong>s pela planta. Especificamente o isopor, antes <strong>da</strong><br />

certificação, havia uma geração mensal de 06 tonela<strong>da</strong>s e atualmente esse número diminui<br />

para 4,8 tonela<strong>da</strong>s/ mês, equivalente a cobrir uma área de um milhão e trezentos e oitenta mil<br />

metros quadra<strong>do</strong>s com três an<strong>da</strong>res. Este material é gera<strong>do</strong> principalmente na linha de<br />

montagem <strong>da</strong> fábrica e é originário <strong>da</strong>s embalagens vin<strong>da</strong>s de fornece<strong>do</strong>res externos e<br />

transportes de motores <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des fabris até a FIAT.<br />

Este projeto se enquadra nas categorias abaixo:<br />

A) Não geração – Um exemplo que podemos citar na não geração deste resíduo, é a linha<br />

de montagem, uma área produtiva <strong>da</strong> FIAT <strong>Automóveis</strong>, onde vários projetos são<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s focan<strong>do</strong> o uso de embalagens retornáveis aos fornece<strong>do</strong>res com objetivo <strong>da</strong><br />

não geração deste resíduo. Com este projeto, alcançamos resulta<strong>do</strong>s significativos pois<br />

atualmente conseguimos a redução 12.337,49 Kg de embalagens de papelão, plástico e<br />

isopor. Mas a busca <strong>da</strong> melhoria contínua não finaliza pois estamos em an<strong>da</strong>mento com a<br />

diminuição de mais 11.471,80 Kg de embalagens.<br />

B) <strong>Reciclagem</strong> – Com a máquina de reciclagem <strong>do</strong> isopor a FIAT <strong>Automóveis</strong> atende este<br />

ítem pois após a reciclagem vários objetos podem ser fabrica<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s grânulos <strong>do</strong><br />

isopor como exemplo:<br />

Saltos de sapatos, réguas, canetas, canaletas para fiação, base para CD´s, chaveiros, etc.<br />

Imagem 01 – Peças para Jogos / Imagem 02 – Peças Técnicas<br />

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III – DESCRIÇÃO<br />

O isopor, conforme Norma 10.004, classifica-se como resíduo Classe IIB. Tecnicamente,<br />

conforme citações no site wikipédia, “ o poliestireno é um material normalmente deriva<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

petróleo mais conheci<strong>do</strong> no Brasil, na sua forma expandi<strong>da</strong>, pelos nomes comerciais isopor,<br />

estiropor e, em Portugal, sob o nome de esferovite. É usa<strong>do</strong> como um isolante térmico e<br />

elétrico e na fabricação de objetos plásticos.O processo específico de polimerização <strong>do</strong><br />

estireno, que emprega um gás de expansão - normalmente, o pentano - gera o poliestireno<br />

expandi<strong>do</strong>, conheci<strong>do</strong> mundialmente pela marca <strong>Isopor</strong> - marca registra<strong>da</strong> que pertencia a<br />

BASF no Brasil e, atualmente, é proprie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa KNAUF <strong>Isopor</strong> Lt<strong>da</strong>. [1]<br />

É um homopolímero resultante <strong>da</strong> polimerização <strong>do</strong> monômero de estireno que, à<br />

temperatura ambiente, apresenta-se no esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>. Trata-se de uma resina <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong>s<br />

termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibili<strong>da</strong>de ou mol<strong>da</strong>bili<strong>da</strong>de sob a<br />

ação <strong>do</strong> calor. Os processos de mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong> poliestireno são principalmente a<br />

termoformagem a vácuo e a extrusão. Sob a ação <strong>do</strong> calor, a resina toma a forma líqui<strong>da</strong> ou<br />

pastosa, mol<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-se com facili<strong>da</strong>de em torno de um molde. Com o resfriamento após a<br />

mol<strong>da</strong>gem, o produto readquire o esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>, na forma de peças tais como copos<br />

descartáveis, lacres de barril de chope e tantas outras peças de uso <strong>do</strong>méstico ou<br />

embalagens. [1]<br />

É um termoplástico duro e quebradiço com transparência cristalina, semelhante ao vidro, e<br />

foi descoberto acidentalmente em 1839 por Eduard Simon, um apotecário em Berlim, a partir<br />

de uma resina de âmbar destila<strong>da</strong>. [1]<br />

Foto 01 – <strong>Isopor</strong><br />

O monômero para a produção <strong>do</strong> poliestireno é o estireno, que quimicamente é um<br />

hidrocarboneto aromático insatura<strong>do</strong> de fórmula C6H5C2H3. É também chama<strong>do</strong> de<br />

fenilacetileno ou vinilbenzeno. O estireno é um líqui<strong>do</strong>, com ponto de ebulição 145°C e ponto<br />

de solidificação -30,6°C. Quan<strong>do</strong> puro é incolor apresente um o<strong>do</strong>r agradável e a<strong>do</strong>cica<strong>do</strong>.<br />

Pode ser obti<strong>do</strong> industrialmente a partir de vários processos, entretanto o mais utiliza<strong>do</strong><br />

consiste na desidrogenação <strong>do</strong> etil-benzeno. [1]<br />

O etil-benzeno é obti<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong> alquilação <strong>do</strong> benzeno por reação com o etileno, na<br />

presença de um catalisa<strong>do</strong>r, como por exempo: cloreto de alumínio (AlCl3). A<br />

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desidrogenação <strong>do</strong> etil benzeno é provoca<strong>da</strong> pela ação <strong>do</strong> calor, na presença de óxi<strong>do</strong>s<br />

metálicos, tais como o óxi<strong>do</strong> de zinco, cálcio, magnésio, ferro ou cobre. A temperatura <strong>do</strong><br />

sistema deve ser entre 600°C a 800°C. A reação é en<strong>do</strong>térmica e a pressão é reduzi<strong>da</strong> pois<br />

ela se dá com aumento de volume. [1]”<br />

O <strong>Isopor</strong> é um plástico rígi<strong>do</strong> expandi<strong>do</strong> por gás. O seu processo de expansão, as pérolas de 3<br />

mm são aumenta<strong>da</strong>s 50 vezes e o produto final possui 2% poliestireno e 98% de ar.<br />

Lembran<strong>do</strong> que o gás utiliza<strong>do</strong> não contém CFC, que causa <strong>da</strong>nos à cama<strong>da</strong> de ozônio.<br />

Segun<strong>do</strong> Patricia Blauth, <strong>da</strong> consultoria Menos Lixo (www.menoslixo.com.br) falta uma<br />

política nacional de resíduos. A questão <strong>da</strong> reciclagem deve ser analisa<strong>da</strong> regionalmente, por<br />

que há uma grande diferença <strong>do</strong> destino <strong>do</strong>s resíduos dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> região e recomen<strong>da</strong> que<br />

a indústria nacional opte por embalagens com reciclagem em escala. "É necessária uma<br />

legislação que obrigue a indústria e as prefeituras a receberem de volta este material, após o<br />

uso pelos consumi<strong>do</strong>res, como já foi feito no caso <strong>da</strong>s baterias de celular", recomen<strong>da</strong> a<br />

especialista.<br />

Na Europa, este material faz parte <strong>da</strong> coleta seletiva pois o país possui a cultura <strong>da</strong> reciclagem<br />

<strong>do</strong> isopor sen<strong>do</strong> um processo com facili<strong>da</strong>de não se tornan<strong>do</strong> um problema ambiental.<br />

No entanto, no Brasil o isopor representa um problema ambiental, pois existe a falta de sua<br />

coleta seletiva, por que ela não tem si<strong>do</strong> economicamente viável.<br />

Como o isopor é constituí<strong>do</strong> em 98% de ar, de acor<strong>do</strong> com o cita<strong>do</strong> acima, o material torna-se<br />

muito leve, porém, volumoso. Desta forma, para se conseguir juntar uma tonela<strong>da</strong> de isopor<br />

serão necessárias muitas viagens para seu transporte e também, necessitan<strong>do</strong> de um espaço<br />

enorme para seu armazenamento antes de ser recicla<strong>do</strong>. Diante disso, o destino <strong>do</strong> isopor<br />

acaba sen<strong>do</strong> o aterro sanitário, onde ocupa um imenso espaço e com um tempo de<br />

decomposição longo, o que agrava o problema.<br />

Outro impacto ambiental significativo é quan<strong>do</strong> o isopor vai parar no mar. Os animais o<br />

confundem com alimento e ingerem o isopor, prejudican<strong>do</strong> sua saúde. É comum peixes de<br />

to<strong>do</strong>s os tamanhos, inclusive baleias terem em seu estômago isopor.<br />

[1] – Fonte: Wikipédia<br />

Infraestrutura – Ilha Ecológica:<br />

A FIAT possui uma central de recebimento de resíduos denomina<strong>da</strong> Ilha Ecológica. Onde<br />

100% <strong>do</strong>s resíduos são recebi<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s áreas devi<strong>da</strong>mente identifica<strong>do</strong>s quanto ao tipo de<br />

resíduo, origem e <strong>da</strong>ta.To<strong>do</strong>s os resíduos são pesa<strong>do</strong>s e segrega<strong>do</strong>s por tipologia de matéria-<br />

prima ou processamento quan<strong>do</strong> aplicável e posteriormente destina<strong>do</strong>s de forma<br />

ambientalmente correta.<br />

A Ilha Ecológica é dividi<strong>da</strong> em 3 áreas<br />

Pátio de reciclagem<br />

Pátio de sucatas<br />

Área de resíduo<br />

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Foto 02 – Prensagem de Papelão e Foto 03 – Prensagem de plástico - Ilha Ecológica<br />

A área no qual foi implanta<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o sistema de reciclagem de isopor é denomina<strong>do</strong>: Pátio de<br />

<strong>Reciclagem</strong>: O pátio de reciclagem recebe a coleta seletiva <strong>do</strong>méstica/Industrial, como<br />

papel/papelão, plástico, madeira, isopor, metal e rejeito. Para ca<strong>da</strong> desses existe um<br />

tratamento e processamento específico, por exemplo:<br />

a) Papel/papelão: São coloca<strong>do</strong>s em esteira rolante enfar<strong>da</strong><strong>do</strong> e destina<strong>do</strong> a empresa<br />

especializa<strong>da</strong> em reciclagem de celulose.<br />

b) Plástico: É feito uma triagem por tipologia de matéria-prima (PET,OS,PP,PVC,PS),<br />

posteriormente to<strong>do</strong> material é destina<strong>do</strong> a reciclagem.<br />

c) <strong>Isopor</strong>: É recebi<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo de importação de motores, na ilha é feito o processo de<br />

trituração, aglutinação, extrusão, resfriamento, picotamento e acondicionamento em<br />

embalagens para a ven<strong>da</strong>. Através desse processo 100% de to<strong>do</strong> isopor recebi<strong>do</strong> é<br />

transforma<strong>do</strong> em matéria-prima.<br />

d) Madeira: É recebi<strong>da</strong> <strong>do</strong> processo de embalagem de importação, to<strong>da</strong> madeira é<br />

desmonta<strong>da</strong> para formação de far<strong>do</strong>s economicamente viáveis para transporte, sen<strong>do</strong> utiliza<strong>da</strong><br />

como fonte de energia em olarias.<br />

e) Metal: To<strong>do</strong> metal recebi<strong>do</strong> é descaracteriza<strong>do</strong> para a adequação de tamanho ou quanto ao<br />

uso e posteriormente destina<strong>do</strong> a empresa siderúrgica para a reciclagem <strong>do</strong> mesmo.<br />

f) Rejeito: Passa pelo processo de triagem e identificação de possíveis materiais recicláveis<br />

sen<strong>do</strong> posteriormente envia<strong>do</strong>s para a destinação final<br />

Alem <strong>do</strong> sistema de gerenciamento de resíduos a Ilha Ecológica possui um conceito<br />

sustentável com sistemas de captação de energia solar onde os mesmos são utiliza<strong>do</strong>s para o<br />

aquecimento <strong>da</strong> água <strong>do</strong> chuveiro <strong>do</strong>s vestiários. Também existe um sistema de iluminação<br />

natural que capta, transfere e difunde a luz solar para dentro <strong>do</strong> ambiente conseguin<strong>do</strong><br />

substituir durante o dia o uso de lâmpa<strong>da</strong>s convencionais, esse sistema impede que o calor<br />

seja dissipa<strong>do</strong> proporciona<strong>do</strong> maior conforto ao ambiente.<br />

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Descrição <strong>do</strong> Processo<br />

Foto 04 e Foto 05 – Sistema solar na FIAT <strong>Automóveis</strong><br />

Foto 06 e Foto 07 – Sistema de Iluminação natural na Ilha Ecológica<br />

Depois de muitas pesquisas e levantamento de custo/ benefício, foi instala<strong>da</strong> a máquina de<br />

reciclagem <strong>do</strong> isopor no interior <strong>da</strong> FIAT <strong>Automóveis</strong> na Ilha Ecológica e com isso, esse<br />

projeto demonstra resulta<strong>do</strong>s positivos para o meio ambiente, para fábrica e para a socie<strong>da</strong>de.<br />

Esta solução se resume em condensar o isopor, reduzin<strong>do</strong>-o a um volume em torno de 50<br />

vezes menor, preservan<strong>do</strong> sua composição química.<br />

O processo de reciclagem <strong>do</strong> isopor é puramente mecânico. Não há transformação química.<br />

material é compacta<strong>do</strong>, reduzin<strong>do</strong>-se assim o volume que será envia<strong>do</strong> à extrusora.<br />

As etapas <strong>do</strong> processo se resume em:<br />

Coleta: o material é coleta<strong>do</strong> na área gera<strong>do</strong>ra, dentro <strong>da</strong>s áreas de produção, seguin<strong>do</strong> o<br />

procedimento de coleta seletiva, e depois envia<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o material para a Ilha Ecológica onde<br />

encontra-se o equipamento de reciclagem de isopor.<br />

Segregação: Na Ilha Ecológica, to<strong>do</strong> isopor recebi<strong>do</strong> é separa<strong>do</strong> manualmente, tiran<strong>do</strong>-se as<br />

impurezas como papel, madeira, fita durex etc.<br />

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Foto 08 – Recebimento / Segregação <strong>do</strong> <strong>Isopor</strong><br />

Trituração: depois de separa<strong>do</strong> o material, o mesmo passa por um tritura<strong>do</strong>r, que tem por<br />

finali<strong>da</strong>de “quebrar” o isopor, partin<strong>do</strong>-o em pe<strong>da</strong>ços menores para facilitar o abastecimento<br />

<strong>do</strong>s processos seguintes.<br />

Foto 09 –Trituração <strong>do</strong> <strong>Isopor</strong><br />

Aglutinação: já em pe<strong>da</strong>ços menores, o material é conduzi<strong>do</strong> até os aglutina<strong>do</strong>res, onde<br />

através de calor e atrito o material é adensa<strong>do</strong>, diminuin<strong>do</strong>-se ain<strong>da</strong> mais o seu volume.<br />

Extrusão: O material aglutina<strong>do</strong> é envia<strong>do</strong>, através de um parafuso sem fim, a máquina de<br />

extrusão em <strong>do</strong>is estágios com temperatura de entra<strong>da</strong> 150° varian<strong>do</strong> até 300° no primeiro<br />

estágio e no segun<strong>do</strong> estágio varia de 200° a 250°, que promove seu “derretimento”, com a<br />

finali<strong>da</strong>de de homogeneizar o material e filtrá-lo de alguma impureza que por ventura tenha<br />

passa<strong>do</strong> desapercebi<strong>da</strong>. Este material passa por ranhuras aloja<strong>da</strong>s no cabeçote, liberan<strong>do</strong><br />

filetes em formato de “espaguete”. Estes filetes são resfria<strong>do</strong>s em tanque posiciona<strong>do</strong>, e na<br />

seqüência, secos por dispositivos específicos (cabeça de vassoura e seca<strong>do</strong>r convencional),<br />

picota<strong>do</strong>s, voltan<strong>do</strong> a forma de grânulos, pronto para abastecer qualquer máquina que vá<br />

processar alguma peça de material recicla<strong>do</strong>.<br />

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Armazenamento: Após a formação <strong>do</strong>s grânulos, os mesmos são ensaca<strong>do</strong>s o que facilita o<br />

armazenamento e transporte <strong>do</strong> material.<br />

Foto 10 – Aglutinação <strong>do</strong> <strong>Isopor</strong> / Foto 11 - Aglutinação <strong>do</strong> <strong>Isopor</strong> / Foto 12 – Armazenamento <strong>do</strong> isopor recicla<strong>do</strong><br />

:<br />

Resumo <strong>do</strong> Processo<br />

Imagem 02 – Fluxograma<br />

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IV – RESULTADOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO<br />

PROJETO<br />

A reciclagem <strong>do</strong> isopor contribui para reduzir a quanti<strong>da</strong>de de material descarta<strong>do</strong> no meio<br />

ambiente, pois o utiliza como matéria-prima para produzir novos materiais plásticos. Ao ser<br />

recicla<strong>do</strong>, se economiza o petróleo que seria utiliza<strong>do</strong> para fazer plástico novo e isso<br />

certamente contribui para a redução <strong>da</strong> emissão de carbono na atmosfera. Esse processo<br />

mostra uma redução em 2.642 t/ano na emissão de CO2.<br />

Além disso, não estamos envian<strong>do</strong> o material para aterro onde ocuparua um imenso espaço e<br />

com um tempo de decomposição longo, o que agrava o problema ambiental.<br />

Depois de recicla<strong>do</strong>, o isopor pode tornar-se: Imãs de geladeira, réguas, chaveiros, juntas de<br />

dilatação para solo, canaletas para fiação, saltos de sapatos, etc.<br />

Imagem 03 – <strong>Isopor</strong> -Tamanhos<br />

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V - DIFICULDADES PARA IMPLENTAÇÃO<br />

O custo com o transporte desta quanti<strong>da</strong>de de isopor inviabilizariam qualquer processo de<br />

reciclagem fora <strong>da</strong> planta <strong>da</strong> Fábrica. O poliestireno expandi<strong>do</strong>, popularmente conheci<strong>do</strong><br />

como isopor, considera<strong>do</strong>, não reciclável e de longo tempo de decomposição pela natureza,<br />

sempre foi problema no gerenciamento. O material apresenta grande dificul<strong>da</strong>de de<br />

armazenagem e transporte, devi<strong>do</strong> ao grande volume e baixa densi<strong>da</strong>de.<br />

Então, através <strong>da</strong> busca para solução <strong>do</strong> problema, encontramos um fornece<strong>do</strong>r que<br />

apresentou o sistema de reprocessamento que transforma o poliestireno expandi<strong>do</strong> em<br />

poliestireno, com uma per<strong>da</strong> mínima em torno de 2% . Isso, em 1996, há 14 anos atrás, não<br />

era comum encontrar tecnologias para tratar as questões ambientais pois a consciência com o<br />

meio ambiente não era estrutura<strong>da</strong> como é atualmente e por isso, não existiam muitas<br />

soluções para minimizar impactos ambientais.<br />

A partir <strong>da</strong>í, em 1996, a FIAT <strong>Automóveis</strong>, sen<strong>do</strong> hoje a pioneira na reciclagem <strong>do</strong> isopor,<br />

investiu na tecnologia e instalou uma usina recicla<strong>do</strong>ra deste material no interior <strong>da</strong> Ilha<br />

Ecológica o que representou para a empresa um <strong>do</strong>s primeiros avanços para o compromisso<br />

ambiental.<br />

Isso por saber que a destinação final desse resíduo em aterros sanitários pode causar uma série<br />

de prejuízo e dificul<strong>da</strong>des ten<strong>do</strong> em vista que, o isopor possui um volume grande e poden<strong>do</strong><br />

interfeir na vi<strong>da</strong> útil <strong>do</strong> aterro ocupan<strong>do</strong> grandes espaços e o custo com o transporte desta<br />

quanti<strong>da</strong>de de isopor inviabilizariam qualquer processo de reciclagem fora <strong>da</strong> planta <strong>da</strong><br />

Fábrica.<br />

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VI – ANÁLISE DAS POSSIBILIDADES DE TRANSFERÊNCIA DA BOA PRÁTICA<br />

PARA OUTRAS INDÚSTRIAS<br />

A reciclagem de isopor ain<strong>da</strong> não é muito pratica<strong>da</strong> pelas empresas, pois existem alguns<br />

aspectos que dificultam esta ativi<strong>da</strong>de. O desconhecimento <strong>da</strong>s tecnologias aplicáveis, a falta<br />

de conscientização ambiental, a falta <strong>do</strong>s recursos financeiros para implantação de uma usina<br />

de reciclagem no interior <strong>da</strong> planta podem ser os aspectos que dificultam a boa prática na<br />

empresa.<br />

Primeiramente a empresa necessita levantar a geração de isopor proveniente <strong>do</strong> seu processo.<br />

Em segui<strong>da</strong>, calcular o custo benefício consideran<strong>do</strong> o custo <strong>da</strong> destinação <strong>do</strong> isopor<br />

atualmente e a compra <strong>do</strong> equipamento.<br />

O empreende<strong>do</strong>r precisa antes de tu<strong>do</strong>, saber que está colaboran<strong>do</strong> com meio ambiente, que<br />

esta é uma ação pró-ativa e que está em busca <strong>da</strong> proteção ambiental. Ter consciência de que<br />

seus lucros serão apenas detalhes <strong>da</strong> boa prática ambiental implementa<strong>da</strong> na empresa.<br />

Com a tecnologia a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>, o isopor, que antes a empresa “pagava” para destinar, a partir <strong>da</strong><br />

implantação <strong>da</strong> usina de reciclagem, o isopor será vendi<strong>do</strong> geran<strong>do</strong> então o lucro para<br />

empresa.<br />

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VII - CONCLUSÃO<br />

A Ilha Ecológica destacou-se pelo pioneirismo na reciclagem de poliestireno expandi<strong>do</strong> – o<br />

isopor - inicialmente considera<strong>do</strong> não reciclável e de longo tempo de decomposição pela<br />

natureza. O material apresenta também dificul<strong>da</strong>de de armazenagem e de transporte, diante <strong>do</strong><br />

grande volume e baixa densi<strong>da</strong>de. A solução foi o desenvolvimento, em 1996, de uma<br />

máquina recicla<strong>do</strong>ra, que condensa o poliestireno, reduzin<strong>do</strong>-o a um volume<br />

significativamente menor (50 vezes), preservan<strong>do</strong> sua composição química e praticamente<br />

sem per<strong>da</strong>s - apenas 0,3%.<br />

A reciclagem mecânica mostra-se totalmente capaz de transformar este material em matéria<br />

prima novamente, para a fabricação de novos materiais de <strong>Isopor</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s indicam que,<br />

se houvesse uma conscientização <strong>da</strong> população e de organizações de que o <strong>Isopor</strong> é reciclável,<br />

a quanti<strong>da</strong>de de material disposta de forma inadequa<strong>da</strong> diminuiria drasticamente.<br />

Levan<strong>do</strong>-se em consideração os <strong>da</strong><strong>do</strong>s, percebe-se a preocupação <strong>da</strong> FIAT <strong>Automóveis</strong> com o<br />

destino final deste material e acreditamos que a reciclagem deveria ser vista como uma<br />

solução complementar a outras formas de destinação <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s, sem deixar de<br />

mencionar estratégias preventivas, que reduz a quanti<strong>da</strong>de de resíduos gera<strong>do</strong>s.<br />

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