download da dissertação - voltar - Unesp
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Dissertação de Mestrado Iracilde Clara Vasconcelos PPGDI – UNESP 2007 2<br />
(CHESNAIS, 1996). Situação em que, invariavelmente, o policial não passa incólume num<br />
enfrentamento armado, tendo, muitas vezes, que se expor a perder a vi<strong>da</strong> em conflitos<br />
armados, caracterizando o alto risco epidemiológico desta ativi<strong>da</strong>de (SANTOS, 1997).<br />
Esta composição de insegurança, uma psicose coletiva que atinge diretamente os<br />
profissionais de segurança pública, necessita de ações que objetive romper este círculo<br />
vicioso, considerando que violência gera o medo, mas o medo também gera violência.<br />
Segundo Fraga (2005), pouca atenção tem se <strong>da</strong>do à saúde ocupacional do profissional<br />
de segurança pública, especialmente aos policiais militares, embora a temática - saúde do<br />
trabalhador - tenha destaque nas diversas áreas que englobam Gestão de Segurança e Saúde<br />
Ocupacional, estudos quanto à segurança pública, geralmente, dão ênfase aos aspectos<br />
técnicos <strong>da</strong> profissão, com pouca importância a respeito quanto à segurança do trabalho.<br />
Quadros diferenciado em relação a países como França e Estados Unidos, onde,<br />
exemplarmente, se verifica a presença constante de pesquisadores e especialistas<br />
universitários voltados para produção de soluções na área de segurança (MARTINS, 2007).<br />
Dados <strong>da</strong> Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) referentes ao período<br />
de 2003/2005 mostram que no Brasil houve um crescimento de 30,7 % na taxa de ocorrência<br />
criminal, e, entre os agentes de polícia, a Polícia Militar é a que mais sofre agressões,<br />
liderando com taxa de morbi<strong>da</strong>de e mortali<strong>da</strong>de elevadíssimas (SOUZA; MINAYO, 2005).<br />
Neste panorama, cita Minayo e Souza (2003) que não há dúvi<strong>da</strong> quanto à necessi<strong>da</strong>de<br />
de estudos e principalmente de propostas de ações efetivas que tornem os trabalhadores <strong>da</strong><br />
segurança pública menos vulneráveis, além de políticas que promovam a diminuição <strong>da</strong><br />
criminali<strong>da</strong>de, torna-se indispensável pensar nas que atuam na segurança pública, um dos<br />
segmentos mais vulneráveis aos acidentes e à morte no trabalho, apresentando propostas que<br />
cooperem para a diminuição <strong>da</strong> vitimização, que somente será alcança<strong>da</strong> com a modernização<br />
dos seus processos de trabalho, estratégia de atuação e equipamentos.