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<strong>2008</strong> <strong>2008</strong> e e a a Conferência Conferência GLBT GLBT: GLBT<br />
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histórico<br />
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organizarmos<br />
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GLBTT<br />
Por Julian Rodrigues *<br />
O ano começou agitado<br />
para quem defende a cidadania<br />
de gays, lésbicas, travestis,<br />
transexuais e bissexuais. Aceleram-se<br />
os preparativos, Brasil<br />
afora, para a construção da I<br />
Conferência Nacional GLBT,<br />
que acontecerá de 6 a 8 de junho<br />
(nova data), em Brasília. A<br />
I Conferência GLBT foi convocada<br />
por meio de decreto presidencial<br />
publicado no último<br />
dia 28 de novembro de 2007.<br />
Seu tema: “Direitos Humanos e<br />
Políticas Públicas: o caminho<br />
para assegurar a cidadania<br />
GLBT”. A Secretaria Especial de<br />
Direitos Humanos do governo<br />
federal (SEDH), vinculada diretamente<br />
à Presidência da República<br />
é o órgão responsável por<br />
coordenar os trabalhos.<br />
O objetivo maior da Conferência<br />
é discutir políticas públicas,<br />
agenda legislativa e recomendações<br />
ao Judiciário e Ministério<br />
Público para avançar no<br />
combate à homofobia e promover<br />
os direitos humanos<br />
GLBT. A Conferência traçará diretrizes<br />
para o Plano Nacional<br />
de Promoção da Cidadania<br />
GLBT, que deve ser executado<br />
pelos governos em todos os<br />
níveis. O texto-base para a I<br />
Conferência traça um panorama<br />
abrangente da questão<br />
GLBT no Brasil e no mundo, um<br />
histórico dos avanços dos últimos<br />
anos e diretrizes, em cada<br />
área, para políticas públicas,<br />
destacando o que já foi feito<br />
desde 2004, após o lançamento<br />
do programa “Brasil sem<br />
Homofobia.” A partir de 26 de<br />
fevereiro, o texto está a disposição<br />
de todas/os. No site da<br />
SEDH (www.sedh.gov.br) estas<br />
e outras informações e textos<br />
podem ser acessados.<br />
Conferências<br />
Conferências<br />
Conferências<br />
Estaduais<br />
Estaduais<br />
A Conferência em Brasília é<br />
precedida de Conferências em<br />
cada Estado, que ocorrerão<br />
entre o final de março e a primeira<br />
quinzena de abril. Os governadores<br />
têm que convocar<br />
as Conferências em cada unidade<br />
da federação, por meio<br />
de decreto. A sociedade civil<br />
organizada, tendo o movimento<br />
GLBT a frente, participa de<br />
todo o processo das Comissões<br />
Organizadoras, seja da Nacional,<br />
seja das Estaduais, de<br />
modo paritário com o poder<br />
público. AL, PA, BA, MG e PI já<br />
convocaram suas Conferências.<br />
Nos próximos dias, os demais<br />
Estados deverão publicar seus<br />
decretos.<br />
Em alguns locais, como<br />
Bahia e Rio de Janeiro, já estão<br />
confirmadas pré-Conferências<br />
regionais, com o objetivo de<br />
mobilizar mais pessoas e enraizar<br />
o debate sobre os direitos<br />
GLBT. Em diversas capitais e em<br />
várias cidades médias haverá<br />
também pré-conferências municipais.<br />
É importante destacar<br />
que toda/os pessoas interessadas<br />
no tema, que trabalhem<br />
com direitos humanos e políticas<br />
públicas, que defendem a<br />
diversidade sexual e o reconhecimento<br />
dos direitos da população<br />
homossexual podem e<br />
devem se inserir no processo.<br />
As Conferências Estaduais<br />
elegem delegadas/os para a<br />
Conferência Nacional. 60% deles<br />
serão da sociedade civil e<br />
40% do Poder público. Ao todo,<br />
serão 600 delegadas/os de<br />
todo o Brasil. E mais 100 convidados/as<br />
oficiais (ativistas internacionais,<br />
juristas, personalidades,<br />
artistas). A Conferência é<br />
aberta também a observadores<br />
que se credenciem com antecedência.<br />
Mas, Mas, por por que que que tanta<br />
tanta<br />
importância?<br />
importância?<br />
Para quem não acompanha<br />
cotidianamente a luta pela cidadania<br />
gay no Brasil não é<br />
simples entender porque a<br />
Conferência é, afinal, tão importante,<br />
já que ela, por si só,<br />
não garante, por exemplo, nem<br />
a criminalização da homofobia<br />
nem a união civil.<br />
A explicação não é difícil,<br />
contudo. Primeiro, trata-se de<br />
evento inédito, no Brasil e no<br />
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