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III. Bacias Sedimentares da Margem Continental Brasileira ... - CPRM

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154<br />

Parte I – Geologia<br />

Localmente, abaixo <strong>da</strong> Formação Ariri, registra-se a ocorrência<br />

de traquiandesito cinza esverdeado (Formação Curumim) cuja<br />

<strong>da</strong>tação Ar-Ar apresentou i<strong>da</strong>de de 113 Ma (Dias et al. 1994a).<br />

A megasseqüência pós-rifte, que representa a<br />

sedimentação marinha <strong>da</strong> bacia, pode ser subdividi<strong>da</strong> em<br />

algumas seqüências principais (Dias et al. 1994a): 1) seqüência<br />

do Albiano/Aptiano, com sua porção superior coincidente com<br />

o topo <strong>da</strong> seção de calcários do Eo/Meso/Albiano (Formação<br />

Porto Belo); 2) seqüência do Cretáceo Superior, composta por<br />

sedimentos pelíticos, responsável pela deposição de areias<br />

na área do baixo de Mostar<strong>da</strong>s e de margas e folhelhos na<br />

plataforma continental (Formação Atlânti<strong>da</strong>); 3) seqüência do<br />

Cretáceo Superior–Terciário Inferior, constituí<strong>da</strong> por folhelhos<br />

e delga<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s de arenitos; 4) seqüência do Eoceno/<br />

Oligoceno Inferior, composta por clásticos na área do baixo<br />

de Mostar<strong>da</strong>s e por folhelhos na plataforma (Formação Imbé);<br />

e 5) seqüência do Oligoceno Superior ao Recente, de caráter<br />

progra<strong>da</strong>nte e composição pelítica.<br />

Na porção sul <strong>da</strong> Bacia de Pelotas, em frente à Laguna<br />

dos Patos, destaca-se grande espessamento <strong>da</strong> seqüência<br />

sedimentar na região do cone do Rio Grande, associa<strong>da</strong> a<br />

altas taxas de sedimentação no Terciário. O rápido soterramento<br />

propiciou a preservação de matéria orgânica e a formação de<br />

gás biogênico, registrando-se notável ocorrência de hidratos<br />

de gás em profundi<strong>da</strong>des que estão entre 100 e 1.000 m na<br />

Figura <strong>III</strong>.66 – Seção sísmica na Bacia de Pelotas (parte norte),<br />

mostrando feições interpreta<strong>da</strong>s como cunhas de refletores<br />

mergulhantes para o mar (SDR) relaciona<strong>da</strong>s à formação de crosta<br />

proto-oceânica<br />

coluna sedimentar, em batimetrias de 1.000 a 2.500 m<br />

(Fontana, 1989; Fontana e Mussumeci, 1994; Sad et al. 1997;<br />

Sad et al. 1998). Também nessa região caracteriza-se uma<br />

faixa de dobramentos dos sedimentos terciários, mobilizados<br />

por empurrões com vergência para o mar (Fontana, 1989;<br />

Cainelli e Mohriak, 1998).<br />

A ocorrência de grábens controlados por falhas antitéticas<br />

na região proximal <strong>da</strong> bacia e na plataforma sugere modelos<br />

diversos para a formação e evolução geodinâmica do rifte na<br />

Bacia de Pelotas. Três hipóteses podem ser aventa<strong>da</strong>s (Mohriak<br />

et al. 1995b; Cainelli e Mohriak, 1998): (1) ocorrência de<br />

basculamento regional associado à implantação de crosta<br />

oceânica e posterior ruptura por falhamentos mais novos<br />

(Gonçalves et al. 1979); (2), ocorrência de grandes falhas<br />

antitéticas que aumentam de rejeito na direção de águas<br />

profun<strong>da</strong>s (Dias et al. 1994b); e (3) ocorrência de feições<br />

caracteriza<strong>da</strong>s como seaward-dipping reflectors, relaciona<strong>da</strong>s<br />

à implantação de crosta proto-oceânica (Chang et al. 1992;<br />

Fontana, 1990; Fontana, 1996; Mohriak et al. 1995b; Cainelli<br />

e Mohriak, 1998, Talwani e Abreu, 2000).<br />

A Fig. <strong>III</strong>.66 apresenta uma seção sísmica regional através<br />

<strong>da</strong> porção centro-norte <strong>da</strong> Bacia de Pelotas, com caracterização<br />

de cones vulcânicos e feições interpreta<strong>da</strong>s como seawarddipping<br />

reflectors (Mohriak et al. 1995b; Fontana, 1996; Talwani<br />

e Abreu, 2000).<br />

Figure <strong>III</strong>.66 – Seismic section in the Pelotas Basin, showing features<br />

interpreted as seaward-dipping wedges (SDR) related to the inception<br />

of proto-oceanic crust

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