06 ART
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Maio / Junho 2009 11<br />
deceram critérios de restauração e prejudicaram<br />
o modelo histórico da construção.<br />
-O ideal é que todo o prédio fosse interditado<br />
até que se tenha uma solução de reforma dentro<br />
dos padrões exigidos para restauração do local-<br />
, observou o engenheiro Luiz Sérgio. Os<br />
técnicos sugerem ainda que as visitas escolares<br />
devam ser interrompidas para não por em risco<br />
alunos e guias. Quanto ao tombamento existe<br />
apenas o registro no Inepac sob o número do<br />
Processo E-18/000.881/2003 encaminhado por<br />
uma Ong. No site consta também a descrição<br />
do patrimônio.<br />
Diante das explicações das autoridades e o<br />
comprometimento destes da busca de uma breve<br />
solução, inclusive já em andamento a busca de<br />
to pelo engenheiro e historiador Luiz Carlos Silveira<br />
Dalila Tardelli<br />
parcerias por parte da prefeitura, conforme<br />
comentou o sub-prefeito Beto Nogueira, os técnicos<br />
da Asaerla deixam a sede da fazenda<br />
impactados, porém esperançosos da<br />
recuperação e preservação deste patrimônio.<br />
Implantado numa pequena colina circundada<br />
por um amplo descampado, o sítio histórico é<br />
remanescente da antiga fazenda de propriedade<br />
da Companhia de Jesus. O conjunto<br />
arquitetônico do final do século XVII, composto<br />
por casa-grande, igreja de Santo Inácio e<br />
cemitério, forma uma quadra com claustro<br />
interno nos moldes da arquitetura jesuítica dos<br />
primeiros séculos da colonização. original<br />
jesuítica está preservada e pode ser claramente<br />
percebida, apesar dos acréscimos posteriores.<br />
fotos: Dalila Tardelli<br />
IPHAN quer<br />
colaborar<br />
na restauração<br />
O prédio da fazenda está caindo. O alerta foi<br />
feito há mais de um ano por técnicos do Iphan<br />
que constataram que o prédio apresenta diversos<br />
pontos de comprometimento estrutural no madeiramento<br />
do telhado, cobertura e na própria<br />
alvenaria do prédio.<br />
-Durante a comemoração da passagem de<br />
Charles Darwim pela fazenda, recomendamos<br />
a interdição da parte superior da Fazenda. O<br />
prédio precisa receber restauração adequada<br />
urgente-, disse o arquiteto Manoel Vieira, chefe<br />
do Escritório do Iphan em Cabo Frio.<br />
De acordo com Vieira, o Iphan não tem<br />
responsabilidade alguma pelo prédio. A única<br />
relação oficial fica por conta de um processo de<br />
tombamento iniciado em 2003, mas ainda sem<br />
definição.<br />
-Temos sim, a responsabilidade da sensibilidade<br />
que o Iphan tem pelo prédio na questão<br />
do patrimônio histórico-cultural-, disse Vieira<br />
informando que o órgão vem conversando com<br />
a prefeitura e o Inepac para tentar chegar a uma<br />
solução rápida e possível para recuperar o prédio.<br />
Quanto ao custo da obra Manoel Vieira diz<br />
que no momento sem um projeto definido é<br />
impossível prever qualquer custo mas adiantou<br />
que a obra deverá demorar no mínimo dois anos<br />
pra restaurar a fazenda seguindo padrões técnicos.<br />
O arquiteto lembrou ainda que além da obra<br />
estrutural o que mais demora são os detalhes de<br />
restauração da igreja, do altar e de imagens.<br />
-Conversei com nosso diretor no Rio,<br />
arquiteto Carlos Fernando de Andrade, e ele me<br />
disse que se tiver um projeto orçado ele poderá<br />
auxiliar na captação de recursos para contribuir<br />
na recuperação do prédio-, disse Vieira<br />
reforçando que o Iphan faz apenas um trabalho<br />
de apoio entre a prefeitura e o Inepac que já tem<br />
processo de andamento de tombamento.<br />
-A participação da Asaerla nesse processo é<br />
importante porque sabemos que a entidade é<br />
respeitada por ter a nata dos profissionais da<br />
construção civil-, disse Manuel Vieira.