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análise da eficiência de leds de potência em aparelhos

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ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE LEDS DE POTÊNCIA EM APARELHOS<br />

ODONTOLÓGICOS UTILIZANDO O DIODO PELTIER<br />

Pedro H. A. MIRANDA (1); Antônio T. VARELA (2); Edilson M. SÁ Jr. (3)<br />

(1) IFCE/ITTI-Fortaleza, Av. Treze <strong>de</strong> Maio 2081, (85)87618172, (85)33073708, e-mail: pedrohenriqbg@hotmail.com<br />

(2) IFCE/ITTI-Fortaleza, e-mail: th<strong>em</strong>oteo@gmail.com<br />

(3) IFCE-Sobral, e-mail: edilson.mineiro@ifce.edu.br<br />

RESUMO<br />

Este trabalho t<strong>em</strong> como objetivo analisar o comportamento térmico e óptico do LED <strong>de</strong> <strong>potência</strong>, utilizado<br />

para iluminação <strong>em</strong> <strong>aparelhos</strong> odontológicos visando sua máxima <strong>eficiência</strong> e vi<strong>da</strong> útil. A vi<strong>da</strong> útil dos<br />

sist<strong>em</strong>as para iluminação dos <strong>aparelhos</strong> odontológicos ain<strong>da</strong> é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pequena, pois freqüent<strong>em</strong>ente os<br />

LEDs <strong>de</strong> <strong>potência</strong> operam com eleva<strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura, o que reduz a sua vi<strong>da</strong> útil e eleva os custos com<br />

manutenção. Este trabalho analisa o <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> um diodo peltier para auxiliar a extração do calor <strong>da</strong> junção<br />

s<strong>em</strong>icondutora do LED, o que permite a redução <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura na junção e aumenta a <strong>eficiência</strong> do LED.<br />

Para <strong>análise</strong> dos resultados, um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi montado para monitorar a t<strong>em</strong>peratura, a<br />

corrente, a luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a tensão no LED. Os resultados experimentais <strong>de</strong>monstraram a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica<br />

do uso do diodo peltier e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> corrente no LED para aumentar a sua <strong>eficiência</strong>.<br />

Palavras-chave: LED, iluminação, peltier.


1. INTRODUÇÃO<br />

A crescente necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver sist<strong>em</strong>as ca<strong>da</strong> vez mais econômicos e <strong>de</strong> reduzido impacto<br />

ambiental, t<strong>em</strong> direcionado a evolução dos sist<strong>em</strong>as no sentido <strong>de</strong> minimizar os consumos energéticos<br />

tentando s<strong>em</strong>pre maximizar o seu rendimento, sendo que a energia consumi<strong>da</strong> para iluminação representa <strong>em</strong><br />

torno <strong>de</strong> 20% <strong>da</strong> energia produzi<strong>da</strong> no mundo. Atualmente os diodos <strong>em</strong>issores <strong>de</strong> luz (LEDs - Light Emitter<br />

Dio<strong>de</strong>s) <strong>de</strong> <strong>potência</strong> estão sendo <strong>em</strong>pregados <strong>em</strong> diversas aplicações que antes utilizavam lâmpa<strong>da</strong>s<br />

incan<strong>de</strong>scentes, fluorescentes e outras fontes <strong>de</strong> luz, como ex<strong>em</strong>plo, sinais <strong>de</strong> transito, iluminação <strong>de</strong><br />

automóveis e painéis luminosos.<br />

Em 2001, a OIDA (Optoelectronics Industry Development Association) previu que <strong>em</strong> 2002 a <strong>eficiência</strong><br />

luminosa dos LEDs chegaria <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 25 lm/W, <strong>em</strong> 2007 chegaria a 50 lm/W substituindo as lâmpa<strong>da</strong>s<br />

incan<strong>de</strong>scentes, <strong>em</strong> 2012 chegaria a 150 lm/W substituindo as lâmpa<strong>da</strong>s fluorescentes e <strong>em</strong> 2020 chegaria<br />

200 lm/W (JOHNSON, 2001). Entretanto, antecipando a previsão <strong>de</strong> Narukawa et al.(2006) <strong>da</strong> Nichia<br />

Corporation, apresentaram <strong>em</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 um LED branco <strong>de</strong> 20 mA com <strong>eficiência</strong> luminosa <strong>de</strong> 138<br />

lm/W, sendo esta <strong>eficiência</strong> luminosa 1,5 vezes maior do que a <strong>da</strong> lâmpa<strong>da</strong> fluorescente (90 lm/W).<br />

A <strong>em</strong>presa Gnatus <strong>de</strong>senvolveu o aparelho odontológico utilizado na iluminação bucal, Refletor LED Plus,<br />

que utiliza cinco ou três LEDs brancos <strong>de</strong> <strong>potência</strong>. A utilização dos LEDs permite uma maior<br />

homogeneização <strong>da</strong> cor branca sobre os <strong>de</strong>ntes, quando comparado as lâmpa<strong>da</strong>s halógenas convencionais, o<br />

que facilita a inspeção e a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as bucais. Entretanto, a vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong>sse aparelho era<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente pequena, pois os LEDS <strong>de</strong> <strong>potência</strong> operavam submetidos a eleva<strong>da</strong>s t<strong>em</strong>peraturas, o que<br />

reduzia a sua vi<strong>da</strong> útil e a sua <strong>eficiência</strong>. Normalmente a indústria utiliza volumosos dissipadores para extrair<br />

o calor <strong>da</strong> junção do LED, mas <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as para iluminação <strong>em</strong> <strong>aparelhos</strong> odontológicos o espaço físico é<br />

limitado, <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, foi utilizado um exaustor para facilitar a extração do calor,<br />

mas por ser um componente mecânico, este componente limita a vi<strong>da</strong> útil do sist<strong>em</strong>a. Em um momento <strong>de</strong><br />

falha do exaustor, os LEDs são submetidos a uma eleva<strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura, o que reduz a sua vi<strong>da</strong> útil e a sua<br />

luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A figura 1 mostra dois LEDs <strong>da</strong>nificados por operar<strong>em</strong> sob eleva<strong>da</strong>s t<strong>em</strong>peraturas, o LED à<br />

esquer<strong>da</strong> a pastilha s<strong>em</strong>icondutora se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>u do dissipador interno do componente (Slug) e o LED à<br />

direita, o invólucro <strong>de</strong> silicone foi <strong>da</strong>nificado.<br />

Figura 1 – LEDs queimados <strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura.<br />

A fim <strong>de</strong> melhorar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e a vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong>sse produto, mantendo-se a simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> construtiva, pois as<br />

normas existentes não permit<strong>em</strong> a existência <strong>de</strong> dissipadores externos ao produto, foi proposto um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

resfriamento forçado baseado <strong>em</strong> pastilha termoelétrica (efeito Peltier), com o intuito <strong>de</strong> diminuir a<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção do LED. Assim, este artigo propõe o estudo <strong>da</strong> <strong>eficiência</strong> e do comportamento do<br />

LED <strong>de</strong> <strong>potência</strong>, utilizado nesse aparelho odontológico, juntamente com o diodo Peltier que será<br />

responsável pelo seu resfriamento, amenizando o efeito <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura e consequent<strong>em</strong>ente aumentando a<br />

sua vi<strong>da</strong> útil e durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do equipamento <strong>em</strong> estudo.<br />

Para aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi utiliza<strong>da</strong> a placa MSC1211Y5, fabrica<strong>da</strong> pela Texas Instruments, que utiliza um<br />

microcontrolador com o seu núcleo compatível com o MSC8051. A escolha <strong>de</strong>ssa placa foi motiva<strong>da</strong> pelo<br />

microcontrolador possuir um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos necessário para monitoração do projeto, além <strong>de</strong><br />

que se po<strong>de</strong> conectar um termopar diretamente na placa, s<strong>em</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> muitas modificações. A<br />

aquisição dos valores é feita através <strong>da</strong> multiplexação <strong>de</strong> oito canais conversores analógicos-digitais <strong>de</strong> 22<br />

bits (ADC - Analog-to-Digital Converter), que são enviados para o computador pela porta serial. No


computador os <strong>da</strong>dos são armazenados para ser<strong>em</strong> posteriormente analisados. Os <strong>da</strong>dos armazenados são<br />

comparados para analisar o comportamento do LED nas varia<strong>da</strong>s tensões que foram aplica<strong>da</strong>s.<br />

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />

2.1 LED<br />

O LED (Light Emitter Dio<strong>de</strong>) é um componente pertence à categoria dos díodos s<strong>em</strong>icondutores, quando<br />

polarizado diretamente <strong>em</strong>ite radiação luminosa, po<strong>de</strong>ndo esta ser ou não visível ao olho humano. A<br />

principal diferença entre o LED e o díodo comum resi<strong>de</strong> no seu funcionamento ao nível atômico. Enquanto<br />

que nos díodos comuns, Silício ou Germânio, o processo <strong>de</strong> condução apenas resulta na libertação <strong>de</strong> energia<br />

sob forma <strong>de</strong> calor; no LED, quando um elétron ocupa uma lacuna, este passa a um nível <strong>de</strong> energia inferior<br />

libertando um fóton, cujo comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong> <strong>da</strong> radiação luminosa <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> material<br />

que foi projetado.<br />

2.1.1 História do LED<br />

Segundo Schubert (2007), no início do século XX, a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> luz a partir <strong>de</strong> um material <strong>de</strong> estado sólido,<br />

causado por uma fonte <strong>de</strong> energia elétrica, t<strong>em</strong> sido mencionado como um fenômeno <strong>de</strong>nominado<br />

eletroluminescência, pois esta po<strong>de</strong> ocorrer <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peratura ambiente, ao contrário <strong>de</strong> incan<strong>de</strong>scência (brilho<br />

ou calor), que é a parte visível <strong>da</strong> radiação eletromagnética <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> por um material aquecido a t<strong>em</strong>peraturas<br />

eleva<strong>da</strong>s, tipicamente maiores do que 750 ° C.<br />

Após vários testes, Henry Joseph Round conseguiu <strong>de</strong>monstrar <strong>em</strong> 1904 o primeiro diodo <strong>em</strong>issor <strong>de</strong> luz<br />

conhecido como Vacuum-Tube Dio<strong>de</strong> ou Fl<strong>em</strong>ing Valve. Este primeiro diodo era um dispositivo com<br />

característica <strong>de</strong> corrente-tensão <strong>de</strong> um retificador. A luz era obti<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido ao contato <strong>de</strong> um cristal <strong>de</strong> SiC<br />

(carboneto <strong>de</strong> silício) com eletrodos metálicos. (SCHUBERT, 2007). Os primeiros LEDs <strong>em</strong>issores, na<br />

região <strong>de</strong> on<strong>da</strong> visível, foram baseados <strong>em</strong> s<strong>em</strong>icondutores compostos <strong>de</strong> GaAsP (gálio, arsênio e fósforo),<br />

com ganhos <strong>de</strong> <strong>eficiência</strong> <strong>de</strong> apenas 0,2%. (MULLER, 2006). A evolução dos LEDs, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> lei<br />

Craford, mostra que o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>da</strong> <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> luz aumenta <strong>de</strong>z vezes a ca<strong>da</strong> déca<strong>da</strong>. No passado os LEDs<br />

<strong>de</strong> diferentes cores possuíam baixa <strong>eficiência</strong> e a luz <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> era obti<strong>da</strong> utilizando filtros ópticos (KOVAC,<br />

2003).<br />

Atualmente a <strong>eficiência</strong> dos LEDs ultrapassa 60% <strong>de</strong> rendimento, além disso, s<strong>em</strong>icondutores <strong>de</strong> ligas<br />

distintas são capazes <strong>de</strong> <strong>em</strong>itir várias cores do espectro visível. Com isso, abre-se a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

utilização <strong>de</strong> LEDs <strong>em</strong> áreas além do convencional, permitindo a substituição <strong>da</strong>s lâmpa<strong>da</strong>s incan<strong>de</strong>scentes e<br />

fluorescentes. A duração do LED é superior a 105 h comparado com fontes incan<strong>de</strong>scentes (~ 500 h) e fontes<br />

fluorescentes (~ 5000 h), contribuindo assim para a atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos LEDs. (MULLER, 2006).<br />

2.1.2 Funcionamento básico do LED<br />

O funcionamento do diodo <strong>em</strong>issor <strong>de</strong> luz é baseado numa forma especial <strong>de</strong> eletroluminescência, produzi<strong>da</strong><br />

pela injeção <strong>de</strong> portadores numa junção P-N. Quando uma junção P-N é polariza<strong>da</strong> no sentido direto, os<br />

buracos do lado P e os elétrons do lado N mov<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> sentidos opostos <strong>em</strong> direção à região <strong>de</strong> <strong>de</strong>pleção.<br />

Os buracos injetados no lado N recombinam com elétrons que estão chegando à região <strong>de</strong> <strong>de</strong>pleção,<br />

enquanto os elétrons injetados no lado P recombinam com buracos que lá se encontram. Desta forma, todos<br />

os elétrons e buracos que participam <strong>da</strong> corrente, recombinam-se nas imediações <strong>da</strong> região <strong>de</strong> <strong>de</strong>pleção,<br />

numa cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> espessura Lp do lado P e Ln do lado N. (KERN, 2004).<br />

(Rezen<strong>de</strong>, 2004) cita que a recombinação dos elétrons e dos buracos na região <strong>de</strong> <strong>de</strong>pleção acarreta na<br />

geração <strong>de</strong> fótons, <strong>de</strong>talhado na figura 2. Se a recombinação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> par elétron-buraco resulta na <strong>em</strong>issão ou<br />

absorção <strong>de</strong> um fóton, o s<strong>em</strong>icondutor t<strong>em</strong> gap direto. Entretanto, se o s<strong>em</strong>icondutor <strong>da</strong> junção tiver gap<br />

indireto, como no Si ou Ge, além dos fótons a recombinação po<strong>de</strong> <strong>em</strong>itir ou absorver um fônon e, portanto,<br />

calor. Isto torna a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> luz muito pouco eficiente nos s<strong>em</strong>icondutores <strong>de</strong> gap indireto. Por essa razão<br />

utiliza-se s<strong>em</strong>icondutores <strong>de</strong> gap direto para fabricar lasers e LEDs. Entre os s<strong>em</strong>icondutores <strong>de</strong> gap direto<br />

<strong>de</strong>stacam-se GaAs, InSb, InAs, InP, PbS, CdS e CdTe. N<strong>em</strong> todos os compostos do grupo III-V <strong>da</strong> tabela<br />

periódica são <strong>de</strong> gap direto, sendo que GaP e AlSb têm gap indireto.


2.1.3 Efeito <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura<br />

Figura 2 – Detalhe <strong>da</strong> <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> fótons <strong>em</strong> um LED (KERN, 2004).<br />

Os fabricantes <strong>de</strong> LEDs <strong>de</strong> <strong>potência</strong> testam e classificam todos os componentes por fluxo luminoso, cor e<br />

tensão direta, baseados <strong>em</strong> uma t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> junção <strong>de</strong> 25 °C e com a aplicação <strong>de</strong> pulsos <strong>de</strong> 15 a 20<br />

milissegundos, o que praticamente não eleva a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção (DOE, 2006a). Entretanto, <strong>em</strong><br />

condições reais <strong>de</strong> uso a elevação <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção provoca a redução <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> luminosa. Ca<strong>da</strong><br />

tipo <strong>de</strong> LED respon<strong>de</strong> diferente à mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção, além disso, ocorre o <strong>de</strong>slocamento do<br />

comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong> com a variação <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura, <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> variação <strong>da</strong> energia do gap. Na figura 3<br />

é mostrado a influência <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção na luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> vários LEDs (FUTURE<br />

ELETRONICS / LUMILEDS, 2006).<br />

Figura 3 – Influência <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura na luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> vários LEDs. (LUMILEDS, 2006).<br />

O excesso <strong>de</strong> calor afeta o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do LED <strong>em</strong> curto e longo prazo. Em curto prazo, que é reversível,<br />

ocasiona mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> cor e reduz intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> luminosa. Em longo prazo acelera a <strong>de</strong>preciação do fluxo<br />

luminoso e encurta o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso do componente. O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso é <strong>de</strong>finido como o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que ocorre<br />

uma redução <strong>de</strong> 30% <strong>da</strong> luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial do LED, o que difere <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. (SÁ Jr.,<br />

2007). O Departamento <strong>de</strong> Energia Norte-Americano (DOE – US Department of Energy) publicou resultados<br />

<strong>de</strong> um teste piloto com vários produtos que utilizavam LED e <strong>em</strong> condições reais <strong>de</strong> operação (DOE, 2006b).<br />

As medi<strong>da</strong>s mostraram que os valores <strong>de</strong> lúmens fixados pelos fabricantes eram simplesmente a soma dos<br />

valores nominais dos LEDs utilizados no sist<strong>em</strong>a (DOWLING, 2007), o que correspon<strong>de</strong> a valores para uma<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção igual a 25°C.<br />

2.1.4 A escolha do LED<br />

O presente trabalho utiliza o LED LXK2PWC0180 com TFFC que possui as seguintes características:<br />

• Mais <strong>de</strong> 60 lm/W com corrente <strong>de</strong> 1 A;<br />

• Maior t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> funcionamento na junção disponível, até 150 °C;<br />

• Corrente máxima <strong>de</strong> 1,5 A;<br />

• Menor resistência térmica <strong>de</strong> 5,5 °C / W;


• Vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> 50.000 horas com 1 A, com 70% do fluxo luminoso.<br />

Segundo a Philips Lumi<strong>leds</strong> (2009), o LUXEON K2 com TFFC t<strong>em</strong> o rendimento <strong>de</strong> 70% na manutenção do<br />

fluxo luminoso e 50.000 horas <strong>de</strong> funcionamento com uma corrente <strong>de</strong> 1A. Esta projeção baseia-se <strong>em</strong><br />

constante operação, com t<strong>em</strong>peratura igual ou inferior a 120°C.<br />

2.2 Placa <strong>de</strong> aquisição<br />

Devido aos gran<strong>de</strong>s avanços <strong>da</strong> eletrônica, atualmente po<strong>de</strong>m-se encontrar microprocessadores e<br />

microcontroladores com gran<strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento a preços atrativos, estimulando o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, como por ex<strong>em</strong>plo, equipamentos eletrônicos <strong>de</strong> medição, <strong>em</strong><br />

substituição aos dispositivos <strong>de</strong> medição convencionais. A escolha <strong>de</strong> um microcontrolador que satisfaça as<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do projeto é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para o sucesso do <strong>de</strong>senvolvimento. A placa escolhi<strong>da</strong><br />

para o projeto é MSC1211EVM, mostra<strong>da</strong> na figura 4, que possui o microcontrolador MSC1211Y5,<br />

fabrica<strong>da</strong> pela Texas Instruments. Este microcontrolador é caracterizado por operar <strong>em</strong> baixa tensão e<br />

apresentar baixo consumo <strong>de</strong> energia. Este t<strong>em</strong> como funções periféricas:<br />

• 34 pinos <strong>de</strong> I/O;<br />

• Três T<strong>em</strong>porizadores <strong>de</strong> 16 bit ca<strong>da</strong>;<br />

• Duas UARTs full-duplex;<br />

• Oito canais diferenciais <strong>de</strong> 22 bits <strong>de</strong> resolução efetiva (Conversor A/D);<br />

• Programmable gain amplifier (PGA) <strong>de</strong> 1 até 128;<br />

• Watchdog Timer;<br />

• Sensor <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura interno;<br />

• M<strong>em</strong>ória flash <strong>de</strong> 32kb.<br />

Figura 4 – Placa <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos MSC1211Y5.<br />

A tensão especifica<strong>da</strong> para o microcontrolador, tanto para alimentação quanto para execução <strong>da</strong>s operações<br />

na m<strong>em</strong>ória flash, é <strong>de</strong> 2,7 a 5,25 V, sendo que a placa é alimenta<strong>da</strong> com a tensão <strong>de</strong> +5 V. (TEXAS<br />

INSTRUMENTS, 2009).<br />

2.2.1 Conversor Analógico-Digital Interno<br />

O MSC1211 inclui um ADC (Analog-to-Digital Converter) com 22 bits <strong>de</strong> resolução efetiva. O<br />

multiplexador permite que ca<strong>da</strong> pino <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> possa ser configurado tanto como um contributo positivo ou<br />

negativo para uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> medição, enquanto outros ADCs freqüent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> pares <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>.<br />

Qualquer referencia no pino <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> po<strong>de</strong> servir como a referência negativa <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>em</strong> uma medição e<br />

servir como referência positiva no próximo.<br />

Além disso, qualquer combinação <strong>de</strong> pinos po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong>, não há pares que restring<strong>em</strong> entra<strong>da</strong><br />

pre<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. A entra<strong>da</strong> no multiplexador prevê qualquer combinação <strong>de</strong> insumos diferencial a ser selecionado


<strong>em</strong> qualquer um dos canais <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>, como mostrado na figura 10. Com esse método, é possível ter até oito<br />

canais <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> totalmente diferenciados. O MSC1211 possui um amplificador <strong>de</strong> ganho programável<br />

(PGA - Programmable Gain Amplifier) que é responsável <strong>em</strong> melhorar a resolução efetiva do ADC, po<strong>de</strong>ndo<br />

chegar a uma resolução <strong>de</strong> 75 nV.<br />

2.2.2 O programa utilizado<br />

A programação <strong>em</strong> C foi escolhi<strong>da</strong> pelo fato <strong>de</strong> ser uma linguag<strong>em</strong> <strong>de</strong> alto nível e mais direta compara<strong>da</strong><br />

com a linguag<strong>em</strong> ass<strong>em</strong>bly. Depois <strong>de</strong> compilado e gravado no microcontrolador MSC1211Y5, o programa<br />

t<strong>em</strong> como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> controlar a leitura <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s do AD e enviar serialmente os <strong>da</strong>dos para o computador,<br />

sendo esses <strong>da</strong>dos captados pelo software docklight. Na figura 11 é apresentado o fluxograma resumido<br />

<strong>de</strong>sse programa.<br />

2.2.3 A transmissão <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />

A comunicação serial entre o computador e o microcontrolador funciona no modo simplex. O modo <strong>de</strong><br />

operação <strong>da</strong> porta serial do microcontrolador escolhido foi o modo assíncrono <strong>em</strong> que <strong>de</strong>z bits são<br />

transmitidos por vez, sendo um bit <strong>de</strong> início (start bit), 8 bits <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e um bit <strong>de</strong> para<strong>da</strong> (stop bit).<br />

2.3 Diodo peltier<br />

O efeito peltier consiste na produção do gradiente <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>em</strong> duas junções <strong>de</strong> dois condutores (ou<br />

s<strong>em</strong>icondutores) <strong>de</strong> materiais diferentes, quando submetidos a uma tensão elétrica <strong>em</strong> um circuito fechado.<br />

Quando uma corrente elétrica é aplica<strong>da</strong>, o calor move-se <strong>de</strong> um lado ao outro, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser r<strong>em</strong>ovido com<br />

um dissipador. Se os pólos elétricos for<strong>em</strong> revertidos, a pastilha torna-se um aquecedor. Uma típica pastilha<br />

<strong>de</strong> peltier contém uma série <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos s<strong>em</strong>icondutores, do tipo-P e tipo-N, agrupados como pares, que<br />

ag<strong>em</strong> como condutores dissimilares.<br />

Essa série <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos é sol<strong>da</strong><strong>da</strong> entre duas placas cerâmicas, eletricamente <strong>em</strong> série e termicamente <strong>em</strong><br />

paralelo. Quando uma corrente contínua passa por um ou mais pares <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> tipo-n a tipo-p, há uma<br />

redução na t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junta ("lado frio") resultando <strong>em</strong> uma absorção do calor do ambiente. A<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bombeamento <strong>de</strong> calor <strong>de</strong> um refrigerador é proporcional à corrente e ao número <strong>de</strong> pares <strong>de</strong><br />

el<strong>em</strong>entos tipo-n e tipo-p. Assim, o diodo peltier será utilizado abaixo <strong>da</strong> placa <strong>de</strong> dissipação do LED, com o<br />

intuito <strong>de</strong> amenizar a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção que po<strong>de</strong> chegar até 60ºC, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> tensão aplica<strong>da</strong> nesse,<br />

como será mostrado posteriormente nos resultados.<br />

3. METODOLOGIA<br />

Figura 5 – Resfriamento do peltier<br />

A estrutura projeta<strong>da</strong> para o acionamento e resfriamento do LED é separa<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro partes distintas. A<br />

primeira consiste <strong>em</strong> uma placa <strong>de</strong> fenolite, on<strong>de</strong> está sol<strong>da</strong>do o LED e dois resistores <strong>de</strong> 10 kΩ, como<br />

mostra a figura 6a. A segun<strong>da</strong> parte <strong>de</strong>ssa estrutura é o dissipador 1, <strong>em</strong> que a placa <strong>de</strong> fenolite é fixa<strong>da</strong>,<br />

como mostra os círculos azuis na figura 6a e figura 6b, e por on<strong>de</strong> a base do LED po<strong>de</strong> dissipar seu calor.<br />

Entre a base do LED e o dissipador utiliza-se o termopar do tipo K, que t<strong>em</strong> como característica a variação<br />

<strong>de</strong> tensão <strong>em</strong> seus terminais <strong>de</strong> acordo com a variação <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura. A figura 6b mostra mais <strong>de</strong>talhes<br />

sobre esse dissipador e a região on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve colocar o termopar. A terceira parte é composta pelo diodo<br />

peltier que é responsável pelo resfriamento do dissipador 1, como mostra a figura 6c. Por último t<strong>em</strong>-se o<br />

dissipador 2 para dissipar o calor gerado pelo diodo peltier. Como é mostrado na figura 6d.


Figura 6 – Fotos <strong>da</strong> estrutura projeta<strong>da</strong>: a) Placa <strong>de</strong> fenolite; b) Dissipador 1; c) Diodo peltier; d) Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

montag<strong>em</strong> <strong>da</strong> estrutura<br />

A figura 7 <strong>de</strong>monstra como é ligado o esqu<strong>em</strong>a elétrico do LED, do diodo peltier e o Til78 com as portas do<br />

AD <strong>da</strong> placa <strong>de</strong> aquisição.<br />

Figura 7 – Esqu<strong>em</strong>a elétrico do LED, TIL78 e diodo peltier<br />

Os resistores <strong>de</strong> 10 kΩ são utilizados para fazer um divisor <strong>de</strong> tensão, pois a tensão <strong>de</strong> acionamento do LED,<br />

que é <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 3,2 V, é maior do que a tensão permiti<strong>da</strong> pelo A/D <strong>da</strong> placa, que suporta uma<br />

tensão máxima <strong>de</strong> 2,5 V. Os resistores <strong>de</strong> 0,22 Ω são utilizados para o calculo <strong>da</strong> corrente tanto do LED e do<br />

diodo peltier, estes são muito pequenos para que as per<strong>da</strong>s sejam mínimas.<br />

4. ANÁLISE E INTEPRETAÇÃO DOS DADOS<br />

Foram realiza<strong>da</strong>s várias aquisições <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos do sist<strong>em</strong>a apresentado anteriormente, on<strong>de</strong> o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> duração<br />

é <strong>de</strong> no mínimo 3 horas, pois este é o t<strong>em</strong>po necessário para que o sist<strong>em</strong>a (LED + peltier + dissipadores)<br />

entre <strong>em</strong> regime térmico. O primeiro teste realizado serviu para a <strong>análise</strong> <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura do LED somente<br />

com os dissipadores e posteriormente foi realizado um segundo teste, agora com o diodo peltier. Obtiveramse<br />

assim os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> tabela 1.<br />

Tabela 1 – T<strong>em</strong>peratura do LED versus utilização do diodo peltier<br />

DIODO CORRENTE TEMPERATURA<br />

PELTIER DO LED DA BASE<br />

AUSENTE 700 mA 45ºC<br />

PRESENTE 700 mA 41ºC<br />

A partir <strong>de</strong>stes <strong>da</strong>dos, foram realizados testes com varia<strong>da</strong>s correntes no diodo peltier, para verificar qual<br />

melhor <strong>eficiência</strong> do LED <strong>em</strong> relação <strong>da</strong> corrente do peltier, estabelecendo uma corrente no LED fixa para<br />

efeito <strong>de</strong> comparação. Assim obteve-se a tabela 2.


Tabela 2 – Luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do LED versus tensão no diodo peltier<br />

CORRENTE TENSÃO NO TENSÃO<br />

DO PELTIER TERMOPAR NO TIL78<br />

0,403860 A 1,991320 V 0,233620 V<br />

0,500460 A 1,948650 V 0,237320 V<br />

0,595400 A 2,049390 V 0,236200 V<br />

A figura 8 mostra a tensão do termopar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio do acionamento do LED até o seu termino. A<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> base do LED cresce exponencialmente nos primeiros <strong>de</strong>z minutos <strong>de</strong> teste, sendo prejudicial<br />

à vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong>sse. Para os testes seguintes, tomou-se a corrente <strong>de</strong> 0,5A no diodo peltier como fixa para<br />

varia<strong>da</strong>s tensões do LED. Foram escolhi<strong>da</strong>s correntes <strong>de</strong> 0,6A até 1,1A para a <strong>análise</strong> <strong>da</strong> relação entre a<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lux produzi<strong>da</strong> e a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> base do LED. A aquisição <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos gerou a tabela 3. A<br />

figura 9a mostra a tensão do termopar <strong>da</strong>s correntes <strong>em</strong> estudo <strong>em</strong> um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> regime<br />

térmico, mantendo-se a corrente do diodo peltier praticamente constante. Na figura 9b tomam-se os pontos<br />

<strong>da</strong> tabela 3 para traçar um gráfico para se observar o comportamento <strong>da</strong> média <strong>da</strong> tensão do TIL78 <strong>em</strong><br />

relação às correntes escolhi<strong>da</strong>s para os testes.<br />

Figura 8 – Tensão do termopar ao <strong>de</strong>correr do t<strong>em</strong>po <strong>da</strong> realização do testes<br />

Tabela 3 – Valores médios obtidos com aquisição <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />

CORRENTE TENSÃO NO TENSÃO<br />

DO LED TERMOPAR NO TIL78<br />

0,6 A 1,266390 V 0,185520 V<br />

0,7 A 1,523050 V 0,221950 V<br />

0,8 A 1,725240 V 0,221980 V<br />

0,9 A 1,937060 V 0,244340 V<br />

1,0 A 2,187270 V 0,241390 V<br />

1,1 A 2,626810 V 0,249910 V<br />

A figura 10a mostra todo o sist<strong>em</strong>a montado. No tubo branco está a estrutura (LED + peltier + dissipadores),<br />

para realização do teste <strong>de</strong> luminosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois o mesmo não po<strong>de</strong> sofrer influência do meio. A placa do<br />

TIL78 é mostra<strong>da</strong> na figura 10b. Esta fica localiza<strong>da</strong> na parte superior do tubo branco <strong>da</strong> figura 10a e o seu<br />

circuito elétrico é <strong>de</strong>scrito na figura 7. A figura 11a mostra o Refletor LED Plus, <strong>da</strong> <strong>em</strong>presa Gnatus, que é<br />

utilizado na iluminação bucal. A figura 11b mostra a fixação dos dissipadores do LED juntamente com a<br />

lente, que serve para focar o feixe luminoso provido do LED.


Figura 9 – a) Tensão do termopar para varia<strong>da</strong>s correntes; b) Tensão no TIL78 versus corrente do LED<br />

5. CONCLUSÃO<br />

Figura 10 – a) Sist<strong>em</strong>a montado; b) Placa do TIL78<br />

Figura 11 – a) Refletor LED Plus; b) Estrutura dos dissipadores<br />

O trabalho <strong>de</strong>senvolvido neste artigo requer a utilização <strong>de</strong> diversos conceitos e conhecimentos no campo <strong>da</strong><br />

mecatrônica. Visou-se ao longo <strong>de</strong>ste projeto a fabricação <strong>de</strong> uma estrutura <strong>em</strong> que se po<strong>de</strong> realizar vários<br />

testes específicos para analisar o comportamento do LED LXK2PWC0180. A estrutura final funcionou<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s especificações inicialmente estabeleci<strong>da</strong>s, mostrando-se operacional e apresentando resultados<br />

confiáveis. Os resultados obtidos <strong>da</strong>s aquisições mostram que os objetivos previstos neste trabalho foram<br />

alcançados.<br />

Em relação ao diodo peltier, constatou-se então que a corrente a ser aplica<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />

500 mA, pois a mesma gerou uma tensão menor no termopar. Consequent<strong>em</strong>ente há uma menor t<strong>em</strong>peratura<br />

na junção, e uma tensão maior no TIL78, gerando <strong>de</strong>sta forma uma maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lux e um maior<br />

rendimento do LED. Em relação à corrente do LED, po<strong>de</strong>-se constatar que essa <strong>de</strong>ve ser aproxima<strong>da</strong>mente<br />

<strong>de</strong> 900 mA, pois a mesma gerou uma tensão maior no TIL78 <strong>em</strong> regime praticamente constante.<br />

A t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção afeta as características ópticas e elétricas dos LEDs. Assim, um bom projeto,<br />

visando à vi<strong>da</strong> útil do LED, <strong>de</strong>ve preocupar-se que o dispositivo opere com a máxima <strong>eficiência</strong> luminosa e<br />

baixa t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> junção. Posteriormente será realizado um teste com o sist<strong>em</strong>a completo <strong>da</strong> Gnatus, que


consiste <strong>em</strong> um experimento para <strong>de</strong>terminar a corrente i<strong>de</strong>al para se obter o fluxo luminoso máximo.<br />

Também será <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a corrente i<strong>de</strong>al com o exaustor do equipamento, Refletor LED Plus, estando<br />

ativado e <strong>de</strong>sativado. Isto só será possível a partir <strong>de</strong>ste estudo.<br />

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TEXAS INSTRUMENTS, DATA CONVERTERS. Disponível <strong>em</strong>: http://focus.ti.com/docs/prod/fol<strong>de</strong>rs/<br />

print/msc1211y5.html. Acesso <strong>em</strong>: 05. jun. 2009.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os a pró-reitoria <strong>de</strong> pesquisa do IFCE pela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> bolsa <strong>de</strong> iniciação cientifica e a<br />

<strong>em</strong>presa Gnatus pelo envio do equipamento para testes.

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