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A DANÇA INDÍGENA NA CONFIGURAÇÃO DO ESTILO DE VIDA ELAZER NA CIDADE DE ZÉ DOCAArilma AZEVEDO (1); heral<strong>do</strong> TEIXEIRA(2)(1)Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Maranhão/ Campus Zé Doca, Rua da Tecnologia 215, Bairro Amorim-Zé Doca -MA (98) 3655-3065, email: ari_azeve<strong>do</strong>13@hotmail.com(2)Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Maranhão/ Campus Zé Doca, Rua da Tecnologia 215, Bairro Amorim-RESUMOZé Doca -MA (98) 3655-3065, email: marconi@ifma.edu.brO presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo investigar a representação da dança indíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> configuração<strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé <strong>do</strong>ca como fator <strong>de</strong>cisivo <strong>de</strong> organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo. Ossujeitos <strong>de</strong>ssa pesquisa são os participantes <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong> muirakitã durante osfestejos juninos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé <strong>do</strong>ca. Nesta ocasião apresentam-se nos arraiais da cida<strong>de</strong> com fim<strong>de</strong> entreter a comunida<strong>de</strong>. Os indica<strong>do</strong>res a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s foram organiza<strong>do</strong>s observan<strong>do</strong>-se os hábitos ecostumes, relações interpessoais e representação da dança durante no ciclo <strong>de</strong> festejo junino pormeio <strong>de</strong> questionário aplica<strong>do</strong> aos participantes <strong>de</strong>ssa manifestação. O estu<strong>do</strong> permitiucompreen<strong>de</strong>r que essa dança <strong>de</strong>senvolve uma série <strong>de</strong> ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s que representam o seu <strong>estilo</strong> <strong>de</strong><strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> <strong>na</strong> medida em que os participantes contribuem para a organização <strong>do</strong> grupo por meio<strong>de</strong> suas atribuições, estes buscam realizá-las <strong>de</strong> maneira compromissada e responsável, seja <strong>de</strong>forma ama<strong>do</strong>ra, casual, como passa tempo ou voluntária. Assim, o grupo permite reviver suamemória, fortalecer as relações interpessoais, relações familiares, <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e <strong>de</strong>voção aos ritosque ocorrem em face <strong>de</strong> essa manifestação. Os momentos vivencia<strong>do</strong>s <strong>na</strong> festa configuram,portanto, um espaço <strong>de</strong> divertimento, <strong>de</strong>scontração e <strong>lazer</strong> para os integrantes da dança indíge<strong>na</strong>murakitã, bem como para visitantes <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s.Palavras-chave: Dança Indíge<strong>na</strong>, Festa Juni<strong>na</strong>, Estilo <strong>de</strong> Vida, Lazer, Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca.


1. INTRODUÇÃOO presente estu<strong>do</strong> enfoca as investigações da dança indíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> configuração <strong>de</strong> um <strong>estilo</strong><strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> como elemento <strong>de</strong>cisivo <strong>na</strong> organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo muirakitã <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> da Zé<strong>do</strong>ca. Esses aspectos <strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> se manifestam no cotidiano <strong>de</strong> <strong>vida</strong> da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Zé <strong>do</strong>ca <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> diversão que a festa possibilita compreen<strong>de</strong>r a partir <strong>do</strong>s hábitos, costumes,cenário, relações interpessoais e atributos simbólicos, representa<strong>do</strong>s por imagens ou realida<strong>de</strong> quedistingue os perso<strong>na</strong>gens. O princípio fundamental para <strong>de</strong>senvolver a pesquisa <strong>de</strong>lineou-seprimeiramente pela importância que a dança indíge<strong>na</strong> <strong>de</strong>marca significa<strong>do</strong>s e valores para osparticipantes e também pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorá-la em um espaço com características rural.Esta forma <strong>de</strong> <strong>lazer</strong> sugere vivências <strong>de</strong> um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> construí<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> preferênciasindividuais e coletivas que os participantes usufruem em um tempo disponível <strong>de</strong> ocupações,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da condição social e econômica. As estilizações da <strong>vida</strong> no <strong>lazer</strong> a partir <strong>de</strong>ssamanifestação no gruo <strong>de</strong> dança muirakitã revelam aspectos <strong>de</strong> divertimento, trabalho, sentimentos,responsabilida<strong>de</strong>s, compromisso e memória <strong>do</strong>s brincantes, pessoas que no cotidiano da <strong>vida</strong> dacida<strong>de</strong> passam <strong>de</strong>spercebidas pelas suas profissões em ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res, funcionáriospúblicos, comerciantes e pedreiros. Por ocasião <strong>do</strong> festejo junino essas pessoas assumemperso<strong>na</strong>gens imaginários e simbólicos <strong>na</strong> representação da dança indíge<strong>na</strong> estabelecen<strong>do</strong> em cada“pedaço” da festa uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações sociais. Percorrer o caminho da dança indíge<strong>na</strong> em “casa” e“fora <strong>de</strong> casa” será importante para observar os elementos provenientes da dinâmica da dança, asinterações entre participantes, relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s, a alegria, a crença e <strong>de</strong>voção <strong>de</strong>monstrada emações <strong>de</strong> compromisso, responsabilida<strong>de</strong> e emoções que caracterizam a unida<strong>de</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>na</strong>sapresentações durante o festejo <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>. As <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ções <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> por meio da dança daindíge<strong>na</strong> realizadas no mês <strong>de</strong> junho nos festejo juninos <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca constituem omomento mais alegre <strong>do</strong>s participantes em que o tempo disponível é <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à celebração <strong>do</strong>santo são João. Nesse perío<strong>do</strong>, as comunida<strong>de</strong>s situadas <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> rural e nos bairros da cida<strong>de</strong>organizam os grupos <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong> e bumba-meu-boi entre outras manifestações paraparticiparem <strong>do</strong>s festejos juninos da cida<strong>de</strong> com as apresentações em arraiais.A programação da festa, infra-estrutura, pagamentos <strong>de</strong> cachê, a liga profissio<strong>na</strong>l das brinca<strong>de</strong>irassão alguns <strong>do</strong>s elementos que englobam a festa e que atualmente confronta realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>representação significativas <strong>de</strong> participação. Assim, <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> estão os participantes queaproveitam a festa para realizarem pagamento <strong>de</strong> promessas por graças alcançadas; <strong>do</strong> outro, opúblico, turistas ou não, que vêem a festa como um espaço <strong>de</strong> divertimento. O cenário festivorevela um ambiente favorável para as relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, consumo, limpeza da cida<strong>de</strong>, fé erespeito, bem como <strong>de</strong>savenças, competiti<strong>vida</strong><strong>de</strong>, conflitos, etc., que cercam os participantesdurante o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>ssa festa, a ser aborda<strong>do</strong> nesse estu<strong>do</strong> com base <strong>na</strong>s reflexões<strong>de</strong> Mag<strong>na</strong>ni (1998), da Matta (1990), Bourdieu (1983), Saint-martin (1994), Stebbins (2007) eoutros, os quais ajudarão compreen<strong>de</strong>r o fenômeno.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se os possíveis elementos envolvi<strong>do</strong>s <strong>na</strong> relação <strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e <strong>na</strong> vivência <strong>do</strong><strong>lazer</strong>, busca-se <strong>na</strong> perspectiva <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> sério Stebbins (, 2007) fundamentação para refletir talrelação. Segun<strong>do</strong> stebbins, o <strong>lazer</strong> sério trata <strong>do</strong> interesse que o indivíduo, em seu tempodisponível, manifesta em realizar ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>senvolvam suas habilida<strong>de</strong>s, conhecimentos eexperiências.Investigar a Dança <strong>na</strong> configuração <strong>de</strong> um <strong>estilo</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> como elemento <strong>de</strong>cisivo <strong>na</strong>organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong> possibilitará i<strong>de</strong>ntificar os fatores influentes <strong>na</strong>mudança ou preservação <strong>de</strong>ssa manifestação <strong>na</strong> comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scrito por meio das vivências <strong>de</strong><strong>lazer</strong> e da organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo.A pesquisa qualitativa é fruto <strong>de</strong> questionários aplica<strong>do</strong>s ao participante da dança indíge<strong>na</strong> em ZéDoca realizadas no festejo junino, consi<strong>de</strong>rar-se-á como amostra os participantes <strong>do</strong> grupo da dançaindíge<strong>na</strong> muirakitã, durante o festejo junino. O estu<strong>do</strong> justifica-se <strong>na</strong> tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a<strong>na</strong>tureza <strong>do</strong> fenômeno social da dança indíge<strong>na</strong> que <strong>de</strong>sperta interesses comuns entre pessoas <strong>de</strong>diversas localida<strong>de</strong>s que usufruem o seu tempo disponível para participarem da festa por minutos,


horas e até dias, propician<strong>do</strong> a <strong>de</strong>scrição da complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo e a<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> a interação <strong>de</strong>variáveis como hábitos e costumes, relações interpessoais e representação da festa inserida <strong>na</strong>ocupação <strong>do</strong> tempo disponível pelos brincantes <strong>de</strong> maneira espontânea <strong>de</strong>marcan<strong>do</strong> as relações <strong>de</strong>amiza<strong>de</strong>s que se estabelecem no grupo, <strong>na</strong> organização e preparativos da festa, bem como notrabalho voluntário <strong>do</strong>s brincantes que se comprometem em participar da festa acompanhan<strong>do</strong> ogrupo <strong>de</strong> dança muirakitã no arraial durante o festejo.2. CONTEXTUALIZANDO O ESTILO DE VIDA E LAZER NA DANÇAINDÍGENA NA CIDADE ZÉ DOCA.Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca (ma) o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s festejos juninos constitui um evento que inclui aprogramação <strong>de</strong> muitas brinca<strong>de</strong>iras folclóricas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, em particular a dança indíge<strong>na</strong>.• Os indíge<strong>na</strong>s brasileirosSegun<strong>do</strong> Cunha(1992), quan<strong>do</strong> os portugueses chegaram em 1500 no Brasil, não encontraramuma terra sem habitantes. Ao contrário essas terras eram <strong>de</strong>nsamente povoadas pelos indíge<strong>na</strong>s,pessoas que tinham sua própria cultura como língua própria, religião, hábitos alimentares, festas(danças), música, costumes e etc.Eles eram muito diferentes uns <strong>do</strong>s outros (é um erro falar <strong>do</strong>s indíge<strong>na</strong>s como se fossem to<strong>do</strong>siguais), porém havia semelhanças entre eles. Os indíge<strong>na</strong>s andavam nus e traziam o corpo pinta<strong>do</strong>ou enfeita<strong>do</strong>. No séc. Xv, o território brasileiro tinha aproximadamente 6 milhões <strong>de</strong> indíge<strong>na</strong>s, acolonização <strong>do</strong> território brasileiro influenciou <strong>na</strong> <strong>de</strong>struição física <strong>do</strong>s indíge<strong>na</strong>s através <strong>de</strong> guerrase escravidão, ten<strong>do</strong> sobrevivi<strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s uma peque<strong>na</strong> parte da população indíge<strong>na</strong>, estima-se queexiste aproximadamente 300 mil indíge<strong>na</strong>s.Com a ação da catequese e a intensiva miscige<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> outras etnias, a cultura foi prejudicada, masalguns indíge<strong>na</strong>s conseguiram manter sua cultura, os indíge<strong>na</strong>s influenciaram muito a culturabrasileira <strong>na</strong> língua, culinária e em várias danças e lendas <strong>do</strong> folclore brasileiro.No que diz respeito á dança tanto as danças sagradas como as profa<strong>na</strong>s existiam <strong>na</strong> antiguida<strong>de</strong>,principalmente <strong>na</strong>s regiões junto ao mar <strong>do</strong> mediterrâneo e no oriente médio. As pinturas,esculturas e escritos <strong>do</strong> antigo Egito fornecem informações sobre os primórdios da dança egípcia.Este povo <strong>de</strong>dicava-se principalmente à agricultura, por isso suas festas religiosas mais importantesse concentravam em danças para home<strong>na</strong>gear Osíris, o <strong>de</strong>us da vegetação. A dança também serviacomo entretenimento. Os escravos, por exemplo, dançavam para divertir as famílias ricas e seuscon<strong>vida</strong><strong>do</strong>s.Os gregos antigos consi<strong>de</strong>ravam a dança essencial para a educação, para o culto e para o teatro. Asdanças religiosas <strong>de</strong>sempenharam um papel importante no <strong>na</strong>scimento <strong>do</strong> teatro grego. No séc. Iva. C., peças <strong>de</strong> teatro chamadas tragédias tiveram origem numa cerimônia <strong>de</strong> hinos e danças emhome<strong>na</strong>gem a Dionísio, <strong>de</strong>us <strong>do</strong> vinho. Quan<strong>do</strong> os romanos conquistaram a Grécia, em 197 a. C.,tinham adquiri<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> parte da cultura grega, inclusive a dança. Os artistas romanos dançavamao mesmo tempo em que faziam acrobacias e mágicas. Alguns romanos importantes, apesar dapopularida<strong>de</strong> da dança, a <strong>de</strong>saprovavam, como o famoso ora<strong>do</strong>r Cícero, que dizia: ”nenhumhomem dança, a menos que esteja louco ou embriaga<strong>do</strong>”.Muitas tribos da América <strong>do</strong> norte dançavam para pedir chuvas e uma boa colheita. Várias dançasreligiosas ainda são realizadas atualmente. Na Austrália, algumas tribos <strong>de</strong> aborígenes seguem oantigo costume <strong>de</strong> imitar os gestos da caça durante uma dança religiosa.Em alguns vilarejos ingleses, as crianças dançavam em torno <strong>de</strong> um mastro com fitas numa festapara celebrar a chegada da primavera.Durante a ida<strong>de</strong> média, aproximadamente no séc. V até o séc. Xiv, o cristianismo tornou-se a forçamais influente <strong>na</strong> Europa. Forma proibidas as danças teatrais, por representantes da igreja, poisalgumas <strong>de</strong>las apresentavam movimentos muito sensuais. Mas os dançarinos ambulantescontinuaram a se apresentar <strong>na</strong>s feiras e al<strong>de</strong>ias manten<strong>do</strong> a dança teatral viva. Em torno <strong>do</strong> séc.Xiv, as associações <strong>de</strong> artesãos promoviam representações <strong>de</strong> elaboradas peças religiosas, <strong>na</strong>s quaisa dança era uma das partes mais populares. Durante toda a ida<strong>de</strong> média, os europeus continuaram afestejar casamentos, feria<strong>do</strong>s e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, como a dança da


corrente, que começou com os camponeses e foi a<strong>do</strong>tada pela nobreza, numa forma maisrequintada, sen<strong>do</strong> chamada <strong>de</strong> carola. No fi<strong>na</strong>l da ida<strong>de</strong> média a dança tornou-se parte <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s osacontecimentos festivos• Danças folclóricasÉ uma forma <strong>de</strong> dança social que se <strong>de</strong>senvolveu como parte <strong>do</strong>s costumes e tradições <strong>de</strong> um povoe são transmitidas <strong>de</strong> geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas emroda, às vezes se colocam em fileiras. Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela petição,vão mudan<strong>do</strong> com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelham-se ao <strong>estilo</strong> origi<strong>na</strong>l.To<strong>do</strong>s os países têm algum tipo <strong>de</strong> dança folclórica e a maioria pertence ape<strong>na</strong>s a sua <strong>na</strong>ção, comopor exemplo: a tarantela, italia<strong>na</strong>, a croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumassão executadas em ocasiões especiais, como a polca <strong>de</strong> <strong>na</strong>tal sueca, a hayivka, dança da páscoaucrania<strong>na</strong>, a hochzeitstanz, dança austríaca <strong>de</strong> casamento e o reisa<strong>do</strong> brasileiro, que festeja avéspera <strong>do</strong> dia <strong>de</strong> reis• Principais danças folclóricas <strong>do</strong> BrasilSamba <strong>de</strong> roda: Estilo musical caracteriza<strong>do</strong> por elementos da cultura-afro-brasileira. Surgiu noesta<strong>do</strong> da Bahia, no século xix. É uma variante mais tradicio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> samba. Os dançarinos dançamnuma roda ao som <strong>de</strong> músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pan<strong>de</strong>iro, viola,atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utiliza<strong>do</strong>s.Maracatu: O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região per<strong>na</strong>mbuca<strong>na</strong>. Reúne umainteressante mistura <strong>de</strong> elementos culturais afro-brasileiros, indíge<strong>na</strong>s e europeus. Possui uma fortecaracterística religiosa. Os dançarinos representam perso<strong>na</strong>gens históricos (duques, duquesas,embaixa<strong>do</strong>res, rei e rainha). O cortejo é acompanha<strong>do</strong> por uma banda com instrumentos <strong>de</strong>percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).Frevo: Este <strong>estilo</strong> per<strong>na</strong>mbucano <strong>de</strong> car<strong>na</strong>val é uma espécie <strong>de</strong> marchinha muito acelerada, que, aocontrário <strong>de</strong> outras músicas <strong>de</strong> car<strong>na</strong>val, não possui letra, sen<strong>do</strong> simplesmente tocada por umabanda que segue os blocos car<strong>na</strong>valescos enquanto os dançarinos se divertem dançan<strong>do</strong>. Osdançarinos <strong>de</strong> frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colori<strong>do</strong> como elementocoreográfico.Baião: Ritmo musical, com dança, típico da região nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> brasil. Os instrumentos usa<strong>do</strong>s <strong>na</strong>smúsicas <strong>de</strong> baião são: triângulo, viola, acor<strong>de</strong>om e flauta <strong>do</strong>ce. A dança ocorre em pares (homem emulher) com movimentos pareci<strong>do</strong>s com o <strong>do</strong> forró (dança com corpos cola<strong>do</strong>s). O gran<strong>de</strong>representante <strong>do</strong> baião foi Luiz Gonzaga.Catira: Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas <strong>de</strong> pés epalmas <strong>do</strong>s dançarinos. Ligada à cultura caipira, são típicas da região interior <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> SãoPaulo, Paraná, Mi<strong>na</strong>s gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumentos utiliza<strong>do</strong>s é a viola, tocada,geralmente, por um par <strong>de</strong> músicosQuadrilha: É uma dança típica da época <strong>de</strong> festa juni<strong>na</strong>. Há um anima<strong>do</strong>r que vai anuncian<strong>do</strong> frasese marcan<strong>do</strong> os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vesti<strong>do</strong>s com roupas típicas da culturacaipira (camisas e vesti<strong>do</strong>s xadrezes, chapéu <strong>de</strong> palha) vão fazen<strong>do</strong> uma coreografia especial. Adança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas <strong>de</strong> festa juni<strong>na</strong> maisconhecidas são: capelinha <strong>de</strong> melão, pula fogueira e cai,cai balão.• Dança indíge<strong>na</strong>A música <strong>do</strong> povo indíge<strong>na</strong> como a arte expôs seus sentimentos nos cânticos. O cântico indíge<strong>na</strong> aprincipal maneira <strong>de</strong> louvar a <strong>de</strong>us tanto <strong>na</strong> alegria quanto <strong>na</strong>s tristezas das conquistas e <strong>de</strong>rrotastambém fazer protesto diante da socieda<strong>de</strong>. Cantam e dançam o toré quan<strong>do</strong> estão tristes, <strong>do</strong>ente ouperdi<strong>do</strong> alguma causa, pedin<strong>do</strong> força para ter coragem e não parar <strong>de</strong> lutar. Assim quan<strong>do</strong> estãocontentes ou quan<strong>do</strong> conquistam alguma graça <strong>de</strong> <strong>de</strong>us ou por simplesmente por estar com saú<strong>de</strong> e<strong>de</strong> barriga cheia e sempre levan<strong>do</strong> o pensamento a <strong>de</strong>us com amor e respeito para que venharealizar o objetivo. Assim através <strong>de</strong> seu canto e conversa com <strong>de</strong>us tanto pedin<strong>do</strong> quantoagra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>, por que ate o amanhecer é uma gran<strong>de</strong> conquista concedida por <strong>de</strong>us e que temos que


agra<strong>de</strong>cer. O toré canta<strong>do</strong> é representa<strong>do</strong> <strong>de</strong> varias formas e revela home<strong>na</strong>gem e respeito a <strong>de</strong>us ea mãe <strong>na</strong>tureza. Assim o toré i<strong>de</strong>ntifica cada canto com seus gestos para cada home<strong>na</strong>gem feita.(procurar referências)O toré <strong>do</strong> passarinho: revela que um dia foi livre, livre como um pássaro utilizan<strong>do</strong> o seu territóriocom total liberda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> falam sua língua canta e dança seu toré comem o quiser <strong>na</strong> hora que bementen<strong>de</strong>m. Alem <strong>de</strong> nós lembrarmos o passa<strong>do</strong> revela a falta que nós faz aquele tempo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>on<strong>de</strong> à necessida<strong>de</strong> fazer alguma coisa era o patrão.O toré da guerra: antes revelava ape<strong>na</strong>s o guerreiro que lutava contra as <strong>do</strong>enças e por sua própriasobrevivência. Mas hoje revela seu espírito guerreiro que teve como principal objetivo lutar contrao massacre <strong>do</strong> homem branco, e foi e será esse espírito <strong>de</strong> guerreiro que nós fez continuar vivosresistin<strong>do</strong> às invasões que nós trans formaram aparente mente em brancos, mais esse toré da guerratambém revela que essa transformação é só <strong>na</strong> aparência mais interiormente existe e viverá esseguerreiro que nunca morre ape<strong>na</strong>s se transforma graças a <strong>de</strong>us <strong>de</strong> geração em geração.O toré cruza<strong>do</strong>: revela a união <strong>do</strong> homem com a mulher, pois a mulher indíge<strong>na</strong> passa para seucompanheiro uma gran<strong>de</strong> força espiritual e tem uma intuição muito forte, assim essa mulherguerreira representa à força, o amor, a família ninguém mais <strong>do</strong> que ela para estar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> seucompanheiro diante <strong>de</strong> qualquer circunstancia.O toré revela pedi<strong>do</strong> e agra<strong>de</strong>cimentos a <strong>de</strong>us. Dançamos e cantamos esse toré para pedir a <strong>de</strong>usperdão e fartura <strong>de</strong> alimentos e saú<strong>de</strong>, paz, união, e força. Como também para agra<strong>de</strong>cer asconquistas concedidas por <strong>de</strong>us. Também para superar ou ter supera<strong>do</strong> qualquer <strong>de</strong>rrota, comoperda <strong>de</strong> parentes e <strong>do</strong>enças.O toré revela que o progresso daquele povo é responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, que temo <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> estarjuntos, para ganhar ou per<strong>de</strong>r e uni<strong>do</strong>s enfrentar seja qual for o resulta<strong>do</strong>.Desse mo<strong>do</strong> a dança indíge<strong>na</strong> revela um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong> índio que ainda preserva a sua cultura etambém o seu <strong>lazer</strong>. Por esse prisma abordaremos a seguir a relação entre <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e o <strong>lazer</strong>evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> por alguns autores.• Estilo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>O <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong> tem fomenta<strong>do</strong> inúmeras pesquisas referentes a estu<strong>do</strong>s emdiversos campos. Exemplos <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res que discutem esse tema são:Bourdieu (1983), Amaral (1992), Marcellino (2002), Schwartz (in burgos e pinto, 2000 ),Ferreti(2003)Para Amaral (1992), <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> é a forma com que as pessoas, pertencentes a diferentes culturas,interpretam e expressam seus valores, com base em seus costumes e tradições, suas festas, seusrituais, mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vestir e <strong>de</strong> se relacio<strong>na</strong>r. Para esta autora, <strong>de</strong>ntre inúmeros aspectos que envolvema noção <strong>de</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, um elemento bastante significativo, no contexto <strong>do</strong> <strong>lazer</strong>, é a festa, capaz<strong>de</strong> mediar à relação entre utopia e uma ação transforma<strong>do</strong>ra, possibilitan<strong>do</strong> a organização ecrescimento <strong>de</strong> muitos grupos diferencia<strong>do</strong>s.Para Bourdieu (1983), o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> por diferentes posições que grupos ocupamno espaço social e que, por sua vez, correspon<strong>de</strong>m a um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> os sistemas <strong>de</strong> diferenciação,os quais são a retradução simbólica <strong>de</strong> diferenças objetivamente inscritas <strong>na</strong>s condições <strong>de</strong>existência.Para Ferreti (2003) o <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> se manifesta a partir da dimensão religiosa, a exemplo da dançaindíge<strong>na</strong>, quan<strong>do</strong> a roti<strong>na</strong> diária é interrompida muitas vezes ao longo <strong>do</strong> ano, pela organização e aparticipação <strong>na</strong> dança. Essa dança representa momentos <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, e também diversão prazerosaDe acor<strong>do</strong> com Marcellino (2002), no entendimento <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> consi<strong>de</strong>ram-se os aspectos <strong>do</strong> tempo eatitu<strong>de</strong>, como um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que atendam <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das características, como a escolhaindividual e um nível <strong>de</strong> satisfação e prazer eleva<strong>do</strong>s. No que diz respeito ao <strong>lazer</strong> e ao aspectotempo, será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> as ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvol<strong>vida</strong>s no tempo libera<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, ou seja,ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s familiares, sociais e religiosas; e no aspecto atitu<strong>de</strong>, será caracteriza<strong>do</strong> pelo tipo <strong>de</strong>relação entre sujeito e experiência vi<strong>vida</strong> e <strong>na</strong> satisfação provocada pela ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>.Para Schwartz (in burgos e pinto, 2000), o homem atual vem buscan<strong>do</strong> inúmeras opções para sedistanciar da roti<strong>na</strong> e <strong>do</strong>s hábitos da <strong>vida</strong> diária, carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> condutas repetitivas, insensibilida<strong>de</strong>,violência, solidão, alie<strong>na</strong>ção, comportamentos <strong>de</strong>sviantes e estresse, aproximan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> uma


essência mais <strong>na</strong>tural <strong>do</strong> viver, o que tem tor<strong>na</strong><strong>do</strong> o ambiente fator relevante para vivencias <strong>de</strong>experiências emocio<strong>na</strong>is e favoreci<strong>do</strong> em outro olhar para o âmbito <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>. Assim, o <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>mantém uma relação com diversas variáveis e, mais significativamente com trabalho e o <strong>lazer</strong>,sen<strong>do</strong>, este o ultimo, o foco <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong>.• LazerO <strong>lazer</strong> tem si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um fenômeno plural, bastante dinâmico e que possibilitacompreen<strong>de</strong>r as mudanças ocorridas no <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> contemporaneida<strong>de</strong>, conforme se focalizamaspectos referentes à escassez <strong>do</strong> tempo para vivência <strong>de</strong> opções <strong>de</strong> entretenimento, aoenfraquecimento das relações e à perda <strong>do</strong> contato com a <strong>na</strong>tureza. Pinto (2002) esclarece que essesnovos ritmos imprimem uma oscilação <strong>de</strong> comportamento, com base <strong>na</strong>s diferenças <strong>do</strong>s indivíduos,<strong>na</strong> estilização e <strong>na</strong> estetização da <strong>vida</strong> cotidia<strong>na</strong>.Alguns elementos começam a ganhar maior projeção, por permitirem um afastamento temporárioda realida<strong>de</strong> rotineira e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivências mais significativas, como é o campo <strong>do</strong> <strong>lazer</strong><strong>na</strong> atualida<strong>de</strong>. Esses novos espaços que se formaram para suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> homemmo<strong>de</strong>rno em se adaptar ao <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> compatível com o momento, sob a ótica <strong>de</strong> Marcellino(2003), apontam para duas gran<strong>de</strong>s correntes: a que prioriza o aspecto relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> à atitu<strong>de</strong> e a queevi<strong>de</strong>ncia o aspecto relativo ao tempo.Em relação à atitu<strong>de</strong>, o <strong>lazer</strong> como um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong>,caracteriza<strong>do</strong> pelo tipo <strong>de</strong> relação existente entre o sujeito e a sua experiência. Sob o aspectotempo, o indivíduo situa-se como libera<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho e das obrigações familiares, sociais ereligiosas, sen<strong>do</strong> possível a preservação <strong>de</strong> experiências coletivas mais significativas.Para Bramante (1998), o <strong>lazer</strong> se traduz por uma dimensão privilegiada da expressão huma<strong>na</strong><strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um tempo conquista<strong>do</strong>, materializada através <strong>de</strong> uma experiência pessoal criativa, <strong>de</strong>prazer e que não se repete no tempo e espaço, cujo eixo principal é pauta<strong>do</strong> no fenômeno lúdico.Esta experiência é enriquecida pelo seu potencial socializa<strong>do</strong> e <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da, pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntemente,por uma gran<strong>de</strong> motivação intrínseca, sen<strong>do</strong> realizada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto marca<strong>do</strong> pelapercepção <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.Segun<strong>do</strong> Stebbins (1982 – 1992) o <strong>lazer</strong> representa ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s espontâneas, realizadas no tempolivre que promovem satisfação ao indivíduo ou servem ape<strong>na</strong>s para preencher o tempo (Stebbins,2007).Lazer sério - o adjetivo sério correspon<strong>de</strong> à incorporação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s como serieda<strong>de</strong>, cuida<strong>do</strong>s,responsabilida<strong>de</strong>, comprometimento, etc. Para o mesmo autor as perspectivas <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> sério são:<strong>lazer</strong> casual, <strong>lazer</strong> basea<strong>do</strong> em projeto, ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s ama<strong>do</strong>ra, passa tempo e voluntária. Lazer sério;Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s essenciais, interessantes e <strong>na</strong>turais para o participante <strong>de</strong>scobrir uma ocupação quepossibilite adquirir habilida<strong>de</strong>s, conhecimento e experiência.Lazer casual; Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s passageiras que requerem pequenos, ou nenhum, trei<strong>na</strong>mento para seremapreciadas como ler jor<strong>na</strong>l, assistir televisão etc.Lazer basea<strong>do</strong> em projeto; Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s que requerem planejamento, empenho, habilida<strong>de</strong>s econhecimentos específicos: como planejamento <strong>de</strong> celebrações <strong>na</strong>tali<strong>na</strong>s, feria<strong>do</strong>s, festa <strong>de</strong>aniversário etc.Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong> ama<strong>do</strong>ra; aplica-se às pessoas que ocupam parte <strong>do</strong> tempo em ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s que, para outrosindivíduos, constituem perío<strong>do</strong> integral <strong>de</strong> trabalho.Ex: marceneiro, jardineiro, músico, professor <strong>de</strong> dança, instrutor <strong>de</strong> <strong>na</strong>tação, etc.Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong> passatempo (hobby); São ocupações especiais, <strong>de</strong> interesse particular, que as pessoasapreciam.Ex: colecio<strong>na</strong><strong>do</strong>res, inventores, gêneros literários, jogos esportivos, admira<strong>do</strong>res <strong>de</strong> artes etc.Ati<strong>vida</strong><strong>de</strong> voluntária; Acontece espontaneamente e envolve o benefício <strong>de</strong> outra pessoa, grupo, ouorganização.Ex: voluntário no esporte, turismo, <strong>na</strong>tureza, museu, creches, hospitais, asilos, etc.


Ainda no contexto <strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> propicia<strong>do</strong>s pela dança indíge<strong>na</strong>, serão apresenta<strong>do</strong>s aseguir os componentes que integram a dança indíge<strong>na</strong>. Tais componentes permitem levar aopúblico o imaginário da dança, constituin<strong>do</strong> um espaço particular on<strong>de</strong> o sagra<strong>do</strong> e o profano seencontra. Seguem os elementos mencio<strong>na</strong><strong>do</strong>s:Lenda muirakitãA Lenda <strong>do</strong> Muirakitã mais <strong>de</strong> que qualquer outra da região amazônica, se <strong>de</strong>staca pelo fascínio,pelo mistério e pela controvérsia que envolvem o mineral <strong>do</strong> qual é comumente feito (ja<strong>de</strong>) e aversão principal <strong>de</strong> sua origem (da legendária tribo das Amazo<strong>na</strong>s), evocan<strong>do</strong> questio<strong>na</strong>mentosentre arqueólogos, historia<strong>do</strong>res e colecio<strong>na</strong><strong>do</strong>res. Segun<strong>do</strong> a lenda mais comum, os verda<strong>de</strong>irosMuirakitãs são filhos da Lua retirada <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> um imaginário lago <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong><strong>do</strong> Espelho da Lua,Iaci-uaruá, <strong>na</strong> proximida<strong>de</strong> das <strong>na</strong>scentes <strong>do</strong> rio Nhamundá, perto <strong>do</strong> qual habitavam as índiasIcamiabas, <strong>na</strong>ção das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamaram <strong>de</strong> Amazo<strong>na</strong>s(mulheres sem mari<strong>do</strong>).O lago era consagra<strong>do</strong> à Lua, pelas Icamiabas, on<strong>de</strong> anualmente realizavam a Festa <strong>de</strong> Iaci,divinda<strong>de</strong> mãe <strong>do</strong> Muiraquitã, que lhe oferecia o precioso amuleto retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> leito lacustre.A festadurava vários dias, durante os quais as mulheres recebiam índios da al<strong>de</strong>ia <strong>do</strong>s Guacaris, tribo maispróxima das Icamiabas, com os quais mantinham relações sexuais e procriavam.A lenda também diz que, se <strong>de</strong>ssa união <strong>na</strong>scessem filhos masculinos, estes seriam sacrifica<strong>do</strong>s,<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> sobreviver somente os <strong>de</strong> sexo feminino. Depois <strong>do</strong> acasalamento, pouco antes da meianoite,com as águas sere<strong>na</strong>s e a Lua refletida no lago, as índias nele mergulhavam até o fun<strong>do</strong> parareceber <strong>de</strong> Iaci os preciosos talismãs, com a configuração que <strong>de</strong>sejavam, receben<strong>do</strong>-os aindamoles, petrifican<strong>do</strong>-se em contato com o ar, logo após saírem d’água. Então os presenteavam aosGuacaris com os quais se acasalavam, o que os faria serem bem recebi<strong>do</strong>s on<strong>de</strong> os exibissem, além<strong>de</strong> <strong>do</strong>tar outros po<strong>de</strong>res mágicos ao amuleto.• Ciclo <strong>de</strong> apresentaçãoEssa é a fase em que a dança indíge<strong>na</strong> e <strong>do</strong> interior, irão se apresentar no arraial da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ZéDoca, localiza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> praça, ruas e clubes, no dia 23 <strong>de</strong> junho, esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se até o dia 03 <strong>de</strong> julho.Alber<strong>na</strong>z (2004) <strong>de</strong>staca que tais apresentações são estabelecidas previamente nos contratos, porajuda <strong>de</strong> pessoas que apóiam a brinca<strong>de</strong>ira, durante a fase <strong>do</strong>s ensaios.Nas apresentações da dança indíge<strong>na</strong> acontecem <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>, mediante a programação jáestabelecida, durante to<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> da festa juni<strong>na</strong>. Em geral, cada apresentação tem duração <strong>de</strong> 50minutos. A cida<strong>de</strong> fica enfeitada com ban<strong>de</strong>irinhas e as apresentações da dança acontecem noarraial viva Zé Doca. As são músicas que retratam o cotidiano da dança indíge<strong>na</strong>. O ponto alto dasapresentações da dança acontece no fim <strong>de</strong> sema<strong>na</strong> dias 25, 26, 27, 28 e 29 <strong>de</strong> junho.Atualmente, essa festa atrai milhares <strong>de</strong> pessoas, entre simpatizantes e turistas, durante to<strong>do</strong> dia. Osgrupos <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong> se concentram <strong>na</strong> avenida tocan<strong>do</strong> suas músicas e dançan<strong>do</strong> até o fi<strong>na</strong>l danoite.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS• Natureza da pesquisaO presente estu<strong>do</strong> tem uma <strong>na</strong>tureza qualitativa, pelo fato <strong>de</strong> que este méto<strong>do</strong> favorece a análisedas interações entre os temas categoriza<strong>do</strong>s a fim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os processos dinâmicos vivi<strong>do</strong>spelo grupo social <strong>de</strong> Zé Doca. O estu<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong> duas fases complementares, sen<strong>do</strong> a primeirareferente a uma pesquisa bibliográfica, feita em referenciais teóricos, constan<strong>do</strong> <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> livros,análise <strong>de</strong> jor<strong>na</strong>is e outras fontes <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.Para a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da pesquisa utilizou-se <strong>de</strong> questionário por ser é um <strong>do</strong>s procedimentos maisutiliza<strong>do</strong>s para obter informações. É uma técnica <strong>de</strong> custo razoável, apresenta as mesmas questõespara todas as pessoas, garante o anonimato e po<strong>de</strong> conter questões para aten<strong>de</strong>r a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>sespecíficas <strong>de</strong> uma pesquisa. Aplicada criteriosamente, esta técnica apresenta elevadaconfiabilida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s para medir atitu<strong>de</strong>s, opiniões, comportamento,circunstâncias da <strong>vida</strong> <strong>do</strong> cidadão, e outras questões. O roteiro da pesquisa foi realiza<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>s


indica<strong>do</strong>res: hábitos e costumes, relações interpessoais e relações <strong>de</strong> representação da dançaindíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé <strong>do</strong>ca. No entanto para pesquisa utilizou-ze a amostra <strong>de</strong> 10 pessoasparticipantes da dança indíge<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo muriakitã envolvi<strong>do</strong>s com os festejos juninos.4. CONSIDERAÇÕES FINAISO presente estu<strong>do</strong> teve como objetivo investigar a dança indíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca <strong>na</strong>configuração <strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> como fator <strong>de</strong>cisivo <strong>na</strong> organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo.Procurou-se, portanto, respon<strong>de</strong>r questões relativas ao mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> Zé Doca, em suasmudanças e transformações, por meio <strong>de</strong> observações no ciclo <strong>de</strong> apresentação da dança indíge<strong>na</strong>ocorridas no mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009. No que diz respeito à abordagem sobre <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> da cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Zé Doca percebeu-se como um conjunto <strong>de</strong> aspectos da <strong>vida</strong> diária, que <strong>de</strong>screve como osindivíduos se organiza, comportam e fazem escolhas, permite relacio<strong>na</strong>r elementos importantes dadança indíge<strong>na</strong>, <strong>de</strong>svendan<strong>do</strong> o imaginário <strong>do</strong> ritual, da beleza, alegria, religiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umamaneira própria <strong>de</strong> viver. Assim, ten<strong>do</strong> como base essa festa buscou-se i<strong>de</strong>ntificar quais os fatoresque <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m o <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong>s indivíduos envolvi<strong>do</strong>s direta e indiretamente com a dança, sejacomo participante ou como especta<strong>do</strong>r. Para tanto, foram observa<strong>do</strong>s aspectos como hábitos ecostumes, as relações interpessoais e a representação da dança indíge<strong>na</strong> <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong> da ZéDoca. A partir <strong>de</strong> elementos como o perfil <strong>do</strong> sujeito, cenário da dança, comportamento social eatributos simbólicos, diferentes situações percebidas durante a festa foram a<strong>na</strong>lisadas como asrelações sociais, a <strong>de</strong>voção, memória, as fantasias e papéis assumi<strong>do</strong>s pelos participantes.Por meio da dança, brincantes da dança indíge<strong>na</strong> encontram um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> que possibilite aogrupo uma maneira própria <strong>de</strong> estabelecer suas regras e valores. Assim, consi<strong>de</strong>ra-se que nocotidiano <strong>de</strong> <strong>vida</strong> da comunida<strong>de</strong>, os momentos vivencia<strong>do</strong>s pelos indivíduos <strong>de</strong> Zé Doca durante ofestejo junino configuram um espaço <strong>de</strong> divertimento, <strong>de</strong>scontração e <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, <strong>na</strong> medida em queexiste a aproximação da família com valores <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e coleguismo. Esse aspecto enten<strong>de</strong>u-seque as fantasias retratam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a beleza <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong>, favorecen<strong>do</strong> aaproximação <strong>do</strong>s indivíduos das classes mais populares da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca com a festa.Entretanto, percebe-se que as classes sociais privilegiadas também buscam um espaço que lhespermita prestigiar essa e outras brinca<strong>de</strong>iras Com base <strong>na</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações que confere por meio <strong>do</strong>festejo junino enten<strong>de</strong>-se que o gosto e preferências que aproximam a comunida<strong>de</strong> com as classesmais populares <strong>de</strong> Zé Doca nos ensaios da dança realizada em clubes <strong>de</strong> festa o que prevalece aindaé a tradição da dança <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong> como aspecto importante <strong>de</strong> preservação da dançaindíge<strong>na</strong>. De mo<strong>do</strong> que a dança indíge<strong>na</strong> não perca essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca énecessário que seus organiza<strong>do</strong>res continuem a promover os ensaios também <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAlber<strong>na</strong>z, l. S. F.: instituições, experiências culturais e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> no maranhão. 2004. 346 f. Tese(<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em ciências sociais) - instituto <strong>de</strong> filosofia e ciências huma<strong>na</strong>s, universida<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong>campi<strong>na</strong>s, campi<strong>na</strong>s, São Paulo, 2004.Amaral, R. C. Festa à brasileira: significa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> festejar no país que não é sério. 1998. 387f. Tese(<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em antropologia) – faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> filosofia, letras e ciências huma<strong>na</strong>s, universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>são Paulo, são Paulo, 1998.Bardieu, l. Análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>. Lisboa: edições 70, 1994.Bourdieu, p.; Saint – Martin, m. Gostos <strong>de</strong> classe e <strong>estilo</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. In: Ortiz, R.(org.). PierreBourdieu. 2 ed. São Paulo: ática, 1994. P.82-121. (coleção gran<strong>de</strong>s cientistas sociais. Sociologia,39).Brandão, C.R A cultura <strong>na</strong> rua. Campi<strong>na</strong>s, SP: papirus, 1989.Burgos, m. S.; pinto, l.m. S (org.). Lazer e <strong>estilo</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. 1 ed. Santa cruz <strong>do</strong> sul: edunisc, 2002.179 p._____________culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. 4 ed. São Paulo:editora da universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são Paulo, 2008.Cascu<strong>do</strong>, l. C. Folclore <strong>do</strong> Brasil: pesquisas e notas. 2 ed. Natal: fundação José Augusto, 1980.


Da Matta, R. Car<strong>na</strong>vais, malandros e heróis: para uma sociologia <strong>do</strong> dilema brasileiro. 5ª. Ed. Rio<strong>de</strong> janeiro: Gua<strong>na</strong>bara, 1990.Ferretti, s. Religião e cultura popular: estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> festas populares e <strong>do</strong> sincretismo religioso. Osurbanistas - revista digital <strong>de</strong> antropologia urba<strong>na</strong>. São Paulo.v.1, out.2003.Disponível:. Acesso em 30 out. 2006.Mag<strong>na</strong>ni, j.g.c. Festa no pedaço: cultura popular e <strong>lazer</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>. 2ª ed. São paulo: hucitec, 1998.Mag<strong>na</strong>ni, j.g.c. Quan<strong>do</strong> o campo é a cida<strong>de</strong>: fazen<strong>do</strong> antropologia <strong>na</strong> metrópole. In: Mag<strong>na</strong>ni, j.g.;torres, l.l. (orgs.) Na metrópole - textos <strong>de</strong> antropologia urba<strong>na</strong>. Edusp, são paulo, 1996. P. 1 – 29.Marcellino, n. C. Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>lazer</strong>: uma introdução. 3ª ed. Campi<strong>na</strong>s: autores associa<strong>do</strong>s, 2002.Pinto, j.p.m.s; Jesus, a.n. A transformação da visão <strong>de</strong> corpo <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal. Motriz, v. 6, n2. P. 89 – 96, 2000.Pinto, l.m.s. Vivências lúdicas no <strong>lazer</strong>: humanização pelos jogos, brinque<strong>do</strong>s e brinca<strong>de</strong>iras. In:Marcellino, n.s. (org.). Lazer e cultura. Campi<strong>na</strong>s, SP: editora alínea, 2007. P. 171 – 194.Pinto, l.m. S. Lazer e <strong>estilo</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>: reflexão e <strong>de</strong>bate <strong>na</strong> perspectiva da “virada” dacontemporaneida<strong>de</strong>. In: burgos, m.s.; pinto, l. M. (org.). Lazer e <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. Santa cruz <strong>do</strong> sul:edunisc, 2002. P. 9 - 26.Programação juni<strong>na</strong>: o maranhão é muito mais São João. Fundação <strong>de</strong> cultura <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Maranhão. Zé Doca, 2009.Rosa, m.c. As festas e o <strong>lazer</strong>. In: Marcellino, n. C. (org.). Lazer e cultura. Campi<strong>na</strong>s, sp: editoraalínea, 2007. P. 195 – 218.Rosa, m.c. Inter-relações <strong>de</strong> turistas e mora<strong>do</strong>res: um olhar através das manifestações corporais nocar<strong>na</strong>val <strong>de</strong> ouro preto. 1998. 164 f. Dissertação (mestra<strong>do</strong> em educação física) – faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>educação física, Unicamp, campi<strong>na</strong>s, 1998.Schwartz, g. M.emoção, aventura e risco - a dinâmica metafórica <strong>do</strong>s novos <strong>estilo</strong>s. In: burgos,m.s.; pinto, l. M. (org.). Lazer e <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. Santa cruz <strong>do</strong> sul: edunisc, p. 139-168, 1992.Schwartz, g. M. O conteú<strong>do</strong> virtual <strong>do</strong> <strong>lazer</strong>: contemporizan<strong>do</strong> dumazedier. Licere, belo horizonte,v. 6, n.2, p. 23-31, 2003.Stebbins, r.a. Perspective for our time: serious leisure. New Brunswick, new jersey: transactionpublishers, 2007.______ Amateurs, professio<strong>na</strong>l and serious leisure. Montreal: McGill queems’s university press,1992. Disponível em: . Acesso em 30 out. 2006.______ serious leisure: a conceptual statement. Jour<strong>na</strong>l pacific sociological review. University ofCalifornia press. V.25, n.2, 1982, p. 251-272. Disponível em: http://links.jstor.org/sici. Acesso em30 out. 2006.Stoppa, e.a. Associativismo, sociabilida<strong>de</strong> e <strong>lazer</strong>. In: Marcellino, n. C. (org.). Lazer e cultura.Campi<strong>na</strong>s, SP: editora alínea, 2007. P. 119 – 134.Volp, c.m.; <strong>de</strong>utsch, s.; Schwartz, g.m. Por que dançar? Um estu<strong>do</strong> comparativo. Motriz, v. 1, n. 1,p. 52-58, junho/1995CUNHA, Manuela carneiro da (org) história <strong>do</strong> índio no Brasil. São Paulo Fapesp, companhia dasletras e secretaria municipal <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong> São Paulo 1992 ( projeto Editorial núcleo <strong>de</strong> históriaindíge<strong>na</strong>).6. AGRADECIMENTOSAo professor Heral<strong>do</strong> Marconi da Costa Teixeira e ao Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Maranhão/Campus Zé Doca, por apoiar este projeto.


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