corrente, que começou com os camponeses e foi a<strong>do</strong>tada pela nobreza, numa forma maisrequintada, sen<strong>do</strong> chamada <strong>de</strong> carola. No fi<strong>na</strong>l da ida<strong>de</strong> média a dança tornou-se parte <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s osacontecimentos festivos• Danças folclóricasÉ uma forma <strong>de</strong> dança social que se <strong>de</strong>senvolveu como parte <strong>do</strong>s costumes e tradições <strong>de</strong> um povoe são transmitidas <strong>de</strong> geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas emroda, às vezes se colocam em fileiras. Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela petição,vão mudan<strong>do</strong> com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelham-se ao <strong>estilo</strong> origi<strong>na</strong>l.To<strong>do</strong>s os países têm algum tipo <strong>de</strong> dança folclórica e a maioria pertence ape<strong>na</strong>s a sua <strong>na</strong>ção, comopor exemplo: a tarantela, italia<strong>na</strong>, a croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumassão executadas em ocasiões especiais, como a polca <strong>de</strong> <strong>na</strong>tal sueca, a hayivka, dança da páscoaucrania<strong>na</strong>, a hochzeitstanz, dança austríaca <strong>de</strong> casamento e o reisa<strong>do</strong> brasileiro, que festeja avéspera <strong>do</strong> dia <strong>de</strong> reis• Principais danças folclóricas <strong>do</strong> BrasilSamba <strong>de</strong> roda: Estilo musical caracteriza<strong>do</strong> por elementos da cultura-afro-brasileira. Surgiu noesta<strong>do</strong> da Bahia, no século xix. É uma variante mais tradicio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> samba. Os dançarinos dançamnuma roda ao som <strong>de</strong> músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pan<strong>de</strong>iro, viola,atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utiliza<strong>do</strong>s.Maracatu: O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região per<strong>na</strong>mbuca<strong>na</strong>. Reúne umainteressante mistura <strong>de</strong> elementos culturais afro-brasileiros, indíge<strong>na</strong>s e europeus. Possui uma fortecaracterística religiosa. Os dançarinos representam perso<strong>na</strong>gens históricos (duques, duquesas,embaixa<strong>do</strong>res, rei e rainha). O cortejo é acompanha<strong>do</strong> por uma banda com instrumentos <strong>de</strong>percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).Frevo: Este <strong>estilo</strong> per<strong>na</strong>mbucano <strong>de</strong> car<strong>na</strong>val é uma espécie <strong>de</strong> marchinha muito acelerada, que, aocontrário <strong>de</strong> outras músicas <strong>de</strong> car<strong>na</strong>val, não possui letra, sen<strong>do</strong> simplesmente tocada por umabanda que segue os blocos car<strong>na</strong>valescos enquanto os dançarinos se divertem dançan<strong>do</strong>. Osdançarinos <strong>de</strong> frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colori<strong>do</strong> como elementocoreográfico.Baião: Ritmo musical, com dança, típico da região nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> brasil. Os instrumentos usa<strong>do</strong>s <strong>na</strong>smúsicas <strong>de</strong> baião são: triângulo, viola, acor<strong>de</strong>om e flauta <strong>do</strong>ce. A dança ocorre em pares (homem emulher) com movimentos pareci<strong>do</strong>s com o <strong>do</strong> forró (dança com corpos cola<strong>do</strong>s). O gran<strong>de</strong>representante <strong>do</strong> baião foi Luiz Gonzaga.Catira: Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas <strong>de</strong> pés epalmas <strong>do</strong>s dançarinos. Ligada à cultura caipira, são típicas da região interior <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> SãoPaulo, Paraná, Mi<strong>na</strong>s gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumentos utiliza<strong>do</strong>s é a viola, tocada,geralmente, por um par <strong>de</strong> músicosQuadrilha: É uma dança típica da época <strong>de</strong> festa juni<strong>na</strong>. Há um anima<strong>do</strong>r que vai anuncian<strong>do</strong> frasese marcan<strong>do</strong> os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vesti<strong>do</strong>s com roupas típicas da culturacaipira (camisas e vesti<strong>do</strong>s xadrezes, chapéu <strong>de</strong> palha) vão fazen<strong>do</strong> uma coreografia especial. Adança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas <strong>de</strong> festa juni<strong>na</strong> maisconhecidas são: capelinha <strong>de</strong> melão, pula fogueira e cai,cai balão.• Dança indíge<strong>na</strong>A música <strong>do</strong> povo indíge<strong>na</strong> como a arte expôs seus sentimentos nos cânticos. O cântico indíge<strong>na</strong> aprincipal maneira <strong>de</strong> louvar a <strong>de</strong>us tanto <strong>na</strong> alegria quanto <strong>na</strong>s tristezas das conquistas e <strong>de</strong>rrotastambém fazer protesto diante da socieda<strong>de</strong>. Cantam e dançam o toré quan<strong>do</strong> estão tristes, <strong>do</strong>ente ouperdi<strong>do</strong> alguma causa, pedin<strong>do</strong> força para ter coragem e não parar <strong>de</strong> lutar. Assim quan<strong>do</strong> estãocontentes ou quan<strong>do</strong> conquistam alguma graça <strong>de</strong> <strong>de</strong>us ou por simplesmente por estar com saú<strong>de</strong> e<strong>de</strong> barriga cheia e sempre levan<strong>do</strong> o pensamento a <strong>de</strong>us com amor e respeito para que venharealizar o objetivo. Assim através <strong>de</strong> seu canto e conversa com <strong>de</strong>us tanto pedin<strong>do</strong> quantoagra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>, por que ate o amanhecer é uma gran<strong>de</strong> conquista concedida por <strong>de</strong>us e que temos que
agra<strong>de</strong>cer. O toré canta<strong>do</strong> é representa<strong>do</strong> <strong>de</strong> varias formas e revela home<strong>na</strong>gem e respeito a <strong>de</strong>us ea mãe <strong>na</strong>tureza. Assim o toré i<strong>de</strong>ntifica cada canto com seus gestos para cada home<strong>na</strong>gem feita.(procurar referências)O toré <strong>do</strong> passarinho: revela que um dia foi livre, livre como um pássaro utilizan<strong>do</strong> o seu territóriocom total liberda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> falam sua língua canta e dança seu toré comem o quiser <strong>na</strong> hora que bementen<strong>de</strong>m. Alem <strong>de</strong> nós lembrarmos o passa<strong>do</strong> revela a falta que nós faz aquele tempo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>on<strong>de</strong> à necessida<strong>de</strong> fazer alguma coisa era o patrão.O toré da guerra: antes revelava ape<strong>na</strong>s o guerreiro que lutava contra as <strong>do</strong>enças e por sua própriasobrevivência. Mas hoje revela seu espírito guerreiro que teve como principal objetivo lutar contrao massacre <strong>do</strong> homem branco, e foi e será esse espírito <strong>de</strong> guerreiro que nós fez continuar vivosresistin<strong>do</strong> às invasões que nós trans formaram aparente mente em brancos, mais esse toré da guerratambém revela que essa transformação é só <strong>na</strong> aparência mais interiormente existe e viverá esseguerreiro que nunca morre ape<strong>na</strong>s se transforma graças a <strong>de</strong>us <strong>de</strong> geração em geração.O toré cruza<strong>do</strong>: revela a união <strong>do</strong> homem com a mulher, pois a mulher indíge<strong>na</strong> passa para seucompanheiro uma gran<strong>de</strong> força espiritual e tem uma intuição muito forte, assim essa mulherguerreira representa à força, o amor, a família ninguém mais <strong>do</strong> que ela para estar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> seucompanheiro diante <strong>de</strong> qualquer circunstancia.O toré revela pedi<strong>do</strong> e agra<strong>de</strong>cimentos a <strong>de</strong>us. Dançamos e cantamos esse toré para pedir a <strong>de</strong>usperdão e fartura <strong>de</strong> alimentos e saú<strong>de</strong>, paz, união, e força. Como também para agra<strong>de</strong>cer asconquistas concedidas por <strong>de</strong>us. Também para superar ou ter supera<strong>do</strong> qualquer <strong>de</strong>rrota, comoperda <strong>de</strong> parentes e <strong>do</strong>enças.O toré revela que o progresso daquele povo é responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, que temo <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> estarjuntos, para ganhar ou per<strong>de</strong>r e uni<strong>do</strong>s enfrentar seja qual for o resulta<strong>do</strong>.Desse mo<strong>do</strong> a dança indíge<strong>na</strong> revela um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong> índio que ainda preserva a sua cultura etambém o seu <strong>lazer</strong>. Por esse prisma abordaremos a seguir a relação entre <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e o <strong>lazer</strong>evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> por alguns autores.• Estilo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>O <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong> tem fomenta<strong>do</strong> inúmeras pesquisas referentes a estu<strong>do</strong>s emdiversos campos. Exemplos <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res que discutem esse tema são:Bourdieu (1983), Amaral (1992), Marcellino (2002), Schwartz (in burgos e pinto, 2000 ),Ferreti(2003)Para Amaral (1992), <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> é a forma com que as pessoas, pertencentes a diferentes culturas,interpretam e expressam seus valores, com base em seus costumes e tradições, suas festas, seusrituais, mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vestir e <strong>de</strong> se relacio<strong>na</strong>r. Para esta autora, <strong>de</strong>ntre inúmeros aspectos que envolvema noção <strong>de</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, um elemento bastante significativo, no contexto <strong>do</strong> <strong>lazer</strong>, é a festa, capaz<strong>de</strong> mediar à relação entre utopia e uma ação transforma<strong>do</strong>ra, possibilitan<strong>do</strong> a organização ecrescimento <strong>de</strong> muitos grupos diferencia<strong>do</strong>s.Para Bourdieu (1983), o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> por diferentes posições que grupos ocupamno espaço social e que, por sua vez, correspon<strong>de</strong>m a um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> os sistemas <strong>de</strong> diferenciação,os quais são a retradução simbólica <strong>de</strong> diferenças objetivamente inscritas <strong>na</strong>s condições <strong>de</strong>existência.Para Ferreti (2003) o <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> se manifesta a partir da dimensão religiosa, a exemplo da dançaindíge<strong>na</strong>, quan<strong>do</strong> a roti<strong>na</strong> diária é interrompida muitas vezes ao longo <strong>do</strong> ano, pela organização e aparticipação <strong>na</strong> dança. Essa dança representa momentos <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, e também diversão prazerosaDe acor<strong>do</strong> com Marcellino (2002), no entendimento <strong>do</strong> <strong>lazer</strong> consi<strong>de</strong>ram-se os aspectos <strong>do</strong> tempo eatitu<strong>de</strong>, como um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que atendam <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das características, como a escolhaindividual e um nível <strong>de</strong> satisfação e prazer eleva<strong>do</strong>s. No que diz respeito ao <strong>lazer</strong> e ao aspectotempo, será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> as ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvol<strong>vida</strong>s no tempo libera<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, ou seja,ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s familiares, sociais e religiosas; e no aspecto atitu<strong>de</strong>, será caracteriza<strong>do</strong> pelo tipo <strong>de</strong>relação entre sujeito e experiência vi<strong>vida</strong> e <strong>na</strong> satisfação provocada pela ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>.Para Schwartz (in burgos e pinto, 2000), o homem atual vem buscan<strong>do</strong> inúmeras opções para sedistanciar da roti<strong>na</strong> e <strong>do</strong>s hábitos da <strong>vida</strong> diária, carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> condutas repetitivas, insensibilida<strong>de</strong>,violência, solidão, alie<strong>na</strong>ção, comportamentos <strong>de</strong>sviantes e estresse, aproximan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> uma