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a dança indígena na configuração do estilo de vida e lazer na ...

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indica<strong>do</strong>res: hábitos e costumes, relações interpessoais e relações <strong>de</strong> representação da dançaindíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé <strong>do</strong>ca. No entanto para pesquisa utilizou-ze a amostra <strong>de</strong> 10 pessoasparticipantes da dança indíge<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo muriakitã envolvi<strong>do</strong>s com os festejos juninos.4. CONSIDERAÇÕES FINAISO presente estu<strong>do</strong> teve como objetivo investigar a dança indíge<strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca <strong>na</strong>configuração <strong>do</strong> <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e <strong>lazer</strong> como fator <strong>de</strong>cisivo <strong>na</strong> organização inter<strong>na</strong> <strong>do</strong> grupo.Procurou-se, portanto, respon<strong>de</strong>r questões relativas ao mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> Zé Doca, em suasmudanças e transformações, por meio <strong>de</strong> observações no ciclo <strong>de</strong> apresentação da dança indíge<strong>na</strong>ocorridas no mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009. No que diz respeito à abordagem sobre <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> da cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Zé Doca percebeu-se como um conjunto <strong>de</strong> aspectos da <strong>vida</strong> diária, que <strong>de</strong>screve como osindivíduos se organiza, comportam e fazem escolhas, permite relacio<strong>na</strong>r elementos importantes dadança indíge<strong>na</strong>, <strong>de</strong>svendan<strong>do</strong> o imaginário <strong>do</strong> ritual, da beleza, alegria, religiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umamaneira própria <strong>de</strong> viver. Assim, ten<strong>do</strong> como base essa festa buscou-se i<strong>de</strong>ntificar quais os fatoresque <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m o <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>do</strong>s indivíduos envolvi<strong>do</strong>s direta e indiretamente com a dança, sejacomo participante ou como especta<strong>do</strong>r. Para tanto, foram observa<strong>do</strong>s aspectos como hábitos ecostumes, as relações interpessoais e a representação da dança indíge<strong>na</strong> <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong> da ZéDoca. A partir <strong>de</strong> elementos como o perfil <strong>do</strong> sujeito, cenário da dança, comportamento social eatributos simbólicos, diferentes situações percebidas durante a festa foram a<strong>na</strong>lisadas como asrelações sociais, a <strong>de</strong>voção, memória, as fantasias e papéis assumi<strong>do</strong>s pelos participantes.Por meio da dança, brincantes da dança indíge<strong>na</strong> encontram um <strong>estilo</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> que possibilite aogrupo uma maneira própria <strong>de</strong> estabelecer suas regras e valores. Assim, consi<strong>de</strong>ra-se que nocotidiano <strong>de</strong> <strong>vida</strong> da comunida<strong>de</strong>, os momentos vivencia<strong>do</strong>s pelos indivíduos <strong>de</strong> Zé Doca durante ofestejo junino configuram um espaço <strong>de</strong> divertimento, <strong>de</strong>scontração e <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, <strong>na</strong> medida em queexiste a aproximação da família com valores <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e coleguismo. Esse aspecto enten<strong>de</strong>u-seque as fantasias retratam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a beleza <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> dança indíge<strong>na</strong>, favorecen<strong>do</strong> aaproximação <strong>do</strong>s indivíduos das classes mais populares da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca com a festa.Entretanto, percebe-se que as classes sociais privilegiadas também buscam um espaço que lhespermita prestigiar essa e outras brinca<strong>de</strong>iras Com base <strong>na</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações que confere por meio <strong>do</strong>festejo junino enten<strong>de</strong>-se que o gosto e preferências que aproximam a comunida<strong>de</strong> com as classesmais populares <strong>de</strong> Zé Doca nos ensaios da dança realizada em clubes <strong>de</strong> festa o que prevalece aindaé a tradição da dança <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong> como aspecto importante <strong>de</strong> preservação da dançaindíge<strong>na</strong>. De mo<strong>do</strong> que a dança indíge<strong>na</strong> não perca essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zé Doca énecessário que seus organiza<strong>do</strong>res continuem a promover os ensaios também <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAlber<strong>na</strong>z, l. S. F.: instituições, experiências culturais e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> no maranhão. 2004. 346 f. Tese(<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em ciências sociais) - instituto <strong>de</strong> filosofia e ciências huma<strong>na</strong>s, universida<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong>campi<strong>na</strong>s, campi<strong>na</strong>s, São Paulo, 2004.Amaral, R. C. Festa à brasileira: significa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> festejar no país que não é sério. 1998. 387f. Tese(<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em antropologia) – faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> filosofia, letras e ciências huma<strong>na</strong>s, universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>são Paulo, são Paulo, 1998.Bardieu, l. Análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>. Lisboa: edições 70, 1994.Bourdieu, p.; Saint – Martin, m. Gostos <strong>de</strong> classe e <strong>estilo</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. In: Ortiz, R.(org.). PierreBourdieu. 2 ed. São Paulo: ática, 1994. P.82-121. (coleção gran<strong>de</strong>s cientistas sociais. Sociologia,39).Brandão, C.R A cultura <strong>na</strong> rua. Campi<strong>na</strong>s, SP: papirus, 1989.Burgos, m. S.; pinto, l.m. S (org.). Lazer e <strong>estilo</strong>s <strong>de</strong> <strong>vida</strong>. 1 ed. Santa cruz <strong>do</strong> sul: edunisc, 2002.179 p._____________culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. 4 ed. São Paulo:editora da universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são Paulo, 2008.Cascu<strong>do</strong>, l. C. Folclore <strong>do</strong> Brasil: pesquisas e notas. 2 ed. Natal: fundação José Augusto, 1980.

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