26.04.2013 Views

Boletim n.º 80 - 2º Trimestre 2008 (formato PDF) - SPEM

Boletim n.º 80 - 2º Trimestre 2008 (formato PDF) - SPEM

Boletim n.º 80 - 2º Trimestre 2008 (formato PDF) - SPEM

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

6<br />

Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla<br />

Edição 79 ■ Janeiro a Março <strong>2008</strong><br />

Este facto demonstra, mais uma vez, a necessidade<br />

de avaliação e intervenção psicológica<br />

especializada no sofrimento e limitação demonstrados,<br />

apesar de por vezes os sintomas médicos<br />

serem semelhantes.<br />

Se não existir esta acção da Psicologia, provavelmente,<br />

o que acontecerá, é a terapêutica<br />

indiferenciada na generalidade dos doentes. E<br />

consequentemente quadros psicopatológicos<br />

depressivos e/ou ansiosos, já agravados por<br />

estratégias de adaptação à doença inadequadas<br />

com o diagnóstico, prejudicando e limitando à<br />

partida qualquer estratégia de tratamento bem<br />

como a Esclerose Múltipla por si só.<br />

Em investigações que ficarão por mencionar<br />

neste artigo, aspectos económicos como o<br />

risco de internamento, ou questões psicológicas<br />

como o desenvolvimento de estados<br />

depressivos, estão directamente relacionados<br />

com o modo como cada pessoa se relaciona<br />

com a doença. Assim, importa ajudar o doente<br />

no controlo da doença crónica enfrentando<br />

qualquer perturbação emocional que surja seja<br />

disponibilizando informação, modificando ou<br />

aperfeiçoando as estratégias de resolução de<br />

problemas que existam, lidando com o apoio<br />

familiar e social ou, simplesmente, facilitando a<br />

comunicação com os técnicos de saúde, entre<br />

outros métodos.<br />

Deste modo, e apesar de ainda não serem<br />

conhecidos todas as possibilidades quanto aos<br />

aspectos de avaliação e intervenção na melhoria<br />

da Qualidade de Vida dos doentes com<br />

Esclerose Múltipla, promover-se-á, sem dúvida,<br />

a mudança de comportamentos e pensamentos<br />

quanto à humanização do sistema de saúde, da<br />

investigação e implementação de terapêuticas<br />

adequadas em Saúde e gradualmente serão<br />

aproximados objectivos julgados impensáveis,<br />

no passado, no âmbito da Psicologia da Saúde.<br />

Allison, P., Locker, D., Feine, J. (1997). Quality of life: a dinamic<br />

construct. Society of Scientific Medicine, 45, pp. 221-230;<br />

Anderson, R., Bury, M. (1988). Living with chronic illness: the<br />

experience of patients and their families. Londres, Allen & Unwin;<br />

Bennet, P., Murphy, S. (1999). Psicologia e promo_‹o da saœde.<br />

Lisboa, Climepsi; Bergner, M. (1989). Quality of life, health status,<br />

and clinical research. Medical Care, 27, pp. 148-156;Blair, S.,<br />

Hume, C. (1997). Health and wellness. In Creel, J. (Ed.).<br />

Occupational therapy and mental health. Churchill Livingstone,<br />

Elsevier, pp. 15-26;Bowling, A. (2001). Measuring Disease.<br />

Filadélfia, Open University Press; Ferreira, M., Duarte, M.,<br />

Figueiredo, J. (2002). Aspectos psicológicos na Esclerose Múltipla.<br />

Hospital de S. Marcos, Serviço de Neurologia.<br />

JORGE ASCENÇÃO, <strong>2008</strong><br />

Psicólogo Clínico da <strong>SPEM</strong><br />

Delegação Distrital do Porto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!