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Há Espaço para uma Queda Permanente<br />

da Taxa de Juros?<br />

Não há tema mais arisco na<br />

economia brasileira hoje do<br />

que o que fazer com a taxa de<br />

juros. Que todos concordamos<br />

que seu patamar pode ser livremente<br />

chamado de obsceno<br />

não invalida a discussão se<br />

já temos condições de baixar<br />

os elevados níveis atuais. Em<br />

verdade, as mudanças estruturais<br />

que têm sido feitas na economia<br />

brasileira nas últimas<br />

décadas permitiram que essa<br />

taxa caísse no longo prazo ao<br />

mesmo tempo em que víamos<br />

o crescimento acelerar e a própria<br />

inflação ceder (gráfico I).<br />

Há uma tendência em minimizar<br />

os efeitos dessas reformas<br />

estruturais na economia, mas<br />

já tivemos exemplos internos<br />

de que estas podem levar a<br />

crescimento econômico posterior,<br />

como se viu nas décadas<br />

de 60 e 70. A mesma coisa se<br />

deu agora em que o período reformista<br />

da década de 90 e começo<br />

da passada permitiu que<br />

o PIB potencial crescesse mais<br />

no período seguinte. E, melhor<br />

ainda, num período de bonança<br />

internacional. Assim, entre<br />

2003 e 2008, a forte apreciação<br />

real do câmbio também ajudou<br />

a manter a trajetória da inflação<br />

sob controle. Podemos<br />

considerar tudo isso uma combinação<br />

única e extremamente<br />

rara de eventos que permitiu<br />

caber na mesma equação<br />

crescimento econômico mais<br />

forte e queda na taxa de juros e<br />

na inflação.<br />

Mas momentos assim são a<br />

exceção, infelizmente. O normal<br />

é convivermos com choques negativos<br />

e dificuldades estruturais<br />

que trazem turbulências perversas<br />

para a economia e significam no<br />

final que combinar juros e inflação<br />

mundo lá fora<br />

em queda com crescimento elevado<br />

pode não se sustentar. No<br />

curto prazo, dado o caráter deflacionário<br />

da crise internacional,<br />

veremos uma trajetória benéfica<br />

para a taxa de inflação até 2012<br />

que deverá significar uma taxa de<br />

juros em queda. Uma Selic a 9%<br />

ano que vem a essa altura parece<br />

não apenas provável, mas também<br />

novembro 2011 o visconde 15

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