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mundo lá fora<br />

20<br />

Na Direção Correta: Um Olho na Inflação e Outro<br />

no Crescimento<br />

“O último corte da SELIC decidido pelo COPOM surpreendeu a boa parte dos analistas do mercado.<br />

Essa decisão representa uma ruptura com o regime de metas de inflação? O senhor acha que essa<br />

foi uma decisão acertada?”<br />

A decisão do Banco Central de<br />

iniciar um novo ciclo de redução<br />

da taxa de juros em agosto gerou<br />

muito ruído. Muitos analistas do<br />

mercado interpretaram a medida<br />

como uma possível ruptura<br />

com o regime de metas de inflação.<br />

Avaliaram que a autoridade<br />

monetária estaria buscando estimular<br />

o crescimento e estaria<br />

propensa, portanto, a aceitar uma<br />

inflação persistentemente acima<br />

da meta de 4,5%.<br />

Desde o início do ciclo de<br />

afrouxamento monetário houve<br />

substancial deterioração das projeções<br />

de crescimento da economia<br />

mundial. Em função da crise<br />

da dívida soberana na Zona do<br />

Euro, com risco significativo de<br />

evolução para uma crise bancária,<br />

os níveis de aversão ao risco<br />

internacional aumentaram significativamente,<br />

com impactos<br />

negativos sobre os preços dos<br />

ativos. Esse ambiente de elevada<br />

incerteza serviu como um gatilho<br />

para que se iniciasse um processo<br />

de revisões para baixo do crescimento<br />

das economias avançadas<br />

e das emergentes, com repercussões<br />

negativas sobre a evolução<br />

dos preços das commoditiies.<br />

O Brasil não é uma ilha, é<br />

uma economia integrada comercialmente<br />

e financeiramente ao<br />

o visconde novembro 2011<br />

“A redução da taxa de juros<br />

implicará em economia<br />

adicional para os cofres<br />

públicos”<br />

mundo, e portanto, sentirá os<br />

impactos de um ambiente internacional<br />

de baixo crescimento e<br />

elevada incerteza. A atual crise internacional,<br />

que na verdade é um<br />

desdobramento da crise iniciada<br />

em 2008, afetará a economia<br />

brasileira, entre outros canais de<br />

transmissão, pela via do comércio<br />

exterior. Aproximadamente um<br />

terço das exportações brasileiras<br />

tem como destino os Estados<br />

Unidos e a União Europeia, regiões<br />

com perspectivas baixas de<br />

crescimento (no caso da Europa<br />

a expectativa é de recessão). Mas<br />

e a China, país para o qual destinam-se<br />

15% das exportações do<br />

Brasil, não será capaz de compensar<br />

essa menor demanda externa<br />

do mundo desenvolvido? Não<br />

há ilusões, a China também está<br />

integrada ao mundo e, como tal,<br />

também sentirá os efeitos desse<br />

cenário externo mais adverso, registrando<br />

desaceleração em seu<br />

crescimento. Além disso, o menor

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