27.04.2013 Views

10 anos de Graça Terremoto no Japão Coleta da Solidariedade ...

10 anos de Graça Terremoto no Japão Coleta da Solidariedade ...

10 anos de Graça Terremoto no Japão Coleta da Solidariedade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Abril/2011 - A<strong>no</strong> XXXVI - nº 346<br />

<strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Graça</strong><br />

Página 2<br />

O Ressuscitado e<br />

as mulheres<br />

Página 03<br />

<strong>Terremoto</strong> <strong>no</strong><br />

<strong>Japão</strong><br />

Página 04<br />

<strong>Coleta</strong> <strong>da</strong><br />

Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Página 07<br />

Seminaristas <strong>da</strong><br />

Diocese <strong>de</strong><br />

Dourados<br />

Página 09<br />

Como cui<strong>da</strong>r do<br />

Planeta?<br />

Página 15


02<br />

Editorial A Palavra do Pastor<br />

Páscoa, libertação para o amor<br />

Todos os <strong>a<strong>no</strong>s</strong> os cristãos se preparam<br />

e aguar<strong>da</strong>m ansiosos a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> páscoa<br />

na celebração litúrgica que marca o maior<br />

evento <strong>da</strong> história do Cristianismo, caminho<br />

<strong>de</strong> libertação e salvação.<br />

Viver a experiência do Deus vivo e<br />

libertador <strong>no</strong>s coloca num lugar<br />

privilegiado <strong>de</strong> filhos e filhas amados por<br />

Deus e salvos por seu po<strong>de</strong>r.<br />

Uma celebração-refeição que unifica<br />

história <strong>da</strong> salvação, cultura dos povos,<br />

amadurecimento <strong>da</strong> fé, esperança e<br />

renascimento para uma vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va,<br />

proporciona<strong>da</strong> por Deus que se humilha<br />

e morre, a fim <strong>de</strong> salvar a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

pecado e <strong>da</strong> morte.<br />

A Páscoa somente ganha sentido e<br />

profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>no</strong>ssas vi<strong>da</strong>s quando<br />

encara<strong>da</strong> na sua dimensão ju<strong>da</strong>ico-cristã.<br />

Os ju<strong>de</strong>us já tinham por hábito, à<br />

semelhança <strong>de</strong> outros povos, reunir-se em<br />

volta <strong>da</strong> mesa e dos alimentos para tornar<br />

Deus consensual <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

estabelecer comunhão com Ele.<br />

Israel celebrava uma refeição ritual:<br />

imolavam um cor<strong>de</strong>iro, comiam-<strong>no</strong> e com<br />

o seu sangue aspergiam as portas <strong>de</strong> suas<br />

casas e ten<strong>da</strong>s. Assim tornavam Deus<br />

mais próximo e protetor contra to<strong>da</strong>s as<br />

pragas, epi<strong>de</strong>mias e enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Esta<br />

experiência ritual do cor<strong>de</strong>iro coincidiu<br />

com a libertação real e histórica <strong>da</strong>quele<br />

povo, que clamou a Deus para que agisse<br />

em seu favor contra a escravidão do Egito.<br />

Naquele dia em que o povo <strong>de</strong> Israel<br />

fora liberto representou a Páscoa, ou seja,<br />

a passagem do Senhor que marcou o fim<br />

do cativeiro e o início <strong>da</strong> libertação. A partir<br />

<strong>da</strong>í o cor<strong>de</strong>iro passou a ser um sinal <strong>de</strong><br />

salvação para a posteri<strong>da</strong><strong>de</strong>. Deus liberta<br />

Israel <strong>da</strong> escravidão e <strong>da</strong> escuridão<br />

gera<strong>da</strong> pelo Egito. Estava assim instituí<strong>da</strong><br />

a Páscoa Ju<strong>da</strong>ica, celebra<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> hoje<br />

por todos os Ju<strong>de</strong>us.<br />

É neste contexto <strong>de</strong> passagem e <strong>de</strong><br />

libertação que relacionamos a Páscoa<br />

Cristã. Jesus Cristo, sabendo que chegara<br />

Expediente ELO<br />

Órgão Informativo <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

Abril/2011 - A<strong>no</strong> XXXVI - nº 346<br />

Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Mitra Diocesana <strong>de</strong> Dourados<br />

Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz<br />

Telefone: (67) 3422-69<strong>10</strong> / Fax: (67) 3422-6911<br />

Site: www.diocesedourados.com.br E-mail: elo@diocesedourados.com.br<br />

Tiragem: 21.500 exemplares Impressão: Diário MS<br />

ADVOCACIA & CONSULTORIA<br />

PREVIDENCIÁRIA<br />

Franco José Vieira<br />

Adgovado OAB/MS 4.715<br />

Fone: (67) 3441-5406 / (67) 9638-13<strong>10</strong><br />

a sua hora, reuniu-se com os seus amigos<br />

para fazer memória <strong>da</strong> Páscoa Ju<strong>da</strong>ica,<br />

abençoando o pão ázimo e o vinho. Aquele<br />

significativo ritual <strong>de</strong> memória trazia<br />

consigo uma <strong>no</strong>vi<strong>da</strong><strong>de</strong>: já não era memorial<br />

dos acontecimentos do Êxodo e <strong>da</strong> Aliança<br />

antiga, mas sinal do acontecimento <strong>no</strong>vo,<br />

<strong>da</strong> sua morte na cruz e <strong>da</strong> sua<br />

ressurreição. O alimento pascal ju<strong>da</strong>ico<br />

foi substituído pelo banquete eucarístico<br />

dos cristãos. A referência antiga recebeu<br />

um conteúdo <strong>no</strong>vo. Cristo tor<strong>no</strong>u-se o<br />

cor<strong>de</strong>iro <strong>da</strong> Nova Aliança e a sua morte na<br />

cruz e sua ressurreição <strong>de</strong>ram origem à<br />

Nova Páscoa. O símbolo tor<strong>no</strong>u-se<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os cristãos, ao celebrar a<br />

Páscoa, evocam, não apenas um<br />

acontecimento do passado, mas atualizam<br />

em si a passagem do “homem velho” para<br />

o “homem <strong>no</strong>vo” à semelhança <strong>de</strong> Cristo.<br />

Hoje, como <strong>no</strong> tempo <strong>de</strong> Moisés,<br />

continua a existir povos opressores e<br />

nações oprimi<strong>da</strong>s. A libertação ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira,<br />

<strong>no</strong> respeito por ca<strong>da</strong> um e por todos os<br />

homens, é tão necessária e urgente como<br />

há milhares <strong>de</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong>. A paz e o amor<br />

somente serão possíveis quando houver<br />

justiça entre os povos, on<strong>de</strong> o sentido <strong>da</strong><br />

partilha, <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> comunhão<br />

ultrapassarem o egoísmo e a indiferença.<br />

Celebrar a Páscoa Cristã significa<br />

participar <strong>da</strong> morte e ressurreição <strong>de</strong><br />

Cristo, <strong>da</strong>ndo origem a um homem <strong>no</strong>vo e<br />

uma <strong>no</strong>va socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

amar e <strong>de</strong> fazer resplan<strong>de</strong>cer este amor<br />

<strong>no</strong> coração <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong> a<br />

humani<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Feliz Páscoa<br />

a todos! Que a<br />

força do Cristo<br />

Ressuscitado<br />

dissipe as trevas<br />

do <strong>no</strong>sso coração<br />

e <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

mente.<br />

Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Coor<strong>de</strong>nador Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong> Pastoral<br />

Dom Redovi<strong>no</strong> Rizzardo<br />

Bispo Diocesa<strong>no</strong><br />

Quando comecei a pensar <strong>no</strong> significado<br />

dos meus <strong>de</strong>z <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> serviço à Igreja como<br />

bispo <strong>de</strong> Dourados (2001/2011), a palavra <strong>de</strong><br />

Deus que brotou espontânea do meu coração<br />

foi a mesma que inflamava o profeta Isaías: «O<br />

ouvido jamais ouviu e o olho jamais viu que um<br />

Deus, além <strong>de</strong> ti, tenha feito tanto por aqueles<br />

que nele confiam!» (Is 64,3).<br />

Mas, o que me leva a agra<strong>de</strong>cer não são<br />

somente os eventos e as obras com que Deus<br />

enriqueceu a Igreja diocesana nesse período:<br />

a criação <strong>de</strong> onze paróquias; a chega<strong>da</strong> <strong>de</strong> 15<br />

congregações religiosas e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

vi<strong>da</strong>; a implantação <strong>da</strong>s Rádios “Coração”,<br />

“Imacula<strong>da</strong> Conceição” e “Boa Nova” (em<br />

Itaporã, Dourados e Iguatemi); as Santas<br />

Missões Populares; o Jubileu <strong>de</strong> Ouro <strong>da</strong><br />

Diocese; a or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> sete padres religiosos,<br />

16 padres dioces<strong>a<strong>no</strong>s</strong> e 13 diáco<strong>no</strong>s<br />

permanentes; a Expo-Católica; o jornal<br />

diocesa<strong>no</strong> “Elo”; as pequenas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s; e,<br />

por fim, os 230.000 quilômetros percorridos<br />

para celebrar 35.000 crismas e visitar as 49<br />

paróquias <strong>da</strong> Diocese.<br />

Para Deus e para a Igreja, os eventos e<br />

as obras só produzem frutos se é o amor que<br />

os motiva e sustenta. Caso contrário, vale<br />

inclusive para os bispos, a advertência <strong>de</strong> São<br />

Paulo: «Se não tenho amor, sou como um<br />

bronze que soa ou como um si<strong>no</strong> que bate»<br />

(1Cor 13,1). Foi o que me ensinaram inúmeras<br />

pessoas, que <strong>de</strong>scobriram na cari<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

alavanca capaz <strong>de</strong> erguer o mundo. Uma <strong>de</strong>las,<br />

doente <strong>de</strong> câncer, unia sua dor à <strong>de</strong> Jesus na<br />

cruz, e exclamava: «É o Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus que<br />

avança!»<br />

No dia 25 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2001, <strong>no</strong> final <strong>da</strong><br />

or<strong>de</strong>nação episcopal, eu me dirigi ao público<br />

presente com estas palavras: «Sinto-me na<br />

obrigação <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer. Em primeiro lugar, a<br />

Deus, que vocês me aju<strong>da</strong>ram a perceber<br />

presente nesta belíssima celebração; a Deus,<br />

que sempre me <strong>de</strong>monstrou um amor todo<br />

particular, tanto que, muitas vezes, me senti –<br />

Fone:<br />

(67) 3423-4400<br />

e-mail: eletrowattsdourados@terra.com.br<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 2758 - Centro - Dourados - MS<br />

<strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Graça</strong><br />

BOA SORTE CEREAIS LTDA<br />

Fone: (67) 3423-4222<br />

Abril/2011<br />

como diz o Evangelho falando <strong>de</strong> João – o<br />

“discípulo que Jesus amava”; a Deus, que me<br />

escolheu e continua me envolvendo com um<br />

amor preferencial e gratuito, atraído pelo que é<br />

fraco e peque<strong>no</strong>, para preenchê-lo com seu<br />

po<strong>de</strong>r e sua riqueza. Como diz o salmo: “Um<br />

abismo atrai outro abismo”: o abismo do amor<br />

infinito <strong>de</strong> Deus é atraído pelo abismo <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

fraqueza e <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa pequenez. Vejo-me<br />

retratado <strong>no</strong>s dois filhos <strong>de</strong> que fala o Evangelho<br />

<strong>de</strong> hoje: quando me sinto esmagado por minhas<br />

infi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s, Deus me acolhe, me abraça e me<br />

perdoa; e quando me encontro chateado, distante<br />

<strong>de</strong> Deus e dos irmãos, percebo que Deus me<br />

dirige as mesmas palavras que o Pai<br />

misericordioso dirigiu ao filho mais velho: “Tu<br />

estás sempre comigo. Tudo o que é meu, é teu”».<br />

Não posso negar: <strong>no</strong> momento, eu não<br />

passava <strong>de</strong> um neófito ingênuo, que teimava em<br />

não acreditar nas palavras do Núncio Apostólico<br />

<strong>de</strong> então, Dom Alfio Rapisar<strong>da</strong>. Dois meses e<br />

meio antes, <strong>no</strong> dia 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000, ele<br />

me chamara ao telefone para me dizer que o<br />

Papa João Paulo II me escolhera para bispo <strong>de</strong><br />

Dourados. Ante a minha resposta positiva, ele<br />

não cansava <strong>de</strong> me agra<strong>de</strong>cer. Eu não<br />

compreendia o porquê...<br />

“Quando a promessa é muita, o santo<br />

<strong>de</strong>sconfia!” Comecei a enten<strong>de</strong>r os agra<strong>de</strong>cimentos<br />

do Núncio alguns <strong>a<strong>no</strong>s</strong> mais tar<strong>de</strong>,<br />

quando passei por tais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que, por duas<br />

ou três vezes, fui tentado a renunciar ao cargo...<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo, as graças <strong>de</strong> Deus e a<br />

amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma multidão <strong>de</strong> irmãos e irmãs<br />

foram infinitamente superiores às dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

É por isso que consi<strong>de</strong>ro o serviço episcopal na<br />

Diocese <strong>de</strong> Dourados como a maior realização<br />

<strong>de</strong> minha vi<strong>da</strong>.<br />

Já que o artigo é uma “memória” dos <strong>de</strong>z<br />

<strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação episcopal, finalizo com mais<br />

uma citação <strong>da</strong> homilia que proferi naquela<br />

ocasião: «A última palavra quero reservá-la ao<br />

lema que via <strong>no</strong>rtear o meu <strong>no</strong>vo serviço pastoral.<br />

As palavras que inseri em meu brasão episcopal<br />

se referem a Nossa Senhora: “Unânimes com<br />

Maria”. O meu mais ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo é reviver a<br />

comunhão que se respirava na Igreja primitiva,<br />

quando, atraído pela oração e pela concórdia dos<br />

fieis reunidos em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Maria, o fogo do<br />

Espírito <strong>de</strong>sceu e começou a ser alastrar pelo<br />

mundo inteiro, graças a pessoas dispostas a<br />

“morrer para congregar na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> os filhos <strong>de</strong><br />

Deus dispersos”».<br />

A você, sacerdote, diáco<strong>no</strong>, religioso e leigo,<br />

que me sustentou ao longo <strong>de</strong>stes <strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, faço<br />

votos que seu amor consiga fazer santas to<strong>da</strong>s<br />

as sextas-feiras <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, para que terminem<br />

sempre num radioso domingo <strong>de</strong> Páscoa!<br />

TRANSPORTADORA BOA SORTE LTDA<br />

Fone: (67) 9971-6866


Abril/2011 03<br />

Opiniões que fazem opinião Meu canto com Maria!<br />

Cristãos <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> classe? Reconduzidos<br />

ao Paraíso<br />

Meus amigos, hoje, quero abor<strong>da</strong>r um<br />

tema doloroso para algumas pessoas e para<br />

a Igreja, a tal ponto do Papa Bento XVI, certa<br />

vez, chamá-lo <strong>de</strong> chaga. Falo dos casais <strong>de</strong><br />

segun<strong>da</strong>s núpcias e o faço porque percebo<br />

que há uma confusão muito gran<strong>de</strong> sobre<br />

esta “problemática”.<br />

Nos últimos quatro <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, fruto <strong>de</strong> uma especialização que estou<br />

concluindo, venho estu<strong>da</strong>ndo, através <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> <strong>no</strong>ivos,<br />

casais <strong>de</strong> primeira e outras uniões, e vejo como o assunto é sério e exigirá<br />

<strong>da</strong> Igreja, ca<strong>da</strong> vez mais, uma reflexão muito profun<strong>da</strong>. Espero, <strong>no</strong> final<br />

do a<strong>no</strong>, oferecer num livro algumas pon<strong>de</strong>rações sobre o assunto.<br />

Que consi<strong>de</strong>rações são necessárias fazer? Primeiro, uma<br />

consi<strong>de</strong>ração antropológica, pois os tempos mu<strong>da</strong>m e nesta questão<br />

especificamente, o perene virou transitório, o eter<strong>no</strong> transformou-se finito,<br />

o valor moral, antes duradouro, tor<strong>no</strong>u-se fruto <strong>da</strong> emoção, etc., o ser<br />

huma<strong>no</strong> tor<strong>no</strong>u-se passageiro, não só <strong>no</strong> corpo perecível, mas também<br />

na alma. A vi<strong>da</strong>, antes intocável, agora é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pelas convenções.<br />

Uma segun<strong>da</strong> observação é eclesial, on<strong>de</strong> a Palavra <strong>de</strong> Deus se<br />

“choca” com opiniões consensuais <strong>de</strong> pessoas, grupos e instituições.<br />

Na doutrina católica, vigente a mais <strong>de</strong> dois milênios, o matrimônio é<br />

sagrado, portanto, não é fruto <strong>de</strong> consensos e convenções, ele É<br />

aquilo que é (Mt 19, 3-9). Aquilo que foi revelado por Cristo não po<strong>de</strong><br />

ser mu<strong>da</strong>do, o que é mutável é o que conhecemos como disciplinar,<br />

o que não é o caso.<br />

Terceira dimensão a ser pensa<strong>da</strong> com carinho é o caso dos casais<br />

<strong>de</strong> outras uniões, que na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> perpassa a antropologia filosófica,<br />

a teologia e a psicologia. Serão eles con<strong>de</strong>nados a serem cristãos <strong>de</strong><br />

segun<strong>da</strong> classe? Amigos, eis a gran<strong>de</strong> confusão, pois há uma má<br />

interpretação <strong>da</strong> doutrina e uma banalização do matrimônio, além<br />

<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s psicossocial <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong> grupo e como cristãos,<br />

sobretudo <strong>no</strong> que se refere a participação <strong>no</strong>s Sacramentos <strong>da</strong><br />

Eucaristia, Batismo e <strong>no</strong> próprio Matrimônio. Na Igreja, hoje, se vê<br />

muita confusão, pois todos querem ter direitos: ser padrinho <strong>de</strong><br />

batismo, casamento e outros..., mas é bom recor<strong>da</strong>r que todo direito<br />

O filho <strong>de</strong> um amigo meu, levado por sua <strong>de</strong>voção a esposa,<br />

mudou <strong>de</strong> religião. Inci<strong>de</strong>ntemente os dois têm <strong>no</strong>me <strong>de</strong> santo católico!<br />

Numa conversa informal que um dia tivemos, ele disse que estava<br />

mais feliz agora, mas que admirava o fato <strong>de</strong> eu também ser feliz,<br />

felici<strong>da</strong><strong>de</strong> que atribuo a minha Igreja e que ele agora atribui a Igreja<br />

<strong>da</strong> qual faz parte.<br />

Conversa vai, conversa vem... eu lhe disse: “sua mãe, que já<br />

morreu, agora tem certeza sobre Deus e sobre ela mesma. Creio que<br />

ela está <strong>no</strong> céu pertinho <strong>de</strong> Deus, <strong>no</strong> colo <strong>de</strong>le. Quando eu morrer, terei<br />

certezas muito maiores do que tenho hoje, porque estarei, espero eu,<br />

<strong>no</strong> colo <strong>de</strong> Deus. Quando você morrer também <strong>de</strong>scobrirá quem esteve<br />

mais certo neste mundo: sua mãe, eu, você, sua esposa, o povo <strong>da</strong><br />

Mu<strong>da</strong>r <strong>de</strong> religião<br />

O Ressuscitado e as mulheres<br />

A mulher era uma figura esqueci<strong>da</strong> na cultura ju<strong>da</strong>ica e excluí<strong>da</strong><br />

pelo patriarcalismo dominante na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>quela época.<br />

Entretanto, Jesus inseriu em sua agen<strong>da</strong> <strong>de</strong> profeta e <strong>de</strong> libertador o<br />

resgate <strong>da</strong> força feminina, indispensável à dinâmica do Rei<strong>no</strong> cujos<br />

alicerces ele veio lançar. Durante sua vi<strong>da</strong> pública, não per<strong>de</strong>u<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fendê-la e <strong>de</strong> abrir-lhe as portas que lhe foram<br />

fecha<strong>da</strong>s por preconceitos culturais.<br />

Mas é sobretudo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua ressurreição que ele <strong>de</strong>monstra<br />

confiar <strong>no</strong> valor <strong>da</strong> mulher, escolhendo-a como primeira anunciadora<br />

do maior acontecimento <strong>da</strong> história. Os quatro evangelistas são<br />

unânimes em apontar mulheres incumbi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> dizer aos apóstolos<br />

que ele ressuscitara como prometera. Po<strong>de</strong>mos ver nessa escolha<br />

<strong>de</strong> Jesus o fun<strong>da</strong>mento teológico e argumento para o processo <strong>da</strong><br />

libertação feminina ao qual, muitos séculos <strong>de</strong>pois, o mundo assistiu<br />

como um sinal dos tempos, conforme <strong>de</strong>stacou o papa João XXIII.<br />

traz consigo um <strong>de</strong>ver.<br />

Para esclarecer, é importante recor<strong>da</strong>r que a Igreja Católica<br />

professa sete Sacramentos, todos têm valor divi<strong>no</strong>, o que significa<br />

que um não está contra o outro, isto é, não é possível <strong>de</strong>sejar receber<br />

um Sacramento e repudiar outro, seria viver na mesma Igreja como<br />

se fossem duas. A Igreja jamais <strong>de</strong>seja o sofrimento <strong>de</strong> seus membros,<br />

quando apresenta a doutrina imutável, ao contrário, quer prevenir<br />

que aquilo que parece ser um bem, transforme-se em uma armadilha.<br />

Um exemplo clássico, é o caso <strong>de</strong> casais católicos em outras uniões<br />

matrimoniais, ou que são simplesmente “ajuntados” e que não tendo<br />

impedimento, insistem em comungar à revelia <strong>da</strong> doutrina.<br />

Então, não po<strong>de</strong>ndo participar <strong>da</strong> comunhão, a não ser espiritual,<br />

não ser padrinho, confirma-se que são cristãos <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> classe?<br />

Não! Em hipótese alguma, são membros <strong>da</strong> Igreja <strong>da</strong> mesma forma,<br />

<strong>de</strong>vem ser acolhidos carinhosamente por todos, mas não enganados,<br />

pois não <strong>de</strong>vemos oferecer falsas esperanças, coisa que Jesus não<br />

fez, amá-los sim, falsear o Evangelho nunca. Na Igreja, há lugar para<br />

todos, quem não comungar fisicamente o faz espiritualmente, po<strong>de</strong><br />

trabalhar em tantas funções..., é o caso <strong>de</strong> inúmeros casais <strong>de</strong><br />

segun<strong>da</strong> união com os quais já trabalhei e trabalho, pessoas serenas,<br />

que sabem que são ama<strong>da</strong>s e que, <strong>de</strong>vido as circunstâncias, não<br />

lhes é permitido fazer tudo.<br />

Qual a solução? Deve-se recor<strong>da</strong>r que segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> própria<br />

Igreja, gran<strong>de</strong> número dos matrimônios não têm os requisitos para<br />

serem consi<strong>de</strong>rados válidos, pois não aconteceram <strong>de</strong> fato. Portanto,<br />

se é católico convicto, logo <strong>de</strong>ve procurar o sacerdote, <strong>de</strong>pois o tribunal<br />

eclesial e a pastoral dos casais <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> união.<br />

Outra constatação: a <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r <strong>de</strong> Igreja só porque<br />

não comunga não é convincente, mesmo porque se não comunga na<br />

Igreja Católica porque está em outras núpcias, as <strong>de</strong>mais igrejas não<br />

consi<strong>de</strong>ram a Eucaristia como nós a consi<strong>de</strong>ramos. Então se a<br />

Eucaristia não é o centro nas outras igrejas, por que sair <strong>da</strong> Igreja<br />

Católica? É questão eclesial ou sociológica?<br />

Pe. Crispim Guimarães<br />

Pároco <strong>da</strong> Paróquia Cristo Rei – Laguna Carapã.<br />

<strong>no</strong>va religião que você adotou ou os <strong>da</strong> religião <strong>da</strong> qual você saiu para<br />

não ter conflitos com a esposa. Agora, só po<strong>de</strong>mos ter fé e viver <strong>de</strong>sta<br />

fé. Você resolveu vivê-la numa outra Igreja e eu continuo vivendo na<br />

minha que, para mim, é mais do que mãe e é mais do que suficiente”.<br />

A conversa mudou para outros temas e <strong>no</strong>s <strong>de</strong>spedimos<br />

civiliza<strong>da</strong>mente com chá vermelho e torra<strong>da</strong>. Quando se é civilizado,<br />

é bem assim que se faz. Lá <strong>no</strong> céu saberemos quem esteve certo.<br />

Aqui vivemos <strong>de</strong> procuras. Quem acha que achou, continue! Quem<br />

acha que não achou, continue também! Em algum lugar haverá<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente para a gente ser feliz, sempre na cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, porque<br />

sem esta, nenhuma ver<strong>da</strong><strong>de</strong> vale a pena.<br />

Pe. Zezinho, scj<br />

Com tal preferência, Jesus não liberou os apóstolos <strong>da</strong> missão<br />

<strong>de</strong> anunciar a <strong>no</strong>vi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ressurreição. Apenas quis enfatizar que<br />

as mulheres, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s incapazes <strong>de</strong> participar ativamente na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, são também protagonistas <strong>da</strong> história <strong>da</strong> salvação, ao lado<br />

<strong>de</strong> sua mãe, Maria. Por isso, <strong>de</strong> mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s, homens e mulheres <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong>s as raças e condições sociais precisam cumprir o man<strong>da</strong>do <strong>da</strong><br />

evangelização, comunicando à humani<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje que,<br />

ressuscitando, Jesus venceu a morte.<br />

Apesar <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>safios <strong>da</strong> hora presente, é urgente que a<br />

or<strong>de</strong>m seja cumpri<strong>da</strong> para que os frutos <strong>da</strong> ressurreição não<br />

permaneçam armazenados <strong>no</strong>s celeiros dos egoístas e dos<br />

acomo<strong>da</strong>dos, mas sejam aproveitados como sementes <strong>de</strong> uma<br />

civilização cristã re<strong>no</strong>va<strong>da</strong>.<br />

Dom Geraldo Majella Agnelo<br />

Car<strong>de</strong>al Arcebispo <strong>de</strong> Salvador<br />

Estamos vivendo sobressaltados<br />

ultimamente com tantas <strong>no</strong>tícias ruins<br />

advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s catástrofes naturais, que<br />

estão acontecendo <strong>no</strong> Brasil e <strong>no</strong> mundo.<br />

Mal <strong>no</strong>s recuperamos do susto e <strong>da</strong> aflição<br />

<strong>de</strong> uma tragédia e já somos bombar<strong>de</strong>ados<br />

por <strong>no</strong>tícias <strong>de</strong> outras piores.<br />

Tais acontecimentos <strong>no</strong>s fazem refletir<br />

sobre o Terceiro Segredo <strong>de</strong> Fátima que<br />

refere-se basicamente às gran<strong>de</strong>s<br />

catástrofes naturais que aconteceriam entre<br />

1950 e 2012, conforme disse Nossa<br />

Senhora à pequena Lúcia em Fátima –<br />

Portugal.<br />

Em uma <strong>de</strong> suas aparições, Nossa<br />

Senhora pe<strong>de</strong> a Lúcia que faça os homens<br />

refletirem sobre suas más ações, a<br />

dominação do mal e a pouca importância<br />

que dão à prática dos man<strong>da</strong>mentos <strong>de</strong><br />

Deus. Infelizmente, é assim que temos<br />

vivido, indiferentes aos apelos divi<strong>no</strong>s, aos<br />

apelos <strong>da</strong> natureza e <strong>de</strong> todo o planeta que<br />

já não suporta <strong>no</strong>ssos <strong>de</strong>smandos, <strong>no</strong>sso<br />

consumismo e a produção excessiva <strong>de</strong> lixo.<br />

Na ganância <strong>de</strong> ter mais, na busca <strong>de</strong><br />

satisfação <strong>de</strong> todos os <strong>no</strong>ssos <strong>de</strong>sejos nem<br />

paramos para pensar que estamos cavando<br />

<strong>no</strong>ssa própria cova e a cova <strong>da</strong>s gerações<br />

futuras também.<br />

Se somos realmente filhos <strong>de</strong> Maria,<br />

se a acolhemos como mãe, precisamos<br />

ouvi-la, obe<strong>de</strong>cer seus conselhos. A<br />

mu<strong>da</strong>nça do planeta <strong>de</strong>ve começar a partir<br />

<strong>de</strong> nós, <strong>de</strong> gestos simples e ações<br />

concretas, como convém a um cristão<br />

consciente.<br />

Agora é o tempo, é a hora <strong>de</strong> dizermos<br />

não ao Tentador que <strong>no</strong>s ilu<strong>de</strong> e faz com<br />

que a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> se auto-<strong>de</strong>strua, usando<br />

as armas sujas que ele <strong>no</strong>s oferece: a do<br />

ter, do po<strong>de</strong>r e do prazer.<br />

Ao refletir sobre o Terceiro Milagre <strong>de</strong><br />

Fátima, percebemos o amor<br />

incomensurável <strong>de</strong> Maria que, a todo custo,<br />

quer guiar seus filhos por caminhos<br />

estreitos, mas que, certamente, os reconduz<br />

ao Paraíso, aos “Novos Céus e Nova Terra”,<br />

prometidos por Jesus e reservados àqueles<br />

que, obediente à Palavra <strong>de</strong> Deus,<br />

procuram viver segundo sua santa vonta<strong>de</strong>.<br />

Neste tempo em que rezamos e<br />

sofremos com <strong>no</strong>ssos irmãos atingidos<br />

pelas tragédias naturais, recorremos à<br />

Maria, <strong>no</strong>ssa Mãe e a ela suplicamos que<br />

<strong>no</strong>s ensine a amar a Deus, ao próximo e a<br />

to<strong>da</strong> obra <strong>da</strong> criação. Só assim faremos jus<br />

ao precioso sangue <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong>rramado na<br />

cruz pela re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos filhos<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

Nossa Senhora Mãe dos aflitos, rogai<br />

por nós!<br />

Suzana Sotolani<br />

Professora e Ministra <strong>da</strong> Eucaristia


04<br />

Palavra <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong><br />

“Não o que eu quero, porém o que<br />

tu queres” (Mc 14, 36)<br />

Jesus está <strong>no</strong> Horto <strong>da</strong>s Oliveiras, na<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> chama<strong>da</strong> Getsêmani. A hora tão<br />

espera<strong>da</strong> chegou. É o momento crucial <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />

a sua existência. Ele se prostra por terra e<br />

suplica a Deus, chamando-o <strong>de</strong> “Pai”, numa<br />

confidência cheia <strong>de</strong> ternura, para “afastar <strong>de</strong>le<br />

esse cálice” (cf. Mt 14, 36), expressão que se<br />

refere à sua Paixão e Morte. Jesus pe<strong>de</strong> ao<br />

Pai que aquela hora passe… Mas, enfim,<br />

entrega-se completamente à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus:<br />

Jesus sabe que a sua Paixão não é um<br />

acontecimento casual nem simplesmente uma<br />

<strong>de</strong>cisão dos homens, mas é um pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

Ele será processado e rejeitado pelos homens;<br />

o “cálice”, porém, vem <strong>da</strong>s mãos <strong>de</strong> Deus.<br />

Jesus <strong>no</strong>s ensina que o Pai tem um pla<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

amor para ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós, que Ele <strong>no</strong>s ama<br />

com um amor pessoal e, se acreditarmos nesse<br />

amor e correspon<strong>de</strong>rmos com o <strong>no</strong>sso amor –<br />

é essa a condição –, Ele fará com que tudo<br />

seja finalizado para o bem. Para Jesus, na<strong>da</strong><br />

aconteceu por acaso, nem sequer a Paixão e<br />

a Morte.<br />

Depois aconteceu a Ressurreição, cuja<br />

festivi<strong>da</strong><strong>de</strong> solene celebramos neste mês.<br />

O exemplo <strong>de</strong> Jesus, o Ressuscitado, serve<br />

<strong>de</strong> luz para a <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>. Devemos saber<br />

interpretar tudo o que vem ao <strong>no</strong>sso encontro, o<br />

que acontece, o que <strong>no</strong>s ro<strong>de</strong>ia e também tudo<br />

o que <strong>no</strong>s faz sofrer, como vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus que<br />

<strong>no</strong>s ama ou como uma permissão <strong>de</strong> Deus que<br />

<strong>no</strong>s ama também assim. Então, tudo na vi<strong>da</strong><br />

terá sentido, tudo será extremamente útil,<br />

mesmo aquilo que, na hora, <strong>no</strong>s parece<br />

incompreensível e absurdo, mesmo aquilo que<br />

<strong>no</strong>s po<strong>de</strong> fazer precipitar numa angústia mortal,<br />

como aconteceu com Jesus. Será suficiente que,<br />

junto com ele, saibamos repetir, com um ato <strong>de</strong><br />

confiança total <strong>no</strong> amor do Pai:<br />

A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>le é que vivamos, que lhe<br />

agra<strong>de</strong>çamos com alegria pelas dádivas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;<br />

mas, às vezes, ela certamente não correspon<strong>de</strong><br />

ao que imaginamos. Não é, por exemplo, uma<br />

situação diante <strong>da</strong> qual temos <strong>de</strong> <strong>no</strong>s resignar,<br />

em especial quando <strong>no</strong>s <strong>de</strong>paramos com a dor,<br />

nem uma sucessão <strong>de</strong> atos monóto<strong>no</strong>s<br />

espalhados ao longo <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong><br />

A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é a sua voz que <strong>no</strong>s<br />

fala e <strong>no</strong>s convi<strong>da</strong> continuamente, é o modo<br />

pelo qual ele <strong>no</strong>s expressa o seu amor, para<br />

<strong>no</strong>s <strong>da</strong>r a sua plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>ríamos fazer uma representação<br />

disso com a imagem do Sol, cujos raios seriam<br />

a sua vonta<strong>de</strong> para ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós. Ca<strong>da</strong><br />

pessoa caminha ao longo <strong>de</strong> um raio, diferente<br />

do raio <strong>de</strong> quem está ao lado, mas sempre um<br />

raio <strong>de</strong> sol, ou seja, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

Auto Elétrica Guaíra<br />

Fone/Fax: (67) 3416-5151<br />

Av. Weimar G. Torres, 3.260<br />

e-mail: elguaira@zaz.com.br<br />

Portanto, todos nós fazemos uma única<br />

vonta<strong>de</strong>, a <strong>de</strong> Deus; <strong>no</strong> entanto, ela é diferente<br />

para ca<strong>da</strong> um. Os raios, quanto mais se<br />

aproximam do Sol, mais se aproximam entre<br />

si. Também nós, quanto mais <strong>no</strong>s aproximamos<br />

<strong>de</strong> Deus, pela observância sempre mais perfeita<br />

<strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> divina, mais <strong>no</strong>s aproximamos entre<br />

nós… até sermos todos um.<br />

Vivendo assim, tudo na <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong> po<strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>r. Em vez <strong>de</strong> procurarmos a quem<br />

gostamos e amar somente a eles, po<strong>de</strong>mos <strong>da</strong>r<br />

atenção a todos aqueles que a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />

põe ao <strong>no</strong>sso lado. Em vez <strong>de</strong> procurarmos aquilo<br />

<strong>de</strong> que gostamos, po<strong>de</strong>mos <strong>no</strong>s <strong>de</strong>dicar àquelas<br />

coisas que a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus <strong>no</strong>s sugere e<br />

preferi-las. Se estivermos inteiramente projetados<br />

na vonta<strong>de</strong> divina <strong>da</strong>quele momento (“o que tu<br />

queres”), seremos consequentemente levados ao<br />

<strong>de</strong>sapego <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as coisas e do <strong>no</strong>sso eu (“não<br />

o que eu quero”). Esse <strong>de</strong>sapego não é tanto<br />

resultado <strong>de</strong> uma busca proposital, porque se<br />

<strong>de</strong>ve buscar só a Deus, mas acontece <strong>de</strong> fato.<br />

Então a alegria será completa. Basta<br />

mergulharmos <strong>no</strong> momento que passa e cumprir<br />

naquele instante a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, repetindo:<br />

O momento que passou não existe mais;<br />

o momento futuro ain<strong>da</strong> não está em <strong>no</strong>sso<br />

po<strong>de</strong>r. Acontece como a um passageiro <strong>no</strong> trem:<br />

para chegar ao <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>, ele não fica an<strong>da</strong>ndo<br />

para frente e para trás, mas fica sentado <strong>no</strong> seu<br />

lugar. Assim, <strong>de</strong>vemos ficar firmes <strong>no</strong> presente;<br />

o trem do tempo viaja por si. Só po<strong>de</strong>mos amar<br />

a Deus <strong>no</strong> momento presente que <strong>no</strong>s é <strong>da</strong>do,<br />

pronunciando o próprio “sim” vigoroso, radical,<br />

ativíssimo, à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>le.<br />

Portanto, vamos amar aquele sorriso que<br />

temos a <strong>da</strong>r, aquele trabalho a ser executado,<br />

aquele carro a ser conduzido, aquela refeição a<br />

ser prepara<strong>da</strong>, aquela ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser organiza<strong>da</strong>,<br />

aquela pessoa que sofre ao <strong>no</strong>sso lado.<br />

Nem sequer a provação ou o sofrimento<br />

<strong>no</strong>s <strong>de</strong>vem assustar, se com Jesus, soubermos<br />

reconhecer neles a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, ou seja,<br />

o seu amor para ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós. Po<strong>de</strong>remos<br />

até mesmo rezar assim:<br />

Senhor, faze que eu na<strong>da</strong> tenha a temer,<br />

porque tudo o que vai acontecer será a tua<br />

vonta<strong>de</strong> e na<strong>da</strong> mais! Senhor, faze que eu não<br />

tenha outro <strong>de</strong>sejo, porque na<strong>da</strong> é mais<br />

<strong>de</strong>sejável do que exclusivamente a tua vonta<strong>de</strong>.<br />

O que é importante na vi<strong>da</strong>? Importante é<br />

a tua vonta<strong>de</strong>. Faze que na<strong>da</strong> me perturbe,<br />

porque tudo é a tua vonta<strong>de</strong>. Faze que eu não<br />

me agite com na<strong>da</strong>, porque tudo é tua vonta<strong>de</strong>”.<br />

Chiara Lubich<br />

Esta Palavra <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> foi publica<strong>da</strong><br />

originalmente em abril <strong>de</strong> 2003.<br />

Testemunho <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong><br />

Centro <strong>de</strong> Integração do<br />

Adolescente “Dom Alberto”<br />

Confecções em Geral, Malharia e Serigrafia<br />

Fone: (67) 3422-2642 / 3421-9274<br />

e-mail: ceia.dou@terra.com.br<br />

- RESGATE 24H<br />

- Compra e Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Cereais<br />

- Prestação <strong>de</strong> Serviços<br />

Abril/2011<br />

<strong>Terremoto</strong> <strong>no</strong> <strong>Japão</strong>: o dia seguinte<br />

<strong>de</strong> um missionário brasileiro<br />

Primeiramente, quero agra<strong>de</strong>cer às<br />

pessoas que escreveram ou telefonaram<br />

para saber como estou. Como os serviços<br />

telefônicos entraram em colapso, algumas<br />

pessoas pensaram o pior. Fico lisonjeado<br />

com tamanha preocupação a meu respeito.<br />

Quando penso nas tragédias dos habitantes<br />

<strong>de</strong> Sen<strong>da</strong>i, Fukushima, Okaido e outros<br />

lugares, não me sinto merecedor <strong>de</strong><br />

preocupação, embora seja gratificante.<br />

Hoje, sábado, o dia <strong>de</strong>pois, as coisas<br />

não estão <strong>no</strong>rmaliza<strong>da</strong>s. De manhã, eu tinha<br />

um compromisso com uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

migrantes lati<strong>no</strong>s. Depois <strong>de</strong> ficar <strong>no</strong> trem por<br />

duas horas, tive que voltar. Não an<strong>da</strong>va.<br />

Nunca vi tanta gente <strong>no</strong>s supermercados<br />

como hoje, fazendo estoque para caso<br />

outros tremores suce<strong>da</strong>m. Às 18h, muitas<br />

lojas já não tinham mercadoria.<br />

Posso dizer que meus colegas e eu estamos<br />

bem. Mas quando lembro dos momentos<br />

<strong>de</strong> maior intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos choques sísmicos,<br />

uma espécie <strong>de</strong> pânico se apo<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> mim.<br />

Ca<strong>da</strong> objeto que se mexe ou se <strong>de</strong>sloca me<br />

causa um sentimento que <strong>de</strong>vo começar a<br />

elaborar. É que a experiência foi terrível.<br />

Eu estava <strong>no</strong> escritório quando tudo<br />

começou às 14,46 <strong>de</strong> forma lenta como<br />

tantos outros terremotos. Até fiz brinca<strong>de</strong>ira<br />

com os colegas sobre os tremores. Suce<strong>de</strong><br />

que, a certo ponto, se intensificaram. Como<br />

o corredor é longo e tem três portas e uma<br />

esca<strong>da</strong> para sair do prédio, achei que po<strong>de</strong>ria<br />

me salvar saindo por uma porta do segundo<br />

an<strong>da</strong>r e ficar sobre a laje do prédio ao lado.<br />

Um colega me seguiu. De lá <strong>de</strong> cima, eu via<br />

crianças e adultos que se reuniram e se<br />

sentaram <strong>no</strong> estacionamento. Todos estavam<br />

em silêncio, com uma atitu<strong>de</strong> que revelava<br />

impotência e apreensão. Ao contrário <strong>de</strong>les,<br />

eu fiquei <strong>de</strong> pé. A sensação foi aquela <strong>de</strong><br />

quem não tem on<strong>de</strong> apoiar nem os pés nem<br />

as mãos. Ouvir o ranger e ruídos surdos dos<br />

prédios ao redor é simplesmente horroroso<br />

e tétrico.<br />

Quando os tremores amenizaram, <strong>de</strong>sci.<br />

Como ali junto ao estacionamento há a igreja,<br />

entrei uns três minutos para dizer a Deus um<br />

“obrigado” por estarmos todos vivos, e fui<br />

sentar ao lado do povo. Depois <strong>de</strong> alguns<br />

minutos, os abalos se fizeram sentir<br />

<strong>no</strong>vamente, mas com me<strong>no</strong>r intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Voltei ao escritório. Pela TV, pu<strong>de</strong>mos<br />

acompanhar os horrores que se seguiram aos<br />

abalos. Simplesmente horripilantes! As regiões<br />

mais próximas ao epicentro foram atingi<strong>da</strong>s<br />

por on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z metros <strong>de</strong> altura.<br />

Em Tóquio, on<strong>de</strong> moro, chegaram a dois.<br />

O <strong>Japão</strong> está relativamente bem<br />

preparado para se proteger dos sismos. Mas,<br />

com os tsunamis, não há na<strong>da</strong> a fazer. O<br />

certo é que nós, seres hum<strong>a<strong>no</strong>s</strong>, ain<strong>da</strong> não<br />

enten<strong>de</strong>mos a linguagem <strong>da</strong> mãe natureza.<br />

Desta vez, o terremoto foi excepcionalmente<br />

forte e com réplicas que po<strong>de</strong>m ser<br />

senti<strong>da</strong>s 28 horas <strong>de</strong>pois do início. Já foram<br />

174 até agora... Por isso, ca<strong>da</strong> vez que<br />

percebo alguma coisa que se mexe, sigo as<br />

instruções: me acocoro <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> uma<br />

mesa ou <strong>da</strong> soleira <strong>de</strong> uma porta. Haja<br />

exercício!<br />

Tóquio, o maior centro urba<strong>no</strong> do<br />

mundo, praticamente parou: ferrovias,<br />

rodovias e muitos aeroportos. Milhares <strong>de</strong><br />

pessoas tiveram muita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para voltar<br />

do trabalho. Quem o fez, tomou ônibus e<br />

outros se arriscaram voltar a pé, o que é<br />

<strong>de</strong>saconselhável, <strong>de</strong>vido ao perigo com os<br />

objetos que se soltam dos edifícios. Milhares<br />

dormiram em abrigos, estações, locais <strong>de</strong><br />

trabalho, etc..<br />

Agora há o perigo <strong>de</strong> radiações<br />

nucleares, pois algumas usinas foram<br />

<strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s. Houve uma explosão numa<br />

<strong>de</strong>las e estamos na eminência <strong>de</strong> uma<br />

gran<strong>de</strong> catástrofe. Se o reator, que<br />

esquentou oito vezes acima do <strong>no</strong>rmal, emitir<br />

a energia armazena<strong>da</strong>, a tragédia po<strong>de</strong> ser<br />

pior do que esta que estamos vivendo.<br />

Incêndios produzidos por rompimento <strong>de</strong><br />

tubulações <strong>de</strong> gás e curto circuitos<br />

aconteceram em diversos lugares nas<br />

regiões mais atingi<strong>da</strong>s. O ser huma<strong>no</strong>, que<br />

<strong>de</strong>senvolve tec<strong>no</strong>logias para se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,<br />

também po<strong>de</strong> ser vítimas <strong>de</strong>las (como é o<br />

caso <strong>da</strong> energia nuclear).<br />

Bem, gente, suas orações são muito<br />

aprecia<strong>da</strong>s, especialmente para que o Deus<br />

<strong>de</strong> todos os povos, dê força e esperança aos<br />

sobreviventes e acolha na sua paz a quem não<br />

terá mais medo <strong>de</strong>sses fenôme<strong>no</strong>s... Quanto<br />

a nós, que sejamos solidários com aqueles que<br />

sofrem e <strong>de</strong>vem refazer suas vi<strong>da</strong>s!<br />

Tóquio, 12 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011.<br />

Pe. Olmes Milani, CS<br />

Bocchi Armazéns Gerais Lt<strong>da</strong>.<br />

Fone: (67) 3452-7112<br />

bocchiarmazem@bocchi.com.br


Abril/2011 05<br />

Círculos Bíblicos para o mês <strong>de</strong> Abril<br />

1º Encontro - Quaresma: “Tempo <strong>de</strong> passar <strong>da</strong> cegueira à visão”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Vela,<br />

Bíblia, cartaz <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong><br />

Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, outros símbolos a critério.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: Com<br />

amor, carinho e alegria acolher e escutar<br />

os participantes. Convidá-los a colocar-se<br />

em círculo ao redor dos símbolos.<br />

ANIMADOR/A: Estamos em tempo <strong>de</strong><br />

quaresma que <strong>no</strong>s convi<strong>da</strong> à conversão,<br />

à uma vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va. A palavra <strong>de</strong> Deus hoje<br />

<strong>no</strong>s faz perceber que Jesus abre os olhos<br />

para a luz <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rei<strong>no</strong>. Na alegria<br />

<strong>de</strong> termos esta luz em <strong>no</strong>sso meio<br />

iniciemos invocando a Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> cantando:<br />

Em <strong>no</strong>me do Pai, em <strong>no</strong>me do Filho, em<br />

<strong>no</strong>me do Espírito Santo. Amém.<br />

LEITOR/A 1: Na caminha<strong>da</strong> para a Páscoa<br />

somos convi<strong>da</strong>dos a <strong>no</strong>s colocar num<br />

processo <strong>de</strong> penitência e mortificação.<br />

Deixar <strong>de</strong> lado atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tristeza,<br />

<strong>de</strong>sânimo, <strong>de</strong> injustiça e assumir com<br />

alegria a vi<strong>da</strong> humana e ecológica que está<br />

em nós e ao <strong>no</strong>sso redor.<br />

LEITOR/A 2 : Quaresma tempo <strong>de</strong> passar<br />

<strong>da</strong> cegueira à visão. Jesus que curou o<br />

cego <strong>de</strong> nascença po<strong>de</strong> fazer este milagre<br />

em nós e naqueles que não acreditam<br />

nesta transformação.<br />

TODOS: Jesus cura as <strong>no</strong>ssas cegueiras,<br />

ilumina as trevas que alienam<br />

a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />

LEITOR/A 3: Transformação difícil mas<br />

necessária. É condição para po<strong>de</strong>rmos<br />

celebrar a paixão morte e ressurreição do<br />

Senhor, passando com ele <strong>da</strong>s trevas <strong>da</strong><br />

morte à luz <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 4: Deus vê <strong>no</strong> mais profundo<br />

do <strong>no</strong>sso ser, não se <strong>de</strong>ixa enganar pelas<br />

aparências. Nossa fé em Jesus <strong>no</strong>s leva a<br />

superar os valores do mundo que <strong>no</strong>s<br />

apresentam uma vi<strong>da</strong> cômo<strong>da</strong>.<br />

TODOS: Jesus cura as <strong>no</strong>ssas cegueiras,<br />

ilumina as trevas que alienam<br />

a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />

LEITOR/A 5: O tema <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong><br />

Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong>s convoca a <strong>no</strong>s libertar<br />

<strong>da</strong>s <strong>no</strong>ssas cegueiras e assumirmos o<br />

compromisso <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do Planeta.<br />

Peçamos perdão, por nem sempre<br />

respeitarmos a natureza.<br />

LEITOR/A 6: Mundo, <strong>de</strong>sculpe-<strong>no</strong>s pelas<br />

matas <strong>de</strong>struí<strong>da</strong>s on<strong>de</strong> a harmonia e a paz<br />

reinavam, <strong>de</strong>sculpe-<strong>no</strong>s pelos rios e fontes<br />

poluídos on<strong>de</strong> as águas claras brotavam.<br />

TODOS (cantado): Perdoai-me Senhor<br />

não vivi minha vocação. Perdoai-me<br />

Senhor não amei o meu irmão.<br />

LEITOR/A 7: Oh! Gran<strong>de</strong> mundo <strong>de</strong>sculpe<strong>no</strong>s<br />

pela ganância <strong>de</strong> riquezas que chegam<br />

ao ponto <strong>de</strong> acabar, acabar com coisas tão<br />

belas que <strong>no</strong>s impedirão <strong>de</strong> sonhar.<br />

TODOS (cantado): Perdoai-me Senhor,<br />

não vivi minha vocação. Perdoai-me<br />

Senhor, não amei o meu irmão.<br />

LEITOR/A 8: Oh! Gran<strong>de</strong> mundo, <strong>de</strong>sculpe<strong>no</strong>s<br />

pelos animais extintos, pelo solo<br />

estragado, pelo ar que poluímos e agora<br />

respiramos angustiados.<br />

TODOS (cantado): Perdoai-me Senhor,<br />

não vivi minha vocação. Perdoai-me<br />

Senhor, não amei o meu irmão.<br />

LEITOR/A 9: Oh! Gran<strong>de</strong> mundo, <strong>de</strong>sculpe<strong>no</strong>s<br />

pelos vene<strong>no</strong>s <strong>de</strong>rramados, pelas<br />

árvores <strong>de</strong>vasta<strong>da</strong>s, pelos animais mortos<br />

sem escrúpulo, sem perdão.<br />

TODOS (cantado): Perdoai-me Senhor,<br />

não vivi minha vocação. Perdoai-me<br />

Senhor, não amei o meu irmão.<br />

LEITOR/A <strong>10</strong>: Oh! Gran<strong>de</strong><br />

mundo, ensina-<strong>no</strong>s a<br />

reconstruir aquele antigo<br />

paraíso! Ensina-<strong>no</strong>s! Ensin<strong>a<strong>no</strong>s</strong><br />

a preservar a tua beleza, a<br />

perceber o teu valor para que<br />

possamos sentir assim a<br />

esperança <strong>de</strong> um mundo<br />

melhor, Oh! Gran<strong>de</strong> mundo,<br />

<strong>de</strong>sculpe-<strong>no</strong>s, precisamos <strong>de</strong> ti!<br />

TODOS: Enquanto estou <strong>no</strong> mundo, eu<br />

sou a luz do mundo.<br />

ANIMADOR/A: Jesus caminha co<strong>no</strong>sco a<br />

sua palavra é luz para <strong>no</strong>ssos passos. Ele<br />

é o Pastor. Supliquemos confiantes<br />

rezando o Salmo que segue:<br />

LEITOR/A 11: O Senhor é o pastor que me<br />

conduz; não me falta coisa alguma. Pelos<br />

prados e campinas ver<strong>de</strong>jante ele me leva<br />

a <strong>de</strong>scansar. Para as águas repousantes<br />

me encaminha, e restaura as minhas<br />

forças.<br />

TODOS: O Senhor é o Pastor que me<br />

conduz não me falta coisa alguma.<br />

LEITOR/A 12: Ele me guia <strong>no</strong> caminho<br />

mais seguro, pela honra do seu <strong>no</strong>me.<br />

Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,<br />

nenhum mal eu temerei. Estais comigo com<br />

bastão e com cajado, eles me dão a<br />

segurança!<br />

TODOS: O Senhor é o Pastor que me<br />

conduz não me falta coisa alguma.<br />

LEITOR/A 13: Preparais à minha frente<br />

uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo<br />

vós ungis minha cabeça, e o meu cálice<br />

transbor<strong>da</strong>.<br />

TODOS: O Senhor é o Pastor que me<br />

conduz não me falta coisa alguma.<br />

LEITOR/A 14: Felici<strong>da</strong><strong>de</strong> e todo bem hão<br />

<strong>de</strong> seguir-me, por to<strong>da</strong> a minha vi<strong>da</strong>; e, na<br />

casa do Senhor, habitarei! Pelos tempos<br />

infinitos.<br />

TODOS: O Senhor é o Pastor que me<br />

conduz não me falta coisa alguma.<br />

ANIMADOR/A: É Jesus quem <strong>no</strong>s aju<strong>da</strong><br />

abrir os olhos para enxergar o caminho<br />

certo. Ouçamos o que Ele <strong>no</strong>s diz.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JOÃO 9,1. 6 –<br />

9.13-17.34-38<br />

Proclamar o Evangelho, se necessário duas<br />

vezes (<strong>de</strong>ixar um breve momento <strong>de</strong><br />

silêncio, e a seguir partilhar pensamentos<br />

ou frases do Evangelho lido).<br />

“O cego foi, lavou-se e voltou vendo”<br />

O evangelho <strong>de</strong> João<br />

segue um esquema bem<br />

diferente do utilizado por<br />

Marcos, Mateus e Lucas. João<br />

narra apenas dois milagres<br />

relatados também pelos<br />

outros, a saber, a multiplicação<br />

dos pães e Jesus caminhando<br />

sobre as águas. O milagre do<br />

cego <strong>de</strong> nascença é contado,<br />

portanto, somente por João. O autor diz que<br />

escreveu seu evangelho para que<br />

crêssemos que Jesus é o Messias, o Filho<br />

<strong>de</strong> Deus, e, crendo, tivéssemos a vi<strong>da</strong> em<br />

seu <strong>no</strong>me.<br />

Assim, com a narração do cego <strong>de</strong><br />

nascença, quer mostrar que Jesus é a vi<strong>da</strong><br />

e a luz do mundo dá a luz ao cego <strong>de</strong><br />

nascença, em contraste com a cegueira<br />

espiritual dos ju<strong>de</strong>us.<br />

Percebe-se <strong>no</strong> interior <strong>da</strong> narrativa a<br />

argumentação enca<strong>de</strong>a<strong>da</strong> para levar o leitor<br />

e adorar Jesus como o Filho <strong>de</strong> Deus.<br />

O texto era <strong>de</strong>stinado à catequese dos<br />

que iam ser batizados. Da sujeira e <strong>da</strong> lama<br />

do pecado, erguiam-se os <strong>no</strong>vos cristãos,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se terem lavados – como o cego<br />

– nas águas puras do Batismo. Evi<strong>de</strong>ntemente<br />

não bastava o rito do Batismo em<br />

si. Era necessário a fé em Jesus e a a<strong>de</strong>são<br />

irrestrita a sua doutrina, acreditando na<br />

preexistência <strong>de</strong> Jesus e como sendo a<br />

Palavra, na qual o Pai se revelou.<br />

MOMENTO PARA REFLEXÃO E PARTILHA<br />

1. Que significa tomar o partido <strong>de</strong> Jesus,<br />

como o cego curado?<br />

ANIMADOR/A: A Palavra <strong>de</strong> Deus é um<br />

compromisso a uma vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va. Peçamos<br />

ao Bom Pastor, que ilumine a <strong>no</strong>ssa<br />

caminha<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 15: Pela Igreja, para que não<br />

se canse <strong>de</strong> anunciar Jesus, luz que veio<br />

iluminar os homens e as mulheres <strong>de</strong> todos<br />

os tempos e lugares, rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ilumina, Senhor <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 16: Pelos que resistem em<br />

passar <strong>da</strong>s trevas do erro à luz <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>da</strong> mentira dos ídolos à comunhão com<br />

Deus e com os irmãos e irmãs, rezemos<br />

ao Senhor.<br />

TODOS: Ilumina, Senhor <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 17: Para que a Campanha <strong>da</strong><br />

Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong>s aju<strong>de</strong> a enxergar a grave<br />

situação em que está a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso planeta<br />

e para que ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós faça a sua parte,<br />

por pequena que seja, rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ilumina, Senhor <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 18: Por aqueles e aquelas que<br />

não são capazes <strong>de</strong> ver os sinais <strong>de</strong> amor,<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, justiça, liber<strong>da</strong><strong>de</strong>,. Que alimentam<br />

a esperança <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> queri<strong>da</strong> por Deus,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ilumina, Senhor <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>.<br />

ANIMADOR/A: (Acen<strong>de</strong>r uma vela, passar<br />

<strong>de</strong> mão em mão). Peçamos a Jesus LUZ<br />

para caminha<strong>da</strong>.<br />

TODOS: Ó Deus luz do ser huma<strong>no</strong>,<br />

iluminai <strong>no</strong>ssos corações com o<br />

esplendor <strong>da</strong> vossa graça para<br />

pensarmos sempre o que vos aguar<strong>da</strong><br />

e amarmos <strong>de</strong> todo coração.<br />

ANIMADOR/A: Deus, fonte <strong>da</strong> graça e <strong>da</strong><br />

luz, que <strong>no</strong>s chamou a comunhão por<br />

Jesus Cristo, <strong>no</strong>s fortaleça em <strong>no</strong>ssas<br />

provações, <strong>no</strong>s torne firmes na fé e <strong>no</strong>s<br />

abençoe agora e sempre.<br />

TODOS: Em <strong>no</strong>me do Pai, em <strong>no</strong>me do<br />

Filho, em <strong>no</strong>me do Espírito Santo.<br />

Amém.<br />

Canto Final<br />

Combinar local, <strong>da</strong>ta e horário do<br />

próximo encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Exercitar-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> uso a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong><br />

água em <strong>no</strong>sso dia-a-dia e plantemos uma<br />

árvore, na calça<strong>da</strong> e/ou <strong>no</strong> quintal, como<br />

gesto concreto <strong>da</strong> CF 2011.


06<br />

Abril/2011<br />

2º Encontro - Quaresma: “Tempo <strong>de</strong> passar <strong>da</strong> morte à vi<strong>da</strong>, do so<strong>no</strong> à vigilia”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />

sandália (<strong>de</strong>spojamento), galho seco, vela,<br />

livro <strong>de</strong> texto base <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong><br />

Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, outros a critério.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: Irmãos/as,<br />

sejam todos bem vindos e bem vin<strong>da</strong>s para<br />

o encontro com a Palavra <strong>de</strong> Deus e como<br />

os irmãos <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong>.<br />

ANIMADOR/A: Jesus <strong>no</strong>s exortou a<br />

<strong>de</strong>ixarmos as <strong>no</strong>ssas cegueiras. Hoje <strong>no</strong>s<br />

propõe a ressurreição para uma vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va.<br />

A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> todos os que se <strong>de</strong>ixam conduzir<br />

pela palavra <strong>de</strong> Deus. Dela <strong>no</strong>s vem a força<br />

e a esperança. Iniciemos invocando a<br />

Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em <strong>no</strong>me do Pai, em<br />

<strong>no</strong>me do Filho, em <strong>no</strong>me do Espírito Santo.<br />

Amém.<br />

LEITOR/A 1: A Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>s propõe a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s que gera<br />

ressurreição como:<br />

LEITOR/A 2: Me<strong>no</strong>r uso <strong>de</strong> plástico; diminuir<br />

a produção <strong>de</strong> lixo; uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> eletro<br />

doméstico; não <strong>de</strong>ixar vasilhas com água.<br />

LEITOR/A 3: Plantar árvores; manter a<br />

limpeza ao redor <strong>da</strong> casa; uso a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong><br />

água; atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> respeito para com a natureza<br />

TODOS (cantado): Eu vim para que todos<br />

tenham vi<strong>da</strong>, que todos tenham vi<strong>da</strong><br />

plenamente.<br />

LEITOR/A 4: A ressurreição <strong>de</strong> Lázaro é<br />

sinal <strong>de</strong> que Jesus tem po<strong>de</strong>r até sobre a<br />

morte. Hoje a doença <strong>de</strong> Lázaro significa<br />

doença <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

LEITOR/A 5: Esta doença está representa<strong>da</strong><br />

nas amarras <strong>da</strong> miséria, <strong>da</strong> fome, do<br />

sistema <strong>de</strong> corrupção que marginaliza e que<br />

<strong>de</strong>svaloriza a pessoa humana.<br />

TODOS: Eu vim para que todos tenham<br />

vi<strong>da</strong>, que todos tenham vi<strong>da</strong> plenamente.<br />

LEITOR/A 6: Jesus quer que tiremos estas<br />

amarras. Ele <strong>de</strong>seja os filhos/as livres, com<br />

a plenitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. O amor gera<br />

soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> com os irmãos/as que sofrem.<br />

LEITOR/A 7: Ca<strong>da</strong> ato que o batizado faz<br />

para melhorar a própria vi<strong>da</strong> e a vi<strong>da</strong> dos<br />

irmãos é sinal que está vencendo a morte<br />

e renascendo para uma vi<strong>da</strong> melhor.<br />

Ressuscitar significa superar o que é mau<br />

e passar para um jeito melhor <strong>de</strong> viver.<br />

TODOS: Eu vim para que todos tenham<br />

vi<strong>da</strong>, que todos tenham vi<strong>da</strong> plenamente<br />

ANIMADOR/A: Rezemos em dois coros a<br />

oração <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2011<br />

Lado 1: Senhor Deus, <strong>no</strong>sso Pai e Criador.<br />

A beleza do universo revela a vossa<br />

gran<strong>de</strong>za, a sabedoria e o amor com que<br />

fizestes to<strong>da</strong>s as coisas. E o eter<strong>no</strong> amor<br />

que ten<strong>de</strong>s por todos nós.<br />

Lado 2: Pecadores que somos, não<br />

respeitamos a vossa obra. E o que era<br />

para ser garantia <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> esta se tornando<br />

ameaça. A beleza está sendo mu<strong>da</strong><strong>da</strong> em<br />

<strong>de</strong>vastação. E a morte mostra a sua<br />

presença <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso planeta.<br />

Lado 3: Que nesta quaresma <strong>no</strong>s<br />

convertamos e vejamos que a criação<br />

geme em dores <strong>de</strong> parto, para que possa<br />

renascer segundo o vosso pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> amor,<br />

por meio <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s.<br />

Lado 4: E, assim, como Maria, que<br />

meditava a vossa Palavra e a fazia vi<strong>da</strong>,<br />

também nós, movidos pelos princípios do<br />

Evangelho, possamos celebrar na Páscoa<br />

do vosso Filho, <strong>no</strong>sso Senhor, o<br />

ressurgimento do vosso projeto para todo<br />

o mundo.<br />

TODOS: AMÉM.<br />

ANIMADOR/A: Viver segundo o espírito<br />

<strong>de</strong> Deus é fazer <strong>no</strong>ssas as opções <strong>de</strong><br />

Jesus. O Evangelho <strong>de</strong> hoje <strong>no</strong>s mostra<br />

que Jesus ama seu povo e, por isso<br />

or<strong>de</strong>na que <strong>de</strong>satemos as amarras que<br />

mantém as pessoas presas. Escutemos o<br />

que Ele vai <strong>no</strong>s falar aclamando.<br />

CANTO: A vossa Palavra Senhor é sinal<br />

<strong>de</strong> interesse por nós.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JOÃO 11,3-<br />

7.17.20.27.33-45<br />

Proclamar o Evangelho se necessário<br />

duas vezes. Deixar um momento <strong>de</strong><br />

silêncio para a reflexão pessoal partilhar,<br />

palavras ou pensamentos do Evangelho<br />

que mais tocou o coração.<br />

“Lázaro vem para fora!”<br />

Os atos <strong>de</strong> Jesus em sua vi<strong>da</strong> inteira<br />

foram sempre <strong>de</strong> aliviar os sofrimentos dos<br />

outros. Ele dissera certa vez: Estou <strong>no</strong> Pai,<br />

e o Pai está em mim. Cre<strong>de</strong>-o ao me<strong>no</strong>s<br />

por causa <strong>de</strong>ssas obras (João 14,11).<br />

Jesus nunca apelou para os milagres para<br />

provar que era um com o Pai. Suas obras<br />

eram <strong>de</strong> libertação <strong>da</strong> doença, <strong>da</strong><br />

superstição, do preconceito.<br />

Será também através <strong>da</strong>s obras <strong>de</strong><br />

cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> amor para com os outros que<br />

provaremos para <strong>no</strong>ssos irmãos que Jesus<br />

e o Pai estabeleceram sua mora<strong>da</strong> em nós.<br />

MOMENTO DE REFLEXÃO E PARTILHA<br />

1. O que significa para nós hoje a doença<br />

<strong>de</strong> Lázaro?<br />

2. Como também nós po<strong>de</strong>mos ressuscitar<br />

todos os dias?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Irmãos e Irmãs, a Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus <strong>no</strong>s fortalece e ilumina.<br />

Apresentemos ao Deus <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> as <strong>no</strong>ssas<br />

suplicas respon<strong>de</strong>ndo:<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s Senhor.<br />

LEITOR/A 8: Pela Igreja, santa e pecadora,<br />

sempre necessita<strong>da</strong> <strong>de</strong> reforma e<br />

conversão, para que não se acomo<strong>de</strong> <strong>no</strong>s<br />

seus pecados, mas ouça o Evangelho que<br />

prega para os outros, rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s Senhor.<br />

LEITOR/A 9: Por nós, pecadores e<br />

pecadoras, para que Jesus possa <strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong>spertar do so<strong>no</strong> em que vivemos e<br />

assumamos as atitu<strong>de</strong>s e os<br />

comportamentos que ele espera <strong>de</strong> nós,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s Senhor.<br />

LEITOR/A <strong>10</strong>: Pelas pessoas <strong>de</strong> boa<br />

vonta<strong>de</strong> que habitam o planeta Terra a fim<br />

<strong>de</strong> que acor<strong>de</strong>m para as suas<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s em salvá-lo<br />

antes que seja tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s Senhor.<br />

LEITOR/A 11: Para que, na Páscoa,<br />

celebremos a vitória <strong>de</strong> Jesus sobre<br />

o pecado e a esperança <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><br />

para o <strong>no</strong>sso Planeta, rezemos ao<br />

Senhor.<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s Senhor.<br />

Outras preces espontâneas.<br />

ANIMADOR/A: No Senhor, encontramos<br />

to<strong>da</strong> a graça e re<strong>de</strong>nção. Rezemos<br />

confiantes entregando ao Senhor o <strong>no</strong>sso<br />

ser e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> passarmos <strong>da</strong> morte à<br />

vi<strong>da</strong>, do so<strong>no</strong> à vigília.<br />

Coro 1: Das profun<strong>de</strong>zas eu clamo a vós,<br />

Senhor, escutai a minha voz! Vossos<br />

ouvidos estejam bem atentos ao clamor <strong>da</strong><br />

minha prece!<br />

TODOS: No Senhor, to<strong>da</strong> graça e<br />

re<strong>de</strong>nção!<br />

Coro 2: Se levar<strong>de</strong>s em conta <strong>no</strong>ssas<br />

faltas, quem haverá <strong>de</strong> subsistir? Mas em<br />

vós se encontra o perdão, eu vos temo e<br />

em vós espero.<br />

TODOS: No Senhor, to<strong>da</strong> graça e<br />

re<strong>de</strong>nção!<br />

Coro 1: No Senhor ponho a minha<br />

esperança, espero em sua palavra. A<br />

minh’alma espera <strong>no</strong> Senhor mais que o<br />

vigia pela aurora.<br />

TODOS: No Senhor, to<strong>da</strong> graça e<br />

re<strong>de</strong>nção!<br />

Coro 2: Espere Israel pelo Senhor, pois <strong>no</strong><br />

Senhor se encontra to<strong>da</strong> graça e copiosa<br />

re<strong>de</strong>nção. Ele vem libertar a Israel <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />

a sua culpa.<br />

TODOS: No Senhor, to<strong>da</strong> graça e<br />

re<strong>de</strong>nção!<br />

ANIMADOR/A: Ó Deus <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, vosso filho<br />

ao ressuscitar Lázaro, <strong>no</strong>s mostra que vós<br />

não quereis a morte, mas a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> vossos<br />

filhos e filhas. Fazei que <strong>no</strong>ssos encontros<br />

frater<strong>no</strong>s <strong>no</strong>s fortaleçam na fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

na <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Por Cristo Nosso<br />

Senhor. Amem.<br />

TODOS: Pai <strong>no</strong>sso....<br />

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />

ANIMADOR/A: Senhor Deus, <strong>da</strong>í-<strong>no</strong>s por<br />

vossa graça caminhar com alegria na<br />

mesma cari<strong>da</strong><strong>de</strong> que levou o vosso filho a<br />

entregar-se a morte <strong>no</strong> seu amor pelo<br />

mundo. Desça sobre nós, sobre <strong>no</strong>ssas<br />

famílias a bênção <strong>de</strong> Deus todo po<strong>de</strong>roso.<br />

TODOS: Em <strong>no</strong>me do Pai.....<br />

Cantemos: Maria, Mãe dos caminhantes.<br />

Combinar local, <strong>da</strong>ta e horário do<br />

próximo encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Convi<strong>da</strong>r mais pessoas para<br />

participar <strong>da</strong>s cerimônias e programações<br />

<strong>da</strong> Semana Santa. Fazer Jejum<br />

e abstinência.


Abril/2011 07<br />

A Igreja é Notícia<br />

Papa envia mensagem para a<br />

Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

O papa Bento XVI enviou ao presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, uma<br />

mensagem cumprimentando a Igreja <strong>no</strong><br />

Brasil pela pela Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

aberta hoje, Quarta-feira <strong>de</strong> Cinzas.<br />

Leia a íntegra <strong>da</strong> mensagem.<br />

Ao venerado irmão,<br />

Dom Geraldo Lyrio Rocha<br />

Arcebispo <strong>de</strong> Mariana (MG) e<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CNBB<br />

É com viva satisfação que venho unirme,<br />

uma vez mais, a to<strong>da</strong> Igreja <strong>no</strong> Brasil<br />

que se propõe percorrer o itinerário<br />

penitencial <strong>da</strong> quaresma, em preparação<br />

para a Páscoa do Senhor Jesus, <strong>no</strong> qual se<br />

insere a Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> cujo<br />

tema neste a<strong>no</strong> é: “Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> e vi<strong>da</strong> <strong>no</strong><br />

Planeta”, pedindo a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> e atitu<strong>de</strong>s para a salvaguar<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> criação.<br />

Pensando <strong>no</strong> lema <strong>da</strong> referi<strong>da</strong><br />

Campanha, “a criação geme em dores <strong>de</strong><br />

parto”, que faz eco às palavras <strong>de</strong> São Paulo<br />

na sua Carta aos Rom<strong>a<strong>no</strong>s</strong> (8,22), po<strong>de</strong>mos<br />

incluir entre os motivos <strong>de</strong> tais gemidos o<br />

<strong>da</strong><strong>no</strong> provocado na criação pelo egoísmo<br />

huma<strong>no</strong>. Contudo, é igualmente ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

que a “criação espera ansiosamente a<br />

revelação dos filhos <strong>de</strong> Deus” (Rm 8,19).<br />

Assim como o pecado <strong>de</strong>strói a criação, esta<br />

é também restaura<strong>da</strong> quando se fazem<br />

presentes “os filhos <strong>de</strong> Deus”, cui<strong>da</strong>ndo do<br />

mundo para que Deus seja tudo em todos<br />

(cf. 1Co 15,28).<br />

O primeiro passo para uma reta relação<br />

com o mundo que <strong>no</strong>s circun<strong>da</strong> é justamente<br />

o reconhecimento, <strong>da</strong> parte do homem, <strong>da</strong><br />

sua condição <strong>de</strong> criatura: o homem não é<br />

Deus, mas Sua imagem; por isso, ele <strong>de</strong>ve<br />

<strong>Coleta</strong> <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Em vista <strong>da</strong> grandiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do apoio aos<br />

projetos sociais, preferencialmente, neste<br />

a<strong>no</strong>, relacionados ao tema <strong>da</strong> CF, como<br />

cristãos comprometidos com os cui<strong>da</strong>dos <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> humana e <strong>da</strong> ecologia, é importante <strong>no</strong>s<br />

mobilizarmos para <strong>Coleta</strong> Nacional <strong>da</strong><br />

Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser realiza<strong>da</strong><br />

dia 17 <strong>de</strong> abril, Domingo <strong>de</strong><br />

Ramos em to<strong>da</strong>s as<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Acompanhe a execução<br />

dos projetos do Fundo<br />

Nacional <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

procurar tornar-se mais sensível à presença<br />

<strong>de</strong> Deus naquilo que está ao seu redor: em<br />

to<strong>da</strong>s as criaturas e, especialmente, na<br />

pessoa humana há uma certa epifania <strong>de</strong><br />

Deus. “Quem sabe reconhecer <strong>no</strong> cosmos os<br />

reflexos do rosto invisível do Criador, é levado<br />

a ter maior amor pelas criaturas” (Bento XVI,<br />

Homilia na Soleni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Santíssima Mãe<br />

<strong>de</strong> Deus, 1/1/20<strong>10</strong>). O homem só será capaz<br />

<strong>de</strong> respeitar as criaturas na medi<strong>da</strong> em que<br />

tiver <strong>no</strong> seu espírito um sentido ple<strong>no</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;<br />

caso contrário, será levado a <strong>de</strong>sprezar-se a<br />

si mesmo e aquilo que o circun<strong>da</strong>, a não ter<br />

respeito pelo ambiente em que vive, pela<br />

criação. Por isso, a primeira ecologia a ser<br />

<strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> é a “ecologia humana” (cf. Bento<br />

XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja,<br />

sem uma clara <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

sua concepção até a morte natural; sem uma<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> família basea<strong>da</strong> <strong>no</strong> matrimônio<br />

entre um homem e uma mulher; sem uma<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>queles que são<br />

excluídos e marginalizados pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

sem esquecer, neste contexto, <strong>da</strong>queles que<br />

per<strong>de</strong>m tudo, vítimas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres naturais,<br />

nunca se po<strong>de</strong>rá falar <strong>de</strong> uma autêntica<br />

<strong>de</strong>fesa do meio-ambiente.<br />

Recor<strong>da</strong>ndo que o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r do<br />

meio-ambiente é um imperativo que nasce<br />

<strong>da</strong> consciência <strong>de</strong> que Deus confia Sua<br />

criação ao homem não para que este exerça<br />

sobre ela um domínio arbitrário, mas que a<br />

conserve e cui<strong>de</strong> como um filho cui<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

herança <strong>de</strong> seu pai, e uma gran<strong>de</strong> herança<br />

Deus confiou aos brasileiros, <strong>de</strong> bom grado<br />

envio-lhes uma propiciadora bênção<br />

apostólica.<br />

Vatica<strong>no</strong>, 16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Bento XVI<br />

a contribuição <strong>de</strong> sua Diocese <strong>no</strong> site:<br />

www.caritas.org.br. De 1999 a 20<strong>10</strong> o Fundo<br />

Nacional <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> (que representa<br />

40% <strong>da</strong> coleta <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />

já apoiou 1.6<strong>10</strong> projetos. Os Fundos<br />

Dioces<strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> (que<br />

representam 60% <strong>da</strong> coleta que<br />

fica nas Dioceses ou nas igrejas<br />

Ecumênicas) já apoiaram em<br />

tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 5.<strong>10</strong>0 projetos.<br />

Po<strong>de</strong>remos multiplicar<br />

esta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

nacional. Participe!<br />

Casa <strong>de</strong> Carne Rosa<br />

Fone: (67) 3461-1273<br />

Rua Aparecido Rosa, 1<strong>10</strong><br />

Naviraí - MS<br />

Serviço Pastoral dos Migrantes<br />

Já se passaram<br />

25 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> que o Serviço<br />

Pastoral dos Migrantes<br />

<strong>da</strong> CNBB, iniciou suas<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e presença<br />

missionária junto aos<br />

migrantes e refugiados, principalmente os<br />

mais empobrecidos.<br />

Nos dias 26 e 27 <strong>de</strong> março, os agentes<br />

<strong>da</strong> referi<strong>da</strong> pastoral do Estado <strong>de</strong> Mato<br />

A<strong>no</strong> Internacional <strong>da</strong> ONU<br />

A ONU <strong>de</strong>clarou que 2011 será o A<strong>no</strong><br />

Internacional <strong>da</strong>s Florestas. Tem em vista a<br />

urgência <strong>de</strong> uma maior sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para a<br />

proteção dos frágeis recursos florestais do<br />

planeta e uma gestão mais eficaz <strong>de</strong> sua<br />

subsistência. O A<strong>no</strong> Internacional <strong>no</strong>s levará<br />

a aprofun<strong>da</strong>r a compreensão <strong>da</strong> importância<br />

<strong>da</strong>s florestas na conservação <strong>da</strong> energia e<br />

<strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> do planeta e também do alcance<br />

<strong>de</strong> certos objetivos do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

global, especialmente os objetivos traçados<br />

pelo Programa do Desenvolvimento do<br />

Milênio. Em um clima <strong>de</strong> oração, enfoquemos<br />

A Semana dos Povos Indígenas<br />

proposta pelo CIMI, em sintonia com a CF<br />

traz neste a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2011 o tema: Vi<strong>da</strong> para<br />

todos e para sempre e como lema: A Mãe<br />

Terra clama pelo Bem Viver.<br />

A expressão “Sumak Kawsay” ou “ Bem<br />

Viver” é uma expressão cunha<strong>da</strong> pelos povos<br />

indígenas que vivem <strong>no</strong>s An<strong>de</strong>s, o povo<br />

Quechua. Para estes povos andidos a<br />

expressão representa a retoma<strong>da</strong> <strong>de</strong> um<br />

horizonte <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> almejado a milhares <strong>de</strong><br />

<strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />

Essa proposta vem sendo retoma<strong>da</strong><br />

pelo movimento indígena, originário e<br />

campesi<strong>no</strong>, em contraponto a um mundo<br />

<strong>de</strong>sencantado, que substituiu os mitos pela<br />

ciência, e frente à crise <strong>da</strong> civilização<br />

oci<strong>de</strong>ntal que vivemos hoje. Ela se agrava a<br />

ca<strong>da</strong> dia, na busca <strong>de</strong> revalorizar suas raízes<br />

para construir um futuro diferente.<br />

A proposta do “Bem Viver” busca a<br />

utilização <strong>da</strong> natureza, mas sem lhe causar<br />

<strong>da</strong><strong>no</strong>, exigindo que cesse <strong>de</strong> imediato <strong>da</strong><br />

ultraexploração dos recursos naturais, a<br />

racionalização e redistribuição radical do<br />

consumo e a regulação <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

sejam altamente poluidoras, protegendo a<br />

natureza e a saú<strong>de</strong>. O objetivo é garantir o<br />

futuro <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>, sempre pensando nas<br />

gerações futuras.<br />

O “Bem Viver” trata-se também <strong>de</strong> uma<br />

série <strong>de</strong> conceitos políticos que tornem<br />

O Bem Viver<br />

Grosso do Sul estiveram reunidos, <strong>de</strong>dicandose<br />

à formação, espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> e celebração<br />

do Jubileu <strong>de</strong> Prata. O tema refletido foi sobre<br />

“o lugar e o quotidia<strong>no</strong>”, dos migrantes e dos<br />

agentes, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Milton Santos. A manhã<br />

<strong>de</strong> retiro espiritual baseou-se <strong>no</strong> texto bíblico<br />

sobre o Bom Samarita<strong>no</strong>, motivando as<br />

li<strong>de</strong>ranças para permanecerem firmes na<br />

missão <strong>de</strong> estar a serviço dos irmãos na<br />

generosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e doação <strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong>.<br />

a inter<strong>de</strong>pendência que existe entre as<br />

florestas e a água. A ONU <strong>de</strong>clarou o dia 21<br />

<strong>de</strong> março, “Dia <strong>da</strong>s Florestas”, e o dia 22 <strong>de</strong><br />

março, “Dia <strong>da</strong> Água”. Portanto, tornam-se<br />

agora “Dias Internacionais”. Desta maneira<br />

<strong>de</strong>u-<strong>no</strong>s a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir sobre estes<br />

dons que Deus <strong>no</strong>s dá para sustentar a vi<strong>da</strong>.<br />

A Comissão Justiça e Paz <strong>da</strong> USG/UISG, com<br />

a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil, convi<strong>da</strong> religiosos e<br />

religiosas, junto com comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras<br />

confissões, a rezar e trabalhar para um mundo<br />

mais sustentável para ca<strong>da</strong> pessoa e para<br />

to<strong>da</strong> a criação.<br />

possível essa mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> costumes. É<br />

necessária a harmonia e o respeito pelas<br />

diferenças entre povos, o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>mocracia para que seja efetivamente<br />

participativa, a criação <strong>de</strong> leis e o respeito<br />

efetivo dos direitos para evitar a completa<br />

<strong>de</strong>struição <strong>da</strong> natureza e o combate aos<br />

efeitos do aquecimento global.<br />

O gran<strong>de</strong> ensinamento que os Povos<br />

Indígenas <strong>no</strong>s têm transmitido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tempos<br />

imemoriais, é o <strong>de</strong> saber conviver com a terra,<br />

<strong>de</strong>dicando-lhe respeito, amor e profundo zelo.<br />

O que significa o “Bem viver” em um<br />

mundo marcado pelo consumismo, pela<br />

exploração <strong>de</strong>smedi<strong>da</strong> e inconsequente dos<br />

recursos limitados, finitos <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso planeta?<br />

O que significa “Bem viver” num contexto<br />

marcado por disputas econômicas, por<br />

crescimento, por aceleração, pela<br />

competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em que tudo se converte em<br />

mercadoria <strong>de</strong> consumo?<br />

A resistência dos povos indígenas e a<br />

plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maneiras <strong>de</strong> pensar e viver, sua<br />

outra lógica e cosmovisao, têm um gran<strong>de</strong><br />

potencial transformador. São eles que <strong>no</strong>s<br />

trazem a gran<strong>de</strong> contribuição do“Bem viver”.<br />

As relações do “Bem viver” estabeleci<strong>da</strong>s<br />

pela maioria dos povos indígenas<br />

fun<strong>da</strong>mentam-se na reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as<br />

pessoas, na convivência com outros seres <strong>da</strong><br />

natureza e num profundo respeito pela terra.<br />

Ir. Elisa Bisol, sts<br />

Distribuidora <strong>de</strong> Petróleo<br />

www.tauruspetroleo.com.br


08<br />

A Diocese em Revista<br />

Passeata marca CF em Iguatemi<br />

No dia 19 <strong>de</strong> março, uma passeata<br />

marcou os trabalhos <strong>da</strong> Campanha <strong>da</strong><br />

Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2011. O evento reuniu cerca <strong>de</strong><br />

<strong>10</strong>0 crianças e adolescentes, que caminharam<br />

pela aveni<strong>da</strong> principal <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, com faixas e<br />

cartazes chamando a atenção para o tema <strong>da</strong><br />

Campanha.<br />

A passeata foi o <strong>de</strong>sfecho <strong>de</strong> um concurso<br />

<strong>de</strong> cartazes, promovido pela Adolescência<br />

Missionária <strong>de</strong> Iguatemi. Os cartazes foram<br />

elaborados por crianças e adolescentes entre<br />

9 e 13 <strong>a<strong>no</strong>s</strong>. Após a passeata eles formaram<br />

um e<strong>no</strong>rme painel na igreja, para serem<br />

apreciados pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Na missa <strong>da</strong>s crianças <strong>de</strong> domingo, 20,<br />

Legionárias em retiro <strong>de</strong> Carnaval<br />

No dia 08 <strong>de</strong> março, na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Santo André, em Dourados, estiveram<br />

reunidos/as 60 Legionários/as pertencentes<br />

ao Comítium Imacula<strong>da</strong> Conceição <strong>de</strong><br />

Dourados para um retiro <strong>de</strong> Carnaval sob<br />

assessoria do Pe. Mário Panziera, <strong>da</strong><br />

Paróquia N. Sra Auxiliadora <strong>de</strong> Indápolis, que<br />

discorreu o Tema <strong>da</strong> CF 2011 e também a<br />

importância <strong>de</strong> Nossa Senhora na vi<strong>da</strong> do<br />

cristão. O retiro encerrou-se às 15h, com a<br />

celebração <strong>da</strong> Santa Missa presidi<strong>da</strong> pelo Pe.<br />

Benedito, <strong>da</strong> Catedral.<br />

“Sinais dos Tempos”<br />

As Pastorais Sociais <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong><br />

Dourados, <strong>no</strong>s dias 11 e 12 <strong>de</strong> março, estiveram<br />

reuni<strong>da</strong>s para formação e socialização <strong>de</strong><br />

iniciativas para o enfrentamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios na<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> quotidiana. A temática <strong>de</strong> estudo<br />

versou um olhar amplo sobre a história dos<br />

tempos, enfocando as estruturas geradoras <strong>da</strong>s<br />

crises atuais.<br />

Diante <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que <strong>no</strong>s envolve, necessitamos lançar um<br />

objetivo mais firme sobre a mesma a partir<br />

<strong>da</strong> reflexão crítica e do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> fé,<br />

houve a entrega <strong>da</strong> premiação para os cinco<br />

melhores cartazes.<br />

O vencedor foi Emanuel Badziak, cuja<br />

mensagem transmiti<strong>da</strong> pelo cartaz foi: “Eu o<br />

fiz com todo o meu amor. E vocês, o que<br />

fizeram com ele?”, retratando um<br />

questionamento <strong>de</strong> Deus para com a<br />

humani<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre a preservação do planeta.<br />

Como prêmio, ele ganhou uma viagem para<br />

a Canção Nova, na caravana que a<br />

Adolescência Missionária fará em julho on<strong>de</strong><br />

participará, como convi<strong>da</strong><strong>da</strong> especial, do<br />

programa Bem <strong>da</strong> Hora.<br />

As fotos do evento po<strong>de</strong>m ser visualiza<strong>da</strong>s<br />

<strong>no</strong> blog: www.admiguatemi.blogspot.com.<br />

Carnaval para jovens<br />

Oitenta e quatro jovens participaram, <strong>no</strong>s<br />

dias 03 a 07 <strong>de</strong> março, do IV Acampamento FAC<br />

<strong>de</strong> Iguatemi. O evento foi realizado <strong>no</strong> sítio do<br />

acampamento e contou ain<strong>da</strong> com a participação<br />

<strong>de</strong> 14 jovens <strong>de</strong> Cafezal do Sul-PR.<br />

Durante os quatro dias <strong>de</strong> acampamento<br />

eles participaram <strong>de</strong> diversos momentos<br />

como pregações, dinâmicas, <strong>de</strong>safios,<br />

entretenimento e missa diária. No domingo à<br />

<strong>no</strong>ite, na igreja matriz, foi realiza<strong>da</strong> uma missa<br />

especial com os familiares dos participantes.<br />

O acampamento FAC foi encerrado na<br />

segun<strong>da</strong>-feira à <strong>no</strong>ite, em gran<strong>de</strong> estilo, com<br />

uma belíssima missa <strong>no</strong> ginásio <strong>de</strong> esportes,<br />

que ficou lotado. Durante a missa, familiares<br />

e amigos pu<strong>de</strong>ram sentir a alegria dos<br />

faquistas, que contagiou a todos <strong>no</strong> ginásio,<br />

além dos testemunhos <strong>da</strong>s maravilhas que<br />

Deus realizou durante o acampamento.<br />

sob a ótica dos diversos grupos e atores<br />

sociais que estão na raiz <strong>da</strong> gestação <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>vos sujeitos sociais.<br />

Como cristãos e pessoas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>,<br />

somos convi<strong>da</strong>dos a <strong>no</strong>s empenhar na<br />

qualificação <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso compromisso na <strong>de</strong>fesa<br />

e promoção <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana e <strong>da</strong> ecologia.<br />

Um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para <strong>no</strong>ssa Diocese,<br />

é a articulação e a consciência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> organizar e investir na formação<br />

<strong>da</strong>s pessoas que <strong>de</strong>dicam suas vi<strong>da</strong>s em prol<br />

dos irmãos e <strong>da</strong>s causas sociais.<br />

Fone: (67) 3423-2291<br />

Consagração Missionária<br />

Uma lin<strong>da</strong> cerimônia marcou a iniciação<br />

<strong>da</strong> turma 2011 <strong>da</strong> Adolescência Missionária<br />

em Iguatemi. A missa <strong>de</strong> Consagração<br />

Missionária, celebra<strong>da</strong> <strong>no</strong> dia 27/02, contou<br />

com a presença <strong>de</strong> <strong>10</strong>6 participantes que<br />

fizeram o encontro <strong>de</strong> formação, além <strong>de</strong> seus<br />

familiares. Os adolescentes assumiram os<br />

compromissos missionários: ser amigos <strong>de</strong><br />

Jesus; cumprir seus <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> cristãos por<br />

amor a Ele e ao próximo; comunicar às outras<br />

crianças, adolescentes, e às suas famílias os<br />

CART em Maracaju<br />

Nos dias 5 a 7 <strong>de</strong> fevereiro iniciou a 2ª<br />

turma <strong>de</strong> teologia, em Maracaju. O curso terá<br />

a duração <strong>de</strong> três <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, <strong>no</strong> primeiro final <strong>de</strong><br />

semana <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mês, sendo ministrado pelos<br />

professores do ITEO. Inscrições abertas,<br />

todos estão convi<strong>da</strong>dos a fazerem sua<br />

inscrição na secretaria <strong>da</strong> Matriz.<br />

O Centro Social Marista Dourados foi<br />

reconhecido pelo <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

“Programa <strong>de</strong> Educação Ambiental Marista”,<br />

com foco na Preservação <strong>da</strong> Reserva <strong>da</strong> Mata<br />

existente na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. O programa já extinguiu<br />

o uso <strong>de</strong> copos <strong>de</strong>scartáveis <strong>de</strong>ntro do Centro<br />

Social, aumentou o uso <strong>de</strong> papel reciclado, e<br />

através <strong>da</strong>s oficinas socioeducativas <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental, fomenta a preservação<br />

do meio ambiente junto às crianças e<br />

“Trilha Ecológica”<br />

* ALFABETIZAÇÃO<br />

* AULAS DE REFORÇO<br />

* ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS<br />

* LABORATÓRIO DE REDAÇÃO<br />

Abril/2011<br />

ensinamentos do Evangelho e cumprir os<br />

<strong>de</strong>veres e obrigações que a Adolescência<br />

Missionária pe<strong>de</strong>: conhecer Jesus, Adoração<br />

na 1ª sexta-feira <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mês, comungar,<br />

partilhar, e serem missionários como Jesus.<br />

Ao final <strong>da</strong> missa os adolescentes<br />

fizeram a consagração a Jesus Missionário e<br />

receberam, <strong>da</strong>s mãos do sacerdote, o terço e<br />

a cruz missionária.<br />

As fotos do evento po<strong>de</strong>m ser visualiza<strong>da</strong>s<br />

<strong>no</strong> blog: www.admiguatemi.blogspot.com.<br />

Assembleia Estadual <strong>da</strong> CPT<br />

Nos dias 19 e 20 <strong>de</strong> março, <strong>no</strong> Centro<br />

Social São Vicente <strong>de</strong> Paulo, em Indápolis,<br />

realizou-se a Assembleia Estadual <strong>da</strong> CPT –<br />

Comissão Pastoral <strong>da</strong> Terra. Estiveram<br />

representa<strong>da</strong>s as Dioceses <strong>de</strong>: Três Lagoas,<br />

Dourados e Jardim, e os dois agentes que<br />

trabalham <strong>no</strong> escritório Regional <strong>de</strong> Campo<br />

Gran<strong>de</strong>. Tratou-se a seguinte pauta: estudo<br />

<strong>de</strong> proposta estatuto do Instituto; informes dos<br />

projetos <strong>de</strong> fortalecimento <strong>da</strong> agricultura<br />

familiar com plantio <strong>de</strong> abacaxi, ervas<br />

medicinais, pequi e cana para produção <strong>de</strong><br />

açúcar mascavo e melado. O projeto visa a<br />

geração <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> para as famílias com pouco<br />

po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />

Os agentes se empenham com intuito<br />

adolescentes que frequentam regularmente<br />

as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Centro Social.<br />

Com o apoio do Fundo Itaú <strong>de</strong> Excelência<br />

Social - FIES será construí<strong>da</strong> uma Trilha<br />

Ecológica na Reserva <strong>da</strong> Mata para visitação<br />

e conscientização <strong>da</strong> população do município<br />

<strong>de</strong> Dourados.<br />

A Reserva do Centro Social Marista <strong>de</strong><br />

Dourados fica localiza<strong>da</strong> na rua Haiti 280, <strong>no</strong><br />

Parque <strong>da</strong>s Nações I Pla<strong>no</strong>.<br />

CEBs e Pequenas Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Nos dia 11 e 12 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011, <strong>no</strong><br />

IPAD, aconteceu o Encontro Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

Formação para <strong>no</strong>vas li<strong>de</strong>ranças <strong>da</strong>s CEBs<br />

e Pequenas Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Assessorado pelo<br />

pe. Adria<strong>no</strong> Van <strong>de</strong> Ven e equipe <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação,<br />

o encontro teve como o objetivo, oferecer<br />

elementos essenciais para o fortalecimento <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> promover a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e a articulação<br />

dos produtores para estimular o consumo e a<br />

produção <strong>de</strong> alimentos agroecológicos.<br />

Os Agentes <strong>de</strong>senvolvem várias iniciativas<br />

como: feiras comunitárias <strong>da</strong> agricultura familiar<br />

junto à Eco<strong>no</strong>mia Solidária para<br />

comercialização dos produtos, troca <strong>de</strong><br />

sementes crioulas, significativa presença junto<br />

aos assentados e acampados na luta pelos<br />

direitos, participação <strong>no</strong>s <strong>de</strong>bates e ações dos<br />

Programas <strong>de</strong> Desenvolvimento dos Territórios<br />

e <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, cursos para formação <strong>de</strong><br />

lí<strong>de</strong>res, informes sobre a implantação e manejo<br />

<strong>de</strong> quintais produtivos... A assembleia foi<br />

marca<strong>da</strong> por momento <strong>de</strong> forte convivência e<br />

mística que perpassa to<strong>da</strong> a ação.<br />

caminha<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Foi um encontro frutuoso que teve sua<br />

culminância na participação <strong>da</strong> Romaria<br />

Diocesana e abertura <strong>da</strong> CF 2011.<br />

Aos animadores <strong>da</strong>s <strong>no</strong>ssas Pequenas<br />

Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e CEBs, digamos: Parabéns!<br />

Coragem! Vamos em frente!<br />

Fone: (67) 3421-2726<br />

Cel.: (67) 9971-7494<br />

Rua Ma<strong>no</strong>el Santiago, 1480 (esq. c/ Rua João C. Câmara)<br />

BNH 3º Pla<strong>no</strong> - Dourados - MS


Abril/2011 09<br />

A Diocese em Revista<br />

SAV News<br />

Para que serve o SAV?<br />

Aju<strong>da</strong>r a <strong>de</strong>scobrir o sentido <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> e o projeto <strong>de</strong> Deus para ca<strong>da</strong><br />

um. Para <strong>de</strong>spertar to<strong>da</strong>s as<br />

vocações, a começar pela vocação<br />

à vi<strong>da</strong>, a ser cristão e às vocações<br />

especificas como ministros<br />

or<strong>de</strong>nados, leigos e leigas engajados<br />

na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a vi<strong>da</strong> consagra<strong>da</strong>.<br />

O SAV aju<strong>da</strong> a <strong>de</strong>spertar para<br />

os diferentes, serviços e ministérios<br />

leigos <strong>de</strong> que as <strong>no</strong>ssas<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessitam.sLembra a<br />

todos os vocacionados que o<br />

exercício <strong>de</strong> tal serviço ou ministério<br />

se dá por meio <strong>de</strong> um chamado <strong>de</strong><br />

Deus. “Deus quer precisar <strong>de</strong> nós<br />

para realizar a sua obra. A obra é <strong>de</strong><br />

Deus, nós somos seus<br />

colaboradores” (1Cor 3,9). Assim,<br />

ca<strong>da</strong> fiel é chamado a tomar<br />

consciência <strong>de</strong> seu chamado e<br />

missão na Igreja.<br />

Para que mesmo é o SAV?<br />

· Rezar pelas vocações; Criar e<br />

manter em <strong>no</strong>ssas Paróquias um<br />

ambiente favorável á <strong>de</strong>scoberta e<br />

ao cultivo <strong>da</strong>s diversas vocações;<br />

Conscientizar a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre<br />

as vocações e os ministérios;<br />

Descobrir as vocações que há na<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>; Acompanhar os<br />

vocacionados e ajudá-los <strong>no</strong><br />

processo <strong>de</strong> discernimento,<br />

inserindo-os <strong>no</strong> SAV paroquial.<br />

Na próxima edição, apresentaremos<br />

algumas sugestões concretas<br />

para o SAV paroquial.<br />

Agen<strong>da</strong> Diocesana do SAV<br />

· 11/03 (reunião <strong>da</strong> equipe<br />

diocesana)<br />

· 20/03 (retiro <strong>de</strong> crismandos na<br />

Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima)<br />

(formação para o SAV <strong>da</strong> Paróquia<br />

Rainha dos Apóstolos)<br />

· 26 e 27/03 (formação <strong>da</strong><br />

equipe regional em Três Lagoas)<br />

· 03/04 (retiro <strong>de</strong> crismandos<br />

Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima)<br />

· <strong>10</strong>/04 (retiro <strong>de</strong> crismandos<br />

Paróquia Santa Terezinha)<br />

· 11 à 16/04 (semana vocacional<br />

em Anaurilândia)<br />

· 30/04 (formação SAV na<br />

forania <strong>de</strong> Rio Brilhante)<br />

· 7 e 8/05 (encontro <strong>de</strong><br />

discernimento vocacional <strong>no</strong><br />

Seminário Diocesa<strong>no</strong> em Dourados)<br />

Fone: 3421-7877<br />

Rua Mato Grosso, 1.962 Dourados - MS<br />

graficaalfadouradosms@hotmail.com<br />

Ação Solidária<br />

A Cáritas Diocesana <strong>de</strong> Dourados, realizou<br />

uma campanha espicífica em soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> às<br />

pessoas e famílias que sofrem as consequências<br />

dos <strong>de</strong>sastres ecológicos <strong>no</strong> Sudoeste do Brasil.<br />

O Resultado <strong>de</strong>sta campanha somou um total <strong>de</strong><br />

R$ 35.602,03 e teve a participação <strong>de</strong> 30<br />

paróquias. O valor foi repassado à Cáritas<br />

Brasileira que fará a aplicação segundo as<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s famílias a serem atendi<strong>da</strong>s.<br />

Ministros Novos<br />

A Equipe Diocesana <strong>de</strong> Formação para<br />

candi<strong>da</strong>tos a serviço do Ministério Extraordinário<br />

<strong>da</strong> Comunhão Eucarística, iniciará os encontros<br />

foraniais do primeiro semestre. Os temas a serem<br />

refletidos <strong>no</strong>s encontros em ca<strong>da</strong> forania são:<br />

Introdução às orientações gerais para a<br />

formação; Eclesiologia, ministro <strong>de</strong> Cristo a<br />

serviço <strong>da</strong> Igreja; Enviado pela Igreja para servir<br />

a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>; A Eucaristia é Cristo, <strong>no</strong> pão e <strong>no</strong><br />

vinho e Espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Segue a agen<strong>da</strong> do I<br />

semestre:<br />

Dia 20 <strong>de</strong> março – Forania <strong>de</strong> Ponta Porã e<br />

Amambaí (já realizado), 03 <strong>de</strong> abril – Forania<br />

<strong>de</strong> Naviraí; <strong>10</strong> <strong>de</strong> abril – Foranias <strong>de</strong> Dourados,<br />

Rio Brilhante e Fátima do Sul, <strong>no</strong> IPAD; 15 <strong>de</strong><br />

maio – Forania <strong>de</strong> Nova Andradina.<br />

Horário: início às 8h e térmi<strong>no</strong> às 17h.<br />

Cursilho<br />

O Movimento Cursilho <strong>da</strong> Cristan<strong>da</strong><strong>de</strong> estará<br />

realizando o 97º Cursilho, <strong>no</strong>s dias 24 a 27 <strong>de</strong><br />

março para homens e 31/03 a 03 <strong>de</strong> abril para<br />

mulheres. Os dois encontros serão realizados <strong>no</strong><br />

IPAD, em Dourados. E <strong>no</strong> Assentamento<br />

Itamaraty (Escola Estadual Nova Itamaraty) <strong>no</strong>s<br />

dias 20 a 22 <strong>de</strong> maio para homens e <strong>no</strong> dias 27<br />

a 29 <strong>de</strong> maio para mulheres.<br />

Animadores <strong>de</strong><br />

Campanhas<br />

Tendo em vista a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior<br />

articulação entre coor<strong>de</strong>nação diocesana,<br />

equipes foraniais e paroquiais <strong>da</strong>s campanhas,<br />

convocamos para um dia <strong>de</strong> estudo sobre a<br />

mobilização <strong>de</strong> campanhas: <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

Missionária, <strong>da</strong> Evangelização e Emergenciais.<br />

O encontro será dia 30 <strong>de</strong> abril <strong>no</strong> IPAD com<br />

início às 8h30 e térmi<strong>no</strong> às 16h. Além do<br />

coor<strong>de</strong>nador foranial po<strong>de</strong>rá ter mais um(a)<br />

acompanhante. Pedimos também que já tragam<br />

a avaliação CF 2011 feita nas paróquias.<br />

O questionário <strong>da</strong> avaliação está <strong>no</strong> manual<br />

<strong>da</strong> Campanha ou <strong>no</strong> site <strong>da</strong> CNBB<br />

www.cnbb.org.br.<br />

Maiores informações pelos fones 8409-1888,<br />

9664-6795 (Sueli), 3422-69<strong>10</strong> ou pelo e-mail<br />

sudiz1@hotmail.com, diocesedourados@terra.com.br.<br />

Seminaristas <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

Seminário Maior Maria Mãe <strong>da</strong> Igreja - C. Gran<strong>de</strong><br />

Teologia<br />

01<br />

Filosofia<br />

Seminário Propedêutico Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus<br />

Dourados<br />

01 02 03 04<br />

C PERPLAN<br />

Consultoria e Planejamento Agropecuário Lt<strong>da</strong>.<br />

Fone/Fax: (67) 3426-6447<br />

02 03 04 05<br />

06 07 08 09<br />

<strong>10</strong><br />

11<br />

12<br />

01 02 03 04<br />

05 06 07 08<br />

09 <strong>10</strong> 11<br />

13<br />

01. A<strong>de</strong>mir Carvalho <strong>de</strong> França<br />

Nova Andradina - 1º a<strong>no</strong><br />

02. Adria<strong>no</strong> Rodrigues<br />

Dourados - 3º a<strong>no</strong><br />

03. Ailton Vicente <strong>de</strong> Souza<br />

Nova Andradina - 4º a<strong>no</strong><br />

04. Arilço Chaves Nantes<br />

Nova Andradina - 3º a<strong>no</strong><br />

05. Fábio Casado Dias<br />

Ivinhema - 3º a<strong>no</strong><br />

06. Fernando Lorenz<br />

Ivinhema - 3º a<strong>no</strong><br />

07. Jan<strong>de</strong>r <strong>da</strong> Silva Santos<br />

Caarapó - 1º a<strong>no</strong><br />

08. Joaquim Dias Satelis<br />

Naviraí - 2º a<strong>no</strong><br />

09. Marcos Paulo Fernan<strong>de</strong>s<br />

Ivinhema - 3º a<strong>no</strong><br />

<strong>10</strong>. Mário Fernan<strong>de</strong>s Rocha<br />

Maracajú - 4º a<strong>no</strong><br />

11. Neuton Cesar Lima Vieira<br />

Itapemirim - MA - 1º a<strong>no</strong><br />

12. Osval<strong>de</strong>cir Leandro Men<strong>de</strong>s<br />

Naviraí - 3º a<strong>no</strong><br />

13. Sidnei Rodrigues Ribeiro<br />

Ivinhema - 3º a<strong>no</strong><br />

01. Andre Luis Ribeiro Neto<br />

Dourados<br />

02. Benjamim Martins Júnior<br />

Amambaí<br />

03. Bru<strong>no</strong> Florindo<br />

Ivinhema<br />

04. Diego Da Silva Moraes<br />

Naviraí<br />

05. Edielson Bonin <strong>de</strong> Pádua<br />

Angélica<br />

06. Everton França Souza Manari<br />

Dourados<br />

07. Gilvane Pertussatti dos Santos<br />

Dourados<br />

08. Jhon Wilker Prates dos Santos<br />

Dourados<br />

09. Martinho Vagner <strong>de</strong> Sousa<br />

São Paulo<br />

<strong>10</strong>. Pablo Daniel Martins <strong>de</strong> Souza<br />

Dourados<br />

11. Rogério Almei<strong>da</strong> Marques<br />

Ponta Porã<br />

01. Kelvin Camilo - Nova Alvora<strong>da</strong> do Sul<br />

02. Leonardo Guimarães - Dourados<br />

03. Renato Nascimento - Bataguassu<br />

04. Marcos Rogério <strong>de</strong> Morais – Dourados<br />

DAMASCO<br />

A Serviço <strong>da</strong> Cultura Religiosa<br />

Artigos Religiosos, Livros, Cartões, CDs<br />

livraria<strong>da</strong>masco@terra.com.br<br />

Fone: (67) 3421-15<strong>10</strong><br />

Rua João Cândido Câmara, 400B - Dourados - MS


<strong>10</strong><br />

Conversa com o Leitor<br />

Pergunte e Respon<strong>de</strong>remos!<br />

Pe. Alex Messias<br />

Pároco <strong>da</strong> Paróquia São Pedro<br />

Sou Eloir <strong>da</strong> Silva Ferreira, <strong>da</strong><br />

Paróquia Nossa Senhora <strong>da</strong> Conceição –<br />

Catedral <strong>de</strong> Dourados. Gostaria <strong>de</strong> saber<br />

por que a Semana Santa é tão diferente<br />

<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as celebrações do a<strong>no</strong> litúrgico?<br />

De inicio, é válido consi<strong>de</strong>rar que, na<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, não é uma semana que é santa,<br />

mas é uma semana <strong>de</strong> santificação, em que<br />

somos convi<strong>da</strong>dos a ficarmos mais santos.<br />

Voltando ao passado, constatamos que<br />

o núcleo original mais antigo <strong>da</strong> Semana<br />

Santa é a Vigília Pascal, <strong>da</strong> qual temos<br />

registros já <strong>no</strong> século II <strong>da</strong> era cristã. Foi<br />

sempre uma <strong>no</strong>ite <strong>de</strong> vigília em recor<strong>da</strong>ção<br />

e espera <strong>da</strong> ressurreição <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />

Acrescentando muito logo a celebração dos<br />

sacramentos <strong>da</strong> iniciação cristã: batismo,<br />

confirmação e eucaristia, tornando por sua<br />

vez, uma gran<strong>de</strong> <strong>no</strong>ite sacramental <strong>da</strong> Igreja.<br />

Mais adiante, a Vigília Pascal<br />

<strong>de</strong>senvolveu-se esten<strong>de</strong>ndo <strong>no</strong> tempo e se<br />

transformou <strong>no</strong> tríduo <strong>da</strong> paixão, morte e<br />

ressurreição do Senhor, do qual já fala Santo<br />

Agostinho. Acrescentando à Vigília, a<br />

celebração <strong>da</strong> paixão, morte do Senhor na<br />

Sexta-Feira Santa e na Quinta-Feira Santa,<br />

celebrava três celebrações eucarísticas bem<br />

diversas, a saber: uma missa para reconciliar<br />

os pecadores, uma missa que recor<strong>da</strong> a<br />

instituição <strong>da</strong> Eucaristia pela tar<strong>de</strong> e uma<br />

missa crismal, nesta última, o bispo consagra<br />

os três óleos <strong>de</strong> que se necessitam para a<br />

administração dos sacramentos: o santo<br />

crisma, o óleo dos catecúme<strong>no</strong>s e o óleo dos<br />

enfermos. Na liturgia que segue ao Concílio<br />

Vatica<strong>no</strong> II acrescentou-se um rito<br />

significativo: a re<strong>no</strong>vação <strong>da</strong>s promessas<br />

sacerdotais.<br />

Na atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, como já sabemos, a<br />

semana santa começa com o domingo <strong>de</strong><br />

ramos e o Tríduo Pascal inicia na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Quinta-Feira Santa com a Missa <strong>da</strong> Ceia do<br />

TRANSPORTADORA COMANDOLLI LTDA<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 8.500<br />

Dourados - MS<br />

Fone: (67) 3902-1120<br />

Senhor e se une ao primeiro dia do tríduo que<br />

é, em si, a Sexta-Feira Santa <strong>da</strong> Paixão do<br />

Senhor. O segundo dia é o Sábado Santo <strong>da</strong><br />

sepultura do Senhor, um dia <strong>de</strong> silêncio e<br />

espera. A Igreja <strong>de</strong>tém-se ante o Sepulcro do<br />

Senhor crucificado e espera sua Ressurreição.<br />

Com a Vigília Pascal, na <strong>no</strong>ite do Sábado<br />

Santo, começa o terceiro dia do tríduo: o<br />

Domingo <strong>da</strong> Ressurreição do Senhor.<br />

Nesta perspectiva, o domingo <strong>de</strong><br />

Ressurreição é o dia mais importante do a<strong>no</strong><br />

litúrgico. Seu centro é precisamente a Vigília<br />

Pascal, na <strong>no</strong>ite do Sábado Santo ao domingo<br />

<strong>de</strong> Ressurreição. É a celebração mais importante<br />

do a<strong>no</strong>, centro <strong>de</strong> todo o ciclo litúrgico.<br />

É a gran<strong>de</strong> <strong>no</strong>ite sacramental <strong>da</strong> Igreja. Os<br />

cristãos re<strong>no</strong>vam suas promessas batismais<br />

enquanto contemplam como <strong>no</strong>vos cristãos<br />

se incorporam a sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Constitui<br />

a origem e nela culminam to<strong>da</strong>s celebrações<br />

litúrgicas.<br />

Por isso que a semana santa é tão<br />

diferente <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais semanas litúrgicas, por<br />

que a Igreja celebra os sagrados mistérios<br />

<strong>da</strong> Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor,<br />

encarnado para <strong>no</strong> martírio <strong>da</strong> Cruz e na<br />

vitória sobre a morte, doar à humani<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

graça <strong>da</strong> salvação. Vale <strong>de</strong>stacar que a<br />

palavra páscoa vem do hebreu Peseach e<br />

significa “passagem”. Era vivamente<br />

comemora<strong>da</strong> pelos ju<strong>de</strong>us do Antigo<br />

Testamento. Con<strong>de</strong>nado à morte na cruz e<br />

sepultado, após três dias, num domingo, logo<br />

<strong>de</strong>pois <strong>da</strong> páscoa ju<strong>da</strong>ica, Jesus ressuscitou,<br />

constituindo o ponto central e mais importante<br />

<strong>da</strong> fé cristã. Através <strong>da</strong> sua ressurreição,<br />

Jesus prova que a morte não é o fim e que<br />

Ele é, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente, o Filho <strong>de</strong> Deus. O<br />

temor dos discípulos em razão <strong>da</strong> morte <strong>de</strong><br />

Jesus na Sexta-Feira transforma-se em<br />

esperança e júbilo. É a partir <strong>de</strong>ste momento<br />

que eles adquirem força para continuar<br />

anunciando a mensagem do Senhor.<br />

Portanto, anseios <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va, busca <strong>de</strong><br />

um sentido para a própria existência, medo <strong>da</strong><br />

morte enquanto fracasso, esperança do amor<br />

que tudo re<strong>no</strong>va, TUDO ISSO, encontra sua<br />

razão <strong>de</strong> ser na ressurreição <strong>de</strong> Jesus. Tratase<br />

do dinamismo que impulsiona a vi<strong>da</strong> e ação<br />

dos que se comprometem com Cristo, <strong>de</strong> modo<br />

que se atue hoje a prática <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Nazaré.<br />

Essa prática exige discernimento, <strong>de</strong>sapego,<br />

para que o cristão ressuscitado com Cristo <strong>no</strong><br />

batismo, possa caminhar para a plena<br />

realização. A ressurreição <strong>de</strong> Jesus é a prova<br />

concreta <strong>de</strong> como po<strong>de</strong> ser plena a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

todos que se empenham na construção, em<br />

nível pessoal e social, do Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

CORPAL<br />

Fone: (67) 3416-9900<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 3.400<br />

Abril/2011<br />

<strong>10</strong> A<strong>no</strong>s <strong>de</strong> <strong>Graça</strong>s<br />

“O ouvido jamais ouviu e o olho jamais viu que um Deus, além <strong>de</strong> ti, tenha feito tanto por<br />

aqueles que nele confiam!” (Is 64,3).<br />

Durante estes <strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> episcopado <strong>de</strong> Dom Redovi<strong>no</strong> Rizzardo, cs, na Diocese <strong>de</strong><br />

Dourados ocorreram muitas iniciativas e ações marcantes na caminha<strong>da</strong> diocesana.<br />

Destacamos as principais: Início do processo visando o <strong>de</strong>smembramento <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong><br />

Dourados e a criação <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Naviraí; a realização <strong>da</strong> “Expo-Católica”; a Diocese<br />

recebeu os restos mortais <strong>de</strong> Dom Teo<strong>da</strong>rdo Leitz, <strong>de</strong>positados na cripta <strong>da</strong> catedral, recém<br />

reforma<strong>da</strong>; Celebração do A<strong>no</strong> do Jubileu <strong>de</strong> Ouro <strong>da</strong> Diocese; Inauguração do Centro <strong>de</strong><br />

Formação Pastoral Nossa Senhora <strong>de</strong> Gua<strong>da</strong>lupe, na Reserva Indígena <strong>de</strong> Dourados;<br />

realização <strong>da</strong>s Santas Missões Populares em to<strong>da</strong>s as paróquias <strong>da</strong> Diocese e início <strong>da</strong><br />

formação <strong>da</strong>s Pequenas Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s; fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Casa <strong>da</strong> Esperança (feminina), em<br />

Maracaju; experiência missionária dos seminaristas dioces<strong>a<strong>no</strong>s</strong> na Amazônia; Romaria<br />

Diocesana ao Santuário Nacional <strong>de</strong> Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong>, à Canção Nova e ao Santuário<br />

<strong>de</strong> Santo Antônio Galvão; visita <strong>da</strong> imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong>, abençoa<strong>da</strong> pelo<br />

Papa Bento XVI percorreu as paróquias <strong>da</strong> diocese; Jorna<strong>da</strong> <strong>da</strong> Integração <strong>da</strong>s Pastorais,<br />

Serviços e Movimentos; Congresso Diocesa<strong>no</strong> <strong>da</strong> Catequese;<br />

Inauguração do Mosteiro Santa Maria dos Anjos, em Dourados;<br />

Reforma e ampliação do Centro Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong> Pastoral – IPAD;<br />

realização do 2º Congresso Missionário do Mato Grosso do<br />

Sul, em Dourados; realização <strong>da</strong> 1ª Romaria Diocesana <strong>da</strong><br />

Terra, <strong>da</strong>s Águas e <strong>da</strong>s Matas com a abertura <strong>da</strong> Campanha<br />

<strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2001; foram cria<strong>da</strong>s 11 <strong>no</strong>vas paróquias;<br />

chegaram 5 Congregações Masculinas e 5 Femininas; 2<br />

Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> e Aliança; foram inaugura<strong>da</strong>s 4<br />

emissoras <strong>de</strong> rádio; or<strong>de</strong>nados 7 padres religiosos, 17<br />

dioces<strong>a<strong>no</strong>s</strong> e 13 diáco<strong>no</strong>s permanentes.<br />

A Diocese do Coração agra<strong>de</strong> a Deus por tantas<br />

dádivas concedi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> seu amor.<br />

De Dourados para a Tanzânia -<br />

África, em missão<br />

Sou Irmã Eliana Apareci<strong>da</strong> dos Santos, natural <strong>de</strong> Dourados e minha<br />

família pertence a Paróquia Nossa Senhora do Carmo na Vila São Braz.<br />

Foi participando ativamente em minha adolescência nesta comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que senti o chamado <strong>de</strong> Deus à Vi<strong>da</strong> Religiosa Consagra<strong>da</strong>. Encontrei<br />

na Congregação <strong>da</strong>s Irmãs <strong>de</strong> São José <strong>de</strong> Chambéry acolhi<strong>da</strong> e abertura<br />

para realizar uma caminha<strong>da</strong> vocacional buscando respon<strong>de</strong>r aos apelos<br />

<strong>de</strong> Deus. Contando sempre com a <strong>Graça</strong> <strong>de</strong> Deus que é abun<strong>da</strong>nte em<br />

minha vi<strong>da</strong>, com o apoio <strong>de</strong> minha família e amigos permaneço neste caminhar que me leva<br />

ao mesmo tempo ao encontro dos irmãos(as), especialmente dos mais pobres e necessitados.<br />

Sou Irmã há <strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong> e sinto-me feliz e realiza<strong>da</strong> em minha vocação. Vivi minha missão por<br />

quatro <strong>a<strong>no</strong>s</strong> na coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Projetos Sociais em Caxias do Sul – RS. Trabalhei na<br />

educação escolar por algum tempo, e atualmente <strong>de</strong>dico-me à Animação Vocacional <strong>de</strong><br />

minha congregação, sendo que <strong>no</strong>s últimos dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> participei <strong>da</strong> Equipe <strong>de</strong> Animação<br />

Vocacional <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Dourados.<br />

Sentindo o apelo <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> minha congregação para intensificar <strong>no</strong>sso espírito<br />

missionário e assumir os riscos <strong>da</strong> inserção em áreas <strong>de</strong> fronteira, estou assumindo uma<br />

<strong>no</strong>va missão em outras terras, em outro continente. Temos há 7 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> uma missão na Tanzânia<br />

- África. Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Irmãs para colaborar nesta missão na Evangelização, Animação<br />

Vocacional e Educação. Colocando-me em sintonia com Deus que me chama a amar e<br />

servir acolhi este apelo, este chamado missionário. Agra<strong>de</strong>ço a minha família, a Congregação<br />

<strong>da</strong>s Irmãs <strong>de</strong> São José, ao SAV Diocesa<strong>no</strong> por me enviar e permitir que eu possa realizar<br />

esta experiência. Peço a oração <strong>de</strong> todos para que eu seja sinal <strong>de</strong> Deus, presença <strong>de</strong><br />

Comunhão e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> junto àquele povo. Como disse a Moisés, o Senhor me diz hoje “Tira<br />

as sandálias dos pés, porque o lugar on<strong>de</strong> está pisando é uma terra sagra<strong>da</strong>” (Ex.3,5)<br />

Serei envia<strong>da</strong> a esta missão <strong>no</strong> dia 09 <strong>de</strong> abril às 19 horas na paróquia Nossa Senhora<br />

do Carmo. Convido você para participar <strong>de</strong>ste momento comigo, com minha família, paróquia,<br />

congregação e com o SAV diocesa<strong>no</strong>.


Abril/2011 11<br />

3º Encontro - “O Filho <strong>de</strong> Deus vem a nós pobre, manso, humil<strong>de</strong> e servidor”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: ramos<br />

ver<strong>de</strong>s, vela, Bíblia, cartão ou imagem <strong>de</strong><br />

Jesus, crucifixo ou cruz.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: Jesus é o<br />

Rei <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas vi<strong>da</strong>s e <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A Igreja <strong>no</strong>s convidou, neste<br />

último domingo, a celebrar os Ramos, os<br />

quais foram abençoados e os conservamos<br />

em <strong>no</strong>ssas casas como expressão e<br />

certeza <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> Jesus. Acolho ca<strong>da</strong><br />

um/a na paz e na alegria. Sintam-se bem<br />

em <strong>no</strong>ssa casa.<br />

ANIMADOR/A: Com a expressão Hosana,<br />

Rei! Hosana Ah! e com a celebração <strong>de</strong><br />

ramos, entramos na Semana Santa, em<br />

preparação á maior festa para nós cristãos.<br />

A Festa <strong>da</strong> Ressurreição <strong>da</strong> Páscoa <strong>de</strong><br />

Nosso Senhor Jesus Cristo. Iniciemos<br />

<strong>no</strong>sso encontro, confirmando a presença <strong>da</strong><br />

Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> Santa, cantando.<br />

TODOS: Em <strong>no</strong>me do Pai, em <strong>no</strong>me do<br />

Filho, em <strong>no</strong>me do Espírito Santo, Amém.<br />

LEITOR/A 1: Estamos celebrando a Semana<br />

Santa. Somos convi<strong>da</strong>dos a refletir mais<br />

profun<strong>da</strong>mente sobre os últimos<br />

acontecimentos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jesus, sobre o<br />

mistério <strong>de</strong> sua paixão, morte e ressurreição.<br />

Deixemos que o espírito <strong>de</strong> amor e<br />

penitência <strong>no</strong>s acompanhe nesta semana.<br />

LEITOR/A 2: Jesus entrou em Jerusalém,<br />

e nós queremos segui-lo com a firme<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar ao serviço <strong>de</strong> seu rei<strong>no</strong>.<br />

TODOS: Guar<strong>da</strong>i, Ó Deus a vossa Igreja<br />

sob a vossa constante proteção para<br />

que, re<strong>no</strong>vados pelos sacramentos<br />

pascais, cheguemos à luz <strong>da</strong><br />

ressurreição.<br />

LEITOR/A 3: O Filho <strong>de</strong> Deus vem a nós<br />

como humil<strong>de</strong> rei servidor e o acompanhamos<br />

em sua trajetória rumo á cruz.<br />

LEITOR/A 4: Durante as cinco semanas<br />

<strong>da</strong> Quaresma, preparemos os <strong>no</strong>ssos<br />

corações pela oração, pela penitência e<br />

pela cari<strong>da</strong><strong>de</strong> para a Páscoa.<br />

TODOS: Para realizar o mistério <strong>de</strong> sua<br />

morte e ressurreição, Cristo entrou em<br />

Jerusalém, sua ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

LEITOR/A 5: Celebrando com fé e pie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

a memória <strong>de</strong>sta entra<strong>da</strong> sigamos os<br />

passos <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso salvador para que,<br />

associados pela graça á sua cruz,<br />

participemos também <strong>de</strong> sua ressurreição<br />

e <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

LEITOR/A 6: Naquela época, Ju<strong>da</strong>s ven<strong>de</strong>u<br />

Jesus em troca <strong>de</strong> dinheiro. Mesmo assim<br />

continuou entre os apóstolos, porém com<br />

o objetivo <strong>de</strong> achar uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />

entregar Jesus. Hoje também existem<br />

traidores que trocam as pessoas por<br />

dinheiro, por prestígio, por aparências.<br />

Trocam também o voto por promessas e<br />

presentes.<br />

TODOS: Jesus sabia que iria ser enganado<br />

e assim mesmo confraternizou na última<br />

ceia com seus discípulos, sabendo que um<br />

<strong>de</strong>les iria traí-lo. Ele falou: ”O meu tempo<br />

chegou”. Nessas palavras ele queria que<br />

seus discípulos enten<strong>de</strong>ssem que iria<br />

morrer, mas sabia que sua morte iria trazer<br />

vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va, através <strong>da</strong> ressurreição.<br />

LEITOR/A 7: O cristão não age como Ju<strong>da</strong>s,<br />

mas sim como Jesus. Celebrar a Páscoa<br />

significa assumir a <strong>no</strong>va vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jesus, com<br />

amor, fé e partilha. Significa comungar com<br />

os irmãos as alegrias e os sofrimentos para<br />

todos juntos <strong>de</strong>sfrutarmos <strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong><br />

herança que é a libertação trazi<strong>da</strong> por Jesus.<br />

ANIMADOR/A: Como já falamos<br />

anteriormente, estamos começando a semana<br />

<strong>de</strong>cisiva na celebração <strong>da</strong> história <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,<br />

morte e ressurreição <strong>de</strong> Jesus. Ele entra em<br />

Jerusalém aclamado pelo povo como Messias<br />

e Salvador. Mas não entra como os messias<br />

que o povo esperava. Entra peque<strong>no</strong>, humil<strong>de</strong>,<br />

pobre. O jumentinho é o símbolo do Servo <strong>de</strong><br />

Deus, <strong>no</strong>sso Pai.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: MT 21,1-11<br />

ANIMADOR/A: Jesus resistiu a vi<strong>da</strong> to<strong>da</strong> a ser<br />

chamado <strong>de</strong> Messias. Na cabeça do povo,<br />

havia muito mal entendido em relação ao<br />

Messias. Mas agora, ás portas <strong>de</strong> Jerusalém,<br />

Jesus <strong>de</strong>ixa cair as resistências. Aceita entrar<br />

como Messias, mas <strong>de</strong>ixa claro que tipo <strong>de</strong><br />

Messias ele é; pobre, manso, humil<strong>de</strong>, servo<br />

<strong>de</strong> Deus e dos homens. Aclamemos cantando:<br />

TODOS: Pela palavra <strong>de</strong> Deus, saberemos<br />

por on<strong>de</strong> an<strong>da</strong>r...<br />

Proclamar o Evangelho se necessário duas<br />

vezes. Deixar um momento <strong>de</strong> silêncio para a<br />

reflexão pessoal, partilhar palavras ou<br />

pensamentos do Evangelho que mais tocou o<br />

coração <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um/a.<br />

“Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente este homem era o<br />

Filho <strong>de</strong> Deus”<br />

Mateus, ju<strong>de</strong>u convertido, chamado<br />

por Cristo para ser um dos apóstolos <strong>de</strong><br />

sua Igreja, <strong>de</strong>parou-se com uma tarefa<br />

imensa. Seus compatriotas esperavam<br />

(como ele também, um dia) que o Messias,<br />

fosse um libertador político que finalmente<br />

expulsaria os rom<strong>a<strong>no</strong>s</strong> do meio <strong>de</strong>les.<br />

Mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com Jesus<br />

que o Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus não era como os<br />

outros (terre<strong>no</strong>s), mas estava<br />

fun<strong>da</strong>mentado <strong>no</strong> amor ao próximo,<br />

procurou convencer seus patrícios <strong>de</strong> que<br />

Jesus era o Messias esperado. Ele o fez<br />

segui<strong>da</strong>mente ligando os fatos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

Jesus às profecias sobre o Messias.<br />

Em todo seu evangelho, após a<br />

narração <strong>de</strong> um milagre, <strong>de</strong> uma instrução,<br />

<strong>de</strong> um acontecimento, cita implícita ou<br />

explicitamente uma passagem bíblica do<br />

Antigo Testamento. Como escrevia para uma<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cristãos, vindos do ju<strong>da</strong>ísmo,<br />

tardou a mostrar Jesus falando sobre o <strong>no</strong>vo<br />

rei<strong>no</strong>, sua origem, natureza e seu<br />

crescimento.<br />

Curiosamente, Mateus coloca na boca<br />

do oficial e dos sol<strong>da</strong>dos rom<strong>a<strong>no</strong>s</strong> (impuros,<br />

conforme a lei) o importante ato <strong>de</strong> fé:<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente, este homem era Filho <strong>de</strong><br />

Deus! Isto revela o trabalho <strong>de</strong> catequese<br />

<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Mateus para convencer<br />

os compatriotas que o Rei<strong>no</strong> pregado por<br />

Jesus se dirigia a todos, indistintamente.<br />

PARA REFLETIR E PARTILHAR:<br />

1. Estamos espiritualmente preparados para<br />

acompanhar Jesus em sua última semana?<br />

Vamos ao encontro <strong>da</strong> morte com ele para<br />

com ele ressuscitarmos para uma vi<strong>da</strong> mais<br />

justa, bondosa, movi<strong>da</strong> pelo amor e pela<br />

misericórdia?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Louvemos a Cristo, que, ao<br />

entrar em Jerusalém, foi aclamado pelo povo<br />

como rei e Messias, Digamos:<br />

TODOS: Bendito o que vem em <strong>no</strong>me do<br />

Senhor que fez o céu e a terra.<br />

LEITOR/A 8: Pela Igreja, para que não se<br />

<strong>de</strong>leite com as aprovações e elogios, mas<br />

acolha como dom <strong>de</strong> Deus para a sua<br />

conversão os silêncios,as criticas e as<br />

reprovações, venham <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vierem,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>da</strong> <strong>no</strong>sso pedido<br />

LEITOR/A 9: Jesus, flagelado e torturado,<br />

consolai os que sofrem e vivem aflitos. Nós<br />

vos pedimos.<br />

TODOS: Ouvi-<strong>no</strong>s, Senhor<br />

LEITOR/A <strong>10</strong>: Jesus, coroado <strong>de</strong> espinhos,<br />

ampare os que não são respeitados e<br />

amados, nós vos pedimos.<br />

TODOS: Senhor ten<strong>de</strong> pie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> nós.<br />

LEITOR/A 11: Pelo povo brasileiro, para que,<br />

aju<strong>da</strong>do pela Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

assuma com inteligência clara e ações<br />

concretas a salvação do Planeta, rezemos ao<br />

Senhor.<br />

TODOS: Senhor, <strong>da</strong>í-<strong>no</strong>s vossa graça<br />

LEITOR/A 12: Pela <strong>no</strong>ssa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, que<br />

se preparou durante to<strong>da</strong> a quaresma para a<br />

celebração do mistério central <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa fé,<br />

para que seja conduzi<strong>da</strong> <strong>da</strong> morte para a vi<strong>da</strong>,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, fortaleça-<strong>no</strong>s<br />

LEITOR/A 13: Pelos peque<strong>no</strong>s, pobres e<br />

pecadores os preferidos <strong>de</strong> Deus para que a<br />

contemplação dos mistérios <strong>da</strong> Paixão e<br />

ressurreição alimente sua esperança em um<br />

futuro melhor. Rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i-<strong>no</strong>s.<br />

LEITOR/A 14: Jesus, a caminho do calvário,<br />

conduzi vossa Igreja a caminho <strong>da</strong> Páscoa.<br />

Nós vos pedimos.<br />

TODOS: Aju<strong>de</strong>-<strong>no</strong>s Senhor Deus.<br />

LEITOR/A 15: Jesus, servo obediente,<br />

fortaleça os ministros do vosso povo. Nós vos<br />

pedimos.<br />

TODOS: Senhor, venha em <strong>no</strong>sso auxílio.<br />

ANIMADOR/A: Rezemos a oração <strong>da</strong><br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> suplicando ao Senhor que <strong>no</strong>s aju<strong>de</strong><br />

sermos frater<strong>no</strong>s e solidários.<br />

TODOS: Pai Nosso.....<br />

BÊNÇÃO FINAL<br />

ANIMADOR/A: Celebramos o mistério <strong>da</strong><br />

glorificação <strong>de</strong> Cristo. Demos graças a Deus,<br />

porque assim, <strong>no</strong>sso sofrimento e <strong>no</strong>ssa<br />

morte tem sentido e já po<strong>de</strong>mos participar <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va. Peçamos a bênção do Senhor,<br />

rezando:<br />

“Que o Senhor te abençoe e acompanhe<br />

ao partires <strong>de</strong>ste lugar. Que vá á tua frente<br />

para iluminar teu caminho. Que caminhe<br />

ao teu lado para ser sempre teu amigo.<br />

Que vá atrás <strong>de</strong> ti para proteger-te <strong>de</strong><br />

qualquer <strong>da</strong><strong>no</strong>. Que seus braços<br />

carinhosos te sustentem quando o<br />

caminho for difícil e tiveres muito cansado<br />

ou cansa<strong>da</strong>. Que esteja sobre ti para te<br />

aju<strong>da</strong>r a cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> todos, e, sobretudo, que<br />

Deus viva em teu coração, para <strong>da</strong>r-te sua<br />

alegria e sua paz para sempre. E tu sejas<br />

uma bênção para o mundo. Em <strong>no</strong>me do<br />

Pai, do Filho e do Espírito Santo!”.<br />

TODOS: Amém.<br />

Combinar local e <strong>da</strong>ta do próximo<br />

encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Exercitar-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> uso a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong><br />

água em <strong>no</strong>sso dia-a-dia e plantemos uma<br />

árvore, na calça<strong>da</strong> e/ou <strong>no</strong> quintal, como<br />

gesto concreto <strong>da</strong> CF 2011.


12<br />

4º Encontro - “A vi<strong>da</strong> recomeça transforma<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jesus”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: vela,<br />

(apaga<strong>da</strong>), Bíblia, flores, capa do ELO, outros<br />

símbolos que expressem alegria e vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém <strong>da</strong><br />

casa) Irmãos! Que alegria para mim e à<br />

<strong>no</strong>ssa família este encontro em <strong>no</strong>ssa casa.<br />

Que ele <strong>no</strong>s aju<strong>de</strong> a fortalecer a fé e a<br />

coragem para caminha<strong>da</strong>. Sintam-se bem,<br />

eu os acolho na alegria e os convido a <strong>no</strong>s<br />

sau<strong>da</strong>r com abraço <strong>da</strong> paz e <strong>de</strong> Feliz<br />

Páscoa.<br />

ANIMADOR/A: Hoje somos convi<strong>da</strong>dos a<br />

refletir sobre a vi<strong>da</strong> que recomeça<br />

transforma<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va <strong>de</strong> Jesus. Nesta<br />

certeza, iniciemos <strong>no</strong>sso encontro louvando<br />

a Deus e confirmando sua presença em nós<br />

e em <strong>no</strong>sso meio, cantando: Em <strong>no</strong>me do<br />

Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.<br />

LEITOR/A 1: Com alegria <strong>no</strong>s reunimos para<br />

celebrar o gran<strong>de</strong> acontecimento <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

fé: CRISTO RESSUSCITOU; vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va se<br />

inicia: tristeza e <strong>de</strong>sânimo pertencem ao<br />

passado. Que a esperança e o otimismo<br />

contagiem <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>. Jesus venceu a morte<br />

para permanecer sempre co<strong>no</strong>sco. Feliz e<br />

Santa Páscoa a todos! (Acen<strong>de</strong>r a vela).<br />

LEITOR/A 2: Quem acen<strong>de</strong> a vela diz:<br />

“Bendito sejais, Deus <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, pela<br />

ressurreição <strong>de</strong> Jesus Cristo e por esta luz,<br />

símbolo <strong>da</strong> presença do ressuscitado e do<br />

vosso imenso amor por nós”.<br />

Canto: Deixa a luz do céu entrar...<br />

LEITOR/A: Jesus disse: Ressuscitei, ó pai<br />

e sempre estou contigo; pousaste sobre mim<br />

a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia!<br />

(Sl 138, 18.5s)<br />

ANIMADOR/A: Celebramos domingo, a<br />

Páscoa <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso Senhor Jesus. O dia em<br />

que o Crucificado foi ressuscitado pelo Pai.<br />

É o Dia do Senhor Jesus. O primeiro dia <strong>da</strong><br />

semana. A vi<strong>da</strong> recomeça transforma<strong>da</strong> na<br />

vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va <strong>de</strong> Jesus. A história entra na sua<br />

fase última e <strong>de</strong>finitiva. A ressurreição <strong>de</strong><br />

Jesus testemunha que a vi<strong>da</strong> tem sentido<br />

quando o amor é vivido até as últimas<br />

consequências. Celebremos <strong>de</strong> corpo e alma<br />

a festa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em plenitu<strong>de</strong>. Jesus<br />

ressuscitou. Aleluia!<br />

REFRÃO: Aleluia! Aleluia! Aleluia!<br />

LEITOR/A 3: Ó Deus, por vosso Filho<br />

Unigênito, vencedor <strong>da</strong> morte, abristes hoje<br />

para nós as portas <strong>da</strong> eterni<strong>da</strong><strong>de</strong>,. Conce<strong>de</strong>i<br />

que, celebrando a ressurreição do Senhor,<br />

re<strong>no</strong>vados pelo vosso Espírito, ressuscitemos<br />

na luz <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va.<br />

LEITOR/A 4: A humani<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>strói e mata:<br />

Deus ressuscita e dá vi<strong>da</strong>. A presença do<br />

Ressuscitado provoca a vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va na<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não compreen<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> fato<br />

a ressurreição <strong>de</strong> Cristo enquanto não o<br />

encontramos pessoalmente.<br />

LEITOR/A 5: O texto mostra Maria Ma<strong>da</strong>lena<br />

que vai ao sepulcro e o encontra vazio. Volta<br />

então ao cenáculo, para anunciar aos discípulos<br />

o <strong>de</strong>saparecimento do Senhor. Pedro e o<br />

discípulo amado entram em cena e não só<br />

constatam o que a Ma<strong>da</strong>lena disse, mas<br />

também encontram as faixas <strong>de</strong> linho estendi<strong>da</strong>s<br />

e o sudário á parte, enrolado num lugar.<br />

LEITOR/A 6: Diante <strong>de</strong>sses sinais, o discípulo<br />

amado viu e acreditou. O evangelista comenta<br />

que ain<strong>da</strong> ig<strong>no</strong>ravam a Escritura, que fala <strong>da</strong><br />

ressurreição <strong>de</strong> Jesus. O texto conclui com o<br />

retor<strong>no</strong> dos discípulos.<br />

ANIMADOR/A: Invoquemos o espírito do<br />

Ressuscitado cantando: Envia teu Espírito,<br />

Senhor e re<strong>no</strong>va a face <strong>da</strong> terra (bis)<br />

A seguir rezar ou cantar<br />

Venham, ó nações, ao Senhor cantar ao Deus<br />

do universo venham festejar! Seu amor por nós,<br />

firme para sempre. Sua fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> dura<br />

eternamente. Céus e terra cantem: <strong>no</strong>va criação<br />

<strong>da</strong> morte veio a vi<strong>da</strong>, é ressurreição Aleluia,<br />

irmãs, aleluia, irmãos (bis).<br />

Cristo é <strong>no</strong>ssa Páscoa, a Deus louvação. Glória<br />

ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito. Glória á<br />

Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> santa, glória ao Deus bendito.<br />

LEITOR/A 7: A oração do Salmo 117 <strong>no</strong>s<br />

convi<strong>da</strong> a buscar sempre a alegria <strong>no</strong> Senhor,<br />

Deus <strong>da</strong> ressurreição.<br />

TODOS: Este é o dia que o Senhor fez para<br />

nós: alegremo-<strong>no</strong>s e nele exultemos!<br />

1. Daí graças ao Senhor, porque ele é<br />

bom!”Eterna é a sua misericórdia!”. A casa<br />

<strong>de</strong> Israel agora o diga: “Eterna é sua<br />

misericórdia!”. A mão direita do Senhor fez<br />

maravilhas, a mão direita do Senhor me<br />

levantou. Não morrerei, mas ao contrário,<br />

viverei para cantar as gran<strong>de</strong>s obras do<br />

Senhor!<br />

TODOS: Este é o dia que o Senhor fez para<br />

nós: alegremo-<strong>no</strong>s e nele exultemos!<br />

2. “A pedra que os pedreiros rejeitaram<br />

tor<strong>no</strong>u-se agora a pedra angular. Pelo Senhor<br />

é que foi feito tudo isso. Que maravilhas ele<br />

faz a <strong>no</strong>ssos olhos!<br />

TODOS: Este é o dia que o Senhor fez para<br />

nós: alegremo-<strong>no</strong>s e nele exultemos!<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 20,1-9<br />

ANIMADOR/A: Preparemo-<strong>no</strong>s para acolher<br />

a mensagem <strong>de</strong> Deus para nós, através <strong>de</strong><br />

sua palavra. Aclamemos o evangelho,<br />

cantando: Vai falar <strong>no</strong> Evangelho, Jesus<br />

Cristo, Aleluia!<br />

Após a leitura do evangelho, <strong>de</strong>ixar um breve<br />

silêncio. Reler o texto se necessário. A seguir,<br />

o animador motiva a reflexão com os<br />

seguintes tópicos ou outros:<br />

Retomar palavras ou expressões que<br />

chamaram a atenção.<br />

“Jesus ressuscitou”<br />

O evangelho <strong>de</strong> hoje é chamado <strong>de</strong> “o<br />

itinerário <strong>da</strong> fé”, pois <strong>no</strong>s coloca diante <strong>da</strong><br />

trajetória dos apóstolos até a fé na<br />

ressurreição. Esta proclamação: “Jesus<br />

ressuscitou”, que é a Páscoa, é o centro<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cristã. Nesse dia não celebramos a<br />

memória <strong>de</strong> um herói morto, mas a presença<br />

<strong>de</strong> um Vivo e Vivente, Jesus <strong>de</strong> Nazaré, o<br />

Messias, o Filho <strong>de</strong> Deus.<br />

A ressurreição <strong>de</strong> Jesus projeta uma luz<br />

explicativa sobre essa reali<strong>da</strong><strong>de</strong> tão vital: a<br />

razão <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>, a <strong>no</strong>ssa postura diante<br />

<strong>da</strong> morte. Por meio <strong>da</strong> ressurreição, o<br />

homem <strong>de</strong>sabrocha totalmente, é a<br />

realização completa e plena <strong>de</strong> todo o ser<br />

huma<strong>no</strong>. A Páscoa é a festa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, vi<strong>da</strong> do<br />

Cristo ressuscitado e <strong>de</strong> todos os cristãos.<br />

a) o sepulcro vazio: Maria Ma<strong>da</strong>lena<br />

vai ao sepulcro e <strong>no</strong>ta que a pedra fora<br />

retira<strong>da</strong>. Isto significa que a terra produziu o<br />

seu fruto, germi<strong>no</strong>u e fez brotar a semente<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Enfim, o sepulcro não é lugar <strong>de</strong><br />

tristeza, <strong>de</strong> <strong>de</strong>solação, mas <strong>de</strong> esperança;<br />

b) o gesto do amor: é a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> João,<br />

o discípulo amado, que vê os sinais e acredita.<br />

Somente o amor faz reconhecer o Jesus<br />

ressuscitado que aparece várias vezes para<br />

os seus amados;<br />

c) o testemunho <strong>de</strong> Cristo<br />

ressuscitado: Maria Ma<strong>da</strong>lena torna-se a<br />

primeira mensageira e anuncia que Cristo<br />

ressuscitou ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente.<br />

O anuncio <strong>da</strong> “ressurreição <strong>de</strong> Jesus”,<br />

a Páscoa, é também o anuncio <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>va<br />

etapa na história <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. Existe agora<br />

uma <strong>no</strong>va possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo projeto:<br />

iluminar o mundo, ressuscitá-lo para que<br />

sejamos homens <strong>no</strong>vos <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

PARA REFLETIR E PARTILHAR:<br />

· O que Maria Ma<strong>da</strong>lena disse a Pedro e ao<br />

outro discípulo?<br />

· Por que o discípulo que chegou primeiro<br />

<strong>de</strong>ixou o outro entrar antes <strong>no</strong> sepulcro?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Cristo ressuscitou e vive<br />

para sempre. Sua ressurreição iniciou o<br />

mundo <strong>no</strong>vo. Rezemos para que sua Páscoa<br />

re<strong>no</strong>ve to<strong>da</strong>s as coisas, dizendo:<br />

TODOS: Transformai-<strong>no</strong>s, Senhor, em<br />

<strong>no</strong>vas criaturas.<br />

LEITOR/A 8: Cristo, ressuscitado, conduzi<br />

vossa Igreja pelo caminho do amor fiel até o<br />

fim. Nós vos pedimos.<br />

LEITOR/A 9: Cristo ressuscitado, tornai<br />

todos os fiéis <strong>de</strong>fensores <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e<br />

testemunhas <strong>de</strong> vossa ressurreição.<br />

Abril/2011<br />

Sustenta a vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> planeta e fazei renascer<br />

to<strong>da</strong> a criação. Nós vos pedimos.<br />

LEITOR/A <strong>10</strong>: Cristo ressuscitado, salvação <strong>da</strong><br />

humani<strong>da</strong><strong>de</strong>, socorra os que sofrem e fazei-<strong>no</strong>s<br />

instrumento <strong>de</strong> vossa paz. Nós vos pedimos.<br />

LEITOR/A 11: Pela humani<strong>da</strong><strong>de</strong> to<strong>da</strong>, para<br />

que possa receber a extraordinária <strong>no</strong>ticia <strong>da</strong><br />

morte e ressurreição <strong>de</strong> Jesus, Filho <strong>de</strong> Deus,<br />

que viveu e morreu para que tivéssemos vi<strong>da</strong><br />

e vi<strong>da</strong> em plenitu<strong>de</strong>, rezemos ao Senhor.<br />

LEITOR/A 12: Para que a Igreja não se<br />

acomo<strong>de</strong> nem <strong>de</strong>sanime diante <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> anunciar a todos, a pessoa <strong>de</strong> Jesus, seu<br />

projeto, sua proposta, suas palavras, sua vi<strong>da</strong>,<br />

sua morte e sua ressurreição para a salvação<br />

<strong>de</strong> todos, rezemos ao Senhor.<br />

LEITOR/A 13: Pelos que se preparam para o<br />

Batismo, para que possam recebê-lo com fé<br />

e vivê-lo <strong>no</strong> amor e na esperança junto aos<br />

irmãos, rezemos ao Senhor.<br />

LEITOR/A 14: Pelos que se <strong>de</strong>dicam à<br />

salvação do Planeta para que, reconhecendo<br />

e valorizando sua luta, juntemo-<strong>no</strong>s a eles em<br />

<strong>no</strong>sso dia a dia. Rezemos ao Senhor.<br />

ANIMADOR/A: Rezemos uma <strong>de</strong>zena, do<br />

terço, invocando a proteção <strong>de</strong> Maria para<br />

<strong>no</strong>ssas famílias e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. (Pai Nosso,<br />

<strong>de</strong>z Ave Maria, Glória).<br />

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />

ANIMADOR/A: O Deus <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e força dos<br />

que vos buscam, <strong>no</strong>sso coração canta<br />

exultante. Ressuscitastes vosso Filho para<br />

que ele <strong>no</strong>s acompanhe em <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong>,<br />

tornando-<strong>no</strong>s testemunhas alegres <strong>da</strong><br />

ressurreição. Queremos eliminar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

nós tudo o que <strong>no</strong>s impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser homens e<br />

mulheres <strong>no</strong>vos, filhos e filhas <strong>da</strong> vossa<br />

ternura <strong>de</strong> Pai. Queremos comer o pão e<br />

beber o vinho <strong>da</strong> festa do vosso rei<strong>no</strong>. Por<br />

Cristo, <strong>no</strong>sso Senhor.<br />

TODOS: AMÉM.<br />

ANIMADOR/A: O Deus <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> paz, que<br />

<strong>no</strong>s chamou à comunhão por Jesus Cristo,<br />

<strong>no</strong>s fortaleça em <strong>no</strong>ssas provações, <strong>no</strong>s torne<br />

firmes na fé e <strong>no</strong>s abençoe agora e sempre:<br />

Pai, Filho e Espírito Santo.<br />

TODOS: AMÉM.<br />

ANIMADOR/A: Bendigamos o Senhor.<br />

TODOS: Demos graças ao <strong>no</strong>sso Deus.<br />

Combinar local, horário para o próximo<br />

encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Anunciar aos irmãos a feliz <strong>no</strong>tícia<br />

“Jesus Ressuscitou”. Transmitir a alegria<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va.


Abril/2011 13<br />

Psicologia e Família<br />

Thalita Portela<br />

O amor é uma língua universal, pois, todos os<br />

filhos nas mais diversas i<strong>da</strong><strong>de</strong>s são capazes <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>-lo. Em ca<strong>da</strong> etapa do <strong>de</strong>senvolvimento, a<br />

criança se comunica <strong>de</strong> forma diferente, assim, é<br />

preciso que haja esta percepção por parte dos pais,<br />

facilitando, o entendimento e a compreensão. É<br />

Só para crianças<br />

Comunicação<br />

A crítica que faz crescer<br />

Ole Bull, um famoso violinista do século passado,<br />

havia estu<strong>da</strong>do com bons, mas não excelentes<br />

professores.<br />

Ele era tão talentoso que, aos 25 <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, realizou<br />

um turnê pela Europa.<br />

Chegando a Milão, um crítico escreveu após ter<br />

assistido ao concerto <strong>de</strong>le:<br />

- É um músico que ain<strong>da</strong> lhe falta<br />

formação. Certamente é um<br />

diamante, mas que <strong>no</strong> momento não<br />

está trabalhado e nem polido.<br />

Lendo essa crítica, Ole Bull<br />

sente-se golpeado. Levantou-se e<br />

dirigiu-se à re<strong>da</strong>ção do jornal para<br />

Recanto <strong>da</strong> Juventu<strong>de</strong><br />

Despertar! Um <strong>de</strong>safio missionário pela<br />

juventu<strong>de</strong> que geme em dores <strong>de</strong> parto.<br />

Pacto pela ressurreição <strong>da</strong> juventu<strong>de</strong>!<br />

“Já é hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar<strong>de</strong>s do so<strong>no</strong>. A salvação está<br />

mais perto, do que quando abraçamos a Fé” (Rom 13,11)<br />

Esta passagem <strong>da</strong> bíblia<br />

caracteriza muito bem um<br />

encontro que existe há mais<br />

<strong>de</strong> 20 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> chamado<br />

“Despertar”, cujo objetivo<br />

principal é <strong>de</strong> contribuir para<br />

a formação integral <strong>da</strong><br />

juventu<strong>de</strong> através <strong>da</strong><br />

evangelização. O Despertar não<br />

é um retiro, nem um grupo <strong>de</strong> jovens é um encontro<br />

<strong>de</strong> evangelização com a duração <strong>de</strong> dois dias e uma<br />

<strong>no</strong>ite que conta com diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

questionamento e reflexão. O encontro começou a<br />

tomar forma em uma tar<strong>de</strong> chuvosa <strong>de</strong> 1984 em Glória<br />

<strong>de</strong> Dourados com Padre Pierre, que <strong>de</strong>sejava criar um<br />

<strong>no</strong>vo método para evangelizar os jovens saindo <strong>da</strong><br />

adolescência e entrando na juventu<strong>de</strong>, por esta razão<br />

o encontro tem como público alvo, jovens com i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

superior aos 15 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Após a i<strong>de</strong>alização e<br />

formatação do Despertar este passou a acontecer com<br />

importante que os pais<br />

apren<strong>da</strong>m a escutar seus<br />

filhos, permitindo que eles<br />

expressem seus sentimentos.<br />

Lembre-se: conversar é<br />

falar com uma pessoa sem gritar.<br />

conversar com o jornalista.<br />

O jornalista era um musicólogo <strong>de</strong> 70 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> e sabia<br />

do que havia falado.<br />

Ole Bull escuta em <strong>de</strong>talhes tudo o que o velho<br />

músico tinha a lhe dizer sobre o seu modo <strong>de</strong> tocar,<br />

seus erros e tudo o que ele po<strong>de</strong>ria ain<strong>da</strong> melhorar.<br />

Na manhã seguinte, Ole Bull<br />

cancela o restante <strong>de</strong> sua turnê,<br />

retorna para casa, substitui seus<br />

professores e trabalha seu modo <strong>de</strong><br />

tocar durante seis meses.<br />

Após este período, ele retoma sua<br />

turnê e é reconhecido por um sucesso<br />

sem prece<strong>de</strong>ntes por to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>.<br />

o apoio <strong>da</strong> Pastoral <strong>da</strong> Juventu<strong>de</strong> na forania <strong>de</strong> Fátima<br />

do Sul e se esten<strong>de</strong>u para outras comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong><br />

Diocese, hoje, o Despertar conta com uma equipe que<br />

se organiza e reza em Dourados.<br />

Com tantos jovens na busca do, “Quem sou eu?”,<br />

apropriando-se <strong>de</strong> valores distorcidos pregados pelo<br />

mundo e pela mídia, o encontro Despertar vem promover<br />

o reviver, o acor<strong>da</strong>r e principalmente seu objetivo:<br />

Despertar a juventu<strong>de</strong>. Juventu<strong>de</strong> que dorme e nem sabe<br />

que precisam acor<strong>da</strong>r: para a fé, para seus dons, a<br />

<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> si mesmo e para as ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s ocultas que<br />

só os que estão <strong>de</strong>spertos po<strong>de</strong>m ver.<br />

Centenas <strong>de</strong> jovens <strong>da</strong> Diocese do Coração,<br />

Dourados, hoje estão <strong>de</strong>spertos e veem o que a maioria<br />

não po<strong>de</strong> ver. Na perspectiva <strong>da</strong> oração, 12 encontros<br />

já foram realizados em Dourados. Contudo <strong>no</strong>ssa<br />

missão ain<strong>da</strong> continua, porque em Cristo ressuscitado<br />

po<strong>de</strong>remos bem mais!<br />

Em breve pelas vias <strong>da</strong> comunicação do <strong>no</strong>sso<br />

Jornal Elo, falaremos <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa Espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Um<br />

gran<strong>de</strong> abraço e um bom silêncio na quaresma que<br />

vivenciamos.<br />

ENDO MOTORS<br />

Fone: (67) 3424-6262<br />

endomotors@terra.com.br<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 3318 - Dourados - MS<br />

Lar, doce lar<br />

Conversa <strong>de</strong> Casal 2<br />

E então? Aguar<strong>da</strong>vam a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso artigo? Pois<br />

é: dizíamos que a história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> pessoa e, <strong>no</strong> caso<br />

dos casais, do esposo e <strong>da</strong> esposa, irá influenciar sua convivência<br />

e, particularmente, suas conversas.<br />

Isso acontece porque, ao contrário do que se pensa, as<br />

características <strong>de</strong> uma pessoa são adquiri<strong>da</strong>s e não inatas.<br />

Des<strong>de</strong> que nascemos vão sendo mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s em nós as <strong>no</strong>ssas<br />

habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais por meio <strong>de</strong> tudo aquilo que vivenciamos em<br />

<strong>no</strong>ssa família, na escola, <strong>no</strong>s livros, <strong>no</strong> contato com as outras<br />

pessoas, etc.<br />

Desta maneira, a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> verbal (o ambiente familiar e<br />

social) irá <strong>no</strong>s passando uma série <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que se<br />

tornarão posteriormente “autorregras”. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas<br />

ações po<strong>de</strong>rão ser controla<strong>da</strong>s por tais regras.<br />

Não é difícil imaginar as tensões – quando não os conflitos<br />

– para que as regras do esposo e <strong>da</strong> esposa, originárias <strong>de</strong><br />

ambientes familiares e sociais distintos, possam se harmonizar.<br />

Isso po<strong>de</strong> trazer muito sofrimento, sobretudo se uma <strong>da</strong>s partes<br />

tiver como regra o seguinte: “Falar o que se sente dá briga, então<br />

é preferível <strong>de</strong>ixar prá lá”.<br />

Imaginem que a “paz” entre este casal será vivi<strong>da</strong> à custa<br />

<strong>da</strong> resignação <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s partes e <strong>de</strong> suas consequências:<br />

mágoa, baixa autoestima, sofrimento, etc. Até mesmo po<strong>de</strong>rá<br />

aparecer alguma manifestação física <strong>de</strong> tal situação, como<br />

enxaquecas, etc.<br />

A solução para tal situação está <strong>no</strong> aprendizado <strong>da</strong><br />

assertivi<strong>da</strong><strong>de</strong>: ser capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar e expressar o que<br />

queremos e sentimos. Esse aprendizado, <strong>no</strong> entanto, po<strong>de</strong>rá<br />

ser longo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> e <strong>de</strong> suas<br />

regras.<br />

No entanto, segundo Otero (2007, p.76) os principais passos<br />

a serem percorridos neste aprendizado são:<br />

- apren<strong>de</strong>r a i<strong>de</strong>ntificar como é a fala do outro em diferentes<br />

situações (por exemplo: a crítica que ele está fazendo é<br />

proce<strong>de</strong>nte ou não; é feita com o objetivo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r; qual é o<br />

sentimento que ele expressa – raiva, indignação, respeito,<br />

<strong>de</strong>srespeito, etc.)<br />

- i<strong>de</strong>ntificar o que sente enquanto o outro fala (medo, raiva,<br />

alívio, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> “sumir”, etc.)<br />

- i<strong>de</strong>ntificar os sentimentos que estavam presentes nele e<br />

nela durante aqueles diálogos.<br />

- i<strong>de</strong>ntificar como gostaria <strong>de</strong> ser trata<strong>da</strong> (o) pelo outro e <strong>de</strong><br />

tratá-lo<br />

A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para i<strong>de</strong>ntificar e expressar o que se quer e o<br />

que se sente é o primeiro passo<br />

para que a conversa possa ter<br />

sucesso. Vimos acima algumas<br />

indicações <strong>de</strong> como se po<strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar o que se sente.<br />

Caberá, numa próxima<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, apren<strong>de</strong>r como<br />

expressar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente tais<br />

sentimentos. Até lá!<br />

Pe. Vitor Calixto dos Santos, cmf<br />

É sacerdote e especialista em Terapia por Contingências <strong>de</strong> Reforçamento<br />

Dirigi<strong>da</strong> por:<br />

Irmãs Franciscanas<br />

<strong>da</strong> Penitência e<br />

Cari<strong>da</strong><strong>de</strong> Cristã - PCC<br />

contato@escolaimacula<strong>da</strong>.com.br<br />

Fone/Fax: (67) 3421-4741 / 3421-5594


14<br />

Fique por <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>Coleta</strong> <strong>da</strong> Evangelização 20<strong>10</strong><br />

Amambai 1.000,00<br />

Anaurilândia 846,60<br />

Angélica 650,35<br />

Antônio João 171,50<br />

Aral M oreira<br />

Bataguassu 1.904,30<br />

Batayporã 1.192,90<br />

Caarapó 960,00<br />

Coronel Sapucaia 320,00<br />

Deodápolis 3.254,00<br />

Douradina 379,00<br />

Dourados – Bom Jesus 1.865,20<br />

Dourados – N S Apareci<strong>da</strong> 530,00<br />

Dourados – N S Auxiliadora/ Indápolis 1.682,85<br />

Dourados – N S <strong>da</strong> Conceição 3.495,00<br />

Dourados – N S <strong>de</strong> Fátima 1.744,01<br />

Dourados – N S do Carmo 500,00<br />

Dourados – Rainha dos Apóstolos 933,65<br />

Dourados – Santa Teresinha 400,65<br />

Dourados – São Carlos 2.275,00<br />

Dourados – São João Batista 1.460,95<br />

Dourados – São José Operário 1.854,40<br />

Dourados – São Pedro/ Vila São Pedro 305,80<br />

Eldorado 555,00<br />

Fátim a do Sul 870,00<br />

Glória <strong>de</strong> Dourados 1.020,00<br />

Iguatemi 1.253,75<br />

Itam araty 402,15<br />

Itaporã 702,50<br />

Itaquiraí 451,00<br />

Ivinhema 1.546,00<br />

Jateí 700,00<br />

Juti<br />

Laguna Carapã 1.233,95<br />

M aracajú 2.495,05<br />

M undo Novo 850,00<br />

Naviraí 4.940,00<br />

Nova Alvora<strong>da</strong> do Sul 600,00<br />

Nova Andradina 2.158,28<br />

Nova Casa Ver<strong>de</strong><br />

Novo Horizonte do Sul 187,00<br />

Paranhos<br />

Ponta Porã – Div Espírito Santo 860,00<br />

Ponta Porã – São José 2.455,15<br />

Rio Brilhante 1.963,65<br />

Sete Que<strong>da</strong>s 300,00<br />

Tacuru 1.004,00<br />

Taquarussu 377,20<br />

Vicentina 580,60<br />

TOTA L 55.231,44<br />

RECUPERADORA BRAS-SOLDAS LTDA<br />

Retífica <strong>de</strong> motores e serviços <strong>de</strong><br />

sol<strong>da</strong> em geral<br />

Fone/Fax: (67) 3421-2793<br />

b.sol<strong>da</strong>s@terra.com.br<br />

Rua Cuiabá, 2.980 - Dourados - MS<br />

Agen<strong>da</strong> Diocesana<br />

Datas significativas do mês<br />

Alzira Santana<br />

(67) 8454-3860<br />

Abril/2011<br />

» 01 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Dourados<br />

» 01 a 03 – Cursilho <strong>de</strong> Mulheres, <strong>no</strong> IPAD<br />

» 02 – Crismas em Amambai<br />

» 03 – Crismas em Iguatemi – Formação para Ministros Novos na Forania <strong>de</strong><br />

Naviraí – Formação para li<strong>de</strong>ranças paroquiais (catequistas, ministros veter<strong>a<strong>no</strong>s</strong>,<br />

coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e movimentos) <strong>de</strong> Nova<br />

Andradina e Casa Ver<strong>de</strong>.<br />

» 05 a 07 – Encontro <strong>de</strong> Agentes Novos, <strong>no</strong> IPAD<br />

» 06 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong>, em<br />

Dourados.<br />

» 07 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Rainha dos Apóstolos, em Dourados.<br />

» 08 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Santa Teresinha, em Dourados.<br />

» 08 a <strong>10</strong> – Encontro <strong>da</strong> Infância Missionária, <strong>no</strong> IPAD<br />

» 09 – Missa na Capela Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> em Dourados, celebra<strong>da</strong> por Dom Redovi<strong>no</strong><br />

» <strong>10</strong> – Formação para Ministros Novos nas Foranias <strong>de</strong> Dourados, Rio Brilhante e Fátima do Sul, <strong>no</strong><br />

IPAD – Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima) – Formação para li<strong>de</strong>ranças paroquiais<br />

(catequistas, ministros veter<strong>a<strong>no</strong>s</strong>, coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e movimentos) <strong>de</strong><br />

Novo Horizonte do Sul, Ivinhema e Angélica.<br />

» 12 – Reunião <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação Diocesana <strong>de</strong> Pastoral e do Conselho Presbiteral<br />

» 13 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima, em Dourados.<br />

» 14 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Imacula<strong>da</strong> Conceição, em Dourados.<br />

» 15 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia Bom Jesus, em Dourados.<br />

» 15 a 17 – Encontro sobre “Pastoral Urbana” para li<strong>de</strong>ranças paroquiais, <strong>no</strong> IPAD.<br />

» 18 – Encontro para presbíteros e diáco<strong>no</strong>s, <strong>no</strong> IPAD.<br />

» 24 – Criação <strong>da</strong> Paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus, em Dourados.<br />

» 26 a 28 – Encontro <strong>de</strong> Secretários/as e Cozinheiras, <strong>no</strong> IPAD<br />

» 28 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia São Carlos, em Dourados.<br />

» 28 a 30 – Encontro <strong>de</strong> padres <strong>no</strong>vos, em Coxim.<br />

» 29 – Visita do Bispo diocesa<strong>no</strong> à Paróquia São José Operário, em Dourados.<br />

» 29 e 30 – Curso <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança Cristã, <strong>no</strong> IPAD.<br />

01 – 1ª Sexta-feira do mês: dia <strong>de</strong> orações<br />

pela Igreja Diocesana<br />

03 – 4º Domingo <strong>da</strong> Quaresma<br />

07 – Dia Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>10</strong> – 5º Domingo <strong>da</strong> Quaresma<br />

12 – Aniversário <strong>de</strong> Dom Redovi<strong>no</strong><br />

16 – Aniversário do Papa Bento XVI<br />

17 – Domingo <strong>de</strong> Ramos<br />

18 – 2ª-Feira <strong>da</strong> Semana Santa – Missa do Crisma<br />

Nascimento<br />

01. Diác. Ciro Ricardo <strong>da</strong> Silva Freitas<br />

02. Pe. João E. Rocha Catari<strong>no</strong>, smbn<br />

02. Pe. Olivo Baldi, cs<br />

04. Diác. Franco José Vieira<br />

06. Pe. Otair Nicoletti<br />

15. Pe. Raju Deverakon<strong>da</strong>, svd<br />

15. Frei Aguinaldo Santana Pereira, ofm<br />

20. Pe. Roberto L. B. <strong>de</strong> Oliveira, mps<br />

23. Pe. Márcio Bogaz Trevizan<br />

21 – Tira<strong>de</strong>ntes – 5ª-Feira <strong>da</strong> Semana Santa<br />

– Instituição <strong>da</strong> Eucaristia<br />

22 – 6ª-Feira Santa – Paixão do Senhor<br />

23 – Vigília Pascal<br />

24 – Domingo <strong>de</strong> Páscoa – 6º aniversário do<br />

início do serviço pastoral do Papa Bento XVI<br />

25 – São Marcos, Evangelista<br />

Padres Aniversariantes<br />

23. Pe. Luiz Fernando dos Santos<br />

26. Diác. Arlindo Rei<strong>no</strong>ldo Wust<br />

Or<strong>de</strong>nação<br />

02. Pe. Alberto Wiese<br />

21. Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

24. Pe. Isidro Albi<strong>no</strong> José, smbn<br />

26. Pe. Júnior C. Caeta<strong>no</strong> <strong>da</strong> Silva<br />

27. Pe. Vilmo N. <strong>de</strong> Souza<br />

30. Pe. Marek Kempski, svd<br />

Fone / Fax:<br />

(67) 3420-1400<br />

www.kassianamo<strong>da</strong>s.com.br<br />

Rua Hildo Bergo Duarte, 462B - Centro - Dourados - MS


Abril/2011 15<br />

Entrevista<br />

Como cui<strong>da</strong>r do Planeta? Reflexão à luz <strong>da</strong> CF 2011<br />

Especialista em assentamentos urb<strong>a<strong>no</strong>s</strong> e rurais pelo ministério <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, Rodrigo Berté, nesta entrevista, fala sobre o porquê <strong>de</strong> tantas mortes<br />

causa<strong>da</strong>s pela chuva, apresenta algumas i<strong>de</strong>ias que po<strong>de</strong>riam aju<strong>da</strong>r a minimizar esse quadro e cobra <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>da</strong> própria população atitu<strong>de</strong>s mais<br />

conscientes para enfrentar com serie<strong>da</strong><strong>de</strong> os problemas urb<strong>a<strong>no</strong>s</strong> que estão na raiz <strong>de</strong> tantas per<strong>da</strong>s humanas e materiais.<br />

De quem é a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pela recente tragédia<br />

ocorri<strong>da</strong> na região serrana do Rio <strong>de</strong> Janeiro?<br />

Rodrigo Berté - A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> por esses fatos<br />

trágicos cabe, em gran<strong>de</strong> parte, ao po<strong>de</strong>r público. Muitas<br />

pessoas constroem suas casas em áreas <strong>de</strong> risco e até<br />

em APPs (Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente) – o que é<br />

proibido por lei –, porque simplesmente não encontram<br />

locais a<strong>de</strong>quados para morar nem têm condições<br />

financeiras para adquirir moradias em regiões urbaniza<strong>da</strong>s.<br />

Des<strong>de</strong> 1965, com a promulgação do Código Florestal, já<br />

se previa a proteção legal <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> mananciais, beira<br />

<strong>de</strong> córregos e encostas, mas as prefeituras, sobretudo, não<br />

fiscalizam a ocupação ilegal <strong>de</strong>sses locais ou fazem vista<br />

grossa para o problema. E é essa população a principal<br />

vítima <strong>de</strong> enchentes e <strong>de</strong>slizamentos <strong>de</strong> terra.<br />

Mas, <strong>no</strong> caso <strong>da</strong> região serrana do Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

houve muitas vítimas também em áreas mais <strong>no</strong>bres...<br />

Rodrigo Berté - Ali houve uma conjugação <strong>de</strong> fatores<br />

que precisam ser analisados. Em primeiro lugar, há o<br />

problema do assoreamento <strong>da</strong> calha dos cursos d’água<br />

<strong>da</strong>quela região. Com o <strong>de</strong>smatamento, há o carregamento<br />

<strong>de</strong> solo para o leito dos rios, diminuindo sua profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

É um fenôme<strong>no</strong> que ocorre em vários locais do Brasil on<strong>de</strong><br />

as matas ciliares foram removi<strong>da</strong>s. Então, uma chuva forte<br />

faz com que esses rios transbor<strong>de</strong>m rapi<strong>da</strong>mente, levando<br />

<strong>de</strong> roldão tudo o que se encontra em suas margens. As<br />

encostas <strong>da</strong> serra também têm um ecossistema muito frágil,<br />

formado por Mata ou Floresta Atlântica, <strong>no</strong> qual a<br />

profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo é muito pequena – em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1<br />

metro – até atingir a superfície <strong>da</strong> rocha. Se você retira a<br />

cobertura vegetal – e consequentemente as raízes <strong>da</strong>s<br />

árvores que aju<strong>da</strong>m a segurar aquele solo –, uma chuva<br />

forte e permanente encharca a terra e a tendência é esta<br />

se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r <strong>da</strong> rocha, <strong>de</strong>slizando morro abaixo e<br />

atingindo tudo o que está <strong>no</strong> caminho. O problema é que,<br />

além <strong>de</strong>ssas centenas <strong>de</strong> mortes, os <strong>de</strong>sdobramentos<br />

<strong>de</strong>ssa tragédia po<strong>de</strong>m agravar ain<strong>da</strong> mais a situação <strong>da</strong><br />

população local.<br />

Como assim?<br />

Rodrigo Berté - Tracei três cenários <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssa<br />

tragédia <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. O primeiro <strong>de</strong>les é o <strong>de</strong> <strong>de</strong>solação<br />

em relação às mortes e aos prejuízos causados pela tragédia<br />

em si. Porém, um <strong>de</strong>sdobramento imediato disso, e que já<br />

vem ocorrendo, diz respeito ao quadro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Há<br />

várias doenças que já começam a acometer a<br />

população local que são veicula<strong>da</strong>s por meio<br />

do contato com água contamina<strong>da</strong> e com a<br />

poeira resultante <strong>da</strong> lama que secou. O<br />

aumento <strong>de</strong> casos e mortes por leptospirose é<br />

apenas uma <strong>de</strong>ssas consequências. Outro<br />

cenário é o <strong>da</strong> migração <strong>de</strong> pessoas que<br />

per<strong>de</strong>ram tudo e não querem mais ficar <strong>no</strong><br />

local, o que po<strong>de</strong> levar a um <strong>de</strong>slocamento<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado para outros centros urb<strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />

AGA - OXISOLDA<br />

Comércio <strong>de</strong> Gases e Equipamentos Lt<strong>da</strong>.<br />

Fone: (67) 3422-5938<br />

Rua Aqui<strong>da</strong>uana, 260 - Centro<br />

CEP 79806-070 - Dourados - MS<br />

Quais medi<strong>da</strong>s o po<strong>de</strong>r público <strong>de</strong>veria tomar para evitar<br />

ou diminuir a ocorrência <strong>de</strong> tragédias como esta?<br />

Rodrigo Berté - O primeiro passo cabe aos municípios. Além<br />

<strong>de</strong> impedir a ocupação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> proteção ambiental e <strong>de</strong> risco,<br />

eles precisam i<strong>de</strong>ntificar e inventariar a população que já vive<br />

nesses locais, avaliando ca<strong>da</strong> moradia <strong>de</strong> acordo com o grau <strong>de</strong><br />

perigo e monitorando as condições <strong>de</strong> risco segundo a ocorrência<br />

<strong>de</strong> eventos climáticos. Para aquelas em que a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sabamento já está materializa<strong>da</strong>, é necessário aplicar <strong>de</strong><br />

imediato um pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> contingência. Ou seja, o po<strong>de</strong>r público e a<br />

<strong>de</strong>fesa civil têm que estar preparados para retirar <strong>de</strong>finitivamente<br />

essas famílias <strong>da</strong>li e as transferirem para <strong>no</strong>vas moradias em<br />

lugar seguro. Isso, é claro, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />

realocação <strong>de</strong>ssa população e <strong>de</strong> programas sociais <strong>de</strong> habitação.<br />

Outra medi<strong>da</strong> é instalar um sistema <strong>de</strong> alerta mais sofisticado<br />

que permita prever com maior antecedência a ocorrência <strong>de</strong><br />

fenôme<strong>no</strong>s naturais mais extremos e, assim, alertar o po<strong>de</strong>r<br />

público para que este possa agir nas áreas <strong>de</strong> risco antes que<br />

aconteça o pior.<br />

O que fazer quando são as próprias famílias que não<br />

querem sair <strong>de</strong>sses locais?<br />

Rodrigo Berté - Não digo que é uma tarefa simples. É um<br />

trabalho <strong>de</strong> médio e até <strong>de</strong> longo prazo, mas precisa começar a<br />

ser feito. Normalmente as pessoas, mesmo vivendo em áreas <strong>de</strong><br />

risco, não querem sair <strong>da</strong>li porque criam laços afetivos com a<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e se sentem <strong>de</strong> alguma maneira beneficia<strong>da</strong>s por<br />

morarem próximas ao local <strong>de</strong> trabalho ou por não pagarem na<strong>da</strong><br />

pela moradia. No entanto, essas famílias precisam ser<br />

conscientiza<strong>da</strong>s e convenci<strong>da</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público dos perigos<br />

iminentes que estão correndo. A realização <strong>de</strong> encontros e<br />

miniaudiências públicas com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> seria uma medi<strong>da</strong><br />

nesse sentido. Aliás, sempre que ocorrem tragédias, as famílias<br />

que vivem nessas áreas ficam mais suscetíveis a <strong>de</strong>ixar suas<br />

casas. É preciso, então, a união <strong>de</strong> esforços dos gover<strong>no</strong>s fe<strong>de</strong>ral,<br />

estadual e municipal para a criação <strong>de</strong> programas habitacionais<br />

com prestações baixas para essa população. Iniciativas como o<br />

PAC (Programa <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento) e o Casa Fácil,<br />

que têm verba <strong>da</strong> Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, precisam firmar<br />

convênios com as prefeituras para facilitar a realocação <strong>de</strong>ssas<br />

famílias em núcleos habitacionais seguros e com infraestrutura.<br />

Mas como encontrar áreas urbaniza<strong>da</strong>s para assentar<br />

essa população diante <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> especulação<br />

imobiliária nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s que favorece as gran<strong>de</strong>s<br />

construtoras?<br />

Rodrigo Berté - Esses gran<strong>de</strong>s grupos que<br />

trabalham em empreendimentos imobiliários<br />

sempre querem empurrar as pessoas mais pobres<br />

para áreas periféricas, evitando que ocupem<br />

terre<strong>no</strong>s mais valorizados ou incomo<strong>de</strong>m seus<br />

clientes, que querem morar longe <strong>da</strong>s populações<br />

carentes. Cabe ao po<strong>de</strong>r público enfrentar isso, o<br />

que é difícil quando estamos falando <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong><br />

interesses econômicos. Por isso, o que ocorre nas<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sobretudo <strong>no</strong>s gran<strong>de</strong>s centros urb<strong>a<strong>no</strong>s</strong>,<br />

é um processo <strong>de</strong> confinamento <strong>da</strong>s famílias mais pobres em<br />

áreas <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s ou <strong>de</strong> proteção ambiental, causando assim<br />

um impacto socioambiental e<strong>no</strong>rme.<br />

Como fica a questão <strong>da</strong> função social <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

urbana quando vemos tantos terre<strong>no</strong>s vazios e imóveis<br />

abandonados, enquanto milhares <strong>de</strong> famílias vivem mal e<br />

em locais perigosos?<br />

Rodrigo Berté - Essa é uma questão que precisa ser<br />

urgentemente enfoca<strong>da</strong>. Caberia também ao po<strong>de</strong>r público a<br />

tarefa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar esses terre<strong>no</strong>s e imóveis para utilizá-los com<br />

vistas a uma política sociohabitacional. Três <strong>a<strong>no</strong>s</strong> atrás, participei<br />

<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>da</strong> Unicamp (Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Campinas) <strong>no</strong> qual se constatou que apenas na Região<br />

Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo temos, por exemplo, muitas<br />

construções <strong>de</strong> prédios abandona<strong>da</strong>s em áreas urbaniza<strong>da</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>riam ser incorpora<strong>da</strong>s a um programa habitacional para<br />

cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong>. Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ação mais efetiva<br />

<strong>da</strong>s administrações locais e do Ministério Público.<br />

Há, portanto, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover uma<br />

reforma urbana?<br />

Rodrigo Berté - Se os municípios obe<strong>de</strong>cessem ao que<br />

está estipulado <strong>no</strong> Estatuto <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> (lei que disciplina e<br />

estabelece diretrizes gerais <strong>de</strong> políticas urbanas), já estariam<br />

promovendo uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira reforma urbana. Muitos <strong>de</strong>les<br />

também elaboraram seu Pla<strong>no</strong> Diretor (que <strong>de</strong>termina regras e<br />

princípios para a ocupação do espaço urba<strong>no</strong>), que <strong>no</strong>rmalmente<br />

é feito por técnicos competentes. Infelizmente, porém, este<br />

documento só serve para cumprir uma exigência legal, mas não<br />

sai do papel. Acho que uma boa maneira <strong>de</strong> enfrentar essa<br />

situação <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> é fazer um planejamento<br />

sério e profissionalizar certas áreas do po<strong>de</strong>r público. Há<br />

secretarias <strong>de</strong> estado que não po<strong>de</strong>m ser objeto <strong>de</strong> barganha<br />

política e <strong>de</strong>vem ser coman<strong>da</strong><strong>da</strong>s por técnicos competentes.<br />

O problema não esbarra também <strong>no</strong> interesse <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s construtoras, que pressionam para a realização <strong>de</strong><br />

obras que muitas vezes agravam problemas como<br />

inun<strong>da</strong>ções e enchentes?<br />

Rodrigo Berté - Sem dúvi<strong>da</strong>. A ocupação <strong>de</strong> margens <strong>de</strong><br />

rios com aveni<strong>da</strong>s que impermeabilizam o solo e a canalização<br />

<strong>de</strong> córregos <strong>no</strong>s quais as galerias <strong>de</strong> água pluvial acabam<br />

entupi<strong>da</strong>s pelo acúmulo <strong>de</strong> lixo são dois exemplos <strong>de</strong> problemas<br />

que afligem as gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras. Se <strong>de</strong> um lado temos<br />

a falta <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do po<strong>de</strong>r público e o gran<strong>de</strong> interesse<br />

<strong>da</strong>s construtoras em obras que favorecem as enchentes <strong>no</strong>s<br />

períodos <strong>de</strong> chuva, por outro temos a ausência <strong>de</strong> consciência<br />

<strong>da</strong> população que faz <strong>da</strong>s galerias pluviais uma lata <strong>de</strong> lixo. É<br />

certo que <strong>de</strong>veria haver um sistema mais efetivo <strong>de</strong> coleta e<br />

programas para a reciclagem do lixo, mas a população também<br />

precisa colaborar, evitando agravar ain<strong>da</strong> mais esse problema<br />

ao <strong>de</strong>spejar todo tipo <strong>de</strong> entulho em local ina<strong>de</strong>quado. Cedo ou<br />

tar<strong>de</strong>, ela será a própria vítima <strong>de</strong>ssa atitu<strong>de</strong>. Todos, enfim,<br />

precisam assumir suas responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Entrevista extraí<strong>da</strong> <strong>da</strong> revista Família Cristã <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011.<br />

Comércio <strong>de</strong> Confecções<br />

Lt<strong>da</strong>.<br />

Fone: (67) 3421-7857<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 2.044 - Centro<br />

Dourados - MS


16<br />

Romaria <strong>da</strong> Terra, <strong>da</strong>s Águas e <strong>da</strong>s Matas<br />

Movidos pelo tema Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a Vi<strong>da</strong> <strong>no</strong><br />

Planeta, conforme programado, <strong>no</strong> dia 13 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 2011, a Diocese <strong>de</strong> Dourados <strong>de</strong>u<br />

abertura a Campanha <strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> com a<br />

Romaria <strong>da</strong> Terra, <strong>da</strong>s Águas e <strong>da</strong>s Matas.<br />

A caminha<strong>da</strong>, inicia<strong>da</strong> às 8h <strong>da</strong> manhã,<br />

culmi<strong>no</strong>u com a Celebração Eucarística e bênção<br />

<strong>da</strong>s sementes e mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> árvores. A<br />

temática <strong>de</strong>sta Campanha é<br />

plenamente justificável se<br />

consi<strong>de</strong>rarmos as interpéries que<br />

afligem as populações, <strong>de</strong> forma<br />

ca<strong>da</strong> vez mais intensa. Nos convi<strong>da</strong><br />

a <strong>de</strong>spertar e crescer na consciência<br />

coletiva <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

na preservação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana e <strong>da</strong><br />

ecologia.<br />

Destacamos como pontos<br />

relevantes <strong>de</strong>sta romaria:<br />

- O envolvimento e a participação <strong>da</strong>s<br />

Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>da</strong>s Pastorais, dos Movimentos, dos<br />

Organismos e <strong>da</strong>s Comissões <strong>de</strong> Trabalho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

sua organização, divulgação até o final <strong>da</strong> sua<br />

realização;<br />

- As motivações realiza<strong>da</strong>s pelas paróquias nas<br />

celebrações e <strong>no</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social;<br />

- As apresentações culturais com a<br />

participação <strong>de</strong> crianças, <strong>de</strong><br />

adolescentes, <strong>de</strong> jovens e <strong>de</strong> adultos;<br />

- A partilha <strong>da</strong>s frutas, dons <strong>da</strong><br />

natureza oferecidos pela generosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

dos cristãos;<br />

- Distribuição gratuita <strong>de</strong> 1.380<br />

mu<strong>da</strong>s frutíferas e ornamentais, 600<br />

envelopes <strong>de</strong> sementes, o plantio <strong>de</strong><br />

árvores <strong>no</strong> Parque Ante<strong>no</strong>r Martins, um<br />

gesto concreto e marca <strong>da</strong> Romaria.<br />

- O cui<strong>da</strong>do dos romeiros com a mãe Terra e<br />

com os ambientes ocupados pela romaria. Enfim,<br />

foi um dia <strong>de</strong> bênçãos, <strong>de</strong> convivência, <strong>de</strong> reflexão,<br />

atingindo os objetivos propostos.<br />

Felicitações e gratidão a todos<br />

os colaboradores, equipe <strong>de</strong><br />

organização e romeiros/as<br />

participantes.<br />

Permaneçamos unidos na<br />

continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> realização <strong>da</strong>s<br />

propostas concretas <strong>da</strong> Campanha<br />

<strong>da</strong> Fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2011.<br />

Abril/2011<br />

Pressupostos para uma<br />

Espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ação<br />

Missionária<br />

O Documento <strong>de</strong> Apareci<strong>da</strong>, <strong>no</strong>s afirma que “é necessário formar<br />

discípulos numa espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ação missionária, que se baseia na<br />

docili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao impulso do Espírito, à sua potencia <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que mobiliza e<br />

transfigura to<strong>da</strong>s as dimensões <strong>da</strong> existência...” (DA p. nº 284).<br />

A Missão Continental, a qual fomos enviados em Apareci<strong>da</strong>, só po<strong>de</strong>rá<br />

tornar-se reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e “ser permanente e profun<strong>da</strong>”, na medi<strong>da</strong> em que<br />

“nasce” <strong>no</strong> coração <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> apóstolo missionário é <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

eclesial o empenho e dinamismo missionário. A missão não po<strong>de</strong> ser<br />

feita por um “<strong>de</strong>creto” oficial, mas pela alegre recepção do chamado e<br />

reenvio do Senhor <strong>da</strong> vinha, <strong>no</strong> encontro pessoal com ele.<br />

A partir <strong>de</strong>sta edição, o Elo trará para você discípulo missionário<br />

comprometido com a vi<strong>da</strong> humana e <strong>da</strong> ecologia, uma coluna com texto<br />

<strong>de</strong> reflexão e formação para o discipulado.<br />

1. Estamos vivenciando um <strong>no</strong>vo período evangelizador marcado<br />

pelo Espírito Missionário<br />

Nesta fase <strong>da</strong> história <strong>da</strong> Igreja, surge uma opção radical pela missão<br />

A Igreja é, por natureza, missionária (cf. Ag, n.2). Sua missão<br />

evangelizadora, inicia<strong>da</strong> <strong>no</strong> dia <strong>de</strong> Pentecostes, foi sempre impregna<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

um profundo dinamismo missionário.<br />

Contudo, a exigência <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo espírito missionário tor<strong>no</strong>u-se ca<strong>da</strong><br />

vez mais agu<strong>da</strong>, nas últimas déca<strong>da</strong>s. Nesse contexto, um traço fun<strong>da</strong>mental<br />

<strong>da</strong> espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ação missionária é a urgência <strong>de</strong> fazer uma opção<br />

radical pela missão.<br />

Diante <strong>de</strong> uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez mais complexa e <strong>de</strong>safiadora, que<br />

necessita encontrar respostas acerta<strong>da</strong>s e satisfatórias sobre o sentido<br />

mais profundo do ser huma<strong>no</strong>, do mundo e <strong>da</strong> história, a Igreja se vê<br />

interpela<strong>da</strong> e convi<strong>da</strong><strong>da</strong> a ser <strong>no</strong> meio do mundo um sinal transparente e<br />

esperançoso <strong>da</strong> salvação universal em Cristo. No meio <strong>de</strong> uma humani<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

doente, a Igreja não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> experimentar os sentimentos do Bom<br />

Pastor, que “ao ver as multidões, encheu-se <strong>de</strong> compaixão por elas, porque<br />

estavam cansa<strong>da</strong>s e abati<strong>da</strong>s, como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36).<br />

A partir <strong>da</strong>s entranhas <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>va civilização emergente, brotam<br />

fortes vozes do Espírito, como Palavra <strong>de</strong> Deus aconteci<strong>da</strong>, que reenvia a<br />

Igreja a ser sinal eficaz <strong>de</strong> salvação em meio <strong>de</strong> um mundo radicalmente<br />

extraviado, porém ao mesmo tempo, profun<strong>da</strong>mente necessitado <strong>de</strong><br />

encontrar o Caminho, a Ver<strong>da</strong><strong>de</strong> e a Vi<strong>da</strong> (Jo 14,6).<br />

O Vatica<strong>no</strong> II significou para a Igreja o início <strong>de</strong> um “<strong>no</strong>vo Pentecostes”,<br />

marcado pelo espírito missionário. O Decreto Ad Gentes, sobre a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

missionária <strong>da</strong> Igreja, marcou um <strong>no</strong>vo modo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e assumir o<br />

compromisso missionário <strong>da</strong> Igreja particular, na qual subsiste a Igreja<br />

Universal.<br />

Esse espírito missionário foi retomado e aprofun<strong>da</strong>do pelo Magistério<br />

Pontifício e pelo Magistério Episcopal Lati<strong>no</strong>-america<strong>no</strong>, <strong>de</strong> maneira especial<br />

em Apareci<strong>da</strong>, que lançou a to<strong>da</strong> a Igreja, peregrina <strong>no</strong> meio <strong>de</strong>stes povos,<br />

a viver em estado <strong>de</strong> missão.<br />

Alguns sinais <strong>de</strong>ste espírito missionário é a crescente sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pela uni<strong>da</strong><strong>de</strong> dos cristãos, como condição para uma evangelização eficaz<br />

(cf. AG, n. 12), uma maior sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> para com os pobres<br />

e com os que sofrem; um maior compromisso para com as gran<strong>de</strong>s causas<br />

<strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>: digni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pessoa humana, soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>, cui<strong>da</strong>do com<br />

<strong>no</strong>ssa casa comum, etc.<br />

Reflexão pessoal e comunitária:<br />

Que sinais <strong>de</strong> compromisso missionário vemos em <strong>no</strong>ssa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

eclesial? Que situações exigem <strong>de</strong> nós um maior espírito missionário?<br />

- Faça a Leitura Orante do texto: MT 9,35-38.<br />

- Pessoalmente, o que estou fazendo na minha comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, em prol<br />

<strong>da</strong> missão? O que mais posso fazer?<br />

Texto retirado do Documento nº 16 À Luz <strong>de</strong> Apareci<strong>da</strong>... A<br />

espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ação Missionária. Autor: Salvador Vala<strong>de</strong>z Fuentes

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!