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10 anos de Graça Terremoto no Japão Coleta da Solidariedade ...

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02<br />

Editorial A Palavra do Pastor<br />

Páscoa, libertação para o amor<br />

Todos os <strong>a<strong>no</strong>s</strong> os cristãos se preparam<br />

e aguar<strong>da</strong>m ansiosos a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> páscoa<br />

na celebração litúrgica que marca o maior<br />

evento <strong>da</strong> história do Cristianismo, caminho<br />

<strong>de</strong> libertação e salvação.<br />

Viver a experiência do Deus vivo e<br />

libertador <strong>no</strong>s coloca num lugar<br />

privilegiado <strong>de</strong> filhos e filhas amados por<br />

Deus e salvos por seu po<strong>de</strong>r.<br />

Uma celebração-refeição que unifica<br />

história <strong>da</strong> salvação, cultura dos povos,<br />

amadurecimento <strong>da</strong> fé, esperança e<br />

renascimento para uma vi<strong>da</strong> <strong>no</strong>va,<br />

proporciona<strong>da</strong> por Deus que se humilha<br />

e morre, a fim <strong>de</strong> salvar a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

pecado e <strong>da</strong> morte.<br />

A Páscoa somente ganha sentido e<br />

profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>no</strong>ssas vi<strong>da</strong>s quando<br />

encara<strong>da</strong> na sua dimensão ju<strong>da</strong>ico-cristã.<br />

Os ju<strong>de</strong>us já tinham por hábito, à<br />

semelhança <strong>de</strong> outros povos, reunir-se em<br />

volta <strong>da</strong> mesa e dos alimentos para tornar<br />

Deus consensual <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

estabelecer comunhão com Ele.<br />

Israel celebrava uma refeição ritual:<br />

imolavam um cor<strong>de</strong>iro, comiam-<strong>no</strong> e com<br />

o seu sangue aspergiam as portas <strong>de</strong> suas<br />

casas e ten<strong>da</strong>s. Assim tornavam Deus<br />

mais próximo e protetor contra to<strong>da</strong>s as<br />

pragas, epi<strong>de</strong>mias e enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Esta<br />

experiência ritual do cor<strong>de</strong>iro coincidiu<br />

com a libertação real e histórica <strong>da</strong>quele<br />

povo, que clamou a Deus para que agisse<br />

em seu favor contra a escravidão do Egito.<br />

Naquele dia em que o povo <strong>de</strong> Israel<br />

fora liberto representou a Páscoa, ou seja,<br />

a passagem do Senhor que marcou o fim<br />

do cativeiro e o início <strong>da</strong> libertação. A partir<br />

<strong>da</strong>í o cor<strong>de</strong>iro passou a ser um sinal <strong>de</strong><br />

salvação para a posteri<strong>da</strong><strong>de</strong>. Deus liberta<br />

Israel <strong>da</strong> escravidão e <strong>da</strong> escuridão<br />

gera<strong>da</strong> pelo Egito. Estava assim instituí<strong>da</strong><br />

a Páscoa Ju<strong>da</strong>ica, celebra<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> hoje<br />

por todos os Ju<strong>de</strong>us.<br />

É neste contexto <strong>de</strong> passagem e <strong>de</strong><br />

libertação que relacionamos a Páscoa<br />

Cristã. Jesus Cristo, sabendo que chegara<br />

Expediente ELO<br />

Órgão Informativo <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

Abril/2011 - A<strong>no</strong> XXXVI - nº 346<br />

Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Mitra Diocesana <strong>de</strong> Dourados<br />

Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz<br />

Telefone: (67) 3422-69<strong>10</strong> / Fax: (67) 3422-6911<br />

Site: www.diocesedourados.com.br E-mail: elo@diocesedourados.com.br<br />

Tiragem: 21.500 exemplares Impressão: Diário MS<br />

ADVOCACIA & CONSULTORIA<br />

PREVIDENCIÁRIA<br />

Franco José Vieira<br />

Adgovado OAB/MS 4.715<br />

Fone: (67) 3441-5406 / (67) 9638-13<strong>10</strong><br />

a sua hora, reuniu-se com os seus amigos<br />

para fazer memória <strong>da</strong> Páscoa Ju<strong>da</strong>ica,<br />

abençoando o pão ázimo e o vinho. Aquele<br />

significativo ritual <strong>de</strong> memória trazia<br />

consigo uma <strong>no</strong>vi<strong>da</strong><strong>de</strong>: já não era memorial<br />

dos acontecimentos do Êxodo e <strong>da</strong> Aliança<br />

antiga, mas sinal do acontecimento <strong>no</strong>vo,<br />

<strong>da</strong> sua morte na cruz e <strong>da</strong> sua<br />

ressurreição. O alimento pascal ju<strong>da</strong>ico<br />

foi substituído pelo banquete eucarístico<br />

dos cristãos. A referência antiga recebeu<br />

um conteúdo <strong>no</strong>vo. Cristo tor<strong>no</strong>u-se o<br />

cor<strong>de</strong>iro <strong>da</strong> Nova Aliança e a sua morte na<br />

cruz e sua ressurreição <strong>de</strong>ram origem à<br />

Nova Páscoa. O símbolo tor<strong>no</strong>u-se<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os cristãos, ao celebrar a<br />

Páscoa, evocam, não apenas um<br />

acontecimento do passado, mas atualizam<br />

em si a passagem do “homem velho” para<br />

o “homem <strong>no</strong>vo” à semelhança <strong>de</strong> Cristo.<br />

Hoje, como <strong>no</strong> tempo <strong>de</strong> Moisés,<br />

continua a existir povos opressores e<br />

nações oprimi<strong>da</strong>s. A libertação ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira,<br />

<strong>no</strong> respeito por ca<strong>da</strong> um e por todos os<br />

homens, é tão necessária e urgente como<br />

há milhares <strong>de</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong>. A paz e o amor<br />

somente serão possíveis quando houver<br />

justiça entre os povos, on<strong>de</strong> o sentido <strong>da</strong><br />

partilha, <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> comunhão<br />

ultrapassarem o egoísmo e a indiferença.<br />

Celebrar a Páscoa Cristã significa<br />

participar <strong>da</strong> morte e ressurreição <strong>de</strong><br />

Cristo, <strong>da</strong>ndo origem a um homem <strong>no</strong>vo e<br />

uma <strong>no</strong>va socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

amar e <strong>de</strong> fazer resplan<strong>de</strong>cer este amor<br />

<strong>no</strong> coração <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong> a<br />

humani<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Feliz Páscoa<br />

a todos! Que a<br />

força do Cristo<br />

Ressuscitado<br />

dissipe as trevas<br />

do <strong>no</strong>sso coração<br />

e <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

mente.<br />

Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Coor<strong>de</strong>nador Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong> Pastoral<br />

Dom Redovi<strong>no</strong> Rizzardo<br />

Bispo Diocesa<strong>no</strong><br />

Quando comecei a pensar <strong>no</strong> significado<br />

dos meus <strong>de</strong>z <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> serviço à Igreja como<br />

bispo <strong>de</strong> Dourados (2001/2011), a palavra <strong>de</strong><br />

Deus que brotou espontânea do meu coração<br />

foi a mesma que inflamava o profeta Isaías: «O<br />

ouvido jamais ouviu e o olho jamais viu que um<br />

Deus, além <strong>de</strong> ti, tenha feito tanto por aqueles<br />

que nele confiam!» (Is 64,3).<br />

Mas, o que me leva a agra<strong>de</strong>cer não são<br />

somente os eventos e as obras com que Deus<br />

enriqueceu a Igreja diocesana nesse período:<br />

a criação <strong>de</strong> onze paróquias; a chega<strong>da</strong> <strong>de</strong> 15<br />

congregações religiosas e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

vi<strong>da</strong>; a implantação <strong>da</strong>s Rádios “Coração”,<br />

“Imacula<strong>da</strong> Conceição” e “Boa Nova” (em<br />

Itaporã, Dourados e Iguatemi); as Santas<br />

Missões Populares; o Jubileu <strong>de</strong> Ouro <strong>da</strong><br />

Diocese; a or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> sete padres religiosos,<br />

16 padres dioces<strong>a<strong>no</strong>s</strong> e 13 diáco<strong>no</strong>s<br />

permanentes; a Expo-Católica; o jornal<br />

diocesa<strong>no</strong> “Elo”; as pequenas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s; e,<br />

por fim, os 230.000 quilômetros percorridos<br />

para celebrar 35.000 crismas e visitar as 49<br />

paróquias <strong>da</strong> Diocese.<br />

Para Deus e para a Igreja, os eventos e<br />

as obras só produzem frutos se é o amor que<br />

os motiva e sustenta. Caso contrário, vale<br />

inclusive para os bispos, a advertência <strong>de</strong> São<br />

Paulo: «Se não tenho amor, sou como um<br />

bronze que soa ou como um si<strong>no</strong> que bate»<br />

(1Cor 13,1). Foi o que me ensinaram inúmeras<br />

pessoas, que <strong>de</strong>scobriram na cari<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

alavanca capaz <strong>de</strong> erguer o mundo. Uma <strong>de</strong>las,<br />

doente <strong>de</strong> câncer, unia sua dor à <strong>de</strong> Jesus na<br />

cruz, e exclamava: «É o Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus que<br />

avança!»<br />

No dia 25 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2001, <strong>no</strong> final <strong>da</strong><br />

or<strong>de</strong>nação episcopal, eu me dirigi ao público<br />

presente com estas palavras: «Sinto-me na<br />

obrigação <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer. Em primeiro lugar, a<br />

Deus, que vocês me aju<strong>da</strong>ram a perceber<br />

presente nesta belíssima celebração; a Deus,<br />

que sempre me <strong>de</strong>monstrou um amor todo<br />

particular, tanto que, muitas vezes, me senti –<br />

Fone:<br />

(67) 3423-4400<br />

e-mail: eletrowattsdourados@terra.com.br<br />

Av. Marceli<strong>no</strong> Pires, 2758 - Centro - Dourados - MS<br />

<strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Graça</strong><br />

BOA SORTE CEREAIS LTDA<br />

Fone: (67) 3423-4222<br />

Abril/2011<br />

como diz o Evangelho falando <strong>de</strong> João – o<br />

“discípulo que Jesus amava”; a Deus, que me<br />

escolheu e continua me envolvendo com um<br />

amor preferencial e gratuito, atraído pelo que é<br />

fraco e peque<strong>no</strong>, para preenchê-lo com seu<br />

po<strong>de</strong>r e sua riqueza. Como diz o salmo: “Um<br />

abismo atrai outro abismo”: o abismo do amor<br />

infinito <strong>de</strong> Deus é atraído pelo abismo <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

fraqueza e <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa pequenez. Vejo-me<br />

retratado <strong>no</strong>s dois filhos <strong>de</strong> que fala o Evangelho<br />

<strong>de</strong> hoje: quando me sinto esmagado por minhas<br />

infi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s, Deus me acolhe, me abraça e me<br />

perdoa; e quando me encontro chateado, distante<br />

<strong>de</strong> Deus e dos irmãos, percebo que Deus me<br />

dirige as mesmas palavras que o Pai<br />

misericordioso dirigiu ao filho mais velho: “Tu<br />

estás sempre comigo. Tudo o que é meu, é teu”».<br />

Não posso negar: <strong>no</strong> momento, eu não<br />

passava <strong>de</strong> um neófito ingênuo, que teimava em<br />

não acreditar nas palavras do Núncio Apostólico<br />

<strong>de</strong> então, Dom Alfio Rapisar<strong>da</strong>. Dois meses e<br />

meio antes, <strong>no</strong> dia 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000, ele<br />

me chamara ao telefone para me dizer que o<br />

Papa João Paulo II me escolhera para bispo <strong>de</strong><br />

Dourados. Ante a minha resposta positiva, ele<br />

não cansava <strong>de</strong> me agra<strong>de</strong>cer. Eu não<br />

compreendia o porquê...<br />

“Quando a promessa é muita, o santo<br />

<strong>de</strong>sconfia!” Comecei a enten<strong>de</strong>r os agra<strong>de</strong>cimentos<br />

do Núncio alguns <strong>a<strong>no</strong>s</strong> mais tar<strong>de</strong>,<br />

quando passei por tais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que, por duas<br />

ou três vezes, fui tentado a renunciar ao cargo...<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo, as graças <strong>de</strong> Deus e a<br />

amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma multidão <strong>de</strong> irmãos e irmãs<br />

foram infinitamente superiores às dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

É por isso que consi<strong>de</strong>ro o serviço episcopal na<br />

Diocese <strong>de</strong> Dourados como a maior realização<br />

<strong>de</strong> minha vi<strong>da</strong>.<br />

Já que o artigo é uma “memória” dos <strong>de</strong>z<br />

<strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação episcopal, finalizo com mais<br />

uma citação <strong>da</strong> homilia que proferi naquela<br />

ocasião: «A última palavra quero reservá-la ao<br />

lema que via <strong>no</strong>rtear o meu <strong>no</strong>vo serviço pastoral.<br />

As palavras que inseri em meu brasão episcopal<br />

se referem a Nossa Senhora: “Unânimes com<br />

Maria”. O meu mais ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo é reviver a<br />

comunhão que se respirava na Igreja primitiva,<br />

quando, atraído pela oração e pela concórdia dos<br />

fieis reunidos em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Maria, o fogo do<br />

Espírito <strong>de</strong>sceu e começou a ser alastrar pelo<br />

mundo inteiro, graças a pessoas dispostas a<br />

“morrer para congregar na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> os filhos <strong>de</strong><br />

Deus dispersos”».<br />

A você, sacerdote, diáco<strong>no</strong>, religioso e leigo,<br />

que me sustentou ao longo <strong>de</strong>stes <strong>10</strong> <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, faço<br />

votos que seu amor consiga fazer santas to<strong>da</strong>s<br />

as sextas-feiras <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, para que terminem<br />

sempre num radioso domingo <strong>de</strong> Páscoa!<br />

TRANSPORTADORA BOA SORTE LTDA<br />

Fone: (67) 9971-6866

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