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Considerações Sobre o Sistema Democrático Liberal. - Portal da ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO / NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO HISTÓRICA REGIONAL -<br />

NDIHR<br />

obra e outra em suas redes de relações sociais.<br />

quem quer, mas unicamente aquele que soube<br />

O intelectual desfruta no meio social de prestígio e respeito,<br />

testemunhar por suas obras o distanciamento<br />

quando pertence ou defende o grupo dominante, quando<br />

questiona os elementos preestabelecidos de uma socie<strong>da</strong>de<br />

pode se transformar em um contraventor, um ser impuro, que<br />

pode corromper a harmonia estabeleci<strong>da</strong>. Em momentos de<br />

intolerância, o intelectual pode ser alguém caçado, e as suas<br />

ideias podem representar sua própria perdição. Nesses contextos,<br />

em relação aos preconceitos, às convenções e<br />

às conveniências. Talvez seja preciso ser<br />

portador de alguma coisa profun<strong>da</strong>mente<br />

inatual para ter também alguma coisa para<br />

exprimir publicamente sobe o an<strong>da</strong>mento do<br />

mundo – estar distraído por um problema que a<br />

gente se auto-inflige quando ninguém lhe<br />

as analises de suas falas se tornam mais complexas, e se tratando pergunta coisa alguma, por uma frase a ser<br />

de um grupo, pode significar todo um jogo de produção de<br />

retoma<strong>da</strong> quando ela poderia, certamente, tal<br />

elementos que dificulte a percepção de suas ideias para as<br />

como é, satisfizer todo mundo [...] (PINTO, 1997,<br />

pessoas que não desfrutam de seu convívio social, o que acaba<br />

p. 208).<br />

exigindo do pesquisador maior receio e rigor crítico, ao contrastar<br />

to<strong>da</strong>s as informações possíveis a fim de assimilar <strong>da</strong> melhor<br />

maneira os jogos de disfarces racionalmente produzidos para<br />

dificultar perseguição e censura aos seus pensamentos.<br />

Nas últimas déca<strong>da</strong>s, com o aumento numérico de<br />

intelectuais, frente à expansão de vagas nas universi<strong>da</strong>des e maior<br />

disponibili<strong>da</strong>de de informação pelos modernos meios de difusão<br />

de informações, o intelectual perdeu o seu enorme prestigio<br />

anteriormente depositado nas suas quali<strong>da</strong>des intelectuais em<br />

contraste com a população em geral. Diferenciar ou classificar um<br />

intelectual do restante <strong>da</strong> população se torna mais difícil a ca<strong>da</strong><br />

momento, pois alguns consideram serem intelectuais por<br />

meramente reproduzirem informações, ou na melhor <strong>da</strong>s vezes,<br />

por forjar conclusões de forma global nos mais diversos assuntos<br />

diluídos pela opinião pública. Pode-se dizer que<br />

Um ser pensante, que contrasta informações, interroga as<br />

coisas considera<strong>da</strong>s naturais, que se dedique mais ao estudo, do<br />

que na criação de formulas universais e generalizadoras. O<br />

intelectual nem sempre está com a ver<strong>da</strong>de e a história mostra isso,<br />

ele como qualquer outro ser humano também está submetido ao<br />

erro, às conspirações, interferindo na socie<strong>da</strong>de tanto para o bem,<br />

quanto para o mau. Porém, não podemos deduzir que seus erros<br />

sejam estratégias racionalmente produzi<strong>da</strong>s para provocar o mau,<br />

pois em seu tempo, frente ao que lhe era disponível e as pressões<br />

que o cercam, certos desastres podem ser tentativas de melhorar o<br />

meio de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, ou parte <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de que ele julga ser<br />

necessária salvar. Ao analisar a vi<strong>da</strong> e a obra de um intelectual, o<br />

historiador não deve agir como um juiz, que julga as ações, as ideias<br />

e os efeitos desses, mas um ser crítico, que não se deixe levar pelas<br />

aparências, pois estamos à frente de nossos objetos de pesquisa,<br />

[...] o intelectual não é, como se afirma com colocando-nos em um ponto confortável já que as ideias e as ações<br />

tanta frequência hoje, aquele que teria uma produzi<strong>da</strong>s por nossos objetos de analise já geraram frutos,<br />

“mensagem” a transmitir, mas aquele que só tornando-se assim, fácil levantar comentários anacrônicos e<br />

abre a boca se perguntando, a ca<strong>da</strong> palavra<br />

pronuncia<strong>da</strong>, se não está desmentindo um<br />

pouco exorbitante que lhe é conferido,<br />

aquele que se surpreende com seu próprio<br />

privilégio e que o teme (...) intelectual não é<br />

impensáveis no momento de gestação de tais ideias.<br />

Assim, baseamos nossa análise sobre a obra de Carl Schmitt,<br />

sobre os novos padrões analíticos, buscando não só compreender<br />

sua rede social, mas também os humores <strong>da</strong> população de seu país,<br />

105<br />

REVISTA ELETRÔNICA 6 DOCUMENTO MONUMENTO

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