29.04.2013 Views

aproximación á actividade turística nas cidades do eixo atlántico ...

aproximación á actividade turística nas cidades do eixo atlántico ...

aproximación á actividade turística nas cidades do eixo atlántico ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

APROXIMACIÓN Á ACTIVIDADE TURÍSTICA<br />

NAS CIDADES DO EIXO ATLÁNTICO<br />

! ! ! ! !<br />

ABORDAGEM SOBRE A ACTIVIDADE TURÍSTICA<br />

NAS CIDADES DO EIXO ATLÂNTICO


• Xulio X. Pardellas (dir)<br />

• José Cadima<br />

Equipo de traballo / Equipa de trabalho<br />

Departamento de Economía Aplicada<br />

Universidade de Vigo<br />

Escola de Economía e Gestão<br />

Universidade <strong>do</strong> Minho<br />

• Carmen Padín<br />

• Pedro Gomes<br />

Departamento de Economía Aplicada<br />

Universidade de Vigo<br />

Agência de Desenvolvimento Regional<br />

<strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> C<strong>á</strong>va<strong>do</strong>


Conti<strong>do</strong><br />

1. A relación entre turismo e economía...................................... 9<br />

2. A Eurorrexión como destino turístico................................. 19<br />

a) Os factores de localización........................................... 22<br />

b) A configuración e singularidade da<br />

Eurorrexión como destino turístico................................ 27<br />

3. O sector turístico na Eurorrexión........................................ 35<br />

a) O contexto exterior europeo e mundial.......................... 35<br />

b) A oferta <strong>turística</strong> en Galicia.......................................... 39<br />

c) A oferta <strong>turística</strong> no Norte de Portugal.......................... 51<br />

4. O uso <strong>do</strong>s recursos <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> <strong>eixo</strong> Atl<strong>á</strong>ntico............. 63<br />

a) Cidades de Galicia...................................................... 66<br />

b) Cidades <strong>do</strong> Norte de Portugal.................................... 127<br />

5. Recapitulación e conclusións........................................... 197<br />

a) Situación actual <strong>do</strong> turismo na eurorrexión.................. 197<br />

b) Breve taboa DAFO.................................................... 199<br />

c) Segmentos clave para unha estratexia <strong>turística</strong><br />

dentro da eurorrexión................................................ 201<br />

6. Apuntes de futuro ............................................................. 203<br />

1. Principais retos ......................................................... 203<br />

2. Avance de propostas................................................. 207<br />

7. Bibliografía........................................................................ 215


Conteú<strong>do</strong><br />

1. A relação entre turismo e economia ...........................................9<br />

2. A Euroregião como destino turístico........................................19<br />

a) os factores de localização...................................................22<br />

b) a configuração e especificidade da euroregião como destino<br />

turístico.............................................................................27<br />

3. O sector turístico na euroregião...............................................35<br />

a) o contexto exterior europeu e mundial..................................35<br />

b) a oferta <strong>turística</strong> na Galiza..................................................39<br />

c) a oferta <strong>turística</strong> no Norte de Portugal..................................51<br />

4. O uso <strong>do</strong>s recursos <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico...................63<br />

a) Cidades da Galiza..............................................................66<br />

b) Cidades <strong>do</strong> Norte de Portugal ...........................................127<br />

5. Recapitulação e conclusões...................................................197<br />

a) Situação actual <strong>do</strong> turismo na euroregião...........................197<br />

b) Breve tabela DAFO..........................................................199<br />

c) segmentos chave para uma estratégia <strong>turística</strong> no âmbito<br />

da euroregião..................................................................201<br />

6. Apontamentos de futuro.........................................................203<br />

1. Principais directivas..........................................................203<br />

2. Apresentação prévia de propostas...................................207<br />

7. Bibliografia............................................................................205


1.<br />

1.<br />

1. A relación relación entre entre turismo turismo turismo e e economía<br />

economía<br />

Este estudio tenta de achegar unha interpretación<br />

v<strong>á</strong>lida para aproximarnos <strong>á</strong> din<strong>á</strong>mica e <strong>á</strong>s estratexias de<br />

desenvolvemento <strong>do</strong> sector turístico da eurorrexión<br />

Galicia-Norte de Portugal, co obxectivo de elaborar unha<br />

oferta conxunta por parte das <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atl<strong>á</strong>ntico,<br />

e na percura dunha liña argumental que identifique<br />

igualmente o papel <strong>do</strong>s recursos transformables en<br />

productos turísticos nos procesos de vertebración e<br />

cohesión social dentro deste territorio.<br />

O material de an<strong>á</strong>lise fundamental limitouse por razóns<br />

de tempo e da<strong>do</strong>s os antecedentes sobre o tema, <strong>á</strong><br />

<strong>do</strong>cumentación producida nos últimos anos, tanto en<br />

Galicia e Portugal, coma en España e Europa, adem<strong>á</strong>is<br />

das publicacións estadísticas existentes.<br />

En primeiro lugar e seguin<strong>do</strong> as conclusións <strong>do</strong>s<br />

principais autores e estudiosos (Bull, 1994) (Vera, 1998)<br />

(Figuerola, 2000), compre salientar que o turismo non é<br />

nen un fenómeno sorprendente <strong>do</strong> s. XX no seu senti<strong>do</strong><br />

m<strong>á</strong>is etéreo, nen un simple subsector incardina<strong>do</strong> no<br />

extenso epígrafe <strong>do</strong>s servicios, na sua consideración m<strong>á</strong>is<br />

prosaicamente económica. En realidade, o turismo non é<br />

“unha” <strong>actividade</strong> económica, senon un conxunto de<br />

<strong>actividade</strong>s, xeradas e inducidas polo complexo proceso<br />

de transformación de diversos recursos xenéricos en<br />

activos específicos con interese para a demanda <strong>turística</strong>,<br />

de organización dunha oferta empresarial arre<strong>do</strong>r deses<br />

recursos e de regulación administrativa <strong>do</strong> seu uso, por<br />

citalo de forma moi esquem<strong>á</strong>tica.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

9


10<br />

Podemos afirmar que no momento actual, calquera<br />

país, calquera rexión ou calquera entidade local posúen<br />

recursos susceptibles de seren usa<strong>do</strong>s e explota<strong>do</strong>s na<br />

<strong>actividade</strong> <strong>turística</strong>, velaí que o espacio se convirte en<br />

alicerce e ao tempo recurso <strong>do</strong> turismo e factor <strong>do</strong> seu<br />

desenvolvemento (Vera, 1997). O espacio xeogr<strong>á</strong>fico é a<br />

base <strong>do</strong>s recursos situa<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> territorio, pero o<br />

mesmo territorio ten un valor intrínseco, deriva<strong>do</strong> da<br />

avaliación social <strong>do</strong>s seus atributos diferencia<strong>do</strong>res. De<br />

acor<strong>do</strong> con esta avaliación o conxunto de recursos que<br />

teñen interese turístico entran no cita<strong>do</strong> proceso de<br />

organización empresarial dunha oferta específica e pasan<br />

a ter un valor de merca<strong>do</strong>.<br />

Os recursos <strong>do</strong> territorio, xa transforma<strong>do</strong>s en productos<br />

turísticos dentro <strong>do</strong> sector servicios, participan<br />

das características económicas deste sector: son consumi<strong>do</strong>s<br />

alí onde se producen, requiren a presencia <strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>r e adem<strong>á</strong>is non desaparecen. O consumo<br />

turístico é intanxible e subxectivo, debe ser o turista<br />

demandante o que se desprace para dusfrutalo, e tal<br />

disfrute é singularmente diverso, polo que podemos decir<br />

que cada turista busca algo diferente can<strong>do</strong> consume<br />

productos turísticos.<br />

Compre neste contexto acotar brevemente os conceptos<br />

de recurso turístico e producto turístico.<br />

O conxunto das <strong>actividade</strong>s empresariais <strong>do</strong> subsector<br />

turístico est<strong>á</strong>n fundamentadas nos recursos turísticos,<br />

que definiremos como calquera elemento natural,<br />

paisaxístico ou xeogr<strong>á</strong>fico e calquera manifestación da<br />

vida humana, histórica ou actual, que poden motivar e<br />

xerar un desprazamento para a sua contemplación e<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


disfrute. Noutros términos, os recursos turísticos<br />

supoñen un atractivo que determina a elección dun<br />

destino e decide o desprazamento (Altés, 1995). De<br />

acor<strong>do</strong> con esta definición, evidentemente, en to<strong>do</strong> lugar<br />

pode haber recursos turísticos, uni<strong>do</strong>s <strong>á</strong>s características<br />

<strong>do</strong> territorio ou aos h<strong>á</strong>bitos de vida <strong>do</strong>s seus habitantes,<br />

porén, non tó<strong>do</strong>los recursos turísticos chegan a se<br />

convertir en productos turísticos.<br />

Así como o recurso turístico ten unha existencia<br />

propia, independente de calquera outro factor que incida<br />

na <strong>actividade</strong> económica dun pobo, o producto turístico<br />

ten unha clara dependencia <strong>do</strong> primeiro (non hai producto<br />

sen recurso), e aparece estreitamente liga<strong>do</strong> a un<br />

conxunto de <strong>actividade</strong>s, de tal xeito que desde unha<br />

óptica global representa unha complexidade económica<br />

pola agregación de elementos e axentes que configuran<br />

un merca<strong>do</strong> singular e practicamente ilimita<strong>do</strong>.<br />

Un producto turístico defínese así como unha combinación<br />

de prestacións e ofertas, tanxibles e intanxibles,<br />

que proporcionan ao demandante unha satisfacción e un<br />

disfrute en resposta <strong>á</strong>s suas expectativas e motivacións.<br />

Tr<strong>á</strong>tase pois, dun concepto integra<strong>do</strong>r e multivariante,<br />

que inclúe elementos de consumo destructivo (a alimentción,<br />

p.e.), elementos que non desaparecen (un monumento,<br />

unha paisaxe), elementos que adquire o turista e<br />

pasan <strong>á</strong> sua propiedade (artesanía) e elementos <strong>do</strong>utros<br />

subsectores <strong>do</strong>s servicios (transporte, seguros, comercio).<br />

To<strong>do</strong> o exposto permite destacar a importancia <strong>do</strong><br />

territorio no senti<strong>do</strong> en que foi defini<strong>do</strong> na introducción,<br />

como recurso de seu e como base <strong>do</strong>s recursos endóxenos<br />

con que conta unha comunidade social para comple-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

11


12<br />

tar e incentivar o seu desenvolvemento. Sen embargo, e<br />

para entender mellor as condicións en que pode levarse a<br />

cabo a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> e como ésta pode condicionar<br />

e redefinir as condicións de vida no espacio rural, obxecto<br />

deste traballo, é necesario comentar, ainda que agora<br />

brevemente, os <strong>do</strong>us principais factores que explican a<br />

localización das <strong>actividade</strong>s <strong>turística</strong>s e que ao mesmo<br />

tempo determinan a elaboración de productos turísticos,<br />

o factor espacio e m<strong>á</strong>is o factor territorio.<br />

Ten<strong>do</strong> en conta que o turismo pola sua propia esencia<br />

implica sempre un desprazamento entre un demandante<br />

e un destino turístico, o factor espacio, esto é, o<br />

lugar onde se oferta o producto turístico e a variable<br />

distancia física co demandante, aquiren un obvio<br />

significa<strong>do</strong> económico que condiciona a creación e a<br />

propia organización das empresas: gra<strong>do</strong> de accesibilidade<br />

ós recursos, tipo de medios de transporte necesarios,<br />

alternativas de coste e tempo, etc. Con to<strong>do</strong>, e como<br />

veremos m<strong>á</strong>is logo, hoxendía poden tomarse en consideración<br />

para as decisións empresariais outros elementos<br />

que mesmo invirten aqueles condicionantes, como é o<br />

caso <strong>do</strong> efecto posición que incrementa a motivación <strong>do</strong><br />

turista canto m<strong>á</strong>is difícil seña o acceso ao recurso, e que<br />

lle permite un disfrute exclusivo.<br />

No outro canto, no concepto de factor territorio debemos<br />

integrar todas aquelas condicións ou atributos<br />

que configuran un espacio xeogr<strong>á</strong>fico diferencia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

dem<strong>á</strong>is, e onde se interrelacionan elementos estrictamente<br />

naturais (clima, montañas, vales, ríos), cos deriva<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> impacto humano (restos arqueolóxicos, monumentos,<br />

etnografía, historia), expresa<strong>do</strong>s como conxunto no que<br />

denominaremos patrimonio natural e patrimonio históri-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


co, constituin<strong>do</strong> a base <strong>do</strong>s recursos turísticos dese<br />

teritorio.<br />

Desde esta perspectiva, compre recordar que:<br />

• O turismo est<strong>á</strong> fundamenta<strong>do</strong> nunha avaliación<br />

social positiva de determina<strong>do</strong>s elementos daqueles<br />

patrimonios<br />

• Esta avaliación pode variar ó longo <strong>do</strong> tempo<br />

• A diferente percepción dese valor da lugar a demandas<br />

subxectivas diferenciadas<br />

To<strong>do</strong> o cal permite elaborar segmentacións de demanda<br />

para adaptar e adecuar os productos turísticos<br />

aos trazos que presenta cada grupo de demandantes, e<br />

organizar a <strong>actividade</strong> empresarial en función desa oferta<br />

diferenciada.<br />

Citemos <strong>do</strong>us exemplos antagónicos: o binomio sol e<br />

praia como condicionante dunha oferta orientada a<br />

satisfacer a grandes masas, enfrontada a unha elevada<br />

elasticidade-precio, que implica o risco da perda de<br />

clientes coa simple aparición dunha competencia m<strong>á</strong>is<br />

barata, e os denomina<strong>do</strong>s turismo cultural e natural, que<br />

esixe por riba de to<strong>do</strong> a boa conservación <strong>do</strong>s patrimonios<br />

histórico e natural, obxecto <strong>do</strong> seu interese, e onde a<br />

consideración económica m<strong>á</strong>is importante para as<br />

empresas oferentes é a elasticidade-renda, que condiciona<br />

a calidade <strong>do</strong>s servicios complementarios.<br />

Sen embargo, e en paralelo aos cambios que pode<br />

sufrir a avaliación social <strong>do</strong>s recursos turísticos, tamén<br />

varían os grupos de demanda, crean<strong>do</strong> <strong>á</strong>s veces serios<br />

problemas de impacto humano sobre aqueles patrimo-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

13


14<br />

nios, debi<strong>do</strong>s en xeral <strong>á</strong> falta de previsión administrativa<br />

ou a unha mala planificación da organización empresarial.<br />

Suliñemos que os recursos sobre os que se fundamenta<br />

en xeral a oferta <strong>turística</strong> presentan tres características<br />

que compre comentar brevemente:<br />

a) Son libres e teñen un coste de oportunidade cero<br />

Esto significa que poden ser usa<strong>do</strong>s por calquera<br />

persoa que se sitúe fisicamente na sua vecindade, sen<br />

impedir usos posteriores ou mesmo simult<strong>á</strong>neos a outras<br />

persoas.<br />

O sol e as areas das praias de Viana <strong>do</strong> Castelo ou<br />

das Du<strong>nas</strong> de Corrube<strong>do</strong>, un sendeiro polos montes <strong>do</strong><br />

Courel ou da Serra <strong>do</strong> Gerês, as murallas de Lugo ou a<br />

fortaleza de Bragança, poden ser "consumi<strong>do</strong>s" por un<br />

grupo de turistas, bañ<strong>á</strong>n<strong>do</strong>se, andan<strong>do</strong> ou toman<strong>do</strong><br />

fotos, sen que elo afecte <strong>á</strong> posibilidade de que outros<br />

turistas o mesmo día ou ao seguinte, ou o seguinte ano,<br />

"consuman" igualmente eses recursos.<br />

b) Permiten unha xestión alternativa e simult<strong>á</strong>nea<br />

Un bosque pode dar lugar a unha <strong>actividade</strong> agrícola<br />

tradicional sen perder o seu atractivo turístico, e<br />

mesmo constituir un atractivo m<strong>á</strong>is. Unha ría pode<br />

compatibilizar a explotación pesqueira <strong>do</strong>s seus recursos<br />

vivos coa navegación deportiva e o baño <strong>nas</strong> praias.<br />

c) Os recursos son en xeral públicos, e o precio polo seu<br />

uso eventual obedece principalmente a unha decisión<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


administrativa, unida aos costes de conservación e<br />

mantemento, e non sempre se relaciona cos mecanismos<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Outra cousa son os precios de bens e<br />

servicios que correspondan a <strong>actividade</strong>s empresariais<br />

relacionadas co uso libre <strong>do</strong>s recursos turísticos (Bull, cit<br />

1994).<br />

Pero chega<strong>do</strong>s aquí debemos destacar a relevancia<br />

desta característica de consecuencias aparentemente<br />

contradictorias:<br />

• Por unha parte e como xa dixemos, os patrimonios<br />

natural e histórico, base xenérica <strong>do</strong> turismo,<br />

son bens públicos, o que significa que non<br />

pode excluirse a ninguén <strong>do</strong> seu disfrute, nen que<br />

ese disfrute poida reducir a cantidade de ben disponible<br />

para outros cidad<strong>á</strong>ns<br />

• No canto, a <strong>actividade</strong> empresarial que os transforma<br />

en productos turísticos é privada e pode en<br />

ocasións chegar a bater coa sua natureza de bens<br />

públicos, excluin<strong>do</strong> a persoas <strong>do</strong> seu disfrute ou,<br />

o que é m<strong>á</strong>is relevante, xeran<strong>do</strong> problemas e impactos<br />

negativos para terceiros.<br />

Poñamos un exemplo, unha empresa ten unha<br />

concesión para ofertar recorri<strong>do</strong>s en catamar<strong>á</strong>n polo río<br />

Miño mostran<strong>do</strong> o patrimonio natural e cultural conxunto.<br />

Por esta <strong>actividade</strong> debe facer fronte a un certo<br />

número de costes priva<strong>do</strong>s, que se integrar<strong>á</strong>n na sua<br />

función de producción (amortización <strong>do</strong> barco, mantemento,<br />

combustible, salarios, seguros, etc), e en compensación,<br />

cobra un precio que corresponde ao servicio<br />

presta<strong>do</strong>. Sen embargo, a sua <strong>actividade</strong> non só se<br />

relaciona cos seus clientes, senon que afecta a terceiros,<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

15


16<br />

ocasionan<strong>do</strong> impactos e se cadra tamén costes que debe<br />

soportar o conxunto <strong>do</strong>s veciños que habitan no territorio<br />

próximo ao río.<br />

Este impacto constitúe o que denominamos efecto<br />

externo ou externalidade, que pode ser beneficioso para<br />

terceiros (da construcción <strong>do</strong>s accesos disfrutan tó<strong>do</strong>los<br />

veciños, a afluencia de turistas orixina ingresos extra <strong>nas</strong><br />

aldeas onde se venden productos locais), e neste caso<br />

estaremos ante unha economía externa ou externalidade<br />

positiva. Pero tamén pode ser perxudicial (o impacto<br />

ambiental sobre o río, o deterioro das veigas polo paso<br />

desordea<strong>do</strong> de gran número de turistas, a contaminación<br />

polos lixos destas persoas), neste caso estaremos ante<br />

unha deseconomía externa ou externalidade negativa<br />

(Pedreño, 1996).<br />

O principio fundamental para conseguir un equilibrio<br />

entre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> e os seus impactos,<br />

percuran<strong>do</strong> sempre as externalidades positivas, consiste<br />

na sua adecuada planificación, tentan<strong>do</strong> de relacionar<br />

correctamente a escala e as fases de desenvolvemento<br />

das empresas <strong>turística</strong>s, coas potencialidades concretas<br />

de cada territorio, e xa que logo, coa capacidade de<br />

sustentación <strong>do</strong>s recursos.<br />

Este labor corresponde loxicamente <strong>á</strong> administración,<br />

da<strong>do</strong> que unha empresa sempre tentar<strong>á</strong> de derivar<br />

costes fora da sua propia función de producción, e<br />

adem<strong>á</strong>is aquela planificación non pode limitarse ao<br />

<strong>á</strong>mbito <strong>do</strong>s regulamentos (tentación sempre <strong>do</strong>ada para<br />

os responsables políticos), senón que debe integrar a<br />

protección ambiental, a protección sociocultural e m<strong>á</strong>is a<br />

previsión de crecemento como mínimo a medio prazo que<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


permita un aproveitamento <strong>do</strong>s recursos, sen mingua<br />

para usos futuros.<br />

Esta idea inscríbese no denomina<strong>do</strong> "desenvolvemento<br />

sustentable", que define a Comisión Mundial <strong>do</strong><br />

Medio Ambiente das Nacións Unidas, como a posibilidade<br />

de manter un ritmo de crecemento sen por elo hipotecar<br />

a capacidade das xeracións futuras para facer fronte <strong>á</strong><br />

sua vez <strong>á</strong>s suas propias necesidades, contan<strong>do</strong> con que<br />

éstas poden variar ó longo <strong>do</strong> tempo e consideran<strong>do</strong> os<br />

recursos ambientais como un ben escaso que compre<br />

administrar axeitadamente. Aplicada ao turismo, esa idea<br />

expresa o antes cita<strong>do</strong> equilibrio, que implica unha<br />

din<strong>á</strong>mica de crecemento con criterios de rendabilidade a<br />

longo prazo, pero non a expensas da destrucción ou<br />

deterioro <strong>do</strong>s recursos naturais e culturais.<br />

Desde esa perspectiva, nun territorio coma o constitui<strong>do</strong><br />

pola eurorrexión Galicia-Norte de Portugal, non<br />

sería razonable pensar noutra filosofía para encarar o<br />

desenvolvemento <strong>do</strong> sector turístico, sobre to<strong>do</strong> pola<br />

singularidade e características <strong>do</strong> patrimonio común<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

17


2.<br />

2.<br />

2. A Eurorrexión como destino turí turístico turí<br />

tico<br />

Recuperan<strong>do</strong> o comenta<strong>do</strong> no capítulo anterior, debemos<br />

suliñar de novo que o turismo non é considera<strong>do</strong><br />

por nós unha <strong>actividade</strong> económica m<strong>á</strong>is, senón un<br />

conxunto de <strong>actividade</strong>s que transforman sen destruilos<br />

un certo número de recursos naturais e históricos<br />

xenéricos, ou tamén o que nos interesa destacar aquí,<br />

unha pr<strong>á</strong>ctica social colectiva que polos seus especiais<br />

mecanismos de relación afecta a un territorio e m<strong>á</strong>is a<br />

duas comunidades sociais: a que se despraza (os turistas),<br />

definida por unhas características culturais concretas,<br />

e a que habita naquel territorio, definida igualmente<br />

por outros trazos culturais que mesmo poden ser<br />

absolutamente diferentes aos <strong>do</strong>s primeiros, e aquí<br />

radicaría xa un claro atractivo e motivación para o seu<br />

desprazamento.<br />

De acor<strong>do</strong> con este enfoque, m<strong>á</strong>is que unha <strong>actividade</strong><br />

económica, o turismo podería ser cataloga<strong>do</strong> como<br />

un intercambio cultural entre sociedades, que precisa<br />

situarse nun territorio, que utiliza as características e os<br />

recursos dese territorio, e que leva aparalleada a xeración<br />

dun certo número de <strong>actividade</strong>s económicas, poiden<strong>do</strong><br />

mesmamente reconfigurar e reordear aquel territorio.<br />

Podemos definir así un destino turístico como un<br />

sistema territorial de trazos singulares, onde se reúnen<br />

duas (ou m<strong>á</strong>is) comunidades sociais, e que integra como<br />

componentes b<strong>á</strong>sicos uns elementos primarios que<br />

configuran o seu atractivo e motivan o desprazamento da<br />

comunidade turista, e uns elementos secundarios que<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

19


20<br />

facilitan o seu consumo (aloxamento, restauración,<br />

comercio, etc).<br />

En términos sintéticos, un destino turístico est<strong>á</strong><br />

constitui<strong>do</strong> por un lugar de consumo cunha determinada<br />

imaxe arre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> seu simbolismo social, onde se pode<br />

disfrutar de servicios e adquirir productos materiais no<br />

contexto dunha concreta combinación de componentes,<br />

que de acor<strong>do</strong> coa sua mellor ou peor organización<br />

transmitir<strong>á</strong> unha determinada percepción de calidade de<br />

conxunto (Vera, 1997).<br />

Con esa visión, o artellamento territorial <strong>do</strong> turismo<br />

presenta fondas conexións co resto das <strong>actividade</strong>s<br />

económicas, e non se limita aos procesos que transforman<br />

entornos e ambientes naturais para crear productos<br />

turísticos que satisfagan asa demandas de ocio, lecer,<br />

descanso, aventura ou coñecemento <strong>do</strong>s visitantes. Por<br />

outra parte, o turismo como <strong>actividade</strong> económica, pero<br />

tamén como fenómeno e pr<strong>á</strong>ctica social, integra formas<br />

singulares de actuación e relación que afectan ao<br />

territorio e condicionan ao resto das <strong>actividade</strong>s e<br />

relacións económicas e sociais, configuran<strong>do</strong> unha nova<br />

estructura territorial, social e económica (Hiernaux,<br />

1996).<br />

Aquelas pr<strong>á</strong>cticas de actuación <strong>do</strong> turismo aparecen<br />

adem<strong>á</strong>is suxeitas a lóxicas de temporalidade e pautas de<br />

ocupación-rotación non habituais no mun<strong>do</strong> económico<br />

de producción de bens, incluin<strong>do</strong> como tal espacio<br />

singular diversos componentes de variada natureza, que<br />

van desde os tanxibles de propiedade pública e uso non<br />

destructivo (paisaxe, monumentos), ata os intanxibles de<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


propiedade pública ou privada (imaxes publicitarias,<br />

logotipos, denominacións de orixe).<br />

Compre pois unha breve definición conceptual da<br />

eurorrexión como destino turístico diferencia<strong>do</strong> en<br />

función <strong>do</strong>s seus elementos identificativos, que nos<br />

permitir<strong>á</strong>n m<strong>á</strong>is logo analizar e avaliar en profundidade<br />

as suas ofertas concretas de productos turísticos en<br />

relación a aqueles factores identificativos e ao uso real<br />

<strong>do</strong>s recursos.<br />

Os Os factores factores espaciais espaciais da da eurorrexión eurorrexión como como de destino de tino turístico<br />

Calquera rexión ou comarca dispón de recursos que<br />

poden ser usa<strong>do</strong>s na <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong>, e o espacio<br />

xeogr<strong>á</strong>fico que configura a base dese territorio debe<br />

considerarse ao mesmo tempo como recurso e como<br />

factor de localización daquelas <strong>actividade</strong>s.<br />

Por outra parte, o coñecemento da realidade pon de<br />

manifesto que as <strong>actividade</strong>s <strong>turística</strong>s siguen unhas<br />

pautas de localización espacial singulares, e ainda que<br />

poidamos aplicar para o seu estudio as ferramentas de<br />

an<strong>á</strong>lise da localización das <strong>actividade</strong>s económicas en<br />

xeral, debemos ter en conta aquela especificidade,<br />

derivada fundamentalmente da característica esencial <strong>do</strong><br />

sector servicios referida ao seu consumo no lugar onde se<br />

producen. Esta especificidade implica a existencia dunha<br />

relación directa e física entre os recursos, os productos<br />

turísticos que se elaboran con eles, por unha banda, e os<br />

turistas consumi<strong>do</strong>res que han de realizar un desprazamento<br />

desde a sua residencia habitual para satisfacer<br />

esa demanda, pola outra.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

21


22<br />

Por esta razón, o factor espacial ten aquí unha <strong>do</strong>ble<br />

acepción:<br />

• Desde a perspectiva da teoría económica da localización,<br />

ten un claro significa<strong>do</strong> en términos de<br />

distancia/tempo e distancia/coste, na relación<br />

entre o lugar da oferta <strong>do</strong>s productos turísticos e<br />

a residencia habitual <strong>do</strong>s turistas-consumi<strong>do</strong>res<br />

• Desde a perspectiva <strong>do</strong> espacio como territorio,<br />

sen embargo, pode ser contempla<strong>do</strong> como o lugar<br />

de concentración <strong>do</strong>s atractivos turísticos que<br />

configuran un destino, e motivan ao turista para<br />

decidir un desprazamento.<br />

Ainda que non afondaremos aquí na primeira acepción,<br />

compre suliñar que tanto Galicia coma o Norte de<br />

Portugal constitúen de seu destinos turísticos individuais e<br />

poden selo tamén como conxunto, pero son hoxe m<strong>á</strong>is<br />

coñeci<strong>do</strong>s por destinos puntuais e concretos, tal e como<br />

mostran varias enquisas realizadas en España e en varios<br />

paises de Europa. Así, as <strong>cidades</strong> de Santiago e Porto, como<br />

Patrimonio da Humanidade, poden concentrar arre<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

60% das motivacións para desprazarse a Galicia e ao Norte<br />

de Portugal respectivamente (VV.AA, AECIT, 1999).<br />

a) a) Os factores de localización<br />

Case poderiamos afirmar hoxe que a diversidade <strong>do</strong>s<br />

recursos turísticos é ilimitada en xeral, dependen<strong>do</strong> o seu<br />

uso da capacidade imaxinativa <strong>do</strong>s axentes económicos<br />

para crearen productos atractivos e motivaren así os<br />

desprazamentos e consumos. Con to<strong>do</strong>, e aos efectos da<br />

an<strong>á</strong>lise e avaliación posterior, convén establecer algunha<br />

sistematización que facilite o seu estudio, para o cal,<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


aproveitan<strong>do</strong> a clasificación elaborada por a F. Vera (1997),<br />

e recurrin<strong>do</strong> tamén <strong>á</strong>s propostas de Defert (1966), contemplaremos<br />

catro grandes categorías de recursos turísticos,<br />

inertes, vivos, monumentais e etnogr<strong>á</strong>ficos, constituin<strong>do</strong> os<br />

<strong>do</strong>us primeiros os principais factores ambientais e conforman<strong>do</strong><br />

os outros <strong>do</strong>us os factores de localización de<br />

car<strong>á</strong>cter histórico e cultural.<br />

Factores ambientais inertes<br />

O clima e os recursos hídricos son neste caso os<br />

principais elementos a considerar como condicionante<br />

físico de tódalas dem<strong>á</strong>is acitividades.<br />

A eurorrexión est<strong>á</strong> situada dentro dun segmento<br />

clim<strong>á</strong>tico moi tempera<strong>do</strong> e típico das rexións litorais da<br />

fachada atl<strong>á</strong>ntica da península, con medias anuais<br />

superiores aos 15º, o que supón unha banda moi<br />

agradable desde a perspectiva <strong>do</strong> confort humano para o<br />

disfrute das pr<strong>á</strong>cticas <strong>turística</strong>s, contan<strong>do</strong> adem<strong>á</strong>is co<br />

múltiple atractivo de zo<strong>nas</strong> litorais, fluviais e de montaña,<br />

ao que igualmente debemos agregar unha importante<br />

oferta de augas termais, configuran<strong>do</strong> así unha notable<br />

diversidade de oportunidades de uso <strong>do</strong>s recursos<br />

hídricos e incrementan<strong>do</strong> os seus atractivos como destino<br />

turístico.<br />

Factores ambientais vivos<br />

A multiplicidade de factores ambientais antes citada<br />

incide asimesmo <strong>nas</strong> condicións <strong>do</strong> h<strong>á</strong>bitat da flora e<br />

fauna da eurorrexión, poiden<strong>do</strong> reunir no seu contorno<br />

as masas forestais atl<strong>á</strong>nticas (piñeiro, carballo), coas<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

23


24<br />

xunqueiras <strong>do</strong> río Miño, e a vexetación de alta montaña,<br />

dan<strong>do</strong> lugar así a unha abon<strong>do</strong>sa variedade de especies<br />

vexetais e animais, que permiten tanto unha simple<br />

<strong>actividade</strong> de contemplación, esto é, un producto turístico<br />

natural sen ape<strong>nas</strong> elaboración, como a realización<br />

<strong>do</strong>utras pr<strong>á</strong>cticas de turismo activo, presentadas xa como<br />

productos específicos que implican a xeración de emprego<br />

propio (a caza, por exemplo), como tamén a coexistencia<br />

<strong>do</strong> turismo coas <strong>actividade</strong>s económicas agrícolas ou<br />

pesqueiras, que poden así incrementar o seu valor de<br />

merca<strong>do</strong> e recuperar o prestixio social e mesmo as<br />

oportunidades de crear emprego.<br />

Este conxunto de recursos que foron comenta<strong>do</strong>s na<br />

terceira parte deste traballo, presenta unha especial<br />

relevancia no contexto mundial e <strong>nas</strong> tendencias actuais<br />

da demanda <strong>turística</strong>, por canto premiten a elaboración<br />

de productos orienta<strong>do</strong>s ao segmento ecolóxico-naturista,<br />

de signo crecente desde as duas últimas décadas e<br />

considera<strong>do</strong> como o de maior futuro a longo prazo<br />

(Muñoz, 1997).<br />

Factores antrópicos monumentais<br />

A distribución <strong>do</strong>s recursos materiais que derivan<br />

da evolución da vida humana ao través <strong>do</strong> tempo é en<br />

xeral m<strong>á</strong>is extensa e menos concentrada que os ambientais<br />

antes cita<strong>do</strong>s. De feito, podemos toparnos con restos<br />

arqueolóxicos e monumentais por to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, expresión<br />

da capacidade <strong>do</strong>s seres humanos para extenderse e<br />

vivir en calquera lugar, case con independencia <strong>do</strong>s seus<br />

condicionantes clim<strong>á</strong>ticos.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


O seu interese como recursos turísticos depende<br />

moito m<strong>á</strong>is da <strong>actividade</strong> actual que da época en que<br />

tiveron vida, por canto a sua conservación e adecuación a<br />

aquel uso est<strong>á</strong> en función das decisións que se toman<br />

agora mesmo, principalmente a cargo das autoridades e<br />

institucións por trat<strong>á</strong>rense na maioría <strong>do</strong>s casos de bens<br />

de <strong>do</strong>minio público.<br />

Na eurorrexión consérvase un importante patrimonio<br />

histórico, ben na forma de restos arqueolóxicos<br />

distribui<strong>do</strong>s irregularmente por to<strong>do</strong> o territorio desde<br />

Bares a Carvalhelhos, ben na forma de monumentos de<br />

car<strong>á</strong>cter militar eclesi<strong>á</strong>stico e civil, que mostran por unha<br />

parte a historia propia de cada <strong>á</strong>rea, e pola singularidade<br />

da mesma, as cambiantes relacións fronteirizas entre<br />

España e Portugal ao través <strong>do</strong> tempo.<br />

O renacer <strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> “turismo cultural” dentro<br />

das tendencias actuais en to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> -despois de ser<br />

un <strong>do</strong>s m<strong>á</strong>is importantes a principios de século dentro<br />

das reducidas dimensións <strong>do</strong> turismo naquela época-,<br />

confire un novo papel a estes recursos que nalgúns casos<br />

movilizan fluxos moi considerables de visitantes ao longo<br />

<strong>do</strong> ano, mesmo comparables aos destinos de sol e praia, e<br />

<strong>do</strong> que os xa cita<strong>do</strong>s destinos das <strong>cidades</strong> de Santiago e<br />

Porto constitúen un claro exemplo.<br />

En relación ao exposto, o paso <strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> “Camiño<br />

Portugués”, dentro das diferentes vías para chegar<br />

a Santiago, incrementa o seu atractivo, agregan<strong>do</strong> aos<br />

dem<strong>á</strong>is factores de localización as motivacións culturais e<br />

relixiosas para configurar as características da eurorrexión<br />

como destino turístico.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

25


26<br />

Factores antrópicos etnogr<strong>á</strong>ficos<br />

De mo<strong>do</strong> algo diferente ao cita<strong>do</strong> para os recursos<br />

arqueolóxicos e monumentais, a persoalidade das<br />

sociedades huma<strong>nas</strong> ao través <strong>do</strong> tempo aparece m<strong>á</strong>is<br />

influida polo resto <strong>do</strong>s factores ambientais, que condicionaron<br />

tanto as formas de vida e de traballo propias de<br />

cada territorio, como as actitudes vitais e culturais das<br />

sociedades huma<strong>nas</strong> alí asentadas, quedan<strong>do</strong> expresadas<br />

na forma de tradicións, oficios e aparellos de traballo, e<br />

igualmente nos tipos de asentamentos, vivendas e obras<br />

complementarias.<br />

A eurorrexión é un claro exemplo desta expresión<br />

diferenciada, contan<strong>do</strong> cun patrimonio etnogr<strong>á</strong>fico<br />

singular e de excepcional riqueza, manifesta<strong>do</strong> nun<br />

idioma orixinario común con evolucións diferentes a<br />

unha banda e outra <strong>do</strong> río Miño, nos ditos e refr<strong>á</strong>ns<br />

populares, nos eventos festivos e na etnografía que<br />

gardan relación coa explotación <strong>do</strong>s recursos gandeiros,<br />

agrícolas e pesqueiros igualmente con formas comúns e<br />

diferenciadas.<br />

Este acervo cultural constitúe e complementa o<br />

atractivo para a demanda de turismo cultural que como<br />

dixemos antes, presenta maior relevancia dentro das<br />

tendencias actuais e de medio prazo, modelan<strong>do</strong> a base<br />

dunha extensa diversidade de productos turísticos<br />

individualiza<strong>do</strong>s ou combina<strong>do</strong>s, e contribuin<strong>do</strong> a<br />

indentificar as características da eurorrexión como<br />

destino turístico específico dentro da península ibérica e<br />

en Europa.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


) b) b) A configuración e singularidade da da Eur Eurorrexión Eur<br />

rrexión como destino<br />

turístico turístico<br />

turístico<br />

Ten<strong>do</strong> en conta a nosa definición <strong>do</strong> turismo como<br />

unha pr<strong>á</strong>ctica social colectiva que polos seus especiais<br />

mecanismos de relación afecta a un territorio e m<strong>á</strong>is a<br />

duas comunidades sociais, un destino turístico pode ser<br />

defini<strong>do</strong> como un territorio de características singulares,<br />

onde existen recursos xenéricos transforma<strong>do</strong>s en activos<br />

específicos pola <strong>actividade</strong> empresarial (e tamén institucional),<br />

para dar lugar a unha combinación de productos<br />

destina<strong>do</strong>s ao merca<strong>do</strong> turístico co obxectivo de satisfacer<br />

a demanda neste sector e m<strong>á</strong>is para motivar o<br />

desprazamento <strong>do</strong>s demandantes.<br />

En consecuencia, os tres elementos b<strong>á</strong>sicos dun<br />

destino turístico poden establecerse en términos sintéticos<br />

como: un lugar, onde acuden os demandantes e onde<br />

se produce o consumo, uns productos que constitúen os<br />

fundamentos da oferta e os factores de atracción para os<br />

turistas, e finalmente, a combinación que resulta da<br />

elaboración deses productos cos seus componentes de<br />

calidade e organización <strong>do</strong> conxunto.<br />

Compre pois, destacar conceptualmente a característica<br />

integra<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> destino turístico, que nós aplicaremos<br />

ao noso caso de estudio e que desbota pola nosa<br />

parte calquera outra visión parcial ou compartimentada,<br />

atenden<strong>do</strong> <strong>á</strong>s tendencias actuais <strong>do</strong> consumo turístico, o<br />

cal semella asignar unha relevancia maior aos conxuntos<br />

e moito menos a cada factor ou producto individual.<br />

O importante dun destino turístico así enfoca<strong>do</strong> é a<br />

sua capacidade para diferenciarse <strong>do</strong>s dem<strong>á</strong>is, presen-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

27


28<br />

tan<strong>do</strong> unha imaxe singularizada, ben identificable polos<br />

demandantes, e que conforma a visión previa <strong>do</strong>s turistas<br />

e a motivación fundamental para a realización dun<br />

desprazamento.<br />

Galicia e o Norte de Portugal tiveron unha historia<br />

común ata o s. XIII e quedaron definitivamente separa<strong>do</strong>s<br />

por unha administración política diferenciada desde o s.<br />

XVI, o que non impedíu que continuasen as relacións<br />

sociais e comerciais entre os <strong>do</strong>us pobos en senti<strong>do</strong><br />

positivo, en en negativo, os conflictos bélicos fronteirizos,<br />

<strong>do</strong> que dan conta as fortalezas e espacios abaluarta<strong>do</strong>s<br />

<strong>nas</strong> duas marxes <strong>do</strong> río Miño.<br />

Por outra parte, a definición da eurorrexión como<br />

destino turístico xenuino resulta imprescindible para<br />

poder promover <strong>turística</strong>mente unha zona coma esta,<br />

non moi coñecida para o turismo europeo, e mesmo<br />

tamén en gran medida para o turismo interior procedente<br />

da península. A sua situación xeogr<strong>á</strong>fica, nunha posición<br />

periférica respecto aos principais centros e <strong>eixo</strong>s turísticos<br />

da península, constitúe ao mesmo tempo un atranco<br />

e un atractivo. Cada vez menos o primeiro, por canto<br />

finalmente foron rematadas as autovías que unen Galicia<br />

co interior de España e a autoestrada desde Lisboa a<br />

Valença <strong>do</strong> Minho, pero o segun<strong>do</strong> sigue permanente pola<br />

sua integración no mun<strong>do</strong> celta e atl<strong>á</strong>ntico, culturas de<br />

interese actual en Europa.<br />

Desta forma, a mec<strong>á</strong>nica e funcionalidade da organización<br />

territorial <strong>do</strong> turismo pode mostrar aquí moi<br />

diversas características en relación ao seu contexto<br />

empresarial e institucional, que condicionar<strong>á</strong>n tanto o<br />

aproveitamento <strong>do</strong> territorio para a localización das<br />

instalacións, como as condicións de accesibilidade,<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


influin<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> significativo nos productos e <strong>nas</strong><br />

formas <strong>do</strong> consumo turístico.<br />

Nese senti<strong>do</strong>, unha diferencia m<strong>á</strong>is filosófica que<br />

analítica, pero en calquera caso, arrequece<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> debate<br />

sobre as modalidades da inserción territorial <strong>do</strong> turismo,<br />

é a que propón Krippen<strong>do</strong>rf (1982), entre <strong>do</strong>us polos<br />

conceptuais para os aplicar ao desenvolvemento turístico:<br />

os que denomina turismo duro e turismo blan<strong>do</strong>,<br />

esquematiza<strong>do</strong>s na figura<br />

DIFERENCIAS DIFERENCIAS ENTRE ENTRE TURISMO TURISMO<br />

TURISMO<br />

BLANDO BLANDO E E E DDURO<br />

D RO<br />

Turismo Turismo duro duro<br />

Turismo Turismo blan<strong>do</strong><br />

blan<strong>do</strong><br />

Irreflexivo Reflexivo<br />

Ofensivo Defensivo<br />

Agresivo Prudente<br />

Incontrola<strong>do</strong> Controla<strong>do</strong><br />

Non regulamenta<strong>do</strong> Regulamenta<strong>do</strong><br />

Excesivo Lento/sensato<br />

Turismo duro Optimiza<strong>do</strong>r<br />

Irreflexivo Modera<strong>do</strong><br />

Corto prazo Longo prazo<br />

Interese particular Autodetermina<strong>do</strong><br />

Preocupa<strong>do</strong> polos precios Preocupa<strong>do</strong> polos valores<br />

Fonte: F. Vera. 1997, a partir de Krippen<strong>do</strong>rf,1982.<br />

Un paradigma de turismo duro é a oferta de sol e<br />

praia desde os anos 60 e 70 e ainda hoxe no sur de<br />

España e no Algarve, mentras que un exemplo de turismo<br />

blan<strong>do</strong> pode ser o conxunto de turismo rural da Rexión<br />

Norte promociona<strong>do</strong> como “Solares de Portugal”.<br />

Polo de agora debemos considerar a oferta da eurorrexión<br />

m<strong>á</strong>is próxima ao concepto de turismo blan<strong>do</strong>, por<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

29


30<br />

canto leva aparellada unha clara componente de ruralismo,<br />

de uso non intensivo <strong>do</strong> territorio e m<strong>á</strong>is unha toma<br />

de decisións públicas no <strong>á</strong>mbito local e potencialmente<br />

m<strong>á</strong>is participativa, o que incide nun impacto ambiental<br />

escaso e un certo control social sobre a configuración<br />

definitiva deste territorio como destino turístico singular,<br />

ainda que no momento actual esto se leve a cabo de<br />

forma desarticulada e pouco coordinada.<br />

Aproveitan<strong>do</strong> as dicotomías expostas por Krippen<strong>do</strong>rf,<br />

abordaremos agora a an<strong>á</strong>lise <strong>do</strong> noso caso de<br />

estudio como destino turístico desde o debate merca<strong>do</strong>/planificación<br />

(Vera, 1997).<br />

Merca<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> ou ou planificación<br />

planificación<br />

De acor<strong>do</strong> coa actual e <strong>do</strong>minante visión liberal e<br />

neocl<strong>á</strong>sica da economía, debe ser o merca<strong>do</strong> o principal<br />

impulsor da din<strong>á</strong>mica de investimentos en cada unha das<br />

<strong>actividade</strong>s económicas, qued<strong>á</strong>n<strong>do</strong>lle <strong>á</strong> administración o<br />

papel de reaxustar os posibles desequilibrios que puidesen<br />

resultar da asignación de factores pola acción <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong>.<br />

O crecemento <strong>do</strong> sector turístico non queda fora<br />

desta filosofía de actuación, pero desde a perspectiva<br />

actual podemos ver como a articulación territorial <strong>do</strong><br />

turismo resulta radicalmente diferente, dependen<strong>do</strong> das<br />

estratexias de intervención <strong>do</strong>s poderes públicos e en<br />

consecuencia <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s axentes económicos.<br />

Con to<strong>do</strong>, e ten<strong>do</strong> en conta que aquel crecemento é<br />

un proceso de varias fases ata chegar <strong>á</strong> sua maduración,<br />

a relevancia da intervención pública debe considerarse<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


fundamental <strong>nas</strong> <strong>á</strong>reas <strong>turística</strong>s novas como é o caso da<br />

eurorrexión.<br />

A escala rexional e local e nos casos <strong>do</strong>s destinos<br />

turísticos novos, as achegas de diñeiro público son ainda<br />

o factor de dinamización principal, e os resulta<strong>do</strong>s<br />

posteriores aparecen condiciona<strong>do</strong>s pola existencia ou<br />

non dunha estratexia clara naquela intervención, e m<strong>á</strong>is<br />

pola definición duns obxectivos igualmente transparentes<br />

para cada fase <strong>do</strong> seu crecemento e conformación<br />

definitiva. As experiencias <strong>do</strong> deterioro ambiental pola<br />

actuación pura e dura <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> nos antes cita<strong>do</strong>s<br />

destinos de sol e praia, son unha proba <strong>do</strong>s efectos <strong>do</strong><br />

apoio público sen estratexia.<br />

A pesar da importancia cada vez maior das <strong>cidades</strong><br />

como elementos configura<strong>do</strong>res da oferta <strong>turística</strong> da<br />

eurorrexión, non semella manifesta nengunha estratexia<br />

definida para deseñar o desenvolvemento dun destino<br />

turísticos conxunto, e en consecuencia, propoñemos<br />

notoriamente a necesidade dunha elemental planificación<br />

<strong>do</strong> crecemento <strong>do</strong> sector turístico na eurorrexión desde as<br />

propostas <strong>do</strong> Eixo Atl<strong>á</strong>ntico, que atenda <strong>á</strong> ordeación <strong>do</strong><br />

territorio arre<strong>do</strong>r das <strong>á</strong>reas onde poden concentrarse as<br />

ofertas de productos turísticos, e sobre to<strong>do</strong>, para tutelar<br />

e asegurar un uso socialmente racional <strong>do</strong>s recursos<br />

ambientais e históricos que en nengún momento poña en<br />

perigo a sua conservación, to<strong>do</strong> elo sen mingua loxicamente<br />

da libre actuación <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e da iniciativa<br />

privada na elaboración daqueles productos e combinacións<br />

de ofertas <strong>turística</strong>s.<br />

A pertinencia dunha intervención pública no planeamento<br />

turístico dirixida a actualizar os recursos de<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

31


32<br />

capital humano e a achegar unha perspectiva integral de<br />

conxunto da que carecen en xeral as iniciativas privadas,<br />

orientadas polo simple criterio <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, resulta obvia<br />

pola simple necesidade dun plan de conxunto que<br />

maximice socialmente o proveito da utilización <strong>do</strong>s<br />

recursos <strong>do</strong>s que dispón potencialmente este territorio.<br />

Estas vantaxes resultan estratéxicas no momento<br />

actual de auxe <strong>do</strong> “turismo cultural”, pero ao mesmo<br />

tempo son particularmente vulnerables ante algúns <strong>do</strong>s<br />

déficits <strong>do</strong>s que a<strong>do</strong>ece a zona, a saber, unha Administración<br />

Local infra<strong>do</strong>tada en recursos técnicos e financeiros<br />

para poder orientar as políticas de planeamento<br />

turístico local, e unha baixa capacitación <strong>do</strong>s seus<br />

recursos humanos que os habilite para poder participar e<br />

intervir eficazmente como actores competentes ante os<br />

retos externos das megatendencias <strong>do</strong> turismo, como<br />

resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s profun<strong>do</strong>s cambios que est<strong>á</strong> a experimentar<br />

a sociedade no seu conxunto.<br />

As limitacións, tanto da sensibilidade social da poboación<br />

sobre as potencialidades <strong>do</strong> turismo cultural<br />

local para poder ser aproveita<strong>do</strong> coma un recurso<br />

privilexia<strong>do</strong> na promoción <strong>do</strong> desenvolvemento, como as<br />

carencias de formación <strong>do</strong> capital humano neste sector,<br />

est<strong>á</strong>n a limitar o papel das <strong>actividade</strong>s relacionadas co<br />

turismo para crear emprego e favorecer o desenvolvemento<br />

endóxeno da eurorrexión.<br />

Desde este enfoque, o papel das Administracións no<br />

planeamento turístico debería partir dunha triple<br />

esixencia: promover a preservación, integración e o<br />

aproveitamento <strong>do</strong>s recursos, potenciar a sensibilidade<br />

da poboación respecto <strong>do</strong> turismo natural e cultural, así<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


como a cualificación <strong>do</strong>s traballa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> sector con esa<br />

mesma filosofía, e finalmente, promocionar cara o<br />

exterior unha imaxe <strong>turística</strong> da eurorrexión que sexa<br />

fidel co seu car<strong>á</strong>cter xenuino e a sua forte persoalidade.<br />

Abondan<strong>do</strong> nesta última consideración, no momento<br />

actual estamos a enfrontar <strong>do</strong>us desafíos simult<strong>á</strong>neos<br />

de cara a acadar un artellamento m<strong>á</strong>is optimiza<strong>do</strong> da súa<br />

conformación coma <strong>á</strong>rea <strong>turística</strong> e cultural específica.<br />

Por unha banda require tanto dun desenvolvemento<br />

integra<strong>do</strong> das súas potencialidades inter<strong>nas</strong>, coma dun<br />

labor de promoción de imaxe que lle permita constituirse<br />

externamente nun destino turístico conxunto, ben<br />

coñeci<strong>do</strong> e relevante no contexto europeo.<br />

Pola outra banda, as potencialidades inter<strong>nas</strong> deben<br />

ser entendidas xa na <strong>do</strong>ble dimensión que contemple,<br />

tanto unha necesaria conformación interna da eurorrexión<br />

para posibilitar a integración <strong>do</strong>s seus recursos,<br />

como a potenciación das súas complementariedades ao<br />

través da promoción transfronteiriza chamada a conseguir<br />

un maior impulso na medida en que a progresiva<br />

mellora <strong>nas</strong> vías de comunicación e a desaparición<br />

efectiva das fronteiras e a futura implantación da moeda<br />

común, van provocar un incremento <strong>do</strong>s contactos de<br />

to<strong>do</strong> tipo e unha redefinición socioterritorial <strong>do</strong>s ata<br />

agora <strong>do</strong>us pobos.<br />

Esta conciencia comeza a ser percibida igualmente<br />

polos líderes sociais e políticos, e unha mostra recente no<br />

<strong>á</strong>mbito da eurorrexión é a constitución <strong>do</strong> Eixo Atl<strong>á</strong>ntico,<br />

auténtico motor da interrelación local e promotor de<br />

iniciativas comúns, e no <strong>á</strong>mbito da relación m<strong>á</strong>is directa<br />

<strong>nas</strong> marxes <strong>do</strong> Miño, outro exemplo é a candidatura<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

33


34<br />

conxunta de Tui–Valença <strong>do</strong> Minho para promover<br />

integradamente as súas respectivas <strong>á</strong>reas monumentais<br />

como Patrimonio da Humanidade, ou a candidatura de<br />

Tomiño e Vilanova de Cerveira en torno a varios proxectos<br />

de equipamento social, entre as que se inclúe o<br />

Aquamuseo <strong>do</strong> Río Miño, presentada a raiz da experiencia<br />

actual da promoción mútua da ponte entre os <strong>do</strong>us<br />

concellos, xunto con outras iniciativas tales coma a de<br />

continuar a ruta <strong>do</strong> viño Rías Baixas coa <strong>do</strong> Albariño<br />

Portugués, a colaboración na protección das <strong>á</strong>reas<br />

naturais ou proxectos coma o da potenciación da ruta<br />

portuguesa <strong>do</strong> Camiño de Santiago, son unha boa mostra<br />

<strong>do</strong> proceso que xa neste momento se evidencia coma<br />

fructífero e irreversible.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


3.<br />

3.<br />

3. O sector turístico na Eurorrexión<br />

Unha vez analiza<strong>do</strong>s algúns aspectos conceptuais<br />

que afectan <strong>á</strong> <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong>, así como a sua<br />

aplicación directa ao desenvolvemento <strong>do</strong> sector na<br />

eurorrexión, comentaremos agora as características <strong>do</strong><br />

seu merca<strong>do</strong> desde un <strong>do</strong>ble enfoque centra<strong>do</strong> na<br />

influencia das actuais tendencias globaliza<strong>do</strong>ras no<br />

mun<strong>do</strong> e m<strong>á</strong>is na propia oferta concreta deste territorio.<br />

a) a) Co Contexto Co<br />

ntexto exterior exterior europeo europeo e e mu mundial mu dial dial<br />

Desde principios <strong>do</strong>s anos 80, o turismo é un claro<br />

sector en expansión, que levou aos seus productos a<br />

seren os bens m<strong>á</strong>is exporta<strong>do</strong>s nesa década, con valores<br />

próximos en 1992 ao 9% <strong>do</strong> total da exportación mundial,<br />

e mostran<strong>do</strong> un incremento medio anual <strong>do</strong> 13%,<br />

moi superior ao <strong>do</strong>s servicios comerciais (10%) e ao das<br />

manufacturas (7%) (Torres, 1996).<br />

Probablemente por razóns económicas, pero tamén<br />

pola m<strong>á</strong>is lenta adaptación <strong>á</strong>s novas tecnoloxías, o<br />

crecemento global <strong>do</strong> turismo en europa, tanto polo la<strong>do</strong><br />

da demanda, coma pola da oferta, é algo m<strong>á</strong>is paseniño<br />

que nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, sen embargo, a aparición de<br />

novos productos e destinos, e a recomposición <strong>do</strong>s m<strong>á</strong>is<br />

maduros, est<strong>á</strong> a dinamizar un merca<strong>do</strong> que ronda ya en<br />

Europa valores superiores aos 300 millóns de viaxes en<br />

1996.<br />

Comentaremos aquí sobre to<strong>do</strong> as megatendencias<br />

na demanda, da<strong>do</strong> que as novas tecnoloxías trasladan<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

35


36<br />

c<strong>á</strong>seque de segui<strong>do</strong> as suas orientacións aos productos<br />

en creación ou consolidación, e aos maduros as readaptacións<br />

ou reduccións precisas para continuaren no<br />

merca<strong>do</strong>.<br />

Tendencias demogr<strong>á</strong>ficas<br />

O envellecemento da poboación en to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> occidental<br />

est<strong>á</strong> a modificar sensiblemente a segmentación<br />

da demanda total, coa aparición dun colectivo de edade,<br />

cun certo nivel de ingresos e con motivacións moi<br />

diferenciadas <strong>á</strong> hora de elexir destinos, que adem<strong>á</strong>s non<br />

se desparaza condiciona<strong>do</strong> por nengunha restricción<br />

estacional. Esto provoca xa a corto prazo a reestructuración<br />

de certos productos turísticos na sua forma, pero<br />

tamén co trazo positivo da desestacionalidade.<br />

Outro cambio claramente observable é a maior presencia<br />

nos destinos de parellas sen fillos e de mulleres<br />

independentes, o que leva aparella<strong>do</strong> un notable factor de<br />

esixencia de calidade e unha maior demanda de combinacións<br />

imaxinativas nos productos turísticos, ainda que<br />

coa contrapartida dunha maís elevada capacidade gasto<br />

en xeral.<br />

Tendencias culturais<br />

Presentan unha tipoloxía moito m<strong>á</strong>is extensa que<br />

<strong>nas</strong> décadas anteriores, sobre to<strong>do</strong> a causa das facilidades<br />

de acceso <strong>á</strong> información e <strong>á</strong>s telecomunicacións, que<br />

permiten coñecer previamente tódalas características <strong>do</strong>s<br />

destinos, esixin<strong>do</strong> unha orientación detallada <strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


productos turísticos oferta<strong>do</strong>s, así como da sua calidade<br />

intrínseca e m<strong>á</strong>is das condicións ambientais <strong>do</strong> entorno.<br />

Os turistas son m<strong>á</strong>is "maduros" como consumi<strong>do</strong>res,<br />

e a causa deste cambio, que incide especialmente na<br />

elección <strong>do</strong> destino, as viaxes son m<strong>á</strong>is persoais desde a<br />

perspectiva da organización, por canto os turistas queren<br />

participar no deseño completo <strong>do</strong> seu tempo de ocio,<br />

tanto no que se refire <strong>á</strong>s formas e alternativas <strong>do</strong> desprazamento,<br />

coma aos productos que lles interesan en cada<br />

destino.<br />

Afectan<strong>do</strong> directamente <strong>á</strong>s motivacións tamén poden<br />

observarse cambios significativos <strong>nas</strong> tendencias<br />

actuais, que implican demandas cada vez m<strong>á</strong>is diversificadas,<br />

onde un só factor ou recurso non constitúe razón<br />

abon<strong>do</strong> para decidir un destino e motivar un desprazamento,<br />

polo que o consumo de combinacións de productos<br />

condiciona a aparición de ofertas moi dimensionadas,<br />

o que obriga a estimacións e axustes moi precisos dentro<br />

da propia organización empresarial dentro <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

turístico.<br />

En consecuencia cos puntos anteriores o turista<br />

maduro actual é menos contemplativo e m<strong>á</strong>is activo,<br />

demandan<strong>do</strong> <strong>actividade</strong>s complementarias nos destinos<br />

que impliquen a sua participación directa, ben integradas<br />

nos productos principais, ou ben aparte como productos<br />

específicos, pero sempre combina<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> mesmo<br />

destino. Eso significa igualmente unha maior sensibilización<br />

cara o entorno ambiental, como un valor agrega<strong>do</strong><br />

aos conti<strong>do</strong>s turísticos propios <strong>do</strong> destino, supoñen<strong>do</strong><br />

unha motivación principal ou secundaria pero neste caso<br />

non menos relevante para a elección <strong>do</strong> destino.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

37


38<br />

Tendencias económicas<br />

A demanda de servicios en xeral e m<strong>á</strong>is concretamente<br />

no caso <strong>do</strong> turismo vai estreitamente unida <strong>á</strong><br />

elevación das rendas das economías familiares, cunha<br />

alta elasticidade que se pu<strong>do</strong> observar empiricamente <strong>nas</strong><br />

crises de media<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s 70 e principios <strong>do</strong>s 90, por canto<br />

as familias consumen m<strong>á</strong>is ocio canto mellor cubertas<br />

teñan o resto das suas necesidades vitais e culturais.<br />

En calquera caso, semella que este condicionante<br />

presenta nos últimos anos unha tendencia menos<br />

directa, polo impacto <strong>do</strong>s medios de comunicación e polo<br />

efecto da cultura de consumo de ocio. A demanda de<br />

servicios turísticos sigue unha curva paralela <strong>á</strong> evolución<br />

da renda disponible das familias, pero ao tempo as<br />

mesmas ofertas de productos tenden a promocionarse<br />

unidas a facilidades de financiamento, o que est<strong>á</strong><br />

posicionan<strong>do</strong> a futura evolución <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> turístico<br />

xunto coas alteracións ou estabilidade <strong>do</strong> precio <strong>do</strong><br />

diñeiro, o que dentro de Europa ten adem<strong>á</strong>is o factor<br />

agrega<strong>do</strong> da consolidación da unión monetaria e das<br />

suas consecuencias na evolución <strong>do</strong> tipo de cambio <strong>do</strong><br />

euro con respecto ao dólar (Torres, 96) (Swarbrooke e<br />

Horner, 1999).<br />

En conxunto e como resume podemos afirmar que<br />

os demandantes de servicios turísticos <strong>do</strong>s anos vindeiros<br />

ser<strong>á</strong>n moi diferentes aos que integraban os principais<br />

segmentos nos anos 60 e 70, obrigan<strong>do</strong> a cambios<br />

importantes na oferta de productos e modifican<strong>do</strong> en<br />

consecuencia as características deste merca<strong>do</strong>, con maior<br />

esixencia de información, de calidade e de diversidade,<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


pero tamén con maior din<strong>á</strong>mica e probablemente menor<br />

estacionalidade.<br />

b) b) A oferta <strong>turística</strong> en Galicia Galicia<br />

A partires de media<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XX, xunto có desenvolvemento<br />

turístico español, relaciona<strong>do</strong> có caracter<br />

masivo que empezaron a alcanzar os desprazamentos<br />

vacacionais pola participación crecente das clases<br />

populares, motiva<strong>do</strong> ,entre outros factores, polo incremento<br />

<strong>do</strong> nivel de vida, xeneralización <strong>do</strong>s permisos de<br />

traballo, a difusión de automóvil e os transportes en<br />

xeral. Galicia, e en concreto as <strong>á</strong>reas costeiras, comenzan<br />

a converterse en núcleos turísticos. Iste é o caso das Rias<br />

Baixas, onde empezan a xurdir algúns núcleos nos que a<br />

función <strong>turística</strong> acabar<strong>á</strong> alcanzan<strong>do</strong> grande importancia<br />

como o caso de Sanxenxo e Baiona.<br />

Nas décadas centrais <strong>do</strong> século XX comenza a revitalizarse<br />

o Camiño se Santiago, coa correspondente<br />

propaganda <strong>turística</strong>, e as peregrinacións <strong>á</strong> tumba <strong>do</strong><br />

apóstolo da catedral compostelana, crecen<strong>do</strong> o número<br />

de pelegríns chega<strong>do</strong>s nos anos santos: de 500.000 que<br />

se estimaron no ano 1954, pasouse ós 2.500.000 no<br />

1965, e os 7 millóns <strong>do</strong> 93 ou os case 10 <strong>do</strong> 1999.<br />

A medida que foi avanzan<strong>do</strong> a segunda metade <strong>do</strong><br />

século continuou o desenvolvemento turístico en Galicia,<br />

sobre to<strong>do</strong> nos anos oitenta, aínda que en termos<br />

modestos. Nestas datas é can<strong>do</strong> comenzan aproducirrse<br />

os cambios na demanda <strong>turística</strong>, na promoción e<br />

politicas da administración e sobre to<strong>do</strong> da idea <strong>do</strong><br />

fenómeno turístico como algo marxinal.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

39


40<br />

Galicia ofrece unha grande variedade de recursos<br />

susceptibles de ser explota<strong>do</strong>s de cara a <strong>actividade</strong><br />

<strong>turística</strong>, tal e como analizamos no aparta<strong>do</strong> anterior.<br />

Estos recursos abarcan pr<strong>á</strong>cticamente todas as modalidades<br />

de turismo: litoral, rural, de naturaleza, cultural...,<br />

se ben non có mesmo gra<strong>do</strong> de importancia. Adem<strong>á</strong>is hai<br />

que ter presente a proximidade có merca<strong>do</strong> emisor que<br />

supón o continente europeo, que motiva e contribue <strong>á</strong><br />

explotación destes recursos.<br />

Agora ben, para o desenvolvemento da <strong>actividade</strong><br />

non só é necesaria a existencia de recursos potenciais,<br />

senón tamén unha serie de infraestructuras e condicionamnetos<br />

que covirtan eses recursos potenciales en<br />

productos para os turistas que os poder<strong>á</strong>n disfrutar.<br />

Das modalidades de turismo, unha opción moi interesante,<br />

dende o punto de vista <strong>do</strong> desenvolvemento<br />

endóxeno é o turismo cultural. Est<strong>á</strong> presente case<br />

sempre na oferta que se fai a calquer visitante, incluso a<br />

aqueles para os que a motivación principal é o descanso<br />

ou evasión, xa que, un alto porcentaxe de persoas realiza<br />

<strong>actividade</strong>s culturais durante o perio<strong>do</strong> vacacional, aínda<br />

que non o manifesten <strong>nas</strong> suas motivacións. Adem<strong>á</strong>is<br />

obsérvase unha tendencia crecente cara o desprazamento<br />

por motivos culturais, sen<strong>do</strong> esta a causa da viaxe. A esta<br />

moda contribuen a mellora <strong>do</strong> nivel educativo, o aumento<br />

<strong>do</strong> nivel económico e <strong>do</strong> tempo de ocio ó que facilita m<strong>á</strong>is<br />

desprazamentos ó longo <strong>do</strong> ano. (Hern<strong>á</strong>ndez Borge, 1995,<br />

p.773).<br />

Galicia dispón dun amplo patrimonio cultural <strong>do</strong><br />

que forman parte os conxuntos históricos das <strong>cidades</strong> <strong>do</strong><br />

Eixo Atl<strong>á</strong>ntico, así como outro tipo de bens de interese<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


espalla<strong>do</strong>s polo territorio. Entre eles destaca a capital<br />

administrativa, Santiago de Compostela, cun casco<br />

histórico declara<strong>do</strong> pola UNESCO en 1985 patrimonio da<br />

humanidade e que adem<strong>á</strong>is é un <strong>do</strong>s lugares santos m<strong>á</strong>is<br />

importantes da cristiandade.<br />

Debi<strong>do</strong> <strong>á</strong>s numerosas peregrinacións que acuden a<br />

visitar a tumba <strong>do</strong> apóstolo dende a idade media fan que<br />

o camino francés- o m<strong>á</strong>is coñeci<strong>do</strong>, pero non o único-<br />

fora declara<strong>do</strong> primer itinerario cultural europeo polo<br />

Consello de Europa e Patrimonio da Humanidade en<br />

1993 pola UNESCO. Por eso unha posible estratexia de<br />

desenvolvemento <strong>do</strong> turismo <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atl<strong>á</strong>ntico<br />

ser<strong>á</strong> facer unha oferta conxunta e relacionada co<br />

centro de atracción que supón Santiago, uni<strong>do</strong> ao estudio<br />

<strong>do</strong> coste-distancia de desprazamento entre <strong>cidades</strong> e o<br />

centro de atracción.<br />

A oferta <strong>turística</strong> en Galicia analizarémola a través<br />

<strong>do</strong>s establecementos hoteleiros de distintas categorías,<br />

camping e o turismo rural. Tamén consideraremos os<br />

establecementos correspondiente ó sector da restauración<br />

e outros establecementos de hostelería. A demanda<br />

que presenta el sector la analizaremola polo número de<br />

viaxeiros e os días de estancia. Esta an<strong>á</strong>lisise, aínda que<br />

non é a mellor <strong>aproximación</strong> para definir a demanda <strong>do</strong><br />

sector, veñe condicionada polos da<strong>do</strong>s facilita<strong>do</strong>s pola<br />

Secretaría Xeral de Turismo.<br />

Nos últimos tempos asistimos a un incremento <strong>do</strong><br />

turismo nacional, motiva<strong>do</strong> en boa medida polos bos<br />

resulta<strong>do</strong>s económicos nacionais, porcentaxe que na<br />

comunidade galega representa casi o 90% <strong>do</strong> turismo<br />

total. A vertente extranxeira <strong>do</strong> turismo, incrementouse<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

41


42<br />

en España representan<strong>do</strong> no 1997 un 60% <strong>do</strong> total<br />

sen<strong>do</strong> en 1990 o 40%. No caso galego pasou <strong>do</strong> 9% ó<br />

12%.<br />

Para o estu<strong>do</strong> das pernoctacións tomamos como referencia<br />

as comunidades próximas- Asturias, Cantabria<br />

e o Pais Vasco- para comparar os da<strong>do</strong>s de pernoctacións<br />

e estancias. Así, respecto das pernoctacións, o número<br />

das rexistradas en Galicia incrementouse en 600 mil<br />

dende 1996 a 1998, cun aumento <strong>do</strong> 8% anual superior ó<br />

español( Guis<strong>á</strong>n Seijas, 1999).<br />

O ano 1998 señ<strong>á</strong>lase como o m<strong>á</strong>is importante <strong>do</strong>s<br />

últimos 20 anos <strong>nas</strong> comunidades <strong>do</strong> norte, destacan<strong>do</strong><br />

Asturias cos maires aumentos -aumenta en 500 mil pern<br />

no Pais Vasco, 600 mil en Cantabria e case 700 mil en<br />

Asturias-, e en resume podemos decir que a evolución<br />

das pernoctacións en Galicia segue unha tendencia<br />

estable dende 1995, con importantes aumentos to<strong>do</strong>los<br />

anos.<br />

Se pasamos a analizar a estancia media, observamos<br />

que a media <strong>do</strong> turista nacional é de 2 días, e ata o<br />

ano 1998 era lixeiramente superior <strong>á</strong> <strong>do</strong>s turistas<br />

extranxeiros. No ano 1998 hai un cambio na tendencia e<br />

aumenta a estancia media <strong>do</strong>s extranxeiros. Estos<br />

turistas permanecen entre 5 e 6 días, moi por riba <strong>do</strong>s<br />

nacionais, que non chegan <strong>á</strong> media de 3 días por establecemento.<br />

Esto suxire a importancia <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />

extranxeiros para un maior crecemento <strong>do</strong> turismo<br />

galego. Tamén podemos observar que a tendencia sufre<br />

un descenso a partires de 1996, motivada pola estancia<br />

media de ambos tipos de turismo. A maior estancia en<br />

España explícase por varios factores como a maior<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


duración <strong>do</strong> turismo de praia <strong>nas</strong> rexións <strong>do</strong> sur e a<br />

maior presencia <strong>do</strong> turismo extranxeiro. Esto é relevante<br />

porque ter<strong>á</strong> como consecuencia que o gra<strong>do</strong> de ocupación<br />

sexa menor nestas comunidades, sen<strong>do</strong> o 60% a media<br />

anual, e non alcanzan<strong>do</strong> o 40% <strong>nas</strong> comunidades <strong>do</strong><br />

norte (Guis<strong>á</strong>n, cit).<br />

Se analizamos a evolución mensual <strong>do</strong>s últimos tres<br />

anos, se observa unha concentración nos meses estivales.<br />

Aínda que no ano 1998 o crecemento nos meses de<br />

inverno foi maior cun aumento de 300 mil turistas. Este<br />

cambio significa unha <strong>aproximación</strong> ó que sucede en<br />

España, <strong>do</strong>nde hai unha distribución m<strong>á</strong>is uniforme ó<br />

longo <strong>do</strong> ano.<br />

O sector hoteleiro dispón de m<strong>á</strong>is de 42.000 prazas<br />

hoteleiras, adem<strong>á</strong>is dunhas 30.000 de camping, <strong>á</strong>s que<br />

hai que sumar a crecente oferta de turismo rural, que<br />

actualmente supera as 2.000 prazas.<br />

A oferta experimentou un crecemento na última década,<br />

pasan<strong>do</strong> <strong>do</strong> 3% nacional –1985- ó 4% en 1999. Se<br />

crearon m<strong>á</strong>is de 15.000 prazas en Galicia, polo que<br />

actualmente presenta una oferta superior a Asturias e<br />

Cantabria (non superan el 1,4%), que son as rexións que<br />

poden ser o destino alternativo.<br />

A distribución provincial das prazas céntrase en<br />

Pontevedra e A Coruña que posuen un 46% e un 31% da<br />

oferta total galega para o ano 98.Se a capacidade hoteleira<br />

de Galicia creceu, este crecemento non foi homoxéneo,<br />

xa que est<strong>á</strong> relaciona<strong>do</strong> coa categoría <strong>do</strong>s hoteis.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

43


44<br />

As prazas dispoñibles en hoteles de 4 e 5 estrelas<br />

ape<strong>nas</strong> variou. Os de categoría media-alta –3 estrelas-<br />

representan unha proporción constante nos últimos<br />

anos. Se comparamos su peso no total galego, observase<br />

un estancamento, algo que non ocurre <strong>nas</strong> comunidades<br />

veciñas <strong>do</strong>nde representa m<strong>á</strong>is dun 25% de capacidade –<br />

en Galicia ape<strong>nas</strong> chega ó 17%-. A oferta de prazas en<br />

hoteis e hostais de inferior categoría é moi importante. O<br />

número de hoteis de 1 e 2 estrelas experimentou un<br />

crecemento espectacular nos últimos anos –absorben<br />

m<strong>á</strong>is dun 30% da capacidade total-. Isto uni<strong>do</strong> o descenso<br />

das prazas ofertadas en hostais (os de maior tamaño<br />

30-35 habitacións), explica en parte a duplicación e<br />

sustitución <strong>do</strong>s hostais, que tamén seguen un proceso<br />

de descenso no resto de España.<br />

A provincia de A Coruña rep<strong>á</strong>rtese con Pontevedra<br />

os establecementos de 5 estrelas de Galicia, así como a<br />

maioría <strong>do</strong>s establecementos de 4 estrelas. O turismo de<br />

nivel alto centrase fundamentalmente nestas <strong>á</strong>reas, cun<br />

pequeno porcentaxe destos establecementos en Lugo e<br />

Ourense.<br />

Por provincias A Coruña presenta unha evolución<br />

positiva, cun crecemento menor que Pontevedra, que<br />

destaca por unha maior presencia hoteleira en todas as<br />

categorías. As provincias de Lugo e Ourense presentan<br />

unha oferta centrada en hoteis de categorías baixas e<br />

hostais principalmente.<br />

Se analizamos a evolución da oferta de camping, esta<br />

presenta unha evolución positiva nos últimos 10 anos. O<br />

número de campings triplicouse nestos anos, aumentan<strong>do</strong><br />

tanto su número como as prazas disponibles, situ<strong>á</strong>n-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


<strong>do</strong>nos en torno <strong>á</strong>s 30.000 prazas similar a Asturias e<br />

Cantabria. Isto é un indica<strong>do</strong>r da i mportancia <strong>do</strong>s<br />

deportes de aventura e o tipo de turismo de montaña e<br />

tempo libre que se realiza cada vez con maior intensidade.<br />

Por outra parte, a infraestructura galega a<strong>do</strong>ito sin<strong>á</strong>lase<br />

coma fortemente atomizada, coa presencia forte de<br />

pequenos establecementos familiares. Se aplicamos<br />

índices de importancia <strong>turística</strong>, Galicia aparece con<br />

valores baixos, así segúna tasa de función <strong>turística</strong> feita<br />

por Defert, que mide a relación porcentual entre o<br />

número de camas <strong>do</strong>ksponibles para os turistas e a<br />

poboación permanente (Callizo Soneiro, 1991,p.36-37) a<br />

media rexional é inferior a <strong>do</strong>us, cifra só superada por<br />

Pontevedra( 2.46) a nivel provincial. É en esta provincia<br />

onde se concentran a maior parte <strong>do</strong>s establedementos<br />

hoteleiros existentes e das prazas disponibles, quedan<strong>do</strong><br />

a parte oriental coas porcentaxes m<strong>á</strong>is modestas.<br />

Outro indica<strong>do</strong>r emprega<strong>do</strong> na an<strong>á</strong>lise ( Hern<strong>á</strong>ndez<br />

Borge, 2000, p.100-103) é calcular a tasa de función<br />

<strong>turística</strong> de Defert, suman<strong>do</strong> as camas <strong>do</strong>s establecementos<br />

hoteleiros e apartamentos, pero non as <strong>do</strong> turismo<br />

rural, obteñe valores moi débiles, sen<strong>do</strong> poucos-10- os<br />

que rebasan o umbral de 10 e que poderíamos considerar<br />

como “ semiespecializa<strong>do</strong>s”, seguin<strong>do</strong> a meto<strong>do</strong>loxía<br />

de Defert.<br />

Os valores de 1 a 10 califícanse como mínima función<br />

<strong>turística</strong> por Defert, pertencen<strong>do</strong> a esta categoria a<br />

metade <strong>do</strong>s municipios galegos, destacan<strong>do</strong> Santiago<br />

como o único <strong>do</strong>s grandes centros urbanos de importancia<br />

<strong>turística</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

45


46<br />

O que hoxe non presenta dúbidas é a importancia<br />

da <strong>actividade</strong> debi<strong>do</strong> ao efecto multiplica<strong>do</strong>r sobre outras<br />

ramas de <strong>actividade</strong>, xeneran<strong>do</strong> inversións de capitais<br />

tanto públicos como privadas, o que repercute nos niveis<br />

de renda e emprego, neste último caso tanto para atender<br />

a explotación <strong>do</strong> producto turístico como outras demandas<br />

de merca<strong>do</strong> -producción de alimentos, comercio,<br />

industria da construcción e obras públicas, centros de<br />

ocio-. Por esto algúns paises e rexións fixeron da <strong>actividade</strong><br />

<strong>turística</strong> o foco <strong>do</strong> seu desenvolvemento económico<br />

e tratan de potencialo e aproveitar os seus efectos<br />

multiplica<strong>do</strong>res.<br />

Para cuantificar o significa<strong>do</strong> económico é frecuente<br />

recurrir ao sector hoteleiro, xa que é o pilar b<strong>á</strong>sico <strong>do</strong><br />

sector,analizan<strong>do</strong> o valor engadi<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector hosteleiria e<br />

restauración, que no ano 98 representaba o 5.95% <strong>do</strong><br />

total, e <strong>do</strong> emprego, que representa o 5% <strong>do</strong> total. Tamén<br />

podemos analizar a importancia <strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r produción/emprego<br />

que xenera sobre un 6% <strong>do</strong> producto<br />

nacional.<br />

Outro indica<strong>do</strong>r frecuentemente emprega<strong>do</strong> é o número<br />

de pernoctacións en establecementos hoteleiros,<br />

dato que nos permite conocer os niveis de ocupación,<br />

pero tamén o lugar de procedencia <strong>do</strong>s viaxeiros e a<br />

distribucción ó longo <strong>do</strong> ano.<br />

Vantaxes Vantaxes competitivas competitivas <strong>do</strong> <strong>do</strong> turismo turismo gal galego gal<br />

go<br />

Unha vez presenta<strong>do</strong> o sector turístico en Galicia intentaremos<br />

identificar las ventaxas <strong>do</strong> territorio que<br />

existen para esta <strong>actividade</strong>. Unha parte moi importante<br />

é a existencia <strong>do</strong>s elementos que forman un sistema<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


turístico, xa que ser<strong>á</strong>n os que nos den a posibilidade de<br />

integración có resto de <strong>actividade</strong>s productivas. Istos<br />

elementos b<strong>á</strong>sicos dun sistema turístico est<strong>á</strong>n presentes<br />

en Galicia, aínda que nos de maneira homoxénea en<br />

tódalas provincias e <strong>cidades</strong>.<br />

As potencialidades <strong>do</strong> territorio destacanse en to<strong>do</strong>los<br />

traballos que se realizan sobre o mesmo. Incluso na<br />

vertente <strong>do</strong> turismo rural como forma de integralo no<br />

desenvolvemento integral das zo<strong>nas</strong> rurais que presentaban<br />

claras tendencias de despoboación e declive económico.<br />

Así se plantean formas de <strong>actividade</strong> que inducen<br />

o asentamento da poboación, se complementan as rendas<br />

agrarias, se crean servicios con grandes potencialidades<br />

de negocio (restauración, <strong>actividade</strong>s de ocio...)...<br />

Pero, aínda que as potencialidades existan non significa<br />

que a localización <strong>do</strong> sector se realice de xeito<br />

correcto. Por exemplo, se pensamos no turismo rural,<br />

existe unha dispersión das zo<strong>nas</strong> de actuación. Isto<br />

repercutir<strong>á</strong> <strong>á</strong> hora de establecer <strong>á</strong>s líñas de actuación<br />

prioritarias, xa que dentro <strong>do</strong> turismo rural existen<br />

distintas zo<strong>nas</strong> que deber<strong>á</strong>n ser analizadas de forma<br />

distinta.<br />

Para potenciar o desenvolvemento selectivo <strong>do</strong> turismo,<br />

as prioridades estratéxicas vendrían dadas por:<br />

• Oportunidades de crecemento –sobre to<strong>do</strong> en líneas<br />

diferentes de productos turísticos.<br />

• Efecto arrastre sobre o sistema económico.<br />

• Posibilidades como complemento <strong>á</strong>s autoridades<br />

tradicionales no medio rural.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

47


48<br />

• Contribución <strong>á</strong> difusión da imaxen exterior de<br />

Galicia.<br />

Adem<strong>á</strong>is ser<strong>á</strong> necesaria a promoción <strong>do</strong>s segmentos<br />

de car<strong>á</strong>cter diferencia<strong>do</strong> –singularidades de Galicia, que<br />

son a base das ventaxas competitivas, que xa existen<br />

como:<br />

• Recursos singulares e naturais.<br />

• Patrimonio monumental<br />

• Activos como gastronomía.<br />

• Diversidade da imaxe de Galicia.<br />

Para lograr estos obxetivos ser<strong>á</strong> necesaria unha<br />

adecuada ordenación, mellora e conservación <strong>do</strong>s<br />

recursos, así como unha planificación de prioridades. A<br />

estratexia debería tener en cuenta, entre outros aspectos:<br />

orientar a demanda hacia os segmentos medios o de certa<br />

amplitude e diversificación <strong>do</strong> gasto, aumentar a estancia<br />

media, por medio dunha oferta diversificada e intentar<br />

aumentar o gasto medio, por medio da orientación de<br />

calidade.<br />

O merca<strong>do</strong> turístico mundial se presenta altamente<br />

competitivo. Aínda que España compite como destino<br />

turístico xa maduro, Galicia deber<strong>á</strong> sentar as bases dun<br />

modelo turístico que ofrezca unha oferta diversificada<br />

pero un producto turístico único. Por elo ser<strong>á</strong>n imprescindibles<br />

acor<strong>do</strong>s de cooperación para lograr a atracción<br />

de turistas hacia a zona, empezan<strong>do</strong> a oferta neste<br />

momento, así o m<strong>á</strong>is importante ser<strong>á</strong> a imaxen de cara ó<br />

exterior que debería ser única para lograr competir con<br />

éxito.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


ANEXO ANEXO<br />

ANEXO<br />

1. 1. Hoteles en galicia por categorías categorías año 2000.<br />

HOTELES 5* 4* 3* 2* 1* TOTAL<br />

A CORUÑA 2 10 20 123 175 330<br />

LUGO 0 3 11 35 97 146<br />

OURENSE 0 3 4 23 89 119<br />

PONTEVEDRA 1 14 39 146 156 356<br />

GALICIA 3 30 74 327 517 951<br />

Fonte: Guía de aloxamentos turísticos 2000. Elaboración propia<br />

2. 2. Prazas hoteleiras en galicia año 2000.<br />

PRAZAS Nº % s/Galicia<br />

A CORUÑA 16636 33.30<br />

LUGO 5694 11.39<br />

OURENSE 4504 09.01<br />

PONTEVEDRA 23123 46.28<br />

GALICIA 49957 100<br />

Fonte: Guía de aloxamentos turísticos 2000. Elaboración propia<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

49


50<br />

3. 3. Apartamentos Apartamentos e e camping camping en en gal galicia gal cia cia año 2000.<br />

APARTAMENTOS CAMPING<br />

A CORUÑA 11 45<br />

LUGO 4 11<br />

OURENSE 3 7<br />

PONTEVEDRA 16 43<br />

GALICIA 34 106<br />

Fonte: Guía de aloxamentos turísticos 2000. Elaboración propia<br />

4. 4. Prazas en apartamentos e camping en galicia año 2000.<br />

PRAZAS APARTAMENTOS CAMPING<br />

A CORUÑA 752 11287<br />

LUGO 272 2068<br />

OURENSE 147 1420<br />

PONTEVEDRA 692 14685<br />

GALICIA 1863 29460<br />

Fonte: Guía de aloxamentos turísticos 2000. Elaboración propia<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


c) c) A oferta <strong>turística</strong> no Norte de Portugal<br />

O sector turístico em Portugal tem assumi<strong>do</strong> uma<br />

importância crescente ao longo <strong>do</strong>s últimos anos,<br />

tornan<strong>do</strong>-se cada vez mais num importante motor de<br />

desenvolvimento, aferi<strong>do</strong> não só pelo intenso número de<br />

turistas estrangeiros (Portugal posicionou-se, em 1999,<br />

em 15º lugar no ranking <strong>do</strong>s principais destinos turísticos),<br />

como pelo volume de receitas directas proporcionadas<br />

pela <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> (5,1 mil milhões de dólares<br />

em 1999).<br />

Apesar de as regiões <strong>do</strong> Algarve e de Lisboa e Vale<br />

<strong>do</strong> Tejo continuarem no topo das preferências <strong>do</strong>s<br />

visitantes, este crescimento <strong>do</strong> sector verifica-se um<br />

pouco por to<strong>do</strong> o país, com particular significa<strong>do</strong> na<br />

região Norte. Se o Algarve continua a privilegiar a aposta<br />

no turismo de “sol e mar”, apesar de alguns esforços para<br />

diversificar a oferta de produtos turísticos nos últimos<br />

anos, e se Lisboa continua a beneficiar <strong>do</strong> privilégio de<br />

ser a capital <strong>do</strong> país, o que desde logo contribui para a<br />

sedução <strong>do</strong> turista, o Norte de Portugal começa a afirmarse<br />

pelo facto de possuir magníficos paisagens naturais,<br />

uma rica gastronomia e folclore, património construí<strong>do</strong>,<br />

etc.<br />

Da<strong>do</strong> que os estu<strong>do</strong>s existentes acerca <strong>do</strong> turismo<br />

em Portugal apontam sobretu<strong>do</strong> para números de âmbito<br />

nacional, encontramo-nos de alguma forma condiciona<strong>do</strong>s<br />

ao tentar fazer uma abordagem regional. No entanto,<br />

esperamos que a informação disponível nos permita<br />

ultrapassar este obst<strong>á</strong>culo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

51


52<br />

1. OFERTA<br />

A an<strong>á</strong>lise da oferta hoteleira de uma região permite<br />

fazer uma avaliação da capacidade instalada para receber<br />

visitantes (nacionais e estrangeiros), como também<br />

projectar necessidades de investimento face às potencialidades<br />

<strong>do</strong> território. Sem dúvida importante, é igualmente<br />

uma avaliação qualitativa desses estabelecimentos,<br />

dependen<strong>do</strong> desta o público alvo que a promoção<br />

<strong>turística</strong> pretende atingir. Não obstante, e dada a<br />

natureza deste trabalho, esta an<strong>á</strong>lise dever<strong>á</strong> ficar ape<strong>nas</strong><br />

pela indicação de alguns números que nos permitem uma<br />

referência breve à capacidade hoteleira existente no Norte<br />

de Portugal neste momento.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Direcção Geral de Turismo<br />

(DGT) 1 , o número de estabelecimentos hoteleiros,<br />

aldeamentos e apartamentos turísticos existentes no<br />

Norte de Portugal situa-se <strong>nas</strong> 383 unidades, para um<br />

total de 1547 <strong>do</strong> Continente 2 , ou seja, cerca de 25%.<br />

Quanto à capacidade de alojamento nessas unidades<br />

hoteleira, encontramos um total de 13.729 quartos e<br />

28.491camas para a Região Norte, para 83.582 e<br />

193.943<strong>do</strong> Continente, ou seja, 16,4% e 14,6% respectivamente.<br />

Outro da<strong>do</strong> relevante prende-se com o pessoal ao<br />

serviço nesses estabelecimentos. Assim, num total de<br />

34555 indivíduos para o Continente, a Região Norte<br />

emprega 5342indivíduos, isto é, cerca de 15,5% <strong>do</strong> total<br />

de efectivos no ramo.<br />

1<br />

Da<strong>do</strong>s referentes a 2000<br />

2<br />

Por Continente entende-se to<strong>do</strong> o território nacional, com excepção das Regiões<br />

Autónomas <strong>do</strong>s Açores e Madeira)<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Os Parques de Campismo são, igualmente, uma importante<br />

estrutura de alojamento turístico. Existem, na<br />

Região Norte, 42 parques de campismo, para um total de<br />

161 no Continente, ou seja, cerca de 26%, correspondente<br />

a 21% <strong>do</strong>s lugares disponíveis.<br />

Apesar de haver outros tipos de unidades de alojamento<br />

disponíveis em Portugal e na Região Norte em<br />

particular, tal como Pousadas da Juventude, Colónias de<br />

Férias e as próprias estâncias termais, importa destacar<br />

o peso das unidades de alojamento no espaço rural.<br />

Tal como foi referi<strong>do</strong>, a Região Norte, benefician<strong>do</strong><br />

das suas paisagens naturais e da ruralidade que caracteriza<br />

grande parte <strong>do</strong> seu território, oferece condições<br />

excelentes para uma nova modalidade de turismo, o<br />

Turismo em Espaço Rural (TER). Esta variante <strong>turística</strong> é<br />

cada vez mais importante nos países europeus, particularmente<br />

em regiões onde o turismo não é, tradicionalmente,<br />

uma <strong>actividade</strong> com um peso significativo para a<br />

economia das populações locais. O Turismo em Espaço<br />

Rural, especialmente dirigi<strong>do</strong> a um público urbano, com<br />

um poder de compra médio, médio/alto, privilegia o<br />

contacto com a natureza, com os espaços bucólicos, com<br />

as tradições ancestrais, em contraposição com o turismo<br />

de massas que caracteriza os tradicionais destinos de “sol<br />

e praia” ou mesmo os centros históricos das grandes<br />

capitais.<br />

O investimento na promoção da <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong><br />

em meio rural, tem si<strong>do</strong> entendi<strong>do</strong> como uma excelente<br />

ferramenta no desenvolvimento de <strong>á</strong>reas desfavorecidas<br />

(especialmente no interior <strong>do</strong>s territórios e <strong>nas</strong> <strong>á</strong>reas de<br />

montanha), bem como um meio de promover uma oferta<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

53


54<br />

diferenciada em relação aos destinos tradicionais,<br />

proporcionan<strong>do</strong> assim mais alternativas sem entrar num<br />

processo de concorrência à partida desleal. O Norte de<br />

Portugal é uma região que beneficiou particularmente <strong>do</strong><br />

incremento <strong>do</strong> Turismo em Espaço Rural em Portugal,<br />

graças a v<strong>á</strong>rios incentivos nacionais e europeus (por<br />

exemplo, o Programa LEADER), que permitiu a reconversão<br />

de v<strong>á</strong>rias unidades tradicionalmente agrícolas em<br />

unidades hoteleiras, sen<strong>do</strong> hoje o turismo uma importante<br />

<strong>actividade</strong> económica complementar à agricultura em<br />

muitos locais.<br />

Mas para melhor percebermos a importância desse<br />

“novo turismo”, bem como as potencialidades instaladas<br />

mas que poderão vir a ser ainda melhor aproveitadas,<br />

importa atentarmos a alguns números divulga<strong>do</strong>s pela<br />

Direcção - Geral <strong>do</strong> Turismo. Assim, num total de 593<br />

estabelecimentos TER no Continente, 270 estão situa<strong>do</strong>s<br />

na Região Norte, corresponden<strong>do</strong> a cerca de 45,5%.<br />

Quanto ao número de quartos e camas desses estabelecimentos,<br />

o Norte de Portugal conta com 1264 2477<br />

respectivamente, contra 2890 e 5659 <strong>do</strong> Continente, o<br />

que significa um peso de aproximadamente 43,7% no<br />

número de quartos e camas disponíveis.<br />

Procura<br />

Nos últimos anos, e tal como foi referi<strong>do</strong> inicialmente,<br />

Portugal tem assisti<strong>do</strong> a um número crescente de turistas 3<br />

e visitantes. Apesar de o turismo nacional ter um peso<br />

significativo para o turismo português (9,4 milhões de<br />

3<br />

Considera-se turista aquele que passa pelo menos uma noite em território<br />

nacional<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


<strong>do</strong>rmidas em 1999 4 ), ape<strong>nas</strong> iremos analisar o fluxo de<br />

estrangeiros que visitam o país e a Região Norte, uma vez<br />

que, em nossa opinião, surge mais adequa<strong>do</strong> para o<br />

propósito que nos conduz neste trabalho.<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s, na última década<br />

a entrada de turistas em Portugal tem assisti<strong>do</strong> a uma<br />

evolução positiva. Assim, face aos cerca de 9,4 milhões de<br />

turistas verifica<strong>do</strong>s em 1994, em 1999 deram entrada em<br />

Portugal cerca de 11,6 milhões, ou seja, um acréscimo de<br />

aproximadamente 24%. Se, aos 11,6 milhões de turistas,<br />

juntarmos cerca de 15,4 milhões que entraram no país<br />

mas não passaram uma noite em estabelecimentos<br />

hoteleiros, temos um total de 27 milhões de visitantes,<br />

isto é, quase três vezes o número da população portuguesa,<br />

que neste momento se cifra em quase 10 milhões.<br />

Perante estes números, é sem dúvida interessante<br />

analisar os países de origem daqueles que <strong>do</strong>rmem, pelo<br />

menos uma vez, em Portugal. Assim, temos: Reino Uni<strong>do</strong>,<br />

29,5%; Alemanha, 22%; Países Baixos, 7,5%; Espanha,<br />

7,4%; França, 4,2%; It<strong>á</strong>lia, 3,5%; EUA, 3,1%; Bélgica,<br />

2,4%; Outros, 20,4%. Como se pode verificar, o merca<strong>do</strong><br />

europeu assume um particular destaque neste contexto.<br />

Seguin<strong>do</strong> o raciocínio a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> no ponto anterior, tent<strong>á</strong>mos<br />

fazer uma comparação entre os valores apresenta<strong>do</strong>s ao<br />

nível nacional e regional. Infelizmente, no que toca aos da<strong>do</strong>s<br />

da Região Norte, as fontes de informação utilizadas não<br />

disponibilizam a informação regional nos moldes utiliza<strong>do</strong>s ao<br />

nível nacional. Assim, ape<strong>nas</strong> pudemos apurar o número de<br />

hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros no ano de 1998 e a<br />

4<br />

São analisa<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s de 1999, uma vez que os da<strong>do</strong>s de 2000 ape<strong>nas</strong><br />

se referem ao perío<strong>do</strong> entre Janeiro e Outubro.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

55


56<br />

sua nacionalidade 5 , muito embora esse número ape<strong>nas</strong> se<br />

refira aos hóspedes cuja nacionalidade é mais representativa<br />

no conjunto de turistas, isto é, Alemanha, Espanha, França,<br />

It<strong>á</strong>lia, Holanda, Reino Uni<strong>do</strong>, e EUA. O número total de<br />

hóspedes destas nacionalidades atingiu os 430.097 indivíduos,<br />

assim dividi<strong>do</strong>s: Espanha, 35%; França, 16%; Alemanha, 15%;<br />

Reino Uni<strong>do</strong>, 12%; It<strong>á</strong>lia, 12%; Países Baixos, 6%; EUA, 6%.<br />

Apesar de ser difícil uma comparação com os números de<br />

âmbito nacional, desde logo pelo perío<strong>do</strong> de tempo a que os<br />

da<strong>do</strong>s se referem, podemos retirar uma conclusão: o merca<strong>do</strong><br />

de origem <strong>do</strong>s turistas que visitam o Norte de Portugal é<br />

substancialmente diferente, em termos de grau de importância,<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de origem <strong>do</strong>s turistas que visitam o país, destacan<strong>do</strong>-se<br />

o peso que o merca<strong>do</strong> espanhol detém no conjunto<br />

analisa<strong>do</strong>.<br />

Para finalizar este ponto, convém referir alguns da<strong>do</strong>s<br />

acerca de <strong>do</strong>is aspectos: por um la<strong>do</strong>, a estadia<br />

média <strong>do</strong>s turistas em Portugal; por outro, a distribuição<br />

mensal das <strong>do</strong>rmidas estrangeiras.<br />

No que respeita à estadia média, os da<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s<br />

não nos permitem uma an<strong>á</strong>lise aprofundada <strong>do</strong><br />

tema. De facto, a única informação disponível, indica que<br />

estadia média <strong>do</strong>s hóspedes em Portugal 6 se situa nos 3,5<br />

dias, destacan<strong>do</strong>-se a estadia de indivíduos provenientes<br />

<strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong>, com uma estadia média de 6,5 dias.<br />

Infelizmente, não temos qualquer indicação acerca da<br />

distribuição regional deste indica<strong>do</strong>r.<br />

Quanto à distribuição mensal das <strong>do</strong>rmidas<br />

estrangeiras, encontramo-nos de novo na impossibilidade<br />

de fornecer qualquer da<strong>do</strong> ao nível regional, uma vez que<br />

5<br />

São ape<strong>nas</strong> considera<strong>do</strong>s os hóspedes estrangeiros<br />

6<br />

Inclui os hóspedes portugueses<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


fornecer qualquer da<strong>do</strong> ao nível regional, uma vez que não<br />

nos foi possível aceder a essa informação. No entanto, e no<br />

que toca ao nível nacional, os da<strong>do</strong>s mais recentes<br />

(Janeiro a Outubro de 2000) permitem-nos concluir que<br />

ainda existe alguma sazonalidade no fluxo turístico em<br />

Portugal, muito embora se tenham realiza<strong>do</strong>s importantes<br />

esforços para combater essa tendência, apostan<strong>do</strong> cada<br />

vez mais na oferta de novos produtos. Assim, o perío<strong>do</strong> de<br />

maior intensidade de <strong>do</strong>rmidas de estrangeiros em<br />

Portugal vai de vai de Maio a Setembro (60,1% de <strong>do</strong>rmidas),<br />

sen<strong>do</strong> o mês de Agosto aquele em que se regista um<br />

maior número de <strong>do</strong>rmidas, cerca de 13,4%. O mês em<br />

que esse valor e mais baixo é precisamente Janeiro, com<br />

ape<strong>nas</strong> 4,7% de <strong>do</strong>rmidas registadas.<br />

Vantagens competitivas <strong>do</strong> turístico no norte de Portugal<br />

No capítulo anterior fornecemos alguns da<strong>do</strong>s que<br />

nos permitem ter uma imagem geral <strong>do</strong> turismo no Norte<br />

de Portugal, em comparação com aquilo que se passa ao<br />

nível <strong>do</strong> Continente ou <strong>do</strong> País. Perante os da<strong>do</strong>s avança<strong>do</strong>s,<br />

podemos facilmente concluir que a Região Norte<br />

possui um peso bastante significativo no contexto<br />

turístico português. Não obstante, se uma an<strong>á</strong>lise<br />

comparativa com as restantes NUT II fosse realizada,<br />

chegaríamos igualmente à conclusão que a NUT Algarve e<br />

NUT Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo ainda são os principais<br />

merca<strong>do</strong>s receptores de turistas.<br />

No início deste trabalho dissemos, se bem que de<br />

uma forma muito breve, que a Região Norte tem condições<br />

para se afirmar cada vez mais como um importante espaço<br />

de turismo, graças às enormes potencialidades que este<br />

território encerra. Não ser<strong>á</strong>, certamente, entran<strong>do</strong> em<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

57


58<br />

concorrência directa com os restantes espaços, mas antes<br />

tornar-se uma alternativa vi<strong>á</strong>vel a estes. Assim, importa<br />

neste momento destacar <strong>do</strong>is aspectos que poderão<br />

contribuir decisivamente para esse processo:<br />

Diversidade de recursos turísticos<br />

Um <strong>do</strong>s aspectos que marca, sem sombra de dúvida,<br />

este território, tem que ver com a enorme diversidade<br />

de recursos turísticos. Destes, podemos destacar:<br />

• Património Natural (por exemplo, Parques Naturais,<br />

Rios, Jardins, etc.)<br />

• Património Construí<strong>do</strong> (monumentos religiosos,<br />

edifícios militares, casas senhoriais, vestígios romanos,<br />

vestígios pré-históricos, etc.)<br />

• Gastronomia<br />

• Artesanato<br />

• Folclore<br />

• Eventos culturais, etc.<br />

Potencialidades ao nível da criação de produtos turísticos<br />

diversifica<strong>do</strong>s:<br />

• Turismo em Espaço Rural<br />

• Turismo de Aventura<br />

• Turismo de Negócios, benefician<strong>do</strong> <strong>do</strong> facto de ser<br />

o segun<strong>do</strong> espaço económico português mais relevante<br />

• Turismo Religioso<br />

• Enoturismo (benefician<strong>do</strong> de duas Regiões Vitivinícolas<br />

particularmente relevantes, o Douro, que<br />

inclui o Vinho <strong>do</strong> Porto, e o Vinho Verde)<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


• Desporto (por exemplo, a organização <strong>do</strong> Campeonato<br />

europeu de Futebol em 2004)<br />

• Cultura (aproveitan<strong>do</strong> a experiência <strong>do</strong> Porto Capital<br />

da Cultura 2001), etc.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

59


ANEXO ANEXO<br />

ANEXO<br />

N.º de Estabelecimentos Hoteleiros (1996)<br />

NUT III NUT III / Norte<br />

Minho-Lima 48 12,53%<br />

C<strong>á</strong>va<strong>do</strong> 53 13,84%<br />

Ave 23 6,01%<br />

Grande Porto 141 36,81%<br />

Tâmega 26 6,79%<br />

Entre Douro e Vouga 11 2,87%<br />

Douro 27 7,05%<br />

Alto Tr<strong>á</strong>s-os-Montes 54 14,10%<br />

NUT II NORTE 383<br />

Fonte: Elaboração própria com da<strong>do</strong>s da CCRN<br />

Comissão de Coordenação da Região Norte<br />

Capacidade de Alojamento <strong>do</strong>s Est. Hoteleiros (1996)<br />

NUT III NUTIII / Norte<br />

Minho-Lima 3059 11,55%<br />

C<strong>á</strong>va<strong>do</strong> 3931 14,84%<br />

Ave 1582 5,97%<br />

Grande Porto 11577 43,70%<br />

Tâmega 1264 4,77%<br />

Entre Douro e Vouga 694 2,62%<br />

Douro 1387 5,24%<br />

Alto Tr<strong>á</strong>s-os-Montes 2995 11,31%<br />

NUT II NORTE 26489<br />

Fonte: Elaboração própria com da<strong>do</strong>s da CCRN<br />

Comissão de Coordenação da Região Norte<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

61


62<br />

Dormidas nos Est. Hoteleiros 7 (1996)<br />

NUT III NUTIII / Norte<br />

Minho-Lima 231890 9,11%<br />

C<strong>á</strong>va<strong>do</strong> 324915 12,76%<br />

Ave 144935 5,69%<br />

Grande Porto 1389528 54,56%<br />

Tâmega 75119 2,95%<br />

Entre Douro e Vouga 57403 2,25%<br />

Douro 118408 4,65%<br />

Alto Tr<strong>á</strong>s-os-Montes 204475 8,03%<br />

NUT II NORTE 2546673<br />

Fonte: Elaboração própria com da<strong>do</strong>s da CCRN<br />

Comissão de Coordenação da Região Norte<br />

7 Dormidas totais, isto é, inclui nacionais e estrangeiros<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


4. 4. O USO DOS RECURSOS NAS CIDADES<br />

DO DO EIXO EIXO ATLÁNTICO<br />

ATLÁNTICO<br />

Ata o final <strong>do</strong>s anos 70, os estudios sobre o sector<br />

turístico especializa<strong>do</strong>s na estructura espacial ignoraron<br />

a fenomenoloxía e as características <strong>do</strong>s lugares dende a<br />

óptica local. Hai estudios de casos dende unha perspectiva<br />

“local”, pero a maioría non est<strong>á</strong>n centra<strong>do</strong>s na forma<br />

no que o turismo se distribue no espacio senón na<br />

estructura das necesidades, nos procesos de desenvolvemento<br />

e nos diferentes tipos de impacto.<br />

A escala local tenden a examinar a morfoloxia <strong>do</strong>s<br />

centros de atracción <strong>turística</strong> espezializa<strong>do</strong>s, sobre to<strong>do</strong><br />

os costeiros, así como a distribución das instalacións <strong>nas</strong><br />

<strong>á</strong>reas urb<strong>á</strong>ns, en particular hoteis, pero non a interrelación<br />

nos sistemas locais.<br />

Como noutras <strong>á</strong>reas de investigación, no tema <strong>do</strong><br />

turismo, o estudio <strong>do</strong>s espacios turísticos urb<strong>á</strong>ns non<br />

est<strong>á</strong> sustenta<strong>do</strong> por unha extensa base teórica e é<br />

necesaria obtela <strong>do</strong>utras <strong>á</strong>reas, en especial o relativo <strong>á</strong><br />

conceptualización <strong>do</strong>s centros de atracción <strong>turística</strong>. Un<br />

certo número de publicacións sobre temas urb<strong>á</strong>ns<br />

ocúpase de examinar de forma descriptiva o espacio das<br />

<strong>cidades</strong> e o modelo b<strong>á</strong>sico de distribucción <strong>do</strong>s servizos e<br />

instalacións <strong>turística</strong>s.<br />

Varios autores describen o entorno <strong>do</strong> centro da cidade<br />

como un producto no cal a función recreativa en<br />

xeral e a función <strong>turística</strong> en particular, fundaméntanse<br />

tanto na concentración espaxial dunha amplia variedade<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

63


64<br />

de instalacións coma nos rasgos característicos <strong>do</strong><br />

entorno. O centro de atracción <strong>turística</strong> constitue deste<br />

xeito un lugar no que se levan a cabo unhas determinadas<br />

<strong>actividade</strong>s e o mesmo tempo un marco recreativo.<br />

O que non é frecuente é a pregunta sobre qué é<br />

exactamente o espacio turístico. O énfase ponse sobre a<br />

localización e distribucción <strong>do</strong>s servicios visibles e<br />

identificables así como das instalacións que, se pensa,<br />

teñen unha orientación pre<strong>do</strong>minantemente <strong>turística</strong><br />

pero non de forma exclusiva. Outra visión- dende a<br />

psicoloxía social- argumenta que xa que os turistas se<br />

poden definir en términos basea<strong>do</strong>s na experiencia<br />

“calquer entorno que fomente o sentimento de ser turista<br />

é un entorno turístico”.<br />

Outra proposta é dunha clasificación que establece<br />

“categorías para lugares específicos” base<strong>á</strong>n<strong>do</strong>se en duas<br />

variables: primeira, a existencia <strong>do</strong> lugar formouse có<br />

único obxetivo de servir ós turistas uo teñe unha función<br />

intrínsica. Segun<strong>do</strong>, o lugar est<strong>á</strong> estructura<strong>do</strong> internamente<br />

de forma diferenciada ou polo contrario consiste<br />

maioritariamente nun espacio público con pouca diferenciación<br />

estructural.<br />

A afirmación m<strong>á</strong>is frecuente (Vera, 1997) é que o<br />

espacio turístico existe de forma continua e que se poden<br />

identificar seis etapas ou rexións, dependen<strong>do</strong> das<br />

transformacións que se realicen expresamente para os<br />

turistas. Aínda que investigacións posteriores cuestionaran<br />

a búsqueda de autenticidade como a única motivación<br />

<strong>turística</strong>, a noción dun continuo de rexións adaptadas<br />

en gra<strong>do</strong>s diferentes a es tes propósitos constitue<br />

unha vía fructífera na investigación <strong>do</strong>s espacios turísti-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


cos. Así se cuestiona: quén realiza as transformacións e<br />

por qué e con qué resulta<strong>do</strong>s se realizan.<br />

Deste xeito o concepto <strong>do</strong> que constitue unha atracción<br />

constitue tamén en entendela coma unha “relación<br />

empírica entre o turista, un lugar de interese e un<br />

indica<strong>do</strong>r( coma un fragmento de información sobre un<br />

lugar de visita- por exemplo guias de viaxe, diapositivas...).<br />

Así, a estructura <strong>do</strong>s lugares de interese turístico<br />

podemos enfocalos mediante sistemas nos que as guias e<br />

folletos cumplen un papel fundaemntal, xa que estos<br />

“actuan como elementos cataliza<strong>do</strong>res que unen os<br />

elementos humanos e nucleares cun sistema de lugares<br />

de interese”. Nunha an<strong>á</strong>lise m<strong>á</strong>is extensa habería que<br />

distinguir entre indica<strong>do</strong>res xera<strong>do</strong>res de tr<strong>á</strong>nsito e<br />

indica<strong>do</strong>res contiguos, que realizan a función de informar<br />

ós turistas de diferentes maneiras, como por exemplo<br />

fomentan<strong>do</strong> a motivación inicial e selección <strong>do</strong>s destinos,<br />

a planificación <strong>do</strong>s itinerarios e a identificación <strong>do</strong>s<br />

núcleos principais das <strong>cidades</strong>. A idea b<strong>á</strong>sica é a<br />

importancia destes folletos, guias e letreiros poden chegar<br />

a ter nos lugares de interese turístico, e a importancia da<br />

súa correcta elaboración e distribucción.<br />

Por elo, o punto de referencia ser<strong>á</strong> a an<strong>á</strong>lise das<br />

guias, folletos e mapas edita<strong>do</strong>s polos poderes públicos.<br />

Xa que dentro desta concepción, o turista tendr<strong>á</strong> esa<br />

información, na maioría <strong>do</strong>s casos como referncia<br />

fundamental,adem<strong>á</strong>is da información proporcionada <strong>nas</strong><br />

axencias, guias de viaxe.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

65


66<br />

En consecuencia, neste aparta<strong>do</strong> fundamentaremos<br />

a an<strong>á</strong>lise sobre duas fichas, unha cos recursos b<strong>á</strong>sicos de<br />

cada cidade, e outra coa utilización deses recursos nos<br />

folletos e publicidade <strong>turística</strong> <strong>do</strong>s concellos.<br />

a) a) Cidades de de Galicia<br />

(Fonte de tó<strong>do</strong>los cadros: Cat<strong>á</strong>logos, medidas de<br />

protección, publicidade, guías e folletos turísticos <strong>do</strong>s<br />

Concellos e das C<strong>á</strong>maras municipais)<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

67<br />

A Coruña<br />

edificios barrios<br />

cataloga<strong>do</strong>s Plan Especial Casco Histórico<br />

protexi<strong>do</strong>s<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección<br />

externa polo seu<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a<br />

cabo para<br />

mellorar<br />

Difusión de<br />

proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Hai 7 monumentos<br />

declara<strong>do</strong>s de valor<br />

Histórico-Artístico<br />

Casco Histórico<br />

Valoración Ambiental<br />

Roche<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Colexio das Esclavas<br />

Enseadas <strong>do</strong> Orz<strong>á</strong>n e Santa Cristina<br />

A Península da Torre<br />

O embalse de Cecebre<br />

Protección ambiental integral da Baía da<br />

Coruña<br />

Avaliación e control contaminación refineria<br />

de Repsol<br />

Informativo. Convenios cos municipios<br />

limítrofes para poñer en valor o patrimonio<br />

ambiental como recurso económico


68<br />

No estu<strong>do</strong> feito sobre a imaxe das <strong>cidades</strong>, dest<strong>á</strong>case<br />

que A Coruña dispón dun importante patrimonio<br />

arquitectónico no que se conxugan edificios de tradición<br />

rom<strong>á</strong>nica como as iglesias medievais de Santiago e a<br />

denominada Colexiata de Santa María, o barroco galego,<br />

o modernismo, o neocl<strong>á</strong>sico e o contempor<strong>á</strong>neo. Conviven<br />

os cruceiros con edificios contempor<strong>á</strong>neos como o Museo<br />

Domus.<br />

Nos recursos ecolóxicos e ambientais, A Coruña é<br />

unha cidade aberta ó mar polo que resulta vital o<br />

coidada<strong>do</strong> da franxa litoral. En especial é necesario a<br />

coexistencia funcional <strong>do</strong> medio ambiente como recurso<br />

turístico e as industrias de risco como é a refinería de<br />

petroleo. Os areais, cantís, roche<strong>do</strong>s, illotes, incluso os<br />

parques urbanos e diques de abrigo <strong>do</strong>s peiraos son<br />

lugares de refuxo de aves migratorias durante varios<br />

meses ó ano.<br />

Tamén é de gran valor paisaxístico e zoolóxico o encoro<br />

de Cecebre onde se cotabilizan 200 especies distintas<br />

de aves. A imaxe de cidade ambiental en harmonía co<br />

mar se pode complementar coa percura da harmonía coa<br />

natureza en conxunto. Son especialmente importantes os<br />

controis de lixieras e a degradación de espacios costeiros.<br />

O punto negro son os residuos e impactos da refineria de<br />

Repsol. Na cidade son coñeci<strong>do</strong>s os olores desagradables<br />

en situacións meteorolóxicas concretas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso <strong>do</strong>s recursos. A Coruña<br />

Recursos<br />

ANTRÓPICOS<br />

ETNOGRÁFICOS<br />

ANTRÓPICOS<br />

MONUMENTAIS<br />

AMBIENTAIS<br />

VIVOS<br />

AMBIENTAIS<br />

INERTES<br />

Ofertas<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA<br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUSEOS <br />

PASEOS EN BUS <br />

PASEOS EN TREN <br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

RUTAS NATURAIS<br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS <br />

RUTAS FLUVIAIS.MAR <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


70<br />

Na oferta actual da cidade da Coruña destaca a utización<br />

<strong>do</strong>s recursos vincula<strong>do</strong>s <strong>á</strong> historia e a cultura. Se<br />

analizamos a historia da cidade, A Coruña aparece coma<br />

unha cidade aberta ó mar, ó Atl<strong>á</strong>ntico, en todas as<br />

facetas de súa vida. O porto marítimo e as súas <strong>actividade</strong>s<br />

xogan un rol fundamental na súa imaxe interna e<br />

externa. Os peiraos <strong>do</strong> peixe fresco, o peirao deportivo e o<br />

<strong>do</strong>s buques transatl<strong>á</strong>nticos e mesmo os pantal<strong>á</strong>ns da<br />

refinería de petroleos son fitos fundamentais na conformación<br />

da escena urbana da cidade.<br />

A construcción dun Paseo Marítimo de 8 km de<br />

lonxitude, o m<strong>á</strong>is longo de Europa, contribuíu a unir<br />

aínda m<strong>á</strong>is a cidade co mar, sen<strong>do</strong> o complemento <strong>á</strong>s<br />

praias de Orz<strong>á</strong>n e Riazor que se localizan en pleno centro<br />

da cidade e constituen un recurso de atracción importante.<br />

A Coruña aposta forte pola utilización <strong>do</strong> seu patrimonio<br />

monumental e arquitectónico. O Casco Histórico<br />

foi declara<strong>do</strong> Conxunto de Interés en 1944 e conta cun<br />

Plan Especial de Protección. Nel se localizan importantes<br />

dependencias administrativas como son a Diputación<br />

Provincial, o Goberno Civil ou o Concello. Require de<br />

intervencións estratéxicas relativas <strong>á</strong> rehabillitación da<br />

edificación, <strong>á</strong> recuperación da función residencial, ó<br />

ordenamento <strong>do</strong> tr<strong>á</strong>fico e <strong>á</strong> renovación de infraestructuras.<br />

O Paseo Marítimo foi un proxecto que tentou de urbanizar<br />

a fachada occidental marítima da cidade dan<strong>do</strong>lle<br />

protagonismo ós equipamentos culturais o así lograr<br />

establecer comunicación directa coa Torre de Hércules, o<br />

Acuarium, O Museo Domus, etc., que se stúan <strong>nas</strong> súas<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


marxes. Seguin<strong>do</strong> a disposición <strong>do</strong> Paseo Marítimo<br />

discorre un tranvía e un carril para biciletas o que<br />

inclementa aínda m<strong>á</strong>is o seu atractivo como espacio de<br />

ocio e cultura. Nembargante, tamén se debe considerar o<br />

feito de que as urbanizacións das fachadas litoriais<br />

urba<strong>nas</strong> son fortemente criticadas polos movementos<br />

ecoloxistas en base <strong>á</strong>s agresións que sufre o medio<br />

natural e en España hoxe en día son políticas urbanísticas<br />

que tenden a ser aban<strong>do</strong>nadas.<br />

A Torre de Hércules é o monumento de maior singularidade<br />

da cidade. Emprazada entre a Ensenada <strong>do</strong><br />

Orz<strong>á</strong>n e o Golfo Ártabro é o faro m<strong>á</strong>is antigo <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

que continúa en funcionamento. Hoxe o seu entorno<br />

acolle o coñeci<strong>do</strong> como Parque Celta onde se engloban un<br />

interesante e atractivo conxunto escultórico. Na estructura<br />

urbana destaca a Cidade Vella, a Pescadería e o<br />

Ensanche, xunto cos barrios de Riazor e o Orz<strong>á</strong>n como os<br />

de maior interés turístico e urbanístico. Neles se encontran<br />

os fitos que reflicten a imaxe da cidade. É na cidade<br />

histórica onde son necesarias intervencións arquitectónicas<br />

sobre os edificios antigos, especialmente en casas de<br />

séculos pasa<strong>do</strong>s deshabitadas.<br />

Destaca adem<strong>á</strong>is a existencia dunha rede de museos<br />

tem<strong>á</strong>ticos especializa<strong>do</strong>s que cubren un gran abano<br />

de demandas culturais. Destacan os Museos <strong>do</strong> Home ou<br />

Domus, Casa das Ciencias, Planetario, Acuarium,<br />

Arqueolóxico, Museo da Electricidade, Museo Militar,<br />

Bellas Artes, Arte Contempor<strong>á</strong>neo, Museo de los Relojes,<br />

etc.<br />

Actualmente as funcións b<strong>á</strong>sicas da cidade est<strong>á</strong>n<br />

diversificadas entre os servicios administrativos como<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

71


72<br />

capital provincial e sede das institucións da Administración<br />

Central <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e das Autonómicas, os servicios<br />

turísticos vincula<strong>do</strong>s a unha importante oferta de cultura<br />

e ocio, financieiros como sede central de importantes<br />

bancos e caixas de aforros que operan en Galicia, e<br />

comercial tanto na orde tradicional vincula<strong>do</strong> ó porto<br />

como no comercio moderno de grandes superficies. A<br />

función productiva-industrial est<strong>á</strong> vinculada coa refinería<br />

de petroleos de Repsol, ó sector textil coa multinacional<br />

Zara-Inditex, <strong>á</strong> fabricación de armamento coa factoría de<br />

Santa B<strong>á</strong>rbara e tamén coas manufacturas de tabacos,<br />

cervexa, etc.<br />

A morfoloxía urbana é rica e variada. O seu esta<strong>do</strong><br />

de conservación no seu conxunto é bo ag<strong>á</strong>s no centro<br />

histórico onde son necesarias intervencións urbanísticas<br />

ó respecto. A paisaxe <strong>do</strong> conxunto é harmónica e de<br />

calidade, incluso é excepcional na fachada <strong>do</strong>s peiraos e<br />

da Mariña coas súas afamadas fachadas de cristal. A<br />

atracción rexional é ampla pola diversificación das<br />

funcións b<strong>á</strong>sicas urba<strong>nas</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

73<br />

Ferrol<br />

Edificios Barrios<br />

Cat<strong>á</strong>logo de Edificios e<br />

Conxuntos de Interés<br />

Histórico-Artístico. (son<br />

cat<strong>á</strong>logos complementarios <strong>do</strong><br />

PXOUM)<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

O Casco Histórico ocupa<br />

29,5 Ha.<br />

O Barrio da Magdalena<br />

foi declara<strong>do</strong> Conxunto<br />

Histórico Artístico en<br />

1983 pero non conta con<br />

Plan de Protección.<br />

Valoración Ambiental<br />

Ordenamento e protección urbanística.<br />

Control augas residuais.<br />

Informativo <strong>do</strong> valor ecolóxico-ambiental.<br />

Informativo de difusión <strong>do</strong> valor socioeconómico<br />

como recurso ambiental, cultural e<br />

turístico.<br />

Informativo <strong>do</strong> valor ecolóxico-ambiental.<br />

Informativo de difusión <strong>do</strong> valor socioeconómico<br />

como recurso ambiental, cultural e<br />

turístico.


74<br />

Ferrol conta cun Casco Histórico asocia<strong>do</strong> ó Barrio<br />

da Magdalena que data <strong>do</strong> século XVIII e que constitúe<br />

un <strong>do</strong>s exemplos m<strong>á</strong>is significativos da arquitectura e<br />

urbanismo racionalista decimonónico. Pola súa peculiaridade<br />

no traza<strong>do</strong> ortogonal das rúas e pola especial<br />

tipoloxía das súas casas, o Barrio da Magadalena foi<br />

declara<strong>do</strong> Conxunto Histórico Artístico en 1983. Non<br />

dispón de Plan Especial de Protección aínda que requiere<br />

intervencións urbanísticas en temas de rehabilitación da<br />

edificación, recuperación <strong>do</strong>s espacios públicos, renovación<br />

de infraestructuras, fomento <strong>do</strong> uso residencial,<br />

organización <strong>do</strong> tr<strong>á</strong>fico e equipamentos comunitarios.<br />

Tamén é preciso conservar e vigoriza-la presencia das<br />

<strong>actividade</strong>s comerciais.<br />

Non existen normativas urbanísticas específicas de<br />

protección <strong>do</strong> Casco Histórico nin <strong>do</strong>s edificios m<strong>á</strong>is<br />

significativos, o cal pode contribuir <strong>á</strong> súa degradación.<br />

O conxunto ambiental da Ría de Ferrol posúe unhas<br />

características singulares que determinan a súa riqueza<br />

paisaxística. A especial entrada na ría coa súa historia<br />

naval e militar, as vistas panor<strong>á</strong>micas <strong>do</strong> alto de<br />

Monteventoso, as praias <strong>do</strong> seu litoral xunto coa Lagoa<br />

de Doniños e os Cantís de Prior e Prioriño conforman os<br />

fitos m<strong>á</strong>is importantes <strong>do</strong> seu patrimonio natural. Son<br />

precisas intervencións para protexer este patrimonio e<br />

para potenciar o seu valor como resurso económico e<br />

social. Necesita de atención o control sobre a<br />

autoconstrucción de vivendas e galpóns que deterioran a<br />

paisaxe e contaminan o medio coas lixeiras incontroladas<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso <strong>do</strong>s recursos. Ferrol<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS<br />

ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES<br />

VIVOS<br />

MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA <br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUSEOS <br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS<br />

RUTASNATURAIS<br />

RUTASHISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS <br />

RUTAS FLUVIAIS. MAR. <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


A cidade de Ferrol presenta unha oferta de <strong>actividade</strong>s<br />

complementarias escasa, adem<strong>á</strong>is de pouco integradas<br />

co resto de <strong>actividade</strong>s productivas. Así, os recursos<br />

emprega<strong>do</strong>s son unicamente aquelos que fan referencia<br />

ao patrimonio monumental, e nun segun<strong>do</strong> lugar aquelos<br />

referi<strong>do</strong>s o patrimonio etnogr<strong>á</strong>fico e cultural da cidade,<br />

sen referencias a súa vinculación militar e industrial.<br />

Emprazada no Golfo Ártabro, est<strong>á</strong> moi vinculada <strong>á</strong><br />

ría a cal d<strong>á</strong> nome e posúe un perfil socioeconómico<br />

industrial e castrense-militar, asocia<strong>do</strong> <strong>á</strong> tradición da<br />

industria naval e ó feito de ser sede da Capitanía Marítima<br />

<strong>do</strong> Cant<strong>á</strong>brico. A súa posición no interior dunha ría<br />

de excepcionais condicións para a navegación, protexida<br />

na entrada polos montes Ventoso e Faro, fixoa historicamente<br />

un lugar idóneo para os intereses da Armada<br />

Española.<br />

A posición da cidade emprazada ao pé dunha ensenada<br />

contribuíu ao seu desenvolvemento lonxitudinal<br />

seguin<strong>do</strong> a liña de costa. A perspectiva volumétrica que<br />

se obtén ó oberva-la paisaxe envolvente da cidade dende<br />

os outeiros circundantes é basicamente armónica, pois<br />

conviven as altas torres de pisos no Polígono de Caranza<br />

co caserio tradicional de escaso volume <strong>do</strong> Ferrol Vello.<br />

Nembargante, a perpeción de conxunto est<strong>á</strong> moi mediatizada<br />

polo emprazamento <strong>do</strong>s grandes guindastres <strong>do</strong>s<br />

peiraos e diques <strong>do</strong>s asteleiros e <strong>do</strong> Arsenal da Armada.<br />

Son estos elementos de arquitectura industrial os que<br />

dan énfase <strong>á</strong> paisaxe urbana de conxunto.<br />

Hai que destacar que a cidade de Ferrol se extende<br />

detr<strong>á</strong>s das instalacións <strong>do</strong> astaleiro Baz<strong>á</strong>n e <strong>do</strong> Arsenal,<br />

os cales ocupan a liña de costa practicamente na súa<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

77


78<br />

totalidade. Non existe unha vinculación directa entre<br />

cidade e ría, entre a cidade e os peiraos debi<strong>do</strong> <strong>á</strong>s<br />

barreiras arquitectónicas que o impiden. Sen dúbida esto<br />

é unha grave deficiencia pois parece que o visitante<br />

can<strong>do</strong> percorre as rúas da cidade debe esquecer a súa<br />

relación co mar e coa ría.<br />

Nos últimos anos parece que esa imaxe esta comezan<strong>do</strong><br />

a mudar a favor de unha maior heteroxeneidade.<br />

As políticas municipais tentan de ofrecer Ferrol como<br />

unha cidade aberta ó mar e o seu mun<strong>do</strong>. Son frecuentes<br />

as campañas de promoción que falan de Ferrol como "la<br />

ciudad de la mar" "la ciudad de las playas" e enfatizan o<br />

seu atractivo cultural, turístico, natural e arquitectónico,<br />

adem<strong>á</strong>is da seu tradicional papel de centro de servicios,<br />

comercial, sanitario, deportivo, educacional, etc.<br />

A presencia dun barrio tradicional de mariñeiros,<br />

denomina<strong>do</strong> Cidade Vella, a riqueza urbanística e<br />

arquitectónica <strong>do</strong> barrio da Madalena, o desenvolvemento<br />

dun campus universitario xunto coa diversificación das<br />

súas <strong>actividade</strong>s productivas e desenvolvemento comercial<br />

e cultural son elementos que revalorizan unha<br />

rehabilitación da imaxe externa de Ferrol e da súa<br />

comarca allea <strong>á</strong> imaxe de cidade industrial en declive.<br />

Son necesarias políticas innova<strong>do</strong>ras que coiden e<br />

rehabiliten os sectores históricos da cidade, que consigan<br />

unha relación visual e perceptiva interna da cidade coa<br />

ría e co mar e que busquen a coexistencia harmónica<br />

entre a tradición industrial e a postmodernidade cultural.<br />

A morfoloxía urbana debe recuperar a relación visual<br />

coa ría amais de potenciar o patrimonio histórico.<br />

Tamén debe ser percibi<strong>do</strong> como positiva a morfoloxía da<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


arquitectura militar e da industria naval e poder ser<br />

empregada como un recurso para o desenvolvemento <strong>do</strong><br />

turismo urbano. A inexistencia de referencias o camiño<br />

de Santiago, e o escaso emprego <strong>do</strong> patrimonio natural e<br />

o feito m<strong>á</strong>is salientable desta primeira <strong>aproximación</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

79


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

81<br />

Lugo<br />

Edificios Barrios<br />

Cat<strong>á</strong>logo de Protección de<br />

Edificios Históricos (forma parte<br />

<strong>do</strong> PEPRI Plan Especial de<br />

Protección <strong>do</strong> Recinto Histórico)<br />

Cidade amurallada<br />

(35,5 Ha)<br />

Protexi<strong>do</strong>s ----- Cidade amurallada<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a<br />

cabo para mellorar<br />

Difusión de<br />

proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Natural<br />

Val <strong>do</strong> río Miño. Ríos Narla, Adai, Bocamós e Meil<strong>á</strong>n.<br />

Ínsula <strong>do</strong> Vilar. Muíños e caneiros.<br />

Balneario e Termas Roma<strong>nas</strong><br />

Os Lagos de Teixeiros. Monte Segade<br />

Ordenamento e Protección urbanística.<br />

Control lixieras e augas residuais.<br />

Xestión Plan Especial <strong>do</strong> Río Miño<br />

Xestión Plan Especial de Protección de Carballeiras,<br />

Castiñeiros e Fontes Ornamentais.<br />

Informativo de valor ecolóxico-natural.<br />

Difusión de Proxectos Pedagóxicos,<br />

Museo da Natureza.<br />

Informativo de difusión <strong>do</strong> valor social e económico<br />

como recurso natural, cultural e turístico.


82<br />

Lugo coñeceu un denso devir histórico que d<strong>eixo</strong>u<br />

importantes testemuñas monumentais e arqueolóxicas<br />

na cidade. Lucus Augusti, capital <strong>do</strong> convento xurídico<br />

romano da Gallaecia, foi fundada entre os anos 13 e 15 a.<br />

de C. por Paulo Fabio M<strong>á</strong>ximo -aínda hoxe se conserva o<br />

monolito conmemorativo-. Con posterioridade, Lugo ser<strong>á</strong><br />

a capital de orixe m<strong>á</strong>is antiga dunha das sete provincias<br />

<strong>do</strong> Reino de Galicia.<br />

Dominada polos suevos no s. V e asediada polos<br />

<strong>á</strong>rabes no s. VIII, a cidade revive baixo o señorío eclesi<strong>á</strong>stico<br />

co bispo O<strong>do</strong>ario, exp<strong>á</strong>ndese ó burgo novo na idade<br />

media e resiste os enfrontamentos entre os <strong>do</strong>us señores<br />

da cidade -o bispo e a casa de Alba- nos ss. XVI e XVII.<br />

Cobizada polos franceses durante a Guerra da Independencia,<br />

no s. XIX sofre duros ataques durante as Guerras<br />

Carlistas, pero sobrevive ó longo <strong>do</strong> tempo debi<strong>do</strong>, en<br />

parte, <strong>á</strong> espléndida muralla romana que a rodea, conservada<br />

íntegra na actualidade.<br />

A muralla romana data <strong>do</strong>s últimos anos <strong>do</strong> s. III a.<br />

de C. O seu perímetro mide 2.660 m e o seu adarve<br />

pódese percorrer a pé na súa totalidade. O acceso ó<br />

recinto histórico realízase por 10 portas de distintas<br />

épocas. Recoñecida en 1921 como "Patrimonio Histórico<br />

Nacional", foi declarada monumento "Patrimonio da<br />

Humanidade" no ano 2000. Anque constitúe o seu<br />

principal atractivo, o patrimonio histórico-artístico de<br />

Lugo est<strong>á</strong> conforma<strong>do</strong> por outros elementos, non menos<br />

importantes: é coñecida como a cidade <strong>do</strong> Sacramento,<br />

debi<strong>do</strong> ó privilexio da<strong>do</strong> <strong>á</strong> súa catedral, que lle concede a<br />

exposición permanente <strong>do</strong> Santísimo Sacramento.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Na catedral, comezada en 1225 e rematada no s.<br />

XIX, poden admirarse diversos estilos arquitectónicos:<br />

rom<strong>á</strong>nico, gótico e neocl<strong>á</strong>sico. Así mesmo, o viaxeiro<br />

atopar<strong>á</strong> as termas roma<strong>nas</strong> -reconvertidas en balneario,<br />

un conxunto de monumentos situa<strong>do</strong>s intra muros -a<br />

catedral, conventos rom<strong>á</strong>nicos, pazos <strong>do</strong> ss. XVII e XVIII-<br />

e unha magnífica representación da arquitectura da<br />

Restauración, que xunto coas estradas e prazas <strong>nas</strong> que<br />

est<strong>á</strong>n situa<strong>do</strong>s foron declara<strong>do</strong>s "Conxunto Histórico<br />

Artístico" <strong>do</strong> patrimonio español.<br />

Debemos citar igualmente a representación da arte<br />

rom<strong>á</strong>nica galega e paleocristiana que existe na zona rural<br />

<strong>do</strong> municipio: Meil<strong>á</strong>n, Bacurín, Santalla de Bóveda, etc.<br />

O patrimonio medioambiental complementa o cultural.<br />

Dende a cidade accédese <strong>á</strong>s coidadas ribeiras <strong>do</strong> río<br />

Miño, onde se crearon amplos paseos e zo<strong>nas</strong> recreativas<br />

<strong>nas</strong> que se poden practica-la natación, o remo, piragüismo,<br />

etc. Dentro deste contorno conta cun campo de golf,<br />

situa<strong>do</strong> entre os mellores <strong>do</strong> país, e cunhas instalacións<br />

hípicas de moi alto nivel.<br />

Se analizamos o patrimonio ambiental, o río Miño é<br />

o elemento defini<strong>do</strong>r da paisaxe <strong>do</strong> municipio de Lugo, o<br />

cal percorre de norte a sur ó longo de 22 km. No Val <strong>do</strong><br />

Miño coexisten unha atractiva combinación de pra<strong>do</strong>s,<br />

bosques de carballos, aldeas, e a a vexetación da ribeira<br />

<strong>do</strong> río. Nel atopamos o bosque autóctono galego o cal<br />

resulta dunha extrórdinaria beleza e de gran importancia<br />

ecolóxica. Dispón de zo<strong>nas</strong> de lecer, de praia fluvial e<br />

para a pr<strong>á</strong>ctica de deportes como o remo e o piragüismo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

83


84<br />

Son precisas actuacións para protexer o patrimonio<br />

natural e para potenciar o seu valor como recurso<br />

económico e social. Son necesarios os controis sobre a<br />

construcción de vivendas e galpóns que deterioran a<br />

paisaxe e provocan lixeiras incontroladas. Tamén son<br />

precisos os controis sobre os verqui<strong>do</strong>s de puríns das<br />

granxas de gan<strong>do</strong> que contaminan os mantos fre<strong>á</strong>ticos e<br />

os cauces fluviais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso <strong>do</strong>s recursos. Lugo<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA <br />

CAMIÑO SANTIAGO <br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUIÑOS <br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS <br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS <br />

RUTAS NATURAIS <br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS <br />

RUTAS FLUVIAIS <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


86<br />

Os lucenses celebran na rúa as dúas festas lucenses<br />

por excelencia, declaradas <strong>á</strong>mbalas dúas "de interese<br />

turístico galego": a de S. Froil<strong>á</strong>n, no mes de outubro, moi<br />

coñecida polo costume de comer polbo <strong>á</strong> feira <strong>nas</strong> casetas<br />

<strong>do</strong> recinto feiral; e a festa <strong>do</strong> Corpus Christi, no mes de<br />

xuño, acompañada da Semana de Música.<br />

Situada no medio dun contorno verde, os recursos<br />

que proporciona o paso <strong>do</strong> río Miño son abundantes:<br />

praia fluvial, paseos, deportes e to<strong>do</strong> tipo de estudios<br />

medioambientais, debi<strong>do</strong> <strong>á</strong> conservación aínda dun<br />

bosque autóctono galego. Non debemos esquecer que<br />

neste municipio se apostou por deportes como o golf e a<br />

hípica, con instalacións de primeira orde a nivel nacional<br />

e rodeadas dun contorno natural coida<strong>do</strong> con esmero.<br />

Lugo intégrase dentro das <strong>cidades</strong> universitarias españolas<br />

na década <strong>do</strong>s 70; na actualidade conseguiuse<br />

desenvolver un campus hiperespecializa<strong>do</strong> en recursos<br />

agroalimentarios e que conta con institucións investiga<strong>do</strong>ras<br />

de alta solvencia a nivel internacional en diversos<br />

ei<strong>do</strong>s: productos l<strong>á</strong>cteos, tecnoloxía <strong>do</strong>s alimentos e<br />

investigacións sobranceiras nos campos da veterinaria e<br />

da enxeñería agrónoma.<br />

Pero to<strong>do</strong>s estes recursos históricos, culturais e naturais<br />

requiren unha conservación, un mantemento, e a<br />

consecución de novos retos: un recinto histórico peonaliza<strong>do</strong><br />

é só unha das mostras de que en Lugo se est<strong>á</strong>n<br />

levan<strong>do</strong> a cabo políticas innova<strong>do</strong>ras que posibiliten a<br />

rehabilitación <strong>do</strong> patrimonio histórico da cidade e que<br />

poidan provoca-la continuidade da afluencia de visitantes<br />

que no seu día xerou a declaración da muralla como<br />

"Patrimonio da Humanidade" por parte da Unesco.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Tampouco se descoida o patrimonio medioambiental; así,<br />

o municipio est<strong>á</strong> integra<strong>do</strong> na Red Natura 2000, dentro<br />

<strong>do</strong> Plan de protección de espacios naturais.<br />

A muralla é o recurso emprega<strong>do</strong> na elaboración das<br />

ofertas actuais da cidade. Nas guias e folletos turísticos<br />

destaca a utilización deste recurso como principal<br />

aliciente da cidade, con folletos exclusivos da historia da<br />

muralla, fotos e ubicación das distintas portas e accessos<br />

<strong>á</strong> mesma, cun breve resumen <strong>do</strong>utros monumentos da<br />

cidade. Desde logo, nunha primeira <strong>aproximación</strong> <strong>á</strong><br />

imaxen que se proxecta da cidade na sua promoción<br />

exterior, a muralla é o elemento fundamental, deixan<strong>do</strong><br />

como moi secundario o resto <strong>do</strong> patrimonio histórico.<br />

Esto sucede por exemplo, na presentación <strong>do</strong> Camiño de<br />

Santiago, onde non destaca a cidade de Lugo, senón m<strong>á</strong>is<br />

ben, unha descripción das distintas igrexias destacadas<br />

da provincia.<br />

En xeral, as guias <strong>turística</strong>s de Lugo dan unha escasa<br />

utilización <strong>do</strong>s seus singulares recursos, sen ape<strong>nas</strong><br />

combinacións de ofertas naturais e históricas. Debe<br />

destacar sen embargo, unha na que se propoñen varias<br />

rutas por Lugo, e polo patrimonio Histórico-artístico,<br />

cunha breve referencia ao patrimonio natural, inclui<strong>do</strong> o<br />

rio Miño, moi escasamente cita<strong>do</strong> na maioría <strong>do</strong>s folletos.<br />

Debemos suliñar que a cidade de Lugo desenvolveuse<br />

historicamente sen posuir unha clara relación co río<br />

Miño. O seu plano exténdese na actualidade <strong>á</strong>s rondas <strong>do</strong><br />

Carme e República de Arxentina e ao traza<strong>do</strong> da estrada<br />

N-VI, e no pasa<strong>do</strong> ao territorio delimita<strong>do</strong> pola muralla. A<br />

vinculación sempre víu dada polas Termas Roma<strong>nas</strong> e<br />

polo Balneario localiza<strong>do</strong>s no extrarradio da cidade <strong>nas</strong><br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

87


88<br />

beiras <strong>do</strong> río, pero este nunca foi protagonista da vida<br />

social, económica e cultural da cidade. O Miño como fito<br />

simbólico da paisaxe cultural de Galicia debería ter un<br />

papel e un rol de protagonismo na imaxe externa da<br />

cidade de Lugo. A construcción dun paseo fluvial a carón<br />

<strong>do</strong> Campus Universitario pode resultar moi positiva ó<br />

respecto pero non cubre a deficiente dialectica urbe-río.<br />

Lugo podería ser a "Cidade <strong>do</strong> Miño", "das augas fluviais<br />

de Galicia", "das termas roma<strong>nas</strong>", "da pesca e <strong>do</strong>s<br />

deportes fluviais", "<strong>do</strong>s baños e balnearios", etc.. O Miño<br />

debería ser o outro valioso recurso ecolóxico-natural polo<br />

cal a cidade de Lugo se distinguiría <strong>do</strong>utras.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección<br />

externa polo seu<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a<br />

cabo para<br />

mellorar<br />

Difusión de<br />

proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

89<br />

Monforte de Lemos<br />

Edificios Barrios<br />

Cat<strong>á</strong>logo Normas Conjunto Histórico-Artístico<br />

Subsidiarias<br />

desde 1973<br />

Cat<strong>á</strong>logo Normas<br />

Subsidiarias<br />

------<br />

Valoración Natural<br />

Regato de Malloadas e marxes.<br />

Río Cabe e marxes.<br />

Outeiro de San Vicente <strong>do</strong> Pino.<br />

Espacios rurais da periferia adxacente<br />

ó Núcleo Urbano.<br />

Saneamento integral e protección urbanística <strong>do</strong> río<br />

Cabe e regato de Malloadas.<br />

Protección urbanística <strong>do</strong> Outeiro de San Vicente.<br />

Protección e rehabilitación <strong>do</strong>s espacios rurais<br />

adxacentes ó Núcleo Urbano.<br />

Informativo de valor ecolóxico-natural. Difusión de<br />

proxectos pedagóxicos. Difusión <strong>do</strong> valor social e<br />

económico <strong>do</strong> patrimonio natural e cultural.<br />

Monforte conta cun abundante e valioso patrimonio<br />

histórico-artístico. Destaca o conxunto monumental <strong>do</strong><br />

outeiro de San Vicente <strong>do</strong> Pino co seu mosteiro e torreón


90<br />

medieval, os restos das antigas murallas, a igrexa<br />

barroca de Régoa, o impresionante edificio <strong>do</strong> Colexio <strong>do</strong>s<br />

Xesuitas, a ponte romana sobre o Cabe, o convento das<br />

monxas clarisas e varias igrexas rom<strong>á</strong>nicas. Tamén<br />

destacan rúas históricas de forte pegada rural-tradicional<br />

como a de Fornos, a rúa <strong>do</strong> Burato ou a <strong>do</strong> C<strong>á</strong>rcere Vella<br />

xunto co denomina<strong>do</strong> barrio Xudeu, que forman parte<br />

dun casco histórico declara<strong>do</strong> Conxunto Histórico<br />

Artístico en 1973. Non hai sen embargo, un planeamento<br />

de protección e rehabilitación <strong>do</strong> Conxunto Histórico o cal<br />

se atopa nun esta<strong>do</strong> regular de conservación.<br />

O río Cabe é un fito fundamental na escena urbana<br />

de Monforte. O saneamento integral <strong>do</strong>s cauces fluviais e<br />

a protección urbanística das súas marxes son intervencións<br />

estratéxicas para a rehabilitación da imaxe externa<br />

de Monforte como unha cidade que coida e preserva o<br />

medio ambiente. Son necesarias políticas urbanísticas<br />

que favorezan a rehabilitación <strong>do</strong>s espacios daña<strong>do</strong>s pola<br />

especulación; débese dar continuidade e firmeza <strong>á</strong>s<br />

políticas que ó respecto se veñen aplican<strong>do</strong> nos derradeiros<br />

anos. Actualmente é preciso priorizar a calidade<br />

urbanística frente a cantidade diante <strong>do</strong> esgotamento<br />

demogr<strong>á</strong>fico e superación <strong>do</strong> desenvolvemento industrial<br />

<strong>do</strong>s anos sesenta e setenta. Débese coidar a edificación<br />

en altura para que non compita e non "oculte" o protagonismo<br />

<strong>do</strong> outeiro de San Vicente na escena urbana.<br />

O coida<strong>do</strong> <strong>do</strong> outeiro de San Vicente é prioritario pois<br />

tamén conforma un fito fundamental da imaxe externa de<br />

Monforte. Resulta moi necesario coidar a paisaxe envolvente<br />

e a visión que pode obter o observa<strong>do</strong>r da cidade en<br />

conxunto, e compriría unha maior atención <strong>á</strong> periferia<br />

rural inmediata <strong>á</strong> cidade preservan<strong>do</strong> os usos tradicionais<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


agropecuarios e penalizan<strong>do</strong> o crecemento suburbano<br />

especulativo e marxinal. Monforte é a capital dunha<br />

comarca rural e agropecuaria e polo tanto debe buscar<br />

puntos de encontro co espacio natural circundante.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

91


Uso <strong>do</strong>s recursos. Monforte de Lemos<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA <br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS<br />

MERCADOS<br />

MUIÑOS<br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS <br />

RUTAS NATURAIS <br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS<br />

RUTAS FLUVIAIS <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


Monforte de Lemos, presenta unha oferta actual moi<br />

centrada no seu patrimonio monumental, presentan<strong>do</strong><br />

incluso propostas de rutas <strong>do</strong> rom<strong>á</strong>nico para a zona. Nun<br />

segun<strong>do</strong> plano destaca na oferta, o emprego <strong>do</strong> patrimonio<br />

natural, específicamnete o rio e m<strong>á</strong>rxenes, para o que<br />

existe toda unha serie de ofertas complementarias<br />

(catamar<strong>á</strong>n, piragüismo, etc). O seu asentamento nun<br />

moi importante cruce de camiños determinou historicamente<br />

tó<strong>do</strong>los aspectos da súa vida coiti<strong>á</strong>. De Monforte<br />

parten camiños cara os catro puntos cardinais da<br />

xeografía galega. Foi un importante nó ferroviario, onde<br />

se distribuía o tr<strong>á</strong>fico que entraba e saía de Galicia.<br />

A vila empr<strong>á</strong>zase nunha depresión entre montañas<br />

que permite ós seus cidad<strong>á</strong>ns obter unhas perspectivas<br />

paisaxísticas de amplo horizonte. Dende os puntos de<br />

observación m<strong>á</strong>is eleva<strong>do</strong>s dentro da cidade, especialmente<br />

dende o conxunto monumental de San Vicente, é<br />

posible obter unhas magníficas vistas aéreas da comarca<br />

e da propia urbe, polo que pode ser oferta<strong>do</strong> ós turistas,<br />

cousa que non se fai na oferta actual.<br />

A imaxe que se obtén miran<strong>do</strong> o horizonte é realmente<br />

atractiva, pódese contemplar unha simbiose e<br />

mestura de natureza e paisaxe antrópica sen aparente<br />

organización racional. O conxunto ofrece unha percepción<br />

de urbanismo espont<strong>á</strong>neo que delata a improvisación<br />

e a falta de planificación e orde. Esta percepción<br />

incluso se mantén en determina<strong>do</strong>s sectores da cidade.<br />

Hai un contraste evidente entre a arquitectura racional,<br />

meditada e de espléndidas formas en equilibrio <strong>do</strong><br />

Colexio <strong>do</strong>s Escolapios e a improvisada e desproporcionada<br />

pegada de recentes edificacións de vivendas<br />

multifamiliares en cru ladrillo sen revestir. En Monforte<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

93


94<br />

entran en contradición o novo e o vello como <strong>do</strong>us<br />

mun<strong>do</strong>s disntintos.<br />

O plano de Monforte desenvolveuse a partir de <strong>do</strong>us<br />

fitos: un é o outerio de San Vicente que a xeito de atalaia<br />

<strong>do</strong>mina a paisaxe envolvente da cidade, e o outro é a<br />

disposición <strong>do</strong> río Cabe pois seguin<strong>do</strong> as súas <strong>á</strong>mbalas<br />

dúas marxes se foi extenden<strong>do</strong> o rueiro urb<strong>á</strong>n. M<strong>á</strong>is<br />

recentemente as edificacións seguirón liñalmente tódalas<br />

vías de comunicación que chegaban <strong>á</strong> vila.<br />

Monforte conta cun importante lega<strong>do</strong> histórico asocia<strong>do</strong><br />

<strong>á</strong> familia <strong>do</strong>s Condes de Lemos que na actualidade<br />

conforma un patrimonio de sumo valor históricoartístico,<br />

pero a imaxe corporativa global que reflicte cara<br />

o exterior ven dada por ser unha encrucillada de camiños<br />

e en especial un nó ferroviario que tivo importancia e que<br />

hoxe est<strong>á</strong> en declive. Non existe unha visión global que<br />

encadre a Monforte como un lugar de interese cultural.<br />

Necesítase unha asociación directa co entorno comarcal,<br />

sobre to<strong>do</strong> co significa<strong>do</strong> da Ribera Sacra e co seu<br />

patrimonio artístico e natural.<br />

Apréciase un contraste entre a oferta monumental<br />

que destacan <strong>á</strong>s guias e a planificación <strong>do</strong> concello, xa<br />

que existen edificacións de vivendas de corte histórico en<br />

esta<strong>do</strong> ruinoso. Hai que potencia lo patrimonio histórico e<br />

cultural, tanto os edificios emblem<strong>á</strong>ticos como os<br />

tradicionais, xa que o turista espera unha oferta conxunta<br />

de to<strong>do</strong> o municipio, e non edificios ailla<strong>do</strong>s.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

95<br />

Ourense<br />

Edificios Barrios<br />

Desde 1923 (San<br />

Francisco) se veñen<br />

protexen<strong>do</strong> dife-rentes<br />

edificios<br />

San Francisco, Catedral e<br />

Palacio Episcopal, Museo<br />

Arqueolóxico, Santa<br />

Eufemia, ponte vella, As<br />

Burgas, Santa María.<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre levar<br />

a cabo para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Desde 1975 existe declaración<br />

de conxunto histórico e<br />

artístico.<br />

Case 30 hect<strong>á</strong>reas abrangue o<br />

perímtero <strong>do</strong> centro histórico.<br />

Plan Especial delimita<strong>do</strong> en<br />

1997<br />

Valoración Ambiental<br />

Parque San L<strong>á</strong>zaro,<br />

Parque <strong>do</strong> rìo Miño-As Lagoas<br />

Creación de <strong>do</strong>us grandes parques<br />

urbanos: Montealegre e Parque Oira<br />

O centro cultural de San Francisco<br />

e o Parque Tecnolóxico


96<br />

Existe un PERI <strong>do</strong> centro histórico coa sua Oficiña<br />

municipal, invertin<strong>do</strong> o concello m<strong>á</strong>is de 100 millóns ao<br />

ano e convenian<strong>do</strong> coa Consellería de Ordenación <strong>do</strong><br />

Territorio e Obras Públicas, así como cio Instituto Galego<br />

da Vivenda Social, para dar lugar <strong>á</strong> ocupación de vivendas<br />

rehabilitadas por persoas mozas. Solicitouse un<br />

programa URBAN ante a U.E.<br />

Na Oficiña Municipal de Rehabilitación, constituída<br />

en 1997, est<strong>á</strong> en elaboración ou execución proxectos de<br />

renovación material (fachadas, infraestructuras e<br />

pavimenta<strong>do</strong>) así como funcional (peatonalización) e<br />

social (emprego e novos veciños). As diferentes prazas <strong>do</strong><br />

centro histórico: praza Maior, <strong>do</strong> Ferro, <strong>do</strong> Trigo, <strong>do</strong>s<br />

santos Cosme e Dami<strong>á</strong>n e mesmo a rúa <strong>do</strong> Progreso<br />

conceden a Ourense unha imaxe de lugar para pasear e<br />

disfrotar da tranquilidade urbana.<br />

No reconto <strong>do</strong>s recursos haber<strong>á</strong> que facer referencia<br />

daqueles que identificamos como etnogr<strong>á</strong>ficos, nos que<br />

Ourense conta cun amplo abano de festas e gastronomía:<br />

San Martiño, Os Maios, O Antroi<strong>do</strong> e o Corpus son<br />

as festas significativas da cidade, que como se pode<br />

apreciar est<strong>á</strong>n cheas dun ritual agrario. As Burgas<br />

actúan como fito importante da memoria histórica da<br />

cidade<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Usos <strong>do</strong>s recursos. Ourense<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA <br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUSEOS <br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS <br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS <br />

RUTAS NATURAIS<br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS<br />

RUTAS FLUVIAIS <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS<br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


98<br />

Ourense mostra unha fisonomía caracterizada por<br />

<strong>do</strong>us elementos fundamentais: a súa posición <strong>nas</strong> beiras<br />

<strong>do</strong>s ríos Miño e Barbaña e a súa situación <strong>nas</strong> comunicacións<br />

entre o litoral Atl<strong>á</strong>ntico e o interior peninsular. A<br />

estructura lonxitudinal da cidade con rúas transversais<br />

en pendente, sobre as abas <strong>do</strong> Barbaña, teñen o fitos<br />

m<strong>á</strong>is significativos <strong>nas</strong> Burgas, a catedral e a praza<br />

Maior. O borde fluvial <strong>do</strong> Miño caracteriza a fisonomía<br />

urbana da cidade, aínda que a cidade non incorporou<br />

plenamente o río na estructura urbana.<br />

A cidade necesita definir a súa imaxe exterior sobre<br />

o canto <strong>do</strong> río Miño melloran<strong>do</strong> a imaxe <strong>do</strong> centro<br />

histórico e procuran<strong>do</strong> que sexa un centro cívico para o<br />

seu contorno. A influencia comarcal debe reforzarse con<br />

melloras de accesibilidade desde os pobos m<strong>á</strong>is próximos<br />

e integran<strong>do</strong> <strong>á</strong>s <strong>á</strong>reas comerciais <strong>do</strong> Carballiño, Celanova<br />

e Ribadavia, para finalmente ter unha maior influencia<br />

sobre O Barco, Xinzo e Verín.<br />

Nestes momentos xa comezou a recuperación das<br />

beiras <strong>do</strong> Miño, que supor<strong>á</strong>n a integración <strong>do</strong> entorno<br />

urbano dun total de 10 kilómetros lonxitudinais (sobre 5<br />

kms. en cada banda) <strong>do</strong> río. Esto supón medidas de<br />

rehabilitación de fachadas, creación de paseos, pasarelas<br />

de madeira e recuperación das marxes fluviais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

99<br />

Pontevedra<br />

Edificios Barrios<br />

Ruí<strong>nas</strong> <strong>do</strong> Convento de Santo Domingo<br />

Lei 14,agosto,1895, (Gaceta 17-VIII)<br />

Museo de Pontevedra.<br />

D. 474/1962, 1 febreiro, (BOE 7-III)<br />

Convento-igrexa de San Francisco l<br />

Barrio Antigo da Cidade<br />

26, agosto,1896 (Gaceta 28-VIII)<br />

de Pontevedra:<br />

Igrexa de Santa María a Mayor<br />

D.25, febreiro,1951<br />

D. 3, xunio, 1931, (Gaceta 4-VI)<br />

(BOE 19-IX)<br />

Mosteiro de San Salva<strong>do</strong>r de Lérez 21,<br />

xunio 1946, (BOE 5-VII)<br />

Capela da Peregrina 10,<br />

febreiro,1982 (BOE 4-VI)<br />

Cruceiros<br />

14, marzo, 1963 (BOE 30-III)<br />

Cidade 71<br />

Rural 88<br />

DOG 98. 24,maio,1994


100<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a<br />

cabo para mellorar<br />

Difusión de<br />

proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

“Paraxe Pintoresca”: Entorno <strong>do</strong> Mosteiro de San<br />

Salva<strong>do</strong>r de Lérez d. 26,xuño,1946 (BOE 5-VII)<br />

Recuperación integral das cuncas fluviais <strong>do</strong> Lérez,<br />

Alba-Rons e Tomeza-Gafos.<br />

Recuperación da marisma <strong>do</strong> Bao<br />

e parques forestais <strong>do</strong> Acibal e a Fracha<br />

Depuración <strong>do</strong>s verti<strong>do</strong>s <strong>á</strong> Ría e aguas residuais.<br />

Eliminación <strong>do</strong>s verti<strong>do</strong>s incontrola<strong>do</strong>s<br />

de lixo e inertes<br />

Informativo. Convenios coas parroquias e asociacións<br />

En Pontevedra destaca o seu casco vello, que sobrevivíu<br />

<strong>á</strong> corrente aperturista de finais <strong>do</strong> século XIX e <strong>á</strong><br />

especulación <strong>do</strong> actual. A zona monumental reflicte<br />

claramente a súa longa historia desde as orixes prerroma<strong>nas</strong>,<br />

o impulso <strong>do</strong> arrabal<strong>do</strong> mariñeiro no medioevo<br />

para deixar paso logo xa <strong>á</strong> ciade, próxima a grandes<br />

centros mon<strong>á</strong>sticos e dependente da mitra compostel<strong>á</strong>.<br />

Foco de atracción de mercaderes e familias fidalgas que<br />

deixaron a súa impronta arquitectónica e urbanística que<br />

contrasta fortemente coa xurdida a partir da década <strong>do</strong>s<br />

sesenta e setenta nos ensanches e no desenvolvemento<br />

urbano actual.<br />

Os recursos ambientais da cidade tamén son abundantes<br />

e cunha forte potencialidade <strong>turística</strong>. A posición<br />

estratéxica da cidade posibilita a transición paisaxística<br />

interior/litoral e fluvial/marítimo nunha extenxión<br />

territorial cómoda para a visita <strong>turística</strong>. A centralidade<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


101<br />

respecto das Rías Baixas e co interior, espacios ricos en<br />

recursos medioambientais e culturais, reforza as<br />

devanditas potencialidades de desenvolvemento neste<br />

ei<strong>do</strong>, sempre e can<strong>do</strong> se acometa o planeamento e as<br />

posteriores actuacións na recuperación <strong>do</strong>s espacios<br />

naturais: marismas, masas forestais, depuración e<br />

prevención da contaminación das aguas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Usos <strong>do</strong>s recursos. Pontevedra<br />

Recursos<br />

ANTRÓPICOS<br />

ETNOGRÁFICOS<br />

ANTRÓPICOS<br />

MONUMENTAIS<br />

AMBIENTAIS<br />

VIVOS<br />

AMBIENTAIS<br />

INERTES<br />

Ofertas<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA <br />

CAMIÑO SANTIAGO <br />

FESTAS<br />

MERCADOS<br />

MUIÑOS<br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

RUTAS NATURAIS<br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS<br />

RUTAS FLUVIAIS<br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS<br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


103<br />

A cidade de Pontevedra emprega no deseño actual<br />

das ofertas <strong>turística</strong>s o seu patrimonio monumental como<br />

principal recurso disponible. Nas guias editadas destaca<br />

a imaxen da cidade monumental e o mesmo tempo<br />

destacan outros folletos a cidade moderna da cultura e<br />

<strong>do</strong>s avances arquitectóncos- pazo de congresos e exposicións-,<br />

no que se emprega a idea de “ disfrutar traballan<strong>do</strong>”.<br />

A causa <strong>do</strong> seu emplazamento na confluencia <strong>do</strong>s<br />

ríos Lérez, Alba e Gafos, (fundamentalmente no interfluvio<br />

Lérez e Gafos), os condicionantes naturais das antigas<br />

marismas no Alba e Xunqueira <strong>do</strong> Lérez fixaron a este río<br />

como canto norte e oeste e <strong>á</strong> ría como extremo su<strong>do</strong>este,<br />

ten<strong>do</strong> en conta que o curso <strong>do</strong> Gafos-Tomeza e m<strong>á</strong>is o<br />

traza<strong>do</strong> da liña férrea pola súa beira induciron un<br />

crecemento lento cara o nacente.<br />

O feito histórico da dualidade vila arzobispalarrabal<strong>do</strong><br />

mareante que amosa o seu cumio a finais da<br />

edade media, e vai esmorecen<strong>do</strong> ata a segunda mitade<br />

<strong>do</strong> s. XIX na que a capitalidade de provincia, a función<br />

administrativa civil e o ferrocarril revitalizan o urbanismo,<br />

o comercio e tímidamente a industria. O emprazamento<br />

na encrucillada das vías de comunicación que<br />

unían o Norte e o Sur da Galicia costeira, e a posición<br />

estratéxicamente centrada respecto das Rías Baixas e o<br />

interior fixeron de Pontevedra un paso obriga<strong>do</strong> dentro da<br />

Galicia costeira.<br />

A situación actual é a dun núcleo administrativo<br />

pecha<strong>do</strong> en si mesmo, de costas ao río e <strong>á</strong> ría, con<br />

indefinicións morfolóxicas, dificultades de proxección na<br />

<strong>á</strong>rea de influencia, (continuum urbano Arcade, Marín-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


104<br />

S<strong>eixo</strong> e Poio-Raxó), e serios déficits infraestructurais,<br />

falto de iniciativas para aproveitar as potencialidades<br />

dunha situación socioeconómica e territorial privilexiadas.<br />

Ainda a pesar de abon<strong>do</strong>sas agresións, fundamentalmente<br />

nos anchos e altos das rúas, a morfoloxía<br />

urbana amosa un perfil razonablemente ben defini<strong>do</strong> que<br />

precisaría potenciar a revitalización e conservación <strong>do</strong><br />

casco vello co actual Plan Urban sen decoidar os ensanches<br />

e racionalizan<strong>do</strong> as novas unidades de actuación. A<br />

paisaxe de conxunto precisa ser ordenada e recuperada<br />

con premura.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


105<br />

Santiago de Compostela<br />

PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre<br />

levar a cabo para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Edificios Barrios<br />

Plan Especial<br />

Casco Histórico<br />

da Cidade Histórica no seu conxunto<br />

Plan Especial<br />

Casco Histórico<br />

da Cidade Histórica no seu conxunto<br />

Valoración Ambiental<br />

Monte Pedroso<br />

Praia Fluvial de Chaian<br />

Ríos Sar e Sarela e as súas marxes<br />

Ordenación <strong>do</strong> Monte Pedroso como<br />

espacio forestal para o ocio<br />

Saneamento ríos Sar e Sarela<br />

Ordenamento Praia Fluvial de<br />

Chaian<br />

Medioambiental e Informativos que<br />

complementen a imaxe de cidade<br />

monumental<br />

No estudio feito sobre as <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> E.A. destaca<br />

Santiago como centro cultural, e sobre to<strong>do</strong> como foco de<br />

atracción <strong>turística</strong> da eurorexión. Analizan<strong>do</strong> o patrimonio<br />

monumental, destaca a catalogación <strong>do</strong> seu casco<br />

vello no plan especial de cidade histórica, o que provoca<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


106<br />

que est<strong>á</strong>n levan<strong>do</strong> a cabo ambiciosos programas de<br />

rehabilitación <strong>do</strong>s edificios <strong>do</strong> Centro Histórico, tanto de<br />

vivendas como de locais comerciais, que son controla<strong>do</strong>s<br />

por unha oficina municipal que ofrece axudas económicas<br />

e controla o proceso e a súa calidade.<br />

O problema fundamental <strong>do</strong> Centro Histórico é conseguir<br />

un anovamento da súa poboación residente e a<br />

potenciación da súa función comercial e de servicios en<br />

xeral. É un reto a planificación e ordenamento <strong>do</strong> tr<strong>á</strong>fico<br />

no centro histórico e o control da especulación urbanística,<br />

est<strong>á</strong> despuntan<strong>do</strong> un interés crecente pola rehabilitación<br />

de vivendas de luxo que se destinan <strong>á</strong> aloxamento de<br />

grupos sociais con grande poder adquisitivo e que pode<br />

chegar a coexistir con bolsas de marxinación nalgúns<br />

sectores onde polas súas características non son idóneos<br />

para ese tipo de desenvolvemento urbanístico (aquelas<br />

rúas m<strong>á</strong>is sobrosas e frías, estreitas e alonxadas das<br />

inmediacións da Catedral e rúas adxacentes).<br />

A estructura urbano-territorial <strong>do</strong> Concello de Santiago<br />

complétase co Ensanche, os Barrios Periféricos e as<br />

Parroquias Rurais, os cales no seu conxunto quedan<br />

dilui<strong>do</strong>s na imaxe de cidade patrimonial e cultural que<br />

trascende <strong>do</strong> seu Casco Histórico. O sector coñeci<strong>do</strong><br />

popularmente como Ensanche, desenvolvemento<br />

urbanístico-especulativo <strong>do</strong>s anos setenta en base a un<br />

densificación de bloques de pisos de ata 8-10 alturas en<br />

rúas moi estreitas, necesita dun plan de intenvención<br />

que potencie unha renovación urbanística e posta en<br />

valor dunha imaxe cada vez m<strong>á</strong>is deteriorada.<br />

Os Barrios Periféricos benefici<strong>á</strong>ronse dunha política<br />

de descenstralización <strong>do</strong>s servicios urbanos de tal xeito<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


107<br />

que a urbanización extendeuse territorialmente seguin<strong>do</strong><br />

<strong>á</strong>s principais estradas de acceso <strong>á</strong> cidade (San L<strong>á</strong>zaro<br />

vincúlase co Estadio de Fútbol e o Pazo de Congresos de<br />

Galicia con imortantes <strong>do</strong>tacións hoteleiras de alto rango;<br />

O Castiñeiriño-Pontepedriña cun Centro Comercial, Vista<br />

Alegre coa Universidade e o Auditorio de Galicia, etc.),<br />

ainda que as parroquias rurais necesitarín unha maior<br />

atención en canto <strong>á</strong> súa vinculación social coa cidade e<br />

ao seu desenvolvemento urbanístico.<br />

Santiago conta cunha importante programación cultural<br />

permanente durante to<strong>do</strong> o ano no Auditorio de<br />

Galicia, Universidade de Santiago, Teatros Principal e<br />

SantYago, etc. É sede da Orquesta Filarmónica de Galicia<br />

e acolle gran número de concertos de música de diferantes<br />

estilos programa<strong>do</strong>s periódicamente. Exposicións de<br />

escultura, pintura e de calquera xénero artístico est<strong>á</strong>n<br />

presentes na vida coti<strong>á</strong> da cidade. Conta cunha importante<br />

rede de museos entre os que destacan o Museo de<br />

Pobo Galego, Arte Contempor<strong>á</strong>nea, Peregrinacións, etc.<br />

Amais de salas de exposicións de arte privadas. As redes<br />

de salas de teatro, e arte alternativo tamén estan presentes<br />

na cidade.<br />

Destaca tamén a <strong>actividade</strong> <strong>do</strong> Pazo de Congresos e<br />

Exposicións de Galicia que acolle importantes eventos de<br />

to<strong>do</strong> tipo de exposicións de negocios, convencións e<br />

congresos e reunións científicas. A función de cidade de<br />

congresos estase a enraizar na economía local. To<strong>do</strong> isto<br />

se completa coa impartición de conferencias a diario nos<br />

organismos públicos e priva<strong>do</strong>s da cidade. Son frecuentes<br />

as presentacións de libros <strong>do</strong>s m<strong>á</strong>is afama<strong>do</strong>s escritores<br />

internacionais e incluso conferencias de científicos de<br />

gran relevancia e Premios Nobel.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


108<br />

A cidade de Santiago debe potenciar o seu patrimonio<br />

ambiental como complento idóneo ó seu patrimonio<br />

monumental e cultural. Son necesarias actuacións sobre<br />

lugares estratéxicos <strong>do</strong> <strong>á</strong>mbito municipal que poden<br />

axudar <strong>á</strong> proxección externa da cidade.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Usos <strong>do</strong>s recursos. Santiago de Compostela<br />

Recursos<br />

ANTRÓPICOS<br />

ETNOGRÁFICOS<br />

ANTRÓPICOS<br />

MONUMENTAIS<br />

AMBIENTAIS<br />

VIVOS<br />

AMBIENTAIS<br />

INERTES<br />

Ofertas<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA<br />

CAMIÑO SANTIAGO <br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUIÑOS<br />

PASEOS EN BUS <br />

PASEOS EN TREN <br />

PASEOS GUIADOS <br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS<br />

RUTAS NATURAIS<br />

RUTAS HISTÓRICAS <br />

RUTAS GASTRONÓMICAS<br />

RUTAS FLUVIAIS<br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS<br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


110<br />

A cidade de Santiago, capital cultural no ano 2000,<br />

presenta un amplio abano de ofertas actuais, que non<br />

est<strong>á</strong>n presentes noutras <strong>cidades</strong>. A multitude de guías e<br />

folletos edita<strong>do</strong>s pola cidade, resulta<strong>do</strong> da chegada de<br />

fon<strong>do</strong>s comunitarios e a vontade <strong>do</strong> concello de aproveitar<br />

o efecto que supuxo para a cidade ese nomeamento. O<br />

camiño de Compostela e a súa importancia <strong>turística</strong> é un<br />

feito que condiciona <strong>á</strong> vez que motiva as actuacións cara<br />

o incremento das suas ofertas.<br />

Santiago é unha cidade media no contexto <strong>do</strong> sistema<br />

urbano de Galicia-Norte de Portugal que se sitúa no<br />

corre<strong>do</strong>r urbano que conforma a Autoestrada <strong>do</strong> Atl<strong>á</strong>ntico.<br />

É a cidade capital político-administrativa da Comunidade<br />

Autónoma de Galicia e sede <strong>do</strong> Parlamento de<br />

Galicia e <strong>do</strong> goberno autónomo da Xunta de Galicia. A<br />

súa imaxe urbana est<strong>á</strong> estreitamente vinculada ao seu<br />

patrimonio histórico. Conta cun centro histórico de orixe<br />

medieval de excelencia internacional, cataloga<strong>do</strong> como<br />

Patrimonio da Humanidade pola Unesco e alí se ubican<br />

os grandes edificios monumentais da arquitectura<br />

histórica de Galicia, suliñan<strong>do</strong> a Catedral, o Pazo de<br />

Raxoi, o mosteiro de San Martiño Pinario, etc. A imaxe de<br />

cidade cultural de excelencia fundaméntase no valor <strong>do</strong><br />

seu patrimonio histórico vincula<strong>do</strong> aos Camiños de<br />

Santiago e ao culto relixioso <strong>do</strong> Apóstolo Santiago. Tamén<br />

é a sede secular da universidade galega, que con m<strong>á</strong>is de<br />

505 anos de antigüidade é xunto con Salamanca unha<br />

das m<strong>á</strong>is significativas de España.<br />

Cidade universitaria, cidade cultural, capital política<br />

de Galicia, punto de confluencia <strong>do</strong>s Camiños de Santiago,<br />

son os elementos que perfilan a sua imaxe actual. A<br />

celebración de eventos internacionais de corte cultural-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


111<br />

turístico contribúen notablemente a potenciar esa imaxe.<br />

Os Anos Xacobeos de 1993 e 1999 xunto coa celebración<br />

da Capitalidade Europea da Cultura <strong>do</strong> ano 2000<br />

constituiron importantes eventos culturais de to<strong>do</strong> tipo<br />

con millóns de visitantes. A economía local cada vez est<strong>á</strong><br />

m<strong>á</strong>is orientada cara os servicios turísticos. As estatísticas<br />

oficiais sinalan un fluxo de 10 millóns de visitantes en<br />

Santiago durante a celebración <strong>do</strong> Xacobeo 1999, algo<br />

realmente extrarordinario ten<strong>do</strong> en conta que a súa<br />

poboación non acada os 100.000 habitantes.<br />

Desde o punto de vista urbanístico, Santiago ten<br />

acada<strong>do</strong> sona internacional por recibir un Premio da<br />

Unión Europea que recoñece o valor da política de<br />

conservación e rehabilitación <strong>do</strong> seu Centro Histórico. A<br />

creación e posta en funcionamento dun organismo<br />

público denomina<strong>do</strong> Consorcio da cidade de Santiago de<br />

Compostela, no que perticipan as administracións<br />

central, autonómica e local, presidi<strong>do</strong> por El-Rey de<br />

España, contribúe a posta en valor <strong>do</strong> seu patrimonio e a<br />

difusión da imaxe cultural da cidade. Con to<strong>do</strong>, Santiago<br />

experimenta un crecemento urbanístico sen poboación, a<br />

cal se dirixe aos municipios da súa periferia inmediata,<br />

Ames, Teo e Brión, onde as vivendas e as políticas<br />

urbanísticas menos ríxidas, <strong>á</strong>s veces especulativas,<br />

cubren a demanda que non encontra oferta na cidade.<br />

Hoxe est<strong>á</strong>n aparecen<strong>do</strong> graves problemas de transporte e<br />

comunicación da cidade cos municipios da súa periferia<br />

suburbana.<br />

A paisaxe envolvente da cidade est<strong>á</strong> determinada<br />

polo seu emprazamento nun interfluvio entres as cuncas<br />

<strong>do</strong>s ríos Tambre e Ulla. A cidade de Santiago se expande<br />

e medra segun<strong>do</strong> <strong>á</strong> disposicón <strong>do</strong>s vales <strong>do</strong> río Sar e<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


112<br />

Sarela afluentes <strong>do</strong> Ulla e <strong>do</strong> Tambre. Empr<strong>á</strong>zase a<br />

cidade de forma aberta sobre o territorio e nela conviven<br />

as vivendas unifamiliares con horta ou xardín, históricas<br />

e moder<strong>nas</strong>, con edificios monumentais e bloques de<br />

pisos de maior ou menor densidade e alza<strong>do</strong> volumétrico.<br />

O perfil <strong>do</strong> conxunto construi<strong>do</strong> non se pode definir<br />

nídiamente debi<strong>do</strong> a ese emprazamento movi<strong>do</strong> reparti<strong>do</strong><br />

entre diferentes vales fluviais. A natureza e a paisaxe<br />

rural se insiren directamente coa cidade en plena<br />

convivencia armónica, sen<strong>do</strong> un nídeo exemplo o feito de<br />

que ao pé da Praza <strong>do</strong> Obra<strong>do</strong>iro séguese a cultivar <strong>á</strong>s<br />

hortas como tradicionalmentes se fixo dende séculos<br />

atr<strong>á</strong>s. Isto é otro fito se sumo interés para promocionar a<br />

imaxe de cidade armónica coa natureza e co mun<strong>do</strong><br />

rural. Tamén resulta de interés paisaxístico o feito de que<br />

a gran praza insigne <strong>do</strong> casco histórico de Santiago, a<br />

mencionada Praza <strong>do</strong> Obra<strong>do</strong>iro, estea emprazada ó pé<br />

<strong>do</strong> Monte Pedroso, un espacio natural con significativos<br />

bosques de piñeiros e acacias e que se debe conservar e<br />

potenciar como un espacio de lecer para a propia cidade.<br />

Na paisaxe urbana de Santiago hoxe convivén o novo<br />

e o vello, a tradición e o contempor<strong>á</strong>neo exemplica<strong>do</strong><br />

na coexistencia estética da aquitectura rom<strong>á</strong>nicomedieval,<br />

barroca, renacentista, moderna e contempor<strong>á</strong>nea.<br />

As pegadas de importantes arquitectos actuais de<br />

sona internacional quedan patentes na arquitectura<br />

contempor<strong>á</strong>nea de perfil racionalista de Alvaro Siza no<br />

Museo de Arte Comtempor<strong>á</strong>nea ou na Facultade de<br />

Xornalismo, de Norman Foster co seu proxecto de Torre<br />

de Telecomunicaicóns <strong>do</strong> Monte Pedroso, etc. No futuro<br />

inmediato a imaxe cultural de excelencia de Santiago de<br />

Compostela se reforzar<strong>á</strong> coa construcción da chamada<br />

Cidade da Cultura que ten proxectada a Xunta de Galicia<br />

para emprazar no Monte Xaias e que se pretende que<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


113<br />

sexa o referente simbólico-cultural da Galicia <strong>do</strong> novo<br />

milenio, urbana e moderna.<br />

O esta<strong>do</strong> actual da morfoloxía urbana, a paisaxe de<br />

conxunto e a atracción rexional pódese calificar de bó. A<br />

cidade conta con importantes recoñecementos internacionais<br />

<strong>á</strong> súa política urbanística referida ó patrimonio<br />

histórico. A paisaxe de conxunto é equilibrada e armónica<br />

co relevo circundante e coas súas características huma<strong>nas</strong>,<br />

necesitan<strong>do</strong> de intervencións puntuais nalgúns<br />

espacios urbanos como pode ser o Ensanche <strong>do</strong>s anos<br />

setenta, nalgún barrio e especialmente <strong>nas</strong> parroquias<br />

rurais en temas como o desenvolvemento urbanístico<br />

planea<strong>do</strong>, o transporte e as comunicacións ou os servicios<br />

sociais. Tamén é importante o di<strong>á</strong>logo cos municipos<br />

da periferia e a coordinación das políticas municipais<br />

pois a cidade se desconcentrou sobre os municipios<br />

circundantes. Con respecto <strong>á</strong> atracción rexional, a cidade<br />

exerce de polo de atracción cultural a nivel local, rexional<br />

e internacional sen<strong>do</strong> un referente como cidade universitaria,<br />

Patrimonio da Humanidade e lugar de culto e<br />

peregrinación cristi<strong>á</strong>n.<br />

En canto <strong>á</strong>s necesidades de innovacións veñen referidas<br />

<strong>á</strong>s relativas <strong>á</strong>s comunicacións por ferrocarril e<br />

estrada co exterior, tanto no nivel local de comunicacións<br />

coa periferia rural como a nivel rexional-internacional,<br />

conexións coas autovías de enlace coa meseta e potenciación<br />

<strong>do</strong> aeroporto de Lavacolla na súa categoría de<br />

intenacional coa implantaciónn de voos internacionais<br />

directos. Son tamén deficientes as vinculacións da<br />

Universidade coa empresa existin<strong>do</strong> un desencontro na<br />

transmisión de coñecemento e de recursos de Investigación<br />

e Desenvolvemento. Tamén é deficitario a <strong>do</strong>tación<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


114<br />

de solo industrial pois o Polígono Industrial <strong>do</strong> Tambre<br />

est<strong>á</strong> muy satura<strong>do</strong> e xorden procesos especulativos.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Edificios Barrios<br />

Os primeiros edificios son<br />

cataloga<strong>do</strong>s no 1946<br />

(Colexiata e arre<strong>do</strong>res)<br />

Plano Especial e Cat<strong>á</strong>logo<br />

Complementario de<br />

Edificios de 1990<br />

115<br />

Vigo<br />

O centro histórico<br />

est<strong>á</strong> delimita<strong>do</strong> nun<br />

recinto de case 25<br />

hect<strong>á</strong>reas<br />

Existe un Plano<br />

Especial de Reforma<br />

Interior para o casco<br />

histórico: barrios de<br />

Berbés e Ferrería<br />

Valoración Ambiental<br />

Territorios de proxección Ría de Vigo. Espacios forestais no<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter cinto da periferia municipal.<br />

Actuacións que compre Depuración das augas residuais.<br />

levar a cabo para mellorar Protección espacio forestal.<br />

Informativos. Convenios coas<br />

Difusión de proxectos parroquias que teñen montes m<strong>á</strong>n-<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

común para proxectos de to<strong>do</strong> o<br />

municipio e/ou <strong>á</strong>rea urbana<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


116<br />

O estu<strong>do</strong> feito sobre o plantexamento <strong>do</strong> Eixo Atl<strong>á</strong>ntico<br />

e a imaxe das <strong>cidades</strong> adica unha atención especial<br />

ao patrimonio monumental e ambiental existentes, que<br />

nos servir<strong>á</strong> para analizar o seu aproveitamento en termos<br />

turísticos.<br />

No patrimonio monumental de Vigo destaca o antigo<br />

recinto amuralla<strong>do</strong> ata o ensanche modernista, o que<br />

determina un amplo espacio construí<strong>do</strong>, pero carente de<br />

protección m<strong>á</strong>is aló das medidas de protección <strong>do</strong>s<br />

edificios cataloga<strong>do</strong>s e das normas que posúe o PERI <strong>do</strong><br />

casco vello. Neste espacio pódense atopar restos pétreos<br />

<strong>do</strong> recinto fortifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong>s Austrias, refeito no<br />

tempo <strong>do</strong>s Borbóns, e sobre to<strong>do</strong> conxuntos inmobiliarios<br />

de ornamentación historicista-novecentista. As modificacións<br />

urba<strong>nas</strong> <strong>do</strong>s anos sesenta-setenta <strong>do</strong> século XX<br />

derruíron unha parte importante deste patrimonio, tanto<br />

nos recintos fortifica<strong>do</strong>s como <strong>nas</strong> edificacións de<br />

vivendas.<br />

Os recursos ecolóxicos e ambientais que posue a cidade-<br />

aínda que ser<strong>á</strong> necesario ter en conta aa súa <strong>á</strong>rea<br />

de influencia-, presentanse como recursos cun alto<br />

potencial de uso turístico. Entre eles destaca a fachada<br />

marítima da cidade, o conxunto <strong>do</strong> val <strong>do</strong> Fragoso e a Ría<br />

de Vigo coma os condicionantes ambientais que determinan<br />

a riqueza paisaxística da <strong>á</strong>rea urbana de Vigo.<br />

Non obstante, xa nunha primeira <strong>aproximación</strong><br />

const<strong>á</strong>tase que existen problemas que dificultan a<br />

valoración paisaxística deste contorno: contaminación <strong>do</strong><br />

manto fre<strong>á</strong>tico no Val <strong>do</strong> Fragoso, lixeiras incontroladas,<br />

degradación <strong>do</strong>s espacios forestais de ocio, contaminación<br />

das augas <strong>do</strong> Lagares e da ría como consecuencia da<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


117<br />

escasa depuración das augas sucias. Sen dúbida este<br />

patrimonio é un <strong>do</strong>s grandes valores positivos da <strong>á</strong>rea<br />

urbana coas praias e espacios forestais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Usos <strong>do</strong>s recursos. Vigo<br />

Recursos<br />

ANTRÓPICOS<br />

ETNOGRÁFICOS<br />

Ofertas<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA<br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

MUIÑOS<br />

PASEOS EN BUS <br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS<br />

RUTAS NATURAIS <br />

RUTAS HISTÓRICAS<br />

RUTAS GASTRONÓMICAS <br />

RUTAS FLUVIAIS. MAR. <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS <br />

ANTRÓPICOS<br />

MONUMENTAIS<br />

AMBIENTAIS<br />

VIVOS<br />

AMBIENTAIS<br />

INERTES


119<br />

Observan<strong>do</strong> os recursos e o seu emprego <strong>nas</strong> ofertas<br />

actuais da cidade de Vigo, observamos unha escasa<br />

utilización e sobre to<strong>do</strong> limitada integración coas outras<br />

<strong>actividade</strong>s productivas <strong>do</strong> municipio- o sector industrial-<br />

, polo que a imaxe da cidade non recolle estas <strong>actividade</strong>s,<br />

pero debemos destacar que <strong>nas</strong> guías facilitadas non<br />

est<strong>á</strong> completo to<strong>do</strong> o término municipal, polo que a visión<br />

e ubicación das <strong>á</strong>reas de influencias non aparecen<br />

recollidas.<br />

Vigo non se debe analizar desde a perspectiva <strong>turística</strong><br />

sen ter en conta a súa ubicación <strong>nas</strong> Rías Baixas,<br />

igual que non se debe esquencer a sua vinculación ao<br />

proceso de industrialización <strong>do</strong>s recursos marítimos, que<br />

marcaron o seu desenvolvemento histórico recente.<br />

Ainda así, a identificación da cidade como espacio litoral<br />

presenta o curioso atranco da presencia dun borde<br />

marítimo ocupa<strong>do</strong> por usos productivos que “miran para<br />

o mar exterior”, pero non para a cidade: son os peiraos<br />

de pesca e os comerciais. O proxecto “Abrir Vigo ao mar”<br />

procurou achegar a cidade ata o mar, pero a compatibilización<br />

<strong>do</strong>s usos priva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s peiraos deportivos <strong>do</strong><br />

N<strong>á</strong>utico respecto a un espacio de lecer público supoñen<br />

unha nova “barreira” visual e física e un posible conflicto<br />

de usos entre os cidad<strong>á</strong>ns e o mar.<br />

Na sua memoria histórica pre<strong>do</strong>mina a imaxe de cidade<br />

industrial e traballa<strong>do</strong>ra, moi vinculada <strong>á</strong>s <strong>actividade</strong>s<br />

<strong>do</strong>s estaleiros e a pesca. Pero a cidade tamén dispón<br />

de fitos representativos na conquista de terras ao mar<br />

para o lecer <strong>do</strong>s cidad<strong>á</strong>ns; en especial fronte <strong>á</strong>s presións<br />

<strong>do</strong>s promotores priva<strong>do</strong>s na actual Alameda, que foi<br />

rexistrada polo concello como espacio público. Esta<br />

actuación política da corporación municipal entre 1876 e<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


120<br />

1877 é unha mostra <strong>do</strong>s efectos que se producen sobre a<br />

paisaxe da cidade can<strong>do</strong> existe unha sensibilidade da<br />

“cousa pública”.<br />

A perspectiva visual de Vigo tamén aparece “atacada”<br />

pola presencia de edificios que baten coa estética de<br />

cidade que se espalla polas abas <strong>do</strong> monte Castro,<br />

topónimo que lembra as orixes m<strong>á</strong>is antigas deste<br />

asentamento. O “Plan Urban” ten mellora<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> de<br />

infraestructuras e renova<strong>do</strong> as construccións, pero non<br />

existe un anovamento da poboación <strong>do</strong> centro histórico,<br />

que é a zona m<strong>á</strong>is vella e en proceso de despoboamento.<br />

Vigo é un claro exemplo dun espacio económico no<br />

coexisten duas ópticas diferentes. Nun espacio turístico<br />

coexisten normalmente a condición de espacio productivo<br />

e espacio producto ou de consumo. Por isto é preciso<br />

coidar os aspectos formais e funcionais, xa que deben ser<br />

operativos económicamente e atractivos para os usuarios.<br />

Non se trata de satisfacer as necesidades <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r<br />

turístico, senón que é necesaria unha adecuación cós<br />

intereses <strong>do</strong>s habitantes <strong>do</strong> municipio e axentes económicos<br />

e sociais implica<strong>do</strong>s.<br />

Os concellos deber<strong>á</strong>n facer un exercicio de planificación<br />

integrada da <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong>, xa que é preciso<br />

estudar os efectos sobre a comunidade local, non só os<br />

beneficios, senón tamén as externalidades coas que se<br />

ter<strong>á</strong> que enfrentar e que en gran de medida determinar<strong>á</strong>n<br />

o éxito da <strong>actividade</strong>. As potencialidades existen claramente<br />

na cidade de Vigo, sobre to<strong>do</strong> vincula<strong>do</strong>s os<br />

recursos naturais -paisaxe, espacios forestais, praias...-,<br />

polo que a súa xestión ambiental, patrimonial e urbana é<br />

fundamental.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


121<br />

Resulta preciso continuar coa conservación e salvaguarda<br />

da imaxe histórica que se comezou a través <strong>do</strong><br />

Plan Urban, pero agora no espacio <strong>do</strong> modernismo. A<br />

paisaxe <strong>do</strong> conxunto necesita un mellor tratamento <strong>do</strong>s<br />

residuos, en especial a través <strong>do</strong> control das lixeiras<br />

espont<strong>á</strong>neas no conxunto da Rexión Urbana de Vigo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


123<br />

Vilagarcía de Arousa<br />

PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

Edificios Barrios<br />

Pazo de Vista Alegre. D. 1.705/1980 <strong>do</strong><br />

9,xaneiro, BOE 3-IX<br />

Pazo de Rial BOE 9-II-1990<br />

Casa Forte de Rubi<strong>á</strong>ns BOE 27-XII-1980<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre<br />

levar a cabo para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

Paraxe Protexida: Monte Lobeira<br />

D.2.228/1962BOE 7-IX<br />

Castro de Alobre (Montiño)<br />

Dotación de servicios e mantemento<br />

Estación de observación<br />

no encoro de Castrogudín.<br />

Recuperación <strong>do</strong> parque <strong>do</strong> castriño<br />

O estudio da imaxe da cidade de Vilagarcia de Arousa<br />

móstranos o interese da vila pola conservación <strong>do</strong> seu<br />

patrimonio, tanto monumental coma ambiental.<br />

Ubícase a cidade na beira sur da Ría de Arousa, na<br />

cabeceira norte da Comarca <strong>do</strong> Salnés. O poboamento<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


124<br />

deste territorio é prerromano, no século XVIII instalan os<br />

catal<strong>á</strong>ns salazóns, na segunda metade <strong>do</strong> XIX o ferrocarril<br />

e o porto dan pulo <strong>á</strong> localidade que pronto fagocita ós<br />

limítrofes concellos de Carril e Vilaxoan, neste século<br />

convírtese no terceiro núcleo urbano da provincia de<br />

Pontevedra, superan<strong>do</strong> na actualidade os 30.000 habitantes.<br />

Hoxe é un núcleo urbano modrno, ben urbaniza<strong>do</strong><br />

que ofrece ós seus cidad<strong>á</strong>ns e os numerosos visitantes<br />

un alto nivel de vida. Ás actuacións urbanísticas,<br />

peatonalizacións, <strong>do</strong>tación de parking, saneamento <strong>do</strong>s<br />

cursos fluviais, delimitación de polígonos industriais e<br />

ampliación <strong>do</strong> porto, haber<strong>á</strong> que engadir a rexeneración<br />

da praia de Compostela e a recuperación da fachada<br />

marítima. Isto nos leva a concluir que o desenvolvemento<br />

prodúcese dun xeito ordena<strong>do</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Vilagarcía de Arousa<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

ARTESANÍA<br />

CAMIÑO SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

MUSEOS<br />

PASEOS EN BUS<br />

PASEOS EN TREN<br />

PASEOS GUIADOS<br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS, MAR <br />

RUTAS NATURAIS <br />

RUTAS HISTÓRICAS<br />

RUTAS GASTRONÓMICAS<br />

RUTAS FLUVIAIS.MAR. <br />

RUTAS ETNOGRÁFICAS <br />

RUTAS ARQUITECTÓNICAS


126<br />

O municipio de Vilagarcía presenta unha oferta actual<br />

de <strong>actividade</strong>s <strong>turística</strong>s <strong>nas</strong> que emprega os seus<br />

recursos ambientais e antrópicos etnogr<strong>á</strong>ficos. Como<br />

zona costeira emprega na súa oferta o mar e praias,<br />

xunto coa gastronomía e rutas pola comarca, poiden<strong>do</strong><br />

consideralas coma unha oferta conxunta.<br />

Chama a atención o limita<strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s recursos monumentais<br />

na oferta <strong>turística</strong> que se manifesta <strong>nas</strong> guías<br />

oficiais, can<strong>do</strong> pola contra, constitúen os seus valores<br />

m<strong>á</strong>is relevantes e identificativos, uni<strong>do</strong>s <strong>á</strong> sua situación<br />

marítima e aos recursos relaciona<strong>do</strong>s co mar.<br />

A política actual de rehabilitación e conservación<br />

<strong>do</strong>s edificios singulares para facelos funcionais vai parella<br />

coa da de <strong>do</strong>tación de infaestructuras e servicios nos<br />

ei<strong>do</strong>s culturais e deportivos. Con to<strong>do</strong>, resulta imprescindible<br />

unha actuación institucional de reformulación da<br />

imaxe <strong>turística</strong> <strong>do</strong> municipio arre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> seu patrimonio<br />

histórico, ape<strong>nas</strong> coñeci<strong>do</strong> mesmo polos seus habitantes.<br />

A vinculación ao mar aparece en múltiples aspectos<br />

ao través das <strong>actividade</strong>s profesionais e tamén das<br />

deportivas, reforzadas por un singular tr<strong>á</strong>nsito de buques<br />

de cruceiro, o que incrementa as potencialidades<br />

<strong>turística</strong>s tanto <strong>do</strong> municipio, coma da comarca, tamén<br />

coñecida polas <strong>actividade</strong>s de viticultura e a promoción<br />

internacional <strong>do</strong>s cal<strong>do</strong>s albariños como D.O. Rías<br />

Baixas, que tampouco se utiliza adecuadamente na<br />

promoción <strong>turística</strong> institucional.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


B) CIDADES DO NORTE DE PORTUGAL<br />

(Fonte de to<strong>do</strong>s os cadros: Cat<strong>á</strong>logos, medidas de<br />

protecção, publicidade, guías e <strong>do</strong>cumentação <strong>turística</strong><br />

<strong>do</strong>s Concelhos e das C<strong>á</strong>maras municipais)<br />

127<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

CATALOGADOS<br />

24 edifícios e<br />

monumentos<br />

6 bairros e praças<br />

PROTEGIDOS<br />

30 monumentos<br />

protegi<strong>do</strong>s<br />

Edificios Barrios<br />

Engenhos de Água - Adaúfe<br />

Casa <strong>do</strong> Feiral - Frossos<br />

Relógio de Sol - Sobreposta<br />

Domus de Santiago<br />

Igreja <strong>do</strong> Semin<strong>á</strong>rio de S. Paulo<br />

Igreja de Sta. Cruz<br />

Casa <strong>do</strong>s Coimbras<br />

Casa <strong>do</strong> Avelar<br />

Casa da Câmara<br />

Casa <strong>do</strong> Passadiço<br />

Palacete <strong>do</strong>s Vilhe<strong>nas</strong> Coutinhos<br />

Castelo <strong>do</strong> Bom Jesus<br />

Casa <strong>do</strong>s Ferrazes<br />

Muralhas roma<strong>nas</strong><br />

Muralhas medievais<br />

Torre de Santiago<br />

Casa da Torre<br />

Torre da Porta Nova<br />

Cruzeiro de São L<strong>á</strong>zaro<br />

Fonte de Santiago<br />

Fonte <strong>do</strong> Campo das Hortas<br />

Fonte <strong>do</strong> Pelicano<br />

Monumento ao Papa João Paulo II<br />

Monumento ao 25 de Abril<br />

Arco da Porta Nova (MN)<br />

Torre de Menagem (MN)<br />

Cruzeiro da Sra.- A - Branca (MN)<br />

Cruzeiro das Carvalheiras (MN)<br />

Teatro Circo<br />

Casa Cunha Reis<br />

Castelo de Dona Chica<br />

Solar <strong>do</strong>s Macieis Aranha<br />

129<br />

Braga<br />

Centro histórico<br />

Largo <strong>do</strong> Paço<br />

Praça <strong>do</strong> Município<br />

Praça Mouzinho de<br />

Albuquerque<br />

Avenida da Liberdade<br />

Rua de Gualdim Pais<br />

Praça da República e<br />

Avenida Central<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


130<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Casa Rolão<br />

Casas <strong>do</strong>s crivos<br />

Casa de Infias<br />

Fonte <strong>do</strong> Í<strong>do</strong>lo (MN)<br />

Termas roma<strong>nas</strong> <strong>do</strong> Alto da Cidade<br />

(MN)<br />

Ruí<strong>nas</strong> roma<strong>nas</strong> da Carvalheira<br />

Sé de Braga (MN)<br />

Capela <strong>do</strong>s Coimbras (MN)<br />

Igreja da Misericórdia<br />

Igreja de São Vicente<br />

Igreja de São Victor<br />

Igreja e convento <strong>do</strong> Pópulo<br />

Igreja e convento <strong>do</strong>s congrega<strong>do</strong>s<br />

Igreja e hospital de São Marcos<br />

Capela de São Frutuoso (MN)<br />

Igreja e mosteiro de Tibães (MN)<br />

Santu<strong>á</strong>rio <strong>do</strong> Bom Jesus de Braga<br />

Igreja de Sta. Maria Madalena<br />

Antigo paço arquiepiscopal<br />

bracarense<br />

Casa <strong>do</strong>s Paivas ou da roda<br />

Pal<strong>á</strong>cio <strong>do</strong>s Biscainhos<br />

Pal<strong>á</strong>cio <strong>do</strong> Raio<br />

MN - Monumento nacional<br />

Valoración Ambiental<br />

Proximidade ao Parque <strong>do</strong> Gerês<br />

Proximidade ao rio C<strong>á</strong>va<strong>do</strong><br />

Envolvente paisagística <strong>do</strong> Minho<br />

Valorizar a <strong>á</strong>gua através da criação de um parque<br />

de homenagem a este elemento da natureza<br />

Promover a investigação científica na <strong>á</strong>rea <strong>do</strong><br />

ambiente e gestão <strong>do</strong> território<br />

Promover a criação de jardins e de um parque<br />

ambiental <strong>nas</strong> imediações de uma linha de <strong>á</strong>gua<br />

(Rio Este)<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Difusión de<br />

proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

131<br />

Não foi diagnostica<strong>do</strong> nenhum projecto em vias de<br />

desenvolvimento. Não h<strong>á</strong> candidatura ao<br />

programa POLIS.<br />

Fonte:Cat<strong>á</strong>logo, medidas de protección, publicidade, etc.<br />

Em termos de equipamentos para <strong>actividade</strong>s<br />

culturais, Braga possui 1 parque de exposições, 6<br />

auditórios, 11 salas de exposição, 9 museus com<br />

algumas especifi<strong>cidades</strong> interessantes <strong>do</strong> ponto de vista<br />

turístico, 2 bibliotecas públicas e uma sala de teatro.<br />

Como actores culturais, são conhecidas duas<br />

escolas de música, duas associações culturais no âmbito<br />

da literatura, 14 grupos de teatro, 27 ranchos e grupos<br />

folclóricos, 20 grupos corais, uma banda de música, uma<br />

orquestra de câmara, 14 grupos de rock e seis<br />

instituições dedicadas a outras <strong>actividade</strong>s.<br />

A reduzida dimensão e diversidade de espaços<br />

verdes no centro da cidade, quan<strong>do</strong> comparada com o<br />

Porto e Viana <strong>do</strong> Castelo, por exemplo, é complementada<br />

por uma vasta oferta de fron<strong>do</strong>sas <strong>á</strong>reas florestadas nos<br />

espaços envolventes e pela oferta recente de espaços de<br />

lazer como é o caso da Bragalândia.<br />

Uma das sua maiores debilidades, decorrente <strong>do</strong><br />

forte crescimento urbano e demogr<strong>á</strong>fico recentes, foi até<br />

h<strong>á</strong> bem pouco tempo a capacidade de disponibilizar <strong>á</strong>gua<br />

de consumo e fazer funcionar a rede de saneamento<br />

b<strong>á</strong>sico. Actualmente, com os investimentos realiza<strong>do</strong>s nos<br />

últimos <strong>do</strong>is anos, este problema est<strong>á</strong> francamente<br />

ultrapassa<strong>do</strong>, com um horizonte de resolução <strong>do</strong><br />

problema coloca<strong>do</strong> em mais de 30 anos.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Braga<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES<br />

VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO <br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas <br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS<br />

Rotas FLUVIAIS<br />

Rotas ETNOGRÁFICAS<br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


134<br />

Consideran<strong>do</strong> a <strong>do</strong>cumentação de informação<br />

<strong>turística</strong> disponível, a cidade de Braga é aquela cujos<br />

recursos se encontram melhor promovi<strong>do</strong>s. Assim, a<br />

primeira nota vai para a grande diversidade de panfletos<br />

e brochuras, graficamente bem consegui<strong>do</strong>s, e que, de<br />

uma forma mais ou menos aprofundada, fornecem<br />

informação clara e concisa acerca <strong>do</strong>s recursos turísticos<br />

ofereci<strong>do</strong>s.<br />

Braga, cidade monumental por excelência, promove<br />

a sua imagem precisamente naquilo que a destaca no<br />

contexto regional ou mesmo nacional: a existência de um<br />

vasto património histórico construí<strong>do</strong>, testemunha <strong>do</strong>s<br />

diversos estilos arquitectónicos que aqui marcaram<br />

presença ao longo <strong>do</strong>s tempos. Esse património,<br />

globalmente bem preserva<strong>do</strong>, é sempre apresenta<strong>do</strong> de<br />

uma forma bastante atractiva, não só pelo grafismo <strong>do</strong><br />

material promocional mas, importa salientar, pela<br />

capacidade interpretativa <strong>do</strong>s folhetos/brochuras.<br />

O número de monumentos divulga<strong>do</strong>s chegam a<br />

atingir a ordem das deze<strong>nas</strong>, com um contributo<br />

significativo das igrejas e casas senhoriais. Ali<strong>á</strong>s, o<br />

património religioso, se bem que atravessa de forma<br />

significativa todas as <strong>cidades</strong> analisadas, assume<br />

particular relevância no contexto da promoção <strong>turística</strong><br />

bracarense. O destaque atribuí<strong>do</strong> a cada um <strong>do</strong>s<br />

monumentos varia de acor<strong>do</strong> com a sua importância<br />

histórica e com a imponência da sua construção. Desta<br />

forma, não ser<strong>á</strong> de estranhar que a Sé Catedral de Braga<br />

e o Santu<strong>á</strong>rio <strong>do</strong> Bom Jesus sejam <strong>do</strong>is recursos<br />

exaustivamente explora<strong>do</strong>s, perceben<strong>do</strong>-se assim a razão<br />

destes monumentos serem as principais referências na<br />

construção da imagem desta localidade.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


135<br />

Não obstante, os recursos apresenta<strong>do</strong>s não se<br />

esgotam no aspecto da monumentalidade. O artesanato,<br />

se bem que não merece especial relevo, também é<br />

referencia<strong>do</strong>. A gastronomia, com especial destaque para<br />

a <strong>do</strong>çaria, também aparece como um cartão de visita da<br />

cidade.<br />

Para finalizar, e ainda no que respeita à forma como<br />

os recursos turísticos da cidade são divulga<strong>do</strong>s, devemos<br />

referir o facto de ape<strong>nas</strong> muito ocasionalmente (de tal<br />

forma que não assume expressão significativa) um<br />

recursos específico merecer tratamento exclusivo num<br />

panfleto ou brochura promocional. De facto, a promoção<br />

é feita em “pacotes” de recursos, sejam eles igrejas, casas<br />

senhoriais, equipamentos desportivos ou, como acontece<br />

frequentemente, a mistura de um pouco de cada um<br />

deles.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

CATALOGADOS<br />

24 edifícios e<br />

monumentos<br />

6 bairros e praças<br />

PROTEGIDOS<br />

30 monumentos<br />

protegi<strong>do</strong>s<br />

137<br />

Bragança<br />

Edificios Barrios<br />

Igreja de Gondesende<br />

Largo e Igreja de São Vicente<br />

Praça e Igreja da Sé – Bragança<br />

Igreja de Santa Maria<br />

Igreja São Bento<br />

Igreja São Julião<br />

Igreja da Misericórdia<br />

Castelo de Bragança (MN)<br />

Domus Municipalis ou Casa d’Água (MN)<br />

Pelourinho de Bragança (MN)<br />

Convento de Castro de Avelãs (MN)<br />

Igreja de Santo Cristo de Outeiro (MN)<br />

Castro de Sacoias (MN)<br />

Igreja e Convento de São Francisco (IIP)<br />

Igreja Matriz e Cruzeiro de Santo Cristo de<br />

Outeiro (IIP)<br />

Castro de Ciragata (IIP)<br />

Igreja de Veigas de Quintanilha (IIP)<br />

Capela da Senhora da Hera (IIP)<br />

Ponte de Valbom (IIP)<br />

Mamoa de Donai (IIP)<br />

Fortaleza <strong>do</strong> Outeiro (IIP)<br />

Castelo de Rebordãos (IIP)<br />

9 Pelourinhos (IIP)<br />

MN - Monumento nacional; IIP – Imóvel de Interesse Público<br />

Centro histórico e<br />

Cidadela de Bragança<br />

Na vila de Izeda e <strong>nas</strong><br />

diversas aldeias <strong>do</strong><br />

concelho estão<br />

identifica<strong>do</strong>s 95<br />

conjuntos antigos<br />

tradicionais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


138<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa polo<br />

seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre<br />

levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

Parque Natural de Montesinho<br />

Rio Maças, Rio Sabor, Serra da Nogueira, Monte de São<br />

Bartolomeu (classifica<strong>do</strong>s pelo Programa CORINE)<br />

“Castelo de Pinela”<br />

Aproveitar o potencial de exploração paisagística e<br />

cinegética numa perspectiva ambiental e de preservação<br />

da natureza<br />

Produção agro-alimentar numa óptica ambiental<br />

Turismo cultural; Turismo rural; Turismo ambiental<br />

Promoção <strong>turística</strong> da valência ambiental e cultural que<br />

o território possuiu<br />

Desenvolvimento da componente de Educação<br />

Ambiental numa perspectiva de adequação de passa<strong>do</strong><br />

às tem<strong>á</strong>ticas e perspectivas futuras <strong>nas</strong> diversas<br />

iniciativas a concretizar<br />

Sede de bispa<strong>do</strong> desde 1764, surgem por to<strong>do</strong> o<br />

município inúmeras festas religiosas e romarias, de onde<br />

se destaca a de Nossa Senhora das Graças (Bragança).<br />

Contu<strong>do</strong>, raízes ancestrais promovem e mantêm a<br />

integração entre o profano e o religioso, são múltiplas as<br />

expressões profa<strong>nas</strong> por to<strong>do</strong> o concelho, salientan<strong>do</strong>-se<br />

as “festas <strong>do</strong>s Rapazes” e o “ritual das loas”, em que num<br />

inusita<strong>do</strong> entrelaça<strong>do</strong> de beleza e misticismo aparecem de<br />

mãos dadas o religioso, o m<strong>á</strong>gico e o profano (bem visível<br />

<strong>nas</strong> m<strong>á</strong>scaras transmonta<strong>nas</strong>).<br />

A gastronomia da região prende-se com os produtos<br />

e paladares transmontanos. Sen<strong>do</strong> famosos os seus<br />

enchi<strong>do</strong>s (alheiras de Bragança na brasa, butelo com<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


139<br />

cascas, chouriço de pão aze<strong>do</strong> com grelos e salpicão<br />

assa<strong>do</strong> na brasa), bem como o presunto e os folares de<br />

P<strong>á</strong>scoa. Destacam-se ainda o “cozi<strong>do</strong> à transmontana”, o<br />

“cabrito branco de Montesinho”, a “posta de vitela”. Não<br />

sen<strong>do</strong> de omitir a utilização da castanha e da amên<strong>do</strong>a<br />

de Tr<strong>á</strong>s-os-Montes em diversas iguarias.<br />

A oferta cultural não deixa de ser pouco significativa<br />

para um concelho como o de Bragança. São de salientar<br />

os seguintes equipamentos de car<strong>á</strong>cter cultural:<br />

3 auditórios, 1 sala de exposições, 4 museus, 7<br />

bibliotecas, 1 cineteatro (est<strong>á</strong> prevista a abertura de um<br />

teatro municipal em Junho de 2002). A nível de<br />

associações culturais é de referir a existência de 2<br />

grupos de teatro, 2 ranchos folclóricos, 3 bandas de<br />

música e 1 filarmónica.<br />

Toda a parte norte <strong>do</strong> concelho, cerca de 1/3 <strong>do</strong> seu<br />

território, é ocupada pelo Parque Natural de Montesinho<br />

que se prolonga para Oeste pelo concelho de Vinhais.<br />

Conjuntamente no prolongamento Norte e Este <strong>do</strong><br />

concelho, j<strong>á</strong> em território espanhol, surgem também<br />

espaços ambientalmente relevantes e protegi<strong>do</strong>s. A<br />

proximidade aos parques <strong>do</strong> Gerês e <strong>do</strong> Alvão, bem como<br />

ao Douro Internacional não são negligenci<strong>á</strong>veis.<br />

Atenden<strong>do</strong> aos esforços que têm si<strong>do</strong> feitos para<br />

preservar, ordenar e equipar o Parque de Montesinho; à<br />

arquitectura tradicional que pre<strong>do</strong>mina <strong>nas</strong> suas aldeias;<br />

à realização de festas e eventos para activar usos,<br />

costumes e tradições que vão cain<strong>do</strong> em desuso; ao<br />

património arquitectónico <strong>do</strong> concelho, de que se<br />

salienta, a cidadela de Bragança, em Portugal a mais bem<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


140<br />

preservada e o Domus Municipalis (único no género na<br />

Península Ibérica). Bem como o seu posicionamento de<br />

centralidade geogr<strong>á</strong>fica no Noroeste peninsular, as<br />

razo<strong>á</strong>veis acessibilidades, Bragança, apresenta fortes<br />

potencialidades para incentivar o turismo cultural.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Bragança<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS <br />

Rotas HISTÓRICAS<br />

Rotas GASTRONÓMICAS <br />

Rotas FLUVIAIS<br />

Rotas ETNOGRÁFICAS<br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


142<br />

A cidade de Bragança é, provavelmente, <strong>do</strong> conjunto<br />

de <strong>cidades</strong> analisadas, aquela onde mais se fazem sentir<br />

os efeitos negativos da interioridade. Capital de distrito,<br />

Bragança tem conheci<strong>do</strong> um desenvolvimento<br />

significativo nos últimos anos, não obstante os diversos<br />

problemas que a diversos níveis ainda se fazem sentir.<br />

Pela rara diversidade de material disponibiliza<strong>do</strong>, énos<br />

impossível concluir se o turismo é um sector em que<br />

se tenha feito um grande investimento, apesar das<br />

muitas oportunidades que aí se podem encontrar,<br />

especialmente o turismo de natureza.<br />

Os panfletos consulta<strong>do</strong>s pretendem, acima de tu<strong>do</strong>,<br />

dar a conhecer os v<strong>á</strong>rios pontos de interesse <strong>do</strong> concelho<br />

e que passam, invariavelmente, pela promoção <strong>do</strong><br />

património histórico (Castelo, Catedral, igrejas, pontes<br />

históricas, etc.). Apesar desse património não ser muito<br />

significativo em termos quantitativos, é notório o esforço<br />

em promover aquilo que existe, aproveitan<strong>do</strong><br />

simultaneamente para revelar um pouco da história de<br />

Bragança, que é, no fun<strong>do</strong>, a História de um território<br />

mais vasto – o Nordeste Transmontano. E é precisamente<br />

aqui que reside a estratégia promocional local: não<br />

insistir demasia<strong>do</strong> nos recursos locais, mas antes tentar<br />

criar uma imagem para toda a região envolvente.<br />

Curiosamente, é onde denotamos alguma deficiência<br />

na promoção <strong>turística</strong>, particularmente no que se refere<br />

ao Parque Natural de Montesinho. Este verdadeiro<br />

santu<strong>á</strong>rio da natureza é, podemos dizer, o ex-libris da<br />

região. Para além das enormes riquezas naturais, é onde<br />

estão inseridas algumas das mais tradicionais aldeias de<br />

Tr<strong>á</strong>s-os-Montes. Apesar disso, em nenhum <strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


143<br />

prospectos analisa<strong>do</strong>s é da<strong>do</strong> ênfase suficiente a este<br />

recurso.<br />

A escassez de material disponível, como j<strong>á</strong> foi<br />

referi<strong>do</strong>, torna difícil uma avaliação mais precisa da<br />

forma como os recursos turísticos de Bragança são<br />

“vendi<strong>do</strong>s”. De facto, ape<strong>nas</strong> nos permitiu ter uma ideia<br />

muito genérica daquilo que Bragança tem para oferecer e,<br />

dentro disto, o destaque que lhes é atribuí<strong>do</strong>. No entanto,<br />

foi suficiente para perceber a necessidade de um<br />

investimento mais alarga<strong>do</strong> nessa promoção e,<br />

particularmente, no que toca ao património natural.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

145<br />

Chaves<br />

Edificios Barrios<br />

Cataloga<strong>do</strong>s Castelo de Chaves<br />

Castelo de Monforte<br />

Castelo de Santo Estevão<br />

Forte de São Francisco<br />

Forte de Neutel<br />

Igreja de Sta. Maria Maior<br />

Igreja de São João de Deus<br />

Igreja da Misericórdia<br />

Capela de Santa Catarina<br />

Capela <strong>do</strong> Calv<strong>á</strong>rio<br />

Capela de Sta. Cabeça<br />

Capela da Nossa Senhora da Lapa<br />

Capela da Granjinha<br />

Castro de Curalha<br />

Via e Vila romana da Granginha<br />

Paços <strong>do</strong> Concelho<br />

Casas típicas <strong>do</strong> Bairro da Madalena<br />

Paço <strong>do</strong>s Duques de Bragança<br />

Solar <strong>do</strong> Jardim <strong>do</strong> Bacalhau<br />

Solar <strong>do</strong> Outeiro Seco<br />

Varandas <strong>do</strong> Bairro Medieval<br />

Protexi<strong>do</strong>s Ponte Romana (MN)<br />

Pelourinho de Chaves (IIP)<br />

MN - Monumento nacional<br />

IIP - Imóvel de interesse público<br />

Centro Histórico<br />

Medieval<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


146<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

Caldas de Chaves<br />

Termas de Vidago<br />

Termas das Pedras Salgadas<br />

Termas de Carvalhelhos<br />

Parque Natural <strong>do</strong> Gerês<br />

Cidade florida<br />

Aldeias barrosãs e tipicismo rural<br />

Melhoria das condições de hospitalidade<br />

e habitabilidade <strong>do</strong> Centro Histórico<br />

Promoção de roteiros ambientais da<br />

cidade e da envolvente<br />

Ordenamento <strong>do</strong> rio Tâmega e<br />

qualificação urbana das suas margens<br />

Apesar de um rico património arquitectónico e<br />

paisagístico, a oferta de equipamentos e <strong>actividade</strong>s<br />

culturais é diminuta, sen<strong>do</strong> considerada uma das<br />

principais carências da cidade. Em termos de<br />

equipamentos culturais devem destacar-se 3 auditórios,<br />

6 salas de exposição, três museus e uma biblioteca<br />

municipal. Os eventos de maior destaque são o Festival<br />

Internacional de Folclore, a Feira Medieval e as Festas da<br />

Cidade.<br />

Como actores culturais são registadas duas<br />

associações recreativas e culturais, um grupo cultural,<br />

uma associação de artesãos, um grupo de cavaquinhos, 2<br />

grupos folclóricos, 1 grupo coral, três grupos de rock e<br />

cinco bandas de músicas, aos quais se associam duas<br />

escolas de música e uma academia de baila<strong>do</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


147<br />

Em 1995, apesar das referências positivas à<br />

salubridade <strong>do</strong> abastecimento de <strong>á</strong>gua, o relatório <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>do</strong>s prévios <strong>do</strong> plano estratégico alertavam para as<br />

debilidades existentes na recolha e tratamento de<br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s. Os da<strong>do</strong>s actuais não permitiram<br />

concluir se existe uma melhoria significativa nesta<br />

matéria.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Chaves<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Ofertas Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS <br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS <br />

Rotas FLUVIAIS <br />

Rotas ETNOGRÁFICAS<br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


149<br />

A cidade de Chaves é marcada por três perío<strong>do</strong>s<br />

históricos distintos: a época romana, à qual deve a sua<br />

fundação, a época medieval, <strong>do</strong>nde resulta grande parte<br />

da sua monumentalidade, e os tempos modernos. Ao<br />

contr<strong>á</strong>rio de outras <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Norte de Portugal, a<br />

cidade de Chaves, apesar de alguns traços que denotam<br />

uma viragem positiva, não se conseguiu impor como um<br />

importante centro urbano na região envolvente, não<br />

contribuin<strong>do</strong> assim para a constituição de um pólo de<br />

desenvolvimento alternativo a outras <strong>á</strong>reas,<br />

nomeadamente a Área Metropolitana <strong>do</strong> Porto. Apesar da<br />

enorme extensão <strong>do</strong> território envolvente, Chaves não se<br />

tornou uma alternativa à emigração da população local.<br />

Apesar de ser uma zona de fronteira, com<br />

importantes ligações económicas ao exterior (Galiza), nem<br />

assim conseguiu alcançar um protagonismo que lhe<br />

permitisse um lugar de destaque no contexto regional, o<br />

que acabou por se revelar nefasto em termos de<br />

oferta/procura <strong>turística</strong>. Apesar disso, as significativas<br />

melhorias no que respeita <strong>á</strong> conservação <strong>do</strong> património<br />

construí<strong>do</strong> (<strong>do</strong> qual se destaca a arquitectura militar), <strong>do</strong><br />

centro histórico e o aproveitamento paisagístico, trazem<br />

promessas de melhores dias para o sector. Neste<br />

particular, é de assinalar o not<strong>á</strong>vel progresso regista<strong>do</strong><br />

em matéria de aproveitamento <strong>do</strong>s recursos termais na<br />

região.<br />

Conhecidas e utilizadas desde o tempo <strong>do</strong>s<br />

romanos, as termas em Chaves, um pouco à semelhança<br />

daquilo que ocorreu um pouco por to<strong>do</strong> o país, foram nos<br />

últimos anos quase que votadas ao aban<strong>do</strong>no, fruto da<br />

falta de visão estratégica neste sub-sector. Não obstante,<br />

este processo est<strong>á</strong> neste momento numa fase de inversão<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


150<br />

de tendências, estan<strong>do</strong> neste momento Chaves entre as<br />

estâncias termais com mais forte dinamismo no contexto<br />

regional. Assim, não ser<strong>á</strong> de admirar que este recurso tão<br />

precioso se esteja cada vez mais a tornar na “bandeira”<br />

de promoção <strong>turística</strong> da região, não esquecen<strong>do</strong> a<br />

variedade de oferta alargada a um território envolvente<br />

mais vasto.<br />

O turismo pode, entretanto, beneficiar de um<br />

elemento extra, e que ser<strong>á</strong> importante para o<br />

desenvolvimento global da região: o reforço da cidade<br />

como <strong>eixo</strong> de penetração no interior <strong>do</strong> país, a partir de<br />

Espanha. Assim, espera-se que o estabelecimento de um<br />

<strong>eixo</strong> ro<strong>do</strong>vi<strong>á</strong>rio que ligar<strong>á</strong> Chaves a Vila Real, e<br />

posteriormente o Porto, possa contribuir para facilitar o<br />

acesso <strong>do</strong>s turistas à região, tantas vezes secundarizada<br />

devi<strong>do</strong> às prec<strong>á</strong>rias condições de acesso ao exterior.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Edificios Barrios<br />

Cataloga<strong>do</strong>s Castelo<br />

Sociedade Martins Sarmento<br />

Igreja de São Miguel<br />

Casa <strong>do</strong>s Lobo Macha<strong>do</strong><br />

Casa da Rua Nova<br />

Paço <strong>do</strong>s Duques de Bragança<br />

Monumento a D. Afonso<br />

Henriques<br />

Igreja de São Dâmaso<br />

Igreja <strong>do</strong> Carmo<br />

Antigos Paços <strong>do</strong> Concelho<br />

Igreja de Nossa Srª. da Oliveira<br />

Igreja da Misericórdia<br />

Igreja de São Pedro<br />

Igreja de São Domingos<br />

Igreja das Dominica<strong>nas</strong><br />

Igreja de São Francisco<br />

Igreja <strong>do</strong>s Santos Passos<br />

Pal<strong>á</strong>cio de Vila Flor<br />

Capela de Sta. Luzia<br />

Convento da Costa<br />

Convento de Sta. Clara<br />

Padrão <strong>do</strong> Sala<strong>do</strong><br />

Capela de Sta. Cruz<br />

Casa <strong>do</strong>s Laranjais<br />

Chafariz <strong>do</strong> Carmo<br />

Convento de Santo António <strong>do</strong>s<br />

Capuchos<br />

151<br />

Guimarães<br />

Centro Histórico<br />

Praça de Santiago<br />

Rua de Santa Maria<br />

Rua de D. João<br />

Protexi<strong>do</strong>s Não foi fornecida nenhuma lista Centro Histórico<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


152<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre<br />

levar a cabo para mellorar<br />

Difusión de proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

O Alto Minho, com a sua vegetação exuberante,<br />

os cursos de <strong>á</strong>gua, as serras, as casas de pedra<br />

e a <strong>actividade</strong> agrícola ligada ao Vinho.<br />

O Parque natural <strong>do</strong> Gerês<br />

Desenvolver um sistema de monitorização<br />

ambiental e de preservação florestal contra fogos<br />

florestais, contaminação de aquíferos e retracção<br />

da expansão das manchas urba<strong>nas</strong> <strong>do</strong>s inúmeros<br />

núcleos habitacionais da região, nomeadamente,<br />

Guimarães, Braga, Fafe, Felgueiras, Vila Nova de<br />

Famalicão e Santo Tirso.<br />

???<br />

Cataloga<strong>do</strong> com alguma sistematização, principalmente,<br />

pelo Gabinete Técnico Local e pela Zona de Turismo de<br />

Guimarães, possui uma protecção assinal<strong>á</strong>vel dentro <strong>do</strong><br />

Plano de Desenvolvimento Municipal, <strong>do</strong> Plano Geral de<br />

Urbanização e <strong>nas</strong> políticas camar<strong>á</strong>rias de<br />

desenvolvimento urbano.<br />

Possui <strong>do</strong>cumentação assinal<strong>á</strong>vel de divulgação com<br />

referência as principais monumentos, edifícios e locais de<br />

interesse turístico, com uma característica que a<br />

distingue das demais <strong>cidades</strong> analisadas, uma clara<br />

definição de imagem e marketing/comunicação definida<br />

pelo lema «O berço da Nação», por um logotipo e uma<br />

linha gr<strong>á</strong>fica homogénea e definida, suportan<strong>do</strong> o<br />

trabalho da Câmara Municipal e da Zona de Turismo de<br />

Guimarães.<br />

É o principal suporte de toda a estratégia de<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


153<br />

desenvolvimento turístico <strong>do</strong> Concelho, o principal<br />

<strong>do</strong>mínio de qualificação urbana da cidade. O «Berço da<br />

Nação Portuguesa» é o factor de identidade cultural mais<br />

enraiza<strong>do</strong>. De cariz religioso, durante a Primavera e o<br />

Verão, assiste-se à intensificação as romarias que recriam<br />

a tradição e cultura minhotas, desenvolven<strong>do</strong> uma forte<br />

identidade tradicional ao passa<strong>do</strong> histórico da cidade.<br />

Possui diversos equipamentos como o Museu<br />

Alberto Sampaio, Paço <strong>do</strong>s Duques de Bragança, Sala<br />

Museu José de Guimarães, Museu Arqueológico Martins<br />

Sarmento, Citânia de Briteiros, Museu de Agricultura de<br />

Fermentões, Museu de Arte Primitiva Moderna, Museu da<br />

Vila de São Torcato e Teleférico da Penha, são os pontos<br />

de interesse cultural e paisagístico referencia<strong>do</strong>s.<br />

Representam uma densidade assinal<strong>á</strong>vel na região,<br />

garantin<strong>do</strong> uma interessante capacidade de fixação de<br />

visitantes associa<strong>do</strong>s a turismo arquitectónico e<br />

monumental.<br />

As principais festividades são: Festas das Cruzes (1º<br />

fim-de-semana de Maio); São Torcato (1º fim-de-semana<br />

de Julho); Gualteria<strong>nas</strong> (1º fim-de-semana de Agosto);<br />

Nicoli<strong>nas</strong> (29 de Novembro a 7 de Dezembro); Nossa<br />

Senhora da Conceição (8 de Dezembro); Santa Luzia (13<br />

de Dezembro).<br />

Em termos gastronómicos, o concelho insere-se<br />

numa cultura Minhota de bem servir, em quantidade e<br />

qualidade. A riqueza e diversidade imperam, mas as<br />

notas <strong>do</strong>minantes são dadas pelo Vinho Verde, pela carne<br />

de vaca de elevada qualidade - fonte de realização <strong>do</strong>s<br />

mais varia<strong>do</strong>s produtos gastronómicos - e pelos <strong>do</strong>ces<br />

conventuais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


154<br />

As lendas, as histórias, os factos medievais e<br />

religiosos são abundantes, associan<strong>do</strong>-se para<br />

concretizar uma densidade de imagens que estrutura um<br />

eleva<strong>do</strong> espírito de identidade local. Esta serve ao mesmo<br />

tempo para o reforçar a coesão minhota face ao exterior e<br />

para aumentar a rivalidade entre bairros e localidades<br />

vizinhas. O senti<strong>do</strong> de pertença neste território como<br />

dificilmente se encontra em espaços mais a sul de<br />

Portugal.<br />

O Guia de recursos culturais - Eixo Atlântico <strong>do</strong><br />

Noroeste Peninsular, 1999 - referencia, em termos de<br />

equipamentos, o auditório da Universidade <strong>do</strong> Minho, 4<br />

salas de exposições, 7 museus, 2 bibliotecas públicas e<br />

um cinema. Em termos de programas e eventos, são<br />

referi<strong>do</strong>s: Comemorações <strong>do</strong> 24 de Junho, O verão Vale a<br />

Pena, Festas da cidade e Gualteria<strong>nas</strong>, duas iniciativas<br />

ligadas ao cinema, quatro de teatro e 4 de música.<br />

A densidade de agentes culturais é importante,<br />

sen<strong>do</strong> catalogadas seis colectividades de formação<br />

musical, 10 grupos de teatro, 37 associações de música<br />

folclórica e popular, nove grupos corais, 8 grupos de<br />

rock, seis, grupos de cantares ao desafio e três grupos de<br />

fa<strong>do</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Guimarães<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES<br />

VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato<br />

Caminho SANTIAGO <br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS <br />

Rotas FLUVIAIS<br />

Rotas ETNOGRÁFICAS<br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


156<br />

A an<strong>á</strong>lise <strong>do</strong> material promocional de Guimarães<br />

leva-nos a concluir, desde j<strong>á</strong>, a insuficiência <strong>do</strong> mesmo.<br />

De facto, foram muito escassos os elementos recolhi<strong>do</strong>s,<br />

pelo que neste caso concreto se torna particularmente<br />

difícil fazer uma avaliação da estratégia de promoção<br />

<strong>turística</strong> de Guimarães. No entanto, e pelo que pudemos<br />

aferir, e à semelhança <strong>do</strong> que acontece noutros casos, a<br />

oferta <strong>turística</strong> de Guimarães assenta na divulgação <strong>do</strong><br />

seu património histórico. Ali<strong>á</strong>s, é o património, mais<br />

concretamente o centro histórico da cidade, que est<strong>á</strong> na<br />

base da candidatura ao título de Património da<br />

Humanidade.<br />

Em primeiro lugar, o facto de o concelho de<br />

Guimarães não fazer parte da <strong>á</strong>rea de intervenção de<br />

nenhuma das Regiões de Turismo sediadas na região. Se<br />

bem que com tal estratégia a Zona de Turismo de<br />

Guimarães faz depender de si única e exclusivamente a<br />

acção promocional, o facto é que esta sai prejudicada<br />

pelo facto de deixar escapar uma oportunidade de<br />

promoção conjunta, recolhen<strong>do</strong> os frutos da atr<strong>actividade</strong><br />

que recursos sedia<strong>do</strong>s noutros concelhos vizinhos<br />

possam exercer. Não obstante, essa situação é<br />

compensada por alguns panfletos da autoria de diversas<br />

entidades promotoras de uma região mais alargada<br />

(Minho) que, obviamente, inclui este concelho.<br />

A referência histórica de Guimarães é a sua relação<br />

com a Independência de Portugal. De facto, Guimarães é<br />

o “Berço da Nacionalidade”. Desta forma, não ser<strong>á</strong> de<br />

estranhar que <strong>do</strong>s principais recursos promovi<strong>do</strong>s o<br />

Castelo e o Pal<strong>á</strong>cio <strong>do</strong>s Duques de Bragança sejam, por<br />

assim dizer, o cartão de visita da cidade. No entanto, não<br />

deixamos de estranhar a pouca relevância atribuída a<br />

estes monumentos ao longo <strong>do</strong> material analisa<strong>do</strong>.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


157<br />

Obviamente que nunca d<strong>eixo</strong>u de ser referencia<strong>do</strong>, mas<br />

nunca com o relevo que a sua importância histórica<br />

justificaria.<br />

Ao longo <strong>do</strong> material recolhi<strong>do</strong>, é notório o esforço<br />

na divulgação <strong>do</strong> maior número possível de monumentos<br />

históricos, poden<strong>do</strong>-se afirmar que a forma como esses<br />

monumentos são referencia<strong>do</strong>s é bastante positiva, quer<br />

pelas notas explicativas quer, sobretu<strong>do</strong>, pela qualidade<br />

das imagens conseguidas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


158<br />

PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

Cataloga<strong>do</strong>s<br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

Edificios Barrios<br />

Cerca de 120 edifícios e<br />

monumentos cataloga<strong>do</strong>s<br />

Desconheci<strong>do</strong>s, além <strong>do</strong>s<br />

referi<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> Centro<br />

Histórico<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Difusión de<br />

proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />

Porto<br />

Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s<br />

Passeio <strong>do</strong>s Alegres<br />

Diversos jardins e praças<br />

públicas<br />

Ribeira<br />

Centro Histórico<br />

Valoración Ambiental<br />

Rio Douro<br />

Encostas <strong>do</strong> Douro<br />

Parque da cidade<br />

Centro histórico<br />

Ordenamento <strong>do</strong> trânsito<br />

Acessibilidades – criação <strong>do</strong> Metro e diminuição <strong>do</strong> trânsito<br />

automóvel<br />

Reconversão urbanística e funcional de certos bairros da<br />

cidade<br />

Aproximação da cidade ao rio<br />

Melhoria da zona oriental da cidade – desactivação de<br />

algumas unidades de armazenagem e indústria<br />

desqualificadas<br />

Melhoria da rede de tratamento escoamento de <strong>á</strong>guas<br />

residuais<br />

Despoluição <strong>do</strong> rio Douro<br />

POLIS<br />

Intervenção operacional: Saneamento e Salubridade – CMP<br />

Intervenção operacional: Qualificação Urbanística – CMP<br />

Intervenção operacional: Meio Ambiente – CMP


159<br />

Além de inúmeros locais de interesse público e<br />

patrimonial, o Porto possui o seu Centro Histórico<br />

classifica<strong>do</strong> como património da Humanidade desde<br />

1996. É uma paisagem diversificada com marcas <strong>do</strong>s<br />

perío<strong>do</strong>s: Romano, Gótico, Re<strong>nas</strong>centista, Barroco,<br />

Neocl<strong>á</strong>ssico e Moderno. É um espaço habita<strong>do</strong> em que<br />

surgem alguns bairros e locais marginaliza<strong>do</strong>s,<br />

resguardan<strong>do</strong> situações sociais de difícil solução.<br />

O seu eleva<strong>do</strong> valor resulta da conjugação das<br />

condições geogr<strong>á</strong>ficas com a arquitectura de forte cariz<br />

eclesi<strong>á</strong>stico e senhorial, num di<strong>á</strong>logo complexo com o rio<br />

e as <strong>actividade</strong>s ribeirinhas. Possui 49 pontos de<br />

interesse patrimonial classifica<strong>do</strong>s no âmbito da<br />

UNESCO.<br />

Além destes, possui inúmeros jardins e espaços<br />

públicos com interesse, relaciona<strong>do</strong>s com a arquitectura<br />

eclesi<strong>á</strong>stica, os locais de comércio <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> século, os<br />

cafés, as ruas, inúmeras casas com características<br />

próprias de certas épocas e um sem número de pequenos<br />

apontamentos que justificam a realização de diversos<br />

roteiros pedestres na cidade.<br />

Porto 2001, Cidade Património Mundial e outras<br />

diversas intervenções e projectos de intervenção urbana e<br />

cultural reflectem-se numa qualificação crescente e<br />

contínua <strong>do</strong> património arquitectónico e cultural da<br />

cidade.<br />

Conhecida internacionalmente pelo prestígio <strong>do</strong><br />

Vinho <strong>do</strong> Porto, a cidade e as gentes possuem uma forte<br />

ligação a este produto, elemento essencial da sua<br />

identidade.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


160<br />

Demarcan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> meio rural desde h<strong>á</strong> longa data,<br />

converti<strong>do</strong> num centro de comércio e negócios, com um<br />

apogeu evidente relaciona<strong>do</strong> com o vinho <strong>do</strong> Porto, esta<br />

cidade é, desde longa data, uma referência nacional pela<br />

sua invencibilidade como bastião na defesa da nação<br />

contra os mouros. Estas marcas da história são visíveis<br />

na identidade das suas gentes, crian<strong>do</strong> um forte orgulho<br />

territorial.<br />

É uma cidade de contrastes etnológicos (populares e<br />

elitistas) que conferem uma elevada riqueza de<br />

sentimentos, valores e sabores. A cultura judaico-cristã,<br />

que transparece nos seus edifícios e <strong>nas</strong> praticas e<br />

padrões sociais das famílias, constrói um padrão<br />

etnológico específico que cruza a tradição e o<br />

conserva<strong>do</strong>rismo da nobreza e das elites, à inovação,<br />

arrojo e arrogância da nova burguesia constantemente<br />

emergente.<br />

O seu património etnológico tem fortes alicerces<br />

<strong>nas</strong> tradições populares, que possuem a sua maior<br />

representatividade <strong>nas</strong> festas de São João. A<br />

hospitalidade, o prazer de bem receber e de conviver são<br />

marcas evidente de uma cultura e etnologia que<br />

sobrevaloriza os momentos de festa.<br />

Apesar de um perío<strong>do</strong> menos nobre relaciona<strong>do</strong> com<br />

a ditadura, em que claramente se desvalorizou a cidade<br />

em relação a Lisboa, o Porto manteve um eleva<strong>do</strong><br />

dinamismo como centro de criação de conhecimento e<br />

arte que enriquece o seu património etnológico, cultural e<br />

histórico.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


161<br />

A sua gastronomia, intensa em sabores, tem como<br />

referência popular as «tripas» e o vinho. No entanto, esta<br />

imagem é redutora da extraordin<strong>á</strong>ria diversidade de<br />

pratos e mo<strong>do</strong>s de preparar os repastos que podemos<br />

vislumbrar <strong>nas</strong> refeições das famílias e nos restaurantes<br />

da cidade.<br />

Desde o requinte da cozinha de origem francesa, aos<br />

pratos de «enfarta-brutos» que os imigrantes <strong>do</strong> Minho e<br />

de Tr<strong>á</strong>s-os-Montes trouxeram para a cidade, é possível<br />

saborear de tu<strong>do</strong> um pouco aquilo que poder<strong>á</strong> ser<br />

considerada um <strong>do</strong>s mais ricos patrimónios<br />

gastronómicas <strong>do</strong> País. Nos últimos tempos, fruto das<br />

influências <strong>do</strong>s padrões urbanos da globalização, assistese<br />

a uma entrada crescente de novos sabores e opções<br />

que, contu<strong>do</strong>, não conferem maior qualidade ao<br />

património gastronómico da cidade.<br />

A diversidade de oferta de equipamentos culturais é<br />

atestada pelos mais de 13 auditórios e de 49 salas de<br />

exposição. Possui 16 museus, de natureza e temas<br />

diversos, mais de 13 bibliotecas públicas e centros de<br />

<strong>do</strong>cumentação – não consideran<strong>do</strong> as adjacentes às<br />

inúmeras instituições ensino superior – ,16 salas de<br />

teatro, mais de 24 salas de cinema e três infra-estruturas<br />

multi-usos (Pavilhão Rosa Mota, Merca<strong>do</strong> Ferreira Borges<br />

e Coliseu <strong>do</strong> Porto).<br />

A estes equipamentos, devem-se associar ainda as<br />

instalações de outros 14 agentes culturais da cidade,<br />

entre conservatórios e escolas de música, cooperativas e<br />

instituições de dinamização e promoção de <strong>actividade</strong>s<br />

artísticas e culturais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


162<br />

As iniciativas culturais de maior envergadura,<br />

normalmente com projecção internacional de algum<br />

relevo, são: o Fantasporto e a Semana de Cinema<br />

Europeu (cinema), o Festival Internacional de Teatro para<br />

a Infância e Juventude, o FITEI e o Festival Internacional<br />

de Marionetas (teatro), o Fórum Atlântico de Arte<br />

Contemporânea, o Festival Internacional da Caricatura e<br />

o Salão Internacional de Banda Desenhada (artes<br />

pl<strong>á</strong>sticas).<br />

Ao nível <strong>do</strong>s acontecimentos musicais, são<br />

identifica<strong>do</strong>s nove festivais de temas diversos, a par de<br />

<strong>do</strong>is eventos internacionais de dança. A Feira <strong>do</strong> Livro, a<br />

<strong>do</strong> Artesanato, as Festas de São João e a Queima das<br />

Fitas são outros <strong>do</strong>s eventos culturais de relevo na cidade<br />

<strong>do</strong> Porto.<br />

Nos agentes culturais são identificadas 12<br />

Fundações e 3 Associações, além de 33 grupos de teatro,<br />

12 grupos folclóricos, 7 de dança, 6 de música sinfónica e<br />

filarmónica, 13 grupos corais, 16 grupos de rock e 9<br />

grupos de jazz e blues.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Porto<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato<br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas<br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS <br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS<br />

Rotas FLUVIAIS <br />

Rotas ETNOGRÁFICAS<br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


164<br />

O Porto é uma cidade que, pela sua importância<br />

histórica, pela projecção internacional <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> Porto, e<br />

pela grande quantidade de recursos de diversa ordem,<br />

surge como ponto de referência e de atracção <strong>turística</strong> no<br />

contexto da Região Norte de Portugal.<br />

Não obstante a recente criação <strong>do</strong> produto turístico<br />

“Porto e Norte de Portugal”, a verdade é que encontr<strong>á</strong>mos<br />

inúmeros materiais promocionais da cidade <strong>do</strong> Porto<br />

isolada <strong>do</strong> seu contexto regional, salvo algumas<br />

referências espor<strong>á</strong>dicas ao património arquitectónico e,<br />

sobretu<strong>do</strong>, natural, da região envolvente.<br />

A estratégia de promoção da cidade assenta,<br />

conforme pudemos apurar, na divulgação da sua História.<br />

A importância <strong>do</strong> Porto no contexto nacional e, de realçar,<br />

as suas ligações à Europa e ao Mun<strong>do</strong>. Não ser<strong>á</strong>, portanto,<br />

de admirar, que ao la<strong>do</strong> de cada imagem de um<br />

monumento, encontrar-mos uma explicação muitas vezes<br />

exaustiva <strong>do</strong> seu lugar na História.<br />

O Porto é particularmente rico na sua<br />

monumentalidade. A obtenção <strong>do</strong> título de Património da<br />

Humanidade atribuí<strong>do</strong> recentemente pela UNESCO ao seu<br />

centro histórico é prova suficiente disso mesmo. No<br />

entanto, é de estranhar que esse título não seja<br />

suficientemente explora<strong>do</strong>, da<strong>do</strong> que raramente<br />

encontramos alguma referência a isso mesmo. Um<br />

importante produto <strong>do</strong> Porto e da região envolvente é o<br />

Vinho <strong>do</strong> Porto. Ali<strong>á</strong>s este é, porventura, o produto<br />

português mais conheci<strong>do</strong> mundialmente. A sua fama é tal<br />

que seria impens<strong>á</strong>vel não o incluir num trabalho de<br />

promoção <strong>turística</strong>. Mas, e talvez porque se quer chamar a<br />

atenção para outros pontos de interesse, o Vinho <strong>do</strong> porto<br />

ocupa um destaque relativo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


165<br />

Um recurso que, a nosso ver, não se encontra<br />

suficientemente divulga<strong>do</strong> no material analisa<strong>do</strong> é a<br />

gastronomia. Apesar de haver algum material produzi<strong>do</strong>,<br />

a verdade é que nos parece que a discrição com que tal<br />

acontece não consegue fazer com que o turista também<br />

associe a cidade ao seu vasto património gastronómico. A<br />

promoção da cidade <strong>do</strong> Porto passa, indubitavelmente,<br />

pela aposta na divulgação <strong>do</strong> seu vasto património<br />

construí<strong>do</strong>. No entanto, é de estranhar que a faceta <strong>do</strong><br />

Porto como uma cidade moderna e dinâmica (a segunda<br />

cidade <strong>do</strong> país, conhecida internamente pela sua<br />

capacidade produtiva), seja raramente invocada.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMONIO MONUMENTAL<br />

167<br />

Regua (Peso da)<br />

Edificios Barrios<br />

Cataloga<strong>do</strong>s Mais de 80 edifícios cataloga<strong>do</strong>s<br />

como elementos de interesse<br />

patrimonial a proteger<br />

Protexi<strong>do</strong>s Estação arqueológica da Fonte <strong>do</strong><br />

Milho<br />

Igreja da Galafura<br />

Casa Vaz<br />

Teatro Reguense<br />

Solar <strong>do</strong>s Silveiras<br />

20 marcos graníticos<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa polo<br />

seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre<br />

levar a cabo para<br />

mellorar<br />

Difusión de proxectos<br />

de car<strong>á</strong>cter<br />

Peso da Régua, Vinhós, Ermida e<br />

Ferraria<br />

Peso<br />

Valoración Ambiental<br />

Douro<br />

Encostas de vinhas <strong>nas</strong> duas margens <strong>do</strong> Douro<br />

Ecossistema produtivo <strong>do</strong> vinho<br />

Qualificação e diversificação da oferta <strong>turística</strong><br />

Melhorias nos acessos ro<strong>do</strong>vi<strong>á</strong>rios, ferrovi<strong>á</strong>rios e fluviais (portos<br />

e locais de fruição da paisagem duriense)<br />

Delimitação de <strong>á</strong>reas ambientalmente protegidas<br />

Aproveitar o potencial de exploração cinegética numa<br />

perspectiva ambiental e de preservação da natureza<br />

Promoção da tradição vitivinícola da região<br />

Divulgação externa <strong>do</strong> ecossistema da produção vitivinícola<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


168<br />

Peso da Régua possui uma elevada diversidade de<br />

edifícios liga<strong>do</strong>s ao perío<strong>do</strong> de apogeu da produção e<br />

comercialização <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> Porto no concelho, que se<br />

consubstancia em inúmeros solares e espaços de<br />

armazenamento com interesse de preservação. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, os sinais de presença megalítica também possuem<br />

alguma relevância a aproveitar em termos turísticos.<br />

Peso da Régua desenvolve-se como centro<br />

importante de negócios <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> Porto nos finais <strong>do</strong><br />

século 18. O seu passa<strong>do</strong> recente é marca<strong>do</strong> pela criação<br />

da primeira região demarcada de vinho em to<strong>do</strong> o Mun<strong>do</strong>,<br />

que define os passos das festividades e os ritmos da vida<br />

<strong>do</strong> concelho.<br />

A gastronomia da região é forte nos sabores, numa<br />

confluência das tradições transmonta<strong>nas</strong> com as da<br />

região Duriense. O Vinho <strong>do</strong> Porto, o leite creme e o arroz<br />

de forno com cabrito assa<strong>do</strong> são os seus pratos mais<br />

típicos.<br />

Inserida numa tradição transmontana, possui as<br />

mais importantes romarias e feiras de car<strong>á</strong>cter popular e<br />

religioso no mês de Agosto.<br />

A oferta cultural é pouco diversificada e de grande<br />

debilidade. Devem ser destaca<strong>do</strong>s os seguintes<br />

equipamentos de car<strong>á</strong>cter cultural: 1 auditório, 5 salas<br />

de exposição, 2 museus, 2 teatros. Em termos de<br />

programas e eventos culturais são identifica<strong>do</strong>s 7<br />

acontecimentos por ano (quatro diversos e um de música,<br />

um de fotografia e uma feira <strong>do</strong> livro). Existe uma escola<br />

de dança e outra de música, uma associação cultural,<br />

<strong>do</strong>is grupos de teatro, 5 ranchos 2 grupos corais e outros<br />

<strong>do</strong>is não especifica<strong>do</strong>s.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Regua<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS <br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas<br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS<br />

Rotas GASTRONÓMICAS <br />

Rotas FLUVIAIS <br />

Rotas ETNOGRÁFICAS <br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


170<br />

A cidade da régua não é propriamente um <strong>do</strong>s<br />

destinos turísticos em si mais procura<strong>do</strong>s no contexto<br />

das <strong>cidades</strong> analisadas neste trabalho. No entanto, tal<br />

não diminui a sua importância neste contexto.<br />

O material promocional analisa<strong>do</strong> permitiu-nos ter<br />

uma visão global <strong>do</strong>s recursos existentes. Por este meio,<br />

depar<strong>á</strong>mo-nos com uma oferta variada, que vai desde a<br />

monumentalidade à gastronomia, passan<strong>do</strong> pelo<br />

termalismo, vestígios arqueológicos, e, sobretu<strong>do</strong>, o<br />

Vinho <strong>do</strong> Porto.<br />

Em nossa opinião, a Régua é de certa forma<br />

apagada pela promoção <strong>turística</strong> que é feita pelo Porto, à<br />

semelhança <strong>do</strong> que acontece com outras localidades<br />

ribeirinhas. Efectivamente, quan<strong>do</strong> se fala na região <strong>do</strong><br />

Douro e <strong>do</strong> seu elemento estruturante – o Vinho <strong>do</strong> Porto<br />

– a cidade <strong>do</strong> Porto assume uma primazia consider<strong>á</strong>vel no<br />

contexto de promoção externa e de recepção de<br />

visitantes. Se bem que os circuitos turísticos fluviais<br />

acabem por incluir a Régua, o certo é que o porto acaba<br />

por ser o principal beneficia<strong>do</strong> deste recurso.<br />

Se bem que, pelo que pudemos constatar, a oferta<br />

<strong>turística</strong> da Régua não se esgota no Rio Douro, este é<br />

indiscutivelmente o recurso que maior visibilidade poder<strong>á</strong><br />

oferecer à cidade e à região envolvente. Apesar de<br />

existirem diversos panfletos de divulgação da <strong>actividade</strong><br />

vinícola, mais concretamente no momento <strong>do</strong> tratamento<br />

da vinha e de to<strong>do</strong> um conjunto de processos de<br />

produção tradicionais, não são certamente suficientes<br />

para considerarmos esta oferta como um complemento<br />

suficientemente visível <strong>á</strong>s visitas que são efectuadas às<br />

Caves <strong>do</strong> mesmo vinho. O conhecimento das vinhas e <strong>do</strong>s<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


171<br />

mo<strong>do</strong>s, por vezes ancestrais, <strong>do</strong> seu amanho, os mo<strong>do</strong>s<br />

de vida particulares que daí decorrem, e as magníficas<br />

paisagens rurais, são um recurso que urge potenciar.<br />

Um elemento acerca <strong>do</strong> qual não identific<strong>á</strong>mos<br />

qualquer menção foi a linha ferrovi<strong>á</strong>ria <strong>do</strong> Douro.<br />

Sabemos, por outras fontes, que tem havi<strong>do</strong> um esforço<br />

em revitalizar e fazer um aproveitamento desta linha a<br />

montante da cidade da Régua. Porém, tal não consta no<br />

material analisa<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong> assim ser considera<strong>do</strong> um<br />

recurso claramente subaproveita<strong>do</strong>.<br />

A Régua marca, de certa forma, uma linha divisória<br />

entre o Alto Douro (onde se produz o Vinho <strong>do</strong> Porto) e a<br />

<strong>á</strong>rea de influência directa <strong>do</strong> Porto (onde comercializa<br />

esse produto). Esta imagem poderia ser melhor<br />

explorada, dan<strong>do</strong> a ideia de que a Régua de alguma<br />

forma demonstra duas vivências culturais distintas mas<br />

complementares entre si. Nesta linha de raciocínio, a<br />

“última fronteira” <strong>do</strong> Douro poderia, em conjunto com<br />

uma promoção mais destacada de outros recursos (por<br />

exemplo as Termas), ser um importante catalisa<strong>do</strong>r de<br />

investimento, nomeadamente na <strong>á</strong>rea hoteleira.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


173<br />

Viana <strong>do</strong> Castelo<br />

PATRIMÓNIO MONUMENTAL<br />

Edificios Barrios<br />

H<strong>á</strong> diversos edifícios de interesse patrimonial que deverão Centro<br />

ser protegi<strong>do</strong>s, tais como:<br />

Histórico<br />

Castros (S. Silvestre, Sabariz, Santinho, Mira<strong>do</strong>iros <strong>do</strong> Galo,<br />

Castro Mouros, Monte de Castelo)<br />

Povoa<strong>do</strong>s romanos (Cardielos, Vila Romana das Bagalheiras,<br />

Necrópoles Roma<strong>nas</strong>, Citânia de Stª Luzia)<br />

Atalaia Medieval de Vilafranca<br />

Atalaia Medieval de Perre<br />

Hospital Velho<br />

Torre da Roqueta<br />

Castelo da Barra<br />

Palacete <strong>do</strong>s Melos Alvins<br />

Casa de João Velho<br />

CATALOGADOS Casa da Câmara<br />

24 edifícios e Casa de Pêro Galego<br />

monumentos Torre <strong>do</strong> Hospício da Caridade<br />

6 bairros e praças Casa <strong>do</strong>s Lu<strong>nas</strong><br />

Casa <strong>do</strong>s Costa Barros<br />

Casa das Janelas<br />

Solar <strong>do</strong>s S<strong>á</strong>s Pintos Sottomayores<br />

Casa da Misericórdia<br />

Casa da Ve<strong>do</strong>ria<br />

Casa de Barros Lima<br />

Casa Pereiras Cirnes<br />

Casa <strong>do</strong>s Werneck<br />

Igreja de S. Domingos<br />

Palacete <strong>do</strong>s Barbosas Maciel<br />

Pal<strong>á</strong>cio de Rego Barreto<br />

Pal<strong>á</strong>cio de Cunha Sottomayor<br />

Pal<strong>á</strong>cio das Malheiras<br />

PROTEGIDOS Sé Catedral<br />

30 monumentos Castelo de Santiago da Barra<br />

protegi<strong>do</strong>s<br />

MN - Monumento nacional; IIP – Imóvel de Interesse Público<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


174<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de<br />

proxección externa<br />

polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que<br />

compre levar a cabo<br />

para mellorar<br />

Difusão de projectos<br />

de car<strong>á</strong>cter ambiental<br />

Valoración Ambiental<br />

Serra de Santa Luzia<br />

Praias<br />

Estu<strong>á</strong>rio e frente ribeirinha - Rio Lima<br />

Proximidade ao Parque Natural <strong>do</strong> Gerês<br />

Qualificação e valorização paisagística das frentes marítima<br />

e ribeirinha - com a reconversão de espaços afectos a<br />

<strong>actividade</strong>s decadentes<br />

Criação de parque ambiental e de diversões aqu<strong>á</strong>ticas no<br />

estu<strong>á</strong>rio <strong>do</strong> Lima<br />

Promoção da cidade ambientalmente sustent<strong>á</strong>vel<br />

Desenvolvimento das componentes ambientais <strong>do</strong> ensino<br />

politécnico em articulação com a rede universit<strong>á</strong>ria <strong>do</strong> Eixo<br />

Atlântico<br />

Do perío<strong>do</strong> medieval destacam-se a Casa <strong>do</strong><br />

Hospital Velho (ocupada pela Região de Turismo), a Torre<br />

da Roqueta, o Castelo da Barra (reconstruí<strong>do</strong> por D.<br />

Manuel I), o Palacete <strong>do</strong>s Melos Alvins (séc. XV), a Casa<br />

de João Velho ou Casa <strong>do</strong>s Arcos (séc. XV), a Casa da<br />

Câmara ou Paços <strong>do</strong> Concelho, a Casa de Pêro Galego ou<br />

das Caravelas; enquanto o perío<strong>do</strong> quinhentista d<strong>eixo</strong>u<br />

as suas marcas na Torre <strong>do</strong> Hospício da Caridade, na<br />

Casa <strong>do</strong>s Lu<strong>nas</strong>, na Casa <strong>do</strong>s Costa Barros, na Casa das<br />

Janelas, no Solar <strong>do</strong>s S<strong>á</strong>s Pintos Sottomayores ou na<br />

Casa da Misericórdia (Casa das Varandas).<br />

Também os séculos VII, XVIII e XIX deixaram as<br />

suas marcas <strong>nas</strong> ruas de Viana. Do primeiro destacam-se<br />

o Castelo de Santiago da Barra, a Casa da Ve<strong>do</strong>ria, a<br />

Casa de Barros Lima (pertença da Associação Nuno<br />

Álvares) e a <strong>do</strong>s Pereiras Cirnes, enquanto o segun<strong>do</strong><br />

marcou presença com o Palacete <strong>do</strong>s Barbosas Maciel<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


175<br />

(actual edifício <strong>do</strong> Museu Municipal), o Pal<strong>á</strong>cio de Rego<br />

Barreto, o Pal<strong>á</strong>cio de Cunha Sottomayor (Governo Civil) e<br />

o Pal<strong>á</strong>cio das Malheiras. Do século XIX destaca-se a Casa<br />

<strong>do</strong>s Werneck inicialmente de uma família alemã.<br />

Mas a monumentalidade da cidade é ainda<br />

reforçada pelo património religioso (Sé Catedral - séc. XV,<br />

Igreja de S. Domingos - séc. XV, Igreja da Misericórdia -<br />

séc. XVIII) ou pelas Ruí<strong>nas</strong> da Citânia de Santa Luzia.<br />

Os borda<strong>do</strong>s e os trajes sumptuosos são duas<br />

imagens de Viana. Os primeiros têm uma clara expressão<br />

nos lenços <strong>do</strong>s namora<strong>do</strong>s que contêm frases simples a<br />

ilustrar o amor <strong>do</strong> ofertante, Os segun<strong>do</strong>s, a<strong>do</strong>rna<strong>do</strong>s<br />

com imenso ouro, provavelmente a ilustrar a importância<br />

que teve para a cidade o ouro <strong>do</strong> Brasil, podem ser<br />

observa<strong>do</strong>s na Festa <strong>do</strong> Traje que se realiza no dia da<br />

Romaria da Senhora da Agonia em Agosto ou aquan<strong>do</strong><br />

das actuações <strong>do</strong>s seus inúmeros grupos<br />

folclóricos/etnogr<strong>á</strong>ficos (38).<br />

Mas para além destes <strong>do</strong>is aspectos patrimoniais,<br />

Viana é ainda rica em palmitos, velas votivas, rendas,<br />

bonecas regionais, cerâmica (a característica louça de Viana<br />

com os seus motivos decorativos em azul), ferro forja<strong>do</strong>,<br />

cantaria, tanoaria, tecelagem e gastronomia diversificada:<br />

bacalhau à Margarida da Praça; bacalhau-lagosta; cal<strong>do</strong><br />

verde; sopa seca; arroz de cabidela de lampreia; lampreia à<br />

bordalesa; papas; arroz de sarrabulho...<br />

A culminar estes manjares pode o viajante ainda<br />

usufruir de diferentes delícias <strong>do</strong>ces, tais como sopa<br />

<strong>do</strong>urada, torta de Viana, arroz <strong>do</strong>ce, massapães e meiasluas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


176<br />

É importante referir a existência vestígios<br />

arqueológicos cataloga<strong>do</strong>s no concelho como os castros e<br />

povoa<strong>do</strong>s romanos. Cinco auditórios, 2 pal<strong>á</strong>cios de<br />

congressos, 4 salas de exposição, 3 museus, 2 bibliotecas<br />

públicas, um teatro, 4 centros de divulgação de<br />

informação ao cidadão, compõem a oferta de<br />

equipamentos culturais da cidade.<br />

São cataloga<strong>do</strong>s 16 eventos e acontecimentos<br />

anuais de diversos tipos e com projecção local, regional,<br />

nacional e internacional - festas populares, festivais de<br />

cinema, de teatro e vídeo, poesia e música (7) - que se<br />

destinam a promover a animação local.<br />

Treze escolas de música, 11 grupos e colectividades<br />

culturais, uma companhia de teatro, <strong>do</strong>is cinemas, 38<br />

grupos folclóricos e tradicionais/populares de música e<br />

dança, 6 grupos corais, três bandas de música e uma<br />

escola profissional de música são os actores culturais<br />

cataloga<strong>do</strong>s.<br />

Possui<strong>do</strong>r de inúmeras <strong>á</strong>reas verdes no interior e na<br />

envolvente, Viana <strong>do</strong> Castelo é marcada pelo sol, pela<br />

presença <strong>do</strong> mar, que contribui para empurrar a pouca<br />

poluição atmosférica para o interior, pela <strong>á</strong>gua e pela<br />

vegetação exuberante. A sua densidade demogr<strong>á</strong>fica e o<br />

volume de tr<strong>á</strong>fego ro<strong>do</strong>vi<strong>á</strong>rio, apesar <strong>do</strong><br />

congestionamento de trânsito existente no interior da<br />

cidade e da paisagem urbana fortemente marcada pelo<br />

automóvel, são insuficientes para gerara quaisquer<br />

problemas ambientais.<br />

Pelo contr<strong>á</strong>rio, a sua integração no Alto Minho, os<br />

contrastes provoca<strong>do</strong>s entre a cidade, a serra, o mar e a<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


177<br />

foz <strong>do</strong> rio, em que a presença <strong>do</strong> elemento <strong>á</strong>gua é<br />

marcante, são propicia<strong>do</strong>res da ocorrência de<br />

ecossistemas e condições ambientais muito propícias à<br />

exploração deste património para fins turísticos e como<br />

componente de qualidade de vida urbana, factor de<br />

atracção de habitantes e investimentos empresariais.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Viana fo Castelo<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO <br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

Moinhos <br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas <br />

SENDEIRISMO <br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS<br />

Rotas FLUVIAIS<br />

Rotas ETNOGRÁFICAS <br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


179<br />

A promoção <strong>turística</strong> <strong>do</strong> Norte de Portugal atribui<br />

um grande ênfase ao património construí<strong>do</strong>, e Viana <strong>do</strong><br />

Castelo segue esta linha estratégica. À semelhança <strong>do</strong><br />

que acontece com outras <strong>cidades</strong> analisadas, Viana <strong>do</strong><br />

Castelo é capital de distrito, pelo que a sua promoção não<br />

é desligada daquela que é feita para os concelhos<br />

vizinhos. No caso <strong>do</strong> património construí<strong>do</strong>, e tal como<br />

acontece noutros casos, Viana destaca-se no conjunto da<br />

promoção que ultrapassa os limites <strong>do</strong> seu concelho,<br />

uma vez que a quantidade e diversidade é bastante<br />

superior àquela que se verifica em outras localidades<br />

vizinhas.<br />

A imagem de Viana foi desde sempre construída em<br />

torno de <strong>do</strong>is vectores: por um la<strong>do</strong>, a sua histórica<br />

vocação marítima, materializada no seu porto de mar; por<br />

outro la<strong>do</strong>, a riqueza <strong>do</strong> seu folclore, sem dúvida o mais<br />

afama<strong>do</strong> <strong>do</strong> Minho e cujas danças e trajes tradicionais se<br />

destacam no contexto <strong>do</strong> folclore português. Não ser<strong>á</strong>,<br />

por isso, de estranhar que em grande parte <strong>do</strong>s panfletos<br />

de divulgação da cidade, na capa se encontre imagens de<br />

jovens vestidas a rigor com a sua indument<strong>á</strong>ria<br />

tradicional.<br />

Mas Viana não é só mar e folclore, haven<strong>do</strong> muito<br />

mais para oferecer. Tal como a generalidade das<br />

localidades <strong>do</strong> Norte de Portugal, esta cidade é rica em<br />

património religioso (igrejas, conventos), sen<strong>do</strong> estes um<br />

<strong>do</strong>s elementos mais presentes ao longo de to<strong>do</strong> o material<br />

analisa<strong>do</strong>. No entanto, esta promoção raramente atribui<br />

um destaque especial a um ou outro monumento de<br />

maior relevância (excepção à Basílica de Santa Luzia),<br />

pelo que nos parece que se deveria fazer algo mais, por<br />

exemplo, no caso <strong>do</strong>s conventos.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


180<br />

Quan<strong>do</strong> fal<strong>á</strong>mos na importância <strong>do</strong> folclore na<br />

construção geral da imagem da cidade, destacamos<br />

também a sua importância no grafismo <strong>do</strong> material<br />

promocional. Se bem que o folclore é bastante conheci<strong>do</strong><br />

em Portugal, achamos no entanto que se deveria<br />

trabalhar melhor esta questão, mais particularmente os<br />

Arraiais Minhotos (festas populares), que proporcionam<br />

ao turista um raro contacto com os usos e costumes das<br />

gentes <strong>do</strong> Alto Minho. Esta promoção, em nosso<br />

entender, ser<strong>á</strong> de particular interesse com vista à<br />

atracção de um maior número de visitantes,<br />

nomeadamente, vin<strong>do</strong>s da Galiza. Esta promoção dever<strong>á</strong>,<br />

obviamente, incluir a gastronomia local e regional, que é<br />

uma presença marcante nestes eventos festivos.<br />

Paralelamente a este esforço de promoção da<br />

tradição vianense, surge agora um novo tipo de turismo:<br />

o Turismo de Congressos. Neste particular, assume<br />

especial relevância o Castelo de Santiago da Barra, que é,<br />

digamos, a figura de cartaz das v<strong>á</strong>rias estruturas <strong>do</strong><br />

concelho preparadas para este tipo de <strong>actividade</strong>s.<br />

Para finalizar, não podemos deixar de referir o baixo<br />

relevo atribuí<strong>do</strong> aos desportos liga<strong>do</strong>s ao mar (vela, body<br />

board,..). Efectivamente, as referências a este tipo de<br />

recursos são muito escassas, sobretu<strong>do</strong> se pensarmos<br />

que a cidade est<strong>á</strong> intimamente ligada ao oceano. Este é<br />

um recurso que, se bem promovi<strong>do</strong>, ir<strong>á</strong> chegar a um<br />

público – alvo particularmente jovem, diversifican<strong>do</strong><br />

assim o tipo de visitantes <strong>do</strong> concelho.<br />

Em suma, Viana tem uma série de recursos da mais<br />

diversa natureza (o mar, as festas e romarias,<br />

monumentalidade, gastronomia, salas de congressos, o<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


181<br />

campo), sen<strong>do</strong> no entanto de notar que a<br />

monumentalidade ocupa de tal forma o espaço<br />

promocional, que desvia a atenção para essa variedade de<br />

recursos.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


PATRIMÓNIO MONUMENTAL<br />

CATALOGADOS<br />

24 edifícios e<br />

monumentos<br />

6 bairros e praças<br />

183<br />

Vila Real<br />

Edificios Barrios<br />

H<strong>á</strong> diversos edifícios de interesse patrimonial que<br />

deverão ser protegi<strong>do</strong>s, tais como:<br />

- Casa de Diogo Cão<br />

- Cruzeiro <strong>do</strong> século XVI em frente à entrada principal<br />

da Sé Catedral<br />

- Coreto <strong>do</strong> Jardim da Carreira<br />

- - Pelourinho<br />

- Fonte da Carreira (finais <strong>do</strong> século XV)<br />

- Edifício <strong>do</strong> colégio Moderno de S. José (típica<br />

arquitectura <strong>do</strong>s " brasileiros")<br />

- Edifício ocupa<strong>do</strong> pelos Bombeiros da Cruz Verde<br />

- Edifício <strong>do</strong> Arquivo Distrital<br />

- Edifício da Câmara Municipal (séc. XIX)<br />

- Casa da família de Carvalho Araújo<br />

- Solar <strong>do</strong>s Brocas (séc. XVIII)<br />

PROTEGIDOS - Sé Catedral (séc. XV)<br />

30 monumentos - Igreja de S. Dinis (primeira Matriz <strong>do</strong> burgo - séc. XIII)<br />

protegi<strong>do</strong>s - Igreja <strong>do</strong> Calv<strong>á</strong>rio pertença da Ordem Terceira<br />

- Igreja S. Pedro (séc. XVI)<br />

- Santu<strong>á</strong>rio Rupestre de Panóias<br />

- Ponte Romana de Piscais<br />

- Necrópoles de Arnadelo e São Miguel da Pena<br />

MN - Monumento nacional; IIP – Imóvel de Interesse Público<br />

Vila Velha<br />

Bairro Latino<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


184<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre levar<br />

a cabo para mellorar<br />

Valoración Ambiental<br />

A cidade e o vale <strong>do</strong> Corgo<br />

Parque Natural <strong>do</strong> Alvão<br />

Serra <strong>do</strong> Marão<br />

Valorização e diversificação da oferta <strong>nas</strong> linhas de<br />

<strong>á</strong>gua que atravessam a cidade<br />

Visitar Vila Real é "descobrir Portugal", a sua<br />

história e o seu património natural e construí<strong>do</strong>, pois<br />

ninguém poder<strong>á</strong> ficar indiferente à beleza da paisagem<br />

maronesa nem à opulência da sua arquitectura<br />

diversificada, apesar de parca, mas bem patente na Sé<br />

Catedral (antiga igreja <strong>do</strong> Convento de S. Domingos - séc.<br />

XV), na bela fachada da Capela Nova (ou <strong>do</strong>s Clérigos) de<br />

Nicolau Nasoli, na Capela gótica de São Br<strong>á</strong>s (onde est<strong>á</strong> o<br />

túmulo <strong>do</strong> Espadeiro, companheiro de D. Afonso<br />

Henriques), no Pal<strong>á</strong>cio <strong>do</strong>s Marqueses de Vila Real com<br />

as suas janelas manueli<strong>nas</strong>, no barroco Solar de Mateus<br />

(a 3 km), na Casa <strong>do</strong>s Brocas (séc. XVIII) da família<br />

Camilo onde se encontra uma l<strong>á</strong>pide em homenagem ao<br />

autor <strong>do</strong> "Amor de Perdição" ou ainda no edifício da<br />

Câmara Municipal, solar <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XIX<br />

construí<strong>do</strong> por iniciativa <strong>do</strong> 1º conde de Amarante e<br />

destina<strong>do</strong> a servir de hospital da Misericórdia.<br />

A monumentalidade <strong>do</strong> concelho é reforçada pelo<br />

Santu<strong>á</strong>rio Rupestre de Panóias (a SE da cidade) que nos<br />

permite viajar no tempo ou mesmo para os mais audazes<br />

imaginarem-se no seio das divindades outrora a<strong>do</strong>radas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


185<br />

O linho, resquício de um passa<strong>do</strong> rural cada vez<br />

mais perdi<strong>do</strong> no tempo e actualmente um bem de<br />

consumo caro é uma clara marca <strong>do</strong> envolvimento <strong>do</strong> rio<br />

na vida das populações locais, pois é com o auxílio das<br />

suas <strong>á</strong>guas que é prepara<strong>do</strong> antes de partir para a moca<br />

com vista a ser espadela<strong>do</strong>. Apesar de ocupar menos<br />

mão-de-obra que outrora, continua a ser um <strong>do</strong>s<br />

orgulhos de Vila Real defendi<strong>do</strong>, por exemplo, nos<br />

conheci<strong>do</strong>s teares da <strong>do</strong>na Adelaide em Agarez (pequena<br />

povoação perto de Vila Marim a NW da cidade).<br />

Os barros negros de Bisalhães (freguesia de<br />

Mondrões a WSW de Vila Real), provavelmente<br />

condena<strong>do</strong>s ao desaparecimento por falta de<br />

continuidade da obra <strong>do</strong>s mestres oleiros, são um vestígio<br />

<strong>do</strong> artesanato <strong>do</strong> Marão com presença assegurada <strong>nas</strong><br />

feira de S. Pedro que se realiza em Vila Real entre 27 e 29<br />

de Junho. Além <strong>do</strong> linho e <strong>do</strong> barro, ou das suas feiras e<br />

romarias (Feira de Stº António, Feira de S. Pedro e<br />

Romaria da Senhora de Almodena), também a<br />

gastronomia surge com um inequívoco lega<strong>do</strong> patrimonial<br />

que em Vila Real e nos seus arre<strong>do</strong>res é bastante<br />

diversifica<strong>do</strong>.<br />

Desde as sopas (<strong>á</strong>gua de unto enriquecida com pão<br />

de centeio; sopa de chicharros verdes onde o feijão frade<br />

em vagem se une com as batatas, o tomate, o arroz e o<br />

presunto; o famoso rancho que conjuga massa, grão,<br />

vitela, linguiça e presunto), às carnes (cabrito assa<strong>do</strong> à<br />

transmontana, tripas aos molhinhos, carne de porco<br />

estufada com castanhas, bola de carne), passan<strong>do</strong> pelos<br />

peixes (bacalhau à Espadeiro, bacalhau com batatas a<br />

murro, lampreia à transmontana) ou ainda pelas aves e<br />

caça (galinha de cabidela, perdiz com cogumelos, perdiz<br />

com molho vilão), são inúmeras as iguarias com que o<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


186<br />

visitante se pode deleitar. Para os amantes <strong>do</strong> famoso<br />

líqui<strong>do</strong> de Baco o afama<strong>do</strong> rosé de Mateus pode ser um<br />

bom investimento para acompanhar o cabrito assa<strong>do</strong>.<br />

Todavia, não podemos ignorar os brancos fruta<strong>do</strong>s, os<br />

tintos com a sua cor rubi ou ainda os palhetos abertos.<br />

Quanto aos mais gulosos, poderão igualmente<br />

terminar o prazer da boa mesa com os pastéis de<br />

toucinho <strong>do</strong> céu, as ganchas, uma tigelinha de laranja ou<br />

uma crista de galo na conceituada Casa Lapão, na rua<br />

Teixeira de Sousa.<br />

Vila Real tem uma oferta cultural diversificada e<br />

onde se destacam os seguintes equipamentos: 4<br />

auditórios, 5 salas de exposições, 4 museus, 3 bibliotecas<br />

e um 1 teatro. No que concerne a programas e eventos<br />

culturais, é de referir os Encontros de Música da Casa de<br />

Mateus e <strong>do</strong>is outros relaciona<strong>do</strong>s com a caricatura e o<br />

artesanato. Para além destes aspectos, h<strong>á</strong> ainda a<br />

destacar a existência da Real Filarmónica, de 5<br />

associações/centros culturais, de 4 ranchos folclóricos, 2<br />

corais, 4 bandas de música e 1 grupo de fa<strong>do</strong>s.<br />

Em torno da valorização <strong>do</strong> Rio Corgo enquanto<br />

espaço multifuncional de fruição ambiental e a<br />

recuperação e requalificação <strong>do</strong> centro histórico,<br />

desenvolve-se a candidatura ao programa POLIS. As<br />

propostas apresentadas neste programa configuram uma<br />

qualificação coerente e dimensionada para os níveis de<br />

procura locais, com potencialidade de criação de<br />

atracções regionais e supra-regionais relevantes.<br />

A intervenção camar<strong>á</strong>ria nesta <strong>á</strong>rea é orientada por<br />

alguns princípios <strong>do</strong>s quais se devem destacar: trabalho<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


187<br />

em parceria com outros actores locais e regionais;<br />

promoção da qualidade ambiental pela oferta de espaços<br />

urbanos qualifica<strong>do</strong>s; diminuição <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> automóvel<br />

em situações de irracionalidade eco-económica;<br />

dinamização <strong>do</strong> turismo de natureza e <strong>do</strong> turismo<br />

cultural como fontes de atracção supra-municipal;<br />

revalorização das linhas de <strong>á</strong>gua e diversificação <strong>do</strong>s seus<br />

usos lúdicos pelas populações.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Vila Real<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas <br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS<br />

Rotas FLUVIAIS <br />

Rotas ETNOGRÁFICAS <br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


189<br />

A cidade de Vila Real est<strong>á</strong> localizada próxima das<br />

serras <strong>do</strong> Marão e <strong>do</strong> Alvão, benefician<strong>do</strong> assim de uma<br />

invej<strong>á</strong>vel envolvente paisagística. Possuin<strong>do</strong> j<strong>á</strong> excelentes<br />

ligações ro<strong>do</strong>vi<strong>á</strong>rias com o litoral, mas concretamente à<br />

Área Metropolitana <strong>do</strong> Porto, e sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais<br />

dinâmicos pólos de desenvolvimento <strong>do</strong> interior norte<br />

português, Vila Real é apontada como uma das <strong>cidades</strong><br />

com mais eleva<strong>do</strong>s potenciais de desenvolvimento, apesar<br />

de ainda se encontrar afastada <strong>do</strong>s índices de<br />

desenvolvimento que marcam <strong>cidades</strong> de idêntica<br />

dimensão na região.<br />

A existência de um estabelecimento de ensino<br />

superior e a centralidade geogr<strong>á</strong>fica de cidade no contexto<br />

da Região Norte são, sem dúvida, <strong>do</strong>is pilares onde<br />

poderão ser basea<strong>do</strong>s projectos de desenvolvimento,<br />

nomeadamente na <strong>á</strong>rea <strong>do</strong> turismo. O números<br />

referentes aos aspectos demogr<strong>á</strong>ficos são revela<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

car<strong>á</strong>cter de “cidade de charneira” entre o interior e o<br />

litoral, não denotan<strong>do</strong> a estrutura et<strong>á</strong>ria e a massa<br />

populacional típica das <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> litoral, mas escapan<strong>do</strong><br />

claramente à séria tendência de envelhecimento e<br />

diminuição da população <strong>do</strong> interior, encontran<strong>do</strong>-se<br />

agora num processo de estabilização.<br />

A cidade reúne condições para o desenvolvimento de<br />

um sector turístico sustenta<strong>do</strong>, basea<strong>do</strong> na oferta de<br />

recursos inspira<strong>do</strong>s na beleza das suas paisagens<br />

naturais e na monumentalidade. A Serra <strong>do</strong> Marão,<br />

fronteira que delimita o litoral norte e o interior, o Parque<br />

Natural <strong>do</strong> Alvão e a própria cidade, esta graças ao<br />

atravessamento <strong>do</strong> rio Corgo, podem constituir-se como<br />

importantes produtos turísticos em alternativa aos<br />

centros turísticos mais relevantes <strong>do</strong> Norte de Portugal,<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


190<br />

abrin<strong>do</strong> assim a porta para um território em muito por<br />

descobrir: Tr<strong>á</strong>s-os-Montes.<br />

Paralelamente aos recursos naturais, a cidade de<br />

Vila Real pode complementar a sua oferta com base na<br />

sua monumentalidade que, não sen<strong>do</strong> propriamente<br />

numerosa (apesar <strong>do</strong>s trinta monumentos protegi<strong>do</strong>s), é<br />

certamente fértil em termos de conservação <strong>do</strong>s<br />

principais espaços. Trata-se assim, de combinar uma<br />

oferta <strong>turística</strong> que integre, por um la<strong>do</strong>, os elementos<br />

tradicionais liga<strong>do</strong>s <strong>á</strong> monumentalidade, natureza, e<br />

tradições rurais (artesanato, gastronomia, mo<strong>do</strong>s de vida,<br />

etc.) e, por outro, apostan<strong>do</strong> cada vez mais na afirmação<br />

da cidade como um importante centro regional e subregional<br />

na oferta de serviços de diversa ordem.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


192<br />

Vila Nova de Gaia<br />

PATRIMÓNIO MONUMENTAL<br />

Edificios Barrios<br />

Cataloga<strong>do</strong>s Castelo de Gaia<br />

Igreja <strong>do</strong> Bom Jesus<br />

Castro de Mafamude<br />

Castro de Baiza<br />

Necrópole de Valadares<br />

Castro de Valadares<br />

Mamoa de Madalena<br />

Estrada Romana<br />

Necrópole <strong>do</strong> Alto da Vela<br />

Forno Romano de Canelas<br />

Mamoa da Raposa<br />

Castelo de Crestuma<br />

Castro da Sra. da Saúde<br />

Castro de Sandim<br />

Mosteiro de Vila Cova das Do<strong>nas</strong><br />

Protexi<strong>do</strong>s<br />

PATRIMONIO AMBIENTAL<br />

Territorios de proxección<br />

externa polo seu car<strong>á</strong>cter<br />

Actuacións que compre levar<br />

a cabo para mellorar<br />

Difusión de proxectos de<br />

car<strong>á</strong>cter<br />

Valoración Ambiental<br />

Parque Biológico<br />

Orla Costeira<br />

Rio e marginal <strong>do</strong> Douro<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


193<br />

Equipamentos culturais cataloga<strong>do</strong>s: Quatro<br />

auditórios com diferentes dimensões e características,<br />

sete salas de exposição, 3 museus, oito bibliotecas<br />

públicas, um pavilhão municipal multi-usos, um parque<br />

de exposições, um parque biológico e um observatório<br />

astronómico. Além destes, existem diversas salas de<br />

cinema nos mais recentes empreendimentos comerciais<br />

de grande envergadura.<br />

Em termos de eventos e programas são cataloga<strong>do</strong>s:<br />

um festival de arte, um ciclo de cinemas, um encontro<br />

nacional de teatro ama<strong>do</strong>r e quatro festivais de música.<br />

Possui cinco escolas de música e dança, seis<br />

colectividades culturais de car<strong>á</strong>cter generalista, 12<br />

grupos de teatro, 32 grupos de música folclórica e<br />

popular, 13 bandas filarmónicas, 7 grupos corais e 3<br />

orquestras de música sinfónica<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


Uso de recursos. Vilanova de Gaia<br />

Recursos<br />

AMBIENTAIS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS ANTRÓPICOS<br />

Ofertas<br />

INERTES VIVOS MONUMENTAIS ETNOGRÁFICOS<br />

Actuais<br />

Artesanato <br />

Caminho SANTIAGO<br />

FESTAS <br />

MERCADOS<br />

Moinhos<br />

Passeios Autocarro<br />

Passeios Combóio<br />

Visitas Guiadas <br />

SENDEIRISMO<br />

RIOS <br />

Rotas NATURAIS<br />

Rotas HISTÓRICAS <br />

Rotas GASTRONÓMICAS <br />

Rotas FLUVIAIS <br />

Rotas ETNOGRÁFICAS <br />

Rotas ARQUITECTÓNICAS


195<br />

A imagem global da cidade de Vila Nova de Gaia<br />

encontra-se intimamente ligada <strong>á</strong> história da cidade <strong>do</strong><br />

Porto, a sua vizinha da margem norte <strong>do</strong> Rio Douro. Se,<br />

por um la<strong>do</strong>, tal pode ser benéfico pela capacidade<br />

atractiva <strong>do</strong> Porto no contexto regional e nacional,<br />

nomeadamente no que respeita aos fluxos turísticos mas<br />

não só, poderíamos igualmente considerar nefasta essa<br />

relação, uma vez que levanta problemas na definição de<br />

uma identidade própria, reconhecida pelos visitantes.<br />

Não obstante, neste ponto em concreto importa valorizar<br />

os benefícios que resultam ou podem resultar dessa<br />

relação quase umbilical, um pouco à semelhança de<br />

outras localidades que participam <strong>nas</strong> denominadas<br />

“<strong>á</strong>reas metropolita<strong>nas</strong>”.<br />

Ao longo <strong>do</strong>s últimos anos, a cidade de Vila Nova de<br />

Gaia tornou-se ela própria um centro de atracção,<br />

nomeadamente sob o ponto de vista demogr<strong>á</strong>fico. Mais <strong>do</strong><br />

que uma “cidade <strong>do</strong>rmitório”, Gaia conseguiu ela própria<br />

tornar-se num importante centro de comércio e serviços,<br />

manten<strong>do</strong> igualmente uma tradição industrial histórica.<br />

Sob o ponto de vista turístico, Gaia tem condições<br />

para proceder a uma oferta de produtos bastante<br />

consider<strong>á</strong>vel. Não tanto pelo número e diversidade de<br />

recursos patrimoniais ou paisagísticos, j<strong>á</strong> que neste<br />

aspecto entra em concorrência directa com a cidade <strong>do</strong><br />

Porto e com outras zo<strong>nas</strong> ribeirinhas (encontran<strong>do</strong>-se em<br />

franca desvantagem), mas pela sua capacidade<br />

empreende<strong>do</strong>ra, capaz de conduzir a segmentos de<br />

turismo muito específicos, nomeadamente o turismo de<br />

negócios, sem esquecer, obviamente, o facto da história<br />

<strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> Porto estar muito ligada à história da própria<br />

cidade.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


196<br />

A centralidade geogr<strong>á</strong>fica no contexto da Área<br />

Metropolitana <strong>do</strong> Porto, aliada às facilidades de<br />

comunicação com a cidade <strong>do</strong> Porto, permitem<br />

igualmente a Gaia beneficiar de eventos culturais e<br />

desportivos (sejam estes actos isola<strong>do</strong>s ou dura<strong>do</strong>uros),<br />

que são ou venham a ser organiza<strong>do</strong>s ten<strong>do</strong> por<br />

referência a cidade vizinha. É o caso da “Porto 2001<br />

Capital Europeia da Cultura”, ou <strong>do</strong> “EURO 2004” de<br />

futebol que, sen<strong>do</strong> eventos com particular incidência na<br />

cidade <strong>do</strong> Porto, têm repercussões que ultrapassam em<br />

larga medida as fronteiras desta. Assim, importa destacar<br />

que Gaia possui um vasto conjunto de equipamentos de<br />

ín<strong>do</strong>le cultural, como atestam os quatro auditórios, sete<br />

salas de exposição, 3 museus, oito bibliotecas públicas,<br />

um pavilhão municipal multi-usos, um parque de<br />

exposições, um parque biológico e um observatório<br />

astronómico, para além das salas de cinema localizadas<br />

<strong>nas</strong> grandes superfícies comerciais, sen<strong>do</strong> perfeitamente<br />

capaz de responder às exigências que nesta matéria se<br />

irão sentir.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


5.<br />

5.<br />

5. Recapitulación e conclusións<br />

a) Situación actual <strong>do</strong> turismo na eurorrexión<br />

197<br />

• A pesar da sua posición xeogr<strong>á</strong>fica periférica, tanto<br />

Galicia coma o Norte de Portugal reciben un volume<br />

importante de visitantes, atrai<strong>do</strong>s polas duas <strong>cidades</strong><br />

m<strong>á</strong>is coñecidas, Santiago de Compostela e Porto<br />

• Os recursos potenciais para seren converti<strong>do</strong>s en<br />

productos turísticos presentan unha notable variedade<br />

e son <strong>do</strong>adamente identificables<br />

• A eurorrexión constitúe un destino turístico singular,<br />

con atractivos dabon<strong>do</strong> para motivar desprazamentos<br />

tanto desde o resto da península, coma de Europa<br />

• As políticas de promoción das diferentes administracións<br />

son pouco claras, <strong>á</strong>s veces confusas entre sí e<br />

desde logo, escasamente coordinadas<br />

• Non hai unha estructura de productos turísticos, hai<br />

diferentes mensaxes de identificación e ape<strong>nas</strong> se pode<br />

descubrir un posicionamento daquéles no merca<strong>do</strong><br />

• Os potenciais demandantes, sobre to<strong>do</strong> os europeos,<br />

non reciben unha imaxe clara das ofertas <strong>turística</strong>s da<br />

eurorrexión como tal<br />

• Os principais opera<strong>do</strong>res turísticos europeos non<br />

inclúen <strong>á</strong> eurorrexión nos seus programas, e mesmo<br />

propoñen<strong>do</strong> <strong>á</strong>s duas <strong>cidades</strong> claves ignoran o resto<br />

• Os turistas chegan <strong>á</strong> eurorrexión maioritariamente en<br />

vehículo particular (aproximadamente un 80%), e en<br />

segun<strong>do</strong> lugar en avión (un 6%)<br />

• A elección da eurorrexión como destino responde a<br />

unha decisión individual e independente (case un<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


198<br />

98%), e ape<strong>nas</strong> un 1.5% utiliza os servicios dunha<br />

axencia de viaxes<br />

• As motivacións principais <strong>do</strong>s que elixen a eurorrexión<br />

para as suas vacacións son o descanso, a cultura, a<br />

praia, a gastronomía e a diversión<br />

• A estacionalidade é moi elevada, da<strong>do</strong> que m<strong>á</strong>is dun<br />

80% nos visitan nos meses de ver<strong>á</strong>n, ainda que pode<br />

observarse unha leve tendencia ao fraccionamento,<br />

sobre to<strong>do</strong> na primavera e no outono<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


) Breve taboa DAFO<br />

ENTORNO EXTERIOR<br />

AMENAZAS OPORTUNIDADES<br />

• Dificultades de enlace aéreo con<br />

Europa, sobre to<strong>do</strong> a Galicia<br />

• Moi malas comunicacións ferroviarias<br />

co resto da península, e loxicamente<br />

tamén con Europa<br />

• Lonxanía xeogr<strong>á</strong>fica <strong>do</strong>s grandes<br />

merca<strong>do</strong>s emisores de centroeuropa<br />

• Descoñecemento das ofertas da<br />

eurorrexión como destino turístico<br />

nos opera<strong>do</strong>res europeos<br />

• Mala imaxe climatolóxica <strong>do</strong> noroeste<br />

peninsular<br />

• Escasas ofertas de turismo activo<br />

para unha demanda cada vez menos<br />

contemplativa<br />

• Relativamente baixa oferta hoteleira<br />

de alto nivel no conxunto da eurorrexión,<br />

e moi baixa ou case nula<br />

fora das <strong>cidades</strong> polos principais de<br />

atracción. Esto crea un desaxuste<br />

entre a promoción <strong>do</strong> destino e a<br />

oferta real de aloxamento, e reduce<br />

notablemente a recepción de turistas<br />

con alto nivel de ingresos<br />

199<br />

• Interese crecente <strong>nas</strong> tendencias<br />

da demanda polo turismo cultural,<br />

ao que a eurorrexión pode ofertar<br />

singulares productos<br />

• Cambios na demanda que xa<br />

acude <strong>á</strong> eurorrexión percuran<strong>do</strong><br />

combinacións de destinos e sobre<br />

to<strong>do</strong> rutas, o que pode ser<br />

aproveita<strong>do</strong> cunha boa elaboración<br />

de productos con esas<br />

características, ten<strong>do</strong> en conta a<br />

notable variedade de recursos<br />

potencialmente convertibles en<br />

tales productos<br />

• Progresivo coñecemento da<br />

eurorrexión no merca<strong>do</strong> de<br />

congresos e convencións, a pesar<br />

de que se concentran <strong>nas</strong> duas<br />

<strong>cidades</strong> principais polos de<br />

atracción. Eso obrigaría a elaborar<br />

e ofertar <strong>actividade</strong>s complementarias<br />

con rutas de promoción<br />

• Posibilidades de incremento <strong>do</strong><br />

turismo familiar e de fin de<br />

semana<br />

• Posicionarse como un destino<br />

combina<strong>do</strong> que permite ofertas<br />

para un gran número de segmentos<br />

de demanda<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


200<br />

CONTEXTO INTERNO<br />

DEBILIDADES FORTALEZAS<br />

• Rede local de estradas con<br />

deficiencias para os desprazamentos<br />

dentro da eurorrexión, ten<strong>do</strong><br />

en conta que o medio fundamental<br />

usa<strong>do</strong> polos turistas é o vehículo<br />

particular<br />

• Elevada estacionalidade <strong>do</strong>s<br />

productos actuais para o turismo<br />

no conxunto da eurorrexión<br />

• Mala sinalización xeral <strong>do</strong>s lugares<br />

de interese para visitar<br />

• Escasa ou nula coordinación entre<br />

as administracións tanto na<br />

promoción <strong>do</strong>s productos turísticos<br />

como mesmamente na sua<br />

elaboración<br />

• Escasa formación e cualificación<br />

da man de obra <strong>nas</strong> empresas<br />

<strong>turística</strong>s<br />

• Moi escasa interrelación en xeral<br />

entre o sector turístico e os<br />

sistemas productivos locais,<br />

mesmo en aqueles lugares que<br />

poderían identificarse por algún<br />

producto agrícola ou industrial<br />

singular<br />

• Escasa utilización <strong>do</strong> patrimonio<br />

histórico e etnogr<strong>á</strong>fico común<br />

galego e portugués como recurso<br />

turístico, con perigo de aban<strong>do</strong>no<br />

ou perda irreparable<br />

• Existencia de lugares de interese<br />

turístico moi singulariza<strong>do</strong>s, o que<br />

permite a elaboración de productos<br />

combina<strong>do</strong>s<br />

• Existencia de <strong>á</strong>reas de interese<br />

relativamente próximas entre sí, o<br />

que permite a elaboración de rutas<br />

de diferentes formas e baixo coste<br />

de desprazamento para o turista<br />

• Importante atractivo da eurorrexión<br />

como <strong>á</strong>rea transfronteririza, o que<br />

ainda non est<strong>á</strong> sen<strong>do</strong> posto en<br />

valor por nengunha oferta conxunta<br />

a ambas marxes <strong>do</strong> río Miño e<br />

da raia seca<br />

• Boas comunicacións por estrada<br />

<strong>á</strong>s principais <strong>cidades</strong>, onde se<br />

concentran os atractivos m<strong>á</strong>is<br />

coñeci<strong>do</strong>s<br />

• Cidades con boas condicións<br />

estructurais para unha visita<br />

cómoda aos seus principais<br />

atractivos.<br />

• Natureza pouco contaminada en<br />

xeral en toda a eurorrexión<br />

• Notable importancia <strong>do</strong>s “Camiños<br />

Portugueses” a Santiago, sen<br />

embargo, pouco coñeci<strong>do</strong>s en<br />

Europa<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


201<br />

c) c) c) Segmentos Segmentos clave clave para para unha unha estratexia estratexia turíst <strong>turística</strong> turíst ca dentro dentro da<br />

da<br />

Eurorrexión<br />

Eurorrexión<br />

Turismo de visita breve a cada zona<br />

Moi adecua<strong>do</strong> para os productos b<strong>á</strong>sicos das principais<br />

<strong>cidades</strong> polo de atracción, da<strong>do</strong> que est<strong>á</strong>n ben<br />

comunicadas por estrada co resto da península, pero<br />

tamén é v<strong>á</strong>li<strong>do</strong> para moitas peque<strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> e vilas e<br />

<strong>á</strong>reas de interese se son ben promocionadas<br />

Turismo de rutas<br />

Pode ser contrata<strong>do</strong> en opera<strong>do</strong>res turísticos pero<br />

tamén promociona<strong>do</strong> a visitantes individuais. A eurorrexión<br />

admite case unha limitada variedade posibilidades,<br />

pero precisa coordinación entre as administracións<br />

Turismo de fin de semana<br />

Igual que no caso anterior, admite as duas posibilidades<br />

en grupo ou individual, especialmente orienta<strong>do</strong><br />

<strong>á</strong>s <strong>cidades</strong> principais<br />

Turismo cultural<br />

Unha das combinacións m<strong>á</strong>is importantes na actualidade<br />

dentro <strong>do</strong> turismo de rutas, pero tamén como<br />

producto independente. A eurorrexión pode ofertar unha<br />

extensa gama de productos con estas características a<br />

toda Europa<br />

Turismo de sol e praia<br />

Pode ofertarse en toda a costa, coa vantaxe<br />

dunha posibilidade de combinación con outras formas,<br />

como rutas, e cultura, ben de forma regular, ou ben como<br />

alternativa <strong>á</strong> eventualidade de malas condicións atmosféricas<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


202<br />

Turismo de congresos e negocios<br />

É un <strong>do</strong>s que deixan maiores ingresos por visitante<br />

can<strong>do</strong> as <strong>actividade</strong>s complementarias ao obxectivo<br />

principal da viaxe aparecen ben elaboradas<br />

Turismo no espacio rural<br />

A oferta da eurorrexión empeza a ser relevante en<br />

este aparta<strong>do</strong>, con vantaxe para o la<strong>do</strong> portugués, pero<br />

ainda sen presentar unha oferta conxunta, a pesar <strong>do</strong>s<br />

recursos comúns<br />

Turismo activo e de natureza<br />

Vai en certo mo<strong>do</strong> uni<strong>do</strong> ao anterior, pero ten características<br />

propias porque é m<strong>á</strong>is practica<strong>do</strong> por grupos<br />

de xóvenes e con menor interese polo patrimonio histórico.<br />

Os espacios naturais da eurorrexión permiten elaborar<br />

un eleva<strong>do</strong> número de productos para este segmento<br />

de demanda<br />

Turismo de compras<br />

Vai uni<strong>do</strong> <strong>á</strong> visita <strong>á</strong>s grandes <strong>cidades</strong> principais<br />

polos de atracción, pero non est<strong>á</strong> moi ben estructura<strong>do</strong><br />

Turismo relixioso<br />

É un singular acompañante <strong>do</strong> turismo cultural. A<br />

eurorrexión dispón dun <strong>do</strong>s atractivos de maior relevancia<br />

en Europa para os creentes cristianos no Camiño de<br />

Santiago, promociona<strong>do</strong> moi por debaixo das suas<br />

posibilidades<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


6.<br />

6.<br />

6. Apuntes de futuro<br />

1. 1. Principais Principais desafios desafios<br />

desafios<br />

203<br />

Podemos admitir que as autoridades e o conjunto da<br />

sociedade na euroregião tenham si<strong>do</strong> surpreendidas pelo<br />

fenómeno turístico <strong>do</strong>s anos 60 e 70, e que a sua capacidade<br />

de reacção tenha si<strong>do</strong> imediata face à súbita<br />

dinâmica de um merca<strong>do</strong> ape<strong>nas</strong> conheci<strong>do</strong> em Espanha<br />

(e muito limita<strong>do</strong>), e considera<strong>do</strong> até então de elite em<br />

Portugal, geran<strong>do</strong> divisas num momento em que eram tão<br />

necess<strong>á</strong>rias.<br />

J<strong>á</strong> no século XXI, tal situação não é aceit<strong>á</strong>vel, e to<strong>do</strong>s<br />

devemos trabalhar no senti<strong>do</strong> de contribuir para a<br />

elaboração de modelos de gestão <strong>do</strong>s recursos turísticos,<br />

compatibilizan<strong>do</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> com o<br />

equilíbrio territorial e a sustentabilidade a longo prazo <strong>do</strong><br />

novo sistema produtivo resultante.<br />

Os problemas <strong>do</strong> espaço turístico são hoje de ordem<br />

global, e a simples agregação de soluções parciais não se<br />

adequam a esses objectivos. Muito menos se considerarmos<br />

um território como a euroregião, onde confluem<br />

recursos, produtos j<strong>á</strong> elabora<strong>do</strong>s e ofereci<strong>do</strong>s, potencialidades<br />

subaproveitadas, diferentes níveis de competências<br />

e actuações institucionais, zona fronteiriça e diferentes<br />

interesses empresariais e de merca<strong>do</strong>.<br />

Essa realidade demonstra que os recursos estão nos<br />

municípios e são as administrações locais as autênticas<br />

protagonistas <strong>do</strong>s produtos turísticos. Contu<strong>do</strong>, nem na<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


204<br />

Galiza nem no Norte de Portugal, possuem competências<br />

na gestão e ordenamento deste sector, e exceptuan<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>tações financeiras geralmente muito restritas para<br />

informação e promoção, os municípios não têm capacidade<br />

orçamental para proporcionarem com qualidade os<br />

serviços complementares e equipamentos necess<strong>á</strong>rios ao<br />

processo de maturação de um destino turístico.<br />

Esta lacuna no ordenamento turístico tem particular<br />

importância quan<strong>do</strong> se destacam os <strong>do</strong>is temas chave<br />

<strong>do</strong> futuro turístico de um território, e concretamente no<br />

que concerne ao nosso objecto de estu<strong>do</strong>, a necessidade<br />

de uma planificação institucional elementar para completar<br />

o seu processo de maturação. Obviamente, a partir<br />

das limitações deste capítulo, tentaremos simplesmente<br />

apontar os <strong>do</strong>is desafios fundamentais desse processo<br />

(Aguiló, 1996):<br />

1. 1. 1. 1. O O O O desafio desafio desafio desafio da da da da competitividade<br />

competitivida<br />

competitivida<br />

competitivida de de de<br />

Devemos ter em conta que um destino turístico como<br />

o que configura a euroregião Galiza-Norte de Portugal<br />

apresenta sempre, no mínimo, <strong>do</strong>is âmbitos concorrenciais:<br />

♦ O das mesmas empresas que oferecem produtos<br />

turísticos ao longo da euroregião e que competem<br />

entre si, o que pode ser positivo, elevan<strong>do</strong> a qualidade<br />

geral <strong>do</strong>s produtos e aumentan<strong>do</strong> as possibilidades de<br />

escolha para os turistas. Mas também pode ser negativo,<br />

se o resulta<strong>do</strong> final for um desperdício de recursos, uma<br />

multiplicidade confusa de produtos ou a deterioração<br />

ambiental;<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


205<br />

♦ O das empresas e produtos que oferecem os<br />

destinos turísticos vizinhos ou de características semelhantes<br />

em toda a Península, que beneficiam em conjunto<br />

das campanhas de promoção genérica <strong>do</strong>s governos de<br />

Espanha e Portugal, mas competin<strong>do</strong> entre si para<br />

atraírem os turistas a cada destino. O coment<strong>á</strong>rio é<br />

an<strong>á</strong>logo ao anterior, ainda que neste caso o factor<br />

diferencia<strong>do</strong>r é a correcta identificação das singularidades<br />

de cada destino.<br />

É evidente que de forma isolada as entidades locais<br />

da euroregião não dispõem <strong>do</strong>s recursos para levarem a<br />

cabo campanhas de promoção que permitam alcançar<br />

com êxito esses <strong>do</strong>is tipos de concorrência em simultâneo<br />

mas, sem dúvida, podem ordenar e organizar o uso <strong>do</strong>s<br />

recursos para conseguirem a m<strong>á</strong>xima eficiência na<br />

elaboração de produtos turísticos de qualidade, favorecen<strong>do</strong><br />

a especialização nos segmentos em que a euroregião<br />

tenha vantagem competitiva, aban<strong>do</strong>nan<strong>do</strong> voluntarismos<br />

escassamente profissionais e confusos, e elaboran<strong>do</strong><br />

um quadro de destino com uma imagem diferenciada<br />

e objectivos sociais e económicos bem defini<strong>do</strong>s.<br />

Para tal, é preciso enfrentar o seguinte desafio:<br />

2. 2. 2. 2. O O O O desafio desafio desafio desafio da da da da efic<strong>á</strong>cia efic<strong>á</strong>cia efic<strong>á</strong>cia efic<strong>á</strong>cia administrativa<br />

administrativa<br />

administrativa<br />

administrativa<br />

Como j<strong>á</strong> foi referi<strong>do</strong>, o sector turístico abarca um<br />

eleva<strong>do</strong> número de <strong>actividade</strong>s e, consequentemente,<br />

competências administrativas, corresponden<strong>do</strong> – na<br />

pr<strong>á</strong>tica – a uma not<strong>á</strong>vel complexidade na gestão <strong>turística</strong><br />

ao nível institucional, manifestada a to<strong>do</strong>s os níveis (Bote<br />

e Marchena, 1996), com especial relevo no caso concreto<br />

da euroregião onde, para além <strong>do</strong> mais, confluem<br />

diferentes configurações administrativas.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


206<br />

♦ No papel difuso e fr<strong>á</strong>gil das políticas comunit<strong>á</strong>rias,<br />

no difícil equilíbrio entre os interesses das<br />

diferentes nacionalidades <strong>do</strong>s grandes opera<strong>do</strong>res<br />

e <strong>do</strong>s destinos turísticos;<br />

♦ Na relação entre as diferentes administrações<br />

públicas de Espanha e Portugal, que até o momento<br />

tenderam a enfrentar os problemas <strong>do</strong> sector<br />

turístico a partir de abordagens compartimentadas<br />

e sem a coerência necess<strong>á</strong>ria que a complexidade<br />

deste fenómeno exige;<br />

♦ Nas tensões estruturais entre os objectivos <strong>do</strong><br />

sector priva<strong>do</strong> em busca de um proveito empresarial<br />

e a regulação pública <strong>do</strong>s bens comuns, da<br />

conservação <strong>do</strong> património e da sustentabilidade<br />

ambiental.<br />

Um turista que chega à euroregião motiva<strong>do</strong> pela<br />

promoção das suas ofertas e por um interesse pessoal<br />

nos seus recursos patrimoniais e naturais, não assumir<br />

os eventuais problemas de um mau ordenamento <strong>do</strong><br />

território litoral, <strong>do</strong> impacto ambiental, ou da deficiente<br />

acessibilidade aos lugares que o atraem, ou mesmo da<br />

escassa qualificação profissional <strong>do</strong>s empres<strong>á</strong>rios e<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ramo hoteleiro, porque a competência<br />

para a solução desses problemas est<strong>á</strong> dispersa entre<br />

diferentes departamentos da administração local,<br />

regional e central.<br />

É evidente que este desafio não pode ser atribuí<strong>do</strong><br />

unicamente à esfera municipal, mas se a leitura <strong>do</strong> sector<br />

turístico surge aqui globalizada, podem evitar-se, ou pelo<br />

menos reduzir-se significativamente, as sobreposições na<br />

acção administrativa, procuran<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o caso uma<br />

coerência interna no tratamento <strong>do</strong>s problemas locais e<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


207<br />

também uma maior eficiência na aplicação <strong>do</strong>s seus<br />

limita<strong>do</strong>s recursos financeiros.<br />

Globalmente, podemos afirmar que perante as novas<br />

tendências da procura <strong>turística</strong>, a gestão <strong>do</strong> espaço e<br />

concretamente de um destino turístico não se pode<br />

reduzir-se a uma leitura de competências administrativas,<br />

mas justamente a partir da identificação <strong>do</strong>s<br />

problemas e conflitos com um quadro integra<strong>do</strong>r,<br />

estabelecen<strong>do</strong> assim as medidas de actuação dentro <strong>do</strong>s<br />

objectivos e da coerência e coordenação dessa estratégia<br />

global, que em princípio a administração local deve<br />

propor, da<strong>do</strong> que é mais próxima e conhece<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s seus<br />

recursos.<br />

2. 2. 2. Propostas Propostas de de acção<br />

acção<br />

Em capítulos anteriores, referimo-nos às principais<br />

tendências da procura <strong>turística</strong> à escala mundial e<br />

especialmente europeia, e depois de analisarmos a<br />

relação entre os recursos e as ofertas <strong>nas</strong> principais<br />

<strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico, fizemos uma breve an<strong>á</strong>lise<br />

SWOT onde tent<strong>á</strong>mos situar de forma sintética os<br />

principais pontos fortes e fracos <strong>do</strong> sector na euroregião.<br />

Do conjunto aí recolhi<strong>do</strong> sublinhamos <strong>do</strong>is aspectos<br />

contraditórios particularmente relevantes:<br />

♦ Por um la<strong>do</strong>, a constatação clara de uma maior<br />

maturidade na procura <strong>turística</strong>, sen<strong>do</strong> que cada<br />

vez mais os turistas utilizam as novas Tecnologias<br />

de Informação e Comunicação (TIC) para obterem<br />

informação prévia sobre os destinos, e so-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


208<br />

bretu<strong>do</strong> para elaborarem eles mesmos os aspectos<br />

fundamentais da combinação de produtos turísticos<br />

que mais lhes interessam;<br />

♦ Por outro la<strong>do</strong>, e no campo oposto, sublinh<strong>á</strong>mos<br />

uma deficiente formação empresarial a par de<br />

uma baixa qualificação da mão-de-obra em geral<br />

<strong>nas</strong> empresas <strong>turística</strong>s, o que soma<strong>do</strong> constitui<br />

uma not<strong>á</strong>vel dificuldade no quadro de uma procura<br />

exigente e uma oferta pouco qualificada.<br />

Como indicam diversos estu<strong>do</strong>s, tanto as empresas<br />

<strong>turística</strong>s galegas como as portuguesas são unidades de<br />

pequena dimensão e <strong>do</strong> tipo familiar, pouco incentivadas<br />

e motivadas para se integrarem em programas de<br />

formação contínua, que por seu la<strong>do</strong> também não<br />

sobejam nem são correctamente ofereci<strong>do</strong>s às empresas.<br />

Posto isto, consideramos como priorit<strong>á</strong>rias para a<br />

melhoria <strong>do</strong> sector, de uma forma genérica, as seguintes<br />

propostas:<br />

• Em primeiro lugar, a elaboração de um plano urgente<br />

de formação empresarial e aumento da qualificação<br />

profissional <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, nos aspectos que parecem<br />

imprescindíveis e essenciais: funcionamento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>,<br />

tendências da procura, e adaptação da oferta aos segmentos<br />

principais e emergentes. Tal pode ser feito a muito<br />

curto prazo utilizan<strong>do</strong> os mecanismos elementares de<br />

sensibilização e publicidade por parte das administrações<br />

<strong>turística</strong>s da Galiza e Portugal<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


• Nesse mesmo senti<strong>do</strong>, e em segun<strong>do</strong> lugar, com uma<br />

finalidade semelhante e um horizonte temporal não muito<br />

mais alarga<strong>do</strong>, ser<strong>á</strong> necess<strong>á</strong>rio elaborar um projecto<br />

estratégico de formação que permita a difusão e o <strong>do</strong>mínio<br />

das TIC no teci<strong>do</strong> empresarial turístico da euroregião, na<br />

medida em que, sob o ponto de vista comercial, não só<br />

aproximar<strong>á</strong> a oferta à procura de forma concertada, como<br />

servir<strong>á</strong> para superar a distância física deste território em<br />

relação ao resto da Europa, transforman<strong>do</strong> substancialmente<br />

o merca<strong>do</strong> turístico e as relações ex ante e ex post<br />

no sector, alargan<strong>do</strong> o conhecimento <strong>do</strong>s produtos turísticos<br />

da euroregião e motivan<strong>do</strong> a deslocação <strong>do</strong>s turistas<br />

interessa<strong>do</strong>s.<br />

209<br />

Ultrapassa<strong>do</strong>s esses <strong>do</strong>is obst<strong>á</strong>culos actuais ao desenvolvimento<br />

adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector, muitos problemas<br />

com efeito directo sobre o merca<strong>do</strong> iriam desaparecer,<br />

porquanto as ameaças e debilidades relacionadas ou<br />

derivadas da m<strong>á</strong> gestão <strong>do</strong>s recursos e da incorrecta<br />

elaboração e promoção <strong>do</strong>s produtos turísticos seriam<br />

progressivamente reduzidas ou eliminadas por uma<br />

pr<strong>á</strong>tica empresarial adequada, e um melhor conhecimento<br />

das características <strong>do</strong> comportamento da procura.<br />

Estreitamente relaciona<strong>do</strong> com esta matéria, surge<br />

a escassa coordenação entre as administrações, e entre<br />

estas e os empres<strong>á</strong>rios, tanto na promoção, como na<br />

própria elaboração <strong>do</strong>s produtos turísticos.<br />

Consequentemente, uma terceira proposta de especial<br />

relevo para o sector é:<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


210<br />

• A elaboração de um Plano Estratégico <strong>do</strong> Turismo para<br />

a euroregião onde, dentro <strong>do</strong> possível (ainda que reconhecen<strong>do</strong><br />

de antemão as dificuldades para o operacionalizar),<br />

se contemple como medida prévia a criação de um<br />

organismo coordena<strong>do</strong>r com competências operativas<br />

específicas para dinamizar acções e, sobretu<strong>do</strong>, para<br />

unificar critérios de acção institucional com objectivos<br />

claros e unívocos em toda a euroregião, com o reconhecimento<br />

de todas as administrações.<br />

Este Plano Estratégico dever<strong>á</strong> ter como orientação<br />

fundamental a definição da euroregião como destino<br />

turístico comum, pelo que para além de inventariar e<br />

classificar os recursos genéricos em função <strong>do</strong>s produtos<br />

turísticos a que podem dar lugar, de acor<strong>do</strong> com as novas<br />

tendências da procura, ter<strong>á</strong> que dar resposta e soluções<br />

concretas aos problemas e carências mais relevantes no<br />

sector:<br />

• Definin<strong>do</strong> a especialização territorial das ofertas<br />

• Aprofundan<strong>do</strong> a avaliação social <strong>do</strong>s patrimónios natural<br />

e histórico<br />

• Definin<strong>do</strong> e marcan<strong>do</strong> a exigência de critérios de qualidade<br />

em cada segmento de produtos turísticos<br />

• Estabelecen<strong>do</strong> medidas de apoio às empresas que<br />

impliquem, necessariamente, o compromisso <strong>do</strong> sector<br />

com os níveis de qualidade previamente defini<strong>do</strong>s e a<br />

formação contínua de empres<strong>á</strong>rios e trabalha<strong>do</strong>res<br />

• Unifican<strong>do</strong> os critérios de promoção institucional e <strong>do</strong>s<br />

apoios à promoção e publicidade privada<br />

• Definin<strong>do</strong> uma imagem de marca comum e o aproveitamento<br />

de externalidades positivas para os principais<br />

modelos singulariza<strong>do</strong>s de produtos turísticos, fomentan<strong>do</strong><br />

a combinação territorial das ofertas<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


211<br />

Neste contexto, de uma forma puramente enunciativa,<br />

as principais linhas de acção que esse plano estratégico<br />

dever<strong>á</strong> contemplar a priori, em função <strong>do</strong> diagnóstico<br />

elabora<strong>do</strong> nesta primeira investigação, serão:<br />

• Fortalecer a capacidade de acção institucional, bem<br />

como a participação empresarial e social, através de<br />

um acor<strong>do</strong> entre os agentes económicos e as<br />

administrações que assegure uma efic<strong>á</strong>cia mínima <strong>nas</strong><br />

acções e linhas de apoio propostas. Tal acarretar<strong>á</strong> uma<br />

coordenação eficaz das acções inter-regionais, o que em<br />

rigor implicar<strong>á</strong>, como j<strong>á</strong> foi menciona<strong>do</strong>, um organismo<br />

único com competências e capacidade de decisão pelo<br />

menos em torno <strong>do</strong>s principais objectivos <strong>do</strong> Plano.<br />

• Reorientar as prioridades <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

turístico no conjunto da euroregião e <strong>nas</strong> <strong>á</strong>reas territoriais<br />

singularizadas, ten<strong>do</strong> em conta que v<strong>á</strong>rios municípios<br />

da euroregião apresentam um património natural e histórico<br />

que os torna destinos turísticos de per si, com capacidade<br />

para gerarem uma atracção específica de turistas<br />

com a motivação da sua oferta<br />

• Integrar a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> no sistema produtivo<br />

da euroregião, alargan<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong> de determina<strong>do</strong>s<br />

produtos e revalorizan<strong>do</strong> certos bens com oferta limitada.<br />

Para tal, cumpre identificar <strong>actividade</strong>s e sectores, bem<br />

como motivar os agentes económicos a continuarem com<br />

iniciativas, por exemplo, de interesse etnogr<strong>á</strong>fico, que só<br />

terão merca<strong>do</strong> graças ao turismo<br />

• Descentralizar e territorializar a gestão <strong>turística</strong><br />

dentro da mencionada abordagem coordenada e conjunta<br />

<strong>do</strong> plano estratégico, identifican<strong>do</strong> e potencian<strong>do</strong> os<br />

segmentos da procura e os produtos turísticos com maior<br />

interesse estratégico, como é o caso <strong>do</strong>s que geram uma<br />

maior relação gasto/estadia/custos da oferta, ou <strong>do</strong>s que<br />

admitam um menor grau de sazonalidade<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


212<br />

• Fomentar a qualidade e a sustentabilidade das<br />

ofertas, promoven<strong>do</strong> uma imagem de marca comum para<br />

toda a euroregião, na qual se integrariam as imagens<br />

singulares de qualidade de cada município (ou outras<br />

unidades territoriais), estabelecen<strong>do</strong> um controlo regular<br />

da qualidade, e crian<strong>do</strong> uma <strong>á</strong>rea de I&D sobre qualidade<br />

<strong>turística</strong> na euroregião, que analise de forma sistem<strong>á</strong>tica<br />

os componentes de qualidade da oferta, protecção<br />

ambiental, e satisfação <strong>do</strong>s turistas, assim como a relação<br />

custo/benefício na perspectiva social.<br />

O turismo da euroregião é uma <strong>actividade</strong> em expansão,<br />

incrementan<strong>do</strong> a cada ano o número de visitantes,<br />

que pode dar lugar a percepções erróneas:<br />

• Nos empres<strong>á</strong>rios (pensan<strong>do</strong> que esse incremento<br />

é devi<strong>do</strong> à correcção das suas ofertas, pelo que<br />

não precisam de melhor<strong>á</strong>-las);<br />

• Na própria Administração (cain<strong>do</strong> na comodidade<br />

<strong>do</strong> triunfalismo e destacan<strong>do</strong> que tu<strong>do</strong> se deve à<br />

sua excelente política de promoção).<br />

A abordagem sintética e genérica exposta <strong>nas</strong> p<strong>á</strong>gi<strong>nas</strong><br />

anteriores mostra uma realidade algo diferente, com<br />

defeitos e virtudes que cumpre solucionar e potenciar. A<br />

dinâmica das <strong>actividade</strong>s económicas é singularmente<br />

<strong>á</strong>gil nos tempos que correm e nem sempre é possível<br />

detectar falhas e corrigi-las com a necess<strong>á</strong>ria celeridade,<br />

o que cria com frequência desequilíbrios e desajustes<br />

nem sempre bem intenciona<strong>do</strong>s.<br />

Com este trabalho tent<strong>á</strong>mos proporcionar alguns<br />

critérios de interpretação sobre o funcionamento real <strong>do</strong><br />

sector, apresentan<strong>do</strong> um breve diagnóstico e um esque-<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


213<br />

ma de propostas b<strong>á</strong>sicas. O resulta<strong>do</strong> final depender<strong>á</strong>,<br />

em primeiro lugar, obviamente, da correcção <strong>do</strong> nosso<br />

diagnóstico e propostas e, em segun<strong>do</strong> lugar, da capacidade<br />

das instituições e <strong>do</strong> próprio sector para orientar e<br />

dirigir correctamente o actual processo de crescimento,<br />

daí a urgente necessidade em definir uma estratégia que<br />

assegure um desenvolvimento turístico sustent<strong>á</strong>vel na<br />

euroregião, socialmente racional e competitivo a longo<br />

prazo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


7.<br />

7.<br />

7. Bibliografía<br />

Fontes de datos<br />

215<br />

CCRN/DRPN (1998). Síntese da evolução <strong>do</strong> emprego na<br />

Região Norte. Porto.<br />

I.G.E. (1996). Galicia en cifras.Anuario 1998. Ed. Xunta<br />

de Galicia. Santiago.<br />

I.G.E. Estatística continua de turismo rural. Varios anos.<br />

Xunta de Galicia.<br />

I.N.E. Anuario Estatístico. Varios anos. Mº de Economía.<br />

Madrid.<br />

I.N.E-D.R.N. (1998). Anu<strong>á</strong>rio Estatístico da Regiao Norte.<br />

Porto.<br />

XUNTA DE GALICIA. D.O.G. Varios anos.<br />

VV.AA (2000). Anuario Comercial de España 2000.<br />

Servicio de Estudios de La Caixa.<br />

Consultas en rede<br />

www.turgalicia.es<br />

www.xacobeo.es<br />

www.iet.tourspain.es<br />

www.xunta.es<br />

www.ige.es<br />

www.riasbaixas.org<br />

www.ine.pt<br />

www.icep.pt<br />

www.portugalinsite.pt<br />

www.dgturismo.pt<br />

www.turismoportugal.com<br />

www.ccr-n.pt<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


216<br />

Publicacións<br />

• ADETURN (1999) Turismo Norte de Portugal. Guia de<br />

alojamento. Porto Norte/Portugal, s/d.<br />

• AECIT (1999) La actividad <strong>turística</strong> española en 2000.<br />

Asociación Española de Expertos Científicos en Turismo.<br />

Madrid.<br />

• AGUILÓ, E. (1996) "factores de cambio en el turismo:<br />

políticas a desarrollar" in Valdés, L Turismo y promoción<br />

de destinos turísticos: implicaciones empresariales. Servic.<br />

Publicaciones. Universidad de Ovie<strong>do</strong>.<br />

• ALTÉS, C. (1995) Marketing y turismo. Madrid.<br />

• AYDALOT,P (1985): Économie Regionae et urbabaine,<br />

Economica, París.<br />

• BAYON, F. (dir)(1999) 50 años de turismo español. Ed.<br />

Ramón Areces. Madrid.<br />

• BIGNÉ, J.E e LÓPEZ, D. (dir)(2000) Planificación<br />

territorial y comercialización <strong>turística</strong>. Servic. Publicaciones<br />

Universitat Jaume I. Castellón.<br />

• BOSCH, R. et al (1998) Turismo y medio ambiente. Ed.<br />

Ramón Areces. Madrid.<br />

• BOTE GÓMEZ, V. (1992). Turismo en espacio rural.<br />

Rehabilitación del patrimonio sociocultural y de la economía<br />

local. Madrid. Ed. Popular.<br />

• BOUZADA, X. (ed)(1999) O desenvolvemento comunitario<br />

local. Galaxia. Vigo.<br />

• BRUSCO, S.(1982): “The Emilian Model: Productive<br />

Decentralization and Social Integration”, Cambridge<br />

Journal of Economics, num 6, pp 167-184.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


217<br />

• BULL, A. (1994) La economía del sector turístico. Alianza.<br />

Madrid.<br />

• COMISIÓN DE LAS COMUNIDADES EUROP EAS (1990)<br />

Medidas comunitarias para el fomento del turismo rural.<br />

COM (90). Bruselas.<br />

• D´ARCY, E y GIUSSANI,B. (1996): “Local economic<br />

developtment: changing the parameters?”,<br />

Entrepreneuship and Regional Development, num8, pp.<br />

159-178.<br />

• DEFERT, P. (1966) La localisation turistique: problèmes<br />

theoriques et practiques. Gurten. Berna.<br />

• FAYOS-SOLA, E. y SANCHO PÉREZ, A. (1996).<br />

“Impactos globales del turismo en el desarrollo de las<br />

regiones: Esta<strong>do</strong> de la cuestión”. Actas XX Congreso<br />

de Economía Regional, Pamplona 1996.<br />

• FERNANDES, José António (1994) Impacto da Integração<br />

Europeia no Desenvolvimento <strong>do</strong> Minho. Universidade<br />

<strong>do</strong> Minho e Comissão Europeia, Livraria Pax<br />

Lda, Braga.<br />

• FIGUEROLA, M. (1999) Introducción al estudio económico<br />

del turismo. Civitas. Madrid.<br />

• FRANGIALLI, F. (coord)(1999) Consideraciones sobre el<br />

turismo internacional. Ed. Organización Mundial del<br />

Turismo. Madrid.<br />

• FUENTES, R. (1995) El turismo rural en España.<br />

Especial referencia al an<strong>á</strong>lisis de la demanda. Instituto<br />

de Estudios Turísticos. Madrid.<br />

• GOELDNER, CH. Et al (2000) T ourism. Principles,<br />

practices philosophies. John Wiley & Sons. New York.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


218<br />

• GUISAN SEIJAS, C. et al (1999) Economía del turismo en<br />

Galicia. Hispalink. Santiago.<br />

• HERNÁNDEZ BORJA, J. et al (2000) O turismo en<br />

Galicia. Deputación de Pontevedra. Pontevedra.<br />

• HIERNAUX, D. (1996) “Elementos para un an<strong>á</strong>lisis<br />

socioegeogr<strong>á</strong>fico del turismo” in Turismo e Geografía.<br />

Reflexoes teóricas e enfoques regionais. Hucitec. Sao<br />

Paulo.<br />

• HUNTER, C. y GREEN, H. (1995) Tourism and the<br />

enviroment. A sustainable relationship? Routledge. Londres.<br />

• LODEIRO, M.J e ARRANZ, M. (1998) Indica<strong>do</strong>res<br />

estadísticos del sector turístico. Hispalink Galicia. Santiago.<br />

• KRIPPENDORF, J. (1982) “Towards new tourism<br />

policies. The importance of environmental and<br />

sociocultural factors” in Tourism Management. 3.<br />

• MCINTYRE, G. et al (1993) Desarrollo turístico sostenible.<br />

Org. Mundial de Turismo. Madrid.<br />

• MUÑOZ, F. (1997) Marketing turístico. Ed. Ramón<br />

Areces. Madrid.<br />

• ORGANIZACIÓN MUNDIAL DEL TURISMO (1996) El<br />

desarrollo sustentable del turismo: papel del municipio.<br />

Ed. OMT. La Habana.<br />

• PARDELLAS, X. (1996) “Turismo rural, turismo de<br />

habitaçao y cooperación transfronteriza: El sur de Galicia<br />

y el Minho portugués” in VVAA. Factores de desarrollo<br />

en regiones periféricas. Ed. Zona Franca. Vigo.<br />

• ___ (dir)(1997) Plan de desenvolvemento local para O<br />

Carballiño. Ed. Caixavigo. Vigo.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


219<br />

• ___ (dir)(2000) Mapa de infraestructuras da eurorrexión<br />

Galicia-Norte de Portugal. Deputación de Pontevedra.<br />

• ___ et al (2000) “La integración del turismo en proyectos<br />

municipales de desarrollo local: experiencias en Galicia”<br />

in Actas III Congreso de Turismo, Universidad y Empresa.<br />

Castellón.<br />

• PEDREÑO, A. (dir)(1996) Introducción a la economía del<br />

turismo en España. Civitas. Madrid.<br />

• PEREZ TOURIÑO, E. (dir)(1997) Infraestructuras y<br />

desarrollo regional: efectos económicos de la Autopista<br />

del Atl<strong>á</strong>ntico. Civitas. Madrid.<br />

• REGIÃO DE TURISMO DO ALTO MINHO (varios anos)<br />

O Turismo no Alto Minho, n.ºs 1,2,3,4.<br />

• REY, C. (1998) Economía del turismo. Estructura de<br />

merca<strong>do</strong>s e impacto sobre el desarrollo. Hispalink Galicia.<br />

Santiago.<br />

• RIBEIRO, M. (coord.) (2000): Fórum da iniciativa<br />

económica em Tr<strong>á</strong>s-os-Montes e Alto Douro. Turismo:<br />

Diagnóstico e orientações prospectivas: Relatório preliminar:<br />

Volume II: Compilação de propostas e de medidas<br />

de acção. Chaves: Forum de Tr<strong>á</strong>s-os-Montes e Alto<br />

Douro.<br />

• SWARBROOKE, J. (1998) Sustainable Tourism Management.<br />

CABI Publishing. Lon<strong>do</strong>n.<br />

• SWARBROOKE, J e HORNER, S. (1999) Consumer<br />

Behaviour in Tourism. Butterw orth Heinemann. Oxford.<br />

• TORRES, E. (1996) “Las megatendencias en el sector<br />

turístico” in Valdés, L. Turismo y promoción de destinos<br />

turísticos. (cit).<br />

• TORRES, P. (1995) Los Caminos de Santiago en Galicia.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico


220<br />

• TORRES GÓMEZ, H. (ed)(1998) España y Portugal.<br />

Siglos IX – XX. Vivencias históricas. Síntesis. Madrid.<br />

• VALDÉS PELÁEZ, L. (1996). El turismo rural en<br />

España. Madrid. Ed. Cívitas.<br />

• VALDÉS, L. e RUIZ, A. (coord)(1996) Turismo y promoción<br />

de destinos turísticos: implicaciones empresariales.<br />

Servic. Publicaciones. Universidad de Ovie<strong>do</strong>.<br />

• VALLS, J.F. (1996) Las claves del merca<strong>do</strong> turístico.<br />

Ed. Deusto. Bilbao.<br />

• VAZQUEZ BARQUERO, A. (1988): Desarrollo local. Una<br />

estrategía de creación de empleo, Madrid, Pir<strong>á</strong>mide.<br />

• ___ (1999): Desarrollo, redes e innovación. Lecciones<br />

sobre desarrollo endógeno. ed Pir<strong>á</strong>mide. Madrid.<br />

• VERA, F. (coord)(1997) An<strong>á</strong>lisis territorial del turismo.<br />

Ariel. Barcelona.<br />

• VOGELER, C. e HERNANDEZ, E. (1997) Estructura y<br />

organización del merca<strong>do</strong> turístico. Ed. Ramón Areces.<br />

Madrid.<br />

• VVAA. (1999) Desarrollo turístico sostenible: guía para<br />

administraciones locales. Ed. Organización Mundial del<br />

Turismo. Madrid.<br />

• WORLD TOURISM ORGANIZATION. (1999) National and<br />

Regional Tourism Planning. International Thomson Business<br />

Press. Lon<strong>do</strong>n.<br />

Abordagem sobre a <strong>actividade</strong> <strong>turística</strong> <strong>nas</strong> <strong>cidades</strong> <strong>do</strong> Eixo Atlântico

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!