A verdadeira devoção ao Sagrado Coração de Jesus Counseling, o ...

Junho/2009 - Ano XXXIV - nº 326
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A verdadeira
devoção ao
Sagrado
Coração de
Jesus
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Sim, nós
podemos
sonhar com
uma nova
humanidade
Página 3
Fernando
Lugo:
condená-lo ou
não?
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Counseling, o
importante
aperfeiçoamento
no serviço da
escuta
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Igreja Católica e
as demarcações
das terras
indígenas
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Editorial
Insondável riqueza cristã
Junho mês do Sagrado Coração de Jesus, Padroeiro da nossa Diocese. Este
deve ser para cada um de nós um mês especial, em que possamos desfrutar das
graças incomensuráveis do Pai por meio do coração de seu filho Jesus. Ele que,
conhecendo a fragilidade humana nos revela sua doutrina e a essência do seu
misericordioso coração: mansidão e humildade. Por isso, rezamos sempre: “Jesus,
manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso”.
Esta edição do Elo será, para você leitor, uma fonte de aprendizado, de interiorização
da Palavra e principalmente, o levará a despertar para uma vivência cristã consciente
e efetiva.
Na Palavra do Pastor, Dom Redovino fundamenta a devoção ao Sagrado Coração
de Jesus com passagens bíblicas e outras citações que nos revelam a grandeza do
amor de um Filho que, obediente ao Pai, se nos doa por amor, levando sua entrega às
últimas consequências.
No quadro Opiniões que fazem opinião, o filósofo Olavo Carvalho faz reflexões
pertinentes, e nem sempre divulgadas pela mídia, sobre as articulações “venenosas”
destiladas contra o Papa Bento XVI e, consequentemente, sobre toda a Igreja. É um
artigo esclarecedor que vale a pena ser lido. No mesmo quadro, o frei Antônio Moser,
conceituado teólogo, que inclusive estará ministrando no início deste mês o tema sobre
a sexualidade humana em nossa diocese, usando o slogan de Barac Obama: “Sim,
nós podemos”, nos motiva a também sonharmos e a lutarmos por uma nova
humanidade, pois ela é possível.
Com especial carinho foi preparado para você o Meu Canto com Maria. A
reflexão deste mês é sobre Maria e a Eucaristia, tema, aliás, pertinente, uma vez que
também em junho celebramos Corpus Christi. Se “Ele está no meio de nós” como
afirmamos na Santa Missa, é por intermédio de Maria, que isto se torna possível.
Chiara Lubich, na Palavra de Vida, nos ensina que estar unidos à Videira Verdadeira
– Jesus, é viver em conformidade com seus ensinamentos; é agir como Ele agiu e
esforçarmos para estar inseridos em uma comunidade, pois como ramos que somos,
estamos unidos a Cristo e também próximos uns aos outros, como irmãos.
Os Círculos Bíblicos trazem como tema central para cada encontro a Palavra de
Deus que, colocada em prática, produz frutos de uma nova sociedade, onde as
pessoas sabendo-se reflexos de Deus, também possam vê-lo refletido no seu
semelhante, e juntos, lutem por um mundo melhor.
Padre Crispim responde à indagação de uma pessoa, que como tantos católicos
se surpreendem com atitudes incoerentes e com fatos chocantes sobre aqueles que
deveriam servir de exemplo ao povo. O caso do bispo Fernando Lugo teve repercussão
negativa na mídia, porém ele afirma que um erro, ou o erro de um católico não deve
abalar nossa fé, haja vista que Jesus sabe de que barros somos feitos e escolheu,
para continuar sua missão, homens comuns e não “anjos”.
O entrevistado deste mês é o padre Adalto Chitolina que nos esclarece sobre o
que é Counseling e sobre a importância da implantação deste curso de pós-graduação
para a Diocese de Dourados.
Com certeza, além das matérias citadas, outras irão lhe trazer informações,
atualizá-lo e permitir sua interação com a comunidade e a diocese.
Que você leitor, sua família e toda a diocese possam experimentar a riqueza
insondável de serem consagrados à diocese do Coração de Jesus.
Pe. Alex Gonçalves Dias
Expediente ELO
Órgão Informativo da Diocese de Dourados
Junho / 2009 - Ano XXXIV - nº 326
Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias
Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados
Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle P. Caparróz
Telefone: (67) 3422-6910 / Fax: (67) 3422-6911
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Impressão: Diário MS
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A Palavra do Pastor
Dom Redovino
Bispo Diocesano
A verdadeira devoção ao
Sagrado Coração de Jesus
Desde as suas primeiras páginas, a Bíblia
proclama a dignidade do ser humano ao colocar na
boca de Deus estas palavras: «Façamos o homem à
nossa imagem e semelhança» (Gn 1,26). Uma
grandeza tão grande, que comove a quantos se deixam
guiar pelo coração: «Vendo a lua e as estrelas
brilhantes, perguntamos: Senhor, que é o homem para
dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto
carinho? Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroandoo
de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre
tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes!» (Sl 8,4-7).
Na prática, porém, como conseqüência do
pecado que entrou sorrateiramente na história humana,
deve-se reconhecer que, até a encarnação de Jesus,
a tentação da humanidade – e até mesmo de inúmeras
páginas bíblicas – foi a de construir um deus “à imagem
e semelhança do homem”, dominado por sentimentos,
paixões e atitudes mesquinhas, sempre pronto a se
vingar das injúrias sofridas e a se alegrar com as
desgraças de seus inimigos.
Alguns profetas tentaram purificar essa imagem
de Deus: «Sião disse: “O Senhor me abandonou, ele
se esqueceu de mim”. Pode uma mãe se esquecer
de seu bebê, deixar de amar o filho de suas
entranhas? Mas, ainda que ela se esqueça, eu não
me esquecerei de ti. Veja: eu te levo tatuado na palma
de minha mão» (Is 49,14-16).
Mas quem verdadeiramente revelou à
humanidade a face de Deus foi Jesus. Eis como ela é
apresentada por um dos apóstolos que melhor
compreendeu a mensagem do Evangelho: «Meus
caros, amemo-nos uns aos outros, porque o amor
vem de Deus. Todo aquele que ama, nasceu de Deus
e conhece a Deus. Quem não ama, não conhece a
Deus, porque Deus é amor. Foi assim que o amor de
Deus se tornou visível entre nós: Deus enviou o seu
Filho único ao mundo para que tenhamos vida por
meio dele. Nisso consiste o amor: não fomos nós
que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou» (1Jo
4,7-10). Nestas breves palavras, São João sintetiza e
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BOA SORTE CEREAIS LTDA
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manifesta o que de mais importante tinha no coração: a
identidade e o projeto de Deus e a essência da que
considera verdadeira religião.
Em uma de suas homilias, Santo Agostinho
explicou ao povo o sentido dessas palavras que, em
sua opinião, deveriam revolucionar a vida de quem as
entende: «Não há ninguém que não ame. A questão é
saber o que se deve amar. Não nos é pedido que não
amemos, mas que escolhamos o que devemos amar.
Contudo, é possível escolher, se antes não fomos
escolhidos? É possível amar, se antes não fomos
amados? Escutai o apóstolo João: “Nós amamos
porque ele nos amou primeiro”.
Se procuras saber como se pode amar a Deus;
não encontrarás outra resposta senão esta: Deus nos
amou primeiro. Aquele que nós amamos, entregouse
a si mesmo e nos deu a capacidade de amar. É o
que diz claramente o apóstolo Paulo: “O amor de Deus
foi derramado em nossos corações”. Por quem? Por
nós, talvez? Não! Então, por quem? “Pelo Espírito
Santo, que nos foi dado” (Rm 5,5).
Com esta maravilhosa certeza, amemos a Deus
com o amor que vem de Deus. Escutai ainda São
João: “Deus é amor: quem permanece no amor,
permanece em Deus e Deus permanece nele”. É
pouca coisa afirmar: “O amor vem de Deus”? Quem
de nós se atreveria a dizer: “Deus é amor”? Disse-o
quem sabia o que possuía...
Por isso, “cantai ao Senhor um canto novo” (Sl
150,1). Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai
com os lábios, cantai com a vida! Sede vós mesmos o
canto que cantais! Vós sereis o seu maior louvor se
viverdes santamente».
Dentre as festas populares que se celebram durante
o mês de junho, a principal é a do Coração de Jesus.
Mas, qual o significado dessa devoção? Será apenas a
comunhão feita nas primeiras sextas-feiras de cada mês,
para ter o céu garantido logo após a morte, sem passar
pelo purgatório? Ou a fita que piedosos fiéis carregam ao
pescoço quando participam da missa? Ou então a
romaria que algumas Dioceses promovem por terem
como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus?
A verdadeira devoção ao Sagrado Coração de Jesus
é a realização de uma promessa feita por Deus através do
profeta Ezequiel: «Dar-vos-ei um coração puro e colocarei
em vosso íntimo um espírito novo. Tirarei do vosso peito
o coração de pedra e vos darei um coração de carne»
(Ez 11,19). Esse maravilhoso transplante acontece
quando o cristão adota como estilo de vida a espiritualidade
da comunhão, sugerida pelo Papa João Paulo II no início
do terceiro milênio: «Antes de programar iniciativas
concretas, será preciso promover uma espiritualidade
da comunhão, elevando-a ao nível de princípio educativo
em todos os lugares onde se plasmam o homem e o
cristão, onde se educam os ministros do altar, os
consagrados, os agentes de pastoral, onde se constroem
as famílias e as comunidades».
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Junho/2009
Opiniões que fazem opinião
Articulação mundial contra o Papa Maria e a Eucaristia
Três episódios marcaram os seus pontos altos.
Primeiro veio o bispo Williamson – um factóide na mais plena acepção
do termo. Até a véspera, ninguém o conhecia. Quando o descobriram
entre os milhares de sacerdotes e fiéis beneficiados pela suspensão de
uma pena eclesiástica coletiva, saiu do anonimato e tornou-se
repentinamente um perigo para a espécie humana, por ter emitido numa
igreja de bairro, ante umas poucas dezenas de fiéis uma opinião antijudaica.
Por toda parte ergueram-se gritos de escândalo, significativamente
voltados não contra o bispo, mas contra o Papa. Forçando a inculpação
por osmose até o último limite do artificialismo, lançava-se sobre toda a
Igreja tradicionalista e, de quebra, sobre o Papa que a acolhera de volta,
a vaga mas por isso mesmo envolvente suspeita de anti-semitismo..
Depois, veio o episódio das camisinhas. Não há como medir os
gritos de horror, as lágrimas de escândalo, as gesticulações frenéticas de
abalo moral com que a grande mídia reagiu à declaração blasfema de
que esses sacrossantos dispositivos não protegem eficazmente contra a
Aids. Na verdade, não protegem nada. Edward C. Green, diretor do
Projeto de Pesquisas sobre Prevenção da Aids no Harvard Center for
Population and Development Studies, informa que a revisão mundial dos
resultados obtidos nos últimos 25 não mostra o menor sinal de que as
camisinhas impeçam a contaminação. O único método que funciona, diz
Green, é a redução drástica do número de parceiros sexuais. Uganda,
que por esse método e com forte base religiosa reduziu os casos de Aids
em 70%, é o único – repito: o único – caso de sucesso espetacular já
obtido contra essa doença. Mas que importam esses dados? A camisinha
não vale pela eficácia. Ela é um símbolo, a condensação elástica dos
mais belos sonhos da utopia pansexualista, onde as criancinhas praticarão
sexo grupal nas escolas, sob a orientação de professores carinhosos até
demais (sem pedofilia, é claro), e nas praças os casais gays darão lições
de sodomia teórica e prática, para encanto geral do público civil, militar e
Sim, nós podemos sonhar com uma nova humanidade
Há muito tempo não se via tamanha vibração se manifestando em
praticamente todos os lugares da terra. Em si nós nos encontrávamos
apenas diante da eleição do 44º Presidente dos Estados Unidos da América.
Na realidade uma série de eventos foi transformando um fato local num
evento mundial.
Para entender melhor a vibração que tomou conta de multidões,
representando todas as raças, todas as idades, todas as classes sociais, e
até mesmo parcelas significativas de inúmeras nações, convém lançarmos
um olhar retrospectivo e um olhar prospectivo.
Ao olharmos para trás, encontramos uma série de frustrações que
foram se acumulando: uma guerra bárbara e inútil, com muitas frentes, e
com cenas de violência dignas dos horrores da Segunda Guerra mundial;
o patrulhamento ideológico total através dos mais sofisticados canais de
informação; uma paranóia sem precedentes, na qual todos passam a ser
vistos como inimigos em potencial; prisões, torturas, massacres, todos
nitidamente documentados, mas tacidamente aceitos como legítimos até
por cidadãos de países considerados desenvolvidos.
Tudo somado, a nação que durante muito tempo era olhada com
exemplo de democracia e de conquistas sem precedentes em todos os
campos, passou a ser a nação mais temida e a mais odiada.
Esse quadro, contudo, ainda não está completo. A crise financeira,
significativamente irrompida no mês em que se recorda a derrubada das
torres gêmeas de Nova York, está sendo comparada a um verdadeiro
tsunami, capaz de abalar economias até há pouco consideradas inabaláveis.
Por isso mesmo, não poucos comentaristas chegam a falar do abalo
sistêmico do capitalismo e de tudo o que ele representa em termos de
economia e de sociedade.
Ao olharmos para frente, a eleição de um homem que não se enquadra
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eclesiástico. De que vale a verdade, de que valem as estatísticas, de que
valem as vidas dos ugandenses, diante de imagens tão radiosas da
civilização pós-cristã que a ONU, o Lucis Trust, a mídia bilionária e todos
os pseudo-intelectuais do mundo almejam para a humanidade? É em
defesa desses altos valores que se ergueram gritos de revolta contra o
Papa, esse estraga-prazeres, esse iconoclasta sacrílego.
Por fim, veio o documentário da BBC, onde o ex-cardeal Ratzinger
é acusado de proteger padres pedófilos, determinando que fossem
removidos de paróquia em vez de punidos. É claro que a coisa já estava
pronta fazia tempo, aguardando a oportunidade política, que veio com os
esforços de Bento XVI para restaurar a unidade da Igreja, algo que os
apóstolos da nova civilização temem como à peste. A BBC, outrora uma
estação respeitável, tornou-se uma central de propaganda esquerdista
tão fanática e desavergonhada que o que quer que venha dela deve ser
recebido a cusparadas, mas em todo caso vale lembrar que um padre
formalmente condenado na justiça por pedofilia não tem como ser removido
de paróquia, pois já está removido para a cadeia. Restam os padres
meramente acusados, sem provas judiciais válidas. A mídia quer que a
Igreja os castigue assim mesmo, a priori, à primeira palavra que se
publique contra os desgraçados. O cardeal Ratzinger é acusado, no fim
das contas, de não ter feito isso. É preciso toda a técnica cinematográfica
da BBC para dar a impressão de que se trata de coisa imoral, até mesmo
vagamente criminosa. Mas, nesses casos, a realidade não importa nada.
A impressão é tudo.
Destaco esses três episódios só como amostras, no meio de um
bombardeio multilateral, incessante e crescente, no qual só a estupidez
voluntária pode enxergar uma simples confluência de casualidades, sem
nenhuma coordenação ou planejamento.
Olavo de Carvalho - Filósofo e Jornalista
em nenhum dos moldes tradicionais, nem pela cor, nem pela origem, nem
pela maneira de andar e de se comunicar, se constitui numa verdadeira
quebra de paradigmas. O que há alguns meses parecia impossível, não
apenas se tornou realidade: Obama se consagra como um verdadeiro
fenômeno, que se julgava não mais poder existir. Capaz de eletrizar multidões,
consagrou-se com uma vitória esplendorosa em sua nação, e apresentouse
ao mundo com um novo e empolgante lema: “Sim, nós podemos”.
Num mundo marcado pela notável falta de lideranças em todos os
campos e pelas mais acentuadas expressões de decadência, no sentido
mais amplo e profundo do termo, seu lema se tornou uma espécie de
imperativo que ultrapassa qualquer fronteira. Mais concretamente, depois
desta eleição ninguém mais pode duvidar: não um homem, mas a
humanidade carrega consigo um potencial secreto, capaz de resgatar o
que parecia definitivamente perdido e construir o que parecia impossível.
Para quem acredita que Deus é o Senhor da história, este parece ser
um momento para acrescentar: não só da história, mas também do tempo.
Quando para muitos Deus parece ter morrido, ele envia sinais inesperados.
Estes sinais nem sempre são nítidos, uma vez que costumam vir embalados
por outros que em nada fazem lembrar um Deus que intervém na história.
Para quem assim pensa, nada melhor do que lembrar o Ciro, rei da
Pérsia (atual Iraque), que em meados em 530 A.C, ao permitir ao povo de
Israel voltar para sua pátria, serviu de instrumento para um Deus que não
conhecia. Foi a partir deste gesto inesperado que o Povo de Deus viu
reacender-se uma chama que parecia apagada: “sim, nós podemos
reconstruir nossa pátria” e sonhar com uma vida nova, pois Deus nunca
deixa de cumprir suas promessas. Basta que nós façamos a nossa parte,
retomando o caminho da terra da promessa.
Dr. Frei Antônio Moser - Teólogo
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Meu canto com Maria!
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Dias atrás, enquanto fazia
minha meditação durante a
oração da manhã, pensei se
não seria interessante escrever
algo que pudesse associar
Maria santíssima à Eucaristia,
garantindo assim, nossa
devoção mariana dentro da
perspectiva eucarística.
O papa João Paulo II, no número 53 de sua
encíclica Ecclesia de Eucharistia, nos afirma: “Se
quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação
entre Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer
Maria, Mãe e modelo da Igreja”. Aqui, chama-nos a
atenção o significativo emprego do verbo
REDESCOBRIR. Soa como uma espécie de grito de
alerta contra qualquer eventual esquecimento de que
Maria nos conduz à Eucaristia e que a Eucaristia nos
conduz à Maria. Acompanhando-a em sua missão,
que finca raízes no mistério da Encarnação,
providenciada por Deus, desde a eternidade, sentimos
a própria missão da Igreja. Em sua radical entrega ao
Projeto de Deus e em seu seguimento de Cristo,
encontramos modelos para nossa caminhada cristã.
Maria coloca-se como serva do Senhor, ensinando a
Igreja a colocar-se com a mesma disponibilidade a
serviço do Reino de Deus. Maria é mulher do diálogo
com Deus e com as pessoas. Provam-nos os episódios
da Anunciação e da Visitação. À sua semelhança, a
Igreja é chamada a viver a dimensão dialogal. A Igreja
cresce no diálogo. A vida eucarística deve marcar seus
passos na dimensão dialogal buscando a unidade
dentro do contexto da diversidade de talentos e
ministérios. No âmbito da família paroquial, por exemplo,
a não existência de diálogo entre os fiéis, ministros
ordenados e não ordenados, é uma triste denúncia de
uma grande falta de sintonia entre a vida eucarística e
o relacionamento interpessoal.
No ventre da Igreja, Cristo deve ser gerado e
encarnado nas culturas humanas, na história do
homem, na pluralidade de suas ações. Quem, nós
recebemos na Eucaristia? Recebemos a Pessoa Divina
do Filho, que no ventre de Maria, assume e dignifica a
natureza humana, penetra no tempo do homem. Nas
veias do Homem-Deus, corre o sangue de Maria. No
corpo do Homem-Deus, encontram-se a carne e o
sangue de Maria. Diz-nos o Papa João Paulo II,
referindo-se ao corpo de Cristo e ao de Maria: “Aquele
corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas
espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido
no seu ventre!” (EE, 56).Graças à maternidade divina
de Maria, a Eucaristia está intimamente ligada a ela e a
toda a humanidade. Na Eucaristia, recebe-se Deus,
porque Cristo é Deus; e recebe-se, igualmente, a
humanidade, porque Cristo é, verdadeiramente,
homem. A Eucaristia não nos compromete apenas com
Deus; coloca-nos na linha do compromisso com o
próximo. Portanto, através do Mistério da Encarnação,
Maria nos conduz ao Mistério da Eucaristia, ensinandonos
a nos apresentar diante dele, levando, em nosso
coração, todos a humanidade.
Pe. Marcos Roberto P. da Silva

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Palavra de Vida Testemunho de Vida
Chiara Lubich
“Eu sou a videira e vós, os
ramos...” (Jo 15, 5)
Você já imaginou um ramo separado da
videira? Não tem futuro, não tem mais nenhuma
esperança, não tem fecundidade e o seu fim não
pode ser outro senão secar e ser queimado.
Pense a que morte espiritual você está
destinado, como cristão, se não permanecer unido
a Cristo. É assustador! É a esterilidade completa,
mesmo que você trabalhe o dia inteiro, ou que se
considere útil à humanidade, mesmo que os amigos
o elogiem e que os seus bens terrenos aumentem,
ou até que faça sacrifícios consideráveis. Tudo
isso pode ter um sentido para você aqui na terra,
mas não tem nenhum significado para Cristo e para
a vida eterna. E é essa a vida que mais importa.
De que modo você pode permanecer em
Cristo e Cristo permanecer em você? Antes de
mais nada é preciso que você acredite em Cristo.
Contudo, isso não basta. A sua fé deve influir na
realidade concreta de sua vida. Ou seja, você
deve viver em conformidade com essa fé, colocando
em prática as palavras de Jesus. Ainda assim, Cristo
não sentirá sua união com ele, se você não se
esforçar para estar inserido na sua comunidade
eclesial, na sua Igreja local.
“Aquele que permanece em mim, como eu
nele”. Percebeu como Cristo fala de uma unidade
sua com ele, mas também de uma unidade dele
com você? Se você está unido a ele, ele está em
você, está presente no íntimo do seu coração. E
daí nasce um relacionamento e um diálogo de
amor mútuo, uma colaboração entre Jesus e você,
discípulo dele.
E eis a consequência: dar muito fruto,
exatamente como um ramo bem unido à videira
que produz saborosos cachos de uva. “Muito fruto”
significa que você será dotado de uma verdadeira
fecundidade apostólica, ou seja, da capacidade
de abrir os olhos de muitas pessoas para as
palavras incomparáveis e revolucionárias de
Cristo, e estará em condições de dar a essas
pessoas a força de se nortear por elas.
“Muito fruto” significa ainda que você saberá
suscitar, ou mesmo desenvolver, obras pequenas
ou grandes para atender às mais variadas
necessidades do mundo, de acordo com os dons
que Deus lhe deu. Todavia, “muito fruto” não
significa apenas o bem espiritual ou material dos
outros, mas também o seu bem pessoal.
Também o crescimento interior, também a sua
santificação pessoal depende da sua união com
Cristo. Santificar-se. Nos tempos em que vivemos,
talvez essa expressão lhe parecerá um
anacronismo, uma coisa inútil, ou uma utopia. Mas
não é assim. O tempo presente passa e, com ele,
passam também as visões parciais, errôneas,
contingentes. Permanece a verdade. Dois mil anos
atrás, Paulo, o Apóstolo, dizia claramente que a
santificação é vontade de Deus para todos os
cristãos. O Concílio Vaticano II disse que todo o
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povo de Deus é chamado à santidade.
Trata-se de opiniões abalizadas. Portanto,
procure colher, na sua vida, também o “muito fruto”
da santificação, que será possível somente se você
estiver unido a Cristo. Você notou que Jesus não
lhe pede diretamente o fruto, mas que o considera
uma consequência do fato de “permanecer” unido
a ele?
Pode ser que também você caia no erro em
que se encontram muitos cristãos: ativismo,
ativismo, obras, obras para o bem dos outros, sem
terem o tempo de verificar se estão em tudo e por
tudo unidos a Cristo. É um erro. Tem-se a ilusão
de produzir frutos, mas não são esses os que Cristo
em você, Cristo com você poderia produzir.
Para produzir o fruto duradouro, o que tem a
marca de Deus, é preciso permanecer unido a
Cristo. E, quanto mais você permanecer unido a
ele, mais frutos produzirá. De fato, se você conhece
pessoas que vivem dessa maneira, vê que elas,
talvez com um simples sorriso, com uma palavra,
com o habitual comportamento cotidiano, com sua
atitude diante das diversas situações da vida, tocam
os corações, levando-os até mesmo a encontrar
Deus.
E foi o que aconteceu com os santos. Nós
também não devemos desanimar. Também os
cristãos comuns podem produzir fruto. Veja, por
exemplo, esse fato: Estamos em Portugal. Maria
do Socorro entrou na faculdade, após terminar o
ensino médio. O ambiente é difícil. Muitos de seus
colegas lutam, conforme a própria ideologia, e cada
um quer levar consigo os estudantes que ainda
não assumiram nenhuma posição política.
Socorro sabe muito bem qual é o seu
caminho, embora seja difícil explicá-lo: seguir Jesus
e permanecer unida a ele. É tachada de sem
posição e sem ideais pelos seus colegas, que não
conhecem nada de suas convicções. Algumas
vezes, ela sente respeito humano, sobretudo
quando entra na igreja. Mas não se desencoraja,
porque sabe que deve permanecer unida a Jesus.
Aproxima-se o Natal. Socorro percebe que
alguns dos colegas não podem ir festejar essa
data com os familiares, pois moram muito longe, e
então propõe aos demais colegas que ofereçam
juntos um presente aos que não podem viajar.
Surpreendemente, todos aceitam a proposta.
Algum tempo depois acontecem as eleições
para representante de curso e, para sua grande
surpresa, justamente Socorro é eleita. Mas a
surpresa é ainda maior quando lhe dizem: “É lógico
que a eleita tenha sido você! É a única que tem
uma posição bem definida, que sabe o que quer e
o que fazer para realizá-la”. Alguns de seus
colegas se interessaram pelo seu ideal e decidem
viver da mesma forma.
Um bom fruto da perseverança de Maria do
Socorro em permanecer unida a Jesus.
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Um sonho concretizado!
Jose Basso 56 anos natural da cidade
de Farroupilha - RS, contou um pouco da sua
historia e do sonho que teve.
”Isso aconteceu há 25 anos”, caí em um
buraco na lama, na minha frente estava tudo
escuro, não enxergava nada”.
José contou que três noites depois teve
um sonho que não durou nem um minuto,
“Nele eu não via mais nada, só trevas quando
apareceu ao norte uma bola de fogo, mas na
verdade era o sol, que aos poucos foi
aproximando e ficou claro como o dia, o sol
estava a aproximadamente cinquenta metros.
Ao lado apareceu uma Igreja simples, mas
muito bonita. No momento não havia ninguém
por perto. De imediato surgiu uma voz grossa
e forte, deu eco em todos os sentidos dizendo
Mato Grosso, a voz sumiu e parou tudo de
repente”.
Jose disse que o acontecido ficou gravado
dentro de seu pensamento, daí então,
começou a procurar padres depois o bispo
para lhes explicar e falar do sonho a fim de
que eles pudessem explicar-lhe o sonho.
“Ninguém soube me explicar. Na época
um padre me disse que eram coisas que
ficaram gravadas em minha memória durante
o dia, devido a pensamentos e situações
ocorridas, e que num sonho aparecem
embaralhadas, mas não me disse o que queria
ouvir”.
Segundo ele, uma irmã de quase 80 anos
por nome Luiza do Carmelo do menino Jesus,
lhe disse as seguintes palavras: “Lembre se
que São José foi chamado através de um
sonho”.
Foi então, que José Basso sentiu-se bem
ao ouvir as palavras da irmã. Na época,
procurou muitos padres e até bispos dizendo
que gostaria de construir uma Igreja, em um
lugar simples onde existisse pessoas pobres,
humildes e de muita fé.
“Eles me diziam que eu não precisava
disso. Fui então até um padre da cidade de
Caxias do Sul e contei o sonho a ele, mas
mesmo assim, o padre me contou que não
estava precisando de nenhuma Igreja, porém
disse que poderia construir uma Igreja
pequena, mas no futuro. Pediu meu telefone e
depois disse que ligaria quando fosse começar
a construir”.
Passaram se dois anos e o padre não
ligou, quando procurou novamente, já havia
construído a Igreja.
Um tempo depois José voltou a sonhar.
Desta vez, a voz de um senhor que ele não
conhecia dizia que seu sonho iria se realizar.
Foi quando em um seminário, ele conseguiu
falar pelo telefone com o Padre Caetano (Pobre
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2/6/2009, 23:24
- RESGATE 24H
- Compra e Venda de Cereais
- Prestação de Serviços
Junho/2009
Servo) que manteve contato com o Padre Nello,
que por fim conversou com o Padre José Viera
de Nova Casa Verde, iniciando-se assim, “o
namoro” com a Comunidade Santo Expedito,
Assentamento Teijin.
Ele disse que, na época emprestou R$ 20
mil reais do seu irmão e disse que estava indo
embora para o Mato Grosso do Sul, e que nem
era para a sua família saber da sua decisão.
Basso chegou aqui em 08 de dezembro do
ano passado.
“Fui bem acolhido por todos os moradores.
Daí, então, fomos atrás do material para dar início
a construção da Igreja”.
No dia 15 de dezembro iniciaram as obras.
A partir daí este sonho começava a se tornar
realidade, e a obra foi concluída quatro meses
depois, a exatamente no dia 15 de abril de 2009,
sendo, portanto, inaugurada no dia 19 de abril de
2009.
Os moradores da comunidade ainda
fizeram uma homenagem à José Basso, após a
celebração da missa, todos participaram de um
almoço de confraternização. Emocionado, José
disse que estava feliz, e, ao mesmo tempo, muito
triste porque teria que voltar para sua cidade,
onde estão seus familiares.
“Estou muito feliz por ter conseguido realizar
o meu sonho como sempre pedi a Deus, e
agradeço a todos por me acolherem tão bem”,
finalizou dizendo as seguintes palavras “Eu amo
todos vocês”. E nos deixa uma mensagem:
“Sem Deus e Nossa Senhora não somos nada.
Colocamo-nos em suas mãos para não cairmos
no caminho do mal. Rezem o rosário de Nossa
Senhora, ele é uma grande arma para proteger
os casais e as famílias. Participem das missas
na comunidade, valorizem os padres e as irmãs
religiosas. Acumulem riquezas para a vida
eterna e não para essa. Façam o bem ao
próximo. Não desistam dos seus sonhos,
mesmo que hajam empecilhos e demorem 25
anos para acontecerem”.
Bocchi Armazéns Gerais Ltda.
Fone: (67) 3452-7112
bocchiarmazem@bocchi.com.br

Junho/2009
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,
3 velas, flores, Capa do Elo, água, folhas,
terra, imagem ou quadro do Sagrado
Coração de Jesus.
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém
da casa). É motivo de alegria para nossa
família receber cada um de vocês, que
aqui veio para o este encontro de irmãos.
Desejamos que se sintam bem e que
tenhamos um encontro maravilhoso,
lembrando que esta semana é a semana
da ecologia.
ANIMADOR: Estamos em clima de
alegria, pois este mês nossa Diocese
celebra seu Padroeiro, por esta intenção
já devemos começar a pedir desde
agora. Hoje, a Igreja nos convida a refletir
o tema da Trindade: comunidade de
Amor. Iniciamos invocando a Trindade
Santa, através do sinal que nos identifica
como cristãos. Em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo...
LEITOR 1: A Santíssima Trindade é
comunidade de Vida. Ela revela que Deus
não é solitário, mas comunidade de
amor.
LEITOR 2: Somos discípulos de Jesus
que diz: “quem me vê, vê o Pai”. Portanto,
Jesus está nos dizendo que para
conhecê-lo precisamos conhecer o Pai
e isto se faz através do Espírito Santo.
TODOS: Nós vos louvamos,
adoramos e invocamos, ó Trindade
Beatíssima, Santíssima.
LEITOR 3: Às vezes aceitamos
pacificamente os deuses que nos são
impostos: vaidade, orgulho, soberba,
consumismo, prazeres, ganância, etc.
LEITOR 4: Aderindo aos deuses e ídolos,
o povo acabou sendo por eles devorado.
Daí surge a amarga constatação: de fato,
nenhum ídolo pode libertar, pois o que
eles fazem não é dar a vida às pessoas,
mas tirá-la. A Trindade dá a vida pelo
povo!
TODOS: O louvor, a glória e a
sabedoria, a ação de graça, a honra,
o poder e a força pertencem ao nosso
Deus para sempre. Amém
LEITOR 5: A ganância está acabando
com a criação: “Obra maravilhosa da
Círculos Bíblicos para o mês de Junho
1º Encontro - “Trindade: o Pai é amor, o Filho é graça,
o Espírito Santo é comunhão”.
Trindade”. Quantos cristãos vão à missa e
cultos e depois continuam destruindo as
matas, poluindo os rios, desrespeitando a
Obra criada de Deus.
LEITOR 6: Acreditar na Trindade, é crer
que a vida e a liberdade sejam buscadas e
preservadas com toda fé e determinação.
ANIMADOR: Será que a falta de chuvas
na nossa região, o prejuízo na lavoura, é
projeto da Trindade ou consequência da
ganância humana?
LEITOR 7: No Gêneses, Deus disse: “Que
a terra produza relva, ervas que produzem
sementes, e árvores que deem frutos sobre
a terra, frutos que contenham sementes,
cada uma segunda a sua espécie. E assim
se fez...”
LEITOR 8: E Jesus no Evangelho de João
diz: “Tudo foi feito por meio DELA, e, de
tudo que existe, nada foi feito sem ela. Nela
estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
Essa luz brilha nas trevas e as trevas não
conseguiram apagá-la”.
TODOS: Da Trindade vem todo o ser,
tudo que existe por Ela vem, todo ser
está nela: Glória eterna à Trindade.
ANIMADOR: Jesus no Evangelho de hoje
termina com uma promessa: “Eis que eu
estarei com vocês todos os dias, até o fim
do mundo e Mateus o conclui mostrando
Jesus continuamente vivo e presente na
vida da Comunidade. Supliquemos ao
Senhor que nosso coração esteja aberto,
para acolhermos a mensagem de Jesus.
Vamos aclamá-la cantando. “A vossa
Palavra Senhor...”.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Mateus 28, 16-20
Proclamar o Evangelho pausadamente. Se
necessário, duas vezes. Fazer um instante
de silêncio para reflexão pessoal. Motivar a
partilha da mensagem. Concluir com a
reflexão que segue.
REFLEXÃO:
O ser humano vive sonhando e buscando
descobrir o sentido da vida e de tudo
que existe. Em Jesus Cristo realizouse
o sonho humano e todo busca
encontrou resposta.
A Festa de hoje, celebra num só dia,
as três Pessoas da trindade: Pai,
Filho e Espírito Santo. O Mistério da
Santíssima Trindade deve ser visto
como a Revelação de toda a
profundidade de Deus, que é
comunhão de pessoas divinas, que
é graça e amor. O tema do
Evangelho de hoje é o amor de hoje,
é o amor de Deus traduzido em
obras. Deus nos ama, cada um de
nós individualmente e eternamente.
A primeira evidência do amor de
Deus é Ele nos ter enviado o seu
Filho em condição humana e,
consequentemente, pelo seu amor
à humanidade, ter derramado o seu
sangue na cruz.
Uma segunda evidência de amor é a
atitude de salvar e perdoar e há ainda outra
evidência: acreditar que seu amor nos levará
para uma autêntica vida e para uma
libertação sem fim. A condição para ser
salvo é crer nesta verdade: Jesus é o Filho
de Deus. Quem o rejeita, rejeita o amor de
Deus pelo mundo. Acreditar nesse amor,
manifestado e revelado em Cristo, faz com
que se saia das trevas e se conheça a
verdade.
PARA RELFETIR E PARTILHAR:
“Estou convosco todos os dias, até o fim do
mundo”. Nas dificuldades, tenho lembrado
que Deus está comigo sempre e procuro
superá-las com paciência?
MOMENTO DE ORAÇÃO:
ANIMADOR: A Trindade, através de toda
criação revela seu amor, a vinda de Jesus
é sua maior expressão. Ele nos ensinou a
amor o ser humano e a respeitar e proteger
a natureza criada.
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05
LEITOR 9: O batismo é feito em nome da
Trindade. Com isso, afirma que o batismo
em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo é o vínculo pelo qual o ser humano
está plenamente comprometido com o
projeto de Deus, revelado no Filho e
atualidade na prática de cada um de nós.
TODOS: Sede bendita ó Trindade
indivisível, agora e sempre e
eternamente pelos séculos, vós que
criais e governais todas as coisas.
LEITOR 10: Ser batizado em nome da
Trindade significa dedicação total,
consagração e respeito ao outro que
também é templo da Trindade.
PRECES: Espontâneas
BÊNÇÃO FINAL
ANIMADOR/A: Irmãos, de coração
aberto acolhamos o Pai, o Filho e o
Espírito Santo que nos dá vida nova. Que
o exemplo de comunidade perfeita
suscitado nesta Festa nos impulsione a
construirmos comunidades novas de
comunhão.
TODOS: Amém!
ANIMADOR/A: Rezemos confiantes, de
mãos dadas, a oração que Jesus nos
ensinou, a Oração da Trindade. Pai
nosso...
ANIMADOR/A: Bendigamos ao Pai e ao
Filho, bendigamos ao Espírito Santo, só
a Deus honra, glória e louvor.
TODOS: Amém!
ANIMADOR/A: Uma feliz e abençoada
semana a todos. Combinar local, data e
hora do próximo encontro.
COLABORANDO COM AS
PEQUENAS COMUNIDADES:
1. Onde houver grupos de Capelinhas
de Nossa Senhora, aproveitar para ir, aos
poucos, trabalhando com o ELO.
2. Neste mês do Coração de Jesus,
nosso Padroeiro, fazer um Tríduo de
visita às famílias.
3. No próximo encontro, o dono (a) da
casa leva a Imagem do Sagrado
Coração de Jesus para a casa seguinte.

06 06
06
Junho/2009
2º Encontro - “O Reino de Deus é como um homem que lança uma
semente na terra”.
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,
velas, sementes, Capa do Elo, terra, uma
imagem ou quadro do Sagrado Coração de
Jesus.
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém da
casa). Alegramo-nos com a presença de todos.
Sejam todos bem vindos na nossa casa, que
uma pequena comunidade de amor, de
amizade e fé.
ANIMADOR: Dias atrás celebramos Corpus
Christi, a grande semente de amor de Jesus
por nós. A Eucaristia é a prolongação nos
séculos da Encarnação de Cristo e multiplica
Deus no mundo. Fortalecidos pela e Eucaristia
pela Palavra, somos convocados a sermos
sementes de Deus no mundo. Iniciemos o
nosso encontro, Em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo...
(Canto a escolha)
LEITOR 1: O Reino de Deus possui força
extraordinária, porém diferente das forças,
mecanismos pressão atuantes no mundo e
na sociedade.
LEITOR 2: A Parábola da semente demonstra
que o grão de mostarda cresce por si só,
assim como o Reino. Assim a vida em Deus
vai abrindo caminhos... mudando a sorte dos
que penam sob qualquer forma de pecado.
TODOS: O apelo de Jesus é para que todos
nós, unamo-nos a ele confiantes para
sentirmos a força do Reino.
LEITOR 3: A semente da Palavra de Deus,
cresce e produz frutos. Isso porque possui
dentro de si, força irresistível. Assim, o Reino
de Deus acontece dentro de nós e entre nós,
apesar dos nossos grandes e pequenos limites.
LEITOR 4: Basta semear e todos veremos!
Seu processo é lento, mas progressivo: folhas,
espiga, e por fim, grãos que enchem a espiga.
TODOS: O Reino de Deus tem força, tem
força irresistível. Amém
LEITOR 5: É uma alerta para os que querem
tudo pronto; e também às comunidades focadas
por burocracia, estruturas e organismos que
não têm o Espírito do Reino.
LEITOR 6: Cuidado: a semente do Reino de
Deus cresce por si só! O importante é semear
com persistência e esperança.
ANIMADOR: A nossa caminhada nas
Pequenas Comunidades, grupos de reflexão,
de famílias, nas paróquias, parece ser em vão?
Mas é importante lembrar: O Reino de Deus
tem força irresistível e vai para frente mesmo
quando não vemos os seus sinais.
LEITOR 7: As Pequenas Comunidades são
frutos do discernimento da Igreja. São sementes
lançadas por Deus através da Diocese.
Queremos multiplicá-las por todas as
paróquias, bairros e ruas.
LEITOR 8: Uma semente lançada no coração
de cada pessoa, é a Eucaristia, cuja festa
celebramos dia 11. Como a Eucaristia está
crescendo em nós e no nosso meio?
TODOS: Jesus, que o seu Corpo e seu
Sangue, faça-nos entrar na festa da Vida,
celebrada na Eucaristia.
ANIMADOR: Diante das estruturas injustas
deste mundo a atividade de Jesus e daqueles
que o seguem, parece impotente e mesmo
ridícula. Mas ela crescerá e atingirá o mundo
inteiro. Aclamemos com alegria a Palavra de
Deus. (Canto...).
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Marcos 4, 26-34
Proclamar o Evangelho pausadamente. Se
necessário duas vezes. Fazer um instante de
silêncio para reflexão pessoal. Motivar a
partilha da mensagem. Concluir com a reflexão
que segue.
REFLEXÃO:
Jesus anuncia o Reino de Deus usando muitas
histórias como estas. Temos duas parábolas: a
do grão de trigo e o grão de mostarda, as quais
têm como finalidade completar a parábola do
semeador.
A parábola do grão de trigo, que germina por si
só, insiste na força vital que a semente do Reino
de Deus possui, uma vez lançada na terra.
Entre a semeadura e a colheita, a semente vai
crescendo e amadurecendo silenciosamente,
sem que o homem seja advertido ou
compreenda, sem que possa impedir ou
acelerar o processo. É uma palavra que
convida à serenidade e a confiança do cristão.
Na outra parábola, a do grão de mostarda, o
acento recai sobre a esperança num futuro
esplendoroso e insiste no decisivo valor do
momento presente, por mais insignificante que
possa parecer.
Estas parábolas demonstram que Deus tem
um jeito de agir bastante diferente do nosso.
Elas acentuam a vitalidade divina, evolui de
maneira irreversível, mesmo que muitos
tentem atrapalhar, mesmo com os nossos
defeitos. É preciso ter coragem e paciência
para sempre se lançar a semente. Um dia ela
produzirá frutos
PARA RELFETIR E PARTILHAR:
Jesus tinha paciência e perseverança para
explicar tudo aos seus seguidores. Como é
nossa dedicação com as coisas e pessoas
que nos são confiadas?
MOMENTO DE ORAÇÃO:
ANIMADOR: A gente já viu que Jesus quando
começou seu ministério, fazia muito sucesso,
mas logo que começou a falar sobre o Reino,
o sucesso foi substituído pela perseguição.
Porém, ele escolheu entre os seus fiéis alguns
para formar uma nova família e prepará-los
para lançar as sementes.
LEITOR 9: Foi o que fez Jesus: lançou a
semente, é o que devem fazer todos os
cristãos, semear e com aquela atitude do
Mestre que confia no Pai, e depois voltar para
colher os frutos.
TODOS: O Reino do céu é semelhante a
uma pequena semente, que cresce e se
torna árvore onde as pessoas encontram
sombra.
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LEITOR 10: O Reino de Deus é semelhante a um
homem que lançou a semente na terra, dormindo
ou acordado, a semente vai germinando e
crescendo. Mas os semeadores de hoje também
serão perseguidos, se o Mestre o foi não seria
diferente com os seus seguidores.
PRECES:
LEITOR 1: Para que Deus continue lançando as
sementes através da Palavra e da Eucaristia.
Rezemos:
TODOS: Senhor, escutai a nossa prece
LEITOR 2: Para que haja corações capazes de
acolher a boa semente do Reino entre nós, aqui
nesta comunidade. Rezemos,
TODOS: Senhor, Escutai a nossa prece
LEITOR 1: Para que as Pequenas Comunidades
se tornem cada vez mais terreno fértil onde Deus
faça germinar a Boa Semente da Palavra.
Rezemos.
TODOS: Senhor, escutai a nossa prece.
LEITOR 2: Para que confiemos totalmente que o
Reino vencerá o mal presente no mundo e que
Deus nos impulsione a sermos colaboradores
deste processo. Rezemos.
TODOS: Senhor, escutai a nossa prece.
BÊNÇÃO FINAL
ANIMADOR/A: Queremos neste instante acolher
a bênção do Pai, o Filho e o Espírito Santo que nos
anunciaram a Boa Semente através da Igreja. Que
a nossa comunidade seja um lugar aberto as
graças de Deus.
TODOS: Amém!
ANIMADOR/A: Rezemos confiantes, de mãos
dadas, a oração de Jesus, a Oração que o
verdadeiro Semeador nos ensinou. Pai nosso...
(cantando)
ANIMADOR/A: Que o Senhor ouça a nossa
oração e nos faça semeadores, em nome do Pai....
TODOS: Amém!
ANIMADOR/A: Que esta semana lancemos
sementes em muitos corações. Combinar local,
data e hora do próximo encontro.
COLABORANDO COM AS PEQUENAS
COMUNIDADES:
1. Começar a ver se alguém se dispõe a iniciar
outro grupo nas proximidades da sua rua.
2. Fazer (continuar) neste mês do Coração de
Jesus, nosso Padroeiro, um Tríduo de visita às
famílias, nesta semana aos doentes, rezando nas
suas casas.
3. No próximo encontro o dono (a) da casa leva
a Imagem do Sagrado Coração de Jesus para a
casa seguinte.

Junho/2009
A Igreja é Notícia
Religião na Terra Santa, solução e não
causa do conflito
O Papa Bento XVI explicou durante a
Audiência, ao fazer um balanço de sua visita à
Terra Santa, que a religião deve ser a solução
e não causa de conflito.
Em sua intervenção diante dos mais de
20 mil peregrinos reunidos na praça de São
Pedro sob um forte sol, o Santo Padre recordou
os momentos mais importantes de sua 12ª
viagem internacional que, de 8 a 15 de maio,
levou-o para a Jordânia, Israel
e os Territórios Palestinos.
Evocando, em primeiro
lugar, sua visita ao Reino
Hachemita, reconheceu seu
respeito “pela liberdade
religiosa e pela tradição cristã”,
manifestando por este motivo
seu “grande apreço”, em particular ao concluir
sua visita à mesquita nacional jordaniana, a
segunda de seu pontificado e a terceira de um
Papa.
“Que importante é o fato de que os cristãos
e os muçulmanos convivam pacificamente,
respeitando-se mutuamente! – afirmou. Graças
a Deus e ao compromisso dos governantes,
isso acontece na Jordânia. Rezei muito para
que também seja assim em outros lugares,
pensando, sobretudo, nos cristãos que vivem
uma situação difícil no Iraque.”
Depois, falando de sua viagem a Israel e
aos Territórios Palestinos, recordou que se
apresentou “como peregrino de paz para
implorar de Deus que, no lugar onde se fez
homem, todos os homens vivam como filhos
seus, ou seja, como irmãos”.
Conclusões da 47ª Assembleia da CNBB
A Assembleia Geral da CNBB, realizada
entre os dias 22 de abril e 01 de maio, em Itaici,
Indaiatuba (SP), reuniu mais de 300 bispos e
mais de uma centena entre assessores,
secretários executivos dos regionais da CNBB,
organismos da Conferência e convidados.
O presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio
Rocha, durante o pronunciamento de
encerramento, fez uma síntese dos assuntos
discutidos pelos bispos, destacando os
documentos aprovados pela Assembleia, que
teve como tema central a formação dos padres.
“A graça de Deus se estendeu em primeiro lugar
na preparação do tema central que, sem dúvida,
dentro de sua abrangência cada vez mais ampla
da missão da Igreja, assume papel decisivo”,
disse dom Geraldo Lyrio.
O tema central resultou no documento
“Diretrizes para a formação dos presbíteros da
Igreja no Brasil”, aprovado por unanimidade pela
Assembleia. O documento final aguarda a
aprovação da Santa Sé para ser seguido.
“Nessa terra abençoada por Deus, às
vezes parece impossível sair da espiral da
violência. Mas nada é impossível para Deus e
para todos que confiam n’Ele!” , assegurou.
“Por isso, a fé em um único Deus, justo e
misericordioso, que é a lembrança mais
preciosa destes povos, deve libertar toda sua
carga de respeito, de reconciliação e
colaboração”, disse, explicando assim o motivo
de seus encontros com o grãomufti
e os chefes da
comunidade islâmica de
Jerusalém, como o grãorabinato
de Israel, com as
organizações comprometidas
no diálogo inter-religioso,
assim como sua reunião com
os chefes religiosos da Galileia.
Segundo o pontífice, “Jerusalém é a
encruzilhada das três grandes religiões
monoteístas, e seu próprio nome – ‘cidade da
paz’ – expressa o desígnio de Deus sobre a
humanidade: fazer dela uma grande família”.
“Todos os crentes, portanto, devem
deixar para trás preconceitos e vontades de
domínio e praticar com concórdia o
mandamento fundamental: amar a Deus com
todo seu ser e amar o próximo como a si
mesmos”, afirmou.
“Isso é a que estão chamados a
testemunhar os judeus, os cristãos e os
muçulmanos, para honrar com os fatos o Deus
a quem rezam com os lábios”, assegurou.
Dom Geraldo acentuou, ainda, a
importância da aprovação, pelos bispos, do
Manifesto em favor da família, da Declaração
contra a redução da maioridade penal e da
Mensagem para o Dia do Trabalhador. “Em todas
estas manifestações se revela que a Assembleia
esteve atenta à realidade que nos interpela”,
afirmou.
Ano sacerdotal
Antes do encerramento, foram
apresentadas, pelos regionais, sugestões para
a Igreja no Brasil celebrar o Ano Sacerdotal,
convocado pelo papa Bento XVI, em
comemoração aos 150 anos de morte de São
João Maria Vianey. A abertura do Ano Jubilar
Sacerdotal será no próximo mês de junho, dia
19, festa do Sagrado Coração de Jesus, dia de
oração pela santificação do Clero. O
encerramento do ano será no Encontro Mundial
Sacerdotal, na praça de São Pedro, em Roma,
em junho de 2010.
Casa de Carne Rosa
Fone: (67) 3461-1273
Rua Aparecido Rosa, 110
Naviraí - MS
Diálogo católico-muçulmano
Realizou-se no mês de maio em Amã, na
Jordânia, o primeiro colóquio entre o Pontifício
Conselho para o Diálogo Inter-religioso,
conduzido pelo presidente do organismo
vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran, e o Instituto
Real para os Estudos entre os Credos, conduzido
pelo seu diretor, o embaixador jordaniano Hasan
Abu Nimah. Tendo como tema “Religião e
sociedade civil”, ambas as partes ressaltaram
que “as religiões têm um papel específico a
desempenhar na sociedade civil”, oferecendo a
sua contribuição para o bem comum,
07
07
CNBB é contra a redução da maioridade penal
A CNBB entende que a proposta de redução
da maioridade penal não soluciona o problema.
Importa ir às suas verdadeiras causas, que
se encontram, sobretudo, na desagregação familiar,
na falta de oportunidades, nas desigualdades sociais,
na insuficiência de políticas públicas sociais, na perda
dos valores éticos e religiosos, na banalização da
vida e no recrutamento feito pelo narcotráfico.
Reafirma a CNBB que a redução da
maioridade penal violenta e penaliza ainda mais
adolescentes, sobretudo os mais pobres, negros,
moradores de periferias.
transcendendo “interesses políticos e busca do
poder”. Os participantes ressaltaram “a
importância de educar os jovens para os valores
do respeito recíproco e da cultura do diálogo,
para a rejeição à violência, de modo a promover
a convivência pacífica”, e reiteraram “a
importância da democracia e do Estado de direito”,
no respeito pelos “direitos humanos fundamentais,
em particular, da liberdade e da justiça”, do
reconhecimento das minorias étnicas, das
diversidades culturais e religiosas, e da igualdade
entre os cidadãos.
Crianças, adolescentes e jovens precisam
ser reconhecidos como sujeitos na sociedade e,
portanto, merecedores de cuidado, respeito,
acolhida e principalmente oportunidades.
A Igreja Católica, através de suas
comunidades eclesiais, pastorais, movimentos
e entidades sociais, desenvolve projetos sócioeducativos,
profissionalizantes, de recuperação
de dependentes químicos e de atendimento a
adolescentes autores de ato infracional, obtendo
resultados que indicam à sociedade a partir de
ações educativas e não punitivas.
Peregrinação e valores da família
“Família Discípula e Missionária a Serviço
da Vida”. Este é o tema da Peregrinação Nacional
em Favor da Família, organizada pela Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, que o
município de Aparecida (SP) acolhe no dia 24 de
maio. A cidade foi escolhida por ter Maria como
padroeira e pela sua importância religiosa para o
Brasil. Segundo o presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom
Orlando Brandes, a Peregrinação tem como
objetivo, despertar para importância da família.
“Queremos despertar o brasileiro para o valor e
a centralidade da família diante de tantas crises
que passamos na atualidade. “A Família é um
dos eixos transversais da Ação Evangelizadora”.
Dom Orlando avalia o encontro como conscientizador
das famílias e indispensável na ação de
evangelizar e direcionar às autoridades
legislativas as prioridades mais urgentes para a
família.
Judeus e Cristãos em simpósio sobre Paulo
Alguns dos maiores estudiosos judeus e
cristãos participaram em maio passado, no
Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, do Simpósio
“Paulo na sua matriz judaica”, inserindo-se no
âmbito das inúmeras iniciativas que celebram o
Ano Paulino em andamento. De fato, pela primeira
vez, a universidade judaica de Jerusalém
colabora com instituições católicas na realização
24º Semana do Migrante
A Semana do Migrante, de 14 a 21 de junho,
desta vez não só está no meio do calendário de
2009, mas no meio do furacão da crise mundial,
e no meio da busca de respostas positivas que a
Igreja não cansa de propor, especialmente pela
Cam-panha da Fraternidade.
A vinculação que a Semana do Migrante
sempre quer ter com o tema e o clima da Campanha
da Fraternidade, é feita pela pergunta pertinente e
decisiva: EXISTE JUSTIÇA PARA TODOS?
JUNHO.P65 7
2/6/2009, 23:24
de um simpósio internacional sobre um autor do
Novo Testamento: Paulo, judeu e apóstolo dos
pagãos. O simpósio desenvolveu sua reflexão e
debate a partir de duas abordagens: o encontro,
no pensamento de Paulo, do mundo grego com
o mundo judaico; e as relações entre Cristianismo
e Judaísmo, do nascimento da Igreja até hoje.
A Semana do Migrante, portanto, nos
proporciona a oportunidade de inserir os
migrantes no contexto suscitado pela Campanha
da Fraternidade, possibilitando aprofundar seus
temas.
Assim, a comunidade é chamada a valorizar
a presença e a contribuição dos migrantes. E os
migrantes são desafiados a comprovar que eles
são protagonistas de um mundo onde, de fato,
pode existir justiça para todos.
Distribuidora de Petróleo
www.tauruspetroleo.com.br

08 08
08
A Diocese em Revista
Paroquia Santa Luzia - Juti
A Paróquia Santa Luzia pôde vivenciar
nestes últimos três meses bonitos acontecimentos
que favoreceram o crescimento
pastoral e paroquial.
No dia 14 de março aconteceu um jantar
dançante com presença de muitos paroquianos
e fiéis de Naviraí. “Foi uma noite muito linda e um
jantar de bom sabor que só as mulheres de Juti
sabem fazer”.
Em 19 de abril realizou-se um encontro de
casais de 1ª e 2ª união, com a presença do
diácono Nilson que ofereceu, por toda manhã,
uma espiritualidade fundamentada nos valores
cristãos. Onze casais da Pastoral Familiar de
Abertura do Ano Catequético em Itaporã
No dia 18 de abril, reuniram-se 82
catequistas da Paróquia São José de Itaporã,
para Abertura do Ano Catequético. O encontro
iniciou com a belíssima Oração enviada pela
CNBB, em que os catequistas ungiram-se
mutuamente, com o sinal da cruz: no ouvido,
para escutar a Palavra de Deus; nos olhos, para
ver as maravilhas de Deus; na boca, para
anunciar a Palavra de Deus e nos ombros, para
carregar o jugo suave de Cristo. Com esta unção,
os catequistas foram orientados para
continuarem sendo verdadeiros discípulos
missionários de Jesus.
O encontro foi assessorado por Irmã Nilvete
Soares Gomes, pcc, psicóloga, que abordou o
tema do Ano Catequético.
No dia 24 de abril, a Paróquia Nossa
Senhora de Fátima de Naviraí promoveu um
encontro de Formação Bíblico doutrinal para os
140 agentes de Pastoral e Animadores das
Pequenas Comunidades. O Padre José Luiz
IV Encontro Foranial da Pastoral dos Surdos
O IV Encontro Foranial da Pastoral dos
Surdos, realizado no dia 25 de abril em Naviraí
reuniu cerca de 80 representantes das cidades
de Mundo Novo, Iguatemi, Eldorado, Itaquiraí e
Naviraí. Após a Celebração Eucarística na matriz,
com a tradução da linguagem de sinais, foi
oferecido o café da manhã, seguido de teatro
envolvendo os surdos, o qual introduziu a palestra
Naviraí em destaque
Drª Maria Guilhermina P. Ortiz
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Caarapó expôs os parâmetros de como se deve
formar a pastoral, bem como, objetivo, dinâmica
e dimensão eclesial.
No dia de São José Operário, dia do trabalho
realizou-se também o 1º Festival do Pastel com
boa participação do povo jutiense. Houveram
jogos diversos como vôlei, corrida de pedestre e
de carriolas, jogos de truco e inbido. A arrecadação
da festa servirá para ajudar o grupo que irá
participar do Intereclesial de Cebs no mês de
Julho, em Porto Velho - RO.
O CPP, em nome da paróquia, agradece à
presença, a colaboração e a participação de
todos.
A culminância deste encontro foi a festiva
Celebração Eucarística com a Comunidade
Paroquial, na Igreja Matriz São José, onde todos
os catequistas foram enviados para continuar o
seu ministério catequético, como discípulos
missionários de Jesus.
A continuidade deste evento se dará em cada
uma das comunidades da Paróquia, em que
juntamente com as Irmãs e os Freis, os
catequistas, algumas pastorais e movimentos
estarão assumindo a Catequese Familiar, com
intuito de realizar a proposta do Ano Catequético
“Formar Discípulos Missionários de Jesus”,
como também resgatar a família para o ministério
catequético e lembrá-la de sua missão na
instrução de fé de seus filhos.
Isidoro,svd, assessorou o encontro que, apresentou
uma visão panorâmica do Primeiro e Segundo
Testamento, detendo-se mais especificamente, sobre
a Vida e Missão de Jesus, Atos dos Apóstolos, as
cartas de Paulo, e outras cartas.
sobre a temática “justiça e
paz”. Houve troca de
experiências e formação de
grupo, informações, encaminhamentos
do próximo
encontro e lazer, entre os
participantes, na sua maioria
jovem.
Congresso Estadual da RCC
Entre os dias 15 e 17 de maio aconteceu o
Congresso Estadual da RCC, na capela São
Francisco, que contou com a presença de
membros de todo o Estado. O encontro teve a
organização da Coordenadora Estadual Elza
Gomes e do Pe. Sérgio de Coxim. O congresso
tem como objetivo trabalhar o direcionamento do
nacional para o estadual.
Entre os dias 15 e 17 de maio realizou-se
no Seminário Diocesano Sagrado Coração de
Jesus um encontro vocacional que reuniu mais
de 30 jovens e adolescentes. O tema principal
do encontro foi “Jovem: vem e segue-me”. O
evento teve a colaboração do movimento
SERRA para as vocações sacerdotais, bem
como a presença de alguns sacerdotes que
testemunharam suas vocações. Este encontro
visou, além do auxílio no discernimento
vocacional dos jovens, preparar alguns para
Encontro Vocacional
* ALFABETIZAÇÃO
* AULAS DE REFORÇO
* ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS
* LABORATÓRIO DE REDAÇÃO
Junho/2009
Inauguração da Capela Santo Expedito
No dia 19 de abril, no assentamento
Fetagri (Teijin), foi realizada uma cerimônia de
inauguração da Capela da Comunidade Santo
Expedito, da Paróquia São Pedro e São Paulo
de Nova Casa Verde.
Nos dias 08, 09 e 10 de maio, aconteceu
no IPAD, o Encontro de Assessores da Infância
Missionária.
O encontro reuniu muitas pessoas, entre
elas jovens e adultos de Dourados e região,
para refletir, discutir e formar assessores e
implantar a Infância Missionária nas paróquias
e comunidades.
Infância Missionária
a seleção e entrada no seminário para o
segundo semestre de 2009.
O ato de fé aconteceu por volta das
10h30.
Fruto da partilha, de um sonho e
despojamento, ganhamos do Sr. José Basso
morador de Farroupilha - RS, uma capela
para a comunidade Santo Expedito, lugar para
o louvar a Deus, ouvir a Palavra e reunir-se.
Esse presente aconteceu através dos
padres Pobres Servos de Deus, de modo
especial através do Pe. Nello, que ouvindo o
desejo do benfeitor, procurou-me e fez a
proposta.
Consultando a comunidade, que aceitou
com muita alegria e entusiasmo,
começamos a trabalhar com muita união e
determinação do coordenador Cláudio Alves
Gomes. Todos trabalharam: crianças,
homens e mulheres.
Apostolado da Oração realiza retiro
No dia 3 de maio, o Apostolado da Oração
se reuniu na paróquia Nossa Senhora de
Fátima em Dourados para um
retiro espiritual. A participação
contou com mais de 300
membros, oriundos de
diversas paróquias. Pe.
Dúvilio, diretor espiritual do
movimento assessorou todo o
encontro. Na ocasião, a
unidade do movimento foi
fortalecida com um forte
chamado a rezar
incansavelmente pela Igreja e
JUNHO.P65 8
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Pe. Vieira
pelas vocações – Eis o papel fundamental do
Apostolado da Oração.

Junho/2009
A Diocese em Revista
No dia 02 de maio, o Grupo de jovens
JUSAN (Jovens Unidos Santo André) da
Comunidade Santo André de Dourados,
organizou uma grande festa em
comemoração aos 35 anos de existência. O
evento iniciou com a Santa Missa presidida
pelo Frei Cícero, ele que é Franciscano e,
atualmente, reside em Goiânia e foi um dos
integrantes desse grupo. Estiveram presentes
os diáconos Alceu e Centurião, que são frutos
do grupo. Durante a missa, homenagearam
professor Carlão que foi um colaborador muito
importante. No final mais de 100 participantes
Festa de São José Operário
Nos dias 1, 2 e 3 de maio a paróquia
São José Operário de Dourados festejou seu
padroeiro e completou 35 anos de fundação.
Foi realizado um tríduo preparatório, e no
domingo, dia 3 um delicioso churrasco com
música ao vivo. A festa contou com a
participação de mais de mil pessoas.
Patrono da Igreja Universal, padroeiro
dos trabalhadores e exemplo de humildade e
justiça, São José é venerado com muita
devoção no mundo inteiro.
JUSAN 35 anos
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se apresentaram e apresentaram seus
familiares. Logo após a Santa Missa foi
oferecido um jantar com música ao vivo.
Louvores à Virgem de Caacupé
No dia 14 de maio se comemora a
Independência do Paraguai. Na ocasião
também o dia das mães. Nesta data é
celebrada uma missa de ação de Graças na
capela de Nossa Senhora de Caacupé, na
Praça Paraguaia em Dourados. A Santa Missa
foi presidida pelo Pe. Teodoro, que é de origem
paraguaia e pároco de Caarapó. Centenas de
pessoas compareceram para venerar e
agradecer a “Virgem”. Este evento é uma
realização da Pastoral do Migrante, bastante
atuante na diocese.
Festa de Nossa Senhora de Fátima
No dia 17 de maio realizou-se, no salão
de festas da paróquia
Nossa Senhora de
Fátima de Dourados,
um delicioso churrasco
com muita música em
comemoração ao dia
da padroeira, evento
que reuniu fiéis de
diversas partes da
cidade. A festa religiosa
teve seu ponto alto nas
visitas da imagem de
Nossa Senhora às
capelas da paróquia, e
do tríduo preparatório da
32ª festa da padroeira.
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Pastoral da Pessoa Idosa
Nos dias 13 e 14 de junho, realizar-se-á a III
Assembléia Diocesana da Pastoral da Pessoa
Idosa que tratará dos seguintes temas: Missão e
Gestão dos Coordenadores Paroquiais na Pastoral
da Pessoa Idosa; Eleição da Coordenação
Diocesana da Pastoral da Pessoa Idosa;
Constituição do Conselho Econômico; Prestação
de contas dos recursos recebidos e Metas para o
ano de 2009.
Deverão participar: a Coordenadora
Paroquial e mais duas pessoas da Pastoral da
Pessoa Idosa. Na próxima reunião da FADI as
coordenadoras deverão fazer a avaliação e trazer
por escrito para a Assembléia, destacando:
Como está a Pastoral da Pessoa Idosa em
sua Paróquia? Destaque os pontos positivos e
aponte o que pode ser melhorado.
DAMASCO
09
09
Que novas propostas você tem para a
Pastoral da Pessoa Idosa?
Aproveitamos o ensejo para dizer que na
Diocese de Dourados esta Pastoral já está
organizada em nove Paróquias. A equipe de
coordenação agradece ao Sr. Bispo, aos
Párocos, coordenadores, lideres e
incentivadores pelo apoio e carinho que
demonstram a missão tão necessária para
nossos dias.
O local da Assembléia será o
IPAD, em Dourados, com início
dia 13 às 8h00 e o
término dia 14 às
16h00.
Informações pelo
telefone 3421-
9855.
Corpus Christi e solidariedade
Dia 11 de junho celebra-se Corpus Christi,
como todos os anos as paróquias se organizam
para preparar esse dia.
Na forania de Dourados, acontecerá um
tríduo preparatório com o tema e lema do Ano
Catequético que traz presente os Discípulos de
Emaús (Lc 24, 32-35).
Além do tríduo, o ponto alto é a Celebração
Eucarística às 16 horas, na frente da Catedral
No próximo dia 21 de junho, realizar-se-á a
10ª Romaria Diocesana do Sagrado Coração de
Jesus, no Santuário de Nossa Senhora
Aparecida na Vila São Pedro. Tendo como pano
de fundo o tema e o lema centrais do Ano
Catequético, este evento visa fortalecer a unidade
da Igreja diocesana e a participação do povo
como protagonistas da evangelização e da escuta
da Palavra, como fundamento para o testemunho
digno do Cristo ressuscitado. Na ocasião, além
10ª Romaria Diocesana
presidida por Dom Redovino Rizzardo e
concelebrada pelos padres da forania.
Após a missa acontecerá a procissão com
o Cristo Eucarístico , sobre o tapete enfeitado pelas
paróquias da cidade, percorrendo as principais
ruas do centro.
Importante ressaltar que neste dia, as
pessoas devem trazer agasalhos que serão
distribuídos pelos vicentinos aos necessitados.
da procissão e da missa presidida por Dom
Redovino e concelebrada pelos padres da
diocese, acontecerá o sorteio do Projeto
“Católicos: somos uma família” que irá beneficiar
o ganhador com uma casa e um carro 0km.
Participe, reúna os fiéis de sua paróquia, para
que todos unidos num só coração, possamos
fazer de nossa Igreja diocesana um celeiro
fecundo para a evangelização dos povos.
Sexualidade é tema da IV Semana Teológica
De 03 a 05 de junho acontecerá no Centro
Pastoral da Catedral diocesana,
a IV Semana Teológica,
promovido pelo CART (Curso
de Atualização Religiosa e
Teológica) com o tema
Sexualidade: discussões atuais,
assessorado pelo Frei Antônio
Moser.
Frei Antônio Moser estudou
Filosofia e Teologia em
Petrópolis, cursou licenciatura
em Teologia em Lyon, França e
doutorou-se em Teologia, com
especialização em Moral, na Academia
Alfonsianum, de Roma. Atualmente é Diretor
JUNHO.P65 9
2/6/2009, 23:24
Presidente da Editora Vozes, professor de
Teologia Moral e Bioética no
Instituto Teológico
Fransciscano (ITF) em
Petrópolis, membro do
Conselho Administrativo da
Diocese de Petrópolis, Pároco
da Igreja Santa Clara e
assessor para assuntos de
Bioética da CNBB.
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10 10
10
Conversa com o Leitor
Pergunte e responderemos!
Crispim Guimarães
Coordenador Diocesano de Pastoral
O escândalo envolvendo o
Presidente do Paraguai mexeu com o
coração de muitos católicos, afinal era
um bispo e muito conceituado,
sobretudo, entre os pobres. Estou triste
com este fato, confesso que fiquei até
sem chão. Que atitude tomar como
católica?
Anônima
Nenhuma explicação, por mais plausível
que eu pudesse dar, justificaria os atos
praticados ocorridos. Pelo menos no caso
que ficou comprovado, que ele teve um
relacionamento com uma jovem e fruto deste
nasceu uma criança, esta reconhecida a
paternidade. Outros ainda correm na justiça
para serem provados ou não.
O que dizer? Quando Jesus escolheu
os 12 nunca disse que estes eram anjos,
ao contrário, tinha gente de toda espécie,
corruptos e até um traidor, traidor do Mestre,
isto é que foi pior. Na Igreja sempre
estiveram presentes homens e mulheres
virtuosos e pecadores, assim como dentro
de nós convivem o homem novo e o homem
velho, lembra São Paulo.
Mas não devemos esquecer que Cristo
se diz Cabeça da Igreja, somos na realidade o
Corpo, a Cabeça garante a sua santidade, o
Corpo nem sempre. Portanto, a Igreja pede
que vivamos sempre unidos a Ele, os homens
são instrumentos frágeis, como lembra a Bíblia,
“carregamos um tesouro em vasos de argila”.
Todavia, a maioria dos bispos, são pessoas
comprometidas, se este irmão cometeu
tamanho deslize, temos inúmeros outros que
procedem corretamente, alimentados pela
paixão por Cristo e seu Reino.
Porém, é preciso fazer outras
considerações acerca do assunto.
Fernando Lugo, pelo que se sabe foi um
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padre que viveu seu compromisso, assim
dizem seus colegas de congregação,
chegou até ser eleito pelo voto como
Superior Provincial, depois pelo trabalho
pastoral de governo na Congregação foi
nomeado bispo, até então nada se sabia de
errado na sua conduta. Depois, parece, não
posso julgá-lo, com o desejo de entrar na
política, já tinha clara noção de que a Igreja,
não permitiria um bispo se candidatar, foi se
afastando, pois sabia que a Igreja iria pedir
sua renuncia de bispo, o que lhe prendia
agora, só tinha o título de bispo, mas no
coração já havia quebrado o vínculo.
Além disso, o filho comprovado até então
foi de uma relação já como bispo emérito
(aposentado), mesmo que a idade (75 anos)
não tivesse ainda sido alcançada, idade
estabelecida para renúncia episcopal.
Estava, portanto desligado de alguma forma
da Igreja porque desejava ser Presidente do
Paraguai. Depois de eleito, Roma o
dispensou inclusive do seu título de emérito,
tirando-lhe a condição episcopal “a divinis”.
Deste fato é possível fazer uma leitura,
sem com isso ser determinista. Ao desejar
entrar na política, disputando um cargo tão
importante, certamente Lugo já sabia que
não teria mais volta na sua condição de
bispo, talvez, o tenha feito continuar com o
título episcopal, porém com o coração já
desvinculado do ministério.
O fato é, Fernando Lugo cometeu um
erro moral. Condená-lo ou não? Bem,
muitas outras mulheres o acusam de terem
filhos seus. Condenar suas atitudes não
tenho como fazê-lo, como não faria comigo
mesmo se estivesse na sua situação e
tomara Deus que um dia não esteja, pois
sou homem como ele e quem está de pé
prepare-se para cair. No entanto, agora é
preciso saber se estas demais acusações
são verdadeiras ou fruto de armadilha
política, que pelos acontecimentos, nem
sempre é permeada de boas intenções.
Neste contexto, ouvi e li que se o celibato
não existisse nada disso teria acontecido.
Será mesmo? E o que dizer de homens e
mulheres que têm casamentos aparentemente
estruturados e de repente aparecem
filhos de outros relacionamentos, sem contar
que muitos mantêm de modo corrente
relacionamentos extras? O caso não é este,
o que se vê é que em tudo se faz necessário
convicção, mas não nos enganemos, mesmo
assim, somos uma surpresa para os outros e
inclusive para nós mesmos.
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JUNHO.P65 10
2/6/2009, 23:24
Carta do Leitor
CORPAL
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Av. Marcelino Pires, 3.400
Junho/2009
Quero agradecer a Dom Redovino sobre seu artigo da última edição
do Elo. Trata-se de um tema bastante polêmico, mas esclarecedor nos
dias de hoje. Sou atuante na vida da comunidade e da Igreja e sou separada
há 19 anos. Por um período de tempo, antes de conhecer o valor da
comunhão e estando envolvida num relacionamento de segunda união,
me senti constrangida e até mesmo revoltada quando alguém, naquele
certo ponto, me disse que não podia comungar. Hoje mais amadurecida
e reconhecendo que o casamento é um só, me consagrei a Deus e à
Igreja na plena certeza de que fiz a escolha certa. Entre viver uma vida de
pecado e escolher a comunhão com Cristo e com a Igreja, preferi a
segunda.
Suzana Sotolani
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Dourados
A cada dia que passa, percebo que o jornal Elo fica melhor. Vejo que
os artigos têm abordado temas que nos ajudam a refletir sobre a nossa
Igreja e o futuro do país, tendo como pano de fundo, valores estritamente
cristãos. Numa sociedade cada vez mais secularizada como a nossa, se
faz mister recuperar valores morais que só a Igreja pode nos oferecer.
Adalberto P. Formoso
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Dourados
Eu gosto muito do jornal Elo, através dele a gente tem mais
conhecimento e fica sabendo do que acontece na diocese. Leio-o todo,
mas gosto muito do Pergunte e Responderemos com o padre Crispim.
Cecília Martins de Moura
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Dourados
Gosto muito de ler o jornal Elo. Procuro sempre refletir com os outros
os temas abordados em cada edição. As palavras cruzadas me ajudam a
treinar meus conhecimentos bíblicos, mas confesso que algumas são
muito difíceis. As reflexões do padre Crispim também são muito
interessantes.
Cícera do Oliveira Dantas
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Dourados
Como catequista, não posso deixar de incentivar meus filhos e
catequizandos a lerem o jornal Elo. Nos dias de hoje, precisamos estar
muito bem sintonizados aos assuntos da Igreja e temas relacionados à
mesma.
Elenita Aparecida Guarizo dos Santos
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Dourados

Junho/2009
3º Encontro - “Quem é este, a quem até o vento e mar obedecem?”.
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,
velas, Capa do Elo, água, terra, imagem ou
quadro do Sagrado Coração de Jesus.
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém
da casa). É motivo de alegria para nossa
família receber cada um de vocês, sintam-se
bem acolhidos.
ANIMADOR: A messe é uma roça cheia de
cereais para serem colhidos, esta expressão
é usada por Jesus como imagem do mundo.
Vamos também refletir neste encontro sobre
nossa responsabilidade missionária e os
passos que precisamos dar com a Igreja na
Diocese, afinal acabamos de celebrar nosso
Padroeiro: o Sagrado Coração de Jesus. Em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...
LEITOR 1: A missão de cada cristão é fazer
conhecida a Palavra de Deus, aqui estamos
juntos aprendendo de Jesus presente na
comunidade.
LEITOR 2: As pessoas que ainda sonham
com um mundo mais justo, ficam
desencantadas com tantas injustiças, tudo
parece um mar violento que nos engole.
TODOS: Não tenhamos medo, Deus está
presente nas tempestades da nossa vida
e da Comunidade.
LEITOR 3: Nas comunidades as
tempestades amedrontam os cristãos, porque
se acham incapazes, porque têm medo de
falar, o território paroquial e o número de
pessoas é grande. O primeiro passo é
superar a ideia de que a missão está ligada a
um território.
.
LEITOR 4: É necessário ter consciência de
que a missão se faz a partir de onde estamos.
A Igreja é o Povo de Deus e cada cristão, pelo
Batismo tem a responsabilidade de se fazer
missionário, sem medo das tempestades.
TODOS: Somos missionários pela força
do Batismo e em obediência a Jesus Cristo,
impulsionados pelo Coração de Jesus que
nos ama!
LEITOR 5: O Coração de Jesus, deseja ser
conhecido por todas as pessoas, sobretudo
no território desta Diocese, que o tem como
Padroeiro .
LEITOR 6: Através das Pequenas
Comunidades, dos grupos de famílias e
reflexão somos convidados a sermos
missionários do Sagrado Coração de Jesus,
portadores da sua misericórdia, anunciadores
da esperança.
ANIMADOR: A Diocese do Coração, pede o
empenho de todos para construir uma Igreja
Missionária, onde as tempestades da vida
possam ser compartilhadas pelos irmãos.
Vamos colocar nossa confiança Naquele que
tem o verdadeiro poder de acalmar as
tempestades.
TODOS: “Coragem, eu venci o mundo”,
“estarei convosco todos os dias até o fim
dos tempos”.
LEITOR 7: Deus se oferece a àqueles que
têm o coração purificado, desarmados, abertos
para acolher o Seu Reino. Não estar em Deus
é estar em alto-mar, abatidos pelas
tempestades, desprotegidos .
LEITOR 8: O mar agitado é símbolo de um
mundo sem Deus que ameaça destruir a
comunidade. Como Pedro, devemos gritar:
“Salva-nos, Senhor!” .
TODOS: Não nos deixeis Senhor perecer
nas tempestades da vida, mas segura em
nossas mãos, fortaleça o nosso coração e
ilumina a nossa caminhada.
ANIMADOR: Jesus nos quer falar de Coração
para coração, preparemo-nos para acolher a
sua Palavra, que quer acalmar as
tempestades da nossa vida, mas não
esqueçamos: Jesus também provoca
tempestades no nosso coração.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Marcos 4, 35-41
Proclamar o Evangelho pausadamente. Se
necessário duas vezes. Fazer um instante
de silêncio para reflexão pessoal. Motivar a
partilha da mensagem. Concluir com a
reflexão que segue.
REFLEXAO:
A partir deste Evangelho vamos conhecer
muitos milagres de Jesus, manifestando a sua
autoridade divina. O milagre de
hoje, o da tempestade acalmada,
nos mostra que Jesus associa a
falta de fé com a covardia, mas a
fé Ele associa a coragem. A fé
irradia coragem porque se
fundamenta nos valores e
promessa de Cristo e na
presença de seu amor em todos
os acontecimentos. A fé é livre
para confirmar a confiança e leva
embora qualquer tipo de medo. É
por isso que Jesus insiste que nos
afastemos do medo e da
covardia.
Quantas vezes na vida
gostaríamos que alguém nos
ajudasse, e, ao mesmo tempo,
percebemos que ninguém pode
resolver o nosso problema.
Então, quase sem querer, você
se dirige a alguém que sabe
tornar possíveis as coisas muito
difíceis. Esse alguém tem um
nome: Jesus Cristo. Só a fé
possibilita conhecer a Jesus e
manter com ele um convívio de
amizade, de relacionamento humano-divido.
PARA RELFETIR E PARTILHAR:
“Estou convosco todos os dias, até o fim do
mundo”. Nas dificuldades, tempestades, tenho
lembrado que Deus está comigo sempre e
procuro superá-las com paciência?
Alguma vez já percebemos que nas
“tempestades” Deus se revela?
MOMENTO DE ORAÇÃO:
ANIMADOR: A consciência da sua fragilidade,
levou a Igreja, Povo de Deus, a repensar que as
tempestades não podem ser enfrentadas sem
espiritualidade, sem transformar a comunidade
em espaço privilegiado de oração e
aprofundamento da Palavra.
LEITOR 9: O Coração de Jesus é o porto seguro,
onde cada pessoa pode encontrar mansidão e
forças para continuar caminhando.
TODOS: Coração de Jesus, manso e humilde,
fazei o nosso coração semelhante ao seu.
LEITOR 10: O Senhor se levantou e repreendeu
o mar e o vento dizendo: “acalma-te e cala-te”.
Os discípulos com medo perguntavam uns aos
outros: “quem é este que até o vento e o mar lhe
obedecem”?
LEITOR 11: De fato, O Evangelho quer mostrar
quem é Jesus. Ele é aquele que conduz o barco
(a vida) pelos mares tempestuosos das injustiças,
da violência, da falta de amor.
LEITOR 12: Jesus é soberano sobre tais forças
e conduz os cristãos que nele se apegam com
fé, às outras margens do mar.
JUNHO.P65 11
2/6/2009, 23:24
11
11
PRECES:
1. Para que coloquemos nossas esperanças em
Cristo, arrastados pelas tempestades da vida.
Rezemos.
TODOS: Coração cheio de bondade, tende
compaixão de nós.
2. Para que em todos os momentos da nossa
vida e situações difíceis, possamos gritar: Salvanos,
Senhor.
TODOS: Coração cheio de bondade, tende
compaixão de nós.
3. Senhor Jesus, nossa vida e esperança,
conforto e repouso dos corações atribulados, atraí
para vós, nós, os pecadores.
TODOS: Coração cheio de bondade, tende
compaixão de nós.
4. Senhor, de cujo coração aberto pela lança jorrou
sangue e água, para que a Igreja nascesse de
vós, tornai-a santa e missionária.
TODOS: Coração cheio de bondade, tende
compaixão de nós.
Outras Espontâneas....
BÊNÇÃO FINAL
ANIMADOR/A: Agradecendo a Deus por todas
as graças, queremos fazer o firme propósito de
viver estes dias como o Coração de Jesus,
nosso Padroeiro, cheios de humildade e
mansidão.
ANIMADOR/A: Rezemos confiantes, de mãos
dadas, a oração que Jesus nos ensinou. Pai
nosso... Recebamos a bênção.
ANIMADOR/A: Coração de Jesus, em vossa
infinita misericórdia aumentai cada dia a nossa
fé.
TODOS: Amém!
ANIMADOR: Coração de Jesus, fortalecei todos
os devotos do vosso coração, especialmente os
membros do Apostolado da Oração.
TODOS: Amém
ANIMADOR/A: Coração de Jesus, que em
amor, abençoai nossa família e as nossas
comunidades.
TODOS: Amém
ANIMADOR/A: Em nome do Pai....
Uma feliz e abençoada semana a todos.
Combinar local, data e hora do próximo encontro.
COLABORANDO COM AS PEQUENAS
COMUNIDADES:
1. Reunir na Paróquia, juntamente com o
Pároco, as lideranças de pastorais e
movimentos e discutir a Cartilha das Pequenas
Comunidades.
2. No próximo encontro, o dono (a) da casa
leva a Imagem do Sagrado Coração de Jesus
para a casa seguinte e um quadro de Pedro e
Paulo.

12 12
12
Junho/2009
4º Encontro - Pedro disse: “Tu és o Cristo...” e Jesus disse: “tu és Pedro...?”.
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,
velas, Capa do Elo, água, terra, imagem ou
quadro de São Pedro e São Paulo.
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém da
casa). É motivo de alegria para nossa família
receber cada um de vocês, neste dia, em que
festejamos dois dos Apóstolos de Jesus. Sejam
bem acolhidos.
ANIMADOR: O Papa Bento XVI, dia 28 de
junho de 2008 iniciou o ano Paulino, que se
encerra este mês. Queremos com toda Igreja
louvar e bendizer pelo grande dom da vida e
do testemunho do Apostolo Paulo. Em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo...
LEITOR 1: Pedro e Paulo são considerados
colunas da Igreja. Exerceram atividades
diferentes em campos diferentes, mas ambos
amaram a Jesus apaixonadamente.
LEITOR 2: Apesar de divergirem em alguns
pontos de vista e na visão do mundo, o amor
de Cristo e a força do testemunho os uniram
na vida e no martírio.
TODOS: Tu és Pedro, e sobre esta pedra
eu irei construir a minha Igreja.
LEITOR 3: Nos dois, quer na vida, quer no
martírio, prolongam-se a vida, paixão, morte e
ressurreição de Cristo .
.
LEITOR 4: Conheceram e experimentaram
Cristo de formas diferentes, mas é único e
idêntico o testemunho que deram de Jesus.
TODOS: Por isso são figuras típicas do
Cristão, com suas fraquezas e forças!
LEITOR 5: Fortes no anúncio, foram corajosos
até o fim no testemunho de Jesus e no amor a
Igreja.
LEITOR 6: Paulo de perseguidor dos cristãos,
a Apóstolo de Cristo, ardoroso e perseguido
até o fim.
ANIMADOR: Cristo transforma o coração das
pessoas, assim como transformou os corações
de Pedro e Paulo. A exemplo de Paulo, muito
são perseguidores de Cristo, perseguem a
Igreja e seus pastores e fiéis, quando se
encontram verdadeiramente com Jesus,
mudam de vida e por causa dessa mudança,
passam de perseguidores a perseguidos.
TODOS: “Para mim viver é Cristo e morrer é
uma vantagem; minha glória é a cruz do
Senhor, Cristo Jesus”, disse Paulo.
LEITOR 7: A Diocese de Dourados, através
dos encontros para lideranças de Pequenas
Comunidades, insistiu para que todas as
paróquias promovessem encontros formativos
sobre São Paulo e seus escritos.
LEITOR 8: Muitas foram as comunidades que
fizeram a experiência e a descoberta de Cristo
por meio das Cartas Paulinas. Muitos filhos da
Igreja também “caíram do cavalo”, não no
caminho de Damasco, mas no caminho da vida.
TODOS: “Combati o bom combate, terminei
minha carreira, conservei a minha fé”, disse,
Paulo.
ANIMADOR: O Evangelho de hoje mostra que
é preciso deixar de querer um Messias feito à
nossa imagem e semelhança para nos
tornarmos discípulos da Imagem e Semelhança
de Jesus: Messias SERVO.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Marcos 4, 35-41
Proclamar o Evangelho pausadamente. Se
necessário duas vezes. Fazer um instante de
silêncio para reflexão pessoal. Motivar a
partilha da mensagem. Concluir com a reflexão
que segue.
REFLEXÃO:
Hoje celebramos a Solenidade de dois grandes
Apóstolos, de suma importância para a Igreja:
Pedro e Paulo. O texto do Evangelho de hoje,
lembra três relatos: a confissão de fé de Pedro,
o anúncio da morte e ressurreição de Jesus e
a exortação dada aos discípulos para que
caminhem no mesmo caminho de Jesus.
Pedro viveu com Jesus e o conheceu antes da
sua paixão, morte e ressurreição, era um dos
12 Apóstolos, foi testemunha da vida de Jesus,
de sua morte e ressurreição. Paulo, por outro,
no início era perseguidor da Igreja nascente,
depois se converteu no episódio do caminho de
Damasco.
Quando falamos de Pedro, lembramos que
Jesus o escolheu como primeiro Papa, pastor
e testemunha da sua vida, pregação e martírio.
Quando falamos de Paulo, lembramos de
pregação, carisma, missão, evangelização,
fundação de comunidade.
Pedro, ao confessar “Tu és o Cristo, o Filho de
Deus vivo”, recebe por parte de Jesus o maior
elogio e também a maior responsabilidade. Dele
vai nascer a Igreja, a comunidade de todos
aqueles que reconhecem Jesus, a origem da
nova humanidade
PARA RELFETIR E PARTILHAR:
Quem foram os Apóstolos Pedro e Paulo? O
que significa celebrá-los hoje? E quem é Jesus
para nós?
MOMENTO DE ORAÇÃO:
ANIMADOR: Toda comunidade cristã
verdadeira, só nasce quando reconhece Jesus
como Senhor. A fé em Jesus não é fruto de
uma ideia ou filosofia, mas de um encontro com
Sua pessoa e da prática do Seu projeto de vida
.
LEITOR 9: A exemplo de Jesus, Pedro e Paulo,
descobriram que a primeira função do líder é
manter de pé da comunidade em torno de Deus
que é justiça e amor.
TODOS: “Dar-te-ei as chaves do reino dos
céus, o que ligares na terra, será ligado no
céu”.
LEITOR 10: A Igreja sempre foi conduzida por
Jesus, através de Pedro e seus sucessores.
O Papa é Pedro hoje, nesta festa queremos
manifestar o nosso amor pelo sucessor de
Pedro, Bento XVI, pedindo que Ele seja sempre
iluminado por Jesus, a pedra viva.
LEITOR 11: A Igreja Católica tem nos bispos
os sucessores dos Apóstolos. Assim como
Pedro e Paulo, confiamos em nossos pastores
que sejam defensores da vida, diante dos
projetos de poder e de morte.
TODOS: Senhor, os Apóstolos Pedro e
Paulo, transmitiram a nós a vossa Lei.
Cremos como eles que Tu és o Filho do
Deus vivo.
PRECES:
1. Senhor, Tu que rezaste para que a fé de
Pedro não desfalecesse, olhai por todos nós,
para que nossa fé seja sempre alicerçada no
Deus da vida. Rezemos.
TODOS: Por intercessão de Pedro e Paulo,
socorrei, Senhor, o vosso povo.
2. Bom Pastor, que depois da ressurreição,
reuniste ao redor de Pedro e Paulo o rebanho
que estava amedrontado, encorajai-nos a viver
a fé apesar das dificuldades da vida.
TODOS: Por intercessão de Pedro e Paulo,
socorrei, Senhor, o vosso povo
3. Pelo Papa e demais pastores da Igreja, para
que sejam verdadeiros portadores das chaves
do Reino dos Céus, propagando a Boa Nova
do Senhor. Rezemos
TODOS: Por intercessão de Pedro e Paulo,
socorrei, Senhor, o vosso povo
4. Para o Ano Paulino que agora se encerra,
através das Pequenas Comunidades, possa
JUNHO.P65 12
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ter nos ajudado a fortalecer a nossa fé, para
testemunhar o Reino de Deus. Rezemos...
TODOS: Por intercessão de Pedro e Paulo,
socorrei, Senhor, o vosso povo
Outras Espontâneas....
BÊNÇÃO FINAL
ANIMADOR/A: Com Pedro e Paulo e com toda
a Igreja, queremos agradecer a Deus, pelos dons
que nos destes através dos seus testemunhos.
ANIMADOR/A: Rezemos confiantes, de mãos
dadas, a oração que Jesus nos ensinou. Pai
nosso... Recebamos a bênção.
ANIMADOR/A: Pai bondoso, Pedro e Paulo vos
deram muita alegria, ao ponto de darem a vida
para construí-la.
TODOS: Amém!
ANIMADOR: Hoje queremos dar continuidade
a vida e a dedicação destes irmãos; ajudai-nos.
TODOS: Amém
ANIMADOR/A: Que a autoridade de Pedro e a
pregação de Paulo nos levem à pátria celeste,
onde chegaram gloriosamente um pela cruz e
outro pela espada.
TODOS: Amém
ANIMADOR/A: Em nome do Pai....
Uma feliz e abençoada semana a todos.
Combinar local, data e hora do próximo encontro.
COLABORANDO COM AS PEQUENAS
COMUNIDADES:
1. Se possível, fazer um dia de espiritualidade
na Paróquia, combinado com o seu pároco e
de comum acordo com os demais membros
dos outros grupos.
2. Visitar uma família que tenha algum membro
doente, fazendo uma escala para que esta família
receba duas visitas por semana, que devem
ser dividida entre os membros do grupo de
reflexão.

Junho/2009
Psicologia e Família
Thalita Portela
Quando decidimos ser
pais, temos que ter total
consciência de nossa responsabilidade
na formação
de um novo ser humano. A
maneira mais fácil de educar
os filhos é dando o exemplo, de nada adianta o pai
ou a mãe falarem uma coisa e fazerem outra, na
Só para Crianças
Educar filhos
A coisa mais bela do mundo
Um célebre pintor, que tinha realizado vários
trabalhos de grande beleza, convenceu-se, certo
dia, de que ainda lhe faltava pintar a sua obra prima.
Em sua procura pela coisa mais bela do
mundo, numa poeirenta estrada, encontrou um
sacerdote idoso que lhe perguntou para onde se
dirigia:
- Não sei, respondeu o pintor. Quero pintar a
coisa mais bela do mundo. Talvez o senhor possa
me orientar.
- É muito simples – disse o sacerdote. Em
qualquer igreja, você achará o que procura. A fé é
a coisa mais bela do mundo.
Prosseguiu viagem o pintor. Mais tarde,
perguntou a uma jovem noiva se sabia qual a coisa
mais bela do mundo.
- O amor – respondeu ela. O amor torna os
pobres ricos, suaviza as lágrimas, faz muito do
pouco. Sem amor, não há beleza.
O pintor continuou ainda sua procura. Um
soldado exausto cruzou o seu caminho, e quando
o pintor lhe fez a mesma pergunta, respondeu:
Recanto da Juventude
Grupo, amizade e pessoa
Quantas vezes na juventude, o pensamento
trai divagando sobre a necessidade e a importância
das pessoas, de amigos e amigas na construção
da identidade, da personalidade e do projeto de
vida!
Uma “traição construtiva”. Ainda que queira
afirmar “auto-suficientes”, a vida ensina certas coisas
que só o coração pode explicar. Ou melhor, só dá
para explicar de coração. Ou será que só é possível
explicar ao coração? Há dentro da pessoa um
“princípio” que leva ao diálogo, ao relacionamento, à
participação, ao encontro: a amizade. A necessidade
de descobrir “O Diferente” que existe em cada
pessoa. Quando me descubro em mim, já sou eu
em ti e tu em mim!
Para isso, não é difícil perceber que há sempre
muito mais para se caminhar do que todo o
percorrido. Ao longo de toda a vida, a busca de
sentido fundamental da existência vai-se
assemelhando a “cavar um buraco em água!” Por
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grande maioria das vezes os filhos seguem o
comportamento e não as palavras. O ideal é que a
educação seja algo feito em conjunto entre pai e
mãe e, principalmente, que ambos concordem
entre si. A base para uma educação efetiva está
em estabelecer um vínculo afetivo duradouro e isso
se faz com diálogo, convívio, respeito mútuo,
tolerância e amor.
- A paz é a mais bela coisa do mundo. A guerra
é a coisa mais feia. Onde você encontrar a paz,
fique certo de que encontrará a beleza.
- Fé, Amor e Paz. Como poderei pintá-las? –
pensou tristemente o artista.
Mexendo a cabeça, desanimado, tomou o
rumo de casa. Ao entrar em sua própria casa, deu
com a coisa mais bela do mundo. O amor brilhava
no sorriso de sua esposa. E aqui, em seu lar, havia
a paz de que lhe falara o soldado. Isto tudo acontecia
porque Deus estava em sua família!
Ele e sua família vivam para construir o Reino
de Deus, um reino cheio de Amor, Fé e Paz! Tudo
junto!
Realizou assim o
pintor o quadro “A coisa
mais bela do mundo”. E,
terminando-o, o chamou
de “lar”, compreendendo
que o Reino de Deus é
também nosso lar
definitivo e precioso!
esta razão torna-se tão importante a participação e
o envolvimento em grupos de referência. Seja em
grupos de música, de estudos, teatro, grupos de
jovens... a “turma” é que marca a juventude. O
grupo reproduz uma sociedade em miniatura. É
um laboratório de sociedade, espaço de
participação, de individualidade e coletividade
pedagógicas da formação. Desacomoda-nos,
projeta, conquista.
Fundamental é a amizade
A amizade deve ser buscada. Ela ou é
verdadeira, ou não é amizade. É manifestação da
alma perscrutando o infinito, “Sonho que se sonha
só, é ilusão!” Em grupo é diferente! Nem melhor,
nem pior. O diferente é simplesmente diferente. Por
si próprio. O grupo torna a “pessoa, os anseios e
projetos conhecidos nas relações de seres em
rotação universal”. “O novo” que brota, é sacramento
da busca eterna. Ao final, o que há de ficar serão os
semblantes, as confidências, as pessoas...
Lar, doce lar
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“Educar nossos filhos...e os dos outros”
Miriam Pina
No aniversário de meu filho de 5 anos
resolvemos fazer um lanche no final da tarde
para alguns amiguinhos dele. Era um grupo
de 15 crianças e 10 adultos e confesso que
fiquei aterrorizada com a falta de educação
e de limites das crianças que estavam na
minha casa. Ao final da festinha, tive a
impressão de que um furacão havia passado
alí. Quebraram plantas, vasos, pratos,
brinquedos... Notei que as mães não tinham
a mínima preocupação com o que as crianças
estavam fazendo, ignorando tais atos. Por
diversas vezes tive que chamar a atenção
das crianças e algumas mães até se sentiram
ofendidas com o fato. Constatei também que
as palavras “por favor” e “muito obrigado”
não eram usadas. Elas tinham a necessidade
de destruir, quebrar e usar os brinquedos
com agressividade e brutalidade. Até
agressões físicas e verbais foram usadas.
Festinha como essa, nunca mais!
Vejo que o meu filho não age desse
modo, mas fico preocupada que, ao conviver
com esse grupo, ele passe a achar esse
comportamento normal. Por outro lado, não
posso privá-lo do convívio com outras
crianças, pois é filho único.
O que posso fazer para ajudar estas
mães? Como mudar essa situação?
Leitora de Santos (SP)
Essa é uma questão sempre presente
nas conversas que temos com outros pais.
Como nós podemos ajudar nossas crianças
a não assimilarem, na convivência com os
amigos, atitudes que muitas vezes entram em
choque com os valores que nós, com tanto
empenho, tentamos passar para elas?
Estamos todos em busca, principalmente, de
formas para atingir esse objetivo, sem colocálos
numa espécie de redoma, sem aliená-los
da realidade e do convívio em sociedade.
Também não desejamos, com o nosso zelo,
que eles passem a se considerar pessoas
superiores às outras. Sabemos que as cenas
truculentas da festinha de aniversário de hoje
poderão ampliar-se nas “baladas” de
amanhã, que nem sempre acontecem dentro
dos muros de proteção do nosso lar.
Quando lemos sua pergunta, veio-me à
mente um pensamento muito forte: “Como teria
Deus tido a ‘coragem’ por assim dizer, de
deixar seu filho único tornar-se pessoa
humana, como nós, expondo-o à nossa
violência e maus modos no relacionamento
com nossos semelhantes?” Pensei em Maria,
educando seu filho em Nazaré, lugarejo
pobre, certamente desprovido de escolas,
no menino Jesus brincando com os meninos
do seu tempo... Depois, lembrei-me das
palavras de Jesus ao Pai “Não peço que os
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13
tires do mundo, mas que os livres do mal...”
E depois, aos apóstolos: “Eu vos envio como
cordeiros no meio de lobos”. E, fiquei
imaginando o que seria de nós se Deus tivesse
preferido não arriscar, se Jesus tivesse
deixado os apóstolos no Cenáculo, “com
medo”... Ele tinha plena consciência dos riscos,
do perigo. Enviou-os, mas não os abandonou
à própria sorte: mandou o Espírito Santo!
Olhamos para sua carta novamente e
lemos: “festinha como essa, nunca mais!”.
Não posso deixar de admitir que a senhora
tem toda a razão de pensar assim. Por outro
lado, confesso que me entristece pensar que
aquelas crianças mal-educadas e sem limites
vão ter cada vez menos convites das boas
famílias e cada vez menos oportunidades de
conviver com crianças bem educadas e
gentis, e serão, portanto, preteridas dos
benefícios que esse convívio poderia trazer
para sua educação.
Reconhecemos que não é tarefa fácil
ajudar nossos filhos a preservar os valores
que lhes transmitimos e, ao mesmo tempo,
não lhes tolher a liberdade de fazer suas
escolhas. Quais seriam os fatores que os
levam a optar pelo bem que ensinamos com
a nossa vida, mais do que simplesmente
seguir regras de conduta freqüentemente
colocadas em xeque pela pressão do seu
grupo de amigos? Algumas famílias que
conhecemos têm feito a experiência de
encarar com objetividade essa situação, antes
de tudo, procurando estreitar os laços do
relacionamento entre pai e mãe e deles com
os próprios filhos. Isto exige, no mínimo,
qualidade de tempo disponível, que se traduz
em diálogo, escuta, amor incondicional. Temos
visto que as crianças tendem a escutar-nos
melhor quando primeiro estabelecemos um
relacionamento de abertura e de confiança
com elas. Obviamente, isso não significa dizer
“sim” a tudo, mas conversar sobre cada
situação, com calma.
Temos visto que é importante também
que elas participem desde pequenas e que
sua opinião seja considerada quando
estabelecemos as regras da casa, da
convivência, dos horários, do uso dos bens
da família. Se uma decisão positiva ou um
comportamento positivo forem assumidos por
todos os membros da família e se todos sabem
o porquê da existência das regras
estabelecidas, elas têm mais chance de se
manter de pé, mesmo diante da pressão
externa. Com respeito aos colegas das
crianças, parece-nos importante facilitar
oportunidades de trazê-los para casa, de
modo que eles se sintam sempre bem-vindos
e se possa criar, também com eles, uma
relação de amizade.
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14 14
14
Fique por dentro
Campanhas 2009
Resposta da Cruzada anterior
Horizontais: 4- Malaquias; 5- Perdão; 8- Desconhecido; 12- Patmos; 13-
Pastor; 16- Raquel; 17- Judá; 18- Frutífero; 19- Segurança;
Verticais: 1- Revelação; 2- Proféticos; 3- Tomé; 6- Pecador; 7- AC; 9- Naum;
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Agenda Diocesana
Padres Aniversariantes
Junho/2009
01 – Visita de Dom Redovino ao pároco de Paranhos; missa com o povo; encontro com o CPP.
01 a 05 – Encontro Regional da Pastoral da Criança, em Goiânia.
02 – Visita de Dom Redovino aos padres de Sete Quedas; missa com o povo; encontro com o CPP.
03 – Visita de Dom Redovino ao pároco de Tacuru; missa com o povo; encontro com o CPP – Curso
do Frei Antônio Moser, OFM, em Dourados.
04 – Encontro de Dom Redovino com os padres e irmãs da Forania de Amambaí –
Curso do Frei Antônio Moser, OFM, em Dourados.
05 – Curso do Frei Antônio Moser, OFM, em Dourados.
05 a 07 – Canto Pastoral (Ir. Custódia), no IPAD.
06 e 07 – Crismas em Glória de Dourados.
08 – Encontro do Clero diocesano na Chácara da Diocese
09 – Reunião da Coordenação diocesana de Pastoral
10 – Reunião do Conselho diocesano de Assuntos Econômicos
13 e 14 – Assembléia Diocesana da Pastoral da Pessoa Idosa, no IPAD
14 – Visita de Dom Redovino aos padres de Eldorado; crismas na comunidade; encontro com o CPP.
14 a 21 – Semana do Migrante.
15 – Visita de Dom Redovino aos padres de Mundo Novo; missa com o povo; encontro com o CPP.
16 – Visita de Dom Redovino aos padres de Iguatemi; missa com o povo; encontro com o CPP.
17 – Visita de Dom Redovino aos padres e irmãs de Itaquiraí; missa com o povo; encontro com o CPP.
19 – Missa de Dom Redovino na catedral: abertura do “Ano Sacerdotal” e Solenidade do Sagrado
Coração de Jesus, padroeiro da Diocese de Dourados.
20 – Tomada de posse do Pe. Afonso Tremba, novo pároco da Paróquia São José, em Ponta Porã.
21 – Romaria Diocesana do Sagrado Coração de Jesus, na Vila São Pedro.
23 – Visita de Dom Redovino aos padres e irmãs de Naviraí; missa com o povo; encontro com o CPP.
24 – Encontro de Dom Redovino com os padres e irmãs da Forania de Naviraí.
25 – Visita de Dom Redovino aos padres e irmãs de Nova Alvorada do Sul; missa com o povo; encontro
com o CPP.
26 – Visita de Dom Redovino aos freis e à Fazenda da Esperança, em Rio Brilhante; missa com o povo;
encontro com o CPP.
27 – Visita de Dom Redovino aos padres, diáconos e irmãs de Maracaju; missa com o povo; encontro
com o CPP.
28 – Visita de Dom Redovino aos freis e irmãs de Itaporã; missa com o povo; encontro com o CPP.
29 – Visita de Dom Redovino aos padres de Douradina; missa com o povo; encontro com o CPP.
30 – Encontro de Dom Redovino com os padres, diáconos e irmãs da Forania de Rio Brilhante
Datas significativas do mês
05 – 1ª sexta-feira do mês: dia de oração pela
Igreja diocesana – Dia Mundial do Meio Ambiente/Ecologia
07 – Santíssima Trindade
09 – Festa do Bem-aventurado José de Anchieta
11 – Corpus Christi
12 – Dia dos Namorados
13 – Santo Antônio
14 – 11º Domingo do Tempo Comum
15 – 52º aniversário da criação da Diocese de
Dourados
Nascimento
01. Pe. Édson Nogueira Lima
01. Diác. Arciso C. de Souza
02. Pe. Jorge Watthier, cssr
02. Pe. Luiz Carlos Oliveira e Silva, podp
08. Frei Álido Rosa, ofm
12. Pe. Ajay Kullu, svd
15. Pe. Antônio Dall’Ò, psdp
15. Pe. Nilo Evandro Santafota, mps
16. Pe. Marcos Enrique Juan, ive
20. Pe. Duvílio Antonini. sac
20. Pe. Gervásio Pivetta, sac
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2/6/2009, 23:24
19 – Sagrado Coração de Jesus, padroeiro
da Diocese – Abertura do “Ano Sacerdotal”.
20 – Imaculado Coração de Maria
21 – 12º Domingo do Tempo Comum – Início
do Inverno – Dia Nacional do Migrante
24 – São João Batista
28 – São Pedro e São Paulo – Dia do Papa –
Coleta do Óbolo de São Pedro.
29 – Aniversário de ordenação presbiteral de
Dom Alberto, bispo emérito de Dourados.
23. Pe. Pedro Alves Mendes
23. Pe. Antônio Augusto Mondoni, mbn
Ordenação
10. Pe. João E. Rocha Catarino, smbn
13. Pe. Flávio Silveira de Alencar
18. Pe. Otair Nicoletti
20. Pe. Teodoro Benites
21. Pe. John Hennessy, cssr
26. Pe. Odorico Filippo, psdp
29. Pe. Francisco M. Sequeira, smbn
Fone / Fax: (67) 3422-4195 / 3421-1677
Rua Hildo Bergo Duarte, 462B - Centro - Dourados - MS

Junho/2009
Entrevista
Counseling, o importante aperfeiçoamento no serviço da escuta!
Entrevistamos neste mês de junho, Pe. Adalto Chitolina, Diretor do Curso de Ajuda e Aconselhamento (Counseling), agora com uma turma
em Dourados. Ele é psicólogo, formado pela Universidade Gregoriana de Roma, Jornalista, além de Bacharel em Teologia e Filosofia.
ELO: Pe. Adalto, o Sr. dirige um Curso de
Aconselhamento (Counseling), agora também com uma
turma em Dourados. Fale-nos deste Curso:
Pe. Adalto: O curso de Counseling – Aconselhamento
objetiva preparar pessoas para o importante serviço de escuta,
hoje tão necessário em nossos dias. Da nossa percepção, são
poucos os ambientes onde as pessoas estejam dispostas a
escutar. O ritmo frenético da vida moderna quase nos impede de
termos um olhar atento para as pessoas que estão conosco ou
que nos procuram para conversar. Assim, as Igrejas têm sido
um espaço privilegiado para este ministério. Porém, os
sacerdotes, os pastores e as pessoas que, tradicionalmente
sempre fizeram este serviço, hoje estão tomadas por tantas
responsabilidades e ocupações que já não conseguem mais
dedicar tempo para este trabalho. Considere-se também que o
número de pessoas que se concentram nas áreas urbanas é
sempre maior.
Desta realidade, surgiu então a idéia de oferecermos alguma
preparação para as pessoas que queiram dedicar-se a este
ministério da escuta. E então montamos este curso, que está em
andamento em vários centros do país, inclusive aqui em
Dourados.
Quando montamos o curso, a nossa preocupação imediata
e primeira era mesmo oferecer uma ferramenta útil e prática para
agentes de pastoral nas diferentes áreas de atuação, bem como
para profissionais que estão em contato direto com pessoas. E
foi assim que começamos. Depois, à medida que o curso foi
caminhando, nos demos conta de que um “efeito colateral” estava
acontecendo: as pessoas que participavam do curso mudavam
visivelmente suas atitudes e seus posicionamentos perante a
vida, a sociedade, a família, etc. E isso nos chamou a atenção,
pois era um objetivo que não vislumbrávamos, mas que foi
acontecendo por si só. É daqui que surgem depoimentos variados,
em todos os núcleos onde o curso acontece, com expressões
mais ou menos parecidas com estas: “o curso mudou a minha
vida...”; “minha vida se divide em antes e
depois do curso”; “já não sou mais a mesma
pessoa, pois o curso me ajudou a enxergar
a vida com outros olhos”; “meus
relacionamentos tanto familiares, como
também os relacionamentos profissionais,
hoje são bem mais equilibrados e
satisfatórios”; “na minha família sou outra
pessoa”. E assim por diante.
Por isso acreditamos ainda mais na
nossa intuição inicial. O curso tem se
mostrado bastante eficiente na técnica, mas
também eficaz nos resultados.
ELO: Porque Counseling?
Pe. Adalto:Conseling é uma palavra
de origem inglesa que significa
aconselhamento (originalmene, em inglês,
se escreve conselling, mas, nós adotamos
AGA - OXISOLDA
Comércio de Gases e Equipamentos Ltda.
Fone: (67) 3422-5938
Rua Aquidauana, 260 - Centro
CEP 79806-070 - Dourados - MS
o procedimento italiano, de simplificar, usando conseling com
um “l” apenas). Praticamente em todos os países se optou por
manter o termo inglês ao invés de traduzi-lo para o seu
significado, que seria aconselhamento.
Na verdade, a palavra aconselhamento, para nós, tem
várias conotações. Uma delas é também a de dar conselhos...
No fundo, o que nós queremos é preparar pessoas que não
se preocupem com dar conselhos, mas pessoas que estejam
habilitadas a fazer o serviço de escuta, o que implica também
em às vezes, dar uma posição pessoal sobre o assunto que
está sendo abordado.
A palavra Counseling, torna-se, portanto, menos
comprometedora enquanto não obriga o aluno a ter a função
de dar conselhos, de aconselhar os outros, como soaria, se
mantivéssemos o termo na língua vernácula.
ELO: Como se trabalha em Counseling psicologia,
filosofia e teologia juntas?
Pe. Adalto: É preciso lembrar que Conseling não é uma
linha de pensamento, é antes, uma prática, um modo de
proceder, uma técnica. A questão da psicologia, da filosofia e
da teologia estão numa outra dimensão. Mas, dentro da
psicologia, entende-se que deve acontecer a prática da escuta
também; aliás, hoje, em alguns cursos de psicologia, nas
universidades, já consta a cadeira do Conseling, enquanto
uma das técnicas que os alunos aprendem, nesta missão de
ajudar as pessoas nas suas dificuldades pessoais.
Já a filosofia e a teologia, que estão noutra direção, entram
no nosso curso, como uma base teórica que ajuda os alunos
a entenderem melhor alguns conceitos a respeito do ser
humano. Tanto uma como a outra, nos ajudam neste “tecer
um estofo” da antropologia que dá suporte ao nosso trabalho
com o Conseling. Isto é, nossos alunos precisam entender
que não se trata apenas de sentar ao lado de uma pessoa e
aplicar algumas técnicas que aprendem conosco, mas, mais
do que isso, trata-se de entender as
pessoas que nos procuram dentro de um
contexto próprio, a partir de uma
antropologia filosófico-teológica cristã. É
neste sentido que apresentamos alguns
conceitos teóricos aos alunos, ajudandoos
nesta visão mais ampla do ser
humano.
ELO: Quem pode participar deste
Curso? Por quê?
Pe. Adalto: Podem participar todas
as pessoas que estiverem interessadas
nestes processos de ajuda aos outros e
que queiram aprender a lidar melhor com
seus próprios relacionamentos
interpessoais. Também são convidadas
as pessoas que tenham desejo de um
auto-conhecimento maior e de uma maior
JUNHO.P65 15
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15
compreensão de si neste grande projeto que se chama vida
humana. Portanto, o curso é aberto a todos aqueles que querem
crescer, se enriquecer e buscar uma melhor qualidade de vida
pessoal, familiar, profissional e relacional.
Outro aspecto a ressaltar, neste sentido é que, as pessoas
que já contam com um curso de graduação (um curso superior),
receberão, ao final, o título de pós-graduação, ou especialização
em Counseling – Aconselhamento (tendo cumprido as exigências
legais, naturalmente), de acordo com as normativas do MEC; e
as pessoas que não tem um curso superior (uma graduação),
podem participar também, sem medo de ter algum prejuízo na
compreensão dos conteúdos, apenas que, no final, receberão
uma titulação diferente. Ou seja, não terão o título de pós-graduação,
mas receberão um diploma de extensão, fornecido pelo IATES
(Inst. de Aconselhamento e Terapia do Sentido de Ser), gestor do
curso.
ELO: Pe. Adalto, de que modo esta pós-graduação pode
ajudar as Pastorais nas Paróquias e Comunidades?
Pe. Adalto: Na nossa opinião, este curso de pós-graduação
em counseling pode ser um instrumento muito importante e útil
para as atuais comunidades cristãs. Na verdade, da nossa
experiência humana, o que mais nos dificulta nossos trabalhos
pastorais normalmente são as questões que envolvem
relacionamentos interpessoais. Nós os denominamos sob vários
títulos e formas: fofocas, invejas, ciúmes, desejo de poder,
dominação, autoritarismo, e por aí afora... Ora, em última análise,
não se trata de uma dificuldade relacional? Não nos parece que
tudo isso passa pelo viés da escuta e da fala sincera e aberta
diante das dificuldades que vão surgindo? Mas para fazer isso é
preciso ter coragem e conhecer-se um pouco melhor. Imagine se
todos os agentes de pastoral, líderes de comunidades, etc.,
tivessem um pouco mais de conhecimento de si e destas
implicâncias relacionais! Não teríamos melhores condições de
atuação? Não poderíamos desenvolver um melhor trabalho pelo
Reino de Deus, com mais isenção e com menos entraves
humanos? Ora, isto é possível! Mas precisamos querer e nos
mover.
E assim, em todos os âmbitos. Também no aspecto familiar,
se os pais souberem ouvir melhor, terão um melhor relacionamento
entre si e com os seus; no campo profissional, da mesma forma.
Claro que todos achamos que já sabemos o suficiente neste campo.
É próprio do ser humano, diante de certos desafios se julgar já
pronto. Por isso que nos custa tanto dar um passo rumo ao novo
e ao desconhecido. Todo desafio nos deixa inseguros num primeiro
momento, mas depois nos mostra quanto crescemos se o
aceitarmos.
Esta é a proposta do nosso curso. Quem já o fez sabe disso
e quem está fazendo já experimenta algumas realidades novas.
Fato está que há muitas pessoas que precisam ser ouvidas.
Fazer isso com qualidade e com alguma técnica pode fazer toda
a diferença na vida delas. Afinal, aliviar a dor de alguém num
momento de dificuldade pode não parecer muito, mas será, sem
dúvida, um marco na vida do outro.
Comércio de Confecções Ltda.
Fone: (67) 3421-7857
Av. Marcelino Pires, 2.044 - Centro
Dourados - MS

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16 Junho/2009
Pequenas Comunidades na
Paróquia N. Sra. Apª de Eldorado
A Paróquia, segundo o documento de Aparecida é a comunidade de comunidades.
A existência das Pequenas Comunidades é uma corajosa ação renovadora das Paróquias,
a fim de que sejam verdadeiramente “espaços da iniciação cristã, da educação e
celebração da fé, abertas à diversidade de carismas...” dons e ações pastorais.
A formação das Pequenas Comunidades, em Eldorado, teve seu início no
levantamento das famílias católicas durante visitas realizadas pelos missionários leigos,
nas Santas Missões Populares. Os missionários, ao preencher o formulário para poder
reconhecer a realidade de cada família, constataram dados assustadores, a grande maioria
das famílias poderia ser chamada de católicas só de nome ou de batismo.
Seguindo as novas exigências da CNBB para estimular e conduzir uma ação pastoral
orgânica renovada e vigorosa, a Paróquia de Eldorado começou a organizar pequenos
grupos de famílias incentivando, no ano de 2008, a Novena de Natal, já com primeiro
encontro de formação dos novos animadores no tempo do advento. A Paróquia precisou
adquirir mais 1.200 livrinhos da novena.
Para formar Pequena Comunidade é preciso observar:
Como o lugar dos encontros é uma casa, portanto o grupo não podia ter mais que 5
– 6 famílias, dependendo também da quantidade dos membros de cada família; O animador
registra seu grupo no formulário paroquial entregando-o na secretaria; O animador usa
nos encontros o formulário das “chamadas” anotando a presença dos membros de sua
comunidade; Cada Pequena Comunidade possui seu número de registro como também
um Padroeiro escolhido pelas famílias (mais tarde um altarzinho móvel com imagem do
seu padroeiro); A Pequena Comunidade não funciona por vizinhança, mas por
compromisso de amizade como parentes, status social, cultura, profissão, etc. O importante
é gostar de ser uma comunidade: família de famílias; A tarefa da Pequena Comunidade se
concentra numa só: vivência cristã. Portanto só rezar, ler e refletir a Palavra de Deus,
ainda é muito pouco; Os encontros acontecem nas casas de todas as famílias, que fazem
parte da Pequena Comunidade; O Padre visita cada Pequena Comunidade para juntos
rezar, informar sobre ação pastoral da paróquia, procurar e convocar nova liderança e dar
o ânimo aos fiéis; A quantidade dos encontros depende do tempo de preparação para as
festas litúrgicas: Tempo do advento – 9 encontros, Tempo da quaresma – 5 encontros,
Celebração festiva do Padroeiro – 9 encontros, Tempo comum – 2 à 4 encontros por mês;
O animador deve animar e não mandar, participar dos cursos indicados pela comunidade,
acolher os participantes, procurar e preparar o material dos encontros, indicar o assunto
da oração ou campanhas e dos debates, cuidar do ambiente da paz e respeito entre todos
os presentes, etc; Nas Pequenas Comunidades (em Eldorado) não se reza Missa para
não desunir o povo das celebrações da Igreja local.
Surgiram alguns obstáculos: o segundo obstáculo depois das férias de verão foi
conscientizar sobre a importância da CF. Conscientizar é pouco, é preciso entrar no
campo social para transformá-lo onde todos fazem parte. Formação do “Conselho dos
leigos”, é um dever para melhorar a nossa vida cotidiana na rua, praça, lugar de trabalho,
estudo e descanso. Queremos verdadeiras Comunidades Cristãs não só dentro da igreja
ou casa, mas também no campo público - social. Esta exigência do nosso querido Bispo
Dom Redovino precisa se tornar uma realidade após as Santas Missões.
Agora estamos preparando as Santas Missões Capuchinhas, rezando a novena e
fazendo a propaganda das Santas Missões, que vão ser realizadas entre junho e julho,
deste ano. Os Freis Capuchinhos vão incentivar a persistência das comunidades existentes
e formação de novas Pequenas Comunidade. Esperamos que até o final deste ano não
haja nenhuma família católica fora das Pequenas Comunidades.
A paróquia, em meio a este trabalho de formação de Pequenas Comunidades,
aumentou significativamente a participação nas celebrações, precisando aumentar a
quantidade de Missas dominicais. A formação dos animadores é realizada de forma
permanente. Só neste ano foram realizadas duas formações: uma espiritual com Sr.
Carlinhos e uma sobre as Cartas Paulinas, com Padre Adriano. Já estão planejados dois
cursos até o final deste ano: um bíblico e outro sobre moral sexual. As Comunidades
fazem os pedidos de formação
conforme as necessidades.
Durante a visita pastoral do nosso
Bispo Dom Redovino, estará se
encontrando com todos os
animadores e vice-animadores
das Pequenas Comunidades,
até agora já são 140.
Cada paróquia como
Comunidade das Pequenas
Comunidades pode crescer e
tornar-se uma só Família tendo
suas raízes em cada lar cristão.
Igreja Católica e as demarcações
das terra indígenas
Na reunião do Conselho Regional de Pastoral da CNBB, realizada em março, no Instituto de Teologia, em
Campo Grande, ante a situação de conflito originada pela demarcação de terras dos povos indígenas, decidiu-se
agendar uma reunião com o Governador André Puccinelli, onde os Bispos pudessem manifestar suas preocupações
e angústias em relação à problemática, bem como possíveis sugestões, ficando com Dom Vitório a responsabilidade
de marcar a audiência. A audiência ocorreu no dia 15 de abril, na Governadoria. Estiveram presentes Dom Vitório
Pavanello, arcebispo de Campo Grande; Dom Jorge Bezerra Alves, bispo de Jardim; Dom Eduardo Pinheiro, bispo
auxiliar de Campo Grande; Pe. Marinoni, Reitor da UCDB; Pe. Paulo, Administrador da Arquidiocese de Campo
Grande, e o Pe. Edson, representando Dom Redovino Rizzardo, bispo de Dourados (impossibilitado de participar por
estar de viagem para Manaus).
Dom Vitório iniciou partilhando o sentido do encontro: não se tratava de uma intervenção e muito menos de
interesses políticos partidários, mas da preocupação de Pastores em relação à situação dos indígenas no Estado,
já que a opção preferencial da Igreja é pelos pobres. Apesar de não excluir ninguém, ela deve demonstrar seu
amor e sua dedicação aos filhos mais sofridos e, neste caso, pela situação dos povos indígenas. Mas, ao mesmo
tempo, apresentou a preocupação da Igreja pelos proprietários que, de boa fé, adquiriram suas terras e têm seus
direitos. A missão dos bispos é cuidar de todo rebanho, mas, especialmente, das ovelhas mais sofridas. Terminou
dizendo: «Acredito que esta é também a sua missão como Governador, e acreditamos que o Sr. terá a lucidez e
o bom senso que tem pautado sua pessoa quando fomos atendidos na busca de soluções aos indígenas
desaldeados de Campo Grande».
A reunião foi cordial e os temas foram fluindo naturalmente. O Governador respondeu dizendo que o
Presidente Lula, quando esteve no Estado no ano passado, lhe havia solicitado que o ajudasse a resolver a
situação dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul. Ouvindo o pedido do Presidente, e para evitar que nas
manchetes dos jornais aparecessem mais notícias sobre a violência contra os povos indígenas e derramamento
de sangue, ele se colocou à disposição para ouvir a todos.
Colocações dos Bispos
É necessário superar o clima de ameaças reinante no Estado. Os indígenas não reivindicam nada de
exagerado: apenas a terra para sobreviverem; não exigem nem falam em milhões de hectares.
Infelizmente, há pessoas que partem para o confronto, afirmando: «Precisamos nos armar, vai haver
guerra!». Isso tem causado muito mal à sociedade e à própria Igreja, já que, em nossas celebrações, às vezes,
nem sequer podemos mencionar os indígenas como seres humanos e irmãos, pois se corre o risco de sermos
mal vistos, de estar contra o progresso e a prosperidade privada. Existem, inclusive, ameaças a padres pelo
simples fato de celebrar a Eucaristia nas aldeias. É preciso encontrar soluções pacíficas. Dentre as sugestões,
poder-se-ia recorrer a terras devolutas e do narcotráfico, ou ainda seguir o exemplo do ex-governador de São
Paulo, Franco Montoro, que solucionou o problema anexando áreas próximas às aldeias indígenas e indenizando
os proprietários de boa fé (terra e benfeitorias).
Em Dourados, há meses está em andamento uma boa experiência de diálogo promovido pela Igreja com
representantes dos segmentos envolvidos: Ministério Público, FUNAI, FAMASUL, OAB e Indígenas.
O último tema mencionado foi em relação ao que se diz por meio da imprensa em nome da Igreja sobre a
situação indígena: só os bispos têm esta autorização, nem o CIMI, apesar de ser um organismo vinculado à
CNBB.
Resposta do Governador
«A luta tem sido grande. São muitas as tensões, existem pessoas agressivas que jogam na opinião pública
um certo terror, mas são uma minoria. Sou Governador de todos, não privilegiarei nenhum grupo. Mas, já que os
índios são mais fracos e indefesos, estarei com eles e garanto que não sairão perdendo».
O Governador demonstrou ser um grande conhecedor da realidade indígena do Mato Grosso do Sul,
desde a cultura, os costumes, a situação religiosa e, sobretudo, os problemas, como a fome, o alcoolismo e os
conflitos internos. Disse que o Estado tem à disposição 70 tratores novos, com todos os implementos, para as
aldeias, e dispõe de 200 técnicos para a orientação no cultivo, em vista do projeto “aldeias produtivas”. Está
investindo na construção de casas, escolas e outras infra-estruturas nas aldeias. Disse também que foi muito
positiva a reunião com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, no dia anterior, onde foram dados passos positivos
e encontradas algumas pistas de solução ao problema como: Ampliação da reserva Cachoeirinha, em Miranda,
anexando 3.500 hectares e dando infra-estrutura para produção e sobrevivência; Ampliação de 3.000 hectares
na Reserva de Dourados e transferindo grupos de indígenas para outras aldeias; Seguir a mesma metodologia
em relação a mais cinco ou seis aldeias que se encontram nas mesmas condições. A partir destas soluções,
passar-se-ia a um segundo momento com outras áreas em litígio judicial; Para isso, é necessário que o
Ministério Público concorde e permita à FUNAI suspender o processo de demarcação no momento; É urgente
a formação de uma mesa comum, onde possam sentar todos os segmentos, em busca de uma solução do
problema: produtores rurais, indígenas, Ministério Público, FUNAI, CIMI, Igreja, etc.
Conclusão
Na avaliação “de corredor”, achamos que o encontro foi muito positivo. O Governador demonstrou estar
empenhado na busca de soluções, demonstrando boa vontade e abertura. Por parte da Igreja, todos se
expressaram livremente, e os pontos apresentados foram de consenso de todos. Ficou a “esperança próxima” de
uma solução, onde os direitos sejam respeitados e os indígenas possam usufruir de áreas demarcadas para
sobreviverem com dignidade, mantendo sua cultura. Isto é possível desde que todos os envolvidos, interessados
e responsáveis, encontrem no dialogo o caminho a seguir e estejam convictos que o direito à vida com dignidade
tem primazia acima de qualquer outra situação.
Maracaju aos 22 de abril de 2009
Pe. Edson Nogueira Lima
JUNHO.P65 16
2/6/2009, 23:24