ENTREVISTA EXCLUSIVA após um ano na TVI - Lux - Iol
ENTREVISTA EXCLUSIVA após um ano na TVI - Lux - Iol
ENTREVISTA EXCLUSIVA após um ano na TVI - Lux - Iol
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
“<br />
Diria que era <strong>um</strong>a relação conturbada”,<br />
descreveu Hele<strong>na</strong><br />
Mendes, sobre a convivência<br />
entre Paco Bandeira e a ex-<br />
-companheira Maria Roseta.<br />
A ex-mulher de Armando Vara depôs no<br />
Tribu<strong>na</strong>l de Oeiras, no passado dia 22, ao<br />
abrigo do processo de violência doméstica<br />
contra o autor do tema “Ternura dos 40”. Este<br />
responde ainda pelas acusações de posse<br />
ilegal de arma, devassa da vida privada e<br />
maus tratos à fi lha menor, Constança, hoje<br />
com 13 <strong>ano</strong>s. Sobre esses, a testemunha não<br />
se pronunciou. Relatou, contudo, as suas<br />
observações do comportamento do casal.<br />
“Verifi cava-se que havia tensão, porque<br />
muitas vezes não havia diálogo, ou quando<br />
havia eram palavras secas”, disse, acabando<br />
por contar situações em que o cantor<br />
h<strong>um</strong>ilhava a então companheira: “Às<br />
vezes, quando estávamos todos juntos<br />
à mesa, dizia-lhe: ‘Cala-te! Não percebes<br />
<strong>na</strong>da disto’.” Quando ainda estava<br />
casada com Armando Vara, a testemunha<br />
passava vários fi ns de sema<strong>na</strong> com Paco<br />
Bandeira e Maria Roseta no monte alentej<strong>ano</strong><br />
do músico, já que ela própria tinha<br />
<strong>um</strong>a propriedade <strong>na</strong>s redondezas. Durante<br />
essa convivência, ouviu muitos relatos<br />
“nervosos” e “preocupados” da ex-companheira<br />
do cantor. Chegou mesmo a ouvi-la<br />
dizer que “receava pela própria vida”. Foi<br />
aliás a Hele<strong>na</strong> Mendes que Maria Roseta<br />
ligou, quando alegadamente Paco Bandeira<br />
lhe apontou <strong>um</strong>a arma à cabeça, enquanto<br />
ela segurava a fi lha, <strong>na</strong> altura com 3 <strong>ano</strong>s, ao<br />
colo. “Ligou a pedir ajuda. A dizer que ele<br />
a tentou matar, que lhe encostou <strong>um</strong>a arma<br />
à cabeça. A pedir que o acalmássemos. (...)<br />
Estava transtor<strong>na</strong>da, nervosa. Como eu estava<br />
com o meu ex-marido, disse-lhe logo que<br />
ele ia falar com ela e ele tentou acalmá-la”,<br />
recordou a testemunha. No mesmo<br />
momento, A<strong>na</strong> Paula Nápoles, amiga da<br />
queixosa, assistia a <strong>um</strong>a conversa telefónica<br />
de Maria de Assunção, irmã da alegada<br />
vítima. Era o músico a mandá-la ir ao monte<br />
buscar a irmã, ou então “ele matava-a”,<br />
contou ao coletivo de juízas. A<strong>na</strong> Paula<br />
Nápoles referiu-se ainda a Maria Roseta<br />
como sendo, no passado, “<strong>um</strong>a mulher<br />
bastante alegre, muito bem-falante, e<br />
começou a ficar apagada, não falava<br />
quando estava perto do Paco”. “[Ele]<br />
estava a falar com ela e, de repente,<br />
tinha atitudes bruscas. Mandava-a<br />
calar-se <strong>na</strong> minha presença”, afi rmou.<br />
À saída da audiência, o músico recusou-se<br />
a prestar declarações à imprensa sobre a<br />
sessão. Já Maria Roseta afi rmou, no fi <strong>na</strong>l,<br />
não ter dúvidas de que “Paco vai ser<br />
conde<strong>na</strong>do”. ■<br />
texto Vanessa Barros Cruz (redaccaolux@lux.iol.pt) fotos Artur Lourenço<br />
Hele<strong>na</strong> Mendes, em cima, admitiu que muitas das acusações<br />
que constam no processo chegavam ao seu conhecimento<br />
por relato da alegada vítima, que até lhe disse “recear pela própria vida”<br />
“Diria que era <strong>um</strong>a relação conturbada.<br />
Verifi cava-se que havia tensão, porque muitas<br />
vezes não havia diálogo, ou quando havia,<br />
eram palavras secas„ Hele<strong>na</strong> Mendes