01.05.2013 Views

1863 - 1a. Quinzena de janeiro - Historiar - História e Genealogia

1863 - 1a. Quinzena de janeiro - Historiar - História e Genealogia

1863 - 1a. Quinzena de janeiro - Historiar - História e Genealogia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CORTE.<br />

EÒR ANNO 42#>O0O<br />

vfm SEIS MEZES..<br />

POR TRES MEZES.<br />

DIÁRIO OFFIGIAL<br />

68)000<br />

3&000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL.<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO. ....... 16$>000'<br />

PCR SEIS KFZES.8©000<br />

ÍOR TRES MEZES... 4#C00<br />

ANNO DE 1865. QUINTA FEIRA, 1 DE JANEIRO. £ v C NUMERO 1 .<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

MlFVISTERaO DA AGRICULTURA,<br />

COMII. E OBRAS PUBLICAS.<br />

Por Portarias dc 31 <strong>de</strong> Dczembro'<strong>de</strong> 1862 fora o<br />

nomeados:<br />

João Ferreira Dutra Agente do Correio da Villa<br />

do Con<strong>de</strong>, na Bahia.<br />

José da Silva Pinto Ajudante da mesma Agencia.<br />

' Tudo Pinto Crespo para Agente do Correio da<br />

Villa do Bom Conselho em, Pernambuco.<br />

. João Caneta da Silva Campos Agente do Correio<br />

da Villa do Bom fim, em Minas.<br />

DIÁRIO OFFICIAL.<br />

Rio, 81 do Dezembro <strong>de</strong> 1SG3.<br />

COXFLtCTO COM A LEGAÇÃO DE SUA<br />

MAGESTADE BRITANNICA.<br />

A população da cnpilai do Império <strong>de</strong>ve<br />

achar—se sob a dolorosa impressão <strong>de</strong> sorpreza,<br />

que necessariamente ha <strong>de</strong> ter-lhe causado<br />

a noticia, que ha dias circula, da ameaça<br />

contra a Soberania e dignida<strong>de</strong> nacional,<br />

dirigida ao Governo Imperial pelo Ministro<br />

dc Sua Magesta<strong>de</strong> Brilannica nesta corte, o<br />

Sr. William Dougal Christie, para satisfação<br />

<strong>de</strong> algumas injustas exigências.<br />

£ com razão terá a ancieda<strong>de</strong> publica tocado<br />

o extremo por conhecer as causas, que<br />

<strong>de</strong>terminarão tão insólito procedimento, não<br />

menos que por ser informada da posição que<br />

em semelhante conjunetura assumia o Governo<br />

Imperial.<br />

*Para correspon<strong>de</strong>r a $q justos reclamos<br />

da opinião, apressamo^nos a transcrever em<br />

seguida a correspondência trocada entre o<br />

K Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Le-<br />

gação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, dc que<br />

resultou a estranha e <strong>de</strong>plorável situação,<br />

que veio pôr em alarma os pacificos habitautes<br />

<strong>de</strong>sta corte.<br />

• A Jeííura refíectida das peças oíiiçiaes,, que<br />

publicamos, tornará evi<strong>de</strong>nte não só a injustiça<br />

e a prepotência das exigências da<br />

Legação Britannica, como a altitu<strong>de</strong> ao mesmo<br />

tempo mo<strong>de</strong>rada e digna que tomou em relação<br />

a ellas o Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> o<br />

Imperador.<br />

, A leitura <strong>de</strong>ssas peças ofíiciaes <strong>de</strong>ve também<br />

completamente tranquillisar o espirito<br />

publico sobre a guarda dos sagrados direitos<br />

da in<strong>de</strong>pendência e da soberania nacional.<br />

Pô<strong>de</strong> a superiorida<strong>de</strong> da força <strong>de</strong>satten<strong>de</strong>r<br />

e conculcar taes direitos; mas <strong>de</strong> certo não<br />

po<strong>de</strong>rá jamais privar o Governo Imperial <strong>de</strong><br />

fazer ouvir bem alio o grito da razão e da<br />

justiça, protestando solemnemente á face do<br />

mundo contra tamanha violência 1<br />

Confie portanto o paiz no Governo Imperial,<br />

como confia o Governo que o bom senso<br />

r mim, como principalmente pelo Sr. Ministro<br />

da justiça, julgou a questão - concluída, o commumeou<br />

a resolução a este respeito tomada pelo seu<br />

Governo.<br />

Em taes circumstancias, ao Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

o Imperador pareceu que o arbítrio único<br />

que lhe restava adoplar, <strong>de</strong> accòrdò com os sentimentos<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração e <strong>de</strong> benevolência que o j<br />

animão para com o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica,<br />

e a par da confiança' que lhe inspirão os<br />

princípios <strong>de</strong> justiça e do rectidão do mesmo Governo,<br />

era o <strong>de</strong> incumbir ao Ministro do Brasil, em<br />

Londres, <strong>de</strong> onten<strong>de</strong>r-se directamente com o Gabinete<br />

Britannico a respeito dc ambas as reclamações,<br />

a que me tenho referido. ^<br />

fornada pelo Governo Imperial esta resoluçí.o,<br />

• apressei-mo a communical-a ao Sr. Christie pela no'.ar que me coube a honra <strong>de</strong> dirigir-lho com data do<br />

18 do corrente.<br />

Ò Sr. Christie tião julgou conveniente respon<strong>de</strong>r<br />

por cseriplo a esta minha nota; mas no dia 22,<br />

pelas 3 1/2 horas da tar<strong>de</strong>, teve a bondado <strong>de</strong> comparecer<br />

na casa da minha residência para verbalmente<br />

confcrcnciar comigo^<br />

Depois dc trocarmos algumas palavras relativa-?<br />

mente ao assumpto das reclamações em questão,<br />

<strong>de</strong>clarou-me o Sr. Christie que, a respeito <strong>de</strong> taes re- '<br />

clamações, acabava dõs receber do seu Governo as<br />

mal* ter mi nantes or<strong>de</strong>ns<br />

Que não somente lhe impunhâo cilas o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> fazer as exigências contidas nas suas tres notas ^<br />

<strong>de</strong> 5 dò corrente, mas também <strong>de</strong> dar as necessárias<br />

instrucções ao Almirante, /Chefe da Estação<br />

inglcza neste porto, para o caso cm que taes exil<br />

gencias não .fossem promptamente allendidas.<br />

Que o que -dizia não importava uma ameaça ^<br />

mas a participação das or<strong>de</strong>ns que recebera. íwJí<br />

Que, havendo-lhe o seu Govcjno (loterminàdb 3/<br />

im medi ata execução das ejB&cifcias coptidas nas<br />

tres notas <strong>de</strong> o do corrcnlej ou o recursjÉÉpara<br />

o Almirante, não ficava mais tempo para incumbir í<br />

ao Ministro do Brasil, em Londres, <strong>de</strong> tratar dos<br />

assumptos em questão; sendo que o unicc&meio<br />

<strong>de</strong> •xaminar a procedência <strong>de</strong> taes exigências era


eatar as respectivas discussões cora o próprio Sr.<br />

CnrMle.<br />

Ha <strong>de</strong> sem duvida reeordaf-se o Sr. Christie <strong>de</strong><br />

qiie pedi-lhe que me passasse nota no sentido da<br />

communicação verbal, que acabava <strong>de</strong> fiUSer-me;<br />

assim como reonrdar-se-ha lambem <strong>de</strong> que respon<strong>de</strong>u-me<br />

nio julgar conveniente que se discutisse<br />

em nota a referida couimunica-fin, pelo que<br />

resolvera fazél-a verbalmente: insistindo em se-<br />

. giiída para que fosse <strong>de</strong>signado o dia e a hora cm<br />

• que po<strong>de</strong>ria receber a resposta.<br />

Na manhã <strong>de</strong> 33, procurou-me outra vez o Sr.<br />

Christie para dizer-me que partia nesse dia puni Petropolis,<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> voltaria no Sabbado, 27, a fim <strong>de</strong><br />

receber a minha resposta.<br />

Declarei-lhe que e»Urla promptoa dâr-lba. e qne<br />

esperava oíTcrecer-lhe. nessa oocasifln, em conferência'<br />

verbal, novas explicações e esclarecimentos, que<br />

talvez o levassem a reconsi<strong>de</strong>rar MS questões.<br />

Concordou nisso o Sr. Chrit-tie, prevenindo-mc<br />

porém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, <strong>de</strong> que receberia a minha resposta<br />

<strong>de</strong>finitiva na Segunda-feira, 29 do corrente; porquanto,<br />

<strong>de</strong> conformido<strong>de</strong> com as suas insttiioçGct,<br />

nio lhe era licito esperar mais tempo.<br />

Teve com efleilo logar no Sabbado, 27, a conferência<br />

ajustada*<br />

Como o havia promettido, oflereci ao Sr. Chrislie<br />

novas explicações e mais <strong>de</strong>senvolvidos esclarecimentos<br />

áserca dc ambas as questões pen<strong>de</strong>ntes, apreaentaodo-ihe<br />

um « nwmoraudum » relaUto a cada<br />

uma das mesmas questões, acompanhado dc todos<br />

os documentos comprobatorios das allegações e dos<br />

argumentos com que forão contestadas as proposições<br />

do Sr. Christie, quer o respeito do uma, quer a<br />

respeito da outra reclamação.<br />

Infelizmente Ibi infrucUfero este esforço, e o Sr.<br />

Christie concirno por <strong>de</strong>clarar quo insistiu nas suas<br />

exigências, quacs primitivamente as formulara.<br />

Corre-me, portanto, o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> dar hoje.ao Sr.<br />

Chrislie a solução do Governo Imperial acerca das<br />

reclamações <strong>de</strong> que se trata.<br />

fio Intuito, porém, <strong>de</strong> esgotar na meios conciliatórios,<br />

e do tornar evi<strong>de</strong>nte não só a pureza das<br />

intenções do Governo Imperial, como a perfeita<br />

consciência que tem da inteireza e regularida<strong>de</strong><br />

do seu procedimento, recorrerei nítida para a círcumspecçio<br />

e critério do Sr. Chrislie. remei tendolhe<br />

inclusas as cópias dos .< memoronàutn » que lhe<br />

apresentei na conferência dc sabbado, c para as<br />

quaes <strong>de</strong> novo agora instantemente reclamo a sua<br />

reflectida allcnção.<br />

Nessas peças acttlo-sc COM toda a clareza expostos<br />

os fsotos, o apreciadas cada uma das observações,<br />

que elles suggcrlrflo ao Sr. Christie.; o<br />

que imporia dizer quo tem o Governo Imperial<br />

franca c lealmente empregado os possíveis esforços<br />

para <strong>de</strong>monstrar a im procedência <strong>de</strong>stas reclamações<br />

, e, por ron si quinto, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, como<br />

tanto convém á boa intçlligoncln existente entre<br />

os dous países c ás im porta ntissi mas relações que<br />

lígflo a Grã-Bretanha ao Brasil, serem reconsi<strong>de</strong>radas<br />

pelo Sr. Chrislie as exigências constantes<br />

das suas notas»<br />

E o Governo imperial faz este <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro appcllo,<br />

não só no interesse, que consi<strong>de</strong>ro muito importante,<br />

<strong>de</strong> evitar os incalculáveis mates que por ventura<br />

resulta riflo <strong>de</strong> uma perturbação nas relações<br />

amigáveis existentes entre os dons paizos, como<br />

por estar convencido do que as reclamações <strong>de</strong> que<br />

se trata, admittidas mesmo até certo ponto as upprehcnsõcs<br />

c apreciações, aliás menos exactas, que<br />

a respeito dcllas se tem manifestado por parte da<br />

Lagacio <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Brítannícn, ainda assim<br />

nfio exigiSo o <strong>de</strong>sfecho que o Sr. Chrislie lhes dá.<br />

Como perfeitamente sabe o Sr. Chrislie, <strong>de</strong> recursos<br />

semelhantes só so lança mão em casos extremos,<br />

quandç nenhum meio honroso reste para<br />

conseguir-se uma solução pacifica.<br />

A respeito dc qualquer das questões vertentes,<br />

seguramente .que se não dá essa hj pothcse ; e<br />

di filei I, senão impossível, será <strong>de</strong>monstrar que cm<br />

todo o seu procedimento tenha o Governo Impe- 1<br />

liai, por qualquer modo, manifestado repugnância :<br />

ou opposição a concluir amigavelmente* ambas as<br />

reclamações.<br />

Se por cífcümslancias especiaes, que inútil fora<br />

enumerar, inseparáveis <strong>de</strong> unrpaiz novo, que occupa<br />

uma vasto extensão do território, gran<strong>de</strong> parle<br />

da qual esta ainda por povoar, on<strong>de</strong> as com municuções<br />

são difBceis, e, por conseguinle, a acção<br />

do Governo é tardia, dá-se és vezes alguma <strong>de</strong>mora<br />

na solução dc reclamações e questões suscitadas,<br />

e nem sempre se chega no exame dcllas<br />

;i um resultado tão completo o satisfadorio qual fora<br />

para <strong>de</strong>sejar, do certo quo não <strong>de</strong>vo nisso enxert<br />

gar-se má vonta<strong>de</strong>, e menos ainda uma <strong>de</strong>saltençüo<br />

ou oíTensa, principalmente quando nenhum interesse,<br />

nenhuma base existe para justificar ou auto<br />

risa r semelhante supposição.<br />

Sc isto é assim, não é também menos verda<strong>de</strong><br />

que uma nação, embora comparativamente fraca<br />

em relação a outra, não pódc ser indiflbrente a<br />

actos, que se traduzem em humilhação dc sua soberania<br />

e <strong>de</strong> sua dignida<strong>de</strong>, e que «não encontrão J<br />

explicação nem apoio na razão e na justiça uni- I<br />

vfersal.<br />

Para conjurar uma situação semelhante * para<br />

prevenir os immensos males que <strong>de</strong>lia <strong>de</strong>vem necessariamente<br />

esperar-se, e para* emlim, <strong>de</strong>clinar por<br />

sua parle toda a responsabilida<strong>de</strong>, é que o Governo<br />

dc Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador dirige ao Sr. Chrislie<br />

estas consi<strong>de</strong>rações.<br />

Entretanto, se, contra o que o Governo Imperial<br />

tem direito <strong>de</strong> esperar <strong>de</strong> uma Nação tão po<strong>de</strong>rosa<br />

quão i)lustrada, como é a Brilannica, insistir o Sr.<br />

Chrislio nas suas exigências, se, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> quanto<br />

fica pon<strong>de</strong>rado, c dc todas as irrecusáveis provas<br />

que forão exhibidas, enten<strong>de</strong>r que <strong>de</strong>ve fazer cflertlvo<br />

O annunciado ullitnatum do seu Governo, recorrendo<br />

para esse fim ao Almirante que com manda<br />

a força naval do Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, reunida<br />

neste porto : cm tal conjunetura, ao Governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> o imperador, salvando., antes <strong>de</strong> tudo a<br />

dignida<strong>de</strong> nacional, protestando com toda a solcmnida<strong>de</strong><br />

contra os princípios insólitos que se preten<strong>de</strong>m<br />

estabelecer, c mümamcntejgponvencido da perfeita<br />

justiça que lhe jfisiste, mis que não pô<strong>de</strong> fazer<br />

•valer, só restará sbbmcllcr-sc ás condições que lhe<br />

forem impostas pela força, o appellar para o juízo<br />

esclarecido c imparcial das Nações civilísadas.<br />

Em nome, pois, do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o<br />

Imperador, pelo que toca á reclamação concernente<br />

ao naufrágio da barca; Prince. of Wales, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que,<br />

<strong>de</strong>sconhecendo sjgsiespraiando todas osffeonsi<strong>de</strong>raçttes<br />

c provas allegadas por pártc^Bo Governo Imperial<br />

cm j^slificaçuo do seu procedimento, e do<br />

das autorida<strong>de</strong>s Brasileiras, o Sr. Christie exige uma<br />

in<strong>de</strong>mnisação pecuniária pelos prejuízos e dam nos<br />

daquelle naufrágio, cabe-me a honra <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar-lhe:<br />

1 .* Que não pô<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve o Governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> o Imperador aceedor ao principio <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>, que sé lhe ailribuc, e contra o<br />

«juoL alta e categoricamente protesta.<br />

2." Que recusa-se peremptoriamente a consentir rança necessárias para, por assim dizer, respigar a<br />

e a intervir na proposta liquidação das perdas sof-<br />

Chega o lnspector na casa do Sub<strong>de</strong>legado.—<br />

ver.lado on<strong>de</strong>, quando, e como so apresentasse,<br />

fridas pelos donos da barca naufragada, e da in<br />

Ainda oito legues.<br />

Com a exigência da intervenção do um Ofllcial da<br />

<strong>de</strong>mnisação que se exige pelos suppostos assassi-<br />

E, finalmente, O Sub<strong>de</strong>legado oIRcía ao Delegado<br />

Marinha Inglcza, so teria antes comprometi ido do<br />

nios.<br />

do Rio Gran<strong>de</strong>,.— Ainda <strong>de</strong>zascis léguas.<br />

que facilitado o bom exilo das diligencias: pela<br />

9.* Finalmente, que, so fór obrigado a ce<strong>de</strong>r :.<br />

São, pois, quarenta c seis legues, e tres mil braças<br />

razão obvia <strong>de</strong> quo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo o conhecimento<br />

força nesta questão pecuniária, pagará, protestando<br />

ou 6.840 mélrbs cada uma, cm tres dias (11,<br />

dos fados dc informações confi<strong>de</strong>nciaes, c da boa<br />

também con ira a violência que se lhe fizer,<br />

12 e 13), cm terreno péssimo, sem contar o<br />

vonta<strong>de</strong> dos que por ventura po<strong>de</strong>rião guiar a auto­<br />

somma qne o Sr. Christie ou o Governo <strong>de</strong> Sua<br />

tompõ das entrevistas do expediente, & c. São perto<br />

rida<strong>de</strong> nas suas pesquisas, todos se tcri&o calado,<br />

Magesta<strong>de</strong> Brilannica qiiizer.<br />

<strong>de</strong> oitenta léguas franeczas.<br />

sem comprometlimento algum, á vista <strong>de</strong> um Ofll­<br />

E, quanto á questão relativa aos ofíiciaes da fracial e <strong>de</strong> navios Inglezes. (Oflicio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

Parece quo não so pódc dizer quo Houve <strong>de</strong>mora,<br />

gata Forte, tenho <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar ao Sr. Chrislie que 10 <strong>de</strong> Abril dc 1862, e annexos.)<br />

ainda que se pretenda que, viajando dia o noite, e<br />

O Governo Imperial, conscio <strong>de</strong> que 83 autorida<strong>de</strong>s<br />

matando animaes, >o teria ganho talvez um dia.<br />

Forão <strong>de</strong>mittidos o lnspector do quarteirão, e o<br />

poííçíaes, como foi <strong>de</strong>monstrado, nio faltarão ás<br />

A proprieda<strong>de</strong> não ficou abandonada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quo<br />

Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim. Ao primeiro o Chefe dc<br />

a Menções <strong>de</strong>vidas á Marinha ttritannica no procedi­<br />

a-autorida<strong>de</strong> competente tomou conhecimento do<br />

Policia atlribuio a <strong>de</strong>mora da communicação do<br />

mento que li verão cnm Ires indivíduos vesl idos .í pai-<br />

facto. pois que a praia ficou policiada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia<br />

faclo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia do naufrágio (7 a 8 <strong>de</strong> Junho)<br />

sa 11 Í%MI 11 c recusa rio d«*climir seus nomes c q u a I i 11 ados,<br />

11 até o dia 1% em que, chegou a commissSo do<br />

até o dia II (Oflicio <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Maio dc 1362); mas,<br />

não pu<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve igualmente satisfazer ás exi­<br />

inquérito; c ainda continuou a sél-o, como foi re-<br />

como vetemos adiante, o lnspector sé foi inforgências<br />

do ullimalum: e, por muito que <strong>de</strong>plore mado no dia 10; c, por tanto* só f«i dctwt lido, por<br />

commendado pelo Juiz Municipal, sendo seinpto<br />

os inales, que <strong>de</strong>sta sua <strong>de</strong>liberação po<strong>de</strong>rão re­ ler julgado que podia soltar um dos indiciados que,<br />

o lnspector acompanhado dc cinco guardas naciosultar,<br />

julga preferível e mais honroso soflrel-os ad <strong>de</strong>pois, evadio-se para o Estado Oriental. O Subnaes (oflicío do Juiz Municipal do 18 <strong>de</strong> Setembro<br />

do que sacrificar o <strong>de</strong>coro e a dignida<strong>de</strong> Nacional. <strong>de</strong>legado foi <strong>de</strong>mittido por causa <strong>de</strong> algumas ar- <strong>de</strong> 1861—interrogatório <strong>de</strong> Faustino José Silveira,<br />

Renovo ao Sr. Chrislie as seguranças <strong>de</strong> minha guieões que lhe forão feitas na oceasião em que annexo ao oflicio do Chefe <strong>de</strong> Policia <strong>de</strong> 10 dc<br />

alta consi<strong>de</strong>ração.—Marquez <strong>de</strong> Abronttt.—bxi Sr. foi Interrogado; arguições estas que não prflvão que Maio do 1862).<br />

William Dougal Christie.<br />

elle fosse culpado ou remisso, mas quo podilo <strong>de</strong>s- Desapparcce, pois, qualquer arguição que se possa<br />

lustrar o prestigio <strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve gozar a autorida<strong>de</strong> fazer an lnspector o ao Sub<strong>de</strong>legado, em relação<br />

(Oflicio do Chefe dc Policia do 10 <strong>de</strong> Mato do 1862, á <strong>de</strong>mora da communicação, e ao abandono da<br />

.MKMOJUNm M.<br />

o annexos).<br />

proprieda<strong>de</strong>. Só por ser parente <strong>de</strong> Bento Vcnan-<br />

Questão 4o Prince of Wales.<br />

cio Soares, não se <strong>de</strong>duz que o lnspector fosse<br />

O naufrágio <strong>de</strong>ste navio teve logar na costa do<br />

Estas <strong>de</strong>missões rcvèlão o melindre com que se connivcnto no crime, ainda que Soares tivesse tido<br />

Albardão, que cornprchendc mais <strong>de</strong> quarenta lé­<br />

houve o Governo Imperial nesta questão; mas dc parte nelle; o que aliis nio foi provado.<br />

guas freqüentadas por homens <strong>de</strong> má índole, ent<br />

rórma alguma po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas como pro­ A respeito das suspeitas <strong>de</strong> assassinatos, oceorre<br />

sua maior parte perfeitamente nomadós e ligados<br />

venientes <strong>de</strong> culpas das autorida<strong>de</strong>s locaes que dizer o seguinte:<br />

aos naturaea do Estado Oriental que habilão as pro­<br />

facilitassem o crime, e estorvassem a acção da Jus­ A <strong>de</strong>mora que houve na communicação do nauximida<strong>de</strong>s<br />

do Chuy até Castilhos, conhecidos pelo<br />

tiça. A soltura do evadido apenas <strong>de</strong>morará a exefrágio, o aspecto da praia, as distancias em que<br />

nome <strong>de</strong> Montonclos. Estes homens aço<strong>de</strong>m cm<br />

cução da sentença que o con<strong>de</strong>mnar, pois quo vai forão achados alguns corpos, tudo isso fez sus­<br />

comrnum ás praias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nutrem esperanças<br />

ser exigida a sua cxlradicção do Estado vizinho. peitar ao Cônsul quo parte da tripolação foi as­<br />

<strong>de</strong> presas; c <strong>de</strong>sta sorte se explica o geral reco­<br />

O Cônsul, Sr. Vereker, ai legou suspeitas do rousassinada ( Oflicio <strong>de</strong> 20 dc Junho do 1861).'<br />

nhecimento do facto, sem possibilida<strong>de</strong> dc <strong>de</strong>terbo<br />

contra o Juiz do Paz do Albardão Bento Ve- Jj&xigindo o Sr. Vereker a remessa para o Rio<br />

minai; os autores, i O filei o <strong>de</strong> 10 do Maio do 1862,<br />

nancío Soares; disso que, na oceasião do inquérito Gran<strong>de</strong>, dos cadáveres que havião sido enterrados,'<br />

do Chefe <strong>de</strong> Policia, no Presi<strong>de</strong>nte da Província do<br />

<strong>de</strong> i\ do Junho do 1861, vio cm sua casa duas o Chefe <strong>de</strong> Policia expedio logo ai convenientes<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.)<br />

bíblias o duas caiias vaslas pertencentes aos náu­ or<strong>de</strong>ns ao Delegado para que se proce<strong>de</strong>sse ás nefragos.<br />

(Nota do Sr. Christie dc 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> cessárias diligencias, a fim do <strong>de</strong>scobrir so houverão<br />

Basta esta simples <strong>de</strong>scripção do logar, para se 1862.) Nem o Cônsul, nem o Juiz Municipal, flzc- assassinatos, o quacs seus autores; e ao mesmo<br />

mostrar as gran<strong>de</strong>s difllculdadcs <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir os rão menção das circumstancias a Iludidas nos of- tempo o Delegado oíficiou nesse sentido ao Sub<strong>de</strong>­<br />

<strong>de</strong>predadores dos salvados.<br />

llcios cm quo <strong>de</strong>rão conta do citado inquérito. (Oflegado do Tahim (Oflicío <strong>de</strong> 27 dc Junho dc 1861<br />

Ninguém po<strong>de</strong> ser arcusadó sem provas ou ao licios <strong>de</strong> 20 e 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1801.) B tendo-se do Chefe <strong>de</strong> Policia ao Presi<strong>de</strong>nte).<br />

menos indícios.,,<br />

procedido a vários Inquéritos, pira se <strong>de</strong>scobrir os Tendo sido achados um cadáver enterrado e tres<br />

Mas os poucos moradores espalhados neste vasto <strong>de</strong>predadores, não tendo resultado prova alguma insepultos, forão logo rcmetlidos para a Cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>serto, para não serem <strong>de</strong>scobertos e punidos, con-' contra Soares, com que fundamento podia a au­ do Kio Gran<strong>de</strong>, o sobro elles proce<strong>de</strong>u-se ao con­<br />

duzirio logo para o interior tudo quanto pu<strong>de</strong>rão torida<strong>de</strong> manúal-o processar ?<br />

veniente exame, <strong>de</strong>clarando o medico José dc Pontes<br />

pilhar; assim suppot, e com ratão, o Presi<strong>de</strong>nte<br />

E* verda<strong>de</strong> que foi indiciado um tal Joaquim Car- I<br />

da Província. (Olllcio <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Julho dc 1801.) ,<br />

França que Os ditos cadáveres nio oflerecião lesão<br />

píntcíro, que morava na casa do mesmo Soares, cs- I alguma externa nem indicio dc violência, e quo<br />

O Delegado do Policia do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>clara tando este ausente (interrogatório do Sub<strong>de</strong>legado a causa da morte fdra asphixia por submersflo (Ofli­<br />

que, tendo mandado tres vezes notificar diversas do Tahim, annexo ao oflicio do Presi<strong>de</strong>nte dc 14 dc cio do Chefe dc. Policia do 1.° <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 18111).<br />

pessoas do Albardão cm logares circumvizinhos, Maio <strong>de</strong> 1862). Talvez <strong>de</strong>sta maneira se possa ex­ O Presi<strong>de</strong>nte reiterou as or<strong>de</strong>ns para que se fi­<br />

para comparecerem a essa cida<strong>de</strong>, negão-sc todas, plicar a existência cm casa dc Soares dc alguns ob­<br />

não apparcccrn ao Ofllcial <strong>de</strong> Justiça, fingem-se<br />

zesse novas averiguações (Oflicio <strong>de</strong> 11 do Julho<br />

jectos dos salvados.<br />

doentes; alguns que po<strong>de</strong>m saber alguma cousa<br />

<strong>de</strong> 1861); mas o inquérito a que se proce<strong>de</strong>u não<br />

tem-se ausentado para o Estado Orientai; outros,<br />

Quanto a não ter Soares participado o naufrágio, dou resultado algum.<br />

que se conhecem criminosos, tem fugido <strong>de</strong>finiti­<br />

e ler somente no dia 12 filiado, na Cida<strong>de</strong> do Rio Ainda o Presi<strong>de</strong>nte or<strong>de</strong>nou ao Juiz Municipal<br />

vamente para iquclle Estado. (Oflicío dc 18 <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> alguns cadáveres que apparcc-crãn nas quo verificasse o facto arguido. Esto Juiz que, ao<br />

Setembro <strong>de</strong> 1801, do Delegado ab Presi<strong>de</strong>nte.) vizinhanças <strong>de</strong> sua casa (oflicio do Cônsul dc 20 dc mesmo tempo que o Cônsul, teve oceasião dc ob­<br />

Junho <strong>de</strong> 1861), supposlo que o mesmo Soares tiservar o aspecto da praia, as distancias cm que<br />

foi preciso mandar comparecer <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> vara vesse conhecimento <strong>de</strong>ste ou dc outros fartos relativos estavão os corpos, c outras circumstancias do as­<br />

as pessoas que Se súppunhio informadas dos fados. ao naufrágio, anteriormente a esse dia, não lhe corso rnpio, <strong>de</strong>clarou quo o Cônsul não havia sido le­<br />

(Or<strong>de</strong>m do Chefe dc Policia ao Delegado, annexá ria o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fazjjr tal participação, por ser o covado senão por inducções fundadas no nuío ca-?,<br />

ao officio do Presi<strong>de</strong>nte do Í0 dc Dezembro <strong>de</strong><br />

nhecimento <strong>de</strong>ste negocio da competência do lnspec­<br />

1861. ) Foi preciso mondar inquerir testemunhas,<br />

racter dos habitantes, do Jogar, e não em algum<br />

tor do quarteirão e do respectivo ípub<strong>de</strong>legádò.<br />

clndoenta tegoas <strong>de</strong> distancia, no districto <strong>de</strong> Santa<br />

facto positivo; e ficou<br />

Parece, pois.quc não cabe responsabilida<strong>de</strong> alguma<br />

Victoria. ("Olllcio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong><br />

1862 )<br />

ao Governo Imperial, nem pelos teus próprios actos,<br />

nem pelo procedimento das autorida<strong>de</strong>s locaes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Informado <strong>de</strong>sta e dc outras dlfficuldadcs da a época em que forão informados do naufrágio. ''<br />

mesma espécie que se <strong>de</strong>duzem dos volumosos do­ 'Será por ventura responsável o mesmo Governo<br />

cumentos <strong>de</strong>ste processo, o Governo Imperial or­ pelo que tem acontecido antes que recebesse taes<br />

<strong>de</strong>nou ao Presi<strong>de</strong>nte que empregasse todos os meios, informações; por outra, po<strong>de</strong>r-se-ha altribuir a por-<br />

toda a diligencia; autorisou <strong>de</strong>spesas extraordinápetração<br />

do crime á incúria do mesmo Governo, ao<br />

rias, aconselhou que, se a acção da Justiça não<br />

<strong>de</strong>leixo ou connivencia das autorida<strong>de</strong>s locaes ?<br />

fosse suflleicntc, se procurasse saber aos Actos por<br />

De certo, não se pô<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r que nas immcnsas<br />

nieio dc informações eontl<strong>de</strong>nciacs. (Despacho <strong>de</strong><br />

26 <strong>de</strong> Dezembro dc 1861.) Estas or<strong>de</strong>ns forâo va­<br />

e <strong>de</strong>sertas praias do Brasil se possa inhibir taes<br />

rias vezes repetidas.<br />

crimes,' quando ainda hoje se pratldo nos paizos<br />

mais civilisados da Europa; com a diflerença <strong>de</strong><br />

Evi<strong>de</strong>ntemente, por mais que se esforçassem O que, sendo ncsles o território muito menos extenso<br />

Governo Imperial c as autorida<strong>de</strong>s locaes, era ne­ e a população muito mais <strong>de</strong>nsa, mais facilmente<br />

gocio <strong>de</strong> tempo o <strong>de</strong> perseverança.<br />

pódc-se prevenir o crime o <strong>de</strong>scobrir as pisadas dos<br />

Avisado do naufrágio no dia 10 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> criminosos.<br />

1861, como adiante ficará <strong>de</strong>monstrado, o Inspec- Diz o Sr. Vereker (oflicio dc2u dc Junho dc 1861)<br />

tor do quarteirão seguto no dia 11, com 5 Guar­ que se julga ter tido logar o naufrágio no dia 7 ou<br />

das Nacionaes, para fazer a policia da praia. 8 dc Julho.— Que no dia 9 espalhou-se a noticia<br />

Houve uma <strong>de</strong>mora inevitável, em razão das dis­ no districto.— Que somente no dia 12 o Juiz <strong>de</strong><br />

tancias.<br />

Paz mencionou no Kio Gran<strong>de</strong> terem-sc achado<br />

No dia 14, o Juiz Municipal, acompanhado do corpos na praia.— E quo só no dia 14 chegou a<br />

Cônsul Inglcz, do Ajudante do Guarda morda Alltan- participação ofllcial ao Rio Gran<strong>de</strong> ,sendo feita pelo<br />

<strong>de</strong>ga, dc dous Guardas, e dc quatro praças, <strong>de</strong>u Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim, que mora distanle da Ci­<br />

busca nas casas Aos moradores mais vizinhos do logar, da<strong>de</strong>.<br />

c nada pódc <strong>de</strong>scobrir. (Olllcio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 3 A* vista disso, o Cônsul Britannico observa : que<br />

do Julho dc 1861.),<br />

o Juiz dc Paz <strong>de</strong>via communfcar o facto no dia 9;<br />

O mesmo Cônsul reconheceu o zelo com que que o lnspector do quarteirão que <strong>de</strong>clarou que foi<br />

proce<strong>de</strong>ra esse magistrado. {Oflicio <strong>de</strong> 20 dc Junho ao logar do naufrágio no dia 11, <strong>de</strong>via ofliciar im-<br />

<strong>de</strong> 1861.)<br />

mediatamente ao Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim ; que, este<br />

Além <strong>de</strong>ste primeiro inquérito, forão feitos vários finalmente, <strong>de</strong>via mandar cm continente que se<br />

outros, pelo Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim duas vezes; proce<strong>de</strong>sse ao corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto nos cadáveres, c ir<br />

pelo Juiz Municipal mais uma vez; c finalmente ao logar para garantir a proprieda<strong>de</strong>.<br />

pelo Chefe <strong>de</strong> Policia. (Oflicío <strong>de</strong>ste dc 10 dc Maio Em primeiro logar, convém lembrar que não sendo<br />

<strong>de</strong> 1862.)<br />

o Juiz <strong>de</strong> Paz autorida<strong>de</strong> competente, não lhe cabia<br />

Havia-se instaurado o processo acerca da pilha­ o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fazer esta communicação.<br />

gem dos salvados; mas, pelas diulculda<strong>de</strong>sapontadas Quanto ao lnspector e ao Sub<strong>de</strong>legado, parece que<br />

c outras que facilmente se po<strong>de</strong>m comprehendcr, as distancias em que se achavão tanto do logar do<br />

o processo não pódc seguir com a <strong>de</strong>sejável» bre­ naufrágio, como da cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, não pervida<strong>de</strong>.<br />

(Oflicío do Delegado ao Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> mitlirãoque fizessem esta Communicação mais <strong>de</strong>­<br />

Setembro dc 1861,1<br />

pressa.<br />

Accrçsce que foi preciso inslaurar novo processo E, com efleito, o lnspector mora a mais dc seis<br />

por crime <strong>de</strong> roubo, visto como, lendo o Juiz Mu­ léguas do Jogar do sinistro, e o Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong><br />

nicipal qualificado dc furto o crime commeltido, Tahim, outro tanto ou mais.' Estas autorida<strong>de</strong>s sou­<br />

não havia recurso cx-oflicio, e, quando mesmo hoube rão do naufrágio só <strong>de</strong>pois que os habitantes do<br />

vesse, não se dava recurso da qualificação do crime. logar lh'o participarão. Só no dia 11 o lnspector,<br />

(Oflicío do Presi<strong>de</strong>nte ao Delegado <strong>de</strong> Policia, <strong>de</strong> avisado na véspera, encaminhou-se para a praia,<br />

14 <strong>de</strong> Abril, e do Presi<strong>de</strong>nte ao Governo,do 1& mandando nesta data dar parte ao Sub<strong>de</strong>legado, quo<br />

<strong>de</strong> Maio dc 1862, n.° 6.)<br />

com muni Co u o oceorrido ao Delegado do Rio Gran<strong>de</strong><br />

Finalmente comumnicou o Presi<strong>de</strong>nte que se (oflicio do Delegado <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1861). Diz<br />

havia instaurado novo processo a onze indicia­ o Chefe dc Policia que 0 Sub<strong>de</strong>legado doente mandos,<br />

e que se tratava dc remetter os signaes dos dou chamar o lnspector que o informou do naufrá­<br />

qpe se suppõem refugiados no Estado Oriental. gio ; e o lnspector ficou na guarda dos salvados,<br />

Ao principio erfio somente tres; mas, mediante as segundo or<strong>de</strong>m que recebera do Sub<strong>de</strong>legado. (Oflicio<br />

continuas diligencias da autorida<strong>de</strong>, tinha-se con­ dc 10 <strong>de</strong> Maio dc 1862.)<br />

seguido <strong>de</strong>scobrir mais oito. (Oflicio dc 31 dc Julho Assim, pois. no dia 1 ou 8, em que se suppõe,<br />

<strong>de</strong> 1862.)<br />

como diz o Sr. Vereker, teve logar o naufrágio,<br />

Des<strong>de</strong> então continuarão as diligencias, e re­ até o dia 10, em que, pela primeira vez foi inforsulta<br />

dos documentos que, nem o Governo Imperial, mada a autorida<strong>de</strong> policial, correrão dous ou tres<br />

nem as autorida<strong>de</strong>s locaes, se <strong>de</strong>scuidão <strong>de</strong> pro­ dias em que os <strong>de</strong>predadores tiverão largo tempo<br />

mover por todos os meios a mais completa solução para perpetrar o crime.<br />

<strong>de</strong>sta penosa e difficil questão.<br />

Se a noticia se espalhou no districto no dia 9,<br />

Taes são0 em resumo, os motivos da <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> não é para admirar que ao lnspector, que mora a<br />

que se queixa o Sr. Ministro Britannico.<br />

seis léguas dc distancia, só chegasse no dia seguinte.<br />

A' vista dos <strong>de</strong>spachos e oflicios expedidos sobre E, sendo o lnspector informado somente no dia<br />

este. assumpto, não resta a menor duvida <strong>de</strong> que, tanto 10, é evi<strong>de</strong>nte que nio lbe cabe a responsabilida<strong>de</strong><br />

o Governo Imperial, como as autorida<strong>de</strong>s locaes, da <strong>de</strong>mora das diligencias anteriormente a esse dia.<br />

houverão-se com todo o zelo.; e que não po<strong>de</strong>m ser A que hora foi avisado o lnspector no dia 10?—<br />

responsáveis, nem pela <strong>de</strong>mora, nem pela falia <strong>de</strong> Não consta.—Mas, como tinha dc fazer seis léguas<br />

um melhor exilo; visto que taes inconvenientes em terreno arenoso, comprehcn<strong>de</strong>-se que tenha se­<br />

estavão, e ainda estão, na natureza das cousas. guido no dia H para o logar do naufrágio.<br />

Por or<strong>de</strong>m do Governo Imperial, as autorida<strong>de</strong>s Mandou immediatamente avisar ao Sub<strong>de</strong>legado.<br />

locaes empregarão a força, o dinheiro, os meios — Mais oito léguas <strong>de</strong> viagem.<br />

suasoríos c confi<strong>de</strong>nciaes, e; o que mais valia no O Sub<strong>de</strong>legado doente manda-o chamar.—Ainda<br />

caso em questão, tiverão a prudência e a perseve­ oito léguas. ,<br />

4 persuadido do que ò Sr*<br />

Vereker fora injusto hcsla supposição. (Oflicio do<br />

Chefe dc Policia, dc 10 dc Maio dc 1862.)<br />

Finalmente foi insliluido novo inquérito pelo<br />

Delegado. Ür. Ca na rim, c, como os prece<strong>de</strong>ntes,<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> oITerecer maiores esclarecimentos (ibid.).<br />

Tendo sido convidado o Cônsul para assistir a<br />

este uliímo inquérito, respon<strong>de</strong>u ao Delegado que<br />

nessa oceasião não o podia acompanhar na costa<br />

do Albardão, e que se a sua presença fosse necessária,<br />

pedia-lho que assim o informasse; o '<br />

acrescentou « que não era justo altribuir a elle es-<br />

" pecíalmentc a suspeita <strong>de</strong> que houverão assassi-<br />


. Consta, além disso, que as forças <strong>de</strong> que dispunha<br />

o lnspector, para fazer a policia da praia, não<br />

erfto superiores ao numero do pessoas, e á força<br />

que. trazia o Juiz Municipal. A comitiva do-te era<br />

Ciimposta do Cônsul, do Ajudante do Guarda Mor,<br />

<strong>de</strong> dois guardas o<strong>de</strong> quatro praças—oito pessoas.—<br />

O lnspector só tinha ás suas or<strong>de</strong>ns cinco guardas<br />

meionaes (<strong>de</strong>poimento do Faustino José Silveira,<br />

annexo ao oflicio do Presi<strong>de</strong>nte do 14 do Mulo <strong>de</strong><br />

1962).<br />

Por maior que seja á confiança que o Sr. Chrislie<br />

<strong>de</strong>posita no seu Cônsul, parece que us allcgações<br />

o opiniões, mais ou menos fundadas, dc uma única<br />

pessoa, não pó .em contrapesar a ausência completa<br />

<strong>de</strong> provas,, os actos dc todas as autorida<strong>de</strong>s, c as<br />

allirmações do gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> testemunhas que<br />

forão legalmente ouvidas nesta questão.<br />

Não é raro nascerem suspeitas dc prevenções<br />

genéricas, do inslineto da própria conservação, e<br />

mesmo do sentimento mais nobre da compaixão<br />

excitada por infortúnios alheios, sem que entretanto<br />

haja facto algum positivo que justifique taes<br />

suspeitas. E ainda ha pouco tempo, o Sr. Vereker<br />

<strong>de</strong>u; uma prova <strong>de</strong>sta verda<strong>de</strong>, quando pensou<br />

que o sua vida corria immincnte perigo, facto este<br />

que dias <strong>de</strong>pois se verificou não ter fundamento<br />

algum. (Notas do'Sc;; Christie <strong>de</strong> 14 e 21 <strong>de</strong> Agosto<br />

<strong>de</strong> 1862.)<br />

Na sua ultima nota, do 5 do corrente, o Sr.<br />

Christie exige, em nome do seu Governo, uma<br />

compensação pela pilhagem dos salvados, e pelos<br />

corpos.<br />

Parece que o Governo Imperial, nem pelos seus<br />

próprios actos, nem pelo procedimento das autorida<strong>de</strong>s<br />

locaes, <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r pelos <strong>de</strong>sastres acontecidos,<br />

com o naufrágio da barca Prince of Wales;<br />

e, portanto, que não proce<strong>de</strong> a exigência do Go-><br />

verno <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica. Mas, quando<br />

proce<strong>de</strong>sse, parece que não seria <strong>de</strong> fácil realização.<br />

1<br />

Em primeiro lógar, dc quaes corpos exige S. Ex.<br />

compensação?<br />

Não é por certo dos quatro que forão levados<br />

para a cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, o a respeito dos quaes<br />

se provou que a causa da morte havia sido a asphixia<br />

por submersa o. Também não po<strong>de</strong>m ser os<br />

seis quo se per<strong>de</strong>rão nos comoros <strong>de</strong> areias do<br />

Albardão, porque não se sabe a que almas pertencerão,<br />

nem ha meios para distinguil-os daquelles<br />

que. forão engolidos pelas ondas.<br />

Quanto á pilhagem dos salvados, se proce<strong>de</strong>sse<br />

a exigência do Governo Britannico, parece que o<br />

Governo Imperial só po<strong>de</strong>ria ser responsável pela<br />

espécie, quantida<strong>de</strong> o valor dos objectos que forão<br />

roubados. Mas não consta quantos e quaes forão.<br />

O mar, por certo, não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ter a sua parte.<br />

O Sr. Christie exige o pagamento dc toda a carga<br />

e até do frete do navio.<br />

Desta maneira fleão inteiramente neutralisados<br />

o> c(feitos do naufrágio.<br />

Admittido o principio, haverá quem se responsabilisc,<br />

não só pelos crimes dos <strong>de</strong>predadores, como<br />

também pela inépcia ou má fé dos Capitães, c até<br />

pelas fúrias dos ventos c das ondas? O Governo do<br />

Brasil sanará todos estes <strong>de</strong>sastres, e as Companhias<br />

<strong>de</strong> Seguros, não terão melhor auxiliar do que a<br />

costa do Albardão, ou qualquer outra costa <strong>de</strong>serta<br />

do Império.<br />

MEMORANDf.Vf.<br />

Questão a respeito dos Ofíiciaes da Fragata Forte.<br />

Tendo a Legarão <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica<br />

reclamado' contra o procedimento attribuido ao<br />

Commandante e Soldados do <strong>de</strong>stacamento da Tijuca<br />

para com alguns Ofliciaes da Fragata ingleza<br />

Forte,' passou o Governo Imperial a informar-se<br />

dos' factos, por melo das autorida<strong>de</strong>s competentes,<br />

a lim <strong>de</strong> habilitar-se a formar um juízo seguro<br />

sobre a reclamação, e resolver como fosse <strong>de</strong> justiça,<br />

visto que ninguém <strong>de</strong>ve ser con<strong>de</strong>m nado sem provas,<br />

e não po<strong>de</strong>m estas ser substituídas pelas simples<br />

alienações dos queixosos. -<br />

' O facto oceorreu em um logar retirado: forçoso<br />

era, pois, ouvir o Commandante do <strong>de</strong>slocamento,<br />

e as praças <strong>de</strong>ste, que no exercício <strong>de</strong> seus<br />

<strong>de</strong>veres praticarão esse facto; acerescendo que as<br />

informações prestadas por esses agentes da força<br />

publica forão confirmadas por duas pessoas completamente<br />

estranhas á questão, a saber: os Srs.<br />

Benelt, e Muller.<br />

O Sr. Chrislie <strong>de</strong>sejou ter cópias <strong>de</strong>stes inquéritos,<br />

que lhe forão francamente confiados nos próprios<br />

originaes. Em seguida remetteu S. 3 Ex. ao Governo<br />

as contestações feitas a estes inquéritos pelos<br />

Srs. Capcllão Clemenger, Tenente Pringle, e Guarda<br />

Marinha Hornby.<br />

Seguramente que o Sr. Christie não po<strong>de</strong>rá<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer que por mais honroso que<br />

seja o caracter <strong>de</strong>stes senhores, as suas allcgações<br />

não são sufficientes para formar provas em juizo,<br />

ainda quando não houvesse prova alguma em<br />

contrario, porque são produzidas pelos próprios<br />

queixosos. •«<br />

Seria contrario a todos os princípios, e summamente<br />

perigoso, con<strong>de</strong>mnar-se o aceusadó sobre<br />

as meras aceusações do aceusador.<br />

Se a Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica dá<br />

fé ao que disserão os Ofíiciaes da Sua Marinha,<br />

não ha razão alguma para que o Governo Imperial<br />

a recuse aos seus agentes.<br />

Ha, porém, a circumstancia <strong>de</strong> terem sido corroborados<br />

os <strong>de</strong>poimentos dos agentes brasileiros<br />

por testemunhas completamente <strong>de</strong>sinteressadas, o<br />

que nos espíritos <strong>de</strong>sprevenidos <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>rramar alguma<br />

luz sobre esta difllcil questão, e levar o Magistrado<br />

imparcial a crer. como mais provável, que<br />

a verda<strong>de</strong> esteja do lado cm que apparcccm <strong>de</strong>claçles<br />

<strong>de</strong> pessoas absolutamente estranhas ao facto inquerido.<br />

• Queixa-se o Sr. Christie <strong>de</strong> não se ler dado ainda<br />

solução á sua nota dc 19 <strong>de</strong> Agosto. O que podia,<br />

porém, fazer em verda<strong>de</strong> o Governo Imperial? Não<br />

havia mais testemunhas a inquerir; todas as provas<br />

possíveis estavão colhidas; e, contra ellas, o que <strong>de</strong><br />

novo se apresentava não era mais do que as contestações<br />

. dos. queixosos.<br />

Manifestarão os Srs. Ofllciaes Inglezes o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

serem acareados com o Allemão Muller, cujo <strong>de</strong>poimento<br />

recusarão. Eutrctanto o Chefe <strong>de</strong> Policia<br />

informa que, <strong>de</strong>pois do dia 2 <strong>de</strong> Julho, não comparecerão<br />

mais aquellcs Ofliciaes na Repartição a<br />

seu cargo, <strong>de</strong>ixando mesmo voluntariamente dc<br />

assistir aos interrogatórios dos Srs. Benelt e Muller.<br />

Não obstaria isso, porém, a quo se lançasse mão<br />

<strong>de</strong>sse recurso, se <strong>de</strong>lle pu<strong>de</strong>sse resultar mais algum<br />

esclarecimento á questão.<br />

.Feitas estas observações preliminares sobre a generalida<strong>de</strong><br />

do processo, convém respon<strong>de</strong>r aos diversos<br />

tópicos da nota do Sr. Christie <strong>de</strong> 19 dc<br />

Agosto ultimo.<br />

Pon<strong>de</strong>ra que, das quatro testemunhas que relatão<br />

45iicuuislanciadamente o principio do questão, só<br />

uma podia fallar com conhecimento próprio, sendo<br />

que as outras só po<strong>de</strong>rião repetir o que ouvirão<br />

áquella, cujo testemunho fielmente reproduzem.<br />

Convém, porém, que o Sr. Christie consi<strong>de</strong>re que<br />

além do Commandante do <strong>de</strong>stacamento, forão inqueridas<br />

quatro praças. E' verda<strong>de</strong> que o principio<br />

do conflicto foi com o senlinella; mas lambem é<br />

verda<strong>de</strong> que cila bradou logo ás armas, acudindo<br />

immediatamente as outras praças que se acharão no<br />

quartel, presenciando Iodos, Commandante o praças,<br />

a luta que seguiu-se.<br />

Concordão todos os <strong>de</strong>poimentos cm que a senlincHa<br />

estava no seu posto; que a aggressôo pai tio<br />

dos Ofllciaes queixosos; que já antes^<strong>de</strong> chegarem<br />

ao <strong>de</strong>staca meu lo havião molestado a patrulha que<br />

em caminho encontrarão; c que em frente do quartel<br />

do <strong>de</strong>stacamento tinlião feito parar um transeunte<br />

que subia a la<strong>de</strong>ira a cavallo.<br />

Resulta, pois, evi<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>clarações<br />

que as praças e o seu respectivo Commandante presenciarão<br />

o conflicto; c que os seus <strong>de</strong>poimentos<br />

referem-se aos fados dc que forão testemunhas oceularcs.<br />

São factos simples; c não é para admirar que haja<br />

concordância na exposição que <strong>de</strong>lles flzerão as testemunhas<br />

em sua generalida<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />

apparecer uma ou outra versão a respeito dc circumstancias<br />

secundarias, como sóe sempre acontecer<br />

em casos semelhantes, como, por exemplo, sobre o<br />

momento preciso cm que se <strong>de</strong>u o conflicto, o barulho<br />

que flzerão os Ofllciaes no quartel, c outros<br />

factos <strong>de</strong> menor importância.<br />

Diz ainda o Sr. Christie: « Os Ofllciaes inglezes<br />

« <strong>de</strong>clararão que o Commandante só apparcccu <strong>de</strong>z<br />

« minutos <strong>de</strong>pois da sua prisão, sendo que por con-<br />

« seguinte o seu <strong>de</strong>poimento não merece ré; porque,<br />

« tendo <strong>de</strong>clarado o que não vio antes, é <strong>de</strong> suppor<br />

« que <strong>de</strong>clarasse o que não vio <strong>de</strong>pois; que se estava<br />

« ausente quando começou a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, é dc prece<br />

sumir que elle mesmo não confessasse uma que-<br />

« bra do seu <strong>de</strong>ver?<br />

A estas allcgações dos Ofllciaes inglezes, oppõem-se<br />

não só ás <strong>de</strong>clarações do Commandante,<br />

como das praças do <strong>de</strong>stacamento, que todas são<br />

concor<strong>de</strong>s cm dizer que, ao brado d'armas da scntinclla,<br />

compareceu o Commandante, e acommodou<br />

os Ofllciaes até que fossem recolhidos.<br />

Note o Sr. Christie que nenhuma razão havia bafa<br />

que o Commandante, se estivesse ausente, o não dissesse,<br />

porque podia ter-se ausentado a <strong>de</strong>z minutos<br />

<strong>de</strong> distancia do quartel, para outro qualquer serviço,<br />

sem que por isso se lhe pu<strong>de</strong>sse imputar falta alguma<br />

no cumprimento dos. seus <strong>de</strong>veres.<br />

Sente o Sr. Christie que o Chefe dc Policia, na<br />

participação que fez ao Sr. Ministro da Justiça cm<br />

data <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Julho, explicasse pela imputação <strong>de</strong><br />

embriaguez a soltura dos Ofllciaes inglezes, c isto sem<br />

inquérito ou justificação alguma; e acrescenta que<br />

tal imputação não é mencionada na informação do<br />

Commandante do <strong>de</strong>stacamento da Tijuca ao Sub<strong>de</strong>legado<br />

do Engenho Velho, única que naquella<br />

oceasião tinha o Chefe <strong>de</strong> Policia.<br />

Este magistrado <strong>de</strong>clarou que or<strong>de</strong>nara a soltura<br />

dos Ofllciaes, achando que não havia matéria para<br />

processo, porque os actos praticados por aquellcs<br />

Ofllciaes forão apenas o resultado do estado cm que<br />

se acha vão então,<br />

Permitia o Sr. Chrislie observar-lhe que o Chefe<br />

<strong>de</strong> Policia, posto que não tivesse ainda procedido a<br />

um inquérito formal, já sabia que, quando o conflicto<br />

se <strong>de</strong>u, os Ofllciaes acabavão <strong>de</strong> ter uma partida<br />

<strong>de</strong> divertimento, cm seguimento da qual quasi<br />

sempre apparcce mais ou menos ex citação e hilarida<strong>de</strong>,<br />

o que acontece mesmo, aos homens mais.<br />

sisudos, principalmente quando jovens, sem que<br />

d'ahi resulte prejuízo ao seu caracter. E, portanto, a<br />

esta animação attribuio o Chefe <strong>de</strong> Policia o procedimento<br />

dos Ofllciaes, não lendo dc certo razão<br />

alguma para suppôr que em outras circumstancias<br />

quizessem menoscabar a força publica, e ainda menos<br />

accommctlcT seriamente contra cila.<br />

Julgou, pois, que não havia matéria para processo,<br />

e mandou soltar os Ofllciaes, sendo que o inquérito<br />

a que se proce<strong>de</strong>u posteriormente foi antes para<br />

verificar o procedimento dos Agentes da força publica<br />

do que para formar culpa aos referidos Ofllciaes.<br />

Certamente que a circumstancia do pertencerem<br />

os Ofttciaes á Marinha <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica,<br />

e a intervenção <strong>de</strong> Seus Superiores, 6 do seu respectivo<br />

Cônsul, <strong>de</strong>vião ser tomadas cm consi<strong>de</strong>ração<br />

-pelo mesmo Chefe <strong>de</strong> Policia. E, se não mandou<br />

soltar antes os Ofllciaes, isto é, quando foi solicitado<br />

pelo Sr. Commandante Saumarez, é porque<br />

nessa oceasião não tinha ainda recebido a participação<br />

ofllcial do Sub<strong>de</strong>legado, pela qual podia<br />

conhecer o molivo da prisão, e serem os Ofliciaes<br />

postos á sua disposição.<br />

Na sua informação <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Julho, o Chefe <strong>de</strong><br />

Policia não fez mais do que reproduzir as allegaçõcs<br />

constantes do inquérito.<br />

Negão os Ofliciaes que estivessem espiritualisados,<br />

te queixão-se que se lhes fizesse semelhante impuaçflo.<br />

Mas o que se disse sobre este ponto encontra-se<br />

nas <strong>de</strong>clarações do Roberto Benett c <strong>de</strong><br />

Rodolpho Muller.<br />

Comprehendc-sc que, nesse eslado"os Ofllciaes proce<strong>de</strong>ssem<br />

do modo por que foi exposto pelas testemunhas;<br />

ao passo que não se explicaria, nem se<br />

comprehcndcrin que a scntinclla, sem provocação alguma,<br />

sahisse dc seu posto, que é retirado da<br />

estrada, para aggrcdir tres indivíduos que passavão<br />

tranquillamcnte pela mesma estrada.<br />

A estrada da Tijuca é uma das mais freqüentadas<br />

dos arrabal<strong>de</strong>s. O <strong>de</strong>stacamento ai li existo<br />

ha muito tempo, e nenhuma reclamação tem apparecido<br />

contra actos <strong>de</strong> violência ou <strong>de</strong> exorbitância<br />

da parte das praças <strong>de</strong> que se compõe, o que leva<br />

a concluir que não seria com os Ofliciaes Inglezes,<br />

que, sem provocação, se daria o primeiro facto.<br />

Comprehen<strong>de</strong>-se quo tendo sido provocada a scntinclla,<br />

o seguindo-se uma luta entre os Ofllciaes<br />

Inglezes c as praças do <strong>de</strong>stacamento, fosse preciso<br />

usar dc algum rigor para recolher os mesmos Offleiaes<br />

ao xadrez. Mas que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> recolhidos,<br />

fossem tratados com urbanida<strong>de</strong>, clles próprios o<br />

reconhecem.<br />

: Foi certamente movido polo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer<br />

seus nomes e qualida<strong>de</strong>s, e po<strong>de</strong>rse enten<strong>de</strong>r com<br />

elles, que o Commandante do <strong>de</strong>stacamento mandou<br />

vir. um interprete. Como é, pois, admissível que,<br />

tendo os Ofllciaes dado seus nomes o qualida<strong>de</strong>s<br />

por escripto, o Commandante atirasse com o papel<br />

no chão <strong>de</strong>pois dc ter lido ?<br />

Dizem os Ofllciaes inglezes que um austríaco servio-lhes<br />

<strong>de</strong> interprete, e explicou completamente ao<br />

Commandante sua qualida<strong>de</strong> o profissão, e que respon<strong>de</strong>rão<br />

a todas as suas perguntas.<br />

Mas, não só o Commandante e as praças negão<br />

quo houvesse tal <strong>de</strong>claração, e aflirmão pelo contrario<br />

que, tendo um dos ofllciaes escripto seus<br />

nomes, outro pegou rio. papel, rasgou-o, e lançou-o<br />

no chão, como tampe* ^nfíó austríaco a que<br />

se referem os ofllciaes, o interprete Muller, <strong>de</strong>clarou I<br />

que, explicando os mesmos ofllciaes o motivo da<br />

prisão, perguntou-lhes seus nomes o profissões, elles<br />

respon<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>sabridamenle, sem jamais <strong>de</strong>clarar<br />

nem uma nem outra cousa.<br />

Comprehendc-sc, dc algum modo, que os ofllciaes<br />

acanhados por se acharem presos, não quizessem<br />

dar a conhecer sua qualida<strong>de</strong> n profissão;<br />

e que se satisfizessem por emquanto com a ameaça<br />

que elles mesmos <strong>de</strong>clarão ter dirigido ao Commandintc<br />

do <strong>de</strong>stacamento, <strong>de</strong> que cedo o chamarião<br />

a contas pelo seu procedimento.<br />

No dia seguinte, sendo os ofllciaes rcmcltidos<br />

para a cida<strong>de</strong>, o Commandante no oflicio <strong>de</strong> reincssa,<br />

não <strong>de</strong>clarou os seus nomes, não havendo<br />

razão alguma para assim proce<strong>de</strong>r, mas antes toda<br />

a conveniência nesta <strong>de</strong>claração, se por ventura os<br />

conhecesse.<br />

Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estarem na Policia <strong>de</strong>clarou o seu<br />

Vice-Consul Britannico que erão ofllciaes da Marinha<br />

I Inglcza, sendo então immcdintamentc transferidos da<br />

prisão civil para a do Corpo Policial, on<strong>de</strong> pouco se<br />

<strong>de</strong>morarão, e forão soltos logo que o Sub<strong>de</strong>legado<br />

os póz ri disposição do Chefe <strong>de</strong> Policia, <strong>de</strong>clarando<br />

o motivo da prisão.<br />

Observe o Sr. Christie que os ofllciaes inglezes<br />

negão que usassem dc bengalas, dizendo trazer<br />

apenas o Sr. Clemenger um chapéu dc sol na mão;<br />

ao passo que no oflicio quo dirigio ao Sr. Christie,<br />

em 24 dc Junho, o Sr. Almiranto Warren diz<br />

que os soldados tirarão aos ofliciaes seus chapéos<br />

dc sol e bengalas.<br />

Na refutação que flzerão do <strong>de</strong>poimento do Commandante,<br />

disserão os ofllciaes que nenhum <strong>de</strong>lles<br />

trazia frasco <strong>de</strong> metal, pen<strong>de</strong>nte dc correia a tifacól,<br />

mas que o Sr. Clemenger trazia um. E' justamente<br />

o que disse o Commandante, com o additamento<br />

<strong>de</strong> que o frasco continha resto dc bebidas,<br />

dizendo os ofllciaes que estava vazio.<br />

Dizem mais os ofliciaes que não escarnecerão dos<br />

soldados brasileiros, porque não fallão porlugucz.<br />

O Sr. Christie convirá, porém, em que não é por<br />

esta razão que os ofllciaes <strong>de</strong>ixarião dc fazer escarneo,<br />

bem como em que, apezar <strong>de</strong> não saberem<br />

a língua do paiz, elles mesmos <strong>de</strong>clararão ter feito<br />

comprehcn<strong>de</strong>r ao Commandante que não tardarião<br />

cm chamal-o a contas pelo seu procedimento.<br />

Negão os Srs. Ofliciaes tudo o mais que em seu<br />

aggravo disserão as testemunhas. O Sr. Christie, porém<br />

terá a bonda<strong>de</strong> do atlendcr a que as <strong>de</strong>negações<br />

das partes interessadas não po<strong>de</strong>m fazer prova em<br />

Juizo, nem neutralisar os <strong>de</strong>poimentos dc testemunhas<br />

imparciacs, acerescendo que as allcgações dos<br />

ofllciaes não parecem todas verosimeis.<br />

Proce<strong>de</strong>ria a queixa se, pelo traje ou qualquer<br />

outra <strong>de</strong>claração, constasse que se sabia que os ditos<br />

Ofllciaes pcrlcncião á. Marinha dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

Britannica; mas consta ,pelo contrario que traja vão<br />

á paisana, e que não fizerão <strong>de</strong>claração alguma.<br />

Consta, finalmente que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que so conheceu a sua<br />

qualida<strong>de</strong>, forão im medianamente soltos, não havendo<br />

aliás matéria para dirigir-se a este respeito<br />

uma communicação á Legação dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />

O Governo Imperial, á vista do exposto, não duvida<br />

que o Sr. Christie, apreciando imparcialmente<br />

esta franca e leal exposição,' julgará conveniente reconsi<strong>de</strong>rar<br />

o objecto da presente reclamação.<br />

Em 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Rio dc Janeiro cm 30 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Sr. Marquez. — Li com muito pezar a nota <strong>de</strong><br />

V. Ex., dc hontcin, pois que vejo por cila que<br />

todos os esforços que tenho leito, a fim <strong>de</strong> prevenir<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar seguimento ás minhas ulteriores<br />

inslrucções, tem sido baldados, c que é inútil<br />

procurar outros meios do persuasão.<br />

Devo agora respon<strong>de</strong>r á sua nota dc honlem<br />

e bem assim á prece<strong>de</strong>nte, datada <strong>de</strong> 18, observando<br />

â V. Ex. que á esta ultima ainda não<br />

respondi por escripto, e julgo conveniente fazer<br />

uma breve narração do que se passou entre nós<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 20, para completar c corrigir a dc<br />

V. Ei.<br />

Em uma das minhas notas dc 5 do corrente cu<br />

não tinha fixado, como a V. Ex. aprouve dizer, cm<br />

prazo peremptório, porém requisitei dc V. Ex. que<br />

procurasse respon<strong>de</strong>r ás exigências do Governo <strong>de</strong> S.<br />

Magesta<strong>de</strong> sobre as duas questões Prince of Wales c<br />

do Forte até o dia 20 <strong>de</strong>ste mez. Não tendo sido,<br />

no intcrvallo, avisado por V. Ex. que haveria alguma<br />

difliculdadc cm cumprir com esta requisição,<br />

cheguei ao Rio dc Petropolis, on<strong>de</strong>, como V. Ex.<br />

sabe,a minha saú<strong>de</strong> me obriga geralmente a residir,<br />

na manhã <strong>de</strong> 20, a fim <strong>de</strong> receber as esperadas respostas,<br />

e estar prompto para conferir com V. Ex.<br />

se fosse necessário. Não achando resposta alguma,<br />

enviei o Sr. Brodio ao Secretario particular dc V.<br />

Ex., para saber com certeza quando po<strong>de</strong>ria contar<br />

com as suas respostas; e Mr. Brodic foi informado<br />

que ainda não estava prompta a resposta sobre uma<br />

das duas questões, pois que V. Ex. estava esperando<br />

um documento do Ministério da Justiça, mas que<br />

podia contar cm receber as respostas na segunda<br />

feira 22. Nesse dia recebi a breve nota dc V. Ex.,<br />

propondo referir ambas as questões para Londres,<br />

não discutindo nem uma nem outra questão." nem<br />

fazendo referencia alguma a qualquer documento<br />

do Ministério da Justiça; estas respostas, posto que<br />

não estivessem promptas no dia 20, traziüo a data<br />

dc 18.<br />

Algumas horas <strong>de</strong>pois da recepção <strong>de</strong>ssa nota, visitei<br />

a V. Ex. Disse-lhe que as minhas inslrucções não<br />

me permittião aceitar a sua resposta. Observei-lhe<br />

que não seallcgava matéria nova, para ser submettida<br />

á consi<strong>de</strong>ração do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />

e que, se alguma existisse, <strong>de</strong>via-me ser submctlida,<br />

sendo encarregado pelo Governo do Sua Magesta<strong>de</strong><br />

com as necessárias inslrucções para negociar aqui<br />

taes questões. .Ueferindo-me á sua a 1 legação dc que<br />

eu não tinha atlcndido as explicações verbaes que<br />

sobre o assumpto do mão tratamento dos Ofllciaes<br />

do Forte. me havião sido dadas, por V. Ex.<br />

e mais particularmente pelo Ministério da Justiça,<br />

perguntei-lhe quacs havião ellas sido, negando<br />

que eu tivesse conhecimento dcllas o V.<br />

Ex. confessou que nenhuma explicação me havia<br />

sido, dada <strong>de</strong>pois dos inquéritos a que proce<strong>de</strong>ra I<br />

o Chefe <strong>de</strong> Policia. V. Ex. disse que linha alludido<br />

ás minhas entrevistas com V. Ex. e com o j<br />

Ministro da Justiça antes que se proce<strong>de</strong>sse a esse<br />

inquérito, quando era meu único fim instar por<br />

uma completa investigação, c quo nenhum <strong>de</strong> nós<br />

estava habilitado para discutir a questão, V. Ex.<br />

não me po<strong>de</strong>ndo dar explicações ainda que quizesse.<br />

Lembrei a V. Ex. que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ler recebido<br />

os <strong>de</strong>poimentos, pedi-lhe uma entrevista, a<br />

flm <strong>de</strong> discutirmos a questão, c que V. Ex. <strong>de</strong>clarou<br />

que não estava preparado, nem habilitado<br />

para discutil-a, e não marcou dia algum para uma<br />

conferência. Foi <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta inútil entrevista que<br />

dirigi ú V. Ex. a minha nota <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Agosto,<br />

á qual nunca se dignou respon<strong>de</strong>r, nem mesmo<br />

na parto cm qne informava a V. Ex. do <strong>de</strong>sejo<br />

dos tres ofllciaes <strong>de</strong> serem acareados com a testemunha<br />

Muller. Chamei também a sua atlenção<br />

sobro a allegação <strong>de</strong> que os <strong>de</strong>poimentos me havião<br />

sido confiados particularmente c insisti em<br />

que eu tinha direito <strong>de</strong> pedir e rccebe.l-os, lembrando<br />

,í V. Ex. que o Sr. Sinimbú me. havia<br />

rcmettido os originaes, porque quando instei por<br />

elles <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mora inesperada o <strong>de</strong> sarazoada,<br />

S. Ex. achara que não seria dado passo<br />

algum para que me fossem reme 11 idas as copias,<br />

como me havião prcmetlido. Representei a V. Ex.,<br />

.sem aliás discutir a conveniência da medida, que<br />

se enganava se suppozessc que recorrendo da<br />

minha <strong>de</strong>liberação para a do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />

pois que este recurso teria logar por si<br />

mesmo, sendo que cada nota e documentos em<br />

ambas as questões havião sido enviados 6 Lord<br />

Russcl.<br />

O Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> tinha julgado as<br />

questões, formulado as exigências c linha me transmillido<br />

inslrucções completas. Finalmente informei<br />

á V. Ex. que tinha or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> me dirigir ao Almirante<br />

Inglcz no caso em que não fossem satisfeitas<br />

as mesmas exigências, o pedi a V. Ex. que<br />

recebesse esta communicação no espirito cm que era<br />

cila feita, não entendo por modo algum ameaçar, nem<br />

tendo instrucção para dar a V. Ex. <strong>de</strong> antemão esta<br />

informação; mas esperando com este procedimento<br />

que eu tomava <strong>de</strong>baixo dc minha própria responsabilida<strong>de</strong><br />

concorrer para evitar acontecimentos <strong>de</strong>sagradáveis.'<br />

Dei confi<strong>de</strong>ncial mente esta informação a<br />

V. Ex. para que também confl<strong>de</strong>ncialmenic a<br />

com mu ninasse aos seus collegas, o não annui n<br />

requisição <strong>de</strong> V. Ex. <strong>de</strong> fazer esta informação por<br />

escripto, e assim fiz cm parte porque as minhas instrucções<br />

não me autorisavão a fazer esta advertência<br />

c em parle por uma consi<strong>de</strong>ração que cu espero<br />

ainda agora pô<strong>de</strong> ser apreciada: pensei que uma<br />

nota tal como V. Ex. a exigia podia ter apparcncia<br />

<strong>de</strong> uma ameaça ao Governo Imperial. V. Ex. não<br />

insistio, c então perguntei-lhe se seria possivel que eu<br />

fosse informado na tar<strong>de</strong> do dia seguinte, 23, se o<br />

Governo Imperial <strong>de</strong>sistisse ou não da sua <strong>de</strong>cisão<br />

dc referir estas questões para Londres. V. Ex. exprimindo<br />

o <strong>de</strong>sejo que fosse prorogado esse prazo o (Tercei-me<br />

para esperar até sabbado 27; c na manhã<br />

do dia seguinte, 23, ainda' visitei V. Ex. o requisitei-lhe<br />

que so preparasse a mo respon<strong>de</strong>r<br />

sobro a questão fundamental da satisfação até a tar<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 29. V. Ex. <strong>de</strong>ixou dc mencionar a principal<br />

razão que al leguei para justificar o meu <strong>de</strong>sejo do<br />

evitar uma <strong>de</strong>mora <strong>de</strong>snecessária. Disso quo as<br />

moléstias começa vão a se propagar entro us tripolações<br />

dos navios Britannicos que estavão esperando no<br />

porto ainda tenho dc lembrar quo este motivo<br />

não <strong>de</strong>via influir sobre mim o nas actuaes circumstancias<br />

podia <strong>de</strong>ixar dc ser mencionada a V. Ex.<br />

a fim dc instar uma solução tão prompta quanto<br />

permelliria o tempo snfficienlc para <strong>de</strong>vidamente<br />

<strong>de</strong>liberar. V. Ex. aceitou os prazos por mim propostos<br />

e não exprimio <strong>de</strong>sejo algum par# obter<br />

uni maior período para esta <strong>de</strong>liberação.<br />

Na manhã <strong>de</strong> 27 segundo o ajuste, ainda visitei<br />

a V. Ex. e tivemos uma conferência <strong>de</strong> algumas<br />

horas, V. Ex. or<strong>de</strong>nou que mo fossem lidos"<br />

cm sua presença os dous «memoranda» que u<br />

acompanharão por «copia'"a sua nota <strong>de</strong> honlem, o<br />

que cu. discuti livremente. Suggcri algumas covree-.<br />

ções dc erros dc facto no «memoraodum » rotativo a ,<br />

questão do Prince of Wales, e vejo com satisfação<br />

que forão feitas na copia que me é agora dirigida,<br />

Despedindo-mc <strong>de</strong> V. Ex. pedi a licença que me foi<br />

concedida para levar commigo os « memoranda » a<br />

fim dc que eu os po<strong>de</strong>sse ler ainda uma vez com<br />

atlenção; e quando V. Ex. veio me visitar na mesma<br />

tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>volvi-lhe os « memoranda » dizendo qne eu<br />

os tinha lido o reflectido sobro elle e que nada Unha<br />

visto nellcs que po<strong>de</strong>sse modificar materialmente as<br />

opiniões do Governo dc S. M. sobre a linha <strong>de</strong> condueta<br />

que me fora prescripta,<br />

Na seguinte manhã cedo V. Ex. enviou-me o seu<br />

Secretario particular, e a resposta á mensagem que<br />

me trouxe da parte <strong>de</strong> V. Ex., eu só podia repetir o<br />

que lhe tinha dito na tar<strong>de</strong> prece<strong>de</strong>nte.<br />

Estes dous « memoranda » não oITerooom um<br />

único facto novo ou argumento dc alguma Impor*<br />

tancia. Elles justifleão inteiramente as autorida<strong>de</strong>s<br />

brasileiras. Não admittem o mais leve párcclla <strong>de</strong><br />

razão nas opiniões e exigências do Governo do S. M.<br />

Não oflerecem qualida<strong>de</strong> ou grão algum <strong>de</strong> satisfação,<br />

d i fie rente ou menor que aquollo quo exigio o<br />

Governo <strong>de</strong> S. M. Dc facto clles constituem a completa<br />

recusa <strong>de</strong> reparação. Nestes « memorandos»<br />

não posso ver mais do que nas prece<strong>de</strong>ntes notas <strong>de</strong><br />

V. Ex. a menor prova daquelle <strong>de</strong>sejo que V. Ex.<br />

diz ter o Governo Imperial mostrado para ajustar<br />

amigavelmente ambas estas questões. V. Ex. teve a<br />

bonda<strong>de</strong> do admiltir na sua nota dc honlem que<br />

havia algum fundamento em algumas das opiniões<br />

da Legação do S. M., apezar da sua geral inexactidão,<br />

porém não teve a con<strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> expor<br />

quaes os pontos sobre que temos conseguido evitar<br />

o erro.<br />

A nossa discussão sobre um <strong>de</strong>sses memorandos»<br />

aquellc sobre a questão do Prince of Wales patenteou<br />

um novo facto dc alguma importância o<br />

aquellc novo facto é Seriamente prejudicial á posição<br />

do Governo Brasileiro.<br />

V. Ex. <strong>de</strong>u-se muito trabalho em uma <strong>de</strong> suas<br />

notas para convencer-mo do quo,o Insocctor do<br />

districto, Faustino, não havia sido <strong>de</strong>miltido por<br />

negligencia culposa no cumprimento do seu <strong>de</strong>yér,<br />

• porém, simples e somente, por causa <strong>de</strong> uma breve<br />

o pouco importante <strong>de</strong>mora em coinmunicar a<br />

noticia do naufrágio. Do relatório do Chefe, <strong>de</strong><br />

Policia do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> 10 do Março <strong>de</strong>, 1802,<br />

parece que a principal causa da <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> Faus><br />

tino foi ter elle soltado um prisioneiro quo havia,<br />

sido apprehendido com objectos roubados do nau»<br />

fragio cm suas mãos'. Não somente elle ílü <strong>de</strong>mitlido<br />

principalmente por essa razão, porém a<br />

Juiz <strong>de</strong> Direito teve lambem or<strong>de</strong>m para proce<strong>de</strong>r<br />

contra Faustino por esteacto culposa^. Ex. ainda<br />

supprime este facto no a memorandum»quo me enviou,<br />

posto que a outros respeitos lenha sido cor-<br />

recto; e isso me surpren<strong>de</strong> tanto mais quanto<br />

discutimos largamente este ponto e estabelecemos<br />

claramente o facto da <strong>de</strong>missão dc Faustino por causa<br />

do seu procedimento altamente culposo.<br />

As nações civilisadas para as quaes o Governo<br />

Imperial enten<strong>de</strong>, agora appellar julgaráõ até quo<br />

ponto um acto semelhante concorre para justificar<br />

as aceusações geraes <strong>de</strong> connivencia o má condueta<br />

feitas pelo Cônsul dc S. M. contra Faustino o o<br />

Juiz <strong>de</strong> Paz Soares, sogro <strong>de</strong>lle, aceusações*adoptadas<br />

pelo Governo <strong>de</strong> S. M.; e as mesmas nações<br />

talvez enxerguem na perseverante suppresslò <strong>de</strong>ste<br />

facto por V, Ex., e na não menos perseverante<br />

<strong>de</strong>negação da culpabilida<strong>de</strong> dc Faustino, bem como<br />

ha allegaçSc da sua nota <strong>de</strong> 18 a respeito <strong>de</strong> explicações<br />

verbaes que me terião sido dndns na


questão do Forte, as quacs nunca mo forio<br />

dadas, tlgnacs <strong>de</strong> um modo dc tratar taes questões<br />

tao incompatível com a perfeita franqueza como<br />

em <strong>de</strong>sharmonia com o seu mui serio caracter.<br />

Na sua nota dc honlem V. Es. se tem singular<br />

e seriamente enganado estabelecendo a exigência<br />

do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> no caso do Prince<br />

of Wales. V. Ex. falia da Ín<strong>de</strong>mnisação exigida<br />

pelos snppoatos assassinins. Nio existe tal exigência.<br />

Na verda<strong>de</strong> o Governo <strong>de</strong> Soa Magesta<strong>de</strong> pensa<br />

que existem as mais fortes presumpções <strong>de</strong> assasaínios<br />

commeltidos nas pessoas da tripolação. Porém<br />

limitou slriclamente a sua exigência do in<strong>de</strong>mnisoçao<br />

i proprieda<strong>de</strong> roubada. Um tal engano<br />

eommottido por V. Ex. em matéria tao importante,<br />

é tanto mais para estranhar quanto, tendo<br />

eu notado este engano no « memorandum » que<br />

V. Ex. me mostrou cm 27, foi corrigido na cópia<br />

que acompanhou a sua nota.<br />

Quanto ao • memorandum» sobre a questão do<br />

Forte, <strong>de</strong>vo protestar contra a asserção do V. Ex.<br />

<strong>de</strong> que o Sr. Bennet, o respeitável proprietário<br />

do hotel da Tijuca, é uma testemunha contraria<br />

aos Ofliciaes. O que disse o Sr. Bennet T Que<br />

linha ouvido as vozes dos tres Ofllciaes, quando<br />

passavlo pela sua residência logo <strong>de</strong>pois do<br />

lerem <strong>de</strong>ixado o hotel ; que elles parodio allegres<br />

(In good aplrils) e quo quando foi informado<br />

da sua prisão, perguntou no hotel o que<br />

hnvlfio bebido no jantar, o soube quo elles tinlião<br />

tomado duas garrafas dc Bordcos e meia garra (a <strong>de</strong> 1<br />

Cugnoc, entre elles todos. Isto é que troa homens<br />

que tinlião caminhado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a manhã cedo, tinlião<br />

bebido duas garrafas <strong>de</strong> vinho franecz fraco, e<br />

tomado, cada um, um calix <strong>de</strong> Cognac com o seu<br />

café. Ha nisto alguma prova contra os Otflclacst<br />

Faz-se acrescentar a Mr. Bennet, c com eleito,<br />

acrescenta elle cm resposta a uma pergunta <strong>de</strong>saccriada,<br />

que não sabia o que podifio ler bebido<br />

entre o seu hotel e o quartel do <strong>de</strong>stacamento da<br />

Tijuca. Como podia saber o que bcbôrao em outra<br />

parle? Provará esta necessária Ignorância do Mr.<br />

Bennet quo clles bebèrlo nlgures?<br />

A respeito da testemunha Muller, que no pensar<br />

<strong>de</strong> V. Ex. é • única testemunha <strong>de</strong>sinteressada<br />

que resta* não ha duvida que o seu <strong>de</strong>poimento 6 contrario<br />

aos Ofllciaes; mas bosta repetir que os Ofllciaes<br />

pedirão para serem acareados com elle, c que,<br />

durante quatro metes, nunca V. Ex. lhes proporcionou<br />

esto opporlunida<strong>de</strong>, nem teve a con<strong>de</strong>scendência<br />

dê respon<strong>de</strong>r a nota do Ministro dc<br />

Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />

V. Ia. diz acerca dos Ofllciaes do Forte, que<br />

o Governo Imperial está convencido dc que as autorida<strong>de</strong>s<br />

policiara não faltarão ao respeito <strong>de</strong>vido<br />

n Armada Brilannica no seu procedimento para<br />

com tres indivíduos trajados á paisana que recusarão<br />

<strong>de</strong>clarar seus nomes o qualida<strong>de</strong>s. Esta linguagem<br />

envolve uma accusaçâo <strong>de</strong> perseverante e<br />

<strong>de</strong>cidida falsida<strong>de</strong> contra os ires Ofllciaes, um dos<br />

quacs é o Capellão da fragata; c estou certo que<br />

iiulicipo o juizo do Governo do Sua Magesta<strong>de</strong> dizendo<br />

que tal linguagem aggrava seriamente a responsabilida<strong>de</strong><br />

do Governo Imperial pelo ultraje<br />

« aviltimenlos dc quo forão victimas os tres Ofllciaes,<br />

o pela afiVonta feita nas suas pessoas á marinha<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />

O Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> não <strong>de</strong>clinará do<br />

oppello quo V. Ex. a nn une ia para o mundo d*<br />

Yiiisado.<br />

Em sua nota dc hontem, V. Ex. torna a sustentar<br />

o appello que tinha entendido fazer da<br />

minha <strong>de</strong>liberação para o do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />

Seja-mc licito repetir que esse teria realmente<br />

sido um oppello do Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

para o mesmo Governo. -<br />

Julga V. Ex. possível que cu tomasse sobre mim<br />

formular as minhas notas dc 5, e as exigências das<br />

suas eonclusóes? Seja-mo ainda licito dizer que<br />

um tal appello da <strong>de</strong>liberação do um Ministro para<br />

o seu Governo ê contrario a todos os costumes c<br />

prece<strong>de</strong>ntes, o estou certo que teria sido summariamento<br />

rejeitado pelo Gabinete Britannico. Eu linha<br />

razão para ticar resentido, se assim me approuvcsse,<br />

com a insinuação <strong>de</strong> injustiça quo V. Ex. Julgou<br />

conveniente lançar contra mini; mas eu não quiz<br />

introduzir um elemento pessoal nestas discussões,<br />

e V. Ex. sabe quo nas nossas conferências não fiz<br />

allusão alguma a esta insinuação ímmcrccida. Acontece<br />

porém que em outra nota, datada somente ires<br />

dias <strong>de</strong>pois, cm 21, V. Ex. so dirige com confiança,<br />

sobre um assumpto Importante, ao meu esclarecido<br />

fcuf«*ta>


CORTE.<br />

POR ANNO 1252)000<br />

POR SEIS MEZES. . . ; 6$1)000<br />

fflPERIO DO BRASIL.<br />

POR TRES MEZES. . 3 $000<br />

ANNO DE 1865.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

DECRETOS.<br />

Senhor.—O* cálculos sobre quo se basearão os<br />

Decretos n**. 2.849 c 2.876 dc 16 dc Novembro do<br />

anno passado, o 4 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> do corrente, que abrirão<br />

ao Ministério a meu cargo os créditos dc<br />

30.0009000 e 20.0009000 paras as <strong>de</strong>spezas da Exposição<br />

Nacional o da Exposição Universal <strong>de</strong> Londres,<br />

ficarão áquem das verda<strong>de</strong>iras necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste<br />

serviço.<br />

Na época cm que sc abrirão esses créditos nio era<br />

possivel orçar com exactidão as <strong>de</strong>spezas que se lerião<br />

<strong>de</strong> fazer com essas Exposições, nas quaes, pela primeira<br />

vez, tivemos oceasião <strong>de</strong> extrahir perante o<br />

mundo o germem do nosso futuro <strong>de</strong>senvolvimento<br />

industrial.<br />

Nessa incertesa não era conveniente abrir creditos<br />

mais avultados, e por isso forão restringidos aos<br />

valores acima <strong>de</strong>signados.'<br />

Agora porém que c concluída n importância<br />

aproxjmativa do total <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>speza, como se vê<br />

da <strong>de</strong>monstração que tenho a honra <strong>de</strong> submetler<br />

a Alta Approvação <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial,<br />

torna-se indispensável abrir um novo credito dc<br />

30:0009000.<br />

Assim elevar-sé-ha a 80:0009000 a importância<br />

total dos creditos abertos tanto para o serviço da<br />

Exposição Nacional, comprehen<strong>de</strong>ndo as exposições<br />

parciacs nas Províncias, como para as <strong>de</strong>spezas dc<br />

idêntica natureza feitas em Londres.<br />

Desta somma <strong>de</strong>verá ser annullada oppoiiunamente<br />

a quantia proveniente da venda dos relatórios<br />

<strong>de</strong> ambas as Exposições, o que <strong>de</strong> alguma sorte<br />

reduzirá o ônus do Thesouro Publico.<br />

A vista do exposto, peço permissão pira reverentemente<br />

apresentar a Assignatura <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong><br />

Imperial o Decreto junto, pelo qual é aberto<br />

ao Ministério a meu cargo um novo credito dc<br />

30:0009000,<br />

Sou, Senhor, com o mais profundo respeito c<br />

acatamento, <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> imperial o mais<br />

reverente subdito, o Ministro da Agricultura, Commercio<br />

e Obras Publicas.—João Lins Vieira Cansanção<br />

<strong>de</strong> Sinimbú.<br />

N.° 3.033 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

Conce<strong>de</strong> ao Ministério da Agricultora, Cnmmcrcio e Obrai<br />

Publicas mais um credito do :fli :000800o para as <strong>de</strong>spezas<br />

com a Exposição Nacional, pertencentes ao exercício <strong>de</strong><br />

ÍHfí 1—186*.<br />

Tendo Ouvido o Meu Conselho dc Ministros, Hei<br />

rior• bem, nos-ierutol' do j§ 3.° art. 4.° da Lei n.°<br />

589 <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Setembro do 1850, Conce<strong>de</strong>r ao Ministério<br />

da Agricultura, Commcrcio o Obras Publicas<br />

mais um credito extraordinário dc trinta<br />

contos dc réis para oceorrer as <strong>de</strong>spezas feitas, c<br />

que ainda sc tem dc fazer còm a Exposição Nacional<br />

dc produclos na t ura cs o industriaes, as.quaes<br />

pertencem áo exercício do ÍS61—1862, visto que<br />

não forão sullicientes os creditos, no valor <strong>de</strong><br />

ciocoenta contos <strong>de</strong> réis, concedidos ao dito Ministério<br />

pelos Decretos ns. 2.849 e 2.876 dc 16 <strong>de</strong><br />

Novembro do anno passado, .c 4 <strong>de</strong> Janeiro do<br />

corrente; <strong>de</strong>vendo aquellc credito dc trinta contos<br />

<strong>de</strong> réis ser incluído na proposta quo tem <strong>de</strong> ser<br />

apresentada a Assembléa Geral Legislativa, em tempo<br />

opportuno, para obter <strong>de</strong>finitiva approvação.<br />

João Lins Vieira Coosançüo <strong>de</strong> Sinimbú, do Meu<br />

Conselho, Senador do Império, Ministro c Secretario*<br />

<strong>de</strong> Estado dos Negócios da Agricultura, Commcrcio<br />

c Obras Publicas, assim o tenha entendido<br />

c faça executar.<br />

Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em vinte o nove <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> mil c oitocentos e sessenta e dous,<br />

quadragesimo primeiro <strong>de</strong> In<strong>de</strong>pendência edo Império.—<br />

Com a Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—João<br />

Lins Vieira Cansanção <strong>de</strong> Sinimbú.<br />

Demonstração das <strong>de</strong>spezas feitas' até<br />

hoje, e que aluda se tem <strong>de</strong> fazer com<br />

sv Exposição Nacional, e por eonta do<br />

exercido <strong>de</strong> 1H<br />

<strong>de</strong> commum accordo com o réo Manoel- <strong>de</strong> Souza<br />

Bento, julgado na sessão <strong>de</strong> hontem, falsificado um<br />

valle da referida casa Bancaria,elevando o valor<br />

primitivo <strong>de</strong> 6509000 para O do 6:0509000 «imitindo<br />

a falsida<strong>de</strong> em terem os réos introduzido<br />

uma cifra entre o 6 c o 5 e emendado a. palavra<br />

escripta por extenso, centos para contos.<br />

Comparece ainda como advogado e procurador<br />

do autor o Sr. Dr. Dias da Moita;. e como <strong>de</strong>- ,<br />

fensor c curador do réo o Sr. Dr. Cor<strong>de</strong>iro. <<br />

Discutida a matéria, em vista das <strong>de</strong>cisões do<br />

Jury, é Coelho con<strong>de</strong>mnado a sofírer a pena <strong>de</strong> 6 .<br />

meies dc prisão com trabalho, multa <strong>de</strong>. 5 */ 0 - do -<br />

valor do cstellionato e nas custas relativas.<br />

A's 5 horas da tar<strong>de</strong> levantou-se a sessão e fica<br />

a mesma encerrada. /<br />

O Escrivão do Jury.—José* .Intento Lopes <strong>de</strong><br />

Castro.<br />

Rio. % <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 18(>.{. '<br />

CONFLICTO COM A LEGAÇÃO DE SUA<br />

MAGESTADE BRITANNICA.<br />

Publicamos as notas seguintes que ainda<br />

dizem respeito á gravíssima questão que Destes<br />

últimos dias tem prendido a atlenção publica.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, cm 31 <strong>de</strong> Dezembro do 1S62. .<br />

Sr. Marquez.— Fui informado <strong>de</strong> um discurso<br />

dirigido hoje na Praça a uma gran<strong>de</strong> reunião do,<br />

negociantes pelo Ministro <strong>de</strong> Agricultura, Commercio<br />

o Obras Publicas, c disserão-me haver elle <strong>de</strong>-,<br />

clarado .que o meu ultimatum dirigido a V. Ex.<br />

foi somente recebido por V. Ex. esta manhã,<br />

sendo aliás conhecido honlem • pelo Corpo do<br />

Commcrcio. .<br />

Tenho feito diligencias para averiguar a exaclK<br />

dão <strong>de</strong>sta informação, e tenho toda a razão para crer<br />

que é exacta,<br />

Provavelmente divergimos, o Sr. Sinimbú e eu,<br />

acerca do sentido da palavra « ultimatum. » Eu-,<br />

tendo cu que as minhas notas <strong>de</strong> 5 continbão o meu<br />

ultimatum, ou antes o do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />

A 22 informei a V. Ex. <strong>de</strong> que no caso <strong>de</strong><br />

ser recusada uma satisfação, cu linha inslrucções<br />

para dirigir-mo ao Almirante. A 29 recebi do<br />

V. Ex. a recusa <strong>de</strong>finitiva dc qualquer satisfação,<br />

salvo sob a coacção da força; e a minha ultima nota.<br />

com data <strong>de</strong> hontem, que foi entregue em casa do<br />

V. Ex. esta manhã ás 9 horas, era simplesmente<br />

a resposta a sua nota dc 29, c a communicação da<br />

natureza precisa das medidas que scrião adopladas<br />

pelo Almirante, em conseqüência da mesma recusa.<br />

Esta ultima nota que o Sr. Sinimbú chama, direi<br />

inexactamente, um ultimatum, não era seguramente<br />

conhecida hontem pela corporação commercial? nem<br />

parte alguma <strong>de</strong>lia é até agora conhecida, senão<br />

<strong>de</strong> mim e do meu Secretario. Não ficou cila con*<br />

cluida senão ás 10 horas da nòutc passada; foi<br />

então que o meu Secretario a copiou. Sobre a<br />

honra « <strong>de</strong> um Ministro Inglês e <strong>de</strong> um Cavalheiro<br />

Inglez, <strong>de</strong>cloro a V. Ex. que ninguém, estranho


Sei quo o Sr. Sinimbú manifestou a intenção<br />

que o Governo tem <strong>de</strong> publicar amanhã toda a<br />

correspondência, e espero qne nSn appcllarci cm<br />

tio para a justiça <strong>de</strong> V. Ba. pedindo-lhe que esta<br />

carta seja incluída na publicação.<br />

Aproveito a oppr>rtunidadc para renovar a V.<br />

Ex. as scgurançes da minha alia consi<strong>de</strong>ração.<br />

W. D. Christie.— A* S. Ex. o Sr. Marquez <strong>de</strong><br />

Abrantes.<br />

Ministério dos Negócios Estrangeiros.—- Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro cm o 1.* do Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Aceuso recebida a nota que, com data <strong>de</strong> hontem,<br />

dirigio-me o Sr. William Dougal Chrislie, Enviado<br />

Extraordinário o Ministro Picnipotenciario <strong>de</strong> S. U.<br />

Britannica, tendo por objecto explicar o sentido <strong>de</strong><br />

algumas palavras, que lhe constou haverem sido<br />

proferidas na Praça do Commercio pelo Sr. Ministro<br />

da Agricultura, Commcrcio c Obras Publicas,<br />

cm relação ao ultimatum dirigido ao Governo Imperial<br />

pela nota datada <strong>de</strong> 30, e recebida na manhã*<br />

do dia 31 do lhez (Indo.<br />

Foi o Sr. Christie informado <strong>de</strong> que o Sr. Ministro<br />

do Commcrcio, na breve allocução que pronunciou<br />

na Praça, consi<strong>de</strong>rara como ultimatum<br />

da legação <strong>de</strong> S. M. Brilannica a nota do 30 do<br />

mez findo, quando esse ultimatum, segundo o Sr.<br />

Chrislie <strong>de</strong>clara, jíi existia nas tres notas do dia 3.<br />

Pon<strong>de</strong>rando ao Sc. Chrislie que a respeito do<br />

que disse na Praça o Sr. Ministro do Commcrcio,<br />

o Governo Imperial só teve conhecimento do que<br />

se acha publicado no Diário Oficial dc hoje, cabe-me<br />

outrosim prevenil-o do que, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />

com os seus <strong>de</strong>sejos, terá transcrlpla no momo<br />

Diário a note a que respondo conjum temente com<br />

este.<br />

Renovo ao Sr. Christie as eu pressões da minha<br />

alta consi<strong>de</strong>ração.— Marques dc Abrantes.<br />

Ao Sr. William Dougal Chrislie.<br />

NOTA DA Li:0\ÇÃ0 DRITANMCA.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro cm 1.» dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.<br />

Sr. Marquez.—Recebi ás 11 horas da noite passada<br />

a note <strong>de</strong> V. Ex. datada dc hontem.<br />

V. Ex. tem razão <strong>de</strong> dizer que o engano no<br />

Memorandum sobre a questão do Prince of Wales,<br />

relativo a exigência <strong>de</strong> Ín<strong>de</strong>mnisação pelos assassinins<br />

prováveis, não foi corrigido na cópia quo<br />

me foi enviada.<br />

Não tem porém V. Ex. razão para dizer que<br />

nio se fez correcção alguma nesta cópia A data<br />

da nota <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Outubro, na qual havia engano<br />

foi corrigida por observação minha. Esta, e a<br />

emenda feita, igualmente por suggcstáo minha,<br />

no Memorandum sobre a questão do Forte quo<br />

V Ex. menciona, e ainda mais a ollegação feita<br />

por V. Ex., quando veio visitar-me na tar<strong>de</strong> dc<br />

27, <strong>de</strong> quo eu havia mui claramente explicado o engano<br />

acerca da exigência relativa aos assassinatos,<br />

levarão-mo a concluir multo precipitadamente que<br />

este engano havia lambem sido corrigido, como<br />

cumpria, no Memorandum.<br />

Esto é o Único dos erros quo V. Ei<br />

lribue e quo com efivilo com mel li.<br />

me nl-<br />

Insisto V. Ex. em um engano do importância<br />

quando: diz a O Sr. Chrislie na sua note do 5<br />

« exigio uma Ín<strong>de</strong>mnisação pelos corpos <strong>de</strong>spojados,<br />

« e em que se commellerõo roubos (slripped and<br />

«< plun<strong>de</strong>rcd) o Sr. Christie nada disso faz nessa no-<br />

« to. » Digo nella que o Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

pe<strong>de</strong> uma compensação pela pilhagem dos salvados e<br />

dos corpos.<br />

Digo ainda nessa nota que tenho or<strong>de</strong>m para<br />

exigir uma compensação pela total pilhagem<br />

dos salvados, o também pelo roubo da proprieda<strong>de</strong><br />

da tripolação. Fnllo, finalmente, na compensação<br />

quo se haja do fazer eot parentes das pessoas <strong>de</strong><br />

bordo, cujos corpos forão <strong>de</strong>spojados e em que se<br />

commettfirão roubos. Em parle alguma <strong>de</strong>ssa note<br />

exijo compensação pelos corpos <strong>de</strong>spojados em que<br />

se roubou, e subscquentemente não <strong>de</strong>i explicação<br />

alguma mais clara, como V. Ex. diz, do que as<br />

minhas palavras originaes.<br />

Insisto na minha al legação <strong>de</strong> que não me foi<br />

dada explicação alguma verbal, nem por V. Ex.,<br />

nem peto Sr. Sinimbú, <strong>de</strong>pois do inquérito feito<br />

pelo Chefe <strong>de</strong> Policio, e <strong>de</strong> que isso foi confessado<br />

por V. Ex. Nas prévias entrevistes quando era<br />

meu unicó fim obter que so fizesse um inquérito,<br />

e quando os factos não erão conhecidos, não se<br />

me pódião dar explicações positivas. Não me lembra<br />

do nenhuma dcllas. V. Ex. diz que as explica<br />

ções verbaes ás quaes mo aceusa <strong>de</strong> não ter ottendido,<br />

forão dadas nas entrevistes preliminares, e achará<br />

provavelmente justo c necessário, oppellondo para<br />

o Gabinete Britannico, <strong>de</strong>clarar, o que ainda nio<br />

fez, quaes são as importantes explicações que tenho<br />

<strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> tomar em consi<strong>de</strong>ração.<br />

Peço licença para negar inteiramente a responsabilida<strong>de</strong><br />

que V. Ex. lança sobre mim allegando<br />

não ter havido tempo nem possibilida<strong>de</strong> para o<br />

Governo Imperial fazer-mc alguma proposta, que<br />

eu teria podido discutir, entre os dias o e 29 <strong>de</strong><br />

Dezembro.<br />

Aqui <strong>de</strong>sejo lembrar que, quando V. Ex. visitou-me<br />

na tar<strong>de</strong> do dia 27, <strong>de</strong>clarei voluntariamente que estava<br />

disposto a aceitar, na questão do Forte, uma<br />

explicação do procedimento do Chefe <strong>de</strong> Policia,<br />

tal que não ferisse os seus sentimentos. Disse que<br />

tendo a vantagem dc conhecer aquellc cavalheiro,<br />

tendo ouvido as explicações <strong>de</strong> V. Ex. e bem consi<strong>de</strong>rado<br />

a questão, <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> tomaria sobre<br />

mim a responsabilida<strong>de</strong> dc aceitar uma explicação<br />

<strong>de</strong> que, posto fosse para sentir que sem informação<br />

alguma tivesse empregado palavras que aceusa vio <strong>de</strong><br />

embriaguez os tres Ofllciaes, elle assim proce<strong>de</strong>ra<br />

por tnadvertencia o som intenção ofensiva. Não<br />

tendo o Governo Imperial permittido este ajuste da<br />

questão, <strong>de</strong>sejo todavia dar esta prova, seja qual<br />

fór o seu valor, em favor do um funecionario puhlico<br />

a quem respeito.<br />

O ter o Sr. Bennelt, em cujo hotel jantarão os tres<br />

Ofllciaes, perguntado, quando soube que havião sido<br />

presos, o que tiohão bebido ao jantar, não prova<br />

que elle julgasse espontaneamente que elles estavão<br />

embriagados como V. Ex. diz; o sim que <strong>de</strong>sejava<br />

averiguar se essa po<strong>de</strong>ria ser a causa <strong>de</strong> uma<br />

prisão que elle, como qualquer outro homem justo,<br />

não queria acreditar que fosse um ullrage sem causa.<br />

Parece que V. Ex. não podo {<strong>de</strong>scobrira força<br />

do acto culposo dc Faustino, qoe.V. Ex. tinha<br />

<strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> parte. E' certo que a soltura do preso<br />

não podia ser a causa do crime paio qual foi apprehendido.<br />

Não julgava necessário propor a V.<br />

fix. uma verda<strong>de</strong> tão evi<strong>de</strong>nte e vulgar. Não pô<strong>de</strong><br />

V, Ex. ver que um tal acto autoris* a crer que<br />

o mesmo Ofllcial cujo proce<strong>de</strong>r foi, aliás geralmente<br />

suspeito, podia <strong>de</strong>ixar passar outros crimes e não<br />

cuidar <strong>de</strong> prevcnWot?<br />

Tenho tocado cm todos os pontos da Nota <strong>de</strong><br />

V. Ex. <strong>de</strong> hontem, menos naquclle do ultimo<br />

paro Tapho, pelo qual sou informado que o Governo<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador appcllará para o<br />

dc Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />

Deploro esta resolução, porque perseverar nella<br />

tomará impossível a restituição da proprieda<strong>de</strong> tomada<br />

em represália, até que eu receba as or<strong>de</strong>ns<br />

do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>. E, a Nota dc V. Ex.<br />

dc hontem <strong>de</strong>ixa mesmo dc trazer a <strong>de</strong>claração da<br />

tua Nota dc 29, isto é, quo na questão do Prince<br />

of Wales o Governo Imperial, com a <strong>de</strong>monstração<br />

(DISPLAY) da força pagaria a quantia que por mim<br />

ou pelo Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> fosse exigida.<br />

No momento em que cu tivesse ouvido, ou possa<br />

ainda ouvir que o Governo Imperial, <strong>de</strong> accordo<br />

com a sua prvéia <strong>de</strong>claração, pagará a quantia que<br />

eu julgar razoável na questão do Prince of Wales,<br />

eu estava c ainda estou prompto para requisitar do<br />

Almirante que expeça or<strong>de</strong>ns immedíatas para que<br />

se <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> ultcríorcs capturas.<br />

Tenho também dc <strong>de</strong>clarar a V. Ex., quo estou<br />

promplo a receber, para ser consi<strong>de</strong>rada pelo Governo<br />

dc S. M., qualquer proposta razoável que<br />

jamais foi-me feita durante os 24 dias que prece<strong>de</strong>rão<br />

o começo das represálias, como por exemplo,<br />

a dc referir todas as questões em discussão a um<br />

arbitramento imparcial. Os esforços do Govorno do<br />

Imperador para fazer disUncção entre mim c o<br />

Governo <strong>de</strong> S. M. tem servido <strong>de</strong> illusão e <strong>de</strong> exemplo<br />

a vossa imprensa; não influem sobre mim<br />

para induzir-me a recusar estas oflertas <strong>de</strong> conciliação,<br />

no interesse do commcrcio e amiza<strong>de</strong> entre<br />

as duas nações, tento mais quanto, se taes esforços<br />

falharem, não obsterã Isso a que eu continue<br />

com firmeza • cumprir o meu <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />

com as minhas inslrucções; pois que ha<br />

um ponto, Sr. Marquez, em que neste infeliz<br />

nmomento c no meio do todas as nossas diver-<br />

cias, cu concordo com o quo diz V. Ex., isto<br />

m ter confiança na justiça c reclidáo do meu<br />

próprio Governo.<br />

Aproveito esta oppporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />

V. Ex. as segurança» da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />

— AS. Ex. o Sr. Marquez dc Abrantes.—W. D.<br />

Christie.<br />

Secçio Central. Ministério dos Negócios Estrangeiros.<br />

Rio dc Janeiro em 2 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Recebi hontem, pelas 3 horas da tar<strong>de</strong>, a nota<br />

que com data do mesmo dia me passou o Sr.<br />

Chrislie, Enviado Extraordinário c Ministro Picnipotenciario<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />

Nessa nota começa o Sr. Christie por contestar<br />

alguns reparos que tomei a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer a<br />

certos trechos da que mo dirigío com data <strong>de</strong><br />

30 do mez próximo findo; e concluo por manifestar<br />

as disposições em que te acha <strong>de</strong> terminar<br />

por meios pacíficos as questões em discussão, no<br />

interesse do Commcrcio, c <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que existe<br />

entro as duas nações.<br />

Antes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r á segunda e mais essencial<br />

parte da nota que tenho presente, permitta-me<br />

o Sr. Christie que lhe faça breves observações sobre<br />

a contestação que se sei vio fazer aos referidos reparos<br />

da minha nota <strong>de</strong> 31 do mez findo.<br />

O Memorandum sobro a questão do Prince of<br />

Wales não soffrcu correcção alguma, e foi remettida<br />

ao Sr. Christie a cópia textual daquelle que lhe foi<br />

lido na conferência <strong>de</strong> 27. O Sr. Christie reconhecerá<br />

sem duvida que não se podo consi<strong>de</strong>rar coma COJLrecção<br />

o ter-se addicionado á data da nota <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong><br />

Outubro, o anno <strong>de</strong> 1861, até porque sendo aqnclla<br />

nota da Legação Britannica a única daquclla data, a<br />

falte da Indicação do anno nio podia dar logar ao<br />

menor equivoco. Como, pois, disso na minha note <strong>de</strong><br />

31 <strong>de</strong> Dezembro, só foi emendada ou substituída uma<br />

única palavra no Memorandum relativo aos Ofllciaes<br />

da Forte.<br />

E assim como o Sr. Chrislie teve a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reconhecer que houve engano da sua parto quando<br />

assegurou que no Memorandum sobre o Prince of<br />

Wales sc havia feito uma modificação na parte relativa<br />

é exigência sobre os assassinatos, assim admfttirá<br />

quo não se fez correcção alguma no mesmo Memoradum,<br />

não sc po<strong>de</strong>ndo consi<strong>de</strong>rar como tal o<br />

simples additamcnto do anno <strong>de</strong> 1861.<br />

So faço estas observações é apenas para retificar<br />

os factos, embora <strong>de</strong> pequena importância.<br />

Quanto á compensação que exigio o Sr. Christie<br />

para os parentes das pessoas <strong>de</strong> bordo; não me<br />

custa reconhecer, em seguida das explicações que<br />

me forão dadas pelo Ministro, que a compensação<br />

foi exigida cm razão dos roubos que se preten<strong>de</strong><br />

haverem sido feitos nos corpos das mesmas pessoas.<br />

O Sr. Christie, porém, não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> admittir<br />

que, a pezar <strong>de</strong>sta modl 11 cação, sempre subsiste a<br />

observarão essencial que sobre esta exigência se<br />

16 no respetivo memorandum, e vem a ser a difilculda<strong>de</strong>,.<br />

senão a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se dctermihar<br />

quaes os corpos, e quaes os objectos <strong>de</strong> que Nforão<br />

<strong>de</strong>spojados.<br />

O Sr. Christie insiste na sua 'allegação <strong>de</strong> que<br />

não recebeu explicação alguma verbal nem do Sr.<br />

Sinimbú, nem <strong>de</strong>, mim, acerca dos ofliciaes da<br />

Fragata Forte. Sendo esta a convicção do Sr. Ministro,<br />

<strong>de</strong>vo crer, que não fui bem entendido quando<br />

lhe <strong>de</strong>clarei que tanto eu, como o Sr. Ministro<br />

da Justiça, lhe havíamos faltado sobre esta questão,<br />

não só antes, como <strong>de</strong>pois do inquérito a que<br />

se proce<strong>de</strong>u na Repartição da Policia. Ser-me-hia<br />

difllcil referir as palavras por mim proferidas nessas<br />

oceasiões; mas <strong>de</strong>vião certamente ser aqucllas<br />

que podia suggcrir um estado <strong>de</strong> cousas em que,<br />

<strong>de</strong> um lado havia o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fazermos todo quanto<br />

fosse possível para satisfazer ao Sr. Christie, e do<br />

outro, a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>satten<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>poimentos<br />

<strong>de</strong> testemunhas, para somente 'dar fé ás<br />

allcgações <strong>de</strong> partes interessadas.<br />

O Sr. Christie insiste também em não dar importância<br />

alguma ao <strong>de</strong>poimento da testemunha Bennet.<br />

Seguramente que por si só este <strong>de</strong>poimento não seria<br />

sufficiente para constituir uma prova formal;<br />

mas approximado do <strong>de</strong>poimento do Allemão Muller,<br />

que assegurou que os tres Ofllciaes estavão ésperitualisados,<br />

o <strong>de</strong> Bennet vem corroborar esta asserçSo.<br />

A respeito do lnspector Faustino, <strong>de</strong>vo pon<strong>de</strong>rar<br />

ao Sr. Christie que da falta por elle com mal ti d a<br />

<strong>de</strong> não reter em prisão um dos indiciados, e <strong>de</strong><br />

que procurou justificar-se <strong>de</strong>clarando que não tinha<br />

meios para tèl-o preso, não se pô<strong>de</strong> induzir que<br />

elle fosse negligenteon conniventc na perpetração do<br />

crime, tendo-se aliás julgado improce<strong>de</strong>ntes outras<br />

arguições produzidas contra o mesmo funecionario;<br />

como a <strong>de</strong> não ter communicado em tempo a noticia<br />

do naufrágio, e <strong>de</strong> haver-se opposto a que<br />

fossem <strong>de</strong>senterrados alguns cadáveres.<br />

E se não é justo, fazer-se uma tal inducção, se<br />

dalli não se podo concluir à priorique Faustino<br />

<strong>de</strong>ixasse perpetrar o crime, ou mesmo concorresse<br />

para que fosse commcllido, <strong>de</strong> que outro <strong>de</strong>licto<br />

se po<strong>de</strong>ria suppór que Faustino fosse culpado por<br />

ter praticado aquella falta ?<br />

Além dc ser perigoso o inadmissível o principio<br />

<strong>de</strong> se concluir dc uma falte provado para outra<br />

completamente <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> provas, aceresce que<br />

em relação a Faustino o quo se provou foi um<br />

erro no exercício <strong>de</strong> suas altribuições, e <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>via dar conta ao Governo; quando é muito diverso<br />

o crime que lhe altribuo a Legação Britanpíca,<br />

quo ó negligencia ou conni vencia na perpetração<br />

do crime.<br />

Comprehcndc-so que um indivíduo <strong>de</strong> má Índole<br />

inspire suspeitas, e ainda assim não serão estas<br />

sufíicienlcs para aceusa 1 -o, c ainda menos para<br />

condcmnal-o.<br />

Mas um funecionario publico pódc commmcltcr<br />

erros do oflicio, sem por isso ser consi<strong>de</strong>rado malfeitor.<br />

Declina o Sr. Christie toda e qualquer responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> não ter dado tempo nem ensejo para<br />

que o Governo lhe fizesse alguma proposta, e <strong>de</strong>clara<br />

que estava no caso dc receber e discutir qualquer<br />

proposta no intervallo <strong>de</strong> 5 a 29 <strong>de</strong> Dezembro.<br />

O Sr. Christie terá a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> so lembrar<br />

que tento o Governo Imperial não consi<strong>de</strong>rou como<br />

ultimatum as suas notes <strong>de</strong> 5 do Dezembro, que<br />

julgou po<strong>de</strong>r appellar directamente para o Governo<br />

dcS. M. Brilannica, e assim o<strong>de</strong>clarou ao Sr. Christie<br />

na nota <strong>de</strong> 18 do mesmo mez. Não podia pois o<br />

Governo Imperial fazer, nesse intervallo, proposta<br />

alguma ao Sr. Christie. Informado, porém, pelo<br />

próprio Sr. Christie, no dia 22, que não admiltia<br />

o appello para o Gabinete Britannico, e <strong>de</strong> que<br />

se nio lossem prom piamente attendidas as exigências<br />

das notes dc 5, tinha or<strong>de</strong>m para se dirigir<br />

ao Almirante, achou-se o Governo Imperial,<br />

<strong>de</strong>pois daquelle dia (22) collocado na situação <strong>de</strong><br />

ce<strong>de</strong>r ou resistir, c não <strong>de</strong> propor modificações ao<br />

ultimatum. E que as notas <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Dezembro, no<br />

enten<strong>de</strong>r do Sr. Ministro Britannico, contivesse um<br />

ultimatum, elle mesmo o <strong>de</strong>clarou <strong>de</strong>pois cm sua<br />

nota dc 31 <strong>de</strong> Dezembro.<br />

Em taes circumstancias, não podia o Governo Imperial<br />

nutrir a menor esperança do que seria<br />

ouvida proposta alguma, a não ser a aceitação pura<br />

e simples das exigências Intimadas pelo Sr, Christie.<br />

E' verda<strong>de</strong> que o Sr. Christie consentio cm ouvir<br />

os esclarecimentos que lhe ministrei na conferência<br />

do 27 ; mas somente da parte do Sr. Ministro Britannico<br />

<strong>de</strong>via então partir qualquer proposta <strong>de</strong><br />

modificação nas suas exigências; c assim o <strong>de</strong>clarou<br />

quando levou os memoranda» a fim <strong>de</strong> reconsi<strong>de</strong>rar<br />

o que nelies vinha exposto.<br />

Na tar<strong>de</strong> do mesmo dia, o Sr. Christie diste*<br />

me que consentia cm minorar a censura ao Chefe<br />

do Policia, sendo substituída por uma explicação<br />

<strong>de</strong>ste magistrado, <strong>de</strong> que não tivera intenção do<br />

oflen<strong>de</strong>r os tres Ofliciaes.<br />

No dia seguinte, 28, enviei o, meu Secretario para<br />

saber do Sr. Chrislie sc era essa a única modificação<br />

que propunha, ouse. estava disposto a Dizer outras.<br />

O Sr. Christie respon<strong>de</strong>u que era a única, c que 11davão<br />

cm pé as <strong>de</strong>mais exigências das notas <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong><br />

Dezembro.<br />

A modificação proposta não era bastante para neutra<br />

lisar ou ottenuar a extrema gravida<strong>de</strong> das outras<br />

exigências do Ultimatum; e não <strong>de</strong>vendo aceitai-a, o<br />

Governo Imperial respon<strong>de</strong>u ao Sr. Christie nos<br />

termos da note dc 29.<br />

Deste breve e fiel narração dp que se passou com<br />

o Sr. -Christie, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que Forão recebidas as suas<br />

notas <strong>de</strong> 5, vè-sc claramente que o Governo Imperial<br />

não teve tempo, nem ensejo para fazer proposta<br />

alguma ao Sr Christie.<br />

Pelo que toca a segunda parte essencial da nota<br />

que tenho presente, animado o Governo Imperial do<br />

mesmo <strong>de</strong>sejo manifestado pela Legação dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

Britannica, <strong>de</strong> terminar as questões pen<strong>de</strong>ntes<br />

neste momento <strong>de</strong> um modoconsentaneo com os gran<strong>de</strong>s<br />

interesses da boa intelligcncia, e tão importantes<br />

relações entre os dous Palies, recebi or<strong>de</strong>m dc<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador para <strong>de</strong>clarar ao Sr.<br />

Christie, que <strong>de</strong>vendo ser ouvido o Conselho <strong>de</strong><br />

Estado sobre o meio proposto para a solução mais<br />

conveniente das mesmas questões, era <strong>de</strong> urgente<br />

necessida<strong>de</strong> que o Sr. Christie houvesse dc aguardar<br />

a resposta <strong>de</strong>finitiva, que lhe será dada o mais breve<br />

possivel, sobre essa parte da sua Nota a que tenho<br />

alJudído.<br />

E para o fim do inteirar o Conselho <strong>de</strong> Estado<br />

sobre o assumpto que vai ser submcttido á sua<br />

consi<strong>de</strong>ração, rogo ao Sr. Christie que se sirva<br />

dizer-me mais explicitamente, se o arbitro imparcial,<br />

a quem <strong>de</strong>vem ser referidas as dites questões<br />

tem do <strong>de</strong>cidir sobre ambas cilas, a saber, a relativa<br />

ao naufrágio da barca Prince of 'Wales, o<br />

a que diz respeito aos Ofliciaes da fragata Forte, ou<br />

se o mesmo arbitro tem <strong>de</strong> limitar-se á ultima <strong>de</strong>stas<br />

questões ficando a primeira resolvida nos termos<br />

da minha nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro ultimo.<br />

Renovo ao Sr. Christie as expressões da minha<br />

alta consi<strong>de</strong>ração,—Marques és Abrantes. —-Ao Sr.<br />

William Dougal Christie.<br />

A imprensa fluminense foi unanime na approvação<br />

que <strong>de</strong>u ao GoVerno Imperial pelo modo digno,<br />

por que tratou as questões que a Legação Britannica<br />

tomou por pretexto para perturbar as boas<br />

e amigáveis relações entre o Brasil e a Grã Bretanha.<br />

Cabírio-se todas as divergências, ainda as mais<br />

profundas, para somente fazer-se ouvir a voz do<br />

patriotismo, da dignida<strong>de</strong> nacional ameaçada sem<br />

fundamento. Eis como a imprensa aprecia a situação<br />

:<br />

O Diário do Rio',<br />

• Não temos senão um sentimento, unia voz, um<br />

elogio á maneira digna c brilhante por qne o Sr.<br />

Ministro dos Negócios. Estrangeiros soube discutir a<br />

questão no terreno da lógica e salvar a dignida<strong>de</strong><br />

nacional <strong>de</strong> uma affronta tão aviltante.<br />

« Honra ao Governo Imperial nesta questão. Em<br />

taes emergências o paiz não tem senão uma opinião<br />

e um partido. A honra do pavilhão nacional, a integrida<strong>de</strong><br />

da nossa soberania e in<strong>de</strong>pendência são a<br />

ban<strong>de</strong>ira única em torno da qual se reúnem todos<br />

os Brasileiros. rei<br />

« Quaesquer que sejão os resultados <strong>de</strong>ste lamentável<br />

conflicto, é força que se salve ao menos<br />

o <strong>de</strong>coro do paiz. Os Brasileiros o comprehen<strong>de</strong>m<br />

e estão promptos para o nobre sacrifício que lhes<br />

imponha a prepotência armada. Não trepi<strong>de</strong>, nem<br />

recuo o Governo. Chegou felizmente uma oceasião<br />

em que o espirito nacional, inspirando o po<strong>de</strong>r<br />

executivo, lhe garante uma gloria invejável. A <strong>de</strong>rrota<br />

no terreno do combate será um triumphono<br />

terreno moral.»<br />

O Jornal do Commercio:<br />

« Continuamos a esperar quo estas <strong>de</strong>sintelligencias<br />

terminarão'ainda sem <strong>de</strong>ploráveis conilidos.<br />

« Em todo caso porém confiamos tanto na prudência,<br />

como, tendo necessário, na energia e patriotismo<br />

do Governo, que saberá manter iIlesa a<br />

honra da nação, sem mesmo recuar diante, do<br />

quaesquer sacrifícios que esta possa exigir, assim<br />

como confiamos no bom senso da pondlfcção que,<br />

tranquilla, aguardará a solução maitf^mnxcinunte<br />

c consentanca com o pondunor nacUhfaTL' qne o<br />

mesmo Governo enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ver dar a csia^ques'tio.<br />

»<br />

O Correio Mercantil:<br />

« Nesta conjunetura os partidos cessarão do hostilisar-sc:<br />

as opiniões se confundirão; todos os<br />

Rrasilciros estão promptos a acompanhar o Governo<br />

Imperial, porque trata-se da honra o dos interesses<br />

da Nação.<br />

« E* geral o assentimento ao modo por que sc<br />

houve o Governo; nenhuma voz discorda nos elogios<br />

a tributar-lhe pela dignida<strong>de</strong> com que respon<strong>de</strong>u<br />

á legação inglcza, dignida<strong>de</strong> que transpira<br />

das noticias, embora resumidas, dadas pelas folhas<br />

publicas.<br />

« O Sr. Ministro do Commcrcio, dirigindo-se hontem<br />

á Praça, foi acolhido com vivo cnlhusiasmo. S.<br />

Ex. procurou asserenar os ânimos: pediu que o Corpo<br />

do commercio empregasse os seus esforços para que<br />

não se manifestasse irritação alguma, <strong>de</strong>ixando neste<br />

grave emergência toda a liberda<strong>de</strong> do acção ao Governo<br />

imperial. S. Ex. confcrcnciou com diversos<br />

commercianlcs, expdz a natureza das reclamações<br />

inglezas e as respostas justas c dignas do Sr. Ministro<br />

<strong>de</strong> Estrangeiros, e recebeu constantemente signaes<br />

explícitos da adhesão do Commercio. ,<br />

« E" do crer que o Sr. Warrcn realise a a maça'<br />

do Sr. Chrislie. Estejamos dispostos a registrar mais<br />

esto acinte com que, na opinião do povo, so quer<br />

arrancar um Tratado dc commercio e liquidação do<br />

atrasados injustos. Mas <strong>de</strong>ixemos, como o disse o<br />

Sr. Sinimbú, toda a liberda<strong>de</strong> dc acção ao Governo.<br />

Elle saberá resguardar a nossa honra por todos os<br />

meios possíveis, c compensar os <strong>de</strong>sastres da proprieda<strong>de</strong><br />

particular com os recursos que pedirá ao<br />

Parlamento.<br />

« Tal é o apreço que fazemos do bom senso c<br />

probida<strong>de</strong> da nação britannica que ainda, ao concluirmos<br />

este artigo, appcllamos para cila. do acto<br />

aulorisado pelo seu Governo. Quando na Inglaterra<br />

sc souber <strong>de</strong>ste novo alteutado contra o.<br />

Brasil, seguramente na imprensa c no parlamento<br />

sc fará por nós o que se fez pelo México e pelo<br />

Paraguay. A opinião publica há <strong>de</strong> intimar ao (loverno<br />

quo não comprometia os interesses, dc um<br />

povo industtíoso o commercial, provocando contra<br />

elle a indisposição <strong>de</strong> todos os povos da America. •<br />

O Constitucional:<br />

a Este allocução (do Sr. Ministro da Agricultura<br />

na Praça do Commercio)' que reproduzimos no seu<br />

sentido c essência, pelas informações que nos communicárão,<br />

foi viva o cnthusiaslicamcnte applaudida,<br />

applausos enlhusiasticos qpe revela vão a intenção<br />

dc todos os circumslanles no apoio o mais<br />

completo, firmo c <strong>de</strong>cidido ao governo do pai/, em<br />

todas as medidas que lenhão por fim salvar o <strong>de</strong>coro<br />

e a honra da nação.<br />

« Não ha um coração brasileiro que não estremeça<br />

ante essas medidas- insensatas a que recorreu o<br />

Sr. Christie, auto esse abuso da força sem a menor<br />

apparencia <strong>de</strong> razão o <strong>de</strong> justiça.<br />

' « Levante o Sr. Christie e leve para o seu paiz o<br />

dinheiro que reclama com o direito da força <strong>de</strong><br />

que dispõe; mas obrigar o Governo Imperial a dar<br />

salisfacções por se terem cumprido as prescripções<br />

dc lei é uma preterição inconciliável com' a alta<br />

dignida<strong>de</strong> do representante <strong>de</strong> uma nação civilisada.<br />

• O espirito publico está disposto a tudo. Em<br />

circumstahcias da or<strong>de</strong>m daquèllas cm que nos<br />

achamos, todos os governos tem a máxima confiança<br />

<strong>de</strong> todos. »<br />

Consta-nos que foi apresado por um dos navios<br />

inglezes um Patacho que <strong>de</strong>mandava a barra. O<br />

Vapor.apresador com a presa navegou para o Sul.<br />

Dizem-nos que o Capitão da Barca austríaca Ida,<br />

que entrou hontem, refere ter visto um navio apresado<br />

na altura <strong>de</strong> Ponta Negra.<br />

Temos folhas <strong>de</strong> Minas até 26 do passado.<br />

Fallecèrão na Capital o Major do respectivo<br />

Corpo <strong>de</strong> Guarnição João <strong>de</strong> Castro Silva e o Capitão<br />

da Guarda Nacional José Coelho Bobo/a.<br />

Passou porálO no dia 20, em viagem para Bfarianna,<br />

o Exm. Bispo Diocesano.<br />

S. Ex. Rev. foi recebido pelo Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Província com todas as honras que lhe são <strong>de</strong>vidas.<br />

Das Mercês da Pomba escrevem o seguinte ao<br />

Minas Geraes.<br />

« No dia 5 do corrente ao fechar da noite levantárão-se<br />

duas nuvens prenhes dc clectricida<strong>de</strong> ao nascente,<br />

e ao poente; c na sua juneção eminente solnv<br />

o arraial das Mercês, <strong>de</strong>spedirão uma faísca cléfallíc i<br />

com horroroso estampido, e" cahindo no prédio do<br />

negociante Maximiano Carlos <strong>de</strong> Lima,, <strong>de</strong>sceu pelo<br />

pé direito da trave da cumicira, arrancou parle da<br />

guarnição da loja, estragou a caixa, e vários pertences<br />

dc uma pêndula: percorreu toda a casa, <strong>de</strong>struindo<br />

o emboço das pare<strong>de</strong>s, abrindo fendas aqui<br />

e ali, <strong>de</strong>ixando após dc si violentos estragos, e um<br />

fumo espesso com cheiro como do enxofre abrasadò.<br />

Felizmente não offen<strong>de</strong>u pessoa alguma <strong>de</strong> muitas _<br />

das casas pequenas, e gran<strong>de</strong>s, que assistirão o seu -<br />

terrível trajecto; mas <strong>de</strong>ixou.a todas, com a povoação<br />

inteira possuídas dc gran<strong>de</strong> terror!<br />

« O parocho pouco antes havia <strong>de</strong>ixado o logar<br />

do sinistro para fazer a novena da Nossa Senhora da<br />

Conceição, que nesse dia foi <strong>de</strong>pois da cateslrophc<br />

bastantémente concorrida. »<br />

O Sr. M. O. Abranches que tem promovido e<br />

importação <strong>de</strong> úteis e importantes instrumentos a<br />

machinismos <strong>de</strong> lavoura, já por meio dc cothalogôs<br />

que distribúe, já estabelecendo agencias cm algumas<br />

Províncias do Império, inaugurou hontem no frontespicio<br />

da sua casa commercial uma gran<strong>de</strong> ia boleta<br />

symbolisando a Agricultura, com o fim não só do<br />

embeIlesaI-3 como para tornar mais significativa a<br />

especialida<strong>de</strong> do mesmo estabelecimento.


Fallcccu hontem o foi sepultado hoje o Dr. João<br />

<strong>de</strong> Oliveira Fausto, Vereador da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong>sta Corte e pessoa estimavol por suas distinetas<br />

qualida<strong>de</strong>s.<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />

PARTE DO DIA 30 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

.. Pela Policia, Manoel José Vieira, por infracção;<br />

Pedro José da Silva, por injurias; o preto livre<br />

Rernardino, para averiguações, por ser encontrado<br />

ás 2 horas da noite a espiar pela feixadura <strong>de</strong><br />

uma casa da rua dos Pescadores; e os escravos<br />

Manoel, e lnnocenclo, por suspeitos <strong>de</strong> fugidos; e<br />

Evaristo por andar fora <strong>de</strong> horas.<br />

Na frcguezia <strong>de</strong> São José, João Antônio, Miguel<br />

dos Anjos, o Henrique Claque, por vadiof.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Rita, (1.° Districto), o Africano<br />

livre Cosmo, e o escravo Juitino, por suspeitos<br />

<strong>de</strong> Rígidos.<br />

Na dc Santo Antônio, José Monteiro <strong>de</strong> Carvalho,<br />

por entrada em casa alheia.<br />

Na mesma freguesia appareceu na Igreja Matriz<br />

o cadáver do uma criança recemnascida do sexo<br />

feminino, <strong>de</strong> côr preta.<br />

Pela 1.» Delegacia foi pronunciado o réo preso<br />

Cincinato Mavignier Lopes Gama como incurso<br />

nas penas do art. 167, hypolheses 1.• fabricar, e<br />

4.* usar, do Código Criminal.<br />

Pelo Corpo Policial:<br />

Manoel José Vieira, por <strong>de</strong>samparar o tilbury<br />

que conduzia; Pedro José da Silva por Insultos;<br />

ihrnardino, preto livre por suspeito; Amaro, Africano<br />

pertencente a Santa Casar <strong>de</strong> Mizericordia,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Pela Secretaria da Policia da Corte se faz puhlico,<br />

para conhecimento dc quem convier, que<br />

so acha recolhido á Casa do Detenção o escravo<br />

Mathcus, que diz pertencer ao Barão <strong>de</strong> Itamaraty.<br />

Secretaria da Policia da Corte em 31 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1862.—F. /. <strong>de</strong> Lima.<br />

DIA 31.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s<br />

:<br />

Pela Policia, Paulo José <strong>de</strong> Brito, por embriaguez<br />

; Joaquim e Antônio, escravos, por furto; os<br />

escravos, Domingos, Zacarias, João e José, por andarem<br />

fora <strong>de</strong> horas; Antônio José <strong>de</strong> Souza e Almeida,<br />

por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na Frcguezia do Sacramento 2.° districto, Vicente<br />

José da Silva e Miguel Alves <strong>de</strong> Lima, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

o resistências..<br />

Na <strong>de</strong> S. José, Antônio Carlos, Antônio Pereira<br />

<strong>de</strong> Magalhães e José Bernardo <strong>de</strong> Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

; João José Maria, por entrar em casa alheia;<br />

Pedro Joaquim <strong>de</strong> Jesus, Antônio Pereira e Carlos<br />

Jlyt, por vãdjos; Marlanno Augusto, por embriaguez;<br />

e o africano Amaro, por fugido.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Rita, 1.° districto, Paulino, escravo,<br />

por suspeito <strong>de</strong> Rígido, e o preto José <strong>de</strong> nação<br />

mina, também escravo, por ameaças.<br />

-Na mesma, 2.° districto, Anacleto Cláudio <strong>de</strong><br />

Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na da Gloria, Januário Gomes <strong>de</strong> Ornellas por<br />

. Injurias, c Joaquim escravo, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

No 1.° districto <strong>de</strong> Santa Ânna, José Antônio da<br />

Silva, por embriaguez.<br />

Na da Lagoa, Felicío Pereira da Costa, e José<br />

Francisco Rodrigues <strong>de</strong> Campos, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m;<br />

Antônio <strong>de</strong> Souza, por embriaguez; o o escravo,<br />

Emílio, por <strong>de</strong>sobediência ao senhor.<br />

Pelo Corpo Policial da Corte :<br />

Anacleto Cláudio <strong>de</strong> Almeida, por embriaguez<br />

o <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m ; José Francisco Rodrigues <strong>de</strong>' Campos,<br />

e Theopbilo Pereira da Costa por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e ferimento;<br />

Paulo José <strong>de</strong> Brito, por embriaguez ; os<br />

escravos Joaquim e Antônio, por furto; e José<br />

pbr andar fora <strong>de</strong> horas sem bilhete <strong>de</strong> seu senhor.<br />

DIA 1.° DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

| Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, Manoel José da Silva, por suspeito<br />

<strong>de</strong> ser escravo Rígido; João José da Rocha por<br />

embriaguez; Manoel José Pereira, JoSo Victorino I<br />

<strong>de</strong> Mattos, o Francisco <strong>de</strong> Paula Vieira do Mello, I<br />

por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Januário <strong>de</strong> Mattos Brandão, e Antônio<br />

Fontes da Rocha, para averiguações sobre<br />

furto; Manoel <strong>de</strong> Carvalho, por ferimento; José<br />

da Silva Manoel, por se oppôr a prisão; e os escravos<br />

João, por olfcnsas physicas; Antônio, por<br />

suspeito <strong>de</strong> fugido; Joio, e Joaquim, por andarem<br />

fora <strong>de</strong> horas.<br />

Na Frcguezia <strong>de</strong> S. José, Manoel Rodrigues,<br />

por furto; |João Baldrond, por offensa physica;<br />

João Marcelino por se oppôr a uma prisão; Henry<br />

Duarte, por embriaguez; Domingos Bricc, por furto '<br />

e damno; c o escravo Bernardo, por entrada em !<br />

casa alheia.<br />

Na do Santa Rita, 2." districto, Graciana Maria<br />

da Conceição, e o escravo Luiz por andarem fora<br />

<strong>de</strong> horas.<br />

Na dc Santo Antônio, Manoel José <strong>de</strong> Carvalho,<br />

Manoel <strong>de</strong> Oliveira, Antônio da Rosa, José Pereira,<br />

Francisco Vieira Gomes, e Bernardino José Barbosa,<br />

para averiguações.<br />

Na do Santa Anna, 2.° districto, Manoel José<br />

Moreira, e José Antônio da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na do Engenho Velho, Antônio Francisco Jorge,<br />

e Francisco Vieira, para averiguações sobre furto;<br />

e os escravos Caetano, Jorge, e Satyro, por furto; .<br />

Sérgio, Fclippe, Pedro, Vital, c Galdino por andarem<br />

fora <strong>de</strong> horas: e Jeronymo por capoeira.<br />

Na do Sacramento, 1.* districto, o escravo Cie- i<br />

mente por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na mesma 2." districto, Joaquim José Loureiro,<br />

e Ignacio José <strong>de</strong> Azevedo, por embriaguez e<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

i Na da Lagoa, o preto Scverino, por alienação<br />

I mental; Orlando Albernaz <strong>de</strong> Faria, por vagabundo;<br />

e o escravo Barnabé por embriaguez.<br />

Na Frcguezia <strong>de</strong> Santa Anna, 1.* districto» foi<br />

pronunciado como incurso no art. 201 do Código<br />

t Criminal Manoel Alves Branco.<br />

Na do Engenho, fez-se corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto no cadáver<br />

da preta Joanna, escrava, que foi morta<br />

por seu parceiro <strong>de</strong> nome Joio, que se acha preso.<br />

Na da Ilha do Governador, o Português José dos<br />

Reis, tendo seguido para o mar em uma canoinha<br />

^ auecé<strong>de</strong>u virar-se a mesma, e a (Togar-se aquellc<br />

Infeliz, cujo cadáver foi posteriormente arrojado a<br />

f praia, e verificou-se sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> assim como<br />

*er <strong>de</strong>vida a morte a submersio no mar.<br />

Pelo Corpo Poli ciai da Corte:<br />

João José da Rocha, Joio Maria Nunes eBernabé,<br />

preto escravo, por embriaguez, Manoel José Pereira,<br />

João Victorino dc Mattos e Francisco Paula Vieira<br />

<strong>de</strong> Mello, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, Manoel <strong>de</strong> Carvalho, por<br />

ferimento, José da Silva Manoel, por se oppdr a prisão<br />

<strong>de</strong> um indivíduo, João e Maria, escravos, esta<br />

por suspeita <strong>de</strong> fugida e aquelle por espancamento,<br />

Domingos Nogueira, por ter dado uma bofetada em<br />

um indivíduo, Joaquim Eusobio Gomes Machado,<br />

por insultos, João, preto escravo, por andar fora <strong>de</strong><br />

horas.<br />

Legitimarão-se na Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />

os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />

feita pelos legitimados:<br />

Porto por Lisboa, Joio da Silva Figueiredo, Thcreza<br />

Francisca Fontes, Manoel José da Fonseca, Felicío<br />

da Motta, Thomaz Coelho Alves,, Luiz José<br />

Barbosa, Maria da Gloria <strong>de</strong> Souza Cardoso, José<br />

Rodrigues Pinto, João Antônio da Silva, Violante<br />

<strong>de</strong> Jesus, Joio Ribeiro, Antônio Luiz da Moita,<br />

Francisco da Silva, Albino <strong>de</strong> Almeida, Antônio<br />

Pereira, Manoel da Silva, Manoel Machado, Estado<br />

José Correia d'Avila, José Antônio Moreira, Antônio<br />

Joaquim Grejo, José da Cunha <strong>de</strong> Mendonça,<br />

Felippe José da Costa Lemos, Augusto Lourcnço<br />

da Fonseca, Manoel José Alves Pinheiro, Antônio<br />

Brandão, Antônio Pereira Nunes, Manoel José .do<br />

Sousa, Portuguezes: Angel Gonzalcz, Hespanhol •<br />

Bueno Ayres Giuseppe Orlando, Ângelo Jagliabue,<br />

Inglês; Michola Barbella, Genazo Gallo, Antônio<br />

Pinto, Italianos.<br />

Buenos-Ayres : Giuseppe Orlando, Italiano e An<br />

gelo Jagliabne, Inglês.<br />

Europa: William Twed<strong>de</strong>ll Gepp, Inglez eBiaxe<br />

Savastailio, Antônio <strong>de</strong> Mora, Michcl Ângelo, Italianos.<br />

Secretaria da Policia da Corte, 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. Lima.<br />

Matèrão-se hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />

255 rezes, incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />

aos preços <strong>de</strong> 60 a 170 réis a libra.<br />

Matár3o-sc hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />

119 reses, ineluidas 4 vitelas quo forão vendidas<br />

aos preços dc 60 a 160 réis a libra.<br />

Relação das pessoas sepultadas no dia 30 <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Antonia Maria da Conceição, Fluminense, 25<br />

annos, solteira. Tuberculos pulmonares.<br />

Um feto, Alho <strong>de</strong> Margarida Maria dos Prazeres.<br />

Lu d gero, Fluminense, 2 annos. Marasmo.<br />

Gamilla Rosa Jaeintha, Fluminense, 22 annos,<br />

solteira. Tuberculos pulmonares.<br />

Felippa Jaeintha <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, Africana, 80 annos,<br />

remettida pela Policia. Morphéa.<br />

Victorino Gomes Ribeiro, Brasileiro, 23 annos.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Joio Scns, Allemão, 25 annos, solteira. Tuberculos<br />

pulmonares.<br />

Estephania, filha <strong>de</strong> José Maria Pereira Cardoso,<br />

Fluminense, 4 annos. Coxalgia.<br />

Leopoldino, filho <strong>de</strong> Nicoláo José dos Santos, Fluminense,<br />

2 annos. Tuberculos mesenterkos.<br />

Sepultário-se mais 4 escravos, tendo fallccido 1<br />

<strong>de</strong> tétano, 1 <strong>de</strong> bexigas, 1 <strong>de</strong> diarrhéa o 1 <strong>de</strong> alfecção<br />

mesentericü.<br />

Dia 1.° <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

João Rodrigues Pereira, Português, 23 annos, solteiro.<br />

Tísica pulmonar.<br />

Emília Maria Raymunda da Conceição, (Fluminense,<br />

20 annos, solteira. Tísica pulmonar.<br />

Francisco, filho <strong>de</strong> José Joaquim Soares, Fluminense,<br />

17 mezes. Denlição,<br />

Manoel Luiz do Amaral Peixoto, Fluminense, 21<br />

annos, solteiro. Febre algida.<br />

José Antônio Gonçalves <strong>de</strong> Amorim, Brasileiro,<br />

87 annos, solteiro. Velhice.<br />

Um innocente. Alho <strong>de</strong> Francisca Joaquina da<br />

Conceição. Fallcccu ao nascer.<br />

Januário José Ramalho, Fluminense, 20 annos,<br />

solteiro. Tísica pulmonar.<br />

Gertru<strong>de</strong>s RuAna da Cunha, Portugucza, 32 annos,<br />

casada. Tísica mesenterica. -<br />

Maria José Sophia do Nascimento, Fluminense,<br />

24 annos, solteira. Peritonite.<br />

Vicencia Firma da Trinda<strong>de</strong>, Fluminense, 21<br />

anuos, solteira. Febre lypboi<strong>de</strong>.<br />

Narcisa, Africana, 60 annos, casada. Hypertrophiá.<br />

Luiz Pereira da Costa, Brasileiro, 25 annos.<br />

Diarrhéa.<br />

Sepultário-se mais 9 escravos, tendo fallecido 1<br />

<strong>de</strong> mesenterite, 1 <strong>de</strong> gastro-enterite, 2 sem <strong>de</strong>claração,<br />

1 <strong>de</strong> hypertrophia, 1 <strong>de</strong> bexigas, 1 tísica pulmonar,<br />

1 dc febre typhoi<strong>de</strong> e 1 <strong>de</strong> ferimentos.<br />

AMÍCIOS ADMINISTRATIVOS.<br />

Primeiro Pagadoría do Thesouro<br />

Nacional.<br />

Pela Primeira Pagadoría paga-se no dia 3 do corrente<br />

as seguintes folhas: Supremo Tribunal <strong>de</strong> Justiça,<br />

Tribunal da Relação, Arsenal <strong>de</strong> Guerra, Conselho<br />

Administrativo, Rccebedoria do Município e Caixa da<br />

Amortização.<br />

Primeira Pagadoría em 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. —<br />

Suei <strong>de</strong> BaeeUar.<br />

Segunda Pagadoría do Thesouro<br />

Racional.<br />

Pagão-se no dia 3 do corrente pela segunda Pagadoría<br />

as folhas seguintes: Gabinete e Mestres da Família<br />

Imperial, Secretarias das Câmaras Legislativas,<br />

Muzeu, Empregados avulsos, Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />

Agricultura, Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, Arsenal, Conselho<br />

<strong>de</strong> Compras e gratificações.<br />

Rio, 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—A. F. Vos.<br />

Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha.<br />

Dc or<strong>de</strong>m do Exm. Sr. Chefe dc Esquadra Graduado<br />

Inten<strong>de</strong>nte da Marinha se faz publico qne nos dias 3,5,<br />

7,8, 9, 10,12 e 13 do corrente mez, <strong>de</strong>verão ser pagos<br />

pela pagadoría da Marinha os Srs. Officiaes do Corpo da<br />

Armada e classes anncxas," dos soldo* vencidos no mez<br />

ultimo, na inlelligencia <strong>de</strong> que aquellcs que não comparecerem<br />

até o ultimo dos indicados dias, só po<strong>de</strong>rio ser<br />

pagos quando se annunciar no mez seguinte igual pagamento.<br />

Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, em 2 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>— João Francisco Ferreira, Secretario.<br />

3<br />

Por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Ex. o Sr. Chefe <strong>de</strong> Esquadra Graduado<br />

e Inten<strong>de</strong>nte da Marinha, Joio Maria Wal<strong>de</strong>nkolk,<br />

se publica, que em data* <strong>de</strong> 24 do corrente mez,<br />

foi <strong>de</strong>mittido do logar <strong>de</strong> Escrivão extranumerario da<br />

Armada o Sr. Joaquim Francisco <strong>de</strong> Castro Leal, conforme<br />

<strong>de</strong>termina o Aviso <strong>de</strong>20 do dito mez; cumpre, portanto,<br />

ao referido Sr. Castro Leal restitair, quanto antes,<br />

á Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha o Titulo que<br />

se lhe passou daquelle logar, visto como, tendo sido<br />

por veies procurado na casa á rua Nova do Príncipe<br />

n." 24 que <strong>de</strong>clarou ser sua residência, abi não fora<br />

encontrado e sc dis ignorar-se on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>.<br />

Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha Si <strong>de</strong> Dezembro<br />

dc 1862.— João Francisco Ferreira, Secretario.<br />

Secretaria da Justiça.<br />

RELAÇÃO DOS REQUERIMENTOS QOB NÃO TEM TIDO<br />

ANDAMENTO POR FALTA DB SF.LLO.<br />

Bacharel Antônio Caries Monteiro <strong>de</strong> Moura.<br />

Bacharel Antônio Buarque <strong>de</strong> Lima.<br />

Bacharel Antônio Caetano <strong>de</strong> Oliveira Carvalho.<br />

Bacharel Antônio Lopes Ferreira da Silva.<br />

Bacharel Antônio Augusto César <strong>de</strong> Azevedo.<br />

Bacharel Ângelo da Malta Andra<strong>de</strong>.<br />

Bacharel Antônio Ferreira Garccz.<br />

Bacharel Antônio Joaquim Buarque <strong>de</strong> Nazareth.<br />

Bacharel Antônio Barbosa da Silva e Souza.<br />

A urdia no Antônio Vieira.<br />

Antônio Luiz Machado.<br />

Augusto Pereira <strong>de</strong> Faria.<br />

Antônio Manoel Macunam.<br />

Antônio Gonçalves <strong>de</strong> Moraes.<br />

Albino Dias Pacheco..<br />

: Antônio Corne)io, (africano liberto).<br />

Antônio, (<strong>de</strong> nação Quissamaa).<br />

A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> [escrava <strong>de</strong> Joaquim Faria e Irmão).<br />

Braz Martins dos Guimarães Bilac.<br />

Bento, (africano livre).<br />

BachaTel Carlos Augusto Ferraz <strong>de</strong> Alves.<br />

Bacharel Cândido Gil Caslello Branco.<br />

Bacharel Conslantino Rodrigues dos Santos.<br />

Bacharel Carlos Pedro Ribeiro.<br />

Chudiana Maria da Conceição.<br />

Domingos Ramos da Fonseca.<br />

Ernesto Nogueira Vellasco da Gama.<br />

Francisco Quirino da Rocha Wernek. '<br />

Francellino Adolpbo Pereira Guimarães.<br />

Fcliciano Teixeira da Malta BaeeUar.<br />

Firmina da Gloria Paulina e Silva.<br />

Francisco Ciriaco dos Santos.<br />

Fclix, (africano livre).<br />

Fcliciano (Africano livre.)<br />

Padre Gabndo Firmo da Silveira Cavalcante.<br />

Henrique Gomes <strong>de</strong> Oliveira.<br />

Bacharel José Martiniano Cavalcante <strong>de</strong> Albuquerque.<br />

Bacharel Joaquim Procopío <strong>de</strong> Figueiredo.<br />

Bacharel José Corrêa c Castro.<br />

Bacharel José Antônio Coelho Ramalho.<br />

Bacharel José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Guimarães.<br />

Bacharel João Diniz Ribeiro da Cunha.<br />

João Bernardo Lobato.<br />

João Carlos Cavalcante <strong>de</strong> Albuquerque.<br />

João <strong>de</strong> Miranda Araújo.<br />

José <strong>de</strong> Oliveira] Bneno.<br />

João Luciano da Silveira Guerra Godinho.<br />

João Antônio. Ferreira Guimarães.<br />

Joio. Pereira Serze<strong>de</strong>llo.<br />

João Jacoh Gramm.<br />

José Rodrigues Teixeira.<br />

Joaquim José <strong>de</strong> Souza Breves.<br />

José Thomaz do Queiroz Moreira.<br />

Joaquim José Romano.<br />

José, africano livre (nação Cabínda).<br />

Dr. Joaquim Cândido Soares <strong>de</strong> Meirelles.<br />

José, africano livre, (nação Angola).<br />

Bacharel Luiz Antônio Coelho da Silva.<br />

Bacharel Leonidos Gozar Burlaaiaquc.<br />

Luiza, africana livre (nação Monjolla).<br />

Luiza, africana livre (nação Angola).<br />

Bacharel Miguel Gonçalves Lima.<br />

Bacharel Manoel Garcia Gil Pimcntee.<br />

Bacharel Manoel Teixeira Peixoto.<br />

Bacharel Manoel Henrique Cardira.<br />

Dr. Manoel Antônio Marques <strong>de</strong> Faria.<br />

Manoel da Silva Teixeira.<br />

Marianno Joaquim Cavalcante.<br />

Manoel Theodoro Xavier.<br />

Manoel José <strong>de</strong> Carvalho Campanhão.<br />

Marlba Maria <strong>de</strong> Oliveira.<br />

Maria José da Encarnarão.<br />

Manoel Torqualo (africano livre).<br />

Miguel (africano livre).<br />

Pedro Antônio Scnv.il.<br />

Pulcheria (africana livre).<br />

Resi<strong>de</strong>ntes da comarca da Constituição em S. Paulo.<br />

Saturnino dc Urzedo Luna.<br />

Thomaz José dc Siqueira.<br />

Thomaz Antônio Ramos Laruy.<br />

Ti to (africano livre).<br />

Wenceslau (africano livre).<br />

Bacharel Viria to Ban<strong>de</strong>ira Duarte.<br />

Valeriano Freire Pereira.<br />

Zeferino <strong>de</strong> Almeida Pinto.'<br />

Zolico (africano livre).<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Justiça, em 31<br />

<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Josino do Nascimento Silva.<br />

Rccebedoria do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Produeto das diversas rendas arrecadadas durante<br />

o mez <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862, a saber:<br />

Renda <strong>de</strong> próprios nacionaes<br />

Foros dc terrenos. • ••• •<br />

Siza <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> raiz.<br />

Décima <strong>de</strong> uma légua alem da <strong>de</strong>marcação<br />

» addicional das corporações <strong>de</strong> mio<br />

morta • • •<br />

Direitos novos e velhos e <strong>de</strong> chancellaria.<br />

» das patentes dos Officiaes da Guarda<br />

Nacional<br />

Dizima <strong>de</strong> chancellaria. •<br />

Jóias das or<strong>de</strong>ns honoríficas<br />

Multas por infracção <strong>de</strong> regulamentos....<br />

Scllo <strong>de</strong> papel<br />

Prêmio dos <strong>de</strong>pósitos públicos. •<br />

Emolumentos<br />

Imposto <strong>de</strong> corretores.<br />

» sobre lojas ...*«..,.....<br />

• especial sobre moveis estrangeiros.<br />

Taxa dos escravos<br />

Cobrança da divida activa «...<br />

Concessão <strong>de</strong> pennas dágua<br />

Décima urbana. «.<br />

Emolumentos <strong>de</strong> Policia<br />

Imposto sobre casas dc modas<br />

» do consumo d'aguar<strong>de</strong>nte.........<br />

» do gado <strong>de</strong> consumo<br />

Meia siza dos escravos<br />

Taxa <strong>de</strong> heranças e legados .............<br />

Armazenagem d'aguar<strong>de</strong>nte.<br />

Receita eventual.<br />

Bens <strong>de</strong> <strong>de</strong>funtos e ausentes............<br />

» do Evento<br />

Salário <strong>de</strong> africanos livres<br />

Taxa <strong>de</strong> 40 rs. n'aguar<strong>de</strong>nte<br />

para a Illm. Câmara Municipal..<br />

1853000<br />

Imposto sobre seges, carros,<br />

i<strong>de</strong>m 4.8309000<br />

O Escrivão, Joào Baplitta da Silva.<br />

1:8869004<br />

1509000<br />

9:8569200<br />

4:8429630<br />

34-.2I49636<br />

5:1469392<br />

65*9000<br />

1:0699538<br />

1809000<br />

2:7589153<br />

70:0009269<br />

2339441<br />

6:8729405<br />

4669668<br />

40:3169946<br />

2:7209000<br />

24:8569000<br />

24:9259588<br />

6249000<br />

314:2629479<br />

4219080<br />

8809000<br />

1:0239680<br />

12:0769600<br />

10; 6209000<br />

29:2459654<br />

1329000<br />

1:10+9500<br />

1809565<br />

1:2139145<br />

2059674<br />

5:0159000<br />

Rs. 608:1539280<br />

Rendimento da Casa da Moeda do mez<br />

<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> «SOS.<br />

Fundição, cunhagem, afinação<br />

e ensaios <strong>de</strong> ouro... 2449481<br />

Afinarão e ensaios <strong>de</strong> prata* 669121<br />

Obras'<strong>de</strong> diversos '209000<br />

3209416<br />

Cunhagem <strong>de</strong> prata do Thesouro<br />

2:7809579<br />

3:1909995<br />

Ouro entregue aos particulares,<br />

em moedas......... 8989*62<br />

Ouro entregue aos particulares,<br />

em' barras. 16:7279525<br />

Ouro entregue aos particulares,<br />

afinado 909085<br />

Prata entregue aos particulares,<br />

em moedas 1:5029192<br />

Prata entregue aos particulares,<br />

afinada 9:0909697<br />

I<strong>de</strong>m ao Thesouro em moedas 57:4119585<br />

— 78:7209546<br />

Secção <strong>de</strong> Éscrípluração e Contabilida<strong>de</strong> da Casa da<br />

Moeda, 91 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.— Cândido Venancio<br />

dos Guimarães.<br />

Correio Geral da Corte.<br />

Cartas retidas por diversos motivos.<br />

Alexandre Ignacio Silveira, 1; Anna Cândida, 1;<br />

Antônio Oliveira Barres, 1; Antônio Roberto & Filho,<br />

i; Casimiro Antônio, 1; Delanche (relojociro), f; Domingos<br />

José Miranda, 1; Eduardo Deyrolle, 1; Francisco<br />

Antônio Vicente Mendonça, 1; Francisco Assis<br />

Brito, 1; Francisco Severiano ltabello & Filho 1 ;<br />

Francisco Vidal Prales, 1; Fre<strong>de</strong>rico José Figueira,<br />

1; Fre<strong>de</strong>rico Luiz Nielson (segeiro), 1; Giuseppe Lombardi,<br />

1; Henrique José Figuerôa Contreiras N. <strong>de</strong> Araújo,<br />

1; Joio Cardoso Corrêa, 1; Joio Oliveira Soares, 1; João<br />

Silva Marinho, 1; Joaquim Egydio Vieira Carvalho, 1;<br />

Joaquim Vieira Silva Valle, 1; Joaquim Machado Cayres,<br />

1; José Antônio Ribeiro Porto. 1: José Bento Luiz Rabello,<br />

2; José Cardoso Corrêa, 1; José Carlos Martins, 1;<br />

José Castro Narciso, 1; José Joaquim Agrão Martins, 1;<br />

José Joaquim Sacramento, t; José Machado Miranda, 1;<br />

José Pereira Motta Porto, 1; José Ribeiro Miranda, 1:<br />

José Teixeira, 1; Luiz Augusto Carvalho, 1; Luiz Quirino<br />

Rocha, 1; Manoel Affonso Costa, 1; Manoel Gonçalves<br />

Leal, 1; Manoel Teixeira Sampaio, 1; Moncorvo<br />

& Fonseca, 1; N. H. Witt & Comp., 1; Patrício Bembinato<br />

Bernabento, 1: Pedro Gomes Souza 1; Sebastião José<br />

Figueiredo & Filhos, 1; Silvino Guilherme Barros, 1; Vicente<br />

Ferreira Costa & Comp. 1; Sem subscripto, 1; Nicoláu<br />

Antônio Nogueira Valle Gama 1 maço.<br />

2.» Turma, 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—O Chefe da 1.»<br />

Secção, /. F» Lopes Anjo.<br />

Antônio Feliz Cabral dc Mello, 1; Antônio Ma<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> Barros, 1; Antônio Raymundo Brigido dos Santos,<br />

1; Antônio Rodrigues da Costa, 1; Barão da Bella<br />

Vista, i; Belchior it Cardía, 1 ,* Beíisario José Alves<br />

da Silva, 1; Carlos Antunes Hudson, 1; Ermclinda<br />

da Motta Andra<strong>de</strong>, 1; Francisco Garcia <strong>de</strong> Mattos 4t<br />

Irmão, 1; Francisco Pinto Duarte, 1; Francisco Xavier<br />

<strong>de</strong> Faria, 1; Fre<strong>de</strong>rico João Ormcrod, 1; Furtado<br />

e Silveira, 1; Giovanni Lana, 1; tsaac Sabak,<br />

1; Jeionimo Pinto Oliveira Rangel, 1; Joio Bernardo<br />

dc Castro, 1; João José Martins, 1; Joaquim da Cunha<br />

Santos, 1; José Bressam Leite, 1; José Caetano da<br />

Silva Barros & Comp., 1; José Oliveira da Silva,. 1;<br />

Justo Anani, 1; Lndugera Josephina <strong>de</strong> Lime, 1;<br />

Magnin, 1; Manoel Zeferino Soares, 1; Maria Barbara<br />

<strong>de</strong> Jesus, 1; Maria Cândida do Valle, 1; Maria José<br />

<strong>de</strong> Souza Nunes, 1 j Maria Vcnancia Almeida Leite,<br />

1; Miguel <strong>de</strong> Sonsa Adio, 1; N. H. Witt & Comp.,<br />

1; Paulino Freire Pcdroza, 1.<br />

2.* Turma, 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862 —J. F. Carysoslomo<br />

<strong>de</strong> Mello.<br />

Carlos seguras existentes nesta Tkesourarta ,\ e que não<br />

Im sido reclamadas; o que se faz publico, a fim <strong>de</strong><br />

que os interessados as venhão receber*<br />

Os Srs.:<br />

Alexandre Cândido da Moita, Dr. Américo Roraão dt<br />

Freitas Musscrunga, Coronel Antônio Gomes Leal, An -<br />

lonio da Serpa Pinto, Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baepèndy, Francisco<br />

Dias Leite, Francisco- Xavier Pereira <strong>de</strong> Mello Corte<br />

Real, Jeronymo da Costa Coelho, Dr, Jeronymo Pereira<br />

Lima Campos, João José <strong>de</strong> Souza ltabello, Joio da<br />

Haia Braga, Joaquim Carneiro <strong>de</strong> Mendonça, José<br />

Dantas daJSilva, José Guilherme da Silva Martins, José<br />

Joaquim dos Reis, José Lopes <strong>de</strong> Abreu Barroso, Dr.<br />

Josino do Nascimento Silva, Dr. Lourcnço Maria <strong>de</strong><br />

Almeida Baptisla, Coronel Luiz César <strong>de</strong> Athay<strong>de</strong>, duas,<br />

Magalhães & Scgesfrédo, Manoel Joaquim Mano, Manoel<br />

da Rocha Miranda, Manoel Silva Dias Guimarães, Marcos<br />

Bricio Portilho Bentes. Dr. Nominato José <strong>de</strong> Assis, Dr.<br />

Raymundo Ferreira <strong>de</strong> Araújo Lima, Dr, Rodrigo Augusto<br />

da Silva, duas, e Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sapucahy.<br />

Thesouraria do Correio Geral da Corte em 30 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1862,—Pelo Thespureiro, V. M. V. <strong>de</strong> Figueiredo.<br />

De or<strong>de</strong>m do Illm. Sr. Administrador, convido ao<br />

Sr. Américo Augusto <strong>de</strong> Faria Rocha, a vir receber<br />

um oflicio nesta repartição, o qual não tem sido entregue<br />

por se ignorar sua residência, '•*<br />

Correio da Corte 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Manoel<br />

Joaquim <strong>de</strong> Castro Vianna.<br />

0 Conselho Administrativo para fornecimento do Arsenal<br />

<strong>de</strong> Guerra da Corte, em virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong> 19<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1860, receberá no dia 8 <strong>de</strong> Janeiro futuro,<br />

das 9 as 10 boras da manhã as propostas que<br />

forem <strong>de</strong> casas importadoras, para compra dos gêneros<br />

estrangeiros abaixo transcriplos, <strong>de</strong>vendo, as que nio<br />

forem, ser conhecidas por Tabellíão, quando apresentadas<br />

pela primeira vez. c acompanhadas das competentes<br />

amostras e <strong>de</strong>claração dos últimos preços. Das<br />

tO horas em diante nio será recebida* mais proposta<br />

alguma.<br />

74 covados <strong>de</strong> flanella azul. v<br />

19 couros envernizados brancos finos <strong>de</strong> bufalo.<br />

25 pranchões <strong>de</strong> oleo jalahy com 15 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />

e 13 <strong>de</strong> grosso ra.<br />

100 pranchões <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira açou Ia cavaUos ou equivalente<br />

em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> genipapeiro.<br />

6 remos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da terra com 34 palmos <strong>de</strong> comprimento.<br />

3 pares <strong>de</strong> esporas <strong>de</strong> lalão.<br />

9 cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ferro fundido para 50 praças.<br />

1 alambique <strong>de</strong> cobre com serpentina.<br />

1 can<strong>de</strong>eiro para pharmacía.<br />

1 caixa <strong>de</strong> guerra.<br />

1 arvore <strong>de</strong> campainhas.<br />

Secretaria do Conselho Administrativo no Arsenal <strong>de</strong><br />

Guerra da Corte em 31 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Luit<br />

Antônio Favilla, Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho.—<br />

Bento José Leite dè Faria, servindo dc Secretario.<br />

M I C I O S PARTICULARES<br />

Aluga-ae o sobrado da rua do Senado n.° 57, sen<br />

ultimo preço é 1:4009000 annual, a chave acha-se <strong>de</strong>fronte<br />

na venda, e para tratar na rua do Ouvidor n. 31,<br />

1.° andar, das 9 a 1 da tar<strong>de</strong>. " f.


Banco Commercial e Agrícola cm<br />

liquidação.<br />

Oi Srs. accic-nisfas do extineto Banro Commercial e<br />

Agrícola «So convidados pela respectiva Ommissão liqnídadora<br />

a apresentarem na Thesouraria do Banco do<br />

Brasil, do dia 28 <strong>de</strong>f corre» te ma cm diante, do meio<br />

dia .as 2 koras. as cautelas <strong>de</strong> suas arções, para serem<br />

con vertidas cm accòes- <strong>de</strong>ste Banco, conforme o accordo<br />

celebrado.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 21 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1862.—Bernardo<br />

Joaquim dr Sousa.—Jf. G. Pereira.—F. J. Gonçalves. (.<br />

PARTE COMMERCIAL,<br />

PRAÇA. 2 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>. '<br />

Cotações o/jíciaet da Junta do» Corretores,<br />

Cavacos: Londres. 27 11* a 90 d/v.<br />

Pedro Graeí, Presi<strong>de</strong>nte.<br />

F. D. Machado, Secretario.<br />

flendimcnlos no me: <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2............... : 13:7105108<br />

Da Rccebedoria, <strong>de</strong> dia 9............. 9:18im3<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2<br />

Í17S235<br />

IWeeart?an para o dia A <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> iH C Pinto.<br />

Sementes dc algodão: 0 sacos a Weyl.<br />

Taçbjhhas: 30 caixas a G. Heldcr.<br />

V<br />

amer. IVtnAeimer, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />

— amer. Agnci, <strong>de</strong> Ballimorc.<br />

iporl. Silencio, do Porto.<br />

nar. ataria, da Ilha do Sal.<br />

ílufina, <strong>de</strong> Paysandn.<br />

Curolina, da Bahia,<br />

Brigue norueg. Botelte Buggard, do Malmo.<br />

— port. Conceição ao olaria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

— port. Minho, <strong>de</strong> 'Montevidéu.<br />

M—L porl; Júlio', dc Lisboa.<br />

— nisso trt<strong>de</strong>ot <strong>de</strong> Copenhaguc.<br />

Polaca hesp. Isabetka, <strong>de</strong> Bucnos-Ayres. '<br />

Pa tacho port. Ceaetfro, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

sueco Brie Andrias, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

Roeu na dinam. amando, <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

EXPORTAÇÃO.<br />

EiinAiie.çúEs •«•achadas no asa 2 m <strong>janeiro</strong>.<br />

Ifdsibsjfors e Alho—Brig. russa Tridtnt, dc 359 tons.,<br />

consiga. 0. & \Y. lleymaró; manif. 3.800 sacas <strong>de</strong><br />

cale,<br />

Hanolulu—Hiatc Uotcaino tale Sargent, dc 258 tons.,<br />

consigs. Maxwell Wrighl & Comp.; togue com a<br />

mesma carga com que entrou por arribada forrada.<br />

Rio da Prata pelos portos'do Sul- - Pol. hesp. Mereedita,<br />

<strong>de</strong> 21V tons., consig. Jaymc Romaguera; segue cm<br />

lastro.<br />

DESPACHO DR KSPOITACÂO NO DIA 9 DB JAKEliO,<br />

1 lavre—Na barca franc, JTNYS, N," Dreyfus Ainé, 900<br />

couros salgados. •<br />

vaccas:<br />

BRIGUE 1NGLEZ—ErGF.MB—-DE C.VRDIFF.<br />

A 2.<br />

Carvão: 413 toneladas a Scolt Hclt.<br />

Boston—05 ds., Gal. Norte Amer. Gardner Colby,<br />

BRIGUE RISSO—F.MMA—DE COPENHAfilE. 986 tons., m. T. Mc. Ktitrc, equip. 22: c.<br />

Taboado: 470 11/12 dúzias a G. «& W. Heymann. gelo a William Smith;<br />

passags. que seguem<br />

2 a ti. Rudjio.— Vidros : 9 caixas a PATACHO INGLEZ—RICARDO—DE Bt/EJODS AVIES. no mesmo para Calcula.<br />

Daveau. 1 ao General Webb, 1 a Michel. — Vi­<br />

Santa Helena—23 ds., Brig. Ingtez African Afaid,<br />

Carne secca: 3751 quintaes.—Couros: 50 a Juan<br />

verei: 20 caixas ao General Webb.<br />

Frias.<br />

143 tons., m. T. Armson, equip. 9: em lastro<br />

a Maxwell Wrigth dr Comp.<br />

BARCA IXGI.FZA—SILVERCEAIG—DE LIVERPOOL. PATACHO DIXAMARQUEZ—FREDF.REÁ—DB F11II-A- Angra—4 ds. Pai. Campeador Fluminense, 38<br />

Aço: 7 caixas a Gordon Slcelc.—Aguar<strong>de</strong>nte: I<br />

DELPIIIA.<br />

tons., m. Antônio José dc Souza, equip. 7 : c.<br />

barril a or<strong>de</strong>m.—Armamento: 1 caixa a Gordon.— Carne <strong>de</strong> porco: 8 barris.<br />

' café, agoár<strong>de</strong>nto e ma<strong>de</strong>ira á José Antônio Gon-<br />

Arreios: 3 caixas a Gordon 1 a Vry.<br />

Farinha <strong>de</strong> trigo: 1.200 barricas.<br />

. çalves Santos dz Comp. ; passags. 2 escravos a<br />

Barilha: 100 barricas a or<strong>de</strong>m.—Bigornas 16 a Milho: 128 sacos.<br />

entregar.<br />

or<strong>de</strong>m.<br />

Presuntos: 100 a Mosle Lackmann.<br />

Asso por Pernambuco—8 ds., (do ultimo) Barca<br />

Calçado: 4 caixas a Clafc, 1 a P. M. da Silva BARCA HAMBÜRGUEZA—UEBUAU OSCAR—DK KBW- íris, 309 tons., m. Gaspar Leite dc Faria, equip*<br />

Cerveja: 400 barricas a Baird Lecoq, 111 a or<strong>de</strong>m,<br />

14: c. sal o palha a Velloso Dias dr Comp.<br />

. CASTLE.<br />

100 a Walson, 100 caixas a A. M. Fernan<strong>de</strong>s.—<br />

Caraguatatuba—5 ds. Pat. Admastor, 102 tons.,<br />

Carvão: 2o'»S/20 toneladas a Ootlokohller.— Coke:<br />

Chá: 150 caixas com 11.858 libras a Napier As-<br />

m. Bernardlno da Silva Serpa, equip. 8: c.<br />

185 3 4 toneladas a Companhia da Estrada <strong>de</strong> ferro<br />

lley. — Chapas para fogões com pertences: 17 a<br />

café á José Luiz Alves dt Irmão.<br />

D. Pedro II.<br />

Gomes Pacheco.—Cobertores: 25 volumes a M. J.<br />

A. Machado, 15 a Gordon, 4 a Petly, 4 a Phipps.— BARCA AMERICANA — WARREN IIAI.LET — DB<br />

ENTRADAS NO DIA 31 J<br />

Cobre: 4 caixas pesando 18 quintaes e SO libras<br />

NEW-YORK.<br />

Phila<strong>de</strong>lphla—40 ds., Pat. dinain. Ftc<strong>de</strong>rika, 125<br />

a Fry.—Cutelarla 3 caixas a Fry, S a Moss. Banha: 500 barrilinhos a Napier Aslley.— Breu Í tons., m. J. Caspersen, equip. 6: c. farinha a<br />

Drogas: 30 volumes a Moreira dr Campbell. 908 barris a G. Rudge.<br />

• Mosle Laehman & Comp.<br />

Farinha <strong>de</strong> trigo: 50 barricas a Napier Astley. ' Farinha <strong>de</strong> trigo: 1 ,600 barricas a G. Budge, New-Castte—60 ds., Barca hamb. Ifermann K Os­<br />

— Fazendas <strong>de</strong> algodão : 130 volumes a Moon, 40 586 a Napier Estlcy.<br />

car , 333 tons., J. G. Forster, equip. 11: c.<br />

a or<strong>de</strong>m, 20 a Gordon, 15 a Lecoq & Oliveira, Objectos para lampista: 5 volumes a or<strong>de</strong>m.—• • carvão o coke a Otto Kohler d Comp.<br />

7 a J. Frecland, 0 a Vaz <strong>de</strong> Carvalhaes, 6 a Petly, Oleo do kerosinc: 269 volumes a or<strong>de</strong>m.<br />

11 ollanda—49 ds., Transporto holl. Hel<strong>de</strong>n, comm.<br />

5 a S. Busk, 3 a J. Br&dshaw, 3 a Phipps, 2 a Papel <strong>de</strong> embrulho: 2.000 resmas a .Vapler. Benkes : monta 10 peças e segue para Ratavia.<br />

J. F. da Costa, 1 a Wejtzmam, 1 a Yollenwei- Velas <strong>de</strong> composição: 100 caixas a Napier. Ncw-Vork—59 ds. Barca norte amer. B^arreu 7/aí<strong>de</strong>r,<br />

1 a Hoyle, 1 a J. Moorc—-Fazendas <strong>de</strong> li : BARCA INGLEZA—MIS1XETOE —DE I.().\.:ltES. , lefl, 284 tons., m.Hallett, equip.: 10 c. farinha<br />

20 volumes a Hoyle, 20 a Colcman, 20 a Petly,<br />

cgenerosa Napier Astley à Comp.<br />

Aeidos: 12 caixas a Bcrrini. — Al vaiado 60<br />

15 a Schnwind, 10 a Phipps, 2 a Gordon, 2 a<br />

Boston — 48 ds.. Hiato ing. jllote Sargent, 172<br />

barris a T. X. Veran.— Arca 8 barris a or<strong>de</strong>m.<br />

Busk.—Fazendas <strong>de</strong> liuho: 92 volumes a Phipps,<br />

tons., m. Thomaz Wist, equip. 7; c. vários gê­<br />

Bolachina : 6 caixas a Cunha Góes, 2 a J. F.<br />

30 a Moon, 14 a Gordon, 7 a Dacnicker, 2a,<br />

neros ao mestre. Vem refrescar e segue para<br />

D. Brandão, canos 379 a Companhia dc esgoto.<br />

Eubank.—Pazcndas mistas: 1 csixa a Michel.—<br />

Honolula.<br />

Cerveja : 250 volumes a Klingclhoe.fer, 200 a<br />

Ferragens: 77 volumes a Fry, 23 a Gordon, 16 a<br />

Hamburgo—40 ds., Brigue sueco Henrik, 185 tons.,<br />

Wagner, 900 a Wilmoul, 150 a F. M. Rrandon,<br />

Or<strong>de</strong>m, 0 a Moss, 1 o Gomes Pacheco, 1 a T. H.<br />

m. N.' P. Hook, equip.; c. vários gêneros á<br />

130 a J. J. Barboza, 74 a or<strong>de</strong>m, 00 a Gui­<br />

Vcrran.—Ferro: 34 1/2 toneladas a or<strong>de</strong>m, 31 2/20<br />

/ Glettc Hothnsock dr Comp.<br />

marães e Ribeiro, 12 a G. Lsst, 6 a J. Frecland,<br />

toneladas a Gomes Pacheco.—Folha do Flandrcs:<br />

Santos—22 hs. Vap Pirahy 100 tons. m. Ma­<br />

2 a L. M. Moreira.—Chi : 49 meias caixas com<br />

175 caixas a Moss.<br />

noel da Cunha GsoCella, equip. 18: c. varioê<br />

2.200 libras a Dreyfus, 30 com 1.485 a J. C.<br />

Lonas: 1 fardo a Napier.— Louça: 129 volumes<br />

| gêneros á Ivahy dr Braga; passags. Luiz Gon-<br />

Sampaio. —Chumbo do munição: 50 barrica-» a Mo­<br />

sí or<strong>de</strong>m, 8 a A. Wagner, 4 a Collings, 2 a M. J. dc<br />

. zaga dc Oliveira, o os Porluguer.es Joaquim Berreira<br />

c Campbell.—Cimento: 1.200 barricas a A.<br />

Oliveira e Irmão. .<br />

nardo Passos, Manoel José <strong>de</strong> Souza, José Cor­<br />

Wagocr, 200 a Samuel, 50 a Shaw, 20 a Gary:<br />

Mochinistnos: 556 volumes o* Estrada <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Mendonça, José Marques Merino, Joa­<br />

Drogas: 18 volumes a II. Pitos, 14 a A. A. Fer­<br />

D. Pedro II, 177 á Companhia <strong>de</strong> Paquetes Rrazi-<br />

quim Gomes Marques, José Pereira Duarte, Anreira,<br />

7 a M. Wilmot, 7 a Gary, 3 a Bcrrini, 3<br />

Jeiros, 22 i* Companhia <strong>de</strong> esgoto.— Manteiga : 150<br />

tônio Francisco Fontes, os Hespanhòcs José An­<br />

Moreira Abreu, 1 a V. Silva Porte. '<br />

barris a Moss, 100 a Napier, 50 a Busk, 50 a or<strong>de</strong>m.<br />

tônio Martins, Vicente Euzcbio Pozado, o Ro­<br />

• Estanho: 5 barricas: a Moreira & Campbell.<br />

I Objectos <strong>de</strong> armarinho: 6 volumes a Moss, 4 o<br />

mã o Lopes <strong>de</strong> La Pena.<br />

Fazendas dc linho:. 3 volumes a or<strong>de</strong>m.— Fer­<br />

L. Tarragâô; 3 a Pereira Irmão e Araújo, 2 a Gor-<br />

If— 18 hs., Vap. S. Pedro, 186 tons,, Comm. o<br />

ragens : 40 volumes a or<strong>de</strong>m, 5 a Wilmot, 2 a Silva j<br />

dun, 1 a.Rec, Ia S..P. da Costa Aguiar.—Objectos<br />

Capitão Tenente Pereira da Cunha, equip. 23:<br />

Porto.<br />

para esrriplorio: 4 volumes a Scully, 1 a Napier.<br />

c. vários gêneros ao Barão <strong>de</strong> Mauá; passags.<br />

' Lupuio: 37 barricas a or<strong>de</strong>m, 81 s Dreyfus.<br />

— Objectos para o gaz: 170 volumes a Ircncu. 4<br />

o Cominendador Antônio Alves dc Araújo, e 1<br />

Objectos para chapéos <strong>de</strong> sol: 3 caixas a or<strong>de</strong>m.—<br />

a Cumberworth.—Objectos para lampisla : 1 caixa<br />

est-ravo; Antônio Augusto <strong>de</strong> Padua Fleury, e 1<br />

Objectos para eseríptorio* 1 caixa a Scully.—Oleo<br />

a Lenoble.—Oleo <strong>de</strong> Kerosinc: 58 latas a Wilmot.<br />

escravo; o Trance/. P. Savury; os Porluguezés<br />

dc Inhaça: 130 volumes a Moreira dl Campbell, 20<br />

—Oico <strong>de</strong> linhaça: 2o barricas a Wilmot.<br />

; Domingos <strong>de</strong> Silva Lassa, Francisco dos Santos,<br />

a Klingclbocfer, 10 a B, Lejcnne.<br />

Pas: 132 feixes a Petly.— Pcllcs preparadas: 1<br />

Domingos dos Santos, João Elizario <strong>de</strong> Carvalho<br />

Pedras <strong>de</strong> lousa : 5 caixas aC. Massei. —Pcllcs<br />

caixa a .Moreira c Campbell.— perfuuiarios: 4<br />

Monlcncgro,. Pompòo Augusto César, José Tapreparadas:<br />

10 volumes a Umlauf, 6 a Heyn, 3<br />

caixas a or<strong>de</strong>m.— Pregos: 3 barricas a Gomes Pa­<br />

• vares Santiago, Joaquim dos Santos Gosta, e<br />

a Breissan, 8 a C. Spcncc, 2 a M. Uxitaf. — Pcrcheco.<br />

Augusto Carlos Ribeiro Bastos.<br />

fumarias: 4 volumosa L. Tarragio, lati. Last.<br />

Sabão: 484 emas a Moon.<br />

Campos—2ds., Sum. Novo Sorte, TI tons., m.<br />

— Pise: 100. barricas a Moss. — Pólvora: 400<br />

Torra<strong>de</strong>iras: 18 volumes a Gomes Pacheco.<br />

[ Domingos Teixeira Soares, equip. 6.: c. assucar o<br />

barricas <strong>de</strong> quarto a Humann, 80 a Gordon, 1 a<br />

Vidros :• C caixas a or<strong>de</strong>m. 1 a M. J. Teixeira Jú­<br />

', generosa Sampaio Guimarães c\; Ramos ; passag.<br />

W'. -S. Guimarães Júnior.<br />

nior.—Vinho: 2 barris a Phipps.— Vivercs: 10<br />

( Joaquim BaptUta Teixeira (menor).<br />

' Queijos: 11 caixas a Moreira c Campbell. '<br />

caixas a or<strong>de</strong>ea.<br />

— 1 d. , Hiatc Conselheiro, 05 tons. ...m». Ber­<br />

' Sal rclluado: 20 barricas a Guimarães e Ribeiro.<br />

nardo Gomes Ayres da Costa, equip. 9: c.<br />

GALERA PORTFGCEZA ÁFRICA — DO POETO. —Salitre: 50 barricas a Moreira Campbell.<br />

assucar á Companhia Macahé o Campos; passags.<br />

, -Tapetes: 1 caixa a Moreira o CampbeJI.—Tintas:<br />

o Portuguez Manoel Francisco dc Freitas.<br />

250 volumosa Klingclhocfer, 105a T. II. Vcrran,<br />

20 a B.Lcjeune.<br />

Ilahapoana— 1 d., Pàt. -Paraowqssií, 150 tons., m.<br />

> Manoel da Silva Moreira do Amaral, equip. 9:<br />

> Velas <strong>de</strong> composição: 200 caixas a F. M. ílran-<br />

c. ma<strong>de</strong>ira c gêneros a vários.<br />

don.— Vidros para vidraças: 7 caixas a R. Lejcune,<br />

Campos—2 ds., Sum. 0/


CORTEI<br />

DIâRIQ OFFICIAL<br />

POR ANNO 423í>000<br />

POR SEIS MEZES. . . 6#>000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL.<br />

POR TRES MEZES. . 3$000<br />

PROVÍNCIAS,<br />

PCR ANNO. ....... 1G&000<br />

PCR-SEIS MFZBS. . . 8©000<br />

YOR TRES MEZES... 4$fQ0<br />

ANNO DE 1865. DOMINGO, 4 DE JANEIRO. NUMERO 5.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

DECRETO<br />

N.° 3.0V0 DE 31 DB DEZEMBRO DB 1862 ,.<br />

Orra a Receita c fiia a Despeza da Illm. a Câmara Municipal<br />

para o anno <strong>de</strong> mil oitocentos sessenta e tres.<br />

Hei por bem, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o art. 23<br />

da Lei n.' 108 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Maio 1840, approvar, o<br />

mandar que sc execute, pela maneira abaixo <strong>de</strong>clarada,<br />

o Orçamento da Illm. 1 Câmara Municipal<br />

para o anno <strong>de</strong> mil oitocentos sessenta tres.<br />

RECEITA.<br />

Art. l.° E' orçada a receita da Câmara Municipal<br />

da Corte para o anno, á que se refere o<br />

presente <strong>de</strong>creto, na quantia <strong>de</strong> setecentos vinte<br />

e tres contos novecentos noventa o quatro mil<br />

§ 1. 0 Imposto do patente no consumo<br />

da aguar<strong>de</strong>nte....<br />

§ 2. * Dito sobre vinhos, licores c<br />

mais líguidos espírltuosos<br />

§ 3." Dito <strong>de</strong> policia..<br />

§ k.* Novo imposto dc seges, carros,<br />

carroças, & c<br />

§ 5.° Licenças á mascates<br />

§ 6.° Foros dc armazéns.;... 1..<br />

§7.° Ditos do t a ver nas<br />

§ 8.° Ditos <strong>de</strong> quitandas<br />

% 9. 8 Ditos <strong>de</strong> carros<br />

§ 10. Ditos <strong>de</strong> carroças.<br />

% 11. Ditos do terrenos da Câmara.<br />

§ 12. Ditos dc dilos <strong>de</strong> Marinha e<br />

mangues ,<br />

§ 18. Lau<strong>de</strong>mios <strong>de</strong> terrenos da<br />

Câmara.<br />

$ 14. Ditos <strong>de</strong> marinhas e mangues<br />

'£ 15. Arrendamentos dc terrenos<br />

<strong>de</strong> marinha ........<br />

§ 16. Emolumentos dcAlvarás dc<br />

casas dé negocio, &c...<br />

$ 17. ín<strong>de</strong>mnisação por medição<br />

<strong>de</strong> terrenos <strong>de</strong> marinha.<br />

$ 18. Arruações..-. ...;><br />

§ 19. Juros <strong>de</strong> Apólices.;<br />

5 20. Ditos -do quantias- pertencentes<br />

ao cofre, <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />

§ 21. Juros dc quantias pertencentes<br />

ao cofre da Capinara<br />

22. Prêmios do Depósitos<br />

23. Rendimento dos talhos dc<br />

lóra da Cida<strong>de</strong>.<br />

£ 24. Dito dc aferições.........<br />

% 25. Dito da praça do mercado.<br />

§ 26. Taxa sobre a venda do peixe<br />

pela Cida<strong>de</strong><br />

20. Dito sobre naluralisaçõcs..<br />

28. Dita dc licenças para festivida<strong>de</strong>s.<br />

..'<br />

$ 29. Produeto dos gêneros vendidos.<br />

.....'<br />

30. Donativos<br />

31. Multas Policiacs.<br />

3*2. Ditas por infraCçoes <strong>de</strong> Posturas.<br />

.<br />

£ 33. ' Restituições o reposições...<br />

§ 34. Cobrança da Divida a et i va.<br />

* 35. Rendimento do Matadouro.<br />

§ 36. Locação <strong>de</strong> terrenos nas praças<br />

e no Matadouro para<br />

toldos volantes<br />

§- 37. investidora dc terrenos ganhos<br />

para armamentos.<br />

% 33. Carimbos <strong>de</strong> carroças, carros,<br />

botes, barcos; &c..<br />

§ 39. Aluguel do próprios muhicipaes<br />

.<br />

§ 40. Licenças a Despachantes..<br />

$ 41. Rendimento dc calçadas..<br />

§ 42. Saldo existente no Banco<br />

Rural c Hypothccario..<br />

DESPEJA.<br />

723:9949000<br />

50:0009000<br />

70:0009000<br />

22:000*000<br />

110:0009000<br />

22:0009000<br />

2:5009000<br />

1 -.5009000<br />

409000<br />

1509000<br />

2:5009000<br />

3:0009000<br />

2:0009000<br />

30:0009000<br />

2:5009000<br />

8:0009000<br />

62:0009000<br />

509000<br />

i 1:2009000<br />

8049000<br />

5:0009000<br />

4:0009000<br />

6009000<br />

3009000<br />

13:4009000<br />

80:8009000<br />

6009000<br />

3009000<br />

5009000<br />

9<br />

5:0009000<br />

8:0009000<br />

35:0099000<br />

5009000<br />

15:0009000<br />

60:0009000<br />

14:0009000<br />

3003000<br />

1:0009000<br />

8509000<br />

6009000<br />

8:0009000<br />

80:0009000<br />

Art. 2.° £' lixada a <strong>de</strong>speza da Câmara do Município<br />

da Corte para o anno, <strong>de</strong> que trata este<br />

Decreto, na quantia dc setecentos vinte e tres contos<br />

novecentos noventa e quatro mil réis. 723:9949000<br />

$ 1.° Com a Secretaria 17:6009000<br />

5$ 2.° Com a Contador ia 1 14:6009000<br />

§ 3.* Com o Thesoureiro, Escrivão<br />

da Receita c Despeza,<br />

Advogado c Procurador.. 13:2429398<br />

§ 4.* Com os Fiscacs e Guardas :<br />

das Freguesias da Cida<strong>de</strong>. 30:7G09000<br />

§ 5.° Com a Directoria do Obras . H 8:0409000<br />

§ 6." Com custeio do Matadouro, & 7:8289000<br />

§ 7." Com foros <strong>de</strong> terrenos occupados<br />

pela Câmara...'. 409000<br />

8/ Com diffcrentcs obras .... 410:9009000<br />

9.° Com o pagamento da divida<br />

passiva 46:7659330<br />

§ 10. Com juros do segundo empréstimo.<br />

, .>» 4:8309313<br />

§ 11. Com a amortisação do primeiro<br />

empréstimo, (saldo)<br />

e principio do segundo,<br />

sendo para o primeiro empréstimo<br />

9:5009000 e para<br />

o segundo 15:5009000 ... 25:0009000<br />

$ 12. Com u amortizarão e juros<br />

do empréstimo contraindo *<br />

com o Banco Rural o Hypothccario<br />

para continuação<br />

do calçamento por parallelipipcdos<br />

110:0009000<br />

§ 13. Com á mantença dos Africanos<br />

7:5919900<br />

§ H.<br />

§ 15.<br />

§16.<br />

S 17.<br />

§ 18.<br />

§ 19.<br />

§ 20.<br />

$ 21<br />

Com custas, á que está sujeito<br />

o cofre Municipal...<br />

Com <strong>de</strong>spezas judiciaes....<br />

Com restituições e reposições.<br />

Com a impressão das Actas,<br />

Balanços, &c<br />

Com levantamento <strong>de</strong>plan-,<br />

tas... ..<br />

Com o tombamento dos. terras<br />

da Cornara e marinhas,.;<br />

Com expediente, papel, livros<br />

&c<br />

Com a impressão do tombamento<br />

do patrimônio municipal<br />

Com <strong>de</strong>spezaseventuacs ...<br />

6:0009000<br />

3:0009000<br />

2:0009000<br />

3:8009000<br />

5OO9OOO<br />

5009000<br />

2:0009000<br />

2:^009000<br />

7:0159539<br />

Art. 3.° Fica o cm Vigor, como permanentes ,<br />

quaesquer disposições dos Decretos dos Orçamentos<br />

anteriores, que não versarem sobre o orçamento da<br />

Receita e fixação da Despeza, c que não tenhão sido<br />

expressamente revogadas.<br />

O Marquez <strong>de</strong> Olinda, Conselheiro <strong>de</strong> Estado,<br />

Senador do Império, Presi<strong>de</strong>nte do Conselho dc<br />

Ministros, Ministro e Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios<br />

-do Império, assim o lenha entendido e faça<br />

executar.<br />

.Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro,, em trinta e um do<br />

Dezembro dc mil oitocentos e sessenta c dous, quadrogesimo<br />

primeiro da In<strong>de</strong>pendência e do Império.<br />

Cpm a Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—<br />

Marquei <strong>de</strong> Olinda.<br />

, III\ISTI:IIIO DO IIIIT.ltIO<br />

4." Secção.—• Rio dc Janeiro. Ministério dos Negócios<br />

do Império cm 31 dc Dezembro dc 1862.<br />

Foi ouvida a Secção dos Negócios do Império<br />

do Conselho <strong>de</strong> Estado sobre os tres requerimentos<br />

que acompanharão o' oflicio <strong>de</strong> V. S. <strong>de</strong> 21<br />

<strong>de</strong> Agosto do anno passado, apresentados á Congregação<br />

<strong>de</strong>ssa Faculda<strong>de</strong> pelo Conselheiro D**. José<br />

Maria <strong>de</strong> Avcllar Brotero, e por cila approvados,<br />

pedindo solução <strong>de</strong> algumas duvidas que lhe occorrèrão-acerca<br />

da doutrina do Aviso <strong>de</strong>ste Ministério<br />

<strong>de</strong> 3 do referido mez, pelo qual foi communicada<br />

á Directoria da mesma Faculda<strong>de</strong> a Imperial<br />

Resolução <strong>de</strong> Consulta dc 17 dc Julho daquelle<br />

anno, relativa a sentença proferida em processo<br />

disciplinar feito ao Bacharel Pedro Elias Martins<br />

Pereira.<br />

So primeiro requerimento so ãllega que, tendo.<br />

tt~Dícrcfif dè ÍWtn "XÇfRHr '<strong>de</strong>* 1837 não só estabelecido<br />

penas contra os estudantes, que injuriassem<br />

o Director e Lentes, mas lambem <strong>de</strong>terminado<br />

a fôrma do processo que, cm taes casos, se<br />

<strong>de</strong>via organisar; o achando-sc nos Estatutos, qne<br />

posteriormente forão dados por Decreto n.° 1.086<br />

dc 28 dc Abril dc 1854, disposições relativas somente<br />

ás penas, sem quo cousa alguma <strong>de</strong>clarassem<br />

sobro fôrma do processo; <strong>de</strong>vo enten<strong>de</strong>r-sò<br />

quo os ditos Estatutos, alterando a parte penal daquelle<br />

Decreto, <strong>de</strong>ixarão cm vigor a que trata do'<br />

processo. E sobre esta argumentação busca-se a conclusão<br />

que não é exacta a doutrina do citado Aviso,<br />

quando suppõe achnr-so revogado o mesmo Decreto<br />

em ambas as referidas partes.<br />

No segundo pe<strong>de</strong>-se que o Governo <strong>de</strong>clare qual<br />

a praxe, que se <strong>de</strong>ve seguir, quando fòr necessária<br />

chamar pessoas informantes não sujeitas á Faculda<strong>de</strong>,<br />

c sc po<strong>de</strong> ou não ter applicação a esta<br />

espécie o Alvará <strong>de</strong> 21 dc Outubro do 1765 § 9.°.<br />

No terceiro pe<strong>de</strong>-se tombem que se estabeleça<br />

regra para proce<strong>de</strong>r-se á citação do réo, estando<br />

fora da Província.<br />

E Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador, Conformando-se<br />

por sua lmmediata Resolução do 10 do corrente<br />

mez com o parecer da sobre dita Secção, exarado<br />

em consulta dc 10 do Novembro ultimo, manda<br />

<strong>de</strong>clarar:<br />

Quanto a matéria do primeiro requerimento, que<br />

as razões nello expendidas não po<strong>de</strong>m proce<strong>de</strong>r<br />

contra a doutrina do Aviso <strong>de</strong> que so trata, visto<br />

quo os estatutos das Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Direito não são<br />

omissos, como so diz, quanto as formalida<strong>de</strong>s dos<br />

processos, que so tenhão <strong>de</strong> formar para a imposição*<br />

dc penas; do que dão testemunho os disposições<br />

dos orts. 115, 116, 119 a 124. E nem se<br />

pô<strong>de</strong> allcgar que estes artigos não são applicavcis<br />

aos casos do injuria e ofiensas ao Director, c aos<br />

Lentes, mas tão somente- as infracções <strong>de</strong> disciplina<br />

escolar sujeitas a alçada do mesmo -Director,<br />

pois que o art. 129 <strong>de</strong>termina .que a Congregação<br />

tome . conhecimento do quaesquer infracções <strong>de</strong><br />

disciplina quando haja <strong>de</strong> ser applicada pena <strong>de</strong><br />

prisão maior dc oito dias.<br />

Allega-se lambem que, so o Governo pelo facto<br />

dc confirmar a sentença dada contra o 'Bacharel<br />

Martins Pereira no processo organisado pelo dito<br />

Conselheiro na qualida<strong>de</strong> do Lento mais . antigo,<br />

reconheceu a legitimida<strong>de</strong> da autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste, na<br />

materia do quo so trata, reconheceu igualmente<br />

a valida<strong>de</strong> do Decreto do 1837, visto que tal autorida<strong>de</strong><br />

foi creoda pelo mesmo Decreto, c não pelos<br />

estatutos que são omissos neste ponto. Esla razão<br />

carece igualmente <strong>de</strong> fundamento, por quanto na<br />

disposição do art. 9.* dos citados estatutos, em<br />

virtu<strong>de</strong> da qual o Lente mais antigo é o substituto<br />

do Director, quando não haja pessoa <strong>de</strong>signada<br />

pelo Governo para esse fim, se Contem implicitamente,<br />

a mesma do Decreto <strong>de</strong> 1837, que ó invocada<br />

.<br />

O processo <strong>de</strong>terminado pelos estatutos não contraria<br />

o que é prescriplo pelo dito Decreto; são<br />

ambos semelhantes, ou antes idênticos, e portanto<br />

indifferente era que se proce<strong>de</strong>sse, lendo a vista<br />

esto ou aquelles, não o sendo, porém, citar-se no<br />

processo um ou outro dos mesmos actos, visto que<br />

o primeiro se acha revogado e substituído pelo<br />

segundo.<br />

Cumpre portanto que fique entendido, que tonto<br />

a respeito da penalida<strong>de</strong>, como do que fôr con­<br />

cernente ao processo, cm casos <strong>de</strong>infracção dos Estatutos,<br />

a congregação da Faculda<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve por estes<br />

reger, o não pelo Decreto <strong>de</strong> 1837, que foi pelos<br />

mesmos Estatutos revogado cm parte, e em outra<br />

parte substituída.<br />

Quanto ao ohjccto do segundo requerimento que,<br />

estando o Director ou quem suas' vezes fizer, c assim<br />

também a Congregação, autòrisados pelo art. 124<br />

dós Estatutos a chamar testemunhas que souberem<br />

do facto,' sobre que se intentar o processo, <strong>de</strong>ve o<br />

Director, quando sc <strong>de</strong>r o caso proposto, fazer intimar<br />

por um dos Empregados da Faculda<strong>de</strong> ao indivíduo'<br />

que souber do facto criminoso; e quando<br />

elle não compareça, fazOl-o processar como <strong>de</strong>sobediente<br />

no foro commum, porostar incurso no art.<br />

128 do Código Criminal.<br />

Quanto* ao assumpto do terceiro requerimento,<br />

que, qnando o réo residir no logar em quo so acha<br />

a Faculda<strong>de</strong>, o Director <strong>de</strong>verá mandar chamal-o. na<br />

fôrma do arfÍM30 dos Estatutos, por um dos Empregados;<br />

e se não fôr obe<strong>de</strong>cido, recorrer á autorida<strong>de</strong><br />

policial para coagil-o a vir a sua presença. No<br />

caso, porém, <strong>de</strong> sc achar o réo fora daquelle logar,<br />

cumpre que o Director oíTícic ao Chefe do Policia<br />

da Província cm que elle estiver, a fim <strong>de</strong> mandar<br />

fazer a in ti moção para que se apresente <strong>de</strong>ntro dc<br />

um prazo razoável; e si o réo não obe<strong>de</strong>cer, ofileiar<br />

do novo á mesma autorida<strong>de</strong> para coagir o <strong>de</strong>sobedienle<br />

na fôrma do citado art. 130.<br />

O que' tudo communico a V. S. para seu conhecimento<br />

e execução. Deus Guar<strong>de</strong> a V. S.—Marquez<br />

<strong>de</strong> Olinda.—Sr. Director da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<br />

<strong>de</strong> S. Paulo.<br />

MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 20 DB NOVEMBRO DE 1862.<br />

Ao Sr. Ministro do Império, communicando, em<br />

resposta ao seu Aviso do 14 do corrente, que não<br />

tem- sido entregue ao Director interino do Instituto<br />

dos surdos mudos a pensão do alumno Torquafo,<br />

vindo ultimamente do Pará, <strong>de</strong> que trata o Aviso<br />

<strong>de</strong> 29 dc Outubro próximo passado, por não ter-se<br />

recebido do Thesouro o Aviso autorisaodo a entrega,<br />

como é <strong>de</strong> cslylo, e se faz preciso, para maior<br />

regularida<strong>de</strong> dos lançamentos em folha-.<br />

— A' Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminando<br />

que, tendo em vista, o art. 2." da lei<br />

n.° 683 <strong>de</strong> 5 dc Julho <strong>de</strong> 1853, o art. 1.*, §9.°<br />

da Lei n.° 1.083 dc 22 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1860, quo<br />

estabelece a retirada da circulação das notas ou<br />

•papel moeda circulante do Governo*,' consulte sobre<br />

a forma <strong>de</strong> pagamento ao Banco do Brasil das<br />

notas que annualmcnte tem este dc retirar da circulação*;<br />

c so <strong>de</strong>vem estas ser pagas em apólices<br />

<strong>de</strong> 6% ao par ou sc. pela fôrma ate agora praticada;<br />

transmittindo seu parecer á Directoria Geral<br />

das Rendas c esta á do Contencioso, para ser <strong>de</strong>spois<br />

tratado esse ohjccto em sessão do Tribunal do<br />

Thesouro Nacional.<br />

— As Presidências dc Províncias, (Circular), Determinando<br />

que rcmcltão infullivclmcnte até o fim<br />

dc Janeiro dc 1861 um quadro <strong>de</strong>monstrativo dos<br />

Bancos, Caixas, Socieda<strong>de</strong>s, e Companhias <strong>de</strong> que<br />

trata a Lei n. a 1.083 dc 22 dc Agosto do 1860,<br />

com <strong>de</strong>claração das que tem Estatutos approvados<br />

pelo Governo o das que os não tem; o um resumo<br />

histórico do quo tiver oceorrido <strong>de</strong> mais notável<br />

em taes estabelecimentos.<br />

O quadro especificará as datas das incorporações<br />

dos mesmos estabelecimentos, comprehendcrá<br />

todas as Associações creadas <strong>de</strong>pois da referida<br />

Lei, c bem assim as que sc extinguirão ou se achão<br />

em liquidação.<br />

— A' Presidência da Bahia, <strong>de</strong>terminando que<br />

exija dos Bancos dc emissão estabelecidos na Província,<br />

• transmitia a este Ministério uma <strong>de</strong>monstração,<br />

em fôrma, das notas dqsua omissão menores<br />

<strong>de</strong> 509000, que recolherão cm cumprimento da lei<br />

n.° 1.083 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Agosto dc 1860, com <strong>de</strong>claração<br />

das que não vierão ao troco até expiração do prazo<br />

marcado para a sua substituição, bem como da<br />

importância, produzida pelo <strong>de</strong>sconto feito nellas,<br />

até o encerra mm to do troco; <strong>de</strong>clarando igualmente<br />

qual o valor recolhido na respectiva Thesouraria <strong>de</strong><br />

Fazenda,-tanto das notas que li cá rio sem valor como<br />

dos referidos <strong>de</strong>scontos.<br />

— A' Thesouraria do S. Paulo.—Devolvendo o<br />

processo dc habilitação <strong>de</strong> D. Anna Luiza da Conceição,<br />

filha do Tertenlc reformado <strong>de</strong> 1.* linha<br />

Joaquim José dos Santos, transmittido com o seu<br />

oflicio n. 86 <strong>de</strong> IV do Setembro <strong>de</strong> 1859, a fim<br />

dc quo axija da habilitanda o seguinte : Certidão<br />

<strong>de</strong> casamento do seu pai ; prova <strong>de</strong> que não ficarão<br />

por morte <strong>de</strong> seu pai filhos menores dc 18<br />

annos,, aos quaes po<strong>de</strong>sse caber esse beneficio;<br />

prova; dc que é a própria e idêntica filha do finado<br />

Tenente reformado, visto quo a certidão <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> anncxa ao dito processo diz ser filha dc<br />

Joaquim dos Santos Guimarães; <strong>de</strong>vendo a dila<br />

Thesouraria mandar suspen<strong>de</strong>r o pagamento <strong>de</strong><br />

59000 que lhe foi arbitrado, quo já percebe, mandando<br />

intimai—a na .conformida<strong>de</strong> das Inslrucções<br />

do 12 <strong>de</strong> Maio dc 1859, a fim .dc que produza<br />

outra justificação que satisfaça as exigências da Lei<br />

acima mencionadas.<br />

— A' dc Minas Geracs, communicando, era resposta<br />

ao seu oflicio n." 78 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Outubro ultimo,<br />

quo o Tribunal do Thesouro resolveu in<strong>de</strong>ferir<br />

o recurso interposto por José Antônio Tavares<br />

da <strong>de</strong>cisão da mesma Thesouraria que sujeitou o<br />

recorrente ao pagamento da taxa <strong>de</strong> seus escravos<br />

oceupados em.serviço da lavoura; visto como rc :<br />

sidindo os ditos escravos. <strong>de</strong>ntro doa limites da<br />

villa <strong>de</strong> Tamanduá, na dita Província, não pódc o<br />

mesmo recorrente, em vista da Or<strong>de</strong>m n.° 479 <strong>de</strong> 20<br />

<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1857, do art. 5.* do Decreto n." 111<br />

<strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1845, e da Circular <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 1835, eximir-se do pagamento da respectiva<br />

laia.<br />

HIMIÜTERIO DA GUERRA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

1.* Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provindo do Pará, aceusando<br />

recebidos os exemplares, remettidos por S. Ex. com<br />

oflicio <strong>de</strong> 26dc Novembro findo,'do relatório com<br />

que abrio a 1.* sessão ordinária da 13.•. Legislatura<br />

da Assembléa d'aqueila Província «em o 1.* dc Setembro<br />

ultimo.<br />

— Ao da Parahyba, i<strong>de</strong>m, o seu oflicio, datado<br />

do 1.° do corrente, enviando um exemplar da collecção<br />

das Leis promulgados no presente anno, pela<br />

Assembléa Legislativa daquella Província.<br />

— Ao Director do Hospital Militar da Corte,<br />

communicando que fica expedida or<strong>de</strong>m para que<br />

sem <strong>de</strong>mora reverta áquella Repartição o respectivo<br />

Amanuense José Antônio <strong>de</strong> Freitas Amaral, que so<br />

acha com exercício na com missão <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><br />

contas ao ex-xVlmoxarife do Arsenal dê Guerra Gabriel<br />

Henriques Pessoa; visto não convir que por<br />

mais tempo se conserve <strong>de</strong>sligado do serviço do dito<br />

Hospital.<br />

— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra, remeltcndo.<br />

para informar, o requerimento em que Manoel José<br />

<strong>de</strong> Araújo, pe<strong>de</strong> ser admiltido na offlcina <strong>de</strong> fundição<br />

d'aquelle Estabelecimento.<br />

— An Cirurglão-Mór do Exercito, remettendo,<br />

para informar, os requerimentos, em que Paulo José<br />

da Costa e Araújo, Flrmino Cypriano do Espirito<br />

Santo, c Manoel Tiburcio Garnet, pe<strong>de</strong>m ser nomea- 1<br />

dos Alumnos Pensionistas do Hospital Militar da<br />

Província da Bahia.<br />

2.' Directoria Geral.<br />

Ao Conselho Supremo Militar, remeltcndo para<br />

consultar o requerimento em que o Alteres do Batalhão<br />

do Caçadores do Malto Grosso, Manoel José<br />

<strong>de</strong> Campos Vidal pe<strong>de</strong> ser reformado.<br />

— Ao Conselheiro dc Estado, Commandante da<br />

Escola Central, remettendo o requerimento cm que<br />

o Cabo do Esquadra do 5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />

Franklím Benjamim Fernan<strong>de</strong>s dc Moraes, pedo<br />

licença para estudar o curso <strong>de</strong> sua arma,<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m o do Particular 2.° Sargento<br />

do 1.* Regimento dc Artilharia a cavallo, Antônio<br />

Gomes Pimcntcl, pedindo licença para fazer novo<br />

exame em physica.<br />

—Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Maranhão, man-.<br />

dando proce<strong>de</strong>r u exame <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong> no Soldado<br />

do respectivo Corpo dc Guamição Antônio Rajmundo<br />

da.Costa, enviando S. Ex. n esta Secretaria .<br />

<strong>de</strong> Estado o respectivo termo <strong>de</strong>sse exame.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, exigindo uma certidão<br />

dos assentamentos que tiver no 7.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />

a que pertenceu o Tenente do 5.° Batalhão<br />

<strong>de</strong> Infantaria Antônio José da Fonseca.<br />

— Ao da do Pará, remettendo o requerimento em<br />

quo o Soldado do 3.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Eu- •<br />

gênio Barboza Campos, pe<strong>de</strong> quo pelo 3." Batalhão<br />

do Artilharia a pé ao lhe passe 2. a via do li tu Io •<br />

dc voluntário, a fim <strong>de</strong> que.S.-Ex. preste os necessários<br />

esclarecimentos a respeito da mesma pretenção.<br />

.,.<br />

— Ao da dc S. Paulo, remettendo cm <strong>de</strong>ffcrimento<br />

a supplica do Forrlel do respectivo Corpo <strong>de</strong> Guornição<br />

Antônio Fcliciano do Mattos, a certidão do<br />

assentamentos do dito Forriel.<br />

3.* Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Minas enviando os<br />

I informações dadas pelos Directores do Hospital Mi­<br />

litar c Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte acerca das differenças<br />

encontradas nos volumos ultimamente remettidos<br />

para nlli.<br />

— Ao da do S. Paulo mandando eliminar da<br />

carga do respectivo Corpo dc Guamição diversos<br />

objectos julgados inúteis.<br />

— Ao director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte,<br />

i<strong>de</strong>m, concertar 152 pistolas pertencentes ao Corpo<br />

Policial, por conta da repartição da Justiça.<br />

—Ao da Fabrica du Pólvora, <strong>de</strong>clarando que<br />

nas guias <strong>de</strong> remessa <strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>ver-sc-ha mencionar<br />

a importância dc seu valor real.<br />

4." Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nta da Província do Para, autorisando<br />

a mandar dar- por liquidado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Ín<strong>de</strong>mnisação,<br />

o abono da etapa feito nos mezes <strong>de</strong><br />

Janeiro o Fevereiro do corrente anno na razão do<br />

valor <strong>de</strong> 390 réis arbitrado pela respectiva Thesouraria<br />

do Fazenda, cm logar do <strong>de</strong> 360 réis, fixado<br />

por este Ministério para o 1." semestre do dito<br />

anno.<br />

— Ao-lnspector da Thesouraria do Fazenda da<br />

mesma Província, <strong>de</strong>terminando quo abone ao. 2.°<br />

Tenente do 3." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé Filippc.<br />

<strong>de</strong> Araújo Sampaio, no caso <strong>de</strong> achar-se quite com a<br />

Fazenda Nacional, o soldo por inteiro, a contar do<br />

1.* do corrente mez, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando foi suspensa a<br />

consignação <strong>de</strong> 249000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou nesta<br />

corte, conforme se verifica da guia que sc lhe envia,<br />

expedida pela Pagadoría das Tropas.<br />

Requerimento in<strong>de</strong>ferido.<br />

De Manoel Joaquim Pereira, pedindo um emprego<br />

no Arsenal <strong>de</strong> Guerra ou na Pagadoría das Tropas.<br />

1IIMSTF.RIO DA MARINHA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 22 DB DEZEMBRO DE 1862.<br />

1 .* Secção.— A' Presidência do Pari, approvando<br />

a <strong>de</strong>liberação, por cila tomada, á vista do que<br />

pon<strong>de</strong>rou o Commandante da Canhoneira Ibicuhy,<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar que pelo respectivo Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />

se faça o fornecimento dos objectos, <strong>de</strong> que precisar<br />

aquella embarcação, visto que só por excessivo<br />

preço são obtidos no Amazonas, on<strong>de</strong> serve n


eferida Canhoneira; remeltcndo se taes objectos<br />

por conta * a precisa communicação.<br />

— A It"partlção da Polícia, mandando capturar<br />

os Imperines Marinheiros, Antônio J..sé da Silva,<br />

m l.uiz Goini'8 <strong>de</strong> Oliveira, que <strong>de</strong>sertarão da C«»rveta<br />

Ia Januário, e cujos signaes constâo das notas,<br />

que se envíão. —Na mesma conformida<strong>de</strong> a<br />

Presidência do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, requisitando<br />

a expedição da necessária or<strong>de</strong>m, a fim <strong>de</strong><br />

KCf atigmenlfldo com a quantia do 1929400, quo<br />

<strong>de</strong>vera sahir da verba—Reformados— do Município<br />

da CÕrte, o credito dc 1.(7709009, consignado nó<br />

presente exercício a igual rubrico da Provindo <strong>de</strong><br />

Mato Grosso ; visto conhecer-sc sua necessida<strong>de</strong><br />

pela <strong>de</strong>monstração que acompanhou o ofllcia da Thesouraria<br />

<strong>de</strong> Fazenda da mesma Província n.* 13,<br />

do 17 <strong>de</strong> Setembro ultimo.<br />

— Por Aviso da mesma data <strong>de</strong>u-se conhecimento<br />

á Presidência da Província <strong>de</strong> Mato Grosso da provi<strong>de</strong>ncia,<br />

que fica referida no extracto supro o cominunicou-se.<br />

á Contadoria.<br />

— A' Inten<strong>de</strong>ncia do Marinha, approvandn o contraeto<br />

celebrado enm José Lisboa, para a edificação<br />

<strong>de</strong> um vre do quo faltar, que á Inspecção<br />

Geral das Obras Publicas já forão expedidas<br />

as or<strong>de</strong>ns convenientes por Aviso <strong>de</strong> 12 do mez<br />

passado, para o assentamento do dito lagedo por<br />

conta do Ministério da Fazenda, como por elle<br />

l'nra requisitado em Aviso <strong>de</strong> 6 do referido mez.<br />

DIA 22.<br />

2.' Directoria.<br />

1.* Secção.—Portaria conce<strong>de</strong>ndo uma penna<br />

d'agua a João Paulo Cor<strong>de</strong>iro para uso <strong>de</strong> sua fabrica<br />

dc rapé, sita no Andarahy Pequeno,—Fizeião-se<br />

as <strong>de</strong>vidas communicaçOcs.<br />

— Ao Sr. Ministro do Império, transmitlindo<br />

a duplicata, cm resumo, da feria dos operários,<br />

que estiverão empregados nas obras do edificio do<br />

Interna to do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro II, durante<br />

a primeira quinzena do corrente mez, a fim<br />

do que or<strong>de</strong>ne o pagamento da quantia <strong>de</strong> 849300, I<br />

em que importa a mesma feria, visto ser da competência<br />

do mesmo Ministério a satisfação <strong>de</strong> semelhante<br />

<strong>de</strong>speza.<br />

—* Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando que nesta data se expe<strong>de</strong>m<br />

as necessárias or<strong>de</strong>ns á Inspecção Geral das<br />

Obras Publicas para que, em execução do Aviso <strong>de</strong><br />

15 do corrente, se proceda á reedificação dos dous<br />

muros do morro do Castello, <strong>de</strong> que trata o referido<br />

Aviso, bem como que opporlunamentc se transmittirá<br />

a conta das <strong>de</strong>spezas que sc fizerem, na fôrma<br />

solicitada.<br />

— Ao mesmo, communicando que ficou este Ministério<br />

inteirado, pelo Aviso <strong>de</strong> 19 do corrente,<br />

<strong>de</strong> .que foi approvado o contrado celebrado pelo<br />

lnspector Geral das Obras Publicas com Antônio<br />

Galdino Bento dc Macedo, para os reparos <strong>de</strong> quo<br />

carece o edificio da Biblioteca Publica.—Communicou-so<br />

ao lnspector Geral das Obras Publicas.<br />

— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, <strong>de</strong>clarando<br />

que o Governo ficou inteirado <strong>de</strong> ter sido<br />

assentada no dia 15 do corrente a penna dágua<br />

nas oflkinas do ca es da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>rivada do encanamento<br />

do chafariz do Largo do Paço.<br />

— Ao mesmo, para que expeça as or<strong>de</strong>ns precisas,<br />

a fim dc quo pela Inspecção Geral a seu<br />

•cargo, e por conta do Ministério do Império, proceda-se<br />

á reedificação do muro que havia ao ledo<br />

direito da Igreja do Hospício dos Missionários Capuchinhos<br />

no morro do Castello , e que fechava<br />

o terreno conliguo á mesma Igreja, que outr'ora<br />

servio do cemitério ou <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> ossos, c parle<br />

do (pi >l esta, cercado <strong>de</strong> taboas, bem como do que<br />

existia cm frente do adro da referida Igreja, po<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>de</strong>soend«T na execução <strong>de</strong>stas obras a quantia<br />

<strong>de</strong> 8679000, cm que foi orçada a respectiva<br />

<strong>de</strong>speza.<br />

£áxà DIA 23.<br />

2.» Directoria.<br />

/.* Serçâo.— Portaria prorogando e transferindo<br />

a Antônio Joaquim da Costa Macedo a concessão da<br />

p-noa dágua feita a Manoel Martins Marques em<br />

21 d • Novembro <strong>de</strong> 1834, para uso do prédio da rua<br />

da Ajuda n. 91.<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que expeça<br />

as or<strong>de</strong>ns precisas, a fim <strong>de</strong> que, pela verba a que se<br />

refere o § 54 do art. 2.° da Lei do orçamento em<br />

vigor, seja paga no Thesouro Nacional ao emprezario<br />

da limpeza publica a prestação dc 11:1909000, que<br />

lhe é <strong>de</strong>vida pelo serviço feito durante o mez <strong>de</strong> Novembro<br />

findo, <strong>de</strong>sconlando-sc da dita prestação, na<br />

fôrma do seu contrado, a quantia do 3:8539550, em<br />

que importarão as férias dos operários e fornece<br />

dores <strong>de</strong> carroças empregadas na limpeza das vallas<br />

das ruas dos Arcos, Rezen<strong>de</strong>, Matocavaltos, o rio dos<br />

Coqueiros, segundo communicou S. Ex. pelos Avisos<br />

<strong>de</strong> 28 do referido mez <strong>de</strong> Novembro e 10 do corrente<br />

; bem como a <strong>de</strong> 1909160 proveniente dc diversos<br />

objectos comprados cm Outubro ultimo para<br />

o mesmo serviço da limpeza da valia, c cujo pagamento<br />

solicitou esto .Ministério cm Aviso <strong>de</strong> 1."do<br />

corrente, que fosse feito por couta do dito emprezario;<br />

<strong>de</strong>vendo outrosim ficar em <strong>de</strong>posito no mesmo Thesouro<br />

a quantia <strong>de</strong> 2:1189000, importância das<br />

multas, que lhe forão impostas por infracções do seu<br />

contrado, até que seja <strong>de</strong>cidido o recurso que intentou<br />

contra a imposição das referidas multas.<br />

— Ao Chefe <strong>de</strong> Policia da Corte, que tendo participado<br />

o Commandanlo do Corpo Policial da Corte<br />

que a rua Detrás da Lapa não costuma ser varrida,<br />

o que as sargetas da rua Lapa estão cheias <strong>de</strong> lama,<br />

obrigue os empreza rios da limpeza publica a cumprirem<br />

com as obrigações do seu contrado.<br />

— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, <strong>de</strong>clarando<br />

que para sc po<strong>de</strong>r resolver Acerca da cláusula<br />

estipulada na condição 1 .* do conlracto que acompanhou<br />

o seu olllcio <strong>de</strong> 17 do corrente, para fornecimento<br />

do tubos <strong>de</strong> chumbo para os encanamentos<br />

d'agua dcsla cida<strong>de</strong>, celebrado com Monteiro Irmãos<br />

és Castilho, cumpre que informe se a difterença do<br />

preço do 219400 o quintal, pagando o fornecedor os<br />

respectivos direitos ;í Fazenda Nacional, para o <strong>de</strong><br />

179500 com isenção dos mesmos direitos <strong>de</strong> importação<br />

ó igual á importância <strong>de</strong>stes mesmos direitos.<br />

OFFICIAL.<br />

Rio» 3 ato Janeiro <strong>de</strong> I M S .<br />

Pelo vapor inglez Magdalena, que hoje entrou do<br />

Soulhamplon, recebemos noticias dc Londres até 9,<br />

<strong>de</strong> Paris por Lisboa até 10, e do Lisboa até 14 do<br />

Dezembro.<br />

Inglaterra — O primeiro uso que fez o príncipe<br />

do Galles dos direitos, que lhe confere a sua<br />

maíorida<strong>de</strong>, foi mandar <strong>de</strong> Roma uma carta subscrevendo<br />

2.000 libras em favor dos dlstrictos que<br />

eslão em penúria.<br />

ConlinúAo as subscripções cm favor do Lancashire.<br />

Sua A Ilesa Real o Príncipe <strong>de</strong> Galles chegou a<br />

Dover na tar<strong>de</strong> do dia 3 <strong>de</strong> Dezembro,, foi recebido<br />

com o maior enthusiasmo, e o futuro rei <strong>de</strong><br />

Inglaterra, diz o Time; viu renovarem-se estas <strong>de</strong>monstrações<br />

em toda a viagem pela estrada dc ferro<br />

dc Dover a Windsor.<br />

O mesmo Jornal assegura que o casamento do<br />

Príncipe com a Princesa Alexandra será celebrado<br />

na rapei Ia dc S. Jorge em Windsor com a maior<br />

magnificência.<br />

Esta solemnidadc terá logar, segundo dizem em<br />

Março futuro, c cm contrario aos usos, durante o<br />

período consagrado á penitencia. A Rainha, diz<br />

i um Jornal religioso, que passa por bem informado,<br />

vê com pesar esta coincidência, porém diversos<br />

motivos da mais alta importância exigem que esse<br />

casamento não seja <strong>de</strong>morado por mato tempo.<br />

A casa da futura princeza <strong>de</strong> Galles será composta<br />

das Sras. Marqucza <strong>de</strong> Cacrmarthen, Con<strong>de</strong>ssa<br />

dc Maclerfield, Condcssa dc Morton o Con<strong>de</strong>ssa<br />

dc Grey, como damas <strong>de</strong> honor.<br />

O Governo inglez via augmentar a opposição por<br />

causa dos negócios financeiros. Algumas economias<br />

que o Governo pretendia propor na <strong>de</strong>speza publica<br />

orlo consi<strong>de</strong>radas menores do que <strong>de</strong>vião ser. Dis<br />

raefi parece que capitanearia a opposição, e pretendia<br />

bater o Ministério neste campo.<br />

Continua a sentir-se falta <strong>de</strong> segurança nas ruas<br />

dos quarteirões mais frequent idos <strong>de</strong> Londres.<br />

França. — O Imperador Napolcão* e a sus<br />

Corte continuavão em Compiégne. No dia 27 porém<br />

forão a Paris assistir a inauguração do boulevard<br />

do Príncipe Eugênio, a qual foi feita com gran<strong>de</strong><br />

upparato e solemnidadc Fallava-se em gran<strong>de</strong>s<br />

movimentos financeiros e que por isso fora pela<br />

segunda vez chamado a Compiégne o Banqueiro<br />

Rotschild a fim do conferenciar com o Ministro<br />

Fould cm presença do Imperador.<br />

As agttas do Mediterrâneo forão introdusidas no<br />

lago Tirnsah.<br />

O Sr. <strong>de</strong> Lesseps, Chefe da Companhia Universal<br />

do Canal <strong>de</strong> Suez, acompanhado do Sheik Jslam,<br />

do Bispo Catholico <strong>de</strong> Alexandria, dos empregados<br />

da Companhia, dirigiu-se ao ponto marcado para<br />

esta importante ceremonia eachando-setudo prometo<br />

adiantou-se o Sr. <strong>de</strong> Lesseps e failou nestes termos<br />

; « Em nome <strong>de</strong> 5. A. Said Facha or<strong>de</strong>no que<br />

as águas do Mediterrâneo entrem no Lago Trísalí,<br />

com a graça <strong>de</strong> Deus. » O dique foi então aberto<br />

correndo as águas no Lago O* ulemas o benzerão<br />

e cantou-se <strong>de</strong>pois nm Te-De um no Templo franecz<br />

El Guiss.<br />

Notou-se não fiuctuar alli a ban<strong>de</strong>ira franceza.<br />

« Esta ultima reflexão, diz a Patrie provaria<br />

que a companhia Marítima Universal do canal<br />

do Suez, quiz justificar o seu titulo e conservar à<br />

empresa o sen caracter <strong>de</strong> eminentemente iternacional.<br />

•<br />

Noticião <strong>de</strong> Bcrne (Suissa) que fora assignado o<br />

tratado ce<strong>de</strong>ndo o valle <strong>de</strong> Dappes á França.<br />

Ficara a expirar .o celebre pintor Horacio Vernet.<br />

O Imperador escreveu-lhe enviando a legião <strong>de</strong><br />

honra..<br />

2<br />

Itália.—No dia 1.* do Dezembro o Sr* Rattazzi<br />

annunciou á câmara dos <strong>de</strong>putados que o gabinete<br />

<strong>de</strong>ra sua <strong>de</strong>missão, o <strong>de</strong>clarou que prestaria<br />

seu appoio aos esforços conciliadores dos ministros<br />

que <strong>de</strong>verão suece<strong>de</strong>r-lho para reconstituir a maioria.<br />

O Sr. Rattasat fez igual communicação ao senado<br />

no dia 2 do Dezembro, o agra<strong>de</strong>ceu a esta<br />

câmara o appoio constante e assigualado que <strong>de</strong>u<br />

ao seu gabinete.<br />

Pareço que o Sr. Raltazzi está hoje muito popular,<br />

o breve terá supplantado os seus adversários.<br />

Nos dias 2 e 3 <strong>de</strong> Dezembro teve elle longas conferências<br />

com o Rei, e muitos estão convencidos<br />

que a intenção <strong>de</strong> Viclor Manoel é chumal-o dc<br />

novo ao po<strong>de</strong>r e dissolver a Câmara.<br />

Diz um jornal quo temos á vista:<br />

• Tres factos prinrípacs parecem fora do duvida<br />

: I.* a França pedo uma <strong>de</strong>cisão ; 2.* o Sr.<br />

Rattaei è o único estadista que possa e queira<br />

aceitar a política da França; 3.* elle não po<strong>de</strong><br />

fazel-o sem modificar profundamente o gabinete<br />

que acaba <strong>de</strong> retirar-se, o dissolver a câmara. »<br />

O certo é quo gran<strong>de</strong>s difllrulda<strong>de</strong>s tenhão ebatado<br />

até a ultima data a orgnnlsação <strong>de</strong> um ministério.<br />

Depois <strong>de</strong> se encarregarem diversos cavalheiros<br />

<strong>de</strong>sta tarefa, correu que o ministério se compunha<br />

dos Srs. Parolini, Presi<strong>de</strong>nte do'Conselho e<br />

Ministro dos Negócios Estrangeiros; Mnighctli, Fazenda;<br />

Man na, Commcrcio; Mcnabrea, Obras Publicas;<br />

Petitti ou Lorovere, Guerra; Ricci, Marinha,<br />

Assar!, Instrucção Publica; Cassinis, Justiça; Pcruzzi.<br />

Interior. Entretanto em data <strong>de</strong> 8 dava a<br />

Agencia liara* os seguintes telegramm is :<br />

« Prestarão hoje juramento como ministros os<br />

Srs. Farini, Peruzzl, Mlnghclti e Mcnabrea. Os Srs.<br />

Pasolini c Cassinis não quizerão aceitar us pastas.<br />

O Sr. Farini tomou conta do ministério dos negócios<br />

estrangeiros, Pissanelíi do da Justiça. »<br />

O Temps, jornal franecz, adversário do po<strong>de</strong>r<br />

temporal, diz: a Por agora uma cousa parece bem<br />

certa, e é que sc Victor Manoel não obtiver Roma,<br />

per<strong>de</strong>rá Nápoles. »<br />

Allemanha. — Nenhuma noticia do imporportancia<br />

temos dc mencionar além <strong>de</strong> um novo<br />

golpe <strong>de</strong> Estado no Hcsso eleitoral. O parlamento<br />

<strong>de</strong>ste paiz quo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 12 annos do interrupção<br />

tinha sido convocado fora <strong>de</strong> novo encerrado<br />

.<br />

Tomava maior vulto a idéa se não do unificar<br />

a Allemanha ao menos <strong>de</strong> dar mais vida a confe<strong>de</strong>ração<br />

germânica.<br />

A Dieta dc Francfort discutia e julgava se que<br />

seria approvada a idéa do restabelecer junto da<br />

mesma Dieta uma Assembléa <strong>de</strong> representantes dc<br />

todos os listados Allcmães, tirados <strong>de</strong> entre as Câmaras<br />

electivas dos diversos Estados.<br />

As Câmaras austríacas oecupavão-se <strong>de</strong> reformas<br />

administrativas. O Governo publicara uma auinistia<br />

por crimes políticos e <strong>de</strong> imprensa.<br />

Ileapanha.—No dia 2 dc Dezembro proce<strong>de</strong>use<br />

a abertura das cortes. A Rainha fez sentir o prazer<br />

que lhe causava ter dc <strong>de</strong>clarar, que nflo se havião<br />

alterado as relações amigáveis com as nações estrangeiras,<br />

e que nutria esperança dc ver <strong>de</strong>struídas<br />

as difilculda<strong>de</strong>s qúé so levantarão á execução do<br />

tratado <strong>de</strong> Londres, cm conseqüência da divergência<br />

que se <strong>de</strong>u no Mcxico entre os plenipotenciarios.<br />

Annunciou também a rainha o tratado <strong>de</strong> paz<br />

concluído com o rei dc Annan; e as communicarões<br />

oecasionadas pelos factos que se <strong>de</strong>rão nas<br />

costas dc Cuba, acreditando, porém, que táes factos<br />

I cm nada prejudicarão as boas relações que se mantém<br />

entre seu paiz e os Estados Unidos.<br />

Aprescntárão-so Já os documentos relativos i<br />

questão mexicana, e, ao quo parece, <strong>de</strong> novo a Hespanha<br />

pretendo volver para alli sua atlenção.<br />

Portugal.—Lê-se na Correspondência <strong>de</strong> Portugal<br />

;<br />

« Sua Magesta<strong>de</strong> El-Rei o Senhor D. Luiz solemnisou<br />

o 87.* dia natalicio <strong>de</strong> seu Augusto Tio, o<br />

Senhor Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo<br />

do Brazil, com um jantar <strong>de</strong> Corte, offerecido<br />

ao Sr. Barão do Itamaracá, representante dc Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> Imperial em Portugal.<br />

a Dias <strong>de</strong>pois (no dia 9) o mesmo iilustre representante<br />

também solemnisou os annos dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />

Imperial com um jantar offerecido ao Sr. ,<br />

Ministro dos Negócios Estangeiros, o Duque do<br />

Loulé, convidando os Officiaes Mores da Casa Rca<br />

os Ajudantes <strong>de</strong> Campo do Suas Magestadcs ,<br />

os Representantes nesta Corte dos <strong>de</strong>mais Soberanos,<br />

o Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Almeida, Gentil homem da Câmara<br />

na Corte do Brasil, em serviço junto <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> Imperiais Senhora Duqueza <strong>de</strong> Bragança,<br />

o Sr. Viscon<strong>de</strong> do Sá da Ban<strong>de</strong>ira o outros personagens.<br />

« Os acadêmicos brasileiros também <strong>de</strong>rão um esplendido<br />

jantar no dia dos annos do seu imperador<br />

no be.Ilo hotel do camiuho <strong>de</strong> ferro em Coimbra.<br />

Durante o jantar tocou uma philarmonlea c subirão<br />

| ao ar numerosos foguetes.<br />

O 222.* anniversario da gloriosa restauração <strong>de</strong><br />

Portugal, foi solemnfsado com um Te Deum nas<br />

principaes igrejas do paiz.<br />

Esta festivida<strong>de</strong> religiosa teve logar em Lisboa<br />

na igreja dc S. Vicente <strong>de</strong> Fóra. Foi numerosa a<br />

concorrência. Vião-sp alli representadas as associações<br />

populares, a imprensa periódica, a armada<br />

real e o exercito. Comparecerão também os actuaes<br />

ministros, os presi<strong>de</strong>ntes e .alguns, vereadores<br />

das câmaras municipaes <strong>de</strong> Lisboa, Belém, Oliva<br />

es e Barreiro; um eamarísta <strong>de</strong> Ei-rel; os Srs.<br />

Fontes Pereira <strong>de</strong> Mello, Casal Ribeiro e Lopes<br />

Branco; o Sr. governador civil <strong>de</strong> Lisboa, e muitos<br />

<strong>de</strong>putados e pares. »<br />

O jornal semi-onloiat <strong>de</strong>clarara, dizendo-se para<br />

isso competentemente aulorisado, que o duque dc<br />

Loulé não preten<strong>de</strong> que o Seu casamento tenha<br />

effeitos políticos.<br />

Tinha sido conferido ao rei Victor Manuel o<br />

titulo <strong>de</strong> coronel honorário do regimento da tanoeiros<br />

n.° 1.<br />

O estad > do son<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz<br />

viuva, posto continuasse a ser grave, não<br />

inspirava receios.<br />

Grécia —Os negócios gregos continua? apreoccupar<br />

a imprensa <strong>de</strong> Londres. O órgão mais acreditado<br />

dos interpetres inglezes, o Times <strong>de</strong>saprova<br />

calbegpricamente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algumas hesitações a<br />

candidatura do príncipe Alfredo. O Morning Port<br />

adhero a opinião manifestada pelo Times, e <strong>de</strong>clara<br />

que a Inglaterra nunca propoz essa candidatura,<br />

conservou-se neutra, e se conformará com<br />

o protocollo <strong>de</strong> 1832, se o duque do Leuchtemberg,<br />

<strong>de</strong>clarado membro da família imperial da Rússia,<br />

fôr também excluído do throno.<br />

O Jornal <strong>de</strong> S. Peiersburgo, Gazeta Ofllcial da<br />

Rússia, publicou a seguinte nota: « Em outras circumstancias<br />

, a Rússia veria com prazer um dos<br />

seus Príncipes no Throno Hellenlco: sabe porém<br />

quo cumpre arredar <strong>de</strong>ploráveis re vai ida<strong>de</strong>s que<br />

impodirião o <strong>de</strong>senvolvimento da Grécia. »<br />

Não obstante tão positivas <strong>de</strong>clarações, tendo-se<br />

resolvido que o novo Rei seria escolhido pelo sulTraglo<br />

universal, correu o escrutínio em Athenas, c o<br />

Príncipe Alfredo tinha já obtido gran<strong>de</strong> maioria do<br />

votos. *<br />

Esperava-se que o mesmo aconteceria nas outras<br />

localida<strong>de</strong>s do reino. Então, alcançada a eleição,<br />

a Inglaterra recusaria.<br />

Dizia-se que em tal caso seria eleito um filho <strong>de</strong><br />

Lord Derby.<br />

Corria em Portugal quo este throno fôrn offerecido<br />

á el-rei D. Fernando, o qual o rejeitara.<br />

Ifatadon-Unidos.—O general Rurnsidc não<br />

tomou a direcção que o principio pretendia tomar:<br />

trunsferio suu base <strong>de</strong> operações para Acquia Crera,;<br />

o acreditava-se que teria logar uma batalha em<br />

Tre<strong>de</strong>richsburg.<br />

No entretanto Washington é <strong>de</strong>fiendida pelo general<br />

Hallcch, e Harper's Fcrry pelo general Sigel.<br />

O general confe<strong>de</strong>rado Stoncwall lachson está<br />

em Shenandoah a frente do 40.000 homens.<br />

Os jornaes dc Ncw-York, que, segundo geralmente<br />

suppõe-sc, exprimem o pensamento do governo,<br />

tem-se manifestado violentamente contra a Inglaterra,<br />

a quem uttribuem todos os recentes revezes <strong>de</strong><br />

seu commercio. Um navio, com um consi<strong>de</strong>rável<br />

carregamento <strong>de</strong> pólvora, a quem a alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong><br />

CardilF havia recusado conhecimentos <strong>de</strong> frete para<br />

Nassau, seguio viagem sem papeis, <strong>de</strong>cidido a forçar<br />

o bloqueio.<br />

O publico <strong>de</strong> Ncw-York mostra não approvar os<br />

mectings <strong>de</strong>mocráticos que houve em Inglaterra.<br />

Nas reuniões que tem havido os oradores não pe<strong>de</strong>m<br />

só uma guerra vigorosa contra o sul, querem-na<br />

lambem contra a Inglaterra ; e cm Wilkes<br />

houve <strong>de</strong>monstrações contra a possessão] ingleza<br />

<strong>de</strong> Nossa u.<br />

O almirante Roynaud, commandante da Estação<br />

das Antilhas, tinha chegado a Nova-Orleahs a<br />

bordo da fragata La Guerrière, dia 26 do Outubro.<br />

A presença <strong>de</strong>sse navio, do aviso Le Itenaudin,<br />

o da corveta Le calinat foi com prazer<br />

acolhida pela população da Nova-Orlcans, c pelos<br />

habitantes franceses, que a consi<strong>de</strong>ráo como uma<br />

nova prova do sollicitudn do governo franecz pelos<br />

Interesses dc seus nacionaes.<br />

Mcxico.-—Por ofiicio <strong>de</strong> 25 communica o general<br />

Porcy a sua chegada a Orltabs, tendo sido<br />

a sua marcha <strong>de</strong>morada pelo mão estado das estradas<br />

: passou logo revista ás tropas c tomou às<br />

medidas necessárias para dar começo á organisação<br />

dos contingentes mexicanos.<br />

A brigada Rerlhicr com 5.000 tomou a estrada<br />

do Jalopa, e no 1." <strong>de</strong> Novembro oecupou e»te general<br />

sem resistência a posição do Poente nacional<br />

d'on<strong>de</strong> seguiria para Jalopa.<br />

Temos datas dc Pernambuco'até 29, o da Bahia<br />

até 31 do passado.<br />

Pernambuco.—A epi<strong>de</strong>mia do cholera <strong>de</strong>sapparecora<br />

do Garanhuns e da Villa do Bom Conselho<br />

, Ia porém grassando pela Serra do Leão,<br />

Poços da Ribeira <strong>de</strong> Bom Conselho e em Caruaru<br />

on<strong>de</strong> fallcceu em poucos instantes o Dr, Joaquim<br />

Borges Carneiro que alli fóra tratar do negócios<br />

forenses.<br />

Lê-so no Diário <strong>de</strong> Pernambuco:<br />

• Dão-nos os seguintes dados estatísticos acerca<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento do cholera e do suas conseqüências<br />

na villa do Traipú.<br />


•m<br />

externos, s5o: latim, franecz,inglez e grego: rhetorica,<br />

historia, geogruphia, phílosophía e geometria,<br />

que entrarão em exercício em Fevereiro do prox.mo<br />

anno. »<br />

Achava-se recolhido nas prisões militares da Capital<br />

o Al feres da Guarda Nacional <strong>de</strong> Maragogipe,<br />

Chrysogono José Fernan<strong>de</strong>s, pronunciado em crime<br />

<strong>de</strong> morto pelas Justiças daquelle termo.<br />

Diversos outros criminosos linhao sido igualmente<br />

presos.<br />

Foi concedida ao 2.° Tenente do i> Batalhão<br />

<strong>de</strong> Artilharia a pé Agostinho Máximo <strong>de</strong> Souza<br />

Birradns. a <strong>de</strong>missão que pedio do serviço do<br />

Exercito.<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />

PARTE DO DIA 2 DB JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />

§T Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, João Pereira da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

; Rei na Ido Giovani; por offensa physica, João<br />

Alves da Silva, c um Inglez, que não <strong>de</strong>clarou o<br />

nome, por vagabundos, José Francisco Marins, para<br />

averiguações, o Africano livre Br az, por embriaguez,<br />

e os escravos Miguel, por suspeito <strong>de</strong> fugido, Carlos,<br />

Graciliano, por andarem fóra do horas, e Mo<strong>de</strong>sto,<br />

p >r <strong>de</strong>sobediência a senhora.<br />

Na Frcguezia do S. José, os marinheiros Russos<br />

Alexandre Reikell, o John Karkam, á requisição<br />

do Cônsul, e o escravo Vicente, por andar fóra<br />

<strong>de</strong> horas.<br />

Na do Sacramento 2.* districto Joaquim Eusebio<br />

Gomes Machado Falcão, por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na dc Santa Rita, 1.° districto, o Africano livre<br />

Cumulo, por furto, Domingos Nogueira, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m,<br />

e a preta Maria, por suspeita <strong>de</strong> ser esema<br />

fugida.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Anna, 2.° districto, o escravo Antônio<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na <strong>de</strong> S. Christovão, José Antônio <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Renato Felix Vianna, e Manoel Vieira Borges, por<br />

vagabundos, Elias Joaquim das Neves, John Broni;<br />

e José Machado Ávila, por embriaguez, Manoel<br />

Campuã, e Manoel Joaquim da Silva Picot, por<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, os escravos Domingos, por suspeito <strong>de</strong><br />

fugido, Roberto, por andar fóra dc horas; e Manoel<br />

da Silva Bulhões, por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na.<br />

'.<br />

Na Freguezia <strong>de</strong> lrajá, fez-se corpo dc <strong>de</strong>licto<br />

no cadáver <strong>de</strong> Antônio Joaquim Pereira <strong>de</strong> Abreu,<br />

que appareceu morto no rio <strong>de</strong>moninado — Caveira—,<br />

verificando-se ter sucumbido á asphyxia<br />

p»r submersão. Das indagações feitas resulta viver<br />

a jucllc Abreu em companhia <strong>de</strong> sua família, <strong>de</strong><br />

quem era estimado c que não constava ter inimigos,<br />

attribuindo-se este infeliz suecesso a queda do cav<br />

»llo, em que sahira <strong>de</strong> casa em estado <strong>de</strong> embriaguez<br />

a que era habituado.<br />

Na do Sacramento 1. 0 districto manifestou-se<br />

incêndio na casa da rua do Sacramento n.* 11, o<br />

qual foi extineto pelos vizinhos.<br />

Pelo Corpo Policial da Corte:<br />

João Gonçalves da Silva c um Inglez, por vagarem<br />

fóra <strong>de</strong> horas; José Francisco Marins, por suspeito<br />

da furto; Camillo, Africano livre, por furto; Reinaido<br />

Geovani, por espancamento; Miguel, preto escravo,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido; Zeferino, preto livre,<br />

alienado'. Braz, Africano pertencente à Santa Casa da<br />

Misericórdia, por embriaguez.<br />

Legitlmár5o-se na Policia, a fim dc seguirem para<br />

os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />

feita pelos legitimados:<br />

Porto.por Lisboa: Angel Gonzalss, bespanhol;<br />

João Antônio da Silva, Violanta <strong>de</strong> Jesus, João Ribeiro,<br />

Antônio Luiz da Motta, Francisco da Silva,<br />

A bino dc Almeida, Antônio Pereira, Manoel da<br />

S.lva, Manoel Machado, Estacio José Corrêa <strong>de</strong><br />

Ávila, Braz Borges Martins, José Antônio Moreira,<br />

Antônio Joaquim Grijo, José da Cunha do Mendonça,<br />

Filippe José <strong>de</strong> Castro Lemos, Augusto Lourenço<br />

da Fonseca, Manoel José Alves Pinheiro,<br />

Antônio Brandão, Antônio Pereira Nunes, Manoel<br />

José <strong>de</strong> Souza, José da Silva Souza, João Manoel<br />

Gonçalves, Manoel da Rosa da Silveira, Manoel<br />

Pereira, José Francisco da Silva, Luiza Francisca<br />

da Conceição, Manoel dc Queiroz Pinto, Joaquim<br />

Vieira, José da Silva Exposto, c José da Silveira<br />

Vasques; portuguezes.<br />

Buenos Ayres: Antônio Giudice, Pedro, Nicola<br />

Lombordo, Giovanni Granato, e Giuseppe Irlando;<br />

italianos. Augelo Jagligne, o James Hartuctt, inglezes.<br />

Michelo Barbella, Genaro Gallo, e Antônio<br />

Pinto; italianos. Manoel Miguel do Arruda, portuguez<br />

; William Rodgers, e William Boug; norte<br />

americanos.<br />

Itália: Biaxe Savastalla, Antônio <strong>de</strong> Mova, e Michel<br />

Ângelo; italianos.<br />

Ballimorc: Elisabeth Dorsey, americana.<br />

Europa: William Twddcll Gepp, inglez; Anna<br />

<strong>de</strong> Jesus, José da Cunha Gomes, Antônio Vicente<br />

Ferreira, e Domingos <strong>de</strong> Oliveira Cardoso <strong>de</strong> Almeida,<br />

portuguezes; Pierre Janssen, belga; Louisa<br />

Sarah Mocket, ingleza.<br />

Secretaria da Policia da Corte, em 3 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />

Pela Secretaria da Policia se faz publico, a bem<br />

<strong>de</strong> quem convier, que se acha <strong>de</strong>positada na mesma<br />

Repartição uma bolsa, que fóra <strong>de</strong>ixada por um<br />

passageiro no tilbury n.* 505.<br />

Secretaria da Policia da Corte, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />

Matarão-se hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />

198 rezes, incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />

aos preços <strong>de</strong> 40 a 170 réis a libra.<br />

Relação das pessoas sepultadas no dia 2 ds<br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Maria, filha do Manoel Ferreira da Costa, Fluminense,<br />

10 mezes. Bexigas.<br />

Manoel, filho <strong>de</strong> Manoel Pereira Sulil, Fluminense,<br />

9 mezes. Convulsões.<br />

Paulina, filha <strong>de</strong> Olympia, Fluminense, 3 annos.<br />

Meningite.<br />

Joaquim Alves dos Reis Mattos, Portuguez, 26<br />

annos solteiro. Tísica pulmonar.<br />

Dr. João <strong>de</strong> Oliveira Fausto, Fluminense, 36<br />

annos casado. Encephalites.<br />

Jaeintha Rosa <strong>de</strong> Castro, Fluminense, 64 annos<br />

viuva. Febre perniciosa.<br />

' A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>', filha <strong>de</strong> Pedro Francisco da Assumpção,<br />

Fluminense, 1 anno. Febre perniciosa.<br />

Luiza, filha <strong>de</strong> Edmundo Trobouillet, Fluminense,<br />

4 annos. Angina.<br />

João, filho dc Claudino José da Fonseca, Fluminense,<br />

5 annos. Tuberculos meséntericos.<br />

Adolpho, filho <strong>de</strong> João Pedro da Silva Guimarães,<br />

Fluminense, 3 annos. Tuberculos meséntericos.<br />

limerenciana, innocente exposta, Fluminense, 10<br />

dias.<br />

Thomaz, innocente exposto Fluminense, 12 dias.<br />

Stomatite.<br />

Uma criança do cor parda morta na roda.<br />

Thomaz A d ms, Inglez, 40 annos. Pneumonia.<br />

Manoel José do Amaral, Portuguez, 46 annos<br />

solteiro. Deliriam tremens.<br />

Manoel Ferreira, Fluminense, 21 annos solteiro<br />

tétano.<br />

Manoel Botelho, Portuguez, 25 annos solteiro.<br />

Opilacão.<br />

Marianna, 28 annos,] casada. Castro hepato<br />

enterite.<br />

José Marques da Cruz, Portuguez, 27 annos,<br />

solteiro. Febre perniciosa.<br />

Gaspar Corrêa <strong>de</strong> Aranjo, Portuguez, 20 annos,<br />

solteiro. Encephalito.<br />

João Ângelo <strong>de</strong> Souza, Fluminense, 25 annos.<br />

Tuberclos pulmonares.<br />

Sepultárão-se mais 8 escravos, sendo <strong>de</strong> Febre<br />

intérmilento 1, Tuberculos pulmonares 2, Endocardfti<br />

1, Aneurisma 1, Bexigas 1, Invaginação<br />

intestinal 1, Pneumonia purulenta 1.<br />

himmm ADMINISTRATIVOS.<br />

Secretaria da Fazenda.<br />

ARRENDAMENTO.<br />

De or<strong>de</strong>m dc S. Ex. o Sr. Ministro da Fazenda taco<br />

publico que até o dia 12 <strong>de</strong> Janeiro próximo futuro<br />

sc recebem propostas, em carta fechada, para o arrendamento<br />

por 9 annos dos prédios n.°* 27 , 29, 31 e<br />

33 da rua dos Barbonos.<br />

Secretaria <strong>de</strong> Esládo dos Negócios da Fazenda em<br />

13 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—José Severiano da Rocha. (.<br />

CONCURSO.<br />

De or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Ex. o Sr. Ministro da Fazenda faço<br />

publico que no dia 7 <strong>de</strong> Janeiro do anno próximo futuro<br />

se ha <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a concurso para o preenchimento<br />

dos logares vagos' dc officiaes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga da<br />

Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Fazenda em 27<br />

<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862.—José Severiano da Rocha.<br />

Primeira Pagadoría do Thesouro<br />

Nacional.<br />

Pela l. a Pagadoría pagão-sc no dia 5 do corrente as<br />

seguintes folhas: Secretaria dc Estado da Justiça, Secretaria<br />

da Policia, Officiaes <strong>de</strong> Expediente,- Aposentados,<br />

Extinctos, c Alfân<strong>de</strong>ga nos dias 5 e 6.<br />

Rio 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Unet <strong>de</strong> Baeellar.<br />

Segunda Pagadoría do Thesouro<br />

Racional.<br />

Pagão-se no dia 5 do corrente as folhas seguintes:<br />

Secretarias <strong>de</strong> Estado do Império, o da Instrucção Publica,<br />

Capitania do Porto, Bibliolheca, Hospital <strong>de</strong><br />

Marinha, Inspecção Geral das Obras Publicas, Corpo<br />

<strong>de</strong> Bombeiros, c Telegraphos elcclricds : <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />

receberem os Srs. que não tenhão satisfeito os direitos<br />

na Rccebedoria.<br />

Rio 3 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— A. F. Vas.<br />

Banco do Brasil.<br />

No dia 7 do corrente principiará no Banco do Brasil<br />

o pagamento do décimo oitavo divi<strong>de</strong>ndo das Acçõcs<br />

do mesmo Banco á razão <strong>de</strong> 79600 réis por Acção, <strong>de</strong>vendo<br />

ser apresentadas as respectivas cautelas. -<br />

Secretaria do Banco do Brasil no Rio <strong>de</strong> Janeiro, em<br />

3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— O Secretario do Banco, Manoel<br />

Marques dê Sá.<br />

O divi<strong>de</strong>ndo das Acções das Caixas Filiaes do Banco<br />

do Brasil, pertencente ao semestre findo, paga-se no<br />

mesmo Banco do dia 7 do corrente em diante.<br />

Secretaria do Banco do Brasil, no Rio dc Janeiro,<br />

em 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—- O Secretario do Banco,<br />

Manoel Marques <strong>de</strong> Sá.<br />

Conselho <strong>de</strong> Compras do Arsenal <strong>de</strong><br />

Guerra.<br />

0 Conselho Administrativo para fornecimento do Arsenal<br />

<strong>de</strong> Guerra da Corte, em virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong> 19<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1860, receberá no dia 8 <strong>de</strong> Janeiro futuro,<br />

das 9 ás 10 horas da manhã as propostas que<br />

forem <strong>de</strong> casas importadoras, para compra dos gêneros<br />

estrangeiros' abaixo transcriptos, <strong>de</strong>vendo,. as que não<br />

forem ser conhecidas por Tabellião, quando apresentadas<br />

pela primeira vez, e acompanhadas das competentes<br />

amostras e <strong>de</strong>claração dos últimos preços. Das<br />

10 horas em diante não será recebida mais proposta<br />

alguma.<br />

74 cova d os <strong>de</strong> fianella azul.<br />

13 couros envernizados brancos finos <strong>de</strong> bufalo.<br />

25 pranchões <strong>de</strong> oleo jalaby com 15 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />

e 13 dc grossura.<br />

100 pranchões dc ma<strong>de</strong>ira a couta cavallos ou equivalente<br />

em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> genipapeiro.<br />

6 remos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da terra com 34 palmos dc comprimento.<br />

3 pares <strong>de</strong> esporas dc la tão,<br />

2 cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ferro fundido para 50 praças.<br />

1 alambique <strong>de</strong> cobre com serpentina. -<br />

1 can<strong>de</strong>eiro para pharmacia.<br />

1 caixa <strong>de</strong> guerra.<br />

1 arvore <strong>de</strong> campainhas.<br />

Secretaria do Conselho Administrativo no Arsenal <strong>de</strong><br />

Guerra da Corte cm 31 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862,—Luiz<br />

Antônio Favitía, Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho.—<br />

Bento José Leite <strong>de</strong> Faria, servindo dc Secretario.<br />

Hospital Marítimo <strong>de</strong> Santa Isabel.<br />

. Não tendo sido recebidas propostas em numero suffi-<br />

Ciente para o fornecimento <strong>de</strong>ste Hospital no trimestre<br />

futuro, <strong>de</strong> uovo se proroga o praso <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong>stas<br />

propostas para o dia 5 do futuro mez <strong>de</strong> Janeiro; chamase<br />

a atlenção das pessoas, que preten<strong>de</strong>rem fornecer, para<br />

os annuncios feitos nesta folha, nos dias anteriores a 20<br />

<strong>de</strong> Dezembro, relativos a este fornecimento. — Dr. Bento<br />

Maria da Costa. i<br />

Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha.<br />

De or<strong>de</strong>m do Exm. Sr. Chefe.<strong>de</strong> Esquadra Graduado<br />

Inten<strong>de</strong>nte da Marinha se faz publico que nos dias 3,5,<br />

7,8,9, 10,12 c 13 do corrente mez, <strong>de</strong>verão ser pagos<br />

pela pagadoría da Marinha os Srs. Officiaes do Corpo da<br />

Armada e classes anncxas, dos soldos vencidos no mez<br />

ultimo, na inlelligcncia <strong>de</strong> que aquellcs que não Comparecerem<br />

até o ultimo dos indicados dias, só po<strong>de</strong>rão ser<br />

pagos quando se annunciar no mez seguinte igual pagamento,<br />

i<br />

Secretariada Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, em 2 dc Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.*» João Francisco Ferreira, SecreUrio.<br />

Escola <strong>de</strong> Marinha.<br />

Dc or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Éfc o Sr. Chefe <strong>de</strong> Divisão Director,<br />

faço publico que a inscripção para os exames preparatórios<br />

exigidos para a matricula nesta Escola, <strong>de</strong>ve<br />

abrir-se no dia 8 do mez próximo e encerrar-se a 8<br />

do mez <strong>de</strong> Fevereiro seguinte.<br />

Secretaria da Escola <strong>de</strong> Marinha em 30 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1862.—O Secretario, Antônio Fernan<strong>de</strong>s doe<br />

Sanlc<br />

Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

EXERCÍCIO DE 1862—1883<br />

RENDIMENTO DO MEZ DE DEZEMBRO DB 1862.<br />

Importação.<br />

Direitos <strong>de</strong> importação<br />

753:2669688<br />

Direitos addicionaes.... 94:0389609<br />

» <strong>de</strong> bal<strong>de</strong>ação e<br />

495#559<br />

Expediente dos gêneros<br />

1:6929199<br />

Expediente dos gêneros<br />

3:032*362<br />

8:3689210<br />

Prêmios <strong>de</strong> assignados 3319160<br />

Despacho marítimo.<br />

6:4869610<br />

Direitos <strong>de</strong> 15 °/ 0 das embarcações<br />

estrangeiras<br />

que passãoa nacionaes 1:3549200<br />

Direitos <strong>de</strong> 5 °/ 0 na compra<br />

c venda das em-<br />

29500 .<br />

Exportação.<br />

Direitos dc 15 °/„ da exportação<br />

do páo brasil, 129825<br />

Direitos <strong>de</strong> 7 °/ 0 da exportação<br />

341:0469754<br />

Direitos dc 2 °| 0 da exportação<br />

489552<br />

Direitos <strong>de</strong> 1/2 •/, da<br />

exportação dos diamantes'....<br />

7059562<br />

Expediente das Ca patazias<br />

8:0869278<br />

Renda da Fabrica da Pólvora<br />

Multas por infracção <strong>de</strong><br />

Regulamento<br />

Scllo do papel, fixo e<br />

proporcional........<br />

Emolumentos,<br />

Imposto dos Despachantes<br />

e seus Ajudantes<br />

Interior.<br />

9<br />

12:9989985<br />

6789905<br />

1 -.8859480<br />

759000<br />

Peculiares do Município.<br />

Dízimos..<br />

Imposto <strong>de</strong> 20°/ o no<br />

consumo da aguar<strong>de</strong>nte<br />

3969327<br />

7:8539482<br />

Armazenagem da aguar<strong>de</strong>nte<br />

2:4819560<br />

Receita eventual.<br />

Para a Santa Casa da<br />

Misericórdia<br />

Para a Illm. Câmara<br />

Municipal.<br />

Para Diversos<br />

Em letras <strong>de</strong> exportação<br />

c reexportaçào...<br />

Total recebido,,<br />

2.000 prêmios.<br />

Extraordinária.<br />

Depósitos.<br />

5:8009192<br />

8:0709012<br />

8.6169774<br />

22:4869978<br />

15:5119846<br />

Restituições.<br />

PRAÇA, 3 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

866:3249817<br />

7:8439310<br />

349:8999975<br />

íl .6389370<br />

10:7319317<br />

37:9989824<br />

1.290:6879729<br />

Cotações officiaes da Junta dos Corretores,<br />

CÂMBIOS : Londres, 27 1|4 a 90 d/v.<br />

GÊNEROS MVEBSOS : Vinho <strong>de</strong> Champagne, 189000 cada<br />

dúzia <strong>de</strong> garrafas (hontem).<br />

, Pedro Gracie, Presi<strong>de</strong>nte.<br />

F. D. Machado, Secretario.<br />

Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2 43:7109468<br />

Do» dia 3 , 58:0119863<br />

Somma • lOt17229331<br />

Da Recebedoría, do dia 2 9:1819343<br />

Do dia 3... .....'^.í. 20:133^205<br />

Somma.....,,,,., 29:3149548<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2.. ... , 7179235<br />

Do dia 3 7:7179,316<br />

Somma.... 8:4349551<br />

EMBARQUES BB CAFÉ NO DIA 2 DE JANEIRO.<br />

Boje ir Comp., (Canal) ; ,<br />

Sacas.<br />

3.021<br />

Mercado <strong>de</strong> Lisboa.<br />

REVISTA DE 28 DB NOVEMBRO A 12 DE DEZEMBRO,<br />

Des<strong>de</strong> a nossa anterior revista até hoje o mercado<br />

conservou-se no mesmo estado em que ficava quando<br />

sahiu o paquete Esttemadure.<br />

Tanto no mercado do Importação como no <strong>de</strong><br />

exportação, o movimento commercial foi diminuto<br />

e quasi todos os gêneros conservarão as anlerores<br />

cotações.<br />

\ Este estado, porém, não admira na época cm que<br />

estamos, por ser esta a oceasião em que todas as<br />

casas commercines proce<strong>de</strong>m aos seus balanços e<br />

suspen<strong>de</strong>m por isso as suas transacções.<br />

A associação commercial apresentou o sen relatório<br />

sobre o regulamento das Alfân<strong>de</strong>gas, no qual pon<strong>de</strong>ra<br />

os inconvenientes que trasião ao commercio muitas<br />

das disposições do mesmo regulamento. Logo na<br />

primeira sessão foi approvado na generalida<strong>de</strong> e já<br />

o está na especialida<strong>de</strong> em quasi ledas as suas pon<strong>de</strong>rações.<br />

Veremos agora se o Sr. Ministro da Fazenda,<br />

atten<strong>de</strong> tão justas reclamações, c trata fn<br />

harmonisar os interesses do fisco com os do corpo<br />

commercial.<br />

Passando agora a relacionar cada um dos mais<br />

importantes gêneros <strong>de</strong> importação, exportação e<br />

reexportaçào, daremos conta do que nos rol particularmente<br />

informado Acerca do cada um <strong>de</strong>lles.<br />

Assucar.—O mercado <strong>de</strong>ste gênero continua péssimo.<br />

Entre as limitadas Iransacções que so eflecluarão<br />

para o consumo só houve uma do maior<br />

vulto, que foi a do carregamento do brigue Con<strong>de</strong>,<br />

da Bahia, c esta mesma foi a preços baixos em<br />

relação á qualida<strong>de</strong>. Do dc Pernambuco, que veio<br />

pelo tyargarida:, ven<strong>de</strong>u-se também algum.<br />

Na aclualidadc nenhuma esperança ha <strong>de</strong> melhor<br />

situação paru esto gênero.<br />

Os supprimentos chegados durante o período <strong>de</strong>sta<br />

revista forão <strong>de</strong> 2.900 sacos <strong>de</strong> Pernambuco<br />

pelo Margarida; 15 barricas r'a Ma<strong>de</strong>ira pelo Galgo;<br />

125 socos <strong>de</strong> Livcrpool pelo Frankfurt; 100 da<br />

mesma procedência pelo Leo; 20 caixa« do Rio do<br />

Janeiro pelo Recreio; 8 barricas <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong> pelo<br />

D. Pedro.<br />

Para consumo <strong>de</strong>spacharão-se 133 caixas, 9 feixos,<br />

40 panciros, 506 barricas e 2.584 sacos.<br />

E' pois hoje a existência <strong>de</strong>ste gênero dc 1.113<br />

caixas, 1.301 feixes, 189 gigos, 38 paneiros c fôrmas,<br />

4.088 barricas e 26.011 sacos.<br />

Azeite doce. —Tem concorrido bastante azeite novo<br />

não so aos mercados do Ributejo, mas mesmo ao <strong>de</strong><br />

Lisboa; os preços que tem obtido são altos cm relação<br />

ao que So <strong>de</strong>via esperar em vista do uma colheita<br />

tão abundante* Cremos, porém, que a fixação dos<br />

preços só pô<strong>de</strong> ter logar quando comece a concorrência<br />

do azeite do Alemtejo.<br />

Para mais esclarecimento diremos que os preços<br />

varião conforme os cascos em que o azeite é transportado,<br />

e <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r-so da seguinte maneira:<br />

J A bordo no estado em quo so recebe:<br />

Em cascos 39300 a 39350<br />

» pipas 39250 a 39300<br />

i» barris 39350 a 39450<br />

Sendo já purificado:<br />

Em cascos 39400 a 39450<br />

a pipas 39350 a 39400<br />

» barris 3$450 a 39500<br />

De direitos..<br />

De <strong>de</strong>pósitos.<br />

1:8519814<br />

39:3469042<br />

41:1979856<br />

Café.—Sustcnlão-so os preços <strong>de</strong>ste gênero, mas<br />

és compradores estão <strong>de</strong>sanimados principalmente<br />

para as qualidadss baixas*das nossas possessões,<br />

qualida<strong>de</strong>s que para se ven<strong>de</strong>rem terão talvez do<br />

soflrer uma reducção nos preços.<br />

2.* Secção em 2 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O Chefe interino,<br />

José Alexandre Fortuna.<br />

Quanto no café do Rio poucas ou nenhumas vendas<br />

se tem cffectuado, em conseqüência das altas<br />

Resumo<br />

pretenções dos possuidores completamente em <strong>de</strong>sharmonia<br />

com o estado do mercado.<br />

DA EXTRACÇÃO DOS PRÊMIOS DA .* LOTERIA PARA AS CASAS As entradas no período <strong>de</strong>sta revista forio <strong>de</strong><br />

DK<br />

DE<br />

DETENÇÃO DA PROVÍNCIA DO RIO DE<br />

JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

JANEIRO, um 3 156 sanas <strong>de</strong> Loanda pelo D. Pedro; 144 da mesma<br />

procedência pelo Restauração, e 256 pelo Flor<br />

1 N. 5147...<br />

0009<br />

1 » 4235 10 :0009<br />

1 » 5796 4 0009<br />

1 » 631 2 ;00O9<br />

6 » 775—1627—2589—2986—3331 —<br />

5464 1 :0009<br />

20 » 619—1579—1625—1866—2175—<br />

2216—2511 —3238—3695—3705—<br />

3852—4368—4376—5244—5364—<br />

5371—5373—5694—5865—5924.. . 2009<br />

40 » 346— 433— 611— 688— 887—<br />

915— 922—1029—1182—1370—<br />

2203—2375—2583—2643—2681—<br />

2714—2867—3033—3010—3073—<br />

3076—3345—3460—3777—3899—<br />

4001—4094—4127—4202—4250—<br />

' 441 9—4693—5026—5148—5305—<br />

5762—5838—5878—5883—5917.. 1009<br />

130 » <strong>de</strong><br />

409<br />

1.800 » » :<br />

209<br />

<strong>de</strong> Loanda; 1.217 sacos <strong>de</strong> S. Tbomé pelo D. Pedro,<br />

sj 15 <strong>de</strong> Cabo* Ver<strong>de</strong> também pelo mesmo vapor.<br />

Para consumo <strong>de</strong>spacharão-se 813 sacos c 3 burricas.<br />

Reexportámos para Londres 55 sacos, empara<br />

Marselha 12 ditos.<br />

Calcula-se ser hoje a existência <strong>de</strong> 7.683 sacos<br />

do Brasil o colônias.<br />

Vinho.— Verificou-se que a colheita foi mais diminuta<br />

do que se esperava, ainda qne <strong>de</strong> melh f<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

O movimento (cm sido pouco, mas parece que<br />

nestes últimos dias apparecêrão os exportadores no<br />

mercado e flzerão compras aos lavradores por preços<br />

elevados, naturalmente por terem esperanças<br />

dc no futuro rea li sarem mais vantajosamente OS<br />

seus embarques.<br />

Yinagre.— Pouco movimento, mas este gênero<br />

segue sempre a sorte do vinho.<br />

Mercado do Porto.<br />

REVISTA DE 27 DE NOVEMBRO A 11 DE DEZEMBRO.<br />

Forão regulares as operações <strong>de</strong>ste mercado durante<br />

esta quinzena.<br />

• O estado do mercado c o movimento commercial<br />

inos diversos gêneros <strong>de</strong> quo costumamos tratar nesta<br />

revista, achão-sc fielmente referidos no Commercio<br />

do Porto <strong>de</strong> hontem.<br />

Eis o que diz este acreditadíssimõ Jornal:<br />

« Não tivemos importação dos diflerentes gêneros<br />

dc consumo, e apenas por via do Lisboa vicrão<br />

algumas remessas <strong>de</strong> café, arroz, etc. Das existências<br />

qne havia tlzerão-se regulares Iransacções.<br />

« Nos gêneros <strong>de</strong> importação notamos a elevação<br />

do preço do sal, motivada pela falti <strong>de</strong> entradas<br />

o pelo gran<strong>de</strong> consumo que tom nesta quadra, e<br />

a baixa do azeite pelas suecessivas remessas vindas<br />

ao mercado.<br />

« O inercido <strong>de</strong> vinhos <strong>de</strong> ex lortação 'em continuado<br />

estacionarto, e nio temo» a meoci >n *r transaccõi-s.<br />

a R


importação,<br />

Assucar.—Nio houve suppriroonros. As transar-<br />

Ç°*' S Farinha <strong>de</strong> trigo.—A do Philadclphia retalhou-se DESPACHO DB EXPORTAÇÃO NO DIA 3 DB JAKBIBOi<br />

1 lüinas datas*.<br />

<strong>de</strong> 189000 a 219000 a barrica, a <strong>de</strong> Ncw-York ao mes­<br />

neste pcriodo forão em pequena escala, nos mo preço, a <strong>de</strong> Ballimorc <strong>de</strong> 189000a 199000, ea <strong>de</strong><br />

Canal —Ne brig. dinam. Cerofa Una, Boje & Comp., 100<br />

EXTERIOR.<br />

INTERIOR.<br />

<strong>de</strong> Pernambuco, 50 caixas, mascavo, do Rio e 110 Triesto a 259000; ficando em ser 23,700 barricas, sacas <strong>de</strong> café.<br />

ditas branco e mascavo, da Bahia*<br />

sendo 0.600 da primeira, 8.400 da segunda,900 da — Na gal. hamb. fai|Miíeate, G. & W. lleymam, 2.000 Antuérpia 6 Dez. Alagoas. ....... 12 Dez.<br />

Os preços regularão os seguintes:<br />

terceira, e 4.800 da quarta, tendo chegado dous saeas <strong>de</strong> café.<br />

Âssumpção 15 Nov. Amazonas ..... 29 Nov.<br />

carregamentos dos Kstados-Unidos, que estão in­ Havre—Na gal. firma. Ptctorfa A. Lehericy dc Comp. Baltimore 13 » Bahia 31 Dez.<br />

Rio, mascaro..... 19000 a 19050 cluídos.<br />

136 couçoeiras <strong>de</strong> jacarand:..<br />

Boston.. 26 » Ceará 17 »<br />

Pernambuco, branco... 1*900 a 29400<br />

Monievidõo—No brig. port. Tentador, Aolonio Fran­ Bucnos-Ayres.. 16 Dez.<br />

• mascavo •..*. 19330 a 19700 Gentbra.—Ven<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> 380 a 400 rs. a botija.<br />

Espirito Santo.. 29 .»<br />

cisco Lopes, S0 meias barricas <strong>de</strong> assucar.<br />

Califórnia 17 Nov.<br />

Bahia, branco................... 19800 a 1300 Manteiga.—A francesa, ven<strong>de</strong>u-se a 480 rs., e Marscific—Na barca franc Franklin, J. B. Bcrla, 11<br />

Goyaz 19 Out.<br />

12 Dez.<br />

19450 a ingleza do 640 a 600 rs. a libra, ficando cm ser barricas <strong>de</strong> café.<br />

Maceió 17 Dez.<br />

» mascavo 15390 a 2.500 barris.<br />

Ncw-York— Na barca amer. Cliflon, Phipps lrmios &<br />

14 n<br />

11 u Maranhão 14 »<br />

«HXPOBTAÇÍO.<br />

Comp.. 4.500 sacas <strong>de</strong> café.<br />

29 Out.<br />

Mato Grosso ... 18 Set.<br />

4?SfVe. —-Tem vindo bastante ao mercado. As<br />

Oleo <strong>de</strong> linhaça.—Ven<strong>de</strong>u-se a 22000 por galão. Porto—Na barca port. Silencio, José Joaquim Vieira,<br />

18 Dez. Minas 6 Dez.<br />

vitimas remessas obtlverão dc $$000 a 49100 o Queijos.—Os flamengos ven<strong>de</strong>râo-se <strong>de</strong> 29000 a<br />

12 .»<br />

100 sacos do farinha.<br />

Pará 11 »<br />

alinudc.<br />

29400.<br />

12 D Parabvba 24 Dez.<br />

Marselha...... 12 Nov<br />

CÂMBIOS.<br />

Vinagre.—O <strong>de</strong> Portugal ven<strong>de</strong>u-sc <strong>de</strong> 1059000<br />

Paraná 16 Nov.<br />

Com a checada do paquete Oneidt dos portos do a 1119000 a pipa.<br />

2 Out. Pernambuco... 29 Dez.<br />

IMPORTAÇÃO.<br />

Montevidéu..-.. 17 Dez. Piauhy 27 Nov.<br />

Bra7.il esperava-se que o cambio sobre Londres su­ I7M/ #O.—O do Lisboa ven<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> 2209000 a<br />

bisse, porém não aconteceu assim, e as maiores ven­ 2609000<br />

MANIFESTOS.<br />

Ncw-Orleani.., 28 Out. Porto Alegre.. 18 Dez.<br />

a pipa, e o <strong>de</strong> outros países a 1909000.<br />

New-York ,... 29 Nov. R. G. do Norte. 10 »<br />

das que se taornd forão a 53 7/8 e 54 90 d. d. ©90 Vetos.—As <strong>de</strong> composição ven<strong>de</strong>rão-se a 620 rs. BBIOCB SUECO — IlF.lNB.Icn— DE HAMBURGO. • ! Paraná 20 » R. G. do Sul... 28 »<br />

d. v., sobrando papel para o primeiro e dinheiro a libra.<br />

Ácidos. 5 volumes a or<strong>de</strong>m. —Água mineral:<br />

10 Dez. Santa Catharimt. 21 Dez.<br />

para o segundo algarismo, e como as casas sacadoras<br />

não tenhão prccisOes, nio nos parece que haja<br />

àTesconios. —O rebate do letras regulou <strong>de</strong> 10 a 50 caixas a or<strong>de</strong>m. — Água <strong>de</strong>, Seita : 100 caixas Philadclphia... 7 Nov. S. Paulo 24 »<br />

so ao anno.<br />

a Umlauf.—Al vaiado: 60 caixas a Kllngelhoefer.<br />

11 Dez. Santos 24 »<br />

por em quanto alteração sensível. Sobre Paris e<br />

Batatas: 429 caixas a Weitzmann.<br />

Valparaíso 18 Nov. Sergipe 19 »<br />

•Hamburgo não ednsta qne houvesse iransacroes. ffeUe. —Desta Cida<strong>de</strong> para o Canal a 55, pela<br />

Carvão: 134 1/2 tons. a Glotte.—Cerveja: SOO<br />

Sobro l^nrlros 53 7;8 a 5*1 890d. d. c 90 d. v.<br />

Parahvut a 60, para o Chyle a 50. e para IA ver- caixas a Boje, 2 a Gleite.—Charutos: 7 caixas a<br />

* Ms 530 1 •.._«• .<br />

pool a 40, e 2 3,4 pelo algodão.<br />

Weitzmann.—Cimento: 100 barricas a Mosle.<br />

MOVIMENTO DO PORTO.<br />

n o . Hamburgo 481/21 m**-<br />

Drogas *. 9 volumes a or<strong>de</strong>m, 8 a Gary. 4 a<br />

N. B. Como ha, abundância do dinheiro são pro­<br />

Rendimento<br />

Gestas.<br />

SaHIDAJ BO DIA 3.<br />

curadas as boas letras <strong>de</strong> cambio, c mesmo da terra,<br />

por 4 e 4 1/2 por cento <strong>de</strong> jnm ao anno.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga até o dia 27 <strong>de</strong> Dezembro.<br />

Fazendas <strong>de</strong> algodão: 4 volumes a W. Sibcth, 8 Honolnlu —Hiato Hawaino Ha te Sa rgent, 258 tons.,<br />

477:7039278<br />

Rendas internas até 17 <strong>de</strong> Dezembro .<br />

a Glctte.—Fazendas <strong>de</strong> lia: 18 volumes a Glctte, m. T. West, equip. 7: c. com quo entrou.<br />

35:6619738<br />

Havre 9 (to Dezembro <strong>de</strong> IMN, Consulado Provincial até 17 <strong>de</strong> De-<br />

lfl a Hascnclever, 3 a Luiz.—Fazendas dc Unho: 4 Rio doS. João — Sum. Tres trmâoe, 43 tons., m.<br />

«wnbro 87:7399762 caixas a NVille, 2 a Glotte.—Ferragens: 10 volumes Antônio José Gavinho Júnior, cqnip. 6: c. em<br />

O estado do mercado tem sido em geral pouco<br />

a Sanerbrom.<br />

lastro <strong>de</strong> pedra o vários gêneros.<br />

animado.<br />

Livros: 1 caixa a Sauerbrom.—Lonas: 12 caixas Santos—Vapor S. Pedro, 186 tons., m. comm.<br />

Entretanto, nesta ultima semana tem tido mais<br />

alguma vida. Em alguns artigos as vendas linii-<br />

Bahia.<br />

a llamano, 5 a Kérsicin.<br />

Molas <strong>de</strong> algodão: 15 volumes a Umlauf, 5 a<br />

Capitão Tenente Pereira da Cunha, equip. 23: c.<br />

vários gêneros; passags» Dr. B. A. Gavião Peixoto<br />

tão-se ás necessida<strong>de</strong>s do consumo. N'outros porém,<br />

vem n especulação estabelecer oms alia, que mal<br />

po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> regra porque multas vetes é momen­<br />

nKVISTA DO MHRCADO.<br />

De 20 a 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Weitzmann, 4 a W. Sibcth.—Mobília: 2 caixas a<br />

or<strong>de</strong>m.—Moringas: 1 caixa a Mosle.<br />

Objectos dr armarinho: 7 vols. a Hascnclever, 6<br />

o 1 escravo, Dr. A. Moreira <strong>de</strong> Barros, Dr. Ca-.<br />

mil Io Gavião Peixoto, J. Dias do Arruda, F. <strong>de</strong><br />

Paula Ferraz, B. A. Rodriguos do Oliveira, A. R.<br />

tânea. ' Não Obstante algumas transacções se tem Bem pouco foi o movimento do nosso mercado a Reíidcr, 6 a W. Sibcth, 4 a Wuhucan, 4 o Weitz­<br />

cOccluado nos gêneros e nas condições que ps«smos <strong>de</strong> exportação, durante a semana, principalmente mann, 2 a Umlauf. 2 a Moss, I a Glotte.—Objertos<br />

a mencionar.<br />

a respeito do assucar.<br />

para fumista-: 3 caixas a Leon Ferre.<br />

Algodão.—As vendas trem sido restrictas ás pro- Vcndcu-se alguma aguar<strong>de</strong>nte, algodão, cario, Papel <strong>de</strong> embrulho: 650 balas a Gleito.— Pianos:<br />

dfSos do dia. A especulação neste artigo parou doas partidas do fumo <strong>de</strong> folha e pi assobia. 6 caixas á or<strong>de</strong>m —Presuntos': 320 a Limpricht.<br />

diante dos <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> um armistício nos Estados Ini- As entradas do estrangeiro forão regulares. En­<br />

Salames.* I caixa a Limpricht.*<br />

dos, expressados pelo Imperador na nota dc Mr. trou uma carga <strong>de</strong> bacalhau, duas <strong>de</strong> carvão, uma Velas <strong>de</strong> composição: 125 caixas á or<strong>de</strong>m. —<br />

Drouyn do Shuys aos governos <strong>de</strong> Inglaterra e da <strong>de</strong> farinha, duas com fazendas, fumo etc, o uma Vlme em obra: 21 vols. a Umlauf, 9 a M. O.<br />

Rússia.<br />

com sal.<br />

Abraoches.—Viveres: 4 vols. a Muhlc Kizltaff.<br />

Cardoso: os Inglezes J. Curtis, J. Muir; os Americanos<br />

J. P. Corre sua família, J. A. Boyd e<br />

sua mulher, R. Rhinhost o 1 irmã; os Franceses<br />

J. Bcrtran, E. Dcschamps; o Italiano A. Maya;<br />

os Portuguezes M. F. Amaro, J. Pires, C. P.<br />

Amaro, A. D. do Sousa, M. Nunes, J. da Silva,<br />

J. Pereiro da Silva, M. M. Pisco, O. L. Rodrigues,<br />

M. Carvalho, A. J. <strong>de</strong> Oliveira.<br />

ENTRADAS NO DIA 3.<br />

A Importação lambem tem sido diminuta. Com- As vendas <strong>de</strong> impoi landa qne se flzerão forão a da BARCA AUSTRÍACA—IDA—DE GLASCOW. Sonthamptom o escalas — 25 ds. (3 ds. do ultimo*,<br />

prehendcm-so nas ultimas importações 209 saeas do carga <strong>de</strong> bacalhau, o a das 100 barricas entradas por<br />

Rio do Janeiro, 220 <strong>de</strong> Pernambuco' o "700 dá Para- cabotagem; e<strong>de</strong> menor importância, e a retalho hou­ A|vaiado: 350. barricas a Gomes Pacheco.—<br />

Paq. Ing. "1 Magdalcna, comm. Wdolward, passags.<br />

hyba.verem<br />

bastantes.<br />

Anlagens: 5 fardos a G. Rudgc.—Canos <strong>de</strong> ferro: (do Interior) J. dc Mello Ca ramanho, D. Josephina<br />

751 a Irencu. — Carvão : 140 toneladas a Walson. Ó. da Silveira, D. Izabcl G. <strong>de</strong> Oliveira, J. J. <strong>de</strong><br />

Café.—Poucas transações. Durante estas ultimas Cambias.— Sobre Londres tem-se feito saques a<br />

—Cerveja: 1.141 barricas a Ewbank, 119 a Gordon. Souza, J. A. Pereira Bastos, J. A. Dias Guimarães;<br />

semanas vend


CORTR.<br />

••ok A^NNO 12&000<br />

POR SHIS MR7.ES. ,. rjfôOOO<br />

POR TRRS MRZRS. . 3$>00Í)<br />

PAUTE OFFICIAL<br />

uimoterio do wrfâiÀfasw<br />

• 7.' Secção.-—Rio. dc Janeiro.—XI mister» $os.Negócios<br />

do Império om 31 do Dezcrnbrp^cíc 1862.<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> o imperador \\lartd» ^reímetler a<br />

lllma. Camaru 'Municipal a cópia junta do Decreto<br />

n. 3.040 <strong>de</strong>sta data, que orca a receita e lixa<br />

a <strong>de</strong>speza da mesma llluux. Câmara para o anno<br />

<strong>de</strong> .<strong>1863</strong>, e Determinar :<br />

1." Que seja mantida a pratica seguida, e autor<br />

isad a pelos Decretos n. M 2.718 <strong>de</strong> 31 do Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1800, e 2.8Õ5 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />

1861, <strong>de</strong>screu postas a prêmio — que consliUie<br />

iv o da — em qualquer estabelecimento dc credito<br />

<strong>de</strong> confiança as quantias pertencentes ao cofre doa<br />

Uepusitis, não sendo proce<strong>de</strong>ntes os motivos allegudos<br />

para entregai-as ao Thesoureiro a quem po<strong>de</strong>r-sc-ha<br />

diminuir a fiança, que .prestou, no caso<br />

<strong>de</strong> reconhecer-se que 6 excessiva pura as som mas<br />

que tem sob sua guarda ; assim como augmentar<br />

o seu-vencimento pelos meios'.competentes, se o<br />

que percebe não correspon<strong>de</strong>rão seu trabalho e<br />

responsabilida<strong>de</strong>.<br />

2.° Que, não se tendo apresentado razoes novas<br />

para o uugmcnto dos gratificações dos Engenheiros,<br />

que já foi negado por Portaria dc 11 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1801, lhes <strong>de</strong>ve ser abonado somente o vencimento<br />

da tabeliã approvada pelo Decreto n.°<br />

2.855 dc 7 do referido mez e. anno.<br />

3.° Que, além da supprcssão já .feita <strong>de</strong> um logar<br />

<strong>de</strong> 2.° OHicial da Contadoria, <strong>de</strong>ve ser supprimtdo<br />

o <strong>de</strong> 1.° que ficou vago pelo fallecimehto <strong>de</strong> Vasco<br />

da Gamara c Oliveira, voltando ao seu emprego<br />

o 2." Ofilcial llermencgildo <strong>de</strong> Barros Figueiredo,<br />

c ficando exonerado Ccsario dos Passos Monteiro,<br />

ultimamente'nomeado. .<br />

4.° Finalmente que so tenha muito em vista o<br />

exacto cumprimento das disposições'da Portaria dc<br />

11 dc Dezembro dc 1861, especialmente na parte<br />

quo truta da reducção do pessoal que possa ser<br />

dispensado; <strong>de</strong>clarando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a lllma. Câmara<br />

Municipal se é absolutamente necessário o logar <strong>de</strong><br />

lnspector <strong>de</strong> calçadas, que foi conservado.—Marquez<br />

MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA í OK DEZEMBRO"WTOÍZ'.<br />

— Ao Sr. Ministro da Marinha, remettendo, em<br />

resposta ao seu Aviso <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro próximo<br />

passado, relativamente á restituição dos direitos<br />

pagos pelas cem -medidas <strong>de</strong> azeite, enviadas<br />

<strong>de</strong> Montevidéo, no Paquete Marquez <strong>de</strong> Olinda,<br />

para o serviço dos vapores da Estação Naval <strong>de</strong><br />

Mato Grosso, a or<strong>de</strong>m do mesmo mez, dirigida á<br />

Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Albuquerque, do qual verá o mesmo<br />

Ministério quaes as recommendações feitas a semelhante<br />

respeito, as quaes dispensfio qualquer outra<br />

provi<strong>de</strong>ncia sobre o objecto.<br />

— Ao do Império, rogando que, tendo a Thesouraria<br />

do Ceará participado, em oflicio n.° 155 <strong>de</strong><br />

7 <strong>de</strong> Novembro próximo passado, ter <strong>de</strong>spendido<br />

com « Soecorros públicos c melhoramento sanitário,<br />

» sob a responsabilida<strong>de</strong> da Presidência, e<br />

por contu do exercício <strong>de</strong> 1861—1862, o quantia<br />

dc 12*.ol30743; sirva-se commuhicar, com a possível<br />

brevida<strong>de</strong> a resolução que tomar a semelhante respeito,<br />

visto estar prestes a encerrar-se o referido<br />

exercício.<br />

— Ao da Justiça, rogando que, tendo a Thesouraria<br />

do Maranhão, em oflicio n.° 95 <strong>de</strong> 10<br />

<strong>de</strong> Novembro próximo findo, participado ter reiiiettido<br />

ao dito Ministério uma <strong>de</strong>monstração do<br />

estado do credito votado no actual exercício, a rubrica—<br />

Guarda Nacional—para a qual se faz preciso<br />

um augroento <strong>de</strong> 900'000; sirva-se commuiiicar<br />

a resolução que tomar a semelhante respeito.<br />

— A' Alfân<strong>de</strong>ga, communicando. para seu conhecimento<br />

e <strong>de</strong>vidos efiei tos, que fica approvada<br />

a proposta do Thesoureiro da mesma Alfân<strong>de</strong>ga,<br />

que acompanhou o seu oflicio n.° 408 do 26 <strong>de</strong><br />

Novembro próximo passado, dc Damaso José Ferreira,<br />

e Manoel José Rodrigues Pereira, para os<br />

logares dc Fieis do mesmo Thesoureiro; <strong>de</strong>vendo<br />

a Inspcctoriu exigir a acquiescencia dos Findorcs<br />

do mesmo Thesoureiro, se no respectivo termo <strong>de</strong><br />

fiança não foi coinprehendida esta cláusula; c no<br />

caso negativo bastará que o mesmo Fiador assigne<br />

a proposta do seu afiançado com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

com ella concordar.<br />

— A* Thesouraria da Bahia, <strong>de</strong>clarando que o<br />

Tribunal do Thesouro, tendo presente o seu oflicio<br />

n.° 220 <strong>de</strong> 12 dc Julho ultimo, a que acompanhou<br />

o recurso interposto por Krutnmler & Comp. da<br />

<strong>de</strong>cisão da mesma Thesouraria, con fir maior ia da da<br />

respectiva Alfân<strong>de</strong>ga, que os multou nas penas da 1.°<br />

parte do art. 556 do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Setembro<br />

<strong>de</strong> 18íi0 por oceasião <strong>de</strong> eflectuarem o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong><br />

40 dúzias do camisas, quando pela nota que havião<br />

apresentado constava serem 40 dúzias <strong>de</strong> peitos <strong>de</strong><br />

camisas, resolveu dar provimento ao dito recurso,<br />

visto ter-se verificado que semelhante diflerença foi<br />

<strong>de</strong>vida a erro ou engano na traducção da factura<br />

entre os termos <strong>de</strong>vant <strong>de</strong> chemises c chemises <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>uanl e não a frau<strong>de</strong>, como reconheceu a dita<br />

Alfân<strong>de</strong>ga; cumprindo portanto que appliquc ao caso<br />

<strong>de</strong> que se trata a disposição do art. 5V5, § 2.°, 2.*<br />

parte, que sugeita á multa <strong>de</strong> 1 1/2 °/ 0 do valor das<br />

mercadorias quando as <strong>de</strong>clarações da nota são vagas<br />

e incertas. E por esta oceasião observa-se á mesma<br />

Thesouraria que, pelo exame do supracitado art.<br />

556. 1.* parte, vò sc que são condições essenciaes da<br />

espécie nelle tratada : 1." serem as mercadorias encontradas<br />

da mesma classificação genérica, ou espécie<br />

das <strong>de</strong>claradas na nota; 2." que entre cilas so encontrem<br />

algumas da mesma esperte, mas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>ravelmente superior.<br />

IMPÉRIO IMJ> BRASIL<br />

(Sií^emenla ao n.° AJ<br />

QUARTA FEIRA, 2| DE JANEIRO<br />

— A' mesma, remettendo o requerimento, datado<br />

<strong>de</strong> 13 dc Setembro <strong>de</strong> 1854, em que D. Henriqueta<br />

fímilia Moreira <strong>de</strong> Figueiredo pe<strong>de</strong> pagamento do<br />

que se lhe <strong>de</strong>vo pelos cavados tirados <strong>de</strong> uma estância<br />

<strong>de</strong> seu finado marido Rodrigo José <strong>de</strong> Figueiredo<br />

Moreira para montaria do exercito na mesma Província,<br />

a fim <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r aos necessários exames<br />

pnra a competente liquidação, na formada lei, tendo<br />

om vista os documentos, que <strong>de</strong>vem existir no archivo<br />

da Repartição para se formar juizo seguro a semelhante<br />

respeito; o por esta oceasião previne-se a<br />

mesma Thesouraria que o documento n.° 1, junto ao<br />

dito requerimento, parece viciado, c que em 27 <strong>de</strong><br />

Março <strong>de</strong> 1855 o Thesouro pagou á Supplicante a<br />

quantia <strong>de</strong> 25:0009000 reclamada pelo processo <strong>de</strong><br />

— A* Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminando<br />

que man<strong>de</strong> <strong>de</strong>spachar na Alfân<strong>de</strong>ga e<br />

remetter para a Casa da Moeda as 16 caixas com<br />

praia, vindas da Inglaterra no Paquete Tyne, pesando<br />

cerca dc 31.590 onças; ficando na intcllicencia<br />

do que o custo da dita prata foi <strong>de</strong> £<br />

8.338.0.0.<br />

— Ao Sr. Provedor da Casa da Moeda, <strong>de</strong>terminando<br />

que receba do Thesouro 16 caixas com<br />

barras dc prata, pesando cerco <strong>de</strong> 31.590 onças,<br />

quo fará reduzir a moedas do cunho nacional; ficando<br />

na intelligcncia <strong>de</strong> quo o custo da mesma<br />

prata foi dc £ 8.338.0.0.<br />

— Ao Sr. Carlos Neate, communicando, em resposta<br />

ao seu oflicio <strong>de</strong> 3 do corrente, que fica concedida<br />

ao mestre Carpinteiro SettoSponcer a <strong>de</strong>missão<br />

que pedira, e por esta fôrma rescindido o respectivo<br />

contracto <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Setembro dc 1861; não po<strong>de</strong>ndo<br />

ter logar o pagamento do sua passagem <strong>de</strong> volta ò<br />

Inglaterra, conforme propõe, por isso que sendo-lhe<br />

esto garantida no fim do prazo porque so contraotára<br />

OFFICIM<br />

4- A' Presidência da mesma Província, <strong>de</strong>clararão,<br />

em resposta ao oflicio n.° 99 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Outubro<br />

ultimo, no qual dá conta da <strong>de</strong>liberação que tomara<br />

dc autorisar sob sua responsabilida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>speza com<br />

os reparos dos Paióes da Fortaleza do Ruraco que<br />

servem á Alfân<strong>de</strong>ga da Província para <strong>de</strong>posito da<br />

pólvora importada: que pela Or<strong>de</strong>m n.° 200 <strong>de</strong> 5 do<br />

mel passado, expedida á Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda,<br />

foi já concedido o credito <strong>de</strong> 8328840 cm que estão<br />

orçados os ditos reparos; e que approvado fica por­<br />

1 .* Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando que,<br />

nesta data, é nomeado Continuo da 1Directoria<br />

Geral <strong>de</strong>sla Secretaria <strong>de</strong> Estado o Correio da mesma<br />

Directoria João Antônio Xavier, em substituição<br />

a Antônio Pereira da Costa fallecido em o dia 23<br />

do corrente ; e Correio da referida Directoria, João<br />

Fernan<strong>de</strong>s Alves<br />

— Ao Conselho Supremo Militar, i<strong>de</strong>m que por<br />

Decreto <strong>de</strong> 24 do corrente, foi transferido para a<br />

4. B Companhia do 2.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a<br />

pé Lconidio Manoel <strong>de</strong> Jesus, c para a 7,' Companhia<br />

<strong>de</strong>ste Ratai hão o Capitão daquelle Antônio<br />

Maria Rabcllo.<br />

2." Directoria Geral,<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO 16&000<br />

PCR SEIS MFZES. . . 8©000<br />

POR TRRS MEZES.. . 431 000<br />

—A' Thesouraria da Bahia,romc ti l táil^^^sposta<br />

.. I ao seu ofiicio n.° 330 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong>1 OntilBro ultimo,<br />

,";^Lvguia das <strong>de</strong>z apólices do Arcebispo da Província,<br />

D • Manoel Joaquim da Silveira, a fim <strong>de</strong> que a<br />

"tnosrrin Thesouraria <strong>de</strong>sfaça o erro, quo houve,<br />

I Htaçào <strong>de</strong> dous números dos mesmas apelices<br />

A' inesma, <strong>de</strong>claiapdo. em resposta ao seu<br />

<strong>de</strong>.212:3^3^3:1 V para conçlus5o7da^ím/a;(:a ponflí<br />

ftT-ro da Alfân<strong>de</strong>ga da I'róvineia.<br />

, — A' mesma, <strong>de</strong>clarando, em visto do seu^oftlcio<br />

;n.° 330, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> 'O u tub raÉjfti m o, em que communica<br />

haver pedido ao MiniMnrioda GiiM-ra o jwgírienlii<br />

<strong>de</strong> cred to na importância <strong>de</strong> 853#880 para as <strong>de</strong>spezas<br />

do § 14 relativos ao exercício d-* 186,1—62;<br />

que os su pplementos d» seovlh mie n i tu reza 'í<strong>de</strong>veui<br />

,.sçr pedidos com mais antecipação, nos lermos riiéom-<br />

.üiendudos pelas Or<strong>de</strong>ns Circularei <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto<br />

e 13 <strong>de</strong> Selo ubro n. M e Havendo elle por molu próprio pedido a rescisão<br />

doi seu contrado, não está o Governo obrigado a<br />

pagar-lhe senão atç o dia cm que fôr aceita a <strong>de</strong>missão,<br />

<strong>de</strong>vendo por conta do <strong>de</strong>missionário correr<br />

a*Jlepi»zas <strong>de</strong> volta.<br />

A* Thesouraria do Piauhy, <strong>de</strong>clarando, na<br />

.çcmformida<strong>de</strong> do Aviso do Ministério do Império <strong>de</strong><br />

S:fe<br />

45 c 50, c pelo art. 8.°<br />

da or<strong>de</strong>m geral dt distribuição dos c editos <strong>de</strong> 18<br />

d • Junho e art. 2." do Decreto do Ll°. <strong>de</strong> Fevereiro<br />

do mesmo anno.<br />

— A' <strong>de</strong> S. Pedro, <strong>de</strong>clarando, cm resposta ao seu<br />

oflicio n.° 214 <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Setembro ultimo, que ap- j<br />

prova a ajuda <strong>de</strong> custp que mandou abonar ao 3."<br />

Escriplurario Leunnro Ferreira Campos, <strong>de</strong>signado<br />

para servir em commissAo o logar dc Escrivão da<br />

Pagadoría Central, cuja <strong>de</strong>speza é facultada pelas<br />

Inslrucções <strong>de</strong> 1." <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1861.<br />

,ÍLn\tf8$Á&^^ Novembro findo, que, por Portaria daquella<br />

fl- J/.l, <strong>de</strong> a drffnesrnô^ííiéz/rof Coheedido 'ó credito mesm i data, foi concedida ao Padre Francisco <strong>de</strong>i<br />

Qjlyeira Comes, Vigário COIlado na Igreja <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora da Graça da Cida<strong>de</strong> do S. João da Parnahyba<br />

da respectiva Província, uma nova licença <strong>de</strong><br />

seiij mezes, além da que obteve do respectivo Diocesano<br />

com o vencimento da competente congrua,<br />

<strong>de</strong>ita mio Sacerdote, que o substitua, <strong>de</strong> approvação<br />

doileverendi Ordinário.<br />

— A' mesma, <strong>de</strong>clarando que, pela Or<strong>de</strong>m n.°<br />

48 He 13 do mez findo, já foi concedido o credito dc<br />

617*373 para a verba « Correio Geral a dò exercício<br />

;<strong>de</strong> 861—1862, o qual, segundo commuuica a dita<br />

Th muraria por olllcio n. n 72 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Setembro<br />

ult no, tomou a Presidência da Província a <strong>de</strong>libe.<br />

ição <strong>de</strong>-abar sob sua responsabilida<strong>de</strong> para occoi<br />

|er ao -pagamento das gratificações dc diversos<br />

Ag ntes do respectivo Correio.<br />

4- A' <strong>de</strong> Pernambuco, or<strong>de</strong>nando, cm vista do<br />

seuloflicio n 0 qne se man<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar nesta Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />

para constar a todo tempo, que elle mudou o seu<br />

nome para o <strong>de</strong> Hcncdicto Bravo Borges Gorjão;<br />

a fim <strong>de</strong> quo S. Et. se sirva ministrar quaesquer<br />

esclarecimentos acerca <strong>de</strong> semelhonte pretenção<br />

por não constar na mesma Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />

ser o supplicante ofllcial reformado <strong>de</strong> Permanentes.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Pernambuco<br />

<strong>de</strong>clarando, em resposta a duvida proposta pelo Capitão<br />

Commandante da respectiva companhia <strong>de</strong><br />

('avaliaria, e que S. Ex trouxe ao conhecimento<br />

<strong>de</strong>ste Ministério em oflicio datado <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Abril<br />

do corrente anno, relativamente ao Cabo <strong>de</strong> Esquadra<br />

José Pedro Rego, que em conseqüência das cominunicações,<br />

que se tem recebidas respeito do dilo<br />

Cubo <strong>de</strong>ve S. Ex. mandal-o consi<strong>de</strong>rar como <strong>de</strong>sertor<br />

e ser excluído do estádio eflectivo da dita<br />

Companhia, proce<strong>de</strong>ndo-se com elle n.i fôrma da<br />

Lei, sondo consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> nenhum éfleitoa sua baixa<br />

d -terminada nu or<strong>de</strong>m do dia <strong>de</strong>sta Secretaria do<br />

Estudo n • 307.<br />

— Ao da Bahia, remetlendo o processo <strong>de</strong> Conselho<br />

<strong>de</strong> Guerra do Soldado do 8.° Batalhão <strong>de</strong><br />

Infantaria Bcrnardino dos Santos, a fim dc ser cumprida<br />

a respectiva sentença.<br />

207 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Outubro ultimo e pa­ — Ao da do Rio Gra"dc do Sul, i<strong>de</strong>m o do Solpe»<br />

onnexos, relativos ao concurso a que se proce<strong>de</strong>u dado do 6." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Antônio Da-<br />

napfta Thesouraria para Praticantes da respectiva mazio da Silva.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga : que abra novo concurso para preenchimento<br />

das diversas vagas existentes naquella Repar­ — Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os doa Soldados<br />

tição, pois que o unicp candidato que se apresentou do 2.° Batalhão dc Infantaria Damíãò Gomes <strong>de</strong><br />

ao <strong>de</strong> que trata o citado oflicio não está no caso dc Oliveira c Cypriano Gomes <strong>de</strong> Oliveira.<br />

serlnomeado.<br />

— Ao da do Pará, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> 3 praças do 11.*<br />

Batalhão dc Infantaria.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, exigindo as certidões<br />

dos assentamentos que tiverem no Batalhão do<br />

Deposito, a que pertencerão, os Soldados do 7.° Batalhão<br />

do Infantaria Pedro Pereira Ferreiro, o Manoel<br />

João Baptista.<br />

tanto o acto da dita Presidência, tanto mais quando<br />

exercício (indo n.» 174 do L.° 5.» por ín<strong>de</strong>mnisação ò caso em questão achava-se comprchendido nas fados<br />

prejuízos causados pela cavalhada do exercito culda<strong>de</strong>s concedidas ás Presidências <strong>de</strong> Províncias<br />

em operações.<br />

pelo Decreto<br />

— A' do Paraná, or<strong>de</strong>nando que por conta do anno.<br />

.credito rio § 2.° gxL 1 * do Decretfi_n. 0 n.° 2.884 do 1.° <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong>ste<br />

1.140 flc |<br />

Bahia, <strong>de</strong>clarando, em<br />

21 dc Setembro dc 1861, pague ao Major Renediclo resposta ao seu olllcio n.° 347 <strong>de</strong> 5 do mez ul­<br />

línéas <strong>de</strong> Paula n quantia <strong>de</strong> 2300000, proveniente timo, ao qual acompanhou o da respectiva Presi­<br />

da 2." prestação, por que contractou diversas obras dência n.° 7 <strong>de</strong> 6 do dito mez, que, sendo muito<br />

no quartel da Companhia do corpo fixo <strong>de</strong> Cava liaria conveniente que o Thesouro tenha conhecimento<br />

na mesma Província, como consta do processo quo da quantia em que po<strong>de</strong>rá importar a compra dos<br />

veio oo Thesouro com o Aviso do Ministério da prédios contíguos á Alfân<strong>de</strong>ga da Província, a fim<br />

Guerra <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Maio do corrente anno.<br />

<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r resolver sobre semelhante assumpto,<br />

haja a mesma* Thesouraria <strong>de</strong> dar as precisas in­<br />

DIA O.<br />

formações.<br />

Circular ás Presidências.—Ministério dos Negócios<br />

da Fazenda.—Rio <strong>de</strong> Janeiro 5 dc Dezembro — A' do Santa Catharina, or<strong>de</strong>nando, do con­<br />

<strong>de</strong> 1862.<br />

formida<strong>de</strong> com o Aviso do Ministério do Império<br />

Illm. e Exm. Sr.—Como *V. Ex. <strong>de</strong>ve ter visto<br />

<strong>de</strong> 28 do mez ultimo, que ponha á disposição da respec­<br />

das publicações ofllciaes, tem este Ministério ultitiva<br />

Presidência a quantia <strong>de</strong> 1:0009000 por conta<br />

mamente estranhado a quasi todas as Thesoura-<br />

da verba—Obras especiaes— para ser applicada aos<br />

rias <strong>de</strong> Fazenda a maneira por que <strong>de</strong>rão ellas<br />

reparos do Palácio da dita Presidência, o a <strong>de</strong> 500&000<br />

execução á doutrina dos a ris. 2.° do Decreto do<br />

por conta da verba—Presidências <strong>de</strong> Províncias—<br />

1." <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong>ste anno, e 8.° da Or<strong>de</strong>m geral<br />

tudo no corrente exercício, para compra <strong>de</strong> moveis<br />

da distribuição dos creditos, não obstante as cons­<br />

do referido Palácio.<br />

tantes recoinmendações que a este respeito lhes — A'<strong>de</strong> S. Pedro, communicando, em resposta<br />

hão sido feitas a bern da regularida<strong>de</strong> do serviço. ao seu oflicio n.° 228 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro ultimo,<br />

Não me parecendo, porém, ainda sufllcienles as que opprova o seu procedimento <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r o<br />

novas recom mendações, e mesmo censuras dirigi­ Administrador da Mesa do Rendas do Itiqui, Isdas<br />

á maior parle dos respectivos Inspcctores, com rael Dias da Costa, a cujo <strong>de</strong>leixo o reluxação se<br />

o fim <strong>de</strong> evitarem-se os graves embaraços que po­ attribiic o roubo da quantia <strong>de</strong> 1:6039934 do ren<strong>de</strong>m<br />

provir da errônea pratica, por elles adoptada, dimento da mesma Mesa ; ficando a dita Thesou­<br />

do recorrerem ás Presidências para a obtenção <strong>de</strong> raria prevenida dc que es»e Ministério aguarda o re­<br />

supplcmentos do creditos, muitos vezes antes <strong>de</strong> sultado do respectivo processo para resolver afinal.<br />

soficital-os ao Thesouro, ou nas mesmas datas em<br />

— A' mesma, <strong>de</strong>clarando, em resposta ao seu<br />

que os solicitão, ou ainda anles <strong>de</strong> passar-se o tempo<br />

ofiicio n.° 220 dc 6 dc Outubro ultimo, que o<br />

preciso para a solução dc seus pedidos; c consi­<br />

Tribunal do Thesouro, tomando em consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong>rando por outro lado que dos Presidências do Pro­<br />

o recurso interposto pelo Collector das Rendas Gevíncias<br />

muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a boa execução do Decreto | raes <strong>de</strong> S. Leopoldo, Manoel dos Reis Nunes, da<br />

citado no tocante aos <strong>de</strong>veres das Thesoura rias; sua <strong>de</strong>cisão que o multou na quantia <strong>de</strong> 4150690<br />

tomo por isso a <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> chamar a aitenrão pela <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> 5 dias na entrega das rendas ar­<br />

<strong>de</strong> V. Ex. para tal assumpto, que muito lhe rerecadadas no trimestre do Outubro a Dezembro <strong>de</strong><br />

com mendo, transmittindo ao mesmo tempo á V. l86í,<br />

Ex. os exemplares juntos, das Circul.ires n.'* 45<br />

e 50 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto e 13 <strong>de</strong> Setembro próximo<br />

passados, para que haja, por sua parte, do fazei-as<br />

observar escrupulosamentê<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Albuquerque.—Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong>.<br />

— A' Secção <strong>de</strong> Fazenda do Conselho <strong>de</strong> Estado,<br />

relator o Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ituborahy, para consultar<br />

sobre o objecto dc que trata o oflicio do<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Ranço do Rrasil, que pe<strong>de</strong> para' elevar<br />

a sua emissão uo triplo do fundo disponível<br />

e caixa.<br />

r — Ao dado Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, i<strong>de</strong>m na respectiva<br />

Companhia <strong>de</strong> Caçadores, a que pertencerão<br />

os Soldados do 7.° Batalhão <strong>de</strong> infantaria Mathias<br />

Pinto da Fonseca Mello, o José Bento <strong>de</strong><br />

Mello.<br />

— Ao da do Ceará, i<strong>de</strong>m no respectivo Corpo<br />

<strong>de</strong> Guamição, a que pertencerão 7 praças do 7.°<br />

Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, i<strong>de</strong>m no 2.° Batalhão<br />

<strong>de</strong> Artilharia a pé, a qu;0~pertencêrjlo 5 praças<br />

do 7.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

3.' Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Pernambuco mandando<br />

remetter para o Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte<br />

todo o metal amarei Io inútil que existo em arrecadação.<br />

— A' Commissão <strong>de</strong> melhoramentos do material<br />

do exercito, i<strong>de</strong>m inspecetonar as baterias da fortaleza<br />

<strong>de</strong> Santa Cruz a fim <strong>de</strong> propor as alterações<br />

que se <strong>de</strong>vão fazer para se obterem as vantagens<br />

e melhoramentos hoje adaptados em outros paizes.<br />

— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> Corte,<br />

i<strong>de</strong>m fornecer ao Laboratório do Campinho oo reactivos<br />

cbimicos para as cápsulas fulminantes.<br />

— Ao mesmo i<strong>de</strong>m ao Laboratório os objectos<br />

precisos para a fabricação <strong>de</strong> cunhetes, <strong>de</strong>vendo<br />

aproveitar-se os 161 <strong>de</strong>stes, que existem feitos.<br />

4.<br />

resolveu relevol-o da mesma multa; cumprindo<br />

que a dita Thesouraria lhe previna, <strong>de</strong><br />

que d'orn cm diante não será mais attendido por<br />

semelhantes faltas, c lhe marque o prazo <strong>de</strong>ntro<br />

do qual <strong>de</strong>vo ser entregue o saldo das rendas*<br />

— A* <strong>de</strong> Goyaz, <strong>de</strong>clarando', em resposta, ao<br />

seu ofiicio n.* 31 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Setembro ultimo, que<br />

forão approvadas as gratificações que arbitrou aos<br />

Empregados pelo trabalho da tomada <strong>de</strong> contas<br />

fóra das horas do expediente.<br />

MINISTÉRIO DA GUERRA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 26 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

a Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, solicitando a <strong>de</strong>volução<br />

dos processos <strong>de</strong> dividas <strong>de</strong> exercícios findos<br />

pertencentes ao ex-soldado do 9.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />

João Pio <strong>de</strong> Seooa e ao ex-Cabo <strong>de</strong> Esquadra<br />

do 4." Batalhão da mesma arma Manoel<br />

Pereira <strong>de</strong> Lima, a fim <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r resolver sobro<br />

a matéria do seu Aviso <strong>de</strong> 10 do corrente.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Amazonas,<br />

fixando em 500 réis o valor da etapa que se <strong>de</strong>vo<br />

abonar ás praças <strong>de</strong> pret no 1.* semestre <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Sergipe, I<strong>de</strong>m em 400 réis, i<strong>de</strong>m,<br />

i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />

— Ao da do Piauhy, i<strong>de</strong>m em 450 réis, i<strong>de</strong>m,<br />

i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />

— Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda da<br />

Província <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, para que man<strong>de</strong><br />

suspen<strong>de</strong>r, á contar da date do ultimo pagamento,<br />

a consignação <strong>de</strong> 809000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou na<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> >. Gabriel o Tenente Coronel Commandante<br />

do Batalhão <strong>de</strong> Artilharia <strong>de</strong> Mato Grosso<br />

Hermenegildo dc Albuquerque Portocanòro, enviando<br />

a respectiva guia directamente á Thesouraria<br />

daquella Província, do que dará parte a esto<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado.<br />

— Ao lnspector da Pagadoria das Tropas, para<br />

mandar ajustar contas ao Capitão do 1.* Regimento<br />

<strong>de</strong> Cavallaria Ligeira João Cândido Goulart, a vista<br />

da guia expedida pela Thesouraria <strong>de</strong> S. Pedro<br />

do Sul, por on<strong>de</strong> ficou suspensa a consignação que<br />

<strong>de</strong>ixou à sua familia.<br />

— Ao mesmo para mandar suspen<strong>de</strong>r, do 1."<br />

<strong>de</strong> Janeiro próximo futuro em diante, a consignação<br />

<strong>de</strong> 150000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou nesta Corte a sua<br />

familia o Capitão do Estado Maior <strong>de</strong> 2.* classe<br />

Benedicto Jorge <strong>de</strong> Faria, enviando a competente<br />

guia a esta Directoria Geral.<br />

HIXISTERIO DA MARINHA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 24 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />

1." Secção.— Ao Conselho Supremo Militar do<br />

Justiça, enviando, para ser julgado em Superior<br />

Instância, o processo feito, por crime <strong>de</strong> 4.' <strong>de</strong>serção<br />

simples, ao Imperial Marinheiro Fortunato<br />

José Machado.<br />

— A' Inspecção do Arsenal da Corte, mandando<br />

«níS«? • W l n i s t r o 1 d 0 Justiça, remettendo o re- proce<strong>de</strong>r, quanto antes, ao fabrico <strong>de</strong> que precisa<br />

ií? t o e m? u e BÇnedictol


2." Secção.—X" Presidência <strong>de</strong> Província do Sergipe,<br />

<strong>de</strong>clarando, cm solução a duvida apresentada<br />

em oflicio n." 10, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Marco ultimo, acerca<br />

doa vencimentos que competem ao Secretario da<br />

Capitania do Porto respectiva, quando substituir<br />

o Capitão do Porto, que <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o<br />

parecer do Conselho Naval, exarado cm Consulta<br />

n." 032, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Julho próximo findo, são applicaveis<br />

ao mesmo empregado etn tal caso as dispotírõH<br />

do Decreta d.* 2.011, <strong>de</strong>28 <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 1857, que faz extensivas aos empregados da<br />

Marinho, as do <strong>de</strong> n.* 1.993. do f4 <strong>de</strong> Outubro<br />

do dito anno; assistindo-lhe direito a percepção da<br />

5." parle dos maiorias 0 comedprias, que pertencem<br />

ao Ofllcial substituído; e bem assim que quanto<br />

oo Escrevente Aristidcs da Silva Kego, impondo-lhe<br />

o Aviso <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1858, a obrigação <strong>de</strong><br />

coadjuvor c substituir o Secretario, nenhum outro<br />

vencimento lhe po<strong>de</strong> caber além da gratificação<br />

que percebe. —Communicou-sc a Contadoria da<br />

Marinho.<br />

— A' da Província <strong>de</strong> Santa Catharina, exivindo<br />

as InmrmtçOes reclamadas pelo Major <strong>de</strong> Engenheiros<br />

Joio <strong>de</strong> Souza Mello e Alvim, sobre o<br />

plano e orçamento das obras, <strong>de</strong> que carece o forte<br />

<strong>de</strong> Santa Barbara, na mesma Província, para o<br />

estabelecimento- da respectiva Capitania do Porto.<br />

— Ao Conselho Naval, remeltcndo, para consultar<br />

a respeílo, o requerimento, em que Ramon<br />

Enrique, Commisserlo <strong>de</strong> I.* classe do Corpo <strong>de</strong><br />

Fazenda ds Armada, reclama que e reforma a elle<br />

concedida por Decreto <strong>de</strong> 13 do corrente seja no<br />

posto <strong>de</strong>'Capitão <strong>de</strong> Fragata e com o respectivo<br />

soldo.<br />

— A* Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, approvando a<br />

resolução, quo tomara, <strong>de</strong> mandar carregar om<br />

receita, o fornecer á ofllctna <strong>de</strong> Carapinas do Arsenal<br />

dá Corte 7 pranchoVw ou eouçoelras <strong>de</strong> vlnhatlco,<br />

que otlstilo em <strong>de</strong>posito nos armazéns do<br />

Almoxarlfado.<br />

—- Ao Conselho <strong>de</strong>.Compras, mandando abrir roneurrencis,<br />

para acqufsíçlo <strong>de</strong> 197 culxões, que se<br />

' fazem precisos para a Corveta Bohiana.<br />

3* Secção.— Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo*<br />

a fim <strong>de</strong> serem pagas as contas <strong>de</strong> objectos<br />

fornecidos para, o expediente <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong><br />

Estado por Joaquim <strong>de</strong> Oliveira Mata, e <strong>de</strong>spezas<br />

realisfldas oo Hospital da Marinha da Corte, tudo<br />

durante o mnz <strong>de</strong> Novembro próxima passado.—<br />

Deu-se conhecimento á Contadoria.<br />

- Ao mesmo, <strong>de</strong>volvendo as contas, que acompanharão<br />

o seu Aviso do 1 .* do corrente, relativa 8<br />

a impressões feitas na Typographía Nacional para<br />

esta Secretaria do Estado •Inten<strong>de</strong>ncia da Maninho<br />

no presente exercício, n tim <strong>de</strong> que haja <strong>de</strong><br />

mondar annoxiir-lhes os documentos, que <strong>de</strong>vem<br />

comprovai-as, isto ú, os pedidos pelos quaes sc<br />

Usarão as encommondas, e os recibos das entregas,<br />

para evitar-se qualquer duvids, que possa haver<br />

na oceasião do proce<strong>de</strong>r-se é competente liquidação<br />

para o seu pagamento, como já em casos idênticos<br />

foi pon<strong>de</strong>rado por Avisos <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Fevereiro e 31<br />

<strong>de</strong> Maio últimos.<br />

MlVIMTKIIIO IML t


CORTE.<br />

DIÁRIO OFFHM,<br />

POR ANNO Í3&000<br />

POR SEIS MEZES. . . 6$000<br />

IMPÉRIO X) BRASIL<br />

POR TRES MEZES. . 3#>000<br />

ANNO DE 1865. TERÇA FEIRA.6 DE JANEIRO.<br />

PAÇO UIPERI.tr.<br />

Tiverlo a honra dc cumprimentar a Suas Magcsfidcs<br />

e A Rezas Imperiaes, na semana finda em 3 do<br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>, os Srs.: Ministro da Prússia; Ministro<br />

<strong>de</strong> Portugal, sua senhora, e seu Secretario e<br />

sua senhora; Viscon<strong>de</strong> o Viscon<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> 1 taborahy;<br />

Viscon<strong>de</strong> c Viscon<strong>de</strong>ssa do Aljczur;. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Sapucahy; Conselheiro Pedreira; José Maria dos<br />

Reis; Gavião Peixoto; Juiz dc Direito'Doria; Senna<br />

Pereira; Guarda Roupa Dr. Netto dos Reis- e sua<br />

senhora; Dr. Antônio do Vasconccllos Menezes <strong>de</strong><br />

Drumtnond; D. Francisca Barbosa da Silva; Moço<br />

Fidalgo José Maria Pinto Peixoto e sua senhora;<br />

Dr. Lagos; João Maurício Belém; Dr. Fernan<strong>de</strong>s da<br />

Cunha; Conselheiro Paranaguá c sua família; Desembargador<br />

Pereira Jorge; Conselheiro Pereira da<br />

Cunha; Dr. Joaquim Caetano da Silva; Conselheiros<br />

Werna Magalhães, Miranda Rego o sua familia; Luiz<br />

Carlos da Fonseca c sua familia; Pereira da Cunha;<br />

1." Tenente Montaury; D. Maria Isabel Montaury;<br />

Barão o Baronczü <strong>de</strong> S. Luiz, c sua filha; Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Província do Rio <strong>de</strong> Janeiro; Chefe <strong>de</strong> Policia da<br />

Corte; Capitão Tenente Jacomo Raja Gabaglia; Camarista<br />

Siqueira; Guarda Roupa Dr. Pinheiro;<br />

Commendador Joaquim Breves; cm commissão a<br />

Directoria do Instituto Niclhcroycnsc, c José Gonçalves<br />

da Silva*<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

1IIXISTKRIO DO IMPÉRIO,<br />

Pela Secretaria do Estado dos Negócios do Império<br />

se fax publico quo no dia 6 do corrente mez, ás<br />

11 horas da manhã, Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador Baixará<br />

á Imperial Capei Ia para assistir a festivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Reis que alli se ha <strong>de</strong> celebrar, <strong>de</strong>vendo as pessoas<br />

qpe compõem a Corte apresentar-se com o uniferme<br />

<strong>de</strong> 2." gala.<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império cm<br />

5<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1803.— Fauslo Augusto d'Aguiar:*<br />

Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />

se faz publico que Sua^.Magesta<strong>de</strong> o Imperador.<br />

Receberá no Paço da Quinta da R6a Vista, das 5 ás 7<br />

horas da tar<strong>de</strong>, ás pcssOas quo o forem comprimontar<br />

no dia 9 do corrente mez, dia dc gran<strong>de</strong> gala, por ser<br />

o annivcrsario do cm que Sua Magesta<strong>de</strong> Imperial o<br />

Senhor D. Pedro I. Declarou ficar no Brasil,<br />

' Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império em<br />

5 <strong>de</strong> Janeiro dc 18G3.—Fauslo Augusto d'Aguiar.<br />

MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 1<br />

DE DEZEMBRO DB 1862.<br />

Ministério dos Negócios da Fazenda. — Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, 1.° dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.—O Viscon<strong>de</strong> do<br />

Albuquerque, Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal do Thesouro<br />

Nacional, or<strong>de</strong>na que d'orn em diante, o numero<br />

das estampas das letras do Thesouro, dc quo trota o<br />

art. 2.° das Inslrucções <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1851,<br />

fique reduzido, em um exercício, a 100 os dos var<br />

lorcs <strong>de</strong> 5003000 até 10:000^000; a 150 as dc<br />

20:0009000; c a 240 as <strong>de</strong> 50:000^000; ficando por<br />

esta fôrma alterado o referido art. 2.°—Viscon<strong>de</strong> d*<br />

Albuquerque.<br />

— Ao Sr. Ministro da Agricultura, transmitlindo<br />

a conta, que acompanhou o oflicio n. 288 <strong>de</strong> 11<br />

do Novembro próximo passado da Typographía<br />

Nacional, das impressões alli feitas por encommenda<br />

da Secretaria do dito Ministério no 1.° trimestre<br />

do corrente exercício, na importância dc 277&600;<br />

a Am do que se sirva provi<strong>de</strong>nciar sobro o respectivo<br />

pagamento.— Semelhantes aos Ministérios da<br />

Justiça e Marinha, remettendo contas das respectivas<br />

Secretarias.<br />

— Ao da Marinha, communicando, a fim <strong>de</strong> resolver<br />

a respeito como enten<strong>de</strong>r conveniente, que<br />

pelo oflicio n.° 204 <strong>de</strong> 13 dc Setembro ultimo da<br />

Thesouraria do S. Pedro do Sul constou ao Thesouro<br />

que a respectiva Presidência, sob sua responsabilida<strong>de</strong>,<br />

mandara continuar a abonar no<br />

corrente exercício a gratificação que percebia o capitAo-tenentc<br />

Giacomo Rala Gabaglia.<br />

— A* Directoria Geral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>, transmitlindo,<br />

para sua inlelligcncia u <strong>de</strong>vida execução,<br />

a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sta data, alterando o numero das<br />

estampas das letras do Thesouro, <strong>de</strong> que trata o<br />

art. 2." das Inslrucções <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1851;<br />

ficando a mcsmaJDirecloria autorisada para mandar<br />

tirar novas estampas dc qualquer das classes dc<br />

valores cm numero que não excdu <strong>de</strong> 100, se por<br />

ventura algumas <strong>de</strong>llas não chegar para a emissÍQ<br />

que fôr preciso fazer no exercício a que pertencerem<br />

.<br />

— A' Thesouraria da Bahia, <strong>de</strong>clarando, <strong>de</strong><br />

conformida<strong>de</strong> com os Avisos do Ministério do Império<br />

dc 10 e 17 <strong>de</strong> Outubro ultimo, que o credito<br />

distribuído a essa Província para as <strong>de</strong>spesas<br />

com soecorros públicos no exercício presente foi augrnentado<br />

com a quantia <strong>de</strong> 22:360^440, no qual<br />

se acha comprehendida a dc 10:000^000 quo a<br />

dita Presidência mandou remetter para a Província<br />

do Sergipe,<br />

— A' <strong>de</strong> S. Poulo, or<strong>de</strong>nando, do conformida<strong>de</strong><br />

com o Aviso do Ministério do Marinha do 24 do Outubro<br />

ultimo, que pague ao Imperial Marinheiro<br />

Isidoro Pinto o soldo, que lhe compete, como reformado,<br />

tendo em vista a guia c a provisão do Con-*<br />

selho Supremo Militar que a referida praça exhibirá.<br />

— A' <strong>de</strong> 8. Pedro, <strong>de</strong>clarando, em resposta<br />

seu oflicio n. 9 204 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Setembro ultimo, qu<br />

pela ordom n.° 200 <strong>de</strong> li do mez seguinte l<br />

augmentado o credito para as <strong>de</strong>spezas da ver.<br />

—Obras— do Ministério da Marinha no corren<br />

exercício, cumprindo que informe sem <strong>de</strong>mora<br />

o dito credito é oo não sufiicíente, a 11 m <strong>de</strong> sare<br />

dadas as provi<strong>de</strong>ncias,precisas. E por esta oceusii<br />

prcvlne-se á mesma ílfcspürarla que, <strong>de</strong>pois (<br />

ouvir o sobredito Ministério'da Marinha, resolve<br />

se—ha acerca da gratificação mandada abonar pe<br />

Presi<strong>de</strong>nci<br />

— Ao mesmo, communicando que por Decreto <strong>de</strong><br />

22 <strong>de</strong> NoveíribVo findo forão reformados os Capitães<br />

dp 0.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria José Antônio <strong>de</strong><br />

Carvalho Dantas, c do Batalhão <strong>de</strong> Caçadores do<br />

Maio Grosso Feliciano Pereira dos Guimarães, por<br />

se acharem comprchendidos no § 1.° do Art. 9.°<br />

da Lei n.° 648 dc 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1862.<br />

•§- Ao Sr. Ministro da Marinha, communicando<br />

quo.-lição expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns para<br />

qu& pela Repartição do Ajudante General sejão miniswadas<br />

ao Capitão <strong>de</strong> Mar o Guerra Commandante<br />

no corren to exercício, ao Capitão Ti da jfortaleaa da Ilha das Cobros, os esclarecimentos<br />

— A' do Espirito Santo, remettendo, em resposta<br />

ao seu oflicio n.° 34 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro ultimo,<br />

cópia do parecer da Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 20 do mez seguinte, e tábellas a que se<br />

refere, acerca do augmento <strong>de</strong> credito que pedio<br />

para as <strong>de</strong>spezas que correm pela mesma Thesouraria,<br />

a fim <strong>de</strong> que cumpra com urgência'tudo o<br />

que pon<strong>de</strong>ra aquella Directoria, <strong>de</strong>monstrando pre- •<br />

cisa mente <strong>de</strong> que provém a necessida<strong>de</strong> do avultado<br />

augmento que pe<strong>de</strong> da quantia <strong>de</strong> 407:5403792,<br />

e respon<strong>de</strong>ndo, im preteri vel mente até o fim do<br />

presente mez, sob pena <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, couto<br />

já lhe foi recommendado pela or<strong>de</strong>m n.°29<strong>de</strong>6domez<br />

próximo passado, ás or<strong>de</strong>ns n."' 33 c 1, <strong>de</strong> 11<br />

dc Dezembro <strong>de</strong> 1861 e 3 do Janeiro do corrente<br />

anno sobre objecto idêntico.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 24 DE DEZEMBRO DE 1862. •<br />

1." Directoria Geral.<br />

Ao 1.° Vice Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Goyaz<br />

João Bonifácio Gomes <strong>de</strong> Siqueira, aceusando recebido<br />

o seu oflicio, datado dc 6 do mez próximo passado,<br />

em que participa haver assumido, no dia<br />

anterior, a administração da mesma Província, cm<br />

substituição ao Dr. Caetano Alves <strong>de</strong> Souza Filgueiras.<br />

— Ao Director do Archivo Militar, para remetter<br />

ú esta Directoria Geral, se houver naquella Repartição,<br />

um dos exemplares da carta topographica da<br />

Província do Maranhão, extrahidos pelo Major do<br />

Corpo dc Engenheiros Franklim Antônio da Costa<br />

Ferreira ; a fim do ser transmittido ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

da referida Província, que assim o solicita.<br />

— Ao do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, remettendo,<br />

para informar, o requerimento, cm que Onofrc José<br />

Joaquim pe<strong>de</strong> sc man<strong>de</strong> passar carta <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />

mediante a importância da avaliação, á seo afilhado<br />

<strong>de</strong> nome Neve, filho <strong>de</strong> Cyriaco Pereira eJoanna 2.*,<br />

ambos escravos da Nação ao serviço daquelle Estabelecimento.<br />

2." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando que<br />

so conce<strong>de</strong>u licença ao Capellão Tenente reformado<br />

da Repartição Ecclesiastica do Exercito Frei David<br />

da Nativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora para residir em Pernambuco.<br />

— Ao mesmo, communicando qoe falleueu na<br />

Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte em 9 <strong>de</strong> Novembro<br />

findo o Capitão reformado do Exercito José dos<br />

Santos Caria.<br />

— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante da<br />

tola Central, remettendo o requerimento em<br />

q o Tenente do Corpo dc Estado Maior <strong>de</strong> 1.*<br />

cise Américo Rodrigues <strong>de</strong> Vasconccllos pe<strong>de</strong> licijtt<br />

para estudar o curso <strong>de</strong> Engenheiro Civil.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m o do Tenente do 1.° Bata-<br />

IU <strong>de</strong> Infantaria Eduardo Emiliano da Fonseca<br />

pendo licença para estudar o curso da arma dc<br />

Ailharia.<br />

-» Ao Dr. Cirurgião-mór do Exercito remettendo<br />

pari informar o contrario feito pela Thesourorra<br />

<strong>de</strong> razenda do Minas Geraes com o Pharmaceutico<br />

Bertardo Graciano dc Magalhães Gomes paru fornecinento<br />

dc objectos a botica militar.<br />

4." Directoria Geral.<br />

— Ao Sr.. Ministro da Fazendo , para que so<br />

digne mandar pagar ao Almoxarife do Hospital<br />

Mil ar da Corte, a quantia <strong>de</strong> l:938í?467, proveniente<br />

das <strong>de</strong>spezas miúdas por elle feitas em o<br />

'mez do Novembro ultimo.<br />

— Ao -Presi<strong>de</strong>nte da Província das Alagoas, fixando<br />

em 480 réis o valor da etapa para as praças<br />

dc pret, no semestre do Janeiro a Junho <strong>de</strong> 1803.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, i<strong>de</strong>m em 300 réis o valor<br />

da dita etapa, e cm 700 réis o das forragens, no<br />

referido semestre.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, para que mando restituir<br />

ao Capitão Brazílin do Amorim Bezerra, a<br />

quantia <strong>de</strong> 1580850, pertencentes aos vencimentos<br />

do Escrivão da colônia militar Pimentciras, in<strong>de</strong>vidamente<br />

glosados aquelle Ofllcial.<br />

— Ao üirectcir interino do Laboratório .do Campinho,<br />

communicando haver-sc concedido 2 mezes<br />

<strong>de</strong> licença ao Escripturario <strong>de</strong>sse Estabelecimento<br />

Carlos Fre<strong>de</strong>rico Seara, para 'tratar <strong>de</strong> Sua saú<strong>de</strong><br />

na Província <strong>de</strong> Santa Catharina.<br />

Requerimentos <strong>de</strong>spachados.<br />

Do Fortunata Thcrcza <strong>de</strong> Jesus, pedindo entrega<br />

dc documentos.—Deferido nos lermos do Regulamento.<br />

De José da Silva Reis, pedindo a admissão dc<br />

um menor no Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.—Não<br />

tem logar.<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO....;... 16#000<br />

PCR SEIS MFZES. 83&000<br />

POR TRES MEZES. 4#000<br />

IVlJMERO &.<br />

Requerimento in<strong>de</strong>ferido.<br />

"Do subdito Alemão Augusto Fre<strong>de</strong>rico Christiano<br />

Rock, reclamando ín<strong>de</strong>mnisação da importância do<br />

sua passagem para Europa.<br />

MINISTÉRIO DA ÍI1RIAII t.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

neoie Giacomo Raja Gabaglia, quo solicitou ao Chefe <strong>de</strong> Esquadra lnspector do<br />

DIA 3, Arsenal do Marinha, relativamente ao fatlecimento<br />

, . _ , . do sentenciado João Inglez, que se achava em ser-<br />

A Thesouraria do Pará, communicando, para su v í ç 0 n o q u a r l c l d o 1 < a Kegimcnto <strong>de</strong> Cavallaria liíntelllgenciae<strong>de</strong>vidosefteitos,<br />

que fica prorogado at; g e i^ c b e m a s s i m c o m m Unicadas quaesquer oceur-<br />

6 mezes o prazo concedido ao 1.» Çonjerente da Al r e n c i a s q u e s c <strong>de</strong>rem a respeito dos Sentenciados<br />

fan<strong>de</strong>ga da mesma írovmcia, João José^enriques q u e^ o n i r e m d a d i t a Fortaleza para serem empredo<br />

que trata a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Setembro uitimoigad^s e m serviÇo da Repartição do Guerra,<br />

n. 84, para cíTectuar o transporte dc sua família da . . , . .<br />

Parahyba para o Pará "T *° m e s m°» aceusando o recebimento do Aviso<br />

., . „ , . ... pelo qual S. Ex. communicou a este Ministério a<br />

- A da Parahyba, communicando para o <strong>de</strong>vido^,^ p a r U d a p a r a 0 N o r t e n o brigue Jlfarofwdo,<br />

F conhecimento, e cm addltamento á Or<strong>de</strong>m n. 41 Ajj0 q u a l h a o d e s e r transportados para o Presidio<br />

<strong>de</strong> O <strong>de</strong> Setembro ultimo, que foi prorogado ale <strong>de</strong> r..-J2f- Fernando <strong>de</strong> J- Noronha M .-_ os — prezos que - <strong>de</strong>vem .»-- - ter<br />

mezes o prazo concedido ao 1.° Conferente da Al­ issc <strong>de</strong>stino; c solicitando <strong>de</strong>claração do dia<br />

fân<strong>de</strong>ga da Província do Pará João José Henriques,<br />

para Tazcr transportar para aquella Província toda* Jue p o d e 4 U c m b a r c a r 0 8 d i t o s l.<br />

r e s o s P<br />

sua familia ; cumprindo observar á mesma Thesou­ — Ao Conselho Supremo Militar communicando,<br />

raria que menos exacta foi a sua Informação, -cm uc forão transferidos para o Corpo dc Guarnição<br />

olDcio.<strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Maio ultimo, participando quo o dito e Pernambuco o Alteres do 9.° Batalhão <strong>de</strong>ln-<br />

1.; Conferente não conduzira para o Pará pessoa Imtaria João Baptistu do Menezes, c para este Ba­<br />

alguma dc sua familia, quando é certo, como elle ti hão o Alfcres daquelle Corpo Álvaro Çonrado<br />

provou documentalmente, que levara para alli com- erreira <strong>de</strong> Aguiar. *<br />

sigo um filho <strong>de</strong> nome Feliciano Aniceto Henriques/ — Ao mesmo para que seja remeti ida á esta<br />

icrctarja dc .Estado cópia, da consulta do mesmo<br />

ibunal, acerca da antigüida<strong>de</strong> do tempo <strong>de</strong> serso<br />

do Padre Eduardo Marcos <strong>de</strong> Araújo, Ca-<br />

Jlüo Alferes da Repartição Ecclesiastica do Excro*<br />

a Secção.—Ao Quartel General, <strong>de</strong>clarando ser<br />

justificável o expediente tomado pelo Commandante<br />

do Vapor Itajahy* pertencente á Estação Naval<br />

<strong>de</strong> Pernambuco, <strong>de</strong> queimar no serviço ds machina<br />

daquelle Vapor cento e trinta liames, que<br />

da Província do Espirito Santo conduzia para entregar<br />

no Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Bahia.—Ofliciouse<br />

também á Presidência da segunda das referidas<br />

Províncias o á Inspecção do mencionado Arsenal.<br />

*— Ao mesmo, dizendo que as praças do Corpo<br />

do Imperiaes Marinheiros, approvadas na escola<br />

pratica <strong>de</strong> artilharia, <strong>de</strong>vem ser incorporadas ás<br />

esquadras, <strong>de</strong> que trata o art. .23 do Regulamento,<br />

que baixou com o Decreto n.° 411 A, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong><br />

Junho dc 1845; cumprindo-sc <strong>de</strong>pois a respeito <strong>de</strong>llas<br />

o que <strong>de</strong>terminão os arte. 24 o 35 do citado<br />

Regulamento.<br />

— A' Inten<strong>de</strong>ncia, or<strong>de</strong>nando que no fornecimento<br />

dc vários objectos ao Vapor Pirajá, não<br />

se comprehenda o theodolito. — Deo-so conhecimento<br />

ao Quartel. General e á Contadoria.<br />

2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, transmittindo<br />

o balanço* da receita c <strong>de</strong>speza da Pagadoría<br />

da Marinha em Outubro oltimo, por conta<br />

do exercício <strong>de</strong> 1862 a <strong>1863</strong>.—Communicou-sc á<br />

Contadoria da Marinha.<br />

— Ao mesmo, enviando a tabeliã justificativa da .<br />

quantia <strong>de</strong> 70:0009000 quo so faz precisa a Pagadoría<br />

da Marinha, para oceorrer as <strong>de</strong>spezas a<br />

Seu cargo cm o mez próximo vindouro.— Communicou-sc<br />

ã Contadoria da Marinha.<br />

— Ao Conselho Naval, <strong>de</strong>clarando cm resposta<br />

ao oflicio <strong>de</strong> 21 do mez passado, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> .<br />

feita a distribuição dos 500 exemplares impressos<br />

<strong>de</strong> suas consultas dos annos <strong>de</strong> 1859 a 1860, <strong>de</strong>ve<br />

remetter os restantes a esta Secretaria do Estado,<br />

para serem archivados.<br />

— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Corte,<br />

• Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia remet-<br />

<strong>de</strong>clarando que '.<strong>de</strong>ve contemplar em folha especial *"<br />

terp as certidões do assentamentos do Tenente<br />

— A' <strong>de</strong> S. Paulo, <strong>de</strong>latando, cm resposta ao<br />

por conta da verba «Obras, » os 3 pedreiros e 1<br />

seu ofiicio n.° 72 <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong>- Oúrobfto» bflfliW,, convindo que, se por qualquer ma


DOCUMENTOS OFFICIAES.<br />

Itepar licito «to Ajudante General 31<br />

<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 18(12.<br />

ORDEM DO DIA N. 352.<br />

^ A o" Cabo <strong>de</strong> Esquadra do mesmo Regimento, An- De manhã houve reunião do Conselho <strong>de</strong> Estado;<br />

tonio] Ambrosio, tres mezes, <strong>de</strong> favor, para tratar tar<strong>de</strong> e 6 noite esliverâo os Ministros reunidos no<br />

<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> sua família na referida Província. a ç o d a cida<strong>de</strong>, aon<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> <strong>de</strong>morou-se<br />

DISPENSA DO SERVIÇO PARA ESTOUR. d 2 horas da madrugada.<br />

E' concedida para estudarem o curso ias Armas O Governo dirigio uma nota ao Sr. Chrislie, e<br />

a que pertencem, sc satisfizerem as condições do £ esta hora (3 da madrugada) não sabemos sc<br />

respectivo Regulamento: to Senhor respon<strong>de</strong>u.<br />

Ao Sr. 1.° Ca<strong>de</strong>te do 3.° Batalhão dc Infantaria j^go quo recebamos tanto a nota do Governo<br />

JEstPsstla <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> FS. Pedro II.<br />

0 movimento das mercadorias foi o seguinte duranle<br />

a semana finda.<br />

Receberão-se do interior :<br />

Cüfé 11.465 arrobas, gêneros diversos 4.20*21/2<br />

arrobas c 930 palmos cúbicos.<br />

RemetlérUo-se para o interior'.<br />

Gêneros diversos 17.130 arrobas, 1.278 palmos<br />

cúbicosc 642 lineares.<br />

I<br />

Manda S. Ex o Sr. General Ministro o Secre­<br />

tarlo dc Estado tos Negócios da Guerra publicar<br />

os Avisos abaixo transcriptos, bem como* as dl_<br />

posições e occurrcncias que se lhes seguem, para José Mariano dc Siqueira, na Escola Auxiliar Mili- , „ , . . . . „ . C „ «. ... M I , M , „ „ „ R<br />

qoe cheguem ao conhecimento do Exercito c tenhão tar da Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

a <strong>de</strong>vida execução.<br />

leza <strong>de</strong> Tamandarf. na Proiinrif <strong>de</strong> Pernambuco, c mandando<br />

exonerar <strong>de</strong>lle o OflQcial quo o exercia.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Ministério dos Negócios da<br />

Guerra em 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1862,—2.' Directoria<br />

Geral.—1 .* Secção.<br />

Illm, e Exm. Sr.—>'3o julgando este Ministério<br />

necessário o emprego <strong>de</strong> Ajudante da Fortaleza<br />

dc Tamandare, para o qual fora nomeado interinamente<br />

o Tenente reformado Joaquim José<br />

dc Souza pelo Commandanto das Armas <strong>de</strong>ssa Provindo,<br />

sendo essa nomeação approvada por V. Ex.,<br />

segun<strong>de</strong>) communicoo em oftlclo n.* 098 <strong>de</strong> 15 do<br />

Julho próximo (Indo, assim o <strong>de</strong>claro á V. Ex.<br />

para seu conhecimento, e fazer exonerar do dito<br />

emprego <strong>de</strong> Ajudante o Oíficial que o exerce.<br />

Deus Guerdo o V. Ex. —Polydoro da Fonseca<br />

Quinlanilha Jordão.—Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província<br />

<strong>de</strong> Pernambuco.<br />

AVISO.<br />

!>'•( larando qne t&fo compete aos Commandanícs dos Armai<br />

<strong>de</strong>terminaram a transferencia <strong>de</strong> praças do» Corpos do ExrrrUm<br />

para at Companhias <strong>de</strong> Invalido»; <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo essa transfcn-nria<br />

dc or<strong>de</strong>m du tíoteroo Imperial*<br />

Rio dc Janeiro. — Ministério dos Negccios da<br />

Guerra em 27 <strong>de</strong> Agosto dc 1802.—2.' Directoria<br />

Geral.—1/ Secção.<br />

Illm. o Exm. Sr. —Devendo enten<strong>de</strong>r-so que<br />

a antnrlsarSo conredída nos Commanâantes das<br />

Armas pelo art. 108 do Regulamento approvado<br />

por Ürcrclo n.* 2.677 dc 27 <strong>de</strong> Outubro dc 1860,<br />

para transferirem praças <strong>de</strong> pret <strong>de</strong> uns para outros<br />

corpos da mesma guamição, não se refere á transferencia<br />

para as Companhias dc Inválidos, daquellas<br />

qoe em inspecção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> forem julgadas incapazes<br />

do serviço artivo, o que so po<strong>de</strong> ter lugar<br />

ior or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ste Ministério, assim o <strong>de</strong>claro a V.<br />

Itx.» a tini <strong>de</strong> fazer constar ao Commandante dos<br />

Armns <strong>de</strong>ssa Província, mandando ficar sem effciio<br />

a transferencia das 32 praças constantes da<br />

relação que acompanhou o oflicio <strong>de</strong>ssa Prcsi<strong>de</strong>n<br />

cia <strong>de</strong> 11 do Julho próximo passado sob o.* 371<br />

or<strong>de</strong>nada peto mesmo Commandante das Armas<br />

baseando-se na disposição do art. 2.' dos Instruo<br />

do 1.* <strong>de</strong> Maio dc 1858, que não confere<br />

autorida<strong>de</strong> tal prerogativa.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— Polydoro da Fonseca<br />

Quinlanilha Jordão.—Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província<br />

da Bahia.<br />

NOMEAÇÕES.<br />

Dos Srs.:<br />

Coronel do Corpo dc Engenheiros, Henrique <strong>de</strong><br />

Bcaurcpoírc Rohan para ir cm commissão especial<br />

ao Presidio do Fernando dc Noronha<br />

Alferes do 2.° Regimento dc Cavallaria ligeira,<br />

Manoel Jocintho Osório, para Secretario do mesmo<br />

Regimento.<br />

EXONERAÇÃO<br />

Do Sr. Alferes do 2." Regimento <strong>de</strong> Cavallaria ligeira,<br />

Manoel Augusto JJocelIar, do Jogar <strong>de</strong> Secre<br />

tarlo do mesmo Regimento, como requercu.<br />

DEMISSÃO DO SERVIÇO DO EX EB CITO.<br />

Foi concedida por Decreto <strong>de</strong> 27 do corrente mez<br />

Sr. 1." Tenente do Corpo dc Engenheiros, Ma<br />

, m o a r e s D o s l a d o S r* C h n s l , c' u b l , c a r c m o s e P s"<br />

AoSr. 2.* Ca<strong>de</strong>te 2.» Sargento do Batalhão <strong>de</strong> 8 documentos, quo sem duvida trarão a solução<br />

Caçadores da Província dc Goyaz, Braz Benjamim da efinitiva da questão.<br />

Silva Abrantes, na Escola Central. Confiança c Iranquillida<strong>de</strong>!<br />

Ao Particular 2.° Sargento do Batalhão <strong>de</strong> Enge- - •<br />

iiheiros Condido Lauriano <strong>de</strong> Pinho, na mesma Es- Temos ouvido censuras á ultima nota dirigida<br />

c o'°* ' dê Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Sr.<br />

oiA°HWsiíI° vJ , , kí , M o dS lnfa a ia C a Í i: .' n" dldo <strong>de</strong> Barros > osconccllos, na mesma Escola. tirislfo, ^ * Ministro dc Sua _ Magesta<strong>de</strong> " „ ^ Britannica<br />

?sta Corte. Dizem que 8. Ex. fraqueura, e como<br />

CONCESftX* DE ANTIGÜIDADE DE SERVIÇO MILITAR. M ^ d l p o s I ç 3 o em que ficou collocado O<br />

Ao Soldado do 5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria, José oterno Brasileiro pela nota dc 29 <strong>de</strong> Dezembro.<br />

M„ r c;í rV*?L mf a^2 Í^^TJ^af*?^ 9 d e Março <strong>de</strong> 1853 ate 18 <strong>de</strong> Outubro do 1859, em que A leitura . reilecUda da ultima nota publicada<br />

rt _ „ . r.. ,<br />

servio anteriormente no Exercito. * l v c n c e d o contrario. O Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes<br />

ão se arredou um passo do que havia escripto<br />

REFORMA, m 29 <strong>de</strong> Dezembro, limitando se a dizer ao Sr.<br />

Foi concedida por <strong>de</strong>creto dc 13 do corrente mez, na Ihristio que breve lhe respon<strong>de</strong>ria sobre o arbiconformlda<strong>de</strong>da<br />

Immediatae Imperial Resolução <strong>de</strong> r a m e n í 0 IOT»orciuI por esto Sr. indicado, visto<br />

w ao dito mez, tomada sobre consulta do Conselho , . _ . « , .<br />

Supremo Militar, ao Sr. Tenente Coronel do Corpo* mo l , n h a d e 8 c r 0 U V l d° 0 Conselho <strong>de</strong> Estado<br />

<strong>de</strong> Engenheiros Vicente Marques Lisboa, por estar obre o meio proposto pára a solução mais concomprehendfdo<br />

nas Disposições do $ 1.* do art. 9 *nm'fnli das questões, que <strong>de</strong>rão causa ao conflicto.<br />

da Lei n.° 048 dc 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1852, visto achar-se Esta é a intclligcncia natural c obvia da nota<br />

incapaz do serviço do exercito. Io 1.° do corrente.<br />

DESIGNAÇÃO DB REFORMA*<br />

. . c _ „ „ . . _ Por Aviso datado dc hoje or<strong>de</strong>nou S. Ex. o Sr.<br />

A do Sr. Tenente da cxlincta 2.* linha do Exor-.,. t , . , . . . , t v «<br />

cito, Bcrnardino <strong>de</strong> Senna Dias. é no posto <strong>de</strong> Ca-MMstro d a ***** 0 0 d a 1 V a r a Correspondência do «Diário Official.»<br />

l&ladott-Uiiido.


nifestao.no 6 exactamente ó quo se <strong>de</strong>via esperar<br />

conto primeiro passo para ama política mais acliva.<br />

Temos diante <strong>de</strong> nós dous nu-r.es a <strong>de</strong>correr até<br />

princípios dc <strong>1863</strong>, época cm que, como já disse<br />

em minha correspondência <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Outubro, o<br />

reconhecimento do Sul se tornará provável. Mas<br />

ninguém jamais süppoz'que esse reconhecimento<br />

c fizesse sem darem-se perante o Gabinete <strong>de</strong><br />

Washington os passos conciliadores, que a cortezia<br />

c as relações amigáveis 1 quo ligao a Europa ao Governo<br />

fe<strong>de</strong>ral exigem. A marcha que o Times attribuo<br />

a Lord Lyons, tem todos os visos <strong>de</strong> ser o primeiro<br />

<strong>de</strong>sses passos, c equivalo o dizer-se a Mr.<br />

Lincoln, que a Europa esperará ainda algum tempo<br />

para que se efiectue á tantas vezes prognosticada<br />

<strong>de</strong>rrota dos rebel<strong>de</strong>s; e que se no Om <strong>de</strong>lle a Uni ao<br />

não estiver restabelecido, a Europa procurará conciliatoriamente<br />

pôr termo a uma guerra que tontos<br />

prejuízos lhe causa, c se não o conseguir, reconhecerá<br />

a in<strong>de</strong>pendência dos Estados Confe<strong>de</strong>rados.<br />

São portanto as poucas semanas que faltão para<br />

a conclusão do anno <strong>de</strong> 1862, <strong>de</strong> summa importância<br />

para a causa fe<strong>de</strong>ral; o assim vemos a imprensa<br />

do Norte reclamar do Governo uma acção<br />

enérgica, c os estaleiros o arsenaes trabalharem<br />

dia c noite paru apromptar us expedições quo <strong>de</strong>vem<br />

simultaneamente ameaçar a Charleston, Savannak<br />

e Mobile, completar a conquista do rio Mississipi<br />

com a tomada <strong>de</strong> Vicksburg e atacar Texas. Assim<br />

vômos o Presi<strong>de</strong>nte ce<strong>de</strong>r ao clamor dos impacientes<br />

sacrificando o joven e popular chefe aquém<br />

ainda ha pouco <strong>de</strong>veu a salvação do capital.<br />

'Mas direi ainda uma vez que tudo neste mundo<br />

tem sua compensação. A estratégiafabiana do Mac<br />

Clellan engendrava o perigo <strong>de</strong> que como correr do<br />

tempo a Europa se impacientasse e intervíesse , mas<br />

evitava o talvez maior <strong>de</strong> qoe, como conseqüência <strong>de</strong><br />

um gran<strong>de</strong> revéz soITrido pelo exercito <strong>de</strong> Potomac,<br />

a capital fe<strong>de</strong>ral cahisse em po<strong>de</strong>r dos confe<strong>de</strong>rados.<br />

SI Burnsi<strong>de</strong> a não seguir, como se <strong>de</strong>vo suppór,<br />

pois escarmentado com a <strong>de</strong>sgraça do seu pre<strong>de</strong>cessor,<br />

<strong>de</strong>sejará sem duvida obrar com mais energia c<br />

promplidão» correrá o immenso risco <strong>de</strong> que seu<br />

exercito marchando por caminhos intransitáveis no<br />

inverno, distante da sua base <strong>de</strong> supprimento, hostil<br />

isado pelos habitantes do paiz, c enfraquecido<br />

por divisões iritestinas, seja <strong>de</strong>rrotado pelos confe<strong>de</strong>rados<br />

; o então difflcilmente po<strong>de</strong>rá a causa da<br />

união conseguir novas-levas.<br />

Com o correr das duas ultimas semanas teemse<br />

manifestado claramente qual é o objecto dos<br />

dous exércitos quç sc baterão em Antielam. Os confe<strong>de</strong>rados<br />

teem-sc esforçado por conservar livres as<br />

cpmmunicaç.ões entre Richmond e Os Estados do<br />

ocei<strong>de</strong>nte, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da posse da estrado <strong>de</strong><br />

farro em Gordonsvillc; os fe<strong>de</strong>raes tem pelo contrario<br />

manobrado com o fim <strong>de</strong> apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong>sse<br />

importante ponto estratégico, paru impedir quo o<br />

inimigo entrasse cm Richmond o alli inventasse.<br />

For isso Mac Clellan atravessando o Potomac cm<br />

Harper*s Ferry, não pensou em atacar a Lee <strong>de</strong><br />

frente marchando sobre Wischesler, e sim cm llanqueal-o,<br />

c para isso entrou pelo valle que media<br />

entre a serra do Bull-run c as montanhas* azues,<br />

c tratou <strong>de</strong> oecupar as gargantas <strong>de</strong>stas (Snickor's<br />

Gap, Asby's Gap c Manassas Gap) para impedir quo<br />

ós confe<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>scessem do valle do Shcnandoah<br />

e .ganhassem Gordonsvillc, ficando assim protegidos<br />

pelo rio Rapid-ann que 6 cxccllente linha <strong>de</strong>fensiva.<br />

Segundo as ultimas noticias, porém, Lee<br />

andou mais ligeiro, pois consta quo estava senbor<br />

<strong>de</strong> Gordonsvillc, havendo <strong>de</strong>ixado em cima da<br />

serra a Jackson com 50.OCO homens. A <strong>de</strong>missão<br />

do Mac Clellan <strong>de</strong>ve naturalmente paralyzar as operações<br />

dos fe<strong>de</strong>raes até que Burnsido estu<strong>de</strong> bem<br />

o plano dc campanha do seu pre<strong>de</strong>cessor, ou formoalgum<br />

plano novo; dc maneira que, a menos<br />

que os confe<strong>de</strong>rados não forcem os fe<strong>de</strong>raes<br />

a .um combate dçsvautojoso, é provável que o Inverno<br />

que sc adianta, ponha, cm breve, termo á<br />

campanha da Yirginia.<br />

Bem o sobe o Governo fe<strong>de</strong>ral, c porisso trata<br />

<strong>de</strong> aproveitar o tempo com outras expedições. Uma<br />

sc prepara no Oeste para partir <strong>de</strong> Cairo rio abaixo,<br />

o <strong>de</strong> Nova-Orleans rio acima, contra Vicksburg;<br />

c outra, composta do gran<strong>de</strong> numoro <strong>de</strong> vasos dc<br />

guerra, alguns blindados, irá ás or<strong>de</strong>ns do General<br />

Banks atacar a Charleston. Esta cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> commanda<br />

Beauiegard, está porem sobre aviso, c preparada<br />

para o ataque; dizem que ha no seu porto<br />

, um formidável navio blindado, c que se estão encouraeando<br />

outros com barras que acabão dc chegar<br />

<strong>de</strong> Inglaterra. Entretanto Beauregard <strong>de</strong>u já or<strong>de</strong>ns<br />

para a evacuação da cidado por todos os habitantes<br />

não combatentes, como insinuando que em ultimo<br />

extremo a abandonará ás chamas dc que permittir<br />

que caia em po<strong>de</strong>r dos fe<strong>de</strong>raes.<br />

'Baltimore cm 18 <strong>de</strong> Novembro.—Dous ajudantes<br />

<strong>de</strong>" or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Mac. Ccllan que o havião acompanhado<br />

a Trchton, forão no dia 14 do corrente<br />

presos c mandados para Washington sem que se<br />

saiba <strong>de</strong> que são accosados. Os inimigos da Administração<br />

estão tirando partido <strong>de</strong>ste inci<strong>de</strong>nte.<br />

Assim como Mr. Slanton, dizem, respon<strong>de</strong>u ao<br />

voto popular dc Nova-York dcmitlindo acintosamente<br />

ao General que representava aquellc voto<br />

no exercito, assim se vinga agora das <strong>de</strong>monstrações<br />

dc sympalhia c respeito que Mac Clellan recebe<br />

por toda a parte, pren<strong>de</strong>ndo a seus amigos<br />

fieis cm quanto não pódc pren<strong>de</strong>r a elle próprio.<br />

Nesta accusaçâo porém ha evi<strong>de</strong>nte paixão. Passarão<br />

para Washington os Governadores do Massachusselts<br />

e dc Nova-York, a conferenciar com Mr.<br />

Lincoln. Dizem que forão reclamar medidas que<br />

pozessem os portos' <strong>de</strong> Nova-York e <strong>de</strong> Boston a<br />

abrigo dos ataques com que os ameação os confe<strong>de</strong>rados,<br />

pois tem corrido, ciem causado algum<br />

temor, a vor. dc que o corsário Alabama teria a<br />

ousadia <strong>de</strong> vir bombar<strong>de</strong>ar a metrópole americana.<br />

Não <strong>de</strong>ixa* também <strong>de</strong> prcoecupar os espíritos a<br />

noticia trazida da Europa pelo Ministro Americano<br />

na Rússia, Mr. Cameron, <strong>de</strong> que em Glasgow e<br />

cm outros portos da Gram-Brclanha, se construião<br />

vários vasos cucouraçados <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> força, com<br />

os quaes os confo<strong>de</strong>rados projectavão levantar o<br />

bloqueio do Sul o atacar as cida<strong>de</strong>s, marítimas do<br />

Norte.<br />

Hontem vcndèo-se o ouro americano em Nova-<br />

York com o prêmio <strong>de</strong> 32 IA, o no dia 15 fez<br />

cambio sobre Inglaterra a 140,<br />

21 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862.—No mesmo dia em<br />

que expedi a minha correspondência dc 18 do<br />

corrente, remctlida pelo vapor da linha <strong>de</strong> Cunard,<br />

correrão vozes logo <strong>de</strong>smentidas <strong>de</strong> uma nova batalha<br />

perdida pólos Fe<strong>de</strong>raes em Bull-run. Deu<br />

logar a esta falsa notícia o facto <strong>de</strong> haver o exercito<br />

<strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong> feito um movimento do rotrooesso,<br />

não por ter sido batido, mas para mudar a sua base<br />

dê operações que passa a ser o porto <strong>de</strong> Aqula Crcck<br />

•obre o Potomac abaixo <strong>de</strong> Washington, e a cida<strong>de</strong><br />

d* Fre<strong>de</strong>ricksburg. E' a quarta via porque tentão<br />

03 Fe<strong>de</strong>raes investir a Richmond; tendo sido a<br />

primeira por Manassas Juncíion, â segunda por<br />

Yorkíoton o a Península ca terceira por Hnrper'$<br />

Ferry e Worrehton. A distancia dc Aquía Crcck a<br />

Richmond 6 apennos <strong>de</strong> 60 a 70 milhas, ou monos<br />

da a meta<strong>de</strong> da quo separa a capital rebel<strong>de</strong> dc Warrenton,<br />

e o paiz ofTcrccc mais recursos c ó cortado<br />

por uma estrada do ferro directd; o que salva<br />

alguns dos inconvenientes que tenho apontado para<br />

o progresso dò exercito unionista pela via por qúo<br />

marchou <strong>de</strong>pois da batalha do Antielam. Mas <strong>de</strong>pois<br />

do tres planos mal logrados é licito ser cauto cm<br />

prognosticar o rosultadodo quarto. Já dizem alguns<br />

jornaes que o General Burnsi<strong>de</strong> marcha a instigação<br />

<strong>de</strong> Ilalleck c não do motu próprio, o até preten<strong>de</strong>m<br />

que será brevemento substituído pelo Gênero i<br />

Hooker.<br />

Alguma sensação tem causado nestes últimos dias<br />

a divulgação do um plano que a Tribuna dc Nova<br />

York , jornal abolicionista attribúo aos chefes<br />

do partido <strong>de</strong>mocrático , para cuja realização,<br />

dizem, que estão clles em correspondência com as<br />

autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Richmond. Consiste cm conseguir<br />

<strong>de</strong>stas quo promovão a eleição pelos Estados separados<br />

dc membros para o Congresso Fe<strong>de</strong>ral, que<br />

so <strong>de</strong>verão apresentar em Washington no 1 .* dc<br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. Com essa medida, calcula-se,<br />

1 se ganharão dous pontos importantes; a saber:<br />

1.° que sc evitarão os efleitos da proclamação <strong>de</strong><br />

emancipação <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro, que <strong>de</strong>clara que<br />

só serão reputados em rebellião os Estados ou<br />

fracções <strong>de</strong> Vetado que nesse dia não forem representados<br />

no Congresso ; o 2.* ganhará no dito<br />

Congresso o interesse escravista com esses votos<br />

reunidos aos dos <strong>de</strong>mocratas uma tal prepon<strong>de</strong>rância,<br />

que o Sul po<strong>de</strong>rá satisfazer a todos os seus<br />

<strong>de</strong>sejos, o obter permanecendo na união todas as<br />

medidas que preten<strong>de</strong>, entre outras a da convocação<br />

<strong>de</strong> uma Convenção geral <strong>de</strong> todos os Eslados-Upidos<br />

que reformará a Constituição convenientemente.<br />

Esta noticia, porém, não é geralmente acreditada:<br />

ò Express <strong>de</strong> Nova-York, jornal <strong>de</strong>mocrata dc<br />

Mr. Brooks, a <strong>de</strong>smente redondamente, c a própria<br />

Tribuna allirma que em Richmond a proposta não<br />

foi aceita. Não é porém pequena consolação para<br />

os que <strong>de</strong>sejão ver o termo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sastrosa guerra,<br />

a prova que ella dá dc existir no paiz um partido<br />

influente ao qual se pódc sem absurdo prestar taes<br />

idéas dc conciliação e dc paz.<br />

Washington, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862. — O General<br />

Mac Clellan acaba <strong>de</strong> ser dispensado do commando<br />

do exercito <strong>de</strong> Potomac pesando sobre elle<br />

a accusaçâo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência ao General em Chefe<br />

líalleck quo por diversas vczés lhe intimara terminanlcmcntc<br />

a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> avançar com o sen exercito<br />

contra o inimigo a offcrecer-lho batalha;<br />

e aquelle General, pretcxlando jà falta dc munições,<br />

já falta do cavallos pura seus regimentos mon*<br />

lados, so recusara a cumprir us or<strong>de</strong>ns do seu<br />

Chefe o qual impugna com documentos do Quartel<br />

Mestre a valida<strong>de</strong> daquellcs motivos. Outros não<br />

aceilão esta explicação e sc inclinão a vèr na <strong>de</strong>missão<br />

dò General um motivo político, e preten<strong>de</strong>m<br />

que havendo os <strong>de</strong>mocratas tido ganho dc causa nas<br />

eleições, julgarão os republicanos que era por<br />

<strong>de</strong>mais terem aquellcs a frente <strong>de</strong> um exercito,<br />

um partidário tão <strong>de</strong>cidido <strong>de</strong> suas opiniões. Dizem<br />

que houve estremecimento nas regiões do Gabineto,<br />

que o Secretario dc Estado é o Director dos Correios<br />

que sustentava© Mac Clellan estiverão a ponto<br />

<strong>de</strong> dispedir-se do serviço publico c accrcscenlão mesmo,<br />

que não foi sem reluetancia que o Presi<strong>de</strong>nte<br />

tomou aquella medida, que se por um lado contentava<br />

os republicanos, por outro po<strong>de</strong>ria trazer<br />

uma manifestação opposta no exercito, on<strong>de</strong> Mac<br />

Clellan' é popular, não menos perigosa queasanha<br />

que provocaria nos <strong>de</strong>mocratas hoje' cm maioria.<br />

O General Burnsi<strong>de</strong> que substituio ao General<br />

Mac Clellan, ainda não veio provar a sua acíividadc<br />

e pój em relevo a falta do General <strong>de</strong>caindo, avançando<br />

com o exercito hoje sob seu com mando, po<strong>de</strong>ndo-sc<br />

comtudo altribuir a sua inacção ao mão<br />

estado dos caminhos da Virgínia e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> organisar o seu plano do campanha.<br />

Os boatos e versões acerca da posição e movimentos<br />

dos confe<strong>de</strong>rados são tão còntradictorios que<br />

é impossível dizer a esse respeito alguma cousa com<br />

conhecimento dc causa. Dizem uns que o General<br />

Leo já não está á frente do Exercito em operação<br />

ha Virgínia mas que fóra promovido á graduação<br />

<strong>de</strong> General em Chefe dos Exércitos da Confe<strong>de</strong>ração<br />

c estabelecera o seu Quartel General cm<br />

Culpeper, passando o commando do seu Exército<br />

ao General Johnston que sc conservará na <strong>de</strong>fensiva.<br />

Querem outros que Leo esteja ainda no seu<br />

posto nas margens do Rapahannock fortificadas por<br />

elle e que a testa <strong>de</strong> 100.000 homens espera que<br />

o 'General Burnsi<strong>de</strong> ahi lhe vá dar batalha, preten<strong>de</strong>ndo<br />

collocar este General entre dous fogos, fazendo<br />

atacar pela retaguarda por Stonexvall Jackson<br />

com 40.000homens e cortar-lhe a retirada ; affirmão<br />

mesmo que os confe<strong>de</strong>rados já principiarão a executar<br />

este plano e occupárão com uma força respeitável<br />

Tliornton, Chester Gaps c Manassas na retaguarda<br />

do Exercito <strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong>. Outros preten<strong>de</strong>m<br />

que o General Jackson sc dirige contra Comberland<br />

na Marylandia e <strong>de</strong>pois dc tomar essa Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>struirá<br />

o cominho dc forro <strong>de</strong> Baltimore e Ohio á<br />

margem do Potomac, sendo certo quo houve movimento<br />

<strong>de</strong> tropas fe<strong>de</strong>raes que se disso ião guarnecer<br />

aquella Cida<strong>de</strong>.<br />

Consta do Tennessec que Nashvillc conlinúa a<br />

resistir, que a Cidado acha-se bem fortificada e que<br />

fora ultimamente abastecida <strong>de</strong> viver cs pelo General<br />

Rosencranz que já alli so achava com o seu<br />

Exercito.<br />

Os confe<strong>de</strong>rados continuSo a enviar tropas para<br />

activar o cerco <strong>de</strong>ssa Cida<strong>de</strong> e para esse fim aceumulão<br />

forças em Murfreesboro. Preten<strong>de</strong>-se que Braxton<br />

Bragg se acha em Nashvillc com o seu exercito, outros<br />

dizem que o General confe<strong>de</strong>rado está em Richmond<br />

ondo <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r a um Conselho <strong>de</strong> investigação<br />

sobre sua retirada diante dus forças <strong>de</strong> Buell. Os<br />

secessionistas estão <strong>de</strong> novo em posse <strong>de</strong> Chattanooga,<br />

quo sendo um centro <strong>de</strong> ramificações do caminhos<br />

<strong>de</strong> ferro, uma das quacs conduz a Kichmond,<br />

é provável que lhes seja muito disputada pelo General<br />

Rosencranz.<br />

As ultimas noticias recebidas do Texas dizem quo<br />

toda a Costa está em po<strong>de</strong>r dos fe<strong>de</strong>raes o que virá<br />

facilitar a expedição do General Banks si com efieite<br />

ella se <strong>de</strong>stina a <strong>de</strong>sembarcar naqucllc Estado e não<br />

em Charleston, Carolina do Sul, como affirmão alguns,<br />

participando o General Beauregard tal vez <strong>de</strong>ssa<br />

convicçâo pois já fez retirar da Cida<strong>de</strong> todas as pes- .<br />

soas não combatentes.<br />

Em Nova York apenas corroo o boato das intenções*<br />

do Capitão Semmes <strong>de</strong> invadir o bombar<strong>de</strong>ar um<br />

dos portos do Norte, e provavelmente o <strong>de</strong>ssa Cida<strong>de</strong>,<br />

tratarão as autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tomar medidas <strong>de</strong> precaução<br />

contra essa eventualida<strong>de</strong>, or<strong>de</strong>nando o sabida<br />

<strong>de</strong>* tres vasos dc guerra <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> força para cruzar<br />

a entrada da bahla e a <strong>de</strong> outros tantos para irem om<br />

procura do Alabarná. O Governador Morgan apressou-sc<br />

a vir a Washington .para consultar o Gabinete<br />

sobro a conveniência do pôr 0 por lo dc Nova York<br />

cm completo estado do d c fez a. O Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

obrigou-se. a pagar, quando lhe fosse posaivel, as <strong>de</strong>spezas<br />

quo fossem feitas com as frutificações daquelle<br />

porto, uma vez que não exce<strong>de</strong>ssem do um milhão<br />

do dollars.<br />

Talvez seja dinheiro c tempo perdidos; porque<br />

a bahia dc Nova-York comquanto espaçosa não é<br />

do fácil acesso c não é provável que o Alobama<br />

e os outros navios confe<strong>de</strong>rados que dizem.o acompanharão<br />

na empresa so arrisque a ser colhido as<br />

mãos sem muita difllculda<strong>de</strong>, ainda quo por outro<br />

lado as ff.ja.nhas do <strong>de</strong>stemido corsário possão justificar<br />

os receios da Metrópole new-yorqueza. Em<br />

Boston, fazem-sç iguacs preparativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.<br />

O Iribune dc Nova-York <strong>de</strong>nuncia certas negociações<br />

clan<strong>de</strong>stinas que terão tido logar. entre alguns<br />

chefes do partido <strong>de</strong>mocrata e chefes confe<strong>de</strong>rados,<br />

cuja base seria, o enviarem estes ao Congresso<br />

da União representantes.dos interesses secessionistas<br />

, escolhidos <strong>de</strong>ntre as pessoas menos<br />

comprpmctlidas na revolução, que alli proclamem<br />

a invalidado das medidas <strong>de</strong> Mr. Lincoln principalmente<br />

a da emancipação c <strong>de</strong>clarem que a rebellião<br />

está acabada tanto assim que elles são rc-<br />

I prcscnlantes do Sul no Congresso. Fe<strong>de</strong>ral. O partido,<br />

<strong>de</strong>mocrata conservador e o partido rebcldo se<br />

fundiria em um só com <strong>de</strong>cidida maioria e se occuparia<br />

immediatamente cm cassar as medidas da<br />

administração-, cm dar toda a amnislia c immunida<strong>de</strong>,aos<br />

secessionistas o cm reformar a Constituição<br />

no sentido <strong>de</strong> garantir a proprieda<strong>de</strong> em<br />

escravos. Afiirma aquelle Jornal que uma <strong>de</strong>putação<br />

fóra enviada a Richmond com essas vistas mas<br />

os editores parecem ter pouca confiança cm que<br />

sejão cilas aceitas pelos confe<strong>de</strong>rados. •<br />

Lord Lyons já está <strong>de</strong> Volta a Washington ondo<br />

já fez sua visita <strong>de</strong> eeremonia ao Presi<strong>de</strong>nte. Contra<br />

o que se esperava; c d izião os jornaes, não disse elle<br />

ainda uma só palavra acerca dc inslrucções para uma<br />

inte venção ou armsticio. Aquellcs que não se j<br />

quetom dar por vencidos cm suas previsões dizem<br />

que S. Si não teve tempo dc esperar por essas instrucções<br />

por não estarem assignadas—o que ó absurdo.<br />

Outros dizem que a Inglaterra não quiz<br />

ainda intervir sem uma enlente cordialc com a<br />

França que não julga chegado o momento do uma<br />

mediação, que o Gabinete inglez chegou a ser convocado<br />

com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar a respeito, mas<br />

es;a convocação foi dcsav.isada pouco antes da partida<br />

do seu representante nos Estados-Unidos.<br />

Em 21 <strong>de</strong> Novembro.—O Exercito <strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong><br />

pôz-se cm movimento para tomar novas posições,<br />

havendo o General tomado outra base <strong>de</strong> operações,<br />

cujo centro será'Fre<strong>de</strong>ricksburg—posição vantajosa<br />

pela vizinhança dos rios Potomac e Rappahannock.<br />

Esta resolução fora o resultado <strong>de</strong> uma conferência<br />

entre ós Gcneraes líalleck, Meigs e Burdsi<strong>de</strong> na<br />

qual prevalecera a opinião <strong>de</strong>ste ultimo.<br />

O Exercito do Sul já fez um movimento correspon<strong>de</strong>nte<br />

ao do Exercito inimigo.<br />

PUBLICAÇÃO A PEDIDO.<br />

O Vapor S. Pedro.<br />

Correndo geralmente na praça que eu fiz seguir<br />

para Santos o meu vapor S, Pedro, por ler obtido<br />

um salvo-conduclo da Legação inglcza, julgo do meu<br />

<strong>de</strong>ver <strong>de</strong>clarar que <strong>de</strong>spreso a calumnia cocalumniador<br />

que -a-propalou. '<br />

Inspirando-me plena confiança a palavra do Governo<br />

do meu paiz, que, pelo órgão do Ministro competente,<br />

<strong>de</strong>clarou formalmente que se responsabilisava<br />

pelos prejuízos que o commercio viesse a soflrer<br />

cm conseqüência das violências que praticassem os<br />

navios dc guerra inglezes, fiz sahír aquelle vapor a<br />

fim dc não ser interrompida a correspondência relativa<br />

ao progresso das Obras da estrada <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong><br />

S. Paulo com a directoria da companhia em Londres.<br />

|<br />

Para os homens honestos que conhecem o meu<br />

caracter, o cujo conceito procuro sempre merecer,<br />

creio ter dito bastante para <strong>de</strong>struir tão 'miserável<br />

embuste. ,<br />

Rio, 5 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Barão <strong>de</strong>Mauà.<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />

PARTE DO DIA 3 OE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Forão presos ã or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, os escravos Sabina por suspeita <strong>de</strong><br />

' fugida, Behto, Luiza, o Salvador, por andarem fóra<br />

I <strong>de</strong> horas, Antônio Joaquim <strong>de</strong> Souza Tavares, o<br />

Abel José <strong>de</strong> Abrantes, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, O"Antônio<br />

Pereira <strong>de</strong> Almeida, para averiguações.<br />

Na Frcguezia <strong>de</strong> Santa Rita, 1.° districto, Thomaz<br />

I Wiliams á requisição do seu cônsul.<br />

Na mesma 2.° districto, José Francisco Ferreira,<br />

I por oflensas physicas. * •<br />

Na do Sacramento, 1.° districto, o escravo José<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na mesma, 2. 0 districto, Rita Maria da Conceição,<br />

por embriaguez.<br />

Na da Lagoa, Manoel Coelho Vaz da Custa, Manoel<br />

Tavares, Antônio Tavares, e Joaquim Tavares,<br />

por infracção dc posturas.<br />

Pelo Corpo Policial da Còrlc:<br />

- 'Antônio Joaquim dc Souza Tavares, o Abel José<br />

do < Abrantes por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Antônio Pereira dc<br />

Almeida, para averiguações; Sabina preta escrava,<br />

por fugida; Bento o Luiza pretos escravos por andarem<br />

fóra <strong>de</strong> horas.<br />

DIA 4.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m dos respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia. João José <strong>de</strong> AZevcdo, por o Densa<br />

pbysica e injurias á patrulha; Domingos <strong>de</strong> Carvalho,<br />

c José Antônio, por.ferimentos; o preto<br />

Elias, por capoeiro,' uso <strong>de</strong> arma <strong>de</strong>fesa e tentativa<br />

<strong>de</strong> ageressão á patrulha; c os escravos Bernardo,<br />

por fóra <strong>de</strong> horas, o Clcmcntino por <strong>de</strong>sobediência<br />

ao senhor.<br />

Na Frcguezia do Sacramento, 1.* Districto, Manoel<br />

<strong>de</strong> Souza, por injurias ao lnspector, c An­<br />

por infracção <strong>de</strong> posturas, o A<strong>de</strong>lino Thomaz Máximo,<br />

por capoeira.<br />

Na do Engenho Velho,, o Africano livre Jesuino,<br />

por suspeito dc fugido.<br />

Na da Gloria, José Maria Patrício <strong>de</strong> Mello, o<br />

Manoel Nunes da Rosa, por <strong>de</strong>sobediência, José<br />

Joaquim <strong>de</strong> Souza, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, o Africano livre,<br />

Paulino da Costa Ferreira, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, e o escravo<br />

Ignacio, por andar fóra <strong>de</strong> Horas.<br />

Na da Lagoa, Luiz dc Meirelles, por vagabundo.<br />

Pela 1." Delegacia, os Africanos livres Domingos<br />

c Antônio, por suspeitos <strong>de</strong> fugidos, e José Antônio<br />

Moreira, por suspeito.<br />

Na Frcguezia do Sacramento, 1." districto, fez-se<br />

corpo do <strong>de</strong>licio na casa da rua dos Ciganos n.° 54<br />

pertencente a Antônio Luiz dos Santos Lima, verificando-se<br />

ter sido aberta a porta com chave falso,<br />

e arrombada a porta da sala do visitas, e uma gaveta,<br />

sendo roubados diversos objectos, jóias, pedras<br />

preciosas, c quatro can<strong>de</strong>labros. Proce<strong>de</strong>-se a<br />

averiguações a respeito.<br />

Na dc Santa Rita, 9." districto, o menor, filho<br />

dc Francisco Monteiro* estando a brincar no. caes<br />

próximo ao tia piche dos Ferreiras, cahio ao mar o<br />

afogou-se.<br />

No do Sanl'Anna, 2.° districto, fez-se corpo <strong>de</strong>.<br />

<strong>de</strong>licio nos cadáveres dc José Ahtnnio Correia e Joaquim<br />

Alves Moreira, fallecidos dc congestão cerebral.<br />

Foi encontrado na porta da Igreja da Conceição o<br />

cadáver do uma criança restem nascida.<br />

Pelo Corpo Policiar da Cdrte:<br />

João José dc Azevedo o Thomaz Rodrigues da Silva,<br />

por espancamento; Elias preto escravo, por capoeira,<br />

estar armado com um canivete <strong>de</strong> mola, c tentar<br />

aggredir a patrulha; Domingos <strong>de</strong> Carvalho e José<br />

Antônio, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, Victorino preto escravo, por<br />

andar fóra <strong>de</strong> horas.<br />

Pelo Corpo Policial da Côrle forão presos no <strong>de</strong>curso<br />

do mez <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Ratoneiros 21<br />

Capoeiras........... 23<br />

Desor<strong>de</strong>iros... i 20<br />

Uso <strong>de</strong> armas....' • 8<br />

Contravenção ás or<strong>de</strong>ns pollclacs.. 10<br />

Embriaguez 17<br />

Insultos «v 8<br />

Escravos fugidos 23<br />

Jogos probibidos 8<br />

Ferimentos. 7<br />

Espancamentos ? 6<br />

Dam no 2<br />

Entrada em cosa alheia 3<br />

Desertores .............*.......-. 2<br />

Alienados..../....; .2<br />

O u Ir os crimes. 50<br />

o.^i f Livres 1717 ata<br />

S e n d o : í Escravos 43) 2 , 0<br />

Legilimárão-sc na Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />

os lugares abaixo <strong>de</strong>clarados,- conforme a <strong>de</strong>signação<br />

fçita pelos legitimados:<br />

, Porto por Lisboa: José da Silva c Souza, João<br />

Manoel Gonçalves, Manoel da Rosa da Silveira,<br />

Manoel Pereira. José Francisco da Silva, Manoel<br />

Corroa Coelho, Maurício Rebcllo, Manoel <strong>de</strong> Queiroz<br />

Pinto, Joaquim Vieira, José da Silva Exposto, José<br />

da Silveira Vargas, Luiza Francisca da Conceição,<br />

Domingos <strong>de</strong> Oliveira Cardoso <strong>de</strong> Almeida, Antônio<br />

Vicente Ferreira, José da Cunha Gomes, Anna <strong>de</strong><br />

Jesus, Francisco José <strong>de</strong> Souza Men<strong>de</strong>s, Manoel da<br />

Silva, Antônio Moreira, Abílio Teixeira Borges <strong>de</strong><br />

Macedo, Francisco dc Souza da Silva, Francisco<br />

Ferraz, Antônio Ferraz, Agostinho Nogueira, Domingos<br />

Alves, Manoel Ferreira dos Santos, Manoel<br />

dos Santos, Antônio Alves da Silva, José Cabral,<br />

José <strong>de</strong> Souza Machado, Maria Constança Pires,<br />

Antônio Villas Boas, Manoel Ferreira, Antônio Gomes,<br />

c Manoel Pereira Maciel, portuguezes.<br />

Buenos Ayrcs: William Rodgers, James Hartenett,<br />

inglezes; William Boug, norte-americano;<br />

Antônio (;indice o seu filho Pedro, Nicola Lombai -<br />

do, e Giovanni Granatò, italianos.<br />

Itália: Biase Lamoglia, Giovanni La marca, Biage<br />

La marca, o Antônio Muzzco, italianos.<br />

Baltimore: Elisabeth Dorscy, norte-americana.<br />

Europa: Pierre Jansscns,belga;Manoel pinizColombo,<br />

o Domingos Gomes dos Santos, portuguezes.<br />

Inglaterra: John Orton Wen, inglez.<br />

Secretaria da Policia da Corte, cm 3 <strong>de</strong> Janeiro<br />

dc 1803.—/\ J. <strong>de</strong> Lima.<br />

Matarão-sc hontem para o consumo da cidado<br />

240 rezes, Incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />

aos preços dc 60 a 180 réis a libra.<br />

Matár5o-sc no dia 4 para 0 consumo da cida<strong>de</strong><br />

179 rezes, incluídas 3 vilelas, que furão vendidas<br />

aos preços <strong>de</strong> 80 a 1C0 réis a libra, e <strong>de</strong>stas régeitada<br />

uma pelo cirurgião dc semana.<br />

Belação das pessoas sepultadas no dia 3 dê<br />

Janeiro <strong>de</strong> 1803.<br />

Luiz Manoel das Chagas, Fluminense, 08 annos,<br />

casado. Gastro-entcrite.<br />

José Bernardo do Carvalho, Portuguez, 24 annos,<br />

casado. Tísica laríngca.<br />

Antônio José, Rio Grandcnsc do Norle, 21 annos.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Mariano Jacintho Pereira, Villa da Penha, 19<br />

annos. Diarrhéa.<br />

Francisco Luiz Ribeiro, Vortugttcz, 25 annos, solteiro<br />

. Tuberculos pulmonares.<br />

- ' José, filho dc José Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oliveira, Fluminense,<br />

11/2 anno. Bexigas.'<br />

Adclina, filha <strong>de</strong> Júlio Augusto <strong>de</strong> \ asconcellos,<br />

Fluminense, 7 dias. Tétano dos reccm-nascidòs.<br />

Maria, (Ilha do Capitão Hormenegildo Scrvuto<br />

Junqueira, Fluminense, 2 annos. Tuberculos mesentericos.<br />

Felisberío, filho do Rita Josepha Soares da Costa,<br />

Fluminense, 2 annos. Tuberculos mesentericos.<br />

Rodolpho, Olho <strong>de</strong> Luiz Joaquim do Mesquita,<br />

Fluminense, 11 meies. Convulsões..<br />

João, filho dc João Jacintho Moiiiz, Fluminense,<br />

3 mezes. Gostro-enterite.<br />

Jacinlho Soares da Silva Meirelles, Fluminense,<br />

25 annos, solteiro. Marasmo.<br />

tônio José Borges, por oflensa pbysica; João Antônio<br />

Teixeira, e Manoel Francisco da Silva, por<br />

se opporem a uma prisão.<br />

' Na dc S. José, José Cardoso e Angélica dc Jesus<br />

por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; e Joaquim Lázaro <strong>de</strong> Oliveira por<br />

vagabundo.<br />

Na do Santa Rita, 1.° districto, o preto José por<br />

vagabundo; e o escravo Victorino, por suspeito do Sepullárão-sc mais 7 escravos, tendo fãllècidõ i<br />

fugido.<br />

<strong>de</strong> lesão do coração, 2 <strong>de</strong> apoplexia, 1 <strong>de</strong> labereufo*<br />

Na <strong>de</strong> Sanla Anna, 2.° districto, José Ornellas, pulmonares, 1 <strong>de</strong> diarrhéa, 1 <strong>de</strong> tuberculos mesen­<br />

José Custodio Gonçalves, o Jorge José <strong>de</strong> Ávila,' tericos e 1 <strong>de</strong> gástro-enlero-hepatite.


APMCIOS AP1I1WSTBATIVOS.<br />

KMBAHQCES PS CAFÉ NO DIA 3 DB JANEIRO,<br />

Sacas.<br />

Phipps & Comp. (New-York)<br />

3.028<br />

Secretaria 4a Fazenda*<br />

Bclla Vis ia Ac Comp. (Marscillc)<br />

550<br />

COKCDBBO.<br />

Roje & Comp. (Canal).. , 358<br />

tV or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Es. o Sr. Ministro da Fazenda Diversos (Diucrcntcs porto»,....<br />

42<br />

Caço publica qne »> concurso para o preenchimento dos<br />

vagas dr officiaes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga da Alfân<strong>de</strong>ga do Rio<br />

dc Janeiro fica transferido para o dia 13 do corrente<br />

Secretaria dc estado dos Negócios Ha Fazenda em<br />

5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—José Severiano da Rocha.<br />

Primeira Pagadoría do Thesouro<br />

Nacional.<br />

feia í. a DESPACHO M KSPORTAÇÂQ NO DIA 5 DE JANEIRO.<br />

Bucnos-Ayres—No vapor ing. Mereey, Fernando Schiroid,<br />

99 sacas do café.<br />

Baltimore—Na barca amer. New Light, Phipps Irmãos<br />

& Comp., 2.517 sacas dc cale.<br />

Canal—No brig. hamb. Sirius, Boje & Comp., 2.160<br />

Total.. 3.978<br />

sacas <strong>de</strong> café.<br />

1 lavre—Na barca franc. Jates. Dreyfus Ai nó , 1.600<br />

Des<strong>de</strong> o 1.* do mez.<br />

couros salgados.<br />

Havre—Na gal. fran. Viciaria, A. Lcuhá & Comp., 800<br />

couros salgados ; A. Binoclic & Comp., 60 couçoeiras<br />

<strong>de</strong> jacarandà ; Dreyfus Ainé, 500 sacas <strong>de</strong> café; Bclla<br />

Monlevidéo. 31 <strong>de</strong> Dezembro Vista et Comp., 553 ditas <strong>de</strong> dito.<br />

dc 18tt.<br />

Lisboa—Na barca port. Silencio, R. Q. <strong>de</strong> Oliveira, 16<br />

Pagadoría. pagão-se no dia 7 do corrente as<br />

sacas <strong>de</strong> café.<br />

CÂMBIOS.<br />

seguintes tolhas: Justiça <strong>de</strong> 1.* instância, Guarda Na­<br />

— Na gal. port. Camponesa, A. V. Teixeira Pinto, 108<br />

cional. Bcpressao do trafico, Ca<strong>de</strong>a do Aljubc, sustento Inglaterra: VI a il l/i peso por peso.<br />

rolos <strong>de</strong> fumo; João <strong>de</strong> Sonsa Cunha, 70 caixas dc<br />

«le presos pobres, gratificações anilaas, lluspiuj Militar, França: 82 1/2 franc. por onça.<br />

. assucar.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga e Escola Militar.<br />

Gênova: 81 fr. por onça.<br />

New-York—No brig. ing. Ttanagona, Frunghladi &<br />

Rio, o<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Hueids BaeeUar.<br />

Rio do Janeiro: 28*800 u 299000 por onça. Bodocanachi, 3.100 sacas <strong>de</strong> café. .<br />

Ruenos-Ayres: ao par.<br />

Vai paraíso — No brig. ing. Savoin, S. M. Kinncll &<br />

Segunda Pagradoria do Tliesouro<br />

Nacional»<br />

Os saques da quinzena montarão a 25.000 S<br />

Rudge, 10 sacas <strong>de</strong> café.<br />

sobre Inglaterra, e G50.000 francos sobre França.<br />

Pagão-se no dia 7 do corrente, as folhas seguintes: Administração<br />

do Correio da Corte, Instituto Commercial,<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Aca<strong>de</strong>mia das Britai Aries, Es­ •Inciso*-ivres 9 9 He Dezembro<br />

cola da Marinha, Pharócs, Auditoria c Excculoria; c no<br />

<strong>de</strong> lfjfl.<br />

IMPORTAÇÃO.<br />

dia 8 aos Ofllciaes reformados da Marinha, c ao Collcgio Eflcctuario-sc vendas do onças dc 390 a 897.<br />

MANIFESTOS.<br />

<strong>de</strong> Pedro 11/ sendo no lntcrnato ás 10 horas, c ao meio<br />

dia no Externalo.<br />

CÂMBIOS.<br />

PAQUETE INGLEZ — AfAGOALE.VA- DE SOUTBAMPTON<br />

Rio, 5 dc Janeiro dc 1803.— A. F. Vas.<br />

Inglaterra: 00 s. preço porque se flzerão a maioi<br />

E ESCALAS.<br />

parle das transacções.<br />

Conselho <strong>de</strong> Compras do Arsenal <strong>de</strong> França: 83 3/4.<br />

Guerra.<br />

Brasil: a 29 ps. 700 rs., 800 e 000 rs.<br />

O Conselho Administrativo para fornecimento do Ar­ A importância total dós transacções pelo Pasenal<br />

<strong>de</strong> Guerra da Cdrte, chama a attenção dos Srs. Proponentes<br />

para o seu annuncio publicado no Diário Official<br />

uele montarão a 200.000 £ sobre Inglaterra, e<br />

<strong>de</strong> 3 do corrente, a qual sessão terá logar no dia 8. t a 5.000 onças para o Brasil.<br />

Conselho, 5 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.— Luiz Antônio Favilla.<br />

Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho—Bento Joti ,<br />

Leite <strong>de</strong> Faria, servindo <strong>de</strong> Secretario.<br />

Importação e esaorlneno <strong>de</strong>—Chnrrjme<br />

no porto do Rio <strong>de</strong> Janeiro, no anno<br />

Fabrica da Pólvora.<br />

<strong>de</strong> 1 MUS.<br />

Pela Pagadoría das Tropa* da Curte, paga-se nos dias 7<br />

r H


CORTE.<br />

POR ANNO l2#>000<br />

POR SEIS MEZES. . . G&)000<br />

POR TRES MEZES. . 3#>000<br />

DIÁRIO OFFICIAL<br />

ANNO DE 1865.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

1IIMSTERIO fi\ GlfâKR.t.<br />

EXPEDIENTE^ DO DIA 27 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

Ao Sr. Ministro do Império, trousmittindo os<br />

requerimentos dos Capitães . Bartholino <strong>de</strong>. Arruda<br />

Martins', João. José dc Scpulveda c Vasconccllos,<br />

e José 1 Ignacio <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros Rego Monteiro, aos<br />

quaes Sua Magesta<strong>de</strong> o imperador se Dignou Con<strong>de</strong>corar<br />

com o Habito da> Or<strong>de</strong>ip• <strong>de</strong> S. Bento dc<br />

Ayiz, a fim <strong>de</strong>. quoá Assigoatura do Mesmo Augusto<br />

Senhor haja S. Ex. dc apresentar os respectivos<br />

Decretos.<br />

— Ao Commandante da Escola Central communicando<br />

que lição suspensas, a 16 ultcriòr <strong>de</strong>liberação<br />

do Governo,' us inscripçOcs para matricula<br />

nas Escolas Central e Militar.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte dc S. Paulo, para <strong>de</strong>clarar so<br />

a acta dc posso da circular dc 20 <strong>de</strong> Novembro<br />

próximo findo, exigindo informação acerca da força<br />

<strong>de</strong> linha necessária a cada Província; visto que<br />

i)5o foi mencionada na nota explicativa dos Avisos<br />

recebidos <strong>de</strong>ste Ministério, quo acompanhou o oflicio<br />

do mesmo Presi<strong>de</strong>nte, do 12 do corrente.<br />

— Ao da do Paraná, communicando que nesta<br />

data é, <strong>de</strong>millido o Direclor da Colônia Militar do<br />

Jatahy, Thomaz José Moniz; o approvada a nomeação,<br />

feita pela Presidência, do Capitão reformado<br />

Viconto Antônio Rodrigues Borba pura exercer<br />

interinamente aquelle logar.<br />

— A' Patrício Corrêa da Câmara, aceusando recebido<br />

o seu oflicio, datado <strong>de</strong> 18 do corrente, cm<br />

que participa haver assumido nesse dia a administração<br />

da Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2." Vicc-Presi<strong>de</strong>ntc.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte d» Província dc Mato Grosso,<br />

i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m o seu qfficiò, datado <strong>de</strong> 30 dc Outubro<br />

ultimo, remettendo dous exemplares da collccçüo<br />

dos actos legislativos daquella Província promulgados<br />

na sessão ordinária do presente anno.<br />

rrg Ao Director do Archivo Militar, para quo inr<br />

forme se naquclla Repartição existe alguma planta<br />

ou carta em que so achem <strong>de</strong>marcados os terrenos<br />

da Colônia Militar do Jatahy, o os do Al<strong>de</strong>amento<br />

dc S. Pedro <strong>de</strong> Alcântara, nu Província do Paraná.<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />

que fallcceu na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />

em 30 dc Agosto <strong>de</strong>ste anno, o Tenente reformado<br />

do Exercito Antônio José <strong>de</strong> Magalhães.<br />

•— Ap Conselho Supremo Mililar, remettendo para<br />

consultar o requerimento ent que o Capitão da Companhia<br />

<strong>de</strong> Cavallaria dc S. Paulo José Negreiros<br />

<strong>de</strong> Almeida Sorinho, pe<strong>de</strong> ser nomeado Cavallciro<br />

da Or<strong>de</strong>m dc S. Bento do Aviz. .<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Mato Grosso,<br />

exigindo a certidão <strong>de</strong> assentamentos do 2.° Tenente<br />

da respectiva Companhia dc Artífices José Leite<br />

da Silva.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, i<strong>de</strong>m que tiver no<br />

respectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição a que perlcnccu, o<br />

Alferes do 3." Regimento <strong>de</strong> Cavallaria Ligeira Jeronymo<br />

da Fonseca Villa Nova.<br />

— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, i<strong>de</strong>m que tiverem<br />

na respectiva Companhia do Caçadores 7<br />

praças do 7.* Batalhão dc Infantaria.<br />

— Ao da dc Mato Grosso, i<strong>de</strong>m que tiverem no<br />

2." Batalhão do Artilharia a pó quatro praças' do 7.°<br />

Batalhão do Infantaria.<br />

— Ao da do Maranhão, remettendo o certidão <strong>de</strong><br />

assentamentos do 2."Ca<strong>de</strong>te do 5." Batalhão dc Infantaria<br />

Bento José dos Santos Cunha.<br />

— Ao da do Matlo Grosso, i<strong>de</strong>m a do Alferes do<br />

respectivo Batalhão dc Caçadores Coriolano dc Castro<br />

c Silva.<br />

— Ao da do Santa Catharina, rcmctlcndo o processo<br />

<strong>de</strong> Conselho dc Guerra do Soldado do Batalhão<br />

<strong>de</strong> Deposito Bruno José <strong>de</strong> Santa Anna, a<br />

Um <strong>de</strong> ser cumprida a referida sentença.<br />

— Ao da dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m o do Alferes do<br />

respectivo Corpo dc Guamição Joaquim Pedro do<br />

Rego Barros.<br />

•— An da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os do Cabo<br />

dc Esquadra Valer ia no Gomes <strong>de</strong> Meirelles, e Soldado<br />

J Belisario José do Espirito Santo, ambos do<br />

3." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

— Ao da do Ceará, i<strong>de</strong>m o do Soldado do respectivo<br />

Corpo dc Guamição Francisco José dc Araújo.<br />

3.' Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Minas Gcracs, mondando<br />

eliminar da carga da Companhia <strong>de</strong> cavallaria<br />

diversos objectos inutilisados.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, approvando o figurino do 2."<br />

uniformo ultimamente feito para a banda <strong>de</strong> musica<br />

do Batalhão dc Caçadores da Província.<br />

— Ao da dc Pernambuco, mandando fornecer<br />

diversas peças do fardamento do 9.° Batalhão do<br />

Infantaria.<br />

4." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que haja <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nar o pagamento da quantia <strong>de</strong> 0331650 aos<br />

credores contemplados na relação, que sc rcmette,<br />

proveniente dos objectos que (ornecèr&o á Repartição<br />

da Guerra no corrente exercício.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m da <strong>de</strong> 3:0509881, i<strong>de</strong>m<br />

IMPÉRIO 00 BRASIL.<br />

Requerimentos in<strong>de</strong>feridos.<br />

Do Antônio José da Silva Guimarães, coadjuvante<br />

<strong>de</strong> escripto da Pagadoría das Tropas, pedindo uma<br />

gratificação por serviços extraordinários.<br />

De Antônio Pereira Rangel, ajudante do Porteiro<br />

da Pagadoría das Tropas, pedindo uma gratificação<br />

pelo mesmo motivo.<br />

De Fernando Olímpio Machado, Escrivão dos ofllcinas<br />

do Arsenal <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> Pernambuco, pedindo<br />

a continuação da gratificação <strong>de</strong> 120§000 annuaes<br />

que percebia.<br />

DIA 29. ,<br />

i.' Directoria Geral.<br />

Ao Conselho Supremo .Militar, communicando<br />

qu'e, por Decreto do 27 do corrente,, foi concedida<br />

ao , 1." Tenente do Corpu <strong>de</strong> Engenheiros<br />

Manoel Feliciano Muniz Freire a <strong>de</strong>missão que<br />

pedio, do serviço do Exercito. .<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul, aceusando recebido o seu oflicio, datado<br />

do 17 do corrente, ao qual acompanhão dous<br />

exemplares da collccção das Leis, promulgadas pela<br />

Assembléa daquclla Província na sessão ordinária'<br />

do presente anno.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, para que exija do Major<br />

do Corpo do Engenheiros João Luiz do Araújo I<br />

Oliveira Lobo, informações sobre o estado das obras<br />

militares daquella Província, sua conveniência, tempo 1<br />

cm que se po<strong>de</strong>rão ultimar, c quantias necessa- 1<br />

rias para a conclusão; e as transmitia ú esto Ministério,<br />

interpondo a sua opinião.<br />

— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Cdrte, I<br />

remettendo, para informar, o requerimento, em<br />

que José Maria do Carvalho se propõe a ce<strong>de</strong>r a<br />

este Ministério, mediante a quantia om quo fôr<br />

avaliado, o prédio quo possuo ú rua do Calabouço,<br />

na esquina da Praia do Santa Luzia, o em frente<br />

ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, para igual fim, o requerimento<br />

do Francisco Antônio da Silva, qne pe<strong>de</strong><br />

ser novamente contratado como ofllcial <strong>de</strong> pedreiro,<br />

para servir na Província <strong>de</strong> Mato Grosso; convindo<br />

juntar á informação copia do contrado, caso exista<br />

no Arsenal, que o supplicante allega haver ultimado.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m o requerimento cm<br />

quo José Francisco <strong>de</strong> Souza c Almeida, pe<strong>de</strong> ser<br />

nomeado Agente'da Fabrica <strong>de</strong> Armas da Fortaleza<br />

da Conceição e Professor <strong>de</strong> primeiros letras<br />

dos aprendizes'menores'da referida Fabrica.<br />

— A Luiz Peixoto da Fonseca Guimarães, communicando<br />

que, nesta data, sc expe<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ao<br />

Director do Arsenal paro mandar apresentar a S.<br />

Mcè. um servente <strong>de</strong> escripta habilitado para coadjuva-lo<br />

nos trabalhos da Commissão <strong>de</strong> tomada<br />

<strong>de</strong> contas aos cx-Almoxafifes do dito Arsenal.<br />

2." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, dando esclarecimentos<br />

acerca do Major reformado do Exercito José <strong>de</strong><br />

Mello Pacheco <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, c que S. Ex. solicitou<br />

cm Aviso <strong>de</strong> 12 dc Novembro próximo passado, para<br />

sol ver duvidas propostas pela Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda<br />

da Província <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, sobre osyvencimentos<br />

do dito Major.<br />

— Ao Conselho Supremo Militar, remeltcndo os<br />

autos <strong>de</strong> processos verbaes <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra<br />

dc 5 praças dos diflerentes Corpos do Exercito} a fim<br />

dc serem diflnitivamentc julgados.<br />

— Ao mesmo, remettendo para consultar o requerimento<br />

em que o Capitão do Corpo <strong>de</strong> Guamição do<br />

Maranhão Antônio José Vidal dc Negreiros, pe<strong>de</strong><br />

que lhe sejão pagos os soldos, como Capitão, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2<br />

<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1860, visto ter-se mandado contar a<br />

sua antigüida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse posto daquella data, em que,<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser promovido, por estar respon<strong>de</strong>ndo a<br />

Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Santa Catharina,<br />

t i DE JANEIRO*<br />

5 — Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, i<strong>de</strong>m os dos soldados<br />

do respectivo Corpo dc Guamição Manoel<br />

Thomaz dc Azevedo, e José da Costa Campos.<br />

3." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Marinha, pon<strong>de</strong>rando a conveniência'<strong>de</strong><br />

continuar a pratica <strong>de</strong> ser o escaler,<br />

que conduz inantimentos ao <strong>de</strong>stacamento da Villa<br />

dò Norte, tripolado com remadores da Capitania<br />

do Porto da Cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, que igualmente<br />

se utilisa do mesmo escaler cm transporto dc<br />

objectos do serviço do Ministério da Marinha.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, aulorisando<br />

a mandar ven<strong>de</strong>r cm hasta publica, e on<strong>de</strong><br />

melhor convier aos interesses da fazenda nacional,<br />

diversos objectos inúteis que existem á cargo<br />

da 1 Directoria dás' obras militares, lavrando-se primeiramente<br />

o competente termo com <strong>de</strong>clarução<br />

dos preços para <strong>de</strong>scarga dos responsáveis.<br />

— Ao -Commandante, (ís Escola <strong>de</strong>tíro do Campo<br />

.— Ao da do'Paraná, mandando recolherão Ar­<br />

Gran<strong>de</strong>, enviando a cópia, que solicitou, da cirsenal<br />

dc Guerra'da Corto o latão inútil existente<br />

cular <strong>de</strong> 10 dc Janeiro do anno passado, concer- — Ao mesmo, remettendo, para tomar na <strong>de</strong>- - a^irgjj^do quartel mestre do corpo do guornicêo,<br />

itento ás notas expljoatiyusj (Iqi , Avisos -rcoehkdom vida consi<strong>de</strong>ração o • requerimctíloV om~'qtiÉf D. caso o preço dc seu transporte não custu' mais do<br />

<strong>de</strong>ste Ministério<br />

Anna Ubaldina <strong>de</strong> Faria Alencar, por seu procu- quo alli vendido.<br />

2." Directoria Geral.<br />

rador Zelirino Ferreira <strong>de</strong> Faria, pe<strong>de</strong> sc man<strong>de</strong><br />

— Ao Conselho administrativo do Arsenal <strong>de</strong><br />

passar a potente <strong>de</strong> reforma do seu fallecido ma­<br />

Guerra da Cdrte, i<strong>de</strong>m comprar a arvore <strong>de</strong> camrido,<br />

o Capitão reformado Alexandrino do Mello<br />

painha, <strong>de</strong>stinada para a banda <strong>de</strong> musica do 6.°<br />

Alencar.<br />

Batalhão dc Infantaria, como foi Já or<strong>de</strong>nado.<br />

4. a Directoria Geral,<br />

Ao Director Geral dc contabilida<strong>de</strong> do Thesouro<br />

Nacional, remettendo os balanços da Pagadoría das<br />

Tropas da Gôrtc relativos ao mez dc Outubro próximo<br />

passado, dos exercícios <strong>de</strong> 1861—<strong>1863</strong>.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, para que<br />

mando elevar a 309000 a contar do 1.° dc Junho <strong>de</strong>ste<br />

anno, a consignação mensal que alli <strong>de</strong>ixou á sua<br />

familia o Capitão do Corpo do Cavallaria <strong>de</strong> Mato<br />

Grosso Pedro José Rulino.—Communicou-sc á Presidência<br />

<strong>de</strong> Mato Grosso.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, para que man<strong>de</strong> levar<br />

cm conta ao Capitão Antônio Martins do Amorim<br />

Rangel a quantia dc 4313)150, importância dos vencimentos<br />

dos Guardas Nacionaes que estiverão cm<br />

serviço no Município <strong>de</strong> S. Romão c Paracatú; ficando<br />

assim respondido o seu Oflicio n. 109 dc 31<br />

<strong>de</strong> Outubro ultimo.<br />

Requerimentos In<strong>de</strong>feridos.<br />

Dc Francisco do Paula Scnna, pedindo ser admitlido<br />

na olficina <strong>de</strong> latociros do Arsenal dc Guerra da<br />

Cdrte.<br />

De João Francisco do Souza Xavier, pedindo ser'<br />

confirmado no logar <strong>de</strong> Apontador do Arsenal dc<br />

Guerra <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

DIA 30.<br />

1.' Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Commandante da Escola Con Irai, communicando<br />

que, nesta data, so concedo permissão<br />

a Júlio Cândido dc Lima Franco, para fazer exames<br />

preparatórios, e <strong>de</strong>pois freqüentar como ouvinte<br />

o I.° anno do curso normal da referida Escola,<br />

po<strong>de</strong>ndo habilitar-se, no fim do anno, nos<br />

respectivas matérias por meio <strong>de</strong> exame <strong>de</strong> generalida<strong>de</strong>s,<br />

na fôrma do § 3." do art. 11 do Regulamento<br />

vigente.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m q.uç no Dr. Joaquim Gomes<br />

<strong>de</strong> Souza, Lente Cuthedratico do 4." anuo da<br />

Escola Central, so concedo permissão para estar<br />

fóra <strong>de</strong>sta capital até o princípio do próximo futuro<br />

anno lectivo.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Maranhão, IranSmiltlndo<br />

um.exemplar lithographado da Corta geral daquella<br />

Província, organisada em 1854 pelo (lapilão Fronklin<br />

Antônio da Costa Ferreira; conforme solicitou<br />

em olllcio datado do 3 do corrente.<br />

— Anda Parahyba, <strong>de</strong>clarando que, havendo sido<br />

proporcional a- cada um dos Corpos a distribuição<br />

das or<strong>de</strong>nancas pelos Ofllciaes do Exercito; não é<br />

possível utlcndcr-se ao pedido, que faz em ofiicio <strong>de</strong><br />

25 do mez próximo findo, do mais seis exemplares<br />

das mencionadas Or<strong>de</strong>nanças para o Corpo <strong>de</strong> tluarnição<br />

daquella Província, que já as recebeu na proporção<br />

estabelecida.<br />

— Ao Cirurgião Múr do Exercito, remettendo,<br />

para informar, o requerimento enviado pela Presidência<br />

da Bahia, <strong>de</strong> João José Doría, que pe<strong>de</strong> ser<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO....;... 1655)000<br />

PCR SEIS MFZES. . . 8®000<br />

POR TRES MEZES... 4$ 000<br />

NUMERO O.<br />

i<strong>de</strong>m ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corto no referido aceusando o recebimento do oflicío <strong>de</strong> S. Ex., com- nomeado Alumno Pensionista do Hospital Militar<br />

exercício.<br />

rounicando a este Ministério que o Alferes do 7." daquclla Província.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m da <strong>de</strong> 124#000, á Eduardo Batalhão dc Infantaria Domingos <strong>de</strong> Azeredo Cou-<br />

— Ao Conselheiro JMrector da Escola <strong>de</strong> Medicina,'<br />

0 Henrique Laemmert, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m á 1.* Directoria tinho, o qual, achando-se noquella Província com li­<br />

solicitando a .certidão das' épocas 'dc/matricula e<br />

Geral <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> Estado no exercício' <strong>de</strong> cença para tratar <strong>de</strong> soo saú<strong>de</strong>, participou, ao receber<br />

exames do Dr. Francisco Antônio dc Azeredo.<br />

1861—1862, ainda aberto.<br />

or<strong>de</strong>m para rccolher-sc ao sou Corpo, que o não po-<br />

— Ao mesmo, para que so sirva mandar porá dia fazer por não estar restabelecido, sendo em con­ — Ao Secretario do Governo da Bahia, remeltcndo<br />

disposição da Pagadoría das Tropas a quantia, <strong>de</strong> seqüência -iuspeccionado cm junta <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>cla­ o Titulo <strong>de</strong> nomeação do Pedro Rastellí para o logar.<br />

1 22:Q00sj000, para as .<strong>de</strong>spezas do inqz' ,doj Janeiro • rando que-S; Ipx. faça constar ao dito Alferes que será dc Almoxarifc do Arsenal*<strong>de</strong> Guerra daquella Pro­<br />

próximo futuro.<br />

,consi<strong>de</strong>rado. cotno.<strong>de</strong> licença registrada todo o tempo víncia; a fim <strong>de</strong> ser 'entregue ao agraciado<br />

que <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a data da supracitada licença •— Ao ClrcTe do Policia da Corte, solicitando in­<br />

— Ao mesmo, remettendo para que se sirva<br />

até sua apresentação no Corpo a que pertence. formações acerca <strong>de</strong> alguns distúrbios que se dizem<br />

submctter.á consulta do Tribunal do Thesouro Nacional<br />

|Jc7T da<strong>de</strong>Pcrnhmbuco, communicando que o praticados.na Frcguezia da Lagoa, por soldados do<br />

Batalhão <strong>de</strong> Engenheiros.<br />

reclamada pelo Soldado reformado Francisco An<br />

io Francisco da Soleda<strong>de</strong> acerca do qual<br />

tonio <strong>de</strong> Oliveira.<br />

fo Ca<strong>de</strong>te interino do 7:° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria pe<strong>de</strong><br />

2.*"Directoria Geral.<br />

— Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando que, quando sc exlin-<br />

'esclarecimentos; foi cm virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong>ste Ao Sr. Ministro.da Fazenda, communicando que<br />

guirão as Administrações Rcgimonlacs, o 8!° Ba­<br />

.Ministério <strong>de</strong> 2 Junho <strong>de</strong> 1855, <strong>de</strong>sligado do 1.° fallcceu na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, cm<br />

talhão dc infantaria entregara a ex-praçaT/butingos<br />

iíBatalIuIo dc .Infantaria: a que pertencia, e seguio 2V dc Setejnbro do corrente anno, o Alferes refor­<br />

Francisco dc Almeida','sobre que versa o seu** Aviso<br />

para a Província do Pará com <strong>de</strong>stino o um dos mado do Exercito Joaquim Victorino Ourique.<br />

<strong>de</strong> 16 do correnteza-.quantia.<strong>de</strong> 1#802, <strong>de</strong> saldo do<br />

•Corpos estacionados na mesma Província,<br />

— Ao mesmo, remmtendo a nota explicativa das<br />

fundo dc fardamento, como' <strong>de</strong>vo' Constar dc mna-v<br />

i. — Ao mesmo, remettendo o processo <strong>de</strong> Con­ licenças que obteve dvlecidõ 2.'° Tenente refor­<br />

relação rcmettida ao Thesouro Nacional com,Aviso |<br />

selho <strong>de</strong> Guerra do soldado do 4.* Batalhão <strong>de</strong> mado do Exército José a a vier CóSí •<br />

do 17 <strong>de</strong>;- Agosto do 1850 artilharia a pé Francisco José do Albuquerque Ma-<br />

— Ao Conselho Supremo Militar,* remettendo a<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Santa Cathaanhão<br />

a fim dc ser cumprida a respectiva sen-<br />

certidão dc assentamentos do Alferes reformado do<br />

rina, fixando em 500 réis, a etapa, que sc tem dc<br />

cnça.<br />

Exercito Manoel José <strong>de</strong> Araújo, afim <strong>de</strong> que,<br />

abonar á Colônia dc Santa Izabei, no semestre <strong>de</strong> 1 — Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os dc 2 avista <strong>de</strong>lia, se'Ihe lavre a respectiva patente <strong>de</strong> re­<br />

Janeiro a Junho <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

praças .dos corpos cm guamição naquclla Província. forma. *'»<br />

— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, que no Aviso Circular dc<br />

24 dc Outubro ultimo achará solvida a duvida<br />

proposta em seu oflicio n." 128 <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

. — Ao da da' Parahyba, i<strong>de</strong>m o do soldado do — Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado, Commandante da<br />

respectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição Manoel Pereira dos Escola Central, remettendo 'o'- requerimento em que<br />

cantos.<br />

o Alferes do-1.° Regimento' do Cavalhria ligeira,<br />

ultimo, acerca da gratificação dos.rccrutadores. -<br />

Luiz Aflbnso dos Reis, pe<strong>de</strong> licença para estudar<br />

o curso <strong>de</strong> sua arma.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Minas Geraes,<br />

<strong>de</strong>clarando que, tendo o Tenente Coronel Commandante<br />

do 1." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé participado<br />

ao Ajudante General que não consta dos<br />

Conselhos <strong>de</strong> disciplina archivados no dito Batalhão<br />

ser <strong>de</strong>sertor a elle o indivíduo <strong>de</strong> nome Francisco<br />

Machado Brito, que como tal veio incluído na relação<br />

do alterações enviada por S. Ex. a está Secretaria<br />

<strong>de</strong> Estado; exija o remetia os necessários '<br />

esclarecimentos á cerca do dito indivíduo, c tiansmilta<br />

á esto Ministério.<br />

— Ao mesmo, mandando inspeccionor cm Junta<br />

dc Saú<strong>de</strong> as praças do respectivo Corpo dc Guar- '<br />

nição constantes < da relação quo acompanhou o<br />

oflicio dc S. Ex. n.° 208 do 11 do corrente, remettendo<br />

a esta Secretaria dc Estado o termo <strong>de</strong>ssa<br />

inspecção c as certidões do assentamentos das ditas<br />

praças.<br />

— Ao da dc Goyaz, remettendo a certidão <strong>de</strong> assentamentos<br />

do AffcTes~Tfn" respectiva Companhia<br />

<strong>de</strong>-Cavallaria Pedro Manoel Bermu<strong>de</strong>s. .<br />

— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, <strong>de</strong>volvendo :<br />

o processo <strong>de</strong> Conselho dc Investigação dp Cabo •<br />

<strong>de</strong> Esquadra José da Costa Pereiro, c Soldado José '<br />

Ferreira dó Nascimento, ambos da respectiva Companhia<br />

dc Caçadores, a fim do que resporidõo a •<br />

Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />

—- Ao da' do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, remettendo<br />

os processos <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> duas praças<br />

dos Corpos cm Guamição aquella Província ; a tini<br />

dc serem cumpridas as respectivas sentenças.<br />

- Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> tres praças<br />

do 9.° Batalhão dc Infantaria,<br />

3.* Directoria Geral.<br />

Ao Diroctor das obras Militares da Corte, autorisando<br />

a aceitar a proposta dc Francisco Pereira<br />

do Mattos para as obras do que precisa o edificio<br />

do archivo militar,.<br />

— Ao Sr. Conselheiro Cirurgião mor do exercito,<br />

remeltendo para informar o pedido do objectos<br />

para a enfermaria Mililar do Corpo <strong>de</strong> Guamição<br />

<strong>de</strong> Minas Geraes.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m para o Hospital Militar<br />

da Bahia.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m o relatório e ou iras<br />

papeis comentes á enfermaria Militar do Amazonos.<br />

4." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, prestando os esclarecimentos<br />

exigidos cm Aviso <strong>de</strong> 17 do corrente,<br />

acerca da ín<strong>de</strong>mnisação <strong>de</strong> Venancia Maria do Valle,<br />

o suas Irmãos, <strong>de</strong> um escravo que lhes pertence u<br />

que está com praça no Exercito.<br />

— Ao mesmo, communicando que o fardamento<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> uniforme, contemplado nos processos do<br />

dividas do exercícios lindos n." 5.027, 5.028 e 5.035<br />

do ex-Cabo <strong>de</strong> Esquadra do Batalhão <strong>de</strong> Caçadores<br />

do Mato Grosso, Antônio Feliciano do Amaral e<br />

dos cx-Soldados Manoel Antônio Pires o Fclix Monteiro<br />

da Costa, já foi annotado nos assentamentos<br />

<strong>de</strong>ssas: ex-praças, apezar <strong>de</strong> não ter sido mencionado<br />

nos respectivos títulos com probatórios, afim do<br />

se evitar duplicata <strong>de</strong> pagamento.<br />

— Ao Procurador da Coroa, Soberania e Fazenda<br />

Nacional, solicitando parecer acerca do direito que<br />

tenhão os parochos das Freguesias do Pernambuco<br />

a csportula correspon<strong>de</strong>nte á licença para o enter*<br />

ramonto dás praças do Exercito.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, <strong>de</strong>clarando<br />

que, havendo o Capitão, hoje Major, Joaquim<br />

Luiz <strong>de</strong> Azevedo, recebido, como Fiscal interino,<br />

durante o tempo que commandou a ala<br />

esquerda do 7.* Batalhão do Infantaria, as respectivas<br />

vantagens, mandadas abonar por Aviso<br />

<strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> listado <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Setembro ultimo,<br />

o que so refere em seu oflicio n.° 137. do<br />

10 <strong>de</strong>ste mez, nada mais ha a •<strong>de</strong>liberar; cumprindo<br />

quo a Thesouraria do Fazenda lhe ajuste<br />

contas e exija ín<strong>de</strong>mnisação do que <strong>de</strong>mais houver<br />

elle recebido.<br />

— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Corte,<br />

<strong>de</strong>volvendo, competentemento examinados, os livros<br />

do receita c <strong>de</strong>speza da 1." e 2.* elasses do<br />

respectivo Almoxarlfado, relativos á escripturação<br />

do mez <strong>de</strong> Novembro ultimo, a qual se acha regular.


ÍIIlMSí i:ilIO DA SIABIXIIA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 2(i DB DEZEMBRO DR 1862.<br />

1.' Secção.—A' Presidência <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando,<br />

cm solução ao offlcio <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro<br />

ultimo, que já por Aviso <strong>de</strong> II <strong>de</strong>ste mez partici pouse<br />

á mesma Presidência tcrcm-se expedido as convenientes<br />

or<strong>de</strong>ns, a fim <strong>de</strong> regressarem aquella Província<br />

os aprendizes, que (brio para Monlevidéo no<br />

Vapor Annambahy.<br />

— Ao Sr. Ministro do Fazenda, transmillindo<br />

relações dos indivíduos qoe fornecerão diversos gêneros<br />

em o mez ultimo e no corrente, ás SccçOes do<br />

Almoxarifado c Hospital dc Marinha; a fim <strong>de</strong> serem<br />

pagos, pela verba—Material—do presente exercício,<br />

da importância dos respectivos supprimcntos á vista<br />

dos competentes conhecimentos em fôrma, liquidadas<br />

na Contadoria.—Communicou-sc á Contadoria.<br />

— Ao mesmo, communicando que o Director da<br />

Escola dc Marinha, por olllcio n.* 184 dc 23 do corrente,<br />

participou haver-sc alli apresentado no dia 20<br />

o Conego Capellão da mesma Escola, Dr • José Joaquim<br />

Pereira da Silva, por se terem encerrado os<br />

trabalhos da Assembléa Provincial do Rio dc Janeiro.<br />

— Communicou-so também & Contadoria.<br />

— Ao Chefe <strong>de</strong> Divisão, Jcsuino Lamego Costa,<br />

<strong>de</strong>terminando que tome o commando da Estação<br />

Naval do Rio <strong>de</strong> Janeiro, durante o ausência do Chefe<br />

do Esquadra Guilherme Parker, <strong>de</strong>vendo continuar<br />

no exercido <strong>de</strong> Encarregado do Quartel General.<br />

— Flzerflo-se as precisas commnnicações.<br />

— A' Presidência da Provindo <strong>de</strong> Mato Grosso,<br />

transmillindo os relatórios apresentados pela Contadoria<br />

da Marinha, relativos aos exames, que alli tiverão<br />

os documentos e <strong>de</strong>monstrações da <strong>de</strong>speza verificada<br />

pela respectiva Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda, a<br />

conta <strong>de</strong>ste Ministério, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Outubro do 1861 a<br />

Junho <strong>de</strong> 1862, a fim <strong>de</strong> remetter as informações<br />

exigidas pelo Empregado incumbido dc semelhante<br />

trabalho, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>scontos dc abonos<br />

in<strong>de</strong>vidamente fcílos pela mencionada Thesouraria<br />

na importância do 2089535; <strong>de</strong>volvendo os mencionados<br />

documentos.—Communicou-sc i Contadoria<br />

da Marinha.<br />

2." Secção.—Ao Sr .Ministro da Fazenda, communicando<br />

ler o Capitão do Fragata, Antônio Lopes<br />

Mesquita, no dia 19 do corrente, tomado posse do<br />

cargo <strong>de</strong> Delegado da Capitania do Porto da Cdrte<br />

e Província do Rio do Janeiro na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. João<br />

da Barra.<br />

—A* Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, mandando dar <strong>de</strong>speza<br />

ao Almoxarifeda 4.* Secção dc9.177 espoletas<br />

fulminantes <strong>de</strong> artilharia, consumidas no incêndio<br />

havido na dita Secção em o dia 11 do corrente. —<br />

Communicou-se á Contadoria da Marin ha.<br />

— Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, <strong>de</strong>volvendo a relação,<br />

que acompanhou o oflicio n.° 304, datado <strong>de</strong><br />

26 do corrente, e autorisando a abrir concurrencia<br />

para a acquisição dos objectos alli pedidos para<br />

supprimento da 2." e 3." Secção do Almoxarifado.<br />

3/ Secção.— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />

que a Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />

da Cdrte, cm offlcio <strong>de</strong> 24 do corrente, <strong>de</strong>u parte<br />

dc que o Capitão Tenente reformado, José Antônio<br />

dc Souza Nelto, tomou posse, no dia anterior, do<br />

logar <strong>de</strong> Director da oJlicina <strong>de</strong> cordoario do mesmo<br />

Arsenal, para que foi nomeado em 13 <strong>de</strong>ste mez.—<br />

Fez-se igual communicação á Contadoria.<br />

— Ao mesmo, para que mando pagar as contas,<br />

provenientes <strong>de</strong> gaz consumido na «iluminação do<br />

quartel da 1.* Companhia dc operários artífices, e<br />

outras <strong>de</strong>spezas feitas pelo Hospital dc Marinha da<br />

Corte, tudo no mez dc Novembro próximo preterilo,—<br />

Communicou-se é Contadoria»<br />

MI\fSTEftIO HA IGRICTLTt R t.<br />

COM 11. K OBRAS PUBLICAS.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 26 bE DEZEMBRO DE 1862.<br />

2." Directoria.<br />

Ao lnspector Geral das Obras Publicas para que<br />

d Ajudante da mesma Inspecção, Major Antônio<br />

Pedro Monteiro <strong>de</strong> Dtumond, <strong>de</strong>clare porque razão<br />

informou no ofiicio, que rcmcltcu por copia com<br />

o seu <strong>de</strong> 17 do corrente, que a Vicente José <strong>de</strong><br />

Cislro e Souza, empreiteiro da conservação da 1<br />

c 2." Secçõcs da estrada dc Santa Cruz se podia<br />

pagar a quantia dc 1:0509000 importância da prestação<br />

vencida cm 18 do mez passado, quando, segundo<br />

o próprio dizer do dito Engenheiro, oquello<br />

estrada ao acha apenas cm soífrivel estado dc viabilida<strong>de</strong>.<br />

DIA 27.<br />

1.' Directoria.<br />

2.' Secção.— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Commissão Dircctora<br />

da Exposição Nacional, <strong>de</strong>clarando, em resposta,<br />

que por falia <strong>de</strong> verba não é possivel auxiliar os<br />

artistas Flciuss Irmãos & Lin<strong>de</strong>, na publicação da<br />

Obra intitulada Recordações da Exposição Nacional.<br />

2.' Directoria.<br />

Portaria prorogando c transferindo a D. Angélica<br />

Joaquina da Cunha Barboza a concessão da penna<br />

d'agua feita a seu finado marido Manoel da Cunha<br />

Barboza, cm 28 dc Julho <strong>de</strong> 1852, para o uso do<br />

seu prédio n.* 129 da rua do Livramento.—Fizcrão-so<br />

as <strong>de</strong>vidas communicaç<strong>de</strong>s.<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que expeça<br />

as or<strong>de</strong>ns precisas a fim <strong>de</strong> que ao Emprezario<br />

das obras do Poço do Senado, Antônio <strong>de</strong><br />

Padua da Silva, seja paga no Thesouro Nacional<br />

a quantia do 2:7459000, cm que importou a execução<br />

da meta<strong>de</strong> das referidas obras, levando-se<br />

esta <strong>de</strong>speza á verba, a que se refere o § 55 do<br />

art. 2.* da Lei do Orçamento para o corrente exercício<br />

financeiro.<br />

— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, que,<br />

para sc resolver sobre o objecto do seu oflicio, datado<br />

dc 18 do corrente, cumpre que informe qual<br />

a <strong>de</strong>speza, quo se faz mensalmente com o serviço<br />

da Irrigação da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clarando a importância<br />

<strong>de</strong>lia cm cada districto, e o nome das pessoas que<br />

sc achão encarregadas dc ínspeccional-o.<br />

— Ao mesmo, que, tendo o Sr. Ministro da<br />

Fazenda solicitado, por Aviso dc 24 do corrente, que<br />

a Inspecção Geral das Obras Publicas informasse<br />

o requerimento, cm que o escravo da noção Francisco<br />

Cubinda pe<strong>de</strong> que lhe seja concedida sua carta<br />

dc liberda<strong>de</strong>, assim sc <strong>de</strong>clara para sua intclligcncia<br />

o execução.<br />

2." Secção.—Tenho a honra dc passar, por cópia,<br />

ás mãos do V. Ex. a carta quo em doto dc 6 <strong>de</strong><br />

Novembro do corrente anno dirigio ao nosso Ministro<br />

cm Londres o Presi<strong>de</strong>nte da Directoria da Estrada<br />

dc ferro da Rahia, reclamando contra a <strong>de</strong>liberação<br />

tomada pela Presidência daqulla Província, por virtu<strong>de</strong><br />

da qual são cobrados na respectiva Alfân<strong>de</strong>ga<br />

direitos <strong>de</strong> expediente sobre certos artigos importados<br />

para uzo daquella via férrea. Enten<strong>de</strong> a Directoria<br />

que cora essa cobrança dar-se-ha infracção<br />

ao art. 8.° do Dccrectò n.° 1.299 dc 17 Dezembro dc<br />

1853 qne iscnlou a Companhia do pagamento <strong>de</strong> direitos<br />

dc importação sobre artigos <strong>de</strong>stinados á construcção<br />

<strong>de</strong> vias férreas; acrescentando cllc que, não<br />

sendo direito dc expediente outra cousa sc não um<br />

imposto addicional dc importação, a cobrança <strong>de</strong>lle<br />

importa uma quebra dos privilégios que forâo concedidos<br />

aos accionislas daquella Empresa.<br />

Não obstante a persuasão cm que estou dc que<br />

é Infundada a reclamação da Directoria, á vista da<br />

disposição do art. 625 do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Setembro<br />

dc 1860 combinado com o art. 512 § 20 do<br />

mesmo, comtudo paro respon<strong>de</strong>r peremploriamente<br />

como convém ao Presi<strong>de</strong>nte daquclla Directoria, rogo<br />

a V. Ex. se sirva dizer-me qual o modo porque na I<br />

Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong>sta Corte se tem praticamente entendido<br />

a disposição citada relativamente á outras.Em- i<br />

presas que se achão em condição idêntica ás da<br />

Rahia, tanto cm épocas anteriores como <strong>de</strong>pois (Ia<br />

execução do respectivo Regulamento" em vigor.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— João Lins Vieira Cansansão<br />

<strong>de</strong> Sinimbú.—Sr. Viscon<strong>de</strong> dc Albuquerque.<br />

2.' Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, solicitando<br />

a expedição das convenientes or<strong>de</strong>ns, a fim<br />

dc que no Thesouro Nacional pela verba—Obras<br />

públicos geraes e auxilio és provinciaes—do orçamento<br />

cm vigor, se paguo ao Engenheiro Civil<br />

Gustavo Luiz Guilherme Dodt, nomeado para servir<br />

na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, a quantia<br />

do 2009000 como ajuda dc custo para sua viagem.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Rio Gran<strong>de</strong> I<br />

do Norte, communicando cm resposta aos seus ,<br />

oflicios dc 6 <strong>de</strong> Março e 21 <strong>de</strong> Julho do corrente<br />

anno cm que faz ver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Engenheiro<br />

que sc incumba da exploração do Rio Ccarámerim<br />

e que tenha á seu cargo a direcção .das<br />

obras publicas na Província, que nesta oceasião<br />

segue o Engenheiro Allemão Gustavo Luiz Guilherme<br />

Dodt, que, para semelhante fim, oflereceu-se<br />

mediante o vencimento <strong>de</strong> 2009000 mensaes, que<br />

será pago pelo cofre provincial ou pela consignação<br />

dada pelo cofre geral para auxilio das obras da<br />

mesma Província.<br />

— A Gustavo Luiz Guilherme Dodt, participando<br />

ter sido nomeado para dirigir os trabalhos da <strong>de</strong>sobstrucção<br />

dò Rio Ceará-merim da Provindo do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, c que <strong>de</strong>ve quanto antes<br />

apresentar-se ao Presi<strong>de</strong>nte daquella Provincia; prevenindo—o<br />

<strong>de</strong> que nesta data ficão expedidas as<br />

necessárias or<strong>de</strong>ns para dar-se-lhe passagem <strong>de</strong><br />

Estado a ré no primeiro vapor que seguir para<br />

os portos do Norte, assim como para ser-lhe abonada<br />

a gratificação mensal <strong>de</strong> 2009000 pela Thesouraria<br />

<strong>de</strong> Fazenda daquella Provincia.<br />

DIA 29.<br />

1/ Directoria.<br />

I.' Seepão.—Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Pernambuco,<br />

<strong>de</strong>clarando, para o fazer constar a José<br />

Joaquim Antunes dt Comp., que a única concessão<br />

quo lhes pô<strong>de</strong> ser feita e a do privilegio para fabricarem<br />

a borracha segundo o novo processo, que<br />

dizem ler inventado; sendo que, para a <strong>de</strong>finitiva<br />

concessão, os supplicantes <strong>de</strong>verão apresentar a<br />

discripçâo dos meios que empregão para obter esse<br />

novo produeto industrial.<br />

2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazendo, remettendo,<br />

por cópias, o Decreto n.° 3.038 <strong>de</strong>sta<br />

data, que abre um novo credito do 30:0009000<br />

para as <strong>de</strong>spezas com a Exposição'Nacional, pertencentes<br />

ao exercida dc 1861 a 186*2, e bem assim<br />

a <strong>de</strong>monstração das referidas <strong>de</strong>spezas.<br />

4.' Directoria.<br />

Oflicio oo Administrador do Correio da Córle,<br />

para que informe se os moradores do Carmo conlínuão<br />

a pagar ao estafeta, que troca as malas<br />

daquella agencia com as dc Cantogallo.<br />

DIA 30.<br />

1.* Directoria.<br />

1." Secção.— A* Secção dos Negócios do Império<br />

do Conselho dc Estado, communicando que foi approvado<br />

o seu parecer sobre o requerimento em que<br />

a Companhia Jacuhy pedio a approvação <strong>de</strong> varias<br />

alterações feitas nos respectivos Estatutos.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc S. Pedro, <strong>de</strong>clarando<br />

quaes as condições dc quo fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte o<br />

objecto do requerimento mencionado no Aviso supra.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte interino da Companhia <strong>de</strong> illu"<br />

mi nação a gaz, oflicio, enviando, cm resposta, o<br />

mappa das ruas c praças que ainda são ilfummadas<br />

a azeite.<br />

3 • Directoria.<br />

Ao Sr» Ministro da Fazenda, para entregar a E. E.<br />

RnfTiird, procurador <strong>de</strong> Carlos Krauss, Director da<br />

Colônia do Rio Novo, a quantia <strong>de</strong> 2:0009000, que<br />

tem dc ser appliçados a <strong>de</strong>spezas da mesma Colônia.<br />

8.' Secção.— Ao Sr, Ministro da Fazenda, para<br />

—- Ao mesmo, para ser paga uma letra a 8 dias<br />

q<br />

uc haja <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar, so na liquidação das contas — Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando, para que faça cons­ I vista do valor <strong>de</strong> 8699000, sacada pela Legação<br />

c consumo <strong>de</strong> gas, rcmctlidas ao Thesouro pelos tar ao arrematante dos Obras do Passeio Publico, Imperial em Monlevidéo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Antônio José<br />

outros Ministérios, foi attendida alguma quantia a I que as pedras dc cantaria do moro do mesmo Alves Souto dt Comp., proveniente do transporte do<br />

titulo <strong>de</strong> difierençn no valor da moeda, fundando- Passeio só serão aceitas, se [orem melhor lavra­ 22 colonos, quo seguirão para Cuyabá.<br />

se e to procodimento na 15.' condição do contrado das c não apresentarem cavida<strong>de</strong>s betumados, sc<br />

<strong>de</strong> 80 do Abril, a que se reíero o Decreto n.' 2920, suas arestas forem mais aperfeiçoadas, o so o res-<br />

—Ao do Estrangeiros communicando que foi solí-<br />

<strong>de</strong> 7 dc Maio do corrente anno, ou sc tem sido I pectlvo sapatcomcnlo preencher a máxima largura<br />

tada a or<strong>de</strong>m para o pagamento da letra acima<br />

pago somente o preço dc 80 réis, estipulado por cada<br />

mencionada.<br />

lavrada ; não duvidando o Governo permittir que<br />

pé cúbico <strong>de</strong> gaz.<br />

para a consecução <strong>de</strong>sse fim seja diminuída dc — Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná para<br />

— A' Presidência do Rio dc Janeiro, aceusando nma pollegada a esp»ssura do muro, c quo se cor­ informar que resultados se tem coibido até o pre­<br />

a recepção dos oflicios n." 76 e 77, datados <strong>de</strong> 10 te o saputeamento nos logar es precisos, sendo sente dos meios empregados nessa Provincia para a<br />

do corrente, cm quo <strong>de</strong>u parte do haver concedido substituído por outro, sem que pelo excesso <strong>de</strong> catechese e civilisação <strong>de</strong> Índios.<br />

licença a Bernardo Reli»»rio Soares dc Souza e trabalho fique onerada a Fazenda Publica.<br />

— A Carlos Krauss, Director da Colônia do Rio<br />

Cândido Barreto <strong>de</strong> Souza Faria, para cortarem ma­ Ao mesmo, communicando ter ficado seiente, pelo Novo, dizendo que forão expedidas as convenientes<br />

<strong>de</strong>iras cm suas fazendas; c dizendo que muito oflicio <strong>de</strong> 24 do corrente, do que no dia 20 do re­ or<strong>de</strong>ns para ser entregue ao seu procurador E. E.<br />

convém, na concessão <strong>de</strong> taes licenças, ter em vista ferido mez so concluirá a obra do encanamento Ralfard a quantia do 2:0009000 correspon<strong>de</strong>nte á<br />

o disposto lias cireulares <strong>de</strong>ste Ministério dc 9 dc dágua c assentamento dc duas pi lastras com tor­ eonsignação do presente mez; <strong>de</strong>clarando que esse di­<br />

Novembro dc 1857, 5 dc Fevereiro c 19 <strong>de</strong> Março neiros na rua do Maun, do morro do Santa Thcnheiro <strong>de</strong>ve ser empregado rcslrictamcntc aos ser­<br />

do 1858.<br />

reza, como fora <strong>de</strong>terminado pelo Aviso do 1<strong>de</strong> viços mencionados no orçamento, que rcmcltcu c<br />

— A' do Mato Grosso, aceusando a recepção do Outubro ultimo, c bem assim <strong>de</strong> que na execução quo fica approvado; c rccommcndando que não<br />

oflicío n." .'i3 <strong>de</strong> 12 do mez próximo passado, que da obra sc <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>ra a quantia do 7049129 da exceda a <strong>de</strong>speza dc cada uma das ditas verbos,<br />

acompanhou o do Chefe <strong>de</strong> Policia da mesma Pro­ do 2:0009185, em que fóra orçada o sua <strong>de</strong>speza, nem passe as sobras do umas para outras sem previa<br />

víncia, acerca do 2." Tenente da Armada, Manoel —Ao mesmo communicando ter ficado inteirado, o expressa approvação <strong>de</strong>ste Ministério.<br />

do Souza Gomes Júnior, que está solfrendo dc alienação<br />

mental.<br />

— A* mesma, aceusando o recebimento do oflicio<br />

n." 49, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Outubro ultimo, com que remei<br />

teu dous exemplares da collccção das actos da<br />

Assembléa Legislativa, promulgados na sessão ordinária<br />

do corrente anno.<br />

pelo seu oflicio n." 1.521 <strong>de</strong> 24 do corrente, do — A E. E. Ralfard, prevenindo dc ter-se expe­<br />

que fora cortado o encanamento da penna d'agua dido o competente Aviso para ser-lhe entregue a<br />

do prédio n." 7 da rua do S. Clemente, perten­ primeira prestação <strong>de</strong> 2:0009000 <strong>de</strong>stinada ás <strong>de</strong>scente<br />

a D. Carolina Vergueiro Lecoq, como foi orpezas da Colônia do Rio Novo, <strong>de</strong> cujo Director é<br />

<strong>de</strong>nado por Aviso dc 12 <strong>de</strong>ste mez.<br />

procurador.<br />

Deu-se conhecimento do Aviso supra ao Admi­<br />

4.' Directoria.<br />

nistrador da Reccbedoria do Município.<br />

Ao administrador do Correio da Córle com o<br />

— A' do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, aceusando o re­<br />

sobrescripto <strong>de</strong> uma carta para Daniel Fox, afim<br />

cebimento do oflicio n." 133, dc 11 do corrente,<br />

dc que saiba da agencia dc Santos so aquella carta<br />

com que fez igual remessa.<br />

alli foi entregue ao <strong>de</strong>stinatário, e sc lhe foi exigi­<br />

— Ao 2." Vico-Prcsi<strong>de</strong>nto da mesma Província,<br />

do porte.<br />

aceusando a recepção do oflicio n." 135, dc 18 do<br />

— Ao Administrador do Correio do Maranhão,<br />

corrente, em que <strong>de</strong>u parte <strong>de</strong> ter no mesmo dia<br />

aceusando o seu oflicio <strong>de</strong> 14 do corrente, cm que<br />

tomado conta da Presidência, por haver sido <strong>de</strong>lia<br />

participa ter reassumido o exercício do seu em­<br />

exonerado o Desembargador Francisco dc Assis Peprego.reira<br />

da Rocha.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Amasonas, aceusando o seu<br />

DIA 27.<br />

oflicio dc 12 <strong>de</strong> Novembro, em que informa quaes os<br />

1." Secção.—» A* Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Pernambuco,<br />

or<strong>de</strong>nando que so facão na Canhoneira<br />

Itajahy, além das obras mencionadas no plano<br />

daqui rcmcttido á aquellc Arsenal,os alterações constantes<br />

da nota, quo se transmilte, indicadas pelo<br />

Commandante do referido navio.— Communicou-sc<br />

passagens quo no mez antece<strong>de</strong>nte havia mandado<br />

dar nos vapores da Companhia, quo faz a navegação<br />

entre aquella Provincia e a do Pará.<br />

— Ao Administrador da Typographía Nacional<br />

para que man<strong>de</strong> imprimir quinhentos exemplares<br />

<strong>de</strong> notas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spezas por nomeações.<br />

ao Qualsel General.<br />

DIA 31.<br />

1.' Directoria.<br />

1.* Secção.—Ao cidadão João Bonifácio Gomes<br />

do Siqueira, <strong>de</strong>clarando que o Governo Imperial<br />

ficou inteirado <strong>de</strong> haver S. Ex. assumido a administração<br />

da Provincia <strong>de</strong> Goyaz, na qualida<strong>de</strong> dc<br />

1." Vice—Presi<strong>de</strong>nte.<br />

— Ao Provedor da Santa Casa da Misericórdia da<br />

Corte, communicando que este Ministério ficou inteirado<br />

<strong>de</strong> haver fallecido a escrava Marina, que sc<br />

achava ao serviço daquelle estabelecimento.<br />

3.* Directoria.<br />

Ao Sr. Ministro <strong>de</strong> Estrangeiros, <strong>de</strong>clarando que<br />

convém' or<strong>de</strong>nar ao Cônsul Geral em Montevldéo<br />

que continue a sobr*estar na remesssa <strong>de</strong> colonos<br />

para Mato Grosso até nova requisição <strong>de</strong>ste Ministério.<br />

4.* Direciona.<br />

Portaria nomeando João Ferreira Dutra, para o<br />

logar <strong>de</strong> Agente do Correio da Villa do Con<strong>de</strong> na<br />

Provincia da Bahia.<br />

— Portaria nomeando José da Silva Pinto, para<br />

o logar <strong>de</strong> Ajudante da mesma Agencia, vago por<br />

haver João Ferreira Dutra que o servia, sido nomeado<br />

Agente.<br />

— Portaria nomeando Tudo Pinto Crespo, para<br />

o logar <strong>de</strong>, A gente do Correio da Villa do Bom Conselho<br />

na Província <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

— Portaria nomeando Joio Gsncio da Silva Campos,<br />

para o logar <strong>de</strong> Agente do Correio do Bomfim,<br />

cm Minas, vogo por <strong>de</strong>missão dada a Epiphanio<br />

José Bernardcs. •— Forâo todas communicadas aos<br />

respectivos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Provincia e Administradores<br />

do Correio,<br />

— Aviso ao Cônsul do Brasil em Monlevidéo, <strong>de</strong>clarando-lhe<br />

que lhe não po<strong>de</strong> ser paga a quantia<br />

que reclama por embarques e <strong>de</strong>sembarques <strong>de</strong><br />

malas do Correio naquclla Cida<strong>de</strong>, por lhe haver<br />

já sido mandada abonar annualmcnte a quantia <strong>de</strong><br />

2009000, na qual vai comprehendida, por conseqüência,<br />

qualquer quantia, a datar do principio<br />

do exercício, por principiar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então: e não po<strong>de</strong>r<br />

ser attendido o que fôr anterior, já por estar encerrado<br />

o exercício, já por não ter havido autorisação<br />

previa.<br />

— Ao Gerente da Companhia Brasileira dc Pa<br />

quetes, para mandar dar passagem <strong>de</strong> Estado a ré<br />

até Santa Catharina ao Dr. IMdimo Agapilo da Veiga<br />

e sua mulher.<br />

— Ao mesmo, para mandar dar passagem dc Estado<br />

a ré ale Porto Alegro a Augusto da Cunha<br />

Gal vão.<br />

— Ao mesmo, para mandar dar passagem <strong>de</strong><br />

convés até o mesmo logar a Luiz Cândido Teixeira.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc Pernambuco,<br />

para mandar suspen<strong>de</strong>r o Agente do Correio <strong>de</strong> Ingnscira,<br />

informando opportunamente do resultado<br />

do processo, a que o mesmo está respon<strong>de</strong>ndo em<br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofiicio do Administrador do Correio daquella<br />

Provincia.<br />

OFFICIAL.<br />

Rio, V <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Julgámos não <strong>de</strong>ver publicar hontem as notas<br />

trocadas entre o Ministério do Estrangeiros, c a<br />

Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, porquo o<br />

ajuste quo dcllas resullava <strong>de</strong>pendia, nos termos<br />

da nota do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros,<br />

da efTectiva execução <strong>de</strong> uma condição essencial,<br />

a relaxação dos presas feitas pelos navios dc guerra<br />

inglezes.<br />

Pensando assim, não duvidámos da segurança<br />

que a esse respeito sabíamos haver dado ao Governo<br />

Imperial a Legação Britannica pela nota com<br />

que respon<strong>de</strong>u á do Sr. Ministro dc Estrangeiros;<br />

mas enten<strong>de</strong>mos que, não cabendo cm tempo quo<br />

hontem mesmo sc realizasse aquella segurança, não<br />

podia consi<strong>de</strong>rar-se cumprida a referida condição.<br />

Hoje porém que ella se realizou, transcrevemos<br />

cm seguida as notas, cm virtu<strong>de</strong> das quaes fui feito<br />

aquelle ajusto.<br />

Rio dc Janeiro, 2 dc Janeiro do <strong>1863</strong>.<br />

Sr. Marquez.—Não julgo necessário continuar a<br />

discussão sobre os vários pontos <strong>de</strong> menor importância,<br />

a respeito das quacs V. Ex., na sua nota <strong>de</strong><br />

hoje, mc dirige uma replica bastante extensa, e<br />

<strong>de</strong>ixo ao publico julgar entre nós acerca dos referidos<br />

pontos, sem ulterior observação da minha<br />

parte.<br />

Vejo com satisfação que o Governo Imperial<br />

julgou dignas dc consi<strong>de</strong>ração as suggcstõcs quo<br />

fez para facilitar o ajuste das questões que motivarão<br />

represálias da parto do Governo dc S. M.<br />

R., o em resposta a pergunta dc V. Ex., se a<br />

arbitragem imparcial suggeridn <strong>de</strong>vo abranger ambas<br />

as questões, do « Prince of Wales,» c do « Forte, -<br />

ou se <strong>de</strong>ve oecupar-sc somente com a ultima, só<br />

tenho o dizer que na minha nota do hontem, <strong>de</strong>clarei<br />

que estava prompto a receber, para ser consi<strong>de</strong>rada,<br />

pelo Governo dc S. M., a proposta <strong>de</strong> serem referidas<br />

todas as questões cm discussão a uma arbitragem<br />

Imparcial.<br />

Estou prompto a tomar na melhor consi<strong>de</strong>ração,<br />

a fim <strong>de</strong> levol-o ao conhecimento do Governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong>, qualquer proposta razoável que me seja<br />

feita pelo Governo Imperial; mas cmquanlo não mo<br />

fôr presente uma tal proposta, não me posso explicar,<br />

nem com efleito resolver acerca das minhas<br />

condições dc aceitação.<br />

: Eu me aventuraria com empenho a indicar a<br />

V. Ex. que seria para <strong>de</strong>sejar que me submettesse,<br />

cm uma conferência, qualquer proposta que fosse<br />

autorisado a fazer, e não teria duvidas <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ríamos<br />

concordar na redacção <strong>de</strong> um memorandum<br />

<strong>de</strong> ajuste, que seria <strong>de</strong>pois submettido por V. Ex.<br />

aos seus collegss.<br />

Aproveito esta opportunidado para renovar a<br />

V. Ex. as seguranças da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />

—W- D. Christie.—Ao Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes,<br />

Ministro dos Negócios Estrangeiros.<br />

SF.CÇÁO CENTRAL.—MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />

ESTRANGEIROS.<br />

Rio dc Janeiro, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1803.<br />

Pela sua nota <strong>de</strong> hontem» que me foi entregue ás<br />

11 horas da noite, o Sr. Wíliiam Dougal Chrislie,<br />

Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotcnciario<br />

dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, <strong>de</strong>clara que não<br />

julga necessário continuar na discussão do vários<br />

pontos, que qualifica dc pouco importantes.<br />

Declarando outroslm em seguida ter visto com satisfação<br />

que o Governo Imperial julgava dignas <strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>ração as suggcstõcs, que fez o Sr. Christio<br />

para facilitar o ajuste das questões, que motivarão<br />

represálias da parte do Governo dcS. M. Britannica,<br />

diz achar-se prompto para tomar cm toda a consi<strong>de</strong>ração,<br />

e lcval-a ao conhecimento do seu Governo,<br />

qualquer proposta razoável do da S. M. o Imperador<br />

; c manifesta o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter commigo uma conferência<br />

para esse fim.<br />

Concordando inteiramente com o Sr. Christie<br />

sobre a inutilida<strong>de</strong> do proseguir na discussão dos<br />

pontos a que se refere a sua nota, pedir-lhe-hei<br />

apenas permissão para observar que <strong>de</strong>ssa discussão<br />

me não cabe a responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Pelo que toca á conferência que o Sr. Christie<br />

<strong>de</strong>seja, apresso-me a prevcnil-o do que po<strong>de</strong>rá ella<br />

ter logar hoje mesmo, ás 5 1/2 horas da tar<strong>de</strong>, na<br />

casa <strong>de</strong> minha residência; esperando também que<br />

o Sr. Christie mc habilitará nessa oceasião com a<br />

explicação, que lhe pedi em minha nota <strong>de</strong> hontem,<br />

e do que careço para ministrar 00 Conselho dc Estado<br />

na conferência dc amanhã.<br />

Reitero ao Sr. William Dougal Christie as expressões<br />

<strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.— Marques <strong>de</strong><br />

Abrantes.— Ao Sr. William Dougal Christie.<br />

SECÇÃO CENTRAL. —MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />

ESTRANGEIROS.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Cumprindo o que, pela minha nota do 2 do corrente,<br />

prometti ao Sr. William Dougal Christie, Enviado<br />

Extraordinário c Ministro Plenipotcnciario do<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> Britannice, vou dar-lhe a resposta<br />

<strong>de</strong>vida â segunda parte essencial da nota que dírígiome<br />

no dia anterior.<br />

Depois que recebeu aquella minha referida nota,<br />

passou-me o Sr. Christie outra, datada do dia 2, m<br />

qual sei rio-se <strong>de</strong>clarar-mo que era conveniente que<br />

houvesse uma conferência.<br />

A esta nota respondi no dia 3, apressando-me a<br />

prevenir ao Sr. Chrislie dc que a indicada conferência<br />

po<strong>de</strong>ria ter logar no mesmo dia, ás 5 1/2<br />

horas da tar<strong>de</strong>, na casa <strong>de</strong> minha residência. •<br />

Nio pô<strong>de</strong> o Sr. Christio»comparecer em minha


casa, por achar-se Indisposto, segundo me fez saber<br />

pelo seu Secretario, por intermédio do qual preveni<br />

também o Sr Chrislie dc que idêntico motivo<br />

nio mo permittia procural-o no Hotel em que habita.<br />

Tendo o Sr. Christie <strong>de</strong>clarado, cm sua nota <strong>de</strong><br />

3, quo a não ser possivel o nosso encontro, estava<br />

disposto a cenferenciar com o meu Secretario, a<br />

esto <strong>de</strong>i a necessária autorisação para esse flm.<br />

Inteirado <strong>de</strong> quanto se passou nessa conferência<br />

e nas que posteriormente tiverão logar, e <strong>de</strong>pois<br />

dc ouvido o Conselho <strong>de</strong> Estado, passo a dar ao<br />

Sr. Christie a pronicitida resposta do Governo Imperial.<br />

Querendo evitar que se lhe attribúa a intenção<br />

<strong>de</strong> oppor-se a qualquer meio pacifico e honroso<br />

<strong>de</strong> resolvcrem-se as questões pen<strong>de</strong>ntes; <strong>de</strong>sejando<br />

contribuir para que, sem quebra do <strong>de</strong>coro e da<br />

dignida<strong>de</strong> nacional, seja <strong>de</strong> prompto removida a<br />

situação difllcil em que se achão as relações entre<br />

o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador e a<br />

Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, com grave<br />

prejuízo dos avultados Interesses, qoe ligão os dous<br />

Países; por ultimo, como testemunho da Inteira<br />

confiança, que tem na Justiça da sua causa : o Governo<br />

Imperial, ratificando a <strong>de</strong>claração da minha<br />

nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro ultimo, quanto á questão<br />

da barca Prive» of Walles, estará prompto a expedir<br />

as convenientes or<strong>de</strong>ns ao Ministro do Brasil<br />

em Londres para entregar alli, sob protesto, nos<br />

termos da mencionada nota, a somma que o Governo<br />

do Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica exigir.<br />

E pelo que toca aos Ofliciaes da Fragata Forte,<br />

aceitando a indicação que fez o Sr. Christio, em<br />

sua nota do 1." do corrente, acerca <strong>de</strong> um arbitramento*<br />

o Governo Imperial tratará do informar ao<br />

Sr. Christio da escolha do arbitro, que possa julgar<br />

da mesma questão; ficando entendido que terá esse<br />

arbitro <strong>de</strong> conhecer, não do <strong>de</strong>ver que tem o Governo<br />

Imperial <strong>de</strong> fazer executar as Leis do seu<br />

Paiz, mas tão somente sc no modo da applicação<br />

<strong>de</strong>ssas Leis aos Ofllciaes da Forte, houve por ventura<br />

offensa á Marinha Brilannica.<br />

Estas <strong>de</strong>clarações só terão efleito quando tiverem<br />

cessado as represálias, e sido relaxadas as presas<br />

feitas.<br />

Devo por ultimo prevenir o Sr. Christie <strong>de</strong> quo<br />

sc, contra o quo é <strong>de</strong> esperar, o Governo <strong>de</strong> S. M.<br />

Britannica não acquiescer a este ajuste, o Governo<br />

Imperial manterá a sua posição primitiva, que é a<br />

<strong>de</strong> não sacrificar o <strong>de</strong>coro e a dignida<strong>de</strong> nacional,<br />

por. mais que <strong>de</strong>plore os males quo <strong>de</strong>sse seu propósito<br />

possio resultar.<br />

Renovo ao Sr. Christie as expressões <strong>de</strong> minha<br />

alta consi<strong>de</strong>ração. — Marquez <strong>de</strong> Abrantes. — Ao<br />

Sr. William Dougal Christie.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Sr. Marquez.—Recebi anota <strong>de</strong> V. Ex. datada<br />

<strong>de</strong> hoje, e informado por V. Ex. que o Governo<br />

Imperial está prompto para dar or<strong>de</strong>ns ao seu Ministro<br />

em Londres para pagar, sob protesto, qualquer<br />

somma que exija o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong><br />

como Ín<strong>de</strong>mnisação no assumpto do Prince<br />

of Wales, e também para aceitar a minha indicação<br />

<strong>de</strong> propor para ser consi<strong>de</strong>rado pelo Governo<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> um arbitramento na questão dos<br />

Officiaes da Forte, vou immediatamente requisitar<br />

do Almirante Warrcn que faça cessar as represálias,<br />

o dê or<strong>de</strong>m para o relaxamento das presas<br />

já feitas.<br />

V. Ex. pô<strong>de</strong> estar certo <strong>de</strong> que as represálias<br />

cessão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> este momento, e que o Almirante<br />

Warren expedira sem <strong>de</strong>mora or<strong>de</strong>m para o relaxamento<br />

das presas.<br />

O Governo Imperial, por motivos quo julga sem<br />

duvida plausíveis, preferlo pagar, sob protesto, o<br />

que fór exigido na questão do Prince of Wales, do<br />

que adoptar a suggeslão, que fiz-<strong>de</strong> prepor-seque<br />

fosse também esta questão submettida a um arbitramento.<br />

Nas conferências que tive com o Secretario <strong>de</strong><br />

V. Ex., como seu Representante, insisti com empenho<br />

na vantagem dc conservar o Governo Imperial<br />

para si esta chanca <strong>de</strong> obter uma <strong>de</strong>cisão mais<br />

ou menos em seu favor.<br />

A força <strong>de</strong> um protesto contra a responsabilida<strong>de</strong><br />

não pô<strong>de</strong>, segundo penso, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar enfra- |<br />

quecida pela recusa <strong>de</strong> submetter este ponto ao<br />

arbitramento.<br />

Em nenhum caso porém, o Governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ficar exposto a qualquer imputação<br />

<strong>de</strong> falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, tomando sobre si o fixar,<br />

como <strong>de</strong>lle se exige, a importância da compensação.<br />

O Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá livremente<br />

aceitar ou recusar a proposta do arbitramento na<br />

questão do Forte.<br />

Julgo conveniente lembrar que o Secretario dc<br />

V. Ex., como seu representante, promeltcu-mc qne<br />

toda a correspondência anterior, relativa a ambas<br />

as questões, trocada entre a Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong><br />

o o Governo Imperial, será publicada sem<br />

<strong>de</strong>mora.<br />

Aproveito essa opportunida<strong>de</strong> para renovar a<br />

V. Ex. as sega ranças da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />

— W. D. Christie.<br />

A' S. Ex. o Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros.<br />

Somos informados que Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador,<br />

<strong>de</strong> accordo com Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz,<br />

<strong>de</strong>liberarão não fixar sua residência <strong>de</strong> verão, no<br />

corrente anno, cm Petropolis. cmquanto não forem<br />

<strong>de</strong>finitivamente terminadas em Londres as negociações<br />

a que <strong>de</strong>rão causa as questões suscitadas pela<br />

Legação Britannica nesta Corto. •<br />

Entrou boje o vapor Parahyba, um dos navios<br />

apresados pelo Stromboli e Curlew.<br />

Continuarão boje as reuniões em alguns pontos<br />

da cida<strong>de</strong>: em nenhum foi perturbada a tranquillida<strong>de</strong><br />

publica.<br />

A Corveta D. Sanitária que sahio do nosso porto<br />

conduzindo os Aspirantes a Guardas-Marinha em<br />

viagem <strong>de</strong> instrucção chegou, com 11 dias <strong>de</strong> vis.<br />

gém, ás 7 horas da tar<strong>de</strong> do dia 30 do passado.<br />

Durante esse tempo não sobreveio nenhum con.<br />

fratempo á Corveta, á excepção <strong>de</strong> dous pampeiros<br />

um dos quaes apanhando-a á entrada do canal, a<br />

29, obrigou-a a fun<strong>de</strong>ar ahi até o dia seguinte,<br />

quando levantou <strong>de</strong> novo o ferro e foi dar fundo<br />

no respectivo ancoradouro.<br />

A Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional<br />

dirigio oo Governo Imperial a seguinte felicitação:<br />

- « Illm. e Exm. Sr.—O Conselho Administrativo<br />

da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional<br />

resolveu, por accordo unanime, em sua sessão<br />

celebrada no dia 2 do corrente mez, dirigir ao<br />

Governo Imperial uma felicitação pelo modo enérgico<br />

com que sustentou a dignida<strong>de</strong> e brios nacionaes,<br />

oflendidos pelas exigências o ameaças da<br />

legação britannica, a propósito dos questões relativas<br />

ao naufrágio da Barca inglcza Prince of Walles<br />

e aos <strong>de</strong>sacatos praticados pelos ofllciaes da Fragata<br />

Forte da mesma nação.<br />

« A Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional,<br />

consi<strong>de</strong>rando que o procedimento do Ministro da<br />

Inglaterra, attentalorio até das regras da cortesia<br />

social, importa uma grave offensa á Soberania c<br />

In<strong>de</strong>pendência do Brasil, não poda <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tomar<br />

parte activa nos sentimentos <strong>de</strong> indignação, <strong>de</strong> que<br />

todos os Brasileiros se achão possuídos neste momento,<br />

contra o acto <strong>de</strong> injustificada prepotência<br />

exercido pelo representante <strong>de</strong> uma nação ligada é<br />

nossa pelos laços <strong>de</strong> tantos o legítimos interesses<br />

recíprocos.<br />

a A altitu<strong>de</strong> enérgica e <strong>de</strong>corosa que tomou o<br />

Governo Imperial, repeli indo completamente as<br />

exigências da legação britannica, satisfez o expectativa<br />

geral dos Brasileiros, os quaes comprazemse<br />

em acreditar e esperar que o Governo Imperial<br />

não ce<strong>de</strong>rá ás ameaças da mal empregada força,<br />

com preterição da dignida<strong>de</strong> nacional, que mais do<br />

que a própria vida não ha quem <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> prezar.<br />

« Essa crença o esperança, que o povo Brasileiro<br />

nutre, achão Inteiro apoio na confiança que<br />

elle <strong>de</strong>posita na sabedoria o patriotismo do Governo<br />

<strong>de</strong> Sua Mogesla<strong>de</strong> o Imperador c ainda mais na<br />

prova solemne que acaba <strong>de</strong> ter do zelo com que<br />

o mesmo Governo se <strong>de</strong>svela em conservar intacta<br />

a arca santa dos brios nacionaes, que foi entregue<br />

á sua guarda.<br />

« Os abaixo assignados lisonjeão-se, pois, <strong>de</strong>.<br />

servir <strong>de</strong> écho á expressão sincera do reconhecimento<br />

da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nartonal,<br />

o qual nesta oceozião apresenta os seus<br />

oespeitosos protestos <strong>de</strong> adheseo ao Governo Imperial<br />

; e rogão a V. Ex. se digne <strong>de</strong> fazer chegar -i<br />

ao conhecimento do mesmo Governo esses votos<br />

e protestos da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria<br />

Nacional.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong><br />

Janeiro do <strong>1863</strong>.—Illm. e Exm. Sr. Conselheiro<br />

<strong>de</strong> Estado Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro e Secretario<br />

<strong>de</strong> Estado dos Negócios Estrangeiros.—<br />

Alexandre Maria <strong>de</strong> Mariz Sarmento, 1." Více-<br />

Presi<strong>de</strong>ntc.—José Pedra Lias <strong>de</strong> Carvalho , 2.°<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte.—Antônio Luiz Fernan<strong>de</strong>s da Cunha,<br />

Secretario Geral.—Dr. Antônio José <strong>de</strong> Souza<br />

Rego, Secretario Adjunto.<br />

REPARTIÇÃO BA POLICIA.<br />

PARTE UO DIA 5 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s.<br />

Pela Policia, Manoel José da Silva, Manoel Vieira,<br />

Joaquim Teixeira, para averiguações, Vicente da<br />

Silve, por embriaguez.<br />

Na Freguesia do Sacramento, 1.° districto, um escravo,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na mesma, 2.° districto, Thomaz Rodrigues da<br />

Silva, por offensa phisica, Manoel Luiz da Costa por<br />

infracção <strong>de</strong> posturas e <strong>de</strong>sanlteu<strong>de</strong>r ao lnspector, e<br />

José Ribeiro Bastos, por se oppôr a prisão <strong>de</strong> Costa.<br />

Na <strong>de</strong> S. José, Luiz <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros e André das<br />

Neves, por vagabundos e Joanna escrava, por <strong>de</strong>sobediência<br />

a sua Senhora.<br />

Na do Senta Rita, 1.° districto, Manoel Joaquim<br />

<strong>de</strong> Souza Pinto, por infracção <strong>de</strong> posturas.<br />

Na <strong>de</strong> SanfAnna, 1.° districto, Marcos, escravo,<br />

por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na do Engenho Velho, José Gonçalves Carvalho,<br />

por <strong>de</strong>sobediência.<br />

Nv da Lagoa, Joaquim Martins Pratos, por <strong>de</strong>sobediência,<br />

José Antônio Ribeiro, Antônio da Silva<br />

Miranda o Bernardino <strong>de</strong> Souza, por infracções <strong>de</strong><br />

posturas,Romão, escravo, eIsidoro^tambemescravo,<br />

por fugidos.<br />

dia 0.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m dos respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, Laurindo José Ferreira, por furto, e<br />

o escravo José, por andar fóra <strong>de</strong> horas.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Rita, 1." Districto, Francisco Cabral<br />

<strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, por offensa physica, e o escravo Joaquim,<br />

para averiguações sobre furto e suspeito dc<br />

Rígido.<br />

Na mesma, 2.° Districto, os escravos Antônio,<br />

por embriaguez, e José, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Anna, 2." Districto, o preto Cândido,<br />

para averiguações, e os escravos Damião, e Zeferino,<br />

por capoeiras.<br />

Na do Engenho Velho, José Marinho da Silva,<br />

por injurias.<br />

Na do Sacramento, 2.° Districto, Joaquim Antônio,<br />

por offensa physica.<br />

Na da Lagoa, José Coelho da Rocha, por infracção<br />

<strong>de</strong> posturas, e Eraldino, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Pela 1. 1 Delegacia <strong>de</strong> Policia, o escravo Leandro,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Legitimárão-se na Policio, a flm <strong>de</strong> seguirem para<br />

os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />

feita pelos legitimados:<br />

Porto por Lisboa: Francisco José <strong>de</strong> Souza Men<strong>de</strong>s,<br />

Manoel da Silva, Antônio Moreira, Abílio Ferreira<br />

Borges <strong>de</strong> Macedo, Francisco do Souza da Silva,<br />

Francisco Ferraz, Antônio Ferraz, Agostinho Nogueira,<br />

Manoel Ferreira dos Santos, Manoel dos<br />

Santos, Antônio Alves da Silva, José Cabral, João<br />

<strong>de</strong> Souza Machado, Maria Constança Peres, Antônio<br />

Villas Boas, Manoel Ferreira, Antônio Gomes, Manoel<br />

Pereira Maciel, Pedro Martins Rnmos, Francisco<br />

Tavares da Silva, Antonia Carolina, Manoel<br />

Ignacio dc Me<strong>de</strong>iros, João da Silvo, Joaquim José<br />

Alexandre, Antônio Pereiro» Manoel João, Manoel<br />

da Silva, Manoel Antônio Dias, Manoel Christovão<br />

da Cunha, Bernardino Barroso Pereira, Joaquim<br />

Francisco da Costa, Antônio José Ferreira, Antônio<br />

Joaquim Pereira, João Manoel Pinheiro, Antônio<br />

Pinheiro, José Dias da Cruz, Maria. Fernan<strong>de</strong>s Faria,<br />

Manoel Soares do Couto, José du Fonte, Emilia<br />

Cândida, Antônio Guido<strong>de</strong> Sousa, Manoel Corrêa<br />

Coelho, Maurício Rebcllo, Domingos Gomes dos<br />

Santos, Francisco Miguel, Antônio Pereira <strong>de</strong> Sampaio,<br />

José Gonçalves Monteiro, João Gonçalves, o<br />

Franeisco Antônio; portuguezes.<br />

Costa da Mina pela Bahia: Antônio José, e Virgina<br />

Rosa da Conceição, pretos forros.<br />

Itália: Biasc Lanoglia, Giovanni Lamarca, Diagc<br />

Lamarca, e Antônio Mazzeo; italiano;.<br />

Secretaria da Policie da Corte, em 7 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. /. <strong>de</strong> Uma.<br />

Relação das pessoas sepultadas ma dia 4 <strong>de</strong><br />

Janeira <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Francisco Moreira da Silva, Portuguez, 46 annos,<br />

casado. Tísica pulmonar.<br />

Manoel dc Almeida Sdiõrfco, Portuguez, 58 annos,<br />

casado. Diarrhéa.<br />

Domingos Manoel Lourcnço, Portuguez, 23 annos,<br />

solteiro. Apoplexia.<br />

Eleuterio Corrêa Ferreira Bastos, Portuguez, 33<br />

i annos, solteiro. Febre typholdc.<br />

José da Costa Fernan<strong>de</strong>s, Portuguez, 36 annos,<br />

casado. Pneumonia.<br />

Jacintho Joaquim Borges, Brasileiro, 57 annos.<br />

Hyperlrophia.<br />

Maria Magdalcna Kaisa, Allemãa, 14 annos. Febre<br />

typhoi<strong>de</strong>.<br />

Manoel, filho <strong>de</strong> Ignacio Gonçalves Rocha. Falleu<br />

ao nascer.<br />

José, filho <strong>de</strong> Emilia Constança, Fluminense, 7<br />

dias. Perilonitc.<br />

Cândida, filha <strong>de</strong> João José Basilio, 14 dias. Tétano<br />

dos rc cem-nascidos.<br />

Um innocente, filho <strong>de</strong> Anna Jaeintha. Nasceu<br />

morto.<br />

• Emilia, filha <strong>de</strong> Custodia Gomes, Fluminense, 9<br />

meses. Pneumonia.<br />

Emílio, filho dc Bernardo Lasad, Fluminense,<br />

6 1/2 mezes. Gaslro-enterite.<br />

Estevão, exposto da Santa Caso, Fluminense, 7<br />

dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />

José, Fluminense, 8 dias. Ictericia.<br />

José Maria, Fluminense, 25 annos. Diarrhéa.<br />

Agostinho Pereira da Silva, Parahybano, 20 annos.<br />

Tísica pulmonar.<br />

Luiza, filha <strong>de</strong> José Coelho, Fluminense, 7 annos.<br />

Coqueluche.<br />

Joaquim Alves Moreira, Portuguez, 30 annos, solteiro.<br />

Congestão cerebral.<br />

Manoel José <strong>de</strong> Araújo, Fluminense, 49 annos,<br />

casado. Encephaiite.<br />

José Antônio Corrêa, Fluminense, 30 annos, solteiro.<br />

Congestão pulmonar.<br />

Clara Antonia da Conceição, Paulista; 53 annos,<br />

Viuva. Meningo-cnccphalite.<br />

Francisca Cândida Joaquina Chaves, Fluminense,<br />

14 annos, solteira. Tísica pulmonar.<br />

Genovcva Fernan<strong>de</strong>s Portella, Fluminense, 35<br />

annos, solteira. Febre typhoi<strong>de</strong>.<br />

Maria Rosa da Conceição, Fluminense, 18 annos,<br />

solteira. Queimadura.<br />

Carlota Joaquina Palença, Fluminense, 77 annos,<br />

solteira. Marasmo.<br />

João José Borges, Fluminense, 31 annos, viuvo.<br />

Febre perniciosa.<br />

Guilherme, filho <strong>de</strong> Guilherme Ferreira Sampaio,<br />

Fluminense, 2 annos. Gaslro-enterite.<br />

Josephins, filha dc Pedro Perrier, Francesa, 61/2<br />

annos. Encephaiite.<br />

Ireneu, filho <strong>de</strong> Jeronymo Francisco dc Azevedo,<br />

Fluminense, 1 anno. Convulsões.<br />

João Cylchoune, Francez, 38 annos, casado. Hydropisia.<br />

Scpultárão-se mais 11 escravos, tendo fsllccido 1<br />

<strong>de</strong> convulsões, 1 <strong>de</strong> gasíro-enteríte, 1 dc física inesenterica,<br />

1 <strong>de</strong> congestão cerebral, 1 dc hepatite, 3<br />

<strong>de</strong> bexigas c 2 <strong>de</strong> tísica pulmonar.<br />

Dia 6.<br />

Aurora da Costa Carrilha, Fluminense, 11 annos.<br />

Tuberculos mesentericos.<br />

João, filho <strong>de</strong> Francelina Rosa da Silva, Fluminense,<br />

7 mezes. Convulsões.<br />

. Rosa, filha <strong>de</strong> Joaquina Marta da Conceição, Fluminense,<br />

4 mezes. Convulsões.<br />

Domitila, filha do .José Joaquim Teixeira <strong>de</strong> VatençãFluminense,<br />

10 mezes. Encephaiite.<br />

Maria, filha do Paula Virgínia, Fluminense, 2<br />

dias.<br />

Engracia, exposta, Fluminense, 14 dias.<br />

Paulo, exposto, Fluminense, 5 dias.<br />

Um recém-nascido, filho <strong>de</strong> Manoel José Barreto,<br />

Fluminense. Congestão cerebral.<br />

Domingos Henrique da Silva, Portuguez, 35<br />

annos, solteiro. Tuberculos pulmonares.<br />

João Francisco Ferreira, Fluminense, 32 annos,<br />

casado. Congestão cerebral.<br />

Manoel do Rego Raposo, Portuguez, 83 annos,<br />

solteiro. Opilação.<br />

Manoel Silveira, Portuguez, 27 annos, solteiro.<br />

Gasl ro-cn tero-col i te.<br />

Anna Maria, Africana, 80 annos, solteira. Amolecimento<br />

cerebral.<br />

Maria José, Macahcnse, 30 annos, solteiro. Diarrhéa.<br />

Antônio, Africano, 80 annos, solteiro. Deli ri um<br />

tremens.<br />

Clotil<strong>de</strong>, filha <strong>de</strong> João Christiano Pinheiro, Fluminense,<br />

21/2 annos, Entero-còlitc.<br />

Henrique José Vianna, Brasileiro, 30 annos, soltei<br />

ro. Tuberculos pulmonares.<br />

Ccleriano Luiz do Souto, Fluminense, 32 annos,<br />

solteiro. Paralysia.<br />

Sepultarão-se mais 7 escravos, tendo fallecido 1<br />

<strong>de</strong> cachexia, 1 que fallcceu ao nascer, 1 <strong>de</strong> hypocmia,<br />

1 <strong>de</strong> tesão do coração, 1 dc tísica pulmonar, 1<br />

<strong>de</strong> breúco-pneumonia c 1 do bexigas.<br />

«CIOS ADMINISTRATIVOS.<br />

Primeira Pafradorta do Thesouro<br />

Nacional.<br />

Pela 1." Pagador ia pagão-se no dia 8 do corrente as<br />

seguintes folhas: Escola Central c Meios soldos.<br />

Rio, 7 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.— Buel <strong>de</strong> BaeeUar.<br />

Correio Geral da Corte.<br />

<br />

PARTE COMMERCIAL.<br />

PRAÇA, 7 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Cotações ofliciaes da Junta dos Corretores.<br />

CÂMBIOS: Londres, 27 1|4, 27 3/8, a 90 d/v.<br />

Paris : 317 a 90 djv.<br />

GÊNEROS DIVERSOS : Azeite doce dc Lisboa, 3559000 por<br />

pipa.<br />

Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />

Pelo Secretario, //. J. Goulart.<br />

Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 1 a 5 172:7434270<br />

Do dia 7 51 -.3285128<br />

Somma 224:0719398<br />

Da Recebedoria, do dia 1 a 5 38:5529986<br />

D o d , a 7 3:2359999<br />

Somma 41 -.7889985<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2 a 5 22:8529603<br />

D ° d i a 7 • 7:6439230<br />

Somma 30:4959919<br />

EMBARQUES OS CAFÉ NO DIA 5 0S JANEIRO.<br />

Heymam & Comp. (Canal) Jjjâ,<br />

Sacas.<br />

4.4GO<br />

Boje & Comp. (Dito) 2.1)21<br />

Phipps Irmãos & Comp. (Ncw-York)...!! 1.472<br />

9. M. R. & Rudge (Yalparaioso) 510<br />

Diversos (DiíTcrcnlcs portos) 16<br />

ToUl 9.319<br />

Des<strong>de</strong> o 1.° do mez 16.318<br />

m i ItOSIMC TO C01IIIHRtl.tr.<br />

DEZBMBBO DB 1862.<br />

Entrarão no <strong>de</strong>curso do mez <strong>de</strong> Dezembro 100<br />

embarcações com 33.125 toneladas vindos do portos<br />

estrangeiros.<br />

As cargas quo trouxerão constarão dc 29 com<br />

vários gêneros, 17 com carne secea, 10 com carvão*<br />

7 com farinha <strong>de</strong> friso, 7 com farinha dc trigo u<br />

vários gêneros, 1 com farinha <strong>de</strong> trigo e milho,<br />

3 com vinho, 7 com vinho, sal c gêneros, 4 com<br />

vinho o gêneros, 4 com sal, 2 com gelo c fruetas,<br />

2 com pinho, I com pinho e ferro, 1 com arroz<br />

c chá, 1 com bacalháo, 3 cm lastro, c 1 arribada.<br />

Entradas <strong>de</strong> portos estrangeiros no mez <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Procedência* 0uan- Tone- Nacionalida<strong>de</strong>s<br />

tida<strong>de</strong>s, tadat.<br />

Antuérpia 1 209 Belga.<br />

Ballimorc 7 2.G52 Americanos.<br />

Barcelona 3 518 Hcspanhol.<br />

Benicarlo 1 132 Hcspanhol.<br />

Bor<strong>de</strong>os 1 1.311 Franecz.<br />

Bostoa 3 1.757 Americanos 2, Inglez 1.<br />

Buenos-Ayres 6 í .358 Are. l, Bras. i, Fran. 1,<br />

Hesp. l. Ing. i, Port. 1.<br />

Cadiz. b 858 Franc. I, Dinam. l, Russo<br />

I.<br />

Cantnn 1 190 Americano.<br />

Cardiã*. 7 1.143 Ing. 4, Franc. 1, Dinam.<br />

l, nosso 1.<br />

CeUe 1 «y£ 188 Hanibargucz.<br />

Copcnhnguc• 1 273 Russo.<br />

Hamburgo 6 1.835 Hamb. 3, Dinam. I, Hanov.<br />

1, Sueco 1.<br />

Havre 4 2.175 Francex.<br />

llcrnosand 1 178 Sueco.<br />

Ilha do Fayal 1 611 Brasileiro.<br />

Ilha do Sal 1 658 Brasileiro.<br />

Ilha Terceira 1 222 Portuguez.<br />

Ienes 1 156 Inglez.<br />

Lisboa * i.tte Bel. 1, Franc. I, Port. 1,<br />

Sueco 1.<br />

Livcrpool 6 1 .C16 Ing. 3, Dinam. 2, liamburgúcz<br />

1.<br />

Londres 2 477 Inglezes.<br />

.Uíílapa............. 1 154 Dmnmarqucz.<br />

Marselha 1 2?r. Krancez.<br />

Montevidôò '.. 14 2.644 Uns. 7, port. 1, Hesp. 2,<br />

Arg. 1, Oricnt. 1.<br />

New-Casllc......... 3 885 Ha.i.b. 1. Ing. 1 Norug. I.<br />

New-York... 4 1.272 Amcric. 2,Bras. 1, Ing. t.<br />

Philadclphia 3 73* Ámeríc. i. Diriam. 1.<br />

Porto, 4 1.729 Pori iguezes.<br />

Rio da Prato 2 2.400 Francês 1, Inglez í.<br />

Southnmptom 1 1 886 Inglez.<br />

Tarragona 1 170 Ilcspaohol.<br />

Triesle. .': • • I 217 biiiQuiarnoez,:.<br />

Westoriekw...,..... 1 304 Sueco.<br />

100 33.125


SahirSo para porto» estrangeiros 64 embarcações<br />

com 32.615 toneladas. Destas 47 exportarão gêneros<br />

do paiz, as <strong>de</strong>mais sahirloem lastro ou seguirão com<br />

a mesma carga com que entrarão por franquia ou<br />

arribadas.<br />

Embarcações sabida* para portos estrangeiros<br />

no me: és Dezembro <strong>de</strong> 1862<br />

Akyabe.<br />

/.iifurrjiia.«...<br />

liallimorc<br />

ITOROVAUT..,,..,<br />

I turnos- Ajres..,<br />

(Jriíftirnia......<br />

Celháo<br />

Canal<br />

C. és doe F.tpa<br />

' -OILSLÍJC LÍLLILPL.L .<br />

Dclowaní<br />

tslnu,uih<br />

«MLIRJLLÍIF-..<br />

»;«a<br />

Hflinhurgo.....<br />

Jisrapton Rime.<br />

Havana ,<br />

Ha wc.........<br />

Indlo<br />

Lisboa.<br />

lirarnool<br />

Marselha.,.,,,.,<br />

Montevidéu<br />

Wow-V«rck<br />

Porto<br />

Kio da Prata...<br />

R. Jiian dclSud..<br />

a. Tfteaaai......<br />

Soudiainplon ....<br />

Vataoreto<br />

Quan- Tone<br />

tida<strong>de</strong>. lados.<br />

, 1<br />

haetxmalida<strong>de</strong>»<br />

«7 SK" M"<br />

. 1 Tet Americanos.<br />

. 2 1,588 Franceses.<br />

, t tas Brasileira.<br />

, 1 fSl Rrcmcnse.<br />

f 3.158 Americanos.<br />

, « V.C10 llolland. l.lng. 1. Sueco?<br />

Dinam. 2, IVass. I, NO<br />

rueg. t.<br />

I 211 logi«.<br />

I 3CS Sueco.<br />

I 4SC Diafltnarqucr.<br />

1 Mis Americano.<br />

2 ITT Dinam T. Port *<br />

1 224 lanaronrqurz.<br />

2 802 Portuguez.<br />

I 14a Sueco.<br />

J êZZ Americano.<br />

1 178 Hcspanhol.<br />

2 J.7SS fremeesK*.<br />

I 456 Brcmcnsn.<br />

I 089 Portujtacz.<br />

I !»70 Inglez.<br />

S b80 Diuam. I. Ing<br />

5 1.453 Arei. I, Bras.<br />

Ing. 1. Port.<br />

I 3.702 Ing. 4, Amer.<br />

t ttt Portuguezes.<br />

a S.89V Bras. I, Dinom. I, Hesp. 1,<br />

Vr.IIN-, I. lug. I,Sueco 1.<br />

1 1.052 Americano.<br />

| fBB Americano.<br />

1 1.880 Inglez.<br />

I 4l5 Amcrirjino.<br />

0« 32,615<br />

1, ItaJ. 1.<br />

, Hesp. 1,<br />

J.<br />

l, Sueco 1.<br />

Entraria <strong>de</strong> portos do importo 171 embarcações j<br />

com 21.340 toneladas, sendo 170 brasileiras, 2<br />

suecas, 2 inglesas o 1 americana. No numero das<br />

brasileiras OgurAo 28 Vapores.<br />

Entradas <strong>de</strong>portas nacionaes no mez <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1862.<br />

Portos. Quanti- Toneia- Natíonnli- I<br />

da<strong>de</strong>.it. da*. daéet.<br />

Angra..... , 7 301<br />

Aracatt 1 165<br />

111<br />

Bahia t SSO Americ. 1. Suern 1<br />

liencvcníc « -<br />

Cabo Frio 6 497<br />

Campos............... 29 S.C99<br />

Caraguataiuba....«... 1 102<br />


CORTE.<br />

DIÁRIO OFFIGIâL<br />

POR ANNO.. 12&000<br />

POR SEIS MEZES.. . 6$)000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL<br />

POR TRES MEZES. . 3$000<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO .... 16$000<br />

PCR SEIS MFZES.'>. . 8*5)000<br />

POR TRES MEZES... 4-£000<br />

DE 1865. SEXTA FEIRA, 9 DE JANEIRO. NUMERO 6.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO.<br />

Circular aos Presi<strong>de</strong>ntes das Províncias.— Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.—Presidência do Conselho <strong>de</strong> Ministros em<br />

8 <strong>de</strong> Janeiro dc 1803.<br />

Illm. c Exm. Sr.—Nos números do Diario Official<br />

quo rcmetto a V. Ex. lerá V. Ex. as ultimas<br />

notas trocadas entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros,<br />

c a Legação Britannica nesta Corte acerca<br />

das questões que esta suscitou por oceasião do naufrágio<br />

da barca inglcza Pince of Wales na praia do<br />

Albardão da Provincia do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, c<br />

da prisão' do Capcllão u <strong>de</strong> dous officiaes da Fragata<br />

Foríe, clfcctuada pelo <strong>de</strong>stacamento policial do<br />

morro da Tijuca nesta Cida<strong>de</strong>.<br />

A Legação Britannica pedio ao Governo Brasa*<br />

leiro uma ín<strong>de</strong>mnisação pelos roubos quo al legava<br />

terem sido commettidos na carga e bagagens que<br />

se achavão á bordo da dita barca, e uma satisfação<br />

pela prisão dos (referidos Cppellão e Ofllciaes, o<br />

mãos tratos e Insultos que dizia lhe terem sido feitos<br />

por aquelle* <strong>de</strong>stacamento, c pelas autorida<strong>de</strong>s policiaes.<br />

^'^Q.<br />

O Governo Imperial, conscio dos seus <strong>de</strong>veres,<br />

e não <strong>de</strong>scobrindo fundamento para semelhantes<br />

pedidos, negou-se a satisfazfil-os. Esta <strong>de</strong>negação<br />

<strong>de</strong>u logar a que a Legação Britannica dirigisse em<br />

data <strong>de</strong> o do mez passado tres notas ao Ministério<br />

• dos Negócios Estrangeiros, nas quacs, insistindo nos<br />

seus pedidos, requisitava uma resposta <strong>de</strong>finitiva<br />

até o dia 20 do mez passado.<br />

,Não apresentando a Legação Britannica nestas<br />

notas melhores fundamentos para os pedidos que<br />

fazia, o Governo Imperial, em nota <strong>de</strong> 29, insistia<br />

na sua anterior recusa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> fazer uma resenha<br />

dos factos oceorridos, c verificados nas diligencias<br />

a- que proce<strong>de</strong>rão as autorida<strong>de</strong>s do paiz, das provi<strong>de</strong>ncias<br />

tomadas pelo mesmo Governo, o das explicações<br />

dadas á Legação Britannica : e <strong>de</strong>volvendo<br />

a solução <strong>de</strong>finitiva das duas questões ao Governo<br />

Britannico, com o qual sc enten<strong>de</strong>ria.por intermédio<br />

da Legação Imperial cm Londres, firmou as<br />

seguintes conclusões.<br />

Quanto a 1.* qucslão.<br />

Quo não podia nem <strong>de</strong>via o Governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> o Imperador uccctlcx ao principio 4n res*pon<br />

subi lidado, que sc lhe attribuia, o contra o<br />

qual alta c categoricamente protestava.<br />

Que recusava-so peremptória mente a consentir<br />

c' a intervir na proposta liquidação das perdas soffridas<br />

pelos donos da barca naufragada, e da Ín<strong>de</strong>mnisação<br />

quo sc exigia pelos suppostos assassinins.<br />

Que sc fosse obrigado a ce<strong>de</strong>r á força nesta<br />

questão pecuniária, pagaria, protestando tambémcontra<br />

a violência que so lhe fizesse, a somma que<br />

a Legação Britannica, ou o Governo Inglez quisesse.<br />

* Quanto á 2." questão:<br />

Que o Governo Imperial conscio do que as autorida<strong>de</strong>s<br />

policiaes não tinlião faltado ás attenções<br />

<strong>de</strong>vidas á marinha britannica, no procedimento que<br />

tiverão com tres indivíduos vestidos á paisana, que<br />

recusarão <strong>de</strong>clarar seus nomes c qualida<strong>de</strong>s, não<br />

podia nem <strong>de</strong>via igualmente satisfazer as exigências<br />

do ultimatum da Legação Britannica ; e por muito<br />

quo <strong>de</strong>plorasse os males que <strong>de</strong>sta sua <strong>de</strong>liberação<br />

po<strong>de</strong>ssem resultar, julgava preferível, e mais honroso<br />

soffrcl-os, do que sacrificar o <strong>de</strong>coro c a dignida<strong>de</strong><br />

nacional.<br />

A estas notas seguirão-so as dc 30 e 31 <strong>de</strong> Dezembro,<br />

e 1.° do corrente mez, indicando n final<br />

a Legação Britannica o alvitre <strong>de</strong> so <strong>de</strong>cidirem as<br />

questões por moio <strong>de</strong> um arbitramento.<br />

O Governo Imperial julgou conveniente não resolver<br />

sobre este alvitre sem primeiro ouvir o Conselho<br />

<strong>de</strong> Estado; o dando disto conhecimento a Legação<br />

Britannica em nota <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong>sto mez. perguntou-lhe<br />

se o arbitramento comprehendia ambas as questões,<br />

ou unicamente a da prisão do Capcllão e dos Ofllciaes<br />

da Fragata Forte.<br />

Com a resposta da Legação Britannica, do se sujeitarem<br />

ao arbitramento ambas as questões, foi<br />

ouvido o Conselho dc Estado; o <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />

com o sco parecer Resolveu Sua Magesta<strong>de</strong> o Imrador<br />

que se dirigisse ú mesma Legação a nota<br />

<strong>de</strong> 5, que foi logo respondida.<br />

O Governo Imperial aceitou o arbitramento somente<br />

para a segunda das referidas questões, resalvando<br />

todavia o direito e a obrigação do Governo <strong>de</strong><br />

fazer executar os leis do paiz, o exigio antes <strong>de</strong> tudo<br />

quo cessassem as represálias, c sc relaxassem as<br />

presas feitas por or<strong>de</strong>m do Almirante Inglez.<br />

Annuindo a Legação Britannica a estas flnacs <strong>de</strong>cisões,<br />

vio o Governo Imperial terminada aquella<br />

<strong>de</strong>sagradável emergência, sem a menor quebra da<br />

dignida<strong>de</strong> e da honra do Brasil, pelas quacs é o<br />

primeiro responsável.<br />

O mesmo Governo confia que os sentimentos patrióticos,<br />

que sc têm manifestado no povo <strong>de</strong>sta capital,<br />

sem distineção <strong>de</strong> posições sociaes e opiniões<br />

polüticas, terão ccho nas Províncias do Império, e<br />

que os habitantes dcllas se uniráõ como um só<br />

corpo, o ro<strong>de</strong>arão o Augusto Throno do Sua Magesta<strong>de</strong><br />

o Imperador, sempre que se tratar do <strong>de</strong>coro<br />

o dignida<strong>de</strong> da Nação Brasileira.<br />

Por ultimo o Governo Imperial ha por muito recommcndado<br />

a V. Ex. o emprego dos meios convenientes,<br />

para quo não haja nessa Província a menor<br />

alteração na or<strong>de</strong>m publica, nem a mais leve o Densa<br />

aos direitos dos subditos britannicos nella resi<strong>de</strong>ntes.<br />

O Brasil <strong>de</strong>ve toda a protecção aos estrangeiros;<br />

e será elevado no credito, <strong>de</strong> que j& gosa, <strong>de</strong> nação<br />

civillsada, se no meio da effcrvescencia e excitação<br />

que no espirito publico tem causado os acontecimentos<br />

a que me refiro, os subditos Britannicos não<br />

soflrerem o menor damno em suas pessoas e bens,<br />

causado por vindictas e <strong>de</strong>sforços indivvduaes.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.—Marquez <strong>de</strong> Olinda.—<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nta da Provincia <strong>de</strong>...'.<br />

Circular aos Presi<strong>de</strong>ntes das Províncias.—Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. —Presidência' do Conselho <strong>de</strong> Ministros^<br />

em 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>?.<br />

Illm. e Exm. Sr.— Em additamcnto á Circular<br />

quo dirijo hoje a V. Ex. acerca das questões oceorridas<br />

com a Legação Britannica nesta Cdrte, çommunico-ihc<br />

que se acha reaUsado o relaxamento<br />

das presas feitas por or<strong>de</strong>m do Almirante Inglez; e<br />

dcllas já entrou uma neste porto, ficando as outras<br />

a largar da enseada das Palmas, on<strong>de</strong> estavão <strong>de</strong>tidas.—DeosGuar<strong>de</strong><br />

a V. Ex.—Marquez <strong>de</strong> Olinda.<br />

—Sr. Presi<strong>de</strong>nte d a Provincia dc...<br />

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />

ESTRANGEIROS.<br />

Rio do Janeiro, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—Sr. Marquez.—<br />

Sou obrigado a chamar a ottenção dc<br />

V. Ex. para as insinuações do Diário Official do 1.°<br />

do corrente e <strong>de</strong> hoje, fazendo distineção, com referencia<br />

aõ presente infeliz estado <strong>de</strong> cousas, entre a<br />

Legação e o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>, manifestando<br />

a convicção <strong>de</strong> que os meus procedimentos<br />

não serão approvados pelp Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />

e lançando-mc a imputação <strong>de</strong> procurar pretexto<br />

para perturbar as relações amigáveis entre a<br />

Grã-Bretanha e o Brasil.<br />

Eu <strong>de</strong>vo tornar o Governo Imperial responsável<br />

por estas e por outras semelhantes insinuações futuras<br />

na sua folha official.<br />

Não é necessário recordar a V. Ex. que sou Ministro<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, acreditado<br />

junto do seu Augusto Soberano por uma Carta<br />

Real, <strong>de</strong>sejando que se dê credito a tudo que eu<br />

disser, como se dito fora pelo Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />

c tenho repetidas vezes dito a V. Ex. por<br />

palavra o por escripto, que estou proce<strong>de</strong>ndo dc<br />

conformida<strong>de</strong> com as instrucçõos do meu Governo.<br />

Aproveito esta opporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />

V Ex. as seguranças <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.—<br />

A S Êx. o Sr. Marquez dc Abrantes, Ministro dos<br />

Negócios Estrangeiros.-— II'. O. Christie<br />

Secção Central.—Ministério dos Negócios Estrangeiros.—<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, G <strong>de</strong> Janeiro do 4863.—<br />

Accuso recebida a 'nota que, com data <strong>de</strong> 3 do corrente,<br />

passou-me o Sr. William Dougal Christie, Enviado<br />

Extraordinário c Ministro Plenipotcnciario do<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, c na qual, referindo-se<br />

a algumas palavras da redacção do Diário Official<br />

do dia l.°o do dia 3, rectifica as proposições contidas<br />

nessas palavras, c contra ella reclama.<br />

Em resposta, cabe-mo dizer ao Sr. Christio que,<br />

em circumstancias cxcepcionacs, nem sempre c possível<br />

evitar quo uma ou outra expressão escape menos<br />

conveniente ou própria, sobre tudo cm escriptos,<br />

como os <strong>de</strong> que se trato, elaborados apressadamente;<br />

mas o que a esto respeito posso assegurar ao Sr.<br />

Christie 6 que o Governo Imperial jamais approvaria<br />

quo a redacção da Folha Ofllcial intencionalmente,<br />

usasse <strong>de</strong> qualquer phrase ofiensiva do Representante<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />

E opportuna me parece a oceasião para remover<br />

•tombem do espirito do Sr Christie a <strong>de</strong>sagradável<br />

impressão, quo lhe <strong>de</strong>ixou o facto <strong>de</strong> haver o Governo<br />

Imperial resolvido appellar da apreciação do<br />

Representante <strong>de</strong> Suo Magesta<strong>de</strong> Britannica para a<br />

do seu Governo.<br />

Seguramente que <strong>de</strong>sse facto não so po<strong>de</strong> com<br />

razão <strong>de</strong>prehendcr que preten<strong>de</strong>u o Governo Imperial<br />

pôr cm duvida que tivesse o Sr. Christie inslrucções<br />

do seu Governo.<br />

O que naturalmente sc <strong>de</strong>duz, sim, é que julgando<br />

o Governo Imperial que o Sr. Christie apreciara <strong>de</strong><br />

um modo menos justo, posto que sincero, as questões<br />

<strong>de</strong> que se tratava, o na esperança dc que o seu Governo<br />

as encarasse por modo diffcrentc, resolveu<br />

empregar esse recurso, sem todavia suppor que nisso<br />

se po<strong>de</strong>sse enxergar uma censura ao caracter do Sr.<br />

Christie.<br />

Aproveito a opporlunida<strong>de</strong> para renovar oo Sr.<br />

Christio os expressões <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />

—Marques <strong>de</strong> Abrantes.— Ao Sr. William Dougal<br />

Christie.<br />

Rio do Janeiro em 3 do Janeiro do <strong>1863</strong>. — Sr.<br />

Marquez.—Respondi a noite passada a nota <strong>de</strong> V.<br />

Ex. <strong>de</strong> hontem uma hora <strong>de</strong>pois dc a ter recebido*<br />

<strong>de</strong>sejando fazer quanto estivesse em meu po<strong>de</strong>r para<br />

evitar <strong>de</strong>mora na negociação em que V. Ex. mostrou<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> entrar.<br />

Nada tenho que alterar no quo disse a respeito<br />

<strong>de</strong>ssa negociação.<br />

Reflcctindo porém mais convenci-me <strong>de</strong> que importava<br />

oo Governo <strong>de</strong> S. M. o a mim próprio que<br />

eu não <strong>de</strong>ixasse sem reparo uma dos explicações<br />

preliminares do V. Ex.<br />

Diz V. E. cm resposta ã minha asseveração, <strong>de</strong><br />

que nenhumas explicações verbaes me forão dadas<br />

<strong>de</strong>pois do inquérito do Chefe <strong>de</strong> Policio, e que V. Ex.<br />

assim o <strong>de</strong>clarava, que o não havia entendido bem,<br />

pois quo me dissera que explicações forão dadas<br />

quer antes, quer <strong>de</strong>pois do inquérito. A minha<br />

lembrança é muito exacta, e a minha convicção<br />

muito forte a respeito do que asseverei; mas tornase<br />

<strong>de</strong>snecessário prolongar a discussão pelo quo toca<br />

á discordância <strong>de</strong> nossas lembranças, visto que V.<br />

Ex. confessa que não pô<strong>de</strong> recordar-se das suas<br />

palavras, mas que naturalmente as explicações <strong>de</strong>verião<br />

ser taes, quaes o estado das cousas suggerissem.<br />

O que eqüivale a dizer quo V. Ex. refere<br />

agora estas explicações não pela memória, mas por<br />

conjectura *, e não pô<strong>de</strong> portanto consi<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong>srespeitoso<br />

ou discor<strong>de</strong> das conveniências diploma-<br />

ticos que eu diga que a*s explicações <strong>de</strong> que V. Ex.<br />

mesmo esqueceu-se <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> merecer gran<strong>de</strong><br />

aitenção <strong>de</strong> minha parte, e não po<strong>de</strong>m justificar, a<br />

V. Ex. <strong>de</strong> se ter servido dcllas. como uma razão,<br />

e razão única, para submetter ao Gabinete Britannico<br />

a questão dos Ofllciaes da Forte.<br />

Aproveito esta' opporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />

V. Éx. as seguranças <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />

— A S. Bi. O Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros.— W. D. Chrislie.<br />

j|; Secção Central.—Ministério dos Negócios Estrangeiros.—Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, G <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—<br />

Com relação aos esclarecimentos verbaes que, sobro<br />

ò assumpto dos ofliciaes da Forte, cu disse haverem<br />

sido ministrados por mim e principalmente pelo<br />

Sr. Ministro da Justiça ao Sr. William Dougal<br />

[Chrislie, Enviado Extraordinário o Ministro Plenipotcnciario<br />

<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, foz o<br />

mesmo Sr. Christie, na sua nota <strong>de</strong> 3 do corrente,<br />

algumas consi<strong>de</strong>rações no intuito <strong>de</strong> sustentar<br />

quanto a esse respeito havia anteriormente dito.<br />

| Não me parecendo que resulte aclualmente utilida<strong>de</strong><br />

alguma dc proseguir-se na discussão sobre<br />

semelhante assumpto, limitar-mc-hei a respon<strong>de</strong>r<br />

oo Sr. Christie, aceusando o recebimento <strong>de</strong> sua<br />

hota,*e <strong>de</strong>clarando que fico inteirado do quanto<br />

•ella se contém.<br />

* Benovo ao Sr. Christie as expressões <strong>de</strong> minha<br />

alta consi<strong>de</strong>ração.—Marquez <strong>de</strong> Abrantes.—Ao Sr.<br />

William Dougal ChnStfc.<br />

. Secção Central. — Ministério dos Negócios Estrangeiros.—<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 7 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

— De conformida<strong>de</strong> com o ajuste feito pelos notas<br />

trocadas, com a data dc 5 do corrente, entre este<br />

Ministério c a Legação Britannica, cumpro o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> commiinicar ao Sr. William Dougal Christie,<br />

Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotcnciario<br />

dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica* que, pelo paquete que<br />

•arte amanhã para Southampton, são expedidas á<br />

Legação Imperial cm Londres as convenientes or<strong>de</strong>ns<br />

para a entrega, sob protesto nos termos da<br />

minha nota <strong>de</strong> 29 do mez findo, da quantia quo o<br />

Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> Brilannica exigir como<br />

Ín<strong>de</strong>mnisação pelo naufrágio da barca Prince of<br />

Walles. M-~


—Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, dcclacrando que<br />

Informa qual o numero <strong>de</strong> Guardas Nacionaes que<br />

S. Ex. dispensou do serviço daconduecão <strong>de</strong>corres<br />

pon<strong>de</strong>ncia Militar, conforme communicou á este<br />

Ministério em seu offlcio <strong>de</strong> 24 dc Outubro Ondo<br />

— Ao da do Pará. <strong>de</strong>clarando cm resposta ao seu<br />

oflicio <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Outubro ultimo, communicando a<br />

este Ministério que marcava o prazo <strong>de</strong> 6 mezes<br />

para os encarregados do recrutamento apresentarem<br />

os recrutas, que esse prazo <strong>de</strong>ve ser limitado a tres<br />

mezes em vista do pequeno numero <strong>de</strong> recrutas dc<br />

signados para as respectivas freguezias.<br />

— Ao da do Paraná, I<strong>de</strong>m em additamento ao<br />

Aviso <strong>de</strong>ste Ministério <strong>de</strong> 16 do corrente mez, pelo<br />

qoal se mandou exonerar do cargo <strong>de</strong> recrutadores<br />

noquello Província o Tenente Francisco Xavier <strong>de</strong><br />

Godov, o Alferes Manoel Joaquim Telles a o Date<br />

gado <strong>de</strong> Policia ll<strong>de</strong>fonso José Gonçalves, não <strong>de</strong>vendo<br />

clles ser substituídos no dito cargo nem mesmo<br />

interinamente, que S. Ex. po<strong>de</strong> encarregar as Autorida<strong>de</strong>s<br />

Poli does <strong>de</strong> recrutarem nos seus respectivos<br />

districtos.<br />

— Ao da do Rio <strong>de</strong> Janeiro, communicando que<br />

se achão expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns a fim <strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>volvido o Indivíduo <strong>de</strong> nome Domingos da<br />

Silva, visto nio ser <strong>de</strong>sertor do Exercito<br />

que como<br />

tal veto daquella Província.<br />

3." Directoria Geral.<br />

Ao Conselho Admislratívo <strong>de</strong> Compras do Arsenal<br />

da Guerra da Cdrte, rosndando impor a multa em<br />

que incorreu Firmino <strong>de</strong> Azevedo Alves cm razão<br />

<strong>de</strong> nio ter apresentado os botões que so propôz<br />

ven<strong>de</strong>r conforme o flgurino.<br />

— Ao mesmo, mandando informar acerca da qualida<strong>de</strong><br />

dos cinturões comprados para a musica do<br />

13." Batalhão do Infantaria.<br />

— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Corte,<br />

I<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m que preparos precisão as esporas <strong>de</strong><br />

que f/ata seu oflicio <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Novembro ultimo.<br />

— An mesmo, i<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m diversos objectos á<br />

enfermaria militar da Provincia do Ceara,<br />

4.' Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que se sirva<br />

mandar pagar aos credores contemplados na relação<br />

qne as remettc, a quantia <strong>de</strong> 3-.2I0&380, proveniente<br />

<strong>de</strong> fornecimentos que flzerão á Repartição da Guerra,<br />

no exercício corrente. #<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a da 4:212#87i, i<strong>de</strong>m<br />

i<strong>de</strong>m ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra du* Corto no referido<br />

exerci cio,<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m á ex-praça do exercito Joaquim<br />

<strong>de</strong> Araújo Bastos a dc 169282, i<strong>de</strong>m da dívida<br />

<strong>de</strong> exercícios lindos, constante do processo que se<br />

remettc sob n. 5.017.<br />

— Ao mesmo, I<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m André da Costa Uma<br />

a do 35*398, i<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m n. 5.018.<br />

— Ao Director Geral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> do Thesouro<br />

Nacional, remctlcndo a nota das faltas dos<br />

Empregados <strong>de</strong>sta Repartição, durante o corrente<br />

mez.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da S. Paulo, ava<br />

liando em 480 rs. a etapa que tem <strong>de</strong> ser abonada à<br />

praças da Colônia Militar do Itapura, no semestre dc<br />

Janeiro a Junho <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

— Ao da <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, para que man<strong>de</strong><br />

sublocor o prédio on<strong>de</strong> funcefonava a Escola Au<br />

xiliar, do proprieda<strong>de</strong> do João Baptista Soares da<br />

Silveira e Souza, pelo tempo que tem <strong>de</strong> estar a<br />

cargo dos cofres públicos.<br />

— Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, remettendo<br />

s conta corrrente documentada das <strong>de</strong>spezas<br />

cffectuados pelo Chefe dc Secção <strong>de</strong>sta Directoria<br />

Geral Eduardo Carlos Cabral Deschamps, com o pagamento<br />

dos vencimentos do pessoal da Colônia Militar<br />

do Urucú c dos <strong>de</strong>stacamentos <strong>de</strong> Philadclphia<br />

noa metes <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1861 a Maio dc 1862.<br />

— Circular ás Tbesourarias <strong>de</strong> Fazenda, rocommendando<br />

o maior escrúpulo na flsealisação das<br />

<strong>de</strong>spezas da expediente, feitas pelas Repartições<br />

subordinadas a este Ministério.<br />

— I<strong>de</strong>m is d inerentes Repartições pertencentes<br />

a esto Ministério, chamando a sua atlenção para as<br />

<strong>de</strong>spezas <strong>de</strong> expediente.<br />

Requerimentos In<strong>de</strong>feridos.<br />

De Manoel José do Araújo, pedindo ser admittido<br />

no offlciuo dc fundição do Arsenal <strong>de</strong> Guerra.<br />

Dc José Coelho Xavier, pedindo ser reintegrado<br />

no logar <strong>de</strong> Apporclhodor da offlcina <strong>de</strong> pintores do<br />

dito Arsenal.<br />

DIÁRIO OFFICIAL.<br />

Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O CONFLICTO COM A LEGAÇÃO DE S. SI. BRITANNICA.<br />

Agora que são conhecidos do publico os. notas<br />

trocados entre o Governo Imperial c o Legação Ingleza<br />

sobre as questões o que <strong>de</strong>rão logar o naufrágio<br />

da borco Prince of Wales e a prisão dc tres<br />

ofllciaes do fragata Forle,' c tombem o resultado feliz<br />

que o posição assumida pelo Governo Brasileiro o<br />

a prudência da Legação Inglese <strong>de</strong>rão a tão <strong>de</strong>sgraçado<br />

conflicto, é tempo <strong>de</strong> atten<strong>de</strong>rmos oo quo hovemos<br />

feito c qual ficou sendo o nossa posição segundo<br />

as notas <strong>de</strong>. 5 do corrente.<br />

A nota do Governo Brasileiro <strong>de</strong> 39 dc Dezembro<br />

ultimo resumio a questão por um modo cloro e<br />

conciso, e <strong>de</strong>u ás exigências da Legação Britannica<br />

solução mo<strong>de</strong>rada e digna.<br />

Queria o Legação ín<strong>de</strong>mnisação pecuniário pelos<br />

prejuízos e damnos provenientes do naufrágio da<br />

borco Prince of Wales, e uma satisfação pelo modo<br />

<strong>de</strong>sattento por que forão tratados tres officiaes do<br />

fragata Forte.<br />

Ainda mais, ollegando or<strong>de</strong>ns terminamos, recusava-se<br />

a Legação a referir ao seu Governo a<br />

solução <strong>de</strong>stes negócios, porque já nio havia tempo,<br />

visto como <strong>de</strong>via, no caso dc não serem promptamente<br />

atlendidas os suas reclamações, dar as necessárias<br />

inslrucções ao Almirante, Chefe da Estação<br />

Ingleza neste porto.<br />

Em resposta a tão peremptório exigência, o Governo<br />

Brasileiro examinou e discutio os questões em<br />

dous memoranda, que forão remeltidos á Legarão<br />

Britannica, c nos quacs ficava evi<strong>de</strong>nte o injustiça<br />

dos exigências.<br />

Ainda uma vez foi reclamado a refícxüo às Legaçfio<br />

Britannica, para que pon<strong>de</strong>rasse sc os questões<br />

suscitadas crão toes que Justificassem o ultimatum<br />

com mi nado <strong>de</strong> recurso oo Almirante, chefe da estação<br />

naval dc S. M. B., e conseguintemento á forço.<br />

Não esqueceu oo Governo Brasileiro consignar<br />

bem claramente o sua ultimo e <strong>de</strong>cisiva resolução,<br />

única que em tal emergência salvava a in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

e dignida<strong>de</strong> nacional.<br />

Quanto aos prejuízos resultantes do naufrágio ficou<br />

<strong>de</strong>clarado—o Governo Brasileiro não é responsável,<br />

e portanto não consente nem intervém no liquidação<br />

das perdas;—sc fõr porém obrigado o ce<strong>de</strong>r fc força,<br />

pagará o que lhe fOr exigido pelo Governo Britannico,<br />

protestando contra o violência quo se Iho<br />

fizer.<br />

Quanto a questão dos ofllciaes da fragata Forte<br />

disse—o Governo não pô<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve satisfazer as j<br />

exigências do ultimatum, porque as autorida<strong>de</strong>s<br />

policioes nio faltarão as attenções <strong>de</strong>vidas á Marinho<br />

Britannica no procedimento quo tiverão com tres<br />

indivíduos vestidos a paisano, quo recusarão dizer<br />

seus nomes e <strong>de</strong>clarar suas posições sociaes.<br />

Estos conclusões continhão-se rigorosamente nas<br />

evi<strong>de</strong>ntissimas <strong>de</strong>monstrações dos dous memoranda.<br />

A posição digno, que em tão grave situação tomava<br />

o Governo do Imperador, encontrou o mais viro o<br />

<strong>de</strong>cidido apoio no espirito nacional. Ninguém procurava<br />

illudir-sc oligeírando os previsões dos tristes<br />

c funestos conseqüências que estavão immincntcs,<br />

mas todos estavão convencidos que era chegado o<br />

dia ds provação edos sacrifícios, e a <strong>de</strong>liberação do<br />

Governo Imperial foi recebida com cnthusiasmo.<br />

Suspen<strong>de</strong>rão-se os nossas dissidências internas: o<br />

Governo vio em torno <strong>de</strong> si todos os Brasileiros. A<br />

questão era <strong>de</strong> honro e dignida<strong>de</strong> nacional; e nesse<br />

campo, no Brasil, não ha duas opiniões. Os homens<br />

<strong>de</strong> 1822 pensavio ter voltado aos dias gloriosos da<br />

nosso emancipação política.<br />

As razões om que o Governo Imperial apoiava a<br />

justiço do seu procedimento não forão então atlendidas<br />

pela Legação Britannico, que no dia 30 annunciáro,<br />

em nota, que o Almirante daria os passos<br />

necessários para fazer represálias em proprieda<strong>de</strong><br />

brasileira, a qual ficaria retido até quo o Governo<br />

Inglez obtivesse a satisfação, que se lhe recusava,'<br />

<strong>de</strong>clarando não constituírem as represálias acto <strong>de</strong><br />

guerra.<br />

Viwrào-se os represálias; cinco navios brasileiros<br />

forão apresados c <strong>de</strong>tidos na enseada das Palmas com<br />

flagrante violação do território brasileiro.<br />

Em nota do 1.* do corrente, o Legação Britannica,<br />

mais pru<strong>de</strong>nte, pesando-se sem duvida das violências<br />

commettidas, propõe referir todas as questões em<br />

discussão a um arbitramento imparcial.<br />

Era um meio pacifico <strong>de</strong> resolver o situação;<br />

não <strong>de</strong>vio o Governo Imperial regeital-o, seria assumir<br />

gravíssima responsabilida<strong>de</strong>: mas a prudência<br />

aconselhava também a maior circumspecção, e, antes<br />

do aceitar a proposta da Legação, consultou o Conselho<br />

<strong>de</strong> Estado.<br />

A' nota do 1.* do corrente, no porte relativa aó<br />

proposto arbitramento, respon<strong>de</strong>u o Governo em 5,<br />

a por essa noto vê—sc qne o Governo ImpérioI não<br />

sohfo do posição em que se collocara pela <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

Dezembro no tocante á questão do naufrágio da<br />

Prince of Wales.<br />

O Governo Brasileiro, protestando sempre que<br />

não tem obrigação <strong>de</strong> pagar os prejuízos provenientes<br />

do naufrágio.—que é uma violência que se lhe faz,—<br />

paga o que o Governo Inglez exigir sem entrar em<br />

liquidação.<br />

Quanto aos officiaes da Forte, já que não ha meio<br />

<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>rem os dona Governos, para chegar<br />

um resultado nesta questão, que as conveniências<br />

dos que se dizem o/Tendidos aconselha vão que<br />

ficasse em absoluto silencio, o Governo Brasileiro<br />

aceita o arbitramento, sendo o arbitro escolhido<br />

por elle,—não para <strong>de</strong>cidir sobre o direito que<br />

temos dc opplicar as leis municipaes aos que as<br />

infringem, seja qual fõr sua nacionalida<strong>de</strong> e categoria,—não<br />

para julgar se os tres indivíduos <strong>de</strong> que<br />

se trata forãõ ou não offendidos, mas sim c tão<br />

somente se, no modo da opplicação das leis aos<br />

ofllciaes da Forte, houve offensa á.Marinha Britannica.<br />

As obrigações que o Governo contrahio pela nota<br />

<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong>pendião essencialmente <strong>de</strong><br />

uma condição—cessação das represálias, e entrega<br />

dos presas feitos e <strong>de</strong>tidas.<br />

A Legação Brilannica em nota da mesma data<br />

eommuoica que cessão as represálias, que serão relaxadas<br />

os presos feitos, e que o Governo Inglez<br />

po<strong>de</strong>rá aceitar ou recusar livremente o proposto do<br />

arbitramento na questão da Forte.<br />

Esto é o posição cm que ora se acho o Governo<br />

Imperial: propõz que se referissem os questões oo<br />

Governo <strong>de</strong> Suo Magesta<strong>de</strong> Britannico; recusarãolhe<br />

o oppello, que hoje é aceito.' As conclusões<br />

quanto á questão da Prince of Wales são as mesmas;<br />

quanto a da Forte, nio é posto em duvida o seu<br />

direito em thesc, dcsappareccm os officiaes qoe<br />

<strong>de</strong>sgraçadamente sc collocárão na triste situação <strong>de</strong><br />

serem presos, para atten<strong>de</strong>r-se á Marinho Britannica.<br />

Se esta posição não c melhor, 6 pelo menos igual<br />

aquella que nos fizera a nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro<br />

ultimo.<br />

Cessarão as represálias: estão entregues os navios<br />

apresados, mas não este concluído tudo quanto se<br />

pren<strong>de</strong> a este <strong>de</strong>sgraçado acontecimento.<br />

Os proprietários dos navios apresados e os seus<br />

carregadores sofTrêrâo prejuízos; qoe, cm direito<br />

nio po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser indcmnfsados.<br />

O nosso território foi violado pelos Commahdantes<br />

dos vapores da marinha dc guerra <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> Brilannica Stromboli e Curlew.<br />

O Governo do Imperador reclama do Governo<br />

Inglez por todos os modos a seu alcance ín<strong>de</strong>mnisação<br />

dos prejuízos, perdas o damnos causados<br />

pelos apresamentos e <strong>de</strong>tenção dos navios Brasileiros,<br />

e satisfação pelo violação do território.<br />

Neste sentido se expedirão or<strong>de</strong>ns ao nosso Ministro<br />

em Londres.<br />

Hoje pelos S 1/2 horos do tar<strong>de</strong> foi recebido a<br />

lllma. Câmara Municipal <strong>de</strong>sta Capital por Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> O Imperador, que estava no Poço do<br />

Cida<strong>de</strong>, o o seu Presi<strong>de</strong>ute teve o honra <strong>de</strong> dirigir<br />

oo Mesmo Augusto Senhor o seguinte discurso:<br />

Senhor.—A Câmara Municipal da Muito Leal e<br />

Heróica Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Sebastião do Rio do Janeiro<br />

tem a honra dc, congratulaitdo-se com Vossa Magesta<strong>de</strong><br />

Imperial expor, os sentimentos <strong>de</strong> gratidão<br />

dos seus Municipcs ao Governo <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong><br />

Imperial pelo modo honroso o digno por quo fez terminar<br />

a questão suscitado pelo Legação Ingleza.<br />

Assim como o Câmara Municipal da Capital do<br />

Império estava prompta a sollícitar dos seus Concidadãos<br />

os sacrifícios que exigiriio sem duvida as<br />

críticos circumstancias porque passamos, se o honra<br />

nacional os reclamasse, do mesmo modo se apressa<br />

a dar um testemunho do seu reconhecimento por<br />

ver mantida o paz sem quebro do <strong>de</strong>coro nacional.<br />

A' onorgie o prudência do patriótico Governo <strong>de</strong><br />

V. M. I.so <strong>de</strong>ve tão feliz resultado.<br />

Permitia Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial que, beijando<br />

a Augusto Mão do Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial,<br />

a Câmara Municipal do Muito Leal e Heróico Cida<strong>de</strong><br />

dc S. Sebastião do Rio <strong>de</strong> Janeiro, aiodo uma vez<br />

manifeste os seus sinceros sentimentos <strong>de</strong> odhesão e<br />

respeito o Pessoa <strong>de</strong> Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial.<br />

Poço do Câmara Municipal, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

— José João da Cunha Telles, Presi<strong>de</strong>nta.<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador dignou-se respon<strong>de</strong>r:<br />

« Já disse, mas tenho prazer cm repetil-o : a<br />

nação Brasileira não po<strong>de</strong> contrabfr dlrldaseom o<br />

seu Imperador. Na hora dos provações contem os<br />

Brasileiros sempre commlgo, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sejo, como<br />

única recompensa, ainda achar-mo no melo <strong>de</strong>lles<br />

para, formando todos nós uma só familia,trocarmos<br />

nossas expressões do aflecluso júbilo. »<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador recebeu hoje as felicitações,<br />

quo por parte dos Brasileiros <strong>de</strong> Nicthcroy<br />

teve a honro <strong>de</strong> apresentar-lha uma commissão.<br />

Não temos o discurso <strong>de</strong>ssa commissão, mas a<br />

resposta que Sua Magesta<strong>de</strong> se dignou dor, que é<br />

como segue.<br />

(( Sou Brasileiro, por tanto estou certo dc quo os<br />

Brasileiros sempre mo acompanharão, quando se<br />

tratar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a honra e dignida<strong>de</strong> nacional. »<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador, quando recebeu as<br />

felicitações do lllma. Cornara Municipal da capital<br />

c da commissão <strong>de</strong> Nicthcroy, estava acompanhado<br />

por Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz e pelos Augustas<br />

Princesas Brasileiras.<br />

A lllma. Câmara Municipal <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> dirigio<br />

aos Fluminenses a seguinte proclomoçSo:<br />

Fluminenses! — A Câmara Municipal <strong>de</strong>sta muito<br />

leal e heróica cida<strong>de</strong> do S. Sebastião do Rio do<br />

Janeiro vem congratular-se comvosco pelo procedimento<br />

digno e exemplar que hoveis manifestado<br />

nestes últimos dias, durante a questão anglo-brasileira.<br />

A historia <strong>de</strong> todos os tempos e <strong>de</strong> todos os povos<br />

mostra que nunca é fraca a nação que tendo consciência<br />

da sua dignida<strong>de</strong>, acha-se sustentado pelo<br />

omor <strong>de</strong> seus Olhos; c vós <strong>de</strong>stes testemunho <strong>de</strong><br />

quo o Brasil é forte, porque ao redor do centro on<strong>de</strong><br />

fulgura o seu Excelso Defensor Perpetuo gravita o<br />

sentimento nobre do patriotismo dos Brasileiros.<br />

Fluminenses! —Nem o enthusjasmo que os animava,<br />

nem a dór que confrongio vossos corações<br />

durante as ultimas occurrcncias, vos lavou um só<br />

momento a marear o brilho <strong>de</strong> nossa gloria com<br />

Um só acto menos digno <strong>de</strong>sta Leal e Heróico Cida<strong>de</strong><br />

; vosso mo<strong>de</strong>ração, e vosso moralida<strong>de</strong> estiverão<br />

ua altura do patriotismo que <strong>de</strong>monstrasles; e os<br />

usais povos civiiisados do mundo invejoriáõ o procedimento<br />

que ti vestes.<br />

A Gomara Municipal se <strong>de</strong>svanece <strong>de</strong> ser representante<br />

<strong>de</strong> tão digno povo, e folga <strong>de</strong> ter esta oceasião<br />

<strong>de</strong> congratular-se com elle, e dor-lhe o parabém<br />

pelo magnilico exemplo dos dios 4,5 e 6 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

que o historio registará sem duvida em paginas<br />

douradas.<br />

Viva a Religião Catholica Apostólica Romano.<br />

Vifa Suo Magesta<strong>de</strong> Imperial o Senhor D. Pedro II.<br />

Vivo o Familia Imperial.<br />

Viva a In<strong>de</strong>pendência Nacional.<br />

Viva o Povo Fluminense.<br />

Paço da Câmara Municipal, 8 dc Janeiro <strong>de</strong> 1S63.<br />

—-José João da Cunha Telles, Presi<strong>de</strong>nte.—Dr.<br />

Roberto Jorge Haddock Lobo. — Dr. José Mariano<br />

da Costa Telho.— Dr. José Mariano da Silva.—<br />

Jeronimo José <strong>de</strong> Mesquita.— Dr. Adolfo De serra<br />

<strong>de</strong> Meneses. — Dr. Francisco <strong>de</strong> Menezes Dias da<br />

Crus.—José Lopes Pereira Rahia.-—Dr. José Joaquim<br />

Monteiro dos Santos.—Luiz Joaquim <strong>de</strong> Gouvia,<br />

Secretario.<br />

Publicamos no parte ofllcial as circulares que,<br />

com data <strong>de</strong> hoje, cxpedlo S. Ex., o Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros, communicando aos Presi<strong>de</strong>ntes<br />

dos Províncias o estado a que chegarão<br />

nestes últimos dias as relações do Governo Imperial<br />

com a Legação Britannico, e o accordo que se<br />

tomou*<br />

O fim principal <strong>de</strong>slas circulares é recommonâar<br />

que se tomem provi<strong>de</strong>nciai, poro que p Povo Brasileiro<br />

conserve o serenida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve dar-lhe a<br />

convicção do sollicitu<strong>de</strong> do Governo pelo <strong>de</strong>coro e<br />

honra nacional, e aluda mais para que os subditos<br />

Britannicos não soflrão em suas pessoas e proprieda<strong>de</strong>s<br />

o menor damuo.<br />

Confiamos que as vôzoa do Éxiti. Sf. Presi<strong>de</strong>nte 1<br />

do Conselho serio ouvidas, e que o Povo Brasileiro<br />

acompanhara os Fluminenses nos testemunhos<br />

que <strong>de</strong>rão <strong>de</strong> sua civilisação.<br />

Chamamos a altenção dos nossos leitores para as<br />

importantes notas, que publicamos sob a rubrica<br />

« Ministério dos Negócios Estrangeiros. »<br />

Pelo Cruzeiro do Sul, chegado hoje dos portos do<br />

Norte recebemos datas do Amazonas até 6, do Pará<br />

até 22, do Maranhão até 23, do Píouhy até 16), do<br />

Ceará até 29, do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte e Parahyba<br />

olé 30 o <strong>de</strong> Pernambuco até 31 do passado: das Alagoas<br />

até 2 do corrente, do Sergipe até 23 do passado<br />

e da Bahia oté 4 do corrente.<br />

Aiiiazoims.—Achava-se no Capital o vapor<br />

peruano Morona rebocado pela canhoneira Nacional<br />

Ibicuhy qne fora por or<strong>de</strong>m da Presidência soecoreer<br />

aquelle vapor no Togar on<strong>de</strong> encalhara, como já noticiamos.<br />

O Morona segundo lemos nos jornaes chegou a<br />

Manáos sindo em mão estado, tonto quo ao encalhar<br />

esteve para ir o piqua a nio serem os soecorros quo<br />

lhe forão immediatamente prestados com gente para<br />

isso contrariada e mais 66 operários das Obras Públicos<br />

do Província. Os soecorros forão tão cffleazes<br />

que, estando o vapor quasi mergulhado e com tres<br />

gran<strong>de</strong>s rombos por baixo das carvociras, achava-so<br />

ao meio dia completamente esgotado tendo começado<br />

os trabaihos do madrugado.<br />

Sobre este objecto Iô-se o seguinte no Cutechista"<br />

do Manáos:<br />

o Depois <strong>de</strong> 32 dias encalhado, e quando já parecia<br />

questão <strong>de</strong>cidida a perda do vapor peruano<br />

Morona, surgiu esto no porto <strong>de</strong>sta capital na madrugada<br />

do dia 8 do corrente, rebocado pelo canhoneira<br />

a vapor Ibicuhy.<br />

« E* mais um serviço assignalado quo se vai registrar<br />

nos fastos da Marinha Brasileiro, o quo bem<br />

nos flzerão recordar o feito memorável do vapor<br />

Affbnso, quando, zombando das cncopeladas andas,<br />

impávido introduziu na baliia do Rio do Janeiro a<br />

<strong>de</strong>sarvprada náo Vasco da Gama,<br />

« Como Já <strong>de</strong>mos conhecimento ao publico, S.<br />

Ex. o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província, logo que pelo 1<br />

commandante do Morona lhe foi pedido soecorro,<br />

<strong>de</strong>u algumas provi<strong>de</strong>ncias para salvar o vapor, m; s<br />

estas provi<strong>de</strong>ncias terião sido todas improfícuas,<br />

se, regressando <strong>de</strong> sua viagem a Tobotingo o Jbicuhy,<br />

S. Ex. não fizesse seguil-a para o logar do<br />

sinistro, no dia 23 do mez passado, onze horas <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> dar fundo neste porto.<br />

u O zelo, actlvidadc o perícia do Sr. 1." Tenente<br />

Luiz da Costa Fernan<strong>de</strong>s, Commandante da Ibicuhy,<br />

correspon<strong>de</strong>rão perfeitamente as vistas do S. Ex.<br />

« Reconhecendo a situação do Morona, quo<br />

achou bastante dcsanlmadora, fez o Sr. Costa Fernan<strong>de</strong>s<br />

collocor, hcrinctícamente fechados, sobre<br />

o costado do navio, e á ré do mastro gran<strong>de</strong>, os<br />

quatorze tanques <strong>de</strong> agua da Ibicuhy, peados exteriormente,<br />

e, reunindo as duas excellentes bombas<br />

<strong>de</strong> que dispõe ás quatro do Morona, além <strong>de</strong> mais<br />

duas que se improvisarão com os tubos das cal-?<br />

<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>ste, consegulo, <strong>de</strong>pois dc um afanoso trabalho<br />

<strong>de</strong> muitas horos, dor vasa o a agua do Morona,<br />

o qual ficou a nado no dia 1.* do corrente peles<br />

6 horas da tar<strong>de</strong>.<br />

« No dia seguinte, pelas 7 horas da manhã; dando-lhe<br />

reboque, o coeduzio pára essa capital, on<strong>de</strong><br />

chegou com 21 horas <strong>de</strong> viagem, e no momento absolutamente<br />

preciso, porque alguns minutos mais dc<br />

<strong>de</strong>moro (odosoaesforços flcariüoperdidos. Aguarniçlo<br />

e mais ouxiliores que havião a bordo, extenuados<br />

do cansaço pelo continuo lidar das bombas,<br />

tornavão menos enérgico o serviço <strong>de</strong>stas; a agua<br />

conquistava a olhos vistos o navio: o Morona fria<br />

irremediavelmente a pique <strong>de</strong>ntro do poucos. momentos,<br />

sc oovos braços não fossem mandados immediatamente<br />

a bordo por or<strong>de</strong>m do S. Ex. o Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Provincia.<br />

a A's 8 horas da manhã já estava Jjjyre do perigo<br />

e encalhado na praia fronteira á antigo matriz, o<br />

pouco <strong>de</strong>pois completamente esgotado, começando-se<br />

no dia seguinte a tirar o restante da carga quo<br />

ainda havia á bordo.<br />

• Está, pois, salvo o vapor Morona; poupou o<br />

Brasil oos cofres peruanos a perda talvez maior do<br />

duzentos contos <strong>de</strong> réis: estão preenchidos todos os<br />

<strong>de</strong>veres impostos pela carida<strong>de</strong> çhristi com os náufragos<br />

que imploravào protecção daquelles a quem<br />

havião atirado uma luva hostil; cumpre agora começar<br />

a reparação ao triplico altentado que commetlerão,<br />

já menosprezando os leis do paiz, quando'<br />

constituindo-se o Morona—transposto <strong>de</strong> cargas,<br />

negou-se contra os previsões da autorida<strong>de</strong>, a correr<br />

os <strong>de</strong>spachos necessários, c levantou ancora do porto<br />

<strong>de</strong> Belém; Já resistindo a uma íntimação formal que<br />

lhe fóra feita em viagem paro não proseguir no seu<br />

intento; já finalmente metralliando uma fortaleza<br />

que legalmente se oppnuho á suo passagem.<br />

Paru.—Tinhão sido nomeados pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Provincia o provedor c mesarios do Santo Casa<br />

da Misericórdia, recohindo o primeiro nomeação no<br />

Dr. Francisco da Silvo Castro.<br />

No dia 16 chegara alli a bYagata a Vapor Amasonas.<br />

Os outros Vapores Belmonte, Parnahyba e Beberibe<br />

tinlião sabido em commissão paro o Amazonas<br />

com o chefe da esquadrilha G. Parker.<br />

Aobavão-se ainda surtos no porto os navios <strong>de</strong><br />

guerra Amazonas (Fragata o vapor) Ypironga (Corveta<br />

a Vapor) D. Pedro (Vapor) Pirajd (Vapor) 27bagy<br />

(Escuna.)<br />

Lô-sc no Diário do Grão Pará <strong>de</strong> 20 do pas-<br />

-sado:<br />

« Antes <strong>de</strong> hontem a tar<strong>de</strong>, ua oecesiio em que<br />

começava a esteirar uma trovoada acompanhado do<br />

um gran<strong>de</strong> oguoceiro, cahio um raio na chácara<br />

do Sr. Dr. Leitão, em Narorclh, fulminando um<br />

soldado, que se havia abrigado da chuva <strong>de</strong>baixo<br />

<strong>de</strong> uma arvore, sobro a quol cahio, escalondo-o<br />

até ao (rouco e passando pelo soldado na distancia<br />

do om palmo não o matou, apezar dc o <strong>de</strong>ixar<br />

como morto.<br />

t< 0 infeliz foi logo soecorrido pelo Sr. Dr.<br />

Malchcr, tornando o si <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser friecionado,<br />

e <strong>de</strong> se lhe ter opplicodo vários remédios. Consta-nos<br />

que hontem foi recolhido à enfermaria do<br />

policio, mas sem incommodo algum, do qual se<br />

possa receiar pela suo vida.<br />

tf O soldado é cabo dc esquadra, o tem pelo<br />

que se vê, uma tempero â prova <strong>de</strong> raio! a


11 ai*ublittOJ~- Uma folha da tiaplldt dia 0 ãtígtlinte'<br />

« Acha-se concluído' o proticsíío organísado cm<br />

conseqüência do tiro dado no Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Policia<br />

<strong>de</strong> Santa Helena, Major José Fclix aten<strong>de</strong>s, que<br />

ainda se não acha restabelecido, não restando a<br />

menor duvida <strong>de</strong> que ficará com o braço esquerdo<br />

inutilisado.<br />

« No dia 11 do corrente retirou-se para Turyassií<br />

o respectivo Delegado, levando em sua companhia<br />

presos, como co-reos do crime e mandantes<br />

o Tenentc-Çorpnel Antônio Feliciano Franco <strong>de</strong> Sá<br />

c seu filho bastardo Joaquim Cândido Franco*<br />

« Consta que o mandatário Martins transita livremente<br />

entre o terreno que romprehen<strong>de</strong> as villas<br />

do Pinheiro o S. Bento; os dous outros criminosos<br />

Plinio Franco <strong>de</strong> Sá (filho também bastardo<br />

daquelle Tenente Coronel e que já por duas vezes<br />

foi ao jury como amanle<strong>de</strong> bois alheios) c Ruflno<br />

Sudré, existem oceultos nos subúrbios da villa.»<br />

Rcfero outro que o Capitão Jacarandá <strong>de</strong>tido<br />

abordo da Corveta União, ao subir uma escada <strong>de</strong>u<br />

uma gran<strong>de</strong> queda* ficando com a cabeça partida e<br />

muito contuso.<br />

Prestárüo-se-lhc iminediatamento os soecorros necessários.<br />

Fiauliy.— No dia 2 foi horrivelmente espancado<br />

no logar <strong>de</strong>nominado—«Santa Luzia —, tres<br />

léguas distante da capital o indivíduo <strong>de</strong> nome<br />

Claro Gonçalves <strong>de</strong> Almeida, por Bernardo José<br />

Franco* A victima suecumbiu <strong>de</strong>pois du tres dias.<br />

O aggrcssor foi preso, e estava sendo processado.<br />

Diversos outros criminosos <strong>de</strong> morte linbão sido<br />

presos.<br />

A Assembléa Provincial 20 dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido<br />

installada e tendo-se reunido em sessão umas 6 ou<br />

8 vezes segundo a Liga eProgresso encerrou-se por<br />

falta <strong>de</strong> numero legal.<br />

Falleceu em Caxias o Capitão Henrique Saraiva<br />

<strong>de</strong> Carvalho.<br />

Tinha chegado á capital e entrava em exercício<br />

o Chefe dc Policia Dr. Gervosio Campello Pires Ferreira.<br />

No dia 25 <strong>de</strong> Novembro foi accommettido <strong>de</strong> uma<br />

appoplexia fulminante que suecumbio o Tenente<br />

do meio Batalhão da Provincia Francisco Paulino<br />

da Silva.<br />

Ceara.—Foi nomeado lnspector da Thesouraria<br />

Provincial o Dr. José Antônio Rodrigues, ex-Juiz<br />

Municipal da capital.<br />

Diz o Cearense que o Presi<strong>de</strong>nte do Provincia<br />

suspen<strong>de</strong>ra por inconstitucional a lei ou regimento<br />

Provincial da respectiva Assembléa, creando os<br />

logares <strong>de</strong> Director, Tachygrapho e Escripturario da<br />

mesma Assembléa, visto não ter sido legalmente<br />

sanecionada.<br />

Lê-se na mesma folha datada <strong>de</strong> 23 :<br />

« Nesta semana morrerão no hospital da Santo<br />

Casa dous indivíduos <strong>de</strong> cholera que passarão por<br />

Maronguape, e cabirBo doentes no caminho. Esteve<br />

outro cm perigo da cida<strong>de</strong>, que não tinha communicado<br />

com ninguém, e nem sabido daqui.<br />

« Em Maronguape continua o matar aos 2, e 3<br />

por dia, e já houve um dia <strong>de</strong>stes <strong>de</strong> 12, sem contar<br />

o quç vai pelos quarteirões <strong>de</strong> fóra.<br />

« O Sr. Presi<strong>de</strong>nte mandou outro vez o Dr. Me<strong>de</strong>iros<br />

para assistir o trabalho que alli convém fazer<br />

no cemitério. Dcos queira que essa medida ha tonto<br />

tempo reclamado, salve aquella villa e provincia do<br />

mal entretido por aquelle terrível foco*<br />

« Dizem que no caminho da Munguba c na Jubaia<br />

também ha sepulturas mal feitas, que estão tendidas<br />

e cxhalando máo cheiro.<br />

« Em Baturité também rcapporeceu e tem feito<br />

muitas victimas.»<br />

O artista Germano <strong>de</strong>u na Capital um espectaculo<br />

em beneficio da Santa Coso do Misericórdia,<br />

o qual ren<strong>de</strong>u 7009000.<br />

Na Cida<strong>de</strong> do Icó incendiou-se uma casa <strong>de</strong> palha,<br />

resultando morrerem tres crianças.<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do 1%'orfe.—Fallecera o abastado<br />

proprietário Miguel Ferreira da Rocha.<br />

No logar <strong>de</strong>nominado Redinha foi arrombada a<br />

casa <strong>de</strong> residência do Dr. Francisco Xavier Pereira<br />

<strong>de</strong> Brito o roubados objectos dc ouro e prata e a<br />

quantia dc 7009000 em dinheiro.<br />

Parabyba. — Achava-se exercendo interinamente<br />

o logar <strong>de</strong>*Secretario do Provincia o Dr.<br />

Laurcno <strong>de</strong> Oliveira Cobrai.<br />

Peritaiiibiico.— Forão absolvidos pelo Juiz<br />

Municipal <strong>de</strong> Serinhoem Coriolano Vellozo da Silveira,<br />

os Ofliciaes da Guarda Nacional membros do<br />

respectivo Conselho <strong>de</strong> qualificação que forão mondados<br />

processar e erão oceusodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência<br />

e levantar motim durante a sessão do Tribunal do<br />

Jury, preten<strong>de</strong>ndo aquelles Ofllciaes funecionar conjuntamente<br />

com o Jury.<br />

Lê-se no Diário do Recife;<br />

« O Sr. Dr. Francisco Leopoldino <strong>de</strong> Gusmão<br />

Lobo, em sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Promotor Publico <strong>de</strong>sta<br />

comarca, acaba <strong>de</strong> interpor <strong>de</strong>nuncias perante o<br />

Sr. Dr. Juiz <strong>de</strong> Direito da 2.* varo criminal, contra<br />

os cx-escrivães João Vicente <strong>de</strong> Torres Ban<strong>de</strong>ira e<br />

Antônio Joaquim Pereira <strong>de</strong> Oliveira, requerendo<br />

contra estes funecionarios o imposição no gráo médio<br />

dos penas do art. 154 do Código Criminal, por<br />

haverem infringido a disposição do art. 2.° do Decreto<br />

n.° 413 dc 10 dc Junho <strong>de</strong> 1815, extrohindo<br />

sentenças <strong>de</strong> valores superiores a 1:0009000 sem<br />

as <strong>de</strong>clarações imperiosamente exigidas pelo artigo<br />

da lei citada que alterara o Regulamento <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong><br />

Abril <strong>de</strong> 1842, para a cobrança da dizima da<br />

chancellaria.<br />

« Os <strong>de</strong>nunciados <strong>de</strong>vem ser ouvidos no prazo,<br />

<strong>de</strong> 15 dias, tendo a vista cópias da <strong>de</strong>nuncia e<br />

documentos annezos.<br />

Alagoas.— Falleceu no dia 23 do passado o<br />

Conego João Barbosa Cor<strong>de</strong>iro, ex-Dcputado a Assembléa<br />

Geral Legislativa.<br />

Sergipe.— A epi<strong>de</strong>mia do cholera eslava dc<br />

todo ex ti neto.<br />

Falleceu em Paris o Dr. Antônio Noore <strong>de</strong> Almeida<br />

e Castro, Juiz Municipal do Termb do Capella.<br />

Bahia.—Na noite <strong>de</strong> 81 do passado o mochinista<br />

da estrada <strong>de</strong> ferro, subdito Inglez, <strong>de</strong> nome<br />

John Brown, tendo-se embriagado completamente<br />

no arraial <strong>de</strong> Santa Anna do Calo. e abandonando<br />

a machina do seu serviço, partira a pé sem ser<br />

preseetido o <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> caminhar cerco <strong>de</strong> meio légua<br />

cahio pela força da embriaguez, ficando com<br />

a cabeça sobre um dos trilhos da estrada. A's 4<br />

horas da manhã do dia 1.° do corrente partindo<br />

o corro da machina e mais trens do Catú para<br />

Pajuca, passou uma das rodas do wagon por cima<br />

da cabeça do infeliz machinista c esmigalhou-a completamente.<br />

Wto no Progmto da Cachoeira <strong>de</strong> 30 do passado<br />

« No dia 20 chegou á esta cida<strong>de</strong>, vindo da Villa<br />

da Feira <strong>de</strong> Santa Anna, Albino, escravo do finado<br />

Francisco Soncho Guimarães, suspeito <strong>de</strong> ser autor<br />

<strong>de</strong> muitas mortes, em companhia do dito Soncho<br />

que foi assassinado em 14 <strong>de</strong> Agosto próximo passado<br />

no logar dos Mercês, freguezia <strong>de</strong> S. Gõrtçalo dos<br />

Campos, pela escolta <strong>de</strong> policia que o la capturar<br />

conforme já noticiamos.<br />

« Tem <strong>de</strong> ser romettido pala a capital a fim <strong>de</strong><br />

seguir paro o Matta dc 3. João, logar das Culpas.<br />

Diz a mesma folha.— « Ante-hontem foi #reco<br />

lhido á cadêa, remei tido pelo sub<strong>de</strong>legocia do<br />

Iguape, o crioulo Cezario, escravo do Sr. Domingos<br />

Américo da Silva, assassino do infeliz Belmiro da<br />

Costa Pinheiro, cuja morte foi perpetrada em 12<br />

<strong>de</strong> Outubro do corrente anno, como noticiamos no<br />

n.° 41. »<br />

Temos folhas do Espirito Santo até 3 do corrente<br />

Lê-se no Correio da Vietoria:<br />

a No município da Serra tem-se feito gran<strong>de</strong>s<br />

plantações do canna roxa, em substítuçjoda cayenna,<br />

que, <strong>de</strong>pois da doença <strong>de</strong>nominada tatagiba, estava<br />

quasi inutilisado. Conversamos com fazen<strong>de</strong>iros<br />

Importantes como os Srs. Rocha Pimentél, Major<br />

Loureiro e outros o todos mostrarão-se satisfeitos<br />

com esta nova espécie <strong>de</strong> canna, que sttbstitüe cem<br />

vantagem as que já tínhamos.»<br />

Partio boje as 10 horas da manhã o Vapor <strong>de</strong><br />

guerra Magé para a Ilha Gran<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> prestar<br />

auxilio a uma das embarcações brasileiras apre<br />

sodas que se acha com avarias.<br />

A partida do Vapor Apa para os portos do Norte<br />

ficou transferida para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> amanhã, 10 do corrente,<br />

ás 4 horas da tar<strong>de</strong>, por conveniência do ser<br />

viço publico;<br />

ANMNCIOS ADMINISTRATIVOS.<br />

Primeira Pagadoría do Thesouro<br />

Nacional.<br />

Pela 1.- Pagadoría, pagão-se no dia 9 do corrente<br />

as seguintes Folhas: Pensões e Srs. Ofliciaes Reformados<br />

do Exercito.<br />

Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Hueí <strong>de</strong> BaeeUar.<br />

Segunda Pagadoría do Thesouro<br />

Nacional.<br />

Pagão-se no dia 9 do corrente aos Srs. Bispos e Vigários,<br />

a congrua correspon<strong>de</strong>nte ao trimestre findo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Outubro a Dezembro.<br />

Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—A. F. Vas.<br />

Balanço do Banco do Brasil, pertencente<br />

ao mez <strong>de</strong> Dezembro ele<br />

extrahldo da escripturaeao.<br />

Accionistas, pelas entradas<br />

nao realizadas <strong>de</strong> 165.000<br />

acçOes a 403000<br />

Letras <strong>de</strong>scontadas, a saber:<br />

Do Thesouro Nacional<br />

De duas firmas resi<strong>de</strong>ntes na<br />

Corte........'.<br />

De uma só dita, i<strong>de</strong>m<br />

Letras caucionadas a saber:<br />

Por oo.ro, prata, e títulos<br />

co minerei aes<br />

Por outros titulos c mercadorias........<br />

Diversos valores, Importe dc<br />

varias contas que fazem<br />

parte do activo do Banco •<br />

Caixas fiiiacs, a saber:<br />

Saldo <strong>de</strong> suas contas a <strong>de</strong>bito.....<br />

Dito <strong>de</strong> nossas coutas dito..<br />

Capital que lhes foi mar­<br />

Substituição e resgate do<br />

papel moeda por quantia<br />

entrada na Cana da<br />

AmorllzaçAo<br />

Resgate addicional do papel<br />

moeda, por quantia entrada<br />

mais na Caixa da<br />

Amortização<br />

Apólices da divida publica <strong>de</strong><br />

6 o/ 0 importe <strong>de</strong> 701;000(<br />

das recebidas eu pagamento<br />

<strong>de</strong> notas do Thesouro<br />

resgatadas<br />

Juros vencidos <strong>de</strong>ste semestre<br />

.li..<br />

Caixa geral, pelo que nella<br />

existo a saber:<br />

Ouro amoedado nacional.. •<br />

Dito dito em soberanos.....<br />

Barras <strong>de</strong> ouro do toque <strong>de</strong><br />

22 quilates...'..........'<br />

Cautelas da Casa dá Moeda,<br />

por ouro .'...'.>;<br />

Notas do Thesouro menores<br />

<strong>de</strong> lOfjOOO e troco em cobre<br />

175:319$454<br />

Ditas <strong>de</strong> 10(000<br />

e maiores.... 317:0008000<br />

Prata amoedada nacional.<br />

Notas das Caixas Ouses..<br />

Emissão, valor dos bilhetes<br />

em circulação a saber:<br />

7.300 notas <strong>de</strong>. 5008000<br />

2.300:0008000<br />

34.060:6628531<br />

9G5:íü4jJ815<br />

2.118:7000000<br />

1.046:680S000<br />

13.341:1588301<br />

648:<br />

651.930gOOO<br />

21:0308000<br />

1.065:000(000<br />

5.300:963(128<br />

528:8198726<br />

66:5318619<br />

522:319(454<br />

12:000(000<br />

1.973:620(000<br />

6.600:000(000<br />

37.326:0670346<br />

3.106:3803000<br />

1.826:4708934<br />

cado...... 6.600:0008000<br />

Letras a receber.<br />

88:57lgl3z<br />

20.681:6288261<br />

10.841 i<strong>de</strong>m..<br />

36,347 i<strong>de</strong>m.,<br />

85.832 i<strong>de</strong>m..<br />

n.520 i<strong>de</strong>m.,<br />

218.H7 i<strong>de</strong>m..<br />

200(000<br />

100(000<br />

50(000<br />

30(000<br />

20(000<br />

3.650:000(000<br />

3.668:200(000<br />

3.334:700(000<br />

4.991:600(000<br />

345:600(000<br />

4.362:340(000<br />

10.000:000(000<br />

100:000(000<br />

672:960(000<br />

8.769:143(927<br />

89.541:650(368<br />

90452:440(000<br />

Letras a pagar das passadas<br />

sobre dinheiro recebido a<br />

prêmio... 1.558:598(110<br />

Banco Commercial e Agrícola<br />

em liquidação saldo 147:116(264<br />

Contas correntes, saldo a<br />

favor dc diversos 9.499:835(116<br />

Caixas fiiiacs, a saber:<br />

Saldo <strong>de</strong> suas reatas a credito.<br />

1.652:863(140<br />

Dito <strong>de</strong> nossas contas i<strong>de</strong>m. . 19.l90:Q|7s704<br />

Entradas a realizar 1.240:000(000<br />

tetras a pagar 10:835(753<br />

Ganhos e perdas pelos lucros<br />

líquidos <strong>de</strong> diversas operações<br />

até hoje, a saber:<br />

Lucros que se divi<strong>de</strong>m por<br />

166.000 acçOes a 7(800..<br />

I<strong>de</strong>m que pertencera e passto<br />

ao semestre seguinte.<br />

Fundo <strong>de</strong> reserva, actual<br />

saldo<br />

Capital do Banco do Brasil<br />

165.000 acçOes <strong>de</strong> 200(.<br />

1.§87:00090W<br />

99.663:736(50;<br />

678:220(205 1.865:2208205<br />

............. 1.281:9046676<br />

33.000;000(000<br />

Bj 89.5411650(368<br />

S. E. e 0. Banco da Brasil no Rio <strong>de</strong> Janeiro, 31 <strong>de</strong> Desembro<br />

<strong>de</strong> 1862.—Condido Baptista <strong>de</strong> Oliveira, Presi<strong>de</strong>nta*<br />

LsW conforme, João Fre<strong>de</strong>rico Mikr, Guarda livros do Banco.<br />

PRAÇA, 8 DE JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />

Cotações officiaes da Junta dos Corretores.<br />

CÂMBIOS : Londres, 27, 27 11», 273/8,27 i/2 d. a 90 d/v.<br />

Paris : 952; 353; 354 a 90 d|v< (Hontem.)<br />

Havre: 352 fs. a 90d|v, pagavel cm Paris (dito.)<br />

Antuérpia : 350 fs. a 90 d|v. (dito).<br />

Afoutcas i <strong>de</strong> 6 ']„ 92 °j 0. Em divi<strong>de</strong>ndo.<br />

METAES : Onças da Pátria, 299000.<br />

FRETES : New-York, 50 s. c 5 °/„.<br />

Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />

Pelo Secretario, H. J. Goulart»<br />

Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro»<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 1 a 7 224:0719398<br />

Do dia 8 43:7859795<br />

gomma 967:8678193<br />

Da Recebedorla, do dia 2 a 7......... 41:7889985<br />

Do dia 8.........,..„.,... 8:970*595<br />

Somma.. 4 < 50:7598580<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2 a 7 30:4959919<br />

Do dia 8 fc 39096*46<br />

Somma 30:8869565<br />

BXBABQOSS DE Cktt ftO DÍA 7 DE JANBUO.<br />

Sacas.<br />

Rodocanach (New-York) i'-' 2.762<br />

Phipps Irmãos & Comp. (Batavia) 2.517<br />

Bella Vista (Havre) 353<br />

Dreyfus (Dito). ......... 500<br />

G. Ralhsaq (Dito)....• .• 400<br />

Heymam i Comp. (Canal; 100<br />

Diversos (Difierentes portos) 170<br />

Total 7.002<br />

Des<strong>de</strong> o i.° do mez.. 23.320<br />

New-York. «O <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1SG9.<br />

COMMERCIO DOS ESTADOS-UNIDOS COM O ESTRAN­<br />

GEIRO B EM PARTICULAR COM O BRASIL.<br />

Importação.<br />

Annos Total Sendo do Brasil<br />

1821 a 30 9798.633.427 910.879.647<br />

1831 a 40 1.302.676.034 47.274.464<br />

1841 u 50 1.267.783.782 69.516.938<br />

1851 a 60 2.822.252.226 169.233.297<br />

Augmento<br />

período sobre o 1.'<br />

3.<br />

Exportação.<br />

63 •/.<br />

2 7.(1]<br />

122 •/.<br />

Annos<br />

Total<br />

1821 o 30 8765.748.753<br />

1831 a 40 1.092.341.903<br />

1841 a 50 1.260.564.583<br />

1851 a 60<br />

(Vugmcnto<br />

2.983.902.213<br />

período sobre o 1,<br />

» » ' 2<br />

42 V.<br />

» » 3<br />

136 V.<br />

Sendo exportação <strong>de</strong> produetos do paiz<br />

Annos<br />

1821 a 30<br />

1831 a 40<br />

1841 o 50<br />

1851 o 60<br />

Total<br />

8536.104.918<br />

892.889.909<br />

1.131.458.801<br />

8.754.089.155<br />

NAVEGAÇÃO.<br />

137<br />

47<br />

143<br />

Para o Brasil<br />

318.708.772<br />

24.710.305<br />

29.326.963<br />

47.400.964<br />

32 •/.<br />

18 •/.<br />

61<br />

Para o Brasil<br />

914.206.833<br />

18.164.488<br />

85.584.964<br />

44.401.760<br />

Tonelagem dos Estados- Unidos em diversos épocas.<br />

1330 1840 1850 1860<br />

Registrada 576.675 890.764 1.585.711 2.510.237<br />

Eorollada 815.311 1.280.999 1.949.743 9.807.631<br />

Total 1.191.776 2.180.764 3.535.454 5.353.868<br />

Sendo a vapor.... 64.471 201.339 525.946 867.917<br />

Costeira 510.978 1.176.664 1.755.796 2.644.867<br />

Pescaria <strong>de</strong> Bale*. 38.919 130.926 146.016 too.S4i<br />

• outras... 98.319 104.804 143.757 1C2.7G3<br />

Navios construídos em 4 differtntes épocas.<br />

Navios e Barcas....<br />

Brigues...........<br />

Esconas<br />

Cbalupas, botes <strong>de</strong><br />

canses<br />

Vapores.<br />

Total<br />

1821—30 1831—40 1841—56 1851—60<br />

542 677 1.435 3.328<br />

1.275 965 1.131 748<br />

3.990 4.676 4.863 5.251<br />

1.719 1.512 3.300 3.762<br />

272 835 1.585 2.443<br />

7.796 8.865 11.843 14.522<br />

1.492 1.145.742 1.819.953 3. 554.309<br />

Metaes preciosos importados e exportados.<br />

ESTA DOS-UNIDOS.<br />

Importado.<br />

5!!í * ÍH5 69.144.645<br />

1831 a 1840<br />

1841 a 1850<br />

1851 a 1860<br />

1821 a 1830<br />

1831 a 1840<br />

1841 a 1350<br />

1851 a 1860<br />

107.469.296<br />

86.906.156<br />

76.641.779<br />

Em relação oo Brasil.,<br />

Sobre gêneros por outro Paquete.<br />

Exportado,<br />

ff 71.673.404<br />

56.836.893<br />

65.010.921<br />

495.266.765<br />

Importado do Brasil. Exportado para.<br />

| 1.234.300 | '678.106<br />

343.816 9.637.895<br />

216.286 1.628.066<br />

179.553 2.690.338<br />

REVISTA MERCANTIL.<br />

Neu>-York, 18 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1802.<br />

sacas.<br />

Café (Brasil) em ser a 4 <strong>de</strong> Novembro 39.217<br />

Recebido até esta data......... 11.206<br />

Total 50.423<br />

Vendas 9.535<br />

Em ser, 18 da Novembro, Newr-Yerfc 40.888<br />

I<strong>de</strong>m, 15 <strong>de</strong> dito, Baltimore e Phila<strong>de</strong>lphla nada<br />

Nov<br />

»<br />

Ont<br />

Jau.<br />

Cotações do Rio, 4 mezes.<br />

(1) Diminuiçflfl<br />

"operlor Bom Regular Ordinário<br />

83 32 31 29 1/2 30 centos Ib<br />

3S 31 30 29<br />

27 261/2 26 25 1/2<br />

19 18 1/2 18 17—171/2<br />

BJUIL ! B£S<br />

Da outraá PFDCEDENCIAFT TIAVID fio mercado em 4 i<br />

<strong>de</strong> Novembro 80.811 o chi 18 30.090.<br />

Cotações,<br />

Java MaraeaibO Laguayra 3. Domingos<br />

Nov. i8 34-^33 32-431/2 32—33 28—29<br />

» 4 33-34 31—32 30—31 28<br />

Out. 21 31 -32 28—30 27—29 23-2G<br />

Jan. 1 25-26 22—24 22—24 20<br />

Relatório semanal dos Bancos <strong>de</strong> New-York.<br />

Descontos. Metaes. Circulação. Despositos.<br />

Nov. 15 1862 (178. 86.000 33.348.000 9.840.000 104.066.0OO<br />

» 16 1661 137.308.000 41.461 000 8.799.000 110.214.600<br />

Jau. 4 1862 151.416.000 28.983.000 8.586.000 LLL.7S9.000<br />

A importação nesle porto cm Outubro foi do<br />

913.413.000 contra 8.523.000, sendo cm metaes<br />

256.000 contra G2&£39-am 1861.<br />

A exportação sendo <strong>de</strong> 926.797.000 contra<br />

13.172.000, sendo metaes 6.707.000 contra 15.000<br />

em-4861.<br />

A alfân<strong>de</strong>ga em Outubro ren<strong>de</strong>u 94.309.000 contra<br />

1.672.000 em 1861, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro 846.586.000<br />

contra 17.528.000.<br />

De Janeiro a Outubro a importação foi <strong>de</strong><br />

151.270.000 contra 143.512.000, o n exportação<br />

<strong>de</strong> 176.828.000 contra 113.129.000, inciusivo<br />

49.550.000 em metaes contra 3.294 000 em 1861.<br />

Um empréstimo do Governo por 913.420.550.<br />

remsnecente da autorisação paro emiltir notas do<br />

Thesouro <strong>de</strong> 7 3/10 */„ foi negociado esta semana<br />

ao médio <strong>de</strong> 1031/4, com dous annos a correi*,<br />

tendo os pedidos subido perto <strong>de</strong> 30 milhões e já<br />

se cotão a 104 1/4.<br />

Novembro 21.— Ouro: hontem as transacções<br />

subirão a 9296.000 <strong>de</strong> 30 3/8 a 301/2 prêmio;<br />

prata, cota-se a 126 a 127; notas da alfân<strong>de</strong>ga<br />

124 3/4 a 125. Cambio sobre Londres, 60 dias 143<br />

a 144; paris 3.971/2 a 3.87 i/2. Onças hespanholas<br />

920. Apólices do Governo, 6'/. 1.881 1031/2.<br />

Descontos 6 a 7 %•<br />

Café, firme.—Couros do Rio Gran<strong>de</strong> 26 a 27, em<br />

ser 68.000.— Assucar mascavo. Brasil, 91/2 a 10.<br />

— Gomma elástica do Pará, bom 67 a 70, mediano<br />

50 a 621/2.<br />

O algodão em rama mediano vale 691/2 centos<br />

por libra.<br />

Farinhas, tem baixado <strong>de</strong> 5 a 10 centos por barrica,<br />

cotando-se <strong>de</strong> 98.25 a 5.000 conforme a qualida<strong>de</strong>.<br />

Carregando para o Rio, barca Grafin; Pernambuco,<br />

brigue mereeu.<br />

O vapor Paraense ainda está em Phila<strong>de</strong>lphla.<br />

REVISTA DO MERCADO DB HAMBURGO DESDE 20 DB<br />

NOVEMBRO ATE 4 DB DESEMBO PE 1862.<br />

O mercado continua em posição muito calma,<br />

e poucas transacções se rcallsárão no período acima<br />

indicado, limitando-se as compras ao supprimento<br />

do consumo. Não entrou nenhum navio vindo do<br />

Brasil, e o navegação no Elba acha-se <strong>de</strong> repente<br />

Interrompida em conseqüência da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gelo que nella so encontro, o <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar<br />

como concluída por este anno a mesma navegação.<br />

O mercado do café não soflrcu mudança alguma<br />

notável, e acha-se na mesma posição tranquilla.<br />

Os preços são os mesmos indicados na ultima Revista<br />

; observa-se porém entre os <strong>de</strong>tentores muita<br />

firmeza, o gran<strong>de</strong> disposição para elevar as sus<br />

pretençOes, logo que as transacções- se tornarem<br />

mais animadas. O etTeito do ultimo Despacho do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, anounciando <strong>de</strong> novo largos carregamentos,<br />

foi diminuído <strong>de</strong> certo modo pela limitada<br />

existência (carga 8 12 milhões <strong>de</strong> libras) e<br />

pelo prematuro gelo, que torna muito problemáticas<br />

novas entradas,<br />

A importação do café do Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1.* do<br />

Janeiro até 30 <strong>de</strong> Novembro nos últimos cinca<br />

annos foi a seguinte:<br />

1858 210.629 Sacas.<br />

1859 253.731 »<br />

1860 307.956 »<br />

1861 466.478 »<br />

1862 293.090 »<br />

Havendo bailado os preços do assucar, em conseqüência<br />

da sua posição excessivamente frouxa,<br />

manifestou-se melhor disposição para comprar, c<br />

realisárão-sc algumas transacções importantes em<br />

assucar- mascavado da Bahia, pelo preço <strong>de</strong> 15<br />

marcos <strong>de</strong> banco por 100 libras.<br />

O tabaco do Brasil não foi procurado ultimamente,<br />

e apezar dos oflerecimentos dos possuidores,<br />

oj compradores não sc apressão dc apparecer no<br />

mercado.<br />

O mercado <strong>de</strong> algodão, conservou-se sem alteração,<br />

e os preços continúão nominoes; não tiverão<br />

logar transacções em algodão do Brasil por falta<br />

completa <strong>de</strong>sse gênero.<br />

Jacarandá.— O mercado está muito firme, o os<br />

preços com tendência <strong>de</strong> subida.<br />

Couros.—Vista a estação adiantada, o mercado<br />

<strong>de</strong> couros tomou-se muito frouxo, c as transacções<br />

forão insignificantes.<br />

Tapioca,—Sempre sem movimento algum.<br />

No mercado do mudos públicos nada oceorreu<br />

digno <strong>de</strong> menção, e o mesmo continua em estado<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> opathla. Cessou a falto <strong>de</strong> numerário,<br />

e o <strong>de</strong>sconto baixou 1 °/0, do 5 •/• o 4 •/,.<br />

Câmbios.<br />

Sobre Londres, a 3 mezes <strong>de</strong> data, 13 marcos<br />

1 3/4 schillings banco por i prazo curto 13 marcos<br />

3 schillings banco por f.<br />

Sobre Paris, a |3 mezes da data, 192 1/2 francos<br />

por 100 marcos banco prazo curto 190 1/2 francos<br />

por 100 marcos banco.<br />

Sobre genova, á 3 meses <strong>de</strong> dato, 193 1/2 lira.<br />

por 100 marcos banco.<br />

Sobro Madríd, á 3 mezes <strong>de</strong> dala, 42 1/4 schíl-<br />

' lings banco por peso forte.<br />

Sobre Lisboa, a 3 mezes <strong>de</strong> data, 46 schillings<br />

banco por 19000.<br />

Monlevidéo 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

Pouco tenho <strong>de</strong> acerescentar ao que lhe disse nas ,<br />

minhas correspondências anteriores relativamente<br />

a paralysação do commercio nesta praça durante o<br />

mez que hoje finda, a não ser que no <strong>de</strong>curso da<br />

"ultima quinzena forão ainda mais limitadas, do que<br />

as anteriores, as transacções que se flzerão.<br />

Como da costume em todas as praças commcrciaes,<br />

quasi todas as casas suspen<strong>de</strong>m durante o mez <strong>de</strong><br />

Dezembro suas transacções para se oceuparem noa<br />

respectivos balanços.<br />

O mercado está supprido em geral <strong>de</strong> todos os<br />

gêneros, limitando-se acluahnente o consumo <strong>de</strong>stes<br />

aos habitantes do Departamento <strong>de</strong>sta Capital; é<br />

porém mui provável, se não certo, que no erftrante<br />

mez <strong>de</strong> Janeiro tudo mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> face, o que os gêneros<br />

estrangeiros, em avultada quantida<strong>de</strong> armazenados,


srjfto procurados pelos negociantes da Campanha, e<br />

pelas povoaçOcs qne <strong>de</strong>morão Uruguay á cima.<br />

As entrados durante o mez, e mui particularmente<br />

na ultima quinzena ferio numerosas. Dentre outros<br />

gêneros entrados <strong>de</strong> diversas procedências; nota-se<br />

quo da llollanda tem entrado muito assucar cm pedra<br />

o genebra, fazendo este ultimo gênero, pela sua<br />

abundância e baixo preço, limivcl concorrência á<br />

nossa aguar<strong>de</strong>nte, que, mais dias menos dias, per<strong>de</strong>rá<br />

os mercados do Prata se a seu respeito não se<br />

tomar alguma medida protectora.<br />

Durante o período a que me refiro, trabalharão<br />

alguns itala<strong>de</strong>iros matando apenas cerca <strong>de</strong> 20 mil<br />

bois, com cujos produetos seguirão para o Império<br />

• outros pontos alguns navios Ultimamente <strong>de</strong>spachados.<br />

Efs aqui um ligeiro balanço da importação e exportação<br />

havida entre as praças do Império e as <strong>de</strong>sta<br />

Republica na ultima quinzena, e assim o numero e<br />

nomes dos barcos Brasileiros qoe aqui se achão a .<br />

espera <strong>de</strong> carne.<br />

fíalancele da navegação e commcrcio <strong>de</strong> importação \<br />

e exportação entre o Império e esta Republica.<br />

Durante a 2.' quinzena do corrente mez <strong>de</strong> Dezembro<br />

entrarão dos portos do Império.<br />

BRASILEIROS.<br />

Na» ios Toneladas Equipagem<br />

6 1.718 103<br />

ESTRANGEIROS.<br />

Navios Toneladas Equipagem<br />

1 1.209 44<br />

Bahirfo durante a mesma para os porto» do Império.<br />

SSASlLEfSdfi. |<br />

' tvios Tonelada. Equipagem<br />

6 1.959 101<br />

ESTRANGEIROS.<br />

Navios Toneladas Equipagem<br />

0 3.237 135<br />

Formondo uns e outros 18 navios entrados o sabidos,<br />

<strong>de</strong>stes 1 vapor Brasileiro em lastro o 2 estrangeiros.<br />

Importação.<br />

Durante o mesmo período entrarão neste mercado<br />

proce<strong>de</strong>ntes do Império :<br />

Aguar<strong>de</strong>nte.-—62 Pipas. Este artigo continua<br />

sustentando o preço <strong>de</strong> 509800 prata por pipa <strong>de</strong><br />

138 galões <strong>de</strong>spachada ; e com tendência <strong>de</strong> subir<br />

se as entrados forem mo<strong>de</strong>radas; e não entrarem<br />

móis espíritos <strong>de</strong> outros países.<br />

A murar.—2.310 Barricas, 100 meias ditas, e<br />

23 fechos branco, o 182 barricas, 2 fechos, e 300<br />

sacos mascavo.<br />

Nenhuma venda se tem feito dos novos, em conseqüência<br />

dos armazeneiros não quererem comprar<br />

antes do novo anno, so não o preciso para as necessida<strong>de</strong>s<br />

da praça. Das existências anteriores se tem<br />

vendido o bronco a 23450 praia, e o mascavo a<br />

f «800 (arroba do 25 libras).<br />

Atroz. —103 Sacos. Foi esta o unira entrada que<br />

houve <strong>de</strong>ste artigo, proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Senta Catharina<br />

que foi vendido em leilão pela sua inferior qua<br />

lidado a 900 réis prata (arroba <strong>de</strong> 28 libras]<br />

Nota-se mais alguma firmeza noa preços <strong>de</strong>ste<br />

artigo.<br />

Gomma.— 102 Socos. O mercado acha-se bem<br />

sorlido, c ha muito pouca <strong>de</strong>mando <strong>de</strong>ste artigo,<br />

não leiido-sc feito transacção alguma durante a quinzena.<br />

Berra ma/s.—22 volumes. O mercado acha-se<br />

abundantemente supprido, tonto da do Paranaguá,<br />

como da Missioncira, c da Cerra; sc flzerão algu<br />

mas vendas cm fracçOcs aos preços seguintes: Paranaguá<br />

a 28100; Missioncira a 29200; e da Cerra<br />

do 18600 d 28000 prata <strong>de</strong>spachada (arroba <strong>de</strong> 25<br />

libras) segundo a qualida<strong>de</strong>.<br />

Mcl.—hQ Barris. Existem por ven<strong>de</strong>r. Seu preço<br />

regula a 68400 prata o barril <strong>de</strong>spachado.<br />

Ma<strong>de</strong>iras. —í03 Vigas, 480 taboas, 9.500 achas<br />

<strong>de</strong> lenha, e 176 dúzias <strong>de</strong> ripai.<br />

Cafe. — 29 Sacas. Não ha Interesso por esse artigo,<br />

cujos preços tem <strong>de</strong>clinado. As ultimas vendas<br />

abtlverio 159200 prata (quintal do 100 libras) em<br />

<strong>de</strong>posito; nio <strong>de</strong>vendo-so consi<strong>de</strong>rar firme este preço<br />

se continuarem as entradas*<br />

Farinha <strong>de</strong> mandioca.— 497 Sacos. Toda a existência<br />

da 1.* quinzena do corrente mez, foi vendida<br />

a 650 réis prata (arroba <strong>de</strong> 25 libras) <strong>de</strong>spachada,<br />

lieando firme este preço.<br />

Fumo.—110 Rolos, e 20 fardos. Para o <strong>de</strong> boa<br />

qualida<strong>de</strong> em rolo ha alguma <strong>de</strong>manda; porem falta<br />

este no mercado. As existências em <strong>de</strong>posito são <strong>de</strong><br />

1.000 rolos, todo interior c difllcil a sua venda<br />

As ultimas transacções forão aos preços dc 39600 c<br />

39800, prato (arroba <strong>de</strong> 25 libras) em <strong>de</strong>posito; o<br />

<strong>de</strong> folho da Bahia inferior ven<strong>de</strong>u-se o 239200 prata<br />

(quintal <strong>de</strong> 100 libras) <strong>de</strong>spachado.<br />

Exportação.<br />

Durante a mesma quizena sahirio <strong>de</strong>ste porto<br />

para os do Império:<br />

JTarçue.—101.806 arrobas) <strong>de</strong> 32 libras), sendo<br />

74,760 arrobas Oriental, c 27.046 arrobas <strong>de</strong> Entre<br />

Rios.<br />

Couros raceuns.—200, sendo 150 Oríenlaes, e 50<br />

<strong>de</strong> Entre Rios.<br />

Couros <strong>de</strong> potro.—ii3 Orienta es.<br />

Línguas serras.—3.666 dc Entre Rios.<br />

Farello."—30 saccos.<br />

Calcula-se ter-se morto na presente mira 28.000<br />

cabeças <strong>de</strong> gado; e as existências <strong>de</strong> fruclosdo paiz<br />

são as seguintes: 54.600 couros vaceuns seccos,<br />

1.500 ditos salgados, 2.200 <strong>de</strong> potro seccos, 104.800<br />

arrobas <strong>de</strong> xarque, 146 tardos <strong>de</strong> clina, 500 dúzias<br />

<strong>de</strong> couros <strong>de</strong> carneiro, 15 fardos <strong>de</strong> garras, 60 caixões<br />

<strong>de</strong> sebo <strong>de</strong>rretido, e 300 toneladas <strong>de</strong> ossos.<br />

Fretes <strong>de</strong> carne para o Brasil.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. 450 rs. prata, por". •<br />

quintal (<strong>de</strong> 1001).<br />

Bahia , 550 rs. prata, por<br />

quintal (<strong>de</strong> 100£ ' e 5 */• <strong>de</strong> copa.<br />

Pernambuco. 650 rs. prata, por<br />

quintal (<strong>de</strong>i 00 £).<br />

Cambias.<br />

Sabre Londres, 41 a 411/2 pence por peso <strong>de</strong> 800 rs.<br />

prata.<br />

» França, 82 a 83 francos por onça <strong>de</strong> 16 pataeões.<br />

» Rio <strong>de</strong> Janeiro, 289800 por onça <strong>de</strong> 16 patacões.<br />

Perfeito.<br />

Estado sanitário.<br />

Consulado Geral do Brasil em Monlevidéo, aos 31<br />

<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862»<br />

Vinhos e vinagre.—Retalha-se pelos preços cor*<br />

Nata.<br />

: a Lampe Vianna, 12 a or<strong>de</strong>m, 10 a Luta, 4 a<br />

rentes, obtendo o <strong>de</strong> Lisboa dc melhor qualida<strong>de</strong> Fiorito, 8 a Dacnicker, 6 o Wollenweidcr, 4 o D.<br />

Navios qoe fleio carregando neste porto para os mais alguma dfflerença.<br />

do Império.<br />

'Hubcr, 3 o L. <strong>de</strong> Ivcrnois, 2 a V. J. Sarmento, 1<br />

Polaca hespanhola San Agostin, 3.000 quintaes<br />

Exportação.<br />

a Laemmert, 1 a C. Crctén, 1 a Gerber, 1 a Gomes<br />

xarque.<br />

e Cohc— Fazendas dc lia: 20 volumes a E. Po-<br />

Assucar.—Nenhuma venda notável se foz: concher, 6 a Gerber, 3 o Dacnicker, 3 o Hascnclever,<br />

Brigue brasileiro Rcstaurador, 2.400 quintaes<br />

xarque.<br />

servou nos pequenos o preço corrente do banco 2 o Luiz, 1 o Wille, 1 o Koch, 1 a Gomes e Cohc.<br />

a 28100 e 29200, e mascavado <strong>1863</strong>0 a 19750 rs. — Fazendas <strong>de</strong> Unho: 10 volumes a Wille, 3 a<br />

Hiato oriental Final Fia, 5.500 quintaes xarque.<br />

Aguar<strong>de</strong>nte.—Conserva 509900 a pipa.<br />

Pechcr, 2 a Gerber, 2 a D. Hubcrt, 1 o J. M.<br />

Barca i<strong>de</strong>m Angelita, 5.000 quintaes xarque.<br />

Algodão.— Vendcu-sc a 139000 a arroba.<br />

Monteiro, 1 o Lausac.— Fazendas mixtas: 7 volumes<br />

a E. Pechcr, 6 a D. Hubcr, 4 a Lutz, 1 a J.<br />

Ca/c, cacéo e couros. — Nada constou que se fi­ A. Martins. — Fazendas do seda: 2 caixas a Gerber,<br />

zesse.<br />

1 o Hascnclever, 1 a Gomes o Cohc.— Ferragens:<br />

Par*.<br />

Fumo em folha. Pouco so fez pelos preços cor 3 caixas a Souza Alves e Stelling, 3a B. J. Pinto,<br />

rentes.<br />

RENDAS PUBLICAS.<br />

1 a Lecomto.<br />

Graixa: 1 caixa a Lausac, 1 a Melgaço.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga.<br />

Instrumentos <strong>de</strong> mathcmatica: 2 caixas a A. P.<br />

Descargas para o dia O do •Ja­<br />

Bendimenlo até o dia 20 <strong>de</strong> Dezembro. 80: 6599902<br />

Bebouços.— Instrumentos <strong>de</strong> musica: 2 caixas a<br />

neiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Fry, 1 o Souza Alves dt Stelling, 1 a J. da Silva<br />

Rccebedoria.<br />

PARA' S AtFANDECA.<br />

Ribeiro, 1 a G. Moreira.— Instrumentos dc óptica :<br />

Bcndimcnto até o dia 20.<br />

Ter o pose.<br />

Bendimenlo ale o dia 20........<br />

22:6279295<br />

1:7779200<br />

Navios atracados.<br />

Galera franc Lusitano, do Havre.<br />

— franc France e Chili. i<strong>de</strong>m.<br />

Barca ing. Silver Craig,àc Liverpool.<br />

1 caixa a Guinemand.<br />

Licores: 2 caixas o Delcrois dt Rossel, 1 a Lavautt,<br />

1 a Boultc.—Linha: 4 Caixas a B. Lejeune,<br />

1 a or<strong>de</strong>m.—Livros: 1 caixa a Mariano <strong>de</strong> Brito.—<br />

Louça: 1 caixa a Ernesto F. dos Santos, ia Pfa­<br />

Santa Cata.<br />

Bendimenlo até o dia 29<br />

2-249000<br />

Caixa Filial.<br />

TAXA DE DESCONTO 10 •/„.<br />

BMRCTORES DE SEMANA.<br />

Joaquim Victorino <strong>de</strong> Souza Cabral<br />

Joaquim Francisco Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Fm saveiros.<br />

Barca port. Vsnlurosm, do Porto.<br />

— mg. Haimtota, do Liverpool.<br />

— ing. MisUetoe, <strong>de</strong> Londres.<br />

— nruss. Ida S., <strong>de</strong> Glisgow.<br />

— Iicsp. Carmen, <strong>de</strong> Malaga.<br />

Brigue soeoo Henrick, da Hamburgo*<br />

— ing. JoAn Barley, i<strong>de</strong>m.<br />

Patacho ing. Onda, do Ncw-York.<br />

VARA OS TRAPICUBS ALPANDEGADOS, E DESPACHO<br />

SOME SOVA.<br />

lzgraf.<br />

Machinismo: 12 Volumes a J. Paulo Cor<strong>de</strong>iro, 1<br />

0 Chauvet» 1 a J. Villoneuve.— Ma Uns <strong>de</strong> viagem:<br />

1 caixa a Gilles.— Manteiga: 200 barris a Calbó,<br />

200 a Dc cos ler d, 140 o Larrivicre, 100 a Binoche,<br />

100 a Koch ler, 10 a Ulrich Stengcl, 50 a J. M. Coelho,<br />

50 a Or<strong>de</strong>m, 40 a J. A • da Gosta Carvalho, 25 barris<br />

e 50 meios a I. V. Tourmbo, 25 barris a Gomes<br />

e Cohc, 20 barris, 10 meios o 5 caixa a Maciel o<br />

Costa, 10 meios a Weitzmann, 10 a Mosle Lac<br />

kmann.—Massas : 2 caixas a Knblet.— Meias : 1<br />

caixa a G. Gusot. — Mobília; 9 volumes a Barbosa<br />

Parahyba do Norte.<br />

O rendimento da Alfân<strong>de</strong>ga no mez <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong>....j. 27.9259804<br />

Dito em Novembro <strong>de</strong> 1861.... 28:2159208<br />

Dito em Novembro <strong>de</strong> 1860.... 8:2809*45<br />

Ceara.<br />

A Alfân<strong>de</strong>ga ren<strong>de</strong>u até o dia 26 .. 37:6189013<br />

Barca amer. Whenheimer, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />

. — amer. Agnis, dt Baltimore.<br />

— port. Maria, da Ilha do Sal.<br />

— port. Silencio, do Porto.<br />

Brigue port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

— port. Minho, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />

— ' russo IWdYní, <strong>de</strong> Copenhague.<br />

Polaca hesp. Isabel Ha,' dc Buenos-Ayres.<br />

Patacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />

o Castro, 8 a J. da Silva o Araújo, 5 a Condido José<br />

Rodrigues Torres, 2 o Or<strong>de</strong>m, 1 o Collin Filho, 1<br />

a Costrejean, 1 o J. Ferreiro, 1 o M. Gomes <strong>de</strong><br />

Oliveira, 1 J. Perrot, 1 a Leuba. 1 a Or<strong>de</strong>m.—<br />

Modas: 2 caixas a J. Lacarricrc, 2 a Larrivivicre,<br />

2 a Tribouillct, 2 a Luiz, 1 a Dclevofl, 1 a J. Pedreiro<br />

<strong>de</strong> Souza, 1 a G. <strong>de</strong> Castro, 1 a Koch, 1 a<br />

Deeap, 1 a Destas Didof, 1 a Berr.<br />

Objectos <strong>de</strong> armarinho: 5 vols. a Umlauf, 4 a<br />

M. M. da Silva Vianna, 2 a Wahneau, 2 a B. R.<br />

Pernambuco.<br />

Rendimento até o dia 30 <strong>de</strong> Dascmbro.<br />

EXPOIITAÇÂO.<br />

Coelho, 2 a J. A. <strong>de</strong> Mattos Lobo, 2 a J. B. da<br />

Costa, 2 a J. A. <strong>de</strong> Mattos, 1 o J. F. Nunes <strong>de</strong> Carvalho,<br />

1 o J. N. <strong>de</strong> Souza Júnior, 1 a A. S. Silve<br />

Alfân<strong>de</strong>ga...<br />

Rocebedorín<br />

Consulado Provincial<br />

506:3659996<br />

41:1919861<br />

104:9729009<br />

KmURCiÇÕKS DESPACHADAS NO DU 8 DE JANEIRO.<br />

Marseillc—Brig. franc. Frankltn,<strong>de</strong> 330 tons., consig.<br />

Fratclli Zigoago; manif. 3.550 sacas c 11 barricas<br />

<strong>de</strong> cate.<br />

Ferraz, 1 a Heyn, 1 a H. do Monto dt Gomes, 1 a<br />

Favre, 1 a Peroira Irmão dt Araújo, 1 a Monteiro<br />

dt Ferreira, 1 a Irmão Dcspiau; 1 o Gomes & Cone.<br />

— Objectos paro chopoleiro: 9 caixas o F. Schmidt,<br />

Kio da Prata—Paq. ing. Meretm» <strong>de</strong> 650 tons., consig. 3 o W. Sibcth ,2a Chastcl, 2 a Costa Braga* 1 a<br />

Balila, 4 da Janeiro «le 1*4*3. o Gerente da Real Companhia <strong>de</strong> Paquetes Inglezes a<br />

Vapor; manif. 149 sacos <strong>de</strong> cate, 6av rolos dc fumo<br />

PRAÇA DA OAIIIA, 3 DB DEZEMBRO ÀS 3 HORAS DA e varias encommcndas*<br />

TARDE.<br />

Rio Gran<strong>de</strong>—Pol. hesp. Corinosa, dc 159 tons., con­<br />

Câmbios.<br />

sig. Caibo & Comp.; segue com parte da carga com<br />

que entrou por franquia.<br />

Sobre Londres—27 3/4 a 28 d/s a 90 d/v.<br />

» Poris— 340 rs. por fr.<br />

Soulhampton c escalas—Paq. ing. Magdalena, <strong>de</strong> 1.860<br />

tons., consig. o Gerente da Real Companhia <strong>de</strong> Pa­<br />

» Lisboa —98 o 103 •/• <strong>de</strong> prêmio.<br />

quetes Inglezes a Vapor; manif. 65 surrões<strong>de</strong> Ipecacunuha<br />

e varias encommcndas.<br />

Metaes.<br />

Santa Catharina—Barca bras. Valle,<strong>de</strong> 283 tons.,con­<br />

Onças hespanholas 299500 • 309000 esc. sig. Nogueira Ac Irmão; manif. vários gêneros.<br />

» mexicanas 299000 a 309000<br />

Patacões brasileiros 29900<br />

» hcspanhúcs 29000<br />

DESPACHO DB EXPORTAÇÃO NO MA 8 Dl JANEIRO.<br />

• mexicanos. . • 19900 a 19960 Cabo da Boa Esperança—No brig, Ing. A. Mald, Dccos-<br />

RENDIMENTOS.<br />

terd & Pra<strong>de</strong>z, 202 sacas <strong>de</strong> cale.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga.<br />

Lisboa—No barca port. Silencio, Costa Cabral & Comp.,<br />

38 sacas <strong>de</strong> café.<br />

atendimento até o dia 3 <strong>de</strong> Janeiro... 29:0768467 New-York — No brig. ing. Kanagona, Franghiadi ét<br />

Rodocanacbi, 198 sacas <strong>de</strong> cate<br />

Mesa <strong>de</strong> rendas provinciaes.<br />

Rio da Prata— No brig. nac. Tentador, Marcclino Pe­<br />

Rendimento do dia 3 <strong>de</strong> Janeira..... 4:0009687 reira Me<strong>de</strong>iros, 100 barricas <strong>de</strong> assucar; José Dias<br />

Pereira, 79 rolos <strong>de</strong> fumo; Antônio José Gomes,<br />

120 ditos dc dito.<br />

Lccomtc.—Objectos para chapcos <strong>de</strong> sol: 3 caixas<br />

0 P. Qucrin, 2 a Falque, 1 a M. J. Alves Pereira, 1<br />

aCoIlomb, 1 a Pastoríno, 1 o or<strong>de</strong>m. —Objectos<br />

diversos: 22 vols. a Lehcrecy, 10 a M. F. Serpa, 2<br />

a Ivcrnois, 2o M. A. Carneiro Corrêa, 1 a Corneiio<br />

Filho, 1 o 11. R. da Cunha, 1 a Gomes dr Cone.—<br />

Objectos <strong>de</strong> escriptorio: 3 caixas a Lizen, 2 a Passos<br />

dt Ferreira, 2 o Lcuzingcr, 1 a Wilmot, 1 o Domore,<br />

1 a Licntand. —Objectos paro fumista: 4 caixas a<br />

Leon Ferre.—Objectos para impressor: 3 vols. a<br />

Filiponc, 2 a Morange, 1 a Lodovig. —Objectos<br />

para lampista: 2 caixas a Madci, 1 a Souza Alves dJt<br />

Stelling, 1 a Vannet.—Objectos para photographia:<br />

5 caixas a D. L. Cypriano Aranha.—Objectos para<br />

sapateiro: 1 caixa a Regis. —Objectos para segeiro:<br />

1 caixa o S. D. Dizier.—Objectos para siriguciro:<br />

1 caixa o Silva Porto & Santos.<br />

Papel: 35 caixas a J. Willeneuve, 27o C. Mnsset,<br />

14 a Typographía Nacional, 5 a A. G. Guimarães,<br />

4 o A. J. Gonçalves <strong>de</strong> Souza, 2 a Leuzinger,<br />

2 a Rcgls, 1 a J. G. Guimarães.—Papel<br />

pintado: 8 caixas o C. Mosset, 6 a Gonçalves Garcia.—<br />

Pedras do amolar: 119 a Shaw.—Pelles<br />

preparadas: 3 caixas a J. J. Amorim Coelho, 3<br />

0 or<strong>de</strong>m, 2 a Wille,2 o J. J. Tissot, 1 a Heyn,<br />

REVISTA DO MERCADO.<br />

De 29 <strong>de</strong> Dezembro a 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

A epocha <strong>de</strong> balanços e festas oceasínonárão as<br />

insignificantes transacções tanto <strong>de</strong> importação como<br />

<strong>de</strong> exportação.<br />

—No Brig. nac. Mercantis, Marcolino Pereira <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>i­<br />

1 a Sire, 1 a J. C. Ferreira Souto, 1 a Ser toai<br />

ros, 10 dúzias da cosladilbo.<br />

o Silva, 1 a M. A. R. Meirelles, 1 a Gonçalves<br />

CflpeHa, 1 a B. 11. <strong>de</strong> Foria. —Perfumarias: 6<br />

Soulhampton—No paq. ing. Magdalena, Muhklc Kcsitefis<br />

áf Comp., 20 surrões <strong>de</strong> ipecacuanba; Gomes<br />

caixas a F. sf. Brandão, 2 a Boultc, 1 a Leon<br />

Pacheco ôc Hill, 35 ditos <strong>de</strong> dita.<br />

Ferre, 1 o Leuba, 1 a Niobey, 1 a Pereira Irmão<br />

e Araújo 1 a II. R. da Cunha, 1 a Gomes e<br />

Cohc.—Planos: 6 caixas a Beviláqua, 3 a A. J.<br />

Não houve nenhuma alteração nos preços da ul­<br />

<strong>de</strong> Freitas e Dias, 3 a Ralfard, 2 a Schlegel, 2<br />

tima revista.<br />

Em acçoes noda se fez, por se estar recebendo os<br />

IMPORTAÇlO.<br />

a V. Preole, 2 o Fiorita, 2 a V Sidow, 1 a C.<br />

J. Rodrigues Torres.—Pontos <strong>de</strong> Paris: 2 caixas<br />

divi<strong>de</strong>ndos.<br />

Km cambio não houve alteração.<br />

MANIFESTOS.<br />

o Souza Alves Stelling,. 2 o Leite Leal. — Porcelanas<br />

: 9 caixas a Esticnnc, 3 a C. Massct, 2 a<br />

Nos <strong>de</strong>scontos tombem não houve alteração.<br />

Fretamentos — nada transpirou além do notado GALERA FRANCEZA—PRANCE dt CHILI—DO HAVRE.<br />

Cornelio Filho, 1 o Ktchbarnc.— Pregos: 10 volumes<br />

a Klingclhoefer, 2 a Lcherlcy, 1 a Breissan.<br />

da semana passada.<br />

Ácidos: 1 caixa a Barthelemy.—Agua mineral: —Prensas: 1 caixa a De Pau c Hock.<br />

Entrou 1 do bacaiháo, 1 <strong>de</strong> chorque <strong>de</strong> Monle­ 38 caixas ao Gerente da casa das bixas monstras — Quadros: 1 coisa a C. Massct.—Queijos: 2 caividéo,<br />

1 <strong>de</strong> carvão, 1 <strong>de</strong> Liverpool com fazendas, Aguar<strong>de</strong>nte: 1 barril a P. Lavautt, 1 a Pfafzgraf, xas a D. Hubcr. 1 a Girard.—Quinquilharias: 4<br />

1 arribado por falta <strong>de</strong> lastro 5 cm lastro, e o vapor 10 caixas a L. Chauvet.—Alvaia<strong>de</strong>: 4 barricas a caixas a Fry, 3 a Cantais, 2 a Leite Leal, 2 a<br />

inglez.<br />

Giros..—Armamento: 24 caixas a Laport, 1 a Luiz Breissan, 2 a Hascnclever.<br />

Sahirio 8 embarcações com gêneros do paiz, 1 Rodrigues dá Costa.—Arreios: 2 caixas a Gilles, Belojoaria: 1 caixa a Bouty.—Roo pa feita: 15 vols.<br />

com azeite <strong>de</strong> palma, 2 com as cargas com que I 1 a H. Vigoíer.—Assucar refinado: 2 barricas a J. a K. Pechcr, 9 a Glctte, 3 a-Kohlct, 3 a Gomes e<br />

entrarão dc carvão e carne, 1 o tomar laslro no | G Guimarães, 1 o Percebe. -Azeite vegetei: 2 barria Coke, 2 a Iloimann o Coke, 2 a Pinchnnell, 2 a F.<br />

Morro, 3 em lastro e vapor inglez.<br />

a J. Petit, 2 a C. Massct, 2 a Pfalzgraf.<br />

Larrivicre, 2 a E. Do!, 2 o Vollenwci<strong>de</strong>r, 1 a F.<br />

Mseieteneias.<br />

Barbante: 3 fardos a B. Rodrigues Cardoso.—<br />

Barro: 10 barricas a B. J. Pinto Batatas: 2.326<br />

Segond, 1 a Souza Alves c Stelling, 1 a Etckborne,<br />

1 a Dacnicker, 1 o Koch, Io E. J. F. Guimarães,<br />

Bacaiháo —1.600 barricas e 2.840 ditas sobre caixas a Binoche, 1.205 a Dreyfus, 1.000 a F. J. 1 o S. P. da Costa Aguiar, 1 a J. A. <strong>de</strong> Mattos,<br />

agua.<br />

Martins <strong>de</strong> Oliveira, 1.000 o Targini, 500 a Baptísia 1 o Leuba.<br />

Chorque do Rio Gran<strong>de</strong> —30.000 arrobas.<br />

Dito do Rio da Prata — 40.000 ditas.<br />

Farinha dc trigo—18.000 barricas. .<br />

e Carneiro, 500 a Larrivicre, 300 o Monteiro e Ma­ Sabão: 1 caixa a B. R. da Cunha.—Tinta <strong>de</strong><br />

chado,—Brinquedos:. 10 caixas a Souza Alves e imprimir: 7 barris a.J. Villeneuve.—Tinta: 10 vo­<br />

Slelling, 3 a B. Dous.-Bronzes: 2 caixas a Condido lumes : a C. Massct, 10 a Fry, 7 a Giroo.—Typos:<br />

José Rodrigues Torres.<br />

5 caixas a Boocbaud.<br />

GÊNEROS.<br />

Calçado: 7 caixas a M. Kizitaf, 4 a F. A. Pei­ Velas <strong>de</strong> composição: 100 caixas a D. Huber,<br />

Importação.<br />

xoto da Gama, 2 a J. M. <strong>de</strong> Queiroz, 2 o Le- 1 a A. dc Almeida.—Verniz: 1 Barril a Roucbaud.<br />

comte, 2 a Pinela dt Andra<strong>de</strong> Leite, 2 a Campas, —Vidros: 4 caixas a Ezequiel, 1 a C. Tcillon, 1<br />

Azeile-doce, — Nada entrou: consorte 59000 a 2 a Sire, 2 a F. Sebmidt,. 2 a Voigt, 1 o Souza a J. Viallis, 1 a Janvrot.—Vinho: 4 barris a Pfalz­<br />

canada.<br />

Alves dl Stelling, 1 o Paranbos Valle e Irmão, graf, 2 barris e 1 caixa a í.avault, 2 barris a Collin,<br />

Arroz. — Yen<strong>de</strong>o-sc do estrangeiro <strong>de</strong> 29600 a 1 o R. Lejeune, 1 a Gilles, 1 a F. Braga e Araújo, 22 caixas o Lausac, 1 a Lorrivierc, 1 o Leger.—Vinho<br />

39000 a arroba.<br />

1 a João Pinto Vieira Júnior e Irmãos. 1 a A. ehampagne; 100 cestos a Hamonn, 50 a W.fltbeth.<br />

Bacaiháo. — Entrarão 500 barricas <strong>de</strong> Pernam­<br />

J. Bento da Cunha, 1 a Rcc, 1 a L. d'Ivcrnois.<br />

buco, 2.840 barricas que estão sobre agua: o preço —-Chapéus: i caixas e Moss, 4 a Torres dt Comp.<br />

corrente é nominal: existem 1.600 barricas clo 4 a Gomes e Cone, 2 a Pincbnell, 1 a J. J. <strong>de</strong><br />

terra.<br />

Araújo Lopes, 1 a Vieira <strong>de</strong> Carvalho e Irmão, ENTRADAS POR CABOTAGEM NO DIA 8 DR JANEIRO<br />

1 o Barros Franco e Siqueira, I a Miguel da Costa<br />

DR <strong>1863</strong>.<br />

Chorque.—Entrarão 4.500 quintaes <strong>de</strong> 100 libras Faria, 1 a J. A. dc Carvalho Miranda, 1 a Gui­<br />

<strong>de</strong> Montevidéo, qoe se ven<strong>de</strong> <strong>de</strong> 39000 a 49000, e<br />

Gêneros nacionaes»<br />

marães Coelho, 1 a E. J. F. Guimarães, 1 a<br />

existem 40.000 arrobas; e do Rio Gran<strong>de</strong> que sc Gilles, 1 a Gama c Bessa, 1 a Saupíquet, 1 a J. Algodão: 3 sacos.—Assacar: 35 calias e 19bar­<br />

ven<strong>de</strong> <strong>de</strong> 39000 a 59000, existem 30.000 arrobas. A. Lopes, 1 a J. F. da Silva Braga, 1 a J. A. ricas.—Café: 2.236 socos.—Fumo: 1.148 rolos.—<br />

Canhamaço.—Vcn<strong>de</strong>o-sc <strong>de</strong> 109000 a 119000 a .da Moita.—Chapéos <strong>de</strong> palha: 6 caixas a Gomes Jacarandá: 6 dúzias.—Milho: 5 sacos.—Toucinho:<br />

peça.<br />

e Cone, 1 a Saupíquet.—Cobertores: 1 fardo a B. 64 arrobas.<br />

Farinha <strong>de</strong> trigo.— Entrarão 250 barrico s <strong>de</strong> Lejeune.—Cofre <strong>de</strong> (erro: 1 caixa a V. Hamelicr.<br />

Pernambuco: <strong>de</strong>scarregou o ultimo carregamento —-Conservas: 1 caixa a C. Massct.— Christacs:<br />

vindo da America, mas não sc sobe si se ven<strong>de</strong>u : 1 «caixa a C. J. Rodrigues Torres, 1 a Lopes ds<br />

existem 18,000 barricas.<br />

Çomua.<br />

NOTICIAS MARÍTIMAS.<br />

O Brigue Inglez Kelwin, e a Barca Nacional<br />

Genebra.— Vendêr3o-so o 89000 OS garra fões, as Doces: 2 caixas a Londiere, 1 a A. <strong>de</strong> Almeida. Caledoma sabidos do Rio <strong>de</strong> Janeiro, chegarão a<br />

frasqueirasa 69OOO, e as botijas <strong>de</strong> 400 a 410 cada — Drogas: 35 volumes a Gary, 11 a M. Teixeira Bahia no dia 2 do corrente.<br />

•ma.<br />

Cardoso, 6 a C Massct, 6 a E. Cbevelot, 6 a H. O Vapor Oyapoek chegou a Pernambuco no dia<br />

Prins, 4 a Barthelemy, 4 o Reyhncr, 3 a J. Vlallis, 30 dc Dezembro.<br />

Manteiga»—TLnlr&tâo 205 barris: sustenta o preço<br />

3 a Bcrrini, 2 a Gestas, 1 ao gerente da casa das<br />

corrente nominal.<br />

O Brigue Darque sahio da Bahia para este porto<br />

bichas monstros, 1 a Bauchieri, 1 a J. A. <strong>de</strong> Car­ no dia 2 do corrente.<br />

Sal.— Sem alterarão do preço corrente.<br />

valho.<br />

Vellascompostas,—<br />

o preço corrente.<br />

Entrarão 28 caixas: sustanta Farinha <strong>de</strong> trigo: 150 barricas a Irernois, 6 a<br />

Cock Lcvcrd-— Fazendas <strong>de</strong> algodão: 17 volumes<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typographía Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />

Roa da Guarda Velha junto á Secretaria do Império,


CORTE.<br />

POR ANNO i2$0Ò0<br />

POR SEIS MEZES. . . 6«7J>000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL.<br />

POR TRES MEZES. . 3#>000<br />

ANNO DE 1865.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

IIIXISTI.IMO DD IMPÉRIO.<br />

Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />

so faz poblico que a 12 do corrente mez Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> O Imperador assistirá na Imperial Quinta<br />

da Boa Vista á missa que alli se lio <strong>de</strong> celebrar ás<br />

10 horas da manhã, pôr ser o dia do annivcrsario<br />

do iullccimcnto do Sr. Duque <strong>de</strong> IIesse, irmão do<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz; <strong>de</strong>vendo a Cdrte comparecer<br />

neste acto do casaca bordada c vestuário<br />

preto.<br />

• Secretario dc E>tado dos Negócios do Império<br />

•em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>. — Fausto Augusto <strong>de</strong><br />

Apuar.<br />

DECRETOS»<br />

Senhor.— A insufltcioncía dc algumas dos quantias<br />

concedidas pelo artigo 5. 9 da Lei n.* 1.114, <strong>de</strong><br />

27 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1860, e Decreto n.* 2.961/<strong>de</strong> 23<br />

<strong>de</strong> Abril ultimo, para as <strong>de</strong>spezas do Ministério da<br />

Marinha no exercício dc 1801 a 1862, dá logar<br />

ao npparecimcnto do déficit, no importância <strong>de</strong><br />

150:4469914 rs., para o que sc torna necessário a<br />

abertura <strong>de</strong> nm credito complementar <strong>de</strong> igual importância,<br />

a fim <strong>de</strong> saldor-so a todas as rubricas do<br />

mesmo Ministério no referido exercido.<br />

A tabeliã junta, organisada pela Contadoria da<br />

Marinha, <strong>de</strong>monstra:<br />

Que o credito votado pela Lei<br />

n.° 1.114, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Setembro do<br />

1860, foi dc 7.209:7939184<br />

Que o supplcmcnlar concedido pelo<br />

Decreto .916, <strong>de</strong> 23 dc<br />

Abril próximo lindo, foi <strong>de</strong>.... 125:9299329<br />

Somma total<br />

Calculado a <strong>de</strong>speza paga até hoje,<br />

e bem assim a presumirei como<br />

realisada, dc que. porém, a Repartição<br />

n;ln teve ainda conhecimento<br />

ofllcial, cm.<br />

Apparece, feita a <strong>de</strong>ducçio, o sobra<br />

<strong>de</strong> .<br />

7.335:7229513<br />

7.050:7379502<br />

284:9859011<br />

Este seria o resultado dos gastos no exercido <strong>de</strong><br />

que sc trata, sc u Lei permitlissc, que com as so-*<br />

bras <strong>de</strong> umas rubricas, sc satisfizessem as <strong>de</strong>ficiências<br />

<strong>de</strong> outras.<br />

Não tendo, porém, Isso logar, resulta que ao<br />

passo que apparece o sobra <strong>de</strong> 435:4319925, verifica-se<br />

a existência do déficit do 150:4469914 nos<br />

paragraplios seguintes:<br />

14.— Força naval<br />

15.— Navios <strong>de</strong>sarmados<br />

20.— Reformados<br />

23.— Despezas extraordinárias e<br />

eventuaes<br />

114:9889158<br />

4579845<br />

5:6829201<br />

29:3189710<br />

150:4469914<br />

Dão origem a este déficit as seguintes causas:<br />

No § 14 maior <strong>de</strong>speza com os vencimentos das<br />

guarnições das Corvetas Rahiana e imperial Marinheiro,<br />

nos viagens <strong>de</strong> instrucção a Europa, e dos<br />

dos Vapores Beberibe e Paraense nos Estados-Unidos,<br />

com a creação da Esquadrilha na Uruguayono:<br />

Vapor Belmonte na Província do Amazonas, e differença<br />

dc vencimentos <strong>de</strong> Ofliciaes do diversas classes,<br />

quo forão promovidos.<br />

No § 15 augmento <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza com o pessoal dos<br />

navios <strong>de</strong>sarmados, <strong>de</strong>pois do ultimo credito.<br />

No § 20 reformas concedidas a Ofllciaes e praças<br />

do pret dos Corpos dc Marinha.<br />

No § 23 finalmente, augmento com a dilferença<br />

<strong>de</strong> cambio dos saques feitos pela Divisão Naval do<br />

Rio da Prata, ajudas <strong>de</strong> custo a Ofliciaes em commissão<br />

e outras <strong>de</strong>spezas não previstas.<br />

As sobras apparcccm nas verbas seguintes:<br />

1.* Secretaria do Estado.<br />

§ 2.° Conselho Naval<br />

§ 3.* Quartel General da Marinha.<br />

; " •<br />

$ 4.* Conselho Supremo Mililar<br />

• • •.<br />

§ 5.* Auditoria c executor ia...<br />

\ 6.* Contadoria<br />

7.* Corpo do Armada cClasses<br />

anncxas<br />

% 8.* Batalhão naval<br />

» 9.* Corpo <strong>de</strong> Imperiaes Marinheiros<br />

$ 11.* Intendências e accessorios.<br />

2 12.* Arsenoes<br />

§ 13.* Capitanias <strong>de</strong> Portos<br />

•1 16.* Hospitaes<br />

§ 18.* Escola <strong>de</strong> Marinha<br />

% 19.* Bibliotheca<br />

§ 22." Obras<br />

4719166<br />

5709187<br />

: 9809186<br />

: 180Ç600<br />

4069129<br />

1589851<br />

100:6459236<br />

7:8099079<br />

26:9199672<br />

8:5819616<br />

119:5779866<br />

12:6849580<br />

7:3019759<br />

4878571<br />

6128413<br />

140:1419950<br />

435:4319925<br />

E, pois, vedando a Lei, como já dito fica, o encontro<br />

<strong>de</strong>ssa sobra com a importância do déficit reconhecido,<br />

corre-me o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> submetter A* Alta<br />

Consi<strong>de</strong>ração dc Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial o incluso<br />

Decreto, abrindo o credito complementar <strong>de</strong><br />

150:4469914, para cobrir o déficit a iludido.<br />

De Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial, subdito fiel e reverente<br />

criado.— Joaquim Raymundo De-L< imare.<br />

— Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />

SABBADO, iO DE JANEIHO.<br />

N." 3.040 A, DB 31 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />

Autorisa o credito complementar da quantia <strong>de</strong> 150:t46|9tt<br />

para as <strong>de</strong>spezas do Ministério da Marinha nu exercício <strong>de</strong><br />

1861 a 1862.<br />

Não sendo sufllcientcs as quantias votadas pelo<br />

art. 5.° da Lei n. 1.114 dc 27 do Setembro <strong>de</strong><br />

1860, e concedidas pelo Decreto n. 2.961 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong><br />

Abril ultimo, para os <strong>de</strong>spezas do Ministério da Marinha,<br />

que correm pelas verbas—Força './aval—,<br />

Navios <strong>de</strong>sarmados—, Reformados—, c Despezas extraordinários<br />

o eventuaes—do exercício <strong>de</strong> 1862, Hei<br />

por bem, no forma do art. 4.° § 2.° da Lei n.* 589<br />

<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Setembro dc 1850, c tendo ouvido o Conselho<br />

<strong>de</strong> Ministros, autorisar o credito complementar<br />

da quantia do 150:4469914, distribuído pelas verbas<br />

acima mencionadas, segundo a Tãbclla que com este<br />

baixa, assignado pelo Chefe <strong>de</strong> Divisão, Joaquim Raymundo<br />

<strong>de</strong> I.amaro, do Meu Conselho, Ministro c<br />

Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Marinha ; <strong>de</strong>vendo<br />

<strong>de</strong>ste augmento do <strong>de</strong>speza dar-se conta o<br />

Assembléa Geral Legislativa, cm tempo opportuno,<br />

para ser cflectivamcnlc approvado. O mesmo Ministro<br />

o Secretario dc Estado assim o íenha entendido<br />

e faça executar.<br />

Palácio do Rio do Janeiro, em trinta e um dc<br />

Dezembro <strong>de</strong> mil e oitocentos c sessenta e dous;<br />

quodragesimo primeiro da In<strong>de</strong>pendência c do Império<br />

Com o Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—Joaquim<br />

Raymundo <strong>de</strong> Lamare. ,<br />

Tabeliã das quantias precisai, para saldar as<br />

verbas abaixo <strong>de</strong>signadas, e a que se refere e<br />

Decreto <strong>de</strong>sta data.<br />

§ 14. Forço Naval .\.. 114*. 9889158<br />

% 15. Navios <strong>de</strong>sarmados 4579645<br />

$ 20. Reformados 5:6629201<br />

§ 23. Despezas extraordinários c<br />

eventuaes 29:3189710<br />

150:4469914<br />

Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 31 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1862.—Joaquim Raymundo <strong>de</strong> La maré.<br />

N.* 3.022 DE 9 DE DEZEMBRO DE 1862<br />

Grêa no Termo da Villa. da Itajahy, na Provincia <strong>de</strong> Santa Catharina,<br />

o togar dc Juiz Municipal, que accumularú as funcçües<br />

<strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> OrphfiòV.<br />

- Hei por bem Decretar o seguinte:<br />

Artigo único. -Haverá no Termo da Villa <strong>de</strong> Itajahy,<br />

na Provincia dc Santa Catharina, um. Juiz Municipal<br />

, que accumularú us funeções dc Juiz <strong>de</strong><br />

Orphãos.<br />

João Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú, do Meu<br />

Conselho, Ministro c Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios<br />

da Agricultura, Commcrcio c Obras Publicas,<br />

e Interinamente dos da Justiça assim o tenha entendido<br />

e faça executar.<br />

Palácio do Rio dc Janeiro aos nove do Dezembro<br />

<strong>de</strong> mil oitocentos sessenta e dous. quadragesimo primeiro<br />

da In<strong>de</strong>pendência e do Império. — Com o<br />

Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador. — João<br />

Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú.<br />

N.° 3.028 DB 9 DE NOVEMBRO DE 1852.<br />

Créa no Termo <strong>de</strong> Santa Maria Migdalena, na Província do Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro o logar <strong>de</strong> Juiz Municipal, que accumolará as<br />

funcçOcs <strong>de</strong> Juiz dc Orphaos.<br />

Hei por bem Decretar o seguinte:<br />

Artigo único. Haverá no Termo dc Santa Mario<br />

Mogdalena, ultimamente croado na Provincia do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, um Juiz Municipal, que accumularú<br />

as funeções <strong>de</strong> Juiz do Orpboõs.<br />

João Lini Vieira Cansansão do Sinimbú, do Meu<br />

Conselho, Ministro eSecretaria do Estado dos Negócios<br />

da Agricultura, Commcrcio e Obras Publicas,<br />

e interinamente dos da Justiça, assim o tenha entendido<br />

e faça executar.<br />

Palácio do Rio do Janeiro em nove <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> mil oitocentos sessenta edous, quadragesimo primeiro<br />

do In<strong>de</strong>pendência o do Império. — Com o<br />

Rubrica do Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador. —João<br />

Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú'.<br />

IIWISTERIO DA GUERRA.<br />

EXPEDIENTE DO DIA 2 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

1.* Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando haver<br />

sido prorogado até o dia 23 dc Dezembro próximo<br />

findo a licença concedida oo 1.* Escriptorario da<br />

4." Directoria Geral <strong>de</strong>ste Ministério Francisco Augusto<br />

<strong>de</strong> Limo e Silvo, que se acha com exercício<br />

na Pagadoría do Tropas.<br />

— Ao Sr. Ministro da Justiça, para que sc 'sirva<br />

expedir as suas or<strong>de</strong>ns, a flm dc quo ao Ajudante<br />

General se apresentem dous Africanos livres d*entre<br />

os existentes na Casa dc Correcção, e que sejão<br />

bem morigerados, paro se empregarem no serviço<br />

do Deposito <strong>de</strong> convalescentcs, creodo na Fortaleza<br />

<strong>de</strong> S. João.<br />

— Ao Conselho Supremo Militar, <strong>de</strong>clarando que,<br />

por Decreto <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro findo, foi concedida<br />

ao 2.* Tenente do 1.° Batalhão <strong>de</strong> Artilharia<br />

a pé, Agostinho Máximo <strong>de</strong> Souza Barradas, a <strong>de</strong>missão,<br />

que pedio, do serviço do Exercito.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m que nesta<br />

data 6 <strong>de</strong>mitlido <strong>de</strong> Vogai do Conselho Administrativo<br />

para fornecimento do Arsenal <strong>de</strong> Guerra<br />

d'aquello Provincia, o Alferes reformado do Exercito<br />

Francisco Joaquim Pereira Lobo, c nomeado para<br />

esse logar o Coronel do Corpo do Estado-Moior <strong>de</strong><br />

2." Classe José Maria Il<strong>de</strong>fonso Jscome da Veiga<br />

Pesada <strong>de</strong> Mello*<br />

OFFIGIU.<br />

2." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Miríislrb da Justiça, remettendo o professo<br />

do Conselho <strong>de</strong> Investigação, feito cm conseqüência<br />

do conflicto oceorrido entre o Soldado do<br />

|.° Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pó, Juvito Augusto<br />

.Ferreira e uma patrulha do Corpo Policial da Corte,<br />

d fim do que S. Ex., tomando em consi<strong>de</strong>ração as<br />

respectivas provas, dc seu parecer sobre o procedimento<br />

das praças do Corpo Policial; a flm <strong>de</strong> tomar<br />

Pato Ministério uiterior <strong>de</strong>liberação quanto ao Soldado<br />

acima mencionado.<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo duos<br />

potentes- pertencentes ao Capitão 'Diago Francisco<br />

Cardoso, e ao 'Alferes Fre<strong>de</strong>rico Ernesto Estreita dc<br />

\filleroy, ambos reformados do Exercito, a flm do<br />

lhes serem entregues <strong>de</strong>pois dc pagos os respectivos<br />

direitos.<br />

— Ao mesmo, communicando que falleceu na<br />

Provincia da Bahia cm 6 dc Dezembro findo, o Coronel<br />

graduado reformado do Exercito, Anastácio<br />

Francisco do Menezes Dorea.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc Goyaz, <strong>de</strong>clarando,<br />

cm resposta ú duvida proposta pelo Commandante<br />

do respectivo Batalhão <strong>de</strong> Caçadores,<br />

relativamente ao pruso <strong>de</strong> tres mezes marcados pelo<br />

Çfccrclo dc 25 <strong>de</strong> Março do anno findo, para u opre- ,<br />

sentação dos <strong>de</strong>sertores, que o referido proso <strong>de</strong>verá j<br />

ser contado da data da publicação do mesmo Decreto<br />

nos districlos cm qife se apresentarem os <strong>de</strong>sertores<br />

que preten<strong>de</strong>rem gozar do Indulto por elle concedido.<br />

— Ao do da Marinha, <strong>de</strong>volvendo o processo do<br />

Conselho dc Investigação do Soldado do respectivo<br />

qorpo <strong>de</strong> Guamição, Américo Antônio José João da<br />

Silva Almeida, a fim <strong>de</strong> que S. Ex. mondo archivar<br />

0 dito processo, visto não estar provado o facto pelo<br />

qual foi elle instaurado, c soltar as praças que se<br />

acharem presas em conseqüência do dito processo se<br />

por ai, o não estiverem.<br />

1 — Ao mesmo, mandando inspeccionar em Junta<br />

dc,Saú<strong>de</strong> os Soldados do 5.* Batalhão dc Infantaria<br />

Vjrginio Antônio dos Santos e Francisco Bibiano dc<br />

Oliveira , e remetter a esto Secretaria <strong>de</strong> Estado o<br />

termo da inspecção e as certidões dc assentamentos<br />

dos ditos Soldados. i<br />

' '•— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, i<strong>de</strong>m, o Soldado do |<br />

Batalhão <strong>de</strong> Deposito, Antônio Sebastião Pereira.<br />

— Ao da do Ceará, exigindo uma certidão dos<br />

assentamentos do Soldado do 7.* Batalhão do Infantaria.<br />

Francisco Thiago do Oliveira, que veio em .25<br />

SwÕljrço do 1860 d'aquella Província.<br />

— Ao da do Maranhão, i<strong>de</strong>m, o do Soldado do<br />

7.* Batalhão do Infantaria, Benedteto <strong>de</strong> Barros<br />

Galvão, quo cm 9 <strong>de</strong> Setembro dc 1859 veio daquella<br />

Provincia.<br />

— Ao da do Para, i<strong>de</strong>m, do Soldado do 7." Batalhão<br />

dc Infantaria, João Manoel Gal vão, que cm 22<br />

dc Junho do 1859 veio daquclla Provincia.<br />

— Ao da Bahia, remettendo o processo do Conselho<br />

dc Guerra do 2.* Sargento Salyro Augusto<br />

Martins, c ao soldado Ludgero Soares Rezen<strong>de</strong>,<br />

ambos da respectiva Companhia dc Artífices, a fim<br />

dc ser cumprida a respectiva sentença.<br />

— Ao do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os dos soldados<br />

do 1.* Regimento dc Artilharia a cavollo<br />

Manoel Caetano e Manoel Francisco dc Quadros.<br />

— Ao <strong>de</strong> dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m os dos soldadados<br />

do 4.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé João Pereira<br />

Borges do Nascimento e Vicente Ferreira <strong>de</strong><br />

Souza.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, i<strong>de</strong>m os dos soldados do<br />

respectivo Batalhão <strong>de</strong> Caçadores João Francisco dc<br />

Sá e Joaquim Antônio Francisco.<br />

— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante da<br />

Escola Central, remettendo o requerimento em que<br />

o 2.° Tenente do 2.* Batalhão dc Artilharia a pé<br />

Paulino Pompilio.<strong>de</strong> Araújo Pinheiro pe<strong>de</strong> licença<br />

para estudar o curso da respectiva arma.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, o do 1.* Ca<strong>de</strong>te do 1.* Batalhão<br />

Virgílio Fcüx Monteiro Tapajóz.<br />

4." Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo, para qoe<br />

haja dc mandar pagar, 24 ferias do Aracnai <strong>de</strong> Guerra<br />

da Corte, sendo 23 relativas & 2.* quinzena c umo a<br />

todo o mez do Dezembro ultimo, processadas na<br />

quantia dc 12.4339(15.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m 5 ditas da Fabrica <strong>de</strong><br />

Armas da Conceição i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m na <strong>de</strong> 2.3369150.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a dos Artífices que trabalharão<br />

nas offlcinas do Arsenal <strong>de</strong> Guerra durante<br />

a referida quinzena, i<strong>de</strong>m na dc 2879660.<br />

— Aa mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m o folha dos vencimentos<br />

<strong>de</strong>s Empregados das Obras Militares relativas ao<br />

mez próximo, passado, i<strong>de</strong>m na <strong>de</strong> 6189100.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a folha dos Empregados<br />

e feria dos serventes do Archivo Mililar, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m<br />

na dc 7779554.<br />

— Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda da<br />

Provincia dp Maranhão, para que man<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontar<br />

do soldo do Capitão rio Corpo dc Guamição Manoel<br />

Alexandrino do Albuquerque Pitta a quantia <strong>de</strong><br />

159000 mensaes. que lhe foi permiIlido consignar<br />

na Provincia <strong>de</strong> Pernambuco por tempo in<strong>de</strong>terminado,<br />

a contar do 1do corrente mez.<br />

— Ao Gerente da Companhia Brasileira <strong>de</strong> Pà-<br />

Q uetJ? a Vapor, para que man<strong>de</strong> dar uma passagem<br />

até Porto Alegre ao 2.° Cirurgião do Exercito Dr.<br />

Francisco <strong>de</strong> Souza o Oliveira, quo <strong>de</strong>ve seguir no<br />

1 .* vapor que partir para o Sul.<br />

— Ao lnspector da Pagadoría, prevenindo <strong>de</strong><br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO........ 16&00Ò<br />

PCR SEIS MPZES. . . 85)000<br />

POR TRES MEZES.. . 4#000<br />

NUMERO 7.<br />

que ao Alferes dc Estado Maior dc 1." Classe João<br />

Soares Neiva se conce<strong>de</strong> permissão paro consignar<br />

nesta cdrte o soldo <strong>de</strong> sua patente a Murccllino <strong>de</strong><br />

Almeida Ribeiro.<br />

— Ao mesmo, paro mandar fazer carga ao 2."<br />

Cirurgião do Exercito Dr. Francisco do Souza e Oliveira<br />

da quantia <strong>de</strong> 1289250, da importância liquido<br />

da passagem que so lhe conce<strong>de</strong> para Porto<br />

Alegre, eflectuando-sc a Ín<strong>de</strong>mnisação por meio <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconto equivalente á meta<strong>de</strong> do soldo que fôr<br />

vencendo.<br />

— Ao mesmo, para mandar pagar a feria da gratificação<br />

da praça empregada na limpeza do armamento,<br />

instrumentos e mais utensis, pertencentes á<br />

Escola Geral <strong>de</strong> Tiro, processado na importância do<br />

99300, ajust ando-se contas ao respectivo commandante<br />

interino da <strong>de</strong>speza <strong>de</strong> 559460, feita por conta<br />

da consignação dc IOO9OOO, tudo no mez dc Dezembro<br />

ultimo.<br />

DOCUMENTOS OFFICIAES.<br />

Tribunal da RelnçiEo.<br />

SESSÃO DE 9 DE JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />

Presidência do Exm. Sr. Conselheiro <strong>de</strong> Estada<br />

Eusebio <strong>de</strong> Queirós.—Não esteve presente o Sr.<br />

Conselheiro Procurador da Coroa. — Juiz Semanário<br />

o Sr Desembargador Araújo Soares.—<br />

Secretario o Sr. Dr. Carlos Augusto <strong>de</strong> Oliveira<br />

Figueiredo.<br />

A's 9 horas da manhã abrlo-se a sessão achando-se<br />

presentes os Srs. Desembargadores Masóarenhos,<br />

Ribeiro, Gomes Ribeiro, Queiroz, Assis Mascarenhas,<br />

Araújo Soares, Câmara, Travassos, e Albuquerque.<br />

Faltarão com causa participada os Srs. Desembargadores<br />

Cerqueira, Braga, Costa Pinto, Pereira Monteiro<br />

e Souto.<br />

Passados os feitos e entregues os distribuídos, <strong>de</strong>spacharão-sc<br />

os seguintes; a saber:<br />

Mdbeas corpus.<br />

N. 106. — Pacientes, Sebastião José Fernan<strong>de</strong>s<br />

Portugal o outro.—Juizes, os Srs. Desembargadores<br />

Queiroz, Assis Masca renhas, Araújo Soares, Câmara,<br />

Travassos, Albuquerque, Ribeiro, o Gomes<br />

Ribeiro —In<strong>de</strong>ferirão a petição.<br />

N. 107.—Paciente, João Ferreira. — Juizes, os-<br />

Srs Desembargadores Assis Mascarenhas, Araújo<br />

Soares, Câmara, Travassos, Albuquerque, Ribeiro,<br />

Gomes Ribeiro, c Queiroz.—In<strong>de</strong>ferirão a petição.<br />

Recursos crimes.<br />

N. 1.845.—Recorrente o Juizo, recorridos, José -<br />

Domiciano do Nascimento, c Sevcrina Francisca t<br />

<strong>de</strong> Lacerda.—Juiz Relator, o Sr. Desembargador<br />

Travassos; o sorteados os Srs. Desembargadores _<br />

Araújo Soares, Câmara, c Albuquerque.—Negarão<br />

proveniente.<br />

N. 1.846.—Recorrente, o Juízo, Recorridos José<br />

Joaquim da Rocha Pinto & Irmão.—Juiz Relator,<br />

o SP. Desembargador Albuquerque; e sorteados<br />

os Srs. Desembargadores Travassos, Gomes Ribeiro,<br />

o Ribeiro.—(Julgamento cm segredo).<br />

N. 1,847. —Recorrente, o Juizo; recorridos,.<br />

Pinheiro di Gonçalves. —Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />

Assis Mascarenhas; o sorteados, os Srs..<br />

Desembargadores Travassos, Albuquerque o Araújo<br />

Soares.—Negarão provimento.<br />

N. 1.848. — Recorrente, o Juizo; recorridos.<br />

Silva Couto di Comp. —Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />

Mascarenhas; e sorteados, os Srs. Desembargadores<br />

Araújo Soares, Cornara e Albuquerque.<br />

— Negarão provimento.<br />

N. 1.849.— Recorrente, o Juizo; recorridos,<br />

Eduardo Coblentx dt Irmão. — Juiz relator, o Sr.<br />

Desembargador Ribeiro; c sorteados, os Srs. Desembargadores<br />

Mascarenhas, Queiroz o Alboquerque. —<br />

Negarão provimento.<br />

N. 1.850.—Recorrente, o Juizo; recorrido, o<br />

Padre João Baptista do Araújo, Vigário da Frcguezia<br />

d'Agua Suja.—Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />

Gomes Ribeiro; c sorteados, os Srs. Desembargadores<br />

Travassos, Ribeiro c Araújo Soares.—Negarão<br />

provimento..<br />

N. 1.851.— Recorrente, o Juizo: recorrido. Joio<br />

Francisco da Silva Couto. — Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />

Queiroz; e sorteados, os Srs. Desembargadores<br />

Soares, Ribeiro c Mascarenhas.—Negarão<br />

provimento.<br />

Levantou-se a sessão ás 11 horas.<br />

DISTRIBUIÇÃO.<br />

Re ursos Crimes.<br />

N.° 1.845.—Rio Bonito.—Escrivão Assis Araújo.<br />

—Recorrente, o Juizo; recorridos, José Domiciano do<br />

Nascimento e Sevcrina Francisco <strong>de</strong> Lacerda. —- Distribuído<br />

ao Sr. Desembargador Travassos,<br />

N.° 1.846. — Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Escrivão Assis<br />

Araújo.—Recorrente, o Juizo; recorridos, José Joaquim<br />

da Racha Pinto dt Irmão.— Distribuído ao<br />

Sr. Desembargador Albuquerque.<br />

N." 1.847.—Rio dc Janeiro.—Escrivão Botelho.<br />

— Ao da Bahia, para mandar <strong>de</strong>scontar do —Recorrente, o Juizo: recorridos, Pinheiro 4t Gon­<br />

soldo do Cirurgião Mor do Brigada Dr. Antônio José çalves.—Distribuído ao Sr. Desembargador Braga.<br />

da Fonseca Lcssa a quantia <strong>de</strong> 309000 mensaes, que j N.° 1.848. —B io<strong>de</strong> Janeiro.—Escrivão Botelho.<br />

consigna nesta Corte a contar do 1 .* do corrente ! —Recorrente, o Juizo; recorridos, Silva Couto dt<br />

mez.<br />

Comp. — Distribuído ao Sr. Desembargador Mascarenhas.<br />

N." 1.849. ~ Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Escrivão Assis<br />

Araújo. —Recorrido, o Juizo; recorridos, Eduardo<br />

Coblentx dt Irmão. — Distribuído ao Sr. Desembargador<br />

Ribeiro.<br />

N. 1 830—Minas Novas.—Escrivão Assis Araújo.


—Recorrido, o Padre João Baptista <strong>de</strong> Araújo, Vigário<br />

da Frcguezia d'Agaa Suja.— Distribuído ao<br />

Sr. Desembargador Gomes Ribeiro.<br />

N. 1.851.—RioJJoniio.—Escrivão JjolcJJjo.—-Recorrente,<br />

o Jeito; recorrido Joio Francisco da Silva<br />

Couto.—Distribuído ao Sr. Desembargador Queiroz.<br />

Recurso crim$ por distribuição cm substituição.<br />

N. 1.847.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Escriv&o Botelho.—<br />

Ilcrorrente, o Juizo; recorridos, Pinheiro 67 Gonçalves.—Distribuído<br />

ao Sr. Desembargador Assis<br />

Mascarenhas.<br />

ffabeos corpus.<br />

N. 100.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Pacientes, Sebastião<br />

José Fernan<strong>de</strong>s Portugal <strong>de</strong> Azevedo e outro. — Dis -<br />

tiibuido ao Sr. Desembargador Queiroz.<br />

N. 107.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Paciente, João Ferreira.—Distribuído<br />

ao Sr. Desembargador Assis<br />

Mascarenhas.<br />

Tribunal do Commcrcio.<br />

ACTA DA saasXo A nsfiirisra A TTVA DE 2 DE<br />

JANEIRO DE 1803.<br />

Presidência do Sr. Conselheiro Vál<strong>de</strong>taro.<br />

Aos <strong>de</strong>us <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>, na sala das sessões<br />

do Tribunal do Commercio da Corte, presente<br />

o Sr. Conselheiro Manoel <strong>de</strong> Jesus Vál<strong>de</strong>taro,<br />

Presi<strong>de</strong>nte do mesmo Tribunal, com o Secretario<br />

abaixo assignado, e os Srs. Deputados,<br />

Gonçalves, o Lesi, faltando com causa os Srs. Telles,<br />

e Netlo; o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>clarou aberta a<br />

sessão.<br />

Foi lids e approvado a sela da sessão antece<strong>de</strong>nte.<br />

EXPEDIENTE.<br />

Olllcio do Sr. Ministro dn Justiça <strong>de</strong> 20 dc Dezembro<br />

, remettendo copia do Decreto n." 3.0.17,<br />

<strong>de</strong> 20 do mesmo mez, crcaudo cinco iogares <strong>de</strong><br />

Corredores, sendo tres do mercadorias, o dous <strong>de</strong><br />

navios.—Mandou-se cumprir e registrar.<br />

Oflicio do mesmo Sr. Ministro <strong>de</strong> 24 do dito mez,<br />

communicando que foi a casa da rua dos Pescadores<br />

n.*26, contrariada com Marliniano <strong>de</strong> Souza<br />

Pinto paru serviço dos duas Varas Commcrciaes<br />

<strong>de</strong>sta Corto.—Mondou-se cumprir e registrar.<br />

Olllcio do Tribunal do Commcrcio <strong>de</strong> Pernambuco,<br />

do 15 <strong>de</strong> Dezembro findo, aceusando o relação<br />

dos Commerclantes matriculados nesta Tribunal durante<br />

o mez <strong>de</strong> Novembro,—Mandou-se archivar.<br />

Boletim semanal das cotações da Junta dos Corretores<br />

<strong>de</strong>sta praça,<strong>de</strong> 22 a 27 do mes lindo.—<br />

Mandou-se archivar.<br />

Forâo <strong>de</strong>feridos os requerimentos <strong>de</strong> Francisco<br />

Antônio Gonçalfcs, em que podo uma onnotação na<br />

carta do Bergautim Velos, eo <strong>de</strong> Manoel Fernan<strong>de</strong>s<br />

da Silva Campos, em que po<strong>de</strong> ser admiti ido á matricula<br />

do Commercianio.<br />

No requerimento dc Afmobln Cantais, pedindo ser<br />

admittido á* matricula <strong>de</strong> comerciante, mandou-so<br />

quo requeresse nos termos do art. 5." do Código<br />

do Commercio, provando mais que tem as qualida<strong>de</strong>s<br />

exigidas no art. 6.*<br />

Forão com vista ao Sr. Conselheiro Fiscal os requerimentos<br />

<strong>de</strong> Manoel Gonçalves Vietoria, em que<br />

olícrecc sua <strong>de</strong>fesa para ser junta aos autos aceusalorios<br />

acerca do Paládio Eugênio, e o <strong>de</strong>Hygino<br />

José Goulart, Gorroetor do mercadorias, pedindo<br />

substituição do sua llanço.<br />

Mandou-se pagara folha das gratificações do Ofllcial<br />

Thesoureiro, o Addidos da Secretario, do mez<br />

lindo, importando em 2508006 ea das <strong>de</strong>spezas feitas<br />

pelo porteiro cm 788140.<br />

Por nio haver mais a trotar o Sr. Presi<strong>de</strong>nte levantou<br />

s sessão c para constar se lavrou e presente<br />

acta.— Vál<strong>de</strong>taro.— Joaquim Antônio Fernan<strong>de</strong>s<br />

Pinheira, Secretario.<br />

alio, tf <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Sendo hoje anni versa rio do dia em que o Sr.<br />

D. Pedro I manifestou a <strong>de</strong>liberação do ficar no<br />

Brasil, houve cortejo cm gran<strong>de</strong> gala na Imperial<br />

Quinta da Boa Vista, que foi muito concorrido.<br />

Tendo o Presi<strong>de</strong>nte da Gamara Municipal <strong>de</strong> Nicthcroy,<br />

por intermédio do Presi<strong>de</strong>nte da Provincia,<br />

pedido dia e hora para a commissão que tinha <strong>de</strong><br />

apresentar a Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador suas congratulações,<br />

pela maneira briosa c digna, com que o<br />

Governo Imperial se houve na <strong>de</strong>fesa da honra nacional<br />

durante o <strong>de</strong>sagradável conflicto, que felizmente<br />

terminou, entre o referido Governo e a<br />

Legação Britannica nesta Cdrte, o Mesmo Augusto<br />

Senhor Dignou-se do marcar o dia 8 do corrente<br />

mes, ás cinco horas da tar<strong>de</strong>; eapresentando-se a<br />

commissão no Paço da Cida<strong>de</strong>, teve a honra <strong>de</strong><br />

dirigir o seguinte discurso, ao qual Sua Magesta<strong>de</strong><br />

o Imperador <strong>de</strong>u a resposta que hontem publicamos.<br />

« Senhor.—Como órgãos da população do Município<br />

<strong>de</strong> Nicthcroy para cm nome <strong>de</strong>lle sermos interpretes<br />

fieis dos sentimentos dc adhesão á Augusta<br />

Pessoa <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial e seu Governo<br />

no monunlenção da honra e dignida<strong>de</strong> do pavilhão<br />

nacional, vimos cumprir hoje esse grato <strong>de</strong>ver, assegurando<br />

que em qualquer situação difllcil e <strong>de</strong><br />

provação, por grave que seja, o povo <strong>de</strong> Nicthcroy<br />

acompanhará o Governo do Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial<br />

na profunda c na inabalável convicção <strong>de</strong> qoe<br />

Elle manterá a todo transe e com patriotismo a honra<br />

do nome Brasileiro.<br />

« Digne-se Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial aceitar a<br />

manifestação livre, expontânea c patriótica <strong>de</strong>stes<br />

sentimentos.<br />

« Niclheroy, 7 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>. — Augusto<br />

Francisco Caldas, Presi<strong>de</strong>nte da Cornara. — João<br />

Rabello Vasconccllos e Sousa Coelho Henriques,<br />

Tenente Coronel reformado. — Padre Antônio <strong>de</strong><br />

Mello Munis Maia, Vigário dc Niclheroy. —João<br />

Nepomoceno Castrioto.—Dr. José Martins Rocha.<br />

—-Joaquim José Rodrigues Guimarães. — Vigário<br />

Leandro José Rangel <strong>de</strong>S. Paio.—João Antônio<br />

<strong>de</strong> Magalhães Calcei.—Dr. João Baptista Pereira.<br />

—Dr. Francisco Leocadio <strong>de</strong> Figueiredo.—Manoel<br />

Mstaniláu <strong>de</strong> Castro e Crus— Dr. Bento Maria<br />

da Costa .—José Joaquim Teixeira. — Rafael José<br />

<strong>de</strong> Mattos.—Augusto José <strong>de</strong> Castro e Silva.—Jose<br />

Afattoso <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Câmara.—-Luis José Martins<br />

Rocha. — Dr. Ernesto <strong>de</strong> Sousa e Oliveira Contenho.<br />

— Jran ChoUete.—Carlos Bernardino <strong>de</strong><br />

Moura. —/osè Joaquim da Fonseca Cunha. —Francisco<br />

Correia Garcia.—José Segundino <strong>de</strong> Gomensoro.<br />

O Vapor Magi entrou hoje ás 9 horas da manhã,<br />

trazendo a reboque o Patacho Chaves Primeiro,<br />

com agua aberta.<br />

Entrou tombem a Sum noa Áurea.<br />

O Palbabolc Dezaeeis <strong>de</strong> Desembro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />

reparado o avaria, que soffrcra, seguio para o Rio<br />

S. João.<br />

Não existe na enseada das Palmas navio algum<br />

dos centurados.<br />

O Paquete Inglez Magdalena que <strong>de</strong>via partir<br />

hoje (9j as 8 horas da manhã foi <strong>de</strong>morado para<br />

as 5 1/2 da tar<strong>de</strong>, consto-nos que por or<strong>de</strong>m do<br />

Legoçâo Inglcza.<br />

Entrou hoje o Vapor Nacional Brasil proce<strong>de</strong>nte<br />

dos portos do Sul.<br />

Não foi visitado.<br />

Estudos A<strong>de</strong>ii5ni9ts*ati%'o*j.<br />

(Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes.)<br />

Do suecinto relatório, com que o Sr. Senador<br />

Fernan<strong>de</strong>s Torres 1.* Vice-presi<strong>de</strong>nte da Província<br />

dc Minas passou o respectiva administração ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

o Sr. Senador Vasconccllos, extractainos as<br />

seguintes informações:<br />

Nio é salisfsctorio o estado da segurança individual<br />

e do proprieda<strong>de</strong> naquclla Provincia. Dous<br />

factos <strong>de</strong> recente data, além do outros não mencionados<br />

no relatório, provão esta atserção.<br />

Uma escolta, que voltava do Serro conduzindo os<br />

réos italianos Miguel Ntcolau Polootbo c José Nicolau,<br />

comprometidos nos crimes <strong>de</strong> assassinato<br />

e roubo perpetrados na fazenda do Capitão Venancio<br />

Lucaa Chaves, e que para alli Urmão sido remctlidos<br />

a flm <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>rem á novo Jury, foi<br />

accommettida no dia 20 do Novembro do anno passado<br />

no logar — Biqulnho — entro as povooções <strong>de</strong><br />

Bento Rodrigues o Camargos por outros dous italianos,<br />

sendo um <strong>de</strong>lles Alexandre Deluca lambem<br />

co-reo naqaclle attentedo ; resultando do conflicto<br />

ferimento grave no Gosnmandanlc da escolto<br />

e a evasão dos presos com os aggrcssorcs.<br />

Felizmente, poucos dias <strong>de</strong>pois, forüo os réos novamente<br />

presos, inclusive Alexandre Dcluca, e achavão-so<br />

recolhidos á cadéo <strong>de</strong> M a ria n na.<br />

O outro altenlado, dc igual natureza, porém mais<br />

grave, oceorreu em 7 do Setembro ultimo no sitio<br />

chamado — Estiva —districto dc S. Domingos, terno<br />

do Minas Novas.<br />

O sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Polida da Ilinga, <strong>de</strong>pois do<br />

muitos e iiifrnctifcres diligencias, conseguira, auxiliado<br />

pelo cidadão Jeremias Furtado do Mendonça<br />

capturar o réo Vicente Dias da Rocha, pronunciado<br />

em crime <strong>de</strong> furto <strong>de</strong> escravos, no dc roubo do cartório<br />

dc poz o subdolcgacia do districto do Curral<br />

Velho, na Provindo da Bahia, c <strong>de</strong>sertor do <strong>de</strong>stacamento<br />

dc 1.* linha, estacionado na villa <strong>de</strong><br />

Santa'Izabel, da mesma Provincia.<br />

Verificada a prisão correu logo que dous irmãos<br />

do réo, auxiliados por M.nianno Antônio Soares e<br />

outros em numero <strong>de</strong> 12, prclcndião tirar o preso do<br />

po<strong>de</strong>r da justiça.<br />

O Sub<strong>de</strong>legado, em conseqüência <strong>de</strong> tal boato,<br />

fèl-o embarcar em umo canoa para o Pontal, on<strong>de</strong><br />

se achava o Sub<strong>de</strong>legado dc S. Domingos, ao qual<br />

officiou narrando quanto succcdèra, e bem assim<br />

os seus receios, <strong>de</strong>clarando que julgava conveniente<br />

remetter o preso quanto antes para Minas<br />

Novas, <strong>de</strong>vidamente guardado. Este Sub<strong>de</strong>legado, não<br />

compartilhando talvez as apprehensOcs do da ltinga,<br />

fez seguir o réo para S. Domingos acompanhado<br />

apenas por sete homens; somente <strong>de</strong>pois, sabendo<br />

que diversos indivíduos suspeitos havião passado<br />

perguntando a direcção que tomara a escolta, enviou<br />

mais quatro homens á cavallo para reforçarem-na.<br />

Infelizmente tomarão esles um rumo diverso.<br />

Chegando a escolta á Estiva, logar ermo c azado<br />

para emboscadas, vio sahirem-lne ao encontro dose<br />

homens completamente armados dc garruxas, ciavinotes,<br />

espingardas <strong>de</strong> dous canos e facões.<br />

Intimada para entregar o preso, recusou, não<br />

obstante a superiorida<strong>de</strong> do numero, seguindo-se<br />

horrível combate braço o braço; e sendo a final<br />

vencida a escolta foi o preso posto cm liberda<strong>de</strong>.<br />

Resultou <strong>de</strong>ssa luta ficarem mortos quatro, edous<br />

gravemente feridos, sendo cinco guardas c entre<br />

os mortos um dos aggrcssorcs.<br />

Acontecimento <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m reclamava promptos<br />

provi<strong>de</strong>ncias que nio sc fizerio esperar por parte<br />

da Presidência. Foi dcmcttido o Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong><br />

S. Domingos e o 1.* supplcnte do Delegado <strong>de</strong> Minas<br />

Novas, sendo nomeado para este cargo o Tenente<br />

da 1.' linha José Joaquim Copistrano, que partio<br />

immediutamenle poro aquelle ponto, com as necessárias<br />

inslrucções e or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tomar o commondo<br />

das forças que existem <strong>de</strong>stacadas ua Comarca<br />

do Jequilinhonha.<br />

E* neste pé que ficou o negocio dc que se lata,<br />

quando o Sr. Fernan<strong>de</strong>s Torres <strong>de</strong>ixou s administração,<br />

Na opinião dc S. Ex. concorrem para toes acontecimentos<br />

como principoes causas: a falta <strong>de</strong> bases<br />

para uma melhor distribuição da forca publica;<br />

as longas distancias que sepárão os mais importantes<br />

núcleos dc população, mormente ao norte<br />

sudoeste da Província; a protecção qne prestio<br />

aos criminosos pessoas po<strong>de</strong>rosas, c sobretudo a<br />

difliculdodc <strong>de</strong> encontrar o Governo homens que<br />

sem retribuição c alheios ás intrigas c ódios lo­<br />

caes, tenhão o in<strong>de</strong>pendência e zelo necessário<br />

o <strong>de</strong>sempenho dos funeções publicas.<br />

para<br />

Dc um quad ro, organisado na Secretaria do Governo,<br />

vò-sc que a força somente empregada no<br />

serviço da Policia eleva-se a 748 praças, sendo: do<br />

Corpo Policial 183; do dc guamição 131; pe<strong>de</strong>stres<br />

209; guardas nacionaes 225.<br />

Nota S. Ex. bastante irregularida<strong>de</strong> na distribuição<br />

da força publica; se fosse melhor organisada<br />

esta distribuição talvez <strong>de</strong>sse em resultado<br />

diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza sem prejuízo do serviço.<br />

Acha-se organisada a Guarda Nacional dos municípios<br />

do Patrocínio e Bagagem • c nomeado Commandante<br />

Superior da mesma o cidadão Francisco<br />

José da Silva Botelho.<br />

Por fallecimento do Briga<strong>de</strong>iro reformado do<br />

Exercito Manoel Alves <strong>de</strong> Toledo Ribas, ficou vago<br />

o logar <strong>de</strong> Commandante Superior da Guardo Nacional<br />

da Capital, para o qual foi nomeado e já<br />

ià<br />

tomou posse o Tenente Coronel honorário Carlos<br />

<strong>de</strong> Assis Figueiredo.<br />

Para prenchimento <strong>de</strong> algumas vagas existentes<br />

nos postos superiores fez S. Ex. propostas que<br />

pen<strong>de</strong>m dc approvação do Governo Imperial.<br />

Em referencia aos melhoramentos materiaes autorisou<br />

S. Ex. á Câmara Municipal dc Pouso Alegre<br />

para contractar a construcção da ponte sobre o rio<br />

Mugy na estrada que <strong>de</strong> Santa Rita se dirigo ao<br />

Ouro Fino, orçada em 9049000 e os reparos <strong>de</strong> que<br />

precisão as pontes e aterros na varsea do rio<br />

Man<strong>de</strong>, orçada em 3:2009000; aulorisou tombem<br />

I Mesa <strong>de</strong> Rendas á firmar centrados com Francisco<br />

<strong>de</strong> Paula Assis para a conservoção da estrada<br />

entre a Capital e a Cidado do Marianna pela quantia<br />

<strong>de</strong> 8509000 annuucs.<br />

Teve igualmente S. Ex. <strong>de</strong> opprovor os seguintes<br />

contractos: paro a construcção da ponte sobre o<br />

rio Pomba com Armand Francisco Durondct por<br />

11:1409700; poro conservação das estradas que do<br />

Mor <strong>de</strong> Hespanha c Arraial do Espirito Santo se<br />

dirigem ao porto do Chiador o da Lcopoldina ao<br />

mesmo porto com diversos outros indivíduos a razão<br />

<strong>de</strong> 60 réis por braça; para cnncertos nas seguintes<br />

estrados: do Infeccionado a Bento Rodrigues; entre<br />

os Arraiaes <strong>de</strong> S. Caetano o Furquim ; do S. Sebastião<br />

a S. Cactino, c para a construcção da ponto<br />

do Halfcld sobro o Parahybuna.<br />

Mandou pagar a ultimo prestação dc 11:3039650<br />

oo arrematante do aterrado c pontes sobro o rio<br />

Mandú, em Pouso Alegro.<br />

Contlnuio em andamento muitas outras o importantes<br />

obras, a quo sc referem outras peças ofllciaes.<br />

Tendo o Governo Imperial, por Aviso do Ministério<br />

da Fazenda <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Outubro ultimo, mandado<br />

embargar a importância da garantia quo a Companhia—União<br />

c Industria — tem <strong>de</strong> receber da<br />

Provincia, por se achar em <strong>de</strong>bito para com o Thesouro<br />

Nacional dc avullada somma proveniente dc<br />

<strong>de</strong>spezas feitas pelo mesmo Governo cm Londres<br />

com o empréstimo do 1800, expedio S. Ex. or<strong>de</strong>m<br />

neste sentido á Mesa <strong>de</strong> Rendas, or<strong>de</strong>nando-lhe<br />

lambem que fizesse sustar os efleitos da Lei dc<br />

13 <strong>de</strong> Setembro próximo passado, que sc refere ao<br />

pagamento do ultimo semestre; esta or<strong>de</strong>m, porem,<br />

já tinha tido execução.<br />

Em uma breve exposição, apresentada á S. Ex.<br />

pelo lnspector da Mesa dc Rendas, manifesto este<br />

funecionario o receio <strong>de</strong> que appareça algum déficit<br />

no corrente anno financeiro, á não reduzirem-se<br />

algumas dospezas ordinárias, o que pódc ter logar<br />

nas verbas — matrizes c <strong>de</strong>stacamentos do pe<strong>de</strong>stres<br />

e guardas nacionaes.—<br />

Tal receio tem fundamento no escassez dos produetos<br />

que constituem as mais abundantes fontes<br />

da receita provincial, como sejão: o café o a importação<br />

dc bestas novas. Accresce ainda a circumstancia<br />

dc existirem muitas automações para obras,<br />

que S. Ex. sc absteve dc mandar emprchen<strong>de</strong>r,<br />

posto reconhecesse a importância o necessida<strong>de</strong> do<br />

multas.<br />

Apesar dos enormes empenhes, qne pesa o sobre<br />

o Thesouro Provincial, tem elle pago pontualmente<br />

aos seus credores, c no dia 29 dc Novembro existlão:<br />

Em disponibilida<strong>de</strong>.<br />

Em <strong>de</strong>posito<br />

Em letras á vencer.<br />

Em diversos valores.<br />

66:3799075<br />

19:6319502<br />

53:5559701<br />

14:7729000<br />

Total. 154:338»278<br />

«A instrucção publica, diz S. Ex., continua a reger-se<br />

por uma legislação <strong>de</strong>feituosa que precisa<br />

dc retoques, senão <strong>de</strong> inteira reforma. »<br />

Existem creadas 370 ca<strong>de</strong>iras dc instrucção primaria,<br />

dos quacs estão providas 308, sendo 257 do sexo<br />

masculino o 51 do feminino; vagos 63, a saber : 53<br />

daquelle o 10 <strong>de</strong>ste sexo.<br />

Ha mais 58 <strong>de</strong> instrucção primaria, 42 do sexo<br />

masculino o 16 do feminino.<br />

Além <strong>de</strong>stas existem sete anncxas oo Seminário<br />

Episcopal <strong>de</strong> Marianna, creadas e pagas pelo Governo<br />

Geral.<br />

Participando o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal do<br />

Piumby que na fazenda do Madureíra, nas confluencias<br />

do Serra da Canastra, a quatro ou cinco léguas<br />

da Villa do Desemboque, se <strong>de</strong>scobrira um mineral<br />

inflam;novel, presumindo-se ser carvão do pedra, foi<br />

nomeada uma commissão paro examínaí-o e remetter<br />

algumas amostras com o competente relatório.<br />

Ainda nio so tinha recebido solução.<br />

No dia 1.* <strong>de</strong> Dezembro próximo passado começou<br />

a vigorar o contrado celebrado com Francisco<br />

<strong>de</strong> Assis Brandão para dar duas recitas mensaes<br />

no theatro da capital, mediante a subvenção<br />

também mensal <strong>de</strong> 3009000.<br />

Achando-se prompta a casa <strong>de</strong>stinada ás sessões<br />

da Câmara Municipal e Jury da frcguezia da<br />

Ponte Nova, elevada á villa cm 1857, foi marcado<br />

o dia 28 <strong>de</strong> Dezembro para a eleição dos respectivos<br />

vereadores.<br />

No dia 25 do corrente mez <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ve ter logar<br />

a instotlação da nova villa do Guaicuhy, <strong>de</strong>smembrada<br />

do município <strong>de</strong> Montes Claros.<br />

A epi<strong>de</strong>mia das bexigas continuava a grassar em<br />

diversos pontos da Provindo.<br />

Em Passos c em Baependy fez bastantes estragos;<br />

mas ia <strong>de</strong>clinando sensivelmente bem como na capital<br />

on<strong>de</strong> reinou com caracter benigno.<br />

Termina este breve relatório com um elogio ao<br />

zelo c intclllgcncia que distinguem os empregados<br />

da secretaria do governo, da qual, dizia em 1860<br />

o ex-Presi<strong>de</strong>nte conselheiro Pires da Motta, ser uma<br />

das melhores que conhecia.<br />

O Sr. Fernan<strong>de</strong>s Torres 6 da mesma opinião e<br />

felicita o provincia por ter uma repartição tão bem<br />

servida <strong>de</strong> pessoal.<br />

CONTINUAÇÃO DAS NOTICIAS OO PAQUETE INGLEZ.<br />

AssjstrÍB.— A Gazeta <strong>de</strong> Vienna reproduz o<br />

seguinte artigo da Gazeta <strong>de</strong> Veneza :<br />

« Ha algum tempo folião diversos jornaes em<br />

artigos e correspondências da próxima publicação<br />

<strong>de</strong> um estatuto para o reino lombardo-veneziano:<br />

julgamos do nosso <strong>de</strong>ver procurar o este respeito<br />

informações exactas, e agora estamos autorisodos<br />

para <strong>de</strong>clarar que os boatos propalados pelos jornaes<br />

não provém <strong>de</strong> fontes officiaes. A única base<br />

em que até aqui se fundão essas esperanças repousa<br />

sobre o interesse que manifesta o governo <strong>de</strong> Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> paro concluir o edifício constitucional;<br />

eis por qne é certo que, tio <strong>de</strong>pressa o permittio<br />

as circumstancias, o governo ampliará lambem a este<br />

reino o regimen constitucional.<br />

o E' natural que todo o bom patriota apresso esse<br />

momento com seus <strong>de</strong>sejos, e se alegre esperando<br />

ver o melhoramento na situação local.<br />

• Pelo que respeita aos artigos dos jornaes nos<br />

quaes se confun<strong>de</strong>m as vozes as tendências constftucionacs<br />

com criticas contra es representações quo<br />

aclualmcnle subsistem no reino, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>signalas<br />

como injustas c sem fundamento, não havendo<br />

quem pretenda que a aclual congregação centro),<br />

que è antes <strong>de</strong>tudo uma instituição administrativa,<br />

tenha dc substituir a representação creodn pela carta<br />

patente dc Fevereiro do 1861, ao passo que por<br />

outro lado, o observador imparcial <strong>de</strong>vo reconhecer<br />

que esta corporação sempre sc mostrou compenetrada<br />

da importância do seu mandato, c tem prestado,<br />

o ainda presta no espuera administrativa, gran<strong>de</strong>s<br />

serviços ao paiz.<br />

« Que a congregação central, porém,'para prolongar<br />

sua própria existência, faça opposição a que<br />

SO ponha cm vigor o estatuto <strong>de</strong> Fevereiro, é insinuação<br />

a que ninguem dará credito. »<br />

— Na sessão <strong>de</strong> 25 do Novembro da câmara dos<br />

<strong>de</strong>putados <strong>de</strong> Vicnna, o Sr. dc Ilechbcrg, ministro<br />

dos negócios estrangeiros, <strong>de</strong>clarou, por oceasião do<br />

orçamento militar para <strong>1863</strong>, que a reducção do<br />

exorcito austríaco não podia ter logar senão <strong>de</strong>pois<br />

do accordo entre as potências, o sc estos reduzissem<br />

simultaneamente os seus exércitos.<br />

Ifelsjicn.—As câmaras belgas ferio abertas a<br />

11 do Novembro: não houve discurso real. Os presi<strong>de</strong>ntes<br />

do senado o da cornara são os mesmos do<br />

anno passado, o príncipe do Ligue o M. Verwoort:<br />

os vicc-prcsidcntcs são do uma parte o con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Rcnessc c M. d'Ornalius d'Halloy; do outro M. M*<br />

Van<strong>de</strong>rpcercboom o Moreau.<br />

Além do orçamento para <strong>1863</strong>, o ministério offereceu<br />

um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> projeelos <strong>de</strong> lei: um<br />

d'cllcs refere-se á revisão das leis do milícia o lendo<br />

a melhorar a sorte dos militares. O systema proposto<br />

consiste em dar a cada miliciano, quando<br />

entra para o serviço, uma ca<strong>de</strong>rneta do pensão sobro<br />

o thesouro publico do 150 fr. o do qual gosará aos<br />

55 annos. Calcula-se que dos 7.500 milicianos incorporados<br />

por anno 4.600 chegarão áquclla ida<strong>de</strong>.<br />

Outro projecto tem por (im a repressão das frau<strong>de</strong>s<br />

elcitoracs, c com toda a probabilida<strong>de</strong> dará logar<br />

a uma interessante discussão.<br />

E' <strong>de</strong> notar que todos os orçamentos contém verbas<br />

para augmentnr os or<strong>de</strong>nados dos empregados<br />

quo ficarem em activida<strong>de</strong> dc serviço, <strong>de</strong>pois quo<br />

so cffcctuor a reducção consi<strong>de</strong>rável que se conto<br />

fazer no numero dos empregados cm geral.<br />

A secção central adoplou um projecto dc convenção<br />

artística c littcraria entre a Bélgica ca Rússia.<br />

Os autores belgas na Rússia, e russos na Bélgica<br />

terão direito absoluto sobro suas obras durante sua<br />

vido, c esto direito será transmíttido por 20 ou 10<br />

annos aos her<strong>de</strong>iros directos ou collateraes. Ficará<br />

estipulado a isenção <strong>de</strong> qualquer direito nas fronteiras.<br />

Bremen. 22 <strong>de</strong> novembro.— A organlsação do<br />

direito <strong>de</strong> burguezía cm Bremen passou por importante<br />

modificação. •<br />

O direito <strong>de</strong> burguesia era até agora do duas espécies,—<br />

o direito gran<strong>de</strong> (grosse burgerrecht) c o<br />

pequeno (klein burgerrecht). O primeiro que se<br />

adquiria por 500 thalers permiti ia exercer o commercio<br />

em gran<strong>de</strong>, comprehcndcndo importação o<br />

exportação, negócios do banco, armamentos, transacções<br />

marítimas o tudo quo lhes diz respeito. O<br />

segundo que só custava 50 thalers só permiltia o<br />

exercício do commcrcio pequeno, cujos limites crio<br />

muito rcstrlctos, c estava constituído cm corporações<br />

<strong>de</strong> o meios c mestrados.<br />

Hoje não existe mais esta divisão do direito <strong>de</strong><br />

burguezia: forão ubolidos o direito gran<strong>de</strong> c pequeno,<br />

o substituídos por um novo direito dc burguezia<br />

que nio custa mais dc 60 thalers, e reúne os privilégios<br />

das duas categorias prece<strong>de</strong>ntes.<br />

Esta reforma foi recebida .com gran<strong>de</strong> favor, e ninguem<br />

duvida que tenha <strong>de</strong> exercer benclica influencia<br />

na prosperida<strong>de</strong> do commercio.<br />

Inglaterra.— Em data <strong>de</strong> 23 dc Novembro<br />

escrevião ao Moniteur:<br />

a As recentes <strong>de</strong>liberações do gabinete pnrecc haverem<br />

recebido sobre as economias realisavels no<br />

orçamento <strong>de</strong> <strong>1863</strong>—1864. O exame <strong>de</strong>sta importante<br />

questão revelou que as reducções só sc po<strong>de</strong>rião<br />

fazer nas <strong>de</strong>spesas militares e marítimos, quo o Governo<br />

emprehcndêra c não estava disposto a abandonar,<br />

sendo que por isso não po<strong>de</strong>rião ser consi<strong>de</strong>ráveis<br />

as reducções. O olmf rantodo c a repartição da<br />

guerra estão todavia dispostos a exercer sobre as <strong>de</strong>spezas<br />

uma liscalísaeão tão rigorosa quanto o perrníttirem<br />

os planos adoptodos pelo Ministério ; esto flscalisação<br />

porém terá dc preferencia por objecto os<br />

fornecimentos c os capítulos dc inten<strong>de</strong>ndo e não as<br />

forças propriamente ditas <strong>de</strong>. mar c terra. Sir Goorge<br />

Lewis e o Duque Somersct forão encarregados<br />

<strong>de</strong> apresentar o quadro <strong>de</strong>stes dous orçamentos nos<br />

próximos concelhos <strong>de</strong> gabinete, nos quacs sc liado<br />

assentar nas quantias que se pedirão ú câmara dos<br />

Communs.<br />

« A promoção do Duque <strong>de</strong> Cambridgc ao posto<br />

dc feld-marechal suscitou uma questão <strong>de</strong> serviço<br />

militar. Os fcld-marechacs em Inglaterra não recebem<br />

soldo especial quando não estão cm activida<strong>de</strong>.<br />

Trata-se <strong>de</strong> saber sc o Duque <strong>de</strong> Cambridgc, em sua<br />

qualida<strong>de</strong> dc general cm chefe do Exercito Britannico,<br />

<strong>de</strong>vo ser consi<strong>de</strong>rado como feld-marechal cm<br />

serviço. Já se dò este coso em circumstancias idênticas<br />

com lord llarding, mas este recusou receber<br />

o soldo dc feld-marechal que é do 16 libras sterlinas<br />

por dia. Consi<strong>de</strong>ra-se entretanto que o acto <strong>de</strong> lord<br />

Hardinge foi inteiramente pessoal c não podo infringir<br />

o direito absoluto.<br />

HialSa.— A Gazeta <strong>de</strong> Milão dá os seguintes<br />

pormenores extrohidos do orçamento do ministério<br />

da guerra para 186.3.<br />

« O exercito cm pé <strong>de</strong> paz é fixado, comprchen<strong>de</strong>ndo<br />

tudo — veteranos, inválidos, d c. —, om<br />

242.000, isto é, apenas 1 "/„ da população. O exercito<br />

em pé dc guerra é <strong>de</strong> 400.000 homens, sem<br />

contar a guarda mobilisada. A cavallaria conl.i<br />

1.210 ofliciaes do todos os postos, 2.623 cavallos,<br />

e 17.930 soldados c 13.316 cavallos. A artilharia<br />

couta 1.647 ofliciaes c 1.430 cavallos, 18.042 soldados<br />

e 4.984 cavallos. A infantaria <strong>de</strong> linha que,<br />

em tempo <strong>de</strong> paz, é do 142 044 homens, eleva-su<br />

em tempo <strong>de</strong> guerra a 274.596 homens, sendo •<br />

266.616 soldados. Segundo o orçamento, teremos<br />

em 1663 um augmento <strong>de</strong> 54.694 homens acima<br />

do pé <strong>de</strong> paz: isto é um total <strong>de</strong> 297.478 homens<br />

armados. Toda a <strong>de</strong>speza do exercito em pé do paz<br />

é calculada em 197 milhões, isto é 814 francos por<br />

anno e 223 por dia para cada Indivíduo. O contingente<br />

annual é avaliado em 45.000 recrutas do<br />

1.* classe.»<br />

Prússia. —O Monitor Prussiano publicou o<br />

resultado do recenseamento feito cm Dezembro do


anno passado em todo o reino. Depois <strong>de</strong> 1838;<br />

a população da Prússia, que era então <strong>de</strong> 17.b37.245<br />

almas, subio a 18.491.220 habitantes. O governo<br />

do Mines ter conta 422.997; odoMindcn 472.115;<br />

Arnsberg 703.523. A Westphalia 1.618.015; Colônia<br />

567.475; Dusseldortf 1.115.362; Coblentz 529.929;<br />

Trevos 544.269; Aix 458,746. Fica por tanto para<br />

a provincia do Rheno 3.215.794. A população na<br />

Prússia, nos tres últimos annos uugmentou na população<br />

do 412 */,.<br />

. Estados Unidos. — A luta mais octiva está<br />

empenhada nas costas da America do Sal entre os<br />

cruzeiros fe<strong>de</strong>raes c os navios que se exibirão por<br />

forçar o bloqueio. Um grando vapor <strong>de</strong> rodas, o<br />

Carolina, que anteriormente se chamava Arizona,<br />

foi capturado acerca do cincoenta milhas ao largo<br />

<strong>de</strong> Mobile com um carregamento <strong>de</strong> armas e munições<br />

dc guerra; vinho da Havana. Outro vapor<br />

forçou o bloqueio dc Charleston. O cruzeiro fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong>u-lhe 22 tiros dc peça, mas as balas rcsaltavão<br />

do costado. SuppOe-se que era navio oncouraçado,<br />

e que levava um carregamento <strong>de</strong> lâminas<br />

fundidas. Com elfcito cm Charleston estão promptos<br />

diversos navios que só esperfio as couraças, que<br />

<strong>de</strong>vem vir dc Inglaterra. O Nashtoillc, que já fez<br />

fallar <strong>de</strong> si, estava ancorado a seis milhas dc Charleston<br />

, esperando oceasião <strong>de</strong> sc fazer ao mar o<br />

forçar o bloqueio.<br />

WíIEDADES.<br />

sLitteratura.<br />

OS MISERÁVEIS.<br />

POR VICTOR HUGO.<br />

As duas ultimas partes.—Jdylio na rua Plumet<br />

e Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.—João Valjean.<br />

Estas duas ultimas partes da obra do Sr. Hugo<br />

apparecem como as prece<strong>de</strong>ntes, singularmente compostas<br />

dc sombra edc luz. Para o fim, com pezar<br />

o dizemos, a lu/. vai-se tornando mais frouxa, c a<br />

sombra mais espessa. No correr da obra, encontramos<br />

muitos d'esses longos parentheses nos quacs<br />

as narrações do Sr Hugo interrompem-se c parece<br />

quo sc per<strong>de</strong>m; com bastante custo o temos acompanhado<br />

n'csses tortuosos caminhos, resignando-nos<br />

a estacionar, á seu capricho, na philologia da gyria,<br />

e na estatística dos esgotos. Até o ultimo<br />

volume exclusivamente, a nossa paciência foi recompensada<br />

pelo espectaculo sempre curioso, ainda<br />

que triste, <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> talento em lula renhida<br />

com os seus próprios erros. Mais dc uma vez a<br />

narração se ergue ousadamente e nos eleva ao ar<br />

puroe vivificador das alturas, ao sol o á poesia. Certas<br />

paginas do idylio começado no Luxembourg, e continuado<br />

no jardim da rua Plumet, entre Mario e<br />

Coseta, e a epopéa toda inteira, são capazes <strong>de</strong><br />

nos fazer esquecer os barrancos que temos topado.<br />

Porém, infelizmente, uma <strong>de</strong>cepção nos espera no<br />

fim da viagem; Faz-nos lembrar esses gran<strong>de</strong>s rios<br />

que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se terem precipitado em cascatas<br />

por entre as montanhas, e estendido a sua corrente<br />

por terrenos <strong>de</strong>siguaes o por extensos planícies,<br />

hesitão c parão sem forças no momento <strong>de</strong><br />

chegarem ao seu flm. Os Miseráveis - são como<br />

esse Rhcno lão <strong>de</strong>cantado outrora pelo Sr. Victor<br />

Hugo; <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um curso brilhante c cheio dc<br />

altos o baixos, o rio c o romance per<strong>de</strong>m-se ambos<br />

em escuros pântanos.<br />

Nem por isso <strong>de</strong>ixaremos <strong>de</strong> percorrer até o fim<br />

a obra do gran<strong>de</strong> poeta, pois encontrão-so úteis<br />

lições, tanto nos seus erros e fraquezas, como nos<br />

seus mais sublimes lances. Welle, o sentimento<br />

poético persiste o protesta ainda mesmo nos mais<br />

sensíveis <strong>de</strong>svios; é uma torrente cujas águas muitas<br />

vezes turvas, o cobertas <strong>de</strong> limo, <strong>de</strong>ixão então dc<br />

reflectir o céo, mas encerrão sempre em si partículas<br />

<strong>de</strong> ouro.<br />

I.<br />

Por mais dc um motivo, ubstemo-nos <strong>de</strong> insistir<br />

sobre « algumas paginas da historia » que vem no<br />

principio do sétimo volume, enas quaes o autor preten<strong>de</strong>u<br />

explicar lá ú seu modo as causas que <strong>de</strong>rão<br />

logar á insurreição dc Junho do 1832. O Sr. Hugo<br />

tem sempre um modo especial <strong>de</strong> comprehendcr e<br />

encarar a historia. Nessa circumstancia como cm<br />

outras, pareceu-nos que elle empregava mais cuidado<br />

ni fôrma do que no fundo, dava mais atlenção ás<br />

palavras do que ás cousas; não se importava em exprimir<br />

alternativamente as idéos as mais conlrodiclorias,<br />

com tanto que dcllas possão resultar imagens<br />

brilhantes. Emprega bonitas phrases á favor c contra<br />

o governo <strong>de</strong> Julho, é favor o contra os homens que,<br />

no mesmo dia cm que se organisou esse governo,<br />

querião lançal-o por terra, assim como as empregou<br />

paro combater e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as instituições monasticas.<br />

O quadro dos movimentos precursores do insurreição,<br />

é inteiramente inexacto. Em vez <strong>de</strong> tratar do assumpto,<br />

o autor embrenho-se nos <strong>de</strong>talhes; diverte-se<br />

em transcrever os fallatorios dos porteiros ou<br />

os grilos das gazetas mal informadas, e <strong>de</strong>lcita-sc cm<br />

observar os glóbulos que so formão na superfície do<br />

liquido cm vez <strong>de</strong> applicar-se a <strong>de</strong>finir claramente<br />

os phenomenos que produzem a cbullição. Transponhamos<br />

pois bem <strong>de</strong>pressa essas paginas menos felizes<br />

; acompanhemos o seguimento da historia, tantas<br />

vezes interrompida, e possa o romance consolar-nos<br />

do que diz respeito a política.<br />

O leitor Icinbra-so como ficarão as cousas no fim<br />

da terceira parte. Thenardier e os outros malvados<br />

forão presos por Javert; Valjean aproveitou-se do<br />

tumulto c da confusão para evadir-sc pela janella,<br />

e Mario faz outro tanto pela porta, levando comsigo<br />

as famosas « pistolas » <strong>de</strong> Javert. Este, que, como<br />

temos tido oceasiões dc observar, é ás vezes sujeito<br />

á singulares distracções, acha muito natural o procedimento<br />

do joven advogado, que, <strong>de</strong>pois dc ter ido<br />

<strong>de</strong>nunciar um crime, assisto ã elle como tranquillo<br />

espectador, sem dar o signal convencionado para a<br />

intervenção da policia, e que põe-se ao fresco sem<br />

dizer para on<strong>de</strong> vai, confiscando as celebres pistolas<br />

das quaes não quiz servir-se. Mario vai pedir agasalho<br />

ao seu amigo Courfeyrac, que , na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> membro <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> secreto, mora no centro<br />

do quarteirão <strong>de</strong> S. Diniz, para estar bem á mão<br />

e po<strong>de</strong>r Influir no povo. Porém Mario apaixonado e<br />

<strong>de</strong>sgostoso como esta não pódc cuidar em política,<br />

nem em litteratura, nem cm jurisprudência, nem<br />

em cousa alguma, executo na sua paixão. A' proporção<br />

quo o amor lhe vai suggcrindo certas i<strong>de</strong>as, elle<br />

escreve-os em um livrinho do lembranças, que mais<br />

tardo será <strong>de</strong> muita utilida<strong>de</strong>. A'S vezes oceorremlho<br />

pensamentos muito luminosos, o lindíssimas<br />

imagens: « Contemplamos uma estreita por dous<br />

motivos, porque é luminosa c porque é impenetrável.<br />

Temos perto do nós um brilho mais doce c um<br />

maior mysterio, a mulher.... Quando o amor ligo<br />

dous entes cm uma só unida<strong>de</strong> angélica e sagrada,,<br />

tem elles <strong>de</strong>scoberto o segredo da vida; são ambos<br />

as azas <strong>de</strong> um mesmo espirito. Amai, a<strong>de</strong>jai... • Sc<br />

sois pedra, sô<strong>de</strong> iman; se sois planta, sô<strong>de</strong> sensitiva;<br />

se sois homem, sò<strong>de</strong> amor! » \V linguagem bem<br />

guindada para um amante sincero; 1 eis aqui outra<br />

phraso que é um pouco extravagante o pretenciosa:<br />

« A reducção do universo cm um só ente, a dilatarão<br />

<strong>de</strong> um ente olé Deus, eis o que é o amor.... Encontrei<br />

um moço muito pobre que amava; n agua<br />

penetrava-lho nos sapatos, c os astros penetravãolho<br />

na alma...; O amor é a saudação dos anjos aos<br />

astros. »<br />

Em qua nto Mario lamenta « não saber para on<strong>de</strong><br />

levarão a sua olmo, » Coseta, conserva no coração a<br />

imagem <strong>de</strong>sse moço tímido c melancólico, cujo amor<br />

cila a<strong>de</strong>vinhou. Aqui, o Sr. Hugo enceta uma narração<br />

retrospectiva c na nossa opinião inútil, dos<br />

encontros do Luxembourg, referidos agora pela heroina.<br />

Não ha ahi nada que não fosse dito no prece<strong>de</strong>nte<br />

volume. Só um romancista dc gênio, só o<br />

autor dc Clarisso Harlowe, teria o privilegio dc<br />

po<strong>de</strong>r impunemente arriscar-se ú semelhantes repetições.<br />

Ellas só po<strong>de</strong>m escapar á monotonia pela<br />

finura o exactidõo da onalyso moral; conserva-so o<br />

interesse durante a tríplice exposição dos mesmos<br />

factos, referidos por Miss Howc, Miss Harlowe e<br />

Lovclace, cada um por sua vez, porque são tres typos<br />

que so <strong>de</strong>stacão perfeitamente, c cujos traços distinctivosse<br />

reflectem fielmente nas suas narrações. Coseta<br />

e Mario, pelo contrario, são verda<strong>de</strong>iramente<br />

duas almas gêmeos; estão ambos sob a impressão do<br />

primeiro amor: a historia <strong>de</strong> ambos esses corações<br />

é a mesma, e portanto, era inútil repetil-a.<br />

Entretanto João Valjean, apesar do seu zeloso<br />

amor paternal, nada suspeitou da troca dc olhares<br />

c <strong>de</strong> pensamentos que estabelecia entre os dous<br />

amantes. Fugia <strong>de</strong> Mario que para elle era o que é<br />

« um cão <strong>de</strong> fila para um ladrão. » Mudou-se do<br />

seu aposento da rua Occi<strong>de</strong>ntal; foi installar-sc na<br />

rua Plumet, cm uma <strong>de</strong>ssas «casas do segredo» on<strong>de</strong><br />

os gran<strong>de</strong>s fidajgos e os magistrados libertinos do<br />

ultimo século escondião os suas amantes. Abi tudo<br />

está admiravelmentc disposto para viver-se oceulto,<br />

c para, em caso do necessida<strong>de</strong>, illudir-se os investigações<br />

indiscretos. O pcior c quo Valjean, todo<br />

prcoecupado com o perigo que lhe pódc vir pelo lado<br />

da policia, esquece completamente tomar as precauções<br />

rccommendadas pelo mais vulgar bom senso<br />

contra os ladrões e os namorados. Estabelece-se.<br />

como scntinclla vigilante no aposento do porteiro<br />

que dá paro rua, e installa Coseta, sósinha com uma<br />

criado quasi idiota, no corpo principal da caso, situado<br />

entteopatcoe o jardim. Ora, esse jardim,<br />

que quarenta annos do abandono tom reduzido ú um<br />

mato virgem cm miniatura, confina com um boulevard<br />

muito <strong>de</strong>serto c <strong>de</strong> muito má fama; é apenas<br />

separado <strong>de</strong>lle por uma simples gra<strong>de</strong> dc ferro, sem<br />

lotadas nem janellas; c Valjean, cuja profunda experiência<br />

no quo diz respeito á gra<strong>de</strong>s e portas 6 bem<br />

conhecida, nem sequer tem a lembrança <strong>de</strong> examinarse<br />

essa gra<strong>de</strong> offercce bastante segurança l<br />

Nesse seguro asylo, Valjean julga-se feliz relativamente.<br />

Ahi, não lhe fullão distracções. Uma vez,<br />

em um passeio <strong>de</strong> noite escura pelo boulevard<br />

exterior, é assaltado por um bandido á quem elle<br />

entrega <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> a sua bolsa <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />

quasi estrangulado o ladrão c <strong>de</strong> lhe pregar um<br />

grando sermão. Outras vezes vai levar a sua esmola<br />

á casa dos indigentes, d <strong>de</strong>speito dos inconvenientes<br />

que lhe po<strong>de</strong>m resultar <strong>de</strong>ssa maneira dc exercer<br />

a carida<strong>de</strong>, como jo vimos no prece<strong>de</strong>nte volume.<br />

Finalmente, elle vai ás vezes com Coseta dar um<br />

passeio ao amanhecer o dia: é esse « um suave<br />

prazer que agrado a quem entra na vida, c áquclles<br />

que sabem <strong>de</strong>lia, » Em um <strong>de</strong>sses passeios matutinos,<br />

dá-se um terrivcl cnconlro, que o Sr. Hugo<br />

refere, ou antes pinta com o maravilhoso talento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scripções que todos lho conhecem.<br />

a Em uma manha <strong>de</strong> Outubro, tentados pela perfeita calma<br />

do outouno <strong>de</strong> 1831, elles sahírão do casa, e ao amanhecer<br />

achavSo-se perto da barreira do Maiüe. Viao-se aqui c alli<br />

algumas conste)Jaçõcs no pallldo azul do Armamento, a terra<br />

toda.escura, o Cèo todo claro, um leve estremecimento nos<br />

ramiabos das ervas, e por toda a parte a mysteriosa sensação<br />

que produz o crepúsculo. Uma cotovia que se confundia<br />

com as estreitas, contará cm uma altura prodigiosa, e<br />

dlr-sc-bia que esse hymno do átomo ao infinito acalmava a<br />

immcnsidadc. Ao Oriente, o Vai dc Grace, claro com a clarida<strong>de</strong><br />

do aço, <strong>de</strong>stacava do horizonte o seu escora vulto; a<br />

esplendida venus apparacia por <strong>de</strong>traz <strong>de</strong>sse edifício, e parecia<br />

uma alma que foge dc um logar tenebroso, Tudo era<br />

paz e silencio.... Jo.lo Valjean sentou-se em uma das alamedas<br />

lateracs.... Coseta, junto <strong>de</strong>lle contemplava as nuvens<br />

que se íflo tornando côr <strong>de</strong> rosa.»<br />

De repente, Coseta chama a atlenção <strong>de</strong> João<br />

Valjean para uma espécie « dc multidão confusa »<br />

que vem <strong>de</strong>spontando no angulo da calçada do<br />

Maine e do boulevard interior.<br />

« Era uma massa que ia crescendo, c parecia mover-se <strong>de</strong>baixo<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m; porém era uma cousa confusa c movediça,<br />

parecia uma corro ca, mas não se podia perceber dcque éque<br />

vinha carregada, via-se que tinha cavallos e rodas, ouviSo-ce<br />

gritos, e os cstalos do chicote. Pouco a pouco forão-sc divulgando<br />

mais claramente os objectos. Era com cffeito uma carroça<br />

que voltara do boulevard para a estrada, « dirigia-se<br />

paia a barreira perto da qual estava João Valjean ; ú essa,<br />

seguio-se uma outra completamente* semelhante, <strong>de</strong>pois orna<br />

terceira, c uma quarta; sete carroças iguaes <strong>de</strong>sembocarão<br />

suecessi vãmente umas alraz das outras. Dentro d'esses carros<br />

movifto-sc uns vultos escuros; via-se um scinlillar quo parecia<br />

do sabres dcscmhainhados; ouvia-se um tinido que .parecia<br />

dc correntes dc ferro A' proporção que isso ícap-<br />

cynicns, resignação forçada, bocas enormes.... <strong>de</strong>scarnadas<br />

faces <strong>de</strong> esqueletos, nue só tattava estarem mortos. lia primeira<br />

carroça havia om negro que talvez tivesso sido escravo c podia<br />

comparar os grilhões. O horrendo nivel da iufamia, o opprobrio,<br />

passam por rima <strong>de</strong> todas essas cabeças; nesse grão dc<br />

aviltamento suceitavflo-se todos ás mais Imitas transformações,<br />

a ignorância, transformada cm cmbrutccimcuto, era igual<br />

á inteligência transformada cm <strong>de</strong>sespero<br />

« O olhar dc Joílo Valjean tornara-se medonho.... Elle não<br />

contemplava nm espectaculo; supportnva a pre-enra <strong>de</strong> ema<br />

visão. Ficou immovcl, petrificado, estúpido, perguntando a si<br />

mesmo, nu meio <strong>de</strong> uma horrível agonia, o que significava<br />

aquella scpulchral perseguição, e dc on<strong>de</strong> santa aquelle pan<strong>de</strong>mônio<br />

que o atormentava. Dc repente, levou a mão á fronte...<br />

lembrou-se que, com cITcilo, era esse o itinerário; que era<br />

costume darem aquella volta para evitar o encontro do rei, o<br />

que sempre, era possivel no caminho <strong>de</strong> Fontaincblcao, c que<br />

trinta c cinco annos antes, elle também passara por aquellc<br />

logar. »<br />

Bem poucas vezes o Sr. Hugo terá escripto paginas<br />

dc tanta força como esse transporte dos galés.<br />

Essa <strong>de</strong>scripção não é sómento pittoresco, é verda<strong>de</strong>iramente<br />

dramática. Tomaremos apenas a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer-lhe uma critica. Os Miseráveis, na<br />

mente do autor, não são simplesmente um romance,<br />

são um quadro <strong>de</strong> costumes composlo com o<br />

fim <strong>de</strong> urna reforma social. Nesse caso convém lembrar<br />

que esse pelourinho ambulante já foi supprimido<br />

ba muito tempo.<br />

(Continua.)<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />

PARTE I>0 DIA 7 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong><br />

Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas outhorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, João Lopes da Silva, por embriaguez;<br />

Reginaldo Pereiro, paro averiguações sobre<br />

furto; José do Nascimento, por injurias; Thcodoro<br />

Pereira da Rosa, por offensas phisicas; José<br />

da Silva, e João Bernardino da Costa, por vagabundos<br />

; o preto, João, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; c os escravos,<br />

Filippe, por suspeito <strong>de</strong> fugido; Manoel, por<br />

andar fora <strong>de</strong> horas; o João, por embriaguez.<br />

Na frcguezia <strong>de</strong> Santa Rita, (I.° districto), o escravo,<br />

Sabino, por andar fóra dc horas.<br />

Na dc Santo Antônio, Joanna 'Maria da Conceição<br />

, para averiguações acerca do sua condição;<br />

Roque Nicolilo, para averiguações c uso dc arma<br />

<strong>de</strong>fesa; e o africano livre, Fclisberto por uso <strong>de</strong><br />

arma <strong>de</strong>fesa.<br />

Na do Engenho Velho, a escrava, Belinira, por<br />

embriaguez.<br />

Na da Gloria o escravo, Jorge, por <strong>de</strong>sobedien-<br />

cia ao senhor.<br />

Na dc S. Christovão, Anselmo José <strong>de</strong> Brito, por<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m o injurias; um indivíduo quo não <strong>de</strong>clarou<br />

o nome, -por so oppôr a uma prisão; e os<br />

escravos, Joaquim, por embriaguez; e Joaquim,<br />

Cabinda, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Na do Sacramento, (1.° districto), os escravos, Behèdiclo,<br />

por furto; Antônio, por andar fóra <strong>de</strong><br />

horas; José, e Ivo, por <strong>de</strong>sobediência.<br />

Na mesma, (2.° districto), Joaquim da Silva Ramos,<br />

por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

* Na da Lagoa, o escravo, Manoel, por andar fóra<br />

<strong>de</strong> horas.<br />

Na dc SanfAnna, (2.° districto), o escravo, Lourenço,<br />

por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na mesma, (1.° districto), a escrava, Maria,<br />

suspeita dc fugida.<br />

por<br />

Pelo Corpo Policial da Corte:<br />

João Lopes da Silva, por embriaguez; José da<br />

Silva, c João Bernardino da Costa, por não terem<br />

domicilio; Theodoro Pereira da Rosa, por espancamento<br />

; José do Nascimonto, por insultos e proferir<br />

immoralida<strong>de</strong>s ; Reginaldo Pereira, para averiguações<br />

sobre furto; Filippe, preto escravo, por<br />

fugido: Paulo José <strong>de</strong> Brito, e João, prelo escravo,<br />

por promoverem <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

DIA 8.<br />

Forão presos a or<strong>de</strong>m das<br />

da<strong>de</strong>s:<br />

respectivas autori-<br />

Pele Policia, Lucas José Marques e Antônio Rodrigues<br />

da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; c os escravos<br />

Francisco c Antônio, por suspeitos dc fugidos.<br />

Na Freguesia 1 do Santo Rita (2.° Districto), os<br />

escravos Procopio c Adriano, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na<strong>de</strong> Santa Anna (1." Districto), o escravo Rulino,<br />

por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

. Na mesma (2.° Districto), Jorge Guilherme Brum,<br />

por embriagues e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

Na <strong>de</strong> Santo Antônio, André Martins, João<br />

da Silva, Manoel José, José <strong>de</strong> Lima Meirelles,<br />

c o preto, José, para averiguações.<br />

Na da Gloria, Manoel do Rego Pinheiro, por<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Manoel Garcia da Roso, por infracção<br />

<strong>de</strong> posturas, o o escravo, Luiz, por suspeito dc<br />

fugido.<br />

Na do Sacramento, (í.° districto), Victorino dc<br />

Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>sobediência ao lnspector<br />

dc quarteirão.<br />

Na da Lagoa, Serafim Francisco dc Araújo , por<br />

suspeito dc ser escravo fugido.<br />

Na do Sacrmenlo (2.° dististro) á 1 hora da tar<strong>de</strong>,<br />

tentou suicidar-se com um baroço ao pescoço Antonia<br />

Francisca do Jesus, moradora a rua do Senhor<br />

dos Passos n.° 60, proce<strong>de</strong>u do-so a corpo do<br />

<strong>de</strong>licio.<br />

Na <strong>de</strong> S, José, manifestou-se incêndio na casa<br />

n.° 7 da rua <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> Vasconccllos, o qual foi<br />

logo extineto.<br />

Na da Lagoa, foi arrojado


Capitania 4o porto»<br />

EXPORTAÇÃO DE METAES HE 2 A 8.<br />

Pela Capitania do porto da Còrlc c Província do Bio<br />

Feijão: 5 sacos a Pinto Machado & Comp. — Fer­<br />

NU 9.<br />

dc Janeiro, avisa-se, em virtu<strong>de</strong> do que dispõem os arts.<br />

Ouro. Praia. ragens: 2 caixas a F. Caetano <strong>de</strong> Souza Louzada.—<br />

73, 74, 74 e 76, Cap. 4.» do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Paquete inglez Magdalena,<br />

Frutos secas: 8 caixas a Costa Rocha.<br />

Soulhampton e escalas— Paquete Inglez a Vapor Magdalena,<br />

Comm. Wollevard.<br />

Maio <strong>de</strong> 1046, i todas as pessoas possuidoras das em­<br />

Imagens: 4 caixas a Jcronimo José do Freitas<br />

Soulbempton:<br />

Canal a or<strong>de</strong>m—Brigue Dinam. Coroline, 276 ton.,m.<br />

barcações miúdas empregadas no trafego do mesmo porto<br />

e na pescaria, pertencem cs ás diversas estações e dis- Guilherme Moon di Comp.<br />

Guimarães.<br />

P. D. Galdmann, equip. 8: c. café.<br />

trictos, das que servem <strong>de</strong> armazéns navaes, <strong>de</strong> todos (em pó 256 oitavas)...... 9215600<br />

Louro: 4 molhos a Manoel Joaquim dc Almeida. — Galera Hamb. Jmperirase, 581 tons., m. H. P. Wolf,<br />

os vapores que' navegSo no interior <strong>de</strong>sta bahia, c das John Moore & Comp. (dito<br />

—Milho: 2 sacos a Pinto Machado


POR ANNO<br />

CORTE.<br />

POR SEIS MEZES. . .<br />

POR TRES MEZES. .<br />

DIÁRIO OFFIOIâL<br />

I2&000<br />

63P000<br />

3&000<br />

IMPÉRIO DO RRASIL.<br />

ANNO DE 1865. DOMINGO, 11 DE JANEIRO.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

CONSUMI*» DB MINISTROS.<br />

CIRCULARES AOS PRESIDENTES DAS PROVÍNCIAS.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro.—' Presidência do Conselho <strong>de</strong><br />

Ministros em 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Illm. c Exm. Sr.— Em additamcnto ás circulares<br />

que dirigi hontem a V. Ex. dando conhecimento<br />

do modo, porque terminou o <strong>de</strong>sagradável conflicto<br />

entre o Governo Imperial e a Legação Britannica<br />

nesta Córle por motivo do naufrágio da Barca inglcza<br />

Prince of Wales, e da prisão do Capeilão<br />

» dos Ofllciaes da Fragata Forte, comm único a<br />

V. Ex. qUe na mesma data, como verá do Diário<br />

Official dc hoje, que envio junto, o Ministério dos<br />

Negócios Estrangeiros expedio á Legação Brasileira<br />

«MU Londres as necessárias or<strong>de</strong>ns, para que tenhão<br />

elfcito as <strong>de</strong>cisões do Governo Imperial acerca daquedas<br />

questões.<br />

Quanto ao Arbitro, que tem dc servir na segunda,<br />

a escolha <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador rccaliio<br />

em Sua Magesta<strong>de</strong> El-Rei da Bélgica.<br />

Deus Guar<strong>de</strong>,a V. Ex.— Marques dc Olinda.<br />

— Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província do....<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Presidência do Conselho <strong>de</strong> Mi­<br />

Illm<br />

nistro em 10 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 18G3.<br />

Exm. Sr.—Além da reoommendação que<br />

fiz a V Ex. em circular dc 8 do corrente mez para<br />

a manutenção da or<strong>de</strong>m publica nessa, Província,<br />

julgo conveniente recommcndar tombem e V.'.Ex.<br />

que aproveite as boas disposições, c os sentimentos<br />

dc patriotismo quo <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>spertar o conflicto quo<br />

ultimamente teve o Governo Imperial com a Legação<br />

Britannica nesta Côr te, para promover a concórdia<br />

e harmonia entre os habitantes da mesma<br />

Provincia, fazendo esquecer as inimiza<strong>de</strong>s, c os ódios<br />

originados pelas lutas políticas; pois agora, inaisdo<br />

que nunca, necessita, o Império da união dc todos<br />

os Brasileiros.<br />

Deus Guar<strong>de</strong>tT. Et.—MãTljflfi <strong>de</strong>OlindST-^rT<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Provincia <strong>de</strong>....<br />

MINISTÉRIO Dl JUSTIÇA.<br />

Por Decretos do 26, 27, 98, 29 e 31 dc Dezembro<br />

c 5 do corrente:<br />

Foi removido o Juiz <strong>de</strong> Direito, José Solomc <strong>de</strong><br />

Quciroga, da Comarca do Rio Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2." entrancia,<br />

para a dc Jeqnilinhonha <strong>de</strong> 1.* entrancia, na Provinciu<strong>de</strong><br />

Minas Gcracs, por assim o haver pedido.<br />

Forão nomeados:<br />

O Bacharel João Maria <strong>de</strong> Moraes Navarro, Juiz<br />

Municipal e dc Orphãos do Termo dc Jpojuco, na<br />

Provincia dc Pernambuco.<br />

O Bacharel Ignacio.Dias <strong>de</strong> Lacerda, Juiz Municipal<br />

c <strong>de</strong> Orphãos dos Termos reunidos da Princesa,<br />

Santa Anna o Angicos, na Província do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Norte.<br />

O Tenente Coronel Manoel Alves da Silva. Coronel<br />

Commandante Superior da Guarda Nacional<br />

dos Municípios da Capital, S. Gonçalo, Ccara-merim<br />

e Touros, da mesma Provincia.<br />

Custodio Nogueira Rodrigues, Tenenle-Coronel<br />

Commandante do Batalbão do Infantaria n.* 13 da<br />

Guarda Nacional da Província do Minas Geraes.<br />

Manoel Teixeira Duarte, Tcnenlc-Coronel Commandante<br />

do Batalhão dc Infantariu n.° I3daGuarda<br />

Nacional da mesma Provincia.<br />

O Major Francisco Gabriel do Cunha c Castro, Tenente<br />

Coronel Chefe do Estado Maior do Commando<br />

Superior da Guarda Nacionul do Município dc Pitangui,<br />

da mesma Provincia.<br />

José Gomes <strong>de</strong> Oliveira Lima, Tenente Coronel<br />

Commandante do Batalhão do Infantaria n.° 00 da<br />

Guarda Nacional da mesma Província.<br />

O Major Antônio Rufino Aranha, Tenente Coronel<br />

Commandante do 1.° Batalhão da reserva do Guarda<br />

Nacional da Provincia da Parahyba.<br />

O Capitão U<strong>de</strong>fonso Moreira Sérgio, Tenente Coronel<br />

Commandante do Batalhão dc Infantaria n.°<br />

103 da Guarda Nacional da Provincia da Bahia.<br />

O Malpr Ajudante dc Or<strong>de</strong>ns do Commando Superior<br />

da Guarda Nacional dos Municípios do Bananal,<br />

Áreas, Queluz c Silveiras da Provincia dc<br />

S. Paulo, José Ramos da Silva, Tenente Coronel<br />

Chefe do Estado Maior do mesmo Commando Superior.<br />

Forão reformados:<br />

Cosme Coelho dc Souza, Coronel Commandante<br />

Superior da Guarda Nacional do Municipio da Carolina,<br />

da Provincia do Maranhão, no mesmo posto.<br />

João Fernan<strong>de</strong>s Ramos, Tenente Coronel Commandante<br />

do 3.* Batalhão <strong>de</strong> Caçadores da Guarda<br />

Nacional do serviço activo da Provincia <strong>de</strong> Minas<br />

Geraes, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />

João Baptista Drumond, Tenente Coronel Commandante<br />

do Batalhão n.° 67 da Guarda Nacional<br />

da Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />

Theodoro Teixeira Gomes, Tenente Coronel Commadante<br />

do 2.° Batalhão da Guarda Nacional da Provincia<br />

da Bahia, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />

Joaquim Lourenço Corrêa, Tenente Coronel Commandante<br />

do Batalhão dc Infantaria n.° 29 da Guarda<br />

I Nacional da Provincia <strong>de</strong>S. Paulo, no mesmo posto.<br />

Caetano José Cootinho da Fonseca, Major Ajudante<br />

<strong>de</strong> Or<strong>de</strong>ns do Commando Superior du Guarda<br />

Nacional dos Municípios <strong>de</strong> Curvello o Saborá da<br />

Província <strong>de</strong> Minas Geraes, no mesmo posto.<br />

Antônio Teixeira Leal, Tenente Coronel Commandante<br />

do Batalhão <strong>de</strong>* Infantaria n.° 74 do serviço<br />

activo da Guarda Nacional da Provincia da<br />

Bahia, no mesmo posto.<br />

Teve passagem para a reserva José <strong>de</strong> Magalhães<br />

Castro, Tenente Coronel Chefe do Estado Maior do<br />

Commando Superior da Guarda Nacional da Comarca<br />

do Bananal, da Provincia <strong>de</strong> S. Paulo, ficando<br />

aggregado ao Batalhão dc Infantaria do serviço<br />

activo n." 21 da mesma Guarda.<br />

i Fez-se mercê a Antônio Pedro Pinto, da serventia<br />

vitalícia do oflicio <strong>de</strong> Escrivão privativo do Jury do<br />

Termo da capital da Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes.<br />

Foi commutada em 1009000, para o Hospital' dc<br />

Carida<strong>de</strong> da Cida<strong>de</strong> dc Ouro.Preto, a pena dc 30 dias<br />

<strong>de</strong> prisão a quo foi con<strong>de</strong>mnado Francisco Antônio<br />

Teixeira, por sentença do Delegado <strong>de</strong> Policia da<br />

Cida<strong>de</strong> dc Lcopoldina, na Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes*<br />

MINISTÉRIO Oi MARINHA.<br />

. EXPEDIENTE DO DIA 29 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />

1." Secção.— A' Presidência <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando,<br />

ora solução aò oflicio <strong>de</strong> 12 do mez próximo<br />

pretérito, que convém esperar o regresso do<br />

Vapor Anhambdhy aquella Provincia, para então<br />

partir o Jauru com <strong>de</strong>stino a Montevidéo, on<strong>de</strong><br />

tem <strong>de</strong> lazer os concertos, <strong>de</strong> que precisa.— Dirigio-sc<br />

também o competente^viso ao Quartel General.<br />

— A' mesma, mandando regressar á Corte o Capitão<br />

Tenente José Pereira dc Lima Campos, visto<br />

não po<strong>de</strong>r elle, pela sua enfermida<strong>de</strong>, continuar no<br />

commando do Corpo <strong>de</strong> Imperiaes Marinheiros-da<br />

referida Provincia. — Or<strong>de</strong>nou-se ao Quartel-General<br />

que proponha um Ofllcial, para substituir aquelle<br />

no mencionado commando.<br />

— 2.* Secção.—A' Secção dc Guerrae Marinha<br />

do Conselho <strong>de</strong> Estado, communicando qne Sua<br />

Magesta<strong>de</strong> o Imperador Houve por bem, por Immcdiatá<br />

Resolução <strong>de</strong> 24 do corrente, conformar-se com<br />

o parecer da mesma Secção, exarado cm Consulta dc<br />

7 do Outubro, sobre o requerimento <strong>de</strong> Alexandre<br />

José Fortuna, 3." Eseripturario aposentado da Contadoria<br />

da Marinha.<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />

quo o Director da Escola <strong>de</strong> Marinha participou cm<br />

oflicio n, 185, <strong>de</strong> 24 do corrente, ter-se n'aquella<br />

dato apresentado o 2.° Tenente Honorário Lauriano<br />

José Martins Penha, e que portanto ficara ultimada<br />

a commissão, do quo estava encarregado o mesmo<br />

2.* Tenente por Aviso <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Agosto próximo pretérito.<br />

— Communicou-sc á Inspecção dó Arsenal c<br />

ã Contadoria da Marinha.<br />

—• A' Presidência da Provincia da Bahia, reoom-%<br />

mondando quo exija da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda<br />

informações sobre adiantamentos dc dinlieiros, que<br />

por ventura tiver feito ao Com missa rio, Antônio José<br />

Moniz <strong>de</strong> Almeida, no tempo, em que este servio á<br />

bordo do Brigue Escuna Eólo. —Communicou-sc á<br />

Contadoria da Marinha.<br />

— A' da Provincia do Piauhy, <strong>de</strong>clarando, cm solução<br />

aos oflicios <strong>de</strong> 23 dc Outubro ultimo, n. 0116 e<br />

17, quo por ora não convém sobrecarregar os cofres<br />

com a construcção da lancha, que reclama o respectivo<br />

Capitão do Porto, para o serviço da praiieagem<br />

, que pô<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sempenhado pela lancha da<br />

Capitania, logo que estejão concluídos os reparos <strong>de</strong><br />

quo carece; c, quanto aosancorotes pedidos, para os<br />

trabalhos da mesma pralicagem, so expe<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ú<br />

Inten<strong>de</strong>ncia, a flm <strong>de</strong> mandar fornecer 2 ou 3, que<br />

<strong>de</strong>verão ser entregues ú Associação dos Práticos. —•<br />

A' Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha dirigio-se o conveniente<br />

Aviso, e communicou-sc á Contadoria.<br />

nas do operário João José Montamos, para encarregar-se<br />

do exame c dos reparos da machina do vapor<br />

Cachoeira; sendo neste serviço coadjuvado pelo<br />

3-.°?machinistn do vapor J'aguardo; e recommcndando<br />

quo organise as competentes instrucçOes por<br />

que se <strong>de</strong>ve dirigir o mencionado operário.<br />

— A' Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, <strong>de</strong>clarando que<br />

o vapor Chuy na sua commissão á ilha da Moela<br />

recebeu, por empréstimo, do vapor S. Pedro 3 toneladas<br />

<strong>de</strong> carvão do pedra, quo <strong>de</strong>vem ser pagas<br />

a dinheiro, ou com gênero igual.— No mesmo sentido<br />

fez-se Aviso á Contadoria.<br />

2« a Secção.—Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, mandando<br />

impor a Lajoux dt Filhos a multa <strong>de</strong> 268600, por<br />

haverem faltado ás condições <strong>de</strong> seu contracto para<br />

fornecimento <strong>de</strong> bolacha, conforme representa a Inten<strong>de</strong>ncia<br />

por oflicío <strong>de</strong> 17 do corrente.—A' Contadoria<br />

rccommendou-sc que fizesse cxlrahir a compclcnte<br />

guia para pagamento da multa citada.<br />

—A* Capitania do Porto d«i Corte, <strong>de</strong>clarando, cm<br />

resposta ao oflicio n.° 132, dê 19 do corrente, relativamente<br />

ao pedido que faz o respectivo Secretario,'<br />

<strong>de</strong> ser «dispensado do pagara <strong>de</strong>speza da impressão<br />

dos papeis, por quo cobra emolumentos, preferindo<br />

escrcvel-os, que o mesmo Secretario <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r<br />

como até agora, <strong>de</strong> modo que o serviço do Repartição,<br />

não soTTra com a tardanea do expediente è<br />

seu cargo; observando-sc á risca o Aviso do 35<br />

dc Julho ultimo.<br />

3.*. Secção. — Ao Sr. Ministro da Agricultura,<br />

Commercio e Obras Publicas, pedindo que haja dc<br />

provi<strong>de</strong>nciar, como julgar conveniente, para eífectuar-se,<br />

com toda a urgência, o supprimento do dinheiro<br />

necessário ao pagamento da diária, que no<br />

art. 4 .* das instrucçOes dadas pelo referido Ministério<br />

em 5 do mez próxima passado foi arbitrada aos trabalhadores<br />

do Kslabclccímcnlo Naval do Itapúra, visto<br />

representar o Director do mesmo Estabelecimento^;<br />

que a Thezouraría <strong>de</strong> Fazenda da Provincia <strong>de</strong><br />

S. Paulo ainda não recebeu or<strong>de</strong>m para esse fim.— -<br />

Communicou-sc ao mencionado Director.<br />

— Ao Quartel General, dizendo que pô<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r<br />

oo Commandante da Força Naval do Rio da<br />

Prata aulorisnção para satisfazer ás requisições do<br />

da Estação <strong>de</strong> Mato Grosso, a flm dc serem fornecidos<br />

dé Monlevidéo certos objectos dc sobrcsalentes,<br />

e quaesquer outros precisos na mesma Estação<br />

; <strong>de</strong>vendo aquelle Commandante enviar sempre<br />

uma nota dos gêneros suppridos, com <strong>de</strong>claração<br />

dos respectivos preços.<br />

1." Serpao—A' Inspecção do Arsenal da Bahia,<br />

aceusando a recepção do oflicio dc 23 do corrente,<br />

em que dú parte do adiantamento, que toem tido<br />

cm escrita os aprendizes' marinheiros.<br />

— Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, <strong>de</strong>clarando que fica<br />

concedido a José Francisco Fernan<strong>de</strong>s Júnior, o<br />

prazo dé 75 dius, para entrega <strong>de</strong> 49 capotes a<br />

conta <strong>de</strong> 100, que contractára com o ineamo Conselho.<br />

3.' Secção.—So Sr. Ministro da Fazenda, remettendo,<br />

para ser pnga a folha dos jornaes vencidos<br />

no mez <strong>de</strong> Novembro próximo passado pelo operário<br />

do Arsenal dc .Marinho da Cdrte, João Antônio<br />

Freire, dispensado dos trabalhos do mesmo<br />

Arsenal.<br />

— Ao mesmo, solicitando a expedição das concernentes<br />

or<strong>de</strong>ns, a fim dc que ao Ajudante do<br />

Director das construcçoes navaes do Arsenal <strong>de</strong><br />

Marinha da Córle, Antônio Luiz Bastos dos Reis,<br />

que está substituindo o mesmo Director durante a<br />

sua commissão na Europa, se abone a 5." parte<br />

dos vencimentos do substituído, conforme requercu.—<br />

Deu-se conhecimento á Inspecção e ú Contadoria.<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO....;.<br />

PCR SEIS MFZES.<br />

POR TRES MEZES.<br />

16&000<br />

8&000<br />

4&000<br />

NUMERO 8/<br />

construcção e uzo d'uma doca no porto da capital<br />

da Província do Ceará.<br />

— A' Capitania do Porto da Corte, <strong>de</strong>clarando*<br />

á vista do que informou cm oflicio n.* 135 dc 20<br />

do corrente, sobre o requerimento <strong>de</strong> José Alves<br />

Portilho Barboza, 3.° Maehinista das Barras <strong>de</strong><br />

Vapor do commercio, que em quanto hão apparecer<br />

um 2.* Maehinista, podo mandar matricular o supplicante<br />

nesta qualida<strong>de</strong> á bordo do Vapor Cardoso,<br />

como pe<strong>de</strong>.<br />

DIA 31.<br />

1.* Secção.— Ao Quartel General, approvando o<br />

termo do contracto celebrado pelo Conselho <strong>de</strong><br />

Compras do Hospital da corte, para supprimento <strong>de</strong><br />

dietas e rações durante o primeiro semestre do<br />

anno próximo futuro. —Communicou-sc á Contadoria<br />

.<br />

— Ao mesmo, <strong>de</strong>terminando que man<strong>de</strong> entregar<br />

á disposição do Sr. Ministro ds Guerra o Soldado<br />

do Batalhão Naval, João Bernardo do Rego Barros,<br />

que'pedira passagem para o exercito, on<strong>de</strong> pretendo,<br />

reconhecer-se 1 .* Ca<strong>de</strong>te.— Fez-se communicação<br />

ao referido Sr. Ministro, rogando-sc ao mesmo.tem-:<br />

po que, no caso <strong>de</strong> não verillcar-se aquelle reconhecimento,<br />

sc sirva or<strong>de</strong>nar a restituição do mencionado<br />

Barros ao dito Quartel General.<br />

— A' Inspecção do Arsenal da Bahia, appro-,<br />

vando o procedimento, que tivera, pelos motivos<br />

expostos em offlcio do 1.° <strong>de</strong>ste mez, <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r<br />

o Enfermeiro, Leopoldo Ramos do Cedro; e <strong>de</strong>clarando,<br />

para lh'o fazer constar, que,será <strong>de</strong>mittido<br />

do serviço, no caso <strong>de</strong> não corrigir-se.—Deu-se<br />

conhecimento ao Quartel General.<br />

— Ao Quartel General, mandando proce<strong>de</strong>r a<br />

uma inspecção sobre -o estado dc saú<strong>de</strong> da praça j pnnhou o oflicio<br />

da Companhia do Artífices Militares, Francisco<br />

Quintaes, quo pe<strong>de</strong> baixa do serviço por motivo<br />

<strong>de</strong> moléstia.—Or<strong>de</strong>nou-se ú Inspecção que mandasse<br />

apresentar a dita praça ao Quartel General<br />

para o indicado fim.<br />

— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Corte,<br />

aceusando o recebimento do seu oflicio u.° 708,<br />

dc 2íL,do*çgrrcpt.cA,em que <strong>de</strong>u BiflfW1" Q"fr 0<br />

2.* Secção.—Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, aulorisando<br />

a contractar com quem melhores condições<br />

oflerecer o fornecimento <strong>de</strong> colxõcs e travesseiros;<br />

e bem assim a fazer a acquisição do 12 travesseiros<br />

podidos pela 3.' Secção do Almoxarifado.<br />

— Ao mesmo, mandando abrir concurrencia,<br />

para acquisição dos cabos necessários á 2,<br />

único fundídor <strong>de</strong> ferro, que se propõe a Ir servir<br />

no Arsenal dc Marinha do Mato Grosso, pe<strong>de</strong> o<br />

salário dc 2503000 mensaes, e dizendo que <strong>de</strong>ve<br />

aguardar occazião do obter outro com melhor vantagem<br />

para a Fazenda Nacional.<br />

DIA 30.<br />

1.* Secção.—A.' Presidência do Pará, <strong>de</strong>clarando<br />

quo pódc autorisar a Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />

da Provincia a construir com as ma<strong>de</strong>iras,<br />

que nello existem, um navio, a fim do substituir'<br />

a Escuna Tihagy, que se acha em estado dc ruína:<br />

não <strong>de</strong>vendo exce<strong>de</strong>r a consignação para a rubrica<br />

— Material — daquella Província; u sendo o dito<br />

navio armado a Patacho, Brigue Escuna*, ou Brigue.<br />

—Fizeruo-sc as prccisascommunicaçOes,<br />

a Sucção<br />

do Almoxarifado, conforme o pedido, que acomn.°<br />

3C8, do 30 do corrente.<br />

3a. Secção.— Ao Sr. Ministro do Império, aceusando<br />

o recebimento do seu Aviso <strong>de</strong> 20 do corrente,<br />

que acompanhou um exemplar da. collccrão das<br />

Leis da Província da Parahyba» promulgadas no<br />

presente anno, e cópia do oflicio dc 29 do mez próximo<br />

passado, em que a Presidência da mesma Província<br />

expõe os motivos, porque as sanecionou.—<br />

Renietterão-se i Secção <strong>de</strong> Guerra, e Marinha ao<br />

Conselho dc Estado o exemplai' e n cópia, paru<br />

consultar o respeito das mencionadas Leis, pelo que<br />

toca a este Ministério.<br />

— A' Presidência <strong>de</strong> Meto Grosso, aceusando a<br />

recepção do offlcio o. 42 <strong>de</strong> 20Setembro ultimo, com<br />

que enviou cópia do termo do contracto que a Inspecção<br />

do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da mesma Província,<br />

cm virtu<strong>de</strong> do Aviso do 14 do Junho do corrente<br />

anno, celebrou com o maehinista Silvestre Antônio<br />

Pereira, para embarcar em vapores da Armada por<br />

espaço do 3 annos; o remeltcndo cópia do que foi<br />

ultimamente feito pela Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, a*<br />

flm dc que expeça as convenientes or<strong>de</strong>ns para servir<br />

<strong>de</strong> norma tanto neste, como nos casos idênticos, que<br />

para'O futuro so <strong>de</strong>rem, visto que não so achão<br />

naquelh? contracto acauteladas todas as liypotbeses •<br />

prejudiciaes ú fazenda e serviço publico.<br />

— A' Inspecção do Arsenal dc Marinha da Corte,<br />

para que mando fazer no mesmo Arsenal duas pequenas<br />

bombas do pressão, conforme solicitara o<br />

Ministério da Agricultura, Commercio o Obras Pu- •<br />

blfcas em Aviso n." 18 datado <strong>de</strong> 18 do corrente.<br />

—Communicou-sc ao dito Ministérioe á Contadoria»'<br />

— A" mesma, communicando que o Ministério<br />

da Guerra, cm Aviso <strong>de</strong> 24 do corrente, <strong>de</strong>u parto<br />

<strong>de</strong> haver expedido as convenientes or<strong>de</strong>ns para que<br />

pela Repartição do Ajudante General sejio mini»—<br />

Irados ao Commandante da Fortaleza da Ilha das<br />

Cobras os esclarecimentos por elle pedidos acerca<br />

do folleeiroento <strong>de</strong> um sentenciado, que se achava<br />

<strong>de</strong>stacado no quartel do 1.° Regimento <strong>de</strong> Cavallaria<br />

ligeira, o bem assim participados quaesquer oceurreneiâs<br />

que tiverem iogar a respeito dos senteo- •<br />

ciados que sahirem dà mesma Fortaleza para serem<br />

empregados em serviço da Repartição da Guerra.<br />

—A' Inten<strong>de</strong>ncia, remettendo o oflicío da Inspecção<br />

do Arsenal do Marinha da Corte, n." 715 do 27 do<br />

corrente, com os <strong>de</strong>mais papeis, a qno sc refere,acerca<br />

do engano que o Director das ofllcinas do machinas<br />

encontrou nos chapas <strong>de</strong> ferro vindas ultimamente<br />

<strong>de</strong> Inglaterra, a fim dc que man<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r na fôrma<br />

indicado pelo mesmo Director, para <strong>de</strong>sfazer-se<br />

aquelle engano.— Or<strong>de</strong>nou-se ú contadoria que enviasse<br />

á Inten<strong>de</strong>ncia, para o flm indicado, a faclura<br />

que acompanhou as sobreditas chapas; e commu<br />

ntrou-sc á Inspecção.<br />

— A' da Provincia dc Pernambuco, autorisando I<br />

— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Bahia,<br />

a mandar construir no Arsenal <strong>de</strong> Marinha, ou em j<br />

enviando, por cópia, o offlcio do Chefe <strong>de</strong> Esquadra<br />

algum estaleiro particular, para o serviço da Ca­<br />

lnspector do da Corte, n.* 712 <strong>de</strong> 26 do corrente,<br />

pitania do Porto da Parahyba, um escaler com 28<br />

a firo dc informar sc existe alli a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> que<br />

O Capitão Prcscíano <strong>de</strong> Barros Accioli, Major pés Inglezes do cumprimento, 4 pés c 8 pollcgudas — A' Presidência do Rio dc Janeiro, aceusando a elle trata, <strong>de</strong>vendo no caso aflirmativo, envial-a pura<br />

Commandante do Esquadrão avulso n.° 7 da Guarda <strong>de</strong> boca, c 2 pés e 4 pol legadas dc pontal; <strong>de</strong>vendo recepção do oflicio n.° 78 <strong>de</strong> 22 do corrente, em que aqui na primeira oceasião opportuna. — Commu­<br />

Nacional da Provincia <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

remetter, cm oceasião opportuna, o orçamento da <strong>de</strong>u parte <strong>de</strong> haver concedido licença o Fernando* nicou-sc ao dito Chefe <strong>de</strong> Esquadra.<br />

<strong>de</strong>speza a fuzer-se.— Expedio-so Aviso á Presidên­ José Martins, paru cortar ma<strong>de</strong>iras dc lei em uma<br />

O Alferes José Joaquim Monteiro da Silva, Major<br />

cia da Parahyba, communicando a expedição da or­ das situações, que possuo na Freguesia <strong>de</strong> S. Fran- |<br />

Commandante do Esquadrão do Cavallaria n." 14<br />

<strong>de</strong>m, que fica extractada.<br />

cisco do Paula da Cidado dc S. João da Barra; e di­<br />

da Guarda Nacional da Provincia dc Minas Geraes.<br />

zendo que muito convém, na concessão do taes li­<br />

José Nunes <strong>de</strong> Carvalho, Capitão Secretario Geral — A' da Provincia dc S. Paulo, <strong>de</strong>clarando, para cenças, ter em vista o disposto nas circulares <strong>de</strong> 9 do I DUIIIO OFFICIAL<br />

do Commando Superior da Guarda Nacional do Mu- ! fazer constar á Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda* que por Novembro <strong>de</strong> 1857,5 <strong>de</strong> Fevereiro c 19 <strong>de</strong> Março do<br />

nicípio dc Pitangui, da mesma Provincia.<br />

j Aviso <strong>de</strong> 25 do mez passado, dc conformida<strong>de</strong> com 1858, como já foi pon<strong>de</strong>rado cm Aviso <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>ste |<br />

o que informou o Contadoria do Marinha em ofiicio<br />

José Maurício do Magalhães, Capitão Secretario<br />

mez, com referencia ás licenças, que para igual flm<br />

Rio. IO «le Janeiro.<br />

n." 93 do 24 do mesmo mez, foi augmentado com a<br />

Geral do Commando Superior da Guarda Nacional<br />

<strong>de</strong>ra a mesma Presidência a Bernardo Belrsario Soares<br />

quantia <strong>de</strong> 7238300 o<br />

do Município <strong>de</strong> Ubá, da mesma Provincia.<br />

credito concedido a verba I <strong>de</strong> Souza e Cândido Barreto dt<br />

Pelo paquete nacional Brasil chegado hontem<br />

Souza Faria.<br />

- rnaroes » do presente exercício, visto ter subido<br />

dos portos do sul, recebemos datas do Rio Gran<strong>de</strong> até<br />

O Tenente Lasdisláu Febronio Esmeralda, Capitão a <strong>de</strong>speza <strong>de</strong>ssa verba com as InstrucçOes, mandadas<br />

— Ao Conselho Naval, para consultar sobre o<br />

3 do corrente.<br />

Secretario Geral do Commando Superior da Guarda observar em 18 do Fevereiro ultimo.<br />

requerimento quo acompanhou o Aviso do Minis­<br />

Nacional do Município <strong>de</strong> Inharobupo, da Provincia<br />

tério da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, O Sr. Dr. Espcridiiip Eloy <strong>de</strong> Barros PimenteL<br />

da Bahia.<br />

— A' Inspecção do Arsenal, approvando a pro­<br />

n.* 13, <strong>de</strong> 26 do corrente, o em que Adolpho Her- Presi<strong>de</strong>nte ultimamente nomeado para aquella Proposta<br />

feita peto Directoria dos ofllcinas <strong>de</strong> machi- | bster,<br />

pedo privilegio por noventa anãos para a vincia, seguio no dia 29 do passado da cida<strong>de</strong> do


Rio Gran<strong>de</strong> para a capitai, acompanhado pelo seu<br />

•Secretario e pelo Chefe <strong>de</strong> Policia.<br />

Le-se no Commercial do Rio Gran<strong>de</strong>:<br />

« ü Sr. Dr. Cana rim, como Delegado <strong>de</strong> Policia<br />

, conjunclamcnte com o Sr. Uplon, Cônsul<br />

Norle-Americono, forâo honlem (30} a bordo do<br />

palhabole tlnnrhester, c nada virão nelle qne rausas>e<br />

a menor suspeita <strong>de</strong> ter navio que so cmpregasse<br />

no trafico da escravatura : tendo este navio<br />

cinco pretos a bordo, qne sâo Norte-Americanos,<br />

e pertencentes á tripolação do mesmo navio.<br />

a O Capitão apresentou o recibo da entrega qne<br />

fez em Aseeneão <strong>de</strong> diversos animaes qne levou<br />

para aquellc presidio, apresentando o porão do<br />

navio iodos os indícios dc tal carga.<br />

-ar C) Monrhesier <strong>1a</strong> para o Kio da Prata, porém<br />

lendo-se-lhc partido o páo da retranca na altura<br />

da nossa barra, vio-sc forçado a arribar a este porto.» j<br />

Encalhara na coroa <strong>de</strong> leste da barra, no dia 28,<br />

o Patacho Hollan<strong>de</strong>c Benirick ífreisman.<br />

Referindo este facto diz aquella folha :<br />

« Nio havia signaes na atalaio, em conseqüência<br />

<strong>de</strong> c»tar a barra bravo, a agos muito baixa e havia<br />

forte correnteza <strong>de</strong> vasante, e nem as respectivas<br />

cal raias se acha vão no banco,<br />

• Imnedlatamente sábio para fora a primeira<br />

catraia ao mando do intrépido 1.* pratico lligucl<br />

Moreira da Silva, bem como o vapor Perseverança,<br />

em que foi o digno Sr. lnspector da barra.<br />

Na oceasião <strong>de</strong> dar-se o cabo do reboque, n navio<br />

safou pelas tres noras da tar<strong>de</strong>, lendo perdido unicamente<br />

o sobreçame. Também seguio para o banco<br />

d 2.* catraia, a flm <strong>de</strong> galar o Patacho improviso,<br />

proce<strong>de</strong>nte do Rio do Janeiro, que appareceu<br />

ao NE.<br />

« Logo que o Patacho Hollan<strong>de</strong>z fun<strong>de</strong>ou, seguio<br />

para elle o escaler da Alfân<strong>de</strong>ga, o mesmo Sr. lnspector<br />

da barra, que pedio ao Sr. Ajudante do Guarda-<br />

Mór Bivar, <strong>de</strong>stacado na barro, que se achava á bordo<br />

para proce<strong>de</strong>r é necessária visita, que fizesse rerles<br />

perguntas, por S, 8. dicladas, ao respectivo Capilâo,<br />

sobre o acontecimento.<br />

• « A primeira estreia com o mar que havia roffreu<br />

algumas avaries. »<br />

Da mesma folho extrahimos o seguinte:<br />

o Patacho Guarany.— Este navio, pertencente ;í<br />

massa fallida <strong>de</strong> Louzada Irmão & Comp., achase<br />

cm risco <strong>de</strong> vir a per<strong>de</strong>r-se, sendo abandonado.<br />

Dizem que tendo alguma taboa picada do bicho,<br />

começara a fazer agoa, c augmeotou a ponto o<br />

ovaria, que as bombas lá nio po<strong>de</strong>m dar vasfeo, e<br />

terá dc Ir a pique, segundo nos Infòrmlo.<br />

« Chamamos a atlenção do Sr. capitão do porto<br />

poro dar provi<strong>de</strong>ncias o tempo, a flm <strong>de</strong> quo esto<br />

embarcação não venho a prejudicar ofun<strong>de</strong>adouro.»<br />

O Vapor Brasil retardou a sua viagem cm conseqüência<br />

do um forte temporal quo apanhando<br />

na lagoa dos Patos o vapor que faz a carreira dc<br />

Porto Alegre para o Rio Gran<strong>de</strong>, fcl-o <strong>de</strong>morar-se<br />

alli por espaço dc 4 dias; tendo estado o Brasil<br />

além disto encalhado no Canal da Barra durante<br />

24 horas.<br />

Honlem ás II horas da noile seguia pela rua<br />

dos Ourives um indivíduo que, du pois .soube-se ser<br />

piloto da galera France e Chili, o dous marinheiros<br />

pertencentes a tripolação da mesma galera, conduzindo<br />

cada um um saco contendo calçado, cortes<br />

<strong>de</strong> vestidos <strong>de</strong> seda e diversas pecas da mesma fa<br />

zenda. Uma patrulha do Corpo Policial- foi-lhes<br />

an encalço e pren<strong>de</strong>ndo n todos os recolheu ao<br />

Xadrez da Repartição da Polida para averiguações.<br />

Calculflo-se esses objectos em mois<strong>de</strong> 2:000^000.<br />

Correspondência dt «Diário Official.»<br />

PriifSNia.—Berlim, 2 d> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—<br />

Nada hs quo consignar sobre os negócios internos<br />

dcslo pala. A situação do Gabinete continua á ser a<br />

mesmo relativamente ao conflicto constitucional,<br />

cuja solução não é dado prever-sc antes da reunião<br />

da Dieta, o qual <strong>de</strong>verá ser convocada, segundo a<br />

Constituição, no meado <strong>de</strong> Janeiro próximo futuro.<br />

.A Gazeta da Estreita, órgão semi-ofiicial do Governo,<br />

publicou ha dias um artigo que tem causado<br />

<strong>de</strong>sagradável sensação na classe diplomática. £'<br />

do theor seguinte: A' certo diplomata aconteceu,<br />

ha annos a esta porte, ven<strong>de</strong>r, na oceasião da sua<br />

remoção <strong>de</strong> Berlim* a sua secretária c <strong>de</strong>ixar por<br />

esquecimento em uma gaveta secreta, papeis que<br />

comprovávão ler elle trabalhado vivamente pala,<br />

imprensa contra a Corte, junto da qual estava<br />

acreditado.<br />

Nessa gaveta acliárao-sc minutas aulfaographas dc<br />

artigos, cujos autores linhão sido cm vão procurados<br />

em um outro campo, assim como provas <strong>de</strong><br />

relações bem organisadus por meio das quaes o<br />

referido representante dc uma potência amiga havia<br />

secundado a imprensa na sua opposição contra o<br />

governo. Todos estes inateriacs forão postos nas<br />

mios do governo real. Este ultimo preferiu não<br />

faxer uso d'aquellcs papeis contra o diplomata, o qual<br />

aliás linha tido um outro <strong>de</strong>stino. Todavia, nãoduvidamos<br />

que o ministério <strong>de</strong> então, como por certo<br />

qualquer outro governo que se respeite, teria exigido<br />

a retirada do diplomata, se antes do ternio da sua<br />

missão lhe tivesse sido <strong>de</strong>monstrado que. directa ou<br />

índírectamente, por segundas pessoas, elle sc tinha<br />

servido do suas relações ofllciaes em favor da imprensa<br />

hostil ao governo. E' nossa opinião dc que<br />

•Vaquella época como hoje todos os homens competentes<br />

con cordão em que a posição dc nm enviado<br />

diplomático c Incompatível com a participação em<br />

manejos opnosfcionfstas contra o mesmo governo,<br />

junto do qual se acha acreditado. »<br />

— Torna-se a faltar da questão do Zollvcrein,<br />

e <strong>de</strong> tratado franco-prussiano. Em virtu<strong>de</strong> das convenções<br />

existentes do Zollvcrein, as conferências geraes<br />

pare a expedição dos negocias da União reunem-so<br />

annualmente no mez do Junho. Na ultima<br />

conferência, que leve logar no anno dc 1859, foi<br />

e cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Munich <strong>de</strong>signada para assento da próxima<br />

conferência, adiada, a qual tem sido por accordo<br />

commum dos Governos unidos. O Governo <strong>de</strong> Bavicra,<br />

ao qual competia como governo do estado on<strong>de</strong><br />

se rcuno a conferência, expedio as competentes<br />

cartas dc convocação para o principio do futuro<br />

mez dc Janeiro. O governo prussiano annuio 4 esse<br />

convite, <strong>de</strong>clarando que a conferência geral <strong>de</strong>veria<br />

limitar-se, segundo' os tratados da União, ao exame<br />

das questões da tarifa.<br />

O Sr. llenning, conselheiro no ministério da<br />

fazenda, foi nomeado para representar a Prússia<br />

nessas conferências.<br />

O governo da Prússia respon<strong>de</strong>u às ultimas notas<br />

dos governos dc vVurlcmberg e Darmstadt relativamente<br />

ao tratado <strong>de</strong> commercio , <strong>de</strong>clarando<br />

simplesmente que consi<strong>de</strong>rava as respostas <strong>de</strong>stes<br />

governos como uma <strong>de</strong>claração csthegorica <strong>de</strong> não<br />

quererem continuar a unilo aduaneira com a Prússia,<br />

findo o período corrente do Zollvcrein.<br />

A Prússia mostra altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiva neste negocio<br />

e tem <strong>de</strong>clarado aos governos dos Estados secundários<br />

que cila não renova o Zol!verei n senão com os<br />

governos qoe adbertrcm ao tratado frnnco-prus—<br />

signo. NAo obstante os obstáculos que tem encontrado,<br />

o tratado será forçosamente adoptado pelos<br />

Estados, membros do Zollvcrein.<br />

Os negócios <strong>de</strong> Hessc-Cassel tem excitado a attençâo<br />

publica pela persistência que mostra o Eleitor<br />

na sua poli tira reeecionaria. A Prússia c a Áustria<br />

flzerão novamente sentir á S. A. H. a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

marchar <strong>de</strong> accordo com a câmara ultimamente<br />

eleita , e qu« elle havia prorogado. Com elícito o<br />

Eleitor acce<strong>de</strong>u á estes conselhos, convocando a referido<br />

câmara para 5 do corrente, e prometteu apresentar-lhe<br />

o orçamento.<br />

O conflicto Dano-allemão continua em or<strong>de</strong>m do<br />

dia. A Prússia e a Áustria, consi<strong>de</strong>rando terminado<br />

o mandato que tinlião recebido da Dieta germânica,<br />

concordarão em propor é mesma Dieta uma<br />

moção ten<strong>de</strong>nte a provocar medidas para a solução<br />

<strong>de</strong>finitiva do conflicto. Esta medida foi motivada<br />

por persistir a Dinamarca em manter a sua supremacia<br />

política sobre os dons durados <strong>de</strong> Rolstein<br />

e Lancmburgo, sujeitos, segundo os tratados do<br />

1815, á Díéta <strong>de</strong> Francfort.<br />

MR,<br />

Inglaterra.<br />

COBDEA* E LORD PALMERSTOST.<br />

Em Rochdale, que elle representa na Camora dos<br />

Commons» Mr. Cobdcn $es um êlsearso muito notável<br />

em 20 <strong>de</strong> Outubro, no qual mostra duvidar da<br />

aptidão dos Estados do Sul para estabelecerem a sua<br />

in<strong>de</strong>pendência; pronuncia-se abertamente contra O<br />

orçamento da <strong>de</strong>spesa publica da Inglaterra; exprime<br />

a convicção em que eslú <strong>de</strong> que pnra essa <strong>de</strong>speza,<br />

assim como para o augmento da marinha inglesa e<br />

forUficações, não se encontra justificação plausível<br />

na política da França; faz rccahír sobro Lord Palnierston<br />

a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo isso, c sustenta<br />

que o actual estado dos partidos políticos na Inglaterra<br />

é bem pouco aaliatactorio quanto á questão<br />

Americana. Eis o quo elle diz:<br />

• Nio acredito qun n separacSo do Norte o Sul »


Nfio sabendo como so ha <strong>de</strong> dirigir á Coseu sem<br />

assustal-a, Mario lembra-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar no banco<br />

lavorito d*ella as folhas do ca<strong>de</strong>rno on<strong>de</strong> elle escrevia<br />

as suas impressões durante as horas tenebrosas<br />

em que esteve eclipsado o astro da sua vida. No<br />

meio d'esses aphorismos <strong>de</strong> amor, certas allusSes<br />

aos encontros do Luxomburg <strong>de</strong>svanecerão qualquer<br />

duvida qoe restasse à Coseta; o homem que<br />

escreveu aquellas paginas é elle, c o <strong>de</strong>sconhecido <strong>de</strong><br />

seus sonhos. E só <strong>de</strong>pois que ella leu essas phrases,<br />

que parecem « gotas <strong>de</strong> sua alma » no dia seguinte,<br />

quando elle a vc tremula e pensativa, encaminha-se<br />

para o banco on<strong>de</strong> achou aquella extranha revolução,<br />

é que se anima ã apparccer-lhe e fallar-lhe.<br />

« Elle ouvio-tfae a vdz, essa voz qoe nunca ouvira, e que<br />

mal sa elevava acima do fòfiriito da folhagem.... « Perdoe -<br />

,. me, estou aqui. Sentia o coração A trasbordar, não era possível<br />

viver no estado cm que mc achava, vim vôl-a. Leu o que<br />

<strong>de</strong>itei aqui f Reconhece-me ? Nao tenha medo dc mim. Ha<br />

bastante tempo, lembra-ta do dia era qoe olhou para mimf<br />

c aquelle «lia em que passou por porto don<strong>de</strong> eu estava ...<br />

Perdão, fallo-lhe o nem sei o que digo; estou talvez aborreceodo-a;<br />

aborreço-a?.. Pego-lhe na mão, ella ia <strong>de</strong>sfallecendo,<br />

elle segurou-a noa braços, e apertou-a sobre o peito sem ter consciência<br />

do que fazia. Ssotinha-a porque ella vncillava.... Estava<br />

louco dc amor. Ella pegou na mio <strong>de</strong> Mario c levou-a<br />

ao seu coração. Elle sentio o papel qne alli estava guardado<br />

c balbucioni. í<br />

« EnUo, ama-me? » Ella respon<strong>de</strong>u com vóztão sumida,<br />

qne era apenas uni sopro: Cala-te 1 bem o sabes 1» E ocenjtou<br />

o sen rubor no seio do moço, orgulhoso e ébrio <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>.<br />

Mario cahio sobre o banco, Coseta sentou-se A sen<br />

lado. Nio tinliAo maú palavras. ComecavAo a brilhar as estrelas.<br />

Como foi quo os seus lábios se encontrarão ? Como<br />

6 quo o passarinho canta, que a rosa dcaabrocha, qne o<br />

mez <strong>de</strong> Maio se cobre <strong>de</strong> flores, que a aurora br ilha por entre<br />

o escuro arvoredo e no alto das collinas ?<br />

Aqui, torna-se impossível qualquer analysc. E'<br />

preciso ler-se, relcr-sc <strong>de</strong> principio á flm esse esplendido<br />

idylio, essas scenas <strong>de</strong> uma paixão profunda<br />

ainda que infantil, casta ainda que ar<strong>de</strong>nte. Como<br />

Jocelyn e Lourenço, como Paulo e Virgina, Mario<br />

c Coseta tem na fronte a aureola do amor puro<br />

c verda<strong>de</strong>iro. Se não oecupão um logar ao lado<br />

<strong>de</strong>sses immortaes amantes» é porque a linda narração<br />

<strong>de</strong> seus amores não é mais do que um episódio<br />

<strong>de</strong> uma obra singular, cheia <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos, que<br />

multas vezes excita, c ainda maior numero <strong>de</strong> vezes<br />

attenúa a admiração.<br />

( Continuo.)<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA,<br />

PARTE HO DIA 9 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autori<br />

da<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia f Roberto Leão, Martier Charles, e<br />

Perlicou François Maru, Franceses, por contrabando<br />

; o Norte Americano Silvestre, por uso <strong>de</strong> arma<br />

dofeza e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, e Antônio Alves Marinho, por<br />

offensa physica.<br />

Na Frcguezia <strong>de</strong> Santo Antônio, o Africano livre<br />

Romão, por uso do arma <strong>de</strong>fesa.<br />

Na da Gloria, José Vicente da Cunha, e Maria<br />

José para averiguações, Francisco Emilio do Jesus,<br />

por offensa physica, e o escravo Francisco, por suspeito<br />

<strong>de</strong> fugido.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Anna, 1.* districto, Molhcus Biltan<br />

court o José da Costa Coimbra, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m*.<br />

Na mesma, 2.° districto, Diogo Teixeira <strong>de</strong> Ma<br />

cedo, por offensa physica; c um indivíduo que não<br />

<strong>de</strong>clarou c nome por ser mudo, por ferimento.<br />

Pela primeira Delegacia da Policia, o escravo Manoel,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Pelo Corpo Policial da Côrtc:<br />

Antônio Alves Marinho, por espancamento; Maria*<br />

José o Francisca Emilia <strong>de</strong> Jesus, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

o ferimentos; um Norto Americano, por promover<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m c estar armado com um canivete; tres<br />

marinheiros, por suspeitos dc terem passado por<br />

alto uma porção <strong>de</strong> calçado, cortes <strong>de</strong> vestidos <strong>de</strong><br />

s>daechalés, cujos objectos conduziãoas 11 horas<br />

d« noite pela rua dos Ourives.<br />

Lcgitimárão-se na Policia, a fim dc seguirem para<br />

os logares abaixo <strong>de</strong>clarados conforme a <strong>de</strong>signação<br />

feita pelos legitimados:<br />

Porto por Lisboa: Francisco <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, Ma<br />

noel Francisco Nogueira, Raymundo da Silva, An<br />

tou ia <strong>de</strong> Souza, Francisco Lourenço, Domingos<br />

Nunes da Silva, Domingos da Silva, José Domingues<br />

Pardal, Antônio Pereira, José Rodrigues Passo,<br />

Antônio Lopes dos Santos, Antônio Lourenço Gomes,<br />

Manoel Bernardo, Francisco Leite, Manoel Alves,<br />

Miguel da Cunha Tavares, José Alexandre <strong>de</strong> Azevedo,<br />

Manoel Joaquim Fernan<strong>de</strong>s, Albino Francisco<br />

Mala, 'Antônio Joaquim Paes, Manoel José <strong>de</strong><br />

Brito o Francisco Pinto do Carvalho Bastos, Portuguezes.<br />

Costa da Mina pela Bahia: João José Raymundo,<br />

Catharina Joscpha, André Francisco Ramos, Zenc—<br />

bodo Rita dos Reis, Adão José Raymundo, Romana<br />

Roaalioa, Luiza Itebòuçaa e Maria do Bomfim,<br />

pretos forros.<br />

Valparaiso : Patrick Lane, Inglez: •<br />

Itália : Vicenzo Bisane, Italiano.<br />

Hespanha: Emilia Garcia Fernan<strong>de</strong>s, Hespanhola.<br />

Monlevidéo: Manoel José Dias Pereira e Antônio<br />

José Gomes Pereira, Brasileiros.<br />

Secretaria da Policia da Cdrte, 10 <strong>de</strong> Janeiro dc<br />

<strong>1863</strong>.— F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />

Pela Secretaria da Policia da Corte se faz publico<br />

a bem <strong>de</strong> quem convier, que se acha <strong>de</strong>positado<br />

na mesma Repartição um alfinete <strong>de</strong> peito<br />

dc senhora com miniatura em pholographia.<br />

Secretaria du Policia da Corte em 10 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />

Relação das pessoas sepultadas no dia 9 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Marcella Francisca, Africana, 60 annos, solteira.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Júlio Baptista Rodrigues, Fluminense, 12 annos.<br />

Vomito negro.<br />

Joaquim Fernon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Mello, Africano, 40 aonos,<br />

solteiro. Hepatite.<br />

Francisco José Martins, Fluminense, 30 annos,<br />

casado. Ulccras.<br />

Domingos José Teixeira, Fluminense, 66 annos,<br />

solteiro. Apoplcxia.<br />

José Antônio Baptista, Paraense, 32 annos, solteiro.<br />

Bexigas.<br />

Miguel Theodoro Xavier, Brasileiro, 33 annos,<br />

solteiro. Apoplcxia.<br />

Antônio Pedro Saldanha, Rio Gran<strong>de</strong>nse do Norte,<br />

34 annos. Gastro-hepatite.<br />

Luiz Antônio da Cunha, Rio Gran<strong>de</strong>nse do Sul,<br />

19 annos, solteiro. Elephatiasis.<br />

Maria Simplicia, Brasileira, 85 annos, solteira.<br />

Som <strong>de</strong>claração.<br />

Victorino José do Lima, Portuguez, 35 annos,<br />

solteiro. Febre pernicioso.<br />

Joaquim, Africano, 50 annos, solteiro. Tuberculos<br />

pulmonares.<br />

Clementina Theodora r, Fluminense, 40, annos,<br />

solteira. Hypcrtrophia.<br />

Mathil<strong>de</strong>s Bencdicla Brandão, Brasileira, 03 annos,<br />

solteira. Febre perniciosa.<br />

João Luis da Silva, Portuguez, 31 annos, casado.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Joaquina Maria da Conceição, Africana, 36 annos,<br />

casada. Febre perniciosa.<br />

Antônio, filho dc Manoel José Garcia, Fluminense,<br />

7 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />

Elisa, li lha dc Florcntino Montcnegro, Fluminense,<br />

7 mexes. Pleuro-pneumonia.<br />

João, filho <strong>de</strong> Maria Joscpha da Conceição, Fluminense,<br />

4 annos. Febre perniciosa.<br />

Clemente, filho dc José Ferreira da Rocha Sam­<br />

paio Filho, Fluminense, 5 mezes. Convulsões.<br />

Thercsa, filha <strong>de</strong> José Joaquim Ferreira<br />

Fluminense, 2 annos. Myelite.<br />

Um feto, filho <strong>de</strong> Maria Clementina dc<br />

Leite.<br />

Simão, exposto, Fluminense,6dias. Diarrhéa.<br />

üosta.<br />

Paiva<br />

BenJamfn, filho <strong>de</strong> Leopoldina Rose <strong>de</strong> Siqueira,<br />

Fluminense, 6 annos. Meningite.<br />

José Leandro dc Moura, remcttido pela Policia.<br />

Sem <strong>de</strong>claração.<br />

Sepultarao-se mais 6 escravos, tendo fallccido 1<br />

<strong>de</strong> hypcrtrophla, 1 <strong>de</strong> hepatite, 1 <strong>de</strong> congestão cerebral,<br />

1 <strong>de</strong> convulsões, 1 <strong>de</strong> marasmo e 1 <strong>de</strong> absorpçao<br />

purulenta.<br />

A1W1MC10S ADMINISTRATIVOS.<br />

Ministério da Justiça.<br />

Acbandc-se vago o oflicio <strong>de</strong> Contador c Distribuidor<br />

do Termo <strong>de</strong>. Sanla .Luzia, na Província <strong>de</strong> Sergipe, requercu<br />

ser provido no mesmo oflicio Torquaio Nunes<br />

dc Jesus,


At transacções cm gorduras vso-se <strong>de</strong>senvolvendo<br />

e comprarão se Já cerca do 8 a 10 mil arrobas, que<br />

se estão embarcando, aos preços <strong>de</strong> 4a s graixa o<br />

59 o sebo.<br />

Os xarqueadores preten<strong>de</strong>rão, <strong>de</strong>pois das primeiras<br />

compras, elevarem os preços a este gênero, nio<br />

o po<strong>de</strong>rio todavia conseguir, c pelo contrario fli erboso<br />

<strong>de</strong>pois tratos para as receber por todo o<br />

Janeiro cerca <strong>de</strong> 6.000 arrobas a 39800 a graixa e<br />

49800 o sebo.<br />

Em couros vacuns secos só na primeira quinzena<br />

torto mais procurados, c montarão as compras<br />

a 14.000 couros , dando-se por elles 205 réis a<br />

libra, promptos e curados a varrer; c por um<br />

loto <strong>de</strong> 2.000 escolhidos que regulou da 22 a 30<br />

libras, <strong>de</strong>rão 240 réis por libro, c por outro 240<br />

o 230 réis.<br />

Nesta segunda quinzena pouco se fez, houverão<br />

compradores mas oao aos preços anteriores: os<br />

barraqueiros exigido 220 a 225 e os compradores<br />

limitárto-sc nos 200 a 210 réis, e não se combinarão.<br />

As compras ultimas regulio <strong>de</strong> 4 a 5.000<br />

rouros em varias fruições.<br />

As entrada da campanha tem avultado mais, e nas<br />

barracas cm Pelotas haverão uns 40 a 45 mil couros,<br />

esperando-sc contlnuoçflo das remessas, poros haver<br />

muitos no interior, Informfio-nns que o <strong>de</strong>posito offcroce<br />

bastante escolha e que sio escassos os couros<br />

pesados.<br />

A maior parte dos couros salgados que se tem<br />

fabricado estão comprados, c uo geral a 130 rs.<br />

por libra, couro dc novilho; o 100 rs. pelos <strong>de</strong><br />

vares. Com tudo flzerfio-se alguns negócios a 135 rs.<br />

a libra, porém com certas condições que modifica<br />

a alta. As notkias do paquete para este artigo nao<br />

forão boas, e consta-nos que alguns exporta tadores<br />

mandarão or<strong>de</strong>ns para Pelotas o seus cominln*iona'lo»<br />

<strong>de</strong> soster por emquanfo suas compras.<br />

Câmbios.—As operações paro esto paquete Brasil,<br />

forão mais valiosos, sem todavia satisfazer nos secadores<br />

sobre a Europa, porque continua a haver na<br />

praça moita falta <strong>de</strong> moeda.<br />

. Sacérãò-sc sobre Londres 23.900 libras esterlinas<br />

i 253/4 o 20 ds, por 19000.<br />

Sobre Paris 1 GO.000 francos o 370 por franco.<br />

Sobre o Rio dc Janeiro, com quanto as remessas a<br />

fazer nio alcançassem a avullados algarismos, houve<br />

no entanto para a procura falta do succadoi es, fazendo-se<br />

ns transacções a 5 e 6 por cento o 90 dias.<br />

Sacou-se sobro a Rahia 50.0009000 a 4% 90 dias.<br />

A morda nacional papel esteve firme a fO f/2 */•<br />

dc prêmio.<br />

Frtlrs.—No <strong>de</strong>curso <strong>de</strong>ste mes frel.ir5o-.se 9 navios:<br />

sendo I <strong>de</strong> 168 toneladas Inglesas para o<br />

Canal, para couros c gorduras, por 000 libras esterlinas<br />

; 1 por 55 chs, por tonelada; 1 por 55 c<br />

5 "/„ e 3 a 57 1/2 3 */ t para couros salgados; 3<br />

para cinza, sendo 1 por 44 chs, 1 por 43 o outro<br />

por 43, 5 "/• chs.<br />

Para o Império regularão os fretes i 300 rs. para<br />

o Rio, 400 rs. Bahia e 500 rs. Pernambuco, ostipulando-se<br />

fretes só para os dous últimos portos.<br />

(Do Commercial.)<br />

2 DB JANEIRO ÁS S nORAS DA TARDE.<br />

Cambio sobre Londres, 93 3/4.<br />

» Paris, 382.<br />

» Hamburgo, nominal.<br />

» Rio, 5c60/0a90ds.<br />

» Bahia, 5 0/0.<br />

» Pernambuco 7 0 0 a 10 ds.<br />

Fretes.<br />

Para o Rio <strong>de</strong> Jonciro, 260 a 320 rs.<br />

» Bahia, 380 a 400 rs.<br />

» Pernambuco, 480 a 600 rs.<br />

Inglaterra, couros salgados 57/6 5 0/0 cinza, 45/6,<br />

Para os Estados-Unidos, 3/4 conta.<br />

Melões,<br />

Onças «•><br />

Pesos. «....<br />

Patacões .'<br />

Peças americanas <strong>de</strong> 5 dlrs<br />

» » <strong>de</strong> 21/2<br />

TJm peso boliviano<br />

Meios pesos bolivianos 1<br />

f/4 dollor americano<br />

Columnarios hcspanhoes.<br />

1/5 <strong>de</strong> pata cão dito<br />

Moeda nacional papel 10 e 10 1/2 */.-<br />

Mesa <strong>de</strong> Rendas.<br />

Rendimento ate o dia 30.<br />

A Alfân<strong>de</strong>ga<br />

98:9609962.<br />

329000<br />

sãooo<br />

29000<br />

10-5000<br />

59000<br />

19200<br />

800<br />

500<br />

500<br />

410<br />

1:1179710<br />

ren<strong>de</strong>u no mez <strong>de</strong> Dezembro<br />

Descargos para o dia 19 dr Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

PiB.4 A UHSNC4.<br />

Aacíos atracados.<br />

Galera franc. Lusitano, <strong>de</strong> Havre.<br />

— franc France e Chiti, i<strong>de</strong>m.<br />

Barca ing. Sitver Craitj, <strong>de</strong> Livcrpool.<br />

Em saveiros.<br />

Barca port. Venturoso, do Porto.<br />

— amer. W. Hatiett, <strong>de</strong> Ncn-Vork.<br />

—- austr. Ida S., <strong>de</strong> Glasgovv.<br />

— hesp. Carmen, <strong>de</strong> Malaga.<br />

— ing. Haitnlota, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

Brigue ing. Geffard, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

— sueco Henrik, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

—- bamb* Feiga, <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Patacho hamb. (Mm, dc Hamburgo.<br />

PABA OS TBAPICHES ALPANDEGADOS, X DESPACHO<br />

SOBRE AG CA.<br />

Galem ing. Bedberg, <strong>de</strong> Cardiff.<br />

Barca ing. Nawris, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

— amer. Whnheimar, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />

— amer. Agncs, <strong>de</strong> Baltimore.<br />

— amer. Ctifton, <strong>de</strong> Philadclphia.<br />

— amer. Wkiattand, <strong>de</strong> Baltimore.<br />

— hamb. Rtise Sctmedl, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

• —" franc. Cherreuil, <strong>de</strong> CardiíT.<br />

— argent. Anna,'<strong>de</strong> Buenos-Ayres.<br />

— port. Sfteneío, do Porto.<br />

Lngar dinam. Fiara, <strong>de</strong> Cardiff.<br />

Brigue ing. Helene, <strong>de</strong> New-Castlc.<br />

— hamb. ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

. — sueco inalar, <strong>de</strong> Whesterwcck.<br />

—• amer. Preslissimo, <strong>de</strong> Philadclphia.<br />

— russo Tri<strong>de</strong>nt, <strong>de</strong> Copcnhaguc.<br />

— port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

— port. Júlio, <strong>de</strong> Lisboa.<br />

— port. Minho, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />

— nac. Alegrete, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />

— nac Piá, dc Montevidéu.<br />

— arg. Chrittina. dc Buenos-Ayres.<br />

Polaca hesp. Theresa, dc Bnenos-Avrcs.<br />

Patacho nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

— orient. Iiatía Livre, dc ãfoatcvtdéO»<br />

Escuna dinam. Ibrpsdronr, dc Cadix.<br />

—- nac Malteza. dc Pavsandú.<br />

EXPORTAÇÃO.<br />

SMBIBCAÇÜBS MseacauoM no Ma 10 nc JANEIBO.<br />

Bahia—Brig. port* Lusitano, <strong>de</strong> 398 tons*, consigs.<br />

Joaquim Lopes <strong>de</strong> Carvalho et Comp.; manif. 315<br />

barricas <strong>de</strong> farinha dc trigo, 180 pipas vastas. Reexporta<br />

2,073 alqueires <strong>de</strong> sal vindos <strong>de</strong> Lisboa no<br />

mesmo navio.<br />

Buenos-Ayres — Brig. bras. JMVrcantil, <strong>de</strong> 197 tons.»<br />

consig. José. da Rocha c Souza; manif. 5.713 alqueires<br />

<strong>de</strong> farinha a gamei, 3.000 sacas dc dita,<br />

10 dúzias <strong>de</strong> coatadibo,<br />

j Ballimorc—Pat. amer. Peeetissttne, <strong>de</strong> 395 tons. consigs.<br />

Ccorgc Kudgc et Comp.; manif. 4.200 sacas<br />

dc café.<br />

Monlevidéo —Brig. bras. Tentador <strong>de</strong> 204 lons.. consig.<br />

Victorino Pinto dc Sá Passos; manif. 150 pipas<br />

<strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte, 332 sacos <strong>de</strong> farinha , 67 tacos dc<br />

feijão, SO meias barricas <strong>de</strong> assucar, 301 barricas<br />

dc dito, 199 rolos <strong>de</strong> fumo.<br />

Paranaguá — Pat. bras. Triumpho da inveja, <strong>de</strong> 126<br />

tens., consig. Aurélio José Leite; manif. vários gêneros.<br />

Amendoim ou mandobim com casca. 19100 Arroba.<br />

» » sem casca. 39800 »<br />

Ararnla (hrinha). 9200 Libra.<br />

Arroz com casca f >200 Arroba.<br />

• <strong>de</strong>scascado ou pilado 2^250 »<br />

Assacar branco. 39580 »<br />

» mascavo ou mascavado.... 29900 •<br />

• Assucar refinado 49000 »<br />

Azeite <strong>de</strong> amendoim ou mondobim. 1*600 Canada.<br />

» <strong>de</strong> égua on potro 49200 Arroba.<br />

• <strong>de</strong> peixe 19500 Canada.<br />

Bagas <strong>de</strong> 111 a mona 13400 Arroba.<br />

Banha ou unto <strong>de</strong> porco, <strong>de</strong>rritida ou<br />

preparada 10*000 d<br />

Barbatana ou barba <strong>de</strong> balia 109900 »<br />

Ba laias alimentícias 39000 »<br />

Biscouf o <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong>.... $320 Libra.<br />

Bolacha ordidaria, própria <strong>de</strong> embarque<br />

ou para marinhagem 49000 Arroba.<br />

» fina 65003 »<br />

Cacio • SUMO »<br />

Café bom 69640 »<br />

» escolha ou restolho 49000 »<br />

» torrado 9300 Libra.<br />

Caixas dc pinbo e <strong>de</strong> outras ma<strong>de</strong>iras<br />

ordinárias vasias 19000 Uma.<br />

Cal 2O90OO Moio.<br />

Carne secea (cliarque) 29500 Arroba.<br />

Carvão animal 29000 »<br />

» mineral 209000 Tonelada.<br />

<strong>de</strong> cedro.. 1.» qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />

» 2.» dita 1509000<br />

dc peroba. 1.* qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />

»<br />

<strong>de</strong> Gonça-<br />

2.'dila 1509000<br />

loAlves. 1.» qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />

• 2.* dita 1509000<br />

<strong>de</strong>gnarahú l. 1 qualida<strong>de</strong>. 1009000<br />

»<br />

<strong>de</strong> jaca­<br />

2.* dila 809000<br />

randá. 1.' qualida<strong>de</strong>. 6OO90OO Dúzia.<br />

2.* dila 5009000 »<br />

3.» dita<br />

dc Oleo... l.<br />

»<br />

<strong>de</strong> piquei.<br />

<strong>de</strong> vinhalico.<br />

.. .*<br />

a qualida<strong>de</strong>.<br />

2.* dila<br />

l. a 4009000<br />

1009000<br />

869000<br />

qualida<strong>de</strong>. 1409000<br />

2.* dila. 1003000<br />

I." qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />

» 2.» dila 1809000<br />

Queijos<br />

Quina ou casca dc quina ..........<br />

Rape ,<br />

Roscas<br />

9400 Libra,<br />

9320<br />

19000<br />

9160<br />

Sabão commum ou <strong>de</strong> avagem, 9080<br />

MOVIMENTO DO PORTO.<br />

» vegetal 1*000 Arroba.<br />

DESPACHO UB EXPORTAÇÃO NO DIA 10 DE JANEIBO.<br />

Hamburgo—No brig. hamb. Genies, Alexandre Wagner<br />

« Comp., 75 fardos <strong>de</strong> fumo.<br />

IMPORTAÇtO.<br />

Cera animal em brnto ou preparada. 19000 Libra.<br />

' » . » em velas - 19400 »<br />

» vegetal em bnilo ou preparada.. 9400 »<br />

Chá. I9OOO »<br />

Chapcos <strong>de</strong> palha ordinários...... 9320 Um.<br />

» • finos. 9100 »<br />

» dc pello <strong>de</strong> seda ou <strong>de</strong> II semelhantes,<br />

ordinários ... 39000 »<br />

MANIFESTOS.<br />

a <strong>de</strong> pello <strong>de</strong> seda ou dc lã c<br />

semelhantes, finos. 69000 •<br />

BRIGUE IIABIOIRGIEZ — FEIGA— DE LISBOA.<br />

Charutos 39000 Libra.<br />

Alhos: 60 fardos a Carvalho dt Rocha .-—Amên­ Chocolate commum ou <strong>de</strong> refinação.. 9800 Libra.<br />

doas: 2barris á or<strong>de</strong>m. — Azeite doce: 94 barris a » medicinal 9809 »<br />

Luiz Antônio Alves <strong>de</strong> Carvalho, 20 caixas a A. Cigarros <strong>de</strong> palha 29000 »<br />

J. Pinto Cuímarfles.<br />

> <strong>de</strong> papel 1900O »<br />

Batatas: 200 caixas a Joaquim Lopes <strong>de</strong> Carvalho, Cotia on gelatina, forte ordinária... 9160 »<br />

150 F. Ferreira dos Santos, 100 a Antônio • » fina............ 9250 •<br />

Joaquim dc Cerquei ra.<br />

Cordovõcs. 98OO •<br />

Cornos encaradas: 40 barris a Guimarães e Ribei­ Crina ou cabcllo <strong>de</strong> cavallo, c <strong>de</strong> ouro.—<br />

Carvão animal: 10 barricas a José Henrique<br />

tros animaes, em bruto ou<br />

cm rama 109000 Arroba.<br />

da Costa.— Cebolas: 150 caixas a KlingcJboefer,<br />

» ou cabcllo <strong>de</strong> cavallo, c <strong>de</strong> ou­<br />

75 a A. F. Ferreira dos Santos, 50 a Mendonça dt tros animaes, preparada ou<br />

Irmão, 30 a J. C. Leite Bastos.— Coro: 27 game- beneficiada..,<br />

las pesando 4993 libras a A. J. dc Moura.<br />

» vegetal ,<br />

Doces: 10 caixas a Louzada e Lemos, 1 a A. J.<br />

Alves Souto.— Drogas: 8 volumes a Gary, 3 a<br />

Couçociras <strong>de</strong> aranha qualid.<br />

• » 2.» dita....<br />

Klingelhocfcr, 1 a Mattos Pinto dt Moreira*<br />

» <strong>de</strong> cedro... 1.» qualid ..<br />

Farinha <strong>de</strong> trigo: 250 barricas a Klingcelhoefcr. » » 2." dita,,.,<br />

—Ferragens: 4 caixas a Klingclhoefer.—Figos: 24 » <strong>de</strong> peroba.. 1.' qualid.<br />

calzss a Guimarães o Ribeiro, 10 a J. P. do Sousa » » 2.<br />

Aranha.<br />

Linha ca: 13 brrricas a Costa Rocha.<br />

Massa <strong>de</strong> tomates: 12 barris a Francisco Simões<br />

Corrêa.<br />

Passos 40 caixas, 80 meias e 160 quartos a<br />

Klingelhocfcr.— Peixe : 53 barris a M. J. <strong>de</strong> Menezes,<br />

4 a Sá Passos.<br />

Sal: 125 3/5 moyos n Klingclhoefer.<br />

Vinagre: 22 pipas e 90 barris a Klingclhoefer, 10<br />

pipas a Sã Passos, 7 pipas e 15 barris a J. Affonso<br />

Guimarães. — Vinho branco: 50 décimos a Barbosa<br />

At Dine.—Vinho Unto: 8 pipas e 10 quintos a Barbosa<br />

dt Dino, 5 pipas, 50 quintos o 100 décimos a<br />

f. Machado Coelho. 3 pipos, 10 quintos e lO<strong>de</strong>clmos<br />

a Cosia Rocha.<br />

Mltttrc 11 AMIII BGtEZ — ODIN DE HAMBURGO.<br />

Ácidos: 2 caixas a Klingclhoefer.—Agua <strong>de</strong> Colônia:<br />

4 caixas a M. Kizitaf. —Agua mineral: S0<br />

caixas a Ren<strong>de</strong>r, 30 a J. F. T. Dou te 1, 20 a Oito<br />

Kochlcr.— Azeile doce: 1 caixa a Kerstcin.<br />

Brinquedos: 3 caixas a Kerstcin, 1 a J. A. <strong>de</strong><br />

Mattos.<br />

Cabos: 20 peças a Kerstcin.—Cartas <strong>de</strong> jogar: 1<br />

caixa a Filipono.— Carvão: 40 toneladas a Kerstcin.<br />

—Cerveja : 260 caixas a Kcrslein, 50 a Maciel &<br />

Costa. «-—Cevada preparada: 10 barricas a Michel.<br />

—Charutos: 2 caixas a Heyn, 2 a J. Jacintho Montes,<br />

2 a B. Lejeune, 1 a Ren<strong>de</strong>r, 1 a Wille. — Cimento:<br />

25 barricai e Kcrsteiu.— Cooscrvas: 1 caixa a F.<br />

Schtmidt.<br />

Drogas 11 volumes a Khingclhocfer, 1 a Felipone,<br />

I a Kerstcin.<br />

Espelhos: 2 caixas a A. <strong>de</strong> Souza Neves.<br />

Farello: 206 sacos a Kerstcin.— Fazendas <strong>de</strong><br />

algodão: 9. volumes a Luiz, 8 a Hanscnclever, 5<br />

a Tnrom, 5 a Bebrcod, 3 a D. Hubcr, 2 a Wille.<br />

— Fazendas <strong>de</strong> lia: 7 volumes a Lutz, 9 a Hascnclever,<br />

6 a Le-Cocq dt Oliveira, 2 a Bebrend, 1 a<br />

B. Lejeune, 1 a Ivcrnois, i a or<strong>de</strong>m.— Fazendas<br />

<strong>de</strong> Unho: 8 volumes a D. Huber, 3 a Wille.—<br />

Filtradores: 1 caixa a Le-Cocq dt Oliveira.<br />

Garrafas vazias: 143 cestos a Kerstcin.— Genebra<br />

: 1000 gamtôce a Kerstcin.<br />

Livros : 1 caixa a Hascnclever.<br />

Manteiga: 3 caixas a Tamm.—Meias <strong>de</strong> algodão:<br />

II caixas a Wille, 3 a Le-Cocq o Oliveira.<br />

Objectos <strong>de</strong> armarinho: 9 volumes a Kerstein,<br />

5 a M. Kizítaf, 4 a W. Sibeth, 3 a Ren<strong>de</strong>r, 2<br />

a J. A. dc Mattos, 1 a Heyn, 1 a Umlauf, 1 a<br />

Wahucau, 1 a Moreira Abreu, 1 a Or<strong>de</strong>m.— Objectos<br />

diversos: 1 caixa a Wille.<br />

Papcllio: 17 fardos a Antônio Gonçalves.—Peixe:<br />

2 barris n Oito Koekler.—Pelles preparadas: 1 caixa<br />

a M. Kizitaf.—Perramarias: 2 caixas a Rchdcr.—<br />

Presuntos: 310 a Kerstcin.<br />

Sabão: 1 caixa a Umlauf.<br />

Taboado: 8 4/12 dúzias a Kerstcin, 2 4/12 dúzias<br />

a Bobe.<br />

Vidros: 2 caixas a A. <strong>de</strong> Souza Neves.—Vin ho<br />

11 barris a Otto Kochlcr.<br />

BBTGUE DIXAMARQDEZ — MARIA AUGUSTA — DE<br />

COPEM! AGUE.<br />

Taboado: 328 1/2 dúzias a E. Johnston.<br />

a dita...,<br />

• <strong>de</strong> Gonç. Alves l. a 149000 »<br />

89000 »<br />

8O9OOO Dúzia.<br />

509000 »<br />

1009000 »<br />

8O9OOO »<br />

1009000 »<br />

809000 »<br />

qualid.. IOO9OOO »<br />

2.* dita 659000 »<br />

» <strong>de</strong> guerabú.. 1.* qualid 509000 »<br />

• » 2; dita.... 369O0O<br />

» <strong>de</strong> jacarandá, 1." qualid.. 4OÒã000<br />

» j» 2.» dita ... 2509000 »<br />

» » 3.* dila. . 10U9000 »<br />

» <strong>de</strong> oleo 1.* qualid 60*000 »<br />

» » 2.» dila..., 40-000 »<br />

» <strong>de</strong> piquiá ... 1." qualid 100*000 »<br />

2.» dita .. 509000 »<br />

» <strong>de</strong> vinhalico.. 1.* qualid, 80^000 »<br />

» »j 2.* dita.. 509000 »<br />

Couros <strong>de</strong> boi .1 , 9260 Libra.<br />

» <strong>de</strong> cavallo...............,<br />

» <strong>de</strong> refugo<br />

9260 »<br />

» salgados 89OOO 9259 U-<br />

Crysiacs cm bruto 159000 Arroba<br />

Diamantes em bruto 500*000 Oiiava.<br />

» cortados e lapidados.... 7009000 »<br />

Doces seccos ou em calda c cryslalisada.<br />

9800 Libra.<br />

» em calda<br />

9600 »<br />

» cm massa ou cm gcléá.... 9320 »<br />

» <strong>de</strong> qualquer outro modo preparados.<br />

1600 »<br />

Esteiras para forro ou estiva <strong>de</strong> navios<br />

129000 Cento.<br />

Farinha <strong>de</strong> mandioca............ 9733 Arroba.<br />

» <strong>de</strong> milho..<br />

29000 »<br />

Favas <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong>. 19500 »<br />

Feijão <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong> 19250 »<br />

Frecbses <strong>de</strong> 20 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />

89000 Um.<br />

» <strong>de</strong> mais dc 20 até 30 i<strong>de</strong>m. 109000 »<br />

» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 até 40 i<strong>de</strong>m. 149000 »<br />

• <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40 até 60 i<strong>de</strong>m. 189OOO )><br />

» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> SO até 60 i<strong>de</strong>m. 289000 »<br />

» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 60 i<strong>de</strong>m 4O9O00<br />

Fumo em folha bom I89OOO Arroba.<br />

» » » ordinário ou restolho<br />

89500 ».<br />

•* » rolo bom , 7950O »<br />

» » « ordinário ou restolho...<br />

39000 »<br />

Gado asiníno ,. 1009O00 Por cab.<br />

» caprino 89000 » »<br />

» avaliar... 1009000 »<br />

» lanigero 129000 »<br />

» muar 1509000 Por cab.<br />

» vacam.... 1009000 »<br />

Guaraná 19200 Libra.<br />

Goiabada cm tijolos 89000 Arroba.<br />

Ipecacuanba ou poaia(raiz)....... 29000 Libra.<br />

Li em brnto ./ 59000 Arroba.<br />

» preparada ou beneficiada, cardada<br />

on tinta ..-....* 89000 »<br />

Lenho 29009 C. achas.<br />

Língua <strong>de</strong> vacca secea ou salgada, 39200 Arroba,<br />

licores communs ou doces........ 9800 Canada.<br />

Lombo <strong>de</strong> porco salgado ou era salmoura<br />

' IO9OOO Arroba.<br />

Mantas ou cobertores ordinários <strong>de</strong><br />

algodão 29000 Um.<br />

Mate on berra mate....... 39000 Arroba.<br />

Md <strong>de</strong> abelhas 9200 Libra.<br />

ou melacb 9060 »<br />

Milho 19150 Arroba.<br />

Nervos <strong>de</strong> qualquer animal<br />

Oleo <strong>de</strong> mamona ou ricino impuro..<br />

» » puro ou<br />

expresso<br />

29000 »<br />

9360 Libra.<br />

9480 »<br />

ENTRADAS POR CABOTAGEM BO DIA 10.<br />

Gêneros nacionaes<br />

Aguar<strong>de</strong>nte: 2 pipas.—Arroz: 30 sacos.—Café:<br />

1.261 sacos. —Feijão: 84 sacos. —Ma<strong>de</strong>ira: 40 dú­<br />

Opio<strong>de</strong>ldock<br />

Orchata<br />

Ossos <strong>de</strong> boi ou <strong>de</strong> qualquer outros<br />

animaes<br />

Ouro em bruto, ou em barra ....<br />

9120 Onça.<br />

9800 Libra.<br />

19000 Arroba.<br />

39960 Oiiava.<br />

zias. —Milho: 728 sacos.<br />

em pó ou mina<br />

Pios <strong>de</strong> prumo <strong>de</strong> lei*.<br />

vermelhos<br />

39600 »<br />

309000 Dúzia.<br />

209000 »<br />

PAUTA SEMANAL.<br />

Parreira brava ou abutua (raiz)... 9070 Libra.<br />

DE 12 k 17 DE JANEIRO os <strong>1863</strong>.<br />

Pelles <strong>de</strong> cabra<br />

<strong>de</strong> carneiro<br />

9600<br />

9600<br />

»<br />

»<br />

A guar<strong>de</strong>nte dc canua 9420 Canada.<br />

» • distillada 9480 »<br />

» » ou cachaça«... 9280 »<br />

Algodão em caroço 39500 Arroba<br />

» cm Ho 9740 Libra.<br />

» em pasla. cordaão ou em folhas<br />

gommadas 109000 Arroba.<br />

» em rama on cm lã 109900 , ».<br />

» cm tecidos brancos......i-y* 9400 Vara.<br />

n » ou riscados... 9480 »<br />

<strong>de</strong> onça ou tigre 49000 »<br />

Pernas <strong>de</strong> machado 240000 Dúzia.<br />

<strong>de</strong> serra e outras 249000 Dúzia.<br />

Polvilho ; 9200 Libra.<br />

0 on gomma ordinária..... 9050 Libra.<br />

Pólvora 9500 Libra.<br />

Pontas ou chifres <strong>de</strong> vacca 49000 Cento.<br />

» » <strong>de</strong> novilho. 149000 »<br />

Pranchões <strong>de</strong> arariba. L a SAOIDAS BO DIA 10.<br />

| Portos do Norte — Paquete a Vapor Apa, comm.<br />

Alcophorudo; passags. os já publicados hontem<br />

nas folhas diárias.<br />

Pernambuco — Brig. port. Noto Progresso, 261<br />

tons., m. Joaquim José dos Reis, equip. 8.<br />

Em lastro <strong>de</strong> pedra.<br />

Paranaguá—Barca arg. Anna, 405 tons., m. Joaquim<br />

Xavier Neves, equip.' 11: c. sul, passag.<br />

João Alves Ma<strong>de</strong>ira;<br />

Rio do S. Francisco do Sul — Pat. Martins Primeiro,<br />

96 tons., m. Emigdio Silveira do Miranda<br />

e Oliveira, equip. 7: c. vários genorns.<br />

Santa Catharina— Sum. Carolina, 85 tons., m.<br />

Thomaz Xavier dc Souza, equip. 7: c. sal<br />

ncros.<br />

oge-<br />

— Hiatc Paquete Borges, 86 tons., m. Domingos<br />

Lázaro Barros, equip. 7: cm lastro <strong>de</strong> sal* ; passug.<br />

o Portuguez Frucluoso Ribeiro.<br />

Ubaluba — Vap. PurahgUn, 104 tons., m. J. G.<br />

do Freitas, equip. 13 : c. vários gêneros ; passags.<br />

Joaquim Coelho Guimarães, o português Antônio<br />

José .Pereira Braga, o italiano Diogo Massardo.<br />

Rio dc S. Joio — Pat. íephim, 101 ton*., m. Antônio<br />

Ribeiro Dias, equip. 7: c. vários gêneros;<br />

passags. Manoel Marques Pinto; os Portuguezes<br />

Fronciscisco José do Andra<strong>de</strong>, sita mulher o 2<br />

filhos menores, o 2 escravos a entregar. <<br />

Villa do Santa Cruz —Esc.. Completa, 41 tons.,<br />

m. Hermonegtldo Antônio da Costa, equip. 6.<br />

Em lastro <strong>de</strong> pedra.<br />

EBTBAOAS NO DIA 10.<br />

Monlevidéo — 20 ds., Barca bras. Fraternida<strong>de</strong>,<br />

322 tons., m. Manoel Gonçalves dc Oliveira,<br />

equip. 10: c. carne a Souza & Sobrinho; passag.<br />

o Portuguez Joio Teixeira Fale.<br />

Rio Grando — 10 ds., brig. imperatriz Theresa,<br />

200 tons., m. Francisco Ribeiro Chaves, equip.<br />

f I: e. farinha e milho a Militão Máximo <strong>de</strong> Souza;<br />

passags. • João Evangelista <strong>de</strong> Limo e Guilherme<br />

Augusto Dias.<br />

— 10 ds.. Brigue 8. Manoel, 178 tons., m. João<br />

José <strong>de</strong> Mattos Porto, equip. 11; c. voriosgêneros<br />

á Porto Irmão dt Comp.: passag. 1 escravo<br />

a entregar.<br />

— Santa Catharina 5 ds., c 6 hs. (do ultimo 2 ds ,<br />

c 2 hs.) Paquete a Vapor Brasil, Comm. o 1."<br />

Tenente F. M. Alvares <strong>de</strong> Araújo; passags. Francisco<br />

<strong>de</strong> Assis Pereira da Rocha, o sua familia ;><br />

Padre Antônio da Costa Guiu-arãcs,. Rcrnardino<br />

José Borges o sua familia; Dr. Xavier da Silva<br />

Braga, Alexandre Satameno Filho, Joaquim Vi-;<br />

cento Maleval, Antônio Gonçalves do Valle, D.,<br />

Catharina Francisca <strong>de</strong> Mello Carvalho, e 1 criado<br />

; Carlos Xavier Garcia do Almeida, Christovão<br />

Nunes Pires, Antônio da Rocha Miranda, ns Ca<strong>de</strong>tes<br />

Jovila Duarte Silva, c Leopoldo da Silva o'<br />

Almeida; 1 ex-praça e 2 recrutas paro a Marinha<br />

; es Portuguezes Manoel José Pereira <strong>de</strong><br />

Castro, Manoel Domingos Paços, Antônio Nicoláo<br />

<strong>de</strong> Araújo Noves, os Francezcs D. Amcnia Gorolina<br />

Anorelle, e 1 filho menor e 1 criada; P.<br />

Constunt, J. Levy, c 1 irmão ; o Inglez José Henriquo<br />

Dart, e 3 escravos o entregar.<br />

Rio <strong>de</strong> S. Francisco do Sul— 7 ds., Hiote Subtil,<br />

133 tons., m. Vicente da Silva Santos, equip 6:<br />

c. farinha c ma<strong>de</strong>ira à Pinto dt Por lei Ia; passags.<br />

a Hespanhola Josefu Celestina Puisscgne e 1 preto<br />

forro.<br />

Santa Catharina c intermédio—10 ds., (12 hs. do<br />

ultimo) Paq. a Vapor Imperador, Comm. J. A.<br />

S. Maciel, passags Major José .Mortini n sua familia<br />

; Padre Luiz Nogeira, Dr. Miguel Cerque ira<br />

Lima, Christovão Souza Martins, Joaquim Silverto<br />

<strong>de</strong> Santa Anna , Haymundo Alves Teixeira<br />

sua mulher c f filho; e 2 escravos ã entregar.<br />

Laguna—8 ds., Hiatc Bezerra, 53 tons., m. Bento<br />

Francisco Bezerra, equip. & : c. farinha e gêneros<br />

a José da Rocha e Souza.<br />

Jerumirim por Angra—16 hs., vapor Paquete <strong>de</strong> Jerumirim,<br />

84 tons., in. E. J. Alves, equip. 14:<br />

c. café a Luiz Tavares Guerra; passags. D. Roselína<br />

Olímpia da Luz, Francisco Augusto Luiz,<br />

Fre<strong>de</strong>rico José Figueira, José Lopes da Silva e sua<br />

familia. Ar lindo Barbosa Guimarães, José Francisco<br />

da Silva Marques; os Portuguezes José da<br />

Silva e Oliveira, Joaquim: Augusto da Fonseca o<br />

Franco; o Franecz E. P. Oudin e 1 escravo a<br />

entregar. ,<br />

Guaratuba—17 hs., Brig. Progresso Feliz, 137 tons.,<br />

m. Antônio Gonçalves Vianna, equip. 12: c. ma<strong>de</strong>ira<br />

a Peixoto dr Portclla; passags. Manoel<br />

Leocadio da Costa, e Alexandre José <strong>de</strong> Mirando<br />

e 1 criado.<br />

NOTICIAS MARÍTIMAS.<br />

Navios sabidos do Rio <strong>de</strong> Janeiro e que<br />

ao Rio Gran<strong>de</strong><br />

chegarão<br />

25 dc Dezembro — Pat. Zargo.<br />

26 » — » A pol lo.<br />

28 » — » Improviso.<br />

30 » — Brig. Ligeiro.<br />

qualida<strong>de</strong>. 1209000 Dúzia.<br />

>, 2.» dita 809000 »<br />

Navios sabidos do Rio Gran<strong>de</strong> com <strong>de</strong>stino ao<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

19 dt Dezembro — Brig.SmnpafAia.<br />

30 » — » 5. Manoel.<br />

30 y> — » Imperatriz Tkereza.<br />

30 » —Pat. Dhalia.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typoçraphia Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />

Roa da Guarda Velha junto á Secretaria do Império.


CORTE.<br />

DIÁRIO OFFICIAL<br />

POR ANNO 42&000<br />

POR SEIS 'MEZES.. . 6&000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL.<br />

POR TRRS MEZES. . 3#>0Ò0<br />

PROVÍNCIAS,'<br />

PCR ANNO....:.>y 16#5ÜOO<br />

PCR SEIS HPzâsl.V5;


<strong>de</strong> satisfação rompida para nós, a não ser a morto um inimigo qne não tem marinha absolutamente e senso ao arrastamento das paixões que tem revol­<br />

do talento o virtuoso soldado qoe tonto cnnobrcceu<br />

para a eligibilida<strong>de</strong> (6). Des<strong>de</strong> que so toca na le­<br />

por conseqüência lodosas frotas são boas para a luta. vido a Europa; via-se um Parlamento, quasi so­<br />

o nome da sua pátria. Porém a dôr que a todos a litígislação<br />

<strong>de</strong>sta terra clássica da liberda<strong>de</strong> e da igual­<br />

Uma esquadra que mereceria verda<strong>de</strong>iramente o<br />

gio, quando constou esta perda funesta, não <strong>de</strong>svaberano<br />

, governar e administrar a Inglaterra a seu da<strong>de</strong> não se eneontrão senão privilégios, oxcepções<br />

nome dc esquadra <strong>de</strong> guerra teria zombado <strong>de</strong>sta<br />

neceu a esperança nem abateu o esforçado impulso<br />

geito, sem nunca, todavia, atacar, nem levemente; o restricções.<br />

reunião <strong>de</strong> navios improvisados, mas na <strong>de</strong>ficiência<br />

da nação, como o prova o as numerosas legiões que<br />

o prestigio da coroe, elevar hoje os tories ao po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> uma esquadra qualquer a gente do Sul tem sido<br />

das terras mais longínquas vem reunir-se ás tropas<br />

para os substituir amanha pelos xehiys, indo perpe- Nada vos direi das formalida<strong>de</strong>s do poli (escrutínio)<br />

obrigada a soflrer cem resistência o bloqueio <strong>de</strong> seus<br />

do centro, c <strong>de</strong>rramar como cilas o seu sangue cm<br />

tuamente do um extremo a outro sem agitação peri­ (7), apezar <strong>de</strong> sua e.xentricida<strong>de</strong>; não estabelecerei<br />

portos.<br />

<strong>de</strong>fesa da sua generosa pátria.<br />

gosa , sem perturbações, c sem motins; e só vos nhenhum paralello entro a nossa maneira dc fazer<br />

A questão entretanto tem um outro ponto <strong>de</strong> julgando superficialmente, não pesando nem a diffe­<br />

« Dentro em pouco, com as forças que <strong>de</strong>vem che­<br />

as leis o os vossos procedimentos legislativos. Talvez<br />

vista; é que não per<strong>de</strong>ndo tempo em transformar rença dc nossos costumes, nem a dos nossos hábitos<br />

gar do interior e com as que se organisárão n'esta<br />

acheis já longa esta digressão. Mas, pergunto-vos<br />

em uma frota os navios que encontra, os Estados e dos nossos caracteres, acreditava-se <strong>de</strong> boa fé, ou<br />

capital e seus subúrbios, augmentaremos o nosso<br />

eu, será a constituição eleitoral anterior a 1832,<br />

Unidos não tem perdido <strong>de</strong> vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fingiu-se acreditar, que o que existia ahi podia exis­<br />

exercito e po<strong>de</strong>remos oppor ao inimigo uma resistên­<br />

que nos apresentarão para mo<strong>de</strong>lo? Será a que existe<br />

obterem forças mais reaes. Seus construetores tem<br />

cia vigorosa.<br />

tir aqui. Na época mesmo em que as nossas institui­ hoje, que tantas vezes c tão eloqüentemente, ten<strong>de</strong>s<br />

admitüdo sem resistência os novas theorias da Euções políticas, <strong>de</strong>buxadas das vossas, <strong>de</strong>vessem tirar<br />

a As nossas tropas achâo-se animadas do melhor<br />

combatido, c que os seus próprios autores espesinhãõ<br />

ropa sobre a construcção dos navios encouraçados, e a todo o pretexto á critica, aebar-se-hie ainda quo não<br />

espirito. A revolução <strong>de</strong> 4 annos e os combates com<br />

com tanta razão ? ou será a nova reforma que em<br />

repartição da marinha or<strong>de</strong>nou a promptificaçãodo entraríamos completamente no vosso sulco.—Sabeis<br />

o inimigo estorno tem tornado tao geral o valor<br />

vão foi reclamada por Lord John llusscll o que foi<br />

numerosos navios dos novos mo<strong>de</strong>los.<br />

melhor do quo nós quanto as apparencias liberaes<br />

no nosso exercito qne apenas se dispensão elogios<br />

repeilida por uns como multo radical, c por outros<br />

Neste momento os Americanos do Norte nio tem do vosso governo são enganadoras: vós que passais<br />

aos sues mais brilhantes rasgos <strong>de</strong> valor. A abne­<br />

como insuficiente?<br />

menos dc 85 i 30 <strong>de</strong>stes navios no mar e mais <strong>de</strong> por um radical, <strong>de</strong>claro reis certamente o vosso ragação<br />

e perseverança dos nossos soldados são incom-<br />

Desgraçadamente tudo se dá na vossa organisação<br />

37 nos estaleiros. Entretanto em França como na dicalismo salisfcito so a igualda<strong>de</strong> dos direitos for,<br />

pafuvefs subsistindo como sempre umagran<strong>de</strong>ercef-<br />

política: respeito á realeza c omni potência do Par­<br />

Inglaterra não sc acredita que neste total respei­ em matéria eleitoral, tio respeitada ssctualmente na<br />

iroca confiança entre os soldados e seus chefes,<br />

lamento ; licença da imprensa o submissão ás Leis;<br />

tável haja mo<strong>de</strong>lo que se possa comparar com os Inglaterra como o fóra sempre um França.<br />

Eblindo a estas circumstancias a distancia que aos se*<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s dos direitos eleitoracs e privilégios aris­<br />

po<strong>de</strong>rosas machínas dc guerra que fazem a admi­<br />

para do Império Francês e os perigos que ameacão<br />

tocráticos ; liberda<strong>de</strong> illlmitada do commercio e da<br />

ração dos nossos mares da Europa. A mesma ne­ Deixo aqui <strong>de</strong> parte a questão especial do suf-<br />

industria, e monopólios das corporações; cahos da<br />

pTturltar a par da Europa, comprehcn<strong>de</strong>rcmos cessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> andar <strong>de</strong>pressa tem pesado sobre os frsgio universal: mas quando examino, no ponto<br />

justiça c simplicida<strong>de</strong> primitiva das rodas a d mini.s-<br />

que a nossa situação, sondo aliás crave, offercce construetores americanos e os tem impedido <strong>de</strong> tocar do vista eleitoral, os dístineções quo separão na I<br />

tractivas. E' a mistura <strong>de</strong>ssas boas e dVssas más<br />

grenâe probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eo tornar vantajosa para á perfeição á custa da promptidão. Conhecem-se Inglaterra os cidadãos, pagando o mesmo censo,<br />

cousas o que constituo tanto a forç» como u fra­<br />

o republica.<br />

perfeilamento as condições exigidas para a cons­ achando-se em condições do capacida<strong>de</strong> idênticas, queza do vosso governo; é a tradição do todos esses<br />

X nao faço esto juizo porque <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong> tomar em trucção <strong>de</strong>stes navios exccpcionacs, o quando os e que <strong>de</strong>veiüo ser logicamente tratadas como o abusos, e a soa consagração pelo tempo e por um<br />

consi<strong>de</strong>ração as enormes diflVu Ida<strong>de</strong>s que todos os documentos' ofllciaes nos dizem que navios <strong>de</strong>sta forão sempre cm França, isto c, n'um pé da mais constante uso que os faz indistintamente respeitar pelo<br />

dias te oppõem i marcha do governo, assim come or<strong>de</strong>m forão construídos e lançados ao mar em completa Igualda<strong>de</strong>; quando vejo a differença quo povo,. c, eu vol-o disso ao começar esstas cartas,<br />

a pobreza do paiz, a ma «ttíuaçao dos nossas fi­ alguns mezes ao preço do 80.000 libras sterlinas, se mantém entro os direitos respectivos dos tres no dia em qu levantardos com resolução a mão sonanças<br />

e todos ns elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, bem é fácil do avaliar a qualida<strong>de</strong> dos navios sem velas. reinos que constituem as ilhas Britannicus; quando bre um d'elles, n'esse dia, o prestigio que protege<br />

romo a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, que o estado <strong>de</strong> guerra veio Apesar <strong>de</strong>stas reservas a crcaçio da esquadra fe­ provo o que se passou ate 1832 e o que sc passa o vosso edificio social, <strong>de</strong>sapparecendo, tudo po<strong>de</strong>rá<br />

naturalmente introduzir nos díffcrentes ramos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ral po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como bem notável. ainda hoje, confesso quo fico estupefacto pela in­ <strong>de</strong>sapparecer cora cllc.<br />

administração. Isto • sem duvida grave, mas por E' um facto consi<strong>de</strong>rável ver um governo que não genuida<strong>de</strong> ou má fé <strong>de</strong>sses partidários, a todo o preço,<br />

uma parte a <strong>de</strong>cisão do povo mexicano em repellir linha ha um certo numero <strong>de</strong> mezes, senão 40 na­ do regimen inglez, e não posso resistir ao <strong>de</strong>sejo Cesse-sc pois dc apresentar-nos a Inglaterra como<br />

as sons injustos invasores, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>teres perante vios sob o seu pavilhão, apresentar om cruzeiro 51 <strong>de</strong> lembrar-vos as estranhas anomalias do vosso o exemplo do perfeição. Não <strong>de</strong>veis mais ser nó.*,.,<br />

saerilloio olgum; e por outra o que já temos feito navios ao Sul do Atlântico o 43 ao Norte do me-mio direito político.<br />

assim como nio po<strong>de</strong>mos ser vós. Fiquemos com<br />

<strong>de</strong>ve inspirar-nos constância e brio, ainda que<br />

os nossos (nstinetos, os nossos gostos, os nossos<br />

oceano. Possue uma outra esquadra <strong>de</strong> 57 navios<br />

ninguém acreditasse quo nossa longa campanha ti­<br />

Antes da reforma <strong>de</strong> 1832, os fra nc-a r renda la rios hábitos, o as nossas necessida<strong>de</strong>s: a liberda<strong>de</strong> tal<br />

a OEste. do golfo, e uma <strong>de</strong> 21 navios a Este.<br />

véssemos evitado <strong>de</strong>spozas auiltadlssimas <strong>de</strong> pes**<br />

[frcc-hol<strong>de</strong>rs), que rocebião originariameule a sua como a comprehen<strong>de</strong>is, diz-nos respeito monos do que<br />

Demais existe uma flolilha sobre o Potomac contando<br />

sonl e material dc guerra.<br />

investidora do rei <strong>de</strong> Inglaterra, tinlião o direito dc a Igualda<strong>de</strong>; c vós vos Inquietais mediocrcmenlo<br />

24 navios e uma outra sobro o Mississípi compro-<br />

votar nas eleições dos condados, com exclusão dos<br />

« Em presença <strong>de</strong> dados públicos mui apreciá­<br />

com a igualda<strong>de</strong> uma vez que tenhais liberda<strong>de</strong>.<br />

hen<strong>de</strong>ndo 29.<br />

outros proprietários, qualquer que fosse a importânveis<br />

o <strong>de</strong> Informações que o Governo consi<strong>de</strong>ra<br />

Guar<strong>de</strong>mos uns c outros o que nos convier.; suum<br />

A porção principal da marinha é empregada nas cia do suas possessões territoriacs. E por muito<br />

como fi<strong>de</strong>dignas, consta qne só a atlitu<strong>de</strong> tomada<br />

quique. »<br />

costas americanas ou oo Interior dos rios para o I tempo o rei escolheu arbitrariamente entre as ci­<br />

pela França com relação a nós, impe<strong>de</strong> que a In­ proseguimento da guerra, mas as estações exteriores |<br />

(srrance.)<br />

da<strong>de</strong>s as que dcvíão enviar <strong>de</strong>putados ao Parlamento.<br />

glaterra e Hespanlia resta belcção com a republica não estão inteiramente abandonadas. A esquadra<br />

As franquezas eleitoracs, concedidas a mór das vezes<br />

as negociações feitas cm Soledad; e isto não seria tem 5 navios no Pacifico; o do Mediterrâneo conta<br />

a pequenas localida<strong>de</strong>s sujeitas ú influencia do sobe<br />

MOVA artilharia.<br />

dtfllnl estando o Governo disposto a reconhecer muito mais. Na estação das índias Orienta cs ha<br />

rano ou do algum gran<strong>de</strong> dignatario, tinhão por fim<br />

todos as reclamações qun com justiça possuo ser dous; nas índias Occidcntacs forão augmcnlados,<br />

augmentar na câmara dos Comm uns o numero do<br />

Do Jornal do Commercio dc Lisboa cxlrahimos<br />

feitas i republica. So fosso necessária só esta dis­ hoje ha G. Tres <strong>de</strong>stes navios constituem a pequena<br />

o seguinte artigo:<br />

posição para que o Imperador dos Francezes viesse esquadra sob o commando do commodore Wilkes,<br />

votos infeudados ã coroa. Old Sarara, quo so achava<br />

a nm accordo pacifico, por certo não teria reben­ em Bermuda, e conhecemos suas dimensões e ar­<br />

composta <strong>de</strong> uma ei familia <strong>de</strong> eleitores, nomeava « Tem chamado tanto a atlenção da Europa a<br />

tado a guerra actual. Porem no dia <strong>de</strong> hoje ninmamento. dous <strong>de</strong>putados (2). Essas cida<strong>de</strong>s, das quaes u m<br />

questão dos navios encouraçados, e dos melhoraguém<br />

ignora as verda<strong>de</strong>iras intenções do Imperador.<br />

pequeno numero <strong>de</strong> pessoas sujeitas á <strong>de</strong>pendência mentos introduzidos na artilharia, que julgamos <strong>de</strong>­<br />

O Wochuselt com o pavilhão do commodore, é<br />

As <strong>de</strong>clarações do General Forcy rasgarão o véo<br />

do um único proprietário, forma vão o corpo eleitoral, ver referir aos nossos leitores o que sobre tão impor­<br />

uma corveta ã vapor cá belice do 1.032 toneladas<br />

quanto ao respeito pela soborania do México n ao<br />

erão chamadas dose boroughs, que se traduzio por tante assumpto se lè no Times, <strong>de</strong> 14 dc Novembro.<br />

c dc 9 canhões, provavelmente do mesmo mo<strong>de</strong>lo do<br />

nobre <strong>de</strong>sinteresso com que se encarava a ambição<br />

burgos corrompidos.<br />

Tuscarom que sulcou as águas inglezes na ultima<br />

Experiências importantes em Shoeburyness.<br />

dos nossos inimigos; o o homem quo esqueceu os primavera. O Soroma o o Tioya quo acompanhão Quando Pitt propóz, em 1782, o primeiro projecto<br />

seus <strong>de</strong>veres pnra com a sua pátria, sob a protoeção nos Bermudas c são representados como canhoneiras, <strong>de</strong> reforma (3), os escândalos erão taes, não o ígno-<br />

« Uma nova e mais fruetuosa experiência <strong>de</strong> arti­<br />

do inimigo estrangeiro, recebeu com a sua miselharia<br />

so efiectuou hontem em Shoeburyness, na<br />

são steamer» <strong>de</strong> rodas dc 6 genhões cada um, sendo roes, que a maior parte das cida<strong>de</strong>s tendo a livre<br />

rável queda o único e terrível castigo moral quo<br />

presença do uma numerosa e dístfncta reunião dc<br />

um dc 955 c outro <strong>de</strong> 819 toneladas. Sabe-se que disposição <strong>de</strong> seus votos, o não estando infeudados<br />

po<strong>de</strong>m pa<strong>de</strong>cer homens sem consciência.<br />

autorida<strong>de</strong>s, ofllciaes dc artilharia c outros indiví­<br />

esses tres navios forão construídos nos arscnaes do cm nenhuma familia nobre, rendi&o-sc publicamenduos<br />

. Dizemos fruetuosa pelos admiráveis resultados<br />

« Proclamar, como o fazem os nossos aggrcssorcs, Estado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo da guerra.<br />

te, quer por intermédio <strong>de</strong> um club, quer pelo <strong>de</strong> um<br />

quo se obtiverão, <strong>de</strong>struindo us antigas theorias o<br />

quo não guerreio o paiz mas sim o actual governo, Uma ultima observação o fazer é que apezar da procurador [attomeyl; citou-se por muitas vezes os experiências.<br />

é repetir n vã <strong>de</strong>claração do quantos empreben<strong>de</strong>m atlenção que elles leein dado á construcção dos borough tnongers [mercadores <strong>de</strong> burgos), que dis-<br />

uma guerra offcnsiva e altentoria; e, por outra navios encouraçados tem-se construído igualmente punhao <strong>de</strong> doze assentos no Parlamento. Etn 1795,<br />

• Para bem sc avaliar o importância dos resultados<br />

parte, bom claro está que se ultraja um povo quando um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> navios <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Gatting fóra vendida por 110,000 libras esterlinas<br />

obtidos, <strong>de</strong>ve-se notar qUe os alvos forão construídos<br />

se ataca o po<strong>de</strong>r quo elle mesmo elevou e quer Os fe<strong>de</strong>raes preten<strong>de</strong>m quo clles tem no mar a (2.750,000 fr.), e a primeira eleição cabalada em<br />

da mesma grossura c resistência quo us amurodns<br />

sustentar; Hecorrer ao voto do paiz, sendo elle esquadra eocouraçada mais numerosa que existe Hull, em 1818, porSir James Granam, bem que não<br />

das fragatas encouraçados, os quaes nio tinlião alô<br />

consultado pelos nossos inimigos, não é mais do no mundo; se se consi<strong>de</strong>ra navio encouraçado ca­ vencesse, custou-lhe 14,000 libras, (350,000 francos).<br />

então sido penetradas, excepto nas ultimas experi­<br />

que um sarcasmo, indigno <strong>de</strong> ser tomado em connhoneiras cobertas em parte somente, aquella as- Nas campanhas, não era somente da corrupção quo<br />

ências comas peças dc Mr. Whitworth e com o;<br />

si<strong>de</strong>ração. Em ultima anal)se, a resolução dc não serção é sustentável.<br />

se laslimavão, mas do abuso das influencias lo­<br />

projectis <strong>de</strong> frente plana. Um concentrado o vivo<br />

tratar com o governo legitimo, <strong>de</strong> facto e <strong>de</strong> di­ Um outro facto notável é que clles não tem procaes.<br />

fogo das peças do Armstrong, ou mais <strong>de</strong>struído ra<br />

reito, 6 a <strong>de</strong>claração dc guerra contra o direito das<br />

bala massiça lançada por o antiga peca liso <strong>de</strong> 68.<br />

curado para mo<strong>de</strong>lo nenhum navio <strong>de</strong> linha. Em toda<br />

gentes, porque fecha todas as portas á satisfações<br />

Des<strong>de</strong> a reforma eleitoral, todo o proprietário eonseguio entortar o quebrar algumas chapas, mas<br />

a sua esquadra não ha navio maior do q ue fragatas <strong>de</strong><br />

convencionaes.<br />

territorial da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinte e um annos, tendo nunca a travessa!-as, nem causar-lhes tanto darano<br />

48 peças da classe do Minnesota e apenas ha dous<br />

nos condados uma renda liquida dc <strong>de</strong>z libras es­ que pozesso em perigo a força ou segurança <strong>de</strong> uma<br />

« Sc cu fosse simplesmente um particular, ou sc do taes dimensões. A massa das forças consiste em<br />

terlinas (250 francos), é eleitor; nas cida<strong>de</strong>s, qualquer fragata navegando.<br />

o po<strong>de</strong>r que exerço fosso o resultado do alguma re­ chalupas, çorvetas c canhoneiras, cuja gran<strong>de</strong> maioria<br />

quo oecupar, quer como proprietário, quer como<br />

volta vergonhosa, como tantas vezes suecedia antes<br />

« Na sua primeira e recente experiência, Mr.<br />

nao comporta mais dc 10 peças. Essas peças, en­<br />

locatário, uma casa <strong>de</strong> um rendimento liquido <strong>de</strong> Whitworth, com admiração geral, conseguiu, cota<br />

da nação sustentar o seu legitimo governo, então | tretanto são dc mui forte calibre e posto que o sys­<br />

<strong>de</strong>z libras, pódc igualmente tomar parte nas eleições um dos seus projectis do frente plana, atravessar<br />

não hesitaria cm sacrificara minha posição, se assim tema Dahfgreen não seja muito seguido daquelle<br />

da , câmara dos communs, uma vez quo uns o completamente um <strong>de</strong>sses alvos, a distancia do 300<br />

evitasse a guerra no meu paiz. Como porém a au­ lado do Atlântico, casos peças parecem mui formidá­<br />

outros sc tenhão feito.inscrever na lista eleitoral (4). lerdas.<br />

torida<strong>de</strong> não è meu patrimônio, mas sim um <strong>de</strong>poveis. Para dar uma idéa <strong>de</strong>sses armamentos, uma cor­<br />

Emfim, para ser elcgivcl, é preciso ter vinte e<br />

sito que a noção me conferia mui especialmente para<br />

Na segunda experiência, que foi feita ha seis seveta<br />

dc 1.100 toneladas, por exemplo, levaria dous<br />

um annos e Justificar uma ronda dc 600 libras<br />

sustentar a sua in<strong>de</strong>pendência e a suo honra, recebi<br />

manas, com peças <strong>de</strong> calibre 120, construídas em<br />

Obuzes Dahlgreen <strong>de</strong> 11 polegadas, um canhão<br />

esterlinas (15.000 francos), quando se traia <strong>de</strong> ser<br />

e conservarei esto <strong>de</strong>posito omquanto assim o <strong>de</strong>ter­<br />

Woolwicg, pelo processo dc sir William Armstrong,<br />

raiado dc 2*, e uma caronada <strong>de</strong> 32 sobre o tom-<br />

eleito por nm condado, e <strong>de</strong> 300 libras aumente<br />

minar a nosso lei fundamental, e não o porei nunca<br />

isto é dc naneis <strong>de</strong> ferro cal<strong>de</strong>ado c comprimidos<br />

badilho<br />

nos burgos.<br />

á discripção do inimigo estrangeiro, preferindo antes<br />

pelo abaixamento <strong>de</strong> temperatura, o raiada pelo<br />

Monileur.<br />

sustentar contra elle a guerra, que toda a nação<br />

principio <strong>de</strong> Whitworth, o carregando pela bocea.<br />

Seessa regra scapplicasse indistinetamente a todos<br />

aceitou, até o Obrigar a reconhecer o justiça <strong>de</strong> nossa<br />

nio só cxpcllio uma bala massiça, quo penetrou<br />

os cidadãos e nos tres reinos, o progresso serie in­<br />

cansa. Porém evi<strong>de</strong>ntemente não po<strong>de</strong>ria o governo<br />

_m uma couraça Warrior, d distancia <strong>de</strong> 400 jardas, -<br />

contestável, e ser-sehla menos feliz em reclamar,<br />

cumprir os árduos <strong>de</strong>vores que esta situação extraor­<br />

VARIEDADES.<br />

mas tombem uma bomba qne rebentou <strong>de</strong>ntro das<br />

como se faz boje <strong>de</strong> todos os lados, uma nova refordinária<br />

lhe impõe a não ser o po<strong>de</strong>r que até agora<br />

chapas da couraça incendiou a ma<strong>de</strong>ira, forro das<br />

ma. Porém nos condados, não falio ainda senão<br />

tem exercido por autorísação do congresso. Breve­<br />

chapas. A penetração das bombas foi .muito justa­<br />

França e Inglaterra.<br />

da Inglaterra, noa condados os franc-arrendalarios<br />

mente vos serão apresentados os documentos relatimente<br />

consi<strong>de</strong>rada, como um resultado admirável.<br />

hereditários ou por uma só vida, quaesquer que<br />

vos a esta grave questão.<br />

SUAS INSTfTtIÇÕES POLÍTICAS.<br />

sejão as suas rendas, continuão a gozar do bene­<br />

O primeiro e mais importante fim do todas as cou­<br />

a Pouco posso dizer acerca dos ramos da admi­ O honrado Mr. La tou r du Mouliu, <strong>de</strong>putado a ficio da antigo legislação, o os direitos dos donos<br />

raças é Impedir que entrem bombas nas baterias do<br />

nistração, estranhos i fazenda e guerra. Presta- assembléa legislativa, publicou, ha cerca <strong>de</strong> dous <strong>de</strong> herdadas rcsullão tanto do preço, como da du­<br />

navio; uma baila massiça prejudica, entrando nelIas,<br />

se-lhes a atlenção possivel na situação que atra­ annos, um trabalho que foi com toda a Justiça falração do seu arrendamento (5); nas cida<strong>de</strong>s, os<br />

mas é quasi inoffensivo o seu efleito, comparado com<br />

vessamos ; porém é fácil do comprehendcr que, tado, e que, sob o título dc: Cartas sobre a cons­ membros do corpo <strong>de</strong> mecânicos ou outras corpo­<br />

o que uma gran<strong>de</strong> bomba, como as que hoje se fazem,<br />

pelo natureza das cousas, o guerra é para a reputituição <strong>de</strong> 1852, continha um estado serio dos rações dos burgos o da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres (fremen<br />

produz entre os indivíduos que estão grupados, ma-.<br />

blica e para o seu governo • mais preferível das princípios sobre os quaes se basca o systema cons­ ou liverymen) conservio perpetuamente as sues ve- I<br />

nobrando as peças. Esto facto é tão universalmente<br />

nossas exigências, o a que <strong>de</strong>ve pren<strong>de</strong>r toda a titucional dc segundo Império, uma apreciação lhas franquezas eleitoraes; ainda mais, todos os I<br />

reconhecido, que muitas nações estrangeiras, entro<br />

atlenção o absorver todos os recursos do po<strong>de</strong>r muito imparcial o elevada dos melhoramentos <strong>de</strong> que, anteriormente a 7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, tinlião,<br />

outras o governo fe<strong>de</strong>ral, tem um grando numero <strong>de</strong><br />

fe<strong>de</strong>ral.<br />

que é susceptível, cmtim um paralello cheio <strong>de</strong> por um titulo qualquer, o direito <strong>de</strong> votar, con­<br />

canhoneiras encouraçados, com couraça* <strong>de</strong> 2 1/2<br />

« Tenho a convicção dc que, cimentando-se a factos importantes entre as instituições da França servio-o temporariamente.<br />

pollegadas somente do grossura, para evitar que lhe<br />

união do congresso, e buscando ambos a regra da e as da Inglaterra.<br />

entrem bombas, sem sc importar muito com usbntas.<br />

sua condueta na dignida<strong>de</strong> e energia que a repu­ Duas edições, esgotadas em pouco tempo, 'pro­ Não voa lembrarei as numerosas reservas que «O nosso governo tem sabiamente procurado obter<br />

blica está <strong>de</strong>senvolvendo, salvaremos a sua in<strong>de</strong>varão o interesse que a opinião publica ligou a teem-se feito nas condições exigidas, em principio, os últimos limites do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fensivo, e forrou as<br />

pendência c todas as suas prerogativas, e altrahi- esta obra. Mr. La toar du Moulin publica uma<br />

fragatas com chapas do 4 1/2 polegadas dc gros­<br />

remos para effa o respeito <strong>de</strong> todos os governos 'crecira edição, que apparece boje na livrasura,<br />

o que por muito tempo sc julgou e provou<br />

(t) O direita <strong>de</strong> augmcnlar ou <strong>de</strong> diminuir á vonta<strong>de</strong> o nu­<br />

c as sympa liias <strong>de</strong> todos os homens amigos da ria dAmyot; mas não c mais ama brochura; é mero dos borough* fóra contestado e <strong>de</strong>acgado aos reis <strong>de</strong> ser bastante para impedir, não só a penetração das<br />

liberda<strong>de</strong>; »<br />

um livro e um livro substancial, graças ás edições Inglaterra peto Parlamento.—Cida<strong>de</strong>s antigamente consi<strong>de</strong>ra- bombas, mas também <strong>de</strong> projectis <strong>de</strong> todas os formas<br />

reis c mais tar<strong>de</strong> reduzidas a alguns habitantes, conservarão<br />

(Diário <strong>de</strong> Lisboa). numerosas que o autor tem feito, graças aos do­<br />

e pesos que a artilharia, quer lisa quer raiada,.<br />

até o acto da reforma a franqueza eleitoral que nflo se es-.<br />

cumentos inéditos <strong>de</strong> que a enriqueceu, graças á ten<strong>de</strong>ra Os cida<strong>de</strong>s obscuras na origem, mas tendo adquirido<br />

podia lançar. Foi esta crença quo as experiências<br />

uma introducçào histórica dc uma gran<strong>de</strong> erudição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então uma gran<strong>de</strong> importância'.—Old Saram tinha sido Whitworth distrairão completamente, porque, tanto<br />

se<strong>de</strong> episcopal. Antes <strong>de</strong> 1882, o direito dos eleitores dos<br />

respeito das origens e do espirito gerei das Ins­<br />

a baila como a bomba furarão <strong>de</strong> lado a lado as<br />

A Armada Americana.<br />

burgos <strong>de</strong>pendia inteiramente das diversas castas, costumes,<br />

tituições políticas das duos gran<strong>de</strong>s nações occi­ c constituições particulares a esses burgos.<br />

Em Janeiro <strong>de</strong> 1861 os Americanos tinhão 41 dcntacs. Propomo-nos a examinar esse obra com<br />

—.<br />

navios dc todas as classes cm commissão: hoje con tão a atlenção que merece. Emquanto não o fazemos, (S) O projecto <strong>de</strong> Pitt foi repellido por uma traquisiima j (6) Os filhos mais velhos dos pares e os membros das uni­<br />

256 vasos <strong>de</strong> guerra em que fluciúa o pavilhão es­ <strong>de</strong>stacamos algumas paginas que fazem conhecer<br />

maioria; uo entretanto os acontecimentos políticos que logo versida<strong>de</strong>s, estão isemplos <strong>de</strong> toda a obrigação'<strong>de</strong> censo. Os<br />

se succedorSo no continente nflo permiltirflo mais tornar a I pares não po<strong>de</strong>m ser eleitos para a câmara dos communs,<br />

treitado. O facto, posto que <strong>de</strong>note um po<strong>de</strong>r dc um dos lados interessantes dos costumes e da cons­ apresentai o. A revolução <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como nem tomar parte nas etei oes <strong>de</strong>ssa câmara, esceptò os pares<br />

organisação fóra do commum, nada tem entretanto tituição britânica.<br />

a causa <strong>de</strong>terminante da reforma praticada na Inglaterra. <strong>de</strong> Irlanda que nflo Slo eleitos para a câmara dos lórds. Lord<br />

dc extraordinário quando sc consi<strong>de</strong>rão ns condi­<br />

O seu recochete fez-sc sentir dé maneira a inquietar o go­ Palmcrston, par <strong>de</strong> Irlanda, representava na câmara dos- com- •<br />

verno <strong>de</strong> Guilherme IV. Também, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1S31, a câmara dos muns o burgo <strong>de</strong> Tivcrton, no Dcvoushirc. Sc of pares, inções<br />

que presidirão a organisação <strong>de</strong>sta armada. Ua o costume em uma certa roda, c particu­ comamos acolheu favoravelmente o English reform bül, que glezes nflo soo elegiveís, os membros dc sua familia prevale­<br />

Os Jornaes inglezes <strong>de</strong>clarão que em condições<br />

lhe apresentara um ministério composto ad hoc por lord Grcy,<br />

larmente na classe media, <strong>de</strong> exaltar o mérito da<br />

cem-se largamente <strong>de</strong> seus direitos eleitoraes. Notou-se, ei»<br />

e do qual fazia' parte lord Palmcrston, lord Brougliara, c<br />

análogas a marinha britannica po<strong>de</strong>ria pôr um mi­<br />

1854, que 145 membros das famílias do paríato tiuhfio assento<br />

constituição ingleza. Não é somente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o resta­ lord John nussell. Mas na câmara dos tonta, os bispos, os na câmara dos communs.<br />

lhar do cruzeiros no mar. As circumstancias tem belecimento do Império que a nossa burguesia ao pares da Irlanda, os da Escossia c os lord* logar-tencntc», (7) Aa formalida<strong>de</strong>s do poli, bem qne tenhão entre si gran<strong>de</strong>s<br />

sido o gran<strong>de</strong> movei da activida<strong>de</strong> americana. Em extasia, com confiança. a respeito das vantagens 4a<br />

que forma»Io uma maioria <strong>de</strong> tories <strong>de</strong>cidirão a rejeição, c analogias, nflo sfto absolutamente idênticas na Inglaterra, na •<br />

só foi <strong>de</strong>finitivamente i d optada a 4 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1835, sob<br />

vez du concentrarem seus esforços sobre dous ou<br />

Escossia, c na Irlanda. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> convocação -ação é v dada uaaa para pari<br />

vossa organisação política; a angloinania era do me­ a ameaça <strong>de</strong> uma creaeia <strong>de</strong> pares.<br />

os tres Reinos pelo lord Clumceltor, se se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r 'íi<br />

tres navios <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo aperfeiçoado e giganlhor tom no reinado <strong>de</strong> Luiz Philippe, e durante os<br />

uma eleição geral, e pelo speaker (presi<strong>de</strong>nte da câmara dos<br />

tesco como fazem as nações européas, engajarão primeiros annos da Restauração vós testes nossos<br />

communs), se se trata <strong>de</strong> uma eleição parcial. O escrutínio<br />

(4) Para ser inseripto na lista eleitoral, i preciso ter um<br />

para o serviço da marinha militar todos os que<br />

nio se abre se o numero dos candidatos nio passa v dos<br />

mestres e nossos mo<strong>de</strong>los. A razão d'essa predílecção anno <strong>de</strong> domicilio, seis mezes <strong>de</strong> residência real, e justificar a membros a eleger, e se não i reclamado. O <strong>de</strong>putado acha-se<br />

encontrarão: sJeaners dc rios; ferry boa/s, paquetes, era muito simples; via-se um gran<strong>de</strong> povo, gozando Juitaçio antecipada dos diversos impostos, sobretudo da taxa entflo nomeado por direito pleno (by a show of haitds). Os<br />

navios <strong>de</strong> commercio, <strong>de</strong> cabotagem mesmo tem I<br />

os pobres (poor rate). O eleitor, tendo um direito perpetuo,<br />

<strong>de</strong> uma prosperida<strong>de</strong> excepcional, <strong>de</strong> uma liberda<strong>de</strong><br />

nomes dos votantes tflo inscriptos cm nm registro especial a<br />

per<strong>de</strong> o gozo <strong>de</strong>sse direito se durante dous annos consecutivos<br />

sido comprados, armados a toda a pressa e lan­<br />

cada candidato, 0 escrutínio abre-se, na Irlanda (nos


chapas <strong>de</strong> ferro e o forro <strong>de</strong> teca á distancia do<br />

400 jardas.<br />

«Este não esperado resultado foi <strong>de</strong> urna gran<strong>de</strong><br />

vantagem; Mr. Whitworth para tornar a sua bomba<br />

o mais solida possivel—não <strong>de</strong>ixou espaço sufflciente<br />

para a carga da explosão, <strong>de</strong> modo que o<br />

clícito <strong>de</strong>sta não foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração. Os<br />

artilheiros <strong>de</strong>sejavão, antes do admittircm o enorme<br />

po<strong>de</strong>r das peças, experimentar a sua penetração<br />

contra as chapas do ferro á distancia <strong>de</strong> 1000jardas<br />

, porque so a tão gran<strong>de</strong> distancia ferissem o<br />

alvo, ficaria a exccllencia <strong>de</strong>stas peças fóra <strong>de</strong> toda<br />

a duvida ou questão. As experiências do hontem<br />

forão feitas para se <strong>de</strong>cidirem estas duas importantes<br />

questões: — 1.' Para ver se sem diminuíra<br />

força penetrante da bomba, ella po<strong>de</strong>ria conter<br />

tanta pólvora, que tornasse a sun explosão lemivel.<br />

2.* Se o prójeclil massiço cxpellido por esta peça,<br />

a muito maior distancia, po<strong>de</strong>ria causar tanto damno<br />

como havia produzido á dc 400 tardas. O calibre<br />

70 também foi experimentado a 600 jardas <strong>de</strong> distancia.<br />

«O alvo quo anteriormente se tinha empregado<br />

não era igual á amurada do Warfior, que tantos<br />

tiros soffrcu. O ferro era comparativamente inferior<br />

muito rijo o frágil; estes <strong>de</strong>feitos forão consi<strong>de</strong>rados<br />

pelos <strong>de</strong>fensores da artilharia <strong>de</strong>. Mr.<br />

Whitworth, como outras tantas difiiculda<strong>de</strong>s vencidas<br />

por os seus projectis temperados e <strong>de</strong> fôrma<br />

achatada conseguirem abrir caminho, c romperem<br />

atravez <strong>de</strong> Um material tão resistente como elles.<br />

O alvo que hontem servio era completamente<br />

novo, tendo ÍOpés dc altura c 14 ou 15 <strong>de</strong> largura,<br />

formado dc tres sólidas, chapas sem porta ou lenda<br />

alguma, e seguras ao forro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira por<br />

parafuso meltidos obliquamente nas arestas, para<br />

ns não enfraquecer com furos pelo meio como suecedia<br />

ás anteriormente experimentadas. As duas chapas <strong>de</strong><br />

baixo tinlião 5 pollegadas <strong>de</strong> grossura (mais e menos<br />

meia polegada do que a grossura das chapas com<br />

que se,estão oncouroçando as novas fragatas), e a<br />

<strong>de</strong> cima linha 4 polegadas e meia, isto é, a mesma<br />

grossura que a amurada do Warrior. Estas chapas<br />

forão feitas nas ofllcinas do governo, e <strong>de</strong> um exccllente<br />

material. Interiormente forão forradas do<br />

pranchas <strong>de</strong> teca collocadas transversalmente, e<br />

tendo uma 12 polegadas, e outra 6 <strong>de</strong> grossura, e<br />

ainda internamente tinhuo uma chapa <strong>de</strong> ferro batido<br />

do 5/8 <strong>de</strong> pollegada. Os lados o a parte superior<br />

forão igualmente forrados e fechados, <strong>de</strong> modo<br />

que ficou um alvo <strong>de</strong> caixa, similhando uma parte<br />

da amurada e entre cobertas <strong>de</strong> um navio, a fim<br />

<strong>de</strong> que os effeitos cxplusivos das bombas, se ellas<br />

penetrassem fossem bem appreciados.<br />

A peça <strong>de</strong> calibra 70 foi posta á distancia <strong>de</strong> 600<br />

jardas, do alvo, c a <strong>de</strong> calibre 120 a 800 jardas.<br />

Estavão presentes o duque <strong>de</strong> Somerset, lord Grey,<br />

o almirante Fre<strong>de</strong>rico, o almirante Grey, almirante<br />

Drumond, gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> ofllciaes da armada,<br />

quasi todos os membros do instituto d'engenheiros<br />

civis, diflercnles construetores <strong>de</strong> navios e muitas<br />

o ílras pessoas, porque o tempo, que eslava excelle<br />

ite, concorria para excitar a curiosida<strong>de</strong>. As experiências<br />

começarão cerca do meio dia com a peça <strong>de</strong><br />

cilibre 120, o quasi uma hora se gastou a collocul a j<br />

em posição conveniente atirando sobre um alvo <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira. Quando tudo estava prompto fez-se o primeiro<br />

tiro <strong>de</strong> bomba» sendo a carga da peca 27<br />

libras do pólvora e pesando o pròjectil 151 Horas,<br />

carregado com 5 libras <strong>de</strong> pólvora. A velocida<strong>de</strong><br />

inicial do pròjectil foi, muito proximamente 1.500<br />

pós por segundo, c ferio o alvo com terrível estrondo<br />

exactamente no centro <strong>de</strong> uma dos chapas <strong>de</strong> 5 po<br />

legadas com a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.220 pés por segundo<br />

Depois dc uma pru<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>mora, para <strong>de</strong>ixar<br />

cahir os estilhaços, correrão todos ao alvo que pa<br />

recia incendiado, tanto era o fumo que se vis;<br />

dissipado elle examinou-se o interior do alvo c sc<br />

verificou que a bomba tinha atravessado comple<br />

lamente as o polegadas da chapa, as 18 da teca e<br />

os 5/8 <strong>de</strong> polegada <strong>de</strong> ferro da chapa Interna<br />

A explosão com tudo parecia ter-se eflectuado cedo<br />

dc mais c ao tempo em que a bomba ia ainda<br />

atravessando a couraça, porque e parte posterior<br />

da bomba cahio paro fóra do alvo, cm quanto<br />

que os fragmentos <strong>de</strong>lia que penetrarão, parece<br />

haverem perdido a força, cahindo inoffensivamcntc<br />

no espaço que sc pô<strong>de</strong> chamar entre cobertas. Não<br />

obstante o choque tremendo que o alvo recebeu<br />

na oceasião da explosão, o ma<strong>de</strong>iramento interno<br />

do alvo não apresentava damnos notáveis rc<br />

suitanles da explosão das bombas; a couraça<br />

também em nada mostrava ter sido perfurada por<br />

uma bala. Tanto as chapas do ferro como o forro<br />

<strong>de</strong> teca tinlião uma porção perfeitamente bem cortada,<br />

apresentando a fôrma <strong>de</strong> um octogono com<br />

a largura <strong>de</strong> 8 polegadas, abertura esta que fácil<br />

mente se podia tapar da parto dc fóra.<br />

« O segundo tiro foi também com uma bomba <strong>de</strong><br />

151 libras <strong>de</strong> peso sendo a sus carga e a da peça<br />

iguacs á do primeiro tiro. Bateu a bomba na chapa<br />

do meio (também <strong>de</strong> 5 pollegadas <strong>de</strong> grossura<br />

na aresta superior, e como a primeira, atravessou<br />

tudo quanto encontrou, e foi rebentar aparentemente<br />

da parte do <strong>de</strong>ntro da couraça. Despedaçou<br />

o forro <strong>de</strong> teca e fez mais algum damno do que<br />

a primeira, com os fragmentos que baterão na<br />

parle superior e lados dq algo. Mas havia ainda<br />

a - mesma falta comparativa dos effeitos <strong>de</strong>struidores<br />

o a abertura era como a primeira tão bem<br />

cortada e <strong>de</strong> fôrma tão regular que facilmente se<br />

podia tapar.<br />

« A terceira'experiência foi feita com um pròjectil<br />

ouço <strong>de</strong> ferro, fundido e frente plana, pesando 130<br />

libras mas sem carga explosiva. Fez-se este tiro<br />

para mostrar a gran<strong>de</strong>za dos projectis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong><br />

Mr. Whitworth sobre as antigas halos fundidas<br />

até agora empregadas com a artilharia <strong>de</strong> Armstrong<br />

e outras peças contra as couraças.<br />

« O resultado foi conclu<strong>de</strong>nte; a bala em vez <strong>de</strong><br />

peneirar a couraça, quebrou-se em fragmentos <strong>de</strong><br />

encontro a ella, fazendo apenas ns chapa <strong>de</strong> ferro<br />

algumas mossas <strong>de</strong> duos polegadas <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,<br />

sem causar <strong>de</strong> facto mais damno do que o pròjectil<br />

<strong>de</strong> Armstrong <strong>de</strong> calibre 100, pela razão <strong>de</strong><br />

que a baila do ferro fundido, uma vez quebrada<br />

instantaneamente per<strong>de</strong> nos fragmentos a força,<br />

que, teria batendo como uma massa inteira.<br />

. « A quarta experiência foi feita com nma bomba<br />

<strong>de</strong> aço, dc calibro 130 carregada somente com 3 3/4<br />

libras <strong>de</strong> pólvora, expellida por a mesma peça a alcance<br />

ordinário, e com a carga do 27 libras dc pólvora<br />

. Esta não fez menos do que as outras, atravessou<br />

a couraça e rebentou para a parte inferior do alvo,<br />

mas não prejudicou mais do que as interiores nem<br />

na qualida<strong>de</strong> da abertura que fez nem com o resultado<br />

da explosão.<br />

« O quinto e ultimo tiro foi feito com a peça <strong>de</strong><br />

calibre 120, com um pròjectil massiço <strong>de</strong> aço e <strong>de</strong><br />

130 libras <strong>de</strong> pezo. Tombem este atravessou a eouraça<br />

e foi cahir <strong>de</strong>ntro da caixa, se assim se pô<strong>de</strong><br />

chamar.<br />

« As experiências continuarão com peças do calibre<br />

70 á distancia <strong>de</strong> 600jardas. Estas experiências<br />

ehamavão [muito a attonção, porque, pesando estas<br />

peças menos <strong>de</strong> 4 toneladas, erão por isso muito<br />

adaptáveis aos navios, se po<strong>de</strong>ssem penetrar as fragatas<br />

encouraçados.<br />

« A primeira experiência provou que quanto á<br />

força <strong>de</strong> peuctroção, com este calibre se obtinha<br />

quasi o mesmo que com o <strong>de</strong> 120, é distancia <strong>de</strong><br />

600 jardas.<br />

« A peça foi carregada com 13 libras <strong>de</strong> pólvora,<br />

a bomba tinha 81 <strong>de</strong> peso e <strong>de</strong> carga explosiva<br />

3 libras o 12 onças; a bomba bateu na chapa superior<br />

ou couraça <strong>de</strong> rVarrior, <strong>de</strong> 41/2 polegadas<br />

<strong>de</strong> grossura do ferro, tendo exactamente o mesmo<br />

forro dc 18 polegadas <strong>de</strong> teca, atravessou tudo executo<br />

a ultima chapa Interior <strong>de</strong> 5/8 <strong>de</strong> polegada,<br />

rebentando <strong>de</strong>ntro da ma<strong>de</strong>ira que fez, pedaços,<br />

próximo ú aresta do alvo, impedindo esta ultima<br />

circumstancia quasi todo o elle ito explosivo.<br />

a Deu-so outro tiro com melhor resultado, atravessando<br />

a couraça e fazendo muito mais damno<br />

á teca, mais não produzindo uma abertura mais<br />

difllcil <strong>de</strong> tapar do que as anteriores, suece<strong>de</strong>ndo<br />

o mesmo com o terceiro n ultimo tiro*<br />

« Para bem se avaliar a importância <strong>de</strong>sses resultados<br />

<strong>de</strong>ve-se notar que as peças lisos e raiados<br />

teem expeli ido projectis <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 900 libras <strong>de</strong><br />

peso, á distancia <strong>de</strong> 200 Jardas, contra couraças<br />

semelhantes, c nunca obliverão mais do que amolegar<br />

ou rachar algumas, sem as atravessar; temos<br />

além disto uma peça <strong>de</strong> calibra 70 lançando projectis<br />

que atravessem couraças á distancia uV 600<br />

jardas.<br />

« Dizendo isto, <strong>de</strong>vemos acerescentar que Sir Armstrong,<br />

que bateu o alvo Warrior com o pròjectil<br />

do 150, se não conseguio que penetrasse a couraça,<br />

obteve um effeito mais <strong>de</strong>struidor do qne o das<br />

bombas <strong>de</strong> 150 Horas <strong>de</strong> Mr. Whitworth que produzirão<br />

nas experiências <strong>de</strong> hontem.<br />

« Comludo, Sir Armstrong empregava 50 libras <strong>de</strong><br />

pólvora a 300 jardas, e Whitworth somente 27,<br />

á distancia <strong>de</strong> 800 jardas. »<br />

« O artigo conclúc dizendo que foi uma gran<strong>de</strong><br />

vietoria para Whitworth, masque Armstrong não<br />

está ocioso, e que se trata <strong>de</strong> produzir o maior<br />

estrago o <strong>de</strong> tornar os rombos nas couraças difficeis<br />

<strong>de</strong> tapar, a ponto <strong>de</strong> que o navio que as recebe<br />

corra o máximo risco.<br />

« Preten<strong>de</strong>-se que sueceda como quando um vidro<br />

é chocado por forma tal que as muitas rachas e<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s com que foi partido o tornão inútil<br />

para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r do frio e <strong>de</strong> chuva, o que não acontecera<br />

se lhe fizer um furo tão regular que por<br />

mil modos se possa tapar, e assim continuar a satisfazer<br />

ao fim a que se <strong>de</strong>stinava. E* portanto <strong>de</strong><br />

esperar que brevemente haja novas experiências,<br />

cujos resultados trataremos <strong>de</strong> fazer constar oos<br />

nossos leitores.<br />

I .literatura.<br />

OS MISERÁVEIS.<br />

POR VICTOR HUGO*<br />

Ae duas ultimas partes.—Idylio na rua Plumet<br />

e Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.—João Valjean.<br />

111.<br />

Em toda a éxtericJSo do seu novo romance o Sr.<br />

Hugo reproduz, exagerando sempre, se é possivel,<br />

o seu habitual uso dos contrastes que elle procura<br />

tornar o mais saliente que é possivel.<br />

Dc sorte que, apenas <strong>de</strong>ixa entrever ás furta<strong>de</strong>llas<br />

esse lindíssimo idylio da rua Plumet, através das<br />

scenas copiadas das mais horríveis e ferozes realida<strong>de</strong>s<br />

do roubo e da malva<strong>de</strong>z.<br />

Depois <strong>de</strong> presenciar-mos uma das mais patheticas<br />

entrevistas dos dous amantes, o autor faz-nos<br />

passar o resto da noite sobre os muros que cereão<br />

a Force, para assistir é evasão dc quatro horríveis<br />

bandidos, entre os quaes temos o prnser dc encontrar<br />

o nosso conhecido Thenardier. Menos agil que os<br />

outros, e tendo além d'isso, mais obstáculos que<br />

vencer, este' ultimo, corro gran<strong>de</strong> risco dc ficar no<br />

meio do caminho, se não fosse o auxilio <strong>de</strong> um<br />

garotinho que também pertence ao bando, E' este<br />

que, trepando como uma lagartixa ao alto do muro<br />

on<strong>de</strong> Thenardier procura agarrar-se empregando<br />

as ultimas forças <strong>de</strong> suas mãos entorpecidas e já<br />

todas feridas, pren<strong>de</strong> chi uma corda que facilita a<br />

<strong>de</strong>scida d'esse miserável.<br />

se chora por isso? Toleirões f Venhoo<br />

comigo. « Leva I um sorriso <strong>de</strong> escsrneo: •< Bobo! faze <strong>de</strong>lia tua ama-<br />

seus dous protegidos a uma padaria, e regala-os lauzia!»<br />

Este cynismo em um nonagenario revolta<br />

tamente com um soldo dc pão; era todo o dinheiro<br />

Mário, que sano d'alli furioso. Esta scena é <strong>de</strong> um<br />

que trazia comslgo. Depois põe-os o mais commoda-<br />

péssimo effeito. O Sr. Hugo po<strong>de</strong>ria prolongar a<br />

fiicnte que é possivel no ventre do colosso que esco­<br />

<strong>de</strong>sunião entre Mario e o avô, sem fazer com quo<br />

lheu para seu domicilio, e tranqoilisa-os á respeito<br />

este se tornasse <strong>de</strong>sprezível.<br />

dos trovões que roncãO fóra da casa, e do rumor interior<br />

que faz abalar a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> arame que forma a Uma <strong>de</strong>cepção ainda mais cruel espero o amoroso<br />

alcova. Explica-lhes que « arganozes são ratos, » e Mario no seu elyséo da rua Plumet. Encontra o<br />

fal-os adormecer acalentando-os como nunca fizera jardim <strong>de</strong>serto, a casa vasia csem luz. Quando en­<br />

sua mãe. « Passfio-se as horas da noite. Densa escucostado ao umbral da porta on<strong>de</strong> habitava a sua<br />

ridão cobria a gran<strong>de</strong> praça, o vento do Inverno mis­ amada, elle está todo absorto na cruel mudado, ouve<br />

turado coma chuva soprava em rojadas, as patrulhas atras da gra<strong>de</strong> uma voz áspera e rouquenha, quo<br />

passa vão silenciosas diante do elephantc; o monstro, julga reconhecer, annunciando-lhe que os sons<br />

cm pé, im movei, com os olhos abertos no meio das amigos o esperão nas barricados; cruel <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong><br />

trevas, parecia meditar muito satisfeito da sua boa um <strong>de</strong>sespero para outro <strong>de</strong>sespero! Essa tar<strong>de</strong>, é<br />

acção, abrigando do céo edos homens, tres pobres com effeito, o <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1882, e ao idylio<br />

criancinhas que dormião. » Todos esses <strong>de</strong>talhes | segue-se a sinistra epopéa da guerra civil.<br />

são cheios <strong>de</strong> naturalida<strong>de</strong>; se não fosse a primeira<br />

lição <strong>de</strong> gyria que Gavroche enten<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver dar aos<br />

IV.<br />

seus protegidos, esta scens, apesar da inverosimi Deveremos acompanhar o Sr. Hugo no longo<br />

lhança da sua origem, seria uma das mais tocantes <strong>de</strong> preâmbulo histórico que elle enten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>ver col-<br />

todo o romance.<br />

locar na frente d'esse episódio doa fúnebres dias<br />

<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, que fôrma o <strong>de</strong>sfecho dos Miseraveis'.?<br />

Haveria muito que dizer á respeito d'essa<br />

prodigiosa confuzão <strong>de</strong> sophismas sonoros, o do<br />

theorias impcrtubavelmente contraditórias. O constante<br />

empenho do autor é antes fazer effeito do que<br />

ser exceto; e por isso emprega para qualquer cousa<br />

o « cstylo gronitico. n N'csse preâmbulo, não ha<br />

uma pagina que não dé logar ú rectifleação. Eis,<br />

por exemplo, a differença que o autor preten<strong>de</strong><br />

estabelecer entre insurreição e sedição. « Asedição<br />

é causada por um, facto material; a insurreição ó<br />

Sempre um phenomeno moral: A sedição, é Masaniollo;<br />

a Insurreição é Spartaco. A insurreição<br />

tom ligação com o espirito, a sedição com o esto-<br />

.rnago. »<br />

Acabemos <strong>de</strong> uma Vez com o tal gyria visto que<br />

falíamos n'isso.... Realmente, o Sr. Hugo abusa<br />

do emprego d'ella para o effeito dos seus sombrea<br />

dos. Além <strong>de</strong> um livro todo Inteiro, consagrado<br />

ã uma dissertação philologica sobro a origem e as variantes<br />

do dialecto dos ladrões e assassinos sob o<br />

antigo e o novo regimen, encontramos ainda nos<br />

Alisei oveis, paginas inteiras <strong>de</strong> diálogos que<strong>de</strong>verião<br />

ter sido impressos em duas columnas com a traducção<br />

a margem, para commodida<strong>de</strong> do leitor.<br />

Ao ver o Sr. Hugo tirar esses abomináveis bandido,<br />

da Force, on<strong>de</strong> estavão também para a tranquillida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Paris, e fazer-nos aturar a sua agradável<br />

conversação, julgamos que elle os <strong>de</strong>stinava<br />

a alguma obra horrivelmente dramática que scrviria<br />

dc supplemenlo á emboscada Jondrettc. Pois<br />

não é nada disso: a evasão e as tramas são tudo<br />

cm pura perda; as presas <strong>de</strong>sses malfeitores liinimitào-se<br />

a um passeio para o lado da casa da rua<br />

Plumet, que elles tem gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> visitar.<br />

No momento em qué vão praticar a invasão<br />

por essa gra<strong>de</strong> cujos varaes estão tio mal seguros,<br />

apresenta-se om vulto diante <strong>de</strong>lles; é Eponina<br />

Thenardier, que, levando a abnegação ao auge mais<br />

inYeròSimil, faz secretamente sentinella á felicida<strong>de</strong><br />

do seu Rodolfo, Isto é, dc Mario que ahi se achava<br />

em pleno idylio. Ameaça os saltcadores <strong>de</strong> gritar<br />

e pedir soecorro: « Sois seis, diz ella aos bandidos,<br />

e eu, sou todo o mundo, » E os ladrões intimidados,<br />

recuão e somem—se no meio das trevas.<br />

Na verda<strong>de</strong>, não ha lá gran<strong>de</strong> merecimento em<br />

metter modo a uns ladrões tão pusillanimes.<br />

Essa aventura põe termo por algum tempo i<br />

abnegação <strong>de</strong> Eponina; ella começa á dispor as<br />

suas baterias a fim <strong>de</strong> impedir essas entrevistas<br />

que a <strong>de</strong>sesperão. N'esse intuito, acha meios <strong>de</strong><br />

prevenir leio Valjean da conveniência <strong>de</strong> mudar-se<br />

daquella casa.<br />

Diversas circumstanclaa assustadoras dão peso ã<br />

esse aviso, e arrancüo finalmente o pai adoptfvo<br />

<strong>de</strong> Coseta da sua per tinas placi<strong>de</strong>z. Pareceu-lhe<br />

ver Thenardier rondando no boulevard;« e <strong>de</strong>mais<br />

Paris não está em socego, » todos os empregados<br />

da policia estão alerta, e o virtuoso galé tem mala<br />

medo d'elles do qne dos ladrões.<br />

« A policia procurando <strong>de</strong>scobrir um homem<br />

como Pepin e Morey, podia multo bem dar com<br />

nm homem como João Valjean. »<br />

Essa comparação tem ares <strong>de</strong> anaebronismo, porque<br />

a policia não se oecupou especialmente <strong>de</strong> I<br />

procurara Pepin e Morey senão <strong>de</strong>pois do attentado<br />

<strong>de</strong> Fieschi em 1835. Em sum ma, Valjean começa<br />

fina mente á inquietar-se, e a sua ancieda<strong>de</strong> chega<br />

oo maior auge por causa <strong>de</strong> uma enorme e gratuita<br />

asneira do apaixonado Mario. Querendo <strong>de</strong>ixar á<br />

Coseta a indicação da sua residência, cm vez <strong>de</strong><br />

escrever simplesmente essa indicação em um pedacinho<br />

<strong>de</strong> papel, não teve elle a triste lembrança <strong>de</strong><br />

abril-a no muro com o canivete em eslylo lapidaanto<br />

que, indo João Valjean no dia seguinte<br />

rondar a casa, não pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reparar nessa<br />

inscripção, que não existia alli na véspera. Dahi<br />

elle tira a conclusão, aliás muito lógico, <strong>de</strong> que durante<br />

a noite entra-lhe alguém no jardim, e immediatamente<br />

muda-se com a sua pupilla. Esta,<br />

que não per<strong>de</strong> o sangue-frio manda entregar um<br />

bilhete a Mario por ura rapazinho que encontra<br />

perto <strong>de</strong> sua casa. Esse bilhete contém a indicação<br />

do novo domicilio escolhido por Valjean em nma<br />

rua <strong>de</strong>serto no fundo do Mania; infelizmente Coseta<br />

mandou o bilhete por Eponina, que andava<br />

disfarçada em tapas, e a carta corre gran<strong>de</strong> risco<br />

<strong>de</strong> nio chegar ao seu <strong>de</strong>stino.<br />

Nesse tempo, o pobre Mario andava em maré <strong>de</strong><br />

fazer asneiras*.Conhece finalmente qne os seus êxtases<br />

amorosos o impe<strong>de</strong>m absolutamente dc trabalhar,<br />

e que tanto o seu estômago como a sua roupa<br />

vão-so estragando <strong>de</strong> dia em dia.<br />

Isto é que ae chama jogar sem escrúpulo com<br />

as palavras e com as idéas. Spartaco e Masaniello,<br />

são ambos revolucionários, insurgentes, um, contra<br />

a mais odiosa das iniquida<strong>de</strong>s sociaes, e o outro contra<br />

o domínio estrangeiro. Spartaco ó indubitavelmente<br />

um personagem mais nobre do que Masaniello;<br />

porém o movei da sua revolta não foi mais elevado,<br />

e não era esse o exemplo que o Sr. Hugo<br />

<strong>de</strong>vas citar para justificar a sua antithese. Além<br />

<strong>de</strong> tudo, se a quizessem tomar ao serio, se quizessem<br />

por força <strong>de</strong>scobrir n'clla um pensamento<br />

oceulto, seria fácil invertcl-a contra as theorias do<br />

romancista, contra as soas predilecções as mais<br />

manifestos ; seria muito fácil <strong>de</strong>monstrar que nenhum<br />

movimento revolucionário tem « mais evi<strong>de</strong>nte<br />

ligação com o estômago » do que o <strong>de</strong> 1789,<br />

provocado pela fome. Po<strong>de</strong>ríamos ainda apontar<br />

estranhos paradoxos em uma longa tirada sobre<br />

Tácito. •<br />

Na opinião do Sr. Hugo, a provi<strong>de</strong>ncia afasta<br />

Tácito <strong>de</strong> César. « E' uma espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za<br />

da parte da justiça divina que hesita em fazer cahir<br />

o usurpador nas mãos do illustre e formidável historiador.<br />

« E' preciso que o <strong>de</strong>spotismo tenha chegado<br />

ao ultimo ponto para merecer esse immortal<br />

estigma, impresso pelo gênio da historia. Era necessário<br />

que a corrupção, inaugurada pelos tyrannos<br />

illustres, se tivesse tornado « uma peste moral sob<br />

o domínio dos tyrannos infames; » No- reinado <strong>de</strong><br />

Cláudio e dc Domiciano, ha uma <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

baixeza correspon<strong>de</strong>nte á hedion<strong>de</strong>z moral do tyranno.<br />

No reinado <strong>de</strong> César, ainda não sc exhalava do<br />

senado romano senão « o cheiro <strong>de</strong> guano próprio<br />

dos ninhos <strong>de</strong> águias.» Estas phrases são <strong>de</strong> péssimo<br />

gosto, e os idéas não o são menos. No que 'diz respeito<br />

á historia remam a, o Sr. Hugo gosta ainda das<br />

antigas dcclamações, quo elle quer adornar com<br />

bcllezas do gênero d'estas quo acabamos dc citar.<br />

Não era nosso <strong>de</strong>sejo entre termo-dos muito tempo<br />

com esta digressão; porém, antes do irmos adiante,,<br />

per/niiln-se-nos oppôr á esse amontoado <strong>de</strong> palavras, 1<br />

algumas observações fundadas nos factos. Nada differc<br />

mais profundamente do I<strong>de</strong>al dos acluacs <strong>de</strong>mocratas<br />

, do que esse antigo regimen oligarchico du<br />

Roma, senhora do mundo. O império, objecto <strong>de</strong><br />

tantas coloras retrospectivas, foi justamente o primeiro<br />

posso <strong>de</strong> uma transformação social tão legitima<br />

quanto necessária; efle nio somente aproveitou -<br />

s segurança, como á emancipação dc gran<strong>de</strong> maioria<br />

dos membros da socieda<strong>de</strong> romana; foi realmente<br />

mais <strong>de</strong>mocrático, no sentido mo<strong>de</strong>rno d'esta palavra<br />

, do qne a antiga oligarchia, pois dos subditos<br />

elle fez cidadãos. Tácito, <strong>de</strong> quem nos folião<br />

sempre, e que na verda<strong>de</strong> exerceu maior influencia<br />

sobre os mo<strong>de</strong>rnos do que sobre os seus contemporâneos<br />

, Tácito com o sou admirável talento<br />

ajudava um novo movimento social, que, longe<br />

<strong>de</strong> approximar-sc ao antigo systema oligarchico,<br />

afastava-se <strong>de</strong>lle cada vez mais. Profligando tão *<br />

asperamente os vícios da antiga oristrocacia r o mama<br />

e dos Imperadores tirados do seu seio, tomando<br />

á peito sobro tudo <strong>de</strong>struir o prestigio tão<br />

longo tempo duradouro da família dos Julios o dos<br />

Claudios, Tácito, quo escrevia no tempo <strong>de</strong> um César<br />

Hcspanhol (Trajano) não tinha cm vista, certamente,<br />

inspirar aos sons leitores sauda<strong>de</strong>s da antiga oligarchia<br />

cdo seu <strong>de</strong>spotismo sobre os paizes subjugados.<br />

Qucirie, pelo contrario, auxiliar essa rcucção provincial<br />

que se ia tornando cada dia mais po<strong>de</strong>rosa, o<br />

que acabava <strong>de</strong> conhecer ultimamente, com a eleição<br />

do Crctenso Nervo, e do Hcspanhol Traja no, ambos<br />

documente occlamados no capitólio, que se podia<br />

escolher para senhores do mundo outros homens quo<br />

não fossem os antigos romanos, a ir buscal-os fóra<br />

<strong>de</strong> Roma. Tudo isto está hoje admiti ido por espíritos<br />

esclarecidos c imparciais, e é triste ver um<br />

homem dc talento como o Sr. Hugo gastar as suas<br />

forças querendo fazer reviver erros já passados, banidos<br />

ha muito tempo do domínio da verda<strong>de</strong>ira historia.<br />

O garotinho, chamado Gavroche, que já nos appareceu<br />

nos prece<strong>de</strong>ntes volumes, é o próprio filho<br />

do thenardier. Por uma contradicção pouco na­<br />

tural mas não impossível, a mulher do ex-esta Ia<br />

ja<strong>de</strong>íro tomou raiva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mais tenra ida<strong>de</strong>,<br />

a esse pequeno que dizia ella, « veio por effeito<br />

do frio. » A's filhas consagrava todo o seu amor,<br />

ao passo que só tinha indfflbrença para esse filho<br />

o para mais dous pequenos que vi erão <strong>de</strong>pois. Era<br />

mais do que indifferepça o sentimento que ella Na sua ultima entrevista, Coseta Já estava triste,<br />

lhes votava, era quasi ódio. Esse <strong>de</strong>spreso foi antes no seu rosto havião vestígios <strong>de</strong> lagrimas recentes,<br />

proveitoso do que prejudicial a Gavroche; como seu pai fallora-lhe em mudarem-se d'alli brevemen­<br />

elle mesmo o <strong>de</strong>clara com toda a gravida<strong>de</strong>: « A's te. Nessa conjunetura, Mario toma um partido<br />

vezes, mais vale a gente não saber por on<strong>de</strong> andão violento: vai á casa <strong>de</strong> seu avôGuillcnormand que<br />

seus pais. » O Sr. Victor Hugo afagou com todo elle não via ha quatro annos.<br />

o <strong>de</strong>svello essa physionomia <strong>de</strong> garoto <strong>de</strong> Paris,<br />

espirituoso, atrevido intrépido, e creando-se ao <strong>de</strong>s­<br />

Aqui, assistimos nós a uma scena que po<strong>de</strong>ria ser<br />

amparo, exposto ã chuva e ao vento. Esse typo<br />

muito terna, e na qual o Sr. Hugo parece quo tem<br />

faz lembrar, antes pelo contraste do que pela se­<br />

prazer cm calcar aos pés todas as conveniências. O<br />

melhança , uma das mais repulsivas figuras dos<br />

velho recebe o neto com maneiras as mais grosseiras,<br />

Myslerios <strong>de</strong> Paris: Gavroche é uma espécie <strong>de</strong><br />

sob as quaes se oceultão uma emoção e um amor<br />

Cambèta, mas um Cambèta com coração dc ouro,<br />

que possão <strong>de</strong>sapercebidos aos olhos dc Mario. Este,<br />

praticando com a mesma alegre esperteza, traves-<br />

hão encontra uma palavra para abrandar a cólera<br />

suras cheias <strong>de</strong> malda<strong>de</strong>, e boas acções ao mesmo<br />

do velho, o que aliás seria bem fácil! Sem mais ro­<br />

tempo. Escondido no jardim <strong>de</strong> um bom velho<br />

<strong>de</strong>ios pe<strong>de</strong>-lhe licença para casar com Coseta Corta-<br />

on<strong>de</strong> elle se introduzirt para cear houve uma convento,<br />

uma menina sem dote. Esta ingênua conversação<br />

á respeito da miséria <strong>de</strong>sso casa, que o<br />

fissão excita naturalmente no velho uma recru<strong>de</strong>s­<br />

compunge seriamente, e, ao sahlr d'alli, rouba<br />

cendo <strong>de</strong> indignação. «Ah! ah! não é mais do<br />

As theorias do Sr. Hugo quanto aos acouteci-<br />

uma bolsa da algibeira <strong>de</strong> um ladrão seu amigo,<br />

que isso! tu disseste lá comtigo: Vou ter com o<br />

mentos mo<strong>de</strong>rnos não são lambem aceitáveis. Por<br />

e vai multo alegre aliral-a <strong>de</strong>ntro do muro <strong>de</strong>sse<br />

velho da cabelleira! Que pena não ter eu já com­<br />

exemplo, elle estabelece como principio qoe o su­<br />

jardim.<br />

pletado 25 annos para não precisar mais do seu<br />

frágio universal torna Impossível a sedição, porque,<br />

consentimento! Paciência, vou dizer-lhe: Velho<br />

« dissolve-a no seu principio, pois dando o voto<br />

Gavroche arranjou para si um abrigo muito con­ basbaque! venho dar-to um olegrio com a minha<br />

a insurreição <strong>de</strong>sarma-a. » Este axioma é eloqüenfortável<br />

no ventre do elephantc da Bastilha; multo visita! Tenho vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> casar; quero casar-mc<br />

temente <strong>de</strong>smentido pelos annaes revolucionárias<br />

sem ceremonia tirou « emprestadas » umas gra<strong>de</strong>s com a senhora não sei quem, filha do senhor não sei<br />

<strong>de</strong> todos os povos, e especialmente pelos nossos,<br />

<strong>de</strong> arame do Jardim das Plantas, para preservar-se ' que. Não tenho um par <strong>de</strong> sapatos para calçar, c<br />

Não é bastante ter proclamado o principio, resta<br />

dos ratos, assim como trouxe <strong>de</strong> lá também, uma ella não tem uma camisa para mudar; Isso não<br />

um outro problema muito mais serio o mais di­<br />

esteira das girafas, e um cobertor dos macacos. quer dizer nada! Tenho vonta<strong>de</strong> do dar um golpe<br />

fícil dc resolver, a sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua applicação.<br />

na minha carreira, no meu futuro, na minha moci-<br />

Ora, é a maioria pacifica que se contem por <strong>de</strong>s­<br />

E os animaesinhos não reclamarão, dizia elle.<br />

•da<strong>de</strong>, na minha vida! Tenho vonlado dc chafurdar<br />

cuido ou por timi<strong>de</strong>z; ora, c uma minoria violenta<br />

Eu <strong>de</strong>clarei-lhes: é para o elephantc. » Uma noite,<br />

na miséria com uma mulher pendurada ao meu<br />

que recusa sub mel ter-se. Para não citar mais que<br />

esse garoto caritativo e industrioso faz com que<br />

pescoço.' E' meu gosto; ó preciso que tu consintasí<br />

um exemplo ainda bem presente as nossas memó­<br />

partilhem o seu singular domicilio duas crianças<br />

E o velho fóssil não tem remédio senão consentir.<br />

rias, a proclamaçào do sufrágio universal, em 1848,<br />

que ;elle encontra abandonadas na rua <strong>de</strong> Santo<br />

Vai, meu filho, faze a tua vonta<strong>de</strong>; casa lá com a<br />

impedio por ventura o attentado <strong>de</strong> 15 dc Maio<br />

Antônio, e que. (entre parontheses), são es seus tua Bompcvento, com a tua Par te vento.... Pois<br />

e esse motim dc Junho, uma das mais tristes re­<br />

próprios irmãos, cousa que nem sequer elle pô<strong>de</strong> não! isso nunca! » Até ahi ainda pódc passar; mas<br />

cordações da nossa historia,<br />

suspeitar. Os pobres pequenos tiritavão e chora vão, <strong>de</strong>pois elle torna-se inconveniente e absurdo. No Mas é especialmente quando falia das barricadas<br />

mortos <strong>de</strong> fome, <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> aguaceiro; momento em que Mario vai retirar-se <strong>de</strong>sesperado, <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, que o Sr. Hugo acha meios<br />

Gavroche corre a traz <strong>de</strong>lles: « O que é que ten<strong>de</strong>s, o velho agarra-o pela golfa da casaca, e exige que do multiplicar as contradições. Aqui (t. VIII) estes<br />

fe<strong>de</strong>lhos?<br />

elle lhe conte todas as particularida<strong>de</strong>s do seu na­ dias <strong>de</strong>vem ser chamados insurreição, porque são<br />

Não sabemos on<strong>de</strong> havemos da dormir. moro, a <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ouvir essa narração, diz-lhe com « um phenomeno moral; » mais adiante (t. IX,<br />

— E" só Isso.? olhem que gran<strong>de</strong> cousa I lambem<br />

psg. 174) <strong>de</strong>paramos com este aphorlsmo:


« Ha as insurreições aceitas, que so chamiio nivnluçoes;<br />

#* as revoluções recusadas, que se<br />

etiamão sedições. » Logo, OS insurgidos <strong>de</strong> Junho<br />

afio sedleiosos. Qncrcin o seu panegyrico ou antes<br />

a exaltação <strong>de</strong> toda a lentativa <strong>de</strong> guerra civil,<br />

cm qualquer Estado qun ainda não é republicano<br />

ou que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> sôl-o? Enconlrã-no nu VIII volume,<br />

pagina 292.<br />

M Á monarchia ó o estrangeiro; a oppresslo «'•<br />

o estrangeiro; o direito divino é o estrangeiro. O<br />

<strong>de</strong>spotismo viola a fronteira moral, assim remo a<br />

invasão viola a fronteira gcographica. Hepcllir o<br />

lyranno, ou repeli ir os inglcxes, «• cm ambos os<br />

casos, <strong>de</strong>lTen<strong>de</strong>r o seu território. Chega um momento<br />

cm que nlo ó bastante protestar, <strong>de</strong>pois<br />

«l.i philusophia é preciso a acçâo; a viva força concluo<br />

o que a idéa esboçou.... As multidões tem<br />

s -oipre tendência para aceitarem um chefe; só<br />

assim é que as massas sabem da apaUiit. O povo<br />

une-se facilmente por meio da obediência. K' preciso<br />

ter quem o anime, quem o excite, acenar aos<br />

homens com o beneficio da sua liberda<strong>de</strong>; <strong>de</strong>vem<br />

ser elles mesmos um pouco fustigados para seu<br />

proveito. Dnhi vem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar o alarma...<br />

,E* preciso que os gran<strong>de</strong>s combatentes se<br />

ergfio, íIluminem as nações com a sua audácia, e<br />

dêem urn impulso á esto triste humanida<strong>de</strong>, estupldamente<br />

oecupada á contemplar, no seu esplendor<br />

crepuscflJar* os sombrios lriumpbos da noite. » Ouçlo<br />

agora a contra posiçflo d'esto dilhysambo, e notem<br />

bem que, tanto agora como ha ptuco, é sempre<br />

o autor quem falta, « Uma revolução que rompo é<br />

uma Idéa que vai ser examinada perante o povo. Se<br />

o povo <strong>de</strong>ixa cahir a bola preta, a idéa não presta, a<br />

insurreição é mal suecedida (t. IX, p. 171.) Ninguém<br />

po<strong>de</strong> obrigar um povo á andar ma is <strong>de</strong>pressa do<br />

queelle quer. Ai d'aquclle que quer empurrai-o para<br />

diante! Um povo nOo se luva assim. Então elle<br />

abandona a insurreição d si mesma, os insurgidas<br />

tornfio-se pesleados, (i<strong>de</strong>m, 167) » Em summa, ó<br />

preciso convir que ao ver o pedra, vem o urso ,í<br />

lembrança, e é da boa vonta<strong>de</strong> d este que a socieda<strong>de</strong><br />

tem medo. « Estas ultimas palavras são picantes<br />

echeias <strong>de</strong> bom santo; são uma boa resposta<br />

ás p «lavras emphaticas que lemos ha pouco;<br />

mas esse amontoado <strong>de</strong> phrases sonoras, todas cm<br />

sentidos contrários, acaba por atordoar o leitor.<br />

QUQBIO i nos, se tivéssemos <strong>de</strong> escolher enlre<br />

essas apreciações eontradiclorias, o a<strong>de</strong>ptar uma<br />

palavra <strong>de</strong> todo esse aruuiel do Sr. Hugo, diríamos<br />

Mias que esses dias forão « um resto <strong>de</strong> 1M.K).»<br />

As insurreiçõesquo proari<strong>de</strong>m, trazem sempre comsigo<br />

um perigoso cortejo <strong>de</strong> aspirações ás vezes<br />

generosas, porém quasi sempre interesseiras, ou<br />

simplesmente do espnlhafalo, que não fleando satisfeitas<br />

com a vicloria, julgão perfeitamente lógico<br />

o natural começar <strong>de</strong> novo o combate. A tentativa<br />

revolucionaria <strong>de</strong> Junho foi um d'esses choques<br />

u um dos mais notáveis pelo cucarniçamento da<br />

luta. Esses fúnebres dias distinguem-se por um<br />

caracter do franqueza quo nem sempre se dá cm<br />

uualogas clrcumstoncias. A questão foi proposta<br />

muito claramente entro os dous princípios; tiverão<br />

ambos valentes campeões, e po<strong>de</strong>-se dizer que « essa<br />

horrível aventura publica» foi tão gloriosa para<br />

os vencidos como para os vencedores, se é que a<br />

guerra civil pô<strong>de</strong> dar gloria. As victim as das lutas<br />

irotriridas po<strong>de</strong>m merecer lagrimas, mas nunca<br />

apothcoses<br />

Continua.<br />

REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />

1'AM'K DO DIA 10 DB JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Forâo presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s<br />

Pela Policia, Domingos Gomes Ferreira, por uso<br />

do armas <strong>de</strong>fesa; Pedro José dos Santos, por vagabundo<br />

; João Pinto Salame, por alarido; Joio<br />

Baptista dos Santos Ribeiro, por injurias; o africano<br />

livro Ambrozio, por furto; os escravos Koberto<br />

e Agostinho, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m ; Manoel por andar fora<br />

<strong>de</strong> horas.<br />

Na Freguesia da Can<strong>de</strong>lária, os cfcravos Carlos,<br />

por furto; e Felippc, por <strong>de</strong>sobediência. .<br />

Na da Gloria, o americano Koberto para averiguações.<br />

Na do Engenho Velho, Pedro Felippe c outro<br />

que se evadio, por tentativa <strong>de</strong> homicídio.<br />

Na do S. José, José Kodriguos e Joio Eram, os<br />

marinheiros Francisco Vergalet,. c Johm Manon,<br />

á requisição do Cônsul Franccz.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Atuía, 2." districlo, honlcm as7 1/2<br />

horas da noite ouvio-se o estampido <strong>de</strong> uns tiros<br />

que sahião da casa n.° 31 á rua Velha <strong>de</strong>S. Diogo,<br />

resi<strong>de</strong> «cia tíc Francisco Carlos Arcke Estreita. Com-<br />

1 a recendo ao togar do acontecimento a respectiva<br />

autorida<strong>de</strong>, foi informada que da casa acima <strong>de</strong>sfio<br />

2 tiros o atirar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro por Estrclla, uma mulher<br />

<strong>de</strong> nome Maria joaquina Nunes da Silva, que era<br />

amasia d aquclle Estreita. Perguntando por cila, foi<br />

respondido que tinha sido levada para casa <strong>de</strong> uma<br />

irmã na travessa do Gaz, on<strong>de</strong> feito o exame pelos<br />

Médicos verificou-se ter cila levado um tiro no<br />

lado direito da testa, olho c beiço; c passando a<br />

mesma autorida<strong>de</strong> a tomar conhecimento do fado,<br />

foi <strong>de</strong>clarado que Estrclla quando atirou com a<br />

mulher á rua, e presentio forra, disse <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

que não entrassem, porque quem lá fosse teria a<br />

mesma sorte. Então a autorida<strong>de</strong> cercou convênio<br />

lem en te a casa <strong>de</strong> Francisco Carlos Arcke Estrclla,<br />

para ás horas próprias entrar, o que fez acompanhado<br />

<strong>de</strong> algumas pessoas, encontrando no quintal<br />

perto <strong>de</strong> um galinheiro, o a um canto, Estrclla<br />

com um gran<strong>de</strong> golpe no pescoço, o com um tiro<br />

na cabeça do lado direito sobre a orelha, fazendo<br />

crer que o 2.* tiro foi disparado em si próprio,<br />

e como Estrclla não tivesse o <strong>de</strong>sejado cITcito tratou<br />

<strong>de</strong> outros meios que foi ferir-se com uma faca <strong>de</strong><br />

cosinha. O referido Estrclla foi conduzido para o<br />

hospital da Santa Casa do Misericórdia on<strong>de</strong> pouco<br />

<strong>de</strong>pois fallccêu, c Maria Joaquina Nunes da Silva<br />

foi. para o hospital <strong>de</strong> S. Sebastião.<br />

Pelo Corpo Policial da Côrtc:<br />

Domingos Gomes Ferreira, por estar armado com<br />

um canivete <strong>de</strong> <strong>de</strong> mola; Pedro Jòse dos Santos,<br />

por vagar fora <strong>de</strong> horas; João Pinto Salame, por<br />

fazer alarido; Joço Baptista dos Santos Ribeiro;<br />

por insultos: Ambrosio, Africano livre, por furto;<br />

os escravos Roberto e Agostinho, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

DIA ff.<br />

Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />

Pela Policia, José Alves Pereira Queiroz, por<br />

oííensa physica; Manoel José <strong>de</strong> Ainorim.eo Africano<br />

livre Hypolito, por embriaguez; Jacintho Antônio<br />

Palmeira, e o preto José, escravo, para averiguações<br />

sobre ferimento; Carlos Augusto Neves<br />

Braga, por furto; Francisco Narciso <strong>de</strong> Araújo, por<br />

injurias; Antônio Teixeira Corrêa, e Leopoldo Ferreira<br />

dr Souza, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; e os rsrravos Anfd-<br />

[ nio, por suspeito <strong>de</strong> fugido, Henrique o João por<br />

I andar fora <strong>de</strong> horas.<br />

Na Frevuezia do Sacramento, 1 .• districto, Joa-<br />

I quim <strong>de</strong> Magalhães Bastos, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m o offen-<br />

I sa phisica. Ti to do Coração <strong>de</strong> Jesus, por <strong>de</strong>sobediência,<br />

o José Garcia da Silva, Antônio Maria<br />

Vieira, c José Ignacto da Silva, por embriaguez.<br />

Na <strong>de</strong> S, José, Casimiro José Teixeira, por jogo<br />

prohibido, e a encrava Otbarina, por <strong>de</strong>sobediência.<br />

Na <strong>de</strong> Santa Rita, l." districto, os marinheiros<br />

Suecos Francisco Calaus, e Pila por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, c<br />

o escravo Jeremias, por andar fora <strong>de</strong> horas.<br />

Na mesma, 2.* districto, o escravo Manoel, por<br />

! embriaguez c injurias.<br />

Na da Ladga, Manoel da Paixão do Sacramento,<br />

por injurias, e os escravos Luiz, por iujurias, e<br />

Francisco, a requisição do senhor.<br />

Na ile Santo Antônio, Joaquim Francisco Alves<br />

«Ia Silva, por jogo prohibido; o Norte Americano<br />

James Pedro e Joanna Maria, para averiguações sobre<br />

roubo; Joaquim Ferreira Ba 1 th azar o José da<br />

Silva Ramos, por embriaguez, e João Teixeira, por<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m,<br />

Na do Engenho Velho, os escravos A<strong>de</strong>lino e<br />

Bruin, por andar fora do horas.<br />

Na Freguesia <strong>de</strong> Santa Anna, 2.* Districto. fez-se<br />

corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto «m Francisco Ca rios Arena Estreita,<br />

que fallccêu no Hospital da Misericórdia em conseqüência<br />

dos ferimentos, que em si próprio fizera.<br />

Pelo Corpo Policial da Corte.<br />

Manoel José <strong>de</strong> Amorim e Hypolito, Africano<br />

livre, por embriaguez; Jacintho Antônio Palmeira<br />

c José preto, escravo, para averiguações sobre ferimentos<br />

; Francisco Narcizo <strong>de</strong> Araújo, por injuria ;<br />

Carlos José Augusto Neves Braga e Pedro preto; escravo,<br />

por furto; Antônio preto, escravo, por fugido<br />

: José Alves Pereira <strong>de</strong> Queiroz, por ter dado duas<br />

bofetadas cm um indivíduo; João preto, escravo,<br />

por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />

Legitimarão-se nu Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />

os logares abaixo <strong>de</strong>clarados conformo a <strong>de</strong>signação<br />

feita pelos legitimados:<br />

Porto por Lisboa: Miguel da Cunha Tavares, José<br />

Alexandre <strong>de</strong> Azevedo, Manoel Joaquim Fernan<strong>de</strong>s,<br />

Albino Francisco Maia, Antônio Joaquim Paes, Manoel<br />

José <strong>de</strong> Brito, Francisco Pinto <strong>de</strong> Carvalho<br />

Bustos, Antônio <strong>de</strong> Souza, Manoel Rodrigues Moreira,<br />

Manoel da Silva <strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares<br />

Leite, Jofio José da Cunhu, Manoel Lopes, José<br />

do Couto Ferreira, José Netto, Antônio Francisco<br />

Dias, Manoel José da Silva, Antônio <strong>de</strong> Carvalho,<br />

Manoel José da Silva, Antônio Carvalho do Sá, Portuguezes;<br />

Emitia Garcia Fernan<strong>de</strong>s, Hespanholo.<br />

Montoi<strong>de</strong>o: Manoel José Dias Pereira, Antônio<br />

José Gomes Pereira, Brasileiros.<br />

Costa do Mina pela Bahia: Marcolino Teixeira,<br />

preto forro; Constança Maria Carlota, preta forra.<br />

Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />

Adolpho Focrstcr, Allcmfies.<br />

Europa: José Joaquim da Fonseca Coutinho, Caetano<br />

Pinto, Portugueses.<br />

Secretaria da Policia da Corte, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>1863</strong>.— F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />

helação das pessoas sepultadas no dia 10 ds<br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. .<br />

Scnhorinha Maria da Conceição, Fluminense, 60<br />

annos, viuva. Gastro interite.<br />

Manoel Joaquim Nogueira, Português, 57 annos,<br />

casado. Gastro entero hepato-collite.<br />

Maria* filha <strong>de</strong> José Maria Ribeiro dos Santos,<br />

Fluminense. 10 dias. Convulsões.<br />

Maria, filha <strong>de</strong> José Antônio <strong>de</strong> Silva Guimarães,<br />

Fluminense, 8 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />

Um feto, filho <strong>de</strong> Van<strong>de</strong>ncssc, Fluminense. Inviolabilida<strong>de</strong>.<br />

Ca rol i na, filha do Capitão Luiz José da Fonseca<br />

Ramos, Fluminense, 7 annos. Tétano.<br />

Lúcia na Angélica Ronatur, Brasileira, 45 annos,<br />

viuva. Amolecimento cerebral.<br />

Adolpbo Helmirt, Allcmão, 34 annos. Piarrhèa.<br />

Francisco dos Santos Torres, Fluminense, 26<br />

annos, solteiro. Tuberculos pulmonares.<br />

João, Africano, 39 annos, solteiro. Tuberculos<br />

pulmonares,<br />

Antônio SiIverio dos Santos, Brasileiro, 38 artnos,<br />

viuvo. Tuberculos pulmonares.<br />

Uma criança, do cõr parda, morta na Roda.<br />

Luiz, filho do Adão Luiz <strong>de</strong> Souza, Fluminense,<br />

6 mezes. Convulsões.<br />

Sepultarão-se mais 11 escravos, sendo <strong>de</strong> tuberculos<br />

pulmonares 1. <strong>de</strong> febre typhoi<strong>de</strong> 1, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento<br />

cerebral i, <strong>de</strong> bronchio pneumonia» 2,<br />

<strong>de</strong> hypertrophia 1, <strong>de</strong> febre perniciosa 1, <strong>de</strong> píricardite<br />

I, <strong>de</strong> meningite. 1, <strong>de</strong> congestão cerebral t,<br />

e <strong>de</strong> marasmo 1.<br />

usam ADMINISTRATIVOS.<br />

S E G U N D A PAGADORIA DO THRKOURO<br />

Nacional.<br />

PagSo-se no dia 13 do corrente aos professores paMrcos<br />

os seus or<strong>de</strong>nados e consignações do mez <strong>de</strong> D«<br />

hro próximo passado.<br />

Rio, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—.4. F. Vaz.<br />

PagSo-se no dia 14 do corrente no Barracão do Campo*<br />

da Acclamação aos Srs. dos escravos que trabalharão nas<br />

Obras Publicas, os seus vencimentos até o ultimo do mez<br />

<strong>de</strong> Dezembro findo.<br />

Rio 10 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—A. F. Vax.<br />

Banco DO Brasil*<br />

A taxa dos <strong>de</strong>scontos no Banco do Brasil continua<br />

a ser <strong>de</strong> 10 % para todos os títulos em geral, sendo<br />

8 */• para as letras do próprio Banco.<br />

O Banco empresta sobre caução <strong>de</strong> títulos Commerciaes<br />

pela taxa <strong>de</strong> 10 •/, e <strong>de</strong> apólices e acções <strong>de</strong> companhias<br />

pela <strong>de</strong> 11 •/., conforme a tabeliã afiliada na<br />

sala das propostas do mesmo Banco.<br />

Continua igualmente o Banco a receber dinheiro a<br />

prêmio, somente em conta corrente, pagando á razão<br />

dc 7 •/••<br />

O Banco compra ouro <strong>de</strong> 22 quilates <strong>de</strong>vidamente ensaiado<br />

na Casa da Moeda ao preço dc 4g000 a oitava.,<br />

Secretaria do Banco do Brasil em 12 <strong>de</strong>Janeiro dc <strong>1863</strong>.<br />

— O Secretario do Banco, Manoel Marques <strong>de</strong> Sá.'<br />

O B R A S militares.<br />

A Direciona Geral, em virtu<strong>de</strong> do Aviso do Ministério<br />

da Guerra dc 7 do corrente mez, tem <strong>de</strong> contrariar<br />

os concertos dc que precisão os xadrezes n.°* 14<br />

c 16 e outros compartimentos da fortaleza da Lage:<br />

quem se quiser encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />

nesta Repartição para os esclarecimentos precisos, sendo<br />

as propostas apresentadas firmadas pelos proponentes e<br />

seus fiadores, e isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste mez, ao meio<br />

dia, em que serão abertas, presentes os proponentes.<br />

Em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O 1.° Escripturario, Domingos<br />

José Monteiro Pinto <strong>de</strong> Lacerda»<br />

Correio da Corte.<br />

O lllm. Sr. Administrador do Correio <strong>de</strong>sta Corte e<br />

Província do Rio dc Janeiro, manda annunciar que<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já recebe propostas cm cartas fechadas para a<br />

compra dc lacre encarnado <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> para fechamento<br />

das malas da correspondência; <strong>de</strong>vendo cada proposta<br />

ser acompanhada dc amostra, para preferir-se a<br />

melhor e dc menor preço.<br />

Administração do Correio' da Côrtc cm 12 dc Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Contador, F. Cor<strong>de</strong>iro Men<strong>de</strong>s.<br />

Cartas retidas por diversos motivos<br />

Antônio Joaquim Severol Barbudo. 1 ; Antônio Ncry<br />

da Silva, 1; Antônio Salustiano Machado, f ; Amorno<br />

Thomaz Carvalho Costa Júnior, 1; Bastos Ferreira<br />

& C.\ 1 ; Carlos Augusto Mullcr, 1; Clemente José<br />

Fernan<strong>de</strong>s, 1; Domingos da Cosia Pinheiro, 1; Eclina<br />

Maria dos Santos, 1 ; Emitia Iréné Dodgcon, 1 ; Excquiel<br />

<strong>de</strong> Campos Porto, 1 ; Francisco Luiz dc Vasconçellos,<br />

1; Francis Moran, I; Francisco Tellcs dc<br />

Menezes Júnior, 1; Joaquim Rosa <strong>de</strong> Abreu Magalhães,<br />

1 ; Joaquim Ferreira ' Pinto, 1; Joaquim Francisco<br />

Fernan<strong>de</strong>s, 1 ; José Ignacto Rodrigues, 1; José<br />

Ferreira <strong>de</strong> Cabeça, 1; Josó Francisco da Silva. 1; José<br />

Gomes Pereira Bastos, I; José Joaquim da Silva, 1;<br />

José Marcollioo Pereira dc Yasconcclloi, 1; José Malloso<br />

dc Andra<strong>de</strong> Câmara, 1; Licinto Jaosen Muller 1 :<br />

Manoel Casimiro da Rocha Júnior, 1 ; Manoel Joaquim<br />

Brita, 1 ; Manoel Zeferino Soares 4c C.*, 1; Paulino<br />

da Silva, 1; Circulares' com dirccçüo à Bahia, 51.<br />

Segunda Secção cm 10 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.— J. F.<br />

C. <strong>de</strong> Mello.<br />

PARTE COMERCIAL.<br />

PRAÇA. 12 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Cotações ojficiacs da Junta dos Corretores.<br />

Não houve cotações.<br />

Pelo Presi<strong>de</strong>nte. F. D. Machado.<br />

Pelo Secretario, C. Poirson.<br />

Rendimentos MO mez âe Janeiro,<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, .do dia 1 a 10 371:290*783<br />

Do dia 12.<br />

107:078^807<br />

Somma.<br />

Da Rccebcdoria, do dia 2 a 10....<br />

Do dia 12<br />

Somma......<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2 a 10.,<br />

Do dia 12<br />

Somma<br />

478:3685890<br />

BMUBQOE9 DB CAPE NO DU 10 DE JlNFIkO.<br />

M. Lackemam «V Comp. (Hamburgo)....<br />

Johnslon & Comp. (New-York).<br />

W. I. Baird & Comp. (Estados-t'nidos)!<br />

Diversos (Dinercnles portos)...;..<br />

81:8719138<br />

10:5499653<br />

92:420$79i<br />

37:8009705<br />

9:592*974<br />

46:8939079<br />

Sacas.<br />

2.000<br />

1.842<br />

1.063<br />

10<br />

Total. 4.915<br />

Des<strong>de</strong> o 1." do mez ,,,, 34.157<br />

Draeorgas para o dia 15 3 dr J A -<br />

metro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

PARA A ALFÂNDEGA.<br />

Navios atracados.<br />

Galera franc. Lusitano, do Ilavre.<br />

— franc. France At Chily, do Havre.<br />

Barca ing. Silvercraey, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

Em saveiros.<br />

Galera pori. África, do Porto.<br />

Brigue tiamb. Antonie, <strong>de</strong> Santa Helena.<br />

— bamb. Feiga, <strong>de</strong> Lisboa.<br />

— hamb. John Harley, <strong>de</strong> Londics.<br />

— sueco Henrik, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

Pa tacho hamb. Odtn, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

—• franc. Maragnan, <strong>de</strong> Marscille.<br />

PARI OS TBAWCIIES AtFANDEfiADOS, B DESPACHO<br />

SOBBE AGI'A.<br />

Galera ing. Sedbench, <strong>de</strong> Cardiu*.<br />

Barca port. Silencio, do Porto.<br />

— amer. Whnheimer, <strong>de</strong> New-York.<br />

— amer. Agnis, <strong>de</strong> Baltímore.<br />

— amer. Cliflon, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

— franc. ChevreuU, <strong>de</strong> CardiiT.<br />

— hamb. Elite «Sc Schimidt, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

—• argent. Anna, âe Huenos-Ayres.<br />

— ing. Noami, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

!Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> Cardiff.<br />

Brigue port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

— port. Minho, <strong>de</strong> Montevidéu.<br />

— port. Júlio, dc Lisboa.<br />

— russo Tri<strong>de</strong>nt, <strong>de</strong> Gopenhaguc.<br />

— amer. Prestissimo, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

— nac. Alegrete, <strong>de</strong> Paisandú.<br />

— Me. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

' — nac. Águia <strong>de</strong> Prata, da Colônia.<br />

—- arg. Christina, do Rio da Prata.<br />

— sueco Guslav, <strong>de</strong> Whesterwcck.<br />

— hamb. Jngeborg, <strong>de</strong> Hamburgo. 1<br />

— norueg. Lidador Ralf, <strong>de</strong> New-Castle.<br />

i — íng. Helena, <strong>de</strong> New-Castle.<br />

JPolaca hesp. Theresa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />

1 'atacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />

— nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

líscuna nac. Maltesa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />

— dinam. Terpsichore, dc Cadix.<br />

IMPORTAÇlO.<br />

MANIFESTOS.<br />

BABCA BRASILELHA-— EMILIA,—DO BIO DA PRATA.<br />

Carne secca: 3.923 quinta es.— Couros: 33.—<br />

Línguas: 3.664 vem a Costa Pereira Paiva eComp.<br />

BARCA BRASILEIRA — FRATERNIDADE — DE MONTE­<br />

VIDÉO.<br />

, Carne secca: 4.900 quintaes. — Couros; 80 a Souza<br />

' Arrox : 454 sacos.—Café: 2.361 sacos.—Couros:<br />

SLfcSSr.—Feijão: 1.147 sacos.—Fumo: 477 rolos.—<br />

Ma<strong>de</strong>ira: 53 1/2 dúzias.—Milho: 1.062 sacas.—<br />

IVrfvtttw: 2 sacos.<br />

MOVIMENTO DO PORTO.<br />

SABIDAS HO DIA 11,<br />

Canal—Rrig- -hamb, Sirius, 317 tons., m. M.<br />

Sohst, equip. 9: c. café.<br />

IBaltimore—»Pat. Norte-Amer. Prestissimo, 396<br />

tons.^ m.. John F. Jantes, equip. 10: c. café.<br />

Cape Town—Brig. ing. Afriçan Maid, 223 tons.,<br />

m. Thomaz Arnison, equip, 9; c. café.<br />

Buenos lyres — Brig. Brasileiro Mercantil, 179<br />

tons m. Manoel Martins da Costa, equip. lo,<br />

r. farinha dc mandioca<br />

Porto Alegro — Brigue Pampa, 165 tons., m. Josó<br />

Joaquim da Fonseca Moirclles, equip. 12; c. vários<br />

gêneros.<br />

Bahia—Brigue Mecklcnburguensc Jnlius, 363 tons.,<br />

m. B. J. Bnsclow equip. 9, em lastro <strong>de</strong> pedras.<br />

— Brigue Port. Lusitano, 328 tons., m. Antônio<br />

José Caiado, equip 13: c. farinha dc trigo.'<br />

Santa Catharina—Brig. Argonauta, 187 tons.; m.<br />

Emílio Deogenes dc Oliveira, equip. 10: em lastro<br />

dc pedra.<br />

Paranoguá—Pat. Triumpho <strong>de</strong> Inveja, 126 tons.,<br />

m. José M


CORTE.<br />

DIÁRIO OFFICIAL<br />

POR ANNO 12#>000<br />

POR SEIS MEZES... 632)000<br />

IMPÉRIO DO BRASIL<br />

POR TRES MEZES. . 3$000<br />

PROVÍNCIAS.<br />

PCR ANNO........ 16&000<br />

PCR SEIS VFZBS. . . Siff)000<br />

POR TRES MEZES... 4$000<br />

ANNO DE 1865. QUARTA FEIRA, 14 DE JANEIRO. NUMERO IO.<br />

PARTE OFFICIAL.<br />

UI\ISTER20 DO I1IPKIIIO.<br />

Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />

se faz publico, que n 16 do corrente mez<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador Assistirá no Convento<br />

da Ajuda, ú missa quo se alli lia <strong>de</strong> celebrar, ás 10<br />

horas da manhã, por ser o dia do a aniversário do<br />

fallecimcnto da Senhora Princesa 1). Paula; <strong>de</strong>vendo<br />

a Corte comparecer neste acto 'dc casaca<br />

bordada c vestuário preto.<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império<br />

cm 13 do Janeiro dc 1803. — Fausto Augusto <strong>de</strong><br />

Aguiar.<br />

IIIAISTF.IUO 0,1 GUERRA.<br />

EXPEDIENTE UO niA 3 DF. JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

1*. Directoria Geral.<br />

Ao Sr. Commandante da Escola Central, approvando<br />

a proposta, ú que se refere em seu offlcio,<br />

datado <strong>de</strong> 26 do mez próximo Ondo, o na<br />

qual o Director do Imperial Observatório Astronômico,<br />

apresenta para sen Ajudante o 2.° Tenente<br />

do Corpo do Engenheiros José Augusto da<br />

Rocha Lima.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Hahia, <strong>de</strong>clarando<br />

quo FirminO Cypriano do Espirito Santo <strong>de</strong>vi*<br />

ser consi<strong>de</strong>rado exonerado do logar do Alumno<br />

Pensionista <strong>de</strong> Pharmacia do Hospital Militar d'<br />

— Ao da do Amazonas, rcmctfendo o processo<br />

dc Conselho do Guerra do Soldado do Corpo <strong>de</strong><br />

Artilharia daquclla Provincia Francisco <strong>de</strong> Souza<br />

Lima, a Am do ser cumprida a respectiva sentença.<br />

— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> dn Sul, i<strong>de</strong>m os dc<br />

duas praças dos Corpos em Guamição na mesmo<br />

Provincia. '<br />

i « Diversas <strong>de</strong>speza c Eventuaes » do exercício <strong>de</strong> referida Escola Auxiliar <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer os exames man<strong>de</strong> averbar em seus assentamentos o tempo <strong>de</strong><br />

1861—1862,<br />

práticos; e não po<strong>de</strong>m ser passados pela Escola serviço que se mandou juntar ao que actualmcnle<br />

— Ao mesmo, para qne sc sirva mandar pagar no auxiliar os certificados dos cursos militares aos conta.<br />

j ex-Cabo do Esquadra do Corpo dc Artilharia <strong>de</strong> Màtto alumnos que adquirirem a instrucção .theorice o<br />

Drosso Antônio da Costa Faria, a quantia dc 35*$49, pratica, v isto ser da privativa attribuição da Es­<br />

De Luiza Maria da Conceição, pedindo que seu<br />

constante do processo que se remettc sob n.° 5.021. cola Mililar pelo art. 11 f do respectivo Regula­ filho o Soldado do 1." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m -an A1 feres Bellar mi no Acçipli<br />

mento.<br />

Iloraeío Francisco Tavares seja transferido para o<br />

4.° Batalhão da mesma arma.<br />

dc Vasconcellos a dc 369600, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m n.° 5.169. — Ao da Bahia, communicando que ao Tenente . Do Cabo <strong>de</strong> Esquadra da Companhia <strong>de</strong> Artífi­<br />

— Ao mesmo, para que haja <strong>de</strong> expedir as neces- do Corpo dc Estado Maior <strong>de</strong> 1." classe Antônio ces da Fabrica da Pólvora José Alves Ferreiro <strong>de</strong> Ali<br />

sarias or<strong>de</strong>ns a lim dc que o credito concedido ás dc Scnna Madureira, a quem sc conce<strong>de</strong>u um mez I meida, pedindo transferencia para o Corpo <strong>de</strong> Artífi­<br />

Thesourarias <strong>de</strong> Fazenda das, Províncias .do Rio do licença para, ir aquella Provincia, é permitlices da Corte.<br />

:Gran<strong>de</strong> do Norte, Parahyba, Sergipe, Bahia e-Goyaz dç> em <strong>de</strong>ferimento a supplica que o dito Tenente<br />

seja augmenlndo com a somma total <strong>de</strong> 50:04õ>712, dirigio, ao Governo Imperial ir estudar na Europa | Do recruta aggrcgado ao Batalhão <strong>de</strong> Deposito<br />

por conta do*$$3.\ 5.°, 6.°, 7.°, 9.°, 10.°, 13.° e- durante dous annos, vias <strong>de</strong><br />

Rodolpho Savenaire Borges, pedindo ficar como ef-<br />

communicação, ven-<br />

14.° do exereio do 1802-<strong>1863</strong>.<br />

cgndo durante esle<br />

fecÜYO no dito Batalhão.<br />

tempo o respectivo soldo e<br />

. empa<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Bahia, <strong>de</strong>cla­<br />

Do Anspeçada José Vicente Ferreira, e Soldado<br />

rando mm ter-esla Secretaria dc Estado conhecimento — Ao da dn Ceará, remettendo os processos do José Carlos Malaquias, ambos do 12.* «Batalhão <strong>de</strong><br />

algum da divida reclamada pelo Capitão Manoel Conselho dc Guerra dos Soldados dó respectivo Infantaria, pedindo ser IranfCrídos esle para um<br />

José do Menezes'rio,requerimento á que acompanhou Corpo <strong>de</strong> (iuarnição Pedro Manco do Souza, e José dos Corpos estacionados em Pernambuco e aquelle<br />

o seu offlcio <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro ultimo: cumprindo, Baptista da Costa, a fim do serem cumpridas as para o <strong>de</strong> Guamição do Ceará.<br />

porém, <strong>de</strong>clarar que se 6 esta' a primeira reclamação respectivas sentenças.<br />

Do 1 .* Tenente Secretario do Corpo <strong>de</strong> Artilharia<br />

qne faz o referido Capitão, nada ha a <strong>de</strong>ferir, por — Ao da do Pernambuco,' i<strong>de</strong>m c para o mesmo <strong>de</strong> Mato Grosso Antônio <strong>de</strong> Camargo Bueno, pe­<br />

haver prescripto ha mnilo o direito A mesma re­ , fim os <strong>de</strong> duas praças dos Corpos cm guamição d;idindo que se lhe man<strong>de</strong> tirar a nota <strong>de</strong> seu direito'<br />

clamação.quclla<br />

Provincia.<br />

a accesso.<br />

— Ao da <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, <strong>de</strong>clarando, em — Ao da Bahia, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />

Do Furricl do 4.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé<br />

resposta ao seu offlcio n. 470 dc 11 <strong>de</strong> Dezembro<br />

T- Ao da do Pará, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> tres praças do Braulio dos Santos Lima, pedindo ser reengajodo<br />

ultimo, relativamente ds vantagens correspon<strong>de</strong>ntes 3.?|Batalhão dc Anilharia u j-é.<br />

com <strong>de</strong>stino ao 10.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

ao exercício <strong>de</strong> Commandante <strong>de</strong> Guamição, que<br />

convém que prevaleça a este respeito o disposto no. 4- Ao da do IIio Gran<strong>de</strong> do Sul, remettendo Do 1.° Sargento do Corpo <strong>de</strong> Guamição do Piauhy<br />

Aviso dc 30 dc Novembro anterior, não obstante ns a õerlidão do assentamentos do Major do 6." Ba­ Gerinaldo Claro Vai Ia dão, pedindo transferencia<br />

consi<strong>de</strong>rações da mesma Presidência.<br />

talhão dc Infantaria Antônio da Silva Paranhos. para o .5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

— Ao da Bahia, i<strong>de</strong>m os dos Alferes do 8.° Batalhão<br />

<strong>de</strong> Infantaria José Cia findo <strong>de</strong> Queiroz, c<br />

Bellsario OI Ímpio dn Carvalho.<br />

— An da <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando que se com.<br />

effeito convém ás Praças da respectiva Companhia<br />

<strong>de</strong> Artífices o distribuição da etapa cm dinheiro,<br />

conforme expon<strong>de</strong> em seu oflicio n. 234 <strong>de</strong> 12 dn<br />

,. „ , , , . « - -, , " """""'"i; DAuviiui: rui sen OU Kl o ll. íh%, ue 12 00<br />

aquella Piovineia, togo que haja assignado termo Novembro ultimo, pô<strong>de</strong> dispensar a organisação do<br />

166 pido qual do Regulamento, so obrigue a qtn satisfazer a condição do art. Conselho cconomic<br />

baixou com o Decreto<br />

econômico.<br />

n." 1.900 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Março<br />

—- Ao lnspector da Thesouraria dc Fazenda da<br />

le 1857 ; do que cabe<br />

Ex. dar conte á est<br />

Provincia da Bahia, para que man<strong>de</strong> fazer carga no<br />

Ministério,<br />

Alferes Agostinho José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, da quantia <strong>de</strong><br />

2.' Directoria Geral.<br />

26<br />

Ao Sr. Ministro do Império <strong>de</strong>volvendo o requerimento<br />

cm que o 1.° Cirurgião do Corpo dc<br />

Saú<strong>de</strong> do Exercito Dr. Augusto Vie.loriano Alves<br />

do Sacramento pe<strong>de</strong> ser nomeado Ofllcial da Or<strong>de</strong>m<br />

du Roza. •<br />

— Ao Sr. Ministro da Fazenda communicando<br />

que falleceu na Provincia da Rahia em 9 <strong>de</strong> Dezembro<br />

ultimo; o Capitão reformado dó Exercito,<br />

Guilherme José da Silva.<br />

— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante<br />

da Escola Central remei tendo JNffã informar o re-.<br />

que ri meu lo em que a soldado dò 1." Batalhão <strong>de</strong><br />

Artilharia a pé José Ribeiro Galvão, pe<strong>de</strong> licença<br />

para estudar o curso <strong>de</strong> 'sua arma.<br />

— Ao mesmo i<strong>de</strong>m o do 1.° Ca<strong>de</strong>te t.° Sargento<br />

do 10.* Ra talão <strong>de</strong> Infantaria José. Sérgio Teixeira<br />

Júnior.<br />

— Ao mesmo i<strong>de</strong>m o do Alferes Antônio Alves<br />

Ribeiro pedindo permissão para estudar o curso<br />

do listado Maior <strong>de</strong> 1 .* Classe.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, o do Alferes Alumno do<br />

Exercito FrankHn Men<strong>de</strong>s Vianna, pedindo licença<br />

para estudar o curso <strong>de</strong> Engenharia Civil.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dn Pernambuco,<br />

<strong>de</strong>clarando cm resposta ao oflicio dc S. Ex. <strong>de</strong><br />

5 dc Dezembro do anno findo, em que communicou<br />

á este Ministério não po<strong>de</strong>r vir para esta Corte<br />

o Tenente Antônio dos Santos Caria, como foi <strong>de</strong>t<br />

cr mi nado em Aviso do 20 dc Novembro do dito<br />

anno, por ter o referido Tenente dc respon<strong>de</strong>r a<br />

Conselho <strong>de</strong> Guerra, que S. Ex. o faça embarcar<br />

com aquellc <strong>de</strong>stino logo que sc conclua o respectivo<br />

processo.<br />

í?G40<br />

• 3.* Directoria Geral.<br />

Typograpliia üaciosaal.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte dá Provincia do Maranhão, <strong>de</strong>clarando<br />

que o vestuário para os réos militares exis­<br />

Illm. e E\m. Sr—Em virtu<strong>de</strong> das repetidas<br />

tentes uo' forte dc S. Luiz só pô<strong>de</strong> ser fornecido<br />

<strong>de</strong>nuncias cm cornmunicados do Jornal do Com­<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vencido.<br />

mercio sobre a Administração da Typographía Nacional,<br />

e principalmente a que sábio publicada no<br />

i a <strong>de</strong>scontar pela o." parte <strong>de</strong> seu soldo. T \<br />

— Ao Director do Arsenal do Guerra da Corte,<br />

<strong>de</strong>volvendo, com potentemente examinados, os livros<br />

<strong>de</strong> receita e <strong>de</strong>speza da 3." Classe do respectivo Almoxarifado,<br />

relativos ao mez <strong>de</strong> Novembro ultimo,<br />

cuja escrlpturação foi encontrada regular.<br />

— Ao Commandante da Escola Militar, para que<br />

informe acerca da prolenção dos Tenentes do Estado<br />

Maior <strong>de</strong> 1." Classe Júlio Anacleto Falcão da Frota<br />

e Antônio Alves Pereira Salgado, ambos empregados<br />

na Escola Militar Auxiliar, ao abono dc gratificações<br />

durante o tempo em que regerão outras ca<strong>de</strong>iras cumulativamente<br />

com on <strong>de</strong> que são proprietários.<br />

— Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, remettendo<br />

para que man<strong>de</strong> pagar, a folha dos Empregados<br />

e 5 ferias dóT^aboratorio do Campinho, processadas<br />

na somma total <strong>de</strong> 3-.928Í690, ajusfondo-sc<br />

outro sim comas ao respectivo Agente da <strong>de</strong>speza<br />

dc 191 $750, feita por conta da consignação, <strong>de</strong><br />

200^000,tudo no mezdc Dezembro próximo passado.<br />

DIA 5.<br />

1." Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia do Espirito Santo,<br />

aütorisando a conce<strong>de</strong>r, na colônia do Guandu,<br />

ao soldado reformado do Exercito Manoel Ferreira<br />

da Gosta um prazo <strong>de</strong> terra igual ao quo por Lei<br />

compete á praça quo finda o seu tempo <strong>de</strong> serviço;<br />

« a fazer idêntica concessão ao ex-Soldado<br />

do Corpo <strong>de</strong> Guamição <strong>de</strong> Minas Geraes João Vidul<br />

da Silva.<br />

n ?e ao Para, mandando fornecer artigos dc f mesmo Jornal dc 31 do mez findo, entendi do<br />

fardamento ao Corpo <strong>de</strong> Guamição do Amazonas. meu <strong>de</strong>ver tirar a limpo o que havia <strong>de</strong> fundado<br />

— An Director dn Archivo Militar, <strong>de</strong>clarando nas nrgnições feitas ao Administrador daquelle Es­<br />

que o concerto do edificio do salilre importou em tabelecimento ; t; para esto'fim .or<strong>de</strong>nei ao Sub-Di-<br />

21)03000.<br />

reclor interino o Sr. Sebastião Ferreira Soares,<br />

— Ao do Hospital Mililar, mandando fornecer que dirigindo-se immcdiatamcnte á Typographía,<br />

medicamentos ao laboratório do Campinho. c tendo em vista o que na já referida communicação<br />

sc <strong>de</strong>ra, bem como na carta anonyma que.<br />

— Ao do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m V. Ex. ha dias recebeu -e mc transmiltio, infor­<br />

diversos objectos ao asylo <strong>de</strong> inválidos.<br />

masse minuciosamente dp que constasse.<br />

4.' Directoria Geral.<br />

No Relatório que acabo do receber do dito Sub-<br />

Ao Sr. Ministre da Fazenda, reinei lendo para qne<br />

Dircctor, do que levoá presença do V. Ex., se <strong>de</strong>­<br />

haja ir mandar pagar-, • a- Teria dos patrões e remonstra<br />

que. não ha procedência nas aceusações<br />

fBltâs ao Administrador da Tvpographia, o qual<br />

mei ros dos escal<strong>de</strong>s das Fortalezas, relativas á 9."<br />

pelo seu procedimento c zelo não <strong>de</strong>smentido con­<br />

quinzena do mez <strong>de</strong> Dezembro findo processadas tinua a merecer a confiança que o fez nomear para<br />

na quantia <strong>de</strong> 1:4243000.<br />

aquelle logar.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m a dos Africanos livres Deus Guardo a V. Ex.— Directoria Geral das<br />

e escravos dn Nação pertencentes ao Arsenal do Rendas Publicas cm 3 <strong>de</strong> Janeiro do <strong>1863</strong>.— Illm.<br />

Guerra da Còrlc, relativas á referida quinzena, i<strong>de</strong>m o Exm. Sr. Conselheiro Viscon<strong>de</strong> do Albuquerque,<br />

na <strong>de</strong> 109*620.<br />

Ministro e Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios da<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, appro­ Fazenda e Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal dó Thesouro Navando<br />

a reducção no numero dos Serventes do rescional.— O Director Geral, Luiz Antônio <strong>de</strong> Sampectivo<br />

Hospital Mililar, segundo .participa em seu paio Vianna.<br />

offlcio n.* loo <strong>de</strong> 23 dc Dezembro ultimo.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, aütorisando a mandar<br />

effcciuar a compra dos cem cavallos para o respec­<br />

Hospital militar da GuarniçiEo da<br />

tivo Corpo do (.avaliaria, sobre quo versa o seu<br />

Vòvte.<br />

oflicio n.* 239 <strong>de</strong> 14 dc Novembro ultimo. Afappa dos doentes que existido em 30 <strong>de</strong> Novembro<br />

—'Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda <strong>de</strong> e dos que entrarão, sakirão e morrerão em todo<br />

Pernambuco, para que man<strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r, a contar o_ mes <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1802, e doa que ficão exis­<br />

do 1.* do corrente mez, a consignação dn 40&000 tindo para oi." <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

mensaes que <strong>de</strong>ixou naquclla Provincia o Major do<br />

Estado Maior <strong>de</strong> 2." Classe Trislão Pio dos Santos,<br />

n.Yrn.lriÃo<br />

enviando a competente guia, com urgência, a esta<br />

Directoria Geral dc Contabilida<strong>de</strong>.<br />

— Ao da dc Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando que fica<br />

interinamente approvada» até que sc effectúc a reforma<br />

dos Arscnaes <strong>de</strong> Guerra a nomeação, feita<br />

por S. Ex., do Francisco da Silva-Men<strong>de</strong>s para<br />

Ajudante do Porteiro do Arsenal dc Guerra daquclla<br />

Provincia.<br />

— Ao da dc S. Pedro, i<strong>de</strong>m immcdiatamcnte ao<br />

Tenente Coronel <strong>de</strong> Engenheiros Antônio Carneiro<br />

Leão, a consignação do respectivo soldo que <strong>de</strong>ixou<br />

na mesma Provincia, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m.<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m que o Governo não conce<strong>de</strong><br />

a licença, qne pe<strong>de</strong>, para tratar <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong><br />

o Escrivão do Arsenal <strong>de</strong> Guerra daquella Provin­ — Ao dn <strong>de</strong> Mato (irosso, para quo man<strong>de</strong> pagar<br />

cia José Antônio Freitas do Guimarães; o oulrosim an Capitão dn Estado Maior do 2." Classe Bcne- Asylo d> Invalidas.*!<br />

que <strong>de</strong>vo o referido Escrivão continuar susdicto Jorge <strong>de</strong> Faria, o soldo integral, a contar do Alumnos da KSROLA Central<br />

asa<br />

— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, i<strong>de</strong>m, o do Soldado<br />

I.* Batalhou dc Anilharia<br />

penso dn exercício do seu emprego, conforme foi 1.* tio corrente em quo foi suspensa n Consignação<br />

do Batalhão <strong>de</strong> Deposito Joaquim Lndislau Leal.<br />

apé<br />

1689<br />

por S. Ex. <strong>de</strong>terminado, cmqúonlo não li na lisa r <strong>de</strong> 26?i'.O0, que mensalmente <strong>de</strong>ixava nesta Côrtc; 1." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria. i»|set<br />

379 L<br />

— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os dc tres praças o processo, á que tem <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r perante a au­ com linda que faça saber ao referido' Official que í.° Batalhão dr Infantaria.<br />

14<br />

do 2.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />

torida<strong>de</strong> judicial, c do resultado do qual cabe a havendo cabido em exercício findo a consffjmação 6.* Bata hso dp Infantaria.<br />

3<br />

. 11<br />

I." Batalhíld dr Infantaria<br />

— Ao da <strong>de</strong> S. Paulo, <strong>de</strong>volvendo o processo V. Ex. dar prompto conhecimento á este Minis­ relativa á 18G1—1862 em conseqüência do seu pro­ da Guarda Narimi.il da<br />

do Conselho <strong>de</strong>. Investigação do Soldado do restério, para sua <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>liberação.<br />

curador não sc ter apresentado em tempo para rc- Corte.,..,,...<br />

pectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição, Antônio Luiz Pereira<br />

cebel-a, cumpre-lho requerer quanto antes a liqui­ 3 ° Batalhão dc Infantaria<br />

dc Sampaio, a flm do que o dito Soldado responda<br />

2.* Directoria Geral.<br />

dação da divida, nos termos da Circular dc 6 dc da Guarda Nacional da<br />

Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />

Ao<br />

Agosto dc 1847.<br />

Curte<br />

Conselho Supremo Militar <strong>de</strong> Justiça Batalhão do Engenheiros.<br />

295<br />

re­<br />

3.» Directoria Geral.<br />

mettendo ns processos dc Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> — Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, para Corpo dc Artífices da<br />

Corte<br />

20 praças dos dilTercntes Corpos do Exercito, a<br />

Ao Conselho Administrativo do Arsenal dc Guerra<br />

fim<br />

mandar in<strong>de</strong>mnisar o Major do Estado Maior dn 2." Corpo dc Artífices da<br />

dn serem <strong>de</strong>finitivamente julgados.<br />

Classe Trislão Pio dos Santos, da quantia <strong>de</strong> 3318000, Itah ia. Ü<br />

Còrlc, mondando comprar diversos objectos para<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Minas Geraes, que <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u com o seu transporte e dc sua fa­ Companhia dc Enfermei­<br />

trabalhos das onVmas do mesmo Arsenal. M communicando cm resposta ao oflicio <strong>de</strong> S. Ex. mília <strong>de</strong> Cnyabá até Monlevidéo. '<br />

ros<br />

zs<br />

Empregado do Hospital..<br />

— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, do 15 dc Novembro do anno findo que os exem­ — Ao mesmo, remeltcndo para que man<strong>de</strong> pagar, Presos da Fortaleza <strong>de</strong><br />

31<br />

i<strong>de</strong>m form cr 20 clavinns para instrucção dos aluroplares dos Regulamentos o or<strong>de</strong>naneas mandadas os documentos dc <strong>de</strong>speza da Fabrica da Pólvora pro- Santa Crus -<br />

nos dá Kscola Militui<br />

Presos da Korfalesa da<br />

194<br />

adoplar uo nosso exercito pelo Decreto n.° 2.97b c essa d a na quantia dc 7.139?S0I, ajustando-se con­ Lago<br />

-— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m. i<strong>de</strong>m o fardamento preciso <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Outubro do dito anno, remeti idos para tas ao respectivo Director interino da <strong>de</strong> 3530280, 1Ke^imenlo <strong>de</strong> Cavalla­<br />

13<br />

para guamição do escaler ao serviço da dita Es- o Corpo do Guamição e Companhia dc ("avaliaria cflerlind.i por conta d.» consignarão <strong>de</strong> 5009000, •' ria Ligeira............<br />

SAI<br />

ciln.<br />

da mesma Provincia forão os quo lhe toca vão se­ tudo no mez do Dezembro ultimo.<br />

I.* llPfiiinenii» <strong>de</strong> Artilha<br />

1720<br />

ria a cavallo<br />

31<br />

gundo a nota dc distribuição: que estão dadas<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m diversos objectos á<br />

Escola <strong>de</strong> Tiro do Campo Gran<strong>de</strong>.<br />

as precisas or<strong>de</strong>ns paro serem-lhe enviadas os oito<br />

->- Ao Director da Colônia Militar do Urucú, <strong>de</strong>­ Bcforgnadoe.<br />

139<br />

Recrutas da Fortaleza <strong>de</strong><br />

exemplares das inslrucções dc Panot pnra o Corpo «I<br />

volvendo o contracto com o Dr. Gau<strong>de</strong>ncio <strong>de</strong><br />

Santa Cena............<br />

— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m 9 Iam peões ao asylo <strong>de</strong> Guamição, e- que ns or<strong>de</strong>ns do dia n.° .''30 e<br />

Araújo e Sá, que acompanhou o seu Ofiicio n." 30 I Sen entes Africanos du<br />

<strong>de</strong> inválidos.<br />

<strong>de</strong> ti


DIÁRIO OFFICIAL.<br />

Rio. 13 «Io Janeiro ato f MS.<br />

A com missão nomeada pela praça do commercio<br />

para promover a subscripçâo nacional, rennio-sc<br />

honlem na casa do Sr. Viscon<strong>de</strong> da Ipanema, que<br />

foi nomeado presi<strong>de</strong>nta. O Sr. T. Ottoni foi no—<br />

meado^Secrctario e o Sr. Barão <strong>de</strong> Ifaua Tlicsonrciro.<br />

Leu-se em seguimento um o<strong>de</strong>io do Conselheiro<br />

Paulo Barbosa, commuoicando que Sua Magcstadc<br />

o Imperador subscreve com 8r000>000 mensaea, a<br />

começar do corrente mez, por todo o tempo que<br />

fdr necessário para so preparar o paiz para qualquer<br />

eventualida<strong>de</strong>; que Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz<br />

subscreve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Já com 5:0009000 e mais f:0009000<br />

mensaei pelo mesmo modo; e que cada uma dai<br />

Sereníssimas Princesas subscrevem com 1:0003000<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a mais 5009000 mensaes <strong>de</strong> sua dotação,<br />

também pelo mesmo modo.<br />

Depois <strong>de</strong>sta leitura, t commissão <strong>de</strong>liberou nomear<br />

outras Idênticas, na forma da autorisação conferida<br />

pelo voto da praça» nac capitães dc todas as<br />

províncias, exceplo nas <strong>de</strong> S. Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro |<br />

a Minas.<br />

Correspondência do «Diário Oflicial.»<br />

Ungia (erra. — Londres 8 d* Dezembro <strong>de</strong><br />

1862.—E* saUsfaclorio po<strong>de</strong>r nssignalar que na Inglaterra<br />

, apesar do gran<strong>de</strong> mal proveniente da<br />

guerra civil Americana, as estatísticas <strong>de</strong>ste anuo<br />

âemonslrio uma pequena differença para menos<br />

no balanço commercial do Rcino-ünido comparado<br />

com os dos annos prece<strong>de</strong>ntes. D'ahl resulta proximamento<br />

que a Grã-Bretanha, po<strong>de</strong>ndo assim<br />

equilibrar as suas forças, consolidara a serie do medidas<br />

econômicas que a bem da industria e da liberda<strong>de</strong><br />

do commercio iniciou mediante os recentes<br />

Tratados com a França e Bélgica e as reformas introduzidas<br />

nas suai Pautas do Alfân<strong>de</strong>gas.<br />

O phenomeno econômico, que acima Oca apontado,<br />

pô<strong>de</strong> explicar-se rasoavetmento pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas reformas tem obtido o com­<br />

mercio entre a Grã-Bretanha c as diversas Nações<br />

globo, sendo <strong>de</strong>mais semelhante resultado<br />

assaz conveniente para talvez modificar as idéas daqueffes<br />

que, filiados na escola do systema prohibitivo<br />

cm rnateria dc commercio (embora alguns<br />

fejlo levados a essa crença pelo receio <strong>de</strong> exporem<br />

o direito fiscal, centro da vida social a política, a<br />

uma mina inevitável) combatem a theoria absoluta<br />

da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> commercio. A Grã-Bretanha<br />

tem aclualmentc as suas tarifas simplificadas, reJullando-lhe<br />

como é sabido uma diminuição nas suas<br />

ren<strong>de</strong>s <strong>de</strong> centenares <strong>de</strong> mil libras esterlinas; mas<br />

a conseqüência <strong>de</strong>sse expediente, longe do <strong>de</strong>sequilibrar<br />

<strong>de</strong> modo permanente a receita do listado,<br />

tem sido <strong>de</strong>senvolver a riqueza publica trazendo<br />

comsign a gradual aproximação das som mas que a<br />

Fazenda Publica percebia em tempos menos pros-<br />

I peros para o commercio c Industria nacional. A<br />

França, que outrora resistira a reformai <strong>de</strong>sta espécie,<br />

eioUa boja pelos beneficias que em conseqüência<br />

do abandono do seu systema do prohibiçto<br />

quasi absoluta começa a o solai ir.<br />

As socieda<strong>de</strong>s políticas ou listados vivem doa meios<br />

que lhes procura o Fisco: ninguém <strong>de</strong>sconhece essa<br />

promelter a política da Inglaterra cm relação ao<br />

Gabinete <strong>de</strong> Washington. Ora, uma tão pru<strong>de</strong>nte<br />

abstenção, motivada como foi paio Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Russell,<br />

não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> receber o apoio geral<br />

da Nação, que até hoje tem sempre secundado a<br />

marcha firme, mas suave que o Ministério tem seguido<br />

relativamente aos suecessos políticos da União<br />

Americana. Não é pois dado concluir que esse estratagema<br />

dc partido indique na opinião publica<br />

uma tendência adversa á administração actual, quo<br />

aliás continua a merecer as sympathias geraes do<br />

paiz.<br />

O Gabinete <strong>de</strong> Londres não <strong>de</strong>sconhece, como<br />

por vezes tem significado, o vantagem que haveria<br />

para a Grã-Bretanha na cessação da luta<br />

Americana; nem <strong>de</strong>spresará uma oceasião oportuna<br />

para chegar a esse Um. Mas, conhecendo a<br />

irritação quo no Norte da União existe contra este<br />

paiz, procura para obter o <strong>de</strong>sejado resultado,<br />

servir-se do meios que alem <strong>de</strong> cfilcazcs conciliem<br />

os interesses dos partidos contendores com os da<br />

Nação Britannlce. A dilficulda<strong>de</strong> para este Governo<br />

tem até agora estado em achar esses meios: c o<br />

Ministério Paimerston-Russcl 1 não os <strong>de</strong>scobrio<br />

por sem duvida no projecto <strong>de</strong> mediação dc Mr.<br />

Drouin <strong>de</strong> Lhuys.<br />

O <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 90 dc Outubro ultimo , em que o<br />

Gabinete <strong>de</strong> Paris significou aos <strong>de</strong> Londres c <strong>de</strong> lvtersburgo<br />

a intenção <strong>de</strong> oflerecer aos Governos <strong>de</strong><br />

Washington c <strong>de</strong> Richmond a sua mediação, pedindo<br />

esse fim o apoio da Inglaterra o da Ruasla, as*<br />

signava por certo os verda<strong>de</strong>iros motivos porque o<br />

mundo civilisado, e especialmente essas três Potências,<br />

vê com pecar a continuação <strong>de</strong>ssa tão <strong>de</strong>sgraçada<br />

luta. Não ha duvida <strong>de</strong> que os gran<strong>de</strong>s interesses<br />

que sobro tudo as mencionadas Potências tem comprometlidos<br />

por virtu<strong>de</strong> daquella contenda, as.relações<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> existentes entre a gran<strong>de</strong> Republica<br />

o cm especial a França, Inglaterra e Rússia,<br />

o finalmente o receio do uma insurreição aarvil<br />

quo ameaça aqwlln parte do continente Americano,<br />

são razões assás fortes para <strong>de</strong>terminar um Governo<br />

neutro e amigos a oiferecer os seus bons ofllolns<br />

ern favor da paz. Asslgnar porém esses motivos<br />

não importa a solução da difliculdadc nem ao<br />

por seu lado a não aceitar aquelle alto posto em<br />

favor do Príncipe que ellas protegem. Tal parece<br />

ser a actual política da Grã-Bretanha a respeito<br />

<strong>de</strong>sse importante acontecimento político.<br />

A Inglaterra vé claramente que a Grécia, escolhendo<br />

para seu Rei o Príncipe Alfredo, leva por<br />

fim seus projectos <strong>de</strong> engran<strong>de</strong>cimento contra o<br />

Protoctbrado das Ilhas Jonicas e mais que tudo<br />

contra a Turquia ; c nestas circumstancías po<strong>de</strong>ria<br />

ella rasoavclmente servir um plano cheio <strong>de</strong> tantos<br />

perigos. Esse pequeno Estado, dilacerado pelo cancro<br />

que o tem roido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> soa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong>fa, apresenta<br />

um espetáculo <strong>de</strong>sanimador; e não é por<br />

certo com tacs condições que o Governo Britannico<br />

substituirá pela influencia da Grécia a sua, naquella<br />

parto do mundo, que interessa tão <strong>de</strong> perto a balança<br />

política da Europa.<br />

Mtteratura.<br />

OS MISERÁVEIS.<br />

POR VICTOR HUGO.<br />

As duos ultimas partes,—ídylio na rua PlumH<br />

e Epopia na rua <strong>de</strong> S. Dinix.—João Yaljran,<br />

As commissões das capitães das províncias nomearád<br />

também commissões loca ei nos municípios<br />

e freguézfas; e o mesmo fará a corri missão central a<br />

respeito do'município neutro c das ires províncias<br />

exeeptuadas.<br />

As G horas da lar<strong>de</strong> a com missão dirigio-sc ao<br />

Paço <strong>de</strong> S. Chfiftovlo; e o Sr. T. Ottoni, <strong>de</strong>signado<br />

pelos outros membros para seu orador, dirigiu<br />

á Sua Ifagcslado o seguinte falia:<br />

« Senhor.—Quando ha poucos dias as nuvens<br />

essomavão ameaçadoras no norisontn da nossa política<br />

externa, Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial reclamou<br />

nobremente a sua qualida<strong>de</strong> do Brasileiro e correu,<br />

como tal, a compartilhar os perigos com os seus<br />

com patriotas.<br />

« A tormenta nbnnançon, 6 verda<strong>de</strong>, mas um<br />

rugido longínquo nos adverte, quo novas paocellus<br />

po<strong>de</strong>m levantar-se.<br />

« Assim o eoÉtpretten<strong>de</strong>u o patriótico povo flo­<br />

minense co mo órgão doa sentimentos da nação<br />

inteira.<br />

« O povo fluminense. Senhor, quer sem duvida<br />

a paz, se pu<strong>de</strong>r obtêl-a com honra. Mas enten<strong>de</strong><br />

que nos <strong>de</strong>vemos preparar para qualquer eventualida<strong>de</strong>.<br />

« Por isso forão os cidadãos presentes encarregados<br />

<strong>de</strong> promover uma aubscrlpcáo patriótica para<br />

dotar-se a armada nacional com alguns vasos <strong>de</strong><br />

goefra encoufaçadns.<br />

« Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial », ou por<br />

o ensejo que lhe offcrecêra recentemente a França, terreno naquelle campo político que ella ambiciona, clllpte, Corintho, simplesmente. Essa taberna go-<br />

para uma mediação conjuneta com a Rússia na recorreu aos Gabinetes <strong>de</strong> Paris e <strong>de</strong> S. Pctersburgo sava <strong>de</strong> um nome clássico por causa das suas car-<br />

questão americana, do quo teria talvez provido a para que fosse revalidado o Protocolo que exeluio do pas fritas, que erão annunciadas por este leiteiro<br />

terminação daquello confliclo, tão ambicionada pela Throno da Grécia os Príncipe* das Famílias Reinantes <strong>de</strong> orthograpbia um pouco equivoca: Carpes áo<br />

Grã-Bretanha, attenta a influencia que, sobre suas quo pertencessem as gran<strong>de</strong>s potências signatárias do gra». O tempo, e as chuvas que açoitavão essa ta-<br />

condições internas, está elle exercendo. Significa, Tratado dc 1832: tão convencido parecia estar o bolota, apagarão o S, que terminava a primeira pa­<br />

porém, essa voz a expressão dc um sentimento na­ Gabinete <strong>de</strong> Londres <strong>de</strong> que a escolha do Povo lavra e o (/, que começara a terceira, resultando<br />

cional partilhado pela maioria da Nação, ou c ella Grego para novo Rei não recahiria sobre o Príncipe d'alu uma eplgraphe latina <strong>de</strong> um sentido bastante<br />

acaso a expressão do um sentimento hostil <strong>de</strong> poucos Alfredo da Inglaterra! Os suecessos posteriores, philosophíco: carpe horas.<br />

homens, como suece<strong>de</strong> quando dous partidos extre­ porem, vicrão mudar i face daquella situação; e<br />

mados se ochão cm luta ? A maioria da imprensa hoje que esse Príncipe lnglez está sendo procla­<br />

Em 1832. Corintho era explorada pela viuva<br />

ingleza, que apoiou a política do Ministério Palmado Rei em toda a Grécia, a Grã-Bretanha vê<br />

Hucheloup c suas duas criadas, « Malelotte eGibemerston<br />

acerca da referida proposta do Gabine­ nisso o direito que pertence a um povo livre, diiotte<br />

D, tres figuras grotesca?, muito bem esboçadas<br />

te <strong>de</strong> Paria, <strong>de</strong>ixa evi<strong>de</strong>ntemente perceber que reito tanto mais amplo que as três Potências sig­<br />

pelo Sr. Hugo. Elle <strong>de</strong>screve com a facundia dos-<br />

nesta questão o partido conservador não teve <strong>de</strong> natários do Tratado <strong>de</strong> Londres se apressarão em<br />

seus melhores dias essas Thormopylas da revolta, o<br />

seu lado as sympatbiaa gera es do paiz; e a ver­ esten<strong>de</strong>r a nova situação política da Grécia o prin­<br />

curioso aspecto d essa pequena tropa <strong>de</strong> eatudau*<br />

da<strong>de</strong> é que não só a quasi totalida<strong>de</strong> da imprencipio mo<strong>de</strong>rno da não intervenção!<br />

les c operários, resolvidos á conservarem-se alli<br />

sa, como também a opinião publica, i<strong>de</strong>ntificou-<br />

á pé firme, até chegar a morte ou a resolução. No<br />

se com as rasões que o Governo da Rainha julgou Entretanto o Ministro inglez não parece Incli­ meio do tumulto c dos preparativos <strong>de</strong> combate,<br />

<strong>de</strong>ver altegar para abster-se <strong>de</strong> uma intervenção nado a aconselhar a aceitação do Th rono da Grécia não achamos graça nas pilhérias do secptico e bêbado<br />

prematura na questão Americana. Não é que o por parte do Princepé Alfredo, porque está con­ Grantaire, que adormeça alli on<strong>de</strong> vai começar a<br />

Gabinete Brltaonico <strong>de</strong>seje menos do que qualquer vencido, <strong>de</strong>'accordo com a maioria do paiz, que luta, e não acorda senão para morrer.<br />

oniro a solução <strong>de</strong> uma crise, que traz involvidos <strong>de</strong>ssa política surge ria para a Grã-Bretanha um Em compensação, a constante e intrépida joviali-<br />

interesses dc tantos snbditos ingleses; é sim que grave embaraço em relação a questão do Oriente. da<strong>de</strong> dc Gavroche, lança <strong>de</strong> vez em quando um alegre<br />

O objecto da mediação proposta pela França, im­ Busca todavia utf fixar essa influencia inesperada con­ reflexo nas peripécias d'esse drama sinistro; elle d<br />

portando para o norte <strong>de</strong>svantagens palpáveis, tra os planos da Bussia e da França, que para seus o Ariel d'essa tempesta<strong>de</strong>, « Já, vinha, subia, <strong>de</strong>scia,<br />

prejudicava por ai só o fim da tentativa, c dahi o fins preten<strong>de</strong>m eollocar o Príncipe <strong>de</strong> Lcuchtcnberg tornava 4 subir, fazia baralho. Todos o vião, todos o<br />

motivo porque ao Gabinete <strong>de</strong> Londres cumpria sobre o Throno Hellcnico; e, intrigando nesse sen­ ou\ião.—Animo í mais pedrasí mais pipas! mais<br />

<strong>de</strong>clinar a aceitação' <strong>de</strong>ssa proposta, quo a sèr entido, o Gabinete <strong>de</strong> Londres virá provavelmente materiaes! Um pouco <strong>de</strong> entulho para tapar este busaiada<br />

sem resultado favorável só serviria <strong>de</strong> com- a renunciar a candidatura do Príncipe Alfredo com raco. E' multo pequena esta barricada, vamos fa-<br />

tanto quo a França e a Rússia se compromeltão zel-a maior. Tragão para aqui tudo, atirem para


aqui tudo, amontoam aqui tudo f £ correndo, lagarellando,<br />

gesticulando, Gavroche presta um importante<br />

serviço aos seus novos amigos., Descobre entre<br />

elles um sujeito da cara tão impassível que nSo pódc<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser suspeita; examina-o bem. observa-o,<br />

e <strong>de</strong>nuncia ao general Enjolras a presença <strong>de</strong> um<br />

Grego <strong>de</strong>ntro dos muros <strong>de</strong> Trova. Ésso falso insurgente,<br />

é um nosso amigo velho, o inspector Javert.<br />

Enjolras manda immediatamentc algemar esse inimigo,<br />

annunciando-Ihc com a mais doce voz, que<br />

será fuzilado no ultimo momento so a barricada for<br />

vencida. Javert ouve essa communicação com o<br />

maior sangue frio, e contiuúa a dar attenção á<br />

tudo como sc nada tivesse havido, « assistindo ao<br />

progresso da revolta com a resignação dc um mortyr<br />

o a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um juiz. » Decididamente,<br />

Javert é o personagem mais heróico dos Miseráveis.<br />

Durante esse tempo, em quanto não chegava a<br />

hora suprema, alguns estudantes,, reunidos em um<br />

canto da laberna, ouvem um d'cnlrc elles recitar estrophes<br />

amorosas que parecem roubadas da carteira<br />

do jovem o já celebre author das Orientaes. Algumas<br />

d'essas cstrophcs são lindíssimas :<br />

Lembros-te, orchanjo, do viver tão doce<br />

Que ambos gosamos quando bem creanças,<br />

Tendo um <strong>de</strong>sejo, o <strong>de</strong> adorar-nos sempre,<br />

E <strong>de</strong> com flores enfeitar as trancas,<br />

'Quando ajuntando tua ida<strong>de</strong> á minha<br />

Nem quarenta annos o total dizia,<br />

E, na choupana, em primavera tudo,<br />

Té mesmo o inverno, para nós corria ?<br />

Do mundo occultos, nossa vida em riso<br />

Vedado frueto á <strong>de</strong>vorar dc amor,<br />

Era, e seu peito respondia á frase<br />

Mal cm meus lábios <strong>de</strong>spontava a flor.<br />

VI.<br />

Depois d'esse gracioso intervallo, o drama val-sc<br />

tornando cada vez mais triste. Desejaríamos po<strong>de</strong>r<br />

citar por extenso a <strong>de</strong>scri pç.ão do primeiro assalto;<br />

uma das paginas mais bem coloridas <strong>de</strong> toda a<br />

obra. Depois <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scarga, os aggrcssorcs teníão<br />

uma surpresa nocturna que por pouco não teve<br />

bom êxito. Vai ser tomada a barricada, quando<br />

dc repente chega Mario, que dispara immcdiatamcnte<br />

as taes duas pistolas dc Javert, quo a final<br />

lhe servem para alguma cousa. Essa proeza<br />

não seria bastante para proporcionar aos insurgentes<br />

algumas horas <strong>de</strong> folga; porém, aproveftnndo-sc<br />

da escuridão produzida pela fumaça, Mario<br />

lança um barril <strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>ntro da barricada<br />

já invadida, entra para o centro d'clla, e ameaça<br />

os inimigos <strong>de</strong> fazer saltar tudo pelos ares se elles<br />

não sc retirão. O ar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sesperada revolução do<br />

infeliz amante <strong>de</strong> Coseta <strong>de</strong>nota que elle é muito<br />

capaz <strong>de</strong> fazer o qae diz, e á vista d'isso, os mais<br />

<strong>de</strong>stímidos recuão.<br />

Entretanto, Mario, julgou ver na confusão da luta<br />

uma espingarda apontar para elle, e uma mão<br />

tapar a boca da arma mortífera no momento<br />


Legitimarão-se na Polii ia, a fim <strong>de</strong>seguirem para<br />

os In|iaros abaixo <strong>de</strong>clarados conforme a <strong>de</strong>signação<br />

feiti pelos legitimados.<br />

Porto por Lisboa: Manoel lõàquim^jcrnan<strong>de</strong>s,<br />

Francisco Pinto <strong>de</strong> Carvalho Itaslns, Antônio <strong>de</strong><br />

Souza, Manoel Rodrigues Moreira, Manoel da Silva<br />

<strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares Leite, Joio José da<br />

Cunha, Manoel Lopes, José do Couto Ferreira,<br />

José Nettó, Antônio Francisco Dias, Manoel José<br />

Silva, Antônio <strong>de</strong> Carvalho, Caetano Pinto, José<br />

Joaquim da Fonseca Coulinho, Manoel Alves da<br />

Fonseca Júnior, Manoel Moreira Leal, José da Silva<br />

M olheiros, Antônio -da Silva, José Marques, Luiz<br />

Alves <strong>de</strong> Carvalho. Manoel Antônio Gomes, Clementina<br />

Roza, Josó Maria da Silva, Maria José<br />

Pereira, José Domingues, Manoel da Silva Gue<strong>de</strong>s<br />

Rcnto José Pinheiro, Portuguezes; c Kmilia Garcia<br />

Fernan<strong>de</strong>s» flçspanhola.<br />

Itália: Vfneenzo Risano, Italiano.<br />

Montevidéo: Manoel José Dias Pereira, Brasileiro,<br />

Felicc Ijogtari, Palombo Leonardo, l.uca Antonto.<br />

Italianos.<br />

Grata da Mina pela Bahia : Marcellino Teixeira,<br />

Constança Maria Carlota, pretos forros.<br />

Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />

Adolpho Foerster, AilcmOcs; e P. Szoumer, Austríaco.<br />

Europa: Ffrmlno <strong>de</strong> Souza, Firmino Coelho c<br />

Manoel do Amaral, Portogueaes.<br />

Secretaria da Policia da Corte, 13 da Janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>1863</strong>.—F. /. <strong>de</strong> Lkm<br />

Pela Secretaria da Policia da Cdrlc se faz poblico,<br />

para conhecimento <strong>de</strong> quem convier, que se aehao<br />

rwwhidos a Casa do Dcteaçio os escravos Manoel, c<br />

Joanna, que dizem pertencer o 1 .• a Júlio Piliout,' o<br />

o S.« a Antônio Martins.<br />

Secretaria da Policia da Corte, 13 dc Janeiro<br />

<strong>de</strong> 18671.—F. J. <strong>de</strong> Lima,<br />

Malúrão-sn anto-hoRtem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />

209 rezes incluídas 3 vitelas, asquses forão vendidas<br />

aos preços <strong>de</strong> 40 a 180 réis á libra, sendo 4 regeitadas<br />

pelo Medico dc semana.<br />

Matarão-se honlem para n consumo da cida<strong>de</strong><br />

190 reses incluídas 3 vilelas, as qunes forão vendidas<br />

aos preços <strong>de</strong> 60 a 160 réis a libra*<br />

Relação dai pessoa* sepultadas no dia 11 <strong>de</strong><br />

' Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

Hermenegildo, filho do Dr. José Manoel do Moraes,<br />

Fluminense, 4 annos. Meniugo cncephafite.<br />

Antero, innocento exposto, Fluminense 7 dias.<br />

Febre intermitente.<br />

Salvador, innoccnteexposto. Fluminense, 20 dias.<br />

IctericJA.<br />

Firmina Rosa <strong>de</strong> S. José, Fluminense, 32 annos.<br />

lcloricia.<br />

Fleuterio Bodrlgues Damasceno, Mineiro, 18 annos<br />

. Tuberculos pulmonares.<br />

Francisco Antônio Martins, Portugucz, 45 annos,<br />

solteiro. I<strong>de</strong>in.<br />

Theresa, preta forra, Benguella, 80annos, solteira.<br />

Cachcxia.<br />

Pedro José Serrão, Portugucz, 36 annos, viuvo,<br />

(íastro en tentes.<br />

Antônio, forro, Calharinense, 40 annos, solteiro.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Rosa Maria da Conceição, Angola, 42 annos, casada.<br />

Congestão cerebral.<br />

Eugenia Maria da Conceição, Fluminense, 40<br />

annos, sol lei ra. Gastro cnlcro collte.<br />

Luísa Eugenia Tavares Carmo, Fluminense, 27<br />

annos, casada. Febre perniciosa.<br />

Joaquim Francisco Martins, Portugucz, 23 annos,<br />

solteiro. Meningite.<br />

O cadáver <strong>de</strong> um preto rcmctUdo pela autorida<strong>de</strong><br />

policial.<br />

Sepullarãose mais C escravos sendo <strong>de</strong> tuberculos<br />

pulmonares 1, <strong>de</strong> bexiaas 1, <strong>de</strong> gastro ontentes 1,<br />

<strong>de</strong> congestão cerebral 1, <strong>de</strong> entero collte 1, <strong>de</strong> febre<br />

perniciosa 1.<br />

Dia 13.<br />

Carolína Emitia Lapa dos Prazeres, Fluminense,<br />

32 annos, casada. Tuberculos pulmonares.<br />

Domingos da Costa Faria, Portugucz, 23 annos,<br />

solteiro. Bronchites.<br />

Miguel Antônio, Porluguez, 30 annos, solteiro.<br />

Febre perniciosa.<br />

Francisco Scarpella, Italiano, 20 annos, solteiro.<br />

Tuberculos pulmonares.<br />

Carolína Brandina da Conceição, Fluminense, 43<br />

annos, solteira. Tuberculos pulmonares.<br />

Marcellino Caolho Tavares, Português 18 annos,<br />

solteiro. Febre typhoi<strong>de</strong>.<br />

Joio Ferreira das Chagas, Calharinense, 30 annos,<br />

solteiro. Tísica pulmonar.<br />

Manoel Lourenço <strong>de</strong> Oliveira, Alagoense, 38 an- j<br />

nos. Tuberculos pulmonares.<br />

Calisto José Segundo, Alagocnse, 22 annos. Diarrhéa.<br />

•<br />

José dc Oliveira, Bio-Gran<strong>de</strong>nse do Norte, 20 an- :<br />

nos. Febre perniciosa.<br />

Francisco Carlos Arche Estrclla, Portugucz, 35<br />

annos. Ferida encisa.<br />

Bernardino Joaquim, Porluguez, 14 annos, solteiro.<br />

Bexigas.<br />

Antônio Vieira Serpa, Portugucz, 40 annos, solteiro.<br />

Febre perniciosa.<br />

Manoel Perca Gonsalves, Bahiano, 40 annos, sol- !<br />

tetro. Tuberculos pulmonares.<br />

Isidoro, innoccnte exposto, Fluminense, 9 dias. i<br />

Enterò-colitê.<br />

Maria, filha <strong>de</strong> Manoel Machado dos Santos,<br />

Fluminense, 4 annos. Inviabilida<strong>de</strong>.<br />

Eugênio, filho <strong>de</strong> Felicida<strong>de</strong> Rosa da Conceição,<br />

Fluminense, 3 annos. Entcrocolite.<br />

Francisco, filho <strong>de</strong> Amélia Augusta das Mercês.<br />

Fluminense, 7 annos. Bronchites.<br />

Francisco, filho <strong>de</strong> Joio Antônio <strong>de</strong> Souza Guimarães,<br />

7 annos. Vomito negro.<br />

Henriqucta, filha <strong>de</strong> Domingos Alves Machado,<br />

Fluminense, 8 annos, Dentição.<br />

Ernestina, filha <strong>de</strong> Basilio Antônio Siqueira,<br />

Fluminense, 11 annos. Gastro ontcro-colile.<br />

Anna Maria Josefina Graagier Thevenel, Bélgica,<br />

tV2 annos, casada. Congestão cerebral.<br />

Maria Carolína, Fluminense, 48 annos, solteira.<br />

Tísica pulmonar.<br />

Maria, filha <strong>de</strong> José Francisco Ribeiro, Flumiminense,<br />

18 annos. Entero-colitc.<br />

José, filho dc José Coelho Bailar, Fluminense,<br />

31/2 annos. Gastro hepato-intérifes.<br />

Uma feto, fP.ha da Africana livre. Barbara.<br />

Joio José da Silva, reméltido pela autorida<strong>de</strong>.<br />

Sepultárão-se mais 12 escravos sendo <strong>de</strong> sarampos<br />

1, <strong>de</strong> hcpalils 1, d.e ; ascites 1, do myelitc 1,<br />

<strong>de</strong> bexigas 1, do febre perniciosa 1, <strong>de</strong> tuberculos<br />

pulmonares 3, <strong>de</strong> apnpiexia 1. <strong>de</strong> inanição 1, e<br />

<strong>de</strong> gastro-interiles t.<br />

mmtm ADMINISTRATIVOS.<br />

Segusutei Pa^-aüoria do 'íhesouro<br />

• .\ a«* i«»ii a I.<br />

Paglio-se no dia 14 da corrente no Barracão da Campo<br />

da Acclamacio aos Srs» dos escravos que irabalhárão nas<br />

Obras Publicas, o* seus vencimentos até o ultimo do mez<br />

<strong>de</strong> Dezembro findo.<br />

Rio 10 dc Janeiro <strong>de</strong> 18C3.—A. Fy Voz.<br />

Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo.<br />

EXTEBNATO.<br />

Do dia 1S ao ulümo do corrente eslnráú abertas as<br />

mairiculas dcsic estabelecimento, <strong>de</strong>vendo ser as petições<br />

dirigidas ao respectivo Sr. Reitor e instruídas <strong>de</strong> certidões<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> c <strong>de</strong> varei na com bom exilo. Admíttcm-se externo<br />

e meio-pensionistas, pagando estes quarenta mil réis c<br />

aquclles vinte e quatro mil réis por trimestre adiantado,<br />

além <strong>de</strong> doze mil réis <strong>de</strong> matricula •nanai. Os<br />

que se não mairiculáo no curso completo dc qualquer<br />

anno pagte quatro mil réis por cada matéria.<br />

Exlernato do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo cm<br />

8 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—José Manoel Garcia, Secretario.<br />

IXRUATTOI<br />

Do dia lo an ultimo do corrente estará aberta a matricula<br />

para os aluamos do Interna todo Imperial Collegio<br />

da Pedro II, <strong>de</strong>vendo os que já o frcqucntào matricular-se<br />

a (c o dia 2o, ficando consi<strong>de</strong>rados vagoi os logares<br />

daqucllcs que sc não apresentarem até este dia, e a<br />

admissão dos novos matriculandos terá logar do dia 25<br />

ao ultimo do mez.<br />

Intcrnaio do Imperial Collegio dc Pedro II, cm 13<br />

dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Secretario interino, S. P. dc<br />

Moraes Abunayuba.<br />

Dc or<strong>de</strong>m do Sr. Dr. Bcitor do Internam do Imperial<br />

Collegio <strong>de</strong> Pedro II, faz-se saber aos Srs. pais c correspon<strong>de</strong>ntes<br />

dos alumnos que <strong>de</strong>sta data até o fim do<br />

Corrente mez acha-se aberto o pagamento do 1." trimestre<br />

do presente anno leclivo, <strong>de</strong>vendo os mesmos procurar<br />

do dito estabelecimento das 10 horas da manhã as 2<br />

na Ur<strong>de</strong> as guias com que te <strong>de</strong>vem eflectuar o pagamento<br />

na Bcccbcdoria do município, e levar <strong>de</strong>pois<br />

dc pagas ao dilo estabelecimento afim dc fazerem -se os<br />

<strong>de</strong>vidos assentamentos.<br />

Interna to do Imperial Collegio dc Pedro II. cm 13<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Escrivão Antônio Maria da Luz.<br />

Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.<br />

CONCERTO OU Slil.l.INS.<br />

A respectiva Dirccluria aceita propostas no dia 17<br />

do corrente até as 11 horas da manha para o concerto<br />

<strong>de</strong> 99 setlins.<br />

As propostas serão abertas cm presença dos Srs. proponentes»<br />

•<br />

Secretaria do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, cm 13 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Secretario, José Antônio Fre<strong>de</strong>rico<br />

da Silva<br />

Edital.<br />

O Doutor Firmo dc Albuquerque Diniz, Juiz Provedor<br />

étr.. Faço saber aos que u presente edital virem que<br />

por este Juizo, e i:os lermos do Regulamento dc quinze<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> mil e oitocenlos e cincoenta e nove tem<br />

<strong>de</strong> ser arrematado a quem mais <strong>de</strong>r c maior lanço offerecer<br />

no dia <strong>de</strong>sannvc do corrente mez em praça extraordinária<br />

<strong>de</strong>ste JUÍZO, ás portas da casa da travessa<br />

da Barreira n." 27, <strong>de</strong>pois da audiência, um cavallo <strong>de</strong><br />

cor castanha, muito magro, sendo capão, com arreios<br />

velhos no valor dc 203000. li cujo cavallo se acha reputado<br />

do evento, visto que achando-se <strong>de</strong>lido no <strong>de</strong>posito<br />

publico c tendo-sc publicado o respectivo Alvará<br />

<strong>de</strong> editos não tem apparecido até hoje pessoa alguma<br />

com direito a reclamal-o. E para que chegue a noticia<br />

dc todos mando ao Porteiro do JUÍZO afilie o presente<br />

no logar do costume publicando lambem pelas folhas.<br />

Dado e passado nesta Còrle e cida<strong>de</strong> do Rio dc Janeiro<br />

aos doze <strong>de</strong> Janeiro dc mil e oitocenlos c sessenta c<br />

Ires. Eu IIyppoliio Cândido <strong>de</strong> Assis Araújo no impedimento<br />

do Escrivão Silva o subscrevi. —F/rmo <strong>de</strong> Albuquerque<br />

Diniz.<br />

Obras Militares.<br />

A Direciona Geral, cm virtu<strong>de</strong> do Aviso do Ministério<br />

da Guerra dc 7 do corrente mez, (cm dc contrariar<br />

os concertos dc que precisão os xadrezes n." 14<br />

e 16 e outros compartimentos da fortaleza da Lage:<br />

quem se quizer encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />

nesta Repartição para os esclarecimentos precisos, sendo<br />

as propostas apresentadas firmadas pelos proponentes c<br />

seus fiadores, c isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste mez, ao meio<br />

dia. cm que serão abertas, presentes os proponentes.<br />

Em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O I." Escrípturario, Domingos<br />

José Monteiro Pinto <strong>de</strong> Lacerda. (•<br />

Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Edital <strong>de</strong> praça.<br />

N. 70.—Pela Inspeciona da Alfân<strong>de</strong>ga da Còrle se<br />

faz publico, que a poria da rua Direita c logar do costume,<br />

no dia 15 dc Janeiro a 1 hora da tar<strong>de</strong>, se hão<br />

<strong>de</strong> arrematar, livres dc direitos, as mercadorias seguintes:<br />

Sem marca: 3 barricas contendo carvão animal pezando<br />

bruto 21 arrobas, tara <strong>de</strong> 10 0/ o 2 arrobas c 3<br />

libras c liqnido 18 arrobas e 29 libras.<br />

I<strong>de</strong>m: 4 barricas contendo sal <strong>de</strong> chumbo pezando<br />

bruto 896 libras, Iara dc 10 % 89 libras e liquido 807<br />

libras.<br />

I<strong>de</strong>m : 9 barricas con lendo potassa estragada pezando<br />

bruto 4.768 libras, tara dc 10 ".„ 476 libras e liquido<br />

4.292 libras.<br />

I<strong>de</strong>m ; 3 barricas contendo pedra pomes pezando 1.907<br />

libras tara dc 10 "'„ 190 libras e liquido 1.717 libras.<br />

I<strong>de</strong>m : 1 barrica contendo 15 pacotes com pedra pomes<br />

pezando 50 libras.<br />

I<strong>de</strong>m: 9 barricas contendo gesso pezando broto 110<br />

arrobas c 17 libras, tara dc 10 °,'„ 11 arrobas c 1 libra<br />

e liquido 99 arrobas e 16 libras.<br />

I<strong>de</strong>m: 3 barricas contendo gesso pezando bruto 57<br />

arrobas e 24 libras, tara dc 10 °/ 0 5 arrobas e 24 libras<br />

e liquido 52 arrobas.<br />

I<strong>de</strong>m *. 4 sacos contendo gesso pezando bruto 772<br />

libras, tara <strong>de</strong> 2 °/« 5 libras c liquido 757 libras ou<br />

23 arrobas e 21 libras.<br />

I<strong>de</strong>m' 3 caixas contendo gesso pezando bruto 844<br />

libras, tara <strong>de</strong> 10 °. 54 libras c liquido 400 libras ou<br />

15 arrobas c 10 libras.<br />

I<strong>de</strong>m: 23 Garranchos.<br />

I<strong>de</strong>m: 1 peça <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com eixos <strong>de</strong> ferro para<br />

carros pezando 192 libras no valor dc 169000.<br />

I<strong>de</strong>m: 4 pequenos raoitõcs pezando 5 libras.<br />

I<strong>de</strong>m : 2 amarradas contendo arcos dc ferro pezando<br />

12 libras.<br />

I<strong>de</strong>m: 4 pacotes contendo rella <strong>de</strong> composição pesando<br />

3 libras.<br />

Marca B: 2 sacos contendo sementes dc eanhamo para<br />

confeilos pezando bruto 160 libras c liquido 157 libras.<br />

Marca VA: 2 caixas contendo macclla pezando bruto<br />

220 libras e liquido 198 libras.<br />

Alfân<strong>de</strong>ga. 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—Bernardino JPSP<br />

Berée».<br />

Corroí o Geral dst Corte»<br />

Cartas seguras existentes nesta Thesouraria, è que<br />

não tem tido reclamadas até hoje, o que sc faz<br />

publico a fim <strong>de</strong>. que os interessados as venhão<br />

receber.<br />

Os Srs.: Antônio Gomes Leal, Antônio José Ramos<br />

<strong>de</strong> Oliveira, Con<strong>de</strong> dc Baependy, Francisco Dias Leite, Jeronyrno<br />

da Costa Coelho, Dr. Jeronymo Pereira dc Lima<br />

Campos, João José <strong>de</strong> Souza Rabello, João Vicente Sampaio,<br />

Joaquim Carneiro -<strong>de</strong> Mendonça, José Antônio <strong>de</strong><br />

Oliveira 7 cartas, José Guilherme Silva Martins, Magalhães<br />

& Segcsfrado, Manoel Joaquim Mano, Paulo Cândido<br />

Carlos Garcia, Raymundo Ferreira Araújo Lima, Rodrigo<br />

Augusto da Silva, 2 cartas, Sidonio Moreira Lima.<br />

Thesouraria do Correio Geral da Corte, em 11 dc Janeiro<br />

<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Pelo Thceoureiro, Veríssimo Men<strong>de</strong>s<br />

Vianna <strong>de</strong> Figueiredo.<br />

PARTE COMMERCIAL.<br />

PRAÇA, 13 DB JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />

Cotações officiacs da Junta dos Corretores.<br />

Gnnos DIVERSOS : Café l, n boa e superior 7ÍJ350 (honlem).<br />

Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />

Pelo Secretario, L I. <strong>de</strong> Vasconcellos.<br />

Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia I a 12 478:368^890<br />

Do dia 13 ......... 58:312^675<br />

Da Rccebcdoria, do dia 2 a 12<br />

Do dia 13;.. ,<br />

Somma. 536:681$565<br />

Somma<br />

Da Mesa Provincial, do dia 2 a 12..<br />

Do dia 13<br />

Somma.......<br />

92:420^791<br />

6:0580403<br />

— —• -<br />

09:3790194<br />

EMBARQUES DR CAFÉ NO DIA 10 DE JANEIRO.<br />

W. Scbmlensky & Comp. (Norwcga)....<br />

Johnston & Comp. (New-York).<br />

M. Lackemam & Comp. (Hamburgo)....<br />

Q. Rudge & Comp. (Estados-Unidos)....<br />

Diversos (DitTcrentcs portos).....<br />

Des<strong>de</strong> o i.° do mez.<br />

Total.<br />

46:0930679<br />

2:7689880<br />

19:662*559<br />

Descargas para o dia 14 <strong>de</strong> Janeiro<br />

dc flH«:t.<br />

PARA A ALFÂNDEGA,<br />

Navios atracados.<br />

Galera franc. Lusitano, do Havre.<br />

— franc. France & Chtlt, do Havre.<br />

Barca ing. Silver Craig, <strong>de</strong>• Liverpool.<br />

F.m saveiros.<br />

Galera port. África, do Porto.<br />

Barca hesp. Carmen, dc Malaga.<br />

— franc. Virgilc, <strong>de</strong> Marscille,<br />

Brigue Ing. John Ilarlry, <strong>de</strong> Marscille.<br />

— hamb. Anlnnie, dc Santa Helena,<br />

Pa tacho hamb. Odtn, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

— franc. Maragna, <strong>de</strong> Marscille.<br />

— pruss. Ida S., <strong>de</strong> Glasgow.<br />

PARA A ILHA DAS COBRAS.<br />

Barca ing. Mistletoe, <strong>de</strong> Londres.<br />

PARA OS TRAPICIIES ALFANDF.GÀDOS, R DESPACHO<br />

SOBRE ACUA.<br />

Galera ing. Iltdberg, dc CardiiT.<br />

Barca ing. Nonmi, dc Liverpool.<br />

— amer. WUhelminc, <strong>de</strong> New-York.<br />

— amer. Agnés, <strong>de</strong> Baltimore.<br />

— amer. Ctifton, dc Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

— amer. Wheatland, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

— hamb. Elite Schmidt, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

— franc. Chevreuil, dc CardiiT.<br />

— franc. Jates, do Havre.<br />

— argent. Anna, dc Bucnos-Ayres.<br />

Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> CardiiT.<br />

Brigue russo Tridcnt, <strong>de</strong> Copcnhague.<br />

— amer. Prestissimo, dc Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

— hamb. Ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

— port. Júlio, dc Lisboa.<br />

— arg. Christina, do Rio da Prata.<br />

— nac. Alegrete, dc Paisano" ú.<br />

— nac. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

— nac. Águia da Prata, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

Polaca hesp. Theresa, dc Paysandú.<br />

Palacho nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

Rscuna nac. MAlleza, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

EXPORTAÇÃO.<br />

1.800<br />

1.458<br />

1.181<br />

1.051<br />

101<br />

EMBARCAÇÕES DESPACHADAS HO DIA 13 DE JANEIRO.<br />

Baltimore—Barca amer. Empress Thereza, <strong>de</strong> 419 tons.,<br />

consigs. George Rudge Júnior & Comp.; roanif.<br />

1.054 sacas <strong>de</strong> café.<br />

Havana—Pol. hesp. Isidra, <strong>de</strong> 322 tons., consig. Jayme<br />

Romaguera; segue com a mesma carga com que<br />

entrou <strong>de</strong> Buenos-A yres por arribada forçada.<br />

Bio Gran<strong>de</strong>—Barca bras. Norma, <strong>de</strong> 244 tons., consig.<br />

Josó JoSo da Cunha Telks; manif. vários gêneros.<br />

DESPACBO DE EXPORTAÇÃO NO DIA 13 DE JANEIRO.<br />

IMPORTAÇÃO.<br />

MANIFESTOS.<br />

BARCA FRANCEZA —JAME -MAME—DO HAVRE,<br />

Farinha <strong>de</strong> trigo: 1.703 barricas a José Antônio<br />

<strong>de</strong> Figueiredo Júnior.<br />

BRIGUE PORTlT.l EZ—UNIÃO—DE MOTEV1RÉO.<br />

Carne secca: 4.034 quinlaes.— Couros: 50.<br />

Línguas: 2.500 vem a Miguel <strong>de</strong> Avellar.<br />

5.594<br />

39.751<br />

Havre—Na gal. fran. Vietoria, Collings Sharps & Comp.,<br />

84 sacas dc café ; Charles Masset & Comp., 151 ditas<br />

<strong>de</strong> dito ; Francisco Joaquim Gomes, 70 barricas <strong>de</strong><br />

goma; A. Binoche & Comp., 450 sacas <strong>de</strong> café.<br />

— Na barca franc. Jufes, Dreyfus Ainé, 1.003 sacas<br />

<strong>de</strong> café.<br />

Noruega—No brig. russo Fre<strong>de</strong>rick, Wille Schmilinsky<br />

Comp., 250 sacas <strong>de</strong> café.<br />

GALERA INGLEZA — EI.IZA CAROLINE— DE CAROIFF.<br />

Carvão: 1.108 toneladas a Scott Hett.<br />

BARCA INGLEZA—FAVORITE—DE NEW-CASTLE.<br />

Carvão: 148 8/20 tons.—Coke: 313 tons. a Companhia<br />

da Estrada <strong>de</strong> Ferro 0. Pedro fl.<br />

BRIGUE INGLBZ — BROTHERS— DE GASPBE.<br />

Bácalháo. 2.317 tinas a E. Johnston.<br />

GALERA INGLEZA — JANE — DE LIVERPOOL.<br />

Carvão: 1.11V tons. a Irencu 15. dc Souza.<br />

ENTRADAS POR CABOTAGEM NO MA 13 DE JANEIRO<br />

DB 1803.<br />

Gêneros nacionaes.<br />

Agoardcnle: 13 pipas. — Assucar: 80 caixas, 2<br />

fechos, 631 sacos.<br />

Café: 1.858 sacos.<br />

Farinha: 875 sacos.<br />

Jararandú:. 10 dúzias.<br />

Ma<strong>de</strong>ira : 3 dúzias.—Milho: 342 sacos.<br />

Polvilho: 20 sacos.<br />

Toucinho: 40 arrobas.<br />

Gêneros estrangeiros.<br />

Cerveja: 2 barricas.<br />

MOVIMENTO<br />

SAUIDAS NO DIA 13.<br />

Nova York — Brig. Ing. Kanagona, 298 tons., m.<br />

P. Bomcril, equip. 9; c. café.<br />

Ilha Terceira — Barca PoTt. Conceição, 271 tons.,<br />

m. Miguel Ferreira Soares, equip. 11: c. vários<br />

gêneros ; passags. 46 portuguezes.<br />

Montevidéo—Brigue bras. Tentador , 204 tona ,<br />

m. Augusto Simões, equip. II: c. vários gêneros;<br />

passag. Leandro José <strong>de</strong> Vasconcellos,<br />

Santos—Brigue Dinam. Ueindal 202 tons., m. T.<br />

Bodkeo, cqnip. 8 : cm lastro dc pedra.<br />

—- Vapor Pirahy, 109 tons., ni. M. da Cosia<br />

Cancclla, equip. 17: c. vários gêneros, passags.<br />

Thomaz Dufles, e 3 escravos, Bernardo <strong>de</strong> Senna<br />

Bois o Almeida, Cândido Caetano <strong>de</strong> Almeida<br />

Heis, D. Maria Angelina dos Santos, D. Francellna<br />

Maria do Carmo, Bomualdo José Monteiro<br />

do Barros, Antônio Ccsof Guimarães, Claudlno<br />

Luiz do Nascimento, Damazlo Ribeiro, Emílio<br />

Alves Bittencourt Sampaio, Baphael Nunes<br />

Machado, José Bedto<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Motas, Francisco<br />

João Jung, 2 Polfciacs, c 1 preso, os Portuguezes<br />

Antônio Pinto Bodrigues, José Fernan<strong>de</strong>s Fassos,<br />

Antônio Francisco Vieira Júnior, D. Jacinlha<br />

Amélia Vieira, Jacinlho Pacheco, Francisco Pereira<br />

da Bocha, Antônio da Silva Bois, Antônio<br />

Bento Fernan<strong>de</strong>s, Josó Maria Monteiro, Antônio<br />

Dias; Antônio du Silva Ferreira ; os Italianos<br />

u. Vila, A. Ponlrcmole, A. Civalc, G. Cocchio.<br />

G. Liolc: os France/.tí» M. Eyrnnd, N. Deslrò;<br />

o lnglez B. J. L. Harpcr; o Dinamarquês, H.<br />

Boh; o 1 escavo a entregar.<br />

llnbapoana—Put. Especulador, 112 tons., m. José<br />

Luiz dc Oliveira, equip. 8: c. sal e generoa.<br />

S. Mathcus—Hiale Gragoatà, 65 tons., m. Josó<br />

Francisco Lopes da Costa, equip. 5: cm lastro <strong>de</strong><br />

pedra o gêneros.<br />

Ubatuba — Vap. Duarte Primeiro , 90 tons., m. J.<br />

B. da Cunha, equip 14: c. vários gêneros; passag.<br />

o Porluguez José Maria <strong>de</strong> Barros Vianna.<br />

Macahú — Patacho Flor do Rio. 118 tons., m. José<br />

Antônio Gomes dos Santos, equip. 7 : em lastro<br />

<strong>de</strong> arca; passags. Custodio José Pinto A yres, Felipfna<br />

Maria da Conceição, c o Port. Joaquim da<br />

Bocha Júnior.<br />

ENTRADAS NO DIA 13.<br />

Campos—-16 hs., Vap. Diligente, 106 tons.,<br />

,eomm. A. Gomes, equip. 25: c. café a Companhia<br />

Macahé & Compôs; passags. Jofio Fer-<br />

• reira Tinoco Júnior, José Lopes da Costa e Souza,<br />

Manoel Carlos da Silva Araújo, Antônio Bodrigues<br />

da Cosia, Joaquim Alves <strong>de</strong> Carvalho<br />

Bastos, Luiz Antônio Cândido <strong>de</strong> Menezes e Sooza,<br />

e 3 escravos; 2 Policiacs e 2 recrutas; os Portuguezes,<br />

Domingos da Costa Assumpçno, Manoel<br />

Joso do Souza liamos. Manoel Pinto Fernan<strong>de</strong>s,<br />

Antônio <strong>de</strong> Souza Bittencourt, e Hcrmencgildo<br />

José.<br />

— 16 hs., Vap. Ceres, 182 tons., m. J. M. <strong>de</strong><br />

Albuquerque Bloen, cqnip. 21 *. c. vários gêneros<br />

a Joaquim Francisco Torres; passags. Joaquim<br />

Pedro Hebe lio Paiva, e 1 escravo; Antônio<br />

Manoel Peixoto <strong>de</strong> Souza, João Francisco dos<br />

Santos Pcçanha, Pedro Josó Gonçalves, Antônio<br />

Pacheco <strong>de</strong> Campos Lima e 2 Olhos; D. Isabel<br />

Maria Teixeira e 1 escrava; José Francisco Ribeiro,<br />

Manoel Joaquim Baptista Cabral Filho,<br />

Elias Antônio <strong>de</strong> Lima, José Luiz <strong>de</strong> Oliveira»<br />

Manoel Antônio <strong>de</strong> Oliveira Cruz; os Portuguezes<br />

Joaquim Pereira Pinto o sua família; Duarte<br />

Furtado, Antônio Cardoso da Costa Guimarães,<br />

Felippe do Oliveira Penalva,{Joaquim Lopes <strong>de</strong><br />

Magalhães e Nicoláo Dias Carneiro.<br />

S. Mathcus—V ds.. Lancha Conceição, 38 tons.,<br />

m. Antônio José Vicpas, equip. 6: c. farinha<br />

a Manoel José <strong>de</strong> Faria,<br />

— 5 ds.. Lancha 5. Mathcus, 38 tons., m. Leoncio<br />

Francisco da Silva, equip. 5; c. farinha á<br />

Manoel José <strong>de</strong> Faria.<br />

—4 ds., Lancha Nossa Senhora da Conceição,<br />

c2 tons., rn. Manoel Martins da Gosta, equip. 6:<br />

. farinha n Isac & Pedro Chaves.<br />

Itapemerim — 3 ds., Sum. Santa Barbara, 54 tons.,<br />

m. MaLhcus Gomes dos Santos, equip. 6: c. café<br />

e jacarandá a Carvalho Pinto Paiva & Comp.,<br />

passags. Antônio Pires Martins, Joaquim Pires<br />

dc Amorim, Padre Antônio Veridiano <strong>de</strong> Almeida<br />

Foijú, os Portuguezes Francisco Antônio<br />

Moreira e José Francisco Moreira du Bocha.<br />

— 2 ds., Sum., Leonov GV (on,, in. Conrado Alves<br />

<strong>de</strong> Souza, equip. 5: c. ma<strong>de</strong>ira c gêneros a Luiz<br />

Pinto Vellascp. -<br />

Benevcnte — 2 ds.. Brigue Luiza, 174 tons., nu<br />

José Pru<strong>de</strong>ncio da Cunha o Mello, equip. 10: c.<br />

milho e ma<strong>de</strong>ira a João Ferreira dc Mattos.<br />

Bio <strong>de</strong> S. João — 2 ds., Sumaca Bom Jesus <strong>de</strong> Mim,<br />

84 tons , m. Joaquim Francisco <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

equip. 6: c. ma<strong>de</strong>ira a Bocha Brito e Comp.<br />

Cabo Frio — 1 d., Pat. 5. Sebastião. 5S tons., m.<br />

Fortunato José dos Santos, equip. 6: c. café e milho<br />

á José Bodrigues Meira Torres.<br />

Parati Mambueaba o Angra — 6 1/2 lis., do ultimo<br />

Vap. Pedro Segundo, 167 tons., m. L. Machado,<br />

rqtiíp. 23: e. café ao Dr. Cândido José Cardoso,<br />

pássàgsXpjfhmcndador Manoel José Cardoso, Dr.<br />

Francisco José Cardoso Júnior/ Antônio Vicente<br />

Darcníberg,£lanoel José <strong>de</strong> Souza, Antônio Senna<br />

Soares, José .Moreira Fialho htnior, Antônio.4o<br />

Oliveira Coelho, Antônio Coelho Junior, Antônio<br />

Francisco Sanlos Bustos. José, Alves da Silva Junior<br />

, Felippe <strong>de</strong> Castro Albuquerque, Major Vicente<br />

íluet <strong>de</strong> Bacellar Pinto Gue<strong>de</strong>s o 1 escravo;<br />

Anlonio Ribeiro Guimarães Junior, Dr. Theophilo<br />

Ilibeiro dc Rezen<strong>de</strong> e 1 escravo.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typopraptiia Nacional <strong>1863</strong>.<br />

Roa da Guarda Velha junto á fs*ecrttaria do Imparia,


CORTE.<br />

POR ANNO... fe&OOO<br />

POR SEIS MEZES. . . * CíDOOO<br />

POR TRES MEZES, . 3.°<br />

Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Ricardo Alexandre Corrêa<br />

dc Farias.<br />

— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m a do Alferes<br />

do 3." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Francisco Galdino<br />

Nepomueeno da Silva.<br />

— Ao da do Paro\ i<strong>de</strong>m ã fio T.°" Tenente do<br />

3.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé, Francisco Anlo- 1<br />

nio dc Moura.<br />

— Ao da dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m a do Capitão do<br />

7.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Antônio José <strong>de</strong> Corvalho<br />

Júnior, e prevenindo a S. Ex que opportunamente<br />

lhe serão remettidas ns certidões <strong>de</strong><br />

assentamentos das praças do mesmo Batalhão, cons- i<br />

tantos da relação que acompanhou seu ofiicio n." j<br />

1.119 do 12 <strong>de</strong> Novembro do anno findo.<br />

— Ao da do Rio' <strong>de</strong> Janeiro, communicando<br />

que se achão expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns<br />

para serem <strong>de</strong>volvidos os indivíduos <strong>de</strong> nome Mariano<br />

Gonçalves Coelho, e José Antônio Alexandrino<br />

das Chagas, vindos d'aquella Provincia como<br />

recrutas para o Exercito, visto terem sido julgados<br />

incapazes do serviço -militar.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Sergipe, exigindo certidões <strong>de</strong> assentamentos<br />

dos soldados do 7.» Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />

Antônio Vieira dc Mello o' Manoel Benedicto<br />

<strong>de</strong> Moura vindos daquella Provincia cm 21<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1861.<br />

— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, i<strong>de</strong>m do soldado do<br />

7." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Manoel Joaquim do Nascimento,<br />

que em 22 do Março <strong>de</strong> 1852 passou para<br />

o mcsuio Batalhão, sendo do 2.* dc Artilharia a<br />

pé.<br />

— Ao da do Ceará, <strong>de</strong>volvendo.o processo do<br />

Conselho dc Investigação do soldado do respectivo<br />

Corpo <strong>de</strong> Guamição João Pinto Bezerra, a fim dc<br />

que o dito soldado responda a Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />

— Ao Conselho Supremo Mililar <strong>de</strong> Justiça remettendo<br />

os processos <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong><br />

3 Ofliciaes e 29 praças dos differcntes Corpos do<br />

Exercito a fim <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>finitivamente julgados.<br />

3/ Directoria Geral.<br />

Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná, <strong>de</strong>clarando<br />

que se expedirão or<strong>de</strong>ns ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra<br />

e Hospital Militar da Corte, para fornecerem diversos<br />

objectos á Enfermaria Militar da mesma<br />

Provincia.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia do Pará , enviando<br />

por cópia a informação do Director do<br />

Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Cdrte, requisitada cm seu<br />

ofiicio n.° 412, acerca das differenças encontradas<br />

nos volumes ultimamente para alli rcmcttidos.<br />

— Ao da Bahia, <strong>de</strong>clarando que <strong>de</strong>ve remetter<br />

para a Côrtc, ou mandar ven<strong>de</strong>r, o cobre velho<br />

alli existente, caso não seja preciso.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Administrativo,<br />

previnindo que <strong>de</strong>ve passar guia no Thesouro, para<br />

cobrar <strong>de</strong> Luiz Alves Pereira Machado, a multa<br />

cm que incorreu, por não ter entrado a tempo<br />

com os diversos artigos que se propoz a ven<strong>de</strong>r.<br />

— Ao Conselheiro Cirurgião mór do Exercito,<br />

para que mando fornecer ao Arsenal do Guerra<br />

da Corte SOO baixas, segundo os mo<strong>de</strong>los n.°* 1 e<br />

5, <strong>de</strong>stinadas á Enfermai ia Militar do Paraná.<br />

— Ao Director do Arsonol <strong>de</strong> Guerra da Corte,'<br />

mandando fornecer ao Corpo <strong>de</strong> Artilharia do Amazonas,<br />

um livro mestre geral, c dous ditos para<br />

as Companhias.<br />

— Ao Director do Hospital Militar da Corte,<br />

mandando fornecer ú Enfermaria Militar do Paraná<br />

diversos objectos.<br />

4." Directoria Geral.<br />

— Ao Sr. Mini.stro da Fazenda, pare que haja<br />

<strong>de</strong> mandar pagar ao Coronel Director das Obras<br />

Militares da Corte, a quantia <strong>de</strong> 859500, proveniente<br />

das <strong>de</strong>spezas miúdas por elle feitas no mez<br />

<strong>de</strong>Dezembro ultimo.<br />

1 Ao lnspector da. Pagadoría das Tropas, para<br />

mandar ajustar contas e abonar ajuda <strong>de</strong> custo pelo<br />

máximo, correspon<strong>de</strong>nto â viagem do Santos a<br />

Goyaz, ao Capitão Joaquim Ferreira <strong>de</strong> Paiva. .<br />

— Ao mesmo, communicando haver sido nesta<br />

data processada a conta <strong>de</strong> réis 2998820, proveniente<br />

da <strong>de</strong>speza feita com o arranjo dos livros<br />

e mais objectos do Archivo da mesma Repartição,<br />

tia intelligencia <strong>de</strong> qúe fica terminada a autorisação<br />

que tem para esse fim.<br />

— Ao Director do Arsenal da Guerra da Côrtc,<br />

pnra que man<strong>de</strong> effectuar na feria da 1 .• quinzena<br />

do corrente mez, o <strong>de</strong>sconto dos 9 dias que faltou<br />

no mez próximo, passado, o Fiel interino Antônio<br />

Corrêa <strong>de</strong> Albuquerque. .<br />

Requerimentos in<strong>de</strong>feridos.<br />

De Thomaz Antônio Maciel Monteiro, Almoxarife<br />

do Hospital Militar <strong>de</strong> Pernambuco, pedindo ín<strong>de</strong>mnisação<br />

da quantia <strong>de</strong> Rs. 1649321, que <strong>de</strong>mais<br />

<strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u no mesmo Hospital, além da consignação<br />

recebida.<br />

— De Maneei Lopes Júnior, soldado do Asylo<br />

<strong>de</strong> Inválidos, pedindo pagamento da differença da<br />

etapa <strong>de</strong> 360 réis; marcada para os Corpos da Corte<br />

e Fortalezas, para a do 400 réis, fixada para as<br />

praças do mesmo Asylo.<br />

MINISTÉRIO DA II1 RI 1111V<br />

! 3." Secção.—Rio <strong>de</strong> Janeiro. Ministério dos Negócios<br />

da Marinha em 20 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

* Na com missão hvnVographiea, <strong>de</strong> que foi incumbido<br />

por Aviso <strong>de</strong> 31) <strong>de</strong> Junho ultimo, <strong>de</strong>ve V.<br />

S. reger-se pelas seguintes instrucçOes :<br />

Art. 1." Colligirá cuidadosamente nas diversas<br />

estações o archivos, quer <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da Marinha,<br />

quer subordinados a outros Ministérios, que para<br />

este efieilo lhe serão franqueados, todas as cartas, ;<br />

mappas, planos, roteiros e memórias sobre a costa<br />

do Brasil, que por ventura alli cxislão, o possão<br />

fornecer elementos para a coor<strong>de</strong>nação da carta<br />

geral da mesma costa.<br />

Art. 2." Reunidos esses documentos em uma dos<br />

salas <strong>de</strong>sta Secreta ria 'dr Estado, para tal firrf^ès^<br />

pecial- o privativamente <strong>de</strong>stinado, organiseri e<br />

registrará om livro próprio um minucioso o methodico<br />

catalogo das plantas, planos e mais trabalhos<br />

obtidos.<br />

Art. 3.° Pela mesma Secretaria <strong>de</strong> Estado dar-seha<br />

conhecimento a V. S. das <strong>de</strong>rrotas apresentadas<br />

pelos com mandantes c ofllciaes dos navios da armada,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> examinadas pela respectiva commissão,<br />

bem como das noticias c communieações que ú<br />

referida repartição forem dirigidas, sobre pharóes,<br />

balisamento <strong>de</strong> portos, <strong>de</strong>scobertas ou reconhecimento<br />

<strong>de</strong> baixios, bancos, recifes, etc , e em geral<br />

<strong>de</strong> quaesquer trabalhos quo se liguem ou possão<br />

interessara empreza que lhe foi commeltida; <strong>de</strong>vendo<br />

não só notar em registro especial as marcações,<br />

cálculos, direcção dos ventos e das correntes, e<br />

observações meteorológicas, <strong>de</strong> que taes <strong>de</strong>rrotas<br />

(ação menção, mas também Indicar as verificações<br />

e estudos, que <strong>de</strong>vão ser leitos, para melhor <strong>de</strong>terminação<br />

o perfeito reconhecimento dos pontos, a<br />

que sc refere a segondu parte <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Art. 4.* A fim do dar • necessária unida<strong>de</strong>, e<br />

methodisar as explorações parçiaes o estudos hy-<br />

Urographicos, actual mente em via do execução em<br />

diversos pontos • do nosso litoral, ou que tenhão<br />

<strong>de</strong> ser omprohendidos petas Estações Navaes, <strong>de</strong><br />

conformida<strong>de</strong> com o que está precoituado no art.<br />

5.°' do Regulamento »o Decreto n.° 1.061, dc 3<br />

<strong>de</strong> Novembro do 1852, proporá V. S., <strong>de</strong> acordo<br />

com as presentes instrucçOes, as que <strong>de</strong>vão ser<br />

expedidas, para systematisar taes trabalhos, indicando<br />

os que convenha <strong>de</strong> preferencia encetar ou<br />

Continuar. .<br />

Art. 5.° Quando seja mister verificar a eraclidão<br />

dos trabalhos feitos, ou executar novos, para a ligação<br />

dos existentes eproseguimentoda organisação da<br />

carta geral, o Governo <strong>de</strong>stinará um navio apropositado<br />

á semelhante fim, bem como mandará fornecer<br />

a V. S. os precisos instrumentos, <strong>de</strong>signando<br />

para seus collaboradorcs officiaes que possuão a<br />

Indispensável aptidão e conhecimentos especiaes da<br />

matéria.<br />

Art. 6.° Os estudos e trabalhos hydrographicos<br />

a que se houver <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r, versarão, principalmente,<br />

sobre o seguinte:<br />

1.° Triangulação da costa, e <strong>de</strong>terminação dos<br />

pontos mais notáveis por meio <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> observações<br />

astronômicas; ompregando-se os melhodos<br />

mais seguros e aperfeiçoados para a doducção da<br />

longitu<strong>de</strong>.<br />

2.° Levantamento <strong>de</strong> planos parçiaes <strong>de</strong> todos os<br />

portos, barras o ancoradonros, <strong>de</strong> que não cxislão<br />

plantas dignas dc fé.<br />

3.° Exploração e planta cm separado dos rios<br />

navegáveis por gran<strong>de</strong>s o pequenas embarcações;<br />

o bem assim noticia cifeumstanoinda áccrcA <strong>de</strong> suas<br />

cabeceiras, regimen das suas ngoas, e numero dos<br />

seus tributários.<br />

4." Determinação da profundida<strong>de</strong> das agoas,<br />

com .especificação da qualida<strong>de</strong> do fundo; <strong>de</strong>vendo<br />

as soadas ser expressas em metros e suas subdivisões,<br />

verificar-se. o mais próximo possivel uma<br />

das outras, o até a distancia <strong>de</strong> 4 a 5 léguas do<br />

litoral, reduziodo-se an nível das mais baixas marés<br />

das syngias, as que disserem respeito aos portos o<br />

barras.<br />

5.° Observação não só dos ventos reinantes, durante<br />

a execução dos trabalhos, e sua intensida<strong>de</strong>;<br />

mas ainda da direcção e velocida<strong>de</strong> das correntes. 1<br />

6.° Variação da agulha, quer no mar, quer cm<br />

terra; elevação das marés, estabelecimentos dos portos,<br />

barras e rios, phenomenos do (luxo e refluxo.<br />

Art. 7.* As minutas dos observações, cálculos e<br />

mais trabalhos realisados serão enviadas, por cópia<br />

ou em original, <strong>de</strong> 4 em 4 mezes, á Secretaria<br />

<strong>de</strong> Estado, a flm <strong>de</strong> ahi serem guardadas, e por<br />

este modo acautclar-se o seu <strong>de</strong>scaminho, no caso<br />

<strong>de</strong> algum sinistro.<br />

Art. 8.° Na construcção da carta geral e planos<br />

parçiaes, adoptar-se-ha, como primeiro meridiano,<br />

o que passa pelo Imperial Observatório do Rio dn<br />

Janeiro, com cojovDirector procurará V. S. enten<strong>de</strong>r-se,<br />

a flm <strong>de</strong> conservar-se a par das modificações<br />

ou mudanças resultantes <strong>de</strong> ulteriores observações.<br />

Art. 9.° A escala será uniforme pára todos os<br />

trabalhos <strong>de</strong>sta natureza, expressa em metros o<br />

suas subdivisões, na razão <strong>de</strong> 0,01 por milha <strong>de</strong><br />

gráo do Equador para a carta geral, e <strong>de</strong> 0,05<br />

para os planos e plantas parçiaes.<br />

Art. 10.° A carta será feita em quartéis, que formem<br />

dous atlas; um exclusivamente <strong>de</strong>dicado á<br />

hydrographia geral das costas, outro, especialmente<br />

para os portos, barras, enseadas, &c, <strong>de</strong> formato<br />

tal, que dous planos correspondão a uma folha do<br />

primeiro.<br />

Art. 11.* Quanto ao formato, methodo <strong>de</strong> pre—<br />

jecção, signaca convenciona es, gravuras e mais pormenores<br />

<strong>de</strong> execução, segpjrá,, V. S. os aperfeiçoamentos<br />

mo<strong>de</strong>rnamente aaoptados pelas nações, mais<br />

adiantadas nesta especialida<strong>de</strong>.<br />

Art. 12.° Um roteiro geral, em que, além da<br />

<strong>de</strong>scripção minuciosa <strong>de</strong> todo o litoral, sc especifiquem<br />

e <strong>de</strong>signem marcas fáceis e seguras paro se<br />

<strong>de</strong>mandar os diversos portos, ancoradoures o barras<br />

dos rios navegáveis, se enumerem os perigos, e aconselhem<br />

os meios <strong>de</strong> evitai-os, servirá dc comple- •<br />

mento ás mencionadas cartas, ampliando quaesquer<br />

informações, que o <strong>de</strong>senho não figure, e so reputem<br />

convenientes.<br />

Uma taboa das latitu<strong>de</strong>s e longitu<strong>de</strong>s dos portos<br />

mais notáveis, variações dagul ha, e estabelecimentos<br />

dos portos, drc. acompanhará este roteiro.<br />

Art. 13°. Pela Secretaria <strong>de</strong> Estado serão fornecidos,<br />

mediante requisição <strong>de</strong> V. S. e or<strong>de</strong>m do Ministro,<br />

os instrumentos, livros, papel e mais objectos '<br />

necessários ao expediente e execução dos trabalhos.<br />

O material acima mencionado, c qne por sua natureza<br />

não tenha <strong>de</strong>speza, por * consumo, seira pela<br />

Contadoria lançado em receita n V. S. qne <strong>de</strong>lles '<br />

obterá <strong>de</strong>scarga, mediante as formalida<strong>de</strong>s legaes.<br />

Ari. IA.• Durante a commissfio, <strong>de</strong> qne se oolia<br />

encarregado, ficará V. S.' immcdiatamcnte subordinado<br />

ao Ministro da Marinha, com o qual directamente<br />

sc correspon<strong>de</strong>rá, acerco da quantq_possu interessar<br />

ao bom andamento, e <strong>de</strong>sempenho da mesma<br />

commissão.<br />

Art. 15*. Convindo entabolar e manter relações<br />

e correspondência com o Deposito <strong>de</strong> fartas marítimas<br />

<strong>de</strong> França e Estabelecimentos hydrographicos<br />

ds Inglaterra, Hespanha e Estados-Unidos da<br />

America, V. S. proporá o meio mais fácil e seguro<br />

<strong>de</strong> chegar o esse resultado.<br />

Art. 16*. Terá, outro sim, V. S. por <strong>de</strong>veres:<br />

1.° Propor a acquisição dos instrumentos necessários<br />

ao serviço ds Commissão, tendo em vista as<br />

invenções e aperfeiçoamentos adoptados, liscalisar a<br />

suo compra, e selar a sua conservação.<br />

2.° Dirigir a impressão das cartas, roteiros e<br />

outros documentos relativos á navegação, cuja publicação<br />

for or<strong>de</strong>nada, corrigindo os respectivas<br />

provas.<br />

3.* Indicar d'entre taes publicações as que convenha<br />

expor 4 venda, marcando o preço correspon<strong>de</strong>nte.<br />

4 .* Informar acerca do mérito dos trabalhos d'essa<br />

natureza, apresentados ao Governo, baiisamentos<br />

<strong>de</strong> portos, <strong>de</strong>scrípções e noticias sobre Pharóes, escolhos,<br />

dtc. propondo as correcçoes e additame.ntos<br />

a fazer cm semelhantes documentos, bem como a<br />

suppresxSo daquelles, que, lendo sido dados a lume.<br />

possão prejudicar aos navegantes por suas falsas<br />

indicações.<br />

5.* Relatar annualmcnto, até o fim <strong>de</strong> Fevereiro, :<br />

o movimento o progresso dos trabalhos hydrographicos.<br />

6.° Archivar melhodicamente na sola, para isso<br />

expressamente <strong>de</strong>stinada, as cartas, plantas, planos,<br />

mappas, roteiros, dtc, que possue a Repartição da<br />

Marinha, o aquellcs <strong>de</strong> que venha por qualquer<br />

fôrma a fazer acquisição, velando na sua conservação<br />

e bom arranjo.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. S.— Joaquim Raymundo <strong>de</strong><br />

Lamare.— Sr. 1." Tenente da Armada Manoel Antônio<br />

Vital <strong>de</strong> Oliveira.<br />

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,<br />

CO.UM. B OIIRAS riBLICti.<br />

EXPEMENTE DO DIA 2 DE JANEIRO,.DE 1803.<br />

4." Directoria.<br />

Oflicio ao Administrador do Correio da Província<br />

<strong>de</strong> S. Pedro, com o titulo da nomeação do Agente<br />

da Villa <strong>de</strong> S. Jeronymo.<br />

DIA 3.<br />

3.* Directoria.<br />

A Christiano Guilherme, Commandante do Brigue-<br />

Escuna Pi na marquez Haabet, remettendo cópia do<br />

Aviso dirigido oo Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná,<br />

relativamente ú proposta', que fizera, para compra<br />

<strong>de</strong> terras nas margens do rio Serra Negra no<br />

Assnnguy, a fim, <strong>de</strong> fundar uma Colônia do emigrantes<br />

<strong>de</strong> sua nação.<br />

a>. a Directoria. •<br />

Offlcio ao Director Geral do Correio Franecz, aceusando<br />

o seu <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Novembro, que acompanhou<br />

as contas <strong>de</strong> Julho do anno findo*


— A* Presidência do Para, e quatro á do Maranhão,<br />

aeauanáo vários recebimentos.<br />

— Ao Administrador do Correio, <strong>de</strong>clarando que<br />

Dio se julglo necessárias quaisquer provi<strong>de</strong>ncias<br />

pelo aconlccirnsjnlo que diz alli tivera logar pela<br />

chegada das malas do vapor Brasil, bastando que<br />

man<strong>de</strong> reforçar a gra<strong>de</strong> dc separação,<br />

— Ao Administrador do Correio <strong>de</strong> S. Pedro,<br />

accusandVo recebimento da nota <strong>de</strong> receita c <strong>de</strong>spesa<br />

do primeiro trimestre do aclual exercido.<br />

— Ao Administrador do Correio da Corte, communicando<br />

que o Administrador do Correio da Bahia<br />

Informa ter jé enviado o recibo da carta segura<br />

por Cândido Fernan<strong>de</strong>s Lima paraGodinho Pauto<br />

dr Comp.<br />

—* Ao Administrador do Correio das Alagoas, informando<br />

que o Administrador do Correio da Bahia<br />

par liei pa ter já rcmetlido o recibo do carta segura ,<br />

peto Padre Pedro <strong>de</strong> S. Bernardo para o Vigário<br />

Jacintho <strong>de</strong> Messias Fefjo.<br />

DU 5.<br />

1.' Direcíoria.<br />

1." Serçào.— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Direcíoria da Com -<br />

panhia <strong>de</strong> navegação por vapor no rio Parnahfba,<br />

da Província do Piauby, oulcio, remettendo, por<br />

cópia, os estatutos da mesma Companhia, a llm <strong>de</strong><br />

quo sejão registrados no Tribunal do Commercio<br />

do respectivo districto.<br />

t.° Direcíoria.<br />

Oulcio ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Santa Calhariua, aceusando<br />

o <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro ultimo, cm que informa<br />

ter mandado dar algumas passagens no Vapor<br />

— Ao Administrador do Corre» da Bahia, <strong>de</strong>clarando<br />

ter sido recebido no Correio da Còrle o<br />

recibo <strong>de</strong> carta segura por Cândido Fernan<strong>de</strong>s Lima,<br />

para Godinho Paulo dt Comp., e reclamando o da<br />

carta segura por Manoel Cardoso Moreira para<br />

Kphigcnia Rita da Loureiro.<br />

— Ao Director Geral do Correio Francês, <strong>de</strong>clarando<br />

nio haverem chegado cinco olBcios com<br />

peso <strong>de</strong> SOO grammas, <strong>de</strong> que faz menção o aviso<br />

<strong>de</strong> Pariz.<br />

— Ao Administrador do correio da Bahia com<br />

o titulo do Ajudante da agencia <strong>de</strong> Santo Amaro.<br />

— Ao mesmo com o titulo do Ajudante da agencia<br />

<strong>de</strong> Maragogype.<br />

— Circular aos Directoros das companhias do<br />

Navegação por vapor para que prestem algumas<br />

informações sobre o estado da navegação a cargo<br />

<strong>de</strong>llas.--Derão-se passaportes aos Vapores Apa para<br />

o Norte a Tocantins para o Sul.<br />

DIA 7.<br />

4." Direcíoria,<br />

OfBcio do Administrador do Correio <strong>de</strong> Minas<br />

com os Titulos dos Agentes do Correio <strong>de</strong> Montes-Claros<br />

do Formigas e Capclllnha.<br />

— Ao Administrador do Correio <strong>de</strong> S. Paulo para<br />

quo informo, so n'aquella Administração foi entregue<br />

a Daniel Fox uma carta cujo sobscripto ao reniclte,<br />

e <strong>de</strong>lia se lhe exigio porte: e no caso <strong>de</strong> não<br />

haver sido entregue, ou não haver recordação, <strong>de</strong><br />

informar-se do mesmo Fox por quem a referida carta<br />

lhe foi entregue, se por ella pagou porte, o a quem.<br />

2.' Seeçãv.mandar<br />

pagar<br />

DIA 8.<br />

1.* Direcíoria,<br />

Ao Sr. Ministro da Fazenda, para<br />

Ao Porteiro <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> Estado, a quantia<br />

do 510700, em que importarão as <strong>de</strong>spezas miúdas<br />

feltra durante o mez passado.<br />

A cada um dos Correios da mesma Secretaria<br />

a quantia <strong>de</strong> 1509000, para cavalgaduras e arrelos.<br />

Os vencimentos que tiverão os empregados da<br />

illuminação a azeite, na importância <strong>de</strong> 32&9000.<br />

— Ao Delegado das Torras Publicas na Província<br />

dc Santa Calharína, para informar quantos colonos<br />

forão imporlados nessa Província pela casa dc Sleinmann<br />

dt Comp., e remetter um mappa geral <strong>de</strong><br />

todos os que ahi entrarão o anno próximo passado,<br />

com <strong>de</strong>claração das Colônias on<strong>de</strong> se estabelecerão.<br />

— Aos Delegados dal Terras Publicas, Offlcio-<br />

Circular, para enviarem mappas <strong>de</strong> todos os colonos,<br />

que entrarão nas respectivas Provincial o anno<br />

próximo passado, <strong>de</strong>clarando o <strong>de</strong>stino que tiverão.<br />

4.' Diraêtorim.<br />

Aviso ao Gerente da Companhia Brasileira <strong>de</strong> Paquetes<br />

para, por conta do Ministério da Fazenda* 1<br />

mandar dar passagem do Governo á ré até o Bio<br />

Gran<strong>de</strong> do Norte a Alexandrino Christiano dé Oliveira.<br />

— Ao mesmo, para igual passagem do Ceará até<br />

o Rio Gran<strong>de</strong> do Norte a D. Leopoldina Amélia <strong>de</strong><br />

Castro Oliveira e nove filhos.— Estes dous Avisos |<br />

forão communicados ao Ministério da Fazenda.<br />

— Ao mesmo Gerente, para mandar dar passagem<br />

<strong>de</strong> convés até Montevidéo ao Alfores José Ignacio da i<br />

Silva Raynaul.<br />

— Ao mesmo para igual passagem até o Pari<br />

•a F. Luiz Henrion.<br />

— Ao mesmo para mandar dar passagem <strong>de</strong><br />

IF.stado a ré até Pernambuco ao Dr. Viclorino do<br />

Mego Toscano Barreto.<br />

— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Companhia Intermediária,<br />

ara mandar dar passagem até Paranaguá a João<br />

C rancisco Corrêa, sua mâi, e uma irmã.<br />

— Ao Administrador do correio da Corte com<br />

«m ofRcio do sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> S. Sebastião do Alio,<br />

queixando-se do agente, para que informe.—Deuse<br />

passaporte ao Vapor Imperatriz.<br />

DIA 9.<br />

4.* Direcíoria.<br />

OfBcio ao Administrador da OfBcina <strong>de</strong> Estamparia<br />

para mandar fornecer sei 1 os azues ao Admi-<br />

nistrador do Correio dc Pernambuco • Commu-<br />

l V~- —<br />

nicou-se a este<br />

DIA 10.<br />

3.* Direcíoria.<br />

Ao Cônsul da Bélgica nesta Côrtc, communicando<br />

quo o Commandante do navio César se <strong>de</strong>ve<br />

enten<strong>de</strong>r com a Associação Central <strong>de</strong> Colonisação<br />

para o pagamento das <strong>de</strong>spezas feitas com o tratamento<br />

da família do Colono Beckauscn durante<br />

os dias que se <strong>de</strong>morarão a bordo do mesmo navio.<br />

— Ao Cirurgião-Mór da Armada, dizendo que<br />

lhe compete a visita dos navios que entrarem com<br />

emigrantes na semana, que principia no dia 11.<br />

DIÁRIO OFFICIAL<br />

Rio, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> IMS.<br />

2<br />

Temos presente uma carta eacripta da Assumpção,<br />

capital do Paraguay, com data <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Novembro<br />

ultimo, da qual extnhimos as seguintes<br />

informações:<br />

« Continua franca a navegação para a Província<br />

<strong>de</strong> Mato Grosso, sem obstáculo algum da parte<br />

<strong>de</strong>ste Governo.<br />

« Km todo este anno, e neste mez, sahirão <strong>de</strong>ste<br />

porto para o <strong>de</strong> Corumbá, duas Ifrcunas Argentinas,<br />

e uma Igarilc brasileira, medindo todas 75<br />

toneladas o com o carregamento seguinte: 8.000<br />

arroba» <strong>de</strong> sal, 102 barricai e 90 sacos <strong>de</strong> farinha<br />

do trigo, 5 pipas <strong>de</strong> vinho, 339 garrafoes vasios,<br />

10 sacos do arroz, 7 barril <strong>de</strong> azeitonas, 4 barricas<br />

<strong>de</strong> assuear* 5 caixões <strong>de</strong> velas <strong>de</strong> composição,<br />

14 latas <strong>de</strong> biscouto, 30 botijas do azeite, e<br />

1 • 000 sacos vasios.<br />

« Neste mesmo anno até fins do mez passado,<br />

chegou a este porto, em lastro, vinda <strong>de</strong> Corumbá,<br />

aquella Igarilé brasileira.<br />

« A pouca, ou nenhuma tolerância, e a res-<br />

Irfeta observância do Regulamento das Alfân<strong>de</strong>gas<br />

do Império na Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Corumbá tem quasi<br />

que extinguido a navegação para alli.<br />

« Publicando o Semanário, periódico ofBcial,<br />

em resumo a importação, e as sahidas e entradas<br />

das embarcações, não permitts seber-so o consumo<br />

dos prodactos do Brasil. Comtudo, segundo as<br />

informações particulares, consta que o assuear tem<br />

um consumo <strong>de</strong> 20.000 arrobas por anno, o arroz<br />

<strong>de</strong> 4 a 5.000, e o café <strong>de</strong> 200 a 300arrotei.<br />

« Todos estes produetoa vem <strong>de</strong> Buenos-Ayrcs<br />

e <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

« O assuear branco <strong>de</strong> Pernambuco <strong>de</strong> 1.' classe,<br />

que é o único que vem, ven<strong>de</strong>-se a 4 pesos a<br />

arroba <strong>de</strong> 25 libras ou a 09400 da nossa moeda;<br />

o arroz, a 14 rcaes ou a 2a800; e o cale <strong>de</strong> 2.'<br />

classe, que é o que vem, a 6 pesos ou a 9*600.<br />

Estes artigos pagão 25 "/• <strong>de</strong> direito.<br />

a O assuear Americano o o da Havana <strong>de</strong> 1.'<br />

classe vale 4 pesos 2 reaes, ou 69800 ; o arroz do<br />

paiz a 12 reaes ou 20400; e o da Carolína a 2<br />

pesos ou a 35200. O nosso café não tem competidor.<br />

« O commercio <strong>de</strong>ste paiz segue a par <strong>de</strong> seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e da tua producção. O tabaco e<br />

erva mate, que são os seus princípaos produetos,<br />

tem lido este anno bons resultados em Buenos-<br />

Ayrcs, c aqui mesmo. O 1.° tem-se vendido, o <strong>de</strong><br />

commercio, a 4 pesos a arroba, ou a 69400 da<br />

nossa moeda, e o que aqui se fuma <strong>de</strong> 7 1/2 a<br />

8 pesos ou <strong>de</strong> 129800 a 189000; e a erva mate<br />

<strong>de</strong> 4 a 4 1/2 pesos ou dc 69400 a 79200. Os couros<br />

a 4 pesos, peto <strong>de</strong> 35 libras, ou 250 rs.<br />

por Ubra; as sotas, inteiros, a 6 pesos ou 99600;<br />

a clina <strong>de</strong> 20 reaes a 3 pesos por arroba, ou <strong>de</strong><br />

49000 a 498OO: c os charutos, conforme sua qualida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>sdo 20 reaes a 6 pesos o milheiro, ou<br />

<strong>de</strong> 49000 a 09600.<br />

« Não ha nenhum <strong>de</strong>posito <strong>de</strong>stoa artigos, cxceptuando<br />

a erva mate que ó ramo do Estado,<br />

e sempre abunda; os <strong>de</strong>mais, todos que chegão<br />

da Campanha já vem comprados, o os que chegão<br />

som o estarem encontrão logo compradores»<br />

« Nenhuma alteração tem soffrido as Leis e Regulamentos<br />

do Commercio e Navegação, o nenhum<br />

direito <strong>de</strong> porto e <strong>de</strong> estadia pagão as embarcações<br />

estrangeiras: somente á sahida pagão 9 rases ou<br />

400 réis por tonelada em uma Patente <strong>de</strong> Navegação<br />

que são obrigadas a levarem.<br />

« O processo do <strong>de</strong>spacho dos gêneros <strong>de</strong> importação<br />

está o mais simplificado possível. O Vista da<br />

Alfân<strong>de</strong>ga, com um negociante do pais, e outro<br />

estrangeiro, avalião as fazendas com 10 •/, menos<br />

do estado da praça; e se ao avaliarem encontrão<br />

acréscimo ou falta, o Vista anota, sem que por<br />

esta causa oceasione commisso ou multa ao introduetor.<br />

O mesmo faz o nuarda na oceasião da <strong>de</strong>scarga<br />

: anota na permissão, e dà conta.<br />

« São livres dc direitos, todas as machinas o instrumentos<br />

<strong>de</strong> agricultura, industria, navegação,<br />

artes o sciencias que não so fabricarem ou não estiverem<br />

cm uzo no paiz, assim como a prata e<br />

ouro cm moeda.<br />

« Pagão 25 */»: soda em rama ou torcida, Incidas<br />

<strong>de</strong> seda e do lã e seda, fitos, cambraias <strong>de</strong><br />

Unho, fitai, rendai, relógios, moveis, espelhos, carroagens,<br />

sellins, roupa feita, calçado, ponchos, chergas,<br />

vinho, licores, aguar<strong>de</strong>nte, vinagre, cerveja,<br />

cidra, tabaco negro, sal, manteiga, e perfumaria!.<br />

« Pagão 20*/„ todos os <strong>de</strong>mais artigos.<br />

« O contrabando é reputado como tal em todo<br />

tempo; e além do confisco, tem uma multa proporcionada.<br />

« Os produetos estrangeiros que vierem para <strong>de</strong>posito<br />

pagão 1 */• <strong>de</strong> armazém, não passando dc<br />

um mez; passando, 1/2 °/„ mais por cada mez que<br />

estiverem, seja ou não completo o mez.<br />

« Os mesmos produetos pagão, sendo reexportados,<br />

ou tendo sido importados para consumo<br />

2 */• <strong>de</strong> direitos.<br />

« Os introduetores não passão letras para pagamento<br />

<strong>de</strong> direitos: a Alfân<strong>de</strong>ga dá um prazo <strong>de</strong><br />

tres metes, findos os qunes, não pagando, pagão<br />

1 */• DO primeiro mez, 2 no segundo, e no terceiro<br />

dão parte ao Governo, o que ainda não aconteceu.<br />

« Nenhumas operações bancarias oíferece este<br />

paiz; porém consta que o Governo tem em vista<br />

estabelecer um banco, e que mui promplo principiará<br />

a funecionar.<br />

• A moeda papel do Brasil, que vem da Cuyabá,<br />

corre enlre os estrangeiros, na razão dc 21 pesos<br />

ou 33*000 por 319000. »<br />

A Commissão da subscripção nacional encetou hoje<br />

os seus trabalhos e somos enformados que o fez sob<br />

os mais felizes auspícios. Nem um só Brasileiro<br />

a quem a Commissão se dirigio recusou contribuir<br />

com o seu contingente. Consta que entre vinte e<br />

tantos cidadãos á que a Commissão se dirigio realisou-sc<br />

um donativo superior a cento o vinte contos<br />

<strong>de</strong> réis. As listas nominaes dos subscriptores serão<br />

publicadas <strong>de</strong>pois.<br />

A Commissão recebeu diversas communicações<br />

das quacs sc evi<strong>de</strong>ncião que o espirito publico continua<br />

no patriótico empenho dc mostrar que somos<br />

Uma nação que sabe presar os seus foros.<br />

Os Directores e Empregados do Banco Rural e<br />

Uypothecario, consta que subscreverão com <strong>de</strong>z por<br />

cento dos seus vencimentos no anno corrente, o que<br />

eqüivalia a mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z contos.<br />

O Collegio Marinho <strong>de</strong>u o exemplo ás outras<br />

instituições da mesma natureza annuociando á Com-<br />

missão uma lista especial <strong>de</strong> aubacripção entro os<br />

Directores, Professores, e estudantes.<br />

O Engenheiro das Obras da Alfân<strong>de</strong>ga, o Sr,<br />

Raphael Archangclo Galvão Filho, oOBciou á Com*<br />

missão enviando uma relação dos empregados e<br />

operários das obras internas da Alfân<strong>de</strong>ga, que<br />

entre todos subscrevem com 209:800 mensaes a<br />

contar do 1,° <strong>de</strong> Fevereiro próximo.<br />

IITGLTIFCRRA.<br />

Depois <strong>de</strong> longa expectativa, annunciou-se que o<br />

Dr. Thomson, bispo <strong>de</strong> Brislol e Glouoester, foi nomeado<br />

pela Bainha titular do novo arcebispado <strong>de</strong><br />

York. Posto que inteiramente inesperada, essa nomeação<br />

foi acolhida pela opinião muito favoravelmente.<br />

O Dr. Thomson é prelado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> saber,<br />

notável mo<strong>de</strong>ração, pieda<strong>de</strong> sincera, muito liberal<br />

<strong>de</strong> sentimentos, e cheio <strong>de</strong> energia e activida<strong>de</strong>. A<br />

Inglaterra é dividida em Províncias archiepiscopaes:<br />

o arcebispo <strong>de</strong> Cantorbéry é consi<strong>de</strong>rado primaz <strong>de</strong><br />

toda a Inglaterra, o <strong>de</strong> York, porém, o é somente da<br />

Inglaterra propriamente dita»<br />

Essas Províncias são, em matéria ecclcsiasiica, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

umas das outras, e cada uma <strong>de</strong>llas<br />

possuo uma reitoria, conhecida pelo <strong>de</strong>nominação<br />

<strong>de</strong> IIouse of concocaiion. A renda do arcebispado<br />

<strong>de</strong> York é fixada em 8.000 libras sterlinas por anno;<br />

além disso o arcebispo tem um palácio perto da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> York. Durante os dous períodos em que<br />

Lord Palmerslon tem sido chefe do gabinete, tem<br />

havido gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> vacaturaa nas se<strong>de</strong>s episcopaes:<br />

no tempo do primeiro ministério al nomeações<br />

recahirAo especialmente em membros da<br />

baixa Igreja, ou do partido evangélico da igreja <strong>de</strong><br />

Inglaterra; nas recentes nomeações porém, o primeiro<br />

ministro tem nomeado homeos <strong>de</strong>dicados a<br />

conservação e extensão do principio da autorida<strong>de</strong><br />

em matéria ecclesiastica.<br />

(Moniteur.)<br />

Wk. Ceb<strong>de</strong>aa e as snloerls» do I.aiiouslilrc.<br />

M. Cobdcn, sendo eleito pelos amigos do condo <strong>de</strong><br />

Derby, membro da Commissão Central encarregada<br />

<strong>de</strong> suavísar a penúria dos Distrlctos manufacturciros<br />

do algodão em Inglaterra, dirigio a. Commissão as<br />

seguintes consi<strong>de</strong>rações:<br />

E' minha convicção, e a experiência nos <strong>de</strong>ve ter<br />

mostrado, que ainda mesmo quando se trata da causa<br />

t mais Justa, o resultado <strong>de</strong> uma subscripção publica<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> multo da activida<strong>de</strong> d 'aque lies que a promovem;<br />

e para induzir-nos á empregar um geral e patriótico<br />

esforço á fim <strong>de</strong> oblcr-inos gran<strong>de</strong>s quantias<br />

nesta triste emergência, creio que bastará referir um<br />

ou dous factos consignados no relatório que acabamos<br />

<strong>de</strong> ouvir ler. Diz esse relatório que presentemente<br />

o prejuízo dos salários está calculado em £ 136.004<br />

por semana, e é sabido que as economias da classe<br />

operaria estão quasi oxhlustas. Ora, £ 136.094 por<br />

semana são para mais dc 17.000.000 por anno; e<br />

d <strong>de</strong>sse calculo que so tem <strong>de</strong>duzido os salários nesto<br />

districto. Diz mais, que os recursos com que por<br />

ora po<strong>de</strong> contar a Commissão para remediar a recru<strong>de</strong>scénte<br />

miséria, são f 25.000 por mez nestes primeiros<br />

cinco mezes, que vem a ser £ 300.000 por<br />

anno.<br />

Dc sorte que prevêmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Já po<strong>de</strong>r fornecer<br />

um soecorro <strong>de</strong> pouco menos <strong>de</strong> 5 %» sobre a<br />

quantia em que se calcula o aclual prejuízo dos<br />

salários das classes operárias <strong>de</strong>ste paiz. E' <strong>de</strong>snecessário<br />

dizer-lhes, illustres senhores que se achão<br />

presentes, e que tão praticamente conhecem este<br />

districto, que o prejuízo <strong>de</strong> sete milhões por anno<br />

nos salários, é um calculo muito imperfeito do prejuízo<br />

e pobreza a que <strong>de</strong>ve estar reduzida essa<br />

classe d'aqui a Ires ou quatro mezes. Figure-se<br />

que são <strong>de</strong>z milhões; por esses <strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong><br />

prejuízo antes da próxima primavera não sc podo<br />

avaliar as perdas que soffrerà esto districto; poli<br />

<strong>de</strong>ve-se ter em vistas quo os capitalistas lambem<br />

solTreriüo dam nos nas suas machinas o estabelecimentos,<br />

c comquanto o* seus prejuízos não sejão<br />

tão sensíveis como os dos operários, serão consi<strong>de</strong>ráveis<br />

e, na opinião <strong>de</strong> muitas pessoas, talvez<br />

não sejão muito menores. Não é so isso. M. Farnall<br />

disse-nos que o augmento da lava neste districto<br />

está esta avaliado em 10.000 £ por semana.<br />

Isso dá em resultado meio milhão por anno, e necessariamente,<br />

sc continuar a falta <strong>de</strong> algodão, esses<br />

direitos hão <strong>de</strong> aogmentar, c até talvez dupliquem.<br />

Isto mostra o miséria que ameaça esse districto.<br />

Foi sempre minha opinião que a penúria o miséria<br />

aqui chegarião á um ponto que poucas pessoas<br />

terão previsto, porque os meios <strong>de</strong> vencer as diffículda<strong>de</strong>s<br />

hão <strong>de</strong> diminuir justamente na proporção<br />

que dias augmentarem. Diz M. Farnall que um<br />

terço das conslrucções que pagão direitos, <strong>de</strong>ixarão<br />

<strong>de</strong> existir era pouco tempo, ao que parece, e que<br />

então os direitos terão <strong>de</strong> recahir somente sobre<br />

os dous terços que restarem. Mas d'ahi não sc po<strong>de</strong><br />

calcular o estado das cousas d*aqui a dous ou tres<br />

mezes, porque, cada vez que se estabelecem novos<br />

impostos <strong>de</strong>sapparece gran<strong>de</strong> numero dc proprieda<strong>de</strong>s<br />

que po<strong>de</strong>riào pagal-os.<br />

Estas consi<strong>de</strong>rações referem-se também aos logistas,<br />

assim como aos donos dos moinhos e manufaturei<br />

ros que não tem gran<strong>de</strong>s capitães em giro.<br />

Não se po<strong>de</strong> duvidar que uma gran<strong>de</strong> parte dos lugistas<br />

estão ficando rapidamente reduzidos á condição<br />

<strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong>sempregados. Temos pois<br />

a classe dos logistas <strong>de</strong>scendo a operários. E assim<br />

<strong>de</strong>ve ser. Faça-se recahir sobre os logistas os direitos<br />

<strong>de</strong> 7,000,000 £ por anno, que crio pagos sobre<br />

os salários, o a conseqüência disso é clara aos olhos<br />

<strong>de</strong> qualquer pessoa. Temos ainda uma outra classe,<br />

a dos moços <strong>de</strong> superior educação empregados como<br />

caizeiros ou guarda-livros. Gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong>sses<br />

ficaráõ bem <strong>de</strong>pressa reduzidos á condição cm que<br />

esta a classe operaria. Tudo isso ha <strong>de</strong> contribuir<br />

para a penúria e embaraços que pesão sobre esta<br />

parte do reino. Ora, para remediar esse estado <strong>de</strong><br />

cousas, só temos o auxilio da Lei dos pobres, quo<br />

é o único auxilio com que po<strong>de</strong>mos contar, a não ser<br />

algum que provenha dc nossos voluntários esforços. |<br />

Bem, mas quem tiver lido o relatório <strong>de</strong> M. Farnall,<br />

que nos foi apresentado, verá quão improficoo<br />

<strong>de</strong>ve ser rase auxilio. Regula <strong>de</strong> 1 s. 1/2 d. por<br />

libra a 1 s. 4 d. ou 1 s. 5 d ; e ha muito raros<br />

casos em que se conceda 2 s. por semana para cada<br />

indivíduo (não chamarei pobres esses infelizes reduzidos<br />

á penúria). Ha ainda sobre este assumpto,<br />

um outro ponto, para o qual <strong>de</strong>sejo chamar a attenção<br />

da commissão, e que, quanto a mim, é um<br />

doa mais importantes.<br />

Em épocas ordinárias, quando se trata <strong>de</strong> soecorrer<br />

a pobresa, sendo esses soecorros dados quando<br />

a massa dos homens do trabalho está toda empre-<br />

| gada, o soecorro que se presto somente a uma ou<br />

duas famílias que estão na miséria nunca é a quantia<br />

sufflcicnte para a sua subsistência, porque é sabido<br />

que cm tempo do prosperida<strong>de</strong> quando os<br />

trabalhadores achão cm que empregar-se, são todos<br />

muito benevoloi entre si. B* (selo, que os pobres<br />

são os que maíl soecorrem os pobres. Um jornaloiro<br />

<strong>de</strong>sempregado, em tempo prospero, po<strong>de</strong>ria<br />

ir com sua família matar a fome em casa <strong>de</strong> um<br />

visinho, assim como um <strong>de</strong> nós, na nossa classe, iria<br />

Jantar á casa <strong>de</strong> um conhecido se tivesse conveniência<br />

em fazer uma Jornada.<br />

Porém, lembrem-se que agora toda a massa da<br />

população do trabalho está reduzida ao mesmo<br />

nível <strong>de</strong> pobreza, c quo não po<strong>de</strong>m contar com<br />

outros meios <strong>de</strong> subsistência além d'aquellcs quo<br />

lhe são concedidos á costa <strong>de</strong> inequinhos impostos,<br />

e dc alguma subcrlpção voluntária. E sendo essa<br />

<strong>de</strong>sgraça geral, e produzindo ella tanto abatimento<br />

moral como prostração physica, ha gran<strong>de</strong> perigo<strong>de</strong><br />

que a saú<strong>de</strong> e robustez <strong>de</strong>sse povo solTra, se,<br />

como eu receio, não so tomarem outras .provi<strong>de</strong>ncias<br />

para remediar o mal, além das que temos<br />

em vistas. Todo isto leva-me á uma conclusão—-que<br />

esta commissão geral <strong>de</strong>vo fazer mais do que - tom<br />

feito para chamar a attenção do publico sobre esta<br />

parte do paiz. O caso é Inteiramente excepcional.<br />

Este estado <strong>de</strong> cousas não tem igual em toda a<br />

historia. E* impossível que se me aponte um caso<br />

em que, em uma esphera tão limitada como é<br />

Lancashire, e no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> poucos mezes, tenha<br />

havido uma falta <strong>de</strong> trabalho oujo salário seja calculado<br />

cm 7.000.000 por anno. Não ha nada na<br />

historia do mundo com que isto se posso comparar,<br />

quanto á rapi<strong>de</strong>z do mal, quanto á impossibilida<strong>de</strong><br />

do lutar com elle, ou do appllcar-lhc um remédio<br />

cfllcaz.<br />

Pois bem, a nação inteira <strong>de</strong>ve ter conhecimento<br />

<strong>de</strong>stes factos. Como se ha <strong>de</strong> conseguir Isso ? Só<br />

por meio do informações colhidas por esta commissão<br />

central. Deve-se appellar para todo o paiz,<br />

se é que esta gran<strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> pô<strong>de</strong> até certo<br />

ponto ler sua visada por um auxilio espontâneo.<br />

Toda a nação <strong>de</strong>vo ser informada da urgência do<br />

caso, e <strong>de</strong>vemos lembrar-nos da gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

que pesa sobre nós. Portanto, proponho<br />

quo esta commissão geral se torne nacional, c então<br />

o Lord-May or nos ajudará a vencer as pequenas<br />

difliculdo<strong>de</strong>s. Teremos necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a cooperação<br />

do Lord-Mayor o da cida<strong>de</strong> do Londres;<br />

ê por isso, repito, esta commissão, em vez do pertencer<br />

somente á Lancashire e Manahester, <strong>de</strong>ve<br />

ser uma commissão nacional; o para esse fim, <strong>de</strong>vemos<br />

dirigir-nos á todos os pontos do paiz, principiando<br />

pelos Lords-Lugartcncntes, aos quacs convidaremos<br />

a a ceei tarem a vice-presidência <strong>de</strong>sta<br />

commissão.<br />

A nntexação tran«ntlanti


o 4 exame, do projecto, oxposto <strong>de</strong>ste modo o seu parecer<br />

:<br />

« O pensamento que Inspirou o projecto <strong>de</strong> lei 6<br />

nacional, c do vantagem ao mesmo tempo aos interesses<br />

políticos o aos interesses commerciaes do<br />

paiz. »<br />

£ acerescentavat<br />

« Em Liverpool <strong>de</strong>ve—so ter aberto, no 1. * <strong>de</strong><br />

Junho, com o auxilie <strong>de</strong> uma subvenção consi<strong>de</strong>rável<br />

do governo, um serviço dimensal para Halifax, que<br />

as linhas secundarias vão communicar *com todos os<br />

pontos do Canadá e dos Estados-Unidos.<br />

« Em Soulhampton, á vista das costas ds França,<br />

na distancia <strong>de</strong> algumas horas do Havre, se organlsa<br />

com o mesmo apoio, e sob a <strong>de</strong>nominação — Companhia<br />

real das mallas a vapor—, uma companhia<br />

que se encarrega dc transportar duas vezes por<br />

mez as mallas reaes e a correspondência, assim<br />

como passageiros, a todos os pontos das Antilhas<br />

inglesas, das colônias hespanholas, da costa Firme<br />

e da Guyana ingleza. A Jamaica será seu principal<br />

ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino e <strong>de</strong> abastecimento* Linhas inferiores<br />

partirão do Norte para S. Thomaz, Porto -<br />

Rico, Havana, e d'ahi para Mobile, Nova-Orleans,<br />

para Tampico, Vera-Cruz; outras, ao Sol, para Chngres,<br />

Carthagena, a as agoas <strong>de</strong> Caycnna.<br />

a A America central será portanto toda explorada,<br />

e já as linhas inglezas unem o Pará, Pernambuco<br />

e Rio <strong>de</strong> Janeiro; outras estabelecem-se até<br />

o Oceano Pacifico, ligfio o Chile á Guatemala e ao<br />

México, e comprimem com todos os esforços do<br />

gênio britannico os dous (lanços do isthmo <strong>de</strong> Panamá.<br />

•.. .. '<br />

« O mercado dos Estados-Unidos é o mais importante<br />

em relação á França: ha nelle consi<strong>de</strong>ráveis<br />

interesses, que são communs a todas as partes<br />

do território, e cada dia <strong>de</strong>vem-se esten<strong>de</strong>r mais,<br />

a par dos progressos e das necessida<strong>de</strong>s das nações<br />

americanas.<br />

« A margem do Atlântico fronteira á nossa* tem<br />

eomnosco numerosas relações <strong>de</strong> interesses e <strong>de</strong> idéas.<br />

Toda a America hespanhola aprecia nosso gênio,<br />

nossa litteratura, nossa língua. A França conquista<br />

naturalmente a confiança dos povos.<br />

« Os Americanos não ignor&o a parte que temos<br />

tomado era seus <strong>de</strong>stinos, quando mais nfio fosse<br />

pela abundância <strong>de</strong> idéas que temos <strong>de</strong>rramado no<br />

mundo: e, apezar <strong>de</strong> algumas collisões acci<strong>de</strong>ntaes,<br />

suas tendências, suas relações, pertencem-nos. »<br />

Esse projecto <strong>de</strong> lei passou por gran<strong>de</strong> maioria<br />

na câmara dos <strong>de</strong>putados, e unanimemente na dos<br />

Pares.<br />

28 milhões forão postos á disposição do Ministro<br />

da Marinha para construir 18 barcos a vapor da<br />

forçaj<strong>de</strong> 450 cavallos; o Ministro dos Finanças foi<br />

autorisodo a contratar com uma companhia que se<br />

encarregasse <strong>de</strong> fazer o serviço do Havre a New-York,<br />

com a condicção <strong>de</strong> receber uma subvenção que po<strong>de</strong>ria<br />

elevar-se até 880 francos por força <strong>de</strong> cavallo.<br />

Depois <strong>de</strong> cinco annos <strong>de</strong> estudos, e ensaios, |<br />

reconheceu-se que as construcções feitas pelo Estado<br />

não offerecião todos os elementos <strong>de</strong> um bom<br />

serviço, e não podião realizar as esperanças que se<br />

tinhão concebido: os navios erão mui pesados, e<br />

<strong>de</strong> marcha muito vagarosa. Demais, oa progressos<br />

da Inglaterra nos construcções navaes, as novas<br />

necessida<strong>de</strong>s que se revelarão, e que se não havião<br />

a principio podido apreciar, alteravão já as condi<br />

cçoes <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> empresa. A substituição do<br />

ferro á ma<strong>de</strong>ira, a applicação da helice como propulsor,<br />

o emprego <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>iras tubulares <strong>de</strong> preferencia<br />

a cal<strong>de</strong>iras dc pare<strong>de</strong>s planas, levarão o<br />

governo a oecupar as Câmaras com um novo projecto<br />

<strong>de</strong> lei. PediO elle atttorisaçfio para contractar<br />

com companhias commerciaes o serviço <strong>de</strong> quatro<br />

linhas principaes que partissem da Franca pura o<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Martinica e New-York.<br />

O projecto foi adoptado; <strong>de</strong>terminou-se que as<br />

quatro linhas psrtirifio do Havre, <strong>de</strong> Saint-Nazaire,<br />

dê Bor<strong>de</strong>aux o <strong>de</strong> Marseillc.<br />

Hm 1847 dous novos projectos <strong>de</strong> lei forão apresentados:<br />

no primeiro pedia o governo approvação<br />

<strong>de</strong> um contracto feito entre o Ministro das Finanças<br />

e a companhio Hérout e <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l, no qual a<br />

companhia se encarregava do serviço do Havre a<br />

New-York mediante a entrega que se lhe fazia <strong>de</strong><br />

quatro 'paquetes, que todavia continuavão a pertencer<br />

ao Estado; no segundo projecto reclamava<br />

autorísação para contractar com uma ou mais companhias<br />

o serviço, por meio <strong>de</strong> barcos a vapor,<br />

ou á vela e o vapor, <strong>de</strong> tres linhas principaes <strong>de</strong><br />

correspondências, partindo <strong>de</strong> Soiht-Naxaire, do Bor<strong>de</strong>aux,<br />

e <strong>de</strong> Marseílle, para o Rio <strong>de</strong> Janeiro, a<br />

Martinica ou a Gua<strong>de</strong>loupe e Havana.<br />

A estas tres linhas principaes <strong>de</strong>vi8o ligar-se<br />

linhas secundarias dirigidos ao Prata, á Guyana,<br />

e aos portos do mar das Antilhas e do golfo do<br />

México.<br />

O projecto relativo ao contracto com a companhia<br />

Hérout o <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l, para o serviço do Havre a<br />

New-York, foi adoptado; a discussão sobre os outros<br />

porém, não pô<strong>de</strong> continuar, em conseqüência dos<br />

acontecimentos <strong>de</strong> 1848.<br />

Entretanto a compangia Hérout e <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l<br />

tinha estabelocido entre o Havre e New-York o<br />

serviço que lhe havia sido concedido; em más condi<br />

cçoes, cumpre dizel-o, não tendo á sua disposição<br />

paquetes que po<strong>de</strong>ssom concorrer com os da Inglaterra<br />

e da America, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> improficuos esforços,<br />

vio-se obrigada a abandonar sua empreza.<br />

INSTRUCÇÃO SUPERIOR.<br />

No ultimo invetno, achando-me em Turim, tive<br />

o prazer <strong>de</strong> conversar a respeito da organisação do<br />

ensino e das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> França e outros logares<br />

com um dos sábios mais illustres da Itália,<br />

a quem já se <strong>de</strong>signava como futuro Ministro da<br />

instrucção publica, e que veio a sôl-o com effeito<br />

quando o Gabinete <strong>de</strong> Mr. Ratazzi constituio-se<br />

<strong>de</strong>finitivamente. Mr. Matteucci o eu comparamos<br />

o systema franecz com o systema allemão, mui differentes,<br />

como so sabe. Em ambos os lados do<br />

Rheno, dizíamos nós, o mérito dos professores, tomado<br />

individualmente, é quasi igual; como não<br />

confessar no entanto que as Faculda<strong>de</strong>s Francezas<br />

tem muito menos fecundidado e vida do que as<br />

Universida<strong>de</strong>s Allemaãs? A França, accresccntava<br />

Mr. Matteucci, não po<strong>de</strong>ria fortalecer por toda a<br />

parte um pouco, nas suas aca<strong>de</strong>mias, o ensino<br />

superior, que, geralmente elevado, cónsciencioso o<br />

sábio, nfio tira o publico da sua indifferença habitual<br />

senão por excepção, quando a ca<strong>de</strong>ira é occupada<br />

por um homem <strong>de</strong> um talento e <strong>de</strong> um<br />

mérito transcen<strong>de</strong>ntes, por um professor, para não<br />

foliar senão em letras, tal como Mr. Saint-Marc<br />

Girardinou Mr. Laboulaye? O segredo ébem fácil<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir: um pouco <strong>de</strong> concurrencia, um<br />

pouco <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, o tudo será estimulado, a sciencia,<br />

os professores e o publico.<br />

Ah! Mr. Matteucci enganavn-se. Em Franca, isso<br />

está bom averiguado, os cttrsos livres não dão bons<br />

resultados. Esmagados pelo peso do Estado que distribuo<br />

ao publico o ensino superior, custfio elles a<br />

elevar a voz ao lado das ca<strong>de</strong>iras officiaes com alguma<br />

vantagem. Fizcrão o, mas não sei que fatalida<strong>de</strong><br />

os persegue no meio mesmo dc triumpho; vio-se,<br />

na rua da Paz, que reunira-se um auditório distineto<br />

e numeroso, mas, oh! <strong>de</strong>sgraça! fecharão-so.<br />

Na Itália, cousa admirável! cnconlrou-se um Ministro<br />

da insirucçfio publica, que julga que o Estado<br />

nfio se teria <strong>de</strong>smoronado se se permlttisse que as<br />

pessóas<strong>de</strong> mérito instruíssem a seus concidadãos nas<br />

letras e sciencias, eque o povo seguisse as lições on<strong>de</strong><br />

encontrasse prazer o proveito. Além d'isso, no seio<br />

mesmo do ensino official, esse Ministro tolera, o que<br />

dizemos? suscita, provoca, e chama a concurrencia,.<br />

sem assustar-se com a idéa do que os professores,<br />

livres ou não, vão talvez disputar-se o quem dará<br />

melhores lições!<br />

Mr. Matteucci, que tem um conhecimento perfeito<br />

do systema francez e do systema allemão, nfio<br />

servio-sc simplesmente <strong>de</strong>lles, refundindo-os como<br />

enten<strong>de</strong>u um com o outro, creou urna organisação<br />

quo chamarei verda<strong>de</strong>iramente italiana, menos centrallsada<br />

do que na França, menos diversificada<br />

do que na Allemanha, on<strong>de</strong> a autorida<strong>de</strong> e a liberda<strong>de</strong>,<br />

o ensino official e o ensino livre, a administração<br />

e a sciencia, a unida<strong>de</strong> do novo reino<br />

e as exigências da tradição se achão conciliadas sem<br />

pretenções systematicas. Successo ainda mais raro<br />

com um Ministro italiano! Emquanto outros muitos<br />

projectos do lei da mais alta importância <strong>de</strong>li<br />

nhão eternamente nos secretarias, que nfio dcsamparão<br />

a presa, Mr. Matteucci chegou a fazer<br />

votar nas câmaras uma reforma administrativa.<br />

Alguns motins havidos, ha alguns mezes em Pavfs,<br />

flzerão então do regulamento das taxas universitárias<br />

uma necessida<strong>de</strong> urgente. Aproveitando-se<br />

<strong>de</strong>ssa oceasião com uma hábil activida<strong>de</strong>, Mr. Matteucci<br />

estabeleceu na lei votada pelas duas câmaras<br />

as partes essenciaes do seu antigo projecto o respeito<br />

da instrucção superior, apresentado a anno<br />

passado.<br />

Além disso, com a autorísoçfio do Parlamento<br />

e o concurso <strong>de</strong> uma commissão, acabou elle um<br />

regulamento geral que organisa a instrucção superior.<br />

A Itália possuirá seis Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

primeira or<strong>de</strong>m: Turim, Pavia, Bolonha, Piia» Nápoles,<br />

e Palermo, sete Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segunda<br />

or<strong>de</strong>m: Gênova, Cagliari, Parma, Mo<strong>de</strong>na, Sienna,<br />

Catanes, e Messino; além <strong>de</strong> um certo numero<br />

<strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>s livres. Em todas as do Estado,<br />

estabelecer-se-hfio os privai docent, que dão ás<br />

Universida<strong>de</strong>s alemães tanta animação e brilhantismo.<br />

Sob a <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong> dor as necessárias provas<br />

<strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> tornar essa luta só<br />

proveitosa a sciencia, o professor livre concorrerá<br />

com o professor ofllcial; disputar-lhes-ha a atlenção<br />

dos estudantes. Desta maneira, pelo systema<br />

<strong>de</strong> Mr. Matteucci, uma rivalida<strong>de</strong> util encontrarse-hn<br />

por toda a parte. Os privai doceni rivalisão<br />

com os funecionarios do ensino, as Universida<strong>de</strong>s<br />

livres com as Universida<strong>de</strong>s do Estado, as<br />

Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m com as <strong>de</strong> primeira.<br />

Cada uma das seis Universida<strong>de</strong>s principaes<br />

formará uma ci rcumscripção. Espécie <strong>de</strong> alto<br />

jury do ensino superior, seis commissões serão encarregadas<br />

dos exames do doutoramento pelos quacs<br />

se termlnão os cursos das Faculda<strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>-se crer<br />

que aqui ainda um benéfico espirito <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong><br />

far-se-ha sentir, e que cada commissfio' terá por<br />

honra fazer laureamentos que nfio cedfio em mérito<br />

aos das outras circumscripções. Os programmas<br />

dos exames serão os mesmos para a Península<br />

inteira; uniformida<strong>de</strong> que manterá toda essa<br />

emulação em exaetos círculos.<br />

Nesta reorganisaçfio dos estudos superiores, Mr*<br />

Matteucí <strong>de</strong>via portar-se com um interesse particular<br />

para com. as sciencias pbysicas e naturaes,<br />

ás quaes <strong>de</strong>ve o nome <strong>de</strong> que goza. Em França,<br />

o ensino scientilico é ora puramente theorico, ora<br />

puramente pratico. Mr. Matteucí enten<strong>de</strong> que os<br />

estudantes conoilião as duos cousas, e que <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> terem ouvido as prelecções do mestre, sejfio<br />

admittidos a fazerem experiências e manipulações.<br />

Accrescontcmos que actualmente Mr. Matteucci<br />

oecupa-se com um selo infatlgavel em fundar em<br />

Pisa uma escola normal <strong>de</strong> instrucção secundaria,<br />

projecto sobre o qual uma collecção recommendavel,<br />

a Revista <strong>de</strong>lia Istruzione publica, publicou ultimamente<br />

um bcllo artigo dc Mr. Ferri, antigo<br />

alumno da Escola Normal superior <strong>de</strong> Paris, e teremos<br />

o direito <strong>de</strong> lembrar a propósito <strong>de</strong>ssas cxcel-<br />

Ientes reformas, o que dissemos já neste jornal:<br />

Quem sabe se a Itália, estabelecendo nas suas instituições<br />

um justo equilíbrio entre o podar central<br />

e as forças locaes e individuaes, nfio noa fornecerá<br />

uteis exemplos, que não erraremos se os emiltarmos?<br />

(Journal <strong>de</strong>s Debati.)<br />

VARIEDADES.<br />

Aperfeiçoa incuto do« eartucliow «essa<br />

envoltório.<br />

Esto invento, dos Srs. Robert Og<strong>de</strong>n Doremus e<br />

Bem L. Budal, <strong>de</strong> New-York, tem por objecto:<br />

•' i.° A formaçfio da pólvora <strong>de</strong> guerra no estado<br />

seceo sob a fôrma solida e compacta <strong>de</strong> cartucho,<br />

por meio da pressão e sem substancia alguma agglutinativa.<br />

2.° A impcrmeabilisação dos ditos cartuchos, cobrindo<br />

a sua superfície com uma matéria ou composição<br />

insoluvel n'agua;<br />

3.* Um meio <strong>de</strong> dar a carga ou cartucho assim<br />

formado o principio <strong>de</strong> acceleração ;<br />

4.° A formação <strong>de</strong> uma munição <strong>de</strong> guerra fixa,<br />

reunindo o cartucho directamente á bola, ou pròjectil.<br />

A <strong>de</strong>scripçfio que se segue <strong>de</strong>senvolve estes quatro<br />

pontos essenciaes da invenção :<br />

1.* ponto.— Os diversos ensaios feitos até agora,<br />

para formar por pressão um cartucho <strong>de</strong> pólvora granuláda,<br />

conservando ella mesma por si a sua fôrma,<br />

sem ser protegida por involtorio algum <strong>de</strong> papel<br />

ou <strong>de</strong> qualquer outra mataria, contra as eventualida<strong>de</strong>s<br />

do transporte o da manipulação, não tem<br />

tido resultado algum vantajoso.<br />

Esta falta <strong>de</strong> bom resultado é <strong>de</strong>vida a introducção<br />

<strong>de</strong> uma matéria agglutinativa, <strong>de</strong>ixando um resíduo,<br />

on inútil ao <strong>de</strong>senvolvimento do po<strong>de</strong>r explosivo<br />

ou á humida<strong>de</strong> da pólvora, ou a qualquer outra<br />

causa, affcctando a combustão da pólvora.<br />

O processo consiste cm tomar a pólvora no estado<br />

secco, comprimil-a neste estado por meio <strong>de</strong><br />

uma forte pressão nas fôrmas sem lhe juntar nenhuma<br />

outra matéria.<br />

A experiência. <strong>de</strong>monstra-nos que a pressão só<br />

permitte o solidíflear-sc em massa compacta á pól­<br />

vora secea» sem a hume<strong>de</strong>cer e sem a intervenção<br />

do nenhuma matéria agglutinativa.<br />

Por conseguinte para preparar os cartuchos por<br />

este methodo emprcgflo-se diversos grãos <strong>de</strong> pressão,<br />

segundo a natureza da arma <strong>de</strong>. fogo, do gráo da<br />

pólvora que se emprega ou do pròjectil que se ha <strong>de</strong><br />

lançar.<br />

Portanto, para preparar ura cartucho para uma<br />

peça que lance uma bala <strong>de</strong> tres ki logram mas,<br />

pouco mais ou menos, o para a qual 025 granimos<br />

<strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>vem constituir, por exemplo, uma<br />

carga, faz-se um mol<strong>de</strong> pu uma forma eylindrica<br />

<strong>de</strong> metal; o buraco <strong>de</strong>sta fôrma tem a conformação<br />

do cartucho que se quer fazer.<br />

Introduz-se então a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pólvora, <strong>de</strong> j<br />

quo acima se trata, na fôrma, exerce-se uma pressão<br />

por meio do embolo accionado por uma prensa I<br />

hydraulica ou por qualquer outro apparelho motor;<br />

a pressão ó applicada em gráo suffic.ientc para que<br />

a pólvora seja comprimida por uma força correspon<strong>de</strong>nte<br />

ao peso <strong>de</strong> 15 toneladas pouco mais ou<br />

menos.<br />

Tira-se então o embolo da fôrma» retira-se a<br />

pólvora que foi comprimida o transformada em<br />

uma massa solida e compacta, <strong>de</strong> modo que se<br />

pô<strong>de</strong> manipular sem perigo algum <strong>de</strong> sc quebrar,<br />

apesar <strong>de</strong> ter conservado <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>sta fôrma a sua<br />

configuração granulosa.<br />

O resultado <strong>de</strong>ite processo o portanto um cartucho<br />

formado simplesmente com a pólvora secea,<br />

fortemente comprimida na forma.<br />

2.° ponto.— Para tornar este cartucho impermeável<br />

a agua ou á humida<strong>de</strong> cobre-se-ò <strong>de</strong>pois<br />

ds operação da fôrma com uma camada <strong>de</strong> collodium<br />

ou <strong>de</strong> qualquer meteria insoluvel nagua, como<br />

a gomma laca, o oleo resinoso <strong>de</strong> carvão <strong>de</strong> pedra,<br />

o alcatrão ou qualquer verniz ou substancia impermeável<br />

.<br />

Esta camada impermeável que se pô<strong>de</strong> repelir<br />

muitas vezes esten<strong>de</strong>-se sobre a superlicie do cartucho<br />

<strong>de</strong> pólvora comprimida por immersfio, ou com<br />

uma escova, ou do qualquer outro modo.<br />

3.* ponto.—Para formar cargas ou cartuchos que<br />

tenhão diversos grãos <strong>de</strong> combustibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

a pólvora introduzida na fôrma em porções suecessivas.<br />

Para obter, por exemplo, tres grãos <strong>de</strong> combustibilida<strong>de</strong><br />

com a mesma pólvora seja esta dividida<br />

cm tres partes.<br />

Uma porção é então entroduzida na fôrma c<br />

submettida a uma pressão <strong>de</strong> 25 tonelladas: tirase<br />

o embolo introduz-se na fôrma a 2.* porção<br />

<strong>de</strong> pólvora sobre a 1.* e exerce-se uma pressão<br />

<strong>de</strong> 20 tonelladas, tira-se o embolo e introduz-se<br />

na fôrma a 3.' porção <strong>de</strong> pólvora e submelte-se<br />

a uma pressão <strong>de</strong> 15 tonelladas.<br />

Toda a pólvora <strong>de</strong> uma carga <strong>de</strong> cartucho será<br />

pelo fuclo <strong>de</strong>sta divisão transformada numa massa<br />

compacla qUe terá tres gráos distinetos dc combustão<br />

; a porção que' tiver recebido maior compressão<br />

se gastará mais <strong>de</strong> vagar que as outras<br />

porções do mesmo cartucho.<br />

Pó<strong>de</strong>-se, pois, obter pela pressão dificrentes gráos<br />

<strong>de</strong> combustão; mas pó<strong>de</strong>-se igualmente variar o<br />

gráo da combustibilida<strong>de</strong> do cartucho empregando<br />

as dilTerentes qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pólvora, variando ou<br />

mantendo a mesma pressão.<br />

4.° Ponto.—Para combinar o cartucho directamente<br />

com o seu pròjectil sem outro envoltório,<br />

se se trata <strong>de</strong> pequenas armas e da bala— Minió —<br />

começo-se por-introduzir a bala na forma, pondo<br />

a extremida<strong>de</strong> bicuda da bala para o lado <strong>de</strong> boivo.<br />

Deita-se por cima na fôrma a carga dc pólvora, e<br />

<strong>de</strong>pois éxêrcc-se a pressão necessária como a cima<br />

se disse para o cartucho.<br />

A poivora torna-se enlão compacta e adherente<br />

ú bala, formando ambas as matérias uma carga fixa.<br />

O processo é o mesmo para fazer adherir a pólvora<br />

a um pròjectil mais forte <strong>de</strong> qualquer natureza<br />

que seja.<br />

(Extra hido.)<br />

IJ t lera t ura.<br />

OS MISERÁVEIS.<br />

POR VICTOR HUGO*<br />

As duas ultimas partes.—Idylio na rua Plumet<br />

è Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.- •João Valjean,<br />

VII.<br />

Graças ao seu Uniforme, Valjean consegue com<br />

facilida<strong>de</strong>, talvez mesmo com <strong>de</strong>masiada facilida<strong>de</strong>,<br />

entrar na barricada cujas honras lhe são feitas por<br />

Mario, que o reconhece logo c fica por seu fiador, c<br />

por Enjobras, que lhe diz com amável sorriso: « Se<strong>de</strong><br />

bem Vindo, cidadão. Bem subeis que vamos morrer.»<br />

Notamos aqui uma inverosimilhança que dá nas vistas.<br />

Valjean c Mario que tinlião tanta cousa a dizer<br />

um ao outro, não sabendo provavelmente por on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vião começar, achão mais com modo não dizer<br />

nada. Uma vez admittido entre os insurgentes, Valjean<br />

pratica actos do abnegação á torto c á direito,<br />

a parece esquecer inteiramente o único fim d'essa<br />

perigosa excursão. Veio para salvar Mario, c começa<br />

por. sacrificar espontaneamente um dos meios <strong>de</strong> salvação<br />

<strong>de</strong>spojando-se do seu fardamento <strong>de</strong> guarda<br />

nacional para favorecer a evasão dc um insurgente<br />

« casado, c que era o amparo <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> família.<br />

» Evitando sempre com religioso escrúpulo <strong>de</strong>rramar<br />

sangue, elle presta um serviço aos <strong>de</strong>fensores<br />

da barricada, cortando com dous tiros <strong>de</strong> ca rabina<br />

as cordas quo pren<strong>de</strong>m á um dos andares<br />

superiores <strong>de</strong> uma das casas visinhas, um colxao <strong>de</strong><br />

que elles se servem para amortecer o effeito da<br />

metralha, e com outros dous tiros fazendo voar as<br />

barretinas <strong>de</strong> dous bombeiros que anda vão por cima<br />

dos telhados observando o terreno, empregando<br />

Valjean todo o cuidado para não' os ferir.<br />

« E' um homem que, segundo a expressão <strong>de</strong><br />

um dos chefes dos insurgentes, mostra a sua bonda<strong>de</strong><br />

mesmo quando atira sobre o inimigo. »<br />

Finalmente, a presença do Javert preso e con<strong>de</strong>mnado<br />

a morte offerece a Valjean uma excellentc<br />

oceasião <strong>de</strong> pôr em pratica o velho e antigo preceito<br />

<strong>de</strong> pagar o mal com o bem, i<strong>de</strong>al bem semelhante<br />

ao dos republicanos socialistas. No momento<br />

cm que Enjobras se dispõe á fazer saltar<br />

os miollos <strong>de</strong> Javert, Valjean recupera o dom da<br />

palavra, o pe<strong>de</strong> como recompensa dos seus serviços,<br />

que lho confiem, o encargo <strong>de</strong> dar fim aquelle inimigo.<br />

Enjobras consente, recommendando-lhe unicamente<br />

que <strong>de</strong>sempenhe essa expedição em um<br />

canto retirado, para que o sangue <strong>de</strong> um vil espião<br />

não se misturo com o dos <strong>de</strong>fensores do i<strong>de</strong>al.<br />

Essa recommendação nfio podia vir mais á propósito<br />

; Valjean leva o seu captívo; volta o canto <strong>de</strong><br />

uma das ruas que fica nos fundos, em quanto os<br />

insurgentes concentrfio toda a atlenção na frente<br />

da barricado, on<strong>de</strong> está emminente um novo ataque.<br />

Javert que reconheceu perfeitamente João Valjean,<br />

nfio tem esperança <strong>de</strong> escapar, e acha muito natural<br />

o presença do ex-galé no meio dosrevoltosos, a quem<br />

ao sahir clie dirige estas palavras verda<strong>de</strong>iramente<br />

heróicas: « Até logo! » Ao voltarem a esquina,<br />

quando já ninguém os pô<strong>de</strong> vèr, Valjean puxa pôr<br />

uma faca, c corta os complicados nós com que o seu<br />

inimigo está amarrado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pés até a cabeça, e<br />

dispara a pistola para o ar, dizendo a Javert: «Está<br />

livre? » Ale ahi, vai bem; .mas Valjean exce<strong>de</strong> os<br />

limites da verosimilhança no quo diz respeito ú bravatas<br />

e abnegação, pois chega a indicar a sua morada<br />

e revelar o segredo do seu pscudonymo a Javert, quo<br />

foge d'nlli mais attonito e mais espantado <strong>de</strong>ssa magnânima<br />

temerida<strong>de</strong>, do que do seu próprio perigo..<br />

Os <strong>de</strong>talhes, talvez <strong>de</strong>masiadamente, minuciosos,<br />

das diversas peripécias do combate, fazem realçar<br />

muito o lado enérgico c triste do talento do Sr. Hugo.<br />

Depois das primeiras <strong>de</strong>scargas da metralha sobre<br />

a barricada, elle faz-nos presenciar um ataque <strong>de</strong><br />

guardas nacionaes <strong>de</strong> fóra da cida<strong>de</strong>, cuja intrépida<br />

temerida<strong>de</strong> recebe nm ru<strong>de</strong> castigo. Abi, vem alguns<br />

gracejos mal cabidos. « A guarda nacional dos subúrbios,<br />

da cida<strong>de</strong>, era valente contra as insurreições.<br />

Mostrou-se especialmente encarniçada e intrépida<br />

nos dias <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832. Um bom taberneiro <strong>de</strong><br />

Panlin, dos Virtu<strong>de</strong>s ou da Cunclte, cujo estabelecimento<br />

não fazia negocio por causa da revolta,<br />

tornou-se leonino quando vio <strong>de</strong>serta a sala <strong>de</strong><br />

dança, e expoz-sc a morrer por amor da or<strong>de</strong>m,<br />

representada pela guinguette. * Nfio pô<strong>de</strong> haver nada<br />

mais inconveniente c mais fóra <strong>de</strong> propósito dn que<br />

essas pilhérias, sobre tudo quando o escriptor que as<br />

emprega tem a pretenção <strong>de</strong> ter excitado a nossa •<br />

Compaixão pela triste sorte dos insurgentes. Diminuindo<br />

assim o interesse, que <strong>de</strong>vem inspirar os<br />

<strong>de</strong>fensores da or<strong>de</strong>m, elle dá logar á muito justas<br />

recriminações; dá-nos o direito <strong>de</strong> fazer também ,<br />

excepções, e <strong>de</strong> estabelecer-mos também distinções<br />

entre os « cavalheiros do i<strong>de</strong>al. » Se quer sustentar<br />

que aqu elles que estorva vão a construcção das bar- ,<br />

ricadas não podião ter senão « motivos prosaicos o .<br />

vulgares» para proce<strong>de</strong>rem assim, obriga-nos a<br />

recordarmo-nos das vaidosas e ambiciosas mediocrida<strong>de</strong>s,<br />

dos orgulhos mal entendidos, das ar<strong>de</strong>ntes<br />

c hypocritas cobiças que fornecem seus contingentes<br />

a todas as insurreições.<br />

Digamol-o com franqueza, essas preocupações<br />

materiaes, <strong>de</strong> que fallfio com tento <strong>de</strong>sdém, exislião<br />

com effeito tanto <strong>de</strong>ntro como fóra das barricadas.<br />

e, entre os cavalheiros do i<strong>de</strong>al mesmo, os mais<br />

puros nfio erão isemptos da ambição do. po<strong>de</strong>r. E<br />

<strong>de</strong>mais, com que direito querem sustentar que o<br />

odio do regimen republicano nfio pô<strong>de</strong> produzir barões<br />

assim como a opinião contraria? No tempo a<br />

que nos faz retroce<strong>de</strong>r o romance do Sr. Hugo, estavão<br />

muito recentes as recordações da onarchia<br />

revolucionaria, e mais <strong>de</strong> uma testemunha <strong>de</strong>punha<br />

contra ella* fazendo-lhc gran<strong>de</strong> carga; muitos velhos<br />

conservavão com horror a lembrança <strong>de</strong>sses<br />

tribunos, que erão agora <strong>de</strong>safiados pelos jovens<br />

insensatos; mas tinlião visto perecer os seus parentes<br />

e amigos, outros, por milagre» linhão escapado<br />

á morte: nessas horas terríveis cada um supportou<br />

o seu quinhão <strong>de</strong> angustias e<strong>de</strong> adicções. Nesses<br />

habitantes dos subúrbios, dc quem se escarnece, a<br />

palavra republica nfio excitava somente ódios recentes,<br />

ia <strong>de</strong>spertar no fundo dos corações prevenções<br />

e rancores muito justos. Recordava-lhes o<br />

tempo em que cada com muna tinha no seu club 1<br />

uma ochtocracla davodios c peraltasquc tyrannisavão<br />

os homens laboriosos o pacíficos, on<strong>de</strong> odiosas leis<br />

sobre o sustento obrigavão a população dos campos<br />

á Ir coser o seu pão no meio do multo, como nas<br />

mais tristes épocas da ida<strong>de</strong> média.<br />

Eis a razão porque esses que ousarão arvorar<br />

abertamente a ban<strong>de</strong>ira republicana, encontrarão<br />

fóra da cida<strong>de</strong> tão implacáveis adversários. D'aqtii s<br />

por diante, a republica, para ser bem suecedida,<br />

precisa que se apresento disfarçada.<br />

Depois do ataque dos guardas nacionaes, assistimos<br />

á morte <strong>de</strong> Gauroche, que se expõe á morrer<br />

indo bnscar o carluxamo dos soldados mortos, passando<br />

por baixo do fogo do inimigo, cujas balas<br />

varrifio a rua. A morte, <strong>de</strong> quem elle zombara<br />

tanto tempo, acaba por carregar esse corajoso garotinho<br />

; e é talvez uma felicida<strong>de</strong> para elle, pois<br />

nfio po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> perverter-se na companhia<br />

do pai e dos outros bandidos cuja lingoagcm elle<br />

já tinha adoptado.<br />

Finalmente, eis chegado o supremo assalto para<br />

o qual o Sr. Hugo reservou toda a força da sua<br />

penna. Depois que as repetidas <strong>de</strong>scargos abrirão<br />

uma gran<strong>de</strong> brecha na barricada; <strong>de</strong>pois dc unia<br />

encarniçada luta corpo á corpo, na primeira linha<br />

<strong>de</strong><strong>de</strong>feza, o centro da barricada é invadido por uma<br />

columna <strong>de</strong> soldados, c o resto dos Insurgentes<br />

vai refugiar-se na casa dc Corintho, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>fesa<br />

rcunio os seus últimos recursos.<br />

A barricada resistira corno uma das portas dc Thcbas; a<br />

Ubcrna lutou como uma dos casis <strong>de</strong> oaregoc*. Essas resistências<br />

são pertinozes. Não dao quartel. NSo admiticin<br />

parlamentares. Querem morrer com tanto que matem. Quando<br />

Suchct diz: « Capitulai! » Pnlafóz respon<strong>de</strong>: « Depois da<br />

guerra <strong>de</strong> artilharia, <strong>de</strong>pois da guerra dc espadas! a Nada<br />

faltou á tomada dc assalto da táberna Huclicloup, nem as<br />

pedradas chovendo da janclla c dos telhados sobre sitiantes<br />

e exasperando os soldados à vista dos companheiros que morrifo<br />

esmagados, nem os tiros que partiao das a<strong>de</strong>gus c das<br />

trapeiras, nem finalmente, <strong>de</strong>pois que a porta ce<strong>de</strong>u, a frenética<br />

<strong>de</strong>mência do extermínio. Quando os sitiantes penetrarão<br />

na taberna, atrapalhados com pedaços da porta arrombada<br />

que lhes embaraçava os pés, nao encontrarão uai só<br />

inimigo. A escada <strong>de</strong> caracol, cortada a machado, estava ,<br />

cabida no meio da sala; alguns feridos acabavfio dc expirar;<br />

todos os que não estavão mortos acharão-se no primeiro andar;<br />

e d'ahi, por um buraco do soalho no logar on<strong>de</strong> havia u<br />

escada, rompeu um fogo horrível. Erflo os últimos carluxos.<br />

Acabados esses, quando esses temíveis apouisantes Gear Ao<br />

sem pólvora nem balas, pegarão nas garrafas dc atua forte<br />

que Knjobras reservara, e tlzcrtlo faço á escalada com essas<br />

massas horrivelmente frágeis, listas tristes particularida<strong>de</strong>s<br />

da carnificina, nós as referimos taes quacs se passarão. O<br />

infeliz sitiado faz dc tudo nma arma. O fogo artificial n.lw<br />

<strong>de</strong>shonrou Archimcdcs; a resina fervendo nfio <strong>de</strong>shonrou<br />

Bayard. Toda a guerra é medonha; nao ha que escolher. A<br />

mosquetaria dos sitiantes, apesar dc ser <strong>de</strong> baixo para cima,<br />

era mortífera. O buraco do soalho iicou bem <strong>de</strong>pressa ro<strong>de</strong>ado<br />

<strong>de</strong> rabecas <strong>de</strong> mortos <strong>de</strong> on<strong>de</strong> corrido limito» lios <strong>de</strong>sangue<br />

fumegante. O tumulto era ihdisivcl; a fumaça <strong>de</strong>nsa<br />

concentrada fazia parecer noite no logar do combate. Faltai»<br />

palavras para exprimir o horror chegado tt esse ponto. Já<br />

nfio hnviao homens nessa luta que se tornara infernal. Kriio<br />

<strong>de</strong>mônios que aecomettiílo, c espectros que resisliüo. Por<br />

li in serviudo-sc dos pedaços da escada quebrado, trepa tido<br />

pelas pare<strong>de</strong>s, a garrando-se ao teclo, aculiiaudo u entrada du<br />

buraco os últimos que resistia o, uns vinte sitiantes; soldados,<br />

guardas nacionaes. guardas municipaes, todos confundido*,<br />

a maior parte distigurados. por golpes que receberão no rosto<br />

durante essa temerária aseençao, cegos pelo sangue, furiosos,<br />

selvagens, -fura dc si, fazem erupção na sala do primeiro<br />

Andar. -<br />

Ahi só restava <strong>de</strong> pé um homem: era Enjobras.<br />

Esse immcdiatamcnte fusilado com o seu amigo o<br />

bêbado Grantaire, cujo som nó lcthargico nem os<br />

tiros da metralha po<strong>de</strong>rão dissipar, n que, quando<br />

accorda, só tem tempo <strong>de</strong> gritar: Viva a Republica<br />

! » o <strong>de</strong> morrer com Enjobras.<br />

( Continua. J


REPARTIÇÃO DA POLICIA<br />

Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

• franc. CkevrmeUl, <strong>de</strong> Cardiff.<br />

Objcctos dc armarinho: 12 volumes a Samuel,<br />

Edital <strong>de</strong> praça.<br />

— hamb. Elite & Sclumidt, <strong>de</strong> Hamburgo. 4 a J. B. da Gosta, 1 a A. F. Alves, 1 a Moss.—•<br />

— argent. Anna, dc Buenos-Ayres.<br />

Objcctos diversos: 5 volumes a J. Moore.—Oleo<br />

PARTE BO MA 13 BB JANEIRO IHE <strong>1863</strong>. N. 70.—Pela Inspeciona da Alfân<strong>de</strong>ga da Còrle se — ing. Noemi, <strong>de</strong> Liverpool,<br />

do linhnça: 135 volumes a Fry, 15 a Moss, 5 a<br />

faz publico, que a poria da rua Direita c logar do cos­ Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> CardiiT.<br />

Companhia Brasileira do Paquetes a Vapor, 4 a A.<br />

Forio presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s: tume, no dia 15 <strong>de</strong> Janeiro a 1 hora da tar<strong>de</strong>, se h5o Brigue port. Júlio, <strong>de</strong> Lisboa.<br />

<strong>de</strong> Érrematar, livres dé direitos, as mercadorias seguintes:<br />

duS Santos Luz.<br />

Pela Policia, os escravos, Guilherme, por <strong>de</strong>so­<br />

—• russo Triéenl, <strong>de</strong> Copcnhague.<br />

Sem marca: 3 barricas contendo carvão animal pebediência<br />

a seu senhor,<br />

—• nac. Âiegreíe, <strong>de</strong> Paysandú.<br />

Pellea preparadas: 8 caixas a Fry, 4 a Ewbank,<br />

c João por andar (ora dc cando broto 21 arrotos, (ara <strong>de</strong> 10 •/, 2 arrobas e 3<br />

horas.<br />

— nac. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

4 a Samuel.—Perlumarias: 1 caixa a Fry.—Pixe:<br />

libras c liquido 18 arrobas e 29 libras.<br />

— nac. Águia <strong>de</strong> Prata, da Colônia.<br />

100 barris a Moss.—Pólvora: 200 barris <strong>de</strong> quinto<br />

Na Freguezía da Can<strong>de</strong>lária, um indivíduo que I<strong>de</strong>m!: 4 >barricas contendo sal dc chumbo pezando — nrg, Christina, do Rio da Prata.<br />

a Fry<br />

não <strong>de</strong>clarou o nome, por furío.<br />

bruto 896 libras, tara <strong>de</strong> 10 % 89 libras e liquido 807 — sueco Gastav, <strong>de</strong> Wcslcrwiclc.<br />

Sabão: 25 caixas a F. A. Vaz, 1 a Moss.—Sa-<br />

Na <strong>de</strong> Santa Bfta, I.* Disiriclo o prelo Benelibras.<br />

— hamb. Ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />

liire: 50 barricas a Fry.<br />

dicto, por injurias e ameaças.<br />

I<strong>de</strong>m : 9^ barricas contendo potassa estragada pezando — nomeg. Lidador Ralf, <strong>de</strong> New-Gaslle.<br />

Na mesma, S." Districto, José I/mrenço, o Gui­<br />

bruto 4.7W libras<br />

Taboado: 116 7/12 a J. Moore.—Tintas: 850<br />

tara <strong>de</strong> 10 */• 470 libras e liquido — ing. Helena, <strong>de</strong> New-Casllc.<br />

lherme, escravo, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, c Gaspar, escravo,<br />

4.292 libras.<br />

volumes a Fry, 300 a Companhia Brasileira <strong>de</strong><br />

Polaca hesp. Thertsa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />

por suspeito <strong>de</strong> rogffio.<br />

I<strong>de</strong>m : 3 barricas contendo pedra pomes pezando 1.907<br />

Paquetes a Vapor, 276 a M. Abreu, 120 a Wil-<br />

Patacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

libras (ara dc 10 % 190 libras c liquido 1.717 libras.<br />

mot, 20 a A. F. Alves, 10 a Moss, 10 a M. C.<br />

Nt do Engenho Velho, Francisco <strong>de</strong> Paula Fer­<br />

— nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />

I<strong>de</strong>m: I barrica contendo 15 pacotes com pedra pomes<br />

reira. José Norberto Valcnça, c Luiz Gonçalves, por<br />

Escuna nac. Malutxa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />

<strong>de</strong> M. Guimarães.<br />

pecando 50 libras.<br />

— dinam. Ttrptichere, <strong>de</strong> Cadix.<br />

Velas: 0 caixas a Guimarães & Comp.<br />

ussuada; o pardo Antônio, por entrada cm casa I<strong>de</strong>m : 9 barricas contendo gesso pezando broto 110<br />

alheia; o preto Bomfio, por embriaguez, c o es­ arrobas c 17 libras, tara da iw*/« ll arrobas e I libra<br />

BARCA FBAXCEZA — MASSALIOTE — DB MARSELHA.<br />

cravo Camilto, por andar /ore <strong>de</strong> hora*.<br />

e liquido 99 arrobas e 16 libras,<br />

Arroz : 150 saccos a Estienne. — Azeito doce :<br />

Na <strong>de</strong> S. José, foi arrojado pelo mar á praia do I<strong>de</strong>m: 3 barricas contendo gesso pezando bruto 57<br />

370 caixas a Estienne, I a Lecomte.— Azeitonas:<br />

Pharoux o eadaver do um preto, que pelo adian­ arrobas e 24 libras, tara dc 10 5 arrobas e 24 libras EXPORTAÇÃO.<br />

21 barricas a Eslicnne.<br />

tado estado <strong>de</strong> putrefação não se proce<strong>de</strong>u a exame c liquido 52 arrobas.<br />

ti mandou-se sepultar.<br />

I<strong>de</strong>m: 4 sacos contendo gesso pezando broto 772<br />

msiaciçdis nzsaacsuDAS m i>u 14 na Jamneot Batatas : 600 cestos a Estienne.<br />

libras, tara <strong>de</strong> 2 % 5 libras e liquido 757 libras ou<br />

Castanhas : 12 cestos a Estienne.—Cimento : 600<br />

Algoa-Bay—Brig. ing. Emcly Smith, dc 212 tons.,<br />

Pelo Corpo Policial da Corte:<br />

23 arrobas e 2t libras.<br />

barricas a Estiepnc. — Cognac: 200 caixas a Es­<br />

consigs, Napier Aslley 6t Comp; manif. 1.950sacas<br />

José Lourenço, o Guilherme, prelo escravo, para I<strong>de</strong>m: 3 caixas contendo gesso pezando brnlo 544 <strong>de</strong> café.<br />

tienne. —Crina vegetal: 30 barricas a Estienne.<br />

averiguações acerca <strong>de</strong> um opancamonto.<br />

libras, tara <strong>de</strong> 10 5t libras e liquido 490 libras ou Montevidéo—Brig. port. Aetiro, <strong>de</strong> 373 tons., consig. Doces: 4 caixas a J. M. Pereira do Vasconcellos,<br />

15 arrobas c 10 libras.<br />

Antônio Joaquim Cerqueira; manif. 154 rolos <strong>de</strong> 2 a Estienne 1 a Uegis.<br />

I<strong>de</strong>m: 23 Garranchos,<br />

fumo, 80 sacas <strong>de</strong> café, 22 barricas <strong>de</strong> assuear. Becx- Enxofre : 100 caixas a Estienne.<br />

I<strong>de</strong>m; 1 peça <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com eixos <strong>de</strong> fervo para porta 1.487 barricas <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> trigo,<br />

Kirsch : 20 caixas a Duelos.<br />

Legitimarão-se na Policia, a flm do seguirem pari carros pezando 192 libres no valor <strong>de</strong> 169000. New-Vork—Brig. esc. hanov. Sonhie, dc 262 tons., Licores : 00 caixas a Estienne, 16 a Deroche, 6<br />

na foforos abaixo <strong>de</strong>clarados conformo a <strong>de</strong>signação I<strong>de</strong>m: 4 pequenos moilocs pecando 5 libras. consiga. Estienne cr Comp. ,* manif. 9.300 sacas <strong>de</strong> a or<strong>de</strong>m.<br />

feita petos legitimados.<br />

I<strong>de</strong>m : 2 amarradai contendo arcos <strong>de</strong> ferra pezando café.<br />

musica: 2 caixas a Baphael Coelho Machado.<br />

12 libras.<br />

Porto por Lisboa: Manoel Bodrigues Moreira,<br />

Santa Catharina—-Brig. bras. Maria ét Virgínia, <strong>de</strong> Objcctos diversos : 3 vols. a Lesqolmer, 1 a L.<br />

I<strong>de</strong>m: 4 pacotes contendo vclla <strong>de</strong> composição pe­<br />

Manoel da Silva <strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares Leite,<br />

195 tons., consigs. Nogueira & Irmão; manif. varias<br />

sando 3 libras.<br />

Ferre*<br />

gêneros.<br />

Jnto José da Cunha, Manoel Lopes, José do Couto Marca fi: 2 sacos contendo sementes <strong>de</strong> ca n ha mo para<br />

Papel: 66 caixas a Lecomte.— Plantas : 1 caixa<br />

Valparaiso—Barra ing. Noami, <strong>de</strong> 554 tons., consigs.<br />

Ferreira, José Nctto, Antônio Francisco Dias, Cae­ confiei tos pezando brnlo 160 libras r liquido 157 libras.<br />

a Hegis.<br />

Irineu Evangelista <strong>de</strong> Sousa & Comp. ; manif, 510<br />

tano Pinto, José Joaquim da Fonseca Coutlnho, Marca VA: 2 caixas contendo macei Ia pecando bruto sacas <strong>de</strong> café.<br />

Quinquilharias: 1 caixa a Begis.<br />

Manoel Alves da Fonseca Junior, Manoel Moreira 120 libres e liquido 198 libres.<br />

Sabão: 100 caixas a Estienne.<br />

Leal, José da Silva Malheitas, Antônio da Silva, Alfân<strong>de</strong>ga, 12 dc Janeiro <strong>de</strong> 18f>3.—fíernardino José<br />

Velas : 200 caixas n Estienne. — Vermouth : 50<br />

José Marques, Luiz Alves <strong>de</strong> Carvalho, Manoel An­ Borges.<br />

caixas a Estienne.— Vinho branco: 60 pipos, 120<br />

DESPACHO DB RKVOCVàÇÃO NO DIA 14 DE JANEIBO.<br />

tônio Gomes, Clementina Rosa, José Maria da Silva,<br />

quintos 160 décimos a Drcyfu*, 57 pipas, 65 quintos<br />

Maria José Pereira, José Domingues, Bento José<br />

Obras Militares.<br />

Buenos-Ayrcs—No vapor belga Gustau> Pastor, José<br />

o 50 décimos a Estienne, 30 pipas, 75 quintos o<br />

Pinheiro, Manoel da Silva Gue<strong>de</strong>s, Manoel do A Direcíoria Geral, em virtu<strong>de</strong> do Aviso do Minis­ Francisco Bodrigues da Silva, 50 pipas <strong>de</strong> aguar­<br />

Amaral, Fírmíno <strong>de</strong> Sousa, Firmino Coelho, Thomaz tério da Guerra <strong>de</strong> 7 do corrente mez, tem <strong>de</strong> oen<strong>de</strong>nte. 50 décimos a F. Schmidt, 200 quintos a Decosterd.<br />

Alves Coelho, Manoel José Alves, Antônio Manoel tractar os concertos dc que precisão os xadrezes n.°* 14 Havre— Na gal. fran. Viciaria, Antônio Carneiro Sal­<br />

—Vinho tinto: 40 pipas. 12 meia, 20 quintos e 40<br />

Pereira, Antônio Gomes, Francisco da Koza, Fran- \ c 16 c outros compartimen tos da fortaleza da Lage: danha , 270 barricas <strong>de</strong> tãpioca; Moslc Lackemam décimos a Decosterd, 20 pipas e 75 quintos a Es­<br />

risca <strong>de</strong> Jesus, Thomaz Alves Coelho, Bartholomeo j quem se qnizer encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />

& Comp., 100 sacas <strong>de</strong> café.<br />

tienne, 6 quintos a Castagnior.<br />

José, José Antônio Moreira, Joaquim André dos ]<br />

nesta Beparliçao pare os esclarecimentos precisos, sendo<br />

New York—No brig. ing. Onda, Eduardo Johnston<br />

Santos, Manoel Domingues Poço, Portuguezes<br />

as propostas apresentadas firmadas peles proponentes e<br />

d( Comp., 120 sacas <strong>de</strong> café.<br />

seus fiadores, e isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste met, ao meio<br />

Porto—Na gal. port. Europa, Jota Pereira Monteiro ESTRADAS POR CABOTAGEM NO PIA 14 DE JlNEIRO<br />

Itália: Carmine Martino, Felicc Antônio, Vln-<br />

Junior, 100 caixas <strong>de</strong> assuear.<br />

.DE <strong>1863</strong>.<br />

dia, eus que serio abertas, presentes cs proponentes.<br />

eooao Btsano, Felice Logearí, Palombo Leonardo, Em 9 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— O 1." Escripturario, Jto-<br />

Gêneros nacionaes.<br />

Loca Antônio, Italianos*<br />

mingos José Monteiro P ito <strong>de</strong> Lacerda.<br />

Costa ds Mina pela Bahia : Marcellino Teixeira,<br />

Amear: 12caixas e 13 barricai.—Café: 2.073<br />

Constança Maria Cartola, pretos forros.<br />

IHIPORTAÇlO.<br />

sacos.— Farinha; 1.525 sacos. — Feijão 17 sacos ^<br />

—Fumo: 32 rolos. —Jacarandá; 151/2 dúzias. —<br />

Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />

Adolpho Focrsler, Ailcmàes; c P. Szoumcr, Aus­ mmm PARTICULARES.<br />

MANIFESTOS.<br />

Ma<strong>de</strong>ira: 01 dúzias.—Milho: 620 sacos.<br />

tríaco.<br />

Europa: o Commcndador José Albino Pereira<br />

<strong>de</strong> Farta, Brasileira.<br />

Secretaria da Polida da Cdrte, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

1803 — F. J. <strong>de</strong> liara<br />

Nnbiverlpejto Naelosassl.<br />

As pessoas que <strong>de</strong>sejarem inscrever-se acharão<br />

as listas <strong>de</strong> subscripção ú rua Direita n.* 82,1.° andar,<br />

em casa do Exm. Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ipanema, Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Commissão, om qualquer dia ulil das<br />

0 horas ao meio dia. Os senhoras que tiverem<br />

subscripto terão a bondado <strong>de</strong> realizar b pagamento<br />

no banco Maná* Mac Gregor & Comp.<br />

Bio do Janeiro, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— T. B.<br />

Ottoni, Secretario da Commissão.<br />

BARCA INGLEZA — DEOGAÜM— DE LIVERPOOL.<br />

Aço: 40 volumes a or<strong>de</strong>m, 13 a Samuel, 8 a J.<br />

Moore, 5 a E. Johnston. — Aguaraz: 13 volumes a<br />

J. Moore.—Aguar<strong>de</strong>nte: 50 caixas a C. Spcnce.—<br />

MOVIMENTO DO PORTO.<br />

SAI1IDAS NO DtA 14.<br />

Alcatrão 1 barril a J. Moore. — Aniagens: 5 fardos<br />

a Phipps<br />

Baltimore — Barca Norte Americana Empresa The-<br />

Pelo Secretaria da Policia da Corte se faz pu­<br />

Banha: 100barria aC. Spencc.—Barrilha: 100<br />

reza, 419 tons., m. C. Johnson, equip. 9: c.<br />

blico, paçii conhecimento <strong>de</strong> quem convier, que<br />

barris a or<strong>de</strong>m, 50 a Fry.—Bigornas: 4 a J. Moore.<br />

em lastro o café; passag. a americana Eiisabeth<br />

se acha recolhido á Casa <strong>de</strong> Detenção o escravo José,<br />

Dorsey.<br />

Canos <strong>de</strong> chumbo: 3 barris a or<strong>de</strong>m.—Cerveja:<br />

<strong>de</strong> nação ItebOJo, que diz pertencer a José Mon­<br />

130 barricas e 227 caixas a A. M. Fernan<strong>de</strong>s, 200 a Havana—Polaca hesp. Izidra, 322 tons., m. Boateiro.<br />

Dreyfus, 120 a A. Ricke, 100a J. J. dos Bois. — ventura Colopié, equip. 13*. c. a mesma que<br />

Secretaria da Policia da Corte, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

Cevada preparada : 32 barricas a Heyn.— Chumbo<br />

trouxe.<br />

em lençol: 2 volumes a Samuel, 2 a or<strong>de</strong>m.—Ci­ Valparaizo—Fragata Ingleza a Vapor Sutley, Comnt.<br />

mento : 200 barricas a Moss.—Cobre: 43 caixas, M. Connoly.<br />

PARTE COMMERfliL 123 fundos e 11 feixes pesando 17 tons., 7 quinlaea Portos do Norte—Barca Ingleza ÍJirhsa, 471 tons.,<br />

Relação da$ pessoas sepultadas no dia 13 <strong>de</strong><br />

e 01 libras a Samuel .—Conservas: 10 caixas a Wil- m. Bobcrt Yeoman, equip. 11. Em lastro <strong>de</strong><br />

Janeira <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />

mont.—Correntes: 8 barris a Shaw. — Cutclaria: pedra.<br />

PB A ÇA , 14 DE JANEIBO DE <strong>1863</strong>. 11 volumes a Samuel, 3 a or<strong>de</strong>m, 2 a Moreira & Bio Gran<strong>de</strong> por Santa Catharina — Barca Norma,<br />

Joaquim José da Silva Monteiro, Porluguez, 64<br />

Campbell, 1 a A. F. Alves.<br />

annos, casado. Gastro-enlero-colite.<br />

Celãcies officiaes da Junta aos Cos reteres.<br />

224 tons., m. Fre<strong>de</strong>rico José Pratos, equip. li:<br />

Drogas: 2 volumes a J. Moore.<br />

Em lastro <strong>de</strong> pedra; passag, Francisco Damas<br />

Luiz <strong>de</strong> Saldanha, Africano, 40 annos, viuvo, en-<br />

Não houve cotações.<br />

Estanho: 10 barricas a or<strong>de</strong>m, 2 a Samuel.— Schutcl.<br />

lerite. '<br />

Estopim: 3 barricas a J. Moore, 2 a E. Johnston. Iguapc — Brigue Iguapense, 135 tons., m. José Nu­<br />

Joaquim Baptista Monviar, Fluminense, 42 annos,<br />

Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />

Fazendas <strong>de</strong> algodão: < 41 volumes o or<strong>de</strong>m, 12 nes da Costa, equip. 9: c. vários gêneros; passags.<br />

solteiro. Entero-colite.<br />

Pelo Secretario, L J. dr Vasconcellos.<br />

a Durham, 9 a Gomes Pacheco, 8 a Samuel, 6 a João Luiz da Costa, Antônio Rodrigues Vianna, o .<br />

Marcolina Luiza dos Santos, Fluminense, 20<br />

S. Busk, 1 a J. Freeland, 1 a V. dc Carvalhaes.— port. José Cândido, e 1 escravo á entregar.<br />

annos, casada Tísica pulmonar.<br />

Fazendas <strong>de</strong> 15: 10 volumes a S. Busk, 7 a Phipps, Santa Catharina—Sum. Nova Castro, 113 tons.,.,<br />

José do Carmo Si mas, Fluminense, 40 annos,<br />

casado. Febra typhoi<strong>de</strong>.<br />

Rendimentos no ate: <strong>de</strong> Janeiro.<br />

6 a li. Pecha.*, 0 a or<strong>de</strong>m, 5 a Samuel.—Fazen­ m. Manoel Berlink da Silva, equip. 7: c. vario*<br />

das <strong>de</strong> linho, 12 volumes a Coilings, 1 a Samuel. gêneros.<br />

Folippa Maria <strong>de</strong> Oliveira, Fluminense, 17 annos, Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2 a 13., 536:6819565 Ferragens: 116 volumes a Samuel, 56 a Shaw, 25 Itabapoana— Hiatc Floresta, 30 tons., m. Manoel<br />

solteiro. Parto.<br />

Do dia 14..,,<br />

66:1539404 a Moreira & Campbell, 14 a E. Johnston, 202 po­ dos Santos.Oliveira, equip. 4: em lastro <strong>de</strong> terra.,<br />

Jacintha Condida, 35 annos, casada. Gastro-bo»<br />

ças a or<strong>de</strong>m.—Ferro: 158 toneladas a or<strong>de</strong>m, 14 A ri ré por Angra—Sum. Voadora, 64 tons., m.<br />

pato-enteril.es.<br />

Somma*... 602:8349969 a Gomes Pacheco, 5 3/4 a Samuel.—Folha <strong>de</strong> ílan- Antônio da Bocha Oliveira, equip., 7: c. vá­<br />

_ Margarida Josepha do Almeida, Bio Gran<strong>de</strong>nsc do<br />

dres: 20 caixões a Samuel.—Folies; 2 a J. Moore. rios gêneros; passag. 1 escravo a entregar.<br />

Sul, 57 aanos, casada. Cancro no utero.<br />

Da Becebedoría, do dia 2 á 13... 90:3799284 Garrafas vasias; 20 gigos a A. M. Fernan<strong>de</strong>s.—<br />

Mambucnba por Angra — Pat. Campeador Fio*<br />

Lcopoldina Cândida Braid, Fluminense, 28 annos, , Do dia 14 ... 11:4029069 Genebra: 100 caixas a Wilmot.<br />

minense, 88 tons., m. Anlonio José do Souza,<br />

solteira. Pcritonitcs.<br />

equip., 7: c. vários gêneros; passags. 3 escra­<br />

Linha <strong>de</strong> algodão: 1 caixa a Freire <strong>de</strong> Souza.<br />

Um innocente. filho <strong>de</strong> Miguel doa Anjos Pires.<br />

Somma 110:7819353<br />

vos a entregar.<br />

— Louça: 194 gigos e 10 barricas a Collíngs, 10<br />

Nsseéo morto<br />

Angra—Sum. Conceição, 3V tons., m. Francisco<br />

gigos a Bastos, 9 gigos e 2 barricas a or<strong>de</strong>m, 10<br />

Vn criança <strong>de</strong> cor branca encontrada morta na Da Mesa Provincial, do dia 2 a 13..... 49:6629559<br />

Dias do Nascimento, equip. 5: c. vários<br />

barricas a Shaw, 1 a J. Moore.<br />

geroda.<br />

ncros, passag. Francisco José Moreira.<br />

Do dia 14<br />

i 599360 Manteiga: 100 barris a Samuel, 100 aC. Spcnce.<br />

.Eusebio, innocente exposto, Fluminense, 26 dias.<br />

Campos—Pat. D• Francisco, 165 tons., m. Joa­<br />

Objectos <strong>de</strong> armarinho: 5 volumes a Samuel.—<br />

Slomalites.<br />

quim Men<strong>de</strong>s da Silva Bibairo, equip. 9: c.<br />

Somma.......... 49:8219919 Objcctos diversos: 8 volumes a Companhia <strong>de</strong> Pa­<br />

Manoel, innocente exposto, Fluminense, 18 dias.<br />

vários. gêneros, passags Vicencia Maria da Conquetes<br />

Brasileiros.— Oleo: 1 barril a J. Moore.<br />

Convulsões.<br />

ceição, c 1 filha menor, os Portuguezes Josó<br />

Pão: 120 a Shaw.— Panei Ias <strong>de</strong> ferro: 2070 a Bento, e Francisco Dias.<br />

Antônio, filho dc Antônio Ignacio Villa Real,<br />

EHSABQÜES DE CAFÉ «O VIA 13 DB «MKRBO. A. F. Alves.— Pedras <strong>de</strong> amolar: da E. Johns­ Villa <strong>de</strong> Santa Cruz—Sum. Perpetua Segunda, 124<br />

Fluminense, 14 mezes. Convulsões.<br />

ton, 2 a J. Moore.— Pelles preparadas: 1 caixa a tons., m. Antônio Joaquim da Silva, equip. 8 :•<br />

Maria, filha <strong>de</strong> Joaquim José <strong>de</strong> Souza Ribeiro,<br />

J. J. <strong>de</strong> Araújo Coelho.— Phosphoros: 8 caixas cm lastro do arca e gêneros.<br />

Fluminense, 1 anno. Bexigas.<br />

Jonhnston (New-York). 2.500 a Samuel.—* Pregos: 25 barris a Samuel, 4 a J. Macahc—Pat. Con<strong>de</strong> Primeiro, 1(2 tons., m. Joa­<br />

Manoel, filho dc Antônio Men<strong>de</strong>s Moreira Junior, N. Aslley (Cabo da Boa Esperança) «V 1.950 Moore, 1 a Shaw.<br />

Fluminense. Apoplexia.<br />

Boje tV Comp. (Havre)............,.... 912<br />

quim Gonçalves <strong>de</strong> Oliveira, equip. 9: c. varioa<br />

Roupa feita: 2 caixas a J. Moore.<br />

Bernardino, filho <strong>de</strong> João José das Chagas, Flu­ Beba Vista âc Comp. (Dito) ...... 260<br />

gêneros; passags,, qs portugueses Thomaz Pinto<br />

Sal: 50 caixas a Wilmot.<br />

minense, 3 anãos. Tuberculos mesen tericos. W. Schnnihis (.Vorwega) ........... 250<br />

Moreira, Manoel Pinto Moreira Gafanhoto, e Luiz<br />

Vinho branco: 49 cestos a Lc-Cocq e Oliveira.<br />

Elvira, filha <strong>de</strong> José Coelho, Fluminense, 3 annos.<br />

Diversos (Diffcrenies portos).............. 400<br />

Ferreira da Siíva Campos, os Italianos L. Mar-<br />

Boubas.<br />

BARCA INGLEZA — P. C. E. — DE LONDRES. chi, c B Luisí, e 9 escravos á entregar.<br />

Total 6.272<br />

O cadáver <strong>de</strong> om preto remettido pela autorida<strong>de</strong><br />

Ácidos: garra Pões a Príns.— Aguar<strong>de</strong>nte : 89<br />

ENTRADAS NO DIA 14.<br />

Policial.<br />

Des<strong>de</strong> o 1.° do mez.................... 46.023 caixas a Moss.— Alvaia<strong>de</strong> : 8 barris a Fry.— Ar­<br />

Catharina, filha <strong>de</strong> Rodrigo da Rocha, Fluminense,<br />

retes: 6 caixas a Gillea, 1 a J. M. da Silva.—<br />

Cadiz—39 ds., Brigue lnglez Texian, 139 tons.,<br />

7 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />

Assuear: 1 caixa a F. A. Vaz,<br />

in. P. BroAvn, equip. 7: c. sal a iliich Stongcl<br />

d\ Comp.<br />

Antônio Bahia, Africano, 40 annos. A mo 1 feri­<br />

Bolaxinha : 5 caixas a Monteiro dr Machado.<br />

mento cerebral.<br />

Descargas* para o dia AS <strong>de</strong> Ja­<br />

Buenos-Ayrcs.— 20 ds<br />

— Ca<strong>de</strong>iras : 11 caixas a Legcr.— Calçado : 5 cai­<br />

Pat. Arg. N aposta, 150.<br />

neiro <strong>de</strong> 1H«3.<br />

tons., m<br />

Jose, filho <strong>de</strong> Ricardo <strong>de</strong> Souza Peixoto, Flumixas<br />

a M. A. Guimarães.—-Canhamo: 10 fardos<br />

Agostin Jlalors, equip. 8: c. carne ao<br />

capitão.<br />

nense, 18 meses. Gastro cncophalite. ><br />

PABA A ALFÂNDEGA.<br />

a Moss.—Canos: 1.468 a J.Moore.— Canos <strong>de</strong><br />

chumbo: 17 volumes a or<strong>de</strong>m.—Cervejaí 1.175 Santa Catharina—o ds., Hiate Corsor, 123 ton. r<br />

Sepultarão-se mais 4 escravos sendo dc congestão<br />

Navios atracados.<br />

caixas a S. Busk.— Cevada preparada: 30 barri­ m. José Ignacio da Silva, equip. 9: c. farinha a<br />

cerebral 1, insuíRciencia das válvulas do coração 1,<br />

absorpção purulénta 1 e encephalitc 1.<br />

Galera franc. Trance át Chily, do Havre.<br />

cas a or<strong>de</strong>m.— Chã : 2 caixas com 146 libras a M. . Ricardo Antônio Men<strong>de</strong>s Gonçalves, passags. Dio-<br />

Barca ing. Silvcr Craig, <strong>de</strong> Liverpool.<br />

Abreu, 2 meias com 90 libras a W. Fox.—Chumbo nizio Josó Fagueira, e o lnglez W. Bennet.<br />

em lençol: 10 rolos a or<strong>de</strong>m.—Chumbo <strong>de</strong> mu­ Guarapary—2 da., pat. Hortense, 102 tons., nu,<br />

Em saveiros.<br />

nição : 50 barris a Moreira & Campbell.—Cimento: Duarte Ribeiro Pinto, equip. 8: e. ma<strong>de</strong>ira a João<br />

AnCIOS ADMINISTRATIVOS. Galera port. África, do Porto.<br />

400 barris a H. Prins. 300a J. Moore, 100a M. José Fernan<strong>de</strong>s dc Magalhães & Comp.<br />

Barca MassaUoU. <strong>de</strong> Marscille.<br />

Abreu, 25 a Fry.—Cobre: 3 caixas e 0 feixes, pe­ Itabapoana—2 ds., pat. Estreita do Norte, t25t<br />

Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segando. — aust. Ida S., <strong>de</strong> Giasgow.<br />

sando 33 quintaes o 31 libras a or<strong>de</strong>m.<br />

tons., m. João Baymundo dos Santos, equip. 9 ;.<br />

— hesp. Caemen, <strong>de</strong> Malaga.<br />

c. ma<strong>de</strong>ira a Bernardo Murat; passag. Antônio<br />

Drogas: 60 volumes a Souza Pinto, 38 a II.<br />

EXTEBNATO.<br />

— ing. Uaimtote, <strong>de</strong> Lirerpoal.<br />

<strong>de</strong> Sá Marques Guimarães.<br />

Prins, 10 a A. F. Alves, 10 a Klingelboefer, 4<br />

— ing. Mcsteliote, <strong>de</strong> Londres.<br />

a Via!lis, 1 a Moss.<br />

Paraty e escalas—16 hs. do ultimo. Vapor D. Af-<br />

Do dia 15 ao ultimo do corrente estarão abertas as Brigue ing. John Barley, <strong>de</strong> Londres.<br />

Enxofre: 50 barris a Moss, 50 a Fry.<br />

fonso, 124 tons., m. J. C. <strong>de</strong> Meírelles, equip. 20:<br />

matrículas <strong>de</strong>ste estabelecimento, <strong>de</strong>vendo serás petições — ing. tíeffcrd, <strong>de</strong> Liverpool,<br />

Fazendas <strong>de</strong> linbo : 4 volumes a or<strong>de</strong>m.-^Fer­<br />

c. caféefumo o Luiz Tavares Guerra; passags.<br />

dirigidas ao respectivo Sr. Reitor c instruídas <strong>de</strong> certidões — hamb. AnUmie, <strong>de</strong> Santa ITelenff,<br />

ragens: 4 volumes a Shaw, 4 a F. A. Vaz, l a<br />

Geraldo Braga do S. Sabás, João Leandro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> vaccina com bom êxito. Admillcm-seexterno — hamb. Feiga, <strong>de</strong> Eamburgo.<br />

e meío-pensíonislas, pagando estes quarenta mil réis c<br />

Pinto Gomes & Vaz. 1 a Moss.—Folha <strong>de</strong> flandres:<br />

Araújo Silva. Antônio Francisco Pinto Junior,.<br />

aquclles vinte e quatro mil réis por trimestre adian­ PARA OS TRAPICHES ALKANDEGADOS, X DESPACHO 400 caixas a Fry,<br />

José Antônio da Silva, Joaquim Teixeira da Cutado,<br />

além <strong>de</strong> doze mil réis <strong>de</strong> matricula ano uai. Os<br />

SOBBE AGÜA.<br />

Gesso: 100 barricas a Fry,<br />

nha, Joaquim Francisco da Silva, Joaquim Hen-<br />

qUe se não matrírulão no curso completo <strong>de</strong> qualquer<br />

Instrumentos <strong>de</strong> agricultura: 3 caixas a IreneO.<br />

riques, 1 forricl e 3 praças poliefaes, 2 recrutas, o<br />

Galera ing. Udberg, dc Cardiff.<br />

anno pagão quatro mil réis por cada mataria.<br />

Linha: 13 caixas a Samuel.—Louça: 2 gigos a<br />

1 escravo a entregar.<br />

Barca port. Silencio, do Porto.<br />

Externa Io do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo em<br />

A. F. Alves, 1 caixa a J. F. Moller.<br />

— amer. Whuheimar, <strong>de</strong> New-York.<br />

8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> imH.^~José Maneei Garcia, Secretario. — amer. Ctifíon. <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />

Marhinismo: 5 volumes a l. P. Cor<strong>de</strong>iro.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Tfpographia Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />

Roa ds Guarda Velha junto ô Secretaria oa laiparist

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!