1863 - 1a. Quinzena de janeiro - Historiar - História e Genealogia
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CORTE.<br />
EÒR ANNO 42#>O0O<br />
vfm SEIS MEZES..<br />
POR TRES MEZES.<br />
DIÁRIO OFFIGIAL<br />
68)000<br />
3&000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL.<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO. ....... 16$>000'<br />
PCR SEIS KFZES.8©000<br />
ÍOR TRES MEZES... 4#C00<br />
ANNO DE 1865. QUINTA FEIRA, 1 DE JANEIRO. £ v C NUMERO 1 .<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
MlFVISTERaO DA AGRICULTURA,<br />
COMII. E OBRAS PUBLICAS.<br />
Por Portarias dc 31 <strong>de</strong> Dczembro'<strong>de</strong> 1862 fora o<br />
nomeados:<br />
João Ferreira Dutra Agente do Correio da Villa<br />
do Con<strong>de</strong>, na Bahia.<br />
José da Silva Pinto Ajudante da mesma Agencia.<br />
' Tudo Pinto Crespo para Agente do Correio da<br />
Villa do Bom Conselho em, Pernambuco.<br />
. João Caneta da Silva Campos Agente do Correio<br />
da Villa do Bom fim, em Minas.<br />
DIÁRIO OFFICIAL.<br />
Rio, 81 do Dezembro <strong>de</strong> 1SG3.<br />
COXFLtCTO COM A LEGAÇÃO DE SUA<br />
MAGESTADE BRITANNICA.<br />
A população da cnpilai do Império <strong>de</strong>ve<br />
achar—se sob a dolorosa impressão <strong>de</strong> sorpreza,<br />
que necessariamente ha <strong>de</strong> ter-lhe causado<br />
a noticia, que ha dias circula, da ameaça<br />
contra a Soberania e dignida<strong>de</strong> nacional,<br />
dirigida ao Governo Imperial pelo Ministro<br />
dc Sua Magesta<strong>de</strong> Brilannica nesta corte, o<br />
Sr. William Dougal Christie, para satisfação<br />
<strong>de</strong> algumas injustas exigências.<br />
£ com razão terá a ancieda<strong>de</strong> publica tocado<br />
o extremo por conhecer as causas, que<br />
<strong>de</strong>terminarão tão insólito procedimento, não<br />
menos que por ser informada da posição que<br />
em semelhante conjunetura assumia o Governo<br />
Imperial.<br />
*Para correspon<strong>de</strong>r a $q justos reclamos<br />
da opinião, apressamo^nos a transcrever em<br />
seguida a correspondência trocada entre o<br />
K Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Le-<br />
gação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, dc que<br />
resultou a estranha e <strong>de</strong>plorável situação,<br />
que veio pôr em alarma os pacificos habitautes<br />
<strong>de</strong>sta corte.<br />
• A Jeííura refíectida das peças oíiiçiaes,, que<br />
publicamos, tornará evi<strong>de</strong>nte não só a injustiça<br />
e a prepotência das exigências da<br />
Legação Britannica, como a altitu<strong>de</strong> ao mesmo<br />
tempo mo<strong>de</strong>rada e digna que tomou em relação<br />
a ellas o Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> o<br />
Imperador.<br />
, A leitura <strong>de</strong>ssas peças ofíiciaes <strong>de</strong>ve também<br />
completamente tranquillisar o espirito<br />
publico sobre a guarda dos sagrados direitos<br />
da in<strong>de</strong>pendência e da soberania nacional.<br />
Pô<strong>de</strong> a superiorida<strong>de</strong> da força <strong>de</strong>satten<strong>de</strong>r<br />
e conculcar taes direitos; mas <strong>de</strong> certo não<br />
po<strong>de</strong>rá jamais privar o Governo Imperial <strong>de</strong><br />
fazer ouvir bem alio o grito da razão e da<br />
justiça, protestando solemnemente á face do<br />
mundo contra tamanha violência 1<br />
Confie portanto o paiz no Governo Imperial,<br />
como confia o Governo que o bom senso<br />
r mim, como principalmente pelo Sr. Ministro<br />
da justiça, julgou a questão - concluída, o commumeou<br />
a resolução a este respeito tomada pelo seu<br />
Governo.<br />
Em taes circumstancias, ao Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
o Imperador pareceu que o arbítrio único<br />
que lhe restava adoplar, <strong>de</strong> accòrdò com os sentimentos<br />
<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração e <strong>de</strong> benevolência que o j<br />
animão para com o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica,<br />
e a par da confiança' que lhe inspirão os<br />
princípios <strong>de</strong> justiça e do rectidão do mesmo Governo,<br />
era o <strong>de</strong> incumbir ao Ministro do Brasil, em<br />
Londres, <strong>de</strong> onten<strong>de</strong>r-se directamente com o Gabinete<br />
Britannico a respeito dc ambas as reclamações,<br />
a que me tenho referido. ^<br />
fornada pelo Governo Imperial esta resoluçí.o,<br />
• apressei-mo a communical-a ao Sr. Christie pela no'.ar que me coube a honra <strong>de</strong> dirigir-lho com data do<br />
18 do corrente.<br />
Ò Sr. Christie tião julgou conveniente respon<strong>de</strong>r<br />
por cseriplo a esta minha nota; mas no dia 22,<br />
pelas 3 1/2 horas da tar<strong>de</strong>, teve a bondado <strong>de</strong> comparecer<br />
na casa da minha residência para verbalmente<br />
confcrcnciar comigo^<br />
Depois dc trocarmos algumas palavras relativa-?<br />
mente ao assumpto das reclamações em questão,<br />
<strong>de</strong>clarou-me o Sr. Christie que, a respeito <strong>de</strong> taes re- '<br />
clamações, acabava dõs receber do seu Governo as<br />
mal* ter mi nantes or<strong>de</strong>ns<br />
Que não somente lhe impunhâo cilas o <strong>de</strong>ver<br />
<strong>de</strong> fazer as exigências contidas nas suas tres notas ^<br />
<strong>de</strong> 5 dò corrente, mas também <strong>de</strong> dar as necessárias<br />
instrucções ao Almirante, /Chefe da Estação<br />
inglcza neste porto, para o caso cm que taes exil<br />
gencias não .fossem promptamente allendidas.<br />
Que o que -dizia não importava uma ameaça ^<br />
mas a participação das or<strong>de</strong>ns que recebera. íwJí<br />
Que, havendo-lhe o seu Govcjno (loterminàdb 3/<br />
im medi ata execução das ejB&cifcias coptidas nas<br />
tres notas <strong>de</strong> o do corrcnlej ou o recursjÉÉpara<br />
o Almirante, não ficava mais tempo para incumbir í<br />
ao Ministro do Brasil, em Londres, <strong>de</strong> tratar dos<br />
assumptos em questão; sendo que o unicc&meio<br />
<strong>de</strong> •xaminar a procedência <strong>de</strong> taes exigências era
eatar as respectivas discussões cora o próprio Sr.<br />
CnrMle.<br />
Ha <strong>de</strong> sem duvida reeordaf-se o Sr. Christie <strong>de</strong><br />
qiie pedi-lhe que me passasse nota no sentido da<br />
communicação verbal, que acabava <strong>de</strong> fiUSer-me;<br />
assim como reonrdar-se-ha lambem <strong>de</strong> que respon<strong>de</strong>u-me<br />
nio julgar conveniente que se discutisse<br />
em nota a referida couimunica-fin, pelo que<br />
resolvera fazél-a verbalmente: insistindo em se-<br />
. giiída para que fosse <strong>de</strong>signado o dia e a hora cm<br />
• que po<strong>de</strong>ria receber a resposta.<br />
Na manhã <strong>de</strong> 33, procurou-me outra vez o Sr.<br />
Christie para dizer-me que partia nesse dia puni Petropolis,<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> voltaria no Sabbado, 27, a fim <strong>de</strong><br />
receber a minha resposta.<br />
Declarei-lhe que e»Urla promptoa dâr-lba. e qne<br />
esperava oíTcrecer-lhe. nessa oocasifln, em conferência'<br />
verbal, novas explicações e esclarecimentos, que<br />
talvez o levassem a reconsi<strong>de</strong>rar MS questões.<br />
Concordou nisso o Sr. Chrit-tie, prevenindo-mc<br />
porém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, <strong>de</strong> que receberia a minha resposta<br />
<strong>de</strong>finitiva na Segunda-feira, 29 do corrente; porquanto,<br />
<strong>de</strong> conformido<strong>de</strong> com as suas insttiioçGct,<br />
nio lhe era licito esperar mais tempo.<br />
Teve com efleilo logar no Sabbado, 27, a conferência<br />
ajustada*<br />
Como o havia promettido, oflereci ao Sr. Chrislie<br />
novas explicações e mais <strong>de</strong>senvolvidos esclarecimentos<br />
áserca dc ambas as questões pen<strong>de</strong>ntes, apreaentaodo-ihe<br />
um « nwmoraudum » relaUto a cada<br />
uma das mesmas questões, acompanhado dc todos<br />
os documentos comprobatorios das allegações e dos<br />
argumentos com que forão contestadas as proposições<br />
do Sr. Christie, quer o respeito do uma, quer a<br />
respeito da outra reclamação.<br />
Infelizmente Ibi infrucUfero este esforço, e o Sr.<br />
Christie concirno por <strong>de</strong>clarar quo insistiu nas suas<br />
exigências, quacs primitivamente as formulara.<br />
Corre-me, portanto, o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> dar hoje.ao Sr.<br />
Chrislie a solução do Governo Imperial acerca das<br />
reclamações <strong>de</strong> que se trata.<br />
fio Intuito, porém, <strong>de</strong> esgotar na meios conciliatórios,<br />
e do tornar evi<strong>de</strong>nte não só a pureza das<br />
intenções do Governo Imperial, como a perfeita<br />
consciência que tem da inteireza e regularida<strong>de</strong><br />
do seu procedimento, recorrerei nítida para a círcumspecçio<br />
e critério do Sr. Chrislie. remei tendolhe<br />
inclusas as cópias dos .< memoronàutn » que lhe<br />
apresentei na conferência dc sabbado, c para as<br />
quaes <strong>de</strong> novo agora instantemente reclamo a sua<br />
reflectida allcnção.<br />
Nessas peças acttlo-sc COM toda a clareza expostos<br />
os fsotos, o apreciadas cada uma das observações,<br />
que elles suggcrlrflo ao Sr. Christie.; o<br />
que imporia dizer quo tem o Governo Imperial<br />
franca c lealmente empregado os possíveis esforços<br />
para <strong>de</strong>monstrar a im procedência <strong>de</strong>stas reclamações<br />
, e, por ron si quinto, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, como<br />
tanto convém á boa intçlligoncln existente entre<br />
os dous países c ás im porta ntissi mas relações que<br />
lígflo a Grã-Bretanha ao Brasil, serem reconsi<strong>de</strong>radas<br />
pelo Sr. Chrislie as exigências constantes<br />
das suas notas»<br />
E o Governo imperial faz este <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro appcllo,<br />
não só no interesse, que consi<strong>de</strong>ro muito importante,<br />
<strong>de</strong> evitar os incalculáveis mates que por ventura<br />
resulta riflo <strong>de</strong> uma perturbação nas relações<br />
amigáveis existentes entre os dons paizos, como<br />
por estar convencido do que as reclamações <strong>de</strong> que<br />
se trata, admittidas mesmo até certo ponto as upprehcnsõcs<br />
c apreciações, aliás menos exactas, que<br />
a respeito dcllas se tem manifestado por parte da<br />
Lagacio <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Brítannícn, ainda assim<br />
nfio exigiSo o <strong>de</strong>sfecho que o Sr. Chrislie lhes dá.<br />
Como perfeitamente sabe o Sr. Chrislie, <strong>de</strong> recursos<br />
semelhantes só so lança mão em casos extremos,<br />
quandç nenhum meio honroso reste para<br />
conseguir-se uma solução pacifica.<br />
A respeito dc qualquer das questões vertentes,<br />
seguramente .que se não dá essa hj pothcse ; e<br />
di filei I, senão impossível, será <strong>de</strong>monstrar que cm<br />
todo o seu procedimento tenha o Governo Impe- 1<br />
liai, por qualquer modo, manifestado repugnância :<br />
ou opposição a concluir amigavelmente* ambas as<br />
reclamações.<br />
Se por cífcümslancias especiaes, que inútil fora<br />
enumerar, inseparáveis <strong>de</strong> unrpaiz novo, que occupa<br />
uma vasto extensão do território, gran<strong>de</strong> parle<br />
da qual esta ainda por povoar, on<strong>de</strong> as com municuções<br />
são difBceis, e, por conseguinle, a acção<br />
do Governo é tardia, dá-se és vezes alguma <strong>de</strong>mora<br />
na solução dc reclamações e questões suscitadas,<br />
e nem sempre se chega no exame dcllas<br />
;i um resultado tão completo o satisfadorio qual fora<br />
para <strong>de</strong>sejar, do certo quo não <strong>de</strong>vo nisso enxert<br />
gar-se má vonta<strong>de</strong>, e menos ainda uma <strong>de</strong>saltençüo<br />
ou oíTensa, principalmente quando nenhum interesse,<br />
nenhuma base existe para justificar ou auto<br />
risa r semelhante supposição.<br />
Sc isto é assim, não é também menos verda<strong>de</strong><br />
que uma nação, embora comparativamente fraca<br />
em relação a outra, não pódc ser indiflbrente a<br />
actos, que se traduzem em humilhação dc sua soberania<br />
e <strong>de</strong> sua dignida<strong>de</strong>, e que «não encontrão J<br />
explicação nem apoio na razão e na justiça uni- I<br />
vfersal.<br />
Para conjurar uma situação semelhante * para<br />
prevenir os immensos males que <strong>de</strong>lia <strong>de</strong>vem necessariamente<br />
esperar-se, e para* emlim, <strong>de</strong>clinar por<br />
sua parle toda a responsabilida<strong>de</strong>, é que o Governo<br />
dc Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador dirige ao Sr. Chrislie<br />
estas consi<strong>de</strong>rações.<br />
Entretanto, se, contra o que o Governo Imperial<br />
tem direito <strong>de</strong> esperar <strong>de</strong> uma Nação tão po<strong>de</strong>rosa<br />
quão i)lustrada, como é a Brilannica, insistir o Sr.<br />
Chrislio nas suas exigências, se, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> quanto<br />
fica pon<strong>de</strong>rado, c dc todas as irrecusáveis provas<br />
que forão exhibidas, enten<strong>de</strong>r que <strong>de</strong>ve fazer cflertlvo<br />
O annunciado ullitnatum do seu Governo, recorrendo<br />
para esse fim ao Almirante que com manda<br />
a força naval do Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, reunida<br />
neste porto : cm tal conjunetura, ao Governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> o imperador, salvando., antes <strong>de</strong> tudo a<br />
dignida<strong>de</strong> nacional, protestando com toda a solcmnida<strong>de</strong><br />
contra os princípios insólitos que se preten<strong>de</strong>m<br />
estabelecer, c mümamcntejgponvencido da perfeita<br />
justiça que lhe jfisiste, mis que não pô<strong>de</strong> fazer<br />
•valer, só restará sbbmcllcr-sc ás condições que lhe<br />
forem impostas pela força, o appellar para o juízo<br />
esclarecido c imparcial das Nações civilísadas.<br />
Em nome, pois, do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o<br />
Imperador, pelo que toca á reclamação concernente<br />
ao naufrágio da barca; Prince. of Wales, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que,<br />
<strong>de</strong>sconhecendo sjgsiespraiando todas osffeonsi<strong>de</strong>raçttes<br />
c provas allegadas por pártc^Bo Governo Imperial<br />
cm j^slificaçuo do seu procedimento, e do<br />
das autorida<strong>de</strong>s Brasileiras, o Sr. Christie exige uma<br />
in<strong>de</strong>mnisação pecuniária pelos prejuízos e dam nos<br />
daquelle naufrágio, cabe-me a honra <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar-lhe:<br />
1 .* Que não pô<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve o Governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> o Imperador aceedor ao principio <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong>, que sé lhe ailribuc, e contra o<br />
«juoL alta e categoricamente protesta.<br />
2." Que recusa-se peremptoriamente a consentir rança necessárias para, por assim dizer, respigar a<br />
e a intervir na proposta liquidação das perdas sof-<br />
Chega o lnspector na casa do Sub<strong>de</strong>legado.—<br />
ver.lado on<strong>de</strong>, quando, e como so apresentasse,<br />
fridas pelos donos da barca naufragada, e da in<br />
Ainda oito legues.<br />
Com a exigência da intervenção do um Ofllcial da<br />
<strong>de</strong>mnisação que se exige pelos suppostos assassi-<br />
E, finalmente, O Sub<strong>de</strong>legado oIRcía ao Delegado<br />
Marinha Inglcza, so teria antes comprometi ido do<br />
nios.<br />
do Rio Gran<strong>de</strong>,.— Ainda <strong>de</strong>zascis léguas.<br />
que facilitado o bom exilo das diligencias: pela<br />
9.* Finalmente, que, so fór obrigado a ce<strong>de</strong>r :.<br />
São, pois, quarenta c seis legues, e tres mil braças<br />
razão obvia <strong>de</strong> quo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo o conhecimento<br />
força nesta questão pecuniária, pagará, protestando<br />
ou 6.840 mélrbs cada uma, cm tres dias (11,<br />
dos fados dc informações confi<strong>de</strong>nciaes, c da boa<br />
também con ira a violência que se lhe fizer,<br />
12 e 13), cm terreno péssimo, sem contar o<br />
vonta<strong>de</strong> dos que por ventura po<strong>de</strong>rião guiar a auto<br />
somma qne o Sr. Christie ou o Governo <strong>de</strong> Sua<br />
tompõ das entrevistas do expediente, & c. São perto<br />
rida<strong>de</strong> nas suas pesquisas, todos se tcri&o calado,<br />
Magesta<strong>de</strong> Brilannica qiiizer.<br />
<strong>de</strong> oitenta léguas franeczas.<br />
sem comprometlimento algum, á vista <strong>de</strong> um Ofll<br />
E, quanto á questão relativa aos ofíiciaes da fracial e <strong>de</strong> navios Inglezes. (Oflicio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
Parece quo não so pódc dizer quo Houve <strong>de</strong>mora,<br />
gata Forte, tenho <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar ao Sr. Chrislie que 10 <strong>de</strong> Abril dc 1862, e annexos.)<br />
ainda que se pretenda que, viajando dia o noite, e<br />
O Governo Imperial, conscio <strong>de</strong> que 83 autorida<strong>de</strong>s<br />
matando animaes, >o teria ganho talvez um dia.<br />
Forão <strong>de</strong>mittidos o lnspector do quarteirão, e o<br />
poííçíaes, como foi <strong>de</strong>monstrado, nio faltarão ás<br />
A proprieda<strong>de</strong> não ficou abandonada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quo<br />
Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim. Ao primeiro o Chefe dc<br />
a Menções <strong>de</strong>vidas á Marinha ttritannica no procedi<br />
a-autorida<strong>de</strong> competente tomou conhecimento do<br />
Policia atlribuio a <strong>de</strong>mora da communicação do<br />
mento que li verão cnm Ires indivíduos vesl idos .í pai-<br />
facto. pois que a praia ficou policiada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia<br />
faclo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia do naufrágio (7 a 8 <strong>de</strong> Junho)<br />
sa 11 Í%MI 11 c recusa rio d«*climir seus nomes c q u a I i 11 ados,<br />
11 até o dia 1% em que, chegou a commissSo do<br />
até o dia II (Oflicio <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Maio dc 1362); mas,<br />
não pu<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve igualmente satisfazer ás exi<br />
inquérito; c ainda continuou a sél-o, como foi re-<br />
como vetemos adiante, o lnspector sé foi inforgências<br />
do ullimalum: e, por muito que <strong>de</strong>plore mado no dia 10; c, por tanto* só f«i dctwt lido, por<br />
commendado pelo Juiz Municipal, sendo seinpto<br />
os inales, que <strong>de</strong>sta sua <strong>de</strong>liberação po<strong>de</strong>rão re ler julgado que podia soltar um dos indiciados que,<br />
o lnspector acompanhado dc cinco guardas naciosultar,<br />
julga preferível e mais honroso soflrel-os ad <strong>de</strong>pois, evadio-se para o Estado Oriental. O Subnaes (oflicío do Juiz Municipal do 18 <strong>de</strong> Setembro<br />
do que sacrificar o <strong>de</strong>coro e a dignida<strong>de</strong> Nacional. <strong>de</strong>legado foi <strong>de</strong>mittido por causa <strong>de</strong> algumas ar- <strong>de</strong> 1861—interrogatório <strong>de</strong> Faustino José Silveira,<br />
Renovo ao Sr. Chrislie as seguranças <strong>de</strong> minha guieões que lhe forão feitas na oceasião em que annexo ao oflicio do Chefe <strong>de</strong> Policia <strong>de</strong> 10 dc<br />
alta consi<strong>de</strong>ração.—Marquez <strong>de</strong> Abronttt.—bxi Sr. foi Interrogado; arguições estas que não prflvão que Maio do 1862).<br />
William Dougal Christie.<br />
elle fosse culpado ou remisso, mas quo podilo <strong>de</strong>s- Desapparcce, pois, qualquer arguição que se possa<br />
lustrar o prestigio <strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve gozar a autorida<strong>de</strong> fazer an lnspector o ao Sub<strong>de</strong>legado, em relação<br />
(Oflicio do Chefe dc Policia do 10 <strong>de</strong> Mato do 1862, á <strong>de</strong>mora da communicação, e ao abandono da<br />
.MKMOJUNm M.<br />
o annexos).<br />
proprieda<strong>de</strong>. Só por ser parente <strong>de</strong> Bento Vcnan-<br />
Questão 4o Prince of Wales.<br />
cio Soares, não se <strong>de</strong>duz que o lnspector fosse<br />
O naufrágio <strong>de</strong>ste navio teve logar na costa do<br />
Estas <strong>de</strong>missões rcvèlão o melindre com que se connivcnto no crime, ainda que Soares tivesse tido<br />
Albardão, que cornprchendc mais <strong>de</strong> quarenta lé<br />
houve o Governo Imperial nesta questão; mas dc parte nelle; o que aliis nio foi provado.<br />
guas freqüentadas por homens <strong>de</strong> má índole, ent<br />
rórma alguma po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas como pro A respeito das suspeitas <strong>de</strong> assassinatos, oceorre<br />
sua maior parte perfeitamente nomadós e ligados<br />
venientes <strong>de</strong> culpas das autorida<strong>de</strong>s locaes que dizer o seguinte:<br />
aos naturaea do Estado Oriental que habilão as pro<br />
facilitassem o crime, e estorvassem a acção da Jus A <strong>de</strong>mora que houve na communicação do nauximida<strong>de</strong>s<br />
do Chuy até Castilhos, conhecidos pelo<br />
tiça. A soltura do evadido apenas <strong>de</strong>morará a exefrágio, o aspecto da praia, as distancias em que<br />
nome <strong>de</strong> Montonclos. Estes homens aço<strong>de</strong>m cm<br />
cução da sentença que o con<strong>de</strong>mnar, pois quo vai forão achados alguns corpos, tudo isso fez sus<br />
comrnum ás praias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nutrem esperanças<br />
ser exigida a sua cxlradicção do Estado vizinho. peitar ao Cônsul quo parte da tripolação foi as<br />
<strong>de</strong> presas; c <strong>de</strong>sta sorte se explica o geral reco<br />
O Cônsul, Sr. Vereker, ai legou suspeitas do rousassinada ( Oflicio <strong>de</strong> 20 dc Junho do 1861).'<br />
nhecimento do facto, sem possibilida<strong>de</strong> dc <strong>de</strong>terbo<br />
contra o Juiz do Paz do Albardão Bento Ve- Jj&xigindo o Sr. Vereker a remessa para o Rio<br />
minai; os autores, i O filei o <strong>de</strong> 10 do Maio do 1862,<br />
nancío Soares; disso que, na oceasião do inquérito Gran<strong>de</strong>, dos cadáveres que havião sido enterrados,'<br />
do Chefe <strong>de</strong> Policia, no Presi<strong>de</strong>nte da Província do<br />
<strong>de</strong> i\ do Junho do 1861, vio cm sua casa duas o Chefe <strong>de</strong> Policia expedio logo ai convenientes<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.)<br />
bíblias o duas caiias vaslas pertencentes aos náu or<strong>de</strong>ns ao Delegado para que se proce<strong>de</strong>sse ás nefragos.<br />
(Nota do Sr. Christie dc 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> cessárias diligencias, a fim do <strong>de</strong>scobrir so houverão<br />
Basta esta simples <strong>de</strong>scripção do logar, para se 1862.) Nem o Cônsul, nem o Juiz Municipal, flzc- assassinatos, o quacs seus autores; e ao mesmo<br />
mostrar as gran<strong>de</strong>s difllculdadcs <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir os rão menção das circumstancias a Iludidas nos of- tempo o Delegado oíficiou nesse sentido ao Sub<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>predadores dos salvados.<br />
llcios cm quo <strong>de</strong>rão conta do citado inquérito. (Oflegado do Tahim (Oflicío <strong>de</strong> 27 dc Junho dc 1861<br />
Ninguém po<strong>de</strong> ser arcusadó sem provas ou ao licios <strong>de</strong> 20 e 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1801.) B tendo-se do Chefe <strong>de</strong> Policia ao Presi<strong>de</strong>nte).<br />
menos indícios.,,<br />
procedido a vários Inquéritos, pira se <strong>de</strong>scobrir os Tendo sido achados um cadáver enterrado e tres<br />
Mas os poucos moradores espalhados neste vasto <strong>de</strong>predadores, não tendo resultado prova alguma insepultos, forão logo rcmetlidos para a Cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>serto, para não serem <strong>de</strong>scobertos e punidos, con-' contra Soares, com que fundamento podia a au do Kio Gran<strong>de</strong>, o sobro elles proce<strong>de</strong>u-se ao con<br />
duzirio logo para o interior tudo quanto pu<strong>de</strong>rão torida<strong>de</strong> manúal-o processar ?<br />
veniente exame, <strong>de</strong>clarando o medico José dc Pontes<br />
pilhar; assim suppot, e com ratão, o Presi<strong>de</strong>nte<br />
E* verda<strong>de</strong> que foi indiciado um tal Joaquim Car- I<br />
da Província. (Olllcio <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Julho dc 1801.) ,<br />
França que Os ditos cadáveres nio oflerecião lesão<br />
píntcíro, que morava na casa do mesmo Soares, cs- I alguma externa nem indicio dc violência, e quo<br />
O Delegado do Policia do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>clara tando este ausente (interrogatório do Sub<strong>de</strong>legado a causa da morte fdra asphixia por submersflo (Ofli<br />
que, tendo mandado tres vezes notificar diversas do Tahim, annexo ao oflicio do Presi<strong>de</strong>nte dc 14 dc cio do Chefe dc. Policia do 1.° <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 18111).<br />
pessoas do Albardão cm logares circumvizinhos, Maio <strong>de</strong> 1862). Talvez <strong>de</strong>sta maneira se possa ex O Presi<strong>de</strong>nte reiterou as or<strong>de</strong>ns para que se fi<br />
para comparecerem a essa cida<strong>de</strong>, negão-sc todas, plicar a existência cm casa dc Soares dc alguns ob<br />
não apparcccrn ao Ofllcial <strong>de</strong> Justiça, fingem-se<br />
zesse novas averiguações (Oflicio <strong>de</strong> 11 do Julho<br />
jectos dos salvados.<br />
doentes; alguns que po<strong>de</strong>m saber alguma cousa<br />
<strong>de</strong> 1861); mas o inquérito a que se proce<strong>de</strong>u não<br />
tem-se ausentado para o Estado Orientai; outros,<br />
Quanto a não ter Soares participado o naufrágio, dou resultado algum.<br />
que se conhecem criminosos, tem fugido <strong>de</strong>finiti<br />
e ler somente no dia 12 filiado, na Cida<strong>de</strong> do Rio Ainda o Presi<strong>de</strong>nte or<strong>de</strong>nou ao Juiz Municipal<br />
vamente para iquclle Estado. (Oflicío dc 18 <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> alguns cadáveres que apparcc-crãn nas quo verificasse o facto arguido. Esto Juiz que, ao<br />
Setembro <strong>de</strong> 1801, do Delegado ab Presi<strong>de</strong>nte.) vizinhanças <strong>de</strong> sua casa (oflicio do Cônsul dc 20 dc mesmo tempo que o Cônsul, teve oceasião dc ob<br />
Junho <strong>de</strong> 1861), supposlo que o mesmo Soares tiservar o aspecto da praia, as distancias cm que<br />
foi preciso mandar comparecer <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> vara vesse conhecimento <strong>de</strong>ste ou dc outros fartos relativos estavão os corpos, c outras circumstancias do as<br />
as pessoas que Se súppunhio informadas dos fados. ao naufrágio, anteriormente a esse dia, não lhe corso rnpio, <strong>de</strong>clarou quo o Cônsul não havia sido le<br />
(Or<strong>de</strong>m do Chefe dc Policia ao Delegado, annexá ria o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fazjjr tal participação, por ser o covado senão por inducções fundadas no nuío ca-?,<br />
ao officio do Presi<strong>de</strong>nte do Í0 dc Dezembro <strong>de</strong><br />
nhecimento <strong>de</strong>ste negocio da competência do lnspec<br />
1861. ) Foi preciso mondar inquerir testemunhas,<br />
racter dos habitantes, do Jogar, e não em algum<br />
tor do quarteirão e do respectivo ípub<strong>de</strong>legádò.<br />
clndoenta tegoas <strong>de</strong> distancia, no districto <strong>de</strong> Santa<br />
facto positivo; e ficou<br />
Parece, pois.quc não cabe responsabilida<strong>de</strong> alguma<br />
Victoria. ("Olllcio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong><br />
1862 )<br />
ao Governo Imperial, nem pelos teus próprios actos,<br />
nem pelo procedimento das autorida<strong>de</strong>s locaes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Informado <strong>de</strong>sta e dc outras dlfficuldadcs da a época em que forão informados do naufrágio. ''<br />
mesma espécie que se <strong>de</strong>duzem dos volumosos do 'Será por ventura responsável o mesmo Governo<br />
cumentos <strong>de</strong>ste processo, o Governo Imperial or pelo que tem acontecido antes que recebesse taes<br />
<strong>de</strong>nou ao Presi<strong>de</strong>nte que empregasse todos os meios, informações; por outra, po<strong>de</strong>r-se-ha altribuir a por-<br />
toda a diligencia; autorisou <strong>de</strong>spesas extraordinápetração<br />
do crime á incúria do mesmo Governo, ao<br />
rias, aconselhou que, se a acção da Justiça não<br />
<strong>de</strong>leixo ou connivencia das autorida<strong>de</strong>s locaes ?<br />
fosse suflleicntc, se procurasse saber aos Actos por<br />
De certo, não se pô<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r que nas immcnsas<br />
nieio dc informações eontl<strong>de</strong>nciacs. (Despacho <strong>de</strong><br />
26 <strong>de</strong> Dezembro dc 1861.) Estas or<strong>de</strong>ns forâo va<br />
e <strong>de</strong>sertas praias do Brasil se possa inhibir taes<br />
rias vezes repetidas.<br />
crimes,' quando ainda hoje se pratldo nos paizos<br />
mais civilisados da Europa; com a diflerença <strong>de</strong><br />
Evi<strong>de</strong>ntemente, por mais que se esforçassem O que, sendo ncsles o território muito menos extenso<br />
Governo Imperial c as autorida<strong>de</strong>s locaes, era ne e a população muito mais <strong>de</strong>nsa, mais facilmente<br />
gocio <strong>de</strong> tempo o <strong>de</strong> perseverança.<br />
pódc-se prevenir o crime o <strong>de</strong>scobrir as pisadas dos<br />
Avisado do naufrágio no dia 10 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> criminosos.<br />
1861, como adiante ficará <strong>de</strong>monstrado, o Inspec- Diz o Sr. Vereker (oflicio dc2u dc Junho dc 1861)<br />
tor do quarteirão seguto no dia 11, com 5 Guar que se julga ter tido logar o naufrágio no dia 7 ou<br />
das Nacionaes, para fazer a policia da praia. 8 dc Julho.— Que no dia 9 espalhou-se a noticia<br />
Houve uma <strong>de</strong>mora inevitável, em razão das dis no districto.— Que somente no dia 12 o Juiz <strong>de</strong><br />
tancias.<br />
Paz mencionou no Kio Gran<strong>de</strong> terem-sc achado<br />
No dia 14, o Juiz Municipal, acompanhado do corpos na praia.— E quo só no dia 14 chegou a<br />
Cônsul Inglcz, do Ajudante do Guarda morda Alltan- participação ofllcial ao Rio Gran<strong>de</strong> ,sendo feita pelo<br />
<strong>de</strong>ga, dc dous Guardas, e dc quatro praças, <strong>de</strong>u Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim, que mora distanle da Ci<br />
busca nas casas Aos moradores mais vizinhos do logar, da<strong>de</strong>.<br />
c nada pódc <strong>de</strong>scobrir. (Olllcio do Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 3 A* vista disso, o Cônsul Britannico observa : que<br />
do Julho dc 1861.),<br />
o Juiz dc Paz <strong>de</strong>via communfcar o facto no dia 9;<br />
O mesmo Cônsul reconheceu o zelo com que que o lnspector do quarteirão que <strong>de</strong>clarou que foi<br />
proce<strong>de</strong>ra esse magistrado. {Oflicio <strong>de</strong> 20 dc Junho ao logar do naufrágio no dia 11, <strong>de</strong>via ofliciar im-<br />
<strong>de</strong> 1861.)<br />
mediatamente ao Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim ; que, este<br />
Além <strong>de</strong>ste primeiro inquérito, forão feitos vários finalmente, <strong>de</strong>via mandar cm continente que se<br />
outros, pelo Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Tahim duas vezes; proce<strong>de</strong>sse ao corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto nos cadáveres, c ir<br />
pelo Juiz Municipal mais uma vez; c finalmente ao logar para garantir a proprieda<strong>de</strong>.<br />
pelo Chefe <strong>de</strong> Policia. (Oflicío <strong>de</strong>ste dc 10 dc Maio Em primeiro logar, convém lembrar que não sendo<br />
<strong>de</strong> 1862.)<br />
o Juiz <strong>de</strong> Paz autorida<strong>de</strong> competente, não lhe cabia<br />
Havia-se instaurado o processo acerca da pilha o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fazer esta communicação.<br />
gem dos salvados; mas, pelas diulculda<strong>de</strong>sapontadas Quanto ao lnspector e ao Sub<strong>de</strong>legado, parece que<br />
c outras que facilmente se po<strong>de</strong>m comprehendcr, as distancias em que se achavão tanto do logar do<br />
o processo não pódc seguir com a <strong>de</strong>sejável» bre naufrágio, como da cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, não pervida<strong>de</strong>.<br />
(Oflicío do Delegado ao Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> mitlirãoque fizessem esta Communicação mais <strong>de</strong><br />
Setembro dc 1861,1<br />
pressa.<br />
Accrçsce que foi preciso inslaurar novo processo E, com efleito, o lnspector mora a mais dc seis<br />
por crime <strong>de</strong> roubo, visto como, lendo o Juiz Mu léguas do Jogar do sinistro, e o Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong><br />
nicipal qualificado dc furto o crime commeltido, Tahim, outro tanto ou mais.' Estas autorida<strong>de</strong>s sou<br />
não havia recurso cx-oflicio, e, quando mesmo hoube rão do naufrágio só <strong>de</strong>pois que os habitantes do<br />
vesse, não se dava recurso da qualificação do crime. logar lh'o participarão. Só no dia 11 o lnspector,<br />
(Oflicío do Presi<strong>de</strong>nte ao Delegado <strong>de</strong> Policia, <strong>de</strong> avisado na véspera, encaminhou-se para a praia,<br />
14 <strong>de</strong> Abril, e do Presi<strong>de</strong>nte ao Governo,do 1& mandando nesta data dar parte ao Sub<strong>de</strong>legado, quo<br />
<strong>de</strong> Maio dc 1862, n.° 6.)<br />
com muni Co u o oceorrido ao Delegado do Rio Gran<strong>de</strong><br />
Finalmente comumnicou o Presi<strong>de</strong>nte que se (oflicio do Delegado <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1861). Diz<br />
havia instaurado novo processo a onze indicia o Chefe dc Policia que 0 Sub<strong>de</strong>legado doente mandos,<br />
e que se tratava dc remetter os signaes dos dou chamar o lnspector que o informou do naufrá<br />
qpe se suppõem refugiados no Estado Oriental. gio ; e o lnspector ficou na guarda dos salvados,<br />
Ao principio erfio somente tres; mas, mediante as segundo or<strong>de</strong>m que recebera do Sub<strong>de</strong>legado. (Oflicio<br />
continuas diligencias da autorida<strong>de</strong>, tinha-se con dc 10 <strong>de</strong> Maio dc 1862.)<br />
seguido <strong>de</strong>scobrir mais oito. (Oflicio dc 31 dc Julho Assim, pois. no dia 1 ou 8, em que se suppõe,<br />
<strong>de</strong> 1862.)<br />
como diz o Sr. Vereker, teve logar o naufrágio,<br />
Des<strong>de</strong> então continuarão as diligencias, e re até o dia 10, em que, pela primeira vez foi inforsulta<br />
dos documentos que, nem o Governo Imperial, mada a autorida<strong>de</strong> policial, correrão dous ou tres<br />
nem as autorida<strong>de</strong>s locaes, se <strong>de</strong>scuidão <strong>de</strong> pro dias em que os <strong>de</strong>predadores tiverão largo tempo<br />
mover por todos os meios a mais completa solução para perpetrar o crime.<br />
<strong>de</strong>sta penosa e difficil questão.<br />
Se a noticia se espalhou no districto no dia 9,<br />
Taes são0 em resumo, os motivos da <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> não é para admirar que ao lnspector, que mora a<br />
que se queixa o Sr. Ministro Britannico.<br />
seis léguas dc distancia, só chegasse no dia seguinte.<br />
A' vista dos <strong>de</strong>spachos e oflicios expedidos sobre E, sendo o lnspector informado somente no dia<br />
este. assumpto, não resta a menor duvida <strong>de</strong> que, tanto 10, é evi<strong>de</strong>nte que nio lbe cabe a responsabilida<strong>de</strong><br />
o Governo Imperial, como as autorida<strong>de</strong>s locaes, da <strong>de</strong>mora das diligencias anteriormente a esse dia.<br />
houverão-se com todo o zelo.; e que não po<strong>de</strong>m ser A que hora foi avisado o lnspector no dia 10?—<br />
responsáveis, nem pela <strong>de</strong>mora, nem pela falia <strong>de</strong> Não consta.—Mas, como tinha dc fazer seis léguas<br />
um melhor exilo; visto que taes inconvenientes em terreno arenoso, comprehcn<strong>de</strong>-se que tenha se<br />
estavão, e ainda estão, na natureza das cousas. guido no dia H para o logar do naufrágio.<br />
Por or<strong>de</strong>m do Governo Imperial, as autorida<strong>de</strong>s Mandou immediatamente avisar ao Sub<strong>de</strong>legado.<br />
locaes empregarão a força, o dinheiro, os meios — Mais oito léguas <strong>de</strong> viagem.<br />
suasoríos c confi<strong>de</strong>nciaes, e; o que mais valia no O Sub<strong>de</strong>legado doente manda-o chamar.—Ainda<br />
caso em questão, tiverão a prudência e a perseve oito léguas. ,<br />
4 persuadido do que ò Sr*<br />
Vereker fora injusto hcsla supposição. (Oflicio do<br />
Chefe dc Policia, dc 10 dc Maio dc 1862.)<br />
Finalmente foi insliluido novo inquérito pelo<br />
Delegado. Ür. Ca na rim, c, como os prece<strong>de</strong>ntes,<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> oITerecer maiores esclarecimentos (ibid.).<br />
Tendo sido convidado o Cônsul para assistir a<br />
este uliímo inquérito, respon<strong>de</strong>u ao Delegado que<br />
nessa oceasião não o podia acompanhar na costa<br />
do Albardão, e que se a sua presença fosse necessária,<br />
pedia-lho que assim o informasse; o '<br />
acrescentou « que não era justo altribuir a elle es-<br />
" pecíalmentc a suspeita <strong>de</strong> que houverão assassi-<br />
. Consta, além disso, que as forças <strong>de</strong> que dispunha<br />
o lnspector, para fazer a policia da praia, não<br />
erfto superiores ao numero do pessoas, e á força<br />
que. trazia o Juiz Municipal. A comitiva do-te era<br />
Ciimposta do Cônsul, do Ajudante do Guarda Mor,<br />
<strong>de</strong> dois guardas o<strong>de</strong> quatro praças—oito pessoas.—<br />
O lnspector só tinha ás suas or<strong>de</strong>ns cinco guardas<br />
meionaes (<strong>de</strong>poimento do Faustino José Silveira,<br />
annexo ao oflicio do Presi<strong>de</strong>nte do 14 do Mulo <strong>de</strong><br />
1962).<br />
Por maior que seja á confiança que o Sr. Chrislie<br />
<strong>de</strong>posita no seu Cônsul, parece que us allcgações<br />
o opiniões, mais ou menos fundadas, dc uma única<br />
pessoa, não pó .em contrapesar a ausência completa<br />
<strong>de</strong> provas,, os actos dc todas as autorida<strong>de</strong>s, c as<br />
allirmações do gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> testemunhas que<br />
forão legalmente ouvidas nesta questão.<br />
Não é raro nascerem suspeitas dc prevenções<br />
genéricas, do inslineto da própria conservação, e<br />
mesmo do sentimento mais nobre da compaixão<br />
excitada por infortúnios alheios, sem que entretanto<br />
haja facto algum positivo que justifique taes<br />
suspeitas. E ainda ha pouco tempo, o Sr. Vereker<br />
<strong>de</strong>u; uma prova <strong>de</strong>sta verda<strong>de</strong>, quando pensou<br />
que o sua vida corria immincnte perigo, facto este<br />
que dias <strong>de</strong>pois se verificou não ter fundamento<br />
algum. (Notas do'Sc;; Christie <strong>de</strong> 14 e 21 <strong>de</strong> Agosto<br />
<strong>de</strong> 1862.)<br />
Na sua ultima nota, do 5 do corrente, o Sr.<br />
Christie exige, em nome do seu Governo, uma<br />
compensação pela pilhagem dos salvados, e pelos<br />
corpos.<br />
Parece que o Governo Imperial, nem pelos seus<br />
próprios actos, nem pelo procedimento das autorida<strong>de</strong>s<br />
locaes, <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r pelos <strong>de</strong>sastres acontecidos,<br />
com o naufrágio da barca Prince of Wales;<br />
e, portanto, que não proce<strong>de</strong> a exigência do Go-><br />
verno <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica. Mas, quando<br />
proce<strong>de</strong>sse, parece que não seria <strong>de</strong> fácil realização.<br />
1<br />
Em primeiro lógar, dc quaes corpos exige S. Ex.<br />
compensação?<br />
Não é por certo dos quatro que forão levados<br />
para a cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, o a respeito dos quaes<br />
se provou que a causa da morte havia sido a asphixia<br />
por submersa o. Também não po<strong>de</strong>m ser os<br />
seis quo se per<strong>de</strong>rão nos comoros <strong>de</strong> areias do<br />
Albardão, porque não se sabe a que almas pertencerão,<br />
nem ha meios para distinguil-os daquelles<br />
que. forão engolidos pelas ondas.<br />
Quanto á pilhagem dos salvados, se proce<strong>de</strong>sse<br />
a exigência do Governo Britannico, parece que o<br />
Governo Imperial só po<strong>de</strong>ria ser responsável pela<br />
espécie, quantida<strong>de</strong> o valor dos objectos que forão<br />
roubados. Mas não consta quantos e quaes forão.<br />
O mar, por certo, não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ter a sua parte.<br />
O Sr. Christie exige o pagamento dc toda a carga<br />
e até do frete do navio.<br />
Desta maneira fleão inteiramente neutralisados<br />
o> c(feitos do naufrágio.<br />
Admittido o principio, haverá quem se responsabilisc,<br />
não só pelos crimes dos <strong>de</strong>predadores, como<br />
também pela inépcia ou má fé dos Capitães, c até<br />
pelas fúrias dos ventos c das ondas? O Governo do<br />
Brasil sanará todos estes <strong>de</strong>sastres, e as Companhias<br />
<strong>de</strong> Seguros, não terão melhor auxiliar do que a<br />
costa do Albardão, ou qualquer outra costa <strong>de</strong>serta<br />
do Império.<br />
MEMORANDf.Vf.<br />
Questão a respeito dos Ofíiciaes da Fragata Forte.<br />
Tendo a Legarão <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica<br />
reclamado' contra o procedimento attribuido ao<br />
Commandante e Soldados do <strong>de</strong>stacamento da Tijuca<br />
para com alguns Ofliciaes da Fragata ingleza<br />
Forte,' passou o Governo Imperial a informar-se<br />
dos' factos, por melo das autorida<strong>de</strong>s competentes,<br />
a lim <strong>de</strong> habilitar-se a formar um juízo seguro<br />
sobre a reclamação, e resolver como fosse <strong>de</strong> justiça,<br />
visto que ninguém <strong>de</strong>ve ser con<strong>de</strong>m nado sem provas,<br />
e não po<strong>de</strong>m estas ser substituídas pelas simples<br />
alienações dos queixosos. -<br />
' O facto oceorreu em um logar retirado: forçoso<br />
era, pois, ouvir o Commandante do <strong>de</strong>slocamento,<br />
e as praças <strong>de</strong>ste, que no exercício <strong>de</strong> seus<br />
<strong>de</strong>veres praticarão esse facto; acerescendo que as<br />
informações prestadas por esses agentes da força<br />
publica forão confirmadas por duas pessoas completamente<br />
estranhas á questão, a saber: os Srs.<br />
Benelt, e Muller.<br />
O Sr. Chrislie <strong>de</strong>sejou ter cópias <strong>de</strong>stes inquéritos,<br />
que lhe forão francamente confiados nos próprios<br />
originaes. Em seguida remetteu S. 3 Ex. ao Governo<br />
as contestações feitas a estes inquéritos pelos<br />
Srs. Capcllão Clemenger, Tenente Pringle, e Guarda<br />
Marinha Hornby.<br />
Seguramente que o Sr. Christie não po<strong>de</strong>rá<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer que por mais honroso que<br />
seja o caracter <strong>de</strong>stes senhores, as suas allcgações<br />
não são sufficientes para formar provas em juizo,<br />
ainda quando não houvesse prova alguma em<br />
contrario, porque são produzidas pelos próprios<br />
queixosos. •«<br />
Seria contrario a todos os princípios, e summamente<br />
perigoso, con<strong>de</strong>mnar-se o aceusadó sobre<br />
as meras aceusações do aceusador.<br />
Se a Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica dá<br />
fé ao que disserão os Ofíiciaes da Sua Marinha,<br />
não ha razão alguma para que o Governo Imperial<br />
a recuse aos seus agentes.<br />
Ha, porém, a circumstancia <strong>de</strong> terem sido corroborados<br />
os <strong>de</strong>poimentos dos agentes brasileiros<br />
por testemunhas completamente <strong>de</strong>sinteressadas, o<br />
que nos espíritos <strong>de</strong>sprevenidos <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>rramar alguma<br />
luz sobre esta difllcil questão, e levar o Magistrado<br />
imparcial a crer. como mais provável, que<br />
a verda<strong>de</strong> esteja do lado cm que apparcccm <strong>de</strong>claçles<br />
<strong>de</strong> pessoas absolutamente estranhas ao facto inquerido.<br />
• Queixa-se o Sr. Christie <strong>de</strong> não se ler dado ainda<br />
solução á sua nota dc 19 <strong>de</strong> Agosto. O que podia,<br />
porém, fazer em verda<strong>de</strong> o Governo Imperial? Não<br />
havia mais testemunhas a inquerir; todas as provas<br />
possíveis estavão colhidas; e, contra ellas, o que <strong>de</strong><br />
novo se apresentava não era mais do que as contestações<br />
. dos. queixosos.<br />
Manifestarão os Srs. Ofllciaes Inglezes o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
serem acareados com o Allemão Muller, cujo <strong>de</strong>poimento<br />
recusarão. Eutrctanto o Chefe <strong>de</strong> Policia<br />
informa que, <strong>de</strong>pois do dia 2 <strong>de</strong> Julho, não comparecerão<br />
mais aquellcs Ofliciaes na Repartição a<br />
seu cargo, <strong>de</strong>ixando mesmo voluntariamente dc<br />
assistir aos interrogatórios dos Srs. Benelt e Muller.<br />
Não obstaria isso, porém, a quo se lançasse mão<br />
<strong>de</strong>sse recurso, se <strong>de</strong>lle pu<strong>de</strong>sse resultar mais algum<br />
esclarecimento á questão.<br />
.Feitas estas observações preliminares sobre a generalida<strong>de</strong><br />
do processo, convém respon<strong>de</strong>r aos diversos<br />
tópicos da nota do Sr. Christie <strong>de</strong> 19 dc<br />
Agosto ultimo.<br />
Pon<strong>de</strong>ra que, das quatro testemunhas que relatão<br />
45iicuuislanciadamente o principio do questão, só<br />
uma podia fallar com conhecimento próprio, sendo<br />
que as outras só po<strong>de</strong>rião repetir o que ouvirão<br />
áquella, cujo testemunho fielmente reproduzem.<br />
Convém, porém, que o Sr. Christie consi<strong>de</strong>re que<br />
além do Commandante do <strong>de</strong>stacamento, forão inqueridas<br />
quatro praças. E' verda<strong>de</strong> que o principio<br />
do conflicto foi com o senlinella; mas lambem é<br />
verda<strong>de</strong> que cila bradou logo ás armas, acudindo<br />
immediatamente as outras praças que se acharão no<br />
quartel, presenciando Iodos, Commandante o praças,<br />
a luta que seguiu-se.<br />
Concordão todos os <strong>de</strong>poimentos cm que a senlincHa<br />
estava no seu posto; que a aggressôo pai tio<br />
dos Ofllciaes queixosos; que já antes^<strong>de</strong> chegarem<br />
ao <strong>de</strong>staca meu lo havião molestado a patrulha que<br />
em caminho encontrarão; c que em frente do quartel<br />
do <strong>de</strong>stacamento tinlião feito parar um transeunte<br />
que subia a la<strong>de</strong>ira a cavallo.<br />
Resulta, pois, evi<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>clarações<br />
que as praças e o seu respectivo Commandante presenciarão<br />
o conflicto; c que os seus <strong>de</strong>poimentos<br />
referem-se aos fados dc que forão testemunhas oceularcs.<br />
São factos simples; c não é para admirar que haja<br />
concordância na exposição que <strong>de</strong>lles flzerão as testemunhas<br />
em sua generalida<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />
apparecer uma ou outra versão a respeito dc circumstancias<br />
secundarias, como sóe sempre acontecer<br />
em casos semelhantes, como, por exemplo, sobre o<br />
momento preciso cm que se <strong>de</strong>u o conflicto, o barulho<br />
que flzerão os Ofllciaes no quartel, c outros<br />
factos <strong>de</strong> menor importância.<br />
Diz ainda o Sr. Christie: « Os Ofllciaes inglezes<br />
« <strong>de</strong>clararão que o Commandante só apparcccu <strong>de</strong>z<br />
« minutos <strong>de</strong>pois da sua prisão, sendo que por con-<br />
« seguinte o seu <strong>de</strong>poimento não merece ré; porque,<br />
« tendo <strong>de</strong>clarado o que não vio antes, é <strong>de</strong> suppor<br />
« que <strong>de</strong>clarasse o que não vio <strong>de</strong>pois; que se estava<br />
« ausente quando começou a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, é dc prece<br />
sumir que elle mesmo não confessasse uma que-<br />
« bra do seu <strong>de</strong>ver?<br />
A estas allcgações dos Ofllciaes inglezes, oppõem-se<br />
não só ás <strong>de</strong>clarações do Commandante,<br />
como das praças do <strong>de</strong>stacamento, que todas são<br />
concor<strong>de</strong>s cm dizer que, ao brado d'armas da scntinclla,<br />
compareceu o Commandante, e acommodou<br />
os Ofllciaes até que fossem recolhidos.<br />
Note o Sr. Christie que nenhuma razão havia bafa<br />
que o Commandante, se estivesse ausente, o não dissesse,<br />
porque podia ter-se ausentado a <strong>de</strong>z minutos<br />
<strong>de</strong> distancia do quartel, para outro qualquer serviço,<br />
sem que por isso se lhe pu<strong>de</strong>sse imputar falta alguma<br />
no cumprimento dos. seus <strong>de</strong>veres.<br />
Sente o Sr. Christie que o Chefe dc Policia, na<br />
participação que fez ao Sr. Ministro da Justiça cm<br />
data <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Julho, explicasse pela imputação <strong>de</strong><br />
embriaguez a soltura dos Ofllciaes inglezes, c isto sem<br />
inquérito ou justificação alguma; e acrescenta que<br />
tal imputação não é mencionada na informação do<br />
Commandante do <strong>de</strong>stacamento da Tijuca ao Sub<strong>de</strong>legado<br />
do Engenho Velho, única que naquella<br />
oceasião tinha o Chefe <strong>de</strong> Policia.<br />
Este magistrado <strong>de</strong>clarou que or<strong>de</strong>nara a soltura<br />
dos Ofllciaes, achando que não havia matéria para<br />
processo, porque os actos praticados por aquellcs<br />
Ofllciaes forão apenas o resultado do estado cm que<br />
se acha vão então,<br />
Permitia o Sr. Chrislie observar-lhe que o Chefe<br />
<strong>de</strong> Policia, posto que não tivesse ainda procedido a<br />
um inquérito formal, já sabia que, quando o conflicto<br />
se <strong>de</strong>u, os Ofllciaes acabavão <strong>de</strong> ter uma partida<br />
<strong>de</strong> divertimento, cm seguimento da qual quasi<br />
sempre apparcce mais ou menos ex citação e hilarida<strong>de</strong>,<br />
o que acontece mesmo, aos homens mais.<br />
sisudos, principalmente quando jovens, sem que<br />
d'ahi resulte prejuízo ao seu caracter. E, portanto, a<br />
esta animação attribuio o Chefe <strong>de</strong> Policia o procedimento<br />
dos Ofllciaes, não lendo dc certo razão<br />
alguma para suppôr que em outras circumstancias<br />
quizessem menoscabar a força publica, e ainda menos<br />
accommctlcT seriamente contra cila.<br />
Julgou, pois, que não havia matéria para processo,<br />
e mandou soltar os Ofllciaes, sendo que o inquérito<br />
a que se proce<strong>de</strong>u posteriormente foi antes para<br />
verificar o procedimento dos Agentes da força publica<br />
do que para formar culpa aos referidos Ofllciaes.<br />
Certamente que a circumstancia do pertencerem<br />
os Ofttciaes á Marinha <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica,<br />
e a intervenção <strong>de</strong> Seus Superiores, 6 do seu respectivo<br />
Cônsul, <strong>de</strong>vião ser tomadas cm consi<strong>de</strong>ração<br />
-pelo mesmo Chefe <strong>de</strong> Policia. E, se não mandou<br />
soltar antes os Ofllciaes, isto é, quando foi solicitado<br />
pelo Sr. Commandante Saumarez, é porque<br />
nessa oceasião não tinha ainda recebido a participação<br />
ofllcial do Sub<strong>de</strong>legado, pela qual podia<br />
conhecer o molivo da prisão, e serem os Ofliciaes<br />
postos á sua disposição.<br />
Na sua informação <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Julho, o Chefe <strong>de</strong><br />
Policia não fez mais do que reproduzir as allegaçõcs<br />
constantes do inquérito.<br />
Negão os Ofliciaes que estivessem espiritualisados,<br />
te queixão-se que se lhes fizesse semelhante impuaçflo.<br />
Mas o que se disse sobre este ponto encontra-se<br />
nas <strong>de</strong>clarações do Roberto Benett c <strong>de</strong><br />
Rodolpho Muller.<br />
Comprehendc-sc que, nesse eslado"os Ofllciaes proce<strong>de</strong>ssem<br />
do modo por que foi exposto pelas testemunhas;<br />
ao passo que não se explicaria, nem se<br />
comprehcndcrin que a scntinclla, sem provocação alguma,<br />
sahisse dc seu posto, que é retirado da<br />
estrada, para aggrcdir tres indivíduos que passavão<br />
tranquillamcnte pela mesma estrada.<br />
A estrada da Tijuca é uma das mais freqüentadas<br />
dos arrabal<strong>de</strong>s. O <strong>de</strong>stacamento ai li existo<br />
ha muito tempo, e nenhuma reclamação tem apparecido<br />
contra actos <strong>de</strong> violência ou <strong>de</strong> exorbitância<br />
da parte das praças <strong>de</strong> que se compõe, o que leva<br />
a concluir que não seria com os Ofliciaes Inglezes,<br />
que, sem provocação, se daria o primeiro facto.<br />
Comprehen<strong>de</strong>-se quo tendo sido provocada a scntinclla,<br />
o seguindo-se uma luta entre os Ofllciaes<br />
Inglezes c as praças do <strong>de</strong>stacamento, fosse preciso<br />
usar dc algum rigor para recolher os mesmos Offleiaes<br />
ao xadrez. Mas que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> recolhidos,<br />
fossem tratados com urbanida<strong>de</strong>, clles próprios o<br />
reconhecem.<br />
: Foi certamente movido polo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer<br />
seus nomes e qualida<strong>de</strong>s, e po<strong>de</strong>rse enten<strong>de</strong>r com<br />
elles, que o Commandante do <strong>de</strong>stacamento mandou<br />
vir. um interprete. Como é, pois, admissível que,<br />
tendo os Ofllciaes dado seus nomes o qualida<strong>de</strong>s<br />
por escripto, o Commandante atirasse com o papel<br />
no chão <strong>de</strong>pois dc ter lido ?<br />
Dizem os Ofllciaes inglezes que um austríaco servio-lhes<br />
<strong>de</strong> interprete, e explicou completamente ao<br />
Commandante sua qualida<strong>de</strong> o profissão, e que respon<strong>de</strong>rão<br />
a todas as suas perguntas.<br />
Mas, não só o Commandante e as praças negão<br />
quo houvesse tal <strong>de</strong>claração, e aflirmão pelo contrario<br />
que, tendo um dos ofllciaes escripto seus<br />
nomes, outro pegou rio. papel, rasgou-o, e lançou-o<br />
no chão, como tampe* ^nfíó austríaco a que<br />
se referem os ofllciaes, o interprete Muller, <strong>de</strong>clarou I<br />
que, explicando os mesmos ofllciaes o motivo da<br />
prisão, perguntou-lhes seus nomes o profissões, elles<br />
respon<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>sabridamenle, sem jamais <strong>de</strong>clarar<br />
nem uma nem outra cousa.<br />
Comprehendc-sc, dc algum modo, que os ofllciaes<br />
acanhados por se acharem presos, não quizessem<br />
dar a conhecer sua qualida<strong>de</strong> n profissão;<br />
e que se satisfizessem por emquanto com a ameaça<br />
que elles mesmos <strong>de</strong>clarão ter dirigido ao Commandintc<br />
do <strong>de</strong>stacamento, <strong>de</strong> que cedo o chamarião<br />
a contas pelo seu procedimento.<br />
No dia seguinte, sendo os ofllciaes rcmcltidos<br />
para a cida<strong>de</strong>, o Commandante no oflicio <strong>de</strong> reincssa,<br />
não <strong>de</strong>clarou os seus nomes, não havendo<br />
razão alguma para assim proce<strong>de</strong>r, mas antes toda<br />
a conveniência nesta <strong>de</strong>claração, se por ventura os<br />
conhecesse.<br />
Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estarem na Policia <strong>de</strong>clarou o seu<br />
Vice-Consul Britannico que erão ofllciaes da Marinha<br />
I Inglcza, sendo então immcdintamentc transferidos da<br />
prisão civil para a do Corpo Policial, on<strong>de</strong> pouco se<br />
<strong>de</strong>morarão, e forão soltos logo que o Sub<strong>de</strong>legado<br />
os póz ri disposição do Chefe <strong>de</strong> Policia, <strong>de</strong>clarando<br />
o motivo da prisão.<br />
Observe o Sr. Christie que os ofllciaes inglezes<br />
negão que usassem dc bengalas, dizendo trazer<br />
apenas o Sr. Clemenger um chapéu dc sol na mão;<br />
ao passo que no oflicio quo dirigio ao Sr. Christie,<br />
em 24 dc Junho, o Sr. Almiranto Warren diz<br />
que os soldados tirarão aos ofliciaes seus chapéos<br />
dc sol e bengalas.<br />
Na refutação que flzerão do <strong>de</strong>poimento do Commandante,<br />
disserão os ofllciaes que nenhum <strong>de</strong>lles<br />
trazia frasco <strong>de</strong> metal, pen<strong>de</strong>nte dc correia a tifacól,<br />
mas que o Sr. Clemenger trazia um. E' justamente<br />
o que disse o Commandante, com o additamento<br />
<strong>de</strong> que o frasco continha resto dc bebidas,<br />
dizendo os ofllciaes que estava vazio.<br />
Dizem mais os ofliciaes que não escarnecerão dos<br />
soldados brasileiros, porque não fallão porlugucz.<br />
O Sr. Christie convirá, porém, em que não é por<br />
esta razão que os ofllciaes <strong>de</strong>ixarião dc fazer escarneo,<br />
bem como em que, apezar <strong>de</strong> não saberem<br />
a língua do paiz, elles mesmos <strong>de</strong>clararão ter feito<br />
comprehcn<strong>de</strong>r ao Commandante que não tardarião<br />
cm chamal-o a contas pelo seu procedimento.<br />
Negão os Srs. Ofliciaes tudo o mais que em seu<br />
aggravo disserão as testemunhas. O Sr. Christie, porém<br />
terá a bonda<strong>de</strong> do atlendcr a que as <strong>de</strong>negações<br />
das partes interessadas não po<strong>de</strong>m fazer prova em<br />
Juizo, nem neutralisar os <strong>de</strong>poimentos dc testemunhas<br />
imparciacs, acerescendo que as allcgações dos<br />
ofllciaes não parecem todas verosimeis.<br />
Proce<strong>de</strong>ria a queixa se, pelo traje ou qualquer<br />
outra <strong>de</strong>claração, constasse que se sabia que os ditos<br />
Ofllciaes pcrlcncião á. Marinha dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
Britannica; mas consta ,pelo contrario que traja vão<br />
á paisana, e que não fizerão <strong>de</strong>claração alguma.<br />
Consta, finalmente que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que so conheceu a sua<br />
qualida<strong>de</strong>, forão im medianamente soltos, não havendo<br />
aliás matéria para dirigir-se a este respeito<br />
uma communicação á Legação dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />
O Governo Imperial, á vista do exposto, não duvida<br />
que o Sr. Christie, apreciando imparcialmente<br />
esta franca e leal exposição,' julgará conveniente reconsi<strong>de</strong>rar<br />
o objecto da presente reclamação.<br />
Em 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Rio dc Janeiro cm 30 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Sr. Marquez. — Li com muito pezar a nota <strong>de</strong><br />
V. Ex., dc hontcin, pois que vejo por cila que<br />
todos os esforços que tenho leito, a fim <strong>de</strong> prevenir<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar seguimento ás minhas ulteriores<br />
inslrucções, tem sido baldados, c que é inútil<br />
procurar outros meios do persuasão.<br />
Devo agora respon<strong>de</strong>r á sua nota dc honlem<br />
e bem assim á prece<strong>de</strong>nte, datada <strong>de</strong> 18, observando<br />
â V. Ex. que á esta ultima ainda não<br />
respondi por escripto, e julgo conveniente fazer<br />
uma breve narração do que se passou entre nós<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 20, para completar c corrigir a dc<br />
V. Ei.<br />
Em uma das minhas notas dc 5 do corrente cu<br />
não tinha fixado, como a V. Ex. aprouve dizer, cm<br />
prazo peremptório, porém requisitei dc V. Ex. que<br />
procurasse respon<strong>de</strong>r ás exigências do Governo <strong>de</strong> S.<br />
Magesta<strong>de</strong> sobre as duas questões Prince of Wales c<br />
do Forte até o dia 20 <strong>de</strong>ste mez. Não tendo sido,<br />
no intcrvallo, avisado por V. Ex. que haveria alguma<br />
difliculdadc cm cumprir com esta requisição,<br />
cheguei ao Rio dc Petropolis, on<strong>de</strong>, como V. Ex.<br />
sabe,a minha saú<strong>de</strong> me obriga geralmente a residir,<br />
na manhã <strong>de</strong> 20, a fim <strong>de</strong> receber as esperadas respostas,<br />
e estar prompto para conferir com V. Ex.<br />
se fosse necessário. Não achando resposta alguma,<br />
enviei o Sr. Brodio ao Secretario particular dc V.<br />
Ex., para saber com certeza quando po<strong>de</strong>ria contar<br />
com as suas respostas; e Mr. Brodic foi informado<br />
que ainda não estava prompta a resposta sobre uma<br />
das duas questões, pois que V. Ex. estava esperando<br />
um documento do Ministério da Justiça, mas que<br />
podia contar cm receber as respostas na segunda<br />
feira 22. Nesse dia recebi a breve nota dc V. Ex.,<br />
propondo referir ambas as questões para Londres,<br />
não discutindo nem uma nem outra questão." nem<br />
fazendo referencia alguma a qualquer documento<br />
do Ministério da Justiça; estas respostas, posto que<br />
não estivessem promptas no dia 20, traziüo a data<br />
dc 18.<br />
Algumas horas <strong>de</strong>pois da recepção <strong>de</strong>ssa nota, visitei<br />
a V. Ex. Disse-lhe que as minhas inslrucções não<br />
me permittião aceitar a sua resposta. Observei-lhe<br />
que não seallcgava matéria nova, para ser submettida<br />
á consi<strong>de</strong>ração do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />
e que, se alguma existisse, <strong>de</strong>via-me ser submctlida,<br />
sendo encarregado pelo Governo do Sua Magesta<strong>de</strong><br />
com as necessárias inslrucções para negociar aqui<br />
taes questões. .Ueferindo-me á sua a 1 legação dc que<br />
eu não tinha atlcndido as explicações verbaes que<br />
sobre o assumpto do mão tratamento dos Ofllciaes<br />
do Forte. me havião sido dadas, por V. Ex.<br />
e mais particularmente pelo Ministério da Justiça,<br />
perguntei-lhe quacs havião ellas sido, negando<br />
que eu tivesse conhecimento dcllas o V.<br />
Ex. confessou que nenhuma explicação me havia<br />
sido, dada <strong>de</strong>pois dos inquéritos a que proce<strong>de</strong>ra I<br />
o Chefe <strong>de</strong> Policia. V. Ex. disse que linha alludido<br />
ás minhas entrevistas com V. Ex. e com o j<br />
Ministro da Justiça antes que se proce<strong>de</strong>sse a esse<br />
inquérito, quando era meu único fim instar por<br />
uma completa investigação, c quo nenhum <strong>de</strong> nós<br />
estava habilitado para discutir a questão, V. Ex.<br />
não me po<strong>de</strong>ndo dar explicações ainda que quizesse.<br />
Lembrei a V. Ex. que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ler recebido<br />
os <strong>de</strong>poimentos, pedi-lhe uma entrevista, a<br />
flm <strong>de</strong> discutirmos a questão, c que V. Ex. <strong>de</strong>clarou<br />
que não estava preparado, nem habilitado<br />
para discutil-a, e não marcou dia algum para uma<br />
conferência. Foi <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta inútil entrevista que<br />
dirigi ú V. Ex. a minha nota <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Agosto,<br />
á qual nunca se dignou respon<strong>de</strong>r, nem mesmo<br />
na parto cm qne informava a V. Ex. do <strong>de</strong>sejo<br />
dos tres ofllciaes <strong>de</strong> serem acareados com a testemunha<br />
Muller. Chamei também a sua atlenção<br />
sobro a allegação <strong>de</strong> que os <strong>de</strong>poimentos me havião<br />
sido confiados particularmente c insisti em<br />
que eu tinha direito <strong>de</strong> pedir e rccebe.l-os, lembrando<br />
,í V. Ex. que o Sr. Sinimbú me. havia<br />
rcmettido os originaes, porque quando instei por<br />
elles <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mora inesperada o <strong>de</strong> sarazoada,<br />
S. Ex. achara que não seria dado passo<br />
algum para que me fossem reme 11 idas as copias,<br />
como me havião prcmetlido. Representei a V. Ex.,<br />
.sem aliás discutir a conveniência da medida, que<br />
se enganava se suppozessc que recorrendo da<br />
minha <strong>de</strong>liberação para a do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />
pois que este recurso teria logar por si<br />
mesmo, sendo que cada nota e documentos em<br />
ambas as questões havião sido enviados 6 Lord<br />
Russcl.<br />
O Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> tinha julgado as<br />
questões, formulado as exigências c linha me transmillido<br />
inslrucções completas. Finalmente informei<br />
á V. Ex. que tinha or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> me dirigir ao Almirante<br />
Inglcz no caso em que não fossem satisfeitas<br />
as mesmas exigências, o pedi a V. Ex. que<br />
recebesse esta communicação no espirito cm que era<br />
cila feita, não entendo por modo algum ameaçar, nem<br />
tendo instrucção para dar a V. Ex. <strong>de</strong> antemão esta<br />
informação; mas esperando com este procedimento<br />
que eu tomava <strong>de</strong>baixo dc minha própria responsabilida<strong>de</strong><br />
concorrer para evitar acontecimentos <strong>de</strong>sagradáveis.'<br />
Dei confi<strong>de</strong>ncial mente esta informação a<br />
V. Ex. para que também confl<strong>de</strong>ncialmenic a<br />
com mu ninasse aos seus collegas, o não annui n<br />
requisição <strong>de</strong> V. Ex. <strong>de</strong> fazer esta informação por<br />
escripto, e assim fiz cm parte porque as minhas instrucções<br />
não me autorisavão a fazer esta advertência<br />
c em parle por uma consi<strong>de</strong>ração que cu espero<br />
ainda agora pô<strong>de</strong> ser apreciada: pensei que uma<br />
nota tal como V. Ex. a exigia podia ter apparcncia<br />
<strong>de</strong> uma ameaça ao Governo Imperial. V. Ex. não<br />
insistio, c então perguntei-lhe se seria possivel que eu<br />
fosse informado na tar<strong>de</strong> do dia seguinte, 23, se o<br />
Governo Imperial <strong>de</strong>sistisse ou não da sua <strong>de</strong>cisão<br />
dc referir estas questões para Londres. V. Ex. exprimindo<br />
o <strong>de</strong>sejo que fosse prorogado esse prazo o (Tercei-me<br />
para esperar até sabbado 27; c na manhã<br />
do dia seguinte, 23, ainda' visitei V. Ex. o requisitei-lhe<br />
que so preparasse a mo respon<strong>de</strong>r<br />
sobro a questão fundamental da satisfação até a tar<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 29. V. Ex. <strong>de</strong>ixou dc mencionar a principal<br />
razão que al leguei para justificar o meu <strong>de</strong>sejo do<br />
evitar uma <strong>de</strong>mora <strong>de</strong>snecessária. Disso quo as<br />
moléstias começa vão a se propagar entro us tripolações<br />
dos navios Britannicos que estavão esperando no<br />
porto ainda tenho dc lembrar quo este motivo<br />
não <strong>de</strong>via influir sobre mim o nas actuaes circumstancias<br />
podia <strong>de</strong>ixar dc ser mencionada a V. Ex.<br />
a fim dc instar uma solução tão prompta quanto<br />
permelliria o tempo snfficienlc para <strong>de</strong>vidamente<br />
<strong>de</strong>liberar. V. Ex. aceitou os prazos por mim propostos<br />
e não exprimio <strong>de</strong>sejo algum par# obter<br />
uni maior período para esta <strong>de</strong>liberação.<br />
Na manhã <strong>de</strong> 27 segundo o ajuste, ainda visitei<br />
a V. Ex. e tivemos uma conferência <strong>de</strong> algumas<br />
horas, V. Ex. or<strong>de</strong>nou que mo fossem lidos"<br />
cm sua presença os dous «memoranda» que u<br />
acompanharão por «copia'"a sua nota <strong>de</strong> honlem, o<br />
que cu. discuti livremente. Suggcri algumas covree-.<br />
ções dc erros dc facto no «memoraodum » rotativo a ,<br />
questão do Prince of Wales, e vejo com satisfação<br />
que forão feitas na copia que me é agora dirigida,<br />
Despedindo-mc <strong>de</strong> V. Ex. pedi a licença que me foi<br />
concedida para levar commigo os « memoranda » a<br />
fim dc que eu os po<strong>de</strong>sse ler ainda uma vez com<br />
atlenção; e quando V. Ex. veio me visitar na mesma<br />
tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>volvi-lhe os « memoranda » dizendo qne eu<br />
os tinha lido o reflectido sobro elle e que nada Unha<br />
visto nellcs que po<strong>de</strong>sse modificar materialmente as<br />
opiniões do Governo dc S. M. sobre a linha <strong>de</strong> condueta<br />
que me fora prescripta,<br />
Na seguinte manhã cedo V. Ex. enviou-me o seu<br />
Secretario particular, e a resposta á mensagem que<br />
me trouxe da parte <strong>de</strong> V. Ex., eu só podia repetir o<br />
que lhe tinha dito na tar<strong>de</strong> prece<strong>de</strong>nte.<br />
Estes dous « memoranda » não oITerooom um<br />
único facto novo ou argumento dc alguma Impor*<br />
tancia. Elles justifleão inteiramente as autorida<strong>de</strong>s<br />
brasileiras. Não admittem o mais leve párcclla <strong>de</strong><br />
razão nas opiniões e exigências do Governo do S. M.<br />
Não oflerecem qualida<strong>de</strong> ou grão algum <strong>de</strong> satisfação,<br />
d i fie rente ou menor que aquollo quo exigio o<br />
Governo <strong>de</strong> S. M. Dc facto clles constituem a completa<br />
recusa <strong>de</strong> reparação. Nestes « memorandos»<br />
não posso ver mais do que nas prece<strong>de</strong>ntes notas <strong>de</strong><br />
V. Ex. a menor prova daquelle <strong>de</strong>sejo que V. Ex.<br />
diz ter o Governo Imperial mostrado para ajustar<br />
amigavelmente ambas estas questões. V. Ex. teve a<br />
bonda<strong>de</strong> do admiltir na sua nota dc honlem que<br />
havia algum fundamento em algumas das opiniões<br />
da Legação do S. M., apezar da sua geral inexactidão,<br />
porém não teve a con<strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> expor<br />
quaes os pontos sobre que temos conseguido evitar<br />
o erro.<br />
A nossa discussão sobre um <strong>de</strong>sses memorandos»<br />
aquellc sobre a questão do Prince of Wales patenteou<br />
um novo facto dc alguma importância o<br />
aquellc novo facto é Seriamente prejudicial á posição<br />
do Governo Brasileiro.<br />
V. Ex. <strong>de</strong>u-se muito trabalho em uma <strong>de</strong> suas<br />
notas para convencer-mo do quo,o Insocctor do<br />
districto, Faustino, não havia sido <strong>de</strong>miltido por<br />
negligencia culposa no cumprimento do seu <strong>de</strong>yér,<br />
• porém, simples e somente, por causa <strong>de</strong> uma breve<br />
o pouco importante <strong>de</strong>mora em coinmunicar a<br />
noticia do naufrágio. Do relatório do Chefe, <strong>de</strong><br />
Policia do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> 10 do Março <strong>de</strong>, 1802,<br />
parece que a principal causa da <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> Faus><br />
tino foi ter elle soltado um prisioneiro quo havia,<br />
sido apprehendido com objectos roubados do nau»<br />
fragio cm suas mãos'. Não somente elle ílü <strong>de</strong>mitlido<br />
principalmente por essa razão, porém a<br />
Juiz <strong>de</strong> Direito teve lambem or<strong>de</strong>m para proce<strong>de</strong>r<br />
contra Faustino por esteacto culposa^. Ex. ainda<br />
supprime este facto no a memorandum»quo me enviou,<br />
posto que a outros respeitos lenha sido cor-<br />
recto; e isso me surpren<strong>de</strong> tanto mais quanto<br />
discutimos largamente este ponto e estabelecemos<br />
claramente o facto da <strong>de</strong>missão dc Faustino por causa<br />
do seu procedimento altamente culposo.<br />
As nações civilisadas para as quaes o Governo<br />
Imperial enten<strong>de</strong>, agora appellar julgaráõ até quo<br />
ponto um acto semelhante concorre para justificar<br />
as aceusações geraes <strong>de</strong> connivencia o má condueta<br />
feitas pelo Cônsul dc S. M. contra Faustino o o<br />
Juiz <strong>de</strong> Paz Soares, sogro <strong>de</strong>lle, aceusações*adoptadas<br />
pelo Governo <strong>de</strong> S. M.; e as mesmas nações<br />
talvez enxerguem na perseverante suppresslò <strong>de</strong>ste<br />
facto por V, Ex., e na não menos perseverante<br />
<strong>de</strong>negação da culpabilida<strong>de</strong> dc Faustino, bem como<br />
ha allegaçSc da sua nota <strong>de</strong> 18 a respeito <strong>de</strong> explicações<br />
verbaes que me terião sido dndns na
questão do Forte, as quacs nunca mo forio<br />
dadas, tlgnacs <strong>de</strong> um modo dc tratar taes questões<br />
tao incompatível com a perfeita franqueza como<br />
em <strong>de</strong>sharmonia com o seu mui serio caracter.<br />
Na sua nota dc honlem V. Es. se tem singular<br />
e seriamente enganado estabelecendo a exigência<br />
do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> no caso do Prince<br />
of Wales. V. Ex. falia da Ín<strong>de</strong>mnisação exigida<br />
pelos snppoatos assassinins. Nio existe tal exigência.<br />
Na verda<strong>de</strong> o Governo <strong>de</strong> Soa Magesta<strong>de</strong> pensa<br />
que existem as mais fortes presumpções <strong>de</strong> assasaínios<br />
commeltidos nas pessoas da tripolação. Porém<br />
limitou slriclamente a sua exigência do in<strong>de</strong>mnisoçao<br />
i proprieda<strong>de</strong> roubada. Um tal engano<br />
eommottido por V. Ex. em matéria tao importante,<br />
é tanto mais para estranhar quanto, tendo<br />
eu notado este engano no « memorandum » que<br />
V. Ex. me mostrou cm 27, foi corrigido na cópia<br />
que acompanhou a sua nota.<br />
Quanto ao • memorandum» sobre a questão do<br />
Forte, <strong>de</strong>vo protestar contra a asserção do V. Ex.<br />
<strong>de</strong> que o Sr. Bennet, o respeitável proprietário<br />
do hotel da Tijuca, é uma testemunha contraria<br />
aos Ofliciaes. O que disse o Sr. Bennet T Que<br />
linha ouvido as vozes dos tres Ofllciaes, quando<br />
passavlo pela sua residência logo <strong>de</strong>pois do<br />
lerem <strong>de</strong>ixado o hotel ; que elles parodio allegres<br />
(In good aplrils) e quo quando foi informado<br />
da sua prisão, perguntou no hotel o que<br />
hnvlfio bebido no jantar, o soube quo elles tinlião<br />
tomado duas garrafas dc Bordcos e meia garra (a <strong>de</strong> 1<br />
Cugnoc, entre elles todos. Isto é que troa homens<br />
que tinlião caminhado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a manhã cedo, tinlião<br />
bebido duas garrafas <strong>de</strong> vinho franecz fraco, e<br />
tomado, cada um, um calix <strong>de</strong> Cognac com o seu<br />
café. Ha nisto alguma prova contra os Otflclacst<br />
Faz-se acrescentar a Mr. Bennet, c com eleito,<br />
acrescenta elle cm resposta a uma pergunta <strong>de</strong>saccriada,<br />
que não sabia o que podifio ler bebido<br />
entre o seu hotel e o quartel do <strong>de</strong>stacamento da<br />
Tijuca. Como podia saber o que bcbôrao em outra<br />
parle? Provará esta necessária Ignorância do Mr.<br />
Bennet quo clles bebèrlo nlgures?<br />
A respeito da testemunha Muller, que no pensar<br />
<strong>de</strong> V. Ex. é • única testemunha <strong>de</strong>sinteressada<br />
que resta* não ha duvida que o seu <strong>de</strong>poimento 6 contrario<br />
aos Ofllciaes; mas bosta repetir que os Ofllciaes<br />
pedirão para serem acareados com elle, c que,<br />
durante quatro metes, nunca V. Ex. lhes proporcionou<br />
esto opporlunida<strong>de</strong>, nem teve a con<strong>de</strong>scendência<br />
dê respon<strong>de</strong>r a nota do Ministro dc<br />
Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />
V. Ia. diz acerca dos Ofllciaes do Forte, que<br />
o Governo Imperial está convencido dc que as autorida<strong>de</strong>s<br />
policiara não faltarão ao respeito <strong>de</strong>vido<br />
n Armada Brilannica no seu procedimento para<br />
com tres indivíduos trajados á paisana que recusarão<br />
<strong>de</strong>clarar seus nomes o qualida<strong>de</strong>s. Esta linguagem<br />
envolve uma accusaçâo <strong>de</strong> perseverante e<br />
<strong>de</strong>cidida falsida<strong>de</strong> contra os ires Ofllciaes, um dos<br />
quacs é o Capellão da fragata; c estou certo que<br />
iiulicipo o juizo do Governo do Sua Magesta<strong>de</strong> dizendo<br />
que tal linguagem aggrava seriamente a responsabilida<strong>de</strong><br />
do Governo Imperial pelo ultraje<br />
« aviltimenlos dc quo forão victimas os tres Ofllciaes,<br />
o pela afiVonta feita nas suas pessoas á marinha<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />
O Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> não <strong>de</strong>clinará do<br />
oppello quo V. Ex. a nn une ia para o mundo d*<br />
Yiiisado.<br />
Em sua nota dc hontem, V. Ex. torna a sustentar<br />
o appello que tinha entendido fazer da<br />
minha <strong>de</strong>liberação para o do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />
Seja-mc licito repetir que esse teria realmente<br />
sido um oppello do Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
para o mesmo Governo. -<br />
Julga V. Ex. possível que cu tomasse sobre mim<br />
formular as minhas notas dc 5, e as exigências das<br />
suas eonclusóes? Seja-mo ainda licito dizer que<br />
um tal appello da <strong>de</strong>liberação do um Ministro para<br />
o seu Governo ê contrario a todos os costumes c<br />
prece<strong>de</strong>ntes, o estou certo que teria sido summariamento<br />
rejeitado pelo Gabinete Britannico. Eu linha<br />
razão para ticar resentido, se assim me approuvcsse,<br />
com a insinuação <strong>de</strong> injustiça quo V. Ex. Julgou<br />
conveniente lançar contra mini; mas eu não quiz<br />
introduzir um elemento pessoal nestas discussões,<br />
e V. Ex. sabe quo nas nossas conferências não fiz<br />
allusão alguma a esta insinuação ímmcrccida. Acontece<br />
porém que em outra nota, datada somente ires<br />
dias <strong>de</strong>pois, cm 21, V. Ex. so dirige com confiança,<br />
sobre um assumpto Importante, ao meu esclarecido<br />
fcuf«*ta>
CORTE.<br />
POR ANNO 1252)000<br />
POR SEIS MEZES. . . ; 6$1)000<br />
fflPERIO DO BRASIL.<br />
POR TRES MEZES. . 3 $000<br />
ANNO DE 1865.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
DECRETOS.<br />
Senhor.—O* cálculos sobre quo se basearão os<br />
Decretos n**. 2.849 c 2.876 dc 16 dc Novembro do<br />
anno passado, o 4 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> do corrente, que abrirão<br />
ao Ministério a meu cargo os créditos dc<br />
30.0009000 e 20.0009000 paras as <strong>de</strong>spezas da Exposição<br />
Nacional o da Exposição Universal <strong>de</strong> Londres,<br />
ficarão áquem das verda<strong>de</strong>iras necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste<br />
serviço.<br />
Na época cm que sc abrirão esses créditos nio era<br />
possivel orçar com exactidão as <strong>de</strong>spezas que se lerião<br />
<strong>de</strong> fazer com essas Exposições, nas quaes, pela primeira<br />
vez, tivemos oceasião <strong>de</strong> extrahir perante o<br />
mundo o germem do nosso futuro <strong>de</strong>senvolvimento<br />
industrial.<br />
Nessa incertesa não era conveniente abrir creditos<br />
mais avultados, e por isso forão restringidos aos<br />
valores acima <strong>de</strong>signados.'<br />
Agora porém que c concluída n importância<br />
aproxjmativa do total <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>speza, como se vê<br />
da <strong>de</strong>monstração que tenho a honra <strong>de</strong> submetler<br />
a Alta Approvação <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial,<br />
torna-se indispensável abrir um novo credito dc<br />
30:0009000.<br />
Assim elevar-sé-ha a 80:0009000 a importância<br />
total dos creditos abertos tanto para o serviço da<br />
Exposição Nacional, comprehen<strong>de</strong>ndo as exposições<br />
parciacs nas Províncias, como para as <strong>de</strong>spezas dc<br />
idêntica natureza feitas em Londres.<br />
Desta somma <strong>de</strong>verá ser annullada oppoiiunamente<br />
a quantia proveniente da venda dos relatórios<br />
<strong>de</strong> ambas as Exposições, o que <strong>de</strong> alguma sorte<br />
reduzirá o ônus do Thesouro Publico.<br />
A vista do exposto, peço permissão pira reverentemente<br />
apresentar a Assignatura <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong><br />
Imperial o Decreto junto, pelo qual é aberto<br />
ao Ministério a meu cargo um novo credito dc<br />
30:0009000,<br />
Sou, Senhor, com o mais profundo respeito c<br />
acatamento, <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> imperial o mais<br />
reverente subdito, o Ministro da Agricultura, Commercio<br />
e Obras Publicas.—João Lins Vieira Cansanção<br />
<strong>de</strong> Sinimbú.<br />
N.° 3.033 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
Conce<strong>de</strong> ao Ministério da Agricultora, Cnmmcrcio e Obrai<br />
Publicas mais um credito do :fli :000800o para as <strong>de</strong>spezas<br />
com a Exposição Nacional, pertencentes ao exercício <strong>de</strong><br />
ÍHfí 1—186*.<br />
Tendo Ouvido o Meu Conselho dc Ministros, Hei<br />
rior• bem, nos-ierutol' do j§ 3.° art. 4.° da Lei n.°<br />
589 <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Setembro do 1850, Conce<strong>de</strong>r ao Ministério<br />
da Agricultura, Commcrcio o Obras Publicas<br />
mais um credito extraordinário dc trinta<br />
contos dc réis para oceorrer as <strong>de</strong>spezas feitas, c<br />
que ainda sc tem dc fazer còm a Exposição Nacional<br />
dc produclos na t ura cs o industriaes, as.quaes<br />
pertencem áo exercício do ÍS61—1862, visto que<br />
não forão sullicientes os creditos, no valor <strong>de</strong><br />
ciocoenta contos <strong>de</strong> réis, concedidos ao dito Ministério<br />
pelos Decretos ns. 2.849 e 2.876 dc 16 <strong>de</strong><br />
Novembro do anno passado, .c 4 <strong>de</strong> Janeiro do<br />
corrente; <strong>de</strong>vendo aquellc credito dc trinta contos<br />
<strong>de</strong> réis ser incluído na proposta quo tem <strong>de</strong> ser<br />
apresentada a Assembléa Geral Legislativa, em tempo<br />
opportuno, para obter <strong>de</strong>finitiva approvação.<br />
João Lins Vieira Coosançüo <strong>de</strong> Sinimbú, do Meu<br />
Conselho, Senador do Império, Ministro c Secretario*<br />
<strong>de</strong> Estado dos Negócios da Agricultura, Commcrcio<br />
c Obras Publicas, assim o tenha entendido<br />
c faça executar.<br />
Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em vinte o nove <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> mil c oitocentos e sessenta e dous,<br />
quadragesimo primeiro <strong>de</strong> In<strong>de</strong>pendência edo Império.—<br />
Com a Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—João<br />
Lins Vieira Cansanção <strong>de</strong> Sinimbú.<br />
Demonstração das <strong>de</strong>spezas feitas' até<br />
hoje, e que aluda se tem <strong>de</strong> fazer com<br />
sv Exposição Nacional, e por eonta do<br />
exercido <strong>de</strong> 1H<br />
<strong>de</strong> commum accordo com o réo Manoel- <strong>de</strong> Souza<br />
Bento, julgado na sessão <strong>de</strong> hontem, falsificado um<br />
valle da referida casa Bancaria,elevando o valor<br />
primitivo <strong>de</strong> 6509000 para O do 6:0509000 «imitindo<br />
a falsida<strong>de</strong> em terem os réos introduzido<br />
uma cifra entre o 6 c o 5 e emendado a. palavra<br />
escripta por extenso, centos para contos.<br />
Comparece ainda como advogado e procurador<br />
do autor o Sr. Dr. Dias da Moita;. e como <strong>de</strong>- ,<br />
fensor c curador do réo o Sr. Dr. Cor<strong>de</strong>iro. <<br />
Discutida a matéria, em vista das <strong>de</strong>cisões do<br />
Jury, é Coelho con<strong>de</strong>mnado a sofírer a pena <strong>de</strong> 6 .<br />
meies dc prisão com trabalho, multa <strong>de</strong>. 5 */ 0 - do -<br />
valor do cstellionato e nas custas relativas.<br />
A's 5 horas da tar<strong>de</strong> levantou-se a sessão e fica<br />
a mesma encerrada. /<br />
O Escrivão do Jury.—José* .Intento Lopes <strong>de</strong><br />
Castro.<br />
Rio. % <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 18(>.{. '<br />
CONFLICTO COM A LEGAÇÃO DE SUA<br />
MAGESTADE BRITANNICA.<br />
Publicamos as notas seguintes que ainda<br />
dizem respeito á gravíssima questão que Destes<br />
últimos dias tem prendido a atlenção publica.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, cm 31 <strong>de</strong> Dezembro do 1S62. .<br />
Sr. Marquez.— Fui informado <strong>de</strong> um discurso<br />
dirigido hoje na Praça a uma gran<strong>de</strong> reunião do,<br />
negociantes pelo Ministro <strong>de</strong> Agricultura, Commercio<br />
o Obras Publicas, c disserão-me haver elle <strong>de</strong>-,<br />
clarado .que o meu ultimatum dirigido a V. Ex.<br />
foi somente recebido por V. Ex. esta manhã,<br />
sendo aliás conhecido honlem • pelo Corpo do<br />
Commcrcio. .<br />
Tenho feito diligencias para averiguar a exaclK<br />
dão <strong>de</strong>sta informação, e tenho toda a razão para crer<br />
que é exacta,<br />
Provavelmente divergimos, o Sr. Sinimbú e eu,<br />
acerca do sentido da palavra « ultimatum. » Eu-,<br />
tendo cu que as minhas notas <strong>de</strong> 5 continbão o meu<br />
ultimatum, ou antes o do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />
A 22 informei a V. Ex. <strong>de</strong> que no caso <strong>de</strong><br />
ser recusada uma satisfação, cu linha inslrucções<br />
para dirigir-mo ao Almirante. A 29 recebi do<br />
V. Ex. a recusa <strong>de</strong>finitiva dc qualquer satisfação,<br />
salvo sob a coacção da força; e a minha ultima nota.<br />
com data <strong>de</strong> hontem, que foi entregue em casa do<br />
V. Ex. esta manhã ás 9 horas, era simplesmente<br />
a resposta a sua nota dc 29, c a communicação da<br />
natureza precisa das medidas que scrião adopladas<br />
pelo Almirante, em conseqüência da mesma recusa.<br />
Esta ultima nota que o Sr. Sinimbú chama, direi<br />
inexactamente, um ultimatum, não era seguramente<br />
conhecida hontem pela corporação commercial? nem<br />
parte alguma <strong>de</strong>lia é até agora conhecida, senão<br />
<strong>de</strong> mim e do meu Secretario. Não ficou cila con*<br />
cluida senão ás 10 horas da nòutc passada; foi<br />
então que o meu Secretario a copiou. Sobre a<br />
honra « <strong>de</strong> um Ministro Inglês e <strong>de</strong> um Cavalheiro<br />
Inglez, <strong>de</strong>cloro a V. Ex. que ninguém, estranho
Sei quo o Sr. Sinimbú manifestou a intenção<br />
que o Governo tem <strong>de</strong> publicar amanhã toda a<br />
correspondência, e espero qne nSn appcllarci cm<br />
tio para a justiça <strong>de</strong> V. Ba. pedindo-lhe que esta<br />
carta seja incluída na publicação.<br />
Aproveito a oppr>rtunidadc para renovar a V.<br />
Ex. as scgurançes da minha alia consi<strong>de</strong>ração.<br />
W. D. Christie.— A* S. Ex. o Sr. Marquez <strong>de</strong><br />
Abrantes.<br />
Ministério dos Negócios Estrangeiros.—- Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro cm o 1.* do Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Aceuso recebida a nota que, com data <strong>de</strong> hontem,<br />
dirigio-me o Sr. William Dougal Chrislie, Enviado<br />
Extraordinário o Ministro Picnipotenciario <strong>de</strong> S. U.<br />
Britannica, tendo por objecto explicar o sentido <strong>de</strong><br />
algumas palavras, que lhe constou haverem sido<br />
proferidas na Praça do Commercio pelo Sr. Ministro<br />
da Agricultura, Commcrcio c Obras Publicas,<br />
cm relação ao ultimatum dirigido ao Governo Imperial<br />
pela nota datada <strong>de</strong> 30, e recebida na manhã*<br />
do dia 31 do lhez (Indo.<br />
Foi o Sr. Christie informado <strong>de</strong> que o Sr. Ministro<br />
do Commcrcio, na breve allocução que pronunciou<br />
na Praça, consi<strong>de</strong>rara como ultimatum<br />
da legação <strong>de</strong> S. M. Brilannica a nota do 30 do<br />
mez findo, quando esse ultimatum, segundo o Sr.<br />
Chrislie <strong>de</strong>clara, jíi existia nas tres notas do dia 3.<br />
Pon<strong>de</strong>rando ao Sc. Chrislie que a respeito do<br />
que disse na Praça o Sr. Ministro do Commcrcio,<br />
o Governo Imperial só teve conhecimento do que<br />
se acha publicado no Diário Oficial dc hoje, cabe-me<br />
outrosim prevenil-o do que, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />
com os seus <strong>de</strong>sejos, terá transcrlpla no momo<br />
Diário a note a que respondo conjum temente com<br />
este.<br />
Renovo ao Sr. Christie as eu pressões da minha<br />
alta consi<strong>de</strong>ração.— Marques dc Abrantes.<br />
Ao Sr. William Dougal Chrislie.<br />
NOTA DA Li:0\ÇÃ0 DRITANMCA.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro cm 1.» dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.<br />
Sr. Marquez.—Recebi ás 11 horas da noite passada<br />
a note <strong>de</strong> V. Ex. datada dc hontem.<br />
V. Ex. tem razão <strong>de</strong> dizer que o engano no<br />
Memorandum sobre a questão do Prince of Wales,<br />
relativo a exigência <strong>de</strong> Ín<strong>de</strong>mnisação pelos assassinins<br />
prováveis, não foi corrigido na cópia quo<br />
me foi enviada.<br />
Não tem porém V. Ex. razão para dizer que<br />
nio se fez correcção alguma nesta cópia A data<br />
da nota <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Outubro, na qual havia engano<br />
foi corrigida por observação minha. Esta, e a<br />
emenda feita, igualmente por suggcstáo minha,<br />
no Memorandum sobre a questão do Forte quo<br />
V Ex. menciona, e ainda mais a ollegação feita<br />
por V. Ex., quando veio visitar-me na tar<strong>de</strong> dc<br />
27, <strong>de</strong> quo eu havia mui claramente explicado o engano<br />
acerca da exigência relativa aos assassinatos,<br />
levarão-mo a concluir multo precipitadamente que<br />
este engano havia lambem sido corrigido, como<br />
cumpria, no Memorandum.<br />
Esto é o Único dos erros quo V. Ei<br />
lribue e quo com efivilo com mel li.<br />
me nl-<br />
Insisto V. Ex. em um engano do importância<br />
quando: diz a O Sr. Chrislie na sua note do 5<br />
« exigio uma Ín<strong>de</strong>mnisação pelos corpos <strong>de</strong>spojados,<br />
« e em que se commellerõo roubos (slripped and<br />
«< plun<strong>de</strong>rcd) o Sr. Christie nada disso faz nessa no-<br />
« to. » Digo nella que o Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
pe<strong>de</strong> uma compensação pela pilhagem dos salvados e<br />
dos corpos.<br />
Digo ainda nessa nota que tenho or<strong>de</strong>m para<br />
exigir uma compensação pela total pilhagem<br />
dos salvados, o também pelo roubo da proprieda<strong>de</strong><br />
da tripolação. Fnllo, finalmente, na compensação<br />
quo se haja do fazer eot parentes das pessoas <strong>de</strong><br />
bordo, cujos corpos forão <strong>de</strong>spojados e em que se<br />
commettfirão roubos. Em parle alguma <strong>de</strong>ssa note<br />
exijo compensação pelos corpos <strong>de</strong>spojados em que<br />
se roubou, e subscquentemente não <strong>de</strong>i explicação<br />
alguma mais clara, como V. Ex. diz, do que as<br />
minhas palavras originaes.<br />
Insisto na minha al legação <strong>de</strong> que não me foi<br />
dada explicação alguma verbal, nem por V. Ex.,<br />
nem peto Sr. Sinimbú, <strong>de</strong>pois do inquérito feito<br />
pelo Chefe <strong>de</strong> Policio, e <strong>de</strong> que isso foi confessado<br />
por V. Ex. Nas prévias entrevistes quando era<br />
meu unicó fim obter que so fizesse um inquérito,<br />
e quando os factos não erão conhecidos, não se<br />
me pódião dar explicações positivas. Não me lembra<br />
do nenhuma dcllas. V. Ex. diz que as explica<br />
ções verbaes ás quaes mo aceusa <strong>de</strong> não ter ottendido,<br />
forão dadas nas entrevistes preliminares, e achará<br />
provavelmente justo c necessário, oppellondo para<br />
o Gabinete Britannico, <strong>de</strong>clarar, o que ainda nio<br />
fez, quaes são as importantes explicações que tenho<br />
<strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> tomar em consi<strong>de</strong>ração.<br />
Peço licença para negar inteiramente a responsabilida<strong>de</strong><br />
que V. Ex. lança sobre mim allegando<br />
não ter havido tempo nem possibilida<strong>de</strong> para o<br />
Governo Imperial fazer-mc alguma proposta, que<br />
eu teria podido discutir, entre os dias o e 29 <strong>de</strong><br />
Dezembro.<br />
Aqui <strong>de</strong>sejo lembrar que, quando V. Ex. visitou-me<br />
na tar<strong>de</strong> do dia 27, <strong>de</strong>clarei voluntariamente que estava<br />
disposto a aceitar, na questão do Forte, uma<br />
explicação do procedimento do Chefe <strong>de</strong> Policia,<br />
tal que não ferisse os seus sentimentos. Disse que<br />
tendo a vantagem dc conhecer aquellc cavalheiro,<br />
tendo ouvido as explicações <strong>de</strong> V. Ex. e bem consi<strong>de</strong>rado<br />
a questão, <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> tomaria sobre<br />
mim a responsabilida<strong>de</strong> dc aceitar uma explicação<br />
<strong>de</strong> que, posto fosse para sentir que sem informação<br />
alguma tivesse empregado palavras que aceusa vio <strong>de</strong><br />
embriaguez os tres Ofllciaes, elle assim proce<strong>de</strong>ra<br />
por tnadvertencia o som intenção ofensiva. Não<br />
tendo o Governo Imperial permittido este ajuste da<br />
questão, <strong>de</strong>sejo todavia dar esta prova, seja qual<br />
fór o seu valor, em favor do um funecionario puhlico<br />
a quem respeito.<br />
O ter o Sr. Bennelt, em cujo hotel jantarão os tres<br />
Ofllciaes, perguntado, quando soube que havião sido<br />
presos, o que tiohão bebido ao jantar, não prova<br />
que elle julgasse espontaneamente que elles estavão<br />
embriagados como V. Ex. diz; o sim que <strong>de</strong>sejava<br />
averiguar se essa po<strong>de</strong>ria ser a causa <strong>de</strong> uma<br />
prisão que elle, como qualquer outro homem justo,<br />
não queria acreditar que fosse um ullrage sem causa.<br />
Parece que V. Ex. não podo {<strong>de</strong>scobrira força<br />
do acto culposo dc Faustino, qoe.V. Ex. tinha<br />
<strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> parte. E' certo que a soltura do preso<br />
não podia ser a causa do crime paio qual foi apprehendido.<br />
Não julgava necessário propor a V.<br />
fix. uma verda<strong>de</strong> tão evi<strong>de</strong>nte e vulgar. Não pô<strong>de</strong><br />
V, Ex. ver que um tal acto autoris* a crer que<br />
o mesmo Ofllcial cujo proce<strong>de</strong>r foi, aliás geralmente<br />
suspeito, podia <strong>de</strong>ixar passar outros crimes e não<br />
cuidar <strong>de</strong> prevcnWot?<br />
Tenho tocado cm todos os pontos da Nota <strong>de</strong><br />
V. Ex. <strong>de</strong> hontem, menos naquclle do ultimo<br />
paro Tapho, pelo qual sou informado que o Governo<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador appcllará para o<br />
dc Sua Magesta<strong>de</strong>.<br />
Deploro esta resolução, porque perseverar nella<br />
tomará impossível a restituição da proprieda<strong>de</strong> tomada<br />
em represália, até que eu receba as or<strong>de</strong>ns<br />
do Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>. E, a Nota dc V. Ex.<br />
dc hontem <strong>de</strong>ixa mesmo dc trazer a <strong>de</strong>claração da<br />
tua Nota dc 29, isto é, quo na questão do Prince<br />
of Wales o Governo Imperial, com a <strong>de</strong>monstração<br />
(DISPLAY) da força pagaria a quantia que por mim<br />
ou pelo Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> fosse exigida.<br />
No momento em que cu tivesse ouvido, ou possa<br />
ainda ouvir que o Governo Imperial, <strong>de</strong> accordo<br />
com a sua prvéia <strong>de</strong>claração, pagará a quantia que<br />
eu julgar razoável na questão do Prince of Wales,<br />
eu estava c ainda estou prompto para requisitar do<br />
Almirante que expeça or<strong>de</strong>ns immedíatas para que<br />
se <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> ultcríorcs capturas.<br />
Tenho também dc <strong>de</strong>clarar a V. Ex., quo estou<br />
promplo a receber, para ser consi<strong>de</strong>rada pelo Governo<br />
dc S. M., qualquer proposta razoável que<br />
jamais foi-me feita durante os 24 dias que prece<strong>de</strong>rão<br />
o começo das represálias, como por exemplo,<br />
a dc referir todas as questões em discussão a um<br />
arbitramento imparcial. Os esforços do Govorno do<br />
Imperador para fazer disUncção entre mim c o<br />
Governo <strong>de</strong> S. M. tem servido <strong>de</strong> illusão e <strong>de</strong> exemplo<br />
a vossa imprensa; não influem sobre mim<br />
para induzir-me a recusar estas oflertas <strong>de</strong> conciliação,<br />
no interesse do commcrcio e amiza<strong>de</strong> entre<br />
as duas nações, tento mais quanto, se taes esforços<br />
falharem, não obsterã Isso a que eu continue<br />
com firmeza • cumprir o meu <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />
com as minhas inslrucções; pois que ha<br />
um ponto, Sr. Marquez, em que neste infeliz<br />
nmomento c no meio do todas as nossas diver-<br />
cias, cu concordo com o quo diz V. Ex., isto<br />
m ter confiança na justiça c reclidáo do meu<br />
próprio Governo.<br />
Aproveito esta oppporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />
V. Ex. as segurança» da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />
— AS. Ex. o Sr. Marquez dc Abrantes.—W. D.<br />
Christie.<br />
Secçio Central. Ministério dos Negócios Estrangeiros.<br />
Rio dc Janeiro em 2 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Recebi hontem, pelas 3 horas da tar<strong>de</strong>, a nota<br />
que com data do mesmo dia me passou o Sr.<br />
Chrislie, Enviado Extraordinário c Ministro Picnipotenciario<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />
Nessa nota começa o Sr. Christie por contestar<br />
alguns reparos que tomei a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer a<br />
certos trechos da que mo dirigío com data <strong>de</strong><br />
30 do mez próximo findo; e concluo por manifestar<br />
as disposições em que te acha <strong>de</strong> terminar<br />
por meios pacíficos as questões em discussão, no<br />
interesse do Commcrcio, c <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que existe<br />
entro as duas nações.<br />
Antes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r á segunda e mais essencial<br />
parte da nota que tenho presente, permitta-me<br />
o Sr. Christie que lhe faça breves observações sobre<br />
a contestação que se sei vio fazer aos referidos reparos<br />
da minha nota <strong>de</strong> 31 do mez findo.<br />
O Memorandum sobro a questão do Prince of<br />
Wales não soffrcu correcção alguma, e foi remettida<br />
ao Sr. Christie a cópia textual daquelle que lhe foi<br />
lido na conferência <strong>de</strong> 27. O Sr. Christie reconhecerá<br />
sem duvida que não se podo consi<strong>de</strong>rar coma COJLrecção<br />
o ter-se addicionado á data da nota <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong><br />
Outubro, o anno <strong>de</strong> 1861, até porque sendo aqnclla<br />
nota da Legação Britannica a única daquclla data, a<br />
falte da Indicação do anno nio podia dar logar ao<br />
menor equivoco. Como, pois, disso na minha note <strong>de</strong><br />
31 <strong>de</strong> Dezembro, só foi emendada ou substituída uma<br />
única palavra no Memorandum relativo aos Ofllciaes<br />
da Forte.<br />
E assim como o Sr. Chrislie teve a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reconhecer que houve engano da sua parto quando<br />
assegurou que no Memorandum sobre o Prince of<br />
Wales sc havia feito uma modificação na parte relativa<br />
é exigência sobre os assassinatos, assim admfttirá<br />
quo não se fez correcção alguma no mesmo Memoradum,<br />
não sc po<strong>de</strong>ndo consi<strong>de</strong>rar como tal o<br />
simples additamcnto do anno <strong>de</strong> 1861.<br />
So faço estas observações é apenas para retificar<br />
os factos, embora <strong>de</strong> pequena importância.<br />
Quanto á compensação que exigio o Sr. Christie<br />
para os parentes das pessoas <strong>de</strong> bordo; não me<br />
custa reconhecer, em seguida das explicações que<br />
me forão dadas pelo Ministro, que a compensação<br />
foi exigida cm razão dos roubos que se preten<strong>de</strong><br />
haverem sido feitos nos corpos das mesmas pessoas.<br />
O Sr. Christie, porém, não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> admittir<br />
que, a pezar <strong>de</strong>sta modl 11 cação, sempre subsiste a<br />
observarão essencial que sobre esta exigência se<br />
16 no respetivo memorandum, e vem a ser a difilculda<strong>de</strong>,.<br />
senão a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se dctermihar<br />
quaes os corpos, e quaes os objectos <strong>de</strong> que Nforão<br />
<strong>de</strong>spojados.<br />
O Sr. Christie insiste na sua 'allegação <strong>de</strong> que<br />
não recebeu explicação alguma verbal nem do Sr.<br />
Sinimbú, nem <strong>de</strong>, mim, acerca dos ofliciaes da<br />
Fragata Forte. Sendo esta a convicção do Sr. Ministro,<br />
<strong>de</strong>vo crer, que não fui bem entendido quando<br />
lhe <strong>de</strong>clarei que tanto eu, como o Sr. Ministro<br />
da Justiça, lhe havíamos faltado sobre esta questão,<br />
não só antes, como <strong>de</strong>pois do inquérito a que<br />
se proce<strong>de</strong>u na Repartição da Policia. Ser-me-hia<br />
difllcil referir as palavras por mim proferidas nessas<br />
oceasiões; mas <strong>de</strong>vião certamente ser aqucllas<br />
que podia suggcrir um estado <strong>de</strong> cousas em que,<br />
<strong>de</strong> um lado havia o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fazermos todo quanto<br />
fosse possível para satisfazer ao Sr. Christie, e do<br />
outro, a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>satten<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>poimentos<br />
<strong>de</strong> testemunhas, para somente 'dar fé ás<br />
allcgações <strong>de</strong> partes interessadas.<br />
O Sr. Christie insiste também em não dar importância<br />
alguma ao <strong>de</strong>poimento da testemunha Bennet.<br />
Seguramente que por si só este <strong>de</strong>poimento não seria<br />
sufficiente para constituir uma prova formal;<br />
mas approximado do <strong>de</strong>poimento do Allemão Muller,<br />
que assegurou que os tres Ofllciaes estavão ésperitualisados,<br />
o <strong>de</strong> Bennet vem corroborar esta asserçSo.<br />
A respeito do lnspector Faustino, <strong>de</strong>vo pon<strong>de</strong>rar<br />
ao Sr. Christie que da falta por elle com mal ti d a<br />
<strong>de</strong> não reter em prisão um dos indiciados, e <strong>de</strong><br />
que procurou justificar-se <strong>de</strong>clarando que não tinha<br />
meios para tèl-o preso, não se pô<strong>de</strong> induzir que<br />
elle fosse negligenteon conniventc na perpetração do<br />
crime, tendo-se aliás julgado improce<strong>de</strong>ntes outras<br />
arguições produzidas contra o mesmo funecionario;<br />
como a <strong>de</strong> não ter communicado em tempo a noticia<br />
do naufrágio, e <strong>de</strong> haver-se opposto a que<br />
fossem <strong>de</strong>senterrados alguns cadáveres.<br />
E se não é justo, fazer-se uma tal inducção, se<br />
dalli não se podo concluir à priorique Faustino<br />
<strong>de</strong>ixasse perpetrar o crime, ou mesmo concorresse<br />
para que fosse commcllido, <strong>de</strong> que outro <strong>de</strong>licto<br />
se po<strong>de</strong>ria suppór que Faustino fosse culpado por<br />
ter praticado aquella falta ?<br />
Além dc ser perigoso o inadmissível o principio<br />
<strong>de</strong> se concluir dc uma falte provado para outra<br />
completamente <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> provas, aceresce que<br />
em relação a Faustino o quo se provou foi um<br />
erro no exercício <strong>de</strong> suas altribuições, e <strong>de</strong> que<br />
<strong>de</strong>via dar conta ao Governo; quando é muito diverso<br />
o crime que lhe altribuo a Legação Britanpíca,<br />
quo ó negligencia ou conni vencia na perpetração<br />
do crime.<br />
Comprehcndc-so que um indivíduo <strong>de</strong> má Índole<br />
inspire suspeitas, e ainda assim não serão estas<br />
sufíicienlcs para aceusa 1 -o, c ainda menos para<br />
condcmnal-o.<br />
Mas um funecionario publico pódc commmcltcr<br />
erros do oflicio, sem por isso ser consi<strong>de</strong>rado malfeitor.<br />
Declina o Sr. Christie toda e qualquer responsabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> não ter dado tempo nem ensejo para<br />
que o Governo lhe fizesse alguma proposta, e <strong>de</strong>clara<br />
que estava no caso dc receber e discutir qualquer<br />
proposta no intervallo <strong>de</strong> 5 a 29 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
O Sr. Christie terá a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> so lembrar<br />
que tento o Governo Imperial não consi<strong>de</strong>rou como<br />
ultimatum as suas notes <strong>de</strong> 5 do Dezembro, que<br />
julgou po<strong>de</strong>r appellar directamente para o Governo<br />
dcS. M. Brilannica, e assim o<strong>de</strong>clarou ao Sr. Christie<br />
na nota <strong>de</strong> 18 do mesmo mez. Não podia pois o<br />
Governo Imperial fazer, nesse intervallo, proposta<br />
alguma ao Sr. Christie. Informado, porém, pelo<br />
próprio Sr. Christie, no dia 22, que não admiltia<br />
o appello para o Gabinete Britannico, e <strong>de</strong> que<br />
se nio lossem prom piamente attendidas as exigências<br />
das notes dc 5, tinha or<strong>de</strong>m para se dirigir<br />
ao Almirante, achou-se o Governo Imperial,<br />
<strong>de</strong>pois daquelle dia (22) collocado na situação <strong>de</strong><br />
ce<strong>de</strong>r ou resistir, c não <strong>de</strong> propor modificações ao<br />
ultimatum. E que as notas <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Dezembro, no<br />
enten<strong>de</strong>r do Sr. Ministro Britannico, contivesse um<br />
ultimatum, elle mesmo o <strong>de</strong>clarou <strong>de</strong>pois cm sua<br />
nota dc 31 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
Em taes circumstancias, não podia o Governo Imperial<br />
nutrir a menor esperança do que seria<br />
ouvida proposta alguma, a não ser a aceitação pura<br />
e simples das exigências Intimadas pelo Sr, Christie.<br />
E' verda<strong>de</strong> que o Sr. Christie consentio cm ouvir<br />
os esclarecimentos que lhe ministrei na conferência<br />
do 27 ; mas somente da parte do Sr. Ministro Britannico<br />
<strong>de</strong>via então partir qualquer proposta <strong>de</strong><br />
modificação nas suas exigências; c assim o <strong>de</strong>clarou<br />
quando levou os memoranda» a fim <strong>de</strong> reconsi<strong>de</strong>rar<br />
o que nelies vinha exposto.<br />
Na tar<strong>de</strong> do mesmo dia, o Sr. Christie diste*<br />
me que consentia cm minorar a censura ao Chefe<br />
do Policia, sendo substituída por uma explicação<br />
<strong>de</strong>ste magistrado, <strong>de</strong> que não tivera intenção do<br />
oflen<strong>de</strong>r os tres Ofliciaes.<br />
No dia seguinte, 28, enviei o, meu Secretario para<br />
saber do Sr. Chrislie sc era essa a única modificação<br />
que propunha, ouse. estava disposto a Dizer outras.<br />
O Sr. Christie respon<strong>de</strong>u que era a única, c que 11davão<br />
cm pé as <strong>de</strong>mais exigências das notas <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong><br />
Dezembro.<br />
A modificação proposta não era bastante para neutra<br />
lisar ou ottenuar a extrema gravida<strong>de</strong> das outras<br />
exigências do Ultimatum; e não <strong>de</strong>vendo aceitai-a, o<br />
Governo Imperial respon<strong>de</strong>u ao Sr. Christie nos<br />
termos da note dc 29.<br />
Deste breve e fiel narração dp que se passou com<br />
o Sr. -Christie, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que Forão recebidas as suas<br />
notas <strong>de</strong> 5, vè-sc claramente que o Governo Imperial<br />
não teve tempo, nem ensejo para fazer proposta<br />
alguma ao Sr Christie.<br />
Pelo que toca a segunda parte essencial da nota<br />
que tenho presente, animado o Governo Imperial do<br />
mesmo <strong>de</strong>sejo manifestado pela Legação dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
Britannica, <strong>de</strong> terminar as questões pen<strong>de</strong>ntes<br />
neste momento <strong>de</strong> um modoconsentaneo com os gran<strong>de</strong>s<br />
interesses da boa intelligcncia, e tão importantes<br />
relações entre os dous Palies, recebi or<strong>de</strong>m dc<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador para <strong>de</strong>clarar ao Sr.<br />
Christie, que <strong>de</strong>vendo ser ouvido o Conselho <strong>de</strong><br />
Estado sobre o meio proposto para a solução mais<br />
conveniente das mesmas questões, era <strong>de</strong> urgente<br />
necessida<strong>de</strong> que o Sr. Christie houvesse dc aguardar<br />
a resposta <strong>de</strong>finitiva, que lhe será dada o mais breve<br />
possivel, sobre essa parte da sua Nota a que tenho<br />
alJudído.<br />
E para o fim do inteirar o Conselho <strong>de</strong> Estado<br />
sobre o assumpto que vai ser submcttido á sua<br />
consi<strong>de</strong>ração, rogo ao Sr. Christie que se sirva<br />
dizer-me mais explicitamente, se o arbitro imparcial,<br />
a quem <strong>de</strong>vem ser referidas as dites questões<br />
tem do <strong>de</strong>cidir sobre ambas cilas, a saber, a relativa<br />
ao naufrágio da barca Prince of 'Wales, o<br />
a que diz respeito aos Ofliciaes da fragata Forte, ou<br />
se o mesmo arbitro tem <strong>de</strong> limitar-se á ultima <strong>de</strong>stas<br />
questões ficando a primeira resolvida nos termos<br />
da minha nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro ultimo.<br />
Renovo ao Sr. Christie as expressões da minha<br />
alta consi<strong>de</strong>ração,—Marques és Abrantes. —-Ao Sr.<br />
William Dougal Christie.<br />
A imprensa fluminense foi unanime na approvação<br />
que <strong>de</strong>u ao GoVerno Imperial pelo modo digno,<br />
por que tratou as questões que a Legação Britannica<br />
tomou por pretexto para perturbar as boas<br />
e amigáveis relações entre o Brasil e a Grã Bretanha.<br />
Cabírio-se todas as divergências, ainda as mais<br />
profundas, para somente fazer-se ouvir a voz do<br />
patriotismo, da dignida<strong>de</strong> nacional ameaçada sem<br />
fundamento. Eis como a imprensa aprecia a situação<br />
:<br />
O Diário do Rio',<br />
• Não temos senão um sentimento, unia voz, um<br />
elogio á maneira digna c brilhante por qne o Sr.<br />
Ministro dos Negócios. Estrangeiros soube discutir a<br />
questão no terreno da lógica e salvar a dignida<strong>de</strong><br />
nacional <strong>de</strong> uma affronta tão aviltante.<br />
« Honra ao Governo Imperial nesta questão. Em<br />
taes emergências o paiz não tem senão uma opinião<br />
e um partido. A honra do pavilhão nacional, a integrida<strong>de</strong><br />
da nossa soberania e in<strong>de</strong>pendência são a<br />
ban<strong>de</strong>ira única em torno da qual se reúnem todos<br />
os Brasileiros. rei<br />
« Quaesquer que sejão os resultados <strong>de</strong>ste lamentável<br />
conflicto, é força que se salve ao menos<br />
o <strong>de</strong>coro do paiz. Os Brasileiros o comprehen<strong>de</strong>m<br />
e estão promptos para o nobre sacrifício que lhes<br />
imponha a prepotência armada. Não trepi<strong>de</strong>, nem<br />
recuo o Governo. Chegou felizmente uma oceasião<br />
em que o espirito nacional, inspirando o po<strong>de</strong>r<br />
executivo, lhe garante uma gloria invejável. A <strong>de</strong>rrota<br />
no terreno do combate será um triumphono<br />
terreno moral.»<br />
O Jornal do Commercio:<br />
« Continuamos a esperar quo estas <strong>de</strong>sintelligencias<br />
terminarão'ainda sem <strong>de</strong>ploráveis conilidos.<br />
« Em todo caso porém confiamos tanto na prudência,<br />
como, tendo necessário, na energia e patriotismo<br />
do Governo, que saberá manter iIlesa a<br />
honra da nação, sem mesmo recuar diante, do<br />
quaesquer sacrifícios que esta possa exigir, assim<br />
como confiamos no bom senso da pondlfcção que,<br />
tranquilla, aguardará a solução maitf^mnxcinunte<br />
c consentanca com o pondunor nacUhfaTL' qne o<br />
mesmo Governo enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ver dar a csia^ques'tio.<br />
»<br />
O Correio Mercantil:<br />
« Nesta conjunetura os partidos cessarão do hostilisar-sc:<br />
as opiniões se confundirão; todos os<br />
Rrasilciros estão promptos a acompanhar o Governo<br />
Imperial, porque trata-se da honra o dos interesses<br />
da Nação.<br />
« E* geral o assentimento ao modo por que sc<br />
houve o Governo; nenhuma voz discorda nos elogios<br />
a tributar-lhe pela dignida<strong>de</strong> com que respon<strong>de</strong>u<br />
á legação inglcza, dignida<strong>de</strong> que transpira<br />
das noticias, embora resumidas, dadas pelas folhas<br />
publicas.<br />
« O Sr. Ministro do Commcrcio, dirigindo-se hontem<br />
á Praça, foi acolhido com vivo cnlhusiasmo. S.<br />
Ex. procurou asserenar os ânimos: pediu que o Corpo<br />
do commercio empregasse os seus esforços para que<br />
não se manifestasse irritação alguma, <strong>de</strong>ixando neste<br />
grave emergência toda a liberda<strong>de</strong> do acção ao Governo<br />
imperial. S. Ex. confcrcnciou com diversos<br />
commercianlcs, expdz a natureza das reclamações<br />
inglezas e as respostas justas c dignas do Sr. Ministro<br />
<strong>de</strong> Estrangeiros, e recebeu constantemente signaes<br />
explícitos da adhesão do Commercio. ,<br />
« E" do crer que o Sr. Warrcn realise a a maça'<br />
do Sr. Chrislie. Estejamos dispostos a registrar mais<br />
esto acinte com que, na opinião do povo, so quer<br />
arrancar um Tratado dc commercio e liquidação do<br />
atrasados injustos. Mas <strong>de</strong>ixemos, como o disse o<br />
Sr. Sinimbú, toda a liberda<strong>de</strong> dc acção ao Governo.<br />
Elle saberá resguardar a nossa honra por todos os<br />
meios possíveis, c compensar os <strong>de</strong>sastres da proprieda<strong>de</strong><br />
particular com os recursos que pedirá ao<br />
Parlamento.<br />
« Tal é o apreço que fazemos do bom senso c<br />
probida<strong>de</strong> da nação britannica que ainda, ao concluirmos<br />
este artigo, appcllamos para cila. do acto<br />
aulorisado pelo seu Governo. Quando na Inglaterra<br />
sc souber <strong>de</strong>ste novo alteutado contra o.<br />
Brasil, seguramente na imprensa c no parlamento<br />
sc fará por nós o que se fez pelo México e pelo<br />
Paraguay. A opinião publica há <strong>de</strong> intimar ao (loverno<br />
quo não comprometia os interesses, dc um<br />
povo industtíoso o commercial, provocando contra<br />
elle a indisposição <strong>de</strong> todos os povos da America. •<br />
O Constitucional:<br />
a Este allocução (do Sr. Ministro da Agricultura<br />
na Praça do Commercio)' que reproduzimos no seu<br />
sentido c essência, pelas informações que nos communicárão,<br />
foi viva o cnthusiaslicamcnte applaudida,<br />
applausos enlhusiasticos qpe revela vão a intenção<br />
dc todos os circumslanles no apoio o mais<br />
completo, firmo c <strong>de</strong>cidido ao governo do pai/, em<br />
todas as medidas que lenhão por fim salvar o <strong>de</strong>coro<br />
e a honra da nação.<br />
« Não ha um coração brasileiro que não estremeça<br />
ante essas medidas- insensatas a que recorreu o<br />
Sr. Christie, auto esse abuso da força sem a menor<br />
apparencia <strong>de</strong> razão o <strong>de</strong> justiça.<br />
' « Levante o Sr. Christie e leve para o seu paiz o<br />
dinheiro que reclama com o direito da força <strong>de</strong><br />
que dispõe; mas obrigar o Governo Imperial a dar<br />
salisfacções por se terem cumprido as prescripções<br />
dc lei é uma preterição inconciliável com' a alta<br />
dignida<strong>de</strong> do representante <strong>de</strong> uma nação civilisada.<br />
• O espirito publico está disposto a tudo. Em<br />
circumstahcias da or<strong>de</strong>m daquèllas cm que nos<br />
achamos, todos os governos tem a máxima confiança<br />
<strong>de</strong> todos. »<br />
Consta-nos que foi apresado por um dos navios<br />
inglezes um Patacho que <strong>de</strong>mandava a barra. O<br />
Vapor.apresador com a presa navegou para o Sul.<br />
Dizem-nos que o Capitão da Barca austríaca Ida,<br />
que entrou hontem, refere ter visto um navio apresado<br />
na altura <strong>de</strong> Ponta Negra.<br />
Temos folhas <strong>de</strong> Minas até 26 do passado.<br />
Fallecèrão na Capital o Major do respectivo<br />
Corpo <strong>de</strong> Guarnição João <strong>de</strong> Castro Silva e o Capitão<br />
da Guarda Nacional José Coelho Bobo/a.<br />
Passou porálO no dia 20, em viagem para Bfarianna,<br />
o Exm. Bispo Diocesano.<br />
S. Ex. Rev. foi recebido pelo Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Província com todas as honras que lhe são <strong>de</strong>vidas.<br />
Das Mercês da Pomba escrevem o seguinte ao<br />
Minas Geraes.<br />
« No dia 5 do corrente ao fechar da noite levantárão-se<br />
duas nuvens prenhes dc clectricida<strong>de</strong> ao nascente,<br />
e ao poente; c na sua juneção eminente solnv<br />
o arraial das Mercês, <strong>de</strong>spedirão uma faísca cléfallíc i<br />
com horroroso estampido, e" cahindo no prédio do<br />
negociante Maximiano Carlos <strong>de</strong> Lima,, <strong>de</strong>sceu pelo<br />
pé direito da trave da cumicira, arrancou parle da<br />
guarnição da loja, estragou a caixa, e vários pertences<br />
dc uma pêndula: percorreu toda a casa, <strong>de</strong>struindo<br />
o emboço das pare<strong>de</strong>s, abrindo fendas aqui<br />
e ali, <strong>de</strong>ixando após dc si violentos estragos, e um<br />
fumo espesso com cheiro como do enxofre abrasadò.<br />
Felizmente não offen<strong>de</strong>u pessoa alguma <strong>de</strong> muitas _<br />
das casas pequenas, e gran<strong>de</strong>s, que assistirão o seu -<br />
terrível trajecto; mas <strong>de</strong>ixou.a todas, com a povoação<br />
inteira possuídas dc gran<strong>de</strong> terror!<br />
« O parocho pouco antes havia <strong>de</strong>ixado o logar<br />
do sinistro para fazer a novena da Nossa Senhora da<br />
Conceição, que nesse dia foi <strong>de</strong>pois da cateslrophc<br />
bastantémente concorrida. »<br />
O Sr. M. O. Abranches que tem promovido e<br />
importação <strong>de</strong> úteis e importantes instrumentos a<br />
machinismos <strong>de</strong> lavoura, já por meio dc cothalogôs<br />
que distribúe, já estabelecendo agencias cm algumas<br />
Províncias do Império, inaugurou hontem no frontespicio<br />
da sua casa commercial uma gran<strong>de</strong> ia boleta<br />
symbolisando a Agricultura, com o fim não só do<br />
embeIlesaI-3 como para tornar mais significativa a<br />
especialida<strong>de</strong> do mesmo estabelecimento.
Fallcccu hontem o foi sepultado hoje o Dr. João<br />
<strong>de</strong> Oliveira Fausto, Vereador da Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong>sta Corte e pessoa estimavol por suas distinetas<br />
qualida<strong>de</strong>s.<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />
PARTE DO DIA 30 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
.. Pela Policia, Manoel José Vieira, por infracção;<br />
Pedro José da Silva, por injurias; o preto livre<br />
Rernardino, para averiguações, por ser encontrado<br />
ás 2 horas da noite a espiar pela feixadura <strong>de</strong><br />
uma casa da rua dos Pescadores; e os escravos<br />
Manoel, e lnnocenclo, por suspeitos <strong>de</strong> fugidos; e<br />
Evaristo por andar fora <strong>de</strong> horas.<br />
Na frcguezia <strong>de</strong> São José, João Antônio, Miguel<br />
dos Anjos, o Henrique Claque, por vadiof.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Rita, (1.° Districto), o Africano<br />
livre Cosmo, e o escravo Juitino, por suspeitos<br />
<strong>de</strong> Rígidos.<br />
Na dc Santo Antônio, José Monteiro <strong>de</strong> Carvalho,<br />
por entrada em casa alheia.<br />
Na mesma freguesia appareceu na Igreja Matriz<br />
o cadáver do uma criança recemnascida do sexo<br />
feminino, <strong>de</strong> côr preta.<br />
Pela 1.» Delegacia foi pronunciado o réo preso<br />
Cincinato Mavignier Lopes Gama como incurso<br />
nas penas do art. 167, hypolheses 1.• fabricar, e<br />
4.* usar, do Código Criminal.<br />
Pelo Corpo Policial:<br />
Manoel José Vieira, por <strong>de</strong>samparar o tilbury<br />
que conduzia; Pedro José da Silva por Insultos;<br />
ihrnardino, preto livre por suspeito; Amaro, Africano<br />
pertencente a Santa Casar <strong>de</strong> Mizericordia,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Pela Secretaria da Policia da Corte se faz puhlico,<br />
para conhecimento dc quem convier, que<br />
so acha recolhido á Casa do Detenção o escravo<br />
Mathcus, que diz pertencer ao Barão <strong>de</strong> Itamaraty.<br />
Secretaria da Policia da Corte em 31 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1862.—F. /. <strong>de</strong> Lima.<br />
DIA 31.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s<br />
:<br />
Pela Policia, Paulo José <strong>de</strong> Brito, por embriaguez<br />
; Joaquim e Antônio, escravos, por furto; os<br />
escravos, Domingos, Zacarias, João e José, por andarem<br />
fora <strong>de</strong> horas; Antônio José <strong>de</strong> Souza e Almeida,<br />
por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na Frcguezia do Sacramento 2.° districto, Vicente<br />
José da Silva e Miguel Alves <strong>de</strong> Lima, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />
o resistências..<br />
Na <strong>de</strong> S. José, Antônio Carlos, Antônio Pereira<br />
<strong>de</strong> Magalhães e José Bernardo <strong>de</strong> Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />
; João José Maria, por entrar em casa alheia;<br />
Pedro Joaquim <strong>de</strong> Jesus, Antônio Pereira e Carlos<br />
Jlyt, por vãdjos; Marlanno Augusto, por embriaguez;<br />
e o africano Amaro, por fugido.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Rita, 1.° districto, Paulino, escravo,<br />
por suspeito <strong>de</strong> Rígido, e o preto José <strong>de</strong> nação<br />
mina, também escravo, por ameaças.<br />
-Na mesma, 2.° districto, Anacleto Cláudio <strong>de</strong><br />
Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na da Gloria, Januário Gomes <strong>de</strong> Ornellas por<br />
. Injurias, c Joaquim escravo, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
No 1.° districto <strong>de</strong> Santa Ânna, José Antônio da<br />
Silva, por embriaguez.<br />
Na da Lagoa, Felicío Pereira da Costa, e José<br />
Francisco Rodrigues <strong>de</strong> Campos, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m;<br />
Antônio <strong>de</strong> Souza, por embriaguez; o o escravo,<br />
Emílio, por <strong>de</strong>sobediência ao senhor.<br />
Pelo Corpo Policial da Corte :<br />
Anacleto Cláudio <strong>de</strong> Almeida, por embriaguez<br />
o <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m ; José Francisco Rodrigues <strong>de</strong>' Campos,<br />
e Theopbilo Pereira da Costa por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e ferimento;<br />
Paulo José <strong>de</strong> Brito, por embriaguez ; os<br />
escravos Joaquim e Antônio, por furto; e José<br />
pbr andar fora <strong>de</strong> horas sem bilhete <strong>de</strong> seu senhor.<br />
DIA 1.° DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
| Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, Manoel José da Silva, por suspeito<br />
<strong>de</strong> ser escravo Rígido; João José da Rocha por<br />
embriaguez; Manoel José Pereira, JoSo Victorino I<br />
<strong>de</strong> Mattos, o Francisco <strong>de</strong> Paula Vieira do Mello, I<br />
por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Januário <strong>de</strong> Mattos Brandão, e Antônio<br />
Fontes da Rocha, para averiguações sobre<br />
furto; Manoel <strong>de</strong> Carvalho, por ferimento; José<br />
da Silva Manoel, por se oppôr a prisão; e os escravos<br />
João, por olfcnsas physicas; Antônio, por<br />
suspeito <strong>de</strong> fugido; Joio, e Joaquim, por andarem<br />
fora <strong>de</strong> horas.<br />
Na Frcguezia <strong>de</strong> S. José, Manoel Rodrigues,<br />
por furto; |João Baldrond, por offensa physica;<br />
João Marcelino por se oppôr a uma prisão; Henry<br />
Duarte, por embriaguez; Domingos Bricc, por furto '<br />
e damno; c o escravo Bernardo, por entrada em !<br />
casa alheia.<br />
Na do Santa Rita, 2." districto, Graciana Maria<br />
da Conceição, e o escravo Luiz por andarem fora<br />
<strong>de</strong> horas.<br />
Na dc Santo Antônio, Manoel José <strong>de</strong> Carvalho,<br />
Manoel <strong>de</strong> Oliveira, Antônio da Rosa, José Pereira,<br />
Francisco Vieira Gomes, e Bernardino José Barbosa,<br />
para averiguações.<br />
Na do Santa Anna, 2.° districto, Manoel José<br />
Moreira, e José Antônio da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na do Engenho Velho, Antônio Francisco Jorge,<br />
e Francisco Vieira, para averiguações sobre furto;<br />
e os escravos Caetano, Jorge, e Satyro, por furto; .<br />
Sérgio, Fclippe, Pedro, Vital, c Galdino por andarem<br />
fora <strong>de</strong> horas: e Jeronymo por capoeira.<br />
Na do Sacramento, 1.* districto, o escravo Cie- i<br />
mente por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na mesma 2." districto, Joaquim José Loureiro,<br />
e Ignacio José <strong>de</strong> Azevedo, por embriaguez e<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
i Na da Lagoa, o preto Scverino, por alienação<br />
I mental; Orlando Albernaz <strong>de</strong> Faria, por vagabundo;<br />
e o escravo Barnabé por embriaguez.<br />
Na Frcguezia <strong>de</strong> Santa Anna, 1.* districto» foi<br />
pronunciado como incurso no art. 201 do Código<br />
t Criminal Manoel Alves Branco.<br />
Na do Engenho, fez-se corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto no cadáver<br />
da preta Joanna, escrava, que foi morta<br />
por seu parceiro <strong>de</strong> nome Joio, que se acha preso.<br />
Na da Ilha do Governador, o Português José dos<br />
Reis, tendo seguido para o mar em uma canoinha<br />
^ auecé<strong>de</strong>u virar-se a mesma, e a (Togar-se aquellc<br />
Infeliz, cujo cadáver foi posteriormente arrojado a<br />
f praia, e verificou-se sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> assim como<br />
*er <strong>de</strong>vida a morte a submersio no mar.<br />
Pelo Corpo Poli ciai da Corte:<br />
João José da Rocha, Joio Maria Nunes eBernabé,<br />
preto escravo, por embriaguez, Manoel José Pereira,<br />
João Victorino dc Mattos e Francisco Paula Vieira<br />
<strong>de</strong> Mello, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, Manoel <strong>de</strong> Carvalho, por<br />
ferimento, José da Silva Manoel, por se oppdr a prisão<br />
<strong>de</strong> um indivíduo, João e Maria, escravos, esta<br />
por suspeita <strong>de</strong> fugida e aquelle por espancamento,<br />
Domingos Nogueira, por ter dado uma bofetada em<br />
um indivíduo, Joaquim Eusobio Gomes Machado,<br />
por insultos, João, preto escravo, por andar fora <strong>de</strong><br />
horas.<br />
Legitimarão-se na Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />
os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />
feita pelos legitimados:<br />
Porto por Lisboa, Joio da Silva Figueiredo, Thcreza<br />
Francisca Fontes, Manoel José da Fonseca, Felicío<br />
da Motta, Thomaz Coelho Alves,, Luiz José<br />
Barbosa, Maria da Gloria <strong>de</strong> Souza Cardoso, José<br />
Rodrigues Pinto, João Antônio da Silva, Violante<br />
<strong>de</strong> Jesus, Joio Ribeiro, Antônio Luiz da Moita,<br />
Francisco da Silva, Albino <strong>de</strong> Almeida, Antônio<br />
Pereira, Manoel da Silva, Manoel Machado, Estado<br />
José Correia d'Avila, José Antônio Moreira, Antônio<br />
Joaquim Grejo, José da Cunha <strong>de</strong> Mendonça,<br />
Felippe José da Costa Lemos, Augusto Lourcnço<br />
da Fonseca, Manoel José Alves Pinheiro, Antônio<br />
Brandão, Antônio Pereira Nunes, Manoel José .do<br />
Sousa, Portuguezes: Angel Gonzalcz, Hespanhol •<br />
Bueno Ayres Giuseppe Orlando, Ângelo Jagliabue,<br />
Inglês; Michola Barbella, Genazo Gallo, Antônio<br />
Pinto, Italianos.<br />
Buenos-Ayres : Giuseppe Orlando, Italiano e An<br />
gelo Jagliabne, Inglês.<br />
Europa: William Twed<strong>de</strong>ll Gepp, Inglez eBiaxe<br />
Savastailio, Antônio <strong>de</strong> Mora, Michcl Ângelo, Italianos.<br />
Secretaria da Policia da Corte, 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. Lima.<br />
Matèrão-se hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />
255 rezes, incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />
aos preços <strong>de</strong> 60 a 170 réis a libra.<br />
Matár3o-sc hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />
119 reses, ineluidas 4 vitelas quo forão vendidas<br />
aos preços dc 60 a 160 réis a libra.<br />
Relação das pessoas sepultadas no dia 30 <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Antonia Maria da Conceição, Fluminense, 25<br />
annos, solteira. Tuberculos pulmonares.<br />
Um feto, Alho <strong>de</strong> Margarida Maria dos Prazeres.<br />
Lu d gero, Fluminense, 2 annos. Marasmo.<br />
Gamilla Rosa Jaeintha, Fluminense, 22 annos,<br />
solteira. Tuberculos pulmonares.<br />
Felippa Jaeintha <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, Africana, 80 annos,<br />
remettida pela Policia. Morphéa.<br />
Victorino Gomes Ribeiro, Brasileiro, 23 annos.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Joio Scns, Allemão, 25 annos, solteira. Tuberculos<br />
pulmonares.<br />
Estephania, filha <strong>de</strong> José Maria Pereira Cardoso,<br />
Fluminense, 4 annos. Coxalgia.<br />
Leopoldino, filho <strong>de</strong> Nicoláo José dos Santos, Fluminense,<br />
2 annos. Tuberculos mesenterkos.<br />
Sepultário-se mais 4 escravos, tendo fallccido 1<br />
<strong>de</strong> tétano, 1 <strong>de</strong> bexigas, 1 <strong>de</strong> diarrhéa o 1 <strong>de</strong> alfecção<br />
mesentericü.<br />
Dia 1.° <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
João Rodrigues Pereira, Português, 23 annos, solteiro.<br />
Tísica pulmonar.<br />
Emília Maria Raymunda da Conceição, (Fluminense,<br />
20 annos, solteira. Tísica pulmonar.<br />
Francisco, filho <strong>de</strong> José Joaquim Soares, Fluminense,<br />
17 mezes. Denlição,<br />
Manoel Luiz do Amaral Peixoto, Fluminense, 21<br />
annos, solteiro. Febre algida.<br />
José Antônio Gonçalves <strong>de</strong> Amorim, Brasileiro,<br />
87 annos, solteiro. Velhice.<br />
Um innocente. Alho <strong>de</strong> Francisca Joaquina da<br />
Conceição. Fallcccu ao nascer.<br />
Januário José Ramalho, Fluminense, 20 annos,<br />
solteiro. Tísica pulmonar.<br />
Gertru<strong>de</strong>s RuAna da Cunha, Portugucza, 32 annos,<br />
casada. Tísica mesenterica. -<br />
Maria José Sophia do Nascimento, Fluminense,<br />
24 annos, solteira. Peritonite.<br />
Vicencia Firma da Trinda<strong>de</strong>, Fluminense, 21<br />
anuos, solteira. Febre lypboi<strong>de</strong>.<br />
Narcisa, Africana, 60 annos, casada. Hypertrophiá.<br />
Luiz Pereira da Costa, Brasileiro, 25 annos.<br />
Diarrhéa.<br />
Sepultário-se mais 9 escravos, tendo fallecido 1<br />
<strong>de</strong> mesenterite, 1 <strong>de</strong> gastro-enterite, 2 sem <strong>de</strong>claração,<br />
1 <strong>de</strong> hypertrophia, 1 <strong>de</strong> bexigas, 1 tísica pulmonar,<br />
1 dc febre typhoi<strong>de</strong> e 1 <strong>de</strong> ferimentos.<br />
AMÍCIOS ADMINISTRATIVOS.<br />
Primeiro Pagadoría do Thesouro<br />
Nacional.<br />
Pela Primeira Pagadoría paga-se no dia 3 do corrente<br />
as seguintes folhas: Supremo Tribunal <strong>de</strong> Justiça,<br />
Tribunal da Relação, Arsenal <strong>de</strong> Guerra, Conselho<br />
Administrativo, Rccebedoria do Município e Caixa da<br />
Amortização.<br />
Primeira Pagadoría em 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. —<br />
Suei <strong>de</strong> BaeeUar.<br />
Segunda Pagadoría do Thesouro<br />
Racional.<br />
Pagão-se no dia 3 do corrente pela segunda Pagadoría<br />
as folhas seguintes: Gabinete e Mestres da Família<br />
Imperial, Secretarias das Câmaras Legislativas,<br />
Muzeu, Empregados avulsos, Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />
Agricultura, Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, Arsenal, Conselho<br />
<strong>de</strong> Compras e gratificações.<br />
Rio, 2 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—A. F. Vos.<br />
Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha.<br />
Dc or<strong>de</strong>m do Exm. Sr. Chefe dc Esquadra Graduado<br />
Inten<strong>de</strong>nte da Marinha se faz publico qne nos dias 3,5,<br />
7,8, 9, 10,12 e 13 do corrente mez, <strong>de</strong>verão ser pagos<br />
pela pagadoría da Marinha os Srs. Officiaes do Corpo da<br />
Armada e classes anncxas," dos soldo* vencidos no mez<br />
ultimo, na inlelligencia <strong>de</strong> que aquellcs que não comparecerem<br />
até o ultimo dos indicados dias, só po<strong>de</strong>rio ser<br />
pagos quando se annunciar no mez seguinte igual pagamento.<br />
Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, em 2 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>— João Francisco Ferreira, Secretario.<br />
3<br />
Por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Ex. o Sr. Chefe <strong>de</strong> Esquadra Graduado<br />
e Inten<strong>de</strong>nte da Marinha, Joio Maria Wal<strong>de</strong>nkolk,<br />
se publica, que em data* <strong>de</strong> 24 do corrente mez,<br />
foi <strong>de</strong>mittido do logar <strong>de</strong> Escrivão extranumerario da<br />
Armada o Sr. Joaquim Francisco <strong>de</strong> Castro Leal, conforme<br />
<strong>de</strong>termina o Aviso <strong>de</strong>20 do dito mez; cumpre, portanto,<br />
ao referido Sr. Castro Leal restitair, quanto antes,<br />
á Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha o Titulo que<br />
se lhe passou daquelle logar, visto como, tendo sido<br />
por veies procurado na casa á rua Nova do Príncipe<br />
n." 24 que <strong>de</strong>clarou ser sua residência, abi não fora<br />
encontrado e sc dis ignorar-se on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>.<br />
Secretaria da Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha Si <strong>de</strong> Dezembro<br />
dc 1862.— João Francisco Ferreira, Secretario.<br />
Secretaria da Justiça.<br />
RELAÇÃO DOS REQUERIMENTOS QOB NÃO TEM TIDO<br />
ANDAMENTO POR FALTA DB SF.LLO.<br />
Bacharel Antônio Caries Monteiro <strong>de</strong> Moura.<br />
Bacharel Antônio Buarque <strong>de</strong> Lima.<br />
Bacharel Antônio Caetano <strong>de</strong> Oliveira Carvalho.<br />
Bacharel Antônio Lopes Ferreira da Silva.<br />
Bacharel Antônio Augusto César <strong>de</strong> Azevedo.<br />
Bacharel Ângelo da Malta Andra<strong>de</strong>.<br />
Bacharel Antônio Ferreira Garccz.<br />
Bacharel Antônio Joaquim Buarque <strong>de</strong> Nazareth.<br />
Bacharel Antônio Barbosa da Silva e Souza.<br />
A urdia no Antônio Vieira.<br />
Antônio Luiz Machado.<br />
Augusto Pereira <strong>de</strong> Faria.<br />
Antônio Manoel Macunam.<br />
Antônio Gonçalves <strong>de</strong> Moraes.<br />
Albino Dias Pacheco..<br />
: Antônio Corne)io, (africano liberto).<br />
Antônio, (<strong>de</strong> nação Quissamaa).<br />
A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> [escrava <strong>de</strong> Joaquim Faria e Irmão).<br />
Braz Martins dos Guimarães Bilac.<br />
Bento, (africano livre).<br />
BachaTel Carlos Augusto Ferraz <strong>de</strong> Alves.<br />
Bacharel Cândido Gil Caslello Branco.<br />
Bacharel Conslantino Rodrigues dos Santos.<br />
Bacharel Carlos Pedro Ribeiro.<br />
Chudiana Maria da Conceição.<br />
Domingos Ramos da Fonseca.<br />
Ernesto Nogueira Vellasco da Gama.<br />
Francisco Quirino da Rocha Wernek. '<br />
Francellino Adolpbo Pereira Guimarães.<br />
Fcliciano Teixeira da Malta BaeeUar.<br />
Firmina da Gloria Paulina e Silva.<br />
Francisco Ciriaco dos Santos.<br />
Fclix, (africano livre).<br />
Fcliciano (Africano livre.)<br />
Padre Gabndo Firmo da Silveira Cavalcante.<br />
Henrique Gomes <strong>de</strong> Oliveira.<br />
Bacharel José Martiniano Cavalcante <strong>de</strong> Albuquerque.<br />
Bacharel Joaquim Procopío <strong>de</strong> Figueiredo.<br />
Bacharel José Corrêa c Castro.<br />
Bacharel José Antônio Coelho Ramalho.<br />
Bacharel José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Guimarães.<br />
Bacharel João Diniz Ribeiro da Cunha.<br />
João Bernardo Lobato.<br />
João Carlos Cavalcante <strong>de</strong> Albuquerque.<br />
João <strong>de</strong> Miranda Araújo.<br />
José <strong>de</strong> Oliveira] Bneno.<br />
João Luciano da Silveira Guerra Godinho.<br />
João Antônio. Ferreira Guimarães.<br />
Joio. Pereira Serze<strong>de</strong>llo.<br />
João Jacoh Gramm.<br />
José Rodrigues Teixeira.<br />
Joaquim José <strong>de</strong> Souza Breves.<br />
José Thomaz do Queiroz Moreira.<br />
Joaquim José Romano.<br />
José, africano livre (nação Cabínda).<br />
Dr. Joaquim Cândido Soares <strong>de</strong> Meirelles.<br />
José, africano livre, (nação Angola).<br />
Bacharel Luiz Antônio Coelho da Silva.<br />
Bacharel Leonidos Gozar Burlaaiaquc.<br />
Luiza, africana livre (nação Monjolla).<br />
Luiza, africana livre (nação Angola).<br />
Bacharel Miguel Gonçalves Lima.<br />
Bacharel Manoel Garcia Gil Pimcntee.<br />
Bacharel Manoel Teixeira Peixoto.<br />
Bacharel Manoel Henrique Cardira.<br />
Dr. Manoel Antônio Marques <strong>de</strong> Faria.<br />
Manoel da Silva Teixeira.<br />
Marianno Joaquim Cavalcante.<br />
Manoel Theodoro Xavier.<br />
Manoel José <strong>de</strong> Carvalho Campanhão.<br />
Marlba Maria <strong>de</strong> Oliveira.<br />
Maria José da Encarnarão.<br />
Manoel Torqualo (africano livre).<br />
Miguel (africano livre).<br />
Pedro Antônio Scnv.il.<br />
Pulcheria (africana livre).<br />
Resi<strong>de</strong>ntes da comarca da Constituição em S. Paulo.<br />
Saturnino dc Urzedo Luna.<br />
Thomaz José dc Siqueira.<br />
Thomaz Antônio Ramos Laruy.<br />
Ti to (africano livre).<br />
Wenceslau (africano livre).<br />
Bacharel Viria to Ban<strong>de</strong>ira Duarte.<br />
Valeriano Freire Pereira.<br />
Zeferino <strong>de</strong> Almeida Pinto.'<br />
Zolico (africano livre).<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Justiça, em 31<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Josino do Nascimento Silva.<br />
Rccebedoria do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Produeto das diversas rendas arrecadadas durante<br />
o mez <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862, a saber:<br />
Renda <strong>de</strong> próprios nacionaes<br />
Foros dc terrenos. • ••• •<br />
Siza <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> raiz.<br />
Décima <strong>de</strong> uma légua alem da <strong>de</strong>marcação<br />
» addicional das corporações <strong>de</strong> mio<br />
morta • • •<br />
Direitos novos e velhos e <strong>de</strong> chancellaria.<br />
» das patentes dos Officiaes da Guarda<br />
Nacional<br />
Dizima <strong>de</strong> chancellaria. •<br />
Jóias das or<strong>de</strong>ns honoríficas<br />
Multas por infracção <strong>de</strong> regulamentos....<br />
Scllo <strong>de</strong> papel<br />
Prêmio dos <strong>de</strong>pósitos públicos. •<br />
Emolumentos<br />
Imposto <strong>de</strong> corretores.<br />
» sobre lojas ...*«..,.....<br />
• especial sobre moveis estrangeiros.<br />
Taxa dos escravos<br />
Cobrança da divida activa «...<br />
Concessão <strong>de</strong> pennas dágua<br />
Décima urbana. «.<br />
Emolumentos <strong>de</strong> Policia<br />
Imposto sobre casas dc modas<br />
» do consumo d'aguar<strong>de</strong>nte.........<br />
» do gado <strong>de</strong> consumo<br />
Meia siza dos escravos<br />
Taxa <strong>de</strong> heranças e legados .............<br />
Armazenagem d'aguar<strong>de</strong>nte.<br />
Receita eventual.<br />
Bens <strong>de</strong> <strong>de</strong>funtos e ausentes............<br />
» do Evento<br />
Salário <strong>de</strong> africanos livres<br />
Taxa <strong>de</strong> 40 rs. n'aguar<strong>de</strong>nte<br />
para a Illm. Câmara Municipal..<br />
1853000<br />
Imposto sobre seges, carros,<br />
i<strong>de</strong>m 4.8309000<br />
O Escrivão, Joào Baplitta da Silva.<br />
1:8869004<br />
1509000<br />
9:8569200<br />
4:8429630<br />
34-.2I49636<br />
5:1469392<br />
65*9000<br />
1:0699538<br />
1809000<br />
2:7589153<br />
70:0009269<br />
2339441<br />
6:8729405<br />
4669668<br />
40:3169946<br />
2:7209000<br />
24:8569000<br />
24:9259588<br />
6249000<br />
314:2629479<br />
4219080<br />
8809000<br />
1:0239680<br />
12:0769600<br />
10; 6209000<br />
29:2459654<br />
1329000<br />
1:10+9500<br />
1809565<br />
1:2139145<br />
2059674<br />
5:0159000<br />
Rs. 608:1539280<br />
Rendimento da Casa da Moeda do mez<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> «SOS.<br />
Fundição, cunhagem, afinação<br />
e ensaios <strong>de</strong> ouro... 2449481<br />
Afinarão e ensaios <strong>de</strong> prata* 669121<br />
Obras'<strong>de</strong> diversos '209000<br />
3209416<br />
Cunhagem <strong>de</strong> prata do Thesouro<br />
2:7809579<br />
3:1909995<br />
Ouro entregue aos particulares,<br />
em moedas......... 8989*62<br />
Ouro entregue aos particulares,<br />
em' barras. 16:7279525<br />
Ouro entregue aos particulares,<br />
afinado 909085<br />
Prata entregue aos particulares,<br />
em moedas 1:5029192<br />
Prata entregue aos particulares,<br />
afinada 9:0909697<br />
I<strong>de</strong>m ao Thesouro em moedas 57:4119585<br />
— 78:7209546<br />
Secção <strong>de</strong> Éscrípluração e Contabilida<strong>de</strong> da Casa da<br />
Moeda, 91 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.— Cândido Venancio<br />
dos Guimarães.<br />
Correio Geral da Corte.<br />
Cartas retidas por diversos motivos.<br />
Alexandre Ignacio Silveira, 1; Anna Cândida, 1;<br />
Antônio Oliveira Barres, 1; Antônio Roberto & Filho,<br />
i; Casimiro Antônio, 1; Delanche (relojociro), f; Domingos<br />
José Miranda, 1; Eduardo Deyrolle, 1; Francisco<br />
Antônio Vicente Mendonça, 1; Francisco Assis<br />
Brito, 1; Francisco Severiano ltabello & Filho 1 ;<br />
Francisco Vidal Prales, 1; Fre<strong>de</strong>rico José Figueira,<br />
1; Fre<strong>de</strong>rico Luiz Nielson (segeiro), 1; Giuseppe Lombardi,<br />
1; Henrique José Figuerôa Contreiras N. <strong>de</strong> Araújo,<br />
1; Joio Cardoso Corrêa, 1; Joio Oliveira Soares, 1; João<br />
Silva Marinho, 1; Joaquim Egydio Vieira Carvalho, 1;<br />
Joaquim Vieira Silva Valle, 1; Joaquim Machado Cayres,<br />
1; José Antônio Ribeiro Porto. 1: José Bento Luiz Rabello,<br />
2; José Cardoso Corrêa, 1; José Carlos Martins, 1;<br />
José Castro Narciso, 1; José Joaquim Agrão Martins, 1;<br />
José Joaquim Sacramento, t; José Machado Miranda, 1;<br />
José Pereira Motta Porto, 1; José Ribeiro Miranda, 1:<br />
José Teixeira, 1; Luiz Augusto Carvalho, 1; Luiz Quirino<br />
Rocha, 1; Manoel Affonso Costa, 1; Manoel Gonçalves<br />
Leal, 1; Manoel Teixeira Sampaio, 1; Moncorvo<br />
& Fonseca, 1; N. H. Witt & Comp., 1; Patrício Bembinato<br />
Bernabento, 1: Pedro Gomes Souza 1; Sebastião José<br />
Figueiredo & Filhos, 1; Silvino Guilherme Barros, 1; Vicente<br />
Ferreira Costa & Comp. 1; Sem subscripto, 1; Nicoláu<br />
Antônio Nogueira Valle Gama 1 maço.<br />
2.» Turma, 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—O Chefe da 1.»<br />
Secção, /. F» Lopes Anjo.<br />
Antônio Feliz Cabral dc Mello, 1; Antônio Ma<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong> Barros, 1; Antônio Raymundo Brigido dos Santos,<br />
1; Antônio Rodrigues da Costa, 1; Barão da Bella<br />
Vista, i; Belchior it Cardía, 1 ,* Beíisario José Alves<br />
da Silva, 1; Carlos Antunes Hudson, 1; Ermclinda<br />
da Motta Andra<strong>de</strong>, 1; Francisco Garcia <strong>de</strong> Mattos 4t<br />
Irmão, 1; Francisco Pinto Duarte, 1; Francisco Xavier<br />
<strong>de</strong> Faria, 1; Fre<strong>de</strong>rico João Ormcrod, 1; Furtado<br />
e Silveira, 1; Giovanni Lana, 1; tsaac Sabak,<br />
1; Jeionimo Pinto Oliveira Rangel, 1; Joio Bernardo<br />
dc Castro, 1; João José Martins, 1; Joaquim da Cunha<br />
Santos, 1; José Bressam Leite, 1; José Caetano da<br />
Silva Barros & Comp., 1; José Oliveira da Silva,. 1;<br />
Justo Anani, 1; Lndugera Josephina <strong>de</strong> Lime, 1;<br />
Magnin, 1; Manoel Zeferino Soares, 1; Maria Barbara<br />
<strong>de</strong> Jesus, 1; Maria Cândida do Valle, 1; Maria José<br />
<strong>de</strong> Souza Nunes, 1 j Maria Vcnancia Almeida Leite,<br />
1; Miguel <strong>de</strong> Sonsa Adio, 1; N. H. Witt & Comp.,<br />
1; Paulino Freire Pcdroza, 1.<br />
2.* Turma, 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862 —J. F. Carysoslomo<br />
<strong>de</strong> Mello.<br />
Carlos seguras existentes nesta Tkesourarta ,\ e que não<br />
Im sido reclamadas; o que se faz publico, a fim <strong>de</strong><br />
que os interessados as venhão receber*<br />
Os Srs.:<br />
Alexandre Cândido da Moita, Dr. Américo Roraão dt<br />
Freitas Musscrunga, Coronel Antônio Gomes Leal, An -<br />
lonio da Serpa Pinto, Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Baepèndy, Francisco<br />
Dias Leite, Francisco- Xavier Pereira <strong>de</strong> Mello Corte<br />
Real, Jeronymo da Costa Coelho, Dr, Jeronymo Pereira<br />
Lima Campos, João José <strong>de</strong> Souza ltabello, Joio da<br />
Haia Braga, Joaquim Carneiro <strong>de</strong> Mendonça, José<br />
Dantas daJSilva, José Guilherme da Silva Martins, José<br />
Joaquim dos Reis, José Lopes <strong>de</strong> Abreu Barroso, Dr.<br />
Josino do Nascimento Silva, Dr. Lourcnço Maria <strong>de</strong><br />
Almeida Baptisla, Coronel Luiz César <strong>de</strong> Athay<strong>de</strong>, duas,<br />
Magalhães & Scgesfrédo, Manoel Joaquim Mano, Manoel<br />
da Rocha Miranda, Manoel Silva Dias Guimarães, Marcos<br />
Bricio Portilho Bentes. Dr. Nominato José <strong>de</strong> Assis, Dr.<br />
Raymundo Ferreira <strong>de</strong> Araújo Lima, Dr, Rodrigo Augusto<br />
da Silva, duas, e Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sapucahy.<br />
Thesouraria do Correio Geral da Corte em 30 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1862,—Pelo Thespureiro, V. M. V. <strong>de</strong> Figueiredo.<br />
De or<strong>de</strong>m do Illm. Sr. Administrador, convido ao<br />
Sr. Américo Augusto <strong>de</strong> Faria Rocha, a vir receber<br />
um oflicio nesta repartição, o qual não tem sido entregue<br />
por se ignorar sua residência, '•*<br />
Correio da Corte 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Manoel<br />
Joaquim <strong>de</strong> Castro Vianna.<br />
0 Conselho Administrativo para fornecimento do Arsenal<br />
<strong>de</strong> Guerra da Corte, em virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong> 19<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1860, receberá no dia 8 <strong>de</strong> Janeiro futuro,<br />
das 9 as 10 boras da manhã as propostas que<br />
forem <strong>de</strong> casas importadoras, para compra dos gêneros<br />
estrangeiros abaixo transcriplos, <strong>de</strong>vendo, as que nio<br />
forem, ser conhecidas por Tabellíão, quando apresentadas<br />
pela primeira vez. c acompanhadas das competentes<br />
amostras e <strong>de</strong>claração dos últimos preços. Das<br />
tO horas em diante nio será recebida* mais proposta<br />
alguma.<br />
74 covados <strong>de</strong> flanella azul. v<br />
19 couros envernizados brancos finos <strong>de</strong> bufalo.<br />
25 pranchões <strong>de</strong> oleo jalahy com 15 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />
e 13 <strong>de</strong> grosso ra.<br />
100 pranchões <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira açou Ia cavaUos ou equivalente<br />
em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> genipapeiro.<br />
6 remos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da terra com 34 palmos <strong>de</strong> comprimento.<br />
3 pares <strong>de</strong> esporas <strong>de</strong> lalão.<br />
9 cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ferro fundido para 50 praças.<br />
1 alambique <strong>de</strong> cobre com serpentina.<br />
1 can<strong>de</strong>eiro para pharmacía.<br />
1 caixa <strong>de</strong> guerra.<br />
1 arvore <strong>de</strong> campainhas.<br />
Secretaria do Conselho Administrativo no Arsenal <strong>de</strong><br />
Guerra da Corte em 31 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.—Luit<br />
Antônio Favilla, Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho.—<br />
Bento José Leite dè Faria, servindo dc Secretario.<br />
M I C I O S PARTICULARES<br />
Aluga-ae o sobrado da rua do Senado n.° 57, sen<br />
ultimo preço é 1:4009000 annual, a chave acha-se <strong>de</strong>fronte<br />
na venda, e para tratar na rua do Ouvidor n. 31,<br />
1.° andar, das 9 a 1 da tar<strong>de</strong>. " f.
Banco Commercial e Agrícola cm<br />
liquidação.<br />
Oi Srs. accic-nisfas do extineto Banro Commercial e<br />
Agrícola «So convidados pela respectiva Ommissão liqnídadora<br />
a apresentarem na Thesouraria do Banco do<br />
Brasil, do dia 28 <strong>de</strong>f corre» te ma cm diante, do meio<br />
dia .as 2 koras. as cautelas <strong>de</strong> suas arções, para serem<br />
con vertidas cm accòes- <strong>de</strong>ste Banco, conforme o accordo<br />
celebrado.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, 21 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1862.—Bernardo<br />
Joaquim dr Sousa.—Jf. G. Pereira.—F. J. Gonçalves. (.<br />
PARTE COMMERCIAL,<br />
PRAÇA. 2 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>. '<br />
Cotações o/jíciaet da Junta do» Corretores,<br />
Cavacos: Londres. 27 11* a 90 d/v.<br />
Pedro Graeí, Presi<strong>de</strong>nte.<br />
F. D. Machado, Secretario.<br />
flendimcnlos no me: <strong>de</strong> Janeiro,<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2............... : 13:7105108<br />
Da Rccebedoria, <strong>de</strong> dia 9............. 9:18im3<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2<br />
Í17S235<br />
IWeeart?an para o dia A <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> iH C Pinto.<br />
Sementes dc algodão: 0 sacos a Weyl.<br />
Taçbjhhas: 30 caixas a G. Heldcr.<br />
V<br />
amer. IVtnAeimer, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />
— amer. Agnci, <strong>de</strong> Ballimorc.<br />
iporl. Silencio, do Porto.<br />
nar. ataria, da Ilha do Sal.<br />
ílufina, <strong>de</strong> Paysandn.<br />
Curolina, da Bahia,<br />
Brigue norueg. Botelte Buggard, do Malmo.<br />
— port. Conceição ao olaria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />
— port. Minho, <strong>de</strong> 'Montevidéu.<br />
M—L porl; Júlio', dc Lisboa.<br />
— nisso trt<strong>de</strong>ot <strong>de</strong> Copenhaguc.<br />
Polaca hesp. Isabetka, <strong>de</strong> Bucnos-Ayres. '<br />
Pa tacho port. Ceaetfro, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
sueco Brie Andrias, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
Roeu na dinam. amando, <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />
EXPORTAÇÃO.<br />
EiinAiie.çúEs •«•achadas no asa 2 m <strong>janeiro</strong>.<br />
Ifdsibsjfors e Alho—Brig. russa Tridtnt, dc 359 tons.,<br />
consiga. 0. & \Y. lleymaró; manif. 3.800 sacas <strong>de</strong><br />
cale,<br />
Hanolulu—Hiatc Uotcaino tale Sargent, dc 258 tons.,<br />
consigs. Maxwell Wrighl & Comp.; togue com a<br />
mesma carga com que entrou por arribada forrada.<br />
Rio da Prata pelos portos'do Sul- - Pol. hesp. Mereedita,<br />
<strong>de</strong> 21V tons., consig. Jaymc Romaguera; segue cm<br />
lastro.<br />
DESPACHO DR KSPOITACÂO NO DIA 9 DB JAKEliO,<br />
1 lavre—Na barca franc, JTNYS, N," Dreyfus Ainé, 900<br />
couros salgados. •<br />
vaccas:<br />
BRIGUE 1NGLEZ—ErGF.MB—-DE C.VRDIFF.<br />
A 2.<br />
Carvão: 413 toneladas a Scolt Hclt.<br />
Boston—05 ds., Gal. Norte Amer. Gardner Colby,<br />
BRIGUE RISSO—F.MMA—DE COPENHAfilE. 986 tons., m. T. Mc. Ktitrc, equip. 22: c.<br />
Taboado: 470 11/12 dúzias a G. «& W. Heymann. gelo a William Smith;<br />
passags. que seguem<br />
2 a ti. Rudjio.— Vidros : 9 caixas a PATACHO INGLEZ—RICARDO—DE Bt/EJODS AVIES. no mesmo para Calcula.<br />
Daveau. 1 ao General Webb, 1 a Michel. — Vi<br />
Santa Helena—23 ds., Brig. Ingtez African Afaid,<br />
Carne secca: 3751 quintaes.—Couros: 50 a Juan<br />
verei: 20 caixas ao General Webb.<br />
Frias.<br />
143 tons., m. T. Armson, equip. 9: em lastro<br />
a Maxwell Wrigth dr Comp.<br />
BARCA IXGI.FZA—SILVERCEAIG—DE LIVERPOOL. PATACHO DIXAMARQUEZ—FREDF.REÁ—DB F11II-A- Angra—4 ds. Pai. Campeador Fluminense, 38<br />
Aço: 7 caixas a Gordon Slcelc.—Aguar<strong>de</strong>nte: I<br />
DELPIIIA.<br />
tons., m. Antônio José dc Souza, equip. 7 : c.<br />
barril a or<strong>de</strong>m.—Armamento: 1 caixa a Gordon.— Carne <strong>de</strong> porco: 8 barris.<br />
' café, agoár<strong>de</strong>nto e ma<strong>de</strong>ira á José Antônio Gon-<br />
Arreios: 3 caixas a Gordon 1 a Vry.<br />
Farinha <strong>de</strong> trigo: 1.200 barricas.<br />
. çalves Santos dz Comp. ; passags. 2 escravos a<br />
Barilha: 100 barricas a or<strong>de</strong>m.—Bigornas 16 a Milho: 128 sacos.<br />
entregar.<br />
or<strong>de</strong>m.<br />
Presuntos: 100 a Mosle Lackmann.<br />
Asso por Pernambuco—8 ds., (do ultimo) Barca<br />
Calçado: 4 caixas a Clafc, 1 a P. M. da Silva BARCA HAMBÜRGUEZA—UEBUAU OSCAR—DK KBW- íris, 309 tons., m. Gaspar Leite dc Faria, equip*<br />
Cerveja: 400 barricas a Baird Lecoq, 111 a or<strong>de</strong>m,<br />
14: c. sal o palha a Velloso Dias dr Comp.<br />
. CASTLE.<br />
100 a Walson, 100 caixas a A. M. Fernan<strong>de</strong>s.—<br />
Caraguatatuba—5 ds. Pat. Admastor, 102 tons.,<br />
Carvão: 2o'»S/20 toneladas a Ootlokohller.— Coke:<br />
Chá: 150 caixas com 11.858 libras a Napier As-<br />
m. Bernardlno da Silva Serpa, equip. 8: c.<br />
185 3 4 toneladas a Companhia da Estrada <strong>de</strong> ferro<br />
lley. — Chapas para fogões com pertences: 17 a<br />
café á José Luiz Alves dt Irmão.<br />
D. Pedro II.<br />
Gomes Pacheco.—Cobertores: 25 volumes a M. J.<br />
A. Machado, 15 a Gordon, 4 a Petly, 4 a Phipps.— BARCA AMERICANA — WARREN IIAI.LET — DB<br />
ENTRADAS NO DIA 31 J<br />
Cobre: 4 caixas pesando 18 quintaes e SO libras<br />
NEW-YORK.<br />
Phila<strong>de</strong>lphla—40 ds., Pat. dinain. Ftc<strong>de</strong>rika, 125<br />
a Fry.—Cutelarla 3 caixas a Fry, S a Moss. Banha: 500 barrilinhos a Napier Aslley.— Breu Í tons., m. J. Caspersen, equip. 6: c. farinha a<br />
Drogas: 30 volumes a Moreira dr Campbell. 908 barris a G. Rudge.<br />
• Mosle Laehman & Comp.<br />
Farinha <strong>de</strong> trigo: 50 barricas a Napier Astley. ' Farinha <strong>de</strong> trigo: 1 ,600 barricas a G. Budge, New-Castte—60 ds., Barca hamb. Ifermann K Os<br />
— Fazendas <strong>de</strong> algodão : 130 volumes a Moon, 40 586 a Napier Estlcy.<br />
car , 333 tons., J. G. Forster, equip. 11: c.<br />
a or<strong>de</strong>m, 20 a Gordon, 15 a Lecoq & Oliveira, Objectos para lampista: 5 volumes a or<strong>de</strong>m.—• • carvão o coke a Otto Kohler d Comp.<br />
7 a J. Frecland, 0 a Vaz <strong>de</strong> Carvalhaes, 6 a Petly, Oleo do kerosinc: 269 volumes a or<strong>de</strong>m.<br />
11 ollanda—49 ds., Transporto holl. Hel<strong>de</strong>n, comm.<br />
5 a S. Busk, 3 a J. Br&dshaw, 3 a Phipps, 2 a Papel <strong>de</strong> embrulho: 2.000 resmas a .Vapler. Benkes : monta 10 peças e segue para Ratavia.<br />
J. F. da Costa, 1 a Wejtzmam, 1 a Yollenwei- Velas <strong>de</strong> composição: 100 caixas a Napier. Ncw-Vork—59 ds. Barca norte amer. B^arreu 7/aí<strong>de</strong>r,<br />
1 a Hoyle, 1 a J. Moorc—-Fazendas <strong>de</strong> li : BARCA INGLEZA—MIS1XETOE —DE I.().\.:ltES. , lefl, 284 tons., m.Hallett, equip.: 10 c. farinha<br />
20 volumes a Hoyle, 20 a Colcman, 20 a Petly,<br />
cgenerosa Napier Astley à Comp.<br />
Aeidos: 12 caixas a Bcrrini. — Al vaiado 60<br />
15 a Schnwind, 10 a Phipps, 2 a Gordon, 2 a<br />
Boston — 48 ds.. Hiato ing. jllote Sargent, 172<br />
barris a T. X. Veran.— Arca 8 barris a or<strong>de</strong>m.<br />
Busk.—Fazendas <strong>de</strong> liuho: 92 volumes a Phipps,<br />
tons., m. Thomaz Wist, equip. 7; c. vários gê<br />
Bolachina : 6 caixas a Cunha Góes, 2 a J. F.<br />
30 a Moon, 14 a Gordon, 7 a Dacnicker, 2a,<br />
neros ao mestre. Vem refrescar e segue para<br />
D. Brandão, canos 379 a Companhia dc esgoto.<br />
Eubank.—Pazcndas mistas: 1 csixa a Michel.—<br />
Honolula.<br />
Cerveja : 250 volumes a Klingclhoe.fer, 200 a<br />
Ferragens: 77 volumes a Fry, 23 a Gordon, 16 a<br />
Hamburgo—40 ds., Brigue sueco Henrik, 185 tons.,<br />
Wagner, 900 a Wilmoul, 150 a F. M. Rrandon,<br />
Or<strong>de</strong>m, 0 a Moss, 1 o Gomes Pacheco, 1 a T. H.<br />
m. N.' P. Hook, equip.; c. vários gêneros á<br />
130 a J. J. Barboza, 74 a or<strong>de</strong>m, 00 a Gui<br />
Vcrran.—Ferro: 34 1/2 toneladas a or<strong>de</strong>m, 31 2/20<br />
/ Glettc Hothnsock dr Comp.<br />
marães e Ribeiro, 12 a G. Lsst, 6 a J. Frecland,<br />
toneladas a Gomes Pacheco.—Folha do Flandrcs:<br />
Santos—22 hs. Vap Pirahy 100 tons. m. Ma<br />
2 a L. M. Moreira.—Chi : 49 meias caixas com<br />
175 caixas a Moss.<br />
noel da Cunha GsoCella, equip. 18: c. varioê<br />
2.200 libras a Dreyfus, 30 com 1.485 a J. C.<br />
Lonas: 1 fardo a Napier.— Louça: 129 volumes<br />
| gêneros á Ivahy dr Braga; passags. Luiz Gon-<br />
Sampaio. —Chumbo do munição: 50 barrica-» a Mo<br />
sí or<strong>de</strong>m, 8 a A. Wagner, 4 a Collings, 2 a M. J. dc<br />
. zaga dc Oliveira, o os Porluguer.es Joaquim Berreira<br />
c Campbell.—Cimento: 1.200 barricas a A.<br />
Oliveira e Irmão. .<br />
nardo Passos, Manoel José <strong>de</strong> Souza, José Cor<br />
Wagocr, 200 a Samuel, 50 a Shaw, 20 a Gary:<br />
Mochinistnos: 556 volumes o* Estrada <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Mendonça, José Marques Merino, Joa<br />
Drogas: 18 volumes a II. Pitos, 14 a A. A. Fer<br />
D. Pedro II, 177 á Companhia <strong>de</strong> Paquetes Rrazi-<br />
quim Gomes Marques, José Pereira Duarte, Anreira,<br />
7 a M. Wilmot, 7 a Gary, 3 a Bcrrini, 3<br />
Jeiros, 22 i* Companhia <strong>de</strong> esgoto.— Manteiga : 150<br />
tônio Francisco Fontes, os Hespanhòcs José An<br />
Moreira Abreu, 1 a V. Silva Porte. '<br />
barris a Moss, 100 a Napier, 50 a Busk, 50 a or<strong>de</strong>m.<br />
tônio Martins, Vicente Euzcbio Pozado, o Ro<br />
• Estanho: 5 barricas: a Moreira & Campbell.<br />
I Objectos <strong>de</strong> armarinho: 6 volumes a Moss, 4 o<br />
mã o Lopes <strong>de</strong> La Pena.<br />
Fazendas dc linho:. 3 volumes a or<strong>de</strong>m.— Fer<br />
L. Tarragâô; 3 a Pereira Irmão e Araújo, 2 a Gor-<br />
If— 18 hs., Vap. S. Pedro, 186 tons,, Comm. o<br />
ragens : 40 volumes a or<strong>de</strong>m, 5 a Wilmot, 2 a Silva j<br />
dun, 1 a.Rec, Ia S..P. da Costa Aguiar.—Objectos<br />
Capitão Tenente Pereira da Cunha, equip. 23:<br />
Porto.<br />
para esrriplorio: 4 volumes a Scully, 1 a Napier.<br />
c. vários gêneros ao Barão <strong>de</strong> Mauá; passags.<br />
' Lupuio: 37 barricas a or<strong>de</strong>m, 81 s Dreyfus.<br />
— Objectos para o gaz: 170 volumes a Ircncu. 4<br />
o Cominendador Antônio Alves dc Araújo, e 1<br />
Objectos para chapéos <strong>de</strong> sol: 3 caixas a or<strong>de</strong>m.—<br />
a Cumberworth.—Objectos para lampisla : 1 caixa<br />
est-ravo; Antônio Augusto <strong>de</strong> Padua Fleury, e 1<br />
Objectos para eseríptorio* 1 caixa a Scully.—Oleo<br />
a Lenoble.—Oleo <strong>de</strong> Kerosinc: 58 latas a Wilmot.<br />
escravo; o Trance/. P. Savury; os Porluguezés<br />
dc Inhaça: 130 volumes a Moreira dl Campbell, 20<br />
—Oico <strong>de</strong> linhaça: 2o barricas a Wilmot.<br />
; Domingos <strong>de</strong> Silva Lassa, Francisco dos Santos,<br />
a Klingclbocfer, 10 a B, Lejcnne.<br />
Pas: 132 feixes a Petly.— Pcllcs preparadas: 1<br />
Domingos dos Santos, João Elizario <strong>de</strong> Carvalho<br />
Pedras <strong>de</strong> lousa : 5 caixas aC. Massei. —Pcllcs<br />
caixa a .Moreira c Campbell.— perfuuiarios: 4<br />
Monlcncgro,. Pompòo Augusto César, José Tapreparadas:<br />
10 volumes a Umlauf, 6 a Heyn, 3<br />
caixas a or<strong>de</strong>m.— Pregos: 3 barricas a Gomes Pa<br />
• vares Santiago, Joaquim dos Santos Gosta, e<br />
a Breissan, 8 a C. Spcncc, 2 a M. Uxitaf. — Pcrcheco.<br />
Augusto Carlos Ribeiro Bastos.<br />
fumarias: 4 volumosa L. Tarragio, lati. Last.<br />
Sabão: 484 emas a Moon.<br />
Campos—2ds., Sum. Novo Sorte, TI tons., m.<br />
— Pise: 100. barricas a Moss. — Pólvora: 400<br />
Torra<strong>de</strong>iras: 18 volumes a Gomes Pacheco.<br />
[ Domingos Teixeira Soares, equip. 6.: c. assucar o<br />
barricas <strong>de</strong> quarto a Humann, 80 a Gordon, 1 a<br />
Vidros :• C caixas a or<strong>de</strong>m. 1 a M. J. Teixeira Jú<br />
', generosa Sampaio Guimarães c\; Ramos ; passag.<br />
W'. -S. Guimarães Júnior.<br />
nior.—Vinho: 2 barris a Phipps.— Vivercs: 10<br />
( Joaquim BaptUta Teixeira (menor).<br />
' Queijos: 11 caixas a Moreira c Campbell. '<br />
caixas a or<strong>de</strong>ea.<br />
— 1 d. , Hiatc Conselheiro, 05 tons. ...m». Ber<br />
' Sal rclluado: 20 barricas a Guimarães e Ribeiro.<br />
nardo Gomes Ayres da Costa, equip. 9: c.<br />
GALERA PORTFGCEZA ÁFRICA — DO POETO. —Salitre: 50 barricas a Moreira Campbell.<br />
assucar á Companhia Macahé o Campos; passags.<br />
, -Tapetes: 1 caixa a Moreira o CampbeJI.—Tintas:<br />
o Portuguez Manoel Francisco dc Freitas.<br />
250 volumosa Klingclhocfer, 105a T. II. Vcrran,<br />
20 a B.Lcjeune.<br />
Ilahapoana— 1 d., Pàt. -Paraowqssií, 150 tons., m.<br />
> Manoel da Silva Moreira do Amaral, equip. 9:<br />
> Velas <strong>de</strong> composição: 200 caixas a F. M. ílran-<br />
c. ma<strong>de</strong>ira c gêneros a vários.<br />
don.— Vidros para vidraças: 7 caixas a R. Lejcune,<br />
Campos—2 ds., Sum. 0/
CORTEI<br />
DIâRIQ OFFICIAL<br />
POR ANNO 423í>000<br />
POR SEIS MEZES. . . 6#>000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL.<br />
POR TRES MEZES. . 3$000<br />
PROVÍNCIAS,<br />
PCR ANNO. ....... 1G&000<br />
PCR-SEIS MFZBS. . . 8©000<br />
YOR TRES MEZES... 4$fQ0<br />
ANNO DE 1865. DOMINGO, 4 DE JANEIRO. NUMERO 5.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
DECRETO<br />
N.° 3.0V0 DE 31 DB DEZEMBRO DB 1862 ,.<br />
Orra a Receita c fiia a Despeza da Illm. a Câmara Municipal<br />
para o anno <strong>de</strong> mil oitocentos sessenta e tres.<br />
Hei por bem, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o art. 23<br />
da Lei n.' 108 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Maio 1840, approvar, o<br />
mandar que sc execute, pela maneira abaixo <strong>de</strong>clarada,<br />
o Orçamento da Illm. 1 Câmara Municipal<br />
para o anno <strong>de</strong> mil oitocentos sessenta tres.<br />
RECEITA.<br />
Art. l.° E' orçada a receita da Câmara Municipal<br />
da Corte para o anno, á que se refere o<br />
presente <strong>de</strong>creto, na quantia <strong>de</strong> setecentos vinte<br />
e tres contos novecentos noventa o quatro mil<br />
§ 1. 0 Imposto do patente no consumo<br />
da aguar<strong>de</strong>nte....<br />
§ 2. * Dito sobre vinhos, licores c<br />
mais líguidos espírltuosos<br />
§ 3." Dito <strong>de</strong> policia..<br />
§ k.* Novo imposto dc seges, carros,<br />
carroças, & c<br />
§ 5.° Licenças á mascates<br />
§ 6.° Foros dc armazéns.;... 1..<br />
§7.° Ditos do t a ver nas<br />
§ 8.° Ditos <strong>de</strong> quitandas<br />
% 9. 8 Ditos <strong>de</strong> carros<br />
§ 10. Ditos <strong>de</strong> carroças.<br />
% 11. Ditos do terrenos da Câmara.<br />
§ 12. Ditos dc dilos <strong>de</strong> Marinha e<br />
mangues ,<br />
§ 18. Lau<strong>de</strong>mios <strong>de</strong> terrenos da<br />
Câmara.<br />
$ 14. Ditos <strong>de</strong> marinhas e mangues<br />
'£ 15. Arrendamentos dc terrenos<br />
<strong>de</strong> marinha ........<br />
§ 16. Emolumentos dcAlvarás dc<br />
casas dé negocio, &c...<br />
$ 17. ín<strong>de</strong>mnisação por medição<br />
<strong>de</strong> terrenos <strong>de</strong> marinha.<br />
$ 18. Arruações..-. ...;><br />
§ 19. Juros <strong>de</strong> Apólices.;<br />
5 20. Ditos -do quantias- pertencentes<br />
ao cofre, <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />
§ 21. Juros dc quantias pertencentes<br />
ao cofre da Capinara<br />
22. Prêmios do Depósitos<br />
23. Rendimento dos talhos dc<br />
lóra da Cida<strong>de</strong>.<br />
£ 24. Dito dc aferições.........<br />
% 25. Dito da praça do mercado.<br />
§ 26. Taxa sobre a venda do peixe<br />
pela Cida<strong>de</strong><br />
20. Dito sobre naluralisaçõcs..<br />
28. Dita dc licenças para festivida<strong>de</strong>s.<br />
..'<br />
$ 29. Produeto dos gêneros vendidos.<br />
.....'<br />
30. Donativos<br />
31. Multas Policiacs.<br />
3*2. Ditas por infraCçoes <strong>de</strong> Posturas.<br />
.<br />
£ 33. ' Restituições o reposições...<br />
§ 34. Cobrança da Divida a et i va.<br />
* 35. Rendimento do Matadouro.<br />
§ 36. Locação <strong>de</strong> terrenos nas praças<br />
e no Matadouro para<br />
toldos volantes<br />
§- 37. investidora dc terrenos ganhos<br />
para armamentos.<br />
% 33. Carimbos <strong>de</strong> carroças, carros,<br />
botes, barcos; &c..<br />
§ 39. Aluguel do próprios muhicipaes<br />
.<br />
§ 40. Licenças a Despachantes..<br />
$ 41. Rendimento dc calçadas..<br />
§ 42. Saldo existente no Banco<br />
Rural c Hypothccario..<br />
DESPEJA.<br />
723:9949000<br />
50:0009000<br />
70:0009000<br />
22:000*000<br />
110:0009000<br />
22:0009000<br />
2:5009000<br />
1 -.5009000<br />
409000<br />
1509000<br />
2:5009000<br />
3:0009000<br />
2:0009000<br />
30:0009000<br />
2:5009000<br />
8:0009000<br />
62:0009000<br />
509000<br />
i 1:2009000<br />
8049000<br />
5:0009000<br />
4:0009000<br />
6009000<br />
3009000<br />
13:4009000<br />
80:8009000<br />
6009000<br />
3009000<br />
5009000<br />
9<br />
5:0009000<br />
8:0009000<br />
35:0099000<br />
5009000<br />
15:0009000<br />
60:0009000<br />
14:0009000<br />
3003000<br />
1:0009000<br />
8509000<br />
6009000<br />
8:0009000<br />
80:0009000<br />
Art. 2.° £' lixada a <strong>de</strong>speza da Câmara do Município<br />
da Corte para o anno, <strong>de</strong> que trata este<br />
Decreto, na quantia dc setecentos vinte e tres contos<br />
novecentos noventa e quatro mil réis. 723:9949000<br />
$ 1.° Com a Secretaria 17:6009000<br />
5$ 2.° Com a Contador ia 1 14:6009000<br />
§ 3.* Com o Thesoureiro, Escrivão<br />
da Receita c Despeza,<br />
Advogado c Procurador.. 13:2429398<br />
§ 4.* Com os Fiscacs e Guardas :<br />
das Freguesias da Cida<strong>de</strong>. 30:7G09000<br />
§ 5.° Com a Directoria do Obras . H 8:0409000<br />
§ 6." Com custeio do Matadouro, & 7:8289000<br />
§ 7." Com foros <strong>de</strong> terrenos occupados<br />
pela Câmara...'. 409000<br />
8/ Com diffcrentcs obras .... 410:9009000<br />
9.° Com o pagamento da divida<br />
passiva 46:7659330<br />
§ 10. Com juros do segundo empréstimo.<br />
, .>» 4:8309313<br />
§ 11. Com a amortisação do primeiro<br />
empréstimo, (saldo)<br />
e principio do segundo,<br />
sendo para o primeiro empréstimo<br />
9:5009000 e para<br />
o segundo 15:5009000 ... 25:0009000<br />
$ 12. Com u amortizarão e juros<br />
do empréstimo contraindo *<br />
com o Banco Rural o Hypothccario<br />
para continuação<br />
do calçamento por parallelipipcdos<br />
110:0009000<br />
§ 13. Com á mantença dos Africanos<br />
7:5919900<br />
§ H.<br />
§ 15.<br />
§16.<br />
S 17.<br />
§ 18.<br />
§ 19.<br />
§ 20.<br />
$ 21<br />
Com custas, á que está sujeito<br />
o cofre Municipal...<br />
Com <strong>de</strong>spezas judiciaes....<br />
Com restituições e reposições.<br />
Com a impressão das Actas,<br />
Balanços, &c<br />
Com levantamento <strong>de</strong>plan-,<br />
tas... ..<br />
Com o tombamento dos. terras<br />
da Cornara e marinhas,.;<br />
Com expediente, papel, livros<br />
&c<br />
Com a impressão do tombamento<br />
do patrimônio municipal<br />
Com <strong>de</strong>spezaseventuacs ...<br />
6:0009000<br />
3:0009000<br />
2:0009000<br />
3:8009000<br />
5OO9OOO<br />
5009000<br />
2:0009000<br />
2:^009000<br />
7:0159539<br />
Art. 3.° Fica o cm Vigor, como permanentes ,<br />
quaesquer disposições dos Decretos dos Orçamentos<br />
anteriores, que não versarem sobre o orçamento da<br />
Receita e fixação da Despeza, c que não tenhão sido<br />
expressamente revogadas.<br />
O Marquez <strong>de</strong> Olinda, Conselheiro <strong>de</strong> Estado,<br />
Senador do Império, Presi<strong>de</strong>nte do Conselho dc<br />
Ministros, Ministro e Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios<br />
-do Império, assim o lenha entendido e faça<br />
executar.<br />
.Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro,, em trinta e um do<br />
Dezembro dc mil oitocentos e sessenta c dous, quadrogesimo<br />
primeiro da In<strong>de</strong>pendência e do Império.<br />
Cpm a Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—<br />
Marquei <strong>de</strong> Olinda.<br />
, III\ISTI:IIIO DO IIIIT.ltIO<br />
4." Secção.—• Rio dc Janeiro. Ministério dos Negócios<br />
do Império cm 31 dc Dezembro dc 1862.<br />
Foi ouvida a Secção dos Negócios do Império<br />
do Conselho <strong>de</strong> Estado sobre os tres requerimentos<br />
que acompanharão o' oflicio <strong>de</strong> V. S. <strong>de</strong> 21<br />
<strong>de</strong> Agosto do anno passado, apresentados á Congregação<br />
<strong>de</strong>ssa Faculda<strong>de</strong> pelo Conselheiro D**. José<br />
Maria <strong>de</strong> Avcllar Brotero, e por cila approvados,<br />
pedindo solução <strong>de</strong> algumas duvidas que lhe occorrèrão-acerca<br />
da doutrina do Aviso <strong>de</strong>ste Ministério<br />
<strong>de</strong> 3 do referido mez, pelo qual foi communicada<br />
á Directoria da mesma Faculda<strong>de</strong> a Imperial<br />
Resolução <strong>de</strong> Consulta dc 17 dc Julho daquelle<br />
anno, relativa a sentença proferida em processo<br />
disciplinar feito ao Bacharel Pedro Elias Martins<br />
Pereira.<br />
So primeiro requerimento so ãllega que, tendo.<br />
tt~Dícrcfif dè ÍWtn "XÇfRHr '<strong>de</strong>* 1837 não só estabelecido<br />
penas contra os estudantes, que injuriassem<br />
o Director e Lentes, mas lambem <strong>de</strong>terminado<br />
a fôrma do processo que, cm taes casos, se<br />
<strong>de</strong>via organisar; o achando-sc nos Estatutos, qne<br />
posteriormente forão dados por Decreto n.° 1.086<br />
dc 28 dc Abril dc 1854, disposições relativas somente<br />
ás penas, sem quo cousa alguma <strong>de</strong>clarassem<br />
sobro fôrma do processo; <strong>de</strong>vo enten<strong>de</strong>r-sò<br />
quo os ditos Estatutos, alterando a parte penal daquelle<br />
Decreto, <strong>de</strong>ixarão cm vigor a que trata do'<br />
processo. E sobre esta argumentação busca-se a conclusão<br />
que não é exacta a doutrina do citado Aviso,<br />
quando suppõe achnr-so revogado o mesmo Decreto<br />
em ambas as referidas partes.<br />
No segundo pe<strong>de</strong>-se que o Governo <strong>de</strong>clare qual<br />
a praxe, que se <strong>de</strong>ve seguir, quando fòr necessária<br />
chamar pessoas informantes não sujeitas á Faculda<strong>de</strong>,<br />
c sc po<strong>de</strong> ou não ter applicação a esta<br />
espécie o Alvará <strong>de</strong> 21 dc Outubro do 1765 § 9.°.<br />
No terceiro pe<strong>de</strong>-se tombem que se estabeleça<br />
regra para proce<strong>de</strong>r-se á citação do réo, estando<br />
fora da Província.<br />
E Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador, Conformando-se<br />
por sua lmmediata Resolução do 10 do corrente<br />
mez com o parecer da sobre dita Secção, exarado<br />
em consulta dc 10 do Novembro ultimo, manda<br />
<strong>de</strong>clarar:<br />
Quanto a matéria do primeiro requerimento, que<br />
as razões nello expendidas não po<strong>de</strong>m proce<strong>de</strong>r<br />
contra a doutrina do Aviso <strong>de</strong> que so trata, visto<br />
quo os estatutos das Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Direito não são<br />
omissos, como so diz, quanto as formalida<strong>de</strong>s dos<br />
processos, que so tenhão <strong>de</strong> formar para a imposição*<br />
dc penas; do que dão testemunho os disposições<br />
dos orts. 115, 116, 119 a 124. E nem se<br />
pô<strong>de</strong> allcgar que estes artigos não são applicavcis<br />
aos casos do injuria e ofiensas ao Director, c aos<br />
Lentes, mas tão somente- as infracções <strong>de</strong> disciplina<br />
escolar sujeitas a alçada do mesmo -Director,<br />
pois que o art. 129 <strong>de</strong>termina .que a Congregação<br />
tome . conhecimento do quaesquer infracções <strong>de</strong><br />
disciplina quando haja <strong>de</strong> ser applicada pena <strong>de</strong><br />
prisão maior dc oito dias.<br />
Allega-se lambem que, so o Governo pelo facto<br />
dc confirmar a sentença dada contra o 'Bacharel<br />
Martins Pereira no processo organisado pelo dito<br />
Conselheiro na qualida<strong>de</strong> do Lento mais . antigo,<br />
reconheceu a legitimida<strong>de</strong> da autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste, na<br />
materia do quo so trata, reconheceu igualmente<br />
a valida<strong>de</strong> do Decreto do 1837, visto que tal autorida<strong>de</strong><br />
foi creoda pelo mesmo Decreto, c não pelos<br />
estatutos que são omissos neste ponto. Esla razão<br />
carece igualmente <strong>de</strong> fundamento, por quanto na<br />
disposição do art. 9.* dos citados estatutos, em<br />
virtu<strong>de</strong> da qual o Lente mais antigo é o substituto<br />
do Director, quando não haja pessoa <strong>de</strong>signada<br />
pelo Governo para esse fim, se Contem implicitamente,<br />
a mesma do Decreto <strong>de</strong> 1837, que ó invocada<br />
.<br />
O processo <strong>de</strong>terminado pelos estatutos não contraria<br />
o que é prescriplo pelo dito Decreto; são<br />
ambos semelhantes, ou antes idênticos, e portanto<br />
indifferente era que se proce<strong>de</strong>sse, lendo a vista<br />
esto ou aquelles, não o sendo, porém, citar-se no<br />
processo um ou outro dos mesmos actos, visto que<br />
o primeiro se acha revogado e substituído pelo<br />
segundo.<br />
Cumpre portanto que fique entendido, que tonto<br />
a respeito da penalida<strong>de</strong>, como do que fôr con<br />
cernente ao processo, cm casos <strong>de</strong>infracção dos Estatutos,<br />
a congregação da Faculda<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve por estes<br />
reger, o não pelo Decreto <strong>de</strong> 1837, que foi pelos<br />
mesmos Estatutos revogado cm parte, e em outra<br />
parte substituída.<br />
Quanto ao ohjccto do segundo requerimento que,<br />
estando o Director ou quem suas' vezes fizer, c assim<br />
também a Congregação, autòrisados pelo art. 124<br />
dós Estatutos a chamar testemunhas que souberem<br />
do facto,' sobre que se intentar o processo, <strong>de</strong>ve o<br />
Director, quando sc <strong>de</strong>r o caso proposto, fazer intimar<br />
por um dos Empregados da Faculda<strong>de</strong> ao indivíduo'<br />
que souber do facto criminoso; e quando<br />
elle não compareça, fazOl-o processar como <strong>de</strong>sobediente<br />
no foro commum, porostar incurso no art.<br />
128 do Código Criminal.<br />
Quanto* ao assumpto do terceiro requerimento,<br />
que, qnando o réo residir no logar em quo so acha<br />
a Faculda<strong>de</strong>, o Director <strong>de</strong>verá mandar chamal-o. na<br />
fôrma do arfÍM30 dos Estatutos, por um dos Empregados;<br />
e se não fôr obe<strong>de</strong>cido, recorrer á autorida<strong>de</strong><br />
policial para coagil-o a vir a sua presença. No<br />
caso, porém, <strong>de</strong> sc achar o réo fora daquelle logar,<br />
cumpre que o Director oíTícic ao Chefe do Policia<br />
da Província cm que elle estiver, a fim <strong>de</strong> mandar<br />
fazer a in ti moção para que se apresente <strong>de</strong>ntro dc<br />
um prazo razoável; e si o réo não obe<strong>de</strong>cer, ofileiar<br />
do novo á mesma autorida<strong>de</strong> para coagir o <strong>de</strong>sobedienle<br />
na fôrma do citado art. 130.<br />
O que' tudo communico a V. S. para seu conhecimento<br />
e execução. Deus Guar<strong>de</strong> a V. S.—Marquez<br />
<strong>de</strong> Olinda.—Sr. Director da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<br />
<strong>de</strong> S. Paulo.<br />
MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 20 DB NOVEMBRO DE 1862.<br />
Ao Sr. Ministro do Império, communicando, em<br />
resposta ao seu Aviso do 14 do corrente, que não<br />
tem- sido entregue ao Director interino do Instituto<br />
dos surdos mudos a pensão do alumno Torquafo,<br />
vindo ultimamente do Pará, <strong>de</strong> que trata o Aviso<br />
<strong>de</strong> 29 dc Outubro próximo passado, por não ter-se<br />
recebido do Thesouro o Aviso autorisaodo a entrega,<br />
como é <strong>de</strong> cslylo, e se faz preciso, para maior<br />
regularida<strong>de</strong> dos lançamentos em folha-.<br />
— A' Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminando<br />
que, tendo em vista, o art. 2." da lei<br />
n.° 683 <strong>de</strong> 5 dc Julho <strong>de</strong> 1853, o art. 1.*, §9.°<br />
da Lei n.° 1.083 dc 22 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1860, quo<br />
estabelece a retirada da circulação das notas ou<br />
•papel moeda circulante do Governo*,' consulte sobre<br />
a forma <strong>de</strong> pagamento ao Banco do Brasil das<br />
notas que annualmcnte tem este dc retirar da circulação*;<br />
c so <strong>de</strong>vem estas ser pagas em apólices<br />
<strong>de</strong> 6% ao par ou sc. pela fôrma ate agora praticada;<br />
transmittindo seu parecer á Directoria Geral<br />
das Rendas c esta á do Contencioso, para ser <strong>de</strong>spois<br />
tratado esse ohjccto em sessão do Tribunal do<br />
Thesouro Nacional.<br />
— As Presidências dc Províncias, (Circular), Determinando<br />
que rcmcltão infullivclmcnte até o fim<br />
dc Janeiro dc 1861 um quadro <strong>de</strong>monstrativo dos<br />
Bancos, Caixas, Socieda<strong>de</strong>s, e Companhias <strong>de</strong> que<br />
trata a Lei n. a 1.083 dc 22 dc Agosto do 1860,<br />
com <strong>de</strong>claração das que tem Estatutos approvados<br />
pelo Governo o das que os não tem; o um resumo<br />
histórico do quo tiver oceorrido <strong>de</strong> mais notável<br />
em taes estabelecimentos.<br />
O quadro especificará as datas das incorporações<br />
dos mesmos estabelecimentos, comprehendcrá<br />
todas as Associações creadas <strong>de</strong>pois da referida<br />
Lei, c bem assim as que sc extinguirão ou se achão<br />
em liquidação.<br />
— A' Presidência da Bahia, <strong>de</strong>terminando que<br />
exija dos Bancos dc emissão estabelecidos na Província,<br />
• transmitia a este Ministério uma <strong>de</strong>monstração,<br />
em fôrma, das notas dqsua omissão menores<br />
<strong>de</strong> 509000, que recolherão cm cumprimento da lei<br />
n.° 1.083 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Agosto dc 1860, com <strong>de</strong>claração<br />
das que não vierão ao troco até expiração do prazo<br />
marcado para a sua substituição, bem como da<br />
importância, produzida pelo <strong>de</strong>sconto feito nellas,<br />
até o encerra mm to do troco; <strong>de</strong>clarando igualmente<br />
qual o valor recolhido na respectiva Thesouraria <strong>de</strong><br />
Fazenda,-tanto das notas que li cá rio sem valor como<br />
dos referidos <strong>de</strong>scontos.<br />
— A' Thesouraria do S. Paulo.—Devolvendo o<br />
processo dc habilitação <strong>de</strong> D. Anna Luiza da Conceição,<br />
filha do Tertenlc reformado <strong>de</strong> 1.* linha<br />
Joaquim José dos Santos, transmittido com o seu<br />
oflicio n. 86 <strong>de</strong> IV do Setembro <strong>de</strong> 1859, a fim<br />
dc quo axija da habilitanda o seguinte : Certidão<br />
<strong>de</strong> casamento do seu pai ; prova <strong>de</strong> que não ficarão<br />
por morte <strong>de</strong> seu pai filhos menores dc 18<br />
annos,, aos quaes po<strong>de</strong>sse caber esse beneficio;<br />
prova; dc que é a própria e idêntica filha do finado<br />
Tenente reformado, visto quo a certidão <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong> anncxa ao dito processo diz ser filha dc<br />
Joaquim dos Santos Guimarães; <strong>de</strong>vendo a dila<br />
Thesouraria mandar suspen<strong>de</strong>r o pagamento <strong>de</strong><br />
59000 que lhe foi arbitrado, quo já percebe, mandando<br />
intimai—a na .conformida<strong>de</strong> das Inslrucções<br />
do 12 <strong>de</strong> Maio dc 1859, a fim .dc que produza<br />
outra justificação que satisfaça as exigências da Lei<br />
acima mencionadas.<br />
— A' dc Minas Geracs, communicando, era resposta<br />
ao seu oflicio n." 78 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Outubro ultimo,<br />
quo o Tribunal do Thesouro resolveu in<strong>de</strong>ferir<br />
o recurso interposto por José Antônio Tavares<br />
da <strong>de</strong>cisão da mesma Thesouraria que sujeitou o<br />
recorrente ao pagamento da taxa <strong>de</strong> seus escravos<br />
oceupados em.serviço da lavoura; visto como rc :<br />
sidindo os ditos escravos. <strong>de</strong>ntro doa limites da<br />
villa <strong>de</strong> Tamanduá, na dita Província, não pódc o<br />
mesmo recorrente, em vista da Or<strong>de</strong>m n.° 479 <strong>de</strong> 20<br />
<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1857, do art. 5.* do Decreto n." 111<br />
<strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1845, e da Circular <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> 1835, eximir-se do pagamento da respectiva<br />
laia.<br />
HIMIÜTERIO DA GUERRA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
1.* Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provindo do Pará, aceusando<br />
recebidos os exemplares, remettidos por S. Ex. com<br />
oflicio <strong>de</strong> 26dc Novembro findo,'do relatório com<br />
que abrio a 1.* sessão ordinária da 13.•. Legislatura<br />
da Assembléa d'aqueila Província «em o 1.* dc Setembro<br />
ultimo.<br />
— Ao da Parahyba, i<strong>de</strong>m, o seu oflicio, datado<br />
do 1.° do corrente, enviando um exemplar da collecção<br />
das Leis promulgados no presente anno, pela<br />
Assembléa Legislativa daquella Província.<br />
— Ao Director do Hospital Militar da Corte,<br />
communicando que fica expedida or<strong>de</strong>m para que<br />
sem <strong>de</strong>mora reverta áquella Repartição o respectivo<br />
Amanuense José Antônio <strong>de</strong> Freitas Amaral, que so<br />
acha com exercício na com missão <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><br />
contas ao ex-xVlmoxarife do Arsenal dê Guerra Gabriel<br />
Henriques Pessoa; visto não convir que por<br />
mais tempo se conserve <strong>de</strong>sligado do serviço do dito<br />
Hospital.<br />
— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra, remeltcndo.<br />
para informar, o requerimento em que Manoel José<br />
<strong>de</strong> Araújo, pe<strong>de</strong> ser admiltido na offlcina <strong>de</strong> fundição<br />
d'aquelle Estabelecimento.<br />
— An Cirurglão-Mór do Exercito, remettendo,<br />
para informar, os requerimentos, em que Paulo José<br />
da Costa e Araújo, Flrmino Cypriano do Espirito<br />
Santo, c Manoel Tiburcio Garnet, pe<strong>de</strong>m ser nomea- 1<br />
dos Alumnos Pensionistas do Hospital Militar da<br />
Província da Bahia.<br />
2.' Directoria Geral.<br />
Ao Conselho Supremo Militar, remeltcndo para<br />
consultar o requerimento em que o Alteres do Batalhão<br />
do Caçadores do Malto Grosso, Manoel José<br />
<strong>de</strong> Campos Vidal pe<strong>de</strong> ser reformado.<br />
— Ao Conselheiro dc Estado, Commandante da<br />
Escola Central, remettendo o requerimento cm que<br />
o Cabo do Esquadra do 5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />
Franklím Benjamim Fernan<strong>de</strong>s dc Moraes, pedo<br />
licença para estudar o curso <strong>de</strong> sua arma,<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m o do Particular 2.° Sargento<br />
do 1.* Regimento dc Artilharia a cavallo, Antônio<br />
Gomes Pimcntcl, pedindo licença para fazer novo<br />
exame em physica.<br />
—Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Maranhão, man-.<br />
dando proce<strong>de</strong>r u exame <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong> no Soldado<br />
do respectivo Corpo dc Guamição Antônio Rajmundo<br />
da.Costa, enviando S. Ex. n esta Secretaria .<br />
<strong>de</strong> Estado o respectivo termo <strong>de</strong>sse exame.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, exigindo uma certidão<br />
dos assentamentos que tiver no 7.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />
a que pertenceu o Tenente do 5.° Batalhão<br />
<strong>de</strong> Infantaria Antônio José da Fonseca.<br />
— Ao da do Pará, remettendo o requerimento em<br />
quo o Soldado do 3.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Eu- •<br />
gênio Barboza Campos, pe<strong>de</strong> quo pelo 3." Batalhão<br />
do Artilharia a pé ao lhe passe 2. a via do li tu Io •<br />
dc voluntário, a fim <strong>de</strong> que.S.-Ex. preste os necessários<br />
esclarecimentos a respeito da mesma pretenção.<br />
.,.<br />
— Ao da dc S. Paulo, remettendo cm <strong>de</strong>ffcrimento<br />
a supplica do Forrlel do respectivo Corpo <strong>de</strong> Guornição<br />
Antônio Fcliciano do Mattos, a certidão do<br />
assentamentos do dito Forriel.<br />
3.* Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Minas enviando os<br />
I informações dadas pelos Directores do Hospital Mi<br />
litar c Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte acerca das differenças<br />
encontradas nos volumos ultimamente remettidos<br />
para nlli.<br />
— Ao da do S. Paulo mandando eliminar da<br />
carga do respectivo Corpo dc Guamição diversos<br />
objectos julgados inúteis.<br />
— Ao director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte,<br />
i<strong>de</strong>m, concertar 152 pistolas pertencentes ao Corpo<br />
Policial, por conta da repartição da Justiça.<br />
—Ao da Fabrica du Pólvora, <strong>de</strong>clarando que<br />
nas guias <strong>de</strong> remessa <strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>ver-sc-ha mencionar<br />
a importância dc seu valor real.<br />
4." Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nta da Província do Para, autorisando<br />
a mandar dar- por liquidado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Ín<strong>de</strong>mnisação,<br />
o abono da etapa feito nos mezes <strong>de</strong><br />
Janeiro o Fevereiro do corrente anno na razão do<br />
valor <strong>de</strong> 390 réis arbitrado pela respectiva Thesouraria<br />
do Fazenda, cm logar do <strong>de</strong> 360 réis, fixado<br />
por este Ministério para o 1." semestre do dito<br />
anno.<br />
— Ao-lnspector da Thesouraria do Fazenda da<br />
mesma Província, <strong>de</strong>terminando quo abone ao. 2.°<br />
Tenente do 3." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé Filippc.<br />
<strong>de</strong> Araújo Sampaio, no caso <strong>de</strong> achar-se quite com a<br />
Fazenda Nacional, o soldo por inteiro, a contar do<br />
1.* do corrente mez, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando foi suspensa a<br />
consignação <strong>de</strong> 249000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou nesta<br />
corte, conforme se verifica da guia que sc lhe envia,<br />
expedida pela Pagadoría das Tropas.<br />
Requerimento in<strong>de</strong>ferido.<br />
De Manoel Joaquim Pereira, pedindo um emprego<br />
no Arsenal <strong>de</strong> Guerra ou na Pagadoría das Tropas.<br />
1IIMSTF.RIO DA MARINHA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 22 DB DEZEMBRO DE 1862.<br />
1 .* Secção.— A' Presidência do Pari, approvando<br />
a <strong>de</strong>liberação, por cila tomada, á vista do que<br />
pon<strong>de</strong>rou o Commandante da Canhoneira Ibicuhy,<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar que pelo respectivo Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />
se faça o fornecimento dos objectos, <strong>de</strong> que precisar<br />
aquella embarcação, visto que só por excessivo<br />
preço são obtidos no Amazonas, on<strong>de</strong> serve n
eferida Canhoneira; remeltcndo se taes objectos<br />
por conta * a precisa communicação.<br />
— A It"partlção da Polícia, mandando capturar<br />
os Imperines Marinheiros, Antônio J..sé da Silva,<br />
m l.uiz Goini'8 <strong>de</strong> Oliveira, que <strong>de</strong>sertarão da C«»rveta<br />
Ia Januário, e cujos signaes constâo das notas,<br />
que se envíão. —Na mesma conformida<strong>de</strong> a<br />
Presidência do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, requisitando<br />
a expedição da necessária or<strong>de</strong>m, a fim <strong>de</strong><br />
KCf atigmenlfldo com a quantia do 1929400, quo<br />
<strong>de</strong>vera sahir da verba—Reformados— do Município<br />
da CÕrte, o credito dc 1.(7709009, consignado nó<br />
presente exercício a igual rubrico da Provindo <strong>de</strong><br />
Mato Grosso ; visto conhecer-sc sua necessida<strong>de</strong><br />
pela <strong>de</strong>monstração que acompanhou o ofllcia da Thesouraria<br />
<strong>de</strong> Fazenda da mesma Província n.* 13,<br />
do 17 <strong>de</strong> Setembro ultimo.<br />
— Por Aviso da mesma data <strong>de</strong>u-se conhecimento<br />
á Presidência da Província <strong>de</strong> Mato Grosso da provi<strong>de</strong>ncia,<br />
que fica referida no extracto supro o cominunicou-se.<br />
á Contadoria.<br />
— A' Inten<strong>de</strong>ncia do Marinha, approvandn o contraeto<br />
celebrado enm José Lisboa, para a edificação<br />
<strong>de</strong> um vre do quo faltar, que á Inspecção<br />
Geral das Obras Publicas já forão expedidas<br />
as or<strong>de</strong>ns convenientes por Aviso <strong>de</strong> 12 do mez<br />
passado, para o assentamento do dito lagedo por<br />
conta do Ministério da Fazenda, como por elle<br />
l'nra requisitado em Aviso <strong>de</strong> 6 do referido mez.<br />
DIA 22.<br />
2.' Directoria.<br />
1.* Secção.—Portaria conce<strong>de</strong>ndo uma penna<br />
d'agua a João Paulo Cor<strong>de</strong>iro para uso <strong>de</strong> sua fabrica<br />
dc rapé, sita no Andarahy Pequeno,—Fizeião-se<br />
as <strong>de</strong>vidas communicaçOcs.<br />
— Ao Sr. Ministro do Império, transmitlindo<br />
a duplicata, cm resumo, da feria dos operários,<br />
que estiverão empregados nas obras do edificio do<br />
Interna to do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro II, durante<br />
a primeira quinzena do corrente mez, a fim<br />
do que or<strong>de</strong>ne o pagamento da quantia <strong>de</strong> 849300, I<br />
em que importa a mesma feria, visto ser da competência<br />
do mesmo Ministério a satisfação <strong>de</strong> semelhante<br />
<strong>de</strong>speza.<br />
—* Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando que nesta data se expe<strong>de</strong>m<br />
as necessárias or<strong>de</strong>ns á Inspecção Geral das<br />
Obras Publicas para que, em execução do Aviso <strong>de</strong><br />
15 do corrente, se proceda á reedificação dos dous<br />
muros do morro do Castello, <strong>de</strong> que trata o referido<br />
Aviso, bem como que opporlunamentc se transmittirá<br />
a conta das <strong>de</strong>spezas que sc fizerem, na fôrma<br />
solicitada.<br />
— Ao mesmo, communicando que ficou este Ministério<br />
inteirado, pelo Aviso <strong>de</strong> 19 do corrente,<br />
<strong>de</strong> .que foi approvado o contrado celebrado pelo<br />
lnspector Geral das Obras Publicas com Antônio<br />
Galdino Bento dc Macedo, para os reparos <strong>de</strong> quo<br />
carece o edificio da Biblioteca Publica.—Communicou-so<br />
ao lnspector Geral das Obras Publicas.<br />
— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, <strong>de</strong>clarando<br />
que o Governo ficou inteirado <strong>de</strong> ter sido<br />
assentada no dia 15 do corrente a penna dágua<br />
nas oflkinas do ca es da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>rivada do encanamento<br />
do chafariz do Largo do Paço.<br />
— Ao mesmo, para que expeça as or<strong>de</strong>ns precisas,<br />
a fim dc quo pela Inspecção Geral a seu<br />
•cargo, e por conta do Ministério do Império, proceda-se<br />
á reedificação do muro que havia ao ledo<br />
direito da Igreja do Hospício dos Missionários Capuchinhos<br />
no morro do Castello , e que fechava<br />
o terreno conliguo á mesma Igreja, que outr'ora<br />
servio do cemitério ou <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> ossos, c parle<br />
do (pi >l esta, cercado <strong>de</strong> taboas, bem como do que<br />
existia cm frente do adro da referida Igreja, po<strong>de</strong>ndo<br />
<strong>de</strong>soend«T na execução <strong>de</strong>stas obras a quantia<br />
<strong>de</strong> 8679000, cm que foi orçada a respectiva<br />
<strong>de</strong>speza.<br />
£áxà DIA 23.<br />
2.» Directoria.<br />
/.* Serçâo.— Portaria prorogando e transferindo<br />
a Antônio Joaquim da Costa Macedo a concessão da<br />
p-noa dágua feita a Manoel Martins Marques em<br />
21 d • Novembro <strong>de</strong> 1834, para uso do prédio da rua<br />
da Ajuda n. 91.<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que expeça<br />
as or<strong>de</strong>ns precisas, a fim <strong>de</strong> que, pela verba a que se<br />
refere o § 54 do art. 2.° da Lei do orçamento em<br />
vigor, seja paga no Thesouro Nacional ao emprezario<br />
da limpeza publica a prestação dc 11:1909000, que<br />
lhe é <strong>de</strong>vida pelo serviço feito durante o mez <strong>de</strong> Novembro<br />
findo, <strong>de</strong>sconlando-sc da dita prestação, na<br />
fôrma do seu contrado, a quantia do 3:8539550, em<br />
que importarão as férias dos operários e fornece<br />
dores <strong>de</strong> carroças empregadas na limpeza das vallas<br />
das ruas dos Arcos, Rezen<strong>de</strong>, Matocavaltos, o rio dos<br />
Coqueiros, segundo communicou S. Ex. pelos Avisos<br />
<strong>de</strong> 28 do referido mez <strong>de</strong> Novembro e 10 do corrente<br />
; bem como a <strong>de</strong> 1909160 proveniente dc diversos<br />
objectos comprados cm Outubro ultimo para<br />
o mesmo serviço da limpeza da valia, c cujo pagamento<br />
solicitou esto .Ministério cm Aviso <strong>de</strong> 1."do<br />
corrente, que fosse feito por couta do dito emprezario;<br />
<strong>de</strong>vendo outrosim ficar em <strong>de</strong>posito no mesmo Thesouro<br />
a quantia <strong>de</strong> 2:1189000, importância das<br />
multas, que lhe forão impostas por infracções do seu<br />
contrado, até que seja <strong>de</strong>cidido o recurso que intentou<br />
contra a imposição das referidas multas.<br />
— Ao Chefe <strong>de</strong> Policia da Corte, que tendo participado<br />
o Commandanlo do Corpo Policial da Corte<br />
que a rua Detrás da Lapa não costuma ser varrida,<br />
o que as sargetas da rua Lapa estão cheias <strong>de</strong> lama,<br />
obrigue os empreza rios da limpeza publica a cumprirem<br />
com as obrigações do seu contrado.<br />
— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, <strong>de</strong>clarando<br />
que para sc po<strong>de</strong>r resolver Acerca da cláusula<br />
estipulada na condição 1 .* do conlracto que acompanhou<br />
o seu olllcio <strong>de</strong> 17 do corrente, para fornecimento<br />
do tubos <strong>de</strong> chumbo para os encanamentos<br />
d'agua dcsla cida<strong>de</strong>, celebrado com Monteiro Irmãos<br />
és Castilho, cumpre que informe se a difterença do<br />
preço do 219400 o quintal, pagando o fornecedor os<br />
respectivos direitos ;í Fazenda Nacional, para o <strong>de</strong><br />
179500 com isenção dos mesmos direitos <strong>de</strong> importação<br />
ó igual á importância <strong>de</strong>stes mesmos direitos.<br />
OFFICIAL.<br />
Rio» 3 ato Janeiro <strong>de</strong> I M S .<br />
Pelo vapor inglez Magdalena, que hoje entrou do<br />
Soulhamplon, recebemos noticias dc Londres até 9,<br />
<strong>de</strong> Paris por Lisboa até 10, e do Lisboa até 14 do<br />
Dezembro.<br />
Inglaterra — O primeiro uso que fez o príncipe<br />
do Galles dos direitos, que lhe confere a sua<br />
maíorida<strong>de</strong>, foi mandar <strong>de</strong> Roma uma carta subscrevendo<br />
2.000 libras em favor dos dlstrictos que<br />
eslão em penúria.<br />
ConlinúAo as subscripções cm favor do Lancashire.<br />
Sua A Ilesa Real o Príncipe <strong>de</strong> Galles chegou a<br />
Dover na tar<strong>de</strong> do dia 3 <strong>de</strong> Dezembro,, foi recebido<br />
com o maior enthusiasmo, e o futuro rei <strong>de</strong><br />
Inglaterra, diz o Time; viu renovarem-se estas <strong>de</strong>monstrações<br />
em toda a viagem pela estrada dc ferro<br />
dc Dover a Windsor.<br />
O mesmo Jornal assegura que o casamento do<br />
Príncipe com a Princesa Alexandra será celebrado<br />
na rapei Ia dc S. Jorge em Windsor com a maior<br />
magnificência.<br />
Esta solemnidadc terá logar, segundo dizem em<br />
Março futuro, c cm contrario aos usos, durante o<br />
período consagrado á penitencia. A Rainha, diz<br />
i um Jornal religioso, que passa por bem informado,<br />
vê com pesar esta coincidência, porém diversos<br />
motivos da mais alta importância exigem que esse<br />
casamento não seja <strong>de</strong>morado por mato tempo.<br />
A casa da futura princeza <strong>de</strong> Galles será composta<br />
das Sras. Marqucza <strong>de</strong> Cacrmarthen, Con<strong>de</strong>ssa<br />
dc Maclerfield, Condcssa dc Morton o Con<strong>de</strong>ssa<br />
dc Grey, como damas <strong>de</strong> honor.<br />
O Governo inglez via augmentar a opposição por<br />
causa dos negócios financeiros. Algumas economias<br />
que o Governo pretendia propor na <strong>de</strong>speza publica<br />
orlo consi<strong>de</strong>radas menores do que <strong>de</strong>vião ser. Dis<br />
raefi parece que capitanearia a opposição, e pretendia<br />
bater o Ministério neste campo.<br />
Continua a sentir-se falta <strong>de</strong> segurança nas ruas<br />
dos quarteirões mais frequent idos <strong>de</strong> Londres.<br />
França. — O Imperador Napolcão* e a sus<br />
Corte continuavão em Compiégne. No dia 27 porém<br />
forão a Paris assistir a inauguração do boulevard<br />
do Príncipe Eugênio, a qual foi feita com gran<strong>de</strong><br />
upparato e solemnidadc Fallava-se em gran<strong>de</strong>s<br />
movimentos financeiros e que por isso fora pela<br />
segunda vez chamado a Compiégne o Banqueiro<br />
Rotschild a fim do conferenciar com o Ministro<br />
Fould cm presença do Imperador.<br />
As agttas do Mediterrâneo forão introdusidas no<br />
lago Tirnsah.<br />
O Sr. <strong>de</strong> Lesseps, Chefe da Companhia Universal<br />
do Canal <strong>de</strong> Suez, acompanhado do Sheik Jslam,<br />
do Bispo Catholico <strong>de</strong> Alexandria, dos empregados<br />
da Companhia, dirigiu-se ao ponto marcado para<br />
esta importante ceremonia eachando-setudo prometo<br />
adiantou-se o Sr. <strong>de</strong> Lesseps e failou nestes termos<br />
; « Em nome <strong>de</strong> 5. A. Said Facha or<strong>de</strong>no que<br />
as águas do Mediterrâneo entrem no Lago Trísalí,<br />
com a graça <strong>de</strong> Deus. » O dique foi então aberto<br />
correndo as águas no Lago O* ulemas o benzerão<br />
e cantou-se <strong>de</strong>pois nm Te-De um no Templo franecz<br />
El Guiss.<br />
Notou-se não fiuctuar alli a ban<strong>de</strong>ira franceza.<br />
« Esta ultima reflexão, diz a Patrie provaria<br />
que a companhia Marítima Universal do canal<br />
do Suez, quiz justificar o seu titulo e conservar à<br />
empresa o sen caracter <strong>de</strong> eminentemente iternacional.<br />
•<br />
Noticião <strong>de</strong> Bcrne (Suissa) que fora assignado o<br />
tratado ce<strong>de</strong>ndo o valle <strong>de</strong> Dappes á França.<br />
Ficara a expirar .o celebre pintor Horacio Vernet.<br />
O Imperador escreveu-lhe enviando a legião <strong>de</strong><br />
honra..<br />
2<br />
Itália.—No dia 1.* do Dezembro o Sr* Rattazzi<br />
annunciou á câmara dos <strong>de</strong>putados que o gabinete<br />
<strong>de</strong>ra sua <strong>de</strong>missão, o <strong>de</strong>clarou que prestaria<br />
seu appoio aos esforços conciliadores dos ministros<br />
que <strong>de</strong>verão suece<strong>de</strong>r-lho para reconstituir a maioria.<br />
O Sr. Rattasat fez igual communicação ao senado<br />
no dia 2 do Dezembro, o agra<strong>de</strong>ceu a esta<br />
câmara o appoio constante e assigualado que <strong>de</strong>u<br />
ao seu gabinete.<br />
Pareço que o Sr. Raltazzi está hoje muito popular,<br />
o breve terá supplantado os seus adversários.<br />
Nos dias 2 e 3 <strong>de</strong> Dezembro teve elle longas conferências<br />
com o Rei, e muitos estão convencidos<br />
que a intenção <strong>de</strong> Viclor Manoel é chumal-o dc<br />
novo ao po<strong>de</strong>r e dissolver a Câmara.<br />
Diz um jornal quo temos á vista:<br />
• Tres factos prinrípacs parecem fora do duvida<br />
: I.* a França pedo uma <strong>de</strong>cisão ; 2.* o Sr.<br />
Rattaei è o único estadista que possa e queira<br />
aceitar a política da França; 3.* elle não po<strong>de</strong><br />
fazel-o sem modificar profundamente o gabinete<br />
que acaba <strong>de</strong> retirar-se, o dissolver a câmara. »<br />
O certo é quo gran<strong>de</strong>s difllrulda<strong>de</strong>s tenhão ebatado<br />
até a ultima data a orgnnlsação <strong>de</strong> um ministério.<br />
Depois <strong>de</strong> se encarregarem diversos cavalheiros<br />
<strong>de</strong>sta tarefa, correu que o ministério se compunha<br />
dos Srs. Parolini, Presi<strong>de</strong>nte do'Conselho e<br />
Ministro dos Negócios Estrangeiros; Mnighctli, Fazenda;<br />
Man na, Commcrcio; Mcnabrea, Obras Publicas;<br />
Petitti ou Lorovere, Guerra; Ricci, Marinha,<br />
Assar!, Instrucção Publica; Cassinis, Justiça; Pcruzzi.<br />
Interior. Entretanto em data <strong>de</strong> 8 dava a<br />
Agencia liara* os seguintes telegramm is :<br />
« Prestarão hoje juramento como ministros os<br />
Srs. Farini, Peruzzl, Mlnghclti e Mcnabrea. Os Srs.<br />
Pasolini c Cassinis não quizerão aceitar us pastas.<br />
O Sr. Farini tomou conta do ministério dos negócios<br />
estrangeiros, Pissanelíi do da Justiça. »<br />
O Temps, jornal franecz, adversário do po<strong>de</strong>r<br />
temporal, diz: a Por agora uma cousa parece bem<br />
certa, e é que sc Victor Manoel não obtiver Roma,<br />
per<strong>de</strong>rá Nápoles. »<br />
Allemanha. — Nenhuma noticia do imporportancia<br />
temos dc mencionar além <strong>de</strong> um novo<br />
golpe <strong>de</strong> Estado no Hcsso eleitoral. O parlamento<br />
<strong>de</strong>ste paiz quo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 12 annos do interrupção<br />
tinha sido convocado fora <strong>de</strong> novo encerrado<br />
.<br />
Tomava maior vulto a idéa se não do unificar<br />
a Allemanha ao menos <strong>de</strong> dar mais vida a confe<strong>de</strong>ração<br />
germânica.<br />
A Dieta dc Francfort discutia e julgava se que<br />
seria approvada a idéa do restabelecer junto da<br />
mesma Dieta uma Assembléa <strong>de</strong> representantes dc<br />
todos os listados Allcmães, tirados <strong>de</strong> entre as Câmaras<br />
electivas dos diversos Estados.<br />
As Câmaras austríacas oecupavão-se <strong>de</strong> reformas<br />
administrativas. O Governo publicara uma auinistia<br />
por crimes políticos e <strong>de</strong> imprensa.<br />
Ileapanha.—No dia 2 dc Dezembro proce<strong>de</strong>use<br />
a abertura das cortes. A Rainha fez sentir o prazer<br />
que lhe causava ter dc <strong>de</strong>clarar, que nflo se havião<br />
alterado as relações amigáveis com as nações estrangeiras,<br />
e que nutria esperança dc ver <strong>de</strong>struídas<br />
as difilculda<strong>de</strong>s qúé so levantarão á execução do<br />
tratado <strong>de</strong> Londres, cm conseqüência da divergência<br />
que se <strong>de</strong>u no Mcxico entre os plenipotenciarios.<br />
Annunciou também a rainha o tratado <strong>de</strong> paz<br />
concluído com o rei dc Annan; e as communicarões<br />
oecasionadas pelos factos que se <strong>de</strong>rão nas<br />
costas dc Cuba, acreditando, porém, que táes factos<br />
I cm nada prejudicarão as boas relações que se mantém<br />
entre seu paiz e os Estados Unidos.<br />
Aprescntárão-so Já os documentos relativos i<br />
questão mexicana, e, ao quo parece, <strong>de</strong> novo a Hespanha<br />
pretendo volver para alli sua atlenção.<br />
Portugal.—Lê-se na Correspondência <strong>de</strong> Portugal<br />
;<br />
« Sua Magesta<strong>de</strong> El-Rei o Senhor D. Luiz solemnisou<br />
o 87.* dia natalicio <strong>de</strong> seu Augusto Tio, o<br />
Senhor Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo<br />
do Brazil, com um jantar <strong>de</strong> Corte, offerecido<br />
ao Sr. Barão do Itamaracá, representante dc Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> Imperial em Portugal.<br />
a Dias <strong>de</strong>pois (no dia 9) o mesmo iilustre representante<br />
também solemnisou os annos dc Sua Magesta<strong>de</strong><br />
Imperial com um jantar offerecido ao Sr. ,<br />
Ministro dos Negócios Estangeiros, o Duque do<br />
Loulé, convidando os Officiaes Mores da Casa Rca<br />
os Ajudantes <strong>de</strong> Campo do Suas Magestadcs ,<br />
os Representantes nesta Corte dos <strong>de</strong>mais Soberanos,<br />
o Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Almeida, Gentil homem da Câmara<br />
na Corte do Brasil, em serviço junto <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> Imperiais Senhora Duqueza <strong>de</strong> Bragança,<br />
o Sr. Viscon<strong>de</strong> do Sá da Ban<strong>de</strong>ira o outros personagens.<br />
« Os acadêmicos brasileiros também <strong>de</strong>rão um esplendido<br />
jantar no dia dos annos do seu imperador<br />
no be.Ilo hotel do camiuho <strong>de</strong> ferro em Coimbra.<br />
Durante o jantar tocou uma philarmonlea c subirão<br />
| ao ar numerosos foguetes.<br />
O 222.* anniversario da gloriosa restauração <strong>de</strong><br />
Portugal, foi solemnfsado com um Te Deum nas<br />
principaes igrejas do paiz.<br />
Esta festivida<strong>de</strong> religiosa teve logar em Lisboa<br />
na igreja dc S. Vicente <strong>de</strong> Fóra. Foi numerosa a<br />
concorrência. Vião-sp alli representadas as associações<br />
populares, a imprensa periódica, a armada<br />
real e o exercito. Comparecerão também os actuaes<br />
ministros, os presi<strong>de</strong>ntes e .alguns, vereadores<br />
das câmaras municipaes <strong>de</strong> Lisboa, Belém, Oliva<br />
es e Barreiro; um eamarísta <strong>de</strong> Ei-rel; os Srs.<br />
Fontes Pereira <strong>de</strong> Mello, Casal Ribeiro e Lopes<br />
Branco; o Sr. governador civil <strong>de</strong> Lisboa, e muitos<br />
<strong>de</strong>putados e pares. »<br />
O jornal semi-onloiat <strong>de</strong>clarara, dizendo-se para<br />
isso competentemente aulorisado, que o duque dc<br />
Loulé não preten<strong>de</strong> que o Seu casamento tenha<br />
effeitos políticos.<br />
Tinha sido conferido ao rei Victor Manuel o<br />
titulo <strong>de</strong> coronel honorário do regimento da tanoeiros<br />
n.° 1.<br />
O estad > do son<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz<br />
viuva, posto continuasse a ser grave, não<br />
inspirava receios.<br />
Grécia —Os negócios gregos continua? apreoccupar<br />
a imprensa <strong>de</strong> Londres. O órgão mais acreditado<br />
dos interpetres inglezes, o Times <strong>de</strong>saprova<br />
calbegpricamente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algumas hesitações a<br />
candidatura do príncipe Alfredo. O Morning Port<br />
adhero a opinião manifestada pelo Times, e <strong>de</strong>clara<br />
que a Inglaterra nunca propoz essa candidatura,<br />
conservou-se neutra, e se conformará com<br />
o protocollo <strong>de</strong> 1832, se o duque do Leuchtemberg,<br />
<strong>de</strong>clarado membro da família imperial da Rússia,<br />
fôr também excluído do throno.<br />
O Jornal <strong>de</strong> S. Peiersburgo, Gazeta Ofllcial da<br />
Rússia, publicou a seguinte nota: « Em outras circumstancias<br />
, a Rússia veria com prazer um dos<br />
seus Príncipes no Throno Hellenlco: sabe porém<br />
quo cumpre arredar <strong>de</strong>ploráveis re vai ida<strong>de</strong>s que<br />
impodirião o <strong>de</strong>senvolvimento da Grécia. »<br />
Não obstante tão positivas <strong>de</strong>clarações, tendo-se<br />
resolvido que o novo Rei seria escolhido pelo sulTraglo<br />
universal, correu o escrutínio em Athenas, c o<br />
Príncipe Alfredo tinha já obtido gran<strong>de</strong> maioria do<br />
votos. *<br />
Esperava-se que o mesmo aconteceria nas outras<br />
localida<strong>de</strong>s do reino. Então, alcançada a eleição,<br />
a Inglaterra recusaria.<br />
Dizia-se que em tal caso seria eleito um filho <strong>de</strong><br />
Lord Derby.<br />
Corria em Portugal quo este throno fôrn offerecido<br />
á el-rei D. Fernando, o qual o rejeitara.<br />
Ifatadon-Unidos.—O general Rurnsidc não<br />
tomou a direcção que o principio pretendia tomar:<br />
trunsferio suu base <strong>de</strong> operações para Acquia Crera,;<br />
o acreditava-se que teria logar uma batalha em<br />
Tre<strong>de</strong>richsburg.<br />
No entretanto Washington é <strong>de</strong>fiendida pelo general<br />
Hallcch, e Harper's Fcrry pelo general Sigel.<br />
O general confe<strong>de</strong>rado Stoncwall lachson está<br />
em Shenandoah a frente do 40.000 homens.<br />
Os jornaes dc Ncw-York, que, segundo geralmente<br />
suppõe-sc, exprimem o pensamento do governo,<br />
tem-se manifestado violentamente contra a Inglaterra,<br />
a quem uttribuem todos os recentes revezes <strong>de</strong><br />
seu commercio. Um navio, com um consi<strong>de</strong>rável<br />
carregamento <strong>de</strong> pólvora, a quem a alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong><br />
CardilF havia recusado conhecimentos <strong>de</strong> frete para<br />
Nassau, seguio viagem sem papeis, <strong>de</strong>cidido a forçar<br />
o bloqueio.<br />
O publico <strong>de</strong> Ncw-York mostra não approvar os<br />
mectings <strong>de</strong>mocráticos que houve em Inglaterra.<br />
Nas reuniões que tem havido os oradores não pe<strong>de</strong>m<br />
só uma guerra vigorosa contra o sul, querem-na<br />
lambem contra a Inglaterra ; e cm Wilkes<br />
houve <strong>de</strong>monstrações contra a possessão] ingleza<br />
<strong>de</strong> Nossa u.<br />
O almirante Roynaud, commandante da Estação<br />
das Antilhas, tinha chegado a Nova-Orleahs a<br />
bordo da fragata La Guerrière, dia 26 do Outubro.<br />
A presença <strong>de</strong>sse navio, do aviso Le Itenaudin,<br />
o da corveta Le calinat foi com prazer<br />
acolhida pela população da Nova-Orlcans, c pelos<br />
habitantes franceses, que a consi<strong>de</strong>ráo como uma<br />
nova prova do sollicitudn do governo franecz pelos<br />
Interesses dc seus nacionaes.<br />
Mcxico.-—Por ofiicio <strong>de</strong> 25 communica o general<br />
Porcy a sua chegada a Orltabs, tendo sido<br />
a sua marcha <strong>de</strong>morada pelo mão estado das estradas<br />
: passou logo revista ás tropas c tomou às<br />
medidas necessárias para dar começo á organisação<br />
dos contingentes mexicanos.<br />
A brigada Rerlhicr com 5.000 tomou a estrada<br />
do Jalopa, e no 1." <strong>de</strong> Novembro oecupou e»te general<br />
sem resistência a posição do Poente nacional<br />
d'on<strong>de</strong> seguiria para Jalopa.<br />
Temos datas dc Pernambuco'até 29, o da Bahia<br />
até 31 do passado.<br />
Pernambuco.—A epi<strong>de</strong>mia do cholera <strong>de</strong>sapparecora<br />
do Garanhuns e da Villa do Bom Conselho<br />
, Ia porém grassando pela Serra do Leão,<br />
Poços da Ribeira <strong>de</strong> Bom Conselho e em Caruaru<br />
on<strong>de</strong> fallcceu em poucos instantes o Dr, Joaquim<br />
Borges Carneiro que alli fóra tratar do negócios<br />
forenses.<br />
Lê-so no Diário <strong>de</strong> Pernambuco:<br />
• Dão-nos os seguintes dados estatísticos acerca<br />
do <strong>de</strong>senvolvimento do cholera e do suas conseqüências<br />
na villa do Traipú.<br />
•m<br />
externos, s5o: latim, franecz,inglez e grego: rhetorica,<br />
historia, geogruphia, phílosophía e geometria,<br />
que entrarão em exercício em Fevereiro do prox.mo<br />
anno. »<br />
Achava-se recolhido nas prisões militares da Capital<br />
o Al feres da Guarda Nacional <strong>de</strong> Maragogipe,<br />
Chrysogono José Fernan<strong>de</strong>s, pronunciado em crime<br />
<strong>de</strong> morto pelas Justiças daquelle termo.<br />
Diversos outros criminosos linhao sido igualmente<br />
presos.<br />
Foi concedida ao 2.° Tenente do i> Batalhão<br />
<strong>de</strong> Artilharia a pé Agostinho Máximo <strong>de</strong> Souza<br />
Birradns. a <strong>de</strong>missão que pedio do serviço do<br />
Exercito.<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />
PARTE DO DIA 2 DB JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />
§T Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, João Pereira da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />
; Rei na Ido Giovani; por offensa physica, João<br />
Alves da Silva, c um Inglez, que não <strong>de</strong>clarou o<br />
nome, por vagabundos, José Francisco Marins, para<br />
averiguações, o Africano livre Br az, por embriaguez,<br />
e os escravos Miguel, por suspeito <strong>de</strong> fugido, Carlos,<br />
Graciliano, por andarem fóra do horas, e Mo<strong>de</strong>sto,<br />
p >r <strong>de</strong>sobediência a senhora.<br />
Na Frcguezia do S. José, os marinheiros Russos<br />
Alexandre Reikell, o John Karkam, á requisição<br />
do Cônsul, e o escravo Vicente, por andar fóra<br />
<strong>de</strong> horas.<br />
Na do Sacramento 2.* districto Joaquim Eusebio<br />
Gomes Machado Falcão, por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na dc Santa Rita, 1.° districto, o Africano livre<br />
Cumulo, por furto, Domingos Nogueira, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m,<br />
e a preta Maria, por suspeita <strong>de</strong> ser esema<br />
fugida.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Anna, 2.° districto, o escravo Antônio<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na <strong>de</strong> S. Christovão, José Antônio <strong>de</strong> Oliveira,<br />
Renato Felix Vianna, e Manoel Vieira Borges, por<br />
vagabundos, Elias Joaquim das Neves, John Broni;<br />
e José Machado Ávila, por embriaguez, Manoel<br />
Campuã, e Manoel Joaquim da Silva Picot, por<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, os escravos Domingos, por suspeito <strong>de</strong><br />
fugido, Roberto, por andar fóra dc horas; e Manoel<br />
da Silva Bulhões, por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na.<br />
'.<br />
Na Freguezia <strong>de</strong> lrajá, fez-se corpo dc <strong>de</strong>licto<br />
no cadáver <strong>de</strong> Antônio Joaquim Pereira <strong>de</strong> Abreu,<br />
que appareceu morto no rio <strong>de</strong>moninado — Caveira—,<br />
verificando-se ter sucumbido á asphyxia<br />
p»r submersão. Das indagações feitas resulta viver<br />
a jucllc Abreu em companhia <strong>de</strong> sua família, <strong>de</strong><br />
quem era estimado c que não constava ter inimigos,<br />
attribuindo-se este infeliz suecesso a queda do cav<br />
»llo, em que sahira <strong>de</strong> casa em estado <strong>de</strong> embriaguez<br />
a que era habituado.<br />
Na do Sacramento 1. 0 districto manifestou-se<br />
incêndio na casa da rua do Sacramento n.* 11, o<br />
qual foi extineto pelos vizinhos.<br />
Pelo Corpo Policial da Corte:<br />
João Gonçalves da Silva c um Inglez, por vagarem<br />
fóra <strong>de</strong> horas; José Francisco Marins, por suspeito<br />
da furto; Camillo, Africano livre, por furto; Reinaido<br />
Geovani, por espancamento; Miguel, preto escravo,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido; Zeferino, preto livre,<br />
alienado'. Braz, Africano pertencente à Santa Casa da<br />
Misericórdia, por embriaguez.<br />
Legitlmár5o-se na Policia, a fim dc seguirem para<br />
os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />
feita pelos legitimados:<br />
Porto.por Lisboa: Angel Gonzalss, bespanhol;<br />
João Antônio da Silva, Violanta <strong>de</strong> Jesus, João Ribeiro,<br />
Antônio Luiz da Motta, Francisco da Silva,<br />
A bino dc Almeida, Antônio Pereira, Manoel da<br />
S.lva, Manoel Machado, Estacio José Corrêa <strong>de</strong><br />
Ávila, Braz Borges Martins, José Antônio Moreira,<br />
Antônio Joaquim Grijo, José da Cunha do Mendonça,<br />
Filippe José <strong>de</strong> Castro Lemos, Augusto Lourenço<br />
da Fonseca, Manoel José Alves Pinheiro,<br />
Antônio Brandão, Antônio Pereira Nunes, Manoel<br />
José <strong>de</strong> Souza, José da Silva Souza, João Manoel<br />
Gonçalves, Manoel da Rosa da Silveira, Manoel<br />
Pereira, José Francisco da Silva, Luiza Francisca<br />
da Conceição, Manoel dc Queiroz Pinto, Joaquim<br />
Vieira, José da Silva Exposto, c José da Silveira<br />
Vasques; portuguezes.<br />
Buenos Ayres: Antônio Giudice, Pedro, Nicola<br />
Lombordo, Giovanni Granato, e Giuseppe Irlando;<br />
italianos. Augelo Jagligne, o James Hartuctt, inglezes.<br />
Michelo Barbella, Genaro Gallo, e Antônio<br />
Pinto; italianos. Manoel Miguel do Arruda, portuguez<br />
; William Rodgers, e William Boug; norte<br />
americanos.<br />
Itália: Biaxe Savastalla, Antônio <strong>de</strong> Mova, e Michel<br />
Ângelo; italianos.<br />
Ballimorc: Elisabeth Dorsey, americana.<br />
Europa: William Twddcll Gepp, inglez; Anna<br />
<strong>de</strong> Jesus, José da Cunha Gomes, Antônio Vicente<br />
Ferreira, e Domingos <strong>de</strong> Oliveira Cardoso <strong>de</strong> Almeida,<br />
portuguezes; Pierre Janssen, belga; Louisa<br />
Sarah Mocket, ingleza.<br />
Secretaria da Policia da Corte, em 3 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />
Pela Secretaria da Policia se faz publico, a bem<br />
<strong>de</strong> quem convier, que se acha <strong>de</strong>positada na mesma<br />
Repartição uma bolsa, que fóra <strong>de</strong>ixada por um<br />
passageiro no tilbury n.* 505.<br />
Secretaria da Policia da Corte, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
<strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />
Matarão-se hontem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />
198 rezes, incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />
aos preços <strong>de</strong> 40 a 170 réis a libra.<br />
Relação das pessoas sepultadas no dia 2 ds<br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Maria, filha do Manoel Ferreira da Costa, Fluminense,<br />
10 mezes. Bexigas.<br />
Manoel, filho <strong>de</strong> Manoel Pereira Sulil, Fluminense,<br />
9 mezes. Convulsões.<br />
Paulina, filha <strong>de</strong> Olympia, Fluminense, 3 annos.<br />
Meningite.<br />
Joaquim Alves dos Reis Mattos, Portuguez, 26<br />
annos solteiro. Tísica pulmonar.<br />
Dr. João <strong>de</strong> Oliveira Fausto, Fluminense, 36<br />
annos casado. Encephalites.<br />
Jaeintha Rosa <strong>de</strong> Castro, Fluminense, 64 annos<br />
viuva. Febre perniciosa.<br />
' A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>', filha <strong>de</strong> Pedro Francisco da Assumpção,<br />
Fluminense, 1 anno. Febre perniciosa.<br />
Luiza, filha <strong>de</strong> Edmundo Trobouillet, Fluminense,<br />
4 annos. Angina.<br />
João, filho dc Claudino José da Fonseca, Fluminense,<br />
5 annos. Tuberculos meséntericos.<br />
Adolpho, filho <strong>de</strong> João Pedro da Silva Guimarães,<br />
Fluminense, 3 annos. Tuberculos meséntericos.<br />
limerenciana, innocente exposta, Fluminense, 10<br />
dias.<br />
Thomaz, innocente exposto Fluminense, 12 dias.<br />
Stomatite.<br />
Uma criança do cor parda morta na roda.<br />
Thomaz A d ms, Inglez, 40 annos. Pneumonia.<br />
Manoel José do Amaral, Portuguez, 46 annos<br />
solteiro. Deliriam tremens.<br />
Manoel Ferreira, Fluminense, 21 annos solteiro<br />
tétano.<br />
Manoel Botelho, Portuguez, 25 annos solteiro.<br />
Opilacão.<br />
Marianna, 28 annos,] casada. Castro hepato<br />
enterite.<br />
José Marques da Cruz, Portuguez, 27 annos,<br />
solteiro. Febre perniciosa.<br />
Gaspar Corrêa <strong>de</strong> Aranjo, Portuguez, 20 annos,<br />
solteiro. Encephalito.<br />
João Ângelo <strong>de</strong> Souza, Fluminense, 25 annos.<br />
Tuberclos pulmonares.<br />
Sepultárão-se mais 8 escravos, sendo <strong>de</strong> Febre<br />
intérmilento 1, Tuberculos pulmonares 2, Endocardfti<br />
1, Aneurisma 1, Bexigas 1, Invaginação<br />
intestinal 1, Pneumonia purulenta 1.<br />
himmm ADMINISTRATIVOS.<br />
Secretaria da Fazenda.<br />
ARRENDAMENTO.<br />
De or<strong>de</strong>m dc S. Ex. o Sr. Ministro da Fazenda taco<br />
publico que até o dia 12 <strong>de</strong> Janeiro próximo futuro<br />
sc recebem propostas, em carta fechada, para o arrendamento<br />
por 9 annos dos prédios n.°* 27 , 29, 31 e<br />
33 da rua dos Barbonos.<br />
Secretaria <strong>de</strong> Esládo dos Negócios da Fazenda em<br />
13 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—José Severiano da Rocha. (.<br />
CONCURSO.<br />
De or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Ex. o Sr. Ministro da Fazenda faço<br />
publico que no dia 7 <strong>de</strong> Janeiro do anno próximo futuro<br />
se ha <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a concurso para o preenchimento<br />
dos logares vagos' dc officiaes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga da<br />
Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Fazenda em 27<br />
<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862.—José Severiano da Rocha.<br />
Primeira Pagadoría do Thesouro<br />
Nacional.<br />
Pela l. a Pagadoría pagão-sc no dia 5 do corrente as<br />
seguintes folhas: Secretaria dc Estado da Justiça, Secretaria<br />
da Policia, Officiaes <strong>de</strong> Expediente,- Aposentados,<br />
Extinctos, c Alfân<strong>de</strong>ga nos dias 5 e 6.<br />
Rio 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Unet <strong>de</strong> Baeellar.<br />
Segunda Pagadoría do Thesouro<br />
Racional.<br />
Pagão-se no dia 5 do corrente as folhas seguintes:<br />
Secretarias <strong>de</strong> Estado do Império, o da Instrucção Publica,<br />
Capitania do Porto, Bibliolheca, Hospital <strong>de</strong><br />
Marinha, Inspecção Geral das Obras Publicas, Corpo<br />
<strong>de</strong> Bombeiros, c Telegraphos elcclricds : <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />
receberem os Srs. que não tenhão satisfeito os direitos<br />
na Rccebedoria.<br />
Rio 3 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— A. F. Vas.<br />
Banco do Brasil.<br />
No dia 7 do corrente principiará no Banco do Brasil<br />
o pagamento do décimo oitavo divi<strong>de</strong>ndo das Acçõcs<br />
do mesmo Banco á razão <strong>de</strong> 79600 réis por Acção, <strong>de</strong>vendo<br />
ser apresentadas as respectivas cautelas. -<br />
Secretaria do Banco do Brasil no Rio <strong>de</strong> Janeiro, em<br />
3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— O Secretario do Banco, Manoel<br />
Marques dê Sá.<br />
O divi<strong>de</strong>ndo das Acções das Caixas Filiaes do Banco<br />
do Brasil, pertencente ao semestre findo, paga-se no<br />
mesmo Banco do dia 7 do corrente em diante.<br />
Secretaria do Banco do Brasil, no Rio dc Janeiro,<br />
em 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—- O Secretario do Banco,<br />
Manoel Marques <strong>de</strong> Sá.<br />
Conselho <strong>de</strong> Compras do Arsenal <strong>de</strong><br />
Guerra.<br />
0 Conselho Administrativo para fornecimento do Arsenal<br />
<strong>de</strong> Guerra da Corte, em virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong> 19<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1860, receberá no dia 8 <strong>de</strong> Janeiro futuro,<br />
das 9 ás 10 horas da manhã as propostas que<br />
forem <strong>de</strong> casas importadoras, para compra dos gêneros<br />
estrangeiros' abaixo transcriptos, <strong>de</strong>vendo,. as que não<br />
forem ser conhecidas por Tabellião, quando apresentadas<br />
pela primeira vez, e acompanhadas das competentes<br />
amostras e <strong>de</strong>claração dos últimos preços. Das<br />
10 horas em diante não será recebida mais proposta<br />
alguma.<br />
74 cova d os <strong>de</strong> fianella azul.<br />
13 couros envernizados brancos finos <strong>de</strong> bufalo.<br />
25 pranchões <strong>de</strong> oleo jalaby com 15 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />
e 13 dc grossura.<br />
100 pranchões dc ma<strong>de</strong>ira a couta cavallos ou equivalente<br />
em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> genipapeiro.<br />
6 remos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da terra com 34 palmos dc comprimento.<br />
3 pares <strong>de</strong> esporas dc la tão,<br />
2 cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ferro fundido para 50 praças.<br />
1 alambique <strong>de</strong> cobre com serpentina. -<br />
1 can<strong>de</strong>eiro para pharmacia.<br />
1 caixa <strong>de</strong> guerra.<br />
1 arvore <strong>de</strong> campainhas.<br />
Secretaria do Conselho Administrativo no Arsenal <strong>de</strong><br />
Guerra da Corte cm 31 dc Dezembro <strong>de</strong> 1862,—Luiz<br />
Antônio Favitía, Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho.—<br />
Bento José Leite <strong>de</strong> Faria, servindo dc Secretario.<br />
Hospital Marítimo <strong>de</strong> Santa Isabel.<br />
. Não tendo sido recebidas propostas em numero suffi-<br />
Ciente para o fornecimento <strong>de</strong>ste Hospital no trimestre<br />
futuro, <strong>de</strong> uovo se proroga o praso <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong>stas<br />
propostas para o dia 5 do futuro mez <strong>de</strong> Janeiro; chamase<br />
a atlenção das pessoas, que preten<strong>de</strong>rem fornecer, para<br />
os annuncios feitos nesta folha, nos dias anteriores a 20<br />
<strong>de</strong> Dezembro, relativos a este fornecimento. — Dr. Bento<br />
Maria da Costa. i<br />
Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha.<br />
De or<strong>de</strong>m do Exm. Sr. Chefe.<strong>de</strong> Esquadra Graduado<br />
Inten<strong>de</strong>nte da Marinha se faz publico que nos dias 3,5,<br />
7,8,9, 10,12 c 13 do corrente mez, <strong>de</strong>verão ser pagos<br />
pela pagadoría da Marinha os Srs. Officiaes do Corpo da<br />
Armada e classes anncxas, dos soldos vencidos no mez<br />
ultimo, na inlelligcncia <strong>de</strong> que aquellcs que não Comparecerem<br />
até o ultimo dos indicados dias, só po<strong>de</strong>rão ser<br />
pagos quando se annunciar no mez seguinte igual pagamento,<br />
i<br />
Secretariada Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, em 2 dc Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.*» João Francisco Ferreira, SecreUrio.<br />
Escola <strong>de</strong> Marinha.<br />
Dc or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Éfc o Sr. Chefe <strong>de</strong> Divisão Director,<br />
faço publico que a inscripção para os exames preparatórios<br />
exigidos para a matricula nesta Escola, <strong>de</strong>ve<br />
abrir-se no dia 8 do mez próximo e encerrar-se a 8<br />
do mez <strong>de</strong> Fevereiro seguinte.<br />
Secretaria da Escola <strong>de</strong> Marinha em 30 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1862.—O Secretario, Antônio Fernan<strong>de</strong>s doe<br />
Sanlc<br />
Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
EXERCÍCIO DE 1862—1883<br />
RENDIMENTO DO MEZ DE DEZEMBRO DB 1862.<br />
Importação.<br />
Direitos <strong>de</strong> importação<br />
753:2669688<br />
Direitos addicionaes.... 94:0389609<br />
» <strong>de</strong> bal<strong>de</strong>ação e<br />
495#559<br />
Expediente dos gêneros<br />
1:6929199<br />
Expediente dos gêneros<br />
3:032*362<br />
8:3689210<br />
Prêmios <strong>de</strong> assignados 3319160<br />
Despacho marítimo.<br />
6:4869610<br />
Direitos <strong>de</strong> 15 °/ 0 das embarcações<br />
estrangeiras<br />
que passãoa nacionaes 1:3549200<br />
Direitos <strong>de</strong> 5 °/ 0 na compra<br />
c venda das em-<br />
29500 .<br />
Exportação.<br />
Direitos dc 15 °/„ da exportação<br />
do páo brasil, 129825<br />
Direitos <strong>de</strong> 7 °/ 0 da exportação<br />
341:0469754<br />
Direitos dc 2 °| 0 da exportação<br />
489552<br />
Direitos <strong>de</strong> 1/2 •/, da<br />
exportação dos diamantes'....<br />
7059562<br />
Expediente das Ca patazias<br />
8:0869278<br />
Renda da Fabrica da Pólvora<br />
Multas por infracção <strong>de</strong><br />
Regulamento<br />
Scllo do papel, fixo e<br />
proporcional........<br />
Emolumentos,<br />
Imposto dos Despachantes<br />
e seus Ajudantes<br />
Interior.<br />
9<br />
12:9989985<br />
6789905<br />
1 -.8859480<br />
759000<br />
Peculiares do Município.<br />
Dízimos..<br />
Imposto <strong>de</strong> 20°/ o no<br />
consumo da aguar<strong>de</strong>nte<br />
3969327<br />
7:8539482<br />
Armazenagem da aguar<strong>de</strong>nte<br />
2:4819560<br />
Receita eventual.<br />
Para a Santa Casa da<br />
Misericórdia<br />
Para a Illm. Câmara<br />
Municipal.<br />
Para Diversos<br />
Em letras <strong>de</strong> exportação<br />
c reexportaçào...<br />
Total recebido,,<br />
2.000 prêmios.<br />
Extraordinária.<br />
Depósitos.<br />
5:8009192<br />
8:0709012<br />
8.6169774<br />
22:4869978<br />
15:5119846<br />
Restituições.<br />
PRAÇA, 3 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
866:3249817<br />
7:8439310<br />
349:8999975<br />
íl .6389370<br />
10:7319317<br />
37:9989824<br />
1.290:6879729<br />
Cotações officiaes da Junta dos Corretores,<br />
CÂMBIOS : Londres, 27 1|4 a 90 d/v.<br />
GÊNEROS MVEBSOS : Vinho <strong>de</strong> Champagne, 189000 cada<br />
dúzia <strong>de</strong> garrafas (hontem).<br />
, Pedro Gracie, Presi<strong>de</strong>nte.<br />
F. D. Machado, Secretario.<br />
Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2 43:7109468<br />
Do» dia 3 , 58:0119863<br />
Somma • lOt17229331<br />
Da Recebedoría, do dia 2 9:1819343<br />
Do dia 3... .....'^.í. 20:133^205<br />
Somma.....,,,,., 29:3149548<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2.. ... , 7179235<br />
Do dia 3 7:7179,316<br />
Somma.... 8:4349551<br />
EMBARQUES BB CAFÉ NO DIA 2 DE JANEIRO.<br />
Boje ir Comp., (Canal) ; ,<br />
Sacas.<br />
3.021<br />
Mercado <strong>de</strong> Lisboa.<br />
REVISTA DE 28 DB NOVEMBRO A 12 DE DEZEMBRO,<br />
Des<strong>de</strong> a nossa anterior revista até hoje o mercado<br />
conservou-se no mesmo estado em que ficava quando<br />
sahiu o paquete Esttemadure.<br />
Tanto no mercado do Importação como no <strong>de</strong><br />
exportação, o movimento commercial foi diminuto<br />
e quasi todos os gêneros conservarão as anlerores<br />
cotações.<br />
\ Este estado, porém, não admira na época cm que<br />
estamos, por ser esta a oceasião em que todas as<br />
casas commercines proce<strong>de</strong>m aos seus balanços e<br />
suspen<strong>de</strong>m por isso as suas transacções.<br />
A associação commercial apresentou o sen relatório<br />
sobre o regulamento das Alfân<strong>de</strong>gas, no qual pon<strong>de</strong>ra<br />
os inconvenientes que trasião ao commercio muitas<br />
das disposições do mesmo regulamento. Logo na<br />
primeira sessão foi approvado na generalida<strong>de</strong> e já<br />
o está na especialida<strong>de</strong> em quasi ledas as suas pon<strong>de</strong>rações.<br />
Veremos agora se o Sr. Ministro da Fazenda,<br />
atten<strong>de</strong> tão justas reclamações, c trata fn<br />
harmonisar os interesses do fisco com os do corpo<br />
commercial.<br />
Passando agora a relacionar cada um dos mais<br />
importantes gêneros <strong>de</strong> importação, exportação e<br />
reexportaçào, daremos conta do que nos rol particularmente<br />
informado Acerca do cada um <strong>de</strong>lles.<br />
Assucar.—O mercado <strong>de</strong>ste gênero continua péssimo.<br />
Entre as limitadas Iransacções que so eflecluarão<br />
para o consumo só houve uma do maior<br />
vulto, que foi a do carregamento do brigue Con<strong>de</strong>,<br />
da Bahia, c esta mesma foi a preços baixos em<br />
relação á qualida<strong>de</strong>. Do dc Pernambuco, que veio<br />
pelo tyargarida:, ven<strong>de</strong>u-se também algum.<br />
Na aclualidadc nenhuma esperança ha <strong>de</strong> melhor<br />
situação paru esto gênero.<br />
Os supprimentos chegados durante o período <strong>de</strong>sta<br />
revista forão <strong>de</strong> 2.900 sacos <strong>de</strong> Pernambuco<br />
pelo Margarida; 15 barricas r'a Ma<strong>de</strong>ira pelo Galgo;<br />
125 socos <strong>de</strong> Livcrpool pelo Frankfurt; 100 da<br />
mesma procedência pelo Leo; 20 caixa« do Rio do<br />
Janeiro pelo Recreio; 8 barricas <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong> pelo<br />
D. Pedro.<br />
Para consumo <strong>de</strong>spacharão-se 133 caixas, 9 feixos,<br />
40 panciros, 506 barricas e 2.584 sacos.<br />
E' pois hoje a existência <strong>de</strong>ste gênero dc 1.113<br />
caixas, 1.301 feixes, 189 gigos, 38 paneiros c fôrmas,<br />
4.088 barricas e 26.011 sacos.<br />
Azeite doce. —Tem concorrido bastante azeite novo<br />
não so aos mercados do Ributejo, mas mesmo ao <strong>de</strong><br />
Lisboa; os preços que tem obtido são altos cm relação<br />
ao que So <strong>de</strong>via esperar em vista do uma colheita<br />
tão abundante* Cremos, porém, que a fixação dos<br />
preços só pô<strong>de</strong> ter logar quando comece a concorrência<br />
do azeite do Alemtejo.<br />
Para mais esclarecimento diremos que os preços<br />
varião conforme os cascos em que o azeite é transportado,<br />
e <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r-so da seguinte maneira:<br />
J A bordo no estado em quo so recebe:<br />
Em cascos 39300 a 39350<br />
» pipas 39250 a 39300<br />
i» barris 39350 a 39450<br />
Sendo já purificado:<br />
Em cascos 39400 a 39450<br />
a pipas 39350 a 39400<br />
» barris 3$450 a 39500<br />
De direitos..<br />
De <strong>de</strong>pósitos.<br />
1:8519814<br />
39:3469042<br />
41:1979856<br />
Café.—Sustcnlão-so os preços <strong>de</strong>ste gênero, mas<br />
és compradores estão <strong>de</strong>sanimados principalmente<br />
para as qualidadss baixas*das nossas possessões,<br />
qualida<strong>de</strong>s que para se ven<strong>de</strong>rem terão talvez do<br />
soflrer uma reducção nos preços.<br />
2.* Secção em 2 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O Chefe interino,<br />
José Alexandre Fortuna.<br />
Quanto no café do Rio poucas ou nenhumas vendas<br />
se tem cffectuado, em conseqüência das altas<br />
Resumo<br />
pretenções dos possuidores completamente em <strong>de</strong>sharmonia<br />
com o estado do mercado.<br />
DA EXTRACÇÃO DOS PRÊMIOS DA .* LOTERIA PARA AS CASAS As entradas no período <strong>de</strong>sta revista forio <strong>de</strong><br />
DK<br />
DE<br />
DETENÇÃO DA PROVÍNCIA DO RIO DE<br />
JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
JANEIRO, um 3 156 sanas <strong>de</strong> Loanda pelo D. Pedro; 144 da mesma<br />
procedência pelo Restauração, e 256 pelo Flor<br />
1 N. 5147...<br />
0009<br />
1 » 4235 10 :0009<br />
1 » 5796 4 0009<br />
1 » 631 2 ;00O9<br />
6 » 775—1627—2589—2986—3331 —<br />
5464 1 :0009<br />
20 » 619—1579—1625—1866—2175—<br />
2216—2511 —3238—3695—3705—<br />
3852—4368—4376—5244—5364—<br />
5371—5373—5694—5865—5924.. . 2009<br />
40 » 346— 433— 611— 688— 887—<br />
915— 922—1029—1182—1370—<br />
2203—2375—2583—2643—2681—<br />
2714—2867—3033—3010—3073—<br />
3076—3345—3460—3777—3899—<br />
4001—4094—4127—4202—4250—<br />
' 441 9—4693—5026—5148—5305—<br />
5762—5838—5878—5883—5917.. 1009<br />
130 » <strong>de</strong><br />
409<br />
1.800 » » :<br />
209<br />
<strong>de</strong> Loanda; 1.217 sacos <strong>de</strong> S. Tbomé pelo D. Pedro,<br />
sj 15 <strong>de</strong> Cabo* Ver<strong>de</strong> também pelo mesmo vapor.<br />
Para consumo <strong>de</strong>spacharão-se 813 sacos c 3 burricas.<br />
Reexportámos para Londres 55 sacos, empara<br />
Marselha 12 ditos.<br />
Calcula-se ser hoje a existência <strong>de</strong> 7.683 sacos<br />
do Brasil o colônias.<br />
Vinho.— Verificou-se que a colheita foi mais diminuta<br />
do que se esperava, ainda qne <strong>de</strong> melh f<br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
O movimento (cm sido pouco, mas parece que<br />
nestes últimos dias apparecêrão os exportadores no<br />
mercado e flzerão compras aos lavradores por preços<br />
elevados, naturalmente por terem esperanças<br />
dc no futuro rea li sarem mais vantajosamente OS<br />
seus embarques.<br />
Yinagre.— Pouco movimento, mas este gênero<br />
segue sempre a sorte do vinho.<br />
Mercado do Porto.<br />
REVISTA DE 27 DE NOVEMBRO A 11 DE DEZEMBRO.<br />
Forão regulares as operações <strong>de</strong>ste mercado durante<br />
esta quinzena.<br />
• O estado do mercado c o movimento commercial<br />
inos diversos gêneros <strong>de</strong> quo costumamos tratar nesta<br />
revista, achão-sc fielmente referidos no Commercio<br />
do Porto <strong>de</strong> hontem.<br />
Eis o que diz este acreditadíssimõ Jornal:<br />
« Não tivemos importação dos diflerentes gêneros<br />
dc consumo, e apenas por via do Lisboa vicrão<br />
algumas remessas <strong>de</strong> café, arroz, etc. Das existências<br />
qne havia tlzerão-se regulares Iransacções.<br />
« Nos gêneros <strong>de</strong> importação notamos a elevação<br />
do preço do sal, motivada pela falti <strong>de</strong> entradas<br />
o pelo gran<strong>de</strong> consumo que tom nesta quadra, e<br />
a baixa do azeite pelas suecessivas remessas vindas<br />
ao mercado.<br />
« O inercido <strong>de</strong> vinhos <strong>de</strong> ex lortação 'em continuado<br />
estacionarto, e nio temo» a meoci >n *r transaccõi-s.<br />
a R
importação,<br />
Assucar.—Nio houve suppriroonros. As transar-<br />
Ç°*' S Farinha <strong>de</strong> trigo.—A do Philadclphia retalhou-se DESPACHO DB EXPORTAÇÃO NO DIA 3 DB JAKBIBOi<br />
1 lüinas datas*.<br />
<strong>de</strong> 189000 a 219000 a barrica, a <strong>de</strong> Ncw-York ao mes<br />
neste pcriodo forão em pequena escala, nos mo preço, a <strong>de</strong> Ballimorc <strong>de</strong> 189000a 199000, ea <strong>de</strong><br />
Canal —Ne brig. dinam. Cerofa Una, Boje & Comp., 100<br />
EXTERIOR.<br />
INTERIOR.<br />
<strong>de</strong> Pernambuco, 50 caixas, mascavo, do Rio e 110 Triesto a 259000; ficando em ser 23,700 barricas, sacas <strong>de</strong> café.<br />
ditas branco e mascavo, da Bahia*<br />
sendo 0.600 da primeira, 8.400 da segunda,900 da — Na gal. hamb. fai|Miíeate, G. & W. lleymam, 2.000 Antuérpia 6 Dez. Alagoas. ....... 12 Dez.<br />
Os preços regularão os seguintes:<br />
terceira, e 4.800 da quarta, tendo chegado dous saeas <strong>de</strong> café.<br />
Âssumpção 15 Nov. Amazonas ..... 29 Nov.<br />
carregamentos dos Kstados-Unidos, que estão in Havre—Na gal. firma. Ptctorfa A. Lehericy dc Comp. Baltimore 13 » Bahia 31 Dez.<br />
Rio, mascaro..... 19000 a 19050 cluídos.<br />
136 couçoeiras <strong>de</strong> jacarand:..<br />
Boston.. 26 » Ceará 17 »<br />
Pernambuco, branco... 1*900 a 29400<br />
Monievidõo—No brig. port. Tentador, Aolonio Fran Bucnos-Ayres.. 16 Dez.<br />
• mascavo •..*. 19330 a 19700 Gentbra.—Ven<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> 380 a 400 rs. a botija.<br />
Espirito Santo.. 29 .»<br />
cisco Lopes, S0 meias barricas <strong>de</strong> assucar.<br />
Califórnia 17 Nov.<br />
Bahia, branco................... 19800 a 1300 Manteiga.—A francesa, ven<strong>de</strong>u-se a 480 rs., e Marscific—Na barca franc Franklin, J. B. Bcrla, 11<br />
Goyaz 19 Out.<br />
12 Dez.<br />
19450 a ingleza do 640 a 600 rs. a libra, ficando cm ser barricas <strong>de</strong> café.<br />
Maceió 17 Dez.<br />
» mascavo 15390 a 2.500 barris.<br />
Ncw-York— Na barca amer. Cliflon, Phipps lrmios &<br />
14 n<br />
11 u Maranhão 14 »<br />
«HXPOBTAÇÍO.<br />
Comp.. 4.500 sacas <strong>de</strong> café.<br />
29 Out.<br />
Mato Grosso ... 18 Set.<br />
4?SfVe. —-Tem vindo bastante ao mercado. As<br />
Oleo <strong>de</strong> linhaça.—Ven<strong>de</strong>u-se a 22000 por galão. Porto—Na barca port. Silencio, José Joaquim Vieira,<br />
18 Dez. Minas 6 Dez.<br />
vitimas remessas obtlverão dc $$000 a 49100 o Queijos.—Os flamengos ven<strong>de</strong>râo-se <strong>de</strong> 29000 a<br />
12 .»<br />
100 sacos do farinha.<br />
Pará 11 »<br />
alinudc.<br />
29400.<br />
12 D Parabvba 24 Dez.<br />
Marselha...... 12 Nov<br />
CÂMBIOS.<br />
Vinagre.—O <strong>de</strong> Portugal ven<strong>de</strong>u-sc <strong>de</strong> 1059000<br />
Paraná 16 Nov.<br />
Com a checada do paquete Oneidt dos portos do a 1119000 a pipa.<br />
2 Out. Pernambuco... 29 Dez.<br />
IMPORTAÇÃO.<br />
Montevidéu..-.. 17 Dez. Piauhy 27 Nov.<br />
Bra7.il esperava-se que o cambio sobre Londres su I7M/ #O.—O do Lisboa ven<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> 2209000 a<br />
bisse, porém não aconteceu assim, e as maiores ven 2609000<br />
MANIFESTOS.<br />
Ncw-Orleani.., 28 Out. Porto Alegre.. 18 Dez.<br />
a pipa, e o <strong>de</strong> outros países a 1909000.<br />
New-York ,... 29 Nov. R. G. do Norte. 10 »<br />
das que se taornd forão a 53 7/8 e 54 90 d. d. ©90 Vetos.—As <strong>de</strong> composição ven<strong>de</strong>rão-se a 620 rs. BBIOCB SUECO — IlF.lNB.Icn— DE HAMBURGO. • ! Paraná 20 » R. G. do Sul... 28 »<br />
d. v., sobrando papel para o primeiro e dinheiro a libra.<br />
Ácidos. 5 volumes a or<strong>de</strong>m. —Água mineral:<br />
10 Dez. Santa Catharimt. 21 Dez.<br />
para o segundo algarismo, e como as casas sacadoras<br />
não tenhão prccisOes, nio nos parece que haja<br />
àTesconios. —O rebate do letras regulou <strong>de</strong> 10 a 50 caixas a or<strong>de</strong>m. — Água <strong>de</strong>, Seita : 100 caixas Philadclphia... 7 Nov. S. Paulo 24 »<br />
so ao anno.<br />
a Umlauf.—Al vaiado: 60 caixas a Kllngelhoefer.<br />
11 Dez. Santos 24 »<br />
por em quanto alteração sensível. Sobre Paris e<br />
Batatas: 429 caixas a Weitzmann.<br />
Valparaíso 18 Nov. Sergipe 19 »<br />
•Hamburgo não ednsta qne houvesse iransacroes. ffeUe. —Desta Cida<strong>de</strong> para o Canal a 55, pela<br />
Carvão: 134 1/2 tons. a Glotte.—Cerveja: SOO<br />
Sobro l^nrlros 53 7;8 a 5*1 890d. d. c 90 d. v.<br />
Parahvut a 60, para o Chyle a 50. e para IA ver- caixas a Boje, 2 a Gleite.—Charutos: 7 caixas a<br />
* Ms 530 1 •.._«• .<br />
pool a 40, e 2 3,4 pelo algodão.<br />
Weitzmann.—Cimento: 100 barricas a Mosle.<br />
MOVIMENTO DO PORTO.<br />
n o . Hamburgo 481/21 m**-<br />
Drogas *. 9 volumes a or<strong>de</strong>m, 8 a Gary. 4 a<br />
N. B. Como ha, abundância do dinheiro são pro<br />
Rendimento<br />
Gestas.<br />
SaHIDAJ BO DIA 3.<br />
curadas as boas letras <strong>de</strong> cambio, c mesmo da terra,<br />
por 4 e 4 1/2 por cento <strong>de</strong> jnm ao anno.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga até o dia 27 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
Fazendas <strong>de</strong> algodão: 4 volumes a W. Sibcth, 8 Honolnlu —Hiato Hawaino Ha te Sa rgent, 258 tons.,<br />
477:7039278<br />
Rendas internas até 17 <strong>de</strong> Dezembro .<br />
a Glctte.—Fazendas <strong>de</strong> lia: 18 volumes a Glctte, m. T. West, equip. 7: c. com quo entrou.<br />
35:6619738<br />
Havre 9 (to Dezembro <strong>de</strong> IMN, Consulado Provincial até 17 <strong>de</strong> De-<br />
lfl a Hascnclever, 3 a Luiz.—Fazendas dc Unho: 4 Rio doS. João — Sum. Tres trmâoe, 43 tons., m.<br />
«wnbro 87:7399762 caixas a NVille, 2 a Glotte.—Ferragens: 10 volumes Antônio José Gavinho Júnior, cqnip. 6: c. em<br />
O estado do mercado tem sido em geral pouco<br />
a Sanerbrom.<br />
lastro <strong>de</strong> pedra o vários gêneros.<br />
animado.<br />
Livros: 1 caixa a Sauerbrom.—Lonas: 12 caixas Santos—Vapor S. Pedro, 186 tons., m. comm.<br />
Entretanto, nesta ultima semana tem tido mais<br />
alguma vida. Em alguns artigos as vendas linii-<br />
Bahia.<br />
a llamano, 5 a Kérsicin.<br />
Molas <strong>de</strong> algodão: 15 volumes a Umlauf, 5 a<br />
Capitão Tenente Pereira da Cunha, equip. 23: c.<br />
vários gêneros; passags» Dr. B. A. Gavião Peixoto<br />
tão-se ás necessida<strong>de</strong>s do consumo. N'outros porém,<br />
vem n especulação estabelecer oms alia, que mal<br />
po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> regra porque multas vetes é momen<br />
nKVISTA DO MHRCADO.<br />
De 20 a 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Weitzmann, 4 a W. Sibcth.—Mobília: 2 caixas a<br />
or<strong>de</strong>m.—Moringas: 1 caixa a Mosle.<br />
Objectos dr armarinho: 7 vols. a Hascnclever, 6<br />
o 1 escravo, Dr. A. Moreira <strong>de</strong> Barros, Dr. Ca-.<br />
mil Io Gavião Peixoto, J. Dias do Arruda, F. <strong>de</strong><br />
Paula Ferraz, B. A. Rodriguos do Oliveira, A. R.<br />
tânea. ' Não Obstante algumas transacções se tem Bem pouco foi o movimento do nosso mercado a Reíidcr, 6 a W. Sibcth, 4 a Wuhucan, 4 o Weitz<br />
cOccluado nos gêneros e nas condições que ps«smos <strong>de</strong> exportação, durante a semana, principalmente mann, 2 a Umlauf. 2 a Moss, I a Glotte.—Objertos<br />
a mencionar.<br />
a respeito do assucar.<br />
para fumista-: 3 caixas a Leon Ferre.<br />
Algodão.—As vendas trem sido restrictas ás pro- Vcndcu-se alguma aguar<strong>de</strong>nte, algodão, cario, Papel <strong>de</strong> embrulho: 650 balas a Gleito.— Pianos:<br />
dfSos do dia. A especulação neste artigo parou doas partidas do fumo <strong>de</strong> folha e pi assobia. 6 caixas á or<strong>de</strong>m —Presuntos': 320 a Limpricht.<br />
diante dos <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> um armistício nos Estados Ini- As entradas do estrangeiro forão regulares. En<br />
Salames.* I caixa a Limpricht.*<br />
dos, expressados pelo Imperador na nota dc Mr. trou uma carga <strong>de</strong> bacalhau, duas <strong>de</strong> carvão, uma Velas <strong>de</strong> composição: 125 caixas á or<strong>de</strong>m. —<br />
Drouyn do Shuys aos governos <strong>de</strong> Inglaterra e da <strong>de</strong> farinha, duas com fazendas, fumo etc, o uma Vlme em obra: 21 vols. a Umlauf, 9 a M. O.<br />
Rússia.<br />
com sal.<br />
Abraoches.—Viveres: 4 vols. a Muhlc Kizltaff.<br />
Cardoso: os Inglezes J. Curtis, J. Muir; os Americanos<br />
J. P. Corre sua família, J. A. Boyd e<br />
sua mulher, R. Rhinhost o 1 irmã; os Franceses<br />
J. Bcrtran, E. Dcschamps; o Italiano A. Maya;<br />
os Portuguezes M. F. Amaro, J. Pires, C. P.<br />
Amaro, A. D. do Sousa, M. Nunes, J. da Silva,<br />
J. Pereiro da Silva, M. M. Pisco, O. L. Rodrigues,<br />
M. Carvalho, A. J. <strong>de</strong> Oliveira.<br />
ENTRADAS NO DIA 3.<br />
A Importação lambem tem sido diminuta. Com- As vendas <strong>de</strong> impoi landa qne se flzerão forão a da BARCA AUSTRÍACA—IDA—DE GLASCOW. Sonthamptom o escalas — 25 ds. (3 ds. do ultimo*,<br />
prehendcm-so nas ultimas importações 209 saeas do carga <strong>de</strong> bacalhau, o a das 100 barricas entradas por<br />
Rio do Janeiro, 220 <strong>de</strong> Pernambuco' o "700 dá Para- cabotagem; e<strong>de</strong> menor importância, e a retalho hou A|vaiado: 350. barricas a Gomes Pacheco.—<br />
Paq. Ing. "1 Magdalcna, comm. Wdolward, passags.<br />
hyba.verem<br />
bastantes.<br />
Anlagens: 5 fardos a G. Rudgc.—Canos <strong>de</strong> ferro: (do Interior) J. dc Mello Ca ramanho, D. Josephina<br />
751 a Irencu. — Carvão : 140 toneladas a Walson. Ó. da Silveira, D. Izabcl G. <strong>de</strong> Oliveira, J. J. <strong>de</strong><br />
Café.—Poucas transações. Durante estas ultimas Cambias.— Sobre Londres tem-se feito saques a<br />
—Cerveja: 1.141 barricas a Ewbank, 119 a Gordon. Souza, J. A. Pereira Bastos, J. A. Dias Guimarães;<br />
semanas vend
CORTR.<br />
••ok A^NNO 12&000<br />
POR SHIS MR7.ES. ,. rjfôOOO<br />
POR TRRS MRZRS. . 3$>00Í)<br />
PAUTE OFFICIAL<br />
uimoterio do wrfâiÀfasw<br />
• 7.' Secção.-—Rio. dc Janeiro.—XI mister» $os.Negócios<br />
do Império om 31 do Dezcrnbrp^cíc 1862.<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> o imperador \\lartd» ^reímetler a<br />
lllma. Camaru 'Municipal a cópia junta do Decreto<br />
n. 3.040 <strong>de</strong>sta data, que orca a receita e lixa<br />
a <strong>de</strong>speza da mesma llluux. Câmara para o anno<br />
<strong>de</strong> .<strong>1863</strong>, e Determinar :<br />
1." Que seja mantida a pratica seguida, e autor<br />
isad a pelos Decretos n. M 2.718 <strong>de</strong> 31 do Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1800, e 2.8Õ5 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />
1861, <strong>de</strong>screu postas a prêmio — que consliUie<br />
iv o da — em qualquer estabelecimento dc credito<br />
<strong>de</strong> confiança as quantias pertencentes ao cofre doa<br />
Uepusitis, não sendo proce<strong>de</strong>ntes os motivos allegudos<br />
para entregai-as ao Thesoureiro a quem po<strong>de</strong>r-sc-ha<br />
diminuir a fiança, que .prestou, no caso<br />
<strong>de</strong> reconhecer-se que 6 excessiva pura as som mas<br />
que tem sob sua guarda ; assim como augmentar<br />
o seu-vencimento pelos meios'.competentes, se o<br />
que percebe não correspon<strong>de</strong>rão seu trabalho e<br />
responsabilida<strong>de</strong>.<br />
2.° Que, não se tendo apresentado razoes novas<br />
para o uugmcnto dos gratificações dos Engenheiros,<br />
que já foi negado por Portaria dc 11 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1801, lhes <strong>de</strong>ve ser abonado somente o vencimento<br />
da tabeliã approvada pelo Decreto n.°<br />
2.855 dc 7 do referido mez e. anno.<br />
3.° Que, além da supprcssão já .feita <strong>de</strong> um logar<br />
<strong>de</strong> 2.° OHicial da Contadoria, <strong>de</strong>ve ser supprimtdo<br />
o <strong>de</strong> 1.° que ficou vago pelo fallecimehto <strong>de</strong> Vasco<br />
da Gamara c Oliveira, voltando ao seu emprego<br />
o 2." Ofilcial llermencgildo <strong>de</strong> Barros Figueiredo,<br />
c ficando exonerado Ccsario dos Passos Monteiro,<br />
ultimamente'nomeado. .<br />
4.° Finalmente que so tenha muito em vista o<br />
exacto cumprimento das disposições'da Portaria dc<br />
11 dc Dezembro dc 1861, especialmente na parte<br />
quo truta da reducção do pessoal que possa ser<br />
dispensado; <strong>de</strong>clarando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a lllma. Câmara<br />
Municipal se é absolutamente necessário o logar <strong>de</strong><br />
lnspector <strong>de</strong> calçadas, que foi conservado.—Marquez<br />
MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA í OK DEZEMBRO"WTOÍZ'.<br />
— Ao Sr. Ministro da Marinha, remettendo, em<br />
resposta ao seu Aviso <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro próximo<br />
passado, relativamente á restituição dos direitos<br />
pagos pelas cem -medidas <strong>de</strong> azeite, enviadas<br />
<strong>de</strong> Montevidéo, no Paquete Marquez <strong>de</strong> Olinda,<br />
para o serviço dos vapores da Estação Naval <strong>de</strong><br />
Mato Grosso, a or<strong>de</strong>m do mesmo mez, dirigida á<br />
Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Albuquerque, do qual verá o mesmo<br />
Ministério quaes as recommendações feitas a semelhante<br />
respeito, as quaes dispensfio qualquer outra<br />
provi<strong>de</strong>ncia sobre o objecto.<br />
— Ao do Império, rogando que, tendo a Thesouraria<br />
do Ceará participado, em oflicio n.° 155 <strong>de</strong><br />
7 <strong>de</strong> Novembro próximo passado, ter <strong>de</strong>spendido<br />
com « Soecorros públicos c melhoramento sanitário,<br />
» sob a responsabilida<strong>de</strong> da Presidência, e<br />
por contu do exercício <strong>de</strong> 1861—1862, o quantia<br />
dc 12*.ol30743; sirva-se commuhicar, com a possível<br />
brevida<strong>de</strong> a resolução que tomar a semelhante respeito,<br />
visto estar prestes a encerrar-se o referido<br />
exercício.<br />
— Ao da Justiça, rogando que, tendo a Thesouraria<br />
do Maranhão, em oflicio n.° 95 <strong>de</strong> 10<br />
<strong>de</strong> Novembro próximo findo, participado ter reiiiettido<br />
ao dito Ministério uma <strong>de</strong>monstração do<br />
estado do credito votado no actual exercício, a rubrica—<br />
Guarda Nacional—para a qual se faz preciso<br />
um augroento <strong>de</strong> 900'000; sirva-se commuiiicar<br />
a resolução que tomar a semelhante respeito.<br />
— A' Alfân<strong>de</strong>ga, communicando. para seu conhecimento<br />
e <strong>de</strong>vidos efiei tos, que fica approvada<br />
a proposta do Thesoureiro da mesma Alfân<strong>de</strong>ga,<br />
que acompanhou o seu oflicio n.° 408 do 26 <strong>de</strong><br />
Novembro próximo passado, dc Damaso José Ferreira,<br />
e Manoel José Rodrigues Pereira, para os<br />
logares dc Fieis do mesmo Thesoureiro; <strong>de</strong>vendo<br />
a Inspcctoriu exigir a acquiescencia dos Findorcs<br />
do mesmo Thesoureiro, se no respectivo termo <strong>de</strong><br />
fiança não foi coinprehendida esta cláusula; c no<br />
caso negativo bastará que o mesmo Fiador assigne<br />
a proposta do seu afiançado com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
com ella concordar.<br />
— A* Thesouraria da Bahia, <strong>de</strong>clarando que o<br />
Tribunal do Thesouro, tendo presente o seu oflicio<br />
n.° 220 <strong>de</strong> 12 dc Julho ultimo, a que acompanhou<br />
o recurso interposto por Krutnmler & Comp. da<br />
<strong>de</strong>cisão da mesma Thesouraria, con fir maior ia da da<br />
respectiva Alfân<strong>de</strong>ga, que os multou nas penas da 1.°<br />
parte do art. 556 do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 18íi0 por oceasião <strong>de</strong> eflectuarem o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong><br />
40 dúzias do camisas, quando pela nota que havião<br />
apresentado constava serem 40 dúzias <strong>de</strong> peitos <strong>de</strong><br />
camisas, resolveu dar provimento ao dito recurso,<br />
visto ter-se verificado que semelhante diflerença foi<br />
<strong>de</strong>vida a erro ou engano na traducção da factura<br />
entre os termos <strong>de</strong>vant <strong>de</strong> chemises c chemises <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>uanl e não a frau<strong>de</strong>, como reconheceu a dita<br />
Alfân<strong>de</strong>ga; cumprindo portanto que appliquc ao caso<br />
<strong>de</strong> que se trata a disposição do art. 5V5, § 2.°, 2.*<br />
parte, que sugeita á multa <strong>de</strong> 1 1/2 °/ 0 do valor das<br />
mercadorias quando as <strong>de</strong>clarações da nota são vagas<br />
e incertas. E por esta oceasião observa-se á mesma<br />
Thesouraria que, pelo exame do supracitado art.<br />
556. 1.* parte, vò sc que são condições essenciaes da<br />
espécie nelle tratada : 1." serem as mercadorias encontradas<br />
da mesma classificação genérica, ou espécie<br />
das <strong>de</strong>claradas na nota; 2." que entre cilas so encontrem<br />
algumas da mesma esperte, mas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>ravelmente superior.<br />
IMPÉRIO IMJ> BRASIL<br />
(Sií^emenla ao n.° AJ<br />
QUARTA FEIRA, 2| DE JANEIRO<br />
— A' mesma, remettendo o requerimento, datado<br />
<strong>de</strong> 13 dc Setembro <strong>de</strong> 1854, em que D. Henriqueta<br />
fímilia Moreira <strong>de</strong> Figueiredo pe<strong>de</strong> pagamento do<br />
que se lhe <strong>de</strong>vo pelos cavados tirados <strong>de</strong> uma estância<br />
<strong>de</strong> seu finado marido Rodrigo José <strong>de</strong> Figueiredo<br />
Moreira para montaria do exercito na mesma Província,<br />
a fim <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r aos necessários exames<br />
pnra a competente liquidação, na formada lei, tendo<br />
om vista os documentos, que <strong>de</strong>vem existir no archivo<br />
da Repartição para se formar juizo seguro a semelhante<br />
respeito; o por esta oceasião previne-se a<br />
mesma Thesouraria que o documento n.° 1, junto ao<br />
dito requerimento, parece viciado, c que em 27 <strong>de</strong><br />
Março <strong>de</strong> 1855 o Thesouro pagou á Supplicante a<br />
quantia <strong>de</strong> 25:0009000 reclamada pelo processo <strong>de</strong><br />
— A* Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminando<br />
que man<strong>de</strong> <strong>de</strong>spachar na Alfân<strong>de</strong>ga e<br />
remetter para a Casa da Moeda as 16 caixas com<br />
praia, vindas da Inglaterra no Paquete Tyne, pesando<br />
cerca dc 31.590 onças; ficando na intcllicencia<br />
do que o custo da dita prata foi <strong>de</strong> £<br />
8.338.0.0.<br />
— Ao Sr. Provedor da Casa da Moeda, <strong>de</strong>terminando<br />
que receba do Thesouro 16 caixas com<br />
barras dc prata, pesando cerco <strong>de</strong> 31.590 onças,<br />
quo fará reduzir a moedas do cunho nacional; ficando<br />
na intelligcncia <strong>de</strong> quo o custo da mesma<br />
prata foi dc £ 8.338.0.0.<br />
— Ao Sr. Carlos Neate, communicando, em resposta<br />
ao seu oflicio <strong>de</strong> 3 do corrente, que fica concedida<br />
ao mestre Carpinteiro SettoSponcer a <strong>de</strong>missão<br />
que pedira, e por esta fôrma rescindido o respectivo<br />
contracto <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Setembro dc 1861; não po<strong>de</strong>ndo<br />
ter logar o pagamento do sua passagem <strong>de</strong> volta ò<br />
Inglaterra, conforme propõe, por isso que sendo-lhe<br />
esto garantida no fim do prazo porque so contraotára<br />
OFFICIM<br />
4- A' Presidência da mesma Província, <strong>de</strong>clararão,<br />
em resposta ao oflicio n.° 99 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Outubro<br />
ultimo, no qual dá conta da <strong>de</strong>liberação que tomara<br />
dc autorisar sob sua responsabilida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>speza com<br />
os reparos dos Paióes da Fortaleza do Ruraco que<br />
servem á Alfân<strong>de</strong>ga da Província para <strong>de</strong>posito da<br />
pólvora importada: que pela Or<strong>de</strong>m n.° 200 <strong>de</strong> 5 do<br />
mel passado, expedida á Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda,<br />
foi já concedido o credito <strong>de</strong> 8328840 cm que estão<br />
orçados os ditos reparos; e que approvado fica por<br />
1 .* Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando que,<br />
nesta data, é nomeado Continuo da 1Directoria<br />
Geral <strong>de</strong>sla Secretaria <strong>de</strong> Estado o Correio da mesma<br />
Directoria João Antônio Xavier, em substituição<br />
a Antônio Pereira da Costa fallecido em o dia 23<br />
do corrente ; e Correio da referida Directoria, João<br />
Fernan<strong>de</strong>s Alves<br />
— Ao Conselho Supremo Militar, i<strong>de</strong>m que por<br />
Decreto <strong>de</strong> 24 do corrente, foi transferido para a<br />
4. B Companhia do 2.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a<br />
pé Lconidio Manoel <strong>de</strong> Jesus, c para a 7,' Companhia<br />
<strong>de</strong>ste Ratai hão o Capitão daquelle Antônio<br />
Maria Rabcllo.<br />
2." Directoria Geral,<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO 16&000<br />
PCR SEIS MFZES. . . 8©000<br />
POR TRRS MEZES.. . 431 000<br />
—A' Thesouraria da Bahia,romc ti l táil^^^sposta<br />
.. I ao seu ofiicio n.° 330 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong>1 OntilBro ultimo,<br />
,";^Lvguia das <strong>de</strong>z apólices do Arcebispo da Província,<br />
D • Manoel Joaquim da Silveira, a fim <strong>de</strong> que a<br />
"tnosrrin Thesouraria <strong>de</strong>sfaça o erro, quo houve,<br />
I Htaçào <strong>de</strong> dous números dos mesmas apelices<br />
A' inesma, <strong>de</strong>claiapdo. em resposta ao seu<br />
<strong>de</strong>.212:3^3^3:1 V para conçlus5o7da^ím/a;(:a ponflí<br />
ftT-ro da Alfân<strong>de</strong>ga da I'róvineia.<br />
, — A' mesma, <strong>de</strong>clarando, em visto do seu^oftlcio<br />
;n.° 330, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> 'O u tub raÉjfti m o, em que communica<br />
haver pedido ao MiniMnrioda GiiM-ra o jwgírienlii<br />
<strong>de</strong> cred to na importância <strong>de</strong> 853#880 para as <strong>de</strong>spezas<br />
do § 14 relativos ao exercício d-* 186,1—62;<br />
que os su pplementos d» seovlh mie n i tu reza 'í<strong>de</strong>veui<br />
,.sçr pedidos com mais antecipação, nos lermos riiéom-<br />
.üiendudos pelas Or<strong>de</strong>ns Circularei <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto<br />
e 13 <strong>de</strong> Selo ubro n. M e Havendo elle por molu próprio pedido a rescisão<br />
doi seu contrado, não está o Governo obrigado a<br />
pagar-lhe senão atç o dia cm que fôr aceita a <strong>de</strong>missão,<br />
<strong>de</strong>vendo por conta do <strong>de</strong>missionário correr<br />
a*Jlepi»zas <strong>de</strong> volta.<br />
A* Thesouraria do Piauhy, <strong>de</strong>clarando, na<br />
.çcmformida<strong>de</strong> do Aviso do Ministério do Império <strong>de</strong><br />
S:fe<br />
45 c 50, c pelo art. 8.°<br />
da or<strong>de</strong>m geral dt distribuição dos c editos <strong>de</strong> 18<br />
d • Junho e art. 2." do Decreto do Ll°. <strong>de</strong> Fevereiro<br />
do mesmo anno.<br />
— A' <strong>de</strong> S. Pedro, <strong>de</strong>clarando, cm resposta ao seu<br />
oflicio n.° 214 <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Setembro ultimo, que ap- j<br />
prova a ajuda <strong>de</strong> custp que mandou abonar ao 3."<br />
Escriplurario Leunnro Ferreira Campos, <strong>de</strong>signado<br />
para servir em commissAo o logar dc Escrivão da<br />
Pagadoría Central, cuja <strong>de</strong>speza é facultada pelas<br />
Inslrucções <strong>de</strong> 1." <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1861.<br />
,ÍLn\tf8$Á&^^ Novembro findo, que, por Portaria daquella<br />
fl- J/.l, <strong>de</strong> a drffnesrnô^ííiéz/rof Coheedido 'ó credito mesm i data, foi concedida ao Padre Francisco <strong>de</strong>i<br />
Qjlyeira Comes, Vigário COIlado na Igreja <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Graça da Cida<strong>de</strong> do S. João da Parnahyba<br />
da respectiva Província, uma nova licença <strong>de</strong><br />
seiij mezes, além da que obteve do respectivo Diocesano<br />
com o vencimento da competente congrua,<br />
<strong>de</strong>ita mio Sacerdote, que o substitua, <strong>de</strong> approvação<br />
doileverendi Ordinário.<br />
— A' mesma, <strong>de</strong>clarando que, pela Or<strong>de</strong>m n.°<br />
48 He 13 do mez findo, já foi concedido o credito dc<br />
617*373 para a verba « Correio Geral a dò exercício<br />
;<strong>de</strong> 861—1862, o qual, segundo commuuica a dita<br />
Th muraria por olllcio n. n 72 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Setembro<br />
ult no, tomou a Presidência da Província a <strong>de</strong>libe.<br />
ição <strong>de</strong>-abar sob sua responsabilida<strong>de</strong> para occoi<br />
|er ao -pagamento das gratificações dc diversos<br />
Ag ntes do respectivo Correio.<br />
4- A' <strong>de</strong> Pernambuco, or<strong>de</strong>nando, cm vista do<br />
seuloflicio n 0 qne se man<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar nesta Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />
para constar a todo tempo, que elle mudou o seu<br />
nome para o <strong>de</strong> Hcncdicto Bravo Borges Gorjão;<br />
a fim <strong>de</strong> quo S. Et. se sirva ministrar quaesquer<br />
esclarecimentos acerca <strong>de</strong> semelhonte pretenção<br />
por não constar na mesma Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />
ser o supplicante ofllcial reformado <strong>de</strong> Permanentes.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Pernambuco<br />
<strong>de</strong>clarando, em resposta a duvida proposta pelo Capitão<br />
Commandante da respectiva companhia <strong>de</strong><br />
('avaliaria, e que S. Ex trouxe ao conhecimento<br />
<strong>de</strong>ste Ministério em oflicio datado <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Abril<br />
do corrente anno, relativamente ao Cabo <strong>de</strong> Esquadra<br />
José Pedro Rego, que em conseqüência das cominunicações,<br />
que se tem recebidas respeito do dilo<br />
Cubo <strong>de</strong>ve S. Ex. mandal-o consi<strong>de</strong>rar como <strong>de</strong>sertor<br />
e ser excluído do estádio eflectivo da dita<br />
Companhia, proce<strong>de</strong>ndo-se com elle n.i fôrma da<br />
Lei, sondo consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> nenhum éfleitoa sua baixa<br />
d -terminada nu or<strong>de</strong>m do dia <strong>de</strong>sta Secretaria do<br />
Estudo n • 307.<br />
— Ao da Bahia, remetlendo o processo <strong>de</strong> Conselho<br />
<strong>de</strong> Guerra do Soldado do 8.° Batalhão <strong>de</strong><br />
Infantaria Bcrnardino dos Santos, a fim dc ser cumprida<br />
a respectiva sentença.<br />
207 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Outubro ultimo e pa — Ao da do Rio Gra"dc do Sul, i<strong>de</strong>m o do Solpe»<br />
onnexos, relativos ao concurso a que se proce<strong>de</strong>u dado do 6." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Antônio Da-<br />
napfta Thesouraria para Praticantes da respectiva mazio da Silva.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga : que abra novo concurso para preenchimento<br />
das diversas vagas existentes naquella Repar — Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os doa Soldados<br />
tição, pois que o unicp candidato que se apresentou do 2.° Batalhão dc Infantaria Damíãò Gomes <strong>de</strong><br />
ao <strong>de</strong> que trata o citado oflicio não está no caso dc Oliveira c Cypriano Gomes <strong>de</strong> Oliveira.<br />
serlnomeado.<br />
— Ao da do Pará, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> 3 praças do 11.*<br />
Batalhão dc Infantaria.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, exigindo as certidões<br />
dos assentamentos que tiverem no Batalhão do<br />
Deposito, a que pertencerão, os Soldados do 7.° Batalhão<br />
do Infantaria Pedro Pereira Ferreiro, o Manoel<br />
João Baptista.<br />
tanto o acto da dita Presidência, tanto mais quando<br />
exercício (indo n.» 174 do L.° 5.» por ín<strong>de</strong>mnisação ò caso em questão achava-se comprchendido nas fados<br />
prejuízos causados pela cavalhada do exercito culda<strong>de</strong>s concedidas ás Presidências <strong>de</strong> Províncias<br />
em operações.<br />
pelo Decreto<br />
— A' do Paraná, or<strong>de</strong>nando que por conta do anno.<br />
.credito rio § 2.° gxL 1 * do Decretfi_n. 0 n.° 2.884 do 1.° <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong>ste<br />
1.140 flc |<br />
Bahia, <strong>de</strong>clarando, em<br />
21 dc Setembro dc 1861, pague ao Major Renediclo resposta ao seu olllcio n.° 347 <strong>de</strong> 5 do mez ul<br />
línéas <strong>de</strong> Paula n quantia <strong>de</strong> 2300000, proveniente timo, ao qual acompanhou o da respectiva Presi<br />
da 2." prestação, por que contractou diversas obras dência n.° 7 <strong>de</strong> 6 do dito mez, que, sendo muito<br />
no quartel da Companhia do corpo fixo <strong>de</strong> Cava liaria conveniente que o Thesouro tenha conhecimento<br />
na mesma Província, como consta do processo quo da quantia em que po<strong>de</strong>rá importar a compra dos<br />
veio oo Thesouro com o Aviso do Ministério da prédios contíguos á Alfân<strong>de</strong>ga da Província, a fim<br />
Guerra <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Maio do corrente anno.<br />
<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r resolver sobre semelhante assumpto,<br />
haja a mesma* Thesouraria <strong>de</strong> dar as precisas in<br />
DIA O.<br />
formações.<br />
Circular ás Presidências.—Ministério dos Negócios<br />
da Fazenda.—Rio <strong>de</strong> Janeiro 5 dc Dezembro — A' do Santa Catharina, or<strong>de</strong>nando, do con<br />
<strong>de</strong> 1862.<br />
formida<strong>de</strong> com o Aviso do Ministério do Império<br />
Illm. e Exm. Sr.—Como *V. Ex. <strong>de</strong>ve ter visto<br />
<strong>de</strong> 28 do mez ultimo, que ponha á disposição da respec<br />
das publicações ofllciaes, tem este Ministério ultitiva<br />
Presidência a quantia <strong>de</strong> 1:0009000 por conta<br />
mamente estranhado a quasi todas as Thesoura-<br />
da verba—Obras especiaes— para ser applicada aos<br />
rias <strong>de</strong> Fazenda a maneira por que <strong>de</strong>rão ellas<br />
reparos do Palácio da dita Presidência, o a <strong>de</strong> 500&000<br />
execução á doutrina dos a ris. 2.° do Decreto do<br />
por conta da verba—Presidências <strong>de</strong> Províncias—<br />
1." <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong>ste anno, e 8.° da Or<strong>de</strong>m geral<br />
tudo no corrente exercício, para compra <strong>de</strong> moveis<br />
da distribuição dos creditos, não obstante as cons<br />
do referido Palácio.<br />
tantes recoinmendações que a este respeito lhes — A'<strong>de</strong> S. Pedro, communicando, em resposta<br />
hão sido feitas a bern da regularida<strong>de</strong> do serviço. ao seu oflicio n.° 228 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro ultimo,<br />
Não me parecendo, porém, ainda sufllcienles as que opprova o seu procedimento <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r o<br />
novas recom mendações, e mesmo censuras dirigi Administrador da Mesa do Rendas do Itiqui, Isdas<br />
á maior parle dos respectivos Inspcctores, com rael Dias da Costa, a cujo <strong>de</strong>leixo o reluxação se<br />
o fim <strong>de</strong> evitarem-se os graves embaraços que po attribiic o roubo da quantia <strong>de</strong> 1:6039934 do ren<strong>de</strong>m<br />
provir da errônea pratica, por elles adoptada, dimento da mesma Mesa ; ficando a dita Thesou<br />
do recorrerem ás Presidências para a obtenção <strong>de</strong> raria prevenida dc que es»e Ministério aguarda o re<br />
supplcmentos do creditos, muitos vezes antes <strong>de</strong> sultado do respectivo processo para resolver afinal.<br />
soficital-os ao Thesouro, ou nas mesmas datas em<br />
— A' mesma, <strong>de</strong>clarando, em resposta ao seu<br />
que os solicitão, ou ainda anles <strong>de</strong> passar-se o tempo<br />
ofiicio n.° 220 dc 6 dc Outubro ultimo, que o<br />
preciso para a solução dc seus pedidos; c consi<br />
Tribunal do Thesouro, tomando em consi<strong>de</strong>ração<br />
<strong>de</strong>rando por outro lado que dos Presidências do Pro<br />
o recurso interposto pelo Collector das Rendas Gevíncias<br />
muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a boa execução do Decreto | raes <strong>de</strong> S. Leopoldo, Manoel dos Reis Nunes, da<br />
citado no tocante aos <strong>de</strong>veres das Thesoura rias; sua <strong>de</strong>cisão que o multou na quantia <strong>de</strong> 4150690<br />
tomo por isso a <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> chamar a aitenrão pela <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> 5 dias na entrega das rendas ar<br />
<strong>de</strong> V. Ex. para tal assumpto, que muito lhe rerecadadas no trimestre do Outubro a Dezembro <strong>de</strong><br />
com mendo, transmittindo ao mesmo tempo á V. l86í,<br />
Ex. os exemplares juntos, das Circul.ires n.'* 45<br />
e 50 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto e 13 <strong>de</strong> Setembro próximo<br />
passados, para que haja, por sua parte, do fazei-as<br />
observar escrupulosamentê<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Albuquerque.—Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong>.<br />
— A' Secção <strong>de</strong> Fazenda do Conselho <strong>de</strong> Estado,<br />
relator o Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ituborahy, para consultar<br />
sobre o objecto dc que trata o oflicio do<br />
Presi<strong>de</strong>nte do Ranço do Rrasil, que pe<strong>de</strong> para' elevar<br />
a sua emissão uo triplo do fundo disponível<br />
e caixa.<br />
r — Ao dado Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, i<strong>de</strong>m na respectiva<br />
Companhia <strong>de</strong> Caçadores, a que pertencerão<br />
os Soldados do 7.° Batalhão <strong>de</strong> infantaria Mathias<br />
Pinto da Fonseca Mello, o José Bento <strong>de</strong><br />
Mello.<br />
— Ao da do Ceará, i<strong>de</strong>m no respectivo Corpo<br />
<strong>de</strong> Guamição, a que pertencerão 7 praças do 7.°<br />
Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, i<strong>de</strong>m no 2.° Batalhão<br />
<strong>de</strong> Artilharia a pé, a qu;0~pertencêrjlo 5 praças<br />
do 7.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
3.' Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Pernambuco mandando<br />
remetter para o Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte<br />
todo o metal amarei Io inútil que existo em arrecadação.<br />
— A' Commissão <strong>de</strong> melhoramentos do material<br />
do exercito, i<strong>de</strong>m inspecetonar as baterias da fortaleza<br />
<strong>de</strong> Santa Cruz a fim <strong>de</strong> propor as alterações<br />
que se <strong>de</strong>vão fazer para se obterem as vantagens<br />
e melhoramentos hoje adaptados em outros paizes.<br />
— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> Corte,<br />
i<strong>de</strong>m fornecer ao Laboratório do Campinho oo reactivos<br />
cbimicos para as cápsulas fulminantes.<br />
— Ao mesmo i<strong>de</strong>m ao Laboratório os objectos<br />
precisos para a fabricação <strong>de</strong> cunhetes, <strong>de</strong>vendo<br />
aproveitar-se os 161 <strong>de</strong>stes, que existem feitos.<br />
4.<br />
resolveu relevol-o da mesma multa; cumprindo<br />
que a dita Thesouraria lhe previna, <strong>de</strong><br />
que d'orn cm diante não será mais attendido por<br />
semelhantes faltas, c lhe marque o prazo <strong>de</strong>ntro<br />
do qual <strong>de</strong>vo ser entregue o saldo das rendas*<br />
— A* <strong>de</strong> Goyaz, <strong>de</strong>clarando', em resposta, ao<br />
seu ofiicio n.* 31 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Setembro ultimo, que<br />
forão approvadas as gratificações que arbitrou aos<br />
Empregados pelo trabalho da tomada <strong>de</strong> contas<br />
fóra das horas do expediente.<br />
MINISTÉRIO DA GUERRA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 26 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
a Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, solicitando a <strong>de</strong>volução<br />
dos processos <strong>de</strong> dividas <strong>de</strong> exercícios findos<br />
pertencentes ao ex-soldado do 9.* Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />
João Pio <strong>de</strong> Seooa e ao ex-Cabo <strong>de</strong> Esquadra<br />
do 4." Batalhão da mesma arma Manoel<br />
Pereira <strong>de</strong> Lima, a fim <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r resolver sobro<br />
a matéria do seu Aviso <strong>de</strong> 10 do corrente.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Amazonas,<br />
fixando em 500 réis o valor da etapa que se <strong>de</strong>vo<br />
abonar ás praças <strong>de</strong> pret no 1.* semestre <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Sergipe, I<strong>de</strong>m em 400 réis, i<strong>de</strong>m,<br />
i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />
— Ao da do Piauhy, i<strong>de</strong>m em 450 réis, i<strong>de</strong>m,<br />
i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />
— Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda da<br />
Província <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, para que man<strong>de</strong><br />
suspen<strong>de</strong>r, á contar da date do ultimo pagamento,<br />
a consignação <strong>de</strong> 809000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou na<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> >. Gabriel o Tenente Coronel Commandante<br />
do Batalhão <strong>de</strong> Artilharia <strong>de</strong> Mato Grosso<br />
Hermenegildo dc Albuquerque Portocanòro, enviando<br />
a respectiva guia directamente á Thesouraria<br />
daquella Província, do que dará parte a esto<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado.<br />
— Ao lnspector da Pagadoria das Tropas, para<br />
mandar ajustar contas ao Capitão do 1.* Regimento<br />
<strong>de</strong> Cavallaria Ligeira João Cândido Goulart, a vista<br />
da guia expedida pela Thesouraria <strong>de</strong> S. Pedro<br />
do Sul, por on<strong>de</strong> ficou suspensa a consignação que<br />
<strong>de</strong>ixou à sua familia.<br />
— Ao mesmo para mandar suspen<strong>de</strong>r, do 1."<br />
<strong>de</strong> Janeiro próximo futuro em diante, a consignação<br />
<strong>de</strong> 150000 mensaes, que <strong>de</strong>ixou nesta Corte a sua<br />
familia o Capitão do Estado Maior <strong>de</strong> 2.* classe<br />
Benedicto Jorge <strong>de</strong> Faria, enviando a competente<br />
guia a esta Directoria Geral.<br />
HIXISTERIO DA MARINHA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 24 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />
1." Secção.— Ao Conselho Supremo Militar do<br />
Justiça, enviando, para ser julgado em Superior<br />
Instância, o processo feito, por crime <strong>de</strong> 4.' <strong>de</strong>serção<br />
simples, ao Imperial Marinheiro Fortunato<br />
José Machado.<br />
— A' Inspecção do Arsenal da Corte, mandando<br />
«níS«? • W l n i s t r o 1 d 0 Justiça, remettendo o re- proce<strong>de</strong>r, quanto antes, ao fabrico <strong>de</strong> que precisa<br />
ií? t o e m? u e BÇnedictol
2." Secção.—X" Presidência <strong>de</strong> Província do Sergipe,<br />
<strong>de</strong>clarando, cm solução a duvida apresentada<br />
em oflicio n." 10, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Marco ultimo, acerca<br />
doa vencimentos que competem ao Secretario da<br />
Capitania do Porto respectiva, quando substituir<br />
o Capitão do Porto, que <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o<br />
parecer do Conselho Naval, exarado cm Consulta<br />
n." 032, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Julho próximo findo, são applicaveis<br />
ao mesmo empregado etn tal caso as dispotírõH<br />
do Decreta d.* 2.011, <strong>de</strong>28 <strong>de</strong> Novembro<br />
<strong>de</strong> 1857, que faz extensivas aos empregados da<br />
Marinho, as do <strong>de</strong> n.* 1.993. do f4 <strong>de</strong> Outubro<br />
do dito anno; assistindo-lhe direito a percepção da<br />
5." parle dos maiorias 0 comedprias, que pertencem<br />
ao Ofllcial substituído; e bem assim que quanto<br />
oo Escrevente Aristidcs da Silva Kego, impondo-lhe<br />
o Aviso <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1858, a obrigação <strong>de</strong><br />
coadjuvor c substituir o Secretario, nenhum outro<br />
vencimento lhe po<strong>de</strong> caber além da gratificação<br />
que percebe. —Communicou-sc a Contadoria da<br />
Marinho.<br />
— A' da Província <strong>de</strong> Santa Catharina, exivindo<br />
as InmrmtçOes reclamadas pelo Major <strong>de</strong> Engenheiros<br />
Joio <strong>de</strong> Souza Mello e Alvim, sobre o<br />
plano e orçamento das obras, <strong>de</strong> que carece o forte<br />
<strong>de</strong> Santa Barbara, na mesma Província, para o<br />
estabelecimento- da respectiva Capitania do Porto.<br />
— Ao Conselho Naval, remeltcndo, para consultar<br />
a respeílo, o requerimento, em que Ramon<br />
Enrique, Commisserlo <strong>de</strong> I.* classe do Corpo <strong>de</strong><br />
Fazenda ds Armada, reclama que e reforma a elle<br />
concedida por Decreto <strong>de</strong> 13 do corrente seja no<br />
posto <strong>de</strong>'Capitão <strong>de</strong> Fragata e com o respectivo<br />
soldo.<br />
— A* Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, approvando a<br />
resolução, quo tomara, <strong>de</strong> mandar carregar om<br />
receita, o fornecer á ofllctna <strong>de</strong> Carapinas do Arsenal<br />
dá Corte 7 pranchoVw ou eouçoelras <strong>de</strong> vlnhatlco,<br />
que otlstilo em <strong>de</strong>posito nos armazéns do<br />
Almoxarlfado.<br />
—- Ao Conselho <strong>de</strong>.Compras, mandando abrir roneurrencis,<br />
para acqufsíçlo <strong>de</strong> 197 culxões, que se<br />
' fazem precisos para a Corveta Bohiana.<br />
3* Secção.— Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo*<br />
a fim <strong>de</strong> serem pagas as contas <strong>de</strong> objectos<br />
fornecidos para, o expediente <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong><br />
Estado por Joaquim <strong>de</strong> Oliveira Mata, e <strong>de</strong>spezas<br />
realisfldas oo Hospital da Marinha da Corte, tudo<br />
durante o mnz <strong>de</strong> Novembro próxima passado.—<br />
Deu-se conhecimento á Contadoria.<br />
- Ao mesmo, <strong>de</strong>volvendo as contas, que acompanharão<br />
o seu Aviso do 1 .* do corrente, relativa 8<br />
a impressões feitas na Typographía Nacional para<br />
esta Secretaria do Estado •Inten<strong>de</strong>ncia da Maninho<br />
no presente exercício, n tim <strong>de</strong> que haja <strong>de</strong><br />
mondar annoxiir-lhes os documentos, que <strong>de</strong>vem<br />
comprovai-as, isto ú, os pedidos pelos quaes sc<br />
Usarão as encommondas, e os recibos das entregas,<br />
para evitar-se qualquer duvids, que possa haver<br />
na oceasião do proce<strong>de</strong>r-se é competente liquidação<br />
para o seu pagamento, como já em casos idênticos<br />
foi pon<strong>de</strong>rado por Avisos <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Fevereiro e 31<br />
<strong>de</strong> Maio últimos.<br />
MlVIMTKIIIO IML t
CORTE.<br />
DIÁRIO OFFHM,<br />
POR ANNO Í3&000<br />
POR SEIS MEZES. . . 6$000<br />
IMPÉRIO X) BRASIL<br />
POR TRES MEZES. . 3#>000<br />
ANNO DE 1865. TERÇA FEIRA.6 DE JANEIRO.<br />
PAÇO UIPERI.tr.<br />
Tiverlo a honra dc cumprimentar a Suas Magcsfidcs<br />
e A Rezas Imperiaes, na semana finda em 3 do<br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>, os Srs.: Ministro da Prússia; Ministro<br />
<strong>de</strong> Portugal, sua senhora, e seu Secretario e<br />
sua senhora; Viscon<strong>de</strong> o Viscon<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> 1 taborahy;<br />
Viscon<strong>de</strong> c Viscon<strong>de</strong>ssa do Aljczur;. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Sapucahy; Conselheiro Pedreira; José Maria dos<br />
Reis; Gavião Peixoto; Juiz dc Direito'Doria; Senna<br />
Pereira; Guarda Roupa Dr. Netto dos Reis- e sua<br />
senhora; Dr. Antônio do Vasconccllos Menezes <strong>de</strong><br />
Drumtnond; D. Francisca Barbosa da Silva; Moço<br />
Fidalgo José Maria Pinto Peixoto e sua senhora;<br />
Dr. Lagos; João Maurício Belém; Dr. Fernan<strong>de</strong>s da<br />
Cunha; Conselheiro Paranaguá c sua família; Desembargador<br />
Pereira Jorge; Conselheiro Pereira da<br />
Cunha; Dr. Joaquim Caetano da Silva; Conselheiros<br />
Werna Magalhães, Miranda Rego o sua familia; Luiz<br />
Carlos da Fonseca c sua familia; Pereira da Cunha;<br />
1." Tenente Montaury; D. Maria Isabel Montaury;<br />
Barão o Baronczü <strong>de</strong> S. Luiz, c sua filha; Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Província do Rio <strong>de</strong> Janeiro; Chefe <strong>de</strong> Policia da<br />
Corte; Capitão Tenente Jacomo Raja Gabaglia; Camarista<br />
Siqueira; Guarda Roupa Dr. Pinheiro;<br />
Commendador Joaquim Breves; cm commissão a<br />
Directoria do Instituto Niclhcroycnsc, c José Gonçalves<br />
da Silva*<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
1IIXISTKRIO DO IMPÉRIO,<br />
Pela Secretaria do Estado dos Negócios do Império<br />
se fax publico quo no dia 6 do corrente mez, ás<br />
11 horas da manhã, Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador Baixará<br />
á Imperial Capei Ia para assistir a festivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Reis que alli se ha <strong>de</strong> celebrar, <strong>de</strong>vendo as pessoas<br />
qpe compõem a Corte apresentar-se com o uniferme<br />
<strong>de</strong> 2." gala.<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império cm<br />
5<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1803.— Fauslo Augusto d'Aguiar:*<br />
Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />
se faz publico que Sua^.Magesta<strong>de</strong> o Imperador.<br />
Receberá no Paço da Quinta da R6a Vista, das 5 ás 7<br />
horas da tar<strong>de</strong>, ás pcssOas quo o forem comprimontar<br />
no dia 9 do corrente mez, dia dc gran<strong>de</strong> gala, por ser<br />
o annivcrsario do cm que Sua Magesta<strong>de</strong> Imperial o<br />
Senhor D. Pedro I. Declarou ficar no Brasil,<br />
' Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império em<br />
5 <strong>de</strong> Janeiro dc 18G3.—Fauslo Augusto d'Aguiar.<br />
MINISTÉRIO DA FAZENDA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 1<br />
DE DEZEMBRO DB 1862.<br />
Ministério dos Negócios da Fazenda. — Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, 1.° dc Dezembro <strong>de</strong> 1862.—O Viscon<strong>de</strong> do<br />
Albuquerque, Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal do Thesouro<br />
Nacional, or<strong>de</strong>na que d'orn em diante, o numero<br />
das estampas das letras do Thesouro, dc quo trota o<br />
art. 2.° das Inslrucções <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1851,<br />
fique reduzido, em um exercício, a 100 os dos var<br />
lorcs <strong>de</strong> 5003000 até 10:000^000; a 150 as dc<br />
20:0009000; c a 240 as <strong>de</strong> 50:000^000; ficando por<br />
esta fôrma alterado o referido art. 2.°—Viscon<strong>de</strong> d*<br />
Albuquerque.<br />
— Ao Sr. Ministro da Agricultura, transmitlindo<br />
a conta, que acompanhou o oflicio n. 288 <strong>de</strong> 11<br />
do Novembro próximo passado da Typographía<br />
Nacional, das impressões alli feitas por encommenda<br />
da Secretaria do dito Ministério no 1.° trimestre<br />
do corrente exercício, na importância dc 277&600;<br />
a Am do que se sirva provi<strong>de</strong>nciar sobro o respectivo<br />
pagamento.— Semelhantes aos Ministérios da<br />
Justiça e Marinha, remettendo contas das respectivas<br />
Secretarias.<br />
— Ao da Marinha, communicando, a fim <strong>de</strong> resolver<br />
a respeito como enten<strong>de</strong>r conveniente, que<br />
pelo oflicio n.° 204 <strong>de</strong> 13 dc Setembro ultimo da<br />
Thesouraria do S. Pedro do Sul constou ao Thesouro<br />
que a respectiva Presidência, sob sua responsabilida<strong>de</strong>,<br />
mandara continuar a abonar no<br />
corrente exercício a gratificação que percebia o capitAo-tenentc<br />
Giacomo Rala Gabaglia.<br />
— A* Directoria Geral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>, transmitlindo,<br />
para sua inlelligcncia u <strong>de</strong>vida execução,<br />
a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sta data, alterando o numero das<br />
estampas das letras do Thesouro, <strong>de</strong> que trata o<br />
art. 2." das Inslrucções <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1851;<br />
ficando a mcsmaJDirecloria autorisada para mandar<br />
tirar novas estampas dc qualquer das classes dc<br />
valores cm numero que não excdu <strong>de</strong> 100, se por<br />
ventura algumas <strong>de</strong>llas não chegar para a emissÍQ<br />
que fôr preciso fazer no exercício a que pertencerem<br />
.<br />
— A' Thesouraria da Bahia, <strong>de</strong>clarando, <strong>de</strong><br />
conformida<strong>de</strong> com os Avisos do Ministério do Império<br />
dc 10 e 17 <strong>de</strong> Outubro ultimo, que o credito<br />
distribuído a essa Província para as <strong>de</strong>spesas<br />
com soecorros públicos no exercício presente foi augrnentado<br />
com a quantia <strong>de</strong> 22:360^440, no qual<br />
se acha comprehendida a dc 10:000^000 quo a<br />
dita Presidência mandou remetter para a Província<br />
do Sergipe,<br />
— A' <strong>de</strong> S. Poulo, or<strong>de</strong>nando, do conformida<strong>de</strong><br />
com o Aviso do Ministério do Marinha do 24 do Outubro<br />
ultimo, que pague ao Imperial Marinheiro<br />
Isidoro Pinto o soldo, que lhe compete, como reformado,<br />
tendo em vista a guia c a provisão do Con-*<br />
selho Supremo Militar que a referida praça exhibirá.<br />
— A' <strong>de</strong> 8. Pedro, <strong>de</strong>clarando, em resposta<br />
seu oflicio n. 9 204 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Setembro ultimo, qu<br />
pela ordom n.° 200 <strong>de</strong> li do mez seguinte l<br />
augmentado o credito para as <strong>de</strong>spezas da ver.<br />
—Obras— do Ministério da Marinha no corren<br />
exercício, cumprindo que informe sem <strong>de</strong>mora<br />
o dito credito é oo não sufiicíente, a 11 m <strong>de</strong> sare<br />
dadas as provi<strong>de</strong>ncias,precisas. E por esta oceusii<br />
prcvlne-se á mesma ílfcspürarla que, <strong>de</strong>pois (<br />
ouvir o sobredito Ministério'da Marinha, resolve<br />
se—ha acerca da gratificação mandada abonar pe<br />
Presi<strong>de</strong>nci<br />
— Ao mesmo, communicando que por Decreto <strong>de</strong><br />
22 <strong>de</strong> NoveíribVo findo forão reformados os Capitães<br />
dp 0.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria José Antônio <strong>de</strong><br />
Carvalho Dantas, c do Batalhão <strong>de</strong> Caçadores do<br />
Maio Grosso Feliciano Pereira dos Guimarães, por<br />
se acharem comprchendidos no § 1.° do Art. 9.°<br />
da Lei n.° 648 dc 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1862.<br />
•§- Ao Sr. Ministro da Marinha, communicando<br />
quo.-lição expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns para<br />
qu& pela Repartição do Ajudante General sejão miniswadas<br />
ao Capitão <strong>de</strong> Mar o Guerra Commandante<br />
no corren to exercício, ao Capitão Ti da jfortaleaa da Ilha das Cobros, os esclarecimentos<br />
— A' do Espirito Santo, remettendo, em resposta<br />
ao seu oflicio n.° 34 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro ultimo,<br />
cópia do parecer da Directoria Geral da Contabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 20 do mez seguinte, e tábellas a que se<br />
refere, acerca do augmento <strong>de</strong> credito que pedio<br />
para as <strong>de</strong>spezas que correm pela mesma Thesouraria,<br />
a fim <strong>de</strong> que cumpra com urgência'tudo o<br />
que pon<strong>de</strong>ra aquella Directoria, <strong>de</strong>monstrando pre- •<br />
cisa mente <strong>de</strong> que provém a necessida<strong>de</strong> do avultado<br />
augmento que pe<strong>de</strong> da quantia <strong>de</strong> 407:5403792,<br />
e respon<strong>de</strong>ndo, im preteri vel mente até o fim do<br />
presente mez, sob pena <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, couto<br />
já lhe foi recommendado pela or<strong>de</strong>m n.°29<strong>de</strong>6domez<br />
próximo passado, ás or<strong>de</strong>ns n."' 33 c 1, <strong>de</strong> 11<br />
dc Dezembro <strong>de</strong> 1861 e 3 do Janeiro do corrente<br />
anno sobre objecto idêntico.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 24 DE DEZEMBRO DE 1862. •<br />
1." Directoria Geral.<br />
Ao 1.° Vice Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Goyaz<br />
João Bonifácio Gomes <strong>de</strong> Siqueira, aceusando recebido<br />
o seu oflicio, datado dc 6 do mez próximo passado,<br />
em que participa haver assumido, no dia<br />
anterior, a administração da mesma Província, cm<br />
substituição ao Dr. Caetano Alves <strong>de</strong> Souza Filgueiras.<br />
— Ao Director do Archivo Militar, para remetter<br />
ú esta Directoria Geral, se houver naquella Repartição,<br />
um dos exemplares da carta topographica da<br />
Província do Maranhão, extrahidos pelo Major do<br />
Corpo dc Engenheiros Franklim Antônio da Costa<br />
Ferreira ; a fim do ser transmittido ao Presi<strong>de</strong>nte<br />
da referida Província, que assim o solicita.<br />
— Ao do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, remettendo,<br />
para informar, o requerimento, cm que Onofrc José<br />
Joaquim pe<strong>de</strong> sc man<strong>de</strong> passar carta <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />
mediante a importância da avaliação, á seo afilhado<br />
<strong>de</strong> nome Neve, filho <strong>de</strong> Cyriaco Pereira eJoanna 2.*,<br />
ambos escravos da Nação ao serviço daquelle Estabelecimento.<br />
2." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando que<br />
so conce<strong>de</strong>u licença ao Capellão Tenente reformado<br />
da Repartição Ecclesiastica do Exercito Frei David<br />
da Nativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora para residir em Pernambuco.<br />
— Ao mesmo, communicando qoe falleueu na<br />
Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte em 9 <strong>de</strong> Novembro<br />
findo o Capitão reformado do Exercito José dos<br />
Santos Caria.<br />
— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante da<br />
tola Central, remettendo o requerimento em<br />
q o Tenente do Corpo dc Estado Maior <strong>de</strong> 1.*<br />
cise Américo Rodrigues <strong>de</strong> Vasconccllos pe<strong>de</strong> licijtt<br />
para estudar o curso <strong>de</strong> Engenheiro Civil.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m o do Tenente do 1.° Bata-<br />
IU <strong>de</strong> Infantaria Eduardo Emiliano da Fonseca<br />
pendo licença para estudar o curso da arma dc<br />
Ailharia.<br />
-» Ao Dr. Cirurgião-mór do Exercito remettendo<br />
pari informar o contrario feito pela Thesourorra<br />
<strong>de</strong> razenda do Minas Geraes com o Pharmaceutico<br />
Bertardo Graciano dc Magalhães Gomes paru fornecinento<br />
dc objectos a botica militar.<br />
4." Directoria Geral.<br />
— Ao Sr.. Ministro da Fazendo , para que so<br />
digne mandar pagar ao Almoxarife do Hospital<br />
Mil ar da Corte, a quantia <strong>de</strong> l:938í?467, proveniente<br />
das <strong>de</strong>spezas miúdas por elle feitas em o<br />
'mez do Novembro ultimo.<br />
— Ao -Presi<strong>de</strong>nte da Província das Alagoas, fixando<br />
em 480 réis o valor da etapa para as praças<br />
dc pret, no semestre do Janeiro a Junho <strong>de</strong> 1803.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, i<strong>de</strong>m em 300 réis o valor<br />
da dita etapa, e cm 700 réis o das forragens, no<br />
referido semestre.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, para que mando restituir<br />
ao Capitão Brazílin do Amorim Bezerra, a<br />
quantia <strong>de</strong> 1580850, pertencentes aos vencimentos<br />
do Escrivão da colônia militar Pimentciras, in<strong>de</strong>vidamente<br />
glosados aquelle Ofllcial.<br />
— Ao üirectcir interino do Laboratório .do Campinho,<br />
communicando haver-sc concedido 2 mezes<br />
<strong>de</strong> licença ao Escripturario <strong>de</strong>sse Estabelecimento<br />
Carlos Fre<strong>de</strong>rico Seara, para 'tratar <strong>de</strong> Sua saú<strong>de</strong><br />
na Província <strong>de</strong> Santa Catharina.<br />
Requerimentos <strong>de</strong>spachados.<br />
Do Fortunata Thcrcza <strong>de</strong> Jesus, pedindo entrega<br />
dc documentos.—Deferido nos lermos do Regulamento.<br />
De José da Silva Reis, pedindo a admissão dc<br />
um menor no Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.—Não<br />
tem logar.<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO....;... 16#000<br />
PCR SEIS MFZES. 83&000<br />
POR TRES MEZES. 4#000<br />
IVlJMERO &.<br />
Requerimento in<strong>de</strong>ferido.<br />
"Do subdito Alemão Augusto Fre<strong>de</strong>rico Christiano<br />
Rock, reclamando ín<strong>de</strong>mnisação da importância do<br />
sua passagem para Europa.<br />
MINISTÉRIO DA ÍI1RIAII t.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
neoie Giacomo Raja Gabaglia, quo solicitou ao Chefe <strong>de</strong> Esquadra lnspector do<br />
DIA 3, Arsenal do Marinha, relativamente ao fatlecimento<br />
, . _ , . do sentenciado João Inglez, que se achava em ser-<br />
A Thesouraria do Pará, communicando, para su v í ç 0 n o q u a r l c l d o 1 < a Kegimcnto <strong>de</strong> Cavallaria liíntelllgenciae<strong>de</strong>vidosefteitos,<br />
que fica prorogado at; g e i^ c b e m a s s i m c o m m Unicadas quaesquer oceur-<br />
6 mezes o prazo concedido ao 1.» Çonjerente da Al r e n c i a s q u e s c <strong>de</strong>rem a respeito dos Sentenciados<br />
fan<strong>de</strong>ga da mesma írovmcia, João José^enriques q u e^ o n i r e m d a d i t a Fortaleza para serem empredo<br />
que trata a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Setembro uitimoigad^s e m serviÇo da Repartição do Guerra,<br />
n. 84, para cíTectuar o transporte dc sua família da . . , . .<br />
Parahyba para o Pará "T *° m e s m°» aceusando o recebimento do Aviso<br />
., . „ , . ... pelo qual S. Ex. communicou a este Ministério a<br />
- A da Parahyba, communicando para o <strong>de</strong>vido^,^ p a r U d a p a r a 0 N o r t e n o brigue Jlfarofwdo,<br />
F conhecimento, e cm addltamento á Or<strong>de</strong>m n. 41 Ajj0 q u a l h a o d e s e r transportados para o Presidio<br />
<strong>de</strong> O <strong>de</strong> Setembro ultimo, que foi prorogado ale <strong>de</strong> r..-J2f- Fernando <strong>de</strong> J- Noronha M .-_ os — prezos que - <strong>de</strong>vem .»-- - ter<br />
mezes o prazo concedido ao 1.° Conferente da Al issc <strong>de</strong>stino; c solicitando <strong>de</strong>claração do dia<br />
fân<strong>de</strong>ga da Província do Pará João José Henriques,<br />
para Tazcr transportar para aquella Província toda* Jue p o d e 4 U c m b a r c a r 0 8 d i t o s l.<br />
r e s o s P<br />
sua familia ; cumprindo observar á mesma Thesou — Ao Conselho Supremo Militar communicando,<br />
raria que menos exacta foi a sua Informação, -cm uc forão transferidos para o Corpo dc Guarnição<br />
olDcio.<strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Maio ultimo, participando quo o dito e Pernambuco o Alteres do 9.° Batalhão <strong>de</strong>ln-<br />
1.; Conferente não conduzira para o Pará pessoa Imtaria João Baptistu do Menezes, c para este Ba<br />
alguma dc sua familia, quando é certo, como elle ti hão o Alfcres daquelle Corpo Álvaro Çonrado<br />
provou documentalmente, que levara para alli com- erreira <strong>de</strong> Aguiar. *<br />
sigo um filho <strong>de</strong> nome Feliciano Aniceto Henriques/ — Ao mesmo para que seja remeti ida á esta<br />
icrctarja dc .Estado cópia, da consulta do mesmo<br />
ibunal, acerca da antigüida<strong>de</strong> do tempo <strong>de</strong> serso<br />
do Padre Eduardo Marcos <strong>de</strong> Araújo, Ca-<br />
Jlüo Alferes da Repartição Ecclesiastica do Excro*<br />
a Secção.—Ao Quartel General, <strong>de</strong>clarando ser<br />
justificável o expediente tomado pelo Commandante<br />
do Vapor Itajahy* pertencente á Estação Naval<br />
<strong>de</strong> Pernambuco, <strong>de</strong> queimar no serviço ds machina<br />
daquelle Vapor cento e trinta liames, que<br />
da Província do Espirito Santo conduzia para entregar<br />
no Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Bahia.—Ofliciouse<br />
também á Presidência da segunda das referidas<br />
Províncias o á Inspecção do mencionado Arsenal.<br />
*— Ao mesmo, dizendo que as praças do Corpo<br />
do Imperiaes Marinheiros, approvadas na escola<br />
pratica <strong>de</strong> artilharia, <strong>de</strong>vem ser incorporadas ás<br />
esquadras, <strong>de</strong> que trata o art. .23 do Regulamento,<br />
que baixou com o Decreto n.° 411 A, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong><br />
Junho dc 1845; cumprindo-sc <strong>de</strong>pois a respeito <strong>de</strong>llas<br />
o que <strong>de</strong>terminão os arte. 24 o 35 do citado<br />
Regulamento.<br />
— A' Inten<strong>de</strong>ncia, or<strong>de</strong>nando que no fornecimento<br />
dc vários objectos ao Vapor Pirajá, não<br />
se comprehenda o theodolito. — Deo-so conhecimento<br />
ao Quartel. General e á Contadoria.<br />
2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, transmittindo<br />
o balanço* da receita c <strong>de</strong>speza da Pagadoría<br />
da Marinha em Outubro oltimo, por conta<br />
do exercício <strong>de</strong> 1862 a <strong>1863</strong>.—Communicou-sc á<br />
Contadoria da Marinha.<br />
— Ao mesmo, enviando a tabeliã justificativa da .<br />
quantia <strong>de</strong> 70:0009000 quo so faz precisa a Pagadoría<br />
da Marinha, para oceorrer as <strong>de</strong>spezas a<br />
Seu cargo cm o mez próximo vindouro.— Communicou-sc<br />
ã Contadoria da Marinha.<br />
— Ao Conselho Naval, <strong>de</strong>clarando cm resposta<br />
ao oflicio <strong>de</strong> 21 do mez passado, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> .<br />
feita a distribuição dos 500 exemplares impressos<br />
<strong>de</strong> suas consultas dos annos <strong>de</strong> 1859 a 1860, <strong>de</strong>ve<br />
remetter os restantes a esta Secretaria do Estado,<br />
para serem archivados.<br />
— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Corte,<br />
• Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia remet-<br />
<strong>de</strong>clarando que '.<strong>de</strong>ve contemplar em folha especial *"<br />
terp as certidões do assentamentos do Tenente<br />
— A' <strong>de</strong> S. Paulo, <strong>de</strong>latando, cm resposta ao<br />
por conta da verba «Obras, » os 3 pedreiros e 1<br />
seu ofiicio n.° 72 <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong>- Oúrobfto» bflfliW,, convindo que, se por qualquer ma
DOCUMENTOS OFFICIAES.<br />
Itepar licito «to Ajudante General 31<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 18(12.<br />
ORDEM DO DIA N. 352.<br />
^ A o" Cabo <strong>de</strong> Esquadra do mesmo Regimento, An- De manhã houve reunião do Conselho <strong>de</strong> Estado;<br />
tonio] Ambrosio, tres mezes, <strong>de</strong> favor, para tratar tar<strong>de</strong> e 6 noite esliverâo os Ministros reunidos no<br />
<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> sua família na referida Província. a ç o d a cida<strong>de</strong>, aon<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> <strong>de</strong>morou-se<br />
DISPENSA DO SERVIÇO PARA ESTOUR. d 2 horas da madrugada.<br />
E' concedida para estudarem o curso ias Armas O Governo dirigio uma nota ao Sr. Chrislie, e<br />
a que pertencem, sc satisfizerem as condições do £ esta hora (3 da madrugada) não sabemos sc<br />
respectivo Regulamento: to Senhor respon<strong>de</strong>u.<br />
Ao Sr. 1.° Ca<strong>de</strong>te do 3.° Batalhão dc Infantaria j^go quo recebamos tanto a nota do Governo<br />
JEstPsstla <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> FS. Pedro II.<br />
0 movimento das mercadorias foi o seguinte duranle<br />
a semana finda.<br />
Receberão-se do interior :<br />
Cüfé 11.465 arrobas, gêneros diversos 4.20*21/2<br />
arrobas c 930 palmos cúbicos.<br />
RemetlérUo-se para o interior'.<br />
Gêneros diversos 17.130 arrobas, 1.278 palmos<br />
cúbicosc 642 lineares.<br />
I<br />
Manda S. Ex o Sr. General Ministro o Secre<br />
tarlo dc Estado tos Negócios da Guerra publicar<br />
os Avisos abaixo transcriptos, bem como* as dl_<br />
posições e occurrcncias que se lhes seguem, para José Mariano dc Siqueira, na Escola Auxiliar Mili- , „ , . . . . „ . C „ «. ... M I , M , „ „ „ R<br />
qoe cheguem ao conhecimento do Exercito c tenhão tar da Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />
a <strong>de</strong>vida execução.<br />
leza <strong>de</strong> Tamandarf. na Proiinrif <strong>de</strong> Pernambuco, c mandando<br />
exonerar <strong>de</strong>lle o OflQcial quo o exercia.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Ministério dos Negócios da<br />
Guerra em 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1862,—2.' Directoria<br />
Geral.—1 .* Secção.<br />
Illm, e Exm. Sr.—>'3o julgando este Ministério<br />
necessário o emprego <strong>de</strong> Ajudante da Fortaleza<br />
dc Tamandare, para o qual fora nomeado interinamente<br />
o Tenente reformado Joaquim José<br />
dc Souza pelo Commandanto das Armas <strong>de</strong>ssa Provindo,<br />
sendo essa nomeação approvada por V. Ex.,<br />
segun<strong>de</strong>) communicoo em oftlclo n.* 098 <strong>de</strong> 15 do<br />
Julho próximo (Indo, assim o <strong>de</strong>claro á V. Ex.<br />
para seu conhecimento, e fazer exonerar do dito<br />
emprego <strong>de</strong> Ajudante o Oíficial que o exerce.<br />
Deus Guerdo o V. Ex. —Polydoro da Fonseca<br />
Quinlanilha Jordão.—Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província<br />
<strong>de</strong> Pernambuco.<br />
AVISO.<br />
!>'•( larando qne t&fo compete aos Commandanícs dos Armai<br />
<strong>de</strong>terminaram a transferencia <strong>de</strong> praças do» Corpos do ExrrrUm<br />
para at Companhias <strong>de</strong> Invalido»; <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo essa transfcn-nria<br />
dc or<strong>de</strong>m du tíoteroo Imperial*<br />
Rio dc Janeiro. — Ministério dos Negccios da<br />
Guerra em 27 <strong>de</strong> Agosto dc 1802.—2.' Directoria<br />
Geral.—1/ Secção.<br />
Illm. o Exm. Sr. —Devendo enten<strong>de</strong>r-so que<br />
a antnrlsarSo conredída nos Commanâantes das<br />
Armas pelo art. 108 do Regulamento approvado<br />
por Ürcrclo n.* 2.677 dc 27 <strong>de</strong> Outubro dc 1860,<br />
para transferirem praças <strong>de</strong> pret <strong>de</strong> uns para outros<br />
corpos da mesma guamição, não se refere á transferencia<br />
para as Companhias dc Inválidos, daquellas<br />
qoe em inspecção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> forem julgadas incapazes<br />
do serviço artivo, o que so po<strong>de</strong> ter lugar<br />
ior or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ste Ministério, assim o <strong>de</strong>claro a V.<br />
Itx.» a tini <strong>de</strong> fazer constar ao Commandante dos<br />
Armns <strong>de</strong>ssa Província, mandando ficar sem effciio<br />
a transferencia das 32 praças constantes da<br />
relação que acompanhou o oflicio <strong>de</strong>ssa Prcsi<strong>de</strong>n<br />
cia <strong>de</strong> 11 do Julho próximo passado sob o.* 371<br />
or<strong>de</strong>nada peto mesmo Commandante das Armas<br />
baseando-se na disposição do art. 2.' dos Instruo<br />
do 1.* <strong>de</strong> Maio dc 1858, que não confere<br />
autorida<strong>de</strong> tal prerogativa.<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— Polydoro da Fonseca<br />
Quinlanilha Jordão.—Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província<br />
da Bahia.<br />
NOMEAÇÕES.<br />
Dos Srs.:<br />
Coronel do Corpo dc Engenheiros, Henrique <strong>de</strong><br />
Bcaurcpoírc Rohan para ir cm commissão especial<br />
ao Presidio do Fernando dc Noronha<br />
Alferes do 2.° Regimento dc Cavallaria ligeira,<br />
Manoel Jocintho Osório, para Secretario do mesmo<br />
Regimento.<br />
EXONERAÇÃO<br />
Do Sr. Alferes do 2." Regimento <strong>de</strong> Cavallaria ligeira,<br />
Manoel Augusto JJocelIar, do Jogar <strong>de</strong> Secre<br />
tarlo do mesmo Regimento, como requercu.<br />
DEMISSÃO DO SERVIÇO DO EX EB CITO.<br />
Foi concedida por Decreto <strong>de</strong> 27 do corrente mez<br />
Sr. 1." Tenente do Corpo dc Engenheiros, Ma<br />
, m o a r e s D o s l a d o S r* C h n s l , c' u b l , c a r c m o s e P s"<br />
AoSr. 2.* Ca<strong>de</strong>te 2.» Sargento do Batalhão <strong>de</strong> 8 documentos, quo sem duvida trarão a solução<br />
Caçadores da Província dc Goyaz, Braz Benjamim da efinitiva da questão.<br />
Silva Abrantes, na Escola Central. Confiança c Iranquillida<strong>de</strong>!<br />
Ao Particular 2.° Sargento do Batalhão <strong>de</strong> Enge- - •<br />
iiheiros Condido Lauriano <strong>de</strong> Pinho, na mesma Es- Temos ouvido censuras á ultima nota dirigida<br />
c o'°* ' dê Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Sr.<br />
oiA°HWsiíI° vJ , , kí , M o dS lnfa a ia C a Í i: .' n" dldo <strong>de</strong> Barros > osconccllos, na mesma Escola. tirislfo, ^ * Ministro dc Sua _ Magesta<strong>de</strong> " „ ^ Britannica<br />
?sta Corte. Dizem que 8. Ex. fraqueura, e como<br />
CONCESftX* DE ANTIGÜIDADE DE SERVIÇO MILITAR. M ^ d l p o s I ç 3 o em que ficou collocado O<br />
Ao Soldado do 5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria, José oterno Brasileiro pela nota dc 29 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
M„ r c;í rV*?L mf a^2 Í^^TJ^af*?^ 9 d e Março <strong>de</strong> 1853 ate 18 <strong>de</strong> Outubro do 1859, em que A leitura . reilecUda da ultima nota publicada<br />
rt _ „ . r.. ,<br />
servio anteriormente no Exercito. * l v c n c e d o contrario. O Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes<br />
ão se arredou um passo do que havia escripto<br />
REFORMA, m 29 <strong>de</strong> Dezembro, limitando se a dizer ao Sr.<br />
Foi concedida por <strong>de</strong>creto dc 13 do corrente mez, na Ihristio que breve lhe respon<strong>de</strong>ria sobre o arbiconformlda<strong>de</strong>da<br />
Immediatae Imperial Resolução <strong>de</strong> r a m e n í 0 IOT»orciuI por esto Sr. indicado, visto<br />
w ao dito mez, tomada sobre consulta do Conselho , . _ . « , .<br />
Supremo Militar, ao Sr. Tenente Coronel do Corpo* mo l , n h a d e 8 c r 0 U V l d° 0 Conselho <strong>de</strong> Estado<br />
<strong>de</strong> Engenheiros Vicente Marques Lisboa, por estar obre o meio proposto pára a solução mais concomprehendfdo<br />
nas Disposições do $ 1.* do art. 9 *nm'fnli das questões, que <strong>de</strong>rão causa ao conflicto.<br />
da Lei n.° 048 dc 18 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1852, visto achar-se Esta é a intclligcncia natural c obvia da nota<br />
incapaz do serviço do exercito. Io 1.° do corrente.<br />
DESIGNAÇÃO DB REFORMA*<br />
. . c _ „ „ . . _ Por Aviso datado dc hoje or<strong>de</strong>nou S. Ex. o Sr.<br />
A do Sr. Tenente da cxlincta 2.* linha do Exor-.,. t , . , . . . , t v «<br />
cito, Bcrnardino <strong>de</strong> Senna Dias. é no posto <strong>de</strong> Ca-MMstro d a ***** 0 0 d a 1 V a r a Correspondência do «Diário Official.»<br />
l&ladott-Uiiido.
nifestao.no 6 exactamente ó quo se <strong>de</strong>via esperar<br />
conto primeiro passo para ama política mais acliva.<br />
Temos diante <strong>de</strong> nós dous nu-r.es a <strong>de</strong>correr até<br />
princípios dc <strong>1863</strong>, época cm que, como já disse<br />
em minha correspondência <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Outubro, o<br />
reconhecimento do Sul se tornará provável. Mas<br />
ninguém jamais süppoz'que esse reconhecimento<br />
c fizesse sem darem-se perante o Gabinete <strong>de</strong><br />
Washington os passos conciliadores, que a cortezia<br />
c as relações amigáveis 1 quo ligao a Europa ao Governo<br />
fe<strong>de</strong>ral exigem. A marcha que o Times attribuo<br />
a Lord Lyons, tem todos os visos <strong>de</strong> ser o primeiro<br />
<strong>de</strong>sses passos, c equivalo o dizer-se a Mr.<br />
Lincoln, que a Europa esperará ainda algum tempo<br />
para que se efiectue á tantas vezes prognosticada<br />
<strong>de</strong>rrota dos rebel<strong>de</strong>s; e que se no Om <strong>de</strong>lle a Uni ao<br />
não estiver restabelecido, a Europa procurará conciliatoriamente<br />
pôr termo a uma guerra que tontos<br />
prejuízos lhe causa, c se não o conseguir, reconhecerá<br />
a in<strong>de</strong>pendência dos Estados Confe<strong>de</strong>rados.<br />
São portanto as poucas semanas que faltão para<br />
a conclusão do anno <strong>de</strong> 1862, <strong>de</strong> summa importância<br />
para a causa fe<strong>de</strong>ral; o assim vemos a imprensa<br />
do Norte reclamar do Governo uma acção<br />
enérgica, c os estaleiros o arsenaes trabalharem<br />
dia c noite paru apromptar us expedições quo <strong>de</strong>vem<br />
simultaneamente ameaçar a Charleston, Savannak<br />
e Mobile, completar a conquista do rio Mississipi<br />
com a tomada <strong>de</strong> Vicksburg e atacar Texas. Assim<br />
vômos o Presi<strong>de</strong>nte ce<strong>de</strong>r ao clamor dos impacientes<br />
sacrificando o joven e popular chefe aquém<br />
ainda ha pouco <strong>de</strong>veu a salvação do capital.<br />
'Mas direi ainda uma vez que tudo neste mundo<br />
tem sua compensação. A estratégiafabiana do Mac<br />
Clellan engendrava o perigo <strong>de</strong> que como correr do<br />
tempo a Europa se impacientasse e intervíesse , mas<br />
evitava o talvez maior <strong>de</strong> qoe, como conseqüência <strong>de</strong><br />
um gran<strong>de</strong> revéz soITrido pelo exercito <strong>de</strong> Potomac,<br />
a capital fe<strong>de</strong>ral cahisse em po<strong>de</strong>r dos confe<strong>de</strong>rados.<br />
SI Burnsi<strong>de</strong> a não seguir, como se <strong>de</strong>vo suppór,<br />
pois escarmentado com a <strong>de</strong>sgraça do seu pre<strong>de</strong>cessor,<br />
<strong>de</strong>sejará sem duvida obrar com mais energia c<br />
promplidão» correrá o immenso risco <strong>de</strong> que seu<br />
exercito marchando por caminhos intransitáveis no<br />
inverno, distante da sua base <strong>de</strong> supprimento, hostil<br />
isado pelos habitantes do paiz, c enfraquecido<br />
por divisões iritestinas, seja <strong>de</strong>rrotado pelos confe<strong>de</strong>rados<br />
; o então difflcilmente po<strong>de</strong>rá a causa da<br />
união conseguir novas-levas.<br />
Com o correr das duas ultimas semanas teemse<br />
manifestado claramente qual é o objecto dos<br />
dous exércitos quç sc baterão em Antielam. Os confe<strong>de</strong>rados<br />
teem-sc esforçado por conservar livres as<br />
cpmmunicaç.ões entre Richmond e Os Estados do<br />
ocei<strong>de</strong>nte, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da posse da estrado <strong>de</strong><br />
farro em Gordonsvillc; os fe<strong>de</strong>raes tem pelo contrario<br />
manobrado com o fim <strong>de</strong> apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong>sse<br />
importante ponto estratégico, paru impedir quo o<br />
inimigo entrasse cm Richmond o alli inventasse.<br />
For isso Mac Clellan atravessando o Potomac cm<br />
Harper*s Ferry, não pensou em atacar a Lee <strong>de</strong><br />
frente marchando sobre Wischesler, e sim cm llanqueal-o,<br />
c para isso entrou pelo valle que media<br />
entre a serra do Bull-run c as montanhas* azues,<br />
c tratou <strong>de</strong> oecupar as gargantas <strong>de</strong>stas (Snickor's<br />
Gap, Asby's Gap c Manassas Gap) para impedir quo<br />
ós confe<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>scessem do valle do Shcnandoah<br />
e .ganhassem Gordonsvillc, ficando assim protegidos<br />
pelo rio Rapid-ann que 6 cxccllente linha <strong>de</strong>fensiva.<br />
Segundo as ultimas noticias, porém, Lee<br />
andou mais ligeiro, pois consta quo estava senbor<br />
<strong>de</strong> Gordonsvillc, havendo <strong>de</strong>ixado em cima da<br />
serra a Jackson com 50.OCO homens. A <strong>de</strong>missão<br />
do Mac Clellan <strong>de</strong>ve naturalmente paralyzar as operações<br />
dos fe<strong>de</strong>raes até que Burnsido estu<strong>de</strong> bem<br />
o plano dc campanha do seu pre<strong>de</strong>cessor, ou formoalgum<br />
plano novo; dc maneira que, a menos<br />
que os confe<strong>de</strong>rados não forcem os fe<strong>de</strong>raes<br />
a .um combate dçsvautojoso, é provável que o Inverno<br />
que sc adianta, ponha, cm breve, termo á<br />
campanha da Yirginia.<br />
Bem o sobe o Governo fe<strong>de</strong>ral, c porisso trata<br />
<strong>de</strong> aproveitar o tempo com outras expedições. Uma<br />
sc prepara no Oeste para partir <strong>de</strong> Cairo rio abaixo,<br />
o <strong>de</strong> Nova-Orleans rio acima, contra Vicksburg;<br />
c outra, composta do gran<strong>de</strong> numoro <strong>de</strong> vasos dc<br />
guerra, alguns blindados, irá ás or<strong>de</strong>ns do General<br />
Banks atacar a Charleston. Esta cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> commanda<br />
Beauiegard, está porem sobre aviso, c preparada<br />
para o ataque; dizem que ha no seu porto<br />
, um formidável navio blindado, c que se estão encouraeando<br />
outros com barras que acabão dc chegar<br />
<strong>de</strong> Inglaterra. Entretanto Beauregard <strong>de</strong>u já or<strong>de</strong>ns<br />
para a evacuação da cidado por todos os habitantes<br />
não combatentes, como insinuando que em ultimo<br />
extremo a abandonará ás chamas dc que permittir<br />
que caia em po<strong>de</strong>r dos fe<strong>de</strong>raes.<br />
'Baltimore cm 18 <strong>de</strong> Novembro.—Dous ajudantes<br />
<strong>de</strong>" or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Mac. Ccllan que o havião acompanhado<br />
a Trchton, forão no dia 14 do corrente<br />
presos c mandados para Washington sem que se<br />
saiba <strong>de</strong> que são accosados. Os inimigos da Administração<br />
estão tirando partido <strong>de</strong>ste inci<strong>de</strong>nte.<br />
Assim como Mr. Slanton, dizem, respon<strong>de</strong>u ao<br />
voto popular dc Nova-York dcmitlindo acintosamente<br />
ao General que representava aquellc voto<br />
no exercito, assim se vinga agora das <strong>de</strong>monstrações<br />
dc sympalhia c respeito que Mac Clellan recebe<br />
por toda a parte, pren<strong>de</strong>ndo a seus amigos<br />
fieis cm quanto não pódc pren<strong>de</strong>r a elle próprio.<br />
Nesta accusaçâo porém ha evi<strong>de</strong>nte paixão. Passarão<br />
para Washington os Governadores do Massachusselts<br />
e dc Nova-York, a conferenciar com Mr.<br />
Lincoln. Dizem que forão reclamar medidas que<br />
pozessem os portos' <strong>de</strong> Nova-York e <strong>de</strong> Boston a<br />
abrigo dos ataques com que os ameação os confe<strong>de</strong>rados,<br />
pois tem corrido, ciem causado algum<br />
temor, a vor. dc que o corsário Alabama teria a<br />
ousadia <strong>de</strong> vir bombar<strong>de</strong>ar a metrópole americana.<br />
Não <strong>de</strong>ixa* também <strong>de</strong> prcoecupar os espíritos a<br />
noticia trazida da Europa pelo Ministro Americano<br />
na Rússia, Mr. Cameron, <strong>de</strong> que em Glasgow e<br />
cm outros portos da Gram-Brclanha, se construião<br />
vários vasos cucouraçados <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> força, com<br />
os quaes os confo<strong>de</strong>rados projectavão levantar o<br />
bloqueio do Sul o atacar as cida<strong>de</strong>s, marítimas do<br />
Norte.<br />
Hontem vcndèo-se o ouro americano em Nova-<br />
York com o prêmio <strong>de</strong> 32 IA, o no dia 15 fez<br />
cambio sobre Inglaterra a 140,<br />
21 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862.—No mesmo dia em<br />
que expedi a minha correspondência dc 18 do<br />
corrente, remctlida pelo vapor da linha <strong>de</strong> Cunard,<br />
correrão vozes logo <strong>de</strong>smentidas <strong>de</strong> uma nova batalha<br />
perdida pólos Fe<strong>de</strong>raes em Bull-run. Deu<br />
logar a esta falsa notícia o facto <strong>de</strong> haver o exercito<br />
<strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong> feito um movimento do rotrooesso,<br />
não por ter sido batido, mas para mudar a sua base<br />
dê operações que passa a ser o porto <strong>de</strong> Aqula Crcck<br />
•obre o Potomac abaixo <strong>de</strong> Washington, e a cida<strong>de</strong><br />
d* Fre<strong>de</strong>ricksburg. E' a quarta via porque tentão<br />
03 Fe<strong>de</strong>raes investir a Richmond; tendo sido a<br />
primeira por Manassas Juncíion, â segunda por<br />
Yorkíoton o a Península ca terceira por Hnrper'$<br />
Ferry e Worrehton. A distancia dc Aquía Crcck a<br />
Richmond 6 apennos <strong>de</strong> 60 a 70 milhas, ou monos<br />
da a meta<strong>de</strong> da quo separa a capital rebel<strong>de</strong> dc Warrenton,<br />
e o paiz ofTcrccc mais recursos c ó cortado<br />
por uma estrada do ferro directd; o que salva<br />
alguns dos inconvenientes que tenho apontado para<br />
o progresso dò exercito unionista pela via por qúo<br />
marchou <strong>de</strong>pois da batalha do Antielam. Mas <strong>de</strong>pois<br />
do tres planos mal logrados é licito ser cauto cm<br />
prognosticar o rosultadodo quarto. Já dizem alguns<br />
jornaes que o General Burnsi<strong>de</strong> marcha a instigação<br />
<strong>de</strong> Ilalleck c não do motu próprio, o até preten<strong>de</strong>m<br />
que será brevemento substituído pelo Gênero i<br />
Hooker.<br />
Alguma sensação tem causado nestes últimos dias<br />
a divulgação do um plano que a Tribuna dc Nova<br />
York , jornal abolicionista attribúo aos chefes<br />
do partido <strong>de</strong>mocrático , para cuja realização,<br />
dizem, que estão clles em correspondência com as<br />
autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Richmond. Consiste cm conseguir<br />
<strong>de</strong>stas quo promovão a eleição pelos Estados separados<br />
dc membros para o Congresso Fe<strong>de</strong>ral, que<br />
so <strong>de</strong>verão apresentar em Washington no 1 .* dc<br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. Com essa medida, calcula-se,<br />
1 se ganharão dous pontos importantes; a saber:<br />
1.° que sc evitarão os efleitos da proclamação <strong>de</strong><br />
emancipação <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro, que <strong>de</strong>clara que<br />
só serão reputados em rebellião os Estados ou<br />
fracções <strong>de</strong> Vetado que nesse dia não forem representados<br />
no Congresso ; o 2.* ganhará no dito<br />
Congresso o interesse escravista com esses votos<br />
reunidos aos dos <strong>de</strong>mocratas uma tal prepon<strong>de</strong>rância,<br />
que o Sul po<strong>de</strong>rá satisfazer a todos os seus<br />
<strong>de</strong>sejos, o obter permanecendo na união todas as<br />
medidas que preten<strong>de</strong>, entre outras a da convocação<br />
<strong>de</strong> uma Convenção geral <strong>de</strong> todos os Eslados-Upidos<br />
que reformará a Constituição convenientemente.<br />
Esta noticia, porém, não é geralmente acreditada:<br />
ò Express <strong>de</strong> Nova-York, jornal <strong>de</strong>mocrata dc<br />
Mr. Brooks, a <strong>de</strong>smente redondamente, c a própria<br />
Tribuna allirma que em Richmond a proposta não<br />
foi aceita. Não é porém pequena consolação para<br />
os que <strong>de</strong>sejão ver o termo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sastrosa guerra,<br />
a prova que ella dá dc existir no paiz um partido<br />
influente ao qual se pódc sem absurdo prestar taes<br />
idéas dc conciliação e dc paz.<br />
Washington, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1862. — O General<br />
Mac Clellan acaba <strong>de</strong> ser dispensado do commando<br />
do exercito <strong>de</strong> Potomac pesando sobre elle<br />
a accusaçâo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência ao General em Chefe<br />
líalleck quo por diversas vczés lhe intimara terminanlcmcntc<br />
a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> avançar com o sen exercito<br />
contra o inimigo a offcrecer-lho batalha;<br />
e aquelle General, pretcxlando jà falta dc munições,<br />
já falta do cavallos pura seus regimentos mon*<br />
lados, so recusara a cumprir us or<strong>de</strong>ns do seu<br />
Chefe o qual impugna com documentos do Quartel<br />
Mestre a valida<strong>de</strong> daquellcs motivos. Outros não<br />
aceilão esta explicação e sc inclinão a vèr na <strong>de</strong>missão<br />
dò General um motivo político, e preten<strong>de</strong>m<br />
que havendo os <strong>de</strong>mocratas tido ganho dc causa nas<br />
eleições, julgarão os republicanos que era por<br />
<strong>de</strong>mais terem aquellcs a frente <strong>de</strong> um exercito,<br />
um partidário tão <strong>de</strong>cidido <strong>de</strong> suas opiniões. Dizem<br />
que houve estremecimento nas regiões do Gabineto,<br />
que o Secretario dc Estado é o Director dos Correios<br />
que sustentava© Mac Clellan estiverão a ponto<br />
<strong>de</strong> dispedir-se do serviço publico c accrcscenlão mesmo,<br />
que não foi sem reluetancia que o Presi<strong>de</strong>nte<br />
tomou aquella medida, que se por um lado contentava<br />
os republicanos, por outro po<strong>de</strong>ria trazer<br />
uma manifestação opposta no exercito, on<strong>de</strong> Mac<br />
Clellan' é popular, não menos perigosa queasanha<br />
que provocaria nos <strong>de</strong>mocratas hoje' cm maioria.<br />
O General Burnsi<strong>de</strong> que substituio ao General<br />
Mac Clellan, ainda não veio provar a sua acíividadc<br />
e pój em relevo a falta do General <strong>de</strong>caindo, avançando<br />
com o exercito hoje sob seu com mando, po<strong>de</strong>ndo-sc<br />
comtudo altribuir a sua inacção ao mão<br />
estado dos caminhos da Virgínia e a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> organisar o seu plano do campanha.<br />
Os boatos e versões acerca da posição e movimentos<br />
dos confe<strong>de</strong>rados são tão còntradictorios que<br />
é impossível dizer a esse respeito alguma cousa com<br />
conhecimento dc causa. Dizem uns que o General<br />
Leo já não está á frente do Exercito em operação<br />
ha Virgínia mas que fóra promovido á graduação<br />
<strong>de</strong> General em Chefe dos Exércitos da Confe<strong>de</strong>ração<br />
c estabelecera o seu Quartel General cm<br />
Culpeper, passando o commando do seu Exército<br />
ao General Johnston que sc conservará na <strong>de</strong>fensiva.<br />
Querem outros que Leo esteja ainda no seu<br />
posto nas margens do Rapahannock fortificadas por<br />
elle e que a testa <strong>de</strong> 100.000 homens espera que<br />
o 'General Burnsi<strong>de</strong> ahi lhe vá dar batalha, preten<strong>de</strong>ndo<br />
collocar este General entre dous fogos, fazendo<br />
atacar pela retaguarda por Stonexvall Jackson<br />
com 40.000homens e cortar-lhe a retirada ; affirmão<br />
mesmo que os confe<strong>de</strong>rados já principiarão a executar<br />
este plano e occupárão com uma força respeitável<br />
Tliornton, Chester Gaps c Manassas na retaguarda<br />
do Exercito <strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong>. Outros preten<strong>de</strong>m<br />
que o General Jackson sc dirige contra Comberland<br />
na Marylandia e <strong>de</strong>pois dc tomar essa Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>struirá<br />
o cominho dc forro <strong>de</strong> Baltimore e Ohio á<br />
margem do Potomac, sendo certo quo houve movimento<br />
<strong>de</strong> tropas fe<strong>de</strong>raes que se disso ião guarnecer<br />
aquella Cida<strong>de</strong>.<br />
Consta do Tennessec que Nashvillc conlinúa a<br />
resistir, que a Cidado acha-se bem fortificada e que<br />
fora ultimamente abastecida <strong>de</strong> viver cs pelo General<br />
Rosencranz que já alli so achava com o seu<br />
Exercito.<br />
Os confe<strong>de</strong>rados continuSo a enviar tropas para<br />
activar o cerco <strong>de</strong>ssa Cida<strong>de</strong> e para esse fim aceumulão<br />
forças em Murfreesboro. Preten<strong>de</strong>-se que Braxton<br />
Bragg se acha em Nashvillc com o seu exercito, outros<br />
dizem que o General confe<strong>de</strong>rado está em Richmond<br />
ondo <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r a um Conselho <strong>de</strong> investigação<br />
sobre sua retirada diante dus forças <strong>de</strong> Buell. Os<br />
secessionistas estão <strong>de</strong> novo em posse <strong>de</strong> Chattanooga,<br />
quo sendo um centro <strong>de</strong> ramificações do caminhos<br />
<strong>de</strong> ferro, uma das quacs conduz a Kichmond,<br />
é provável que lhes seja muito disputada pelo General<br />
Rosencranz.<br />
As ultimas noticias recebidas do Texas dizem quo<br />
toda a Costa está em po<strong>de</strong>r dos fe<strong>de</strong>raes o que virá<br />
facilitar a expedição do General Banks si com efieite<br />
ella se <strong>de</strong>stina a <strong>de</strong>sembarcar naqucllc Estado e não<br />
em Charleston, Carolina do Sul, como affirmão alguns,<br />
participando o General Beauregard tal vez <strong>de</strong>ssa<br />
convicçâo pois já fez retirar da Cida<strong>de</strong> todas as pes- .<br />
soas não combatentes.<br />
Em Nova York apenas corroo o boato das intenções*<br />
do Capitão Semmes <strong>de</strong> invadir o bombar<strong>de</strong>ar um<br />
dos portos do Norte, e provavelmente o <strong>de</strong>ssa Cida<strong>de</strong>,<br />
tratarão as autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tomar medidas <strong>de</strong> precaução<br />
contra essa eventualida<strong>de</strong>, or<strong>de</strong>nando o sabida<br />
<strong>de</strong>* tres vasos dc guerra <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> força para cruzar<br />
a entrada da bahla e a <strong>de</strong> outros tantos para irem om<br />
procura do Alabarná. O Governador Morgan apressou-sc<br />
a vir a Washington .para consultar o Gabinete<br />
sobro a conveniência do pôr 0 por lo dc Nova York<br />
cm completo estado do d c fez a. O Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />
obrigou-se. a pagar, quando lhe fosse posaivel, as <strong>de</strong>spezas<br />
quo fossem feitas com as frutificações daquelle<br />
porto, uma vez que não exce<strong>de</strong>ssem do um milhão<br />
do dollars.<br />
Talvez seja dinheiro c tempo perdidos; porque<br />
a bahia dc Nova-York comquanto espaçosa não é<br />
do fácil acesso c não é provável que o Alobama<br />
e os outros navios confe<strong>de</strong>rados que dizem.o acompanharão<br />
na empresa so arrisque a ser colhido as<br />
mãos sem muita difllculda<strong>de</strong>, ainda quo por outro<br />
lado as ff.ja.nhas do <strong>de</strong>stemido corsário possão justificar<br />
os receios da Metrópole new-yorqueza. Em<br />
Boston, fazem-sç iguacs preparativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.<br />
O Iribune dc Nova-York <strong>de</strong>nuncia certas negociações<br />
clan<strong>de</strong>stinas que terão tido logar. entre alguns<br />
chefes do partido <strong>de</strong>mocrata e chefes confe<strong>de</strong>rados,<br />
cuja base seria, o enviarem estes ao Congresso<br />
da União representantes.dos interesses secessionistas<br />
, escolhidos <strong>de</strong>ntre as pessoas menos<br />
comprpmctlidas na revolução, que alli proclamem<br />
a invalidado das medidas <strong>de</strong> Mr. Lincoln principalmente<br />
a da emancipação c <strong>de</strong>clarem que a rebellião<br />
está acabada tanto assim que elles são rc-<br />
I prcscnlantes do Sul no Congresso. Fe<strong>de</strong>ral. O partido,<br />
<strong>de</strong>mocrata conservador e o partido rebcldo se<br />
fundiria em um só com <strong>de</strong>cidida maioria e se occuparia<br />
immediatamente cm cassar as medidas da<br />
administração-, cm dar toda a amnislia c immunida<strong>de</strong>,aos<br />
secessionistas o cm reformar a Constituição<br />
no sentido <strong>de</strong> garantir a proprieda<strong>de</strong> em<br />
escravos. Afiirma aquelle Jornal que uma <strong>de</strong>putação<br />
fóra enviada a Richmond com essas vistas mas<br />
os editores parecem ter pouca confiança cm que<br />
sejão cilas aceitas pelos confe<strong>de</strong>rados. •<br />
Lord Lyons já está <strong>de</strong> Volta a Washington ondo<br />
já fez sua visita <strong>de</strong> eeremonia ao Presi<strong>de</strong>nte. Contra<br />
o que se esperava; c d izião os jornaes, não disse elle<br />
ainda uma só palavra acerca dc inslrucções para uma<br />
inte venção ou armsticio. Aquellcs que não se j<br />
quetom dar por vencidos cm suas previsões dizem<br />
que S. Si não teve tempo dc esperar por essas instrucções<br />
por não estarem assignadas—o que ó absurdo.<br />
Outros dizem que a Inglaterra não quiz<br />
ainda intervir sem uma enlente cordialc com a<br />
França que não julga chegado o momento do uma<br />
mediação, que o Gabinete inglez chegou a ser convocado<br />
com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar a respeito, mas<br />
es;a convocação foi dcsav.isada pouco antes da partida<br />
do seu representante nos Estados-Unidos.<br />
Em 21 <strong>de</strong> Novembro.—O Exercito <strong>de</strong> Burnsi<strong>de</strong><br />
pôz-se cm movimento para tomar novas posições,<br />
havendo o General tomado outra base <strong>de</strong> operações,<br />
cujo centro será'Fre<strong>de</strong>ricksburg—posição vantajosa<br />
pela vizinhança dos rios Potomac e Rappahannock.<br />
Esta resolução fora o resultado <strong>de</strong> uma conferência<br />
entre ós Gcneraes líalleck, Meigs e Burdsi<strong>de</strong> na<br />
qual prevalecera a opinião <strong>de</strong>ste ultimo.<br />
O Exercito do Sul já fez um movimento correspon<strong>de</strong>nte<br />
ao do Exercito inimigo.<br />
PUBLICAÇÃO A PEDIDO.<br />
O Vapor S. Pedro.<br />
Correndo geralmente na praça que eu fiz seguir<br />
para Santos o meu vapor S, Pedro, por ler obtido<br />
um salvo-conduclo da Legação inglcza, julgo do meu<br />
<strong>de</strong>ver <strong>de</strong>clarar que <strong>de</strong>spreso a calumnia cocalumniador<br />
que -a-propalou. '<br />
Inspirando-me plena confiança a palavra do Governo<br />
do meu paiz, que, pelo órgão do Ministro competente,<br />
<strong>de</strong>clarou formalmente que se responsabilisava<br />
pelos prejuízos que o commercio viesse a soflrer<br />
cm conseqüência das violências que praticassem os<br />
navios dc guerra inglezes, fiz sahír aquelle vapor a<br />
fim dc não ser interrompida a correspondência relativa<br />
ao progresso das Obras da estrada <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong><br />
S. Paulo com a directoria da companhia em Londres.<br />
|<br />
Para os homens honestos que conhecem o meu<br />
caracter, o cujo conceito procuro sempre merecer,<br />
creio ter dito bastante para <strong>de</strong>struir tão 'miserável<br />
embuste. ,<br />
Rio, 5 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Barão <strong>de</strong>Mauà.<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />
PARTE DO DIA 3 OE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Forão presos ã or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, os escravos Sabina por suspeita <strong>de</strong><br />
' fugida, Behto, Luiza, o Salvador, por andarem fóra<br />
I <strong>de</strong> horas, Antônio Joaquim <strong>de</strong> Souza Tavares, o<br />
Abel José <strong>de</strong> Abrantes, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, O"Antônio<br />
Pereira <strong>de</strong> Almeida, para averiguações.<br />
Na Frcguezia <strong>de</strong> Santa Rita, 1.° districto, Thomaz<br />
I Wiliams á requisição do seu cônsul.<br />
Na mesma 2.° districto, José Francisco Ferreira,<br />
I por oflensas physicas. * •<br />
Na do Sacramento, 1.° districto, o escravo José<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na mesma, 2. 0 districto, Rita Maria da Conceição,<br />
por embriaguez.<br />
Na da Lagoa, Manoel Coelho Vaz da Custa, Manoel<br />
Tavares, Antônio Tavares, e Joaquim Tavares,<br />
por infracção dc posturas.<br />
Pelo Corpo Policial da Còrlc:<br />
- 'Antônio Joaquim dc Souza Tavares, o Abel José<br />
do < Abrantes por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Antônio Pereira dc<br />
Almeida, para averiguações; Sabina preta escrava,<br />
por fugida; Bento o Luiza pretos escravos por andarem<br />
fóra <strong>de</strong> horas.<br />
DIA 4.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m dos respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia. João José <strong>de</strong> AZevcdo, por o Densa<br />
pbysica e injurias á patrulha; Domingos <strong>de</strong> Carvalho,<br />
c José Antônio, por.ferimentos; o preto<br />
Elias, por capoeiro,' uso <strong>de</strong> arma <strong>de</strong>fesa e tentativa<br />
<strong>de</strong> ageressão á patrulha; c os escravos Bernardo,<br />
por fóra <strong>de</strong> horas, o Clcmcntino por <strong>de</strong>sobediência<br />
ao senhor.<br />
Na Frcguezia do Sacramento, 1.* Districto, Manoel<br />
<strong>de</strong> Souza, por injurias ao lnspector, c An<br />
por infracção <strong>de</strong> posturas, o A<strong>de</strong>lino Thomaz Máximo,<br />
por capoeira.<br />
Na do Engenho Velho,, o Africano livre Jesuino,<br />
por suspeito dc fugido.<br />
Na da Gloria, José Maria Patrício <strong>de</strong> Mello, o<br />
Manoel Nunes da Rosa, por <strong>de</strong>sobediência, José<br />
Joaquim <strong>de</strong> Souza, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, o Africano livre,<br />
Paulino da Costa Ferreira, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, e o escravo<br />
Ignacio, por andar fóra <strong>de</strong> Horas.<br />
Na da Lagoa, Luiz dc Meirelles, por vagabundo.<br />
Pela 1." Delegacia, os Africanos livres Domingos<br />
c Antônio, por suspeitos <strong>de</strong> fugidos, e José Antônio<br />
Moreira, por suspeito.<br />
Na Frcguezia do Sacramento, 1." districto, fez-se<br />
corpo do <strong>de</strong>licio na casa da rua dos Ciganos n.° 54<br />
pertencente a Antônio Luiz dos Santos Lima, verificando-se<br />
ter sido aberta a porta com chave falso,<br />
e arrombada a porta da sala do visitas, e uma gaveta,<br />
sendo roubados diversos objectos, jóias, pedras<br />
preciosas, c quatro can<strong>de</strong>labros. Proce<strong>de</strong>-se a<br />
averiguações a respeito.<br />
Na dc Santa Rita, 9." districto, o menor, filho<br />
dc Francisco Monteiro* estando a brincar no. caes<br />
próximo ao tia piche dos Ferreiras, cahio ao mar o<br />
afogou-se.<br />
No do Sanl'Anna, 2.° districto, fez-se corpo <strong>de</strong>.<br />
<strong>de</strong>licio nos cadáveres dc José Ahtnnio Correia e Joaquim<br />
Alves Moreira, fallecidos dc congestão cerebral.<br />
Foi encontrado na porta da Igreja da Conceição o<br />
cadáver do uma criança restem nascida.<br />
Pelo Corpo Policiar da Cdrte:<br />
João José dc Azevedo o Thomaz Rodrigues da Silva,<br />
por espancamento; Elias preto escravo, por capoeira,<br />
estar armado com um canivete <strong>de</strong> mola, c tentar<br />
aggredir a patrulha; Domingos <strong>de</strong> Carvalho e José<br />
Antônio, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, Victorino preto escravo, por<br />
andar fóra <strong>de</strong> horas.<br />
Pelo Corpo Policial da Côrle forão presos no <strong>de</strong>curso<br />
do mez <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Ratoneiros 21<br />
Capoeiras........... 23<br />
Desor<strong>de</strong>iros... i 20<br />
Uso <strong>de</strong> armas....' • 8<br />
Contravenção ás or<strong>de</strong>ns pollclacs.. 10<br />
Embriaguez 17<br />
Insultos «v 8<br />
Escravos fugidos 23<br />
Jogos probibidos 8<br />
Ferimentos. 7<br />
Espancamentos ? 6<br />
Dam no 2<br />
Entrada em cosa alheia 3<br />
Desertores .............*.......-. 2<br />
Alienados..../....; .2<br />
O u Ir os crimes. 50<br />
o.^i f Livres 1717 ata<br />
S e n d o : í Escravos 43) 2 , 0<br />
Legilimárão-sc na Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />
os lugares abaixo <strong>de</strong>clarados,- conforme a <strong>de</strong>signação<br />
fçita pelos legitimados:<br />
, Porto por Lisboa: José da Silva c Souza, João<br />
Manoel Gonçalves, Manoel da Rosa da Silveira,<br />
Manoel Pereira. José Francisco da Silva, Manoel<br />
Corroa Coelho, Maurício Rebcllo, Manoel <strong>de</strong> Queiroz<br />
Pinto, Joaquim Vieira, José da Silva Exposto, José<br />
da Silveira Vargas, Luiza Francisca da Conceição,<br />
Domingos <strong>de</strong> Oliveira Cardoso <strong>de</strong> Almeida, Antônio<br />
Vicente Ferreira, José da Cunha Gomes, Anna <strong>de</strong><br />
Jesus, Francisco José <strong>de</strong> Souza Men<strong>de</strong>s, Manoel da<br />
Silva, Antônio Moreira, Abílio Teixeira Borges <strong>de</strong><br />
Macedo, Francisco dc Souza da Silva, Francisco<br />
Ferraz, Antônio Ferraz, Agostinho Nogueira, Domingos<br />
Alves, Manoel Ferreira dos Santos, Manoel<br />
dos Santos, Antônio Alves da Silva, José Cabral,<br />
José <strong>de</strong> Souza Machado, Maria Constança Pires,<br />
Antônio Villas Boas, Manoel Ferreira, Antônio Gomes,<br />
c Manoel Pereira Maciel, portuguezes.<br />
Buenos Ayrcs: William Rodgers, James Hartenett,<br />
inglezes; William Boug, norte-americano;<br />
Antônio (;indice o seu filho Pedro, Nicola Lombai -<br />
do, e Giovanni Granatò, italianos.<br />
Itália: Biase Lamoglia, Giovanni La marca, Biage<br />
La marca, o Antônio Muzzco, italianos.<br />
Baltimore: Elisabeth Dorscy, norte-americana.<br />
Europa: Pierre Jansscns,belga;Manoel pinizColombo,<br />
o Domingos Gomes dos Santos, portuguezes.<br />
Inglaterra: John Orton Wen, inglez.<br />
Secretaria da Policia da Corte, cm 3 <strong>de</strong> Janeiro<br />
dc 1803.—/\ J. <strong>de</strong> Lima.<br />
Matarão-sc hontem para o consumo da cidado<br />
240 rezes, Incluídas 4 vitelas, que forão vendidas<br />
aos preços dc 60 a 180 réis a libra.<br />
Matár5o-sc no dia 4 para 0 consumo da cida<strong>de</strong><br />
179 rezes, incluídas 3 vilelas, que furão vendidas<br />
aos preços <strong>de</strong> 80 a 1C0 réis a libra, e <strong>de</strong>stas régeitada<br />
uma pelo cirurgião dc semana.<br />
Belação das pessoas sepultadas no dia 3 dê<br />
Janeiro <strong>de</strong> 1803.<br />
Luiz Manoel das Chagas, Fluminense, 08 annos,<br />
casado. Gastro-entcrite.<br />
José Bernardo do Carvalho, Portuguez, 24 annos,<br />
casado. Tísica laríngca.<br />
Antônio José, Rio Grandcnsc do Norle, 21 annos.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Mariano Jacintho Pereira, Villa da Penha, 19<br />
annos. Diarrhéa.<br />
Francisco Luiz Ribeiro, Vortugttcz, 25 annos, solteiro<br />
. Tuberculos pulmonares.<br />
- ' José, filho dc José Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oliveira, Fluminense,<br />
11/2 anno. Bexigas.'<br />
Adclina, filha <strong>de</strong> Júlio Augusto <strong>de</strong> \ asconcellos,<br />
Fluminense, 7 dias. Tétano dos reccm-nascidòs.<br />
Maria, (Ilha do Capitão Hormenegildo Scrvuto<br />
Junqueira, Fluminense, 2 annos. Tuberculos mesentericos.<br />
Felisberío, filho do Rita Josepha Soares da Costa,<br />
Fluminense, 2 annos. Tuberculos mesentericos.<br />
Rodolpho, Olho <strong>de</strong> Luiz Joaquim do Mesquita,<br />
Fluminense, 11 meies. Convulsões..<br />
João, filho dc João Jacintho Moiiiz, Fluminense,<br />
3 mezes. Gostro-enterite.<br />
Jacinlho Soares da Silva Meirelles, Fluminense,<br />
25 annos, solteiro. Marasmo.<br />
tônio José Borges, por oflensa pbysica; João Antônio<br />
Teixeira, e Manoel Francisco da Silva, por<br />
se opporem a uma prisão.<br />
' Na dc S. José, José Cardoso e Angélica dc Jesus<br />
por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; e Joaquim Lázaro <strong>de</strong> Oliveira por<br />
vagabundo.<br />
Na do Santa Rita, 1.° districto, o preto José por<br />
vagabundo; e o escravo Victorino, por suspeito do Sepullárão-sc mais 7 escravos, tendo fãllècidõ i<br />
fugido.<br />
<strong>de</strong> lesão do coração, 2 <strong>de</strong> apoplexia, 1 <strong>de</strong> labereufo*<br />
Na <strong>de</strong> Sanla Anna, 2.° districto, José Ornellas, pulmonares, 1 <strong>de</strong> diarrhéa, 1 <strong>de</strong> tuberculos mesen<br />
José Custodio Gonçalves, o Jorge José <strong>de</strong> Ávila,' tericos e 1 <strong>de</strong> gástro-enlero-hepatite.
APMCIOS AP1I1WSTBATIVOS.<br />
KMBAHQCES PS CAFÉ NO DIA 3 DB JANEIRO,<br />
Sacas.<br />
Phipps & Comp. (New-York)<br />
3.028<br />
Secretaria 4a Fazenda*<br />
Bclla Vis ia Ac Comp. (Marscillc)<br />
550<br />
COKCDBBO.<br />
Roje & Comp. (Canal).. , 358<br />
tV or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Es. o Sr. Ministro da Fazenda Diversos (Diucrcntcs porto»,....<br />
42<br />
Caço publica qne »> concurso para o preenchimento dos<br />
vagas dr officiaes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga da Alfân<strong>de</strong>ga do Rio<br />
dc Janeiro fica transferido para o dia 13 do corrente<br />
Secretaria dc estado dos Negócios Ha Fazenda em<br />
5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—José Severiano da Rocha.<br />
Primeira Pagadoría do Thesouro<br />
Nacional.<br />
feia í. a DESPACHO M KSPORTAÇÂQ NO DIA 5 DE JANEIRO.<br />
Bucnos-Ayres—No vapor ing. Mereey, Fernando Schiroid,<br />
99 sacas do café.<br />
Baltimore—Na barca amer. New Light, Phipps Irmãos<br />
& Comp., 2.517 sacas dc cale.<br />
Canal—No brig. hamb. Sirius, Boje & Comp., 2.160<br />
Total.. 3.978<br />
sacas <strong>de</strong> café.<br />
1 lavre—Na barca franc. Jates. Dreyfus Ai nó , 1.600<br />
Des<strong>de</strong> o 1.* do mez.<br />
couros salgados.<br />
Havre—Na gal. fran. Viciaria, A. Lcuhá & Comp., 800<br />
couros salgados ; A. Binoclic & Comp., 60 couçoeiras<br />
<strong>de</strong> jacarandà ; Dreyfus Ainé, 500 sacas <strong>de</strong> café; Bclla<br />
Monlevidéo. 31 <strong>de</strong> Dezembro Vista et Comp., 553 ditas <strong>de</strong> dito.<br />
dc 18tt.<br />
Lisboa—Na barca port. Silencio, R. Q. <strong>de</strong> Oliveira, 16<br />
Pagadoría. pagão-se no dia 7 do corrente as<br />
sacas <strong>de</strong> café.<br />
CÂMBIOS.<br />
seguintes tolhas: Justiça <strong>de</strong> 1.* instância, Guarda Na<br />
— Na gal. port. Camponesa, A. V. Teixeira Pinto, 108<br />
cional. Bcpressao do trafico, Ca<strong>de</strong>a do Aljubc, sustento Inglaterra: VI a il l/i peso por peso.<br />
rolos <strong>de</strong> fumo; João <strong>de</strong> Sonsa Cunha, 70 caixas dc<br />
«le presos pobres, gratificações anilaas, lluspiuj Militar, França: 82 1/2 franc. por onça.<br />
. assucar.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga e Escola Militar.<br />
Gênova: 81 fr. por onça.<br />
New-York—No brig. ing. Ttanagona, Frunghladi &<br />
Rio, o<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Hueids BaeeUar.<br />
Rio do Janeiro: 28*800 u 299000 por onça. Bodocanachi, 3.100 sacas <strong>de</strong> café. .<br />
Ruenos-Ayres: ao par.<br />
Vai paraíso — No brig. ing. Savoin, S. M. Kinncll &<br />
Segunda Pagradoria do Tliesouro<br />
Nacional»<br />
Os saques da quinzena montarão a 25.000 S<br />
Rudge, 10 sacas <strong>de</strong> café.<br />
sobre Inglaterra, e G50.000 francos sobre França.<br />
Pagão-se no dia 7 do corrente, as folhas seguintes: Administração<br />
do Correio da Corte, Instituto Commercial,<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Aca<strong>de</strong>mia das Britai Aries, Es •Inciso*-ivres 9 9 He Dezembro<br />
cola da Marinha, Pharócs, Auditoria c Excculoria; c no<br />
<strong>de</strong> lfjfl.<br />
IMPORTAÇÃO.<br />
dia 8 aos Ofllciaes reformados da Marinha, c ao Collcgio Eflcctuario-sc vendas do onças dc 390 a 897.<br />
MANIFESTOS.<br />
<strong>de</strong> Pedro 11/ sendo no lntcrnato ás 10 horas, c ao meio<br />
dia no Externalo.<br />
CÂMBIOS.<br />
PAQUETE INGLEZ — AfAGOALE.VA- DE SOUTBAMPTON<br />
Rio, 5 dc Janeiro dc 1803.— A. F. Vas.<br />
Inglaterra: 00 s. preço porque se flzerão a maioi<br />
E ESCALAS.<br />
parle das transacções.<br />
Conselho <strong>de</strong> Compras do Arsenal <strong>de</strong> França: 83 3/4.<br />
Guerra.<br />
Brasil: a 29 ps. 700 rs., 800 e 000 rs.<br />
O Conselho Administrativo para fornecimento do Ar A importância total dós transacções pelo Pasenal<br />
<strong>de</strong> Guerra da Cdrte, chama a attenção dos Srs. Proponentes<br />
para o seu annuncio publicado no Diário Official<br />
uele montarão a 200.000 £ sobre Inglaterra, e<br />
<strong>de</strong> 3 do corrente, a qual sessão terá logar no dia 8. t a 5.000 onças para o Brasil.<br />
Conselho, 5 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.— Luiz Antônio Favilla.<br />
Briga<strong>de</strong>iro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho—Bento Joti ,<br />
Leite <strong>de</strong> Faria, servindo <strong>de</strong> Secretario.<br />
Importação e esaorlneno <strong>de</strong>—Chnrrjme<br />
no porto do Rio <strong>de</strong> Janeiro, no anno<br />
Fabrica da Pólvora.<br />
<strong>de</strong> 1 MUS.<br />
Pela Pagadoría das Tropa* da Curte, paga-se nos dias 7<br />
r H
CORTE.<br />
POR ANNO l2#>000<br />
POR SEIS MEZES. . . G&)000<br />
POR TRES MEZES. . 3#>000<br />
DIÁRIO OFFICIAL<br />
ANNO DE 1865.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
1IIMSTERIO fi\ GlfâKR.t.<br />
EXPEDIENTE^ DO DIA 27 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
Ao Sr. Ministro do Império, trousmittindo os<br />
requerimentos dos Capitães . Bartholino <strong>de</strong>. Arruda<br />
Martins', João. José dc Scpulveda c Vasconccllos,<br />
e José 1 Ignacio <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros Rego Monteiro, aos<br />
quaes Sua Magesta<strong>de</strong> o imperador se Dignou Con<strong>de</strong>corar<br />
com o Habito da> Or<strong>de</strong>ip• <strong>de</strong> S. Bento dc<br />
Ayiz, a fim <strong>de</strong>. quoá Assigoatura do Mesmo Augusto<br />
Senhor haja S. Ex. dc apresentar os respectivos<br />
Decretos.<br />
— Ao Commandante da Escola Central communicando<br />
que lição suspensas, a 16 ultcriòr <strong>de</strong>liberação<br />
do Governo,' us inscripçOcs para matricula<br />
nas Escolas Central e Militar.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte dc S. Paulo, para <strong>de</strong>clarar so<br />
a acta dc posso da circular dc 20 <strong>de</strong> Novembro<br />
próximo findo, exigindo informação acerca da força<br />
<strong>de</strong> linha necessária a cada Província; visto que<br />
i)5o foi mencionada na nota explicativa dos Avisos<br />
recebidos <strong>de</strong>ste Ministério, quo acompanhou o oflicio<br />
do mesmo Presi<strong>de</strong>nte, do 12 do corrente.<br />
— Ao da do Paraná, communicando que nesta<br />
data é, <strong>de</strong>millido o Direclor da Colônia Militar do<br />
Jatahy, Thomaz José Moniz; o approvada a nomeação,<br />
feita pela Presidência, do Capitão reformado<br />
Viconto Antônio Rodrigues Borba pura exercer<br />
interinamente aquelle logar.<br />
— A' Patrício Corrêa da Câmara, aceusando recebido<br />
o seu oflicio, datado <strong>de</strong> 18 do corrente, cm<br />
que participa haver assumido nesse dia a administração<br />
da Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, na<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2." Vicc-Presi<strong>de</strong>ntc.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte d» Província dc Mato Grosso,<br />
i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m o seu qfficiò, datado <strong>de</strong> 30 dc Outubro<br />
ultimo, remettendo dous exemplares da collccçüo<br />
dos actos legislativos daquella Província promulgados<br />
na sessão ordinária do presente anno.<br />
rrg Ao Director do Archivo Militar, para quo inr<br />
forme se naquclla Repartição existe alguma planta<br />
ou carta em que so achem <strong>de</strong>marcados os terrenos<br />
da Colônia Militar do Jatahy, o os do Al<strong>de</strong>amento<br />
dc S. Pedro <strong>de</strong> Alcântara, nu Província do Paraná.<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />
que fallcceu na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />
em 30 dc Agosto <strong>de</strong>ste anno, o Tenente reformado<br />
do Exercito Antônio José <strong>de</strong> Magalhães.<br />
•— Ap Conselho Supremo Mililar, remettendo para<br />
consultar o requerimento ent que o Capitão da Companhia<br />
<strong>de</strong> Cavallaria dc S. Paulo José Negreiros<br />
<strong>de</strong> Almeida Sorinho, pe<strong>de</strong> ser nomeado Cavallciro<br />
da Or<strong>de</strong>m dc S. Bento do Aviz. .<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dc Mato Grosso,<br />
exigindo a certidão <strong>de</strong> assentamentos do 2.° Tenente<br />
da respectiva Companhia dc Artífices José Leite<br />
da Silva.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, i<strong>de</strong>m que tiver no<br />
respectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição a que perlcnccu, o<br />
Alferes do 3." Regimento <strong>de</strong> Cavallaria Ligeira Jeronymo<br />
da Fonseca Villa Nova.<br />
— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, i<strong>de</strong>m que tiverem<br />
na respectiva Companhia do Caçadores 7<br />
praças do 7.* Batalhão dc Infantaria.<br />
— Ao da dc Mato Grosso, i<strong>de</strong>m que tiverem no<br />
2." Batalhão do Artilharia a pó quatro praças' do 7.°<br />
Batalhão do Infantaria.<br />
— Ao da do Maranhão, remettendo o certidão <strong>de</strong><br />
assentamentos do 2."Ca<strong>de</strong>te do 5." Batalhão dc Infantaria<br />
Bento José dos Santos Cunha.<br />
— Ao da do Matlo Grosso, i<strong>de</strong>m a do Alferes do<br />
respectivo Batalhão dc Caçadores Coriolano dc Castro<br />
c Silva.<br />
— Ao da do Santa Catharina, rcmctlcndo o processo<br />
<strong>de</strong> Conselho dc Guerra do Soldado do Batalhão<br />
<strong>de</strong> Deposito Bruno José <strong>de</strong> Santa Anna, a<br />
Um <strong>de</strong> ser cumprida a referida sentença.<br />
— Ao da dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m o do Alferes do<br />
respectivo Corpo dc Guamição Joaquim Pedro do<br />
Rego Barros.<br />
•— An da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os do Cabo<br />
dc Esquadra Valer ia no Gomes <strong>de</strong> Meirelles, e Soldado<br />
J Belisario José do Espirito Santo, ambos do<br />
3." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
— Ao da do Ceará, i<strong>de</strong>m o do Soldado do respectivo<br />
Corpo dc Guamição Francisco José dc Araújo.<br />
3.' Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Minas Gcracs, mondando<br />
eliminar da carga da Companhia <strong>de</strong> cavallaria<br />
diversos objectos inutilisados.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, approvando o figurino do 2."<br />
uniformo ultimamente feito para a banda <strong>de</strong> musica<br />
do Batalhão dc Caçadores da Província.<br />
— Ao da dc Pernambuco, mandando fornecer<br />
diversas peças do fardamento do 9.° Batalhão do<br />
Infantaria.<br />
4." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que haja <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>nar o pagamento da quantia <strong>de</strong> 0331650 aos<br />
credores contemplados na relação, que sc rcmette,<br />
proveniente dos objectos que (ornecèr&o á Repartição<br />
da Guerra no corrente exercício.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m da <strong>de</strong> 3:0509881, i<strong>de</strong>m<br />
IMPÉRIO 00 BRASIL.<br />
Requerimentos in<strong>de</strong>feridos.<br />
Do Antônio José da Silva Guimarães, coadjuvante<br />
<strong>de</strong> escripto da Pagadoría das Tropas, pedindo uma<br />
gratificação por serviços extraordinários.<br />
De Antônio Pereira Rangel, ajudante do Porteiro<br />
da Pagadoría das Tropas, pedindo uma gratificação<br />
pelo mesmo motivo.<br />
De Fernando Olímpio Machado, Escrivão dos ofllcinas<br />
do Arsenal <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> Pernambuco, pedindo<br />
a continuação da gratificação <strong>de</strong> 120§000 annuaes<br />
que percebia.<br />
DIA 29. ,<br />
i.' Directoria Geral.<br />
Ao Conselho Supremo .Militar, communicando<br />
qu'e, por Decreto do 27 do corrente,, foi concedida<br />
ao , 1." Tenente do Corpu <strong>de</strong> Engenheiros<br />
Manoel Feliciano Muniz Freire a <strong>de</strong>missão que<br />
pedio, do serviço do Exercito. .<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Rio Gran<strong>de</strong><br />
do Sul, aceusando recebido o seu oflicio, datado<br />
do 17 do corrente, ao qual acompanhão dous<br />
exemplares da collccção das Leis, promulgadas pela<br />
Assembléa daquclla Província na sessão ordinária'<br />
do presente anno.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, para que exija do Major<br />
do Corpo do Engenheiros João Luiz do Araújo I<br />
Oliveira Lobo, informações sobre o estado das obras<br />
militares daquella Província, sua conveniência, tempo 1<br />
cm que se po<strong>de</strong>rão ultimar, c quantias necessa- 1<br />
rias para a conclusão; e as transmitia ú esto Ministério,<br />
interpondo a sua opinião.<br />
— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Cdrte, I<br />
remettendo, para informar, o requerimento, em<br />
que José Maria do Carvalho se propõe a ce<strong>de</strong>r a<br />
este Ministério, mediante a quantia om quo fôr<br />
avaliado, o prédio quo possuo ú rua do Calabouço,<br />
na esquina da Praia do Santa Luzia, o em frente<br />
ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, para igual fim, o requerimento<br />
do Francisco Antônio da Silva, qne pe<strong>de</strong><br />
ser novamente contratado como ofllcial <strong>de</strong> pedreiro,<br />
para servir na Província <strong>de</strong> Mato Grosso; convindo<br />
juntar á informação copia do contrado, caso exista<br />
no Arsenal, que o supplicante allega haver ultimado.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m o requerimento cm<br />
quo José Francisco <strong>de</strong> Souza c Almeida, pe<strong>de</strong> ser<br />
nomeado Agente'da Fabrica <strong>de</strong> Armas da Fortaleza<br />
da Conceição e Professor <strong>de</strong> primeiros letras<br />
dos aprendizes'menores'da referida Fabrica.<br />
— A Luiz Peixoto da Fonseca Guimarães, communicando<br />
que, nesta data, sc expe<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ao<br />
Director do Arsenal paro mandar apresentar a S.<br />
Mcè. um servente <strong>de</strong> escripta habilitado para coadjuva-lo<br />
nos trabalhos da Commissão <strong>de</strong> tomada<br />
<strong>de</strong> contas aos cx-Almoxafifes do dito Arsenal.<br />
2." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, dando esclarecimentos<br />
acerca do Major reformado do Exercito José <strong>de</strong><br />
Mello Pacheco <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, c que S. Ex. solicitou<br />
cm Aviso <strong>de</strong> 12 dc Novembro próximo passado, para<br />
sol ver duvidas propostas pela Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda<br />
da Província <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, sobre osyvencimentos<br />
do dito Major.<br />
— Ao Conselho Supremo Militar, remeltcndo os<br />
autos <strong>de</strong> processos verbaes <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra<br />
dc 5 praças dos diflerentes Corpos do Exercito} a fim<br />
dc serem diflnitivamentc julgados.<br />
— Ao mesmo, remettendo para consultar o requerimento<br />
em que o Capitão do Corpo <strong>de</strong> Guamição do<br />
Maranhão Antônio José Vidal dc Negreiros, pe<strong>de</strong><br />
que lhe sejão pagos os soldos, como Capitão, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1860, visto ter-se mandado contar a<br />
sua antigüida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse posto daquella data, em que,<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser promovido, por estar respon<strong>de</strong>ndo a<br />
Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Santa Catharina,<br />
t i DE JANEIRO*<br />
5 — Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, i<strong>de</strong>m os dos soldados<br />
do respectivo Corpo dc Guamição Manoel<br />
Thomaz dc Azevedo, e José da Costa Campos.<br />
3." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Marinha, pon<strong>de</strong>rando a conveniência'<strong>de</strong><br />
continuar a pratica <strong>de</strong> ser o escaler,<br />
que conduz inantimentos ao <strong>de</strong>stacamento da Villa<br />
dò Norte, tripolado com remadores da Capitania<br />
do Porto da Cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>, que igualmente<br />
se utilisa do mesmo escaler cm transporto dc<br />
objectos do serviço do Ministério da Marinha.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, aulorisando<br />
a mandar ven<strong>de</strong>r cm hasta publica, e on<strong>de</strong><br />
melhor convier aos interesses da fazenda nacional,<br />
diversos objectos inúteis que existem á cargo<br />
da 1 Directoria dás' obras militares, lavrando-se primeiramente<br />
o competente termo com <strong>de</strong>clarução<br />
dos preços para <strong>de</strong>scarga dos responsáveis.<br />
— Ao -Commandante, (ís Escola <strong>de</strong>tíro do Campo<br />
.— Ao da do'Paraná, mandando recolherão Ar<br />
Gran<strong>de</strong>, enviando a cópia, que solicitou, da cirsenal<br />
dc Guerra'da Corto o latão inútil existente<br />
cular <strong>de</strong> 10 dc Janeiro do anno passado, concer- — Ao mesmo, remettendo, para tomar na <strong>de</strong>- - a^irgjj^do quartel mestre do corpo do guornicêo,<br />
itento ás notas expljoatiyusj (Iqi , Avisos -rcoehkdom vida consi<strong>de</strong>ração o • requerimctíloV om~'qtiÉf D. caso o preço dc seu transporte não custu' mais do<br />
<strong>de</strong>ste Ministério<br />
Anna Ubaldina <strong>de</strong> Faria Alencar, por seu procu- quo alli vendido.<br />
2." Directoria Geral.<br />
rador Zelirino Ferreira <strong>de</strong> Faria, pe<strong>de</strong> sc man<strong>de</strong><br />
— Ao Conselho administrativo do Arsenal <strong>de</strong><br />
passar a potente <strong>de</strong> reforma do seu fallecido ma<br />
Guerra da Cdrte, i<strong>de</strong>m comprar a arvore <strong>de</strong> camrido,<br />
o Capitão reformado Alexandrino do Mello<br />
painha, <strong>de</strong>stinada para a banda <strong>de</strong> musica do 6.°<br />
Alencar.<br />
Batalhão dc Infantaria, como foi Já or<strong>de</strong>nado.<br />
4. a Directoria Geral,<br />
Ao Director Geral dc contabilida<strong>de</strong> do Thesouro<br />
Nacional, remettendo os balanços da Pagadoría das<br />
Tropas da Gôrtc relativos ao mez dc Outubro próximo<br />
passado, dos exercícios <strong>de</strong> 1861—<strong>1863</strong>.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, para que<br />
mando elevar a 309000 a contar do 1.° dc Junho <strong>de</strong>ste<br />
anno, a consignação mensal que alli <strong>de</strong>ixou á sua<br />
familia o Capitão do Corpo do Cavallaria <strong>de</strong> Mato<br />
Grosso Pedro José Rulino.—Communicou-sc á Presidência<br />
<strong>de</strong> Mato Grosso.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Minas Gcracs, para que man<strong>de</strong> levar<br />
cm conta ao Capitão Antônio Martins do Amorim<br />
Rangel a quantia dc 4313)150, importância dos vencimentos<br />
dos Guardas Nacionaes que estiverão cm<br />
serviço no Município <strong>de</strong> S. Romão c Paracatú; ficando<br />
assim respondido o seu Oflicio n. 109 dc 31<br />
<strong>de</strong> Outubro ultimo.<br />
Requerimentos In<strong>de</strong>feridos.<br />
Dc Francisco do Paula Scnna, pedindo ser admitlido<br />
na olficina <strong>de</strong> latociros do Arsenal dc Guerra da<br />
Cdrte.<br />
De João Francisco do Souza Xavier, pedindo ser'<br />
confirmado no logar <strong>de</strong> Apontador do Arsenal dc<br />
Guerra <strong>de</strong> Pernambuco.<br />
DIA 30.<br />
1.' Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Commandante da Escola Con Irai, communicando<br />
que, nesta data, so concedo permissão<br />
a Júlio Cândido dc Lima Franco, para fazer exames<br />
preparatórios, e <strong>de</strong>pois freqüentar como ouvinte<br />
o I.° anno do curso normal da referida Escola,<br />
po<strong>de</strong>ndo habilitar-se, no fim do anno, nos<br />
respectivas matérias por meio <strong>de</strong> exame <strong>de</strong> generalida<strong>de</strong>s,<br />
na fôrma do § 3." do art. 11 do Regulamento<br />
vigente.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m q.uç no Dr. Joaquim Gomes<br />
<strong>de</strong> Souza, Lente Cuthedratico do 4." anuo da<br />
Escola Central, so concedo permissão para estar<br />
fóra <strong>de</strong>sta capital até o princípio do próximo futuro<br />
anno lectivo.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Maranhão, IranSmiltlndo<br />
um.exemplar lithographado da Corta geral daquella<br />
Província, organisada em 1854 pelo (lapilão Fronklin<br />
Antônio da Costa Ferreira; conforme solicitou<br />
em olllcio datado do 3 do corrente.<br />
— Anda Parahyba, <strong>de</strong>clarando que, havendo sido<br />
proporcional a- cada um dos Corpos a distribuição<br />
das or<strong>de</strong>nancas pelos Ofllciaes do Exercito; não é<br />
possível utlcndcr-se ao pedido, que faz em ofiicio <strong>de</strong><br />
25 do mez próximo findo, do mais seis exemplares<br />
das mencionadas Or<strong>de</strong>nanças para o Corpo <strong>de</strong> tluarnição<br />
daquella Província, que já as recebeu na proporção<br />
estabelecida.<br />
— Ao Cirurgião Múr do Exercito, remettendo,<br />
para informar, o requerimento enviado pela Presidência<br />
da Bahia, <strong>de</strong> João José Doría, que pe<strong>de</strong> ser<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO....;... 1655)000<br />
PCR SEIS MFZES. . . 8®000<br />
POR TRES MEZES... 4$ 000<br />
NUMERO O.<br />
i<strong>de</strong>m ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corto no referido aceusando o recebimento do oflicío <strong>de</strong> S. Ex., com- nomeado Alumno Pensionista do Hospital Militar<br />
exercício.<br />
rounicando a este Ministério que o Alferes do 7." daquclla Província.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m da <strong>de</strong> 124#000, á Eduardo Batalhão dc Infantaria Domingos <strong>de</strong> Azeredo Cou-<br />
— Ao Conselheiro JMrector da Escola <strong>de</strong> Medicina,'<br />
0 Henrique Laemmert, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m á 1.* Directoria tinho, o qual, achando-se noquella Província com li<br />
solicitando a .certidão das' épocas 'dc/matricula e<br />
Geral <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> Estado no exercício' <strong>de</strong> cença para tratar <strong>de</strong> soo saú<strong>de</strong>, participou, ao receber<br />
exames do Dr. Francisco Antônio dc Azeredo.<br />
1861—1862, ainda aberto.<br />
or<strong>de</strong>m para rccolher-sc ao sou Corpo, que o não po-<br />
— Ao mesmo, para que so sirva mandar porá dia fazer por não estar restabelecido, sendo em con — Ao Secretario do Governo da Bahia, remeltcndo<br />
disposição da Pagadoría das Tropas a quantia, <strong>de</strong> seqüência -iuspeccionado cm junta <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>cla o Titulo <strong>de</strong> nomeação do Pedro Rastellí para o logar.<br />
1 22:Q00sj000, para as .<strong>de</strong>spezas do inqz' ,doj Janeiro • rando que-S; Ipx. faça constar ao dito Alferes que será dc Almoxarifc do Arsenal*<strong>de</strong> Guerra daquella Pro<br />
próximo futuro.<br />
,consi<strong>de</strong>rado. cotno.<strong>de</strong> licença registrada todo o tempo víncia; a fim <strong>de</strong> ser 'entregue ao agraciado<br />
que <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a data da supracitada licença •— Ao ClrcTe do Policia da Corte, solicitando in<br />
— Ao mesmo, remettendo para que se sirva<br />
até sua apresentação no Corpo a que pertence. formações acerca <strong>de</strong> alguns distúrbios que se dizem<br />
submctter.á consulta do Tribunal do Thesouro Nacional<br />
|Jc7T da<strong>de</strong>Pcrnhmbuco, communicando que o praticados.na Frcguezia da Lagoa, por soldados do<br />
Batalhão <strong>de</strong> Engenheiros.<br />
reclamada pelo Soldado reformado Francisco An<br />
io Francisco da Soleda<strong>de</strong> acerca do qual<br />
tonio <strong>de</strong> Oliveira.<br />
fo Ca<strong>de</strong>te interino do 7:° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria pe<strong>de</strong><br />
2.*"Directoria Geral.<br />
— Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando que, quando sc exlin-<br />
'esclarecimentos; foi cm virtu<strong>de</strong> do Aviso <strong>de</strong>ste Ao Sr. Ministro.da Fazenda, communicando que<br />
guirão as Administrações Rcgimonlacs, o 8!° Ba<br />
.Ministério <strong>de</strong> 2 Junho <strong>de</strong> 1855, <strong>de</strong>sligado do 1.° fallcceu na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, cm<br />
talhão dc infantaria entregara a ex-praçaT/butingos<br />
iíBatalIuIo dc .Infantaria: a que pertencia, e seguio 2V dc Setejnbro do corrente anno, o Alferes refor<br />
Francisco dc Almeida','sobre que versa o seu** Aviso<br />
para a Província do Pará com <strong>de</strong>stino o um dos mado do Exercito Joaquim Victorino Ourique.<br />
<strong>de</strong> 16 do correnteza-.quantia.<strong>de</strong> 1#802, <strong>de</strong> saldo do<br />
•Corpos estacionados na mesma Província,<br />
— Ao mesmo, remmtendo a nota explicativa das<br />
fundo dc fardamento, como' <strong>de</strong>vo' Constar dc mna-v<br />
i. — Ao mesmo, remettendo o processo <strong>de</strong> Con licenças que obteve dvlecidõ 2.'° Tenente refor<br />
relação rcmettida ao Thesouro Nacional com,Aviso |<br />
selho <strong>de</strong> Guerra do soldado do 4.* Batalhão <strong>de</strong> mado do Exército José a a vier CóSí •<br />
do 17 <strong>de</strong>;- Agosto do 1850 artilharia a pé Francisco José do Albuquerque Ma-<br />
— Ao Conselho Supremo Militar,* remettendo a<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Santa Cathaanhão<br />
a fim dc ser cumprida a respectiva sen-<br />
certidão dc assentamentos do Alferes reformado do<br />
rina, fixando em 500 réis, a etapa, que sc tem dc<br />
cnça.<br />
Exercito Manoel José <strong>de</strong> Araújo, afim <strong>de</strong> que,<br />
abonar á Colônia dc Santa Izabei, no semestre <strong>de</strong> 1 — Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os dc 2 avista <strong>de</strong>lia, se'Ihe lavre a respectiva patente <strong>de</strong> re<br />
Janeiro a Junho <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
praças .dos corpos cm guamição naquclla Província. forma. *'»<br />
— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, que no Aviso Circular dc<br />
24 dc Outubro ultimo achará solvida a duvida<br />
proposta em seu oflicio n." 128 <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Novembro<br />
. — Ao da da' Parahyba, i<strong>de</strong>m o do soldado do — Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado, Commandante da<br />
respectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição Manoel Pereira dos Escola Central, remettendo 'o'- requerimento em que<br />
cantos.<br />
o Alferes do-1.° Regimento' do Cavalhria ligeira,<br />
ultimo, acerca da gratificação dos.rccrutadores. -<br />
Luiz Aflbnso dos Reis, pe<strong>de</strong> licença para estudar<br />
o curso <strong>de</strong> sua arma.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província <strong>de</strong> Minas Geraes,<br />
<strong>de</strong>clarando que, tendo o Tenente Coronel Commandante<br />
do 1." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé participado<br />
ao Ajudante General que não consta dos<br />
Conselhos <strong>de</strong> disciplina archivados no dito Batalhão<br />
ser <strong>de</strong>sertor a elle o indivíduo <strong>de</strong> nome Francisco<br />
Machado Brito, que como tal veio incluído na relação<br />
do alterações enviada por S. Ex. a está Secretaria<br />
<strong>de</strong> Estado; exija o remetia os necessários '<br />
esclarecimentos á cerca do dito indivíduo, c tiansmilta<br />
á esto Ministério.<br />
— Ao mesmo, mandando inspeccionor cm Junta<br />
dc Saú<strong>de</strong> as praças do respectivo Corpo dc Guar- '<br />
nição constantes < da relação quo acompanhou o<br />
oflicio dc S. Ex. n.° 208 do 11 do corrente, remettendo<br />
a esta Secretaria dc Estado o termo <strong>de</strong>ssa<br />
inspecção c as certidões do assentamentos das ditas<br />
praças.<br />
— Ao da dc Goyaz, remettendo a certidão <strong>de</strong> assentamentos<br />
do AffcTes~Tfn" respectiva Companhia<br />
<strong>de</strong>-Cavallaria Pedro Manoel Bermu<strong>de</strong>s. .<br />
— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, <strong>de</strong>volvendo :<br />
o processo <strong>de</strong> Conselho dc Investigação dp Cabo •<br />
<strong>de</strong> Esquadra José da Costa Pereiro, c Soldado José '<br />
Ferreira dó Nascimento, ambos da respectiva Companhia<br />
dc Caçadores, a fim do que resporidõo a •<br />
Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />
—- Ao da' do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, remettendo<br />
os processos <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> duas praças<br />
dos Corpos cm Guamição aquella Província ; a tini<br />
dc serem cumpridas as respectivas sentenças.<br />
- Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> tres praças<br />
do 9.° Batalhão dc Infantaria,<br />
3.* Directoria Geral.<br />
Ao Diroctor das obras Militares da Corte, autorisando<br />
a aceitar a proposta dc Francisco Pereira<br />
do Mattos para as obras do que precisa o edificio<br />
do archivo militar,.<br />
— Ao Sr. Conselheiro Cirurgião mor do exercito,<br />
remeltendo para informar o pedido do objectos<br />
para a enfermaria Mililar do Corpo <strong>de</strong> Guamição<br />
<strong>de</strong> Minas Geraes.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m para o Hospital Militar<br />
da Bahia.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m o relatório e ou iras<br />
papeis comentes á enfermaria Militar do Amazonos.<br />
4." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, prestando os esclarecimentos<br />
exigidos cm Aviso <strong>de</strong> 17 do corrente,<br />
acerca da ín<strong>de</strong>mnisação <strong>de</strong> Venancia Maria do Valle,<br />
o suas Irmãos, <strong>de</strong> um escravo que lhes pertence u<br />
que está com praça no Exercito.<br />
— Ao mesmo, communicando que o fardamento<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> uniforme, contemplado nos processos do<br />
dividas do exercícios lindos n." 5.027, 5.028 e 5.035<br />
do ex-Cabo <strong>de</strong> Esquadra do Batalhão <strong>de</strong> Caçadores<br />
do Mato Grosso, Antônio Feliciano do Amaral e<br />
dos cx-Soldados Manoel Antônio Pires o Fclix Monteiro<br />
da Costa, já foi annotado nos assentamentos<br />
<strong>de</strong>ssas: ex-praças, apezar <strong>de</strong> não ter sido mencionado<br />
nos respectivos títulos com probatórios, afim do<br />
se evitar duplicata <strong>de</strong> pagamento.<br />
— Ao Procurador da Coroa, Soberania e Fazenda<br />
Nacional, solicitando parecer acerca do direito que<br />
tenhão os parochos das Freguesias do Pernambuco<br />
a csportula correspon<strong>de</strong>nte á licença para o enter*<br />
ramonto dás praças do Exercito.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, <strong>de</strong>clarando<br />
que, havendo o Capitão, hoje Major, Joaquim<br />
Luiz <strong>de</strong> Azevedo, recebido, como Fiscal interino,<br />
durante o tempo que commandou a ala<br />
esquerda do 7.* Batalhão do Infantaria, as respectivas<br />
vantagens, mandadas abonar por Aviso<br />
<strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> listado <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Setembro ultimo,<br />
o que so refere em seu oflicio n.° 137. do<br />
10 <strong>de</strong>ste mez, nada mais ha a •<strong>de</strong>liberar; cumprindo<br />
quo a Thesouraria do Fazenda lhe ajuste<br />
contas e exija ín<strong>de</strong>mnisação do que <strong>de</strong>mais houver<br />
elle recebido.<br />
— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Corte,<br />
<strong>de</strong>volvendo, competentemento examinados, os livros<br />
do receita c <strong>de</strong>speza da 1." e 2.* elasses do<br />
respectivo Almoxarlfado, relativos á escripturação<br />
do mez <strong>de</strong> Novembro ultimo, a qual se acha regular.
ÍIIlMSí i:ilIO DA SIABIXIIA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 2(i DB DEZEMBRO DR 1862.<br />
1.' Secção.—A' Presidência <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando,<br />
cm solução ao offlcio <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro<br />
ultimo, que já por Aviso <strong>de</strong> II <strong>de</strong>ste mez partici pouse<br />
á mesma Presidência tcrcm-se expedido as convenientes<br />
or<strong>de</strong>ns, a fim <strong>de</strong> regressarem aquella Província<br />
os aprendizes, que (brio para Monlevidéo no<br />
Vapor Annambahy.<br />
— Ao Sr. Ministro do Fazenda, transmillindo<br />
relações dos indivíduos qoe fornecerão diversos gêneros<br />
em o mez ultimo e no corrente, ás SccçOes do<br />
Almoxarifado c Hospital dc Marinha; a fim <strong>de</strong> serem<br />
pagos, pela verba—Material—do presente exercício,<br />
da importância dos respectivos supprimcntos á vista<br />
dos competentes conhecimentos em fôrma, liquidadas<br />
na Contadoria.—Communicou-sc á Contadoria.<br />
— Ao mesmo, communicando que o Director da<br />
Escola dc Marinha, por olllcio n.* 184 dc 23 do corrente,<br />
participou haver-sc alli apresentado no dia 20<br />
o Conego Capellão da mesma Escola, Dr • José Joaquim<br />
Pereira da Silva, por se terem encerrado os<br />
trabalhos da Assembléa Provincial do Rio dc Janeiro.<br />
— Communicou-so também & Contadoria.<br />
— Ao Chefe <strong>de</strong> Divisão, Jcsuino Lamego Costa,<br />
<strong>de</strong>terminando que tome o commando da Estação<br />
Naval do Rio <strong>de</strong> Janeiro, durante o ausência do Chefe<br />
do Esquadra Guilherme Parker, <strong>de</strong>vendo continuar<br />
no exercido <strong>de</strong> Encarregado do Quartel General.<br />
— Flzerflo-se as precisas commnnicações.<br />
— A' Presidência da Provindo <strong>de</strong> Mato Grosso,<br />
transmillindo os relatórios apresentados pela Contadoria<br />
da Marinha, relativos aos exames, que alli tiverão<br />
os documentos e <strong>de</strong>monstrações da <strong>de</strong>speza verificada<br />
pela respectiva Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda, a<br />
conta <strong>de</strong>ste Ministério, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Outubro do 1861 a<br />
Junho <strong>de</strong> 1862, a fim <strong>de</strong> remetter as informações<br />
exigidas pelo Empregado incumbido dc semelhante<br />
trabalho, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>scontos dc abonos<br />
in<strong>de</strong>vidamente fcílos pela mencionada Thesouraria<br />
na importância do 2089535; <strong>de</strong>volvendo os mencionados<br />
documentos.—Communicou-sc i Contadoria<br />
da Marinha.<br />
2." Secção.—Ao Sr .Ministro da Fazenda, communicando<br />
ler o Capitão do Fragata, Antônio Lopes<br />
Mesquita, no dia 19 do corrente, tomado posse do<br />
cargo <strong>de</strong> Delegado da Capitania do Porto da Cdrte<br />
e Província do Rio do Janeiro na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. João<br />
da Barra.<br />
—A* Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, mandando dar <strong>de</strong>speza<br />
ao Almoxarifeda 4.* Secção dc9.177 espoletas<br />
fulminantes <strong>de</strong> artilharia, consumidas no incêndio<br />
havido na dita Secção em o dia 11 do corrente. —<br />
Communicou-se á Contadoria da Marin ha.<br />
— Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, <strong>de</strong>volvendo a relação,<br />
que acompanhou o oflicio n.° 304, datado <strong>de</strong><br />
26 do corrente, e autorisando a abrir concurrencia<br />
para a acquisição dos objectos alli pedidos para<br />
supprimento da 2." e 3." Secção do Almoxarifado.<br />
3/ Secção.— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />
que a Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />
da Cdrte, cm offlcio <strong>de</strong> 24 do corrente, <strong>de</strong>u parte<br />
dc que o Capitão Tenente reformado, José Antônio<br />
dc Souza Nelto, tomou posse, no dia anterior, do<br />
logar <strong>de</strong> Director da oJlicina <strong>de</strong> cordoario do mesmo<br />
Arsenal, para que foi nomeado em 13 <strong>de</strong>ste mez.—<br />
Fez-se igual communicação á Contadoria.<br />
— Ao mesmo, para que mando pagar as contas,<br />
provenientes <strong>de</strong> gaz consumido na «iluminação do<br />
quartel da 1.* Companhia dc operários artífices, e<br />
outras <strong>de</strong>spezas feitas pelo Hospital dc Marinha da<br />
Corte, tudo no mez dc Novembro próximo preterilo,—<br />
Communicou-se é Contadoria»<br />
MI\fSTEftIO HA IGRICTLTt R t.<br />
COM 11. K OBRAS PUBLICAS.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 26 bE DEZEMBRO DE 1862.<br />
2." Directoria.<br />
Ao lnspector Geral das Obras Publicas para que<br />
d Ajudante da mesma Inspecção, Major Antônio<br />
Pedro Monteiro <strong>de</strong> Dtumond, <strong>de</strong>clare porque razão<br />
informou no ofiicio, que rcmcltcu por copia com<br />
o seu <strong>de</strong> 17 do corrente, que a Vicente José <strong>de</strong><br />
Cislro e Souza, empreiteiro da conservação da 1<br />
c 2." Secçõcs da estrada dc Santa Cruz se podia<br />
pagar a quantia dc 1:0509000 importância da prestação<br />
vencida cm 18 do mez passado, quando, segundo<br />
o próprio dizer do dito Engenheiro, oquello<br />
estrada ao acha apenas cm soífrivel estado dc viabilida<strong>de</strong>.<br />
DIA 27.<br />
1.' Directoria.<br />
2.' Secção.— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Commissão Dircctora<br />
da Exposição Nacional, <strong>de</strong>clarando, em resposta,<br />
que por falia <strong>de</strong> verba não é possivel auxiliar os<br />
artistas Flciuss Irmãos & Lin<strong>de</strong>, na publicação da<br />
Obra intitulada Recordações da Exposição Nacional.<br />
2.' Directoria.<br />
Portaria prorogando c transferindo a D. Angélica<br />
Joaquina da Cunha Barboza a concessão da penna<br />
d'agua feita a seu finado marido Manoel da Cunha<br />
Barboza, cm 28 dc Julho <strong>de</strong> 1852, para o uso do<br />
seu prédio n.* 129 da rua do Livramento.—Fizcrão-so<br />
as <strong>de</strong>vidas communicaç<strong>de</strong>s.<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que expeça<br />
as or<strong>de</strong>ns precisas a fim <strong>de</strong> que ao Emprezario<br />
das obras do Poço do Senado, Antônio <strong>de</strong><br />
Padua da Silva, seja paga no Thesouro Nacional<br />
a quantia do 2:7459000, cm que importou a execução<br />
da meta<strong>de</strong> das referidas obras, levando-se<br />
esta <strong>de</strong>speza á verba, a que se refere o § 55 do<br />
art. 2.* da Lei do Orçamento para o corrente exercício<br />
financeiro.<br />
— Ao lnspector Geral das Obras Publicas, que,<br />
para sc resolver sobre o objecto do seu oflicio, datado<br />
dc 18 do corrente, cumpre que informe qual<br />
a <strong>de</strong>speza, quo se faz mensalmente com o serviço<br />
da Irrigação da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clarando a importância<br />
<strong>de</strong>lia cm cada districto, e o nome das pessoas que<br />
sc achão encarregadas dc ínspeccional-o.<br />
— Ao mesmo, que, tendo o Sr. Ministro da<br />
Fazenda solicitado, por Aviso dc 24 do corrente, que<br />
a Inspecção Geral das Obras Publicas informasse<br />
o requerimento, cm que o escravo da noção Francisco<br />
Cubinda pe<strong>de</strong> que lhe seja concedida sua carta<br />
dc liberda<strong>de</strong>, assim sc <strong>de</strong>clara para sua intclligcncia<br />
o execução.<br />
2." Secção.—Tenho a honra dc passar, por cópia,<br />
ás mãos do V. Ex. a carta quo em doto dc 6 <strong>de</strong><br />
Novembro do corrente anno dirigio ao nosso Ministro<br />
cm Londres o Presi<strong>de</strong>nte da Directoria da Estrada<br />
dc ferro da Rahia, reclamando contra a <strong>de</strong>liberação<br />
tomada pela Presidência daqulla Província, por virtu<strong>de</strong><br />
da qual são cobrados na respectiva Alfân<strong>de</strong>ga<br />
direitos <strong>de</strong> expediente sobre certos artigos importados<br />
para uzo daquella via férrea. Enten<strong>de</strong> a Directoria<br />
que cora essa cobrança dar-se-ha infracção<br />
ao art. 8.° do Dccrectò n.° 1.299 dc 17 Dezembro dc<br />
1853 qne iscnlou a Companhia do pagamento <strong>de</strong> direitos<br />
dc importação sobre artigos <strong>de</strong>stinados á construcção<br />
<strong>de</strong> vias férreas; acrescentando cllc que, não<br />
sendo direito dc expediente outra cousa sc não um<br />
imposto addicional dc importação, a cobrança <strong>de</strong>lle<br />
importa uma quebra dos privilégios que forâo concedidos<br />
aos accionislas daquella Empresa.<br />
Não obstante a persuasão cm que estou dc que<br />
é Infundada a reclamação da Directoria, á vista da<br />
disposição do art. 625 do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Setembro<br />
dc 1860 combinado com o art. 512 § 20 do<br />
mesmo, comtudo paro respon<strong>de</strong>r peremploriamente<br />
como convém ao Presi<strong>de</strong>nte daquclla Directoria, rogo<br />
a V. Ex. se sirva dizer-me qual o modo porque na I<br />
Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong>sta Corte se tem praticamente entendido<br />
a disposição citada relativamente á outras.Em- i<br />
presas que se achão em condição idêntica ás da<br />
Rahia, tanto cm épocas anteriores como <strong>de</strong>pois (Ia<br />
execução do respectivo Regulamento" em vigor.<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.— João Lins Vieira Cansansão<br />
<strong>de</strong> Sinimbú.—Sr. Viscon<strong>de</strong> dc Albuquerque.<br />
2.' Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazenda, solicitando<br />
a expedição das convenientes or<strong>de</strong>ns, a fim<br />
dc que no Thesouro Nacional pela verba—Obras<br />
públicos geraes e auxilio és provinciaes—do orçamento<br />
cm vigor, se paguo ao Engenheiro Civil<br />
Gustavo Luiz Guilherme Dodt, nomeado para servir<br />
na Província do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, a quantia<br />
do 2009000 como ajuda dc custo para sua viagem.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Rio Gran<strong>de</strong> I<br />
do Norte, communicando cm resposta aos seus ,<br />
oflicios dc 6 <strong>de</strong> Março e 21 <strong>de</strong> Julho do corrente<br />
anno cm que faz ver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Engenheiro<br />
que sc incumba da exploração do Rio Ccarámerim<br />
e que tenha á seu cargo a direcção .das<br />
obras publicas na Província, que nesta oceasião<br />
segue o Engenheiro Allemão Gustavo Luiz Guilherme<br />
Dodt, que, para semelhante fim, oflereceu-se<br />
mediante o vencimento <strong>de</strong> 2009000 mensaes, que<br />
será pago pelo cofre provincial ou pela consignação<br />
dada pelo cofre geral para auxilio das obras da<br />
mesma Província.<br />
— A Gustavo Luiz Guilherme Dodt, participando<br />
ter sido nomeado para dirigir os trabalhos da <strong>de</strong>sobstrucção<br />
dò Rio Ceará-merim da Provindo do<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, c que <strong>de</strong>ve quanto antes<br />
apresentar-se ao Presi<strong>de</strong>nte daquella Provincia; prevenindo—o<br />
<strong>de</strong> que nesta data ficão expedidas as<br />
necessárias or<strong>de</strong>ns para dar-se-lhe passagem <strong>de</strong><br />
Estado a ré no primeiro vapor que seguir para<br />
os portos do Norte, assim como para ser-lhe abonada<br />
a gratificação mensal <strong>de</strong> 2009000 pela Thesouraria<br />
<strong>de</strong> Fazenda daquella Provincia.<br />
DIA 29.<br />
1/ Directoria.<br />
I.' Seepão.—Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Pernambuco,<br />
<strong>de</strong>clarando, para o fazer constar a José<br />
Joaquim Antunes dt Comp., que a única concessão<br />
quo lhes pô<strong>de</strong> ser feita e a do privilegio para fabricarem<br />
a borracha segundo o novo processo, que<br />
dizem ler inventado; sendo que, para a <strong>de</strong>finitiva<br />
concessão, os supplicantes <strong>de</strong>verão apresentar a<br />
discripçâo dos meios que empregão para obter esse<br />
novo produeto industrial.<br />
2.* Secção.—Ao Sr. Ministro da Fazendo, remettendo,<br />
por cópias, o Decreto n.° 3.038 <strong>de</strong>sta<br />
data, que abre um novo credito do 30:0009000<br />
para as <strong>de</strong>spezas com a Exposição'Nacional, pertencentes<br />
ao exercida dc 1861 a 186*2, e bem assim<br />
a <strong>de</strong>monstração das referidas <strong>de</strong>spezas.<br />
4.' Directoria.<br />
Oflicio oo Administrador do Correio da Córle,<br />
para que informe se os moradores do Carmo conlínuão<br />
a pagar ao estafeta, que troca as malas<br />
daquella agencia com as dc Cantogallo.<br />
DIA 30.<br />
1.* Directoria.<br />
1." Secção.— A* Secção dos Negócios do Império<br />
do Conselho dc Estado, communicando que foi approvado<br />
o seu parecer sobre o requerimento em que<br />
a Companhia Jacuhy pedio a approvação <strong>de</strong> varias<br />
alterações feitas nos respectivos Estatutos.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc S. Pedro, <strong>de</strong>clarando<br />
quaes as condições dc quo fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte o<br />
objecto do requerimento mencionado no Aviso supra.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte interino da Companhia <strong>de</strong> illu"<br />
mi nação a gaz, oflicio, enviando, cm resposta, o<br />
mappa das ruas c praças que ainda são ilfummadas<br />
a azeite.<br />
3 • Directoria.<br />
Ao Sr» Ministro da Fazenda, para entregar a E. E.<br />
RnfTiird, procurador <strong>de</strong> Carlos Krauss, Director da<br />
Colônia do Rio Novo, a quantia <strong>de</strong> 2:0009000, que<br />
tem dc ser appliçados a <strong>de</strong>spezas da mesma Colônia.<br />
8.' Secção.— Ao Sr, Ministro da Fazenda, para<br />
—- Ao mesmo, para ser paga uma letra a 8 dias<br />
q<br />
uc haja <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar, so na liquidação das contas — Ao mesmo, <strong>de</strong>clarando, para que faça cons I vista do valor <strong>de</strong> 8699000, sacada pela Legação<br />
c consumo <strong>de</strong> gas, rcmctlidas ao Thesouro pelos tar ao arrematante dos Obras do Passeio Publico, Imperial em Monlevidéo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Antônio José<br />
outros Ministérios, foi attendida alguma quantia a I que as pedras dc cantaria do moro do mesmo Alves Souto dt Comp., proveniente do transporte do<br />
titulo <strong>de</strong> difierençn no valor da moeda, fundando- Passeio só serão aceitas, se [orem melhor lavra 22 colonos, quo seguirão para Cuyabá.<br />
se e to procodimento na 15.' condição do contrado das c não apresentarem cavida<strong>de</strong>s betumados, sc<br />
<strong>de</strong> 80 do Abril, a que se reíero o Decreto n.' 2920, suas arestas forem mais aperfeiçoadas, o so o res-<br />
—Ao do Estrangeiros communicando que foi solí-<br />
<strong>de</strong> 7 dc Maio do corrente anno, ou sc tem sido I pectlvo sapatcomcnlo preencher a máxima largura<br />
tada a or<strong>de</strong>m para o pagamento da letra acima<br />
pago somente o preço dc 80 réis, estipulado por cada<br />
mencionada.<br />
lavrada ; não duvidando o Governo permittir que<br />
pé cúbico <strong>de</strong> gaz.<br />
para a consecução <strong>de</strong>sse fim seja diminuída dc — Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná para<br />
— A' Presidência do Rio dc Janeiro, aceusando nma pollegada a esp»ssura do muro, c quo se cor informar que resultados se tem coibido até o pre<br />
a recepção dos oflicios n." 76 e 77, datados <strong>de</strong> 10 te o saputeamento nos logar es precisos, sendo sente dos meios empregados nessa Provincia para a<br />
do corrente, cm quo <strong>de</strong>u parte do haver concedido substituído por outro, sem que pelo excesso <strong>de</strong> catechese e civilisação <strong>de</strong> Índios.<br />
licença a Bernardo Reli»»rio Soares dc Souza e trabalho fique onerada a Fazenda Publica.<br />
— A Carlos Krauss, Director da Colônia do Rio<br />
Cândido Barreto <strong>de</strong> Souza Faria, para cortarem ma Ao mesmo, communicando ter ficado seiente, pelo Novo, dizendo que forão expedidas as convenientes<br />
<strong>de</strong>iras cm suas fazendas; c dizendo que muito oflicio <strong>de</strong> 24 do corrente, do que no dia 20 do re or<strong>de</strong>ns para ser entregue ao seu procurador E. E.<br />
convém, na concessão <strong>de</strong> taes licenças, ter em vista ferido mez so concluirá a obra do encanamento Ralfard a quantia do 2:0009000 correspon<strong>de</strong>nte á<br />
o disposto lias cireulares <strong>de</strong>ste Ministério dc 9 dc dágua c assentamento dc duas pi lastras com tor eonsignação do presente mez; <strong>de</strong>clarando que esse di<br />
Novembro dc 1857, 5 dc Fevereiro c 19 <strong>de</strong> Março neiros na rua do Maun, do morro do Santa Thcnheiro <strong>de</strong>ve ser empregado rcslrictamcntc aos ser<br />
do 1858.<br />
reza, como fora <strong>de</strong>terminado pelo Aviso do 1<strong>de</strong> viços mencionados no orçamento, que rcmcltcu c<br />
— A' do Mato Grosso, aceusando a recepção do Outubro ultimo, c bem assim <strong>de</strong> que na execução quo fica approvado; c rccommcndando que não<br />
oflicío n." .'i3 <strong>de</strong> 12 do mez próximo passado, que da obra sc <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>ra a quantia do 7049129 da exceda a <strong>de</strong>speza dc cada uma das ditas verbos,<br />
acompanhou o do Chefe <strong>de</strong> Policia da mesma Pro do 2:0009185, em que fóra orçada o sua <strong>de</strong>speza, nem passe as sobras do umas para outras sem previa<br />
víncia, acerca do 2." Tenente da Armada, Manoel —Ao mesmo communicando ter ficado inteirado, o expressa approvação <strong>de</strong>ste Ministério.<br />
do Souza Gomes Júnior, que está solfrendo dc alienação<br />
mental.<br />
— A* mesma, aceusando o recebimento do oflicio<br />
n." 49, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Outubro ultimo, com que remei<br />
teu dous exemplares da collccção das actos da<br />
Assembléa Legislativa, promulgados na sessão ordinária<br />
do corrente anno.<br />
pelo seu oflicio n." 1.521 <strong>de</strong> 24 do corrente, do — A E. E. Ralfard, prevenindo dc ter-se expe<br />
que fora cortado o encanamento da penna d'agua dido o competente Aviso para ser-lhe entregue a<br />
do prédio n." 7 da rua do S. Clemente, perten primeira prestação <strong>de</strong> 2:0009000 <strong>de</strong>stinada ás <strong>de</strong>scente<br />
a D. Carolina Vergueiro Lecoq, como foi orpezas da Colônia do Rio Novo, <strong>de</strong> cujo Director é<br />
<strong>de</strong>nado por Aviso dc 12 <strong>de</strong>ste mez.<br />
procurador.<br />
Deu-se conhecimento do Aviso supra ao Admi<br />
4.' Directoria.<br />
nistrador da Reccbedoria do Município.<br />
Ao administrador do Correio da Córle com o<br />
— A' do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, aceusando o re<br />
sobrescripto <strong>de</strong> uma carta para Daniel Fox, afim<br />
cebimento do oflicio n." 133, dc 11 do corrente,<br />
dc que saiba da agencia dc Santos so aquella carta<br />
com que fez igual remessa.<br />
alli foi entregue ao <strong>de</strong>stinatário, e sc lhe foi exigi<br />
— Ao 2." Vico-Prcsi<strong>de</strong>nto da mesma Província,<br />
do porte.<br />
aceusando a recepção do oflicio n." 135, dc 18 do<br />
— Ao Administrador do Correio do Maranhão,<br />
corrente, em que <strong>de</strong>u parte <strong>de</strong> ter no mesmo dia<br />
aceusando o seu oflicio <strong>de</strong> 14 do corrente, cm que<br />
tomado conta da Presidência, por haver sido <strong>de</strong>lia<br />
participa ter reassumido o exercício do seu em<br />
exonerado o Desembargador Francisco dc Assis Peprego.reira<br />
da Rocha.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Amasonas, aceusando o seu<br />
DIA 27.<br />
oflicio dc 12 <strong>de</strong> Novembro, em que informa quaes os<br />
1." Secção.—» A* Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Pernambuco,<br />
or<strong>de</strong>nando que so facão na Canhoneira<br />
Itajahy, além das obras mencionadas no plano<br />
daqui rcmcttido á aquellc Arsenal,os alterações constantes<br />
da nota, quo se transmilte, indicadas pelo<br />
Commandante do referido navio.— Communicou-sc<br />
passagens quo no mez antece<strong>de</strong>nte havia mandado<br />
dar nos vapores da Companhia, quo faz a navegação<br />
entre aquella Provincia e a do Pará.<br />
— Ao Administrador da Typographía Nacional<br />
para que man<strong>de</strong> imprimir quinhentos exemplares<br />
<strong>de</strong> notas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spezas por nomeações.<br />
ao Qualsel General.<br />
DIA 31.<br />
1.' Directoria.<br />
1.* Secção.—Ao cidadão João Bonifácio Gomes<br />
do Siqueira, <strong>de</strong>clarando que o Governo Imperial<br />
ficou inteirado <strong>de</strong> haver S. Ex. assumido a administração<br />
da Provincia <strong>de</strong> Goyaz, na qualida<strong>de</strong> dc<br />
1." Vice—Presi<strong>de</strong>nte.<br />
— Ao Provedor da Santa Casa da Misericórdia da<br />
Corte, communicando que este Ministério ficou inteirado<br />
<strong>de</strong> haver fallecido a escrava Marina, que sc<br />
achava ao serviço daquelle estabelecimento.<br />
3.* Directoria.<br />
Ao Sr. Ministro <strong>de</strong> Estrangeiros, <strong>de</strong>clarando que<br />
convém' or<strong>de</strong>nar ao Cônsul Geral em Montevldéo<br />
que continue a sobr*estar na remesssa <strong>de</strong> colonos<br />
para Mato Grosso até nova requisição <strong>de</strong>ste Ministério.<br />
4.* Direciona.<br />
Portaria nomeando João Ferreira Dutra, para o<br />
logar <strong>de</strong> Agente do Correio da Villa do Con<strong>de</strong> na<br />
Provincia da Bahia.<br />
— Portaria nomeando José da Silva Pinto, para<br />
o logar <strong>de</strong> Ajudante da mesma Agencia, vago por<br />
haver João Ferreira Dutra que o servia, sido nomeado<br />
Agente.<br />
— Portaria nomeando Tudo Pinto Crespo, para<br />
o logar <strong>de</strong>, A gente do Correio da Villa do Bom Conselho<br />
na Província <strong>de</strong> Pernambuco.<br />
— Portaria nomeando Joio Gsncio da Silva Campos,<br />
para o logar <strong>de</strong> Agente do Correio do Bomfim,<br />
cm Minas, vogo por <strong>de</strong>missão dada a Epiphanio<br />
José Bernardcs. •— Forâo todas communicadas aos<br />
respectivos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Provincia e Administradores<br />
do Correio,<br />
— Aviso ao Cônsul do Brasil em Monlevidéo, <strong>de</strong>clarando-lhe<br />
que lhe não po<strong>de</strong> ser paga a quantia<br />
que reclama por embarques e <strong>de</strong>sembarques <strong>de</strong><br />
malas do Correio naquclla Cida<strong>de</strong>, por lhe haver<br />
já sido mandada abonar annualmcnte a quantia <strong>de</strong><br />
2009000, na qual vai comprehendida, por conseqüência,<br />
qualquer quantia, a datar do principio<br />
do exercício, por principiar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então: e não po<strong>de</strong>r<br />
ser attendido o que fôr anterior, já por estar encerrado<br />
o exercício, já por não ter havido autorisação<br />
previa.<br />
— Ao Gerente da Companhia Brasileira dc Pa<br />
quetes, para mandar dar passagem <strong>de</strong> Estado a ré<br />
até Santa Catharina ao Dr. IMdimo Agapilo da Veiga<br />
e sua mulher.<br />
— Ao mesmo, para mandar dar passagem dc Estado<br />
a ré ale Porto Alegro a Augusto da Cunha<br />
Gal vão.<br />
— Ao mesmo, para mandar dar passagem <strong>de</strong><br />
convés até o mesmo logar a Luiz Cândido Teixeira.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc Pernambuco,<br />
para mandar suspen<strong>de</strong>r o Agente do Correio <strong>de</strong> Ingnscira,<br />
informando opportunamente do resultado<br />
do processo, a que o mesmo está respon<strong>de</strong>ndo em<br />
virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofiicio do Administrador do Correio daquella<br />
Provincia.<br />
OFFICIAL.<br />
Rio, V <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Julgámos não <strong>de</strong>ver publicar hontem as notas<br />
trocadas entre o Ministério do Estrangeiros, c a<br />
Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, porquo o<br />
ajuste quo dcllas resullava <strong>de</strong>pendia, nos termos<br />
da nota do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros,<br />
da efTectiva execução <strong>de</strong> uma condição essencial,<br />
a relaxação dos presas feitas pelos navios dc guerra<br />
inglezes.<br />
Pensando assim, não duvidámos da segurança<br />
que a esse respeito sabíamos haver dado ao Governo<br />
Imperial a Legação Britannica pela nota com<br />
que respon<strong>de</strong>u á do Sr. Ministro dc Estrangeiros;<br />
mas enten<strong>de</strong>mos que, não cabendo cm tempo quo<br />
hontem mesmo sc realizasse aquella segurança, não<br />
podia consi<strong>de</strong>rar-se cumprida a referida condição.<br />
Hoje porém que ella se realizou, transcrevemos<br />
cm seguida as notas, cm virtu<strong>de</strong> das quaes fui feito<br />
aquelle ajusto.<br />
Rio dc Janeiro, 2 dc Janeiro do <strong>1863</strong>.<br />
Sr. Marquez.—Não julgo necessário continuar a<br />
discussão sobre os vários pontos <strong>de</strong> menor importância,<br />
a respeito das quacs V. Ex., na sua nota <strong>de</strong><br />
hoje, mc dirige uma replica bastante extensa, e<br />
<strong>de</strong>ixo ao publico julgar entre nós acerca dos referidos<br />
pontos, sem ulterior observação da minha<br />
parte.<br />
Vejo com satisfação que o Governo Imperial<br />
julgou dignas dc consi<strong>de</strong>ração as suggcstõcs quo<br />
fez para facilitar o ajuste das questões que motivarão<br />
represálias da parto do Governo dc S. M.<br />
R., o em resposta a pergunta dc V. Ex., se a<br />
arbitragem imparcial suggeridn <strong>de</strong>vo abranger ambas<br />
as questões, do « Prince of Wales,» c do « Forte, -<br />
ou se <strong>de</strong>ve oecupar-sc somente com a ultima, só<br />
tenho o dizer que na minha nota do hontem, <strong>de</strong>clarei<br />
que estava prompto a receber, para ser consi<strong>de</strong>rada,<br />
pelo Governo dc S. M., a proposta <strong>de</strong> serem referidas<br />
todas as questões cm discussão a uma arbitragem<br />
Imparcial.<br />
Estou prompto a tomar na melhor consi<strong>de</strong>ração,<br />
a fim <strong>de</strong> levol-o ao conhecimento do Governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong>, qualquer proposta razoável que me seja<br />
feita pelo Governo Imperial; mas cmquanlo não mo<br />
fôr presente uma tal proposta, não me posso explicar,<br />
nem com efleito resolver acerca das minhas<br />
condições dc aceitação.<br />
: Eu me aventuraria com empenho a indicar a<br />
V. Ex. que seria para <strong>de</strong>sejar que me submettesse,<br />
cm uma conferência, qualquer proposta que fosse<br />
autorisado a fazer, e não teria duvidas <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ríamos<br />
concordar na redacção <strong>de</strong> um memorandum<br />
<strong>de</strong> ajuste, que seria <strong>de</strong>pois submettido por V. Ex.<br />
aos seus collegss.<br />
Aproveito esta opportunidado para renovar a<br />
V. Ex. as seguranças da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />
—W- D. Christie.—Ao Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes,<br />
Ministro dos Negócios Estrangeiros.<br />
SF.CÇÁO CENTRAL.—MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />
ESTRANGEIROS.<br />
Rio dc Janeiro, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1803.<br />
Pela sua nota <strong>de</strong> hontem» que me foi entregue ás<br />
11 horas da noite, o Sr. Wíliiam Dougal Chrislie,<br />
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotcnciario<br />
dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, <strong>de</strong>clara que não<br />
julga necessário continuar na discussão do vários<br />
pontos, que qualifica dc pouco importantes.<br />
Declarando outroslm em seguida ter visto com satisfação<br />
que o Governo Imperial julgava dignas <strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>ração as suggcstõcs, que fez o Sr. Christio<br />
para facilitar o ajuste das questões, que motivarão<br />
represálias da parte do Governo dcS. M. Britannica,<br />
diz achar-se prompto para tomar cm toda a consi<strong>de</strong>ração,<br />
e lcval-a ao conhecimento do seu Governo,<br />
qualquer proposta razoável do da S. M. o Imperador<br />
; c manifesta o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter commigo uma conferência<br />
para esse fim.<br />
Concordando inteiramente com o Sr. Christie<br />
sobre a inutilida<strong>de</strong> do proseguir na discussão dos<br />
pontos a que se refere a sua nota, pedir-lhe-hei<br />
apenas permissão para observar que <strong>de</strong>ssa discussão<br />
me não cabe a responsabilida<strong>de</strong>.<br />
Pelo que toca á conferência que o Sr. Christie<br />
<strong>de</strong>seja, apresso-me a prevcnil-o do que po<strong>de</strong>rá ella<br />
ter logar hoje mesmo, ás 5 1/2 horas da tar<strong>de</strong>, na<br />
casa <strong>de</strong> minha residência; esperando também que<br />
o Sr. Christie mc habilitará nessa oceasião com a<br />
explicação, que lhe pedi em minha nota <strong>de</strong> hontem,<br />
e do que careço para ministrar 00 Conselho dc Estado<br />
na conferência dc amanhã.<br />
Reitero ao Sr. William Dougal Christie as expressões<br />
<strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.— Marques <strong>de</strong><br />
Abrantes.— Ao Sr. William Dougal Christie.<br />
SECÇÃO CENTRAL. —MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />
ESTRANGEIROS.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Cumprindo o que, pela minha nota do 2 do corrente,<br />
prometti ao Sr. William Dougal Christie, Enviado<br />
Extraordinário c Ministro Plenipotcnciario do<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> Britannice, vou dar-lhe a resposta<br />
<strong>de</strong>vida â segunda parte essencial da nota que dírígiome<br />
no dia anterior.<br />
Depois que recebeu aquella minha referida nota,<br />
passou-me o Sr. Christie outra, datada do dia 2, m<br />
qual sei rio-se <strong>de</strong>clarar-mo que era conveniente que<br />
houvesse uma conferência.<br />
A esta nota respondi no dia 3, apressando-me a<br />
prevenir ao Sr. Chrislie dc que a indicada conferência<br />
po<strong>de</strong>ria ter logar no mesmo dia, ás 5 1/2<br />
horas da tar<strong>de</strong>, na casa <strong>de</strong> minha residência. •<br />
Nio pô<strong>de</strong> o Sr. Christio»comparecer em minha
casa, por achar-se Indisposto, segundo me fez saber<br />
pelo seu Secretario, por intermédio do qual preveni<br />
também o Sr Chrislie dc que idêntico motivo<br />
nio mo permittia procural-o no Hotel em que habita.<br />
Tendo o Sr. Christie <strong>de</strong>clarado, cm sua nota <strong>de</strong><br />
3, quo a não ser possivel o nosso encontro, estava<br />
disposto a cenferenciar com o meu Secretario, a<br />
esto <strong>de</strong>i a necessária autorisação para esse flm.<br />
Inteirado <strong>de</strong> quanto se passou nessa conferência<br />
e nas que posteriormente tiverão logar, e <strong>de</strong>pois<br />
dc ouvido o Conselho <strong>de</strong> Estado, passo a dar ao<br />
Sr. Christie a pronicitida resposta do Governo Imperial.<br />
Querendo evitar que se lhe attribúa a intenção<br />
<strong>de</strong> oppor-se a qualquer meio pacifico e honroso<br />
<strong>de</strong> resolvcrem-se as questões pen<strong>de</strong>ntes; <strong>de</strong>sejando<br />
contribuir para que, sem quebra do <strong>de</strong>coro e da<br />
dignida<strong>de</strong> nacional, seja <strong>de</strong> prompto removida a<br />
situação difllcil em que se achão as relações entre<br />
o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador e a<br />
Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, com grave<br />
prejuízo dos avultados Interesses, qoe ligão os dous<br />
Países; por ultimo, como testemunho da Inteira<br />
confiança, que tem na Justiça da sua causa : o Governo<br />
Imperial, ratificando a <strong>de</strong>claração da minha<br />
nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro ultimo, quanto á questão<br />
da barca Prive» of Walles, estará prompto a expedir<br />
as convenientes or<strong>de</strong>ns ao Ministro do Brasil<br />
em Londres para entregar alli, sob protesto, nos<br />
termos da mencionada nota, a somma que o Governo<br />
do Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica exigir.<br />
E pelo que toca aos Ofliciaes da Fragata Forte,<br />
aceitando a indicação que fez o Sr. Christio, em<br />
sua nota do 1." do corrente, acerca <strong>de</strong> um arbitramento*<br />
o Governo Imperial tratará do informar ao<br />
Sr. Christio da escolha do arbitro, que possa julgar<br />
da mesma questão; ficando entendido que terá esse<br />
arbitro <strong>de</strong> conhecer, não do <strong>de</strong>ver que tem o Governo<br />
Imperial <strong>de</strong> fazer executar as Leis do seu<br />
Paiz, mas tão somente sc no modo da applicação<br />
<strong>de</strong>ssas Leis aos Ofllciaes da Forte, houve por ventura<br />
offensa á Marinha Brilannica.<br />
Estas <strong>de</strong>clarações só terão efleito quando tiverem<br />
cessado as represálias, e sido relaxadas as presas<br />
feitas.<br />
Devo por ultimo prevenir o Sr. Christie <strong>de</strong> quo<br />
sc, contra o quo é <strong>de</strong> esperar, o Governo <strong>de</strong> S. M.<br />
Britannica não acquiescer a este ajuste, o Governo<br />
Imperial manterá a sua posição primitiva, que é a<br />
<strong>de</strong> não sacrificar o <strong>de</strong>coro e a dignida<strong>de</strong> nacional,<br />
por. mais que <strong>de</strong>plore os males quo <strong>de</strong>sse seu propósito<br />
possio resultar.<br />
Renovo ao Sr. Christie as expressões <strong>de</strong> minha<br />
alta consi<strong>de</strong>ração. — Marquez <strong>de</strong> Abrantes. — Ao<br />
Sr. William Dougal Christie.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Sr. Marquez.—Recebi anota <strong>de</strong> V. Ex. datada<br />
<strong>de</strong> hoje, e informado por V. Ex. que o Governo<br />
Imperial está prompto para dar or<strong>de</strong>ns ao seu Ministro<br />
em Londres para pagar, sob protesto, qualquer<br />
somma que exija o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong><br />
como Ín<strong>de</strong>mnisação no assumpto do Prince<br />
of Wales, e também para aceitar a minha indicação<br />
<strong>de</strong> propor para ser consi<strong>de</strong>rado pelo Governo<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> um arbitramento na questão dos<br />
Officiaes da Forte, vou immediatamente requisitar<br />
do Almirante Warrcn que faça cessar as represálias,<br />
o dê or<strong>de</strong>m para o relaxamento das presas<br />
já feitas.<br />
V. Ex. pô<strong>de</strong> estar certo <strong>de</strong> que as represálias<br />
cessão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> este momento, e que o Almirante<br />
Warren expedira sem <strong>de</strong>mora or<strong>de</strong>m para o relaxamento<br />
das presas.<br />
O Governo Imperial, por motivos quo julga sem<br />
duvida plausíveis, preferlo pagar, sob protesto, o<br />
que fór exigido na questão do Prince of Wales, do<br />
que adoptar a suggeslão, que fiz-<strong>de</strong> prepor-seque<br />
fosse também esta questão submettida a um arbitramento.<br />
Nas conferências que tive com o Secretario <strong>de</strong><br />
V. Ex., como seu Representante, insisti com empenho<br />
na vantagem dc conservar o Governo Imperial<br />
para si esta chanca <strong>de</strong> obter uma <strong>de</strong>cisão mais<br />
ou menos em seu favor.<br />
A força <strong>de</strong> um protesto contra a responsabilida<strong>de</strong><br />
não pô<strong>de</strong>, segundo penso, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar enfra- |<br />
quecida pela recusa <strong>de</strong> submetter este ponto ao<br />
arbitramento.<br />
Em nenhum caso porém, o Governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ficar exposto a qualquer imputação<br />
<strong>de</strong> falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, tomando sobre si o fixar,<br />
como <strong>de</strong>lle se exige, a importância da compensação.<br />
O Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá livremente<br />
aceitar ou recusar a proposta do arbitramento na<br />
questão do Forte.<br />
Julgo conveniente lembrar que o Secretario dc<br />
V. Ex., como seu representante, promeltcu-mc qne<br />
toda a correspondência anterior, relativa a ambas<br />
as questões, trocada entre a Legação <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong><br />
o o Governo Imperial, será publicada sem<br />
<strong>de</strong>mora.<br />
Aproveito essa opportunida<strong>de</strong> para renovar a<br />
V. Ex. as sega ranças da minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />
— W. D. Christie.<br />
A' S. Ex. o Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros.<br />
Somos informados que Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador,<br />
<strong>de</strong> accordo com Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz,<br />
<strong>de</strong>liberarão não fixar sua residência <strong>de</strong> verão, no<br />
corrente anno, cm Petropolis. cmquanto não forem<br />
<strong>de</strong>finitivamente terminadas em Londres as negociações<br />
a que <strong>de</strong>rão causa as questões suscitadas pela<br />
Legação Britannica nesta Corto. •<br />
Entrou boje o vapor Parahyba, um dos navios<br />
apresados pelo Stromboli e Curlew.<br />
Continuarão boje as reuniões em alguns pontos<br />
da cida<strong>de</strong>: em nenhum foi perturbada a tranquillida<strong>de</strong><br />
publica.<br />
A Corveta D. Sanitária que sahio do nosso porto<br />
conduzindo os Aspirantes a Guardas-Marinha em<br />
viagem <strong>de</strong> instrucção chegou, com 11 dias <strong>de</strong> vis.<br />
gém, ás 7 horas da tar<strong>de</strong> do dia 30 do passado.<br />
Durante esse tempo não sobreveio nenhum con.<br />
fratempo á Corveta, á excepção <strong>de</strong> dous pampeiros<br />
um dos quaes apanhando-a á entrada do canal, a<br />
29, obrigou-a a fun<strong>de</strong>ar ahi até o dia seguinte,<br />
quando levantou <strong>de</strong> novo o ferro e foi dar fundo<br />
no respectivo ancoradouro.<br />
A Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional<br />
dirigio oo Governo Imperial a seguinte felicitação:<br />
- « Illm. e Exm. Sr.—O Conselho Administrativo<br />
da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional<br />
resolveu, por accordo unanime, em sua sessão<br />
celebrada no dia 2 do corrente mez, dirigir ao<br />
Governo Imperial uma felicitação pelo modo enérgico<br />
com que sustentou a dignida<strong>de</strong> e brios nacionaes,<br />
oflendidos pelas exigências o ameaças da<br />
legação britannica, a propósito dos questões relativas<br />
ao naufrágio da Barca inglcza Prince of Walles<br />
e aos <strong>de</strong>sacatos praticados pelos ofllciaes da Fragata<br />
Forte da mesma nação.<br />
« A Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nacional,<br />
consi<strong>de</strong>rando que o procedimento do Ministro da<br />
Inglaterra, attentalorio até das regras da cortesia<br />
social, importa uma grave offensa á Soberania c<br />
In<strong>de</strong>pendência do Brasil, não poda <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tomar<br />
parte activa nos sentimentos <strong>de</strong> indignação, <strong>de</strong> que<br />
todos os Brasileiros se achão possuídos neste momento,<br />
contra o acto <strong>de</strong> injustificada prepotência<br />
exercido pelo representante <strong>de</strong> uma nação ligada é<br />
nossa pelos laços <strong>de</strong> tantos o legítimos interesses<br />
recíprocos.<br />
a A altitu<strong>de</strong> enérgica e <strong>de</strong>corosa que tomou o<br />
Governo Imperial, repeli indo completamente as<br />
exigências da legação britannica, satisfez o expectativa<br />
geral dos Brasileiros, os quaes comprazemse<br />
em acreditar e esperar que o Governo Imperial<br />
não ce<strong>de</strong>rá ás ameaças da mal empregada força,<br />
com preterição da dignida<strong>de</strong> nacional, que mais do<br />
que a própria vida não ha quem <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> prezar.<br />
« Essa crença o esperança, que o povo Brasileiro<br />
nutre, achão Inteiro apoio na confiança que<br />
elle <strong>de</strong>posita na sabedoria o patriotismo do Governo<br />
<strong>de</strong> Sua Mogesla<strong>de</strong> o Imperador c ainda mais na<br />
prova solemne que acaba <strong>de</strong> ter do zelo com que<br />
o mesmo Governo se <strong>de</strong>svela em conservar intacta<br />
a arca santa dos brios nacionaes, que foi entregue<br />
á sua guarda.<br />
« Os abaixo assignados lisonjeão-se, pois, <strong>de</strong>.<br />
servir <strong>de</strong> écho á expressão sincera do reconhecimento<br />
da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria Nartonal,<br />
o qual nesta oceozião apresenta os seus<br />
oespeitosos protestos <strong>de</strong> adheseo ao Governo Imperial<br />
; e rogão a V. Ex. se digne <strong>de</strong> fazer chegar -i<br />
ao conhecimento do mesmo Governo esses votos<br />
e protestos da Socieda<strong>de</strong> Auxiliadora da Industria<br />
Nacional.<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5 <strong>de</strong><br />
Janeiro do <strong>1863</strong>.—Illm. e Exm. Sr. Conselheiro<br />
<strong>de</strong> Estado Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro e Secretario<br />
<strong>de</strong> Estado dos Negócios Estrangeiros.—<br />
Alexandre Maria <strong>de</strong> Mariz Sarmento, 1." Více-<br />
Presi<strong>de</strong>ntc.—José Pedra Lias <strong>de</strong> Carvalho , 2.°<br />
Vice-Presi<strong>de</strong>nte.—Antônio Luiz Fernan<strong>de</strong>s da Cunha,<br />
Secretario Geral.—Dr. Antônio José <strong>de</strong> Souza<br />
Rego, Secretario Adjunto.<br />
REPARTIÇÃO BA POLICIA.<br />
PARTE UO DIA 5 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s.<br />
Pela Policia, Manoel José da Silva, Manoel Vieira,<br />
Joaquim Teixeira, para averiguações, Vicente da<br />
Silve, por embriaguez.<br />
Na Freguesia do Sacramento, 1.° districto, um escravo,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na mesma, 2.° districto, Thomaz Rodrigues da<br />
Silva, por offensa phisica, Manoel Luiz da Costa por<br />
infracção <strong>de</strong> posturas e <strong>de</strong>sanlteu<strong>de</strong>r ao lnspector, e<br />
José Ribeiro Bastos, por se oppôr a prisão <strong>de</strong> Costa.<br />
Na <strong>de</strong> S. José, Luiz <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros e André das<br />
Neves, por vagabundos e Joanna escrava, por <strong>de</strong>sobediência<br />
a sua Senhora.<br />
Na do Senta Rita, 1.° districto, Manoel Joaquim<br />
<strong>de</strong> Souza Pinto, por infracção <strong>de</strong> posturas.<br />
Na <strong>de</strong> SanfAnna, 1.° districto, Marcos, escravo,<br />
por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na do Engenho Velho, José Gonçalves Carvalho,<br />
por <strong>de</strong>sobediência.<br />
Nv da Lagoa, Joaquim Martins Pratos, por <strong>de</strong>sobediência,<br />
José Antônio Ribeiro, Antônio da Silva<br />
Miranda o Bernardino <strong>de</strong> Souza, por infracções <strong>de</strong><br />
posturas,Romão, escravo, eIsidoro^tambemescravo,<br />
por fugidos.<br />
dia 0.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m dos respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, Laurindo José Ferreira, por furto, e<br />
o escravo José, por andar fóra <strong>de</strong> horas.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Rita, 1." Districto, Francisco Cabral<br />
<strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, por offensa physica, e o escravo Joaquim,<br />
para averiguações sobre furto e suspeito dc<br />
Rígido.<br />
Na mesma, 2.° Districto, os escravos Antônio,<br />
por embriaguez, e José, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Anna, 2." Districto, o preto Cândido,<br />
para averiguações, e os escravos Damião, e Zeferino,<br />
por capoeiras.<br />
Na do Engenho Velho, José Marinho da Silva,<br />
por injurias.<br />
Na do Sacramento, 2.° Districto, Joaquim Antônio,<br />
por offensa physica.<br />
Na da Lagoa, José Coelho da Rocha, por infracção<br />
<strong>de</strong> posturas, e Eraldino, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Pela 1. 1 Delegacia <strong>de</strong> Policia, o escravo Leandro,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Legitimárão-se na Policio, a flm <strong>de</strong> seguirem para<br />
os logares abaixo <strong>de</strong>clarados, conforme a <strong>de</strong>signação<br />
feita pelos legitimados:<br />
Porto por Lisboa: Francisco José <strong>de</strong> Souza Men<strong>de</strong>s,<br />
Manoel da Silva, Antônio Moreira, Abílio Ferreira<br />
Borges <strong>de</strong> Macedo, Francisco do Souza da Silva,<br />
Francisco Ferraz, Antônio Ferraz, Agostinho Nogueira,<br />
Manoel Ferreira dos Santos, Manoel dos<br />
Santos, Antônio Alves da Silva, José Cabral, João<br />
<strong>de</strong> Souza Machado, Maria Constança Peres, Antônio<br />
Villas Boas, Manoel Ferreira, Antônio Gomes, Manoel<br />
Pereira Maciel, Pedro Martins Rnmos, Francisco<br />
Tavares da Silva, Antonia Carolina, Manoel<br />
Ignacio dc Me<strong>de</strong>iros, João da Silvo, Joaquim José<br />
Alexandre, Antônio Pereiro» Manoel João, Manoel<br />
da Silva, Manoel Antônio Dias, Manoel Christovão<br />
da Cunha, Bernardino Barroso Pereira, Joaquim<br />
Francisco da Costa, Antônio José Ferreira, Antônio<br />
Joaquim Pereira, João Manoel Pinheiro, Antônio<br />
Pinheiro, José Dias da Cruz, Maria. Fernan<strong>de</strong>s Faria,<br />
Manoel Soares do Couto, José du Fonte, Emilia<br />
Cândida, Antônio Guido<strong>de</strong> Sousa, Manoel Corrêa<br />
Coelho, Maurício Rebcllo, Domingos Gomes dos<br />
Santos, Francisco Miguel, Antônio Pereira <strong>de</strong> Sampaio,<br />
José Gonçalves Monteiro, João Gonçalves, o<br />
Franeisco Antônio; portuguezes.<br />
Costa da Mina pela Bahia: Antônio José, e Virgina<br />
Rosa da Conceição, pretos forros.<br />
Itália: Biasc Lanoglia, Giovanni Lamarca, Diagc<br />
Lamarca, e Antônio Mazzeo; italiano;.<br />
Secretaria da Policie da Corte, em 7 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. /. <strong>de</strong> Uma.<br />
Relação das pessoas sepultadas ma dia 4 <strong>de</strong><br />
Janeira <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Francisco Moreira da Silva, Portuguez, 46 annos,<br />
casado. Tísica pulmonar.<br />
Manoel dc Almeida Sdiõrfco, Portuguez, 58 annos,<br />
casado. Diarrhéa.<br />
Domingos Manoel Lourcnço, Portuguez, 23 annos,<br />
solteiro. Apoplexia.<br />
Eleuterio Corrêa Ferreira Bastos, Portuguez, 33<br />
i annos, solteiro. Febre typholdc.<br />
José da Costa Fernan<strong>de</strong>s, Portuguez, 36 annos,<br />
casado. Pneumonia.<br />
Jacintho Joaquim Borges, Brasileiro, 57 annos.<br />
Hyperlrophia.<br />
Maria Magdalcna Kaisa, Allemãa, 14 annos. Febre<br />
typhoi<strong>de</strong>.<br />
Manoel, filho <strong>de</strong> Ignacio Gonçalves Rocha. Falleu<br />
ao nascer.<br />
José, filho <strong>de</strong> Emilia Constança, Fluminense, 7<br />
dias. Perilonitc.<br />
Cândida, filha <strong>de</strong> João José Basilio, 14 dias. Tétano<br />
dos rc cem-nascidos.<br />
Um innocente, filho <strong>de</strong> Anna Jaeintha. Nasceu<br />
morto.<br />
• Emilia, filha <strong>de</strong> Custodia Gomes, Fluminense, 9<br />
meses. Pneumonia.<br />
Emílio, filho dc Bernardo Lasad, Fluminense,<br />
6 1/2 mezes. Gaslro-enterite.<br />
Estevão, exposto da Santa Caso, Fluminense, 7<br />
dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />
José, Fluminense, 8 dias. Ictericia.<br />
José Maria, Fluminense, 25 annos. Diarrhéa.<br />
Agostinho Pereira da Silva, Parahybano, 20 annos.<br />
Tísica pulmonar.<br />
Luiza, filha <strong>de</strong> José Coelho, Fluminense, 7 annos.<br />
Coqueluche.<br />
Joaquim Alves Moreira, Portuguez, 30 annos, solteiro.<br />
Congestão cerebral.<br />
Manoel José <strong>de</strong> Araújo, Fluminense, 49 annos,<br />
casado. Encephaiite.<br />
José Antônio Corrêa, Fluminense, 30 annos, solteiro.<br />
Congestão pulmonar.<br />
Clara Antonia da Conceição, Paulista; 53 annos,<br />
Viuva. Meningo-cnccphalite.<br />
Francisca Cândida Joaquina Chaves, Fluminense,<br />
14 annos, solteira. Tísica pulmonar.<br />
Genovcva Fernan<strong>de</strong>s Portella, Fluminense, 35<br />
annos, solteira. Febre typhoi<strong>de</strong>.<br />
Maria Rosa da Conceição, Fluminense, 18 annos,<br />
solteira. Queimadura.<br />
Carlota Joaquina Palença, Fluminense, 77 annos,<br />
solteira. Marasmo.<br />
João José Borges, Fluminense, 31 annos, viuvo.<br />
Febre perniciosa.<br />
Guilherme, filho <strong>de</strong> Guilherme Ferreira Sampaio,<br />
Fluminense, 2 annos. Gaslro-enterite.<br />
Josephins, filha dc Pedro Perrier, Francesa, 61/2<br />
annos. Encephaiite.<br />
Ireneu, filho <strong>de</strong> Jeronymo Francisco dc Azevedo,<br />
Fluminense, 1 anno. Convulsões.<br />
João Cylchoune, Francez, 38 annos, casado. Hydropisia.<br />
Scpultárão-se mais 11 escravos, tendo fsllccido 1<br />
<strong>de</strong> convulsões, 1 <strong>de</strong> gasíro-enteríte, 1 dc física inesenterica,<br />
1 <strong>de</strong> congestão cerebral, 1 dc hepatite, 3<br />
<strong>de</strong> bexigas c 2 <strong>de</strong> tísica pulmonar.<br />
Dia 6.<br />
Aurora da Costa Carrilha, Fluminense, 11 annos.<br />
Tuberculos mesentericos.<br />
João, filho <strong>de</strong> Francelina Rosa da Silva, Fluminense,<br />
7 mezes. Convulsões.<br />
. Rosa, filha <strong>de</strong> Joaquina Marta da Conceição, Fluminense,<br />
4 mezes. Convulsões.<br />
Domitila, filha do .José Joaquim Teixeira <strong>de</strong> VatençãFluminense,<br />
10 mezes. Encephaiite.<br />
Maria, filha do Paula Virgínia, Fluminense, 2<br />
dias.<br />
Engracia, exposta, Fluminense, 14 dias.<br />
Paulo, exposto, Fluminense, 5 dias.<br />
Um recém-nascido, filho <strong>de</strong> Manoel José Barreto,<br />
Fluminense. Congestão cerebral.<br />
Domingos Henrique da Silva, Portuguez, 35<br />
annos, solteiro. Tuberculos pulmonares.<br />
João Francisco Ferreira, Fluminense, 32 annos,<br />
casado. Congestão cerebral.<br />
Manoel do Rego Raposo, Portuguez, 83 annos,<br />
solteiro. Opilação.<br />
Manoel Silveira, Portuguez, 27 annos, solteiro.<br />
Gasl ro-cn tero-col i te.<br />
Anna Maria, Africana, 80 annos, solteira. Amolecimento<br />
cerebral.<br />
Maria José, Macahcnse, 30 annos, solteiro. Diarrhéa.<br />
Antônio, Africano, 80 annos, solteiro. Deli ri um<br />
tremens.<br />
Clotil<strong>de</strong>, filha <strong>de</strong> João Christiano Pinheiro, Fluminense,<br />
21/2 annos, Entero-còlitc.<br />
Henrique José Vianna, Brasileiro, 30 annos, soltei<br />
ro. Tuberculos pulmonares.<br />
Ccleriano Luiz do Souto, Fluminense, 32 annos,<br />
solteiro. Paralysia.<br />
Sepultarão-se mais 7 escravos, tendo fallecido 1<br />
<strong>de</strong> cachexia, 1 que fallcceu ao nascer, 1 <strong>de</strong> hypocmia,<br />
1 <strong>de</strong> tesão do coração, 1 dc tísica pulmonar, 1<br />
<strong>de</strong> breúco-pneumonia c 1 do bexigas.<br />
«CIOS ADMINISTRATIVOS.<br />
Primeira Pafradorta do Thesouro<br />
Nacional.<br />
Pela 1." Pagador ia pagão-se no dia 8 do corrente as<br />
seguintes folhas: Escola Central c Meios soldos.<br />
Rio, 7 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.— Buel <strong>de</strong> BaeeUar.<br />
Correio Geral da Corte.<br />
<br />
PARTE COMMERCIAL.<br />
PRAÇA, 7 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Cotações ofliciaes da Junta dos Corretores.<br />
CÂMBIOS: Londres, 27 1|4, 27 3/8, a 90 d/v.<br />
Paris : 317 a 90 djv.<br />
GÊNEROS DIVERSOS : Azeite doce dc Lisboa, 3559000 por<br />
pipa.<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />
Pelo Secretario, //. J. Goulart.<br />
Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 1 a 5 172:7434270<br />
Do dia 7 51 -.3285128<br />
Somma 224:0719398<br />
Da Recebedoria, do dia 1 a 5 38:5529986<br />
D o d , a 7 3:2359999<br />
Somma 41 -.7889985<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2 a 5 22:8529603<br />
D ° d i a 7 • 7:6439230<br />
Somma 30:4959919<br />
EMBARQUES OS CAFÉ NO DIA 5 0S JANEIRO.<br />
Heymam & Comp. (Canal) Jjjâ,<br />
Sacas.<br />
4.4GO<br />
Boje & Comp. (Dito) 2.1)21<br />
Phipps Irmãos & Comp. (Ncw-York)...!! 1.472<br />
9. M. R. & Rudge (Yalparaioso) 510<br />
Diversos (DiíTcrcnlcs portos) 16<br />
ToUl 9.319<br />
Des<strong>de</strong> o 1.° do mez 16.318<br />
m i ItOSIMC TO C01IIIHRtl.tr.<br />
DEZBMBBO DB 1862.<br />
Entrarão no <strong>de</strong>curso do mez <strong>de</strong> Dezembro 100<br />
embarcações com 33.125 toneladas vindos do portos<br />
estrangeiros.<br />
As cargas quo trouxerão constarão dc 29 com<br />
vários gêneros, 17 com carne secea, 10 com carvão*<br />
7 com farinha <strong>de</strong> friso, 7 com farinha dc trigo u<br />
vários gêneros, 1 com farinha <strong>de</strong> trigo e milho,<br />
3 com vinho, 7 com vinho, sal c gêneros, 4 com<br />
vinho o gêneros, 4 com sal, 2 com gelo c fruetas,<br />
2 com pinho, I com pinho e ferro, 1 com arroz<br />
c chá, 1 com bacalháo, 3 cm lastro, c 1 arribada.<br />
Entradas <strong>de</strong> portos estrangeiros no mez <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Procedência* 0uan- Tone- Nacionalida<strong>de</strong>s<br />
tida<strong>de</strong>s, tadat.<br />
Antuérpia 1 209 Belga.<br />
Ballimorc 7 2.G52 Americanos.<br />
Barcelona 3 518 Hcspanhol.<br />
Benicarlo 1 132 Hcspanhol.<br />
Bor<strong>de</strong>os 1 1.311 Franecz.<br />
Bostoa 3 1.757 Americanos 2, Inglez 1.<br />
Buenos-Ayres 6 í .358 Are. l, Bras. i, Fran. 1,<br />
Hesp. l. Ing. i, Port. 1.<br />
Cadiz. b 858 Franc. I, Dinam. l, Russo<br />
I.<br />
Cantnn 1 190 Americano.<br />
Cardiã*. 7 1.143 Ing. 4, Franc. 1, Dinam.<br />
l, nosso 1.<br />
CeUe 1 «y£ 188 Hanibargucz.<br />
Copcnhnguc• 1 273 Russo.<br />
Hamburgo 6 1.835 Hamb. 3, Dinam. I, Hanov.<br />
1, Sueco 1.<br />
Havre 4 2.175 Francex.<br />
llcrnosand 1 178 Sueco.<br />
Ilha do Fayal 1 611 Brasileiro.<br />
Ilha do Sal 1 658 Brasileiro.<br />
Ilha Terceira 1 222 Portuguez.<br />
Ienes 1 156 Inglez.<br />
Lisboa * i.tte Bel. 1, Franc. I, Port. 1,<br />
Sueco 1.<br />
Livcrpool 6 1 .C16 Ing. 3, Dinam. 2, liamburgúcz<br />
1.<br />
Londres 2 477 Inglezes.<br />
.Uíílapa............. 1 154 Dmnmarqucz.<br />
Marselha 1 2?r. Krancez.<br />
Montevidôò '.. 14 2.644 Uns. 7, port. 1, Hesp. 2,<br />
Arg. 1, Oricnt. 1.<br />
New-Casllc......... 3 885 Ha.i.b. 1. Ing. 1 Norug. I.<br />
New-York... 4 1.272 Amcric. 2,Bras. 1, Ing. t.<br />
Philadclphia 3 73* Ámeríc. i. Diriam. 1.<br />
Porto, 4 1.729 Pori iguezes.<br />
Rio da Prato 2 2.400 Francês 1, Inglez í.<br />
Southnmptom 1 1 886 Inglez.<br />
Tarragona 1 170 Ilcspaohol.<br />
Triesle. .': • • I 217 biiiQuiarnoez,:.<br />
Westoriekw...,..... 1 304 Sueco.<br />
100 33.125
SahirSo para porto» estrangeiros 64 embarcações<br />
com 32.615 toneladas. Destas 47 exportarão gêneros<br />
do paiz, as <strong>de</strong>mais sahirloem lastro ou seguirão com<br />
a mesma carga com que entrarão por franquia ou<br />
arribadas.<br />
Embarcações sabida* para portos estrangeiros<br />
no me: és Dezembro <strong>de</strong> 1862<br />
Akyabe.<br />
/.iifurrjiia.«...<br />
liallimorc<br />
ITOROVAUT..,,..,<br />
I turnos- Ajres..,<br />
(Jriíftirnia......<br />
Celháo<br />
Canal<br />
C. és doe F.tpa<br />
' -OILSLÍJC LÍLLILPL.L .<br />
Dclowaní<br />
tslnu,uih<br />
«MLIRJLLÍIF-..<br />
»;«a<br />
Hflinhurgo.....<br />
Jisrapton Rime.<br />
Havana ,<br />
Ha wc.........<br />
Indlo<br />
Lisboa.<br />
lirarnool<br />
Marselha.,.,,,.,<br />
Montevidéu<br />
Wow-V«rck<br />
Porto<br />
Kio da Prata...<br />
R. Jiian dclSud..<br />
a. Tfteaaai......<br />
Soudiainplon ....<br />
Vataoreto<br />
Quan- Tone<br />
tida<strong>de</strong>. lados.<br />
, 1<br />
haetxmalida<strong>de</strong>»<br />
«7 SK" M"<br />
. 1 Tet Americanos.<br />
. 2 1,588 Franceses.<br />
, t tas Brasileira.<br />
, 1 fSl Rrcmcnse.<br />
f 3.158 Americanos.<br />
, « V.C10 llolland. l.lng. 1. Sueco?<br />
Dinam. 2, IVass. I, NO<br />
rueg. t.<br />
I 211 logi«.<br />
I 3CS Sueco.<br />
I 4SC Diafltnarqucr.<br />
1 Mis Americano.<br />
2 ITT Dinam T. Port *<br />
1 224 lanaronrqurz.<br />
2 802 Portuguez.<br />
I 14a Sueco.<br />
J êZZ Americano.<br />
1 178 Hcspanhol.<br />
2 J.7SS fremeesK*.<br />
I 456 Brcmcnsn.<br />
I 089 Portujtacz.<br />
I !»70 Inglez.<br />
S b80 Diuam. I. Ing<br />
5 1.453 Arei. I, Bras.<br />
Ing. 1. Port.<br />
I 3.702 Ing. 4, Amer.<br />
t ttt Portuguezes.<br />
a S.89V Bras. I, Dinom. I, Hesp. 1,<br />
Vr.IIN-, I. lug. I,Sueco 1.<br />
1 1.052 Americano.<br />
| fBB Americano.<br />
1 1.880 Inglez.<br />
I 4l5 Amcrirjino.<br />
0« 32,615<br />
1, ItaJ. 1.<br />
, Hesp. 1,<br />
J.<br />
l, Sueco 1.<br />
Entraria <strong>de</strong> portos do importo 171 embarcações j<br />
com 21.340 toneladas, sendo 170 brasileiras, 2<br />
suecas, 2 inglesas o 1 americana. No numero das<br />
brasileiras OgurAo 28 Vapores.<br />
Entradas <strong>de</strong>portas nacionaes no mez <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1862.<br />
Portos. Quanti- Toneia- Natíonnli- I<br />
da<strong>de</strong>.it. da*. daéet.<br />
Angra..... , 7 301<br />
Aracatt 1 165<br />
111<br />
Bahia t SSO Americ. 1. Suern 1<br />
liencvcníc « -<br />
Cabo Frio 6 497<br />
Campos............... 29 S.C99<br />
Caraguataiuba....«... 1 102<br />
CORTE.<br />
DIÁRIO OFFIGIâL<br />
POR ANNO.. 12&000<br />
POR SEIS MEZES.. . 6$)000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL<br />
POR TRES MEZES. . 3$000<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO .... 16$000<br />
PCR SEIS MFZES.'>. . 8*5)000<br />
POR TRES MEZES... 4-£000<br />
DE 1865. SEXTA FEIRA, 9 DE JANEIRO. NUMERO 6.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO.<br />
Circular aos Presi<strong>de</strong>ntes das Províncias.— Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro.—Presidência do Conselho <strong>de</strong> Ministros em<br />
8 <strong>de</strong> Janeiro dc 1803.<br />
Illm. c Exm. Sr.—Nos números do Diario Official<br />
quo rcmetto a V. Ex. lerá V. Ex. as ultimas<br />
notas trocadas entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros,<br />
c a Legação Britannica nesta Corte acerca<br />
das questões que esta suscitou por oceasião do naufrágio<br />
da barca inglcza Pince of Wales na praia do<br />
Albardão da Provincia do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, c<br />
da prisão' do Capcllão u <strong>de</strong> dous officiaes da Fragata<br />
Foríe, clfcctuada pelo <strong>de</strong>stacamento policial do<br />
morro da Tijuca nesta Cida<strong>de</strong>.<br />
A Legação Britannica pedio ao Governo Brasa*<br />
leiro uma ín<strong>de</strong>mnisação pelos roubos quo al legava<br />
terem sido commettidos na carga e bagagens que<br />
se achavão á bordo da dita barca, e uma satisfação<br />
pela prisão dos (referidos Cppellão e Ofllciaes, o<br />
mãos tratos e Insultos que dizia lhe terem sido feitos<br />
por aquelle* <strong>de</strong>stacamento, c pelas autorida<strong>de</strong>s policiaes.<br />
^'^Q.<br />
O Governo Imperial, conscio dos seus <strong>de</strong>veres,<br />
e não <strong>de</strong>scobrindo fundamento para semelhantes<br />
pedidos, negou-se a satisfazfil-os. Esta <strong>de</strong>negação<br />
<strong>de</strong>u logar a que a Legação Britannica dirigisse em<br />
data <strong>de</strong> o do mez passado tres notas ao Ministério<br />
• dos Negócios Estrangeiros, nas quacs, insistindo nos<br />
seus pedidos, requisitava uma resposta <strong>de</strong>finitiva<br />
até o dia 20 do mez passado.<br />
,Não apresentando a Legação Britannica nestas<br />
notas melhores fundamentos para os pedidos que<br />
fazia, o Governo Imperial, em nota <strong>de</strong> 29, insistia<br />
na sua anterior recusa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> fazer uma resenha<br />
dos factos oceorridos, c verificados nas diligencias<br />
a- que proce<strong>de</strong>rão as autorida<strong>de</strong>s do paiz, das provi<strong>de</strong>ncias<br />
tomadas pelo mesmo Governo, o das explicações<br />
dadas á Legação Britannica : e <strong>de</strong>volvendo<br />
a solução <strong>de</strong>finitiva das duas questões ao Governo<br />
Britannico, com o qual sc enten<strong>de</strong>ria.por intermédio<br />
da Legação Imperial cm Londres, firmou as<br />
seguintes conclusões.<br />
Quanto a 1.* qucslão.<br />
Quo não podia nem <strong>de</strong>via o Governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> o Imperador uccctlcx ao principio 4n res*pon<br />
subi lidado, que sc lhe attribuia, o contra o<br />
qual alta c categoricamente protestava.<br />
Que recusava-so peremptória mente a consentir<br />
c' a intervir na proposta liquidação das perdas soffridas<br />
pelos donos da barca naufragada, e da Ín<strong>de</strong>mnisação<br />
quo sc exigia pelos suppostos assassinins.<br />
Que sc fosse obrigado a ce<strong>de</strong>r á força nesta<br />
questão pecuniária, pagaria, protestando tambémcontra<br />
a violência que so lhe fizesse, a somma que<br />
a Legação Britannica, ou o Governo Inglez quisesse.<br />
* Quanto á 2." questão:<br />
Que o Governo Imperial conscio do que as autorida<strong>de</strong>s<br />
policiaes não tinlião faltado ás attenções<br />
<strong>de</strong>vidas á marinha britannica, no procedimento que<br />
tiverão com tres indivíduos vestidos á paisana, que<br />
recusarão <strong>de</strong>clarar seus nomes c qualida<strong>de</strong>s, não<br />
podia nem <strong>de</strong>via igualmente satisfazer as exigências<br />
do ultimatum da Legação Britannica ; e por muito<br />
quo <strong>de</strong>plorasse os males que <strong>de</strong>sta sua <strong>de</strong>liberação<br />
po<strong>de</strong>ssem resultar, julgava preferível, e mais honroso<br />
soffrcl-os, do que sacrificar o <strong>de</strong>coro c a dignida<strong>de</strong><br />
nacional.<br />
A estas notas seguirão-so as dc 30 e 31 <strong>de</strong> Dezembro,<br />
e 1.° do corrente mez, indicando n final<br />
a Legação Britannica o alvitre <strong>de</strong> so <strong>de</strong>cidirem as<br />
questões por moio <strong>de</strong> um arbitramento.<br />
O Governo Imperial julgou conveniente não resolver<br />
sobre este alvitre sem primeiro ouvir o Conselho<br />
<strong>de</strong> Estado; o dando disto conhecimento a Legação<br />
Britannica em nota <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong>sto mez. perguntou-lhe<br />
se o arbitramento comprehendia ambas as questões,<br />
ou unicamente a da prisão do Capcllão e dos Ofllciaes<br />
da Fragata Forte.<br />
Com a resposta da Legação Britannica, do se sujeitarem<br />
ao arbitramento ambas as questões, foi<br />
ouvido o Conselho dc Estado; o <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />
com o sco parecer Resolveu Sua Magesta<strong>de</strong> o Imrador<br />
que se dirigisse ú mesma Legação a nota<br />
<strong>de</strong> 5, que foi logo respondida.<br />
O Governo Imperial aceitou o arbitramento somente<br />
para a segunda das referidas questões, resalvando<br />
todavia o direito e a obrigação do Governo <strong>de</strong><br />
fazer executar os leis do paiz, o exigio antes <strong>de</strong> tudo<br />
quo cessassem as represálias, c sc relaxassem as<br />
presas feitas por or<strong>de</strong>m do Almirante Inglez.<br />
Annuindo a Legação Britannica a estas flnacs <strong>de</strong>cisões,<br />
vio o Governo Imperial terminada aquella<br />
<strong>de</strong>sagradável emergência, sem a menor quebra da<br />
dignida<strong>de</strong> e da honra do Brasil, pelas quacs é o<br />
primeiro responsável.<br />
O mesmo Governo confia que os sentimentos patrióticos,<br />
que sc têm manifestado no povo <strong>de</strong>sta capital,<br />
sem distineção <strong>de</strong> posições sociaes e opiniões<br />
polüticas, terão ccho nas Províncias do Império, e<br />
que os habitantes dcllas se uniráõ como um só<br />
corpo, o ro<strong>de</strong>arão o Augusto Throno do Sua Magesta<strong>de</strong><br />
o Imperador, sempre que se tratar do <strong>de</strong>coro<br />
o dignida<strong>de</strong> da Nação Brasileira.<br />
Por ultimo o Governo Imperial ha por muito recommcndado<br />
a V. Ex. o emprego dos meios convenientes,<br />
para quo não haja nessa Província a menor<br />
alteração na or<strong>de</strong>m publica, nem a mais leve o Densa<br />
aos direitos dos subditos britannicos nella resi<strong>de</strong>ntes.<br />
O Brasil <strong>de</strong>ve toda a protecção aos estrangeiros;<br />
e será elevado no credito, <strong>de</strong> que j& gosa, <strong>de</strong> nação<br />
civillsada, se no meio da effcrvescencia e excitação<br />
que no espirito publico tem causado os acontecimentos<br />
a que me refiro, os subditos Britannicos não<br />
soflrerem o menor damno em suas pessoas e bens,<br />
causado por vindictas e <strong>de</strong>sforços indivvduaes.<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.—Marquez <strong>de</strong> Olinda.—<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nta da Provincia <strong>de</strong>...'.<br />
Circular aos Presi<strong>de</strong>ntes das Províncias.—Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. —Presidência' do Conselho <strong>de</strong> Ministros^<br />
em 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>?.<br />
Illm. e Exm. Sr.— Em additamcnto á Circular<br />
quo dirijo hoje a V. Ex. acerca das questões oceorridas<br />
com a Legação Britannica nesta Cdrte, çommunico-ihc<br />
que se acha reaUsado o relaxamento<br />
das presas feitas por or<strong>de</strong>m do Almirante Inglez; e<br />
dcllas já entrou uma neste porto, ficando as outras<br />
a largar da enseada das Palmas, on<strong>de</strong> estavão <strong>de</strong>tidas.—DeosGuar<strong>de</strong><br />
a V. Ex.—Marquez <strong>de</strong> Olinda.<br />
—Sr. Presi<strong>de</strong>nte d a Provincia dc...<br />
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS<br />
ESTRANGEIROS.<br />
Rio do Janeiro, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—Sr. Marquez.—<br />
Sou obrigado a chamar a ottenção dc<br />
V. Ex. para as insinuações do Diário Official do 1.°<br />
do corrente e <strong>de</strong> hoje, fazendo distineção, com referencia<br />
aõ presente infeliz estado <strong>de</strong> cousas, entre a<br />
Legação e o Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>, manifestando<br />
a convicção <strong>de</strong> que os meus procedimentos<br />
não serão approvados pelp Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />
e lançando-mc a imputação <strong>de</strong> procurar pretexto<br />
para perturbar as relações amigáveis entre a<br />
Grã-Bretanha e o Brasil.<br />
Eu <strong>de</strong>vo tornar o Governo Imperial responsável<br />
por estas e por outras semelhantes insinuações futuras<br />
na sua folha official.<br />
Não é necessário recordar a V. Ex. que sou Ministro<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, acreditado<br />
junto do seu Augusto Soberano por uma Carta<br />
Real, <strong>de</strong>sejando que se dê credito a tudo que eu<br />
disser, como se dito fora pelo Governo <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>,<br />
c tenho repetidas vezes dito a V. Ex. por<br />
palavra o por escripto, que estou proce<strong>de</strong>ndo dc<br />
conformida<strong>de</strong> com as instrucçõos do meu Governo.<br />
Aproveito esta opporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />
V Ex. as seguranças <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.—<br />
A S Êx. o Sr. Marquez dc Abrantes, Ministro dos<br />
Negócios Estrangeiros.-— II'. O. Christie<br />
Secção Central.—Ministério dos Negócios Estrangeiros.—<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, G <strong>de</strong> Janeiro do 4863.—<br />
Accuso recebida a 'nota que, com data <strong>de</strong> 3 do corrente,<br />
passou-me o Sr. William Dougal Christie, Enviado<br />
Extraordinário c Ministro Plenipotcnciario do<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, c na qual, referindo-se<br />
a algumas palavras da redacção do Diário Official<br />
do dia l.°o do dia 3, rectifica as proposições contidas<br />
nessas palavras, c contra ella reclama.<br />
Em resposta, cabe-mo dizer ao Sr. Christio que,<br />
em circumstancias cxcepcionacs, nem sempre c possível<br />
evitar quo uma ou outra expressão escape menos<br />
conveniente ou própria, sobre tudo cm escriptos,<br />
como os <strong>de</strong> que se trato, elaborados apressadamente;<br />
mas o que a esto respeito posso assegurar ao Sr.<br />
Christie 6 que o Governo Imperial jamais approvaria<br />
quo a redacção da Folha Ofllcial intencionalmente,<br />
usasse <strong>de</strong> qualquer phrase ofiensiva do Representante<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica.<br />
E opportuna me parece a oceasião para remover<br />
•tombem do espirito do Sr Christie a <strong>de</strong>sagradável<br />
impressão, quo lhe <strong>de</strong>ixou o facto <strong>de</strong> haver o Governo<br />
Imperial resolvido appellar da apreciação do<br />
Representante <strong>de</strong> Suo Magesta<strong>de</strong> Britannica para a<br />
do seu Governo.<br />
Seguramente que <strong>de</strong>sse facto não so po<strong>de</strong> com<br />
razão <strong>de</strong>prehendcr que preten<strong>de</strong>u o Governo Imperial<br />
pôr cm duvida que tivesse o Sr. Christie inslrucções<br />
do seu Governo.<br />
O que naturalmente sc <strong>de</strong>duz, sim, é que julgando<br />
o Governo Imperial que o Sr. Christie apreciara <strong>de</strong><br />
um modo menos justo, posto que sincero, as questões<br />
<strong>de</strong> que se tratava, o na esperança dc que o seu Governo<br />
as encarasse por modo diffcrentc, resolveu<br />
empregar esse recurso, sem todavia suppor que nisso<br />
se po<strong>de</strong>sse enxergar uma censura ao caracter do Sr.<br />
Christie.<br />
Aproveito a opporlunida<strong>de</strong> para renovar oo Sr.<br />
Christio os expressões <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />
—Marques <strong>de</strong> Abrantes.— Ao Sr. William Dougal<br />
Christie.<br />
Rio do Janeiro em 3 do Janeiro do <strong>1863</strong>. — Sr.<br />
Marquez.—Respondi a noite passada a nota <strong>de</strong> V.<br />
Ex. <strong>de</strong> hontem uma hora <strong>de</strong>pois dc a ter recebido*<br />
<strong>de</strong>sejando fazer quanto estivesse em meu po<strong>de</strong>r para<br />
evitar <strong>de</strong>mora na negociação em que V. Ex. mostrou<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> entrar.<br />
Nada tenho que alterar no quo disse a respeito<br />
<strong>de</strong>ssa negociação.<br />
Reflcctindo porém mais convenci-me <strong>de</strong> que importava<br />
oo Governo <strong>de</strong> S. M. o a mim próprio que<br />
eu não <strong>de</strong>ixasse sem reparo uma dos explicações<br />
preliminares do V. Ex.<br />
Diz V. E. cm resposta ã minha asseveração, <strong>de</strong><br />
que nenhumas explicações verbaes me forão dadas<br />
<strong>de</strong>pois do inquérito do Chefe <strong>de</strong> Policio, e que V. Ex.<br />
assim o <strong>de</strong>clarava, que o não havia entendido bem,<br />
pois quo me dissera que explicações forão dadas<br />
quer antes, quer <strong>de</strong>pois do inquérito. A minha<br />
lembrança é muito exacta, e a minha convicção<br />
muito forte a respeito do que asseverei; mas tornase<br />
<strong>de</strong>snecessário prolongar a discussão pelo quo toca<br />
á discordância <strong>de</strong> nossas lembranças, visto que V.<br />
Ex. confessa que não pô<strong>de</strong> recordar-se das suas<br />
palavras, mas que naturalmente as explicações <strong>de</strong>verião<br />
ser taes, quaes o estado das cousas suggerissem.<br />
O que eqüivale a dizer quo V. Ex. refere<br />
agora estas explicações não pela memória, mas por<br />
conjectura *, e não pô<strong>de</strong> portanto consi<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong>srespeitoso<br />
ou discor<strong>de</strong> das conveniências diploma-<br />
ticos que eu diga que a*s explicações <strong>de</strong> que V. Ex.<br />
mesmo esqueceu-se <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> merecer gran<strong>de</strong><br />
aitenção <strong>de</strong> minha parte, e não po<strong>de</strong>m justificar, a<br />
V. Ex. <strong>de</strong> se ter servido dcllas. como uma razão,<br />
e razão única, para submetter ao Gabinete Britannico<br />
a questão dos Ofllciaes da Forte.<br />
Aproveito esta' opporlunida<strong>de</strong> para renovar a<br />
V. Éx. as seguranças <strong>de</strong> minha alta consi<strong>de</strong>ração.<br />
— A S. Bi. O Sr. Marquez <strong>de</strong> Abrantes, Ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros.— W. D. Chrislie.<br />
j|; Secção Central.—Ministério dos Negócios Estrangeiros.—Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, G <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—<br />
Com relação aos esclarecimentos verbaes que, sobro<br />
ò assumpto dos ofliciaes da Forte, cu disse haverem<br />
sido ministrados por mim e principalmente pelo<br />
Sr. Ministro da Justiça ao Sr. William Dougal<br />
[Chrislie, Enviado Extraordinário o Ministro Plenipotcnciario<br />
<strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica, foz o<br />
mesmo Sr. Christie, na sua nota <strong>de</strong> 3 do corrente,<br />
algumas consi<strong>de</strong>rações no intuito <strong>de</strong> sustentar<br />
quanto a esse respeito havia anteriormente dito.<br />
| Não me parecendo que resulte aclualmente utilida<strong>de</strong><br />
alguma dc proseguir-se na discussão sobre<br />
semelhante assumpto, limitar-mc-hei a respon<strong>de</strong>r<br />
oo Sr. Christie, aceusando o recebimento <strong>de</strong> sua<br />
hota,*e <strong>de</strong>clarando que fico inteirado do quanto<br />
•ella se contém.<br />
* Benovo ao Sr. Christie as expressões <strong>de</strong> minha<br />
alta consi<strong>de</strong>ração.—Marquez <strong>de</strong> Abrantes.—Ao Sr.<br />
William Dougal ChnStfc.<br />
. Secção Central. — Ministério dos Negócios Estrangeiros.—<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, 7 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
— De conformida<strong>de</strong> com o ajuste feito pelos notas<br />
trocadas, com a data dc 5 do corrente, entre este<br />
Ministério c a Legação Britannica, cumpro o <strong>de</strong>ver<br />
<strong>de</strong> commiinicar ao Sr. William Dougal Christie,<br />
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotcnciario<br />
dc Sua Magesta<strong>de</strong> Britannica* que, pelo paquete que<br />
•arte amanhã para Southampton, são expedidas á<br />
Legação Imperial cm Londres as convenientes or<strong>de</strong>ns<br />
para a entrega, sob protesto nos termos da<br />
minha nota <strong>de</strong> 29 do mez findo, da quantia quo o<br />
Governo dc Sua Magesta<strong>de</strong> Brilannica exigir como<br />
Ín<strong>de</strong>mnisação pelo naufrágio da barca Prince of<br />
Walles. M-~
—Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, dcclacrando que<br />
Informa qual o numero <strong>de</strong> Guardas Nacionaes que<br />
S. Ex. dispensou do serviço daconduecão <strong>de</strong>corres<br />
pon<strong>de</strong>ncia Militar, conforme communicou á este<br />
Ministério em seu offlcio <strong>de</strong> 24 dc Outubro Ondo<br />
— Ao da do Pará. <strong>de</strong>clarando cm resposta ao seu<br />
oflicio <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Outubro ultimo, communicando a<br />
este Ministério que marcava o prazo <strong>de</strong> 6 mezes<br />
para os encarregados do recrutamento apresentarem<br />
os recrutas, que esse prazo <strong>de</strong>ve ser limitado a tres<br />
mezes em vista do pequeno numero <strong>de</strong> recrutas dc<br />
signados para as respectivas freguezias.<br />
— Ao da do Paraná, I<strong>de</strong>m em additamento ao<br />
Aviso <strong>de</strong>ste Ministério <strong>de</strong> 16 do corrente mez, pelo<br />
qoal se mandou exonerar do cargo <strong>de</strong> recrutadores<br />
noquello Província o Tenente Francisco Xavier <strong>de</strong><br />
Godov, o Alferes Manoel Joaquim Telles a o Date<br />
gado <strong>de</strong> Policia ll<strong>de</strong>fonso José Gonçalves, não <strong>de</strong>vendo<br />
clles ser substituídos no dito cargo nem mesmo<br />
interinamente, que S. Ex. po<strong>de</strong> encarregar as Autorida<strong>de</strong>s<br />
Poli does <strong>de</strong> recrutarem nos seus respectivos<br />
districtos.<br />
— Ao da do Rio <strong>de</strong> Janeiro, communicando que<br />
se achão expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns a fim <strong>de</strong><br />
ser <strong>de</strong>volvido o Indivíduo <strong>de</strong> nome Domingos da<br />
Silva, visto nio ser <strong>de</strong>sertor do Exercito<br />
que como<br />
tal veto daquella Província.<br />
3." Directoria Geral.<br />
Ao Conselho Admislratívo <strong>de</strong> Compras do Arsenal<br />
da Guerra da Cdrte, rosndando impor a multa em<br />
que incorreu Firmino <strong>de</strong> Azevedo Alves cm razão<br />
<strong>de</strong> nio ter apresentado os botões que so propôz<br />
ven<strong>de</strong>r conforme o flgurino.<br />
— Ao mesmo, mandando informar acerca da qualida<strong>de</strong><br />
dos cinturões comprados para a musica do<br />
13." Batalhão do Infantaria.<br />
— Ao Director do Arsenal dc Guerra da Corte,<br />
I<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m que preparos precisão as esporas <strong>de</strong><br />
que f/ata seu oflicio <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Novembro ultimo.<br />
— An mesmo, i<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m diversos objectos á<br />
enfermaria militar da Provincia do Ceara,<br />
4.' Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, para que se sirva<br />
mandar pagar aos credores contemplados na relação<br />
qne as remettc, a quantia <strong>de</strong> 3-.2I0&380, proveniente<br />
<strong>de</strong> fornecimentos que flzerão á Repartição da Guerra,<br />
no exercício corrente. #<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a da 4:212#87i, i<strong>de</strong>m<br />
i<strong>de</strong>m ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra du* Corto no referido<br />
exerci cio,<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m á ex-praça do exercito Joaquim<br />
<strong>de</strong> Araújo Bastos a dc 169282, i<strong>de</strong>m da dívida<br />
<strong>de</strong> exercícios lindos, constante do processo que se<br />
remettc sob n. 5.017.<br />
— Ao mesmo, I<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m André da Costa Uma<br />
a do 35*398, i<strong>de</strong>m I<strong>de</strong>m n. 5.018.<br />
— Ao Director Geral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> do Thesouro<br />
Nacional, remctlcndo a nota das faltas dos<br />
Empregados <strong>de</strong>sta Repartição, durante o corrente<br />
mez.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da S. Paulo, ava<br />
liando em 480 rs. a etapa que tem <strong>de</strong> ser abonada à<br />
praças da Colônia Militar do Itapura, no semestre dc<br />
Janeiro a Junho <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
— Ao da <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, para que man<strong>de</strong><br />
sublocor o prédio on<strong>de</strong> funcefonava a Escola Au<br />
xiliar, do proprieda<strong>de</strong> do João Baptista Soares da<br />
Silveira e Souza, pelo tempo que tem <strong>de</strong> estar a<br />
cargo dos cofres públicos.<br />
— Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, remettendo<br />
s conta corrrente documentada das <strong>de</strong>spezas<br />
cffectuados pelo Chefe dc Secção <strong>de</strong>sta Directoria<br />
Geral Eduardo Carlos Cabral Deschamps, com o pagamento<br />
dos vencimentos do pessoal da Colônia Militar<br />
do Urucú c dos <strong>de</strong>stacamentos <strong>de</strong> Philadclphia<br />
noa metes <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1861 a Maio dc 1862.<br />
— Circular ás Tbesourarias <strong>de</strong> Fazenda, rocommendando<br />
o maior escrúpulo na flsealisação das<br />
<strong>de</strong>spezas da expediente, feitas pelas Repartições<br />
subordinadas a este Ministério.<br />
— I<strong>de</strong>m is d inerentes Repartições pertencentes<br />
a esto Ministério, chamando a sua atlenção para as<br />
<strong>de</strong>spezas <strong>de</strong> expediente.<br />
Requerimentos In<strong>de</strong>feridos.<br />
De Manoel José do Araújo, pedindo ser admittido<br />
no offlciuo dc fundição do Arsenal <strong>de</strong> Guerra.<br />
Dc José Coelho Xavier, pedindo ser reintegrado<br />
no logar <strong>de</strong> Apporclhodor da offlcina <strong>de</strong> pintores do<br />
dito Arsenal.<br />
DIÁRIO OFFICIAL.<br />
Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro.<br />
O CONFLICTO COM A LEGAÇÃO DE S. SI. BRITANNICA.<br />
Agora que são conhecidos do publico os. notas<br />
trocados entre o Governo Imperial c o Legação Ingleza<br />
sobre as questões o que <strong>de</strong>rão logar o naufrágio<br />
da borco Prince of Wales e a prisão dc tres<br />
ofllciaes do fragata Forle,' c tombem o resultado feliz<br />
que o posição assumida pelo Governo Brasileiro o<br />
a prudência da Legação Inglese <strong>de</strong>rão a tão <strong>de</strong>sgraçado<br />
conflicto, é tempo <strong>de</strong> atten<strong>de</strong>rmos oo quo hovemos<br />
feito c qual ficou sendo o nossa posição segundo<br />
as notas <strong>de</strong>. 5 do corrente.<br />
A nota do Governo Brasileiro <strong>de</strong> 39 dc Dezembro<br />
ultimo resumio a questão por um modo cloro e<br />
conciso, e <strong>de</strong>u ás exigências da Legação Britannica<br />
solução mo<strong>de</strong>rada e digna.<br />
Queria o Legação ín<strong>de</strong>mnisação pecuniário pelos<br />
prejuízos e damnos provenientes do naufrágio da<br />
borco Prince of Wales, e uma satisfação pelo modo<br />
<strong>de</strong>sattento por que forão tratados tres officiaes do<br />
fragata Forte.<br />
Ainda mais, ollegando or<strong>de</strong>ns terminamos, recusava-se<br />
a Legação a referir ao seu Governo a<br />
solução <strong>de</strong>stes negócios, porque já nio havia tempo,<br />
visto como <strong>de</strong>via, no caso dc não serem promptamente<br />
atlendidas os suas reclamações, dar as necessárias<br />
inslrucções ao Almirante, Chefe da Estação<br />
Ingleza neste porto.<br />
Em resposta a tão peremptório exigência, o Governo<br />
Brasileiro examinou e discutio os questões em<br />
dous memoranda, que forão remeltidos á Legarão<br />
Britannica, c nos quacs ficava evi<strong>de</strong>nte o injustiça<br />
dos exigências.<br />
Ainda uma vez foi reclamado a refícxüo às Legaçfio<br />
Britannica, para que pon<strong>de</strong>rasse sc os questões<br />
suscitadas crão toes que Justificassem o ultimatum<br />
com mi nado <strong>de</strong> recurso oo Almirante, chefe da estação<br />
naval dc S. M. B., e conseguintemento á forço.<br />
Não esqueceu oo Governo Brasileiro consignar<br />
bem claramente o sua ultimo e <strong>de</strong>cisiva resolução,<br />
única que em tal emergência salvava a in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
e dignida<strong>de</strong> nacional.<br />
Quanto aos prejuízos resultantes do naufrágio ficou<br />
<strong>de</strong>clarado—o Governo Brasileiro não é responsável,<br />
e portanto não consente nem intervém no liquidação<br />
das perdas;—sc fõr porém obrigado o ce<strong>de</strong>r fc força,<br />
pagará o que lhe fOr exigido pelo Governo Britannico,<br />
protestando contra o violência quo se Iho<br />
fizer.<br />
Quanto a questão dos ofllciaes da fragata Forte<br />
disse—o Governo não pô<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve satisfazer as j<br />
exigências do ultimatum, porque as autorida<strong>de</strong>s<br />
policioes nio faltarão as attenções <strong>de</strong>vidas á Marinho<br />
Britannica no procedimento quo tiverão com tres<br />
indivíduos vestidos a paisano, quo recusarão dizer<br />
seus nomes e <strong>de</strong>clarar suas posições sociaes.<br />
Estos conclusões continhão-se rigorosamente nas<br />
evi<strong>de</strong>ntissimas <strong>de</strong>monstrações dos dous memoranda.<br />
A posição digno, que em tão grave situação tomava<br />
o Governo do Imperador, encontrou o mais viro o<br />
<strong>de</strong>cidido apoio no espirito nacional. Ninguém procurava<br />
illudir-sc oligeírando os previsões dos tristes<br />
c funestos conseqüências que estavão immincntcs,<br />
mas todos estavão convencidos que era chegado o<br />
dia ds provação edos sacrifícios, e a <strong>de</strong>liberação do<br />
Governo Imperial foi recebida com cnthusiasmo.<br />
Suspen<strong>de</strong>rão-se os nossas dissidências internas: o<br />
Governo vio em torno <strong>de</strong> si todos os Brasileiros. A<br />
questão era <strong>de</strong> honro e dignida<strong>de</strong> nacional; e nesse<br />
campo, no Brasil, não ha duas opiniões. Os homens<br />
<strong>de</strong> 1822 pensavio ter voltado aos dias gloriosos da<br />
nosso emancipação política.<br />
As razões om que o Governo Imperial apoiava a<br />
justiço do seu procedimento não forão então atlendidas<br />
pela Legação Britannico, que no dia 30 annunciáro,<br />
em nota, que o Almirante daria os passos<br />
necessários para fazer represálias em proprieda<strong>de</strong><br />
brasileira, a qual ficaria retido até quo o Governo<br />
Inglez obtivesse a satisfação, que se lhe recusava,'<br />
<strong>de</strong>clarando não constituírem as represálias acto <strong>de</strong><br />
guerra.<br />
Viwrào-se os represálias; cinco navios brasileiros<br />
forão apresados c <strong>de</strong>tidos na enseada das Palmas com<br />
flagrante violação do território brasileiro.<br />
Em nota do 1.* do corrente, o Legação Britannica,<br />
mais pru<strong>de</strong>nte, pesando-se sem duvida das violências<br />
commettidas, propõe referir todas as questões em<br />
discussão a um arbitramento imparcial.<br />
Era um meio pacifico <strong>de</strong> resolver o situação;<br />
não <strong>de</strong>vio o Governo Imperial regeital-o, seria assumir<br />
gravíssima responsabilida<strong>de</strong>: mas a prudência<br />
aconselhava também a maior circumspecção, e, antes<br />
do aceitar a proposta da Legação, consultou o Conselho<br />
<strong>de</strong> Estado.<br />
A' nota do 1.* do corrente, no porte relativa aó<br />
proposto arbitramento, respon<strong>de</strong>u o Governo em 5,<br />
a por essa noto vê—sc qne o Governo ImpérioI não<br />
sohfo do posição em que se collocara pela <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />
Dezembro no tocante á questão do naufrágio da<br />
Prince of Wales.<br />
O Governo Brasileiro, protestando sempre que<br />
não tem obrigação <strong>de</strong> pagar os prejuízos provenientes<br />
do naufrágio.—que é uma violência que se lhe faz,—<br />
paga o que o Governo Inglez exigir sem entrar em<br />
liquidação.<br />
Quanto aos officiaes da Forte, já que não ha meio<br />
<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>rem os dona Governos, para chegar<br />
um resultado nesta questão, que as conveniências<br />
dos que se dizem o/Tendidos aconselha vão que<br />
ficasse em absoluto silencio, o Governo Brasileiro<br />
aceita o arbitramento, sendo o arbitro escolhido<br />
por elle,—não para <strong>de</strong>cidir sobre o direito que<br />
temos dc opplicar as leis municipaes aos que as<br />
infringem, seja qual fõr sua nacionalida<strong>de</strong> e categoria,—não<br />
para julgar se os tres indivíduos <strong>de</strong> que<br />
se trata forãõ ou não offendidos, mas sim c tão<br />
somente se, no modo da opplicação das leis aos<br />
ofllciaes da Forte, houve offensa á.Marinha Britannica.<br />
As obrigações que o Governo contrahio pela nota<br />
<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong>pendião essencialmente <strong>de</strong><br />
uma condição—cessação das represálias, e entrega<br />
dos presas feitos e <strong>de</strong>tidas.<br />
A Legação Brilannica em nota da mesma data<br />
eommuoica que cessão as represálias, que serão relaxadas<br />
os presos feitos, e que o Governo Inglez<br />
po<strong>de</strong>rá aceitar ou recusar livremente o proposto do<br />
arbitramento na questão da Forte.<br />
Esto é o posição cm que ora se acho o Governo<br />
Imperial: propõz que se referissem os questões oo<br />
Governo <strong>de</strong> Suo Magesta<strong>de</strong> Britannico; recusarãolhe<br />
o oppello, que hoje é aceito.' As conclusões<br />
quanto á questão da Prince of Wales são as mesmas;<br />
quanto a da Forte, nio é posto em duvida o seu<br />
direito em thesc, dcsappareccm os officiaes qoe<br />
<strong>de</strong>sgraçadamente sc collocárão na triste situação <strong>de</strong><br />
serem presos, para atten<strong>de</strong>r-se á Marinho Britannica.<br />
Se esta posição não c melhor, 6 pelo menos igual<br />
aquella que nos fizera a nota <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro<br />
ultimo.<br />
Cessarão as represálias: estão entregues os navios<br />
apresados, mas não este concluído tudo quanto se<br />
pren<strong>de</strong> a este <strong>de</strong>sgraçado acontecimento.<br />
Os proprietários dos navios apresados e os seus<br />
carregadores sofTrêrâo prejuízos; qoe, cm direito<br />
nio po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser indcmnfsados.<br />
O nosso território foi violado pelos Commahdantes<br />
dos vapores da marinha dc guerra <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> Brilannica Stromboli e Curlew.<br />
O Governo do Imperador reclama do Governo<br />
Inglez por todos os modos a seu alcance ín<strong>de</strong>mnisação<br />
dos prejuízos, perdas o damnos causados<br />
pelos apresamentos e <strong>de</strong>tenção dos navios Brasileiros,<br />
e satisfação pelo violação do território.<br />
Neste sentido se expedirão or<strong>de</strong>ns ao nosso Ministro<br />
em Londres.<br />
Hoje pelos S 1/2 horos do tar<strong>de</strong> foi recebido a<br />
lllma. Câmara Municipal <strong>de</strong>sta Capital por Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> O Imperador, que estava no Poço do<br />
Cida<strong>de</strong>, o o seu Presi<strong>de</strong>ute teve o honra <strong>de</strong> dirigir<br />
oo Mesmo Augusto Senhor o seguinte discurso:<br />
Senhor.—A Câmara Municipal da Muito Leal e<br />
Heróica Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Sebastião do Rio do Janeiro<br />
tem a honra dc, congratulaitdo-se com Vossa Magesta<strong>de</strong><br />
Imperial expor, os sentimentos <strong>de</strong> gratidão<br />
dos seus Municipcs ao Governo <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong><br />
Imperial pelo modo honroso o digno por quo fez terminar<br />
a questão suscitado pelo Legação Ingleza.<br />
Assim como o Câmara Municipal da Capital do<br />
Império estava prompta a sollícitar dos seus Concidadãos<br />
os sacrifícios que exigiriio sem duvida as<br />
críticos circumstancias porque passamos, se o honra<br />
nacional os reclamasse, do mesmo modo se apressa<br />
a dar um testemunho do seu reconhecimento por<br />
ver mantida o paz sem quebro do <strong>de</strong>coro nacional.<br />
A' onorgie o prudência do patriótico Governo <strong>de</strong><br />
V. M. I.so <strong>de</strong>ve tão feliz resultado.<br />
Permitia Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial que, beijando<br />
a Augusto Mão do Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial,<br />
a Câmara Municipal do Muito Leal e Heróico Cida<strong>de</strong><br />
dc S. Sebastião do Rio <strong>de</strong> Janeiro, aiodo uma vez<br />
manifeste os seus sinceros sentimentos <strong>de</strong> odhesão e<br />
respeito o Pessoa <strong>de</strong> Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial.<br />
Poço do Câmara Municipal, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
— José João da Cunha Telles, Presi<strong>de</strong>nta.<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador dignou-se respon<strong>de</strong>r:<br />
« Já disse, mas tenho prazer cm repetil-o : a<br />
nação Brasileira não po<strong>de</strong> contrabfr dlrldaseom o<br />
seu Imperador. Na hora dos provações contem os<br />
Brasileiros sempre commlgo, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sejo, como<br />
única recompensa, ainda achar-mo no melo <strong>de</strong>lles<br />
para, formando todos nós uma só familia,trocarmos<br />
nossas expressões do aflecluso júbilo. »<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador recebeu hoje as felicitações,<br />
quo por parte dos Brasileiros <strong>de</strong> Nicthcroy<br />
teve a honro <strong>de</strong> apresentar-lha uma commissão.<br />
Não temos o discurso <strong>de</strong>ssa commissão, mas a<br />
resposta que Sua Magesta<strong>de</strong> se dignou dor, que é<br />
como segue.<br />
(( Sou Brasileiro, por tanto estou certo dc quo os<br />
Brasileiros sempre mo acompanharão, quando se<br />
tratar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a honra e dignida<strong>de</strong> nacional. »<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador, quando recebeu as<br />
felicitações do lllma. Cornara Municipal da capital<br />
c da commissão <strong>de</strong> Nicthcroy, estava acompanhado<br />
por Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz e pelos Augustas<br />
Princesas Brasileiras.<br />
A lllma. Câmara Municipal <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> dirigio<br />
aos Fluminenses a seguinte proclomoçSo:<br />
Fluminenses! — A Câmara Municipal <strong>de</strong>sta muito<br />
leal e heróica cida<strong>de</strong> do S. Sebastião do Rio do<br />
Janeiro vem congratular-se comvosco pelo procedimento<br />
digno e exemplar que hoveis manifestado<br />
nestes últimos dias, durante a questão anglo-brasileira.<br />
A historia <strong>de</strong> todos os tempos e <strong>de</strong> todos os povos<br />
mostra que nunca é fraca a nação que tendo consciência<br />
da sua dignida<strong>de</strong>, acha-se sustentado pelo<br />
omor <strong>de</strong> seus Olhos; c vós <strong>de</strong>stes testemunho <strong>de</strong><br />
quo o Brasil é forte, porque ao redor do centro on<strong>de</strong><br />
fulgura o seu Excelso Defensor Perpetuo gravita o<br />
sentimento nobre do patriotismo dos Brasileiros.<br />
Fluminenses! —Nem o enthusjasmo que os animava,<br />
nem a dór que confrongio vossos corações<br />
durante as ultimas occurrcncias, vos lavou um só<br />
momento a marear o brilho <strong>de</strong> nossa gloria com<br />
Um só acto menos digno <strong>de</strong>sta Leal e Heróico Cida<strong>de</strong><br />
; vosso mo<strong>de</strong>ração, e vosso moralida<strong>de</strong> estiverão<br />
ua altura do patriotismo que <strong>de</strong>monstrasles; e os<br />
usais povos civiiisados do mundo invejoriáõ o procedimento<br />
que ti vestes.<br />
A Gomara Municipal se <strong>de</strong>svanece <strong>de</strong> ser representante<br />
<strong>de</strong> tão digno povo, e folga <strong>de</strong> ter esta oceasião<br />
<strong>de</strong> congratular-se com elle, e dor-lhe o parabém<br />
pelo magnilico exemplo dos dios 4,5 e 6 <strong>de</strong> Janeiro,<br />
que o historio registará sem duvida em paginas<br />
douradas.<br />
Viva a Religião Catholica Apostólica Romano.<br />
Vifa Suo Magesta<strong>de</strong> Imperial o Senhor D. Pedro II.<br />
Vivo o Familia Imperial.<br />
Viva a In<strong>de</strong>pendência Nacional.<br />
Viva o Povo Fluminense.<br />
Paço da Câmara Municipal, 8 dc Janeiro <strong>de</strong> 1S63.<br />
—-José João da Cunha Telles, Presi<strong>de</strong>nte.—Dr.<br />
Roberto Jorge Haddock Lobo. — Dr. José Mariano<br />
da Costa Telho.— Dr. José Mariano da Silva.—<br />
Jeronimo José <strong>de</strong> Mesquita.— Dr. Adolfo De serra<br />
<strong>de</strong> Meneses. — Dr. Francisco <strong>de</strong> Menezes Dias da<br />
Crus.—José Lopes Pereira Rahia.-—Dr. José Joaquim<br />
Monteiro dos Santos.—Luiz Joaquim <strong>de</strong> Gouvia,<br />
Secretario.<br />
Publicamos no parte ofllcial as circulares que,<br />
com data <strong>de</strong> hoje, cxpedlo S. Ex., o Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros, communicando aos Presi<strong>de</strong>ntes<br />
dos Províncias o estado a que chegarão<br />
nestes últimos dias as relações do Governo Imperial<br />
com a Legação Britannico, e o accordo que se<br />
tomou*<br />
O fim principal <strong>de</strong>slas circulares é recommonâar<br />
que se tomem provi<strong>de</strong>nciai, poro que p Povo Brasileiro<br />
conserve o serenida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve dar-lhe a<br />
convicção do sollicitu<strong>de</strong> do Governo pelo <strong>de</strong>coro e<br />
honra nacional, e aluda mais para que os subditos<br />
Britannicos não soflrão em suas pessoas e proprieda<strong>de</strong>s<br />
o menor damuo.<br />
Confiamos que as vôzoa do Éxiti. Sf. Presi<strong>de</strong>nte 1<br />
do Conselho serio ouvidas, e que o Povo Brasileiro<br />
acompanhara os Fluminenses nos testemunhos<br />
que <strong>de</strong>rão <strong>de</strong> sua civilisação.<br />
Chamamos a altenção dos nossos leitores para as<br />
importantes notas, que publicamos sob a rubrica<br />
« Ministério dos Negócios Estrangeiros. »<br />
Pelo Cruzeiro do Sul, chegado hoje dos portos do<br />
Norte recebemos datas do Amazonas até 6, do Pará<br />
até 22, do Maranhão até 23, do Píouhy até 16), do<br />
Ceará até 29, do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte e Parahyba<br />
olé 30 o <strong>de</strong> Pernambuco até 31 do passado: das Alagoas<br />
até 2 do corrente, do Sergipe até 23 do passado<br />
e da Bahia oté 4 do corrente.<br />
Aiiiazoims.—Achava-se no Capital o vapor<br />
peruano Morona rebocado pela canhoneira Nacional<br />
Ibicuhy qne fora por or<strong>de</strong>m da Presidência soecoreer<br />
aquelle vapor no Togar on<strong>de</strong> encalhara, como já noticiamos.<br />
O Morona segundo lemos nos jornaes chegou a<br />
Manáos sindo em mão estado, tonto quo ao encalhar<br />
esteve para ir o piqua a nio serem os soecorros quo<br />
lhe forão immediatamente prestados com gente para<br />
isso contrariada e mais 66 operários das Obras Públicos<br />
do Província. Os soecorros forão tão cffleazes<br />
que, estando o vapor quasi mergulhado e com tres<br />
gran<strong>de</strong>s rombos por baixo das carvociras, achava-so<br />
ao meio dia completamente esgotado tendo começado<br />
os trabaihos do madrugado.<br />
Sobre este objecto Iô-se o seguinte no Cutechista"<br />
do Manáos:<br />
o Depois <strong>de</strong> 32 dias encalhado, e quando já parecia<br />
questão <strong>de</strong>cidida a perda do vapor peruano<br />
Morona, surgiu esto no porto <strong>de</strong>sta capital na madrugada<br />
do dia 8 do corrente, rebocado pelo canhoneira<br />
a vapor Ibicuhy.<br />
« E* mais um serviço assignalado quo se vai registrar<br />
nos fastos da Marinha Brasileiro, o quo bem<br />
nos flzerão recordar o feito memorável do vapor<br />
Affbnso, quando, zombando das cncopeladas andas,<br />
impávido introduziu na baliia do Rio do Janeiro a<br />
<strong>de</strong>sarvprada náo Vasco da Gama,<br />
« Como Já <strong>de</strong>mos conhecimento ao publico, S.<br />
Ex. o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província, logo que pelo 1<br />
commandante do Morona lhe foi pedido soecorro,<br />
<strong>de</strong>u algumas provi<strong>de</strong>ncias para salvar o vapor, m; s<br />
estas provi<strong>de</strong>ncias terião sido todas improfícuas,<br />
se, regressando <strong>de</strong> sua viagem a Tobotingo o Jbicuhy,<br />
S. Ex. não fizesse seguil-a para o logar do<br />
sinistro, no dia 23 do mez passado, onze horas <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> dar fundo neste porto.<br />
u O zelo, actlvidadc o perícia do Sr. 1." Tenente<br />
Luiz da Costa Fernan<strong>de</strong>s, Commandante da Ibicuhy,<br />
correspon<strong>de</strong>rão perfeitamente as vistas do S. Ex.<br />
« Reconhecendo a situação do Morona, quo<br />
achou bastante dcsanlmadora, fez o Sr. Costa Fernan<strong>de</strong>s<br />
collocor, hcrinctícamente fechados, sobre<br />
o costado do navio, e á ré do mastro gran<strong>de</strong>, os<br />
quatorze tanques <strong>de</strong> agua da Ibicuhy, peados exteriormente,<br />
e, reunindo as duas excellentes bombas<br />
<strong>de</strong> que dispõe ás quatro do Morona, além <strong>de</strong> mais<br />
duas que se improvisarão com os tubos das cal-?<br />
<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>ste, consegulo, <strong>de</strong>pois dc um afanoso trabalho<br />
<strong>de</strong> muitas horos, dor vasa o a agua do Morona,<br />
o qual ficou a nado no dia 1.* do corrente peles<br />
6 horas da tar<strong>de</strong>.<br />
« No dia seguinte, pelas 7 horas da manhã; dando-lhe<br />
reboque, o coeduzio pára essa capital, on<strong>de</strong><br />
chegou com 21 horas <strong>de</strong> viagem, e no momento absolutamente<br />
preciso, porque alguns minutos mais dc<br />
<strong>de</strong>moro (odosoaesforços flcariüoperdidos. Aguarniçlo<br />
e mais ouxiliores que havião a bordo, extenuados<br />
do cansaço pelo continuo lidar das bombas,<br />
tornavão menos enérgico o serviço <strong>de</strong>stas; a agua<br />
conquistava a olhos vistos o navio: o Morona fria<br />
irremediavelmente a pique <strong>de</strong>ntro do poucos. momentos,<br />
sc oovos braços não fossem mandados immediatamente<br />
a bordo por or<strong>de</strong>m do S. Ex. o Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Provincia.<br />
a A's 8 horas da manhã já estava Jjjyre do perigo<br />
e encalhado na praia fronteira á antigo matriz, o<br />
pouco <strong>de</strong>pois completamente esgotado, começando-se<br />
no dia seguinte a tirar o restante da carga quo<br />
ainda havia á bordo.<br />
• Está, pois, salvo o vapor Morona; poupou o<br />
Brasil oos cofres peruanos a perda talvez maior do<br />
duzentos contos <strong>de</strong> réis: estão preenchidos todos os<br />
<strong>de</strong>veres impostos pela carida<strong>de</strong> çhristi com os náufragos<br />
que imploravào protecção daquelles a quem<br />
havião atirado uma luva hostil; cumpre agora começar<br />
a reparação ao triplico altentado que commetlerão,<br />
já menosprezando os leis do paiz, quando'<br />
constituindo-se o Morona—transposto <strong>de</strong> cargas,<br />
negou-se contra os previsões da autorida<strong>de</strong>, a correr<br />
os <strong>de</strong>spachos necessários, c levantou ancora do porto<br />
<strong>de</strong> Belém; Já resistindo a uma íntimação formal que<br />
lhe fóra feita em viagem paro não proseguir no seu<br />
intento; já finalmente metralliando uma fortaleza<br />
que legalmente se oppnuho á suo passagem.<br />
Paru.—Tinhão sido nomeados pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Provincia o provedor c mesarios do Santo Casa<br />
da Misericórdia, recohindo o primeiro nomeação no<br />
Dr. Francisco da Silvo Castro.<br />
No dia 16 chegara alli a bYagata a Vapor Amasonas.<br />
Os outros Vapores Belmonte, Parnahyba e Beberibe<br />
tinlião sabido em commissão paro o Amazonas<br />
com o chefe da esquadrilha G. Parker.<br />
Aobavão-se ainda surtos no porto os navios <strong>de</strong><br />
guerra Amazonas (Fragata o vapor) Ypironga (Corveta<br />
a Vapor) D. Pedro (Vapor) Pirajd (Vapor) 27bagy<br />
(Escuna.)<br />
Lô-sc no Diário do Grão Pará <strong>de</strong> 20 do pas-<br />
-sado:<br />
« Antes <strong>de</strong> hontem a tar<strong>de</strong>, ua oecesiio em que<br />
começava a esteirar uma trovoada acompanhado do<br />
um gran<strong>de</strong> oguoceiro, cahio um raio na chácara<br />
do Sr. Dr. Leitão, em Narorclh, fulminando um<br />
soldado, que se havia abrigado da chuva <strong>de</strong>baixo<br />
<strong>de</strong> uma arvore, sobro a quol cahio, escalondo-o<br />
até ao (rouco e passando pelo soldado na distancia<br />
do om palmo não o matou, apezar dc o <strong>de</strong>ixar<br />
como morto.<br />
t< 0 infeliz foi logo soecorrido pelo Sr. Dr.<br />
Malchcr, tornando o si <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser friecionado,<br />
e <strong>de</strong> se lhe ter opplicodo vários remédios. Consta-nos<br />
que hontem foi recolhido à enfermaria do<br />
policio, mas sem incommodo algum, do qual se<br />
possa receiar pela suo vida.<br />
tf O soldado é cabo dc esquadra, o tem pelo<br />
que se vê, uma tempero â prova <strong>de</strong> raio! a
11 ai*ublittOJ~- Uma folha da tiaplldt dia 0 ãtígtlinte'<br />
« Acha-se concluído' o proticsíío organísado cm<br />
conseqüência do tiro dado no Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Policia<br />
<strong>de</strong> Santa Helena, Major José Fclix aten<strong>de</strong>s, que<br />
ainda se não acha restabelecido, não restando a<br />
menor duvida <strong>de</strong> que ficará com o braço esquerdo<br />
inutilisado.<br />
« No dia 11 do corrente retirou-se para Turyassií<br />
o respectivo Delegado, levando em sua companhia<br />
presos, como co-reos do crime e mandantes<br />
o Tenentc-Çorpnel Antônio Feliciano Franco <strong>de</strong> Sá<br />
c seu filho bastardo Joaquim Cândido Franco*<br />
« Consta que o mandatário Martins transita livremente<br />
entre o terreno que romprehen<strong>de</strong> as villas<br />
do Pinheiro o S. Bento; os dous outros criminosos<br />
Plinio Franco <strong>de</strong> Sá (filho também bastardo<br />
daquelle Tenente Coronel e que já por duas vezes<br />
foi ao jury como amanle<strong>de</strong> bois alheios) c Ruflno<br />
Sudré, existem oceultos nos subúrbios da villa.»<br />
Rcfero outro que o Capitão Jacarandá <strong>de</strong>tido<br />
abordo da Corveta União, ao subir uma escada <strong>de</strong>u<br />
uma gran<strong>de</strong> queda* ficando com a cabeça partida e<br />
muito contuso.<br />
Prestárüo-se-lhc iminediatamento os soecorros necessários.<br />
Fiauliy.— No dia 2 foi horrivelmente espancado<br />
no logar <strong>de</strong>nominado—«Santa Luzia —, tres<br />
léguas distante da capital o indivíduo <strong>de</strong> nome<br />
Claro Gonçalves <strong>de</strong> Almeida, por Bernardo José<br />
Franco* A victima suecumbiu <strong>de</strong>pois du tres dias.<br />
O aggrcssor foi preso, e estava sendo processado.<br />
Diversos outros criminosos <strong>de</strong> morte linbão sido<br />
presos.<br />
A Assembléa Provincial 20 dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido<br />
installada e tendo-se reunido em sessão umas 6 ou<br />
8 vezes segundo a Liga eProgresso encerrou-se por<br />
falta <strong>de</strong> numero legal.<br />
Falleceu em Caxias o Capitão Henrique Saraiva<br />
<strong>de</strong> Carvalho.<br />
Tinha chegado á capital e entrava em exercício<br />
o Chefe dc Policia Dr. Gervosio Campello Pires Ferreira.<br />
No dia 25 <strong>de</strong> Novembro foi accommettido <strong>de</strong> uma<br />
appoplexia fulminante que suecumbio o Tenente<br />
do meio Batalhão da Provincia Francisco Paulino<br />
da Silva.<br />
Ceara.—Foi nomeado lnspector da Thesouraria<br />
Provincial o Dr. José Antônio Rodrigues, ex-Juiz<br />
Municipal da capital.<br />
Diz o Cearense que o Presi<strong>de</strong>nte do Provincia<br />
suspen<strong>de</strong>ra por inconstitucional a lei ou regimento<br />
Provincial da respectiva Assembléa, creando os<br />
logares <strong>de</strong> Director, Tachygrapho e Escripturario da<br />
mesma Assembléa, visto não ter sido legalmente<br />
sanecionada.<br />
Lê-se na mesma folha datada <strong>de</strong> 23 :<br />
« Nesta semana morrerão no hospital da Santo<br />
Casa dous indivíduos <strong>de</strong> cholera que passarão por<br />
Maronguape, e cabirBo doentes no caminho. Esteve<br />
outro cm perigo da cida<strong>de</strong>, que não tinha communicado<br />
com ninguém, e nem sabido daqui.<br />
« Em Maronguape continua o matar aos 2, e 3<br />
por dia, e já houve um dia <strong>de</strong>stes <strong>de</strong> 12, sem contar<br />
o quç vai pelos quarteirões <strong>de</strong> fóra.<br />
« O Sr. Presi<strong>de</strong>nte mandou outro vez o Dr. Me<strong>de</strong>iros<br />
para assistir o trabalho que alli convém fazer<br />
no cemitério. Dcos queira que essa medida ha tonto<br />
tempo reclamado, salve aquella villa e provincia do<br />
mal entretido por aquelle terrível foco*<br />
« Dizem que no caminho da Munguba c na Jubaia<br />
também ha sepulturas mal feitas, que estão tendidas<br />
e cxhalando máo cheiro.<br />
« Em Baturité também rcapporeceu e tem feito<br />
muitas victimas.»<br />
O artista Germano <strong>de</strong>u na Capital um espectaculo<br />
em beneficio da Santa Coso do Misericórdia,<br />
o qual ren<strong>de</strong>u 7009000.<br />
Na Cida<strong>de</strong> do Icó incendiou-se uma casa <strong>de</strong> palha,<br />
resultando morrerem tres crianças.<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do 1%'orfe.—Fallecera o abastado<br />
proprietário Miguel Ferreira da Rocha.<br />
No logar <strong>de</strong>nominado Redinha foi arrombada a<br />
casa <strong>de</strong> residência do Dr. Francisco Xavier Pereira<br />
<strong>de</strong> Brito o roubados objectos dc ouro e prata e a<br />
quantia dc 7009000 em dinheiro.<br />
Parabyba. — Achava-se exercendo interinamente<br />
o logar <strong>de</strong>*Secretario do Provincia o Dr.<br />
Laurcno <strong>de</strong> Oliveira Cobrai.<br />
Peritaiiibiico.— Forão absolvidos pelo Juiz<br />
Municipal <strong>de</strong> Serinhoem Coriolano Vellozo da Silveira,<br />
os Ofliciaes da Guarda Nacional membros do<br />
respectivo Conselho <strong>de</strong> qualificação que forão mondados<br />
processar e erão oceusodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência<br />
e levantar motim durante a sessão do Tribunal do<br />
Jury, preten<strong>de</strong>ndo aquelles Ofllciaes funecionar conjuntamente<br />
com o Jury.<br />
Lê-se no Diário do Recife;<br />
« O Sr. Dr. Francisco Leopoldino <strong>de</strong> Gusmão<br />
Lobo, em sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Promotor Publico <strong>de</strong>sta<br />
comarca, acaba <strong>de</strong> interpor <strong>de</strong>nuncias perante o<br />
Sr. Dr. Juiz <strong>de</strong> Direito da 2.* varo criminal, contra<br />
os cx-escrivães João Vicente <strong>de</strong> Torres Ban<strong>de</strong>ira e<br />
Antônio Joaquim Pereira <strong>de</strong> Oliveira, requerendo<br />
contra estes funecionarios o imposição no gráo médio<br />
dos penas do art. 154 do Código Criminal, por<br />
haverem infringido a disposição do art. 2.° do Decreto<br />
n.° 413 dc 10 dc Junho <strong>de</strong> 1815, extrohindo<br />
sentenças <strong>de</strong> valores superiores a 1:0009000 sem<br />
as <strong>de</strong>clarações imperiosamente exigidas pelo artigo<br />
da lei citada que alterara o Regulamento <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong><br />
Abril <strong>de</strong> 1842, para a cobrança da dizima da<br />
chancellaria.<br />
« Os <strong>de</strong>nunciados <strong>de</strong>vem ser ouvidos no prazo,<br />
<strong>de</strong> 15 dias, tendo a vista cópias da <strong>de</strong>nuncia e<br />
documentos annezos.<br />
Alagoas.— Falleceu no dia 23 do passado o<br />
Conego João Barbosa Cor<strong>de</strong>iro, ex-Dcputado a Assembléa<br />
Geral Legislativa.<br />
Sergipe.— A epi<strong>de</strong>mia do cholera eslava dc<br />
todo ex ti neto.<br />
Falleceu em Paris o Dr. Antônio Noore <strong>de</strong> Almeida<br />
e Castro, Juiz Municipal do Termb do Capella.<br />
Bahia.—Na noite <strong>de</strong> 81 do passado o mochinista<br />
da estrada <strong>de</strong> ferro, subdito Inglez, <strong>de</strong> nome<br />
John Brown, tendo-se embriagado completamente<br />
no arraial <strong>de</strong> Santa Anna do Calo. e abandonando<br />
a machina do seu serviço, partira a pé sem ser<br />
preseetido o <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> caminhar cerco <strong>de</strong> meio légua<br />
cahio pela força da embriaguez, ficando com<br />
a cabeça sobre um dos trilhos da estrada. A's 4<br />
horas da manhã do dia 1.° do corrente partindo<br />
o corro da machina e mais trens do Catú para<br />
Pajuca, passou uma das rodas do wagon por cima<br />
da cabeça do infeliz machinista c esmigalhou-a completamente.<br />
Wto no Progmto da Cachoeira <strong>de</strong> 30 do passado<br />
« No dia 20 chegou á esta cida<strong>de</strong>, vindo da Villa<br />
da Feira <strong>de</strong> Santa Anna, Albino, escravo do finado<br />
Francisco Soncho Guimarães, suspeito <strong>de</strong> ser autor<br />
<strong>de</strong> muitas mortes, em companhia do dito Soncho<br />
que foi assassinado em 14 <strong>de</strong> Agosto próximo passado<br />
no logar dos Mercês, freguezia <strong>de</strong> S. Gõrtçalo dos<br />
Campos, pela escolta <strong>de</strong> policia que o la capturar<br />
conforme já noticiamos.<br />
« Tem <strong>de</strong> ser romettido pala a capital a fim <strong>de</strong><br />
seguir paro o Matta dc 3. João, logar das Culpas.<br />
Diz a mesma folha.— « Ante-hontem foi #reco<br />
lhido á cadêa, remei tido pelo sub<strong>de</strong>legocia do<br />
Iguape, o crioulo Cezario, escravo do Sr. Domingos<br />
Américo da Silva, assassino do infeliz Belmiro da<br />
Costa Pinheiro, cuja morte foi perpetrada em 12<br />
<strong>de</strong> Outubro do corrente anno, como noticiamos no<br />
n.° 41. »<br />
Temos folhas do Espirito Santo até 3 do corrente<br />
Lê-se no Correio da Vietoria:<br />
a No município da Serra tem-se feito gran<strong>de</strong>s<br />
plantações do canna roxa, em substítuçjoda cayenna,<br />
que, <strong>de</strong>pois da doença <strong>de</strong>nominada tatagiba, estava<br />
quasi inutilisado. Conversamos com fazen<strong>de</strong>iros<br />
Importantes como os Srs. Rocha Pimentél, Major<br />
Loureiro e outros o todos mostrarão-se satisfeitos<br />
com esta nova espécie <strong>de</strong> canna, que sttbstitüe cem<br />
vantagem as que já tínhamos.»<br />
Partio boje as 10 horas da manhã o Vapor <strong>de</strong><br />
guerra Magé para a Ilha Gran<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> prestar<br />
auxilio a uma das embarcações brasileiras apre<br />
sodas que se acha com avarias.<br />
A partida do Vapor Apa para os portos do Norte<br />
ficou transferida para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> amanhã, 10 do corrente,<br />
ás 4 horas da tar<strong>de</strong>, por conveniência do ser<br />
viço publico;<br />
ANMNCIOS ADMINISTRATIVOS.<br />
Primeira Pagadoría do Thesouro<br />
Nacional.<br />
Pela 1.- Pagadoría, pagão-se no dia 9 do corrente<br />
as seguintes Folhas: Pensões e Srs. Ofliciaes Reformados<br />
do Exercito.<br />
Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Hueí <strong>de</strong> BaeeUar.<br />
Segunda Pagadoría do Thesouro<br />
Nacional.<br />
Pagão-se no dia 9 do corrente aos Srs. Bispos e Vigários,<br />
a congrua correspon<strong>de</strong>nte ao trimestre findo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Outubro a Dezembro.<br />
Rio, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—A. F. Vas.<br />
Balanço do Banco do Brasil, pertencente<br />
ao mez <strong>de</strong> Dezembro ele<br />
extrahldo da escripturaeao.<br />
Accionistas, pelas entradas<br />
nao realizadas <strong>de</strong> 165.000<br />
acçOes a 403000<br />
Letras <strong>de</strong>scontadas, a saber:<br />
Do Thesouro Nacional<br />
De duas firmas resi<strong>de</strong>ntes na<br />
Corte........'.<br />
De uma só dita, i<strong>de</strong>m<br />
Letras caucionadas a saber:<br />
Por oo.ro, prata, e títulos<br />
co minerei aes<br />
Por outros titulos c mercadorias........<br />
Diversos valores, Importe dc<br />
varias contas que fazem<br />
parte do activo do Banco •<br />
Caixas fiiiacs, a saber:<br />
Saldo <strong>de</strong> suas contas a <strong>de</strong>bito.....<br />
Dito <strong>de</strong> nossas coutas dito..<br />
Capital que lhes foi mar<br />
Substituição e resgate do<br />
papel moeda por quantia<br />
entrada na Cana da<br />
AmorllzaçAo<br />
Resgate addicional do papel<br />
moeda, por quantia entrada<br />
mais na Caixa da<br />
Amortização<br />
Apólices da divida publica <strong>de</strong><br />
6 o/ 0 importe <strong>de</strong> 701;000(<br />
das recebidas eu pagamento<br />
<strong>de</strong> notas do Thesouro<br />
resgatadas<br />
Juros vencidos <strong>de</strong>ste semestre<br />
.li..<br />
Caixa geral, pelo que nella<br />
existo a saber:<br />
Ouro amoedado nacional.. •<br />
Dito dito em soberanos.....<br />
Barras <strong>de</strong> ouro do toque <strong>de</strong><br />
22 quilates...'..........'<br />
Cautelas da Casa dá Moeda,<br />
por ouro .'...'.>;<br />
Notas do Thesouro menores<br />
<strong>de</strong> lOfjOOO e troco em cobre<br />
175:319$454<br />
Ditas <strong>de</strong> 10(000<br />
e maiores.... 317:0008000<br />
Prata amoedada nacional.<br />
Notas das Caixas Ouses..<br />
Emissão, valor dos bilhetes<br />
em circulação a saber:<br />
7.300 notas <strong>de</strong>. 5008000<br />
2.300:0008000<br />
34.060:6628531<br />
9G5:íü4jJ815<br />
2.118:7000000<br />
1.046:680S000<br />
13.341:1588301<br />
648:<br />
651.930gOOO<br />
21:0308000<br />
1.065:000(000<br />
5.300:963(128<br />
528:8198726<br />
66:5318619<br />
522:319(454<br />
12:000(000<br />
1.973:620(000<br />
6.600:000(000<br />
37.326:0670346<br />
3.106:3803000<br />
1.826:4708934<br />
cado...... 6.600:0008000<br />
Letras a receber.<br />
88:57lgl3z<br />
20.681:6288261<br />
10.841 i<strong>de</strong>m..<br />
36,347 i<strong>de</strong>m.,<br />
85.832 i<strong>de</strong>m..<br />
n.520 i<strong>de</strong>m.,<br />
218.H7 i<strong>de</strong>m..<br />
200(000<br />
100(000<br />
50(000<br />
30(000<br />
20(000<br />
3.650:000(000<br />
3.668:200(000<br />
3.334:700(000<br />
4.991:600(000<br />
345:600(000<br />
4.362:340(000<br />
10.000:000(000<br />
100:000(000<br />
672:960(000<br />
8.769:143(927<br />
89.541:650(368<br />
90452:440(000<br />
Letras a pagar das passadas<br />
sobre dinheiro recebido a<br />
prêmio... 1.558:598(110<br />
Banco Commercial e Agrícola<br />
em liquidação saldo 147:116(264<br />
Contas correntes, saldo a<br />
favor dc diversos 9.499:835(116<br />
Caixas fiiiacs, a saber:<br />
Saldo <strong>de</strong> suas reatas a credito.<br />
1.652:863(140<br />
Dito <strong>de</strong> nossas contas i<strong>de</strong>m. . 19.l90:Q|7s704<br />
Entradas a realizar 1.240:000(000<br />
tetras a pagar 10:835(753<br />
Ganhos e perdas pelos lucros<br />
líquidos <strong>de</strong> diversas operações<br />
até hoje, a saber:<br />
Lucros que se divi<strong>de</strong>m por<br />
166.000 acçOes a 7(800..<br />
I<strong>de</strong>m que pertencera e passto<br />
ao semestre seguinte.<br />
Fundo <strong>de</strong> reserva, actual<br />
saldo<br />
Capital do Banco do Brasil<br />
165.000 acçOes <strong>de</strong> 200(.<br />
1.§87:00090W<br />
99.663:736(50;<br />
678:220(205 1.865:2208205<br />
............. 1.281:9046676<br />
33.000;000(000<br />
Bj 89.5411650(368<br />
S. E. e 0. Banco da Brasil no Rio <strong>de</strong> Janeiro, 31 <strong>de</strong> Desembro<br />
<strong>de</strong> 1862.—Condido Baptista <strong>de</strong> Oliveira, Presi<strong>de</strong>nta*<br />
LsW conforme, João Fre<strong>de</strong>rico Mikr, Guarda livros do Banco.<br />
PRAÇA, 8 DE JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />
Cotações officiaes da Junta dos Corretores.<br />
CÂMBIOS : Londres, 27, 27 11», 273/8,27 i/2 d. a 90 d/v.<br />
Paris : 952; 353; 354 a 90 d|v< (Hontem.)<br />
Havre: 352 fs. a 90d|v, pagavel cm Paris (dito.)<br />
Antuérpia : 350 fs. a 90 d|v. (dito).<br />
Afoutcas i <strong>de</strong> 6 ']„ 92 °j 0. Em divi<strong>de</strong>ndo.<br />
METAES : Onças da Pátria, 299000.<br />
FRETES : New-York, 50 s. c 5 °/„.<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />
Pelo Secretario, H. J. Goulart»<br />
Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro»<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 1 a 7 224:0719398<br />
Do dia 8 43:7859795<br />
gomma 967:8678193<br />
Da Recebedorla, do dia 2 a 7......... 41:7889985<br />
Do dia 8.........,..„.,... 8:970*595<br />
Somma.. 4 < 50:7598580<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2 a 7 30:4959919<br />
Do dia 8 fc 39096*46<br />
Somma 30:8869565<br />
BXBABQOSS DE Cktt ftO DÍA 7 DE JANBUO.<br />
Sacas.<br />
Rodocanach (New-York) i'-' 2.762<br />
Phipps Irmãos & Comp. (Batavia) 2.517<br />
Bella Vista (Havre) 353<br />
Dreyfus (Dito). ......... 500<br />
G. Ralhsaq (Dito)....• .• 400<br />
Heymam i Comp. (Canal; 100<br />
Diversos (Difierentes portos) 170<br />
Total 7.002<br />
Des<strong>de</strong> o i.° do mez.. 23.320<br />
New-York. «O <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1SG9.<br />
COMMERCIO DOS ESTADOS-UNIDOS COM O ESTRAN<br />
GEIRO B EM PARTICULAR COM O BRASIL.<br />
Importação.<br />
Annos Total Sendo do Brasil<br />
1821 a 30 9798.633.427 910.879.647<br />
1831 a 40 1.302.676.034 47.274.464<br />
1841 u 50 1.267.783.782 69.516.938<br />
1851 a 60 2.822.252.226 169.233.297<br />
Augmento<br />
período sobre o 1.'<br />
3.<br />
Exportação.<br />
63 •/.<br />
2 7.(1]<br />
122 •/.<br />
Annos<br />
Total<br />
1821 o 30 8765.748.753<br />
1831 a 40 1.092.341.903<br />
1841 a 50 1.260.564.583<br />
1851 a 60<br />
(Vugmcnto<br />
2.983.902.213<br />
período sobre o 1,<br />
» » ' 2<br />
42 V.<br />
» » 3<br />
136 V.<br />
Sendo exportação <strong>de</strong> produetos do paiz<br />
Annos<br />
1821 a 30<br />
1831 a 40<br />
1841 o 50<br />
1851 o 60<br />
Total<br />
8536.104.918<br />
892.889.909<br />
1.131.458.801<br />
8.754.089.155<br />
NAVEGAÇÃO.<br />
137<br />
47<br />
143<br />
Para o Brasil<br />
318.708.772<br />
24.710.305<br />
29.326.963<br />
47.400.964<br />
32 •/.<br />
18 •/.<br />
61<br />
Para o Brasil<br />
914.206.833<br />
18.164.488<br />
85.584.964<br />
44.401.760<br />
Tonelagem dos Estados- Unidos em diversos épocas.<br />
1330 1840 1850 1860<br />
Registrada 576.675 890.764 1.585.711 2.510.237<br />
Eorollada 815.311 1.280.999 1.949.743 9.807.631<br />
Total 1.191.776 2.180.764 3.535.454 5.353.868<br />
Sendo a vapor.... 64.471 201.339 525.946 867.917<br />
Costeira 510.978 1.176.664 1.755.796 2.644.867<br />
Pescaria <strong>de</strong> Bale*. 38.919 130.926 146.016 too.S4i<br />
• outras... 98.319 104.804 143.757 1C2.7G3<br />
Navios construídos em 4 differtntes épocas.<br />
Navios e Barcas....<br />
Brigues...........<br />
Esconas<br />
Cbalupas, botes <strong>de</strong><br />
canses<br />
Vapores.<br />
Total<br />
1821—30 1831—40 1841—56 1851—60<br />
542 677 1.435 3.328<br />
1.275 965 1.131 748<br />
3.990 4.676 4.863 5.251<br />
1.719 1.512 3.300 3.762<br />
272 835 1.585 2.443<br />
7.796 8.865 11.843 14.522<br />
1.492 1.145.742 1.819.953 3. 554.309<br />
Metaes preciosos importados e exportados.<br />
ESTA DOS-UNIDOS.<br />
Importado.<br />
5!!í * ÍH5 69.144.645<br />
1831 a 1840<br />
1841 a 1850<br />
1851 a 1860<br />
1821 a 1830<br />
1831 a 1840<br />
1841 a 1350<br />
1851 a 1860<br />
107.469.296<br />
86.906.156<br />
76.641.779<br />
Em relação oo Brasil.,<br />
Sobre gêneros por outro Paquete.<br />
Exportado,<br />
ff 71.673.404<br />
56.836.893<br />
65.010.921<br />
495.266.765<br />
Importado do Brasil. Exportado para.<br />
| 1.234.300 | '678.106<br />
343.816 9.637.895<br />
216.286 1.628.066<br />
179.553 2.690.338<br />
REVISTA MERCANTIL.<br />
Neu>-York, 18 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1802.<br />
sacas.<br />
Café (Brasil) em ser a 4 <strong>de</strong> Novembro 39.217<br />
Recebido até esta data......... 11.206<br />
Total 50.423<br />
Vendas 9.535<br />
Em ser, 18 da Novembro, Newr-Yerfc 40.888<br />
I<strong>de</strong>m, 15 <strong>de</strong> dito, Baltimore e Phila<strong>de</strong>lphla nada<br />
Nov<br />
»<br />
Ont<br />
Jau.<br />
Cotações do Rio, 4 mezes.<br />
(1) Diminuiçflfl<br />
"operlor Bom Regular Ordinário<br />
83 32 31 29 1/2 30 centos Ib<br />
3S 31 30 29<br />
27 261/2 26 25 1/2<br />
19 18 1/2 18 17—171/2<br />
BJUIL ! B£S<br />
Da outraá PFDCEDENCIAFT TIAVID fio mercado em 4 i<br />
<strong>de</strong> Novembro 80.811 o chi 18 30.090.<br />
Cotações,<br />
Java MaraeaibO Laguayra 3. Domingos<br />
Nov. i8 34-^33 32-431/2 32—33 28—29<br />
» 4 33-34 31—32 30—31 28<br />
Out. 21 31 -32 28—30 27—29 23-2G<br />
Jan. 1 25-26 22—24 22—24 20<br />
Relatório semanal dos Bancos <strong>de</strong> New-York.<br />
Descontos. Metaes. Circulação. Despositos.<br />
Nov. 15 1862 (178. 86.000 33.348.000 9.840.000 104.066.0OO<br />
» 16 1661 137.308.000 41.461 000 8.799.000 110.214.600<br />
Jau. 4 1862 151.416.000 28.983.000 8.586.000 LLL.7S9.000<br />
A importação nesle porto cm Outubro foi do<br />
913.413.000 contra 8.523.000, sendo cm metaes<br />
256.000 contra G2&£39-am 1861.<br />
A exportação sendo <strong>de</strong> 926.797.000 contra<br />
13.172.000, sendo metaes 6.707.000 contra 15.000<br />
em-4861.<br />
A alfân<strong>de</strong>ga em Outubro ren<strong>de</strong>u 94.309.000 contra<br />
1.672.000 em 1861, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro 846.586.000<br />
contra 17.528.000.<br />
De Janeiro a Outubro a importação foi <strong>de</strong><br />
151.270.000 contra 143.512.000, o n exportação<br />
<strong>de</strong> 176.828.000 contra 113.129.000, inciusivo<br />
49.550.000 em metaes contra 3.294 000 em 1861.<br />
Um empréstimo do Governo por 913.420.550.<br />
remsnecente da autorisação paro emiltir notas do<br />
Thesouro <strong>de</strong> 7 3/10 */„ foi negociado esta semana<br />
ao médio <strong>de</strong> 1031/4, com dous annos a correi*,<br />
tendo os pedidos subido perto <strong>de</strong> 30 milhões e já<br />
se cotão a 104 1/4.<br />
Novembro 21.— Ouro: hontem as transacções<br />
subirão a 9296.000 <strong>de</strong> 30 3/8 a 301/2 prêmio;<br />
prata, cota-se a 126 a 127; notas da alfân<strong>de</strong>ga<br />
124 3/4 a 125. Cambio sobre Londres, 60 dias 143<br />
a 144; paris 3.971/2 a 3.87 i/2. Onças hespanholas<br />
920. Apólices do Governo, 6'/. 1.881 1031/2.<br />
Descontos 6 a 7 %•<br />
Café, firme.—Couros do Rio Gran<strong>de</strong> 26 a 27, em<br />
ser 68.000.— Assucar mascavo. Brasil, 91/2 a 10.<br />
— Gomma elástica do Pará, bom 67 a 70, mediano<br />
50 a 621/2.<br />
O algodão em rama mediano vale 691/2 centos<br />
por libra.<br />
Farinhas, tem baixado <strong>de</strong> 5 a 10 centos por barrica,<br />
cotando-se <strong>de</strong> 98.25 a 5.000 conforme a qualida<strong>de</strong>.<br />
Carregando para o Rio, barca Grafin; Pernambuco,<br />
brigue mereeu.<br />
O vapor Paraense ainda está em Phila<strong>de</strong>lphla.<br />
REVISTA DO MERCADO DB HAMBURGO DESDE 20 DB<br />
NOVEMBRO ATE 4 DB DESEMBO PE 1862.<br />
O mercado continua em posição muito calma,<br />
e poucas transacções se rcallsárão no período acima<br />
indicado, limitando-se as compras ao supprimento<br />
do consumo. Não entrou nenhum navio vindo do<br />
Brasil, e o navegação no Elba acha-se <strong>de</strong> repente<br />
Interrompida em conseqüência da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
gelo que nella so encontro, o <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar<br />
como concluída por este anno a mesma navegação.<br />
O mercado do café não soflrcu mudança alguma<br />
notável, e acha-se na mesma posição tranquilla.<br />
Os preços são os mesmos indicados na ultima Revista<br />
; observa-se porém entre os <strong>de</strong>tentores muita<br />
firmeza, o gran<strong>de</strong> disposição para elevar as sus<br />
pretençOes, logo que as transacções- se tornarem<br />
mais animadas. O etTeito do ultimo Despacho do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, anounciando <strong>de</strong> novo largos carregamentos,<br />
foi diminuído <strong>de</strong> certo modo pela limitada<br />
existência (carga 8 12 milhões <strong>de</strong> libras) e<br />
pelo prematuro gelo, que torna muito problemáticas<br />
novas entradas,<br />
A importação do café do Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1.* do<br />
Janeiro até 30 <strong>de</strong> Novembro nos últimos cinca<br />
annos foi a seguinte:<br />
1858 210.629 Sacas.<br />
1859 253.731 »<br />
1860 307.956 »<br />
1861 466.478 »<br />
1862 293.090 »<br />
Havendo bailado os preços do assucar, em conseqüência<br />
da sua posição excessivamente frouxa,<br />
manifestou-se melhor disposição para comprar, c<br />
realisárão-sc algumas transacções importantes em<br />
assucar- mascavado da Bahia, pelo preço <strong>de</strong> 15<br />
marcos <strong>de</strong> banco por 100 libras.<br />
O tabaco do Brasil não foi procurado ultimamente,<br />
e apezar dos oflerecimentos dos possuidores,<br />
oj compradores não sc apressão dc apparecer no<br />
mercado.<br />
O mercado <strong>de</strong> algodão, conservou-se sem alteração,<br />
e os preços continúão nominoes; não tiverão<br />
logar transacções em algodão do Brasil por falta<br />
completa <strong>de</strong>sse gênero.<br />
Jacarandá.— O mercado está muito firme, o os<br />
preços com tendência <strong>de</strong> subida.<br />
Couros.—Vista a estação adiantada, o mercado<br />
<strong>de</strong> couros tomou-se muito frouxo, c as transacções<br />
forão insignificantes.<br />
Tapioca,—Sempre sem movimento algum.<br />
No mercado do mudos públicos nada oceorreu<br />
digno <strong>de</strong> menção, e o mesmo continua em estado<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> opathla. Cessou a falto <strong>de</strong> numerário,<br />
e o <strong>de</strong>sconto baixou 1 °/0, do 5 •/• o 4 •/,.<br />
Câmbios.<br />
Sobre Londres, a 3 mezes <strong>de</strong> data, 13 marcos<br />
1 3/4 schillings banco por i prazo curto 13 marcos<br />
3 schillings banco por f.<br />
Sobre Paris, a |3 mezes da data, 192 1/2 francos<br />
por 100 marcos banco prazo curto 190 1/2 francos<br />
por 100 marcos banco.<br />
Sobre genova, á 3 meses <strong>de</strong> dato, 193 1/2 lira.<br />
por 100 marcos banco.<br />
Sobro Madríd, á 3 mezes <strong>de</strong> dala, 42 1/4 schíl-<br />
' lings banco por peso forte.<br />
Sobre Lisboa, a 3 mezes <strong>de</strong> data, 46 schillings<br />
banco por 19000.<br />
Monlevidéo 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
Pouco tenho <strong>de</strong> acerescentar ao que lhe disse nas ,<br />
minhas correspondências anteriores relativamente<br />
a paralysação do commercio nesta praça durante o<br />
mez que hoje finda, a não ser que no <strong>de</strong>curso da<br />
"ultima quinzena forão ainda mais limitadas, do que<br />
as anteriores, as transacções que se flzerão.<br />
Como da costume em todas as praças commcrciaes,<br />
quasi todas as casas suspen<strong>de</strong>m durante o mez <strong>de</strong><br />
Dezembro suas transacções para se oceuparem noa<br />
respectivos balanços.<br />
O mercado está supprido em geral <strong>de</strong> todos os<br />
gêneros, limitando-se acluahnente o consumo <strong>de</strong>stes<br />
aos habitantes do Departamento <strong>de</strong>sta Capital; é<br />
porém mui provável, se não certo, que no erftrante<br />
mez <strong>de</strong> Janeiro tudo mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> face, o que os gêneros<br />
estrangeiros, em avultada quantida<strong>de</strong> armazenados,
srjfto procurados pelos negociantes da Campanha, e<br />
pelas povoaçOcs qne <strong>de</strong>morão Uruguay á cima.<br />
As entrados durante o mez, e mui particularmente<br />
na ultima quinzena ferio numerosas. Dentre outros<br />
gêneros entrados <strong>de</strong> diversas procedências; nota-se<br />
quo da llollanda tem entrado muito assucar cm pedra<br />
o genebra, fazendo este ultimo gênero, pela sua<br />
abundância e baixo preço, limivcl concorrência á<br />
nossa aguar<strong>de</strong>nte, que, mais dias menos dias, per<strong>de</strong>rá<br />
os mercados do Prata se a seu respeito não se<br />
tomar alguma medida protectora.<br />
Durante o período a que me refiro, trabalharão<br />
alguns itala<strong>de</strong>iros matando apenas cerca <strong>de</strong> 20 mil<br />
bois, com cujos produetos seguirão para o Império<br />
• outros pontos alguns navios Ultimamente <strong>de</strong>spachados.<br />
Efs aqui um ligeiro balanço da importação e exportação<br />
havida entre as praças do Império e as <strong>de</strong>sta<br />
Republica na ultima quinzena, e assim o numero e<br />
nomes dos barcos Brasileiros qoe aqui se achão a .<br />
espera <strong>de</strong> carne.<br />
fíalancele da navegação e commcrcio <strong>de</strong> importação \<br />
e exportação entre o Império e esta Republica.<br />
Durante a 2.' quinzena do corrente mez <strong>de</strong> Dezembro<br />
entrarão dos portos do Império.<br />
BRASILEIROS.<br />
Na» ios Toneladas Equipagem<br />
6 1.718 103<br />
ESTRANGEIROS.<br />
Navios Toneladas Equipagem<br />
1 1.209 44<br />
Bahirfo durante a mesma para os porto» do Império.<br />
SSASlLEfSdfi. |<br />
' tvios Tonelada. Equipagem<br />
6 1.959 101<br />
ESTRANGEIROS.<br />
Navios Toneladas Equipagem<br />
0 3.237 135<br />
Formondo uns e outros 18 navios entrados o sabidos,<br />
<strong>de</strong>stes 1 vapor Brasileiro em lastro o 2 estrangeiros.<br />
Importação.<br />
Durante o mesmo período entrarão neste mercado<br />
proce<strong>de</strong>ntes do Império :<br />
Aguar<strong>de</strong>nte.-—62 Pipas. Este artigo continua<br />
sustentando o preço <strong>de</strong> 509800 prata por pipa <strong>de</strong><br />
138 galões <strong>de</strong>spachada ; e com tendência <strong>de</strong> subir<br />
se as entrados forem mo<strong>de</strong>radas; e não entrarem<br />
móis espíritos <strong>de</strong> outros países.<br />
A murar.—2.310 Barricas, 100 meias ditas, e<br />
23 fechos branco, o 182 barricas, 2 fechos, e 300<br />
sacos mascavo.<br />
Nenhuma venda se tem feito dos novos, em conseqüência<br />
dos armazeneiros não quererem comprar<br />
antes do novo anno, so não o preciso para as necessida<strong>de</strong>s<br />
da praça. Das existências anteriores se tem<br />
vendido o bronco a 23450 praia, e o mascavo a<br />
f «800 (arroba do 25 libras).<br />
Atroz. —103 Sacos. Foi esta o unira entrada que<br />
houve <strong>de</strong>ste artigo, proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Senta Catharina<br />
que foi vendido em leilão pela sua inferior qua<br />
lidado a 900 réis prata (arroba <strong>de</strong> 28 libras]<br />
Nota-se mais alguma firmeza noa preços <strong>de</strong>ste<br />
artigo.<br />
Gomma.— 102 Socos. O mercado acha-se bem<br />
sorlido, c ha muito pouca <strong>de</strong>mando <strong>de</strong>ste artigo,<br />
não leiido-sc feito transacção alguma durante a quinzena.<br />
Berra ma/s.—22 volumes. O mercado acha-se<br />
abundantemente supprido, tonto da do Paranaguá,<br />
como da Missioncira, c da Cerra; sc flzerão algu<br />
mas vendas cm fracçOcs aos preços seguintes: Paranaguá<br />
a 28100; Missioncira a 29200; e da Cerra<br />
do 18600 d 28000 prata <strong>de</strong>spachada (arroba <strong>de</strong> 25<br />
libras) segundo a qualida<strong>de</strong>.<br />
Mcl.—hQ Barris. Existem por ven<strong>de</strong>r. Seu preço<br />
regula a 68400 prata o barril <strong>de</strong>spachado.<br />
Ma<strong>de</strong>iras. —í03 Vigas, 480 taboas, 9.500 achas<br />
<strong>de</strong> lenha, e 176 dúzias <strong>de</strong> ripai.<br />
Cafe. — 29 Sacas. Não ha Interesso por esse artigo,<br />
cujos preços tem <strong>de</strong>clinado. As ultimas vendas<br />
abtlverio 159200 prata (quintal do 100 libras) em<br />
<strong>de</strong>posito; nio <strong>de</strong>vendo-so consi<strong>de</strong>rar firme este preço<br />
se continuarem as entradas*<br />
Farinha <strong>de</strong> mandioca.— 497 Sacos. Toda a existência<br />
da 1.* quinzena do corrente mez, foi vendida<br />
a 650 réis prata (arroba <strong>de</strong> 25 libras) <strong>de</strong>spachada,<br />
lieando firme este preço.<br />
Fumo.—110 Rolos, e 20 fardos. Para o <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong> em rolo ha alguma <strong>de</strong>manda; porem falta<br />
este no mercado. As existências em <strong>de</strong>posito são <strong>de</strong><br />
1.000 rolos, todo interior c difllcil a sua venda<br />
As ultimas transacções forão aos preços dc 39600 c<br />
39800, prato (arroba <strong>de</strong> 25 libras) em <strong>de</strong>posito; o<br />
<strong>de</strong> folho da Bahia inferior ven<strong>de</strong>u-se o 239200 prata<br />
(quintal <strong>de</strong> 100 libras) <strong>de</strong>spachado.<br />
Exportação.<br />
Durante a mesma quizena sahirio <strong>de</strong>ste porto<br />
para os do Império:<br />
JTarçue.—101.806 arrobas) <strong>de</strong> 32 libras), sendo<br />
74,760 arrobas Oriental, c 27.046 arrobas <strong>de</strong> Entre<br />
Rios.<br />
Couros raceuns.—200, sendo 150 Oríenlaes, e 50<br />
<strong>de</strong> Entre Rios.<br />
Couros <strong>de</strong> potro.—ii3 Orienta es.<br />
Línguas serras.—3.666 dc Entre Rios.<br />
Farello."—30 saccos.<br />
Calcula-se ter-se morto na presente mira 28.000<br />
cabeças <strong>de</strong> gado; e as existências <strong>de</strong> fruclosdo paiz<br />
são as seguintes: 54.600 couros vaceuns seccos,<br />
1.500 ditos salgados, 2.200 <strong>de</strong> potro seccos, 104.800<br />
arrobas <strong>de</strong> xarque, 146 tardos <strong>de</strong> clina, 500 dúzias<br />
<strong>de</strong> couros <strong>de</strong> carneiro, 15 fardos <strong>de</strong> garras, 60 caixões<br />
<strong>de</strong> sebo <strong>de</strong>rretido, e 300 toneladas <strong>de</strong> ossos.<br />
Fretes <strong>de</strong> carne para o Brasil.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. 450 rs. prata, por". •<br />
quintal (<strong>de</strong> 1001).<br />
Bahia , 550 rs. prata, por<br />
quintal (<strong>de</strong> 100£ ' e 5 */• <strong>de</strong> copa.<br />
Pernambuco. 650 rs. prata, por<br />
quintal (<strong>de</strong>i 00 £).<br />
Cambias.<br />
Sabre Londres, 41 a 411/2 pence por peso <strong>de</strong> 800 rs.<br />
prata.<br />
» França, 82 a 83 francos por onça <strong>de</strong> 16 pataeões.<br />
» Rio <strong>de</strong> Janeiro, 289800 por onça <strong>de</strong> 16 patacões.<br />
Perfeito.<br />
Estado sanitário.<br />
Consulado Geral do Brasil em Monlevidéo, aos 31<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862»<br />
Vinhos e vinagre.—Retalha-se pelos preços cor*<br />
Nata.<br />
: a Lampe Vianna, 12 a or<strong>de</strong>m, 10 a Luta, 4 a<br />
rentes, obtendo o <strong>de</strong> Lisboa dc melhor qualida<strong>de</strong> Fiorito, 8 a Dacnicker, 6 o Wollenweidcr, 4 o D.<br />
Navios qoe fleio carregando neste porto para os mais alguma dfflerença.<br />
do Império.<br />
'Hubcr, 3 o L. <strong>de</strong> Ivcrnois, 2 a V. J. Sarmento, 1<br />
Polaca hespanhola San Agostin, 3.000 quintaes<br />
Exportação.<br />
a Laemmert, 1 a C. Crctén, 1 a Gerber, 1 a Gomes<br />
xarque.<br />
e Cohc— Fazendas dc lia: 20 volumes a E. Po-<br />
Assucar.—Nenhuma venda notável se foz: concher, 6 a Gerber, 3 o Dacnicker, 3 o Hascnclever,<br />
Brigue brasileiro Rcstaurador, 2.400 quintaes<br />
xarque.<br />
servou nos pequenos o preço corrente do banco 2 o Luiz, 1 o Wille, 1 o Koch, 1 a Gomes e Cohc.<br />
a 28100 e 29200, e mascavado <strong>1863</strong>0 a 19750 rs. — Fazendas <strong>de</strong> Unho: 10 volumes a Wille, 3 a<br />
Hiato oriental Final Fia, 5.500 quintaes xarque.<br />
Aguar<strong>de</strong>nte.—Conserva 509900 a pipa.<br />
Pechcr, 2 a Gerber, 2 a D. Hubcrt, 1 o J. M.<br />
Barca i<strong>de</strong>m Angelita, 5.000 quintaes xarque.<br />
Algodão.— Vendcu-sc a 139000 a arroba.<br />
Monteiro, 1 o Lausac.— Fazendas mixtas: 7 volumes<br />
a E. Pechcr, 6 a D. Hubcr, 4 a Lutz, 1 a J.<br />
Ca/c, cacéo e couros. — Nada constou que se fi A. Martins. — Fazendas do seda: 2 caixas a Gerber,<br />
zesse.<br />
1 o Hascnclever, 1 a Gomes o Cohc.— Ferragens:<br />
Par*.<br />
Fumo em folha. Pouco so fez pelos preços cor 3 caixas a Souza Alves e Stelling, 3a B. J. Pinto,<br />
rentes.<br />
RENDAS PUBLICAS.<br />
1 a Lecomto.<br />
Graixa: 1 caixa a Lausac, 1 a Melgaço.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga.<br />
Instrumentos <strong>de</strong> mathcmatica: 2 caixas a A. P.<br />
Descargas para o dia O do •Ja<br />
Bendimenlo até o dia 20 <strong>de</strong> Dezembro. 80: 6599902<br />
Bebouços.— Instrumentos <strong>de</strong> musica: 2 caixas a<br />
neiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Fry, 1 o Souza Alves dt Stelling, 1 a J. da Silva<br />
Rccebedoria.<br />
PARA' S AtFANDECA.<br />
Ribeiro, 1 a G. Moreira.— Instrumentos dc óptica :<br />
Bcndimcnto até o dia 20.<br />
Ter o pose.<br />
Bendimenlo ale o dia 20........<br />
22:6279295<br />
1:7779200<br />
Navios atracados.<br />
Galera franc Lusitano, do Havre.<br />
— franc France e Chili. i<strong>de</strong>m.<br />
Barca ing. Silver Craig,àc Liverpool.<br />
1 caixa a Guinemand.<br />
Licores: 2 caixas o Delcrois dt Rossel, 1 a Lavautt,<br />
1 a Boultc.—Linha: 4 Caixas a B. Lejeune,<br />
1 a or<strong>de</strong>m.—Livros: 1 caixa a Mariano <strong>de</strong> Brito.—<br />
Louça: 1 caixa a Ernesto F. dos Santos, ia Pfa<br />
Santa Cata.<br />
Bendimenlo até o dia 29<br />
2-249000<br />
Caixa Filial.<br />
TAXA DE DESCONTO 10 •/„.<br />
BMRCTORES DE SEMANA.<br />
Joaquim Victorino <strong>de</strong> Souza Cabral<br />
Joaquim Francisco Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Fm saveiros.<br />
Barca port. Vsnlurosm, do Porto.<br />
— mg. Haimtota, do Liverpool.<br />
— ing. MisUetoe, <strong>de</strong> Londres.<br />
— nruss. Ida S., <strong>de</strong> Glisgow.<br />
— Iicsp. Carmen, <strong>de</strong> Malaga.<br />
Brigue soeoo Henrick, da Hamburgo*<br />
— ing. JoAn Barley, i<strong>de</strong>m.<br />
Patacho ing. Onda, do Ncw-York.<br />
VARA OS TRAPICUBS ALPANDEGADOS, E DESPACHO<br />
SOME SOVA.<br />
lzgraf.<br />
Machinismo: 12 Volumes a J. Paulo Cor<strong>de</strong>iro, 1<br />
0 Chauvet» 1 a J. Villoneuve.— Ma Uns <strong>de</strong> viagem:<br />
1 caixa a Gilles.— Manteiga: 200 barris a Calbó,<br />
200 a Dc cos ler d, 140 o Larrivicre, 100 a Binoche,<br />
100 a Koch ler, 10 a Ulrich Stengcl, 50 a J. M. Coelho,<br />
50 a Or<strong>de</strong>m, 40 a J. A • da Gosta Carvalho, 25 barris<br />
e 50 meios a I. V. Tourmbo, 25 barris a Gomes<br />
e Cohc, 20 barris, 10 meios o 5 caixa a Maciel o<br />
Costa, 10 meios a Weitzmann, 10 a Mosle Lac<br />
kmann.—Massas : 2 caixas a Knblet.— Meias : 1<br />
caixa a G. Gusot. — Mobília; 9 volumes a Barbosa<br />
Parahyba do Norte.<br />
O rendimento da Alfân<strong>de</strong>ga no mez <strong>de</strong> Novembro<br />
<strong>de</strong>....j. 27.9259804<br />
Dito em Novembro <strong>de</strong> 1861.... 28:2159208<br />
Dito em Novembro <strong>de</strong> 1860.... 8:2809*45<br />
Ceara.<br />
A Alfân<strong>de</strong>ga ren<strong>de</strong>u até o dia 26 .. 37:6189013<br />
Barca amer. Whenheimer, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />
. — amer. Agnis, dt Baltimore.<br />
— port. Maria, da Ilha do Sal.<br />
— port. Silencio, do Porto.<br />
Brigue port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />
— port. Minho, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />
— ' russo IWdYní, <strong>de</strong> Copenhague.<br />
Polaca hesp. Isabel Ha,' dc Buenos-Ayres.<br />
Patacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />
o Castro, 8 a J. da Silva o Araújo, 5 a Condido José<br />
Rodrigues Torres, 2 o Or<strong>de</strong>m, 1 o Collin Filho, 1<br />
a Costrejean, 1 o J. Ferreiro, 1 o M. Gomes <strong>de</strong><br />
Oliveira, 1 J. Perrot, 1 a Leuba. 1 a Or<strong>de</strong>m.—<br />
Modas: 2 caixas a J. Lacarricrc, 2 a Larrivivicre,<br />
2 a Tribouillct, 2 a Luiz, 1 a Dclevofl, 1 a J. Pedreiro<br />
<strong>de</strong> Souza, 1 a G. <strong>de</strong> Castro, 1 a Koch, 1 a<br />
Deeap, 1 a Destas Didof, 1 a Berr.<br />
Objectos <strong>de</strong> armarinho: 5 vols. a Umlauf, 4 a<br />
M. M. da Silva Vianna, 2 a Wahneau, 2 a B. R.<br />
Pernambuco.<br />
Rendimento até o dia 30 <strong>de</strong> Dascmbro.<br />
EXPOIITAÇÂO.<br />
Coelho, 2 a J. A. <strong>de</strong> Mattos Lobo, 2 a J. B. da<br />
Costa, 2 a J. A. <strong>de</strong> Mattos, 1 o J. F. Nunes <strong>de</strong> Carvalho,<br />
1 o J. N. <strong>de</strong> Souza Júnior, 1 a A. S. Silve<br />
Alfân<strong>de</strong>ga...<br />
Rocebedorín<br />
Consulado Provincial<br />
506:3659996<br />
41:1919861<br />
104:9729009<br />
KmURCiÇÕKS DESPACHADAS NO DU 8 DE JANEIRO.<br />
Marseillc—Brig. franc. Frankltn,<strong>de</strong> 330 tons., consig.<br />
Fratclli Zigoago; manif. 3.550 sacas c 11 barricas<br />
<strong>de</strong> cate.<br />
Ferraz, 1 a Heyn, 1 a H. do Monto dt Gomes, 1 a<br />
Favre, 1 a Peroira Irmão dt Araújo, 1 a Monteiro<br />
dt Ferreira, 1 a Irmão Dcspiau; 1 o Gomes & Cone.<br />
— Objectos paro chopoleiro: 9 caixas o F. Schmidt,<br />
Kio da Prata—Paq. ing. Meretm» <strong>de</strong> 650 tons., consig. 3 o W. Sibcth ,2a Chastcl, 2 a Costa Braga* 1 a<br />
Balila, 4 da Janeiro «le 1*4*3. o Gerente da Real Companhia <strong>de</strong> Paquetes Inglezes a<br />
Vapor; manif. 149 sacos <strong>de</strong> cate, 6av rolos dc fumo<br />
PRAÇA DA OAIIIA, 3 DB DEZEMBRO ÀS 3 HORAS DA e varias encommcndas*<br />
TARDE.<br />
Rio Gran<strong>de</strong>—Pol. hesp. Corinosa, dc 159 tons., con<br />
Câmbios.<br />
sig. Caibo & Comp.; segue com parte da carga com<br />
que entrou por franquia.<br />
Sobre Londres—27 3/4 a 28 d/s a 90 d/v.<br />
» Poris— 340 rs. por fr.<br />
Soulhampton c escalas—Paq. ing. Magdalena, <strong>de</strong> 1.860<br />
tons., consig. o Gerente da Real Companhia <strong>de</strong> Pa<br />
» Lisboa —98 o 103 •/• <strong>de</strong> prêmio.<br />
quetes Inglezes a Vapor; manif. 65 surrões<strong>de</strong> Ipecacunuha<br />
e varias encommcndas.<br />
Metaes.<br />
Santa Catharina—Barca bras. Valle,<strong>de</strong> 283 tons.,con<br />
Onças hespanholas 299500 • 309000 esc. sig. Nogueira Ac Irmão; manif. vários gêneros.<br />
» mexicanas 299000 a 309000<br />
Patacões brasileiros 29900<br />
» hcspanhúcs 29000<br />
DESPACHO DB EXPORTAÇÃO NO MA 8 Dl JANEIRO.<br />
• mexicanos. . • 19900 a 19960 Cabo da Boa Esperança—No brig, Ing. A. Mald, Dccos-<br />
RENDIMENTOS.<br />
terd & Pra<strong>de</strong>z, 202 sacas <strong>de</strong> cale.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga.<br />
Lisboa—No barca port. Silencio, Costa Cabral & Comp.,<br />
38 sacas <strong>de</strong> café.<br />
atendimento até o dia 3 <strong>de</strong> Janeiro... 29:0768467 New-York — No brig. ing. Kanagona, Franghiadi ét<br />
Rodocanacbi, 198 sacas <strong>de</strong> cate<br />
Mesa <strong>de</strong> rendas provinciaes.<br />
Rio da Prata— No brig. nac. Tentador, Marcclino Pe<br />
Rendimento do dia 3 <strong>de</strong> Janeira..... 4:0009687 reira Me<strong>de</strong>iros, 100 barricas <strong>de</strong> assucar; José Dias<br />
Pereira, 79 rolos <strong>de</strong> fumo; Antônio José Gomes,<br />
120 ditos dc dito.<br />
Lccomtc.—Objectos para chapcos <strong>de</strong> sol: 3 caixas<br />
0 P. Qucrin, 2 a Falque, 1 a M. J. Alves Pereira, 1<br />
aCoIlomb, 1 a Pastoríno, 1 o or<strong>de</strong>m. —Objectos<br />
diversos: 22 vols. a Lehcrecy, 10 a M. F. Serpa, 2<br />
a Ivcrnois, 2o M. A. Carneiro Corrêa, 1 a Corneiio<br />
Filho, 1 o 11. R. da Cunha, 1 a Gomes dr Cone.—<br />
Objectos <strong>de</strong> escriptorio: 3 caixas a Lizen, 2 a Passos<br />
dt Ferreira, 2 o Lcuzingcr, 1 a Wilmot, 1 o Domore,<br />
1 a Licntand. —Objectos paro fumista: 4 caixas a<br />
Leon Ferre.—Objectos para impressor: 3 vols. a<br />
Filiponc, 2 a Morange, 1 a Lodovig. —Objectos<br />
para lampista: 2 caixas a Madci, 1 a Souza Alves dJt<br />
Stelling, 1 a Vannet.—Objectos para photographia:<br />
5 caixas a D. L. Cypriano Aranha.—Objectos para<br />
sapateiro: 1 caixa a Regis. —Objectos para segeiro:<br />
1 caixa o S. D. Dizier.—Objectos para siriguciro:<br />
1 caixa o Silva Porto & Santos.<br />
Papel: 35 caixas a J. Willeneuve, 27o C. Mnsset,<br />
14 a Typographía Nacional, 5 a A. G. Guimarães,<br />
4 o A. J. Gonçalves <strong>de</strong> Souza, 2 a Leuzinger,<br />
2 a Rcgls, 1 a J. G. Guimarães.—Papel<br />
pintado: 8 caixas o C. Mosset, 6 a Gonçalves Garcia.—<br />
Pedras do amolar: 119 a Shaw.—Pelles<br />
preparadas: 3 caixas a J. J. Amorim Coelho, 3<br />
0 or<strong>de</strong>m, 2 a Wille,2 o J. J. Tissot, 1 a Heyn,<br />
REVISTA DO MERCADO.<br />
De 29 <strong>de</strong> Dezembro a 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
A epocha <strong>de</strong> balanços e festas oceasínonárão as<br />
insignificantes transacções tanto <strong>de</strong> importação como<br />
<strong>de</strong> exportação.<br />
—No Brig. nac. Mercantis, Marcolino Pereira <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>i<br />
1 a Sire, 1 a J. C. Ferreira Souto, 1 a Ser toai<br />
ros, 10 dúzias da cosladilbo.<br />
o Silva, 1 a M. A. R. Meirelles, 1 a Gonçalves<br />
CflpeHa, 1 a B. 11. <strong>de</strong> Foria. —Perfumarias: 6<br />
Soulhampton—No paq. ing. Magdalena, Muhklc Kcsitefis<br />
áf Comp., 20 surrões <strong>de</strong> ipecacuanba; Gomes<br />
caixas a F. sf. Brandão, 2 a Boultc, 1 a Leon<br />
Pacheco ôc Hill, 35 ditos <strong>de</strong> dita.<br />
Ferre, 1 o Leuba, 1 a Niobey, 1 a Pereira Irmão<br />
e Araújo 1 a II. R. da Cunha, 1 a Gomes e<br />
Cohc.—Planos: 6 caixas a Beviláqua, 3 a A. J.<br />
Não houve nenhuma alteração nos preços da ul<br />
<strong>de</strong> Freitas e Dias, 3 a Ralfard, 2 a Schlegel, 2<br />
tima revista.<br />
Em acçoes noda se fez, por se estar recebendo os<br />
IMPORTAÇlO.<br />
a V. Preole, 2 o Fiorita, 2 a V Sidow, 1 a C.<br />
J. Rodrigues Torres.—Pontos <strong>de</strong> Paris: 2 caixas<br />
divi<strong>de</strong>ndos.<br />
Km cambio não houve alteração.<br />
MANIFESTOS.<br />
o Souza Alves Stelling,. 2 o Leite Leal. — Porcelanas<br />
: 9 caixas a Esticnnc, 3 a C. Massct, 2 a<br />
Nos <strong>de</strong>scontos tombem não houve alteração.<br />
Fretamentos — nada transpirou além do notado GALERA FRANCEZA—PRANCE dt CHILI—DO HAVRE.<br />
Cornelio Filho, 1 o Ktchbarnc.— Pregos: 10 volumes<br />
a Klingclhoefer, 2 a Lcherlcy, 1 a Breissan.<br />
da semana passada.<br />
Ácidos: 1 caixa a Barthelemy.—Agua mineral: —Prensas: 1 caixa a De Pau c Hock.<br />
Entrou 1 do bacaiháo, 1 <strong>de</strong> chorque <strong>de</strong> Monle 38 caixas ao Gerente da casa das bixas monstras — Quadros: 1 coisa a C. Massct.—Queijos: 2 caividéo,<br />
1 <strong>de</strong> carvão, 1 <strong>de</strong> Liverpool com fazendas, Aguar<strong>de</strong>nte: 1 barril a P. Lavautt, 1 a Pfafzgraf, xas a D. Hubcr. 1 a Girard.—Quinquilharias: 4<br />
1 arribado por falta <strong>de</strong> lastro 5 cm lastro, e o vapor 10 caixas a L. Chauvet.—Alvaia<strong>de</strong>: 4 barricas a caixas a Fry, 3 a Cantais, 2 a Leite Leal, 2 a<br />
inglez.<br />
Giros..—Armamento: 24 caixas a Laport, 1 a Luiz Breissan, 2 a Hascnclever.<br />
Sahirio 8 embarcações com gêneros do paiz, 1 Rodrigues dá Costa.—Arreios: 2 caixas a Gilles, Belojoaria: 1 caixa a Bouty.—Roo pa feita: 15 vols.<br />
com azeite <strong>de</strong> palma, 2 com as cargas com que I 1 a H. Vigoíer.—Assucar refinado: 2 barricas a J. a K. Pechcr, 9 a Glctte, 3 a-Kohlct, 3 a Gomes e<br />
entrarão dc carvão e carne, 1 o tomar laslro no | G Guimarães, 1 o Percebe. -Azeite vegetei: 2 barria Coke, 2 a Iloimann o Coke, 2 a Pinchnnell, 2 a F.<br />
Morro, 3 em lastro e vapor inglez.<br />
a J. Petit, 2 a C. Massct, 2 a Pfalzgraf.<br />
Larrivicre, 2 a E. Do!, 2 o Vollenwci<strong>de</strong>r, 1 a F.<br />
Mseieteneias.<br />
Barbante: 3 fardos a B. Rodrigues Cardoso.—<br />
Barro: 10 barricas a B. J. Pinto Batatas: 2.326<br />
Segond, 1 a Souza Alves c Stelling, 1 a Etckborne,<br />
1 a Dacnicker, 1 o Koch, Io E. J. F. Guimarães,<br />
Bacaiháo —1.600 barricas e 2.840 ditas sobre caixas a Binoche, 1.205 a Dreyfus, 1.000 a F. J. 1 o S. P. da Costa Aguiar, 1 a J. A. <strong>de</strong> Mattos,<br />
agua.<br />
Martins <strong>de</strong> Oliveira, 1.000 o Targini, 500 a Baptísia 1 o Leuba.<br />
Chorque do Rio Gran<strong>de</strong> —30.000 arrobas.<br />
Dito do Rio da Prata — 40.000 ditas.<br />
Farinha dc trigo—18.000 barricas. .<br />
e Carneiro, 500 a Larrivicre, 300 o Monteiro e Ma Sabão: 1 caixa a B. R. da Cunha.—Tinta <strong>de</strong><br />
chado,—Brinquedos:. 10 caixas a Souza Alves e imprimir: 7 barris a.J. Villeneuve.—Tinta: 10 vo<br />
Slelling, 3 a B. Dous.-Bronzes: 2 caixas a Condido lumes : a C. Massct, 10 a Fry, 7 a Giroo.—Typos:<br />
José Rodrigues Torres.<br />
5 caixas a Boocbaud.<br />
GÊNEROS.<br />
Calçado: 7 caixas a M. Kizitaf, 4 a F. A. Pei Velas <strong>de</strong> composição: 100 caixas a D. Huber,<br />
Importação.<br />
xoto da Gama, 2 a J. M. <strong>de</strong> Queiroz, 2 o Le- 1 a A. dc Almeida.—Verniz: 1 Barril a Roucbaud.<br />
comte, 2 a Pinela dt Andra<strong>de</strong> Leite, 2 a Campas, —Vidros: 4 caixas a Ezequiel, 1 a C. Tcillon, 1<br />
Azeile-doce, — Nada entrou: consorte 59000 a 2 a Sire, 2 a F. Sebmidt,. 2 a Voigt, 1 o Souza a J. Viallis, 1 a Janvrot.—Vinho: 4 barris a Pfalz<br />
canada.<br />
Alves dl Stelling, 1 o Paranbos Valle e Irmão, graf, 2 barris e 1 caixa a í.avault, 2 barris a Collin,<br />
Arroz. — Yen<strong>de</strong>o-sc do estrangeiro <strong>de</strong> 29600 a 1 o R. Lejeune, 1 a Gilles, 1 a F. Braga e Araújo, 22 caixas o Lausac, 1 a Lorrivierc, 1 o Leger.—Vinho<br />
39000 a arroba.<br />
1 a João Pinto Vieira Júnior e Irmãos. 1 a A. ehampagne; 100 cestos a Hamonn, 50 a W.fltbeth.<br />
Bacaiháo. — Entrarão 500 barricas <strong>de</strong> Pernam<br />
J. Bento da Cunha, 1 a Rcc, 1 a L. d'Ivcrnois.<br />
buco, 2.840 barricas que estão sobre agua: o preço —-Chapéus: i caixas e Moss, 4 a Torres dt Comp.<br />
corrente é nominal: existem 1.600 barricas clo 4 a Gomes e Cone, 2 a Pincbnell, 1 a J. J. <strong>de</strong><br />
terra.<br />
Araújo Lopes, 1 a Vieira <strong>de</strong> Carvalho e Irmão, ENTRADAS POR CABOTAGEM NO DIA 8 DR JANEIRO<br />
1 o Barros Franco e Siqueira, I a Miguel da Costa<br />
DR <strong>1863</strong>.<br />
Chorque.—Entrarão 4.500 quintaes <strong>de</strong> 100 libras Faria, 1 a J. A. dc Carvalho Miranda, 1 a Gui<br />
<strong>de</strong> Montevidéo, qoe se ven<strong>de</strong> <strong>de</strong> 39000 a 49000, e<br />
Gêneros nacionaes»<br />
marães Coelho, 1 a E. J. F. Guimarães, 1 a<br />
existem 40.000 arrobas; e do Rio Gran<strong>de</strong> que sc Gilles, 1 a Gama c Bessa, 1 a Saupíquet, 1 a J. Algodão: 3 sacos.—Assacar: 35 calias e 19bar<br />
ven<strong>de</strong> <strong>de</strong> 39000 a 59000, existem 30.000 arrobas. A. Lopes, 1 a J. F. da Silva Braga, 1 a J. A. ricas.—Café: 2.236 socos.—Fumo: 1.148 rolos.—<br />
Canhamaço.—Vcn<strong>de</strong>o-sc <strong>de</strong> 109000 a 119000 a .da Moita.—Chapéos <strong>de</strong> palha: 6 caixas a Gomes Jacarandá: 6 dúzias.—Milho: 5 sacos.—Toucinho:<br />
peça.<br />
e Cone, 1 a Saupíquet.—Cobertores: 1 fardo a B. 64 arrobas.<br />
Farinha <strong>de</strong> trigo.— Entrarão 250 barrico s <strong>de</strong> Lejeune.—Cofre <strong>de</strong> (erro: 1 caixa a V. Hamelicr.<br />
Pernambuco: <strong>de</strong>scarregou o ultimo carregamento —-Conservas: 1 caixa a C. Massct.— Christacs:<br />
vindo da America, mas não sc sobe si se ven<strong>de</strong>u : 1 «caixa a C. J. Rodrigues Torres, 1 a Lopes ds<br />
existem 18,000 barricas.<br />
Çomua.<br />
NOTICIAS MARÍTIMAS.<br />
O Brigue Inglez Kelwin, e a Barca Nacional<br />
Genebra.— Vendêr3o-so o 89000 OS garra fões, as Doces: 2 caixas a Londiere, 1 a A. <strong>de</strong> Almeida. Caledoma sabidos do Rio <strong>de</strong> Janeiro, chegarão a<br />
frasqueirasa 69OOO, e as botijas <strong>de</strong> 400 a 410 cada — Drogas: 35 volumes a Gary, 11 a M. Teixeira Bahia no dia 2 do corrente.<br />
•ma.<br />
Cardoso, 6 a C Massct, 6 a E. Cbevelot, 6 a H. O Vapor Oyapoek chegou a Pernambuco no dia<br />
Prins, 4 a Barthelemy, 4 o Reyhncr, 3 a J. Vlallis, 30 dc Dezembro.<br />
Manteiga»—TLnlr&tâo 205 barris: sustenta o preço<br />
3 a Bcrrini, 2 a Gestas, 1 ao gerente da casa das<br />
corrente nominal.<br />
O Brigue Darque sahio da Bahia para este porto<br />
bichas monstros, 1 a Bauchieri, 1 a J. A. <strong>de</strong> Car no dia 2 do corrente.<br />
Sal.— Sem alterarão do preço corrente.<br />
valho.<br />
Vellascompostas,—<br />
o preço corrente.<br />
Entrarão 28 caixas: sustanta Farinha <strong>de</strong> trigo: 150 barricas a Irernois, 6 a<br />
Cock Lcvcrd-— Fazendas <strong>de</strong> algodão: 17 volumes<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typographía Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />
Roa da Guarda Velha junto á Secretaria do Império,
CORTE.<br />
POR ANNO i2$0Ò0<br />
POR SEIS MEZES. . . 6«7J>000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL.<br />
POR TRES MEZES. . 3#>000<br />
ANNO DE 1865.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
IIIXISTI.IMO DD IMPÉRIO.<br />
Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />
so faz poblico que a 12 do corrente mez Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> O Imperador assistirá na Imperial Quinta<br />
da Boa Vista á missa que alli se lio <strong>de</strong> celebrar ás<br />
10 horas da manhã, pôr ser o dia do annivcrsario<br />
do iullccimcnto do Sr. Duque <strong>de</strong> IIesse, irmão do<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz; <strong>de</strong>vendo a Cdrte comparecer<br />
neste acto do casaca bordada c vestuário<br />
preto.<br />
• Secretario dc E>tado dos Negócios do Império<br />
•em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>. — Fausto Augusto <strong>de</strong><br />
Apuar.<br />
DECRETOS»<br />
Senhor.— A insufltcioncía dc algumas dos quantias<br />
concedidas pelo artigo 5. 9 da Lei n.* 1.114, <strong>de</strong><br />
27 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1860, e Decreto n.* 2.961/<strong>de</strong> 23<br />
<strong>de</strong> Abril ultimo, para as <strong>de</strong>spezas do Ministério da<br />
Marinha no exercício dc 1801 a 1862, dá logar<br />
ao npparecimcnto do déficit, no importância <strong>de</strong><br />
150:4469914 rs., para o que sc torna necessário a<br />
abertura <strong>de</strong> nm credito complementar <strong>de</strong> igual importância,<br />
a fim <strong>de</strong> saldor-so a todas as rubricas do<br />
mesmo Ministério no referido exercido.<br />
A tabeliã junta, organisada pela Contadoria da<br />
Marinha, <strong>de</strong>monstra:<br />
Que o credito votado pela Lei<br />
n.° 1.114, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Setembro do<br />
1860, foi dc 7.209:7939184<br />
Que o supplcmcnlar concedido pelo<br />
Decreto .916, <strong>de</strong> 23 dc<br />
Abril próximo lindo, foi <strong>de</strong>.... 125:9299329<br />
Somma total<br />
Calculado a <strong>de</strong>speza paga até hoje,<br />
e bem assim a presumirei como<br />
realisada, dc que. porém, a Repartição<br />
n;ln teve ainda conhecimento<br />
ofllcial, cm.<br />
Apparece, feita a <strong>de</strong>ducçio, o sobra<br />
<strong>de</strong> .<br />
7.335:7229513<br />
7.050:7379502<br />
284:9859011<br />
Este seria o resultado dos gastos no exercido <strong>de</strong><br />
que sc trata, sc u Lei permitlissc, que com as so-*<br />
bras <strong>de</strong> umas rubricas, sc satisfizessem as <strong>de</strong>ficiências<br />
<strong>de</strong> outras.<br />
Não tendo, porém, Isso logar, resulta que ao<br />
passo que apparece o sobra <strong>de</strong> 435:4319925, verifica-se<br />
a existência do déficit do 150:4469914 nos<br />
paragraplios seguintes:<br />
14.— Força naval<br />
15.— Navios <strong>de</strong>sarmados<br />
20.— Reformados<br />
23.— Despezas extraordinárias e<br />
eventuaes<br />
114:9889158<br />
4579845<br />
5:6829201<br />
29:3189710<br />
150:4469914<br />
Dão origem a este déficit as seguintes causas:<br />
No § 14 maior <strong>de</strong>speza com os vencimentos das<br />
guarnições das Corvetas Rahiana e imperial Marinheiro,<br />
nos viagens <strong>de</strong> instrucção a Europa, e dos<br />
dos Vapores Beberibe e Paraense nos Estados-Unidos,<br />
com a creação da Esquadrilha na Uruguayono:<br />
Vapor Belmonte na Província do Amazonas, e differença<br />
dc vencimentos <strong>de</strong> Ofliciaes do diversas classes,<br />
quo forão promovidos.<br />
No § 15 augmento <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza com o pessoal dos<br />
navios <strong>de</strong>sarmados, <strong>de</strong>pois do ultimo credito.<br />
No § 20 reformas concedidas a Ofllciaes e praças<br />
do pret dos Corpos dc Marinha.<br />
No § 23 finalmente, augmento com a dilferença<br />
<strong>de</strong> cambio dos saques feitos pela Divisão Naval do<br />
Rio da Prata, ajudas <strong>de</strong> custo a Ofliciaes em commissão<br />
e outras <strong>de</strong>spezas não previstas.<br />
As sobras apparcccm nas verbas seguintes:<br />
1.* Secretaria do Estado.<br />
§ 2.° Conselho Naval<br />
§ 3.* Quartel General da Marinha.<br />
; " •<br />
$ 4.* Conselho Supremo Mililar<br />
• • •.<br />
§ 5.* Auditoria c executor ia...<br />
\ 6.* Contadoria<br />
7.* Corpo do Armada cClasses<br />
anncxas<br />
% 8.* Batalhão naval<br />
» 9.* Corpo <strong>de</strong> Imperiaes Marinheiros<br />
$ 11.* Intendências e accessorios.<br />
2 12.* Arsenoes<br />
§ 13.* Capitanias <strong>de</strong> Portos<br />
•1 16.* Hospitaes<br />
§ 18.* Escola <strong>de</strong> Marinha<br />
% 19.* Bibliotheca<br />
§ 22." Obras<br />
4719166<br />
5709187<br />
: 9809186<br />
: 180Ç600<br />
4069129<br />
1589851<br />
100:6459236<br />
7:8099079<br />
26:9199672<br />
8:5819616<br />
119:5779866<br />
12:6849580<br />
7:3019759<br />
4878571<br />
6128413<br />
140:1419950<br />
435:4319925<br />
E, pois, vedando a Lei, como já dito fica, o encontro<br />
<strong>de</strong>ssa sobra com a importância do déficit reconhecido,<br />
corre-me o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> submetter A* Alta<br />
Consi<strong>de</strong>ração dc Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial o incluso<br />
Decreto, abrindo o credito complementar <strong>de</strong><br />
150:4469914, para cobrir o déficit a iludido.<br />
De Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial, subdito fiel e reverente<br />
criado.— Joaquim Raymundo De-L< imare.<br />
— Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1862.<br />
SABBADO, iO DE JANEIHO.<br />
N." 3.040 A, DB 31 DE DEZEMBRO DE 1862.<br />
Autorisa o credito complementar da quantia <strong>de</strong> 150:t46|9tt<br />
para as <strong>de</strong>spezas do Ministério da Marinha nu exercício <strong>de</strong><br />
1861 a 1862.<br />
Não sendo sufllcientcs as quantias votadas pelo<br />
art. 5.° da Lei n. 1.114 dc 27 do Setembro <strong>de</strong><br />
1860, e concedidas pelo Decreto n. 2.961 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong><br />
Abril ultimo, para os <strong>de</strong>spezas do Ministério da Marinha,<br />
que correm pelas verbas—Força './aval—,<br />
Navios <strong>de</strong>sarmados—, Reformados—, c Despezas extraordinários<br />
o eventuaes—do exercício <strong>de</strong> 1862, Hei<br />
por bem, no forma do art. 4.° § 2.° da Lei n.* 589<br />
<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Setembro dc 1850, c tendo ouvido o Conselho<br />
<strong>de</strong> Ministros, autorisar o credito complementar<br />
da quantia do 150:4469914, distribuído pelas verbas<br />
acima mencionadas, segundo a Tãbclla que com este<br />
baixa, assignado pelo Chefe <strong>de</strong> Divisão, Joaquim Raymundo<br />
<strong>de</strong> I.amaro, do Meu Conselho, Ministro c<br />
Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Marinha ; <strong>de</strong>vendo<br />
<strong>de</strong>ste augmento do <strong>de</strong>speza dar-se conta o<br />
Assembléa Geral Legislativa, cm tempo opportuno,<br />
para ser cflectivamcnlc approvado. O mesmo Ministro<br />
o Secretario dc Estado assim o íenha entendido<br />
e faça executar.<br />
Palácio do Rio do Janeiro, em trinta e um dc<br />
Dezembro <strong>de</strong> mil e oitocentos c sessenta e dous;<br />
quodragesimo primeiro da In<strong>de</strong>pendência c do Império<br />
Com o Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador.—Joaquim<br />
Raymundo <strong>de</strong> Lamare. ,<br />
Tabeliã das quantias precisai, para saldar as<br />
verbas abaixo <strong>de</strong>signadas, e a que se refere e<br />
Decreto <strong>de</strong>sta data.<br />
§ 14. Forço Naval .\.. 114*. 9889158<br />
% 15. Navios <strong>de</strong>sarmados 4579645<br />
$ 20. Reformados 5:6629201<br />
§ 23. Despezas extraordinários c<br />
eventuaes 29:3189710<br />
150:4469914<br />
Palácio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 31 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 1862.—Joaquim Raymundo <strong>de</strong> La maré.<br />
N.* 3.022 DE 9 DE DEZEMBRO DE 1862<br />
Grêa no Termo da Villa. da Itajahy, na Provincia <strong>de</strong> Santa Catharina,<br />
o togar dc Juiz Municipal, que accumularú as funcçües<br />
<strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> OrphfiòV.<br />
- Hei por bem Decretar o seguinte:<br />
Artigo único. -Haverá no Termo da Villa <strong>de</strong> Itajahy,<br />
na Provincia dc Santa Catharina, um. Juiz Municipal<br />
, que accumularú us funeções dc Juiz <strong>de</strong><br />
Orphãos.<br />
João Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú, do Meu<br />
Conselho, Ministro c Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios<br />
da Agricultura, Commcrcio c Obras Publicas,<br />
e Interinamente dos da Justiça assim o tenha entendido<br />
e faça executar.<br />
Palácio do Rio dc Janeiro aos nove do Dezembro<br />
<strong>de</strong> mil oitocentos sessenta e dous. quadragesimo primeiro<br />
da In<strong>de</strong>pendência e do Império. — Com o<br />
Rubrica <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador. — João<br />
Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú.<br />
N.° 3.028 DB 9 DE NOVEMBRO DE 1852.<br />
Créa no Termo <strong>de</strong> Santa Maria Migdalena, na Província do Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro o logar <strong>de</strong> Juiz Municipal, que accumolará as<br />
funcçOcs <strong>de</strong> Juiz dc Orphaos.<br />
Hei por bem Decretar o seguinte:<br />
Artigo único. Haverá no Termo dc Santa Mario<br />
Mogdalena, ultimamente croado na Provincia do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, um Juiz Municipal, que accumularú<br />
as funeções <strong>de</strong> Juiz do Orpboõs.<br />
João Lini Vieira Cansansão do Sinimbú, do Meu<br />
Conselho, Ministro eSecretaria do Estado dos Negócios<br />
da Agricultura, Commcrcio e Obras Publicas,<br />
e interinamente dos da Justiça, assim o tenha entendido<br />
e faça executar.<br />
Palácio do Rio do Janeiro em nove <strong>de</strong> Novembro<br />
<strong>de</strong> mil oitocentos sessenta edous, quadragesimo primeiro<br />
do In<strong>de</strong>pendência o do Império. — Com o<br />
Rubrica do Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador. —João<br />
Lins Vieira Cansansão <strong>de</strong> Sinimbú'.<br />
IIWISTERIO DA GUERRA.<br />
EXPEDIENTE DO DIA 2 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
1.* Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando haver<br />
sido prorogado até o dia 23 dc Dezembro próximo<br />
findo a licença concedida oo 1.* Escriptorario da<br />
4." Directoria Geral <strong>de</strong>ste Ministério Francisco Augusto<br />
<strong>de</strong> Limo e Silvo, que se acha com exercício<br />
na Pagadoría do Tropas.<br />
— Ao Sr. Ministro da Justiça, para que sc 'sirva<br />
expedir as suas or<strong>de</strong>ns, a flm dc quo ao Ajudante<br />
General se apresentem dous Africanos livres d*entre<br />
os existentes na Casa dc Correcção, e que sejão<br />
bem morigerados, paro se empregarem no serviço<br />
do Deposito <strong>de</strong> convalescentcs, creodo na Fortaleza<br />
<strong>de</strong> S. João.<br />
— Ao Conselho Supremo Militar, <strong>de</strong>clarando que,<br />
por Decreto <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro findo, foi concedida<br />
ao 2.* Tenente do 1.° Batalhão <strong>de</strong> Artilharia<br />
a pé, Agostinho Máximo <strong>de</strong> Souza Barradas, a <strong>de</strong>missão,<br />
que pedio, do serviço do Exercito.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m que nesta<br />
data 6 <strong>de</strong>mitlido <strong>de</strong> Vogai do Conselho Administrativo<br />
para fornecimento do Arsenal <strong>de</strong> Guerra<br />
d'aquello Provincia, o Alferes reformado do Exercito<br />
Francisco Joaquim Pereira Lobo, c nomeado para<br />
esse logar o Coronel do Corpo do Estado-Moior <strong>de</strong><br />
2." Classe José Maria Il<strong>de</strong>fonso Jscome da Veiga<br />
Pesada <strong>de</strong> Mello*<br />
OFFIGIU.<br />
2." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Miríislrb da Justiça, remettendo o professo<br />
do Conselho <strong>de</strong> Investigação, feito cm conseqüência<br />
do conflicto oceorrido entre o Soldado do<br />
|.° Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pó, Juvito Augusto<br />
.Ferreira e uma patrulha do Corpo Policial da Corte,<br />
d fim do que S. Ex., tomando em consi<strong>de</strong>ração as<br />
respectivas provas, dc seu parecer sobre o procedimento<br />
das praças do Corpo Policial; a flm <strong>de</strong> tomar<br />
Pato Ministério uiterior <strong>de</strong>liberação quanto ao Soldado<br />
acima mencionado.<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo duos<br />
potentes- pertencentes ao Capitão 'Diago Francisco<br />
Cardoso, e ao 'Alferes Fre<strong>de</strong>rico Ernesto Estreita dc<br />
\filleroy, ambos reformados do Exercito, a flm do<br />
lhes serem entregues <strong>de</strong>pois dc pagos os respectivos<br />
direitos.<br />
— Ao mesmo, communicando que falleceu na<br />
Provincia da Bahia cm 6 dc Dezembro findo, o Coronel<br />
graduado reformado do Exercito, Anastácio<br />
Francisco do Menezes Dorea.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia dc Goyaz, <strong>de</strong>clarando,<br />
cm resposta ú duvida proposta pelo Commandante<br />
do respectivo Batalhão <strong>de</strong> Caçadores,<br />
relativamente ao pruso <strong>de</strong> tres mezes marcados pelo<br />
Çfccrclo dc 25 <strong>de</strong> Março do anno findo, para u opre- ,<br />
sentação dos <strong>de</strong>sertores, que o referido proso <strong>de</strong>verá j<br />
ser contado da data da publicação do mesmo Decreto<br />
nos districlos cm qife se apresentarem os <strong>de</strong>sertores<br />
que preten<strong>de</strong>rem gozar do Indulto por elle concedido.<br />
— Ao do da Marinha, <strong>de</strong>volvendo o processo do<br />
Conselho dc Investigação do Soldado do respectivo<br />
qorpo <strong>de</strong> Guamição, Américo Antônio José João da<br />
Silva Almeida, a fim <strong>de</strong> que S. Ex. mondo archivar<br />
0 dito processo, visto não estar provado o facto pelo<br />
qual foi elle instaurado, c soltar as praças que se<br />
acharem presas em conseqüência do dito processo se<br />
por ai, o não estiverem.<br />
1 — Ao mesmo, mandando inspeccionar em Junta<br />
dc,Saú<strong>de</strong> os Soldados do 5.* Batalhão dc Infantaria<br />
Vjrginio Antônio dos Santos e Francisco Bibiano dc<br />
Oliveira , e remetter a esto Secretaria <strong>de</strong> Estado o<br />
termo da inspecção e as certidões dc assentamentos<br />
dos ditos Soldados. i<br />
' '•— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, i<strong>de</strong>m, o Soldado do |<br />
Batalhão <strong>de</strong> Deposito, Antônio Sebastião Pereira.<br />
— Ao da do Ceará, exigindo uma certidão dos<br />
assentamentos do Soldado do 7.* Batalhão do Infantaria.<br />
Francisco Thiago do Oliveira, que veio em .25<br />
SwÕljrço do 1860 d'aquella Província.<br />
— Ao da do Maranhão, i<strong>de</strong>m, o do Soldado do<br />
7.* Batalhão do Infantaria, Benedteto <strong>de</strong> Barros<br />
Galvão, quo cm 9 <strong>de</strong> Setembro dc 1859 veio daquella<br />
Provincia.<br />
— Ao da do Para, i<strong>de</strong>m, do Soldado do 7." Batalhão<br />
dc Infantaria, João Manoel Gal vão, que cm 22<br />
dc Junho do 1859 veio daquclla Provincia.<br />
— Ao da Bahia, remettendo o processo do Conselho<br />
dc Guerra do 2.* Sargento Salyro Augusto<br />
Martins, c ao soldado Ludgero Soares Rezen<strong>de</strong>,<br />
ambos da respectiva Companhia dc Artífices, a fim<br />
dc ser cumprida a respectiva sentença.<br />
— Ao do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m os dos soldados<br />
do 1.* Regimento dc Artilharia a cavollo<br />
Manoel Caetano e Manoel Francisco dc Quadros.<br />
— Ao <strong>de</strong> dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m os dos soldadados<br />
do 4.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé João Pereira<br />
Borges do Nascimento e Vicente Ferreira <strong>de</strong><br />
Souza.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Goyaz, i<strong>de</strong>m os dos soldados do<br />
respectivo Batalhão <strong>de</strong> Caçadores João Francisco dc<br />
Sá e Joaquim Antônio Francisco.<br />
— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante da<br />
Escola Central, remettendo o requerimento em que<br />
o 2.° Tenente do 2.* Batalhão dc Artilharia a pé<br />
Paulino Pompilio.<strong>de</strong> Araújo Pinheiro pe<strong>de</strong> licença<br />
para estudar o curso da respectiva arma.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, o do 1.* Ca<strong>de</strong>te do 1.* Batalhão<br />
Virgílio Fcüx Monteiro Tapajóz.<br />
4." Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, remettendo, para qoe<br />
haja dc mandar pagar, 24 ferias do Aracnai <strong>de</strong> Guerra<br />
da Corte, sendo 23 relativas & 2.* quinzena c umo a<br />
todo o mez do Dezembro ultimo, processadas na<br />
quantia dc 12.4339(15.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m 5 ditas da Fabrica <strong>de</strong><br />
Armas da Conceição i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m na <strong>de</strong> 2.3369150.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a dos Artífices que trabalharão<br />
nas offlcinas do Arsenal <strong>de</strong> Guerra durante<br />
a referida quinzena, i<strong>de</strong>m na dc 2879660.<br />
— Aa mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m o folha dos vencimentos<br />
<strong>de</strong>s Empregados das Obras Militares relativas ao<br />
mez próximo, passado, i<strong>de</strong>m na <strong>de</strong> 6189100.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m a folha dos Empregados<br />
e feria dos serventes do Archivo Mililar, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m<br />
na dc 7779554.<br />
— Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda da<br />
Provincia dp Maranhão, para que man<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontar<br />
do soldo do Capitão rio Corpo dc Guamição Manoel<br />
Alexandrino do Albuquerque Pitta a quantia <strong>de</strong><br />
159000 mensaes. que lhe foi permiIlido consignar<br />
na Provincia <strong>de</strong> Pernambuco por tempo in<strong>de</strong>terminado,<br />
a contar do 1do corrente mez.<br />
— Ao Gerente da Companhia Brasileira <strong>de</strong> Pà-<br />
Q uetJ? a Vapor, para que man<strong>de</strong> dar uma passagem<br />
até Porto Alegre ao 2.° Cirurgião do Exercito Dr.<br />
Francisco <strong>de</strong> Souza o Oliveira, quo <strong>de</strong>ve seguir no<br />
1 .* vapor que partir para o Sul.<br />
— Ao lnspector da Pagadoría, prevenindo <strong>de</strong><br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO........ 16&00Ò<br />
PCR SEIS MPZES. . . 85)000<br />
POR TRES MEZES.. . 4#000<br />
NUMERO 7.<br />
que ao Alferes dc Estado Maior dc 1." Classe João<br />
Soares Neiva se conce<strong>de</strong> permissão paro consignar<br />
nesta cdrte o soldo <strong>de</strong> sua patente a Murccllino <strong>de</strong><br />
Almeida Ribeiro.<br />
— Ao mesmo, paro mandar fazer carga ao 2."<br />
Cirurgião do Exercito Dr. Francisco do Souza e Oliveira<br />
da quantia <strong>de</strong> 1289250, da importância liquido<br />
da passagem que so lhe conce<strong>de</strong> para Porto<br />
Alegre, eflectuando-sc a Ín<strong>de</strong>mnisação por meio <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sconto equivalente á meta<strong>de</strong> do soldo que fôr<br />
vencendo.<br />
— Ao mesmo, para mandar pagar a feria da gratificação<br />
da praça empregada na limpeza do armamento,<br />
instrumentos e mais utensis, pertencentes á<br />
Escola Geral <strong>de</strong> Tiro, processado na importância do<br />
99300, ajust ando-se contas ao respectivo commandante<br />
interino da <strong>de</strong>speza <strong>de</strong> 559460, feita por conta<br />
da consignação dc IOO9OOO, tudo no mez dc Dezembro<br />
ultimo.<br />
DOCUMENTOS OFFICIAES.<br />
Tribunal da RelnçiEo.<br />
SESSÃO DE 9 DE JANEIRO DB <strong>1863</strong>.<br />
Presidência do Exm. Sr. Conselheiro <strong>de</strong> Estada<br />
Eusebio <strong>de</strong> Queirós.—Não esteve presente o Sr.<br />
Conselheiro Procurador da Coroa. — Juiz Semanário<br />
o Sr Desembargador Araújo Soares.—<br />
Secretario o Sr. Dr. Carlos Augusto <strong>de</strong> Oliveira<br />
Figueiredo.<br />
A's 9 horas da manhã abrlo-se a sessão achando-se<br />
presentes os Srs. Desembargadores Masóarenhos,<br />
Ribeiro, Gomes Ribeiro, Queiroz, Assis Mascarenhas,<br />
Araújo Soares, Câmara, Travassos, e Albuquerque.<br />
Faltarão com causa participada os Srs. Desembargadores<br />
Cerqueira, Braga, Costa Pinto, Pereira Monteiro<br />
e Souto.<br />
Passados os feitos e entregues os distribuídos, <strong>de</strong>spacharão-sc<br />
os seguintes; a saber:<br />
Mdbeas corpus.<br />
N. 106. — Pacientes, Sebastião José Fernan<strong>de</strong>s<br />
Portugal o outro.—Juizes, os Srs. Desembargadores<br />
Queiroz, Assis Masca renhas, Araújo Soares, Câmara,<br />
Travassos, Albuquerque, Ribeiro, o Gomes<br />
Ribeiro —In<strong>de</strong>ferirão a petição.<br />
N. 107.—Paciente, João Ferreira. — Juizes, os-<br />
Srs Desembargadores Assis Mascarenhas, Araújo<br />
Soares, Câmara, Travassos, Albuquerque, Ribeiro,<br />
Gomes Ribeiro, c Queiroz.—In<strong>de</strong>ferirão a petição.<br />
Recursos crimes.<br />
N. 1.845.—Recorrente o Juizo, recorridos, José -<br />
Domiciano do Nascimento, c Sevcrina Francisca t<br />
<strong>de</strong> Lacerda.—Juiz Relator, o Sr. Desembargador<br />
Travassos; o sorteados os Srs. Desembargadores _<br />
Araújo Soares, Câmara, c Albuquerque.—Negarão<br />
proveniente.<br />
N. 1.846.—Recorrente, o Juízo, Recorridos José<br />
Joaquim da Rocha Pinto & Irmão.—Juiz Relator,<br />
o SP. Desembargador Albuquerque; e sorteados<br />
os Srs. Desembargadores Travassos, Gomes Ribeiro,<br />
o Ribeiro.—(Julgamento cm segredo).<br />
N. 1,847. —Recorrente, o Juizo; recorridos,.<br />
Pinheiro di Gonçalves. —Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />
Assis Mascarenhas; o sorteados, os Srs..<br />
Desembargadores Travassos, Albuquerque o Araújo<br />
Soares.—Negarão provimento.<br />
N. 1.848. — Recorrente, o Juizo; recorridos.<br />
Silva Couto di Comp. —Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />
Mascarenhas; e sorteados, os Srs. Desembargadores<br />
Araújo Soares, Cornara e Albuquerque.<br />
— Negarão provimento.<br />
N. 1.849.— Recorrente, o Juizo; recorridos,<br />
Eduardo Coblentx dt Irmão. — Juiz relator, o Sr.<br />
Desembargador Ribeiro; c sorteados, os Srs. Desembargadores<br />
Mascarenhas, Queiroz o Alboquerque. —<br />
Negarão provimento.<br />
N. 1.850.—Recorrente, o Juizo; recorrido, o<br />
Padre João Baptista do Araújo, Vigário da Frcguezia<br />
d'Agua Suja.—Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />
Gomes Ribeiro; c sorteados, os Srs. Desembargadores<br />
Travassos, Ribeiro c Araújo Soares.—Negarão<br />
provimento..<br />
N. 1.851.— Recorrente, o Juizo: recorrido. Joio<br />
Francisco da Silva Couto. — Juiz relator, o Sr. Desembargador<br />
Queiroz; e sorteados, os Srs. Desembargadores<br />
Soares, Ribeiro c Mascarenhas.—Negarão<br />
provimento.<br />
Levantou-se a sessão ás 11 horas.<br />
DISTRIBUIÇÃO.<br />
Re ursos Crimes.<br />
N.° 1.845.—Rio Bonito.—Escrivão Assis Araújo.<br />
—Recorrente, o Juizo; recorridos, José Domiciano do<br />
Nascimento e Sevcrina Francisco <strong>de</strong> Lacerda. —- Distribuído<br />
ao Sr. Desembargador Travassos,<br />
N.° 1.846. — Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Escrivão Assis<br />
Araújo.—Recorrente, o Juizo; recorridos, José Joaquim<br />
da Racha Pinto dt Irmão.— Distribuído ao<br />
Sr. Desembargador Albuquerque.<br />
N." 1.847.—Rio dc Janeiro.—Escrivão Botelho.<br />
— Ao da Bahia, para mandar <strong>de</strong>scontar do —Recorrente, o Juizo: recorridos, Pinheiro 4t Gon<br />
soldo do Cirurgião Mor do Brigada Dr. Antônio José çalves.—Distribuído ao Sr. Desembargador Braga.<br />
da Fonseca Lcssa a quantia <strong>de</strong> 309000 mensaes, que j N.° 1.848. —B io<strong>de</strong> Janeiro.—Escrivão Botelho.<br />
consigna nesta Corte a contar do 1 .* do corrente ! —Recorrente, o Juizo; recorridos, Silva Couto dt<br />
mez.<br />
Comp. — Distribuído ao Sr. Desembargador Mascarenhas.<br />
N." 1.849. ~ Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Escrivão Assis<br />
Araújo. —Recorrido, o Juizo; recorridos, Eduardo<br />
Coblentx dt Irmão. — Distribuído ao Sr. Desembargador<br />
Ribeiro.<br />
N. 1 830—Minas Novas.—Escrivão Assis Araújo.
—Recorrido, o Padre João Baptista <strong>de</strong> Araújo, Vigário<br />
da Frcguezia d'Agaa Suja.— Distribuído ao<br />
Sr. Desembargador Gomes Ribeiro.<br />
N. 1.851.—RioJJoniio.—Escrivão JjolcJJjo.—-Recorrente,<br />
o Jeito; recorrido Joio Francisco da Silva<br />
Couto.—Distribuído ao Sr. Desembargador Queiroz.<br />
Recurso crim$ por distribuição cm substituição.<br />
N. 1.847.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Escriv&o Botelho.—<br />
Ilcrorrente, o Juizo; recorridos, Pinheiro 67 Gonçalves.—Distribuído<br />
ao Sr. Desembargador Assis<br />
Mascarenhas.<br />
ffabeos corpus.<br />
N. 100.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Pacientes, Sebastião<br />
José Fernan<strong>de</strong>s Portugal <strong>de</strong> Azevedo e outro. — Dis -<br />
tiibuido ao Sr. Desembargador Queiroz.<br />
N. 107.—Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Paciente, João Ferreira.—Distribuído<br />
ao Sr. Desembargador Assis<br />
Mascarenhas.<br />
Tribunal do Commcrcio.<br />
ACTA DA saasXo A nsfiirisra A TTVA DE 2 DE<br />
JANEIRO DE 1803.<br />
Presidência do Sr. Conselheiro Vál<strong>de</strong>taro.<br />
Aos <strong>de</strong>us <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>, na sala das sessões<br />
do Tribunal do Commercio da Corte, presente<br />
o Sr. Conselheiro Manoel <strong>de</strong> Jesus Vál<strong>de</strong>taro,<br />
Presi<strong>de</strong>nte do mesmo Tribunal, com o Secretario<br />
abaixo assignado, e os Srs. Deputados,<br />
Gonçalves, o Lesi, faltando com causa os Srs. Telles,<br />
e Netlo; o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>clarou aberta a<br />
sessão.<br />
Foi lids e approvado a sela da sessão antece<strong>de</strong>nte.<br />
EXPEDIENTE.<br />
Olllcio do Sr. Ministro dn Justiça <strong>de</strong> 20 dc Dezembro<br />
, remettendo copia do Decreto n." 3.0.17,<br />
<strong>de</strong> 20 do mesmo mez, crcaudo cinco iogares <strong>de</strong><br />
Corredores, sendo tres do mercadorias, o dous <strong>de</strong><br />
navios.—Mandou-se cumprir e registrar.<br />
Oflicio do mesmo Sr. Ministro <strong>de</strong> 24 do dito mez,<br />
communicando que foi a casa da rua dos Pescadores<br />
n.*26, contrariada com Marliniano <strong>de</strong> Souza<br />
Pinto paru serviço dos duas Varas Commcrciaes<br />
<strong>de</strong>sta Corto.—Mondou-se cumprir e registrar.<br />
Olllcio do Tribunal do Commcrcio <strong>de</strong> Pernambuco,<br />
do 15 <strong>de</strong> Dezembro findo, aceusando o relação<br />
dos Commerclantes matriculados nesta Tribunal durante<br />
o mez <strong>de</strong> Novembro,—Mandou-se archivar.<br />
Boletim semanal das cotações da Junta dos Corretores<br />
<strong>de</strong>sta praça,<strong>de</strong> 22 a 27 do mes lindo.—<br />
Mandou-se archivar.<br />
Forâo <strong>de</strong>feridos os requerimentos <strong>de</strong> Francisco<br />
Antônio Gonçalfcs, em que podo uma onnotação na<br />
carta do Bergautim Velos, eo <strong>de</strong> Manoel Fernan<strong>de</strong>s<br />
da Silva Campos, em que po<strong>de</strong> ser admiti ido á matricula<br />
do Commercianio.<br />
No requerimento dc Afmobln Cantais, pedindo ser<br />
admittido á* matricula <strong>de</strong> comerciante, mandou-so<br />
quo requeresse nos termos do art. 5." do Código<br />
do Commercio, provando mais que tem as qualida<strong>de</strong>s<br />
exigidas no art. 6.*<br />
Forão com vista ao Sr. Conselheiro Fiscal os requerimentos<br />
<strong>de</strong> Manoel Gonçalves Vietoria, em que<br />
olícrecc sua <strong>de</strong>fesa para ser junta aos autos aceusalorios<br />
acerca do Paládio Eugênio, e o <strong>de</strong>Hygino<br />
José Goulart, Gorroetor do mercadorias, pedindo<br />
substituição do sua llanço.<br />
Mandou-se pagara folha das gratificações do Ofllcial<br />
Thesoureiro, o Addidos da Secretario, do mez<br />
lindo, importando em 2508006 ea das <strong>de</strong>spezas feitas<br />
pelo porteiro cm 788140.<br />
Por nio haver mais a trotar o Sr. Presi<strong>de</strong>nte levantou<br />
s sessão c para constar se lavrou e presente<br />
acta.— Vál<strong>de</strong>taro.— Joaquim Antônio Fernan<strong>de</strong>s<br />
Pinheira, Secretario.<br />
alio, tf <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Sendo hoje anni versa rio do dia em que o Sr.<br />
D. Pedro I manifestou a <strong>de</strong>liberação do ficar no<br />
Brasil, houve cortejo cm gran<strong>de</strong> gala na Imperial<br />
Quinta da Boa Vista, que foi muito concorrido.<br />
Tendo o Presi<strong>de</strong>nte da Gamara Municipal <strong>de</strong> Nicthcroy,<br />
por intermédio do Presi<strong>de</strong>nte da Provincia,<br />
pedido dia e hora para a commissão que tinha <strong>de</strong><br />
apresentar a Sua Magesta<strong>de</strong> o Imperador suas congratulações,<br />
pela maneira briosa c digna, com que o<br />
Governo Imperial se houve na <strong>de</strong>fesa da honra nacional<br />
durante o <strong>de</strong>sagradável conflicto, que felizmente<br />
terminou, entre o referido Governo e a<br />
Legação Britannica nesta Cdrte, o Mesmo Augusto<br />
Senhor Dignou-se do marcar o dia 8 do corrente<br />
mes, ás cinco horas da tar<strong>de</strong>; eapresentando-se a<br />
commissão no Paço da Cida<strong>de</strong>, teve a honra <strong>de</strong><br />
dirigir o seguinte discurso, ao qual Sua Magesta<strong>de</strong><br />
o Imperador <strong>de</strong>u a resposta que hontem publicamos.<br />
« Senhor.—Como órgãos da população do Município<br />
<strong>de</strong> Nicthcroy para cm nome <strong>de</strong>lle sermos interpretes<br />
fieis dos sentimentos dc adhesão á Augusta<br />
Pessoa <strong>de</strong> Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial e seu Governo<br />
no monunlenção da honra e dignida<strong>de</strong> do pavilhão<br />
nacional, vimos cumprir hoje esse grato <strong>de</strong>ver, assegurando<br />
que em qualquer situação difllcil e <strong>de</strong><br />
provação, por grave que seja, o povo <strong>de</strong> Nicthcroy<br />
acompanhará o Governo do Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial<br />
na profunda c na inabalável convicção <strong>de</strong> qoe<br />
Elle manterá a todo transe e com patriotismo a honra<br />
do nome Brasileiro.<br />
« Digne-se Vosso Magesta<strong>de</strong> Imperial aceitar a<br />
manifestação livre, expontânea c patriótica <strong>de</strong>stes<br />
sentimentos.<br />
« Niclheroy, 7 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>. — Augusto<br />
Francisco Caldas, Presi<strong>de</strong>nte da Cornara. — João<br />
Rabello Vasconccllos e Sousa Coelho Henriques,<br />
Tenente Coronel reformado. — Padre Antônio <strong>de</strong><br />
Mello Munis Maia, Vigário dc Niclheroy. —João<br />
Nepomoceno Castrioto.—Dr. José Martins Rocha.<br />
—-Joaquim José Rodrigues Guimarães. — Vigário<br />
Leandro José Rangel <strong>de</strong>S. Paio.—João Antônio<br />
<strong>de</strong> Magalhães Calcei.—Dr. João Baptista Pereira.<br />
—Dr. Francisco Leocadio <strong>de</strong> Figueiredo.—Manoel<br />
Mstaniláu <strong>de</strong> Castro e Crus— Dr. Bento Maria<br />
da Costa .—José Joaquim Teixeira. — Rafael José<br />
<strong>de</strong> Mattos.—Augusto José <strong>de</strong> Castro e Silva.—Jose<br />
Afattoso <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Câmara.—-Luis José Martins<br />
Rocha. — Dr. Ernesto <strong>de</strong> Sousa e Oliveira Contenho.<br />
— Jran ChoUete.—Carlos Bernardino <strong>de</strong><br />
Moura. —/osè Joaquim da Fonseca Cunha. —Francisco<br />
Correia Garcia.—José Segundino <strong>de</strong> Gomensoro.<br />
O Vapor Magi entrou hoje ás 9 horas da manhã,<br />
trazendo a reboque o Patacho Chaves Primeiro,<br />
com agua aberta.<br />
Entrou tombem a Sum noa Áurea.<br />
O Palbabolc Dezaeeis <strong>de</strong> Desembro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />
reparado o avaria, que soffrcra, seguio para o Rio<br />
S. João.<br />
Não existe na enseada das Palmas navio algum<br />
dos centurados.<br />
O Paquete Inglez Magdalena que <strong>de</strong>via partir<br />
hoje (9j as 8 horas da manhã foi <strong>de</strong>morado para<br />
as 5 1/2 da tar<strong>de</strong>, consto-nos que por or<strong>de</strong>m do<br />
Legoçâo Inglcza.<br />
Entrou hoje o Vapor Nacional Brasil proce<strong>de</strong>nte<br />
dos portos do Sul.<br />
Não foi visitado.<br />
Estudos A<strong>de</strong>ii5ni9ts*ati%'o*j.<br />
(Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes.)<br />
Do suecinto relatório, com que o Sr. Senador<br />
Fernan<strong>de</strong>s Torres 1.* Vice-presi<strong>de</strong>nte da Província<br />
dc Minas passou o respectiva administração ao Presi<strong>de</strong>nte<br />
o Sr. Senador Vasconccllos, extractainos as<br />
seguintes informações:<br />
Nio é salisfsctorio o estado da segurança individual<br />
e do proprieda<strong>de</strong> naquclla Provincia. Dous<br />
factos <strong>de</strong> recente data, além do outros não mencionados<br />
no relatório, provão esta atserção.<br />
Uma escolta, que voltava do Serro conduzindo os<br />
réos italianos Miguel Ntcolau Polootbo c José Nicolau,<br />
comprometidos nos crimes <strong>de</strong> assassinato<br />
e roubo perpetrados na fazenda do Capitão Venancio<br />
Lucaa Chaves, e que para alli Urmão sido remctlidos<br />
a flm <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>rem á novo Jury, foi<br />
accommettida no dia 20 do Novembro do anno passado<br />
no logar — Biqulnho — entro as povooções <strong>de</strong><br />
Bento Rodrigues o Camargos por outros dous italianos,<br />
sendo um <strong>de</strong>lles Alexandre Deluca lambem<br />
co-reo naqaclle attentedo ; resultando do conflicto<br />
ferimento grave no Gosnmandanlc da escolto<br />
e a evasão dos presos com os aggrcssorcs.<br />
Felizmente, poucos dias <strong>de</strong>pois, forüo os réos novamente<br />
presos, inclusive Alexandre Dcluca, e achavão-so<br />
recolhidos á cadéo <strong>de</strong> M a ria n na.<br />
O outro altenlado, dc igual natureza, porém mais<br />
grave, oceorreu em 7 do Setembro ultimo no sitio<br />
chamado — Estiva —districto dc S. Domingos, terno<br />
do Minas Novas.<br />
O sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Polida da Ilinga, <strong>de</strong>pois do<br />
muitos e iiifrnctifcres diligencias, conseguira, auxiliado<br />
pelo cidadão Jeremias Furtado do Mendonça<br />
capturar o réo Vicente Dias da Rocha, pronunciado<br />
em crime <strong>de</strong> furto <strong>de</strong> escravos, no dc roubo do cartório<br />
dc poz o subdolcgacia do districto do Curral<br />
Velho, na Provindo da Bahia, c <strong>de</strong>sertor do <strong>de</strong>stacamento<br />
dc 1.* linha, estacionado na villa <strong>de</strong><br />
Santa'Izabel, da mesma Provincia.<br />
Verificada a prisão correu logo que dous irmãos<br />
do réo, auxiliados por M.nianno Antônio Soares e<br />
outros em numero <strong>de</strong> 12, prclcndião tirar o preso do<br />
po<strong>de</strong>r da justiça.<br />
O Sub<strong>de</strong>legado, em conseqüência <strong>de</strong> tal boato,<br />
fèl-o embarcar em umo canoa para o Pontal, on<strong>de</strong><br />
se achava o Sub<strong>de</strong>legado dc S. Domingos, ao qual<br />
officiou narrando quanto succcdèra, e bem assim<br />
os seus receios, <strong>de</strong>clarando que julgava conveniente<br />
remetter o preso quanto antes para Minas<br />
Novas, <strong>de</strong>vidamente guardado. Este Sub<strong>de</strong>legado, não<br />
compartilhando talvez as apprehensOcs do da ltinga,<br />
fez seguir o réo para S. Domingos acompanhado<br />
apenas por sete homens; somente <strong>de</strong>pois, sabendo<br />
que diversos indivíduos suspeitos havião passado<br />
perguntando a direcção que tomara a escolta, enviou<br />
mais quatro homens á cavallo para reforçarem-na.<br />
Infelizmente tomarão esles um rumo diverso.<br />
Chegando a escolta á Estiva, logar ermo c azado<br />
para emboscadas, vio sahirem-lne ao encontro dose<br />
homens completamente armados dc garruxas, ciavinotes,<br />
espingardas <strong>de</strong> dous canos e facões.<br />
Intimada para entregar o preso, recusou, não<br />
obstante a superiorida<strong>de</strong> do numero, seguindo-se<br />
horrível combate braço o braço; e sendo a final<br />
vencida a escolta foi o preso posto cm liberda<strong>de</strong>.<br />
Resultou <strong>de</strong>ssa luta ficarem mortos quatro, edous<br />
gravemente feridos, sendo cinco guardas c entre<br />
os mortos um dos aggrcssorcs.<br />
Acontecimento <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m reclamava promptos<br />
provi<strong>de</strong>ncias que nio sc fizerio esperar por parte<br />
da Presidência. Foi dcmcttido o Sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong><br />
S. Domingos e o 1.* supplcnte do Delegado <strong>de</strong> Minas<br />
Novas, sendo nomeado para este cargo o Tenente<br />
da 1.' linha José Joaquim Copistrano, que partio<br />
immediutamenle poro aquelle ponto, com as necessárias<br />
inslrucções e or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tomar o commondo<br />
das forças que existem <strong>de</strong>stacadas ua Comarca<br />
do Jequilinhonha.<br />
E* neste pé que ficou o negocio dc que se lata,<br />
quando o Sr. Fernan<strong>de</strong>s Torres <strong>de</strong>ixou s administração,<br />
Na opinião dc S. Ex. concorrem para toes acontecimentos<br />
como principoes causas: a falta <strong>de</strong> bases<br />
para uma melhor distribuição da forca publica;<br />
as longas distancias que sepárão os mais importantes<br />
núcleos dc população, mormente ao norte<br />
sudoeste da Província; a protecção qne prestio<br />
aos criminosos pessoas po<strong>de</strong>rosas, c sobretudo a<br />
difliculdodc <strong>de</strong> encontrar o Governo homens que<br />
sem retribuição c alheios ás intrigas c ódios lo<br />
caes, tenhão o in<strong>de</strong>pendência e zelo necessário<br />
o <strong>de</strong>sempenho dos funeções publicas.<br />
para<br />
Dc um quad ro, organisado na Secretaria do Governo,<br />
vò-sc que a força somente empregada no<br />
serviço da Policia eleva-se a 748 praças, sendo: do<br />
Corpo Policial 183; do dc guamição 131; pe<strong>de</strong>stres<br />
209; guardas nacionaes 225.<br />
Nota S. Ex. bastante irregularida<strong>de</strong> na distribuição<br />
da força publica; se fosse melhor organisada<br />
esta distribuição talvez <strong>de</strong>sse em resultado<br />
diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza sem prejuízo do serviço.<br />
Acha-se organisada a Guarda Nacional dos municípios<br />
do Patrocínio e Bagagem • c nomeado Commandante<br />
Superior da mesma o cidadão Francisco<br />
José da Silva Botelho.<br />
Por fallecimento do Briga<strong>de</strong>iro reformado do<br />
Exercito Manoel Alves <strong>de</strong> Toledo Ribas, ficou vago<br />
o logar <strong>de</strong> Commandante Superior da Guardo Nacional<br />
da Capital, para o qual foi nomeado e já<br />
ià<br />
tomou posse o Tenente Coronel honorário Carlos<br />
<strong>de</strong> Assis Figueiredo.<br />
Para prenchimento <strong>de</strong> algumas vagas existentes<br />
nos postos superiores fez S. Ex. propostas que<br />
pen<strong>de</strong>m dc approvação do Governo Imperial.<br />
Em referencia aos melhoramentos materiaes autorisou<br />
S. Ex. á Câmara Municipal dc Pouso Alegre<br />
para contractar a construcção da ponte sobre o rio<br />
Mugy na estrada que <strong>de</strong> Santa Rita se dirigo ao<br />
Ouro Fino, orçada em 9049000 e os reparos <strong>de</strong> que<br />
precisão as pontes e aterros na varsea do rio<br />
Man<strong>de</strong>, orçada em 3:2009000; aulorisou tombem<br />
I Mesa <strong>de</strong> Rendas á firmar centrados com Francisco<br />
<strong>de</strong> Paula Assis para a conservoção da estrada<br />
entre a Capital e a Cidado do Marianna pela quantia<br />
<strong>de</strong> 8509000 annuucs.<br />
Teve igualmente S. Ex. <strong>de</strong> opprovor os seguintes<br />
contractos: paro a construcção da ponte sobre o<br />
rio Pomba com Armand Francisco Durondct por<br />
11:1409700; poro conservação das estradas que do<br />
Mor <strong>de</strong> Hespanha c Arraial do Espirito Santo se<br />
dirigem ao porto do Chiador o da Lcopoldina ao<br />
mesmo porto com diversos outros indivíduos a razão<br />
<strong>de</strong> 60 réis por braça; para cnncertos nas seguintes<br />
estrados: do Infeccionado a Bento Rodrigues; entre<br />
os Arraiaes <strong>de</strong> S. Caetano o Furquim ; do S. Sebastião<br />
a S. Cactino, c para a construcção da ponto<br />
do Halfcld sobro o Parahybuna.<br />
Mandou pagar a ultimo prestação dc 11:3039650<br />
oo arrematante do aterrado c pontes sobro o rio<br />
Mandú, em Pouso Alegro.<br />
Contlnuio em andamento muitas outras o importantes<br />
obras, a quo sc referem outras peças ofllciaes.<br />
Tendo o Governo Imperial, por Aviso do Ministério<br />
da Fazenda <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Outubro ultimo, mandado<br />
embargar a importância da garantia quo a Companhia—União<br />
c Industria — tem <strong>de</strong> receber da<br />
Provincia, por se achar em <strong>de</strong>bito para com o Thesouro<br />
Nacional dc avullada somma proveniente dc<br />
<strong>de</strong>spezas feitas pelo mesmo Governo cm Londres<br />
com o empréstimo do 1800, expedio S. Ex. or<strong>de</strong>m<br />
neste sentido á Mesa <strong>de</strong> Rendas, or<strong>de</strong>nando-lhe<br />
lambem que fizesse sustar os efleitos da Lei dc<br />
13 <strong>de</strong> Setembro próximo passado, que sc refere ao<br />
pagamento do ultimo semestre; esta or<strong>de</strong>m, porem,<br />
já tinha tido execução.<br />
Em uma breve exposição, apresentada á S. Ex.<br />
pelo lnspector da Mesa dc Rendas, manifesto este<br />
funecionario o receio <strong>de</strong> que appareça algum déficit<br />
no corrente anno financeiro, á não reduzirem-se<br />
algumas dospezas ordinárias, o que pódc ter logar<br />
nas verbas — matrizes c <strong>de</strong>stacamentos do pe<strong>de</strong>stres<br />
e guardas nacionaes.—<br />
Tal receio tem fundamento no escassez dos produetos<br />
que constituem as mais abundantes fontes<br />
da receita provincial, como sejão: o café o a importação<br />
dc bestas novas. Accresce ainda a circumstancia<br />
dc existirem muitas automações para obras,<br />
que S. Ex. sc absteve dc mandar emprchen<strong>de</strong>r,<br />
posto reconhecesse a importância o necessida<strong>de</strong> do<br />
multas.<br />
Apesar dos enormes empenhes, qne pesa o sobre<br />
o Thesouro Provincial, tem elle pago pontualmente<br />
aos seus credores, c no dia 29 dc Novembro existlão:<br />
Em disponibilida<strong>de</strong>.<br />
Em <strong>de</strong>posito<br />
Em letras á vencer.<br />
Em diversos valores.<br />
66:3799075<br />
19:6319502<br />
53:5559701<br />
14:7729000<br />
Total. 154:338»278<br />
«A instrucção publica, diz S. Ex., continua a reger-se<br />
por uma legislação <strong>de</strong>feituosa que precisa<br />
dc retoques, senão <strong>de</strong> inteira reforma. »<br />
Existem creadas 370 ca<strong>de</strong>iras dc instrucção primaria,<br />
dos quacs estão providas 308, sendo 257 do sexo<br />
masculino o 51 do feminino; vagos 63, a saber : 53<br />
daquelle o 10 <strong>de</strong>ste sexo.<br />
Ha mais 58 <strong>de</strong> instrucção primaria, 42 do sexo<br />
masculino o 16 do feminino.<br />
Além <strong>de</strong>stas existem sete anncxas oo Seminário<br />
Episcopal <strong>de</strong> Marianna, creadas e pagas pelo Governo<br />
Geral.<br />
Participando o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal do<br />
Piumby que na fazenda do Madureíra, nas confluencias<br />
do Serra da Canastra, a quatro ou cinco léguas<br />
da Villa do Desemboque, se <strong>de</strong>scobrira um mineral<br />
inflam;novel, presumindo-se ser carvão do pedra, foi<br />
nomeada uma commissão paro examínaí-o e remetter<br />
algumas amostras com o competente relatório.<br />
Ainda nio so tinha recebido solução.<br />
No dia 1.* <strong>de</strong> Dezembro próximo passado começou<br />
a vigorar o contrado celebrado com Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis Brandão para dar duas recitas mensaes<br />
no theatro da capital, mediante a subvenção<br />
também mensal <strong>de</strong> 3009000.<br />
Achando-se prompta a casa <strong>de</strong>stinada ás sessões<br />
da Câmara Municipal e Jury da frcguezia da<br />
Ponte Nova, elevada á villa cm 1857, foi marcado<br />
o dia 28 <strong>de</strong> Dezembro para a eleição dos respectivos<br />
vereadores.<br />
No dia 25 do corrente mez <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ve ter logar<br />
a instotlação da nova villa do Guaicuhy, <strong>de</strong>smembrada<br />
do município <strong>de</strong> Montes Claros.<br />
A epi<strong>de</strong>mia das bexigas continuava a grassar em<br />
diversos pontos da Provindo.<br />
Em Passos c em Baependy fez bastantes estragos;<br />
mas ia <strong>de</strong>clinando sensivelmente bem como na capital<br />
on<strong>de</strong> reinou com caracter benigno.<br />
Termina este breve relatório com um elogio ao<br />
zelo c intclllgcncia que distinguem os empregados<br />
da secretaria do governo, da qual, dizia em 1860<br />
o ex-Presi<strong>de</strong>nte conselheiro Pires da Motta, ser uma<br />
das melhores que conhecia.<br />
O Sr. Fernan<strong>de</strong>s Torres 6 da mesma opinião e<br />
felicita o provincia por ter uma repartição tão bem<br />
servida <strong>de</strong> pessoal.<br />
CONTINUAÇÃO DAS NOTICIAS OO PAQUETE INGLEZ.<br />
AssjstrÍB.— A Gazeta <strong>de</strong> Vienna reproduz o<br />
seguinte artigo da Gazeta <strong>de</strong> Veneza :<br />
« Ha algum tempo folião diversos jornaes em<br />
artigos e correspondências da próxima publicação<br />
<strong>de</strong> um estatuto para o reino lombardo-veneziano:<br />
julgamos do nosso <strong>de</strong>ver procurar o este respeito<br />
informações exactas, e agora estamos autorisodos<br />
para <strong>de</strong>clarar que os boatos propalados pelos jornaes<br />
não provém <strong>de</strong> fontes officiaes. A única base<br />
em que até aqui se fundão essas esperanças repousa<br />
sobre o interesse que manifesta o governo <strong>de</strong> Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> paro concluir o edifício constitucional;<br />
eis por qne é certo que, tio <strong>de</strong>pressa o permittio<br />
as circumstancias, o governo ampliará lambem a este<br />
reino o regimen constitucional.<br />
o E' natural que todo o bom patriota apresso esse<br />
momento com seus <strong>de</strong>sejos, e se alegre esperando<br />
ver o melhoramento na situação local.<br />
• Pelo que respeita aos artigos dos jornaes nos<br />
quaes se confun<strong>de</strong>m as vozes as tendências constftucionacs<br />
com criticas contra es representações quo<br />
aclualmcnle subsistem no reino, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>signalas<br />
como injustas c sem fundamento, não havendo<br />
quem pretenda que a aclual congregação centro),<br />
que è antes <strong>de</strong>tudo uma instituição administrativa,<br />
tenha dc substituir a representação creodn pela carta<br />
patente dc Fevereiro do 1861, ao passo que por<br />
outro lado, o observador imparcial <strong>de</strong>vo reconhecer<br />
que esta corporação sempre sc mostrou compenetrada<br />
da importância do seu mandato, c tem prestado,<br />
o ainda presta no espuera administrativa, gran<strong>de</strong>s<br />
serviços ao paiz.<br />
« Que a congregação central, porém,'para prolongar<br />
sua própria existência, faça opposição a que<br />
SO ponha cm vigor o estatuto <strong>de</strong> Fevereiro, é insinuação<br />
a que ninguem dará credito. »<br />
— Na sessão <strong>de</strong> 25 do Novembro da câmara dos<br />
<strong>de</strong>putados <strong>de</strong> Vicnna, o Sr. dc Ilechbcrg, ministro<br />
dos negócios estrangeiros, <strong>de</strong>clarou, por oceasião do<br />
orçamento militar para <strong>1863</strong>, que a reducção do<br />
exorcito austríaco não podia ter logar senão <strong>de</strong>pois<br />
do accordo entre as potências, o sc estos reduzissem<br />
simultaneamente os seus exércitos.<br />
Ifelsjicn.—As câmaras belgas ferio abertas a<br />
11 do Novembro: não houve discurso real. Os presi<strong>de</strong>ntes<br />
do senado o da cornara são os mesmos do<br />
anno passado, o príncipe do Ligue o M. Verwoort:<br />
os vicc-prcsidcntcs são do uma parte o con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Rcnessc c M. d'Ornalius d'Halloy; do outro M. M*<br />
Van<strong>de</strong>rpcercboom o Moreau.<br />
Além do orçamento para <strong>1863</strong>, o ministério offereceu<br />
um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> projeelos <strong>de</strong> lei: um<br />
d'cllcs refere-se á revisão das leis do milícia o lendo<br />
a melhorar a sorte dos militares. O systema proposto<br />
consiste em dar a cada miliciano, quando<br />
entra para o serviço, uma ca<strong>de</strong>rneta do pensão sobro<br />
o thesouro publico do 150 fr. o do qual gosará aos<br />
55 annos. Calcula-se que dos 7.500 milicianos incorporados<br />
por anno 4.600 chegarão áquclla ida<strong>de</strong>.<br />
Outro projecto tem por (im a repressão das frau<strong>de</strong>s<br />
elcitoracs, c com toda a probabilida<strong>de</strong> dará logar<br />
a uma interessante discussão.<br />
E' <strong>de</strong> notar que todos os orçamentos contém verbas<br />
para augmentnr os or<strong>de</strong>nados dos empregados<br />
quo ficarem em activida<strong>de</strong> dc serviço, <strong>de</strong>pois quo<br />
so cffcctuor a reducção consi<strong>de</strong>rável que se conto<br />
fazer no numero dos empregados cm geral.<br />
A secção central adoplou um projecto dc convenção<br />
artística c littcraria entre a Bélgica ca Rússia.<br />
Os autores belgas na Rússia, e russos na Bélgica<br />
terão direito absoluto sobro suas obras durante sua<br />
vido, c esto direito será transmíttido por 20 ou 10<br />
annos aos her<strong>de</strong>iros directos ou collateraes. Ficará<br />
estipulado a isenção <strong>de</strong> qualquer direito nas fronteiras.<br />
Bremen. 22 <strong>de</strong> novembro.— A organlsação do<br />
direito <strong>de</strong> burguezía cm Bremen passou por importante<br />
modificação. •<br />
O direito <strong>de</strong> burguesia era até agora do duas espécies,—<br />
o direito gran<strong>de</strong> (grosse burgerrecht) c o<br />
pequeno (klein burgerrecht). O primeiro que se<br />
adquiria por 500 thalers permiti ia exercer o commercio<br />
em gran<strong>de</strong>, comprehcndcndo importação o<br />
exportação, negócios do banco, armamentos, transacções<br />
marítimas o tudo quo lhes diz respeito. O<br />
segundo que só custava 50 thalers só permiltia o<br />
exercício do commcrcio pequeno, cujos limites crio<br />
muito rcstrlctos, c estava constituído cm corporações<br />
<strong>de</strong> o meios c mestrados.<br />
Hoje não existe mais esta divisão do direito <strong>de</strong><br />
burguezia: forão ubolidos o direito gran<strong>de</strong> c pequeno,<br />
o substituídos por um novo direito dc burguezia<br />
que nio custa mais dc 60 thalers, e reúne os privilégios<br />
das duas categorias prece<strong>de</strong>ntes.<br />
Esta reforma foi recebida .com gran<strong>de</strong> favor, e ninguem<br />
duvida que tenha <strong>de</strong> exercer benclica influencia<br />
na prosperida<strong>de</strong> do commercio.<br />
Inglaterra.— Em data <strong>de</strong> 23 dc Novembro<br />
escrevião ao Moniteur:<br />
a As recentes <strong>de</strong>liberações do gabinete pnrecc haverem<br />
recebido sobre as economias realisavels no<br />
orçamento <strong>de</strong> <strong>1863</strong>—1864. O exame <strong>de</strong>sta importante<br />
questão revelou que as reducções só sc po<strong>de</strong>rião<br />
fazer nas <strong>de</strong>spesas militares e marítimos, quo o Governo<br />
emprehcndêra c não estava disposto a abandonar,<br />
sendo que por isso não po<strong>de</strong>rião ser consi<strong>de</strong>ráveis<br />
as reducções. O olmf rantodo c a repartição da<br />
guerra estão todavia dispostos a exercer sobre as <strong>de</strong>spezas<br />
uma liscalísaeão tão rigorosa quanto o perrníttirem<br />
os planos adoptodos pelo Ministério ; esto flscalisação<br />
porém terá dc preferencia por objecto os<br />
fornecimentos c os capítulos dc inten<strong>de</strong>ndo e não as<br />
forças propriamente ditas <strong>de</strong>. mar c terra. Sir Goorge<br />
Lewis e o Duque Somersct forão encarregados<br />
<strong>de</strong> apresentar o quadro <strong>de</strong>stes dous orçamentos nos<br />
próximos concelhos <strong>de</strong> gabinete, nos quacs sc liado<br />
assentar nas quantias que se pedirão ú câmara dos<br />
Communs.<br />
« A promoção do Duque <strong>de</strong> Cambridgc ao posto<br />
dc feld-marechal suscitou uma questão <strong>de</strong> serviço<br />
militar. Os fcld-marechacs em Inglaterra não recebem<br />
soldo especial quando não estão cm activida<strong>de</strong>.<br />
Trata-se <strong>de</strong> saber sc o Duque <strong>de</strong> Cambridgc, em sua<br />
qualida<strong>de</strong> dc general cm chefe do Exercito Britannico,<br />
<strong>de</strong>vo ser consi<strong>de</strong>rado como feld-marechal cm<br />
serviço. Já se dò este coso em circumstancias idênticas<br />
com lord llarding, mas este recusou receber<br />
o soldo dc feld-marechal que é do 16 libras sterlinas<br />
por dia. Consi<strong>de</strong>ra-se entretanto que o acto <strong>de</strong> lord<br />
Hardinge foi inteiramente pessoal c não podo infringir<br />
o direito absoluto.<br />
HialSa.— A Gazeta <strong>de</strong> Milão dá os seguintes<br />
pormenores extrohidos do orçamento do ministério<br />
da guerra para 186.3.<br />
« O exercito cm pé <strong>de</strong> paz é fixado, comprchen<strong>de</strong>ndo<br />
tudo — veteranos, inválidos, d c. —, om<br />
242.000, isto é, apenas 1 "/„ da população. O exercito<br />
em pé dc guerra é <strong>de</strong> 400.000 homens, sem<br />
contar a guarda mobilisada. A cavallaria conl.i<br />
1.210 ofliciaes do todos os postos, 2.623 cavallos,<br />
e 17.930 soldados c 13.316 cavallos. A artilharia<br />
couta 1.647 ofliciaes c 1.430 cavallos, 18.042 soldados<br />
e 4.984 cavallos. A infantaria <strong>de</strong> linha que,<br />
em tempo <strong>de</strong> paz, é do 142 044 homens, eleva-su<br />
em tempo <strong>de</strong> guerra a 274.596 homens, sendo •<br />
266.616 soldados. Segundo o orçamento, teremos<br />
em 1663 um augmento <strong>de</strong> 54.694 homens acima<br />
do pé <strong>de</strong> paz: isto é um total <strong>de</strong> 297.478 homens<br />
armados. Toda a <strong>de</strong>speza do exercito em pé do paz<br />
é calculada em 197 milhões, isto é 814 francos por<br />
anno e 223 por dia para cada Indivíduo. O contingente<br />
annual é avaliado em 45.000 recrutas do<br />
1.* classe.»<br />
Prússia. —O Monitor Prussiano publicou o<br />
resultado do recenseamento feito cm Dezembro do
anno passado em todo o reino. Depois <strong>de</strong> 1838;<br />
a população da Prússia, que era então <strong>de</strong> 17.b37.245<br />
almas, subio a 18.491.220 habitantes. O governo<br />
do Mines ter conta 422.997; odoMindcn 472.115;<br />
Arnsberg 703.523. A Westphalia 1.618.015; Colônia<br />
567.475; Dusseldortf 1.115.362; Coblentz 529.929;<br />
Trevos 544.269; Aix 458,746. Fica por tanto para<br />
a provincia do Rheno 3.215.794. A população na<br />
Prússia, nos tres últimos annos uugmentou na população<br />
do 412 */,.<br />
. Estados Unidos. — A luta mais octiva está<br />
empenhada nas costas da America do Sal entre os<br />
cruzeiros fe<strong>de</strong>raes c os navios que se exibirão por<br />
forçar o bloqueio. Um grando vapor <strong>de</strong> rodas, o<br />
Carolina, que anteriormente se chamava Arizona,<br />
foi capturado acerca do cincoenta milhas ao largo<br />
<strong>de</strong> Mobile com um carregamento <strong>de</strong> armas e munições<br />
dc guerra; vinho da Havana. Outro vapor<br />
forçou o bloqueio dc Charleston. O cruzeiro fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong>u-lhe 22 tiros dc peça, mas as balas rcsaltavão<br />
do costado. SuppOe-se que era navio oncouraçado,<br />
e que levava um carregamento <strong>de</strong> lâminas<br />
fundidas. Com elfcito cm Charleston estão promptos<br />
diversos navios que só esperfio as couraças, que<br />
<strong>de</strong>vem vir dc Inglaterra. O Nashtoillc, que já fez<br />
fallar <strong>de</strong> si, estava ancorado a seis milhas dc Charleston<br />
, esperando oceasião <strong>de</strong> sc fazer ao mar o<br />
forçar o bloqueio.<br />
WíIEDADES.<br />
sLitteratura.<br />
OS MISERÁVEIS.<br />
POR VICTOR HUGO.<br />
As duas ultimas partes.—Jdylio na rua Plumet<br />
e Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.—João Valjean.<br />
Estas duas ultimas partes da obra do Sr. Hugo<br />
apparecem como as prece<strong>de</strong>ntes, singularmente compostas<br />
dc sombra edc luz. Para o fim, com pezar<br />
o dizemos, a lu/. vai-se tornando mais frouxa, c a<br />
sombra mais espessa. No correr da obra, encontramos<br />
muitos d'esses longos parentheses nos quacs<br />
as narrações do Sr Hugo interrompem-se c parece<br />
quo sc per<strong>de</strong>m; com bastante custo o temos acompanhado<br />
n'csses tortuosos caminhos, resignando-nos<br />
a estacionar, á seu capricho, na philologia da gyria,<br />
e na estatística dos esgotos. Até o ultimo<br />
volume exclusivamente, a nossa paciência foi recompensada<br />
pelo espectaculo sempre curioso, ainda<br />
que triste, <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> talento em lula renhida<br />
com os seus próprios erros. Mais dc uma vez a<br />
narração se ergue ousadamente e nos eleva ao ar<br />
puroe vivificador das alturas, ao sol o á poesia. Certas<br />
paginas do idylio começado no Luxembourg, e continuado<br />
no jardim da rua Plumet, entre Mario e<br />
Coseta, e a epopéa toda inteira, são capazes <strong>de</strong><br />
nos fazer esquecer os barrancos que temos topado.<br />
Porém, infelizmente, uma <strong>de</strong>cepção nos espera no<br />
fim da viagem; Faz-nos lembrar esses gran<strong>de</strong>s rios<br />
que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se terem precipitado em cascatas<br />
por entre as montanhas, e estendido a sua corrente<br />
por terrenos <strong>de</strong>siguaes o por extensos planícies,<br />
hesitão c parão sem forças no momento <strong>de</strong><br />
chegarem ao seu flm. Os Miseráveis - são como<br />
esse Rhcno lão <strong>de</strong>cantado outrora pelo Sr. Victor<br />
Hugo; <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um curso brilhante c cheio dc<br />
altos o baixos, o rio c o romance per<strong>de</strong>m-se ambos<br />
em escuros pântanos.<br />
Nem por isso <strong>de</strong>ixaremos <strong>de</strong> percorrer até o fim<br />
a obra do gran<strong>de</strong> poeta, pois encontrão-so úteis<br />
lições, tanto nos seus erros e fraquezas, como nos<br />
seus mais sublimes lances. Welle, o sentimento<br />
poético persiste o protesta ainda mesmo nos mais<br />
sensíveis <strong>de</strong>svios; é uma torrente cujas águas muitas<br />
vezes turvas, o cobertas <strong>de</strong> limo, <strong>de</strong>ixão então dc<br />
reflectir o céo, mas encerrão sempre em si partículas<br />
<strong>de</strong> ouro.<br />
I.<br />
Por mais dc um motivo, ubstemo-nos <strong>de</strong> insistir<br />
sobre « algumas paginas da historia » que vem no<br />
principio do sétimo volume, enas quaes o autor preten<strong>de</strong>u<br />
explicar lá ú seu modo as causas que <strong>de</strong>rão<br />
logar á insurreição dc Junho do 1832. O Sr. Hugo<br />
tem sempre um modo especial <strong>de</strong> comprehendcr e<br />
encarar a historia. Nessa circumstancia como cm<br />
outras, pareceu-nos que elle empregava mais cuidado<br />
ni fôrma do que no fundo, dava mais atlenção ás<br />
palavras do que ás cousas; não se importava em exprimir<br />
alternativamente as idéos as mais conlrodiclorias,<br />
com tanto que dcllas possão resultar imagens<br />
brilhantes. Emprega bonitas phrases á favor c contra<br />
o governo <strong>de</strong> Julho, é favor o contra os homens que,<br />
no mesmo dia cm que se organisou esse governo,<br />
querião lançal-o por terra, assim como as empregou<br />
paro combater e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as instituições monasticas.<br />
O quadro dos movimentos precursores do insurreição,<br />
é inteiramente inexacto. Em vez <strong>de</strong> tratar do assumpto,<br />
o autor embrenho-se nos <strong>de</strong>talhes; diverte-se<br />
em transcrever os fallatorios dos porteiros ou<br />
os grilos das gazetas mal informadas, e <strong>de</strong>lcita-sc cm<br />
observar os glóbulos que so formão na superfície do<br />
liquido cm vez <strong>de</strong> applicar-se a <strong>de</strong>finir claramente<br />
os phenomenos que produzem a cbullição. Transponhamos<br />
pois bem <strong>de</strong>pressa essas paginas menos felizes<br />
; acompanhemos o seguimento da historia, tantas<br />
vezes interrompida, e possa o romance consolar-nos<br />
do que diz respeito a política.<br />
O leitor Icinbra-so como ficarão as cousas no fim<br />
da terceira parte. Thenardier e os outros malvados<br />
forão presos por Javert; Valjean aproveitou-se do<br />
tumulto c da confusão para evadir-sc pela janella,<br />
e Mario faz outro tanto pela porta, levando comsigo<br />
as famosas « pistolas » <strong>de</strong> Javert. Este, que, como<br />
temos tido oceasiões dc observar, é ás vezes sujeito<br />
á singulares distracções, acha muito natural o procedimento<br />
do joven advogado, que, <strong>de</strong>pois dc ter ido<br />
<strong>de</strong>nunciar um crime, assisto ã elle como tranquillo<br />
espectador, sem dar o signal convencionado para a<br />
intervenção da policia, e que põe-se ao fresco sem<br />
dizer para on<strong>de</strong> vai, confiscando as celebres pistolas<br />
das quaes não quiz servir-se. Mario vai pedir agasalho<br />
ao seu amigo Courfeyrac, que , na qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> membro <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> secreto, mora no centro<br />
do quarteirão <strong>de</strong> S. Diniz, para estar bem á mão<br />
e po<strong>de</strong>r Influir no povo. Porém Mario apaixonado e<br />
<strong>de</strong>sgostoso como esta não pódc cuidar em política,<br />
nem em litteratura, nem cm jurisprudência, nem<br />
em cousa alguma, executo na sua paixão. A' proporção<br />
quo o amor lhe vai suggcrindo certas i<strong>de</strong>as, elle<br />
escreve-os em um livrinho do lembranças, que mais<br />
tardo será <strong>de</strong> muita utilida<strong>de</strong>. A'S vezes oceorremlho<br />
pensamentos muito luminosos, o lindíssimas<br />
imagens: « Contemplamos uma estreita por dous<br />
motivos, porque é luminosa c porque é impenetrável.<br />
Temos perto do nós um brilho mais doce c um<br />
maior mysterio, a mulher.... Quando o amor ligo<br />
dous entes cm uma só unida<strong>de</strong> angélica e sagrada,,<br />
tem elles <strong>de</strong>scoberto o segredo da vida; são ambos<br />
as azas <strong>de</strong> um mesmo espirito. Amai, a<strong>de</strong>jai... • Sc<br />
sois pedra, sô<strong>de</strong> iman; se sois planta, sô<strong>de</strong> sensitiva;<br />
se sois homem, sò<strong>de</strong> amor! » \V linguagem bem<br />
guindada para um amante sincero; 1 eis aqui outra<br />
phraso que é um pouco extravagante o pretenciosa:<br />
« A reducção do universo cm um só ente, a dilatarão<br />
<strong>de</strong> um ente olé Deus, eis o que é o amor.... Encontrei<br />
um moço muito pobre que amava; n agua<br />
penetrava-lho nos sapatos, c os astros penetravãolho<br />
na alma...; O amor é a saudação dos anjos aos<br />
astros. »<br />
Em qua nto Mario lamenta « não saber para on<strong>de</strong><br />
levarão a sua olmo, » Coseta, conserva no coração a<br />
imagem <strong>de</strong>sse moço tímido c melancólico, cujo amor<br />
cila a<strong>de</strong>vinhou. Aqui, o Sr. Hugo enceta uma narração<br />
retrospectiva c na nossa opinião inútil, dos<br />
encontros do Luxembourg, referidos agora pela heroina.<br />
Não ha ahi nada que não fosse dito no prece<strong>de</strong>nte<br />
volume. Só um romancista dc gênio, só o<br />
autor dc Clarisso Harlowe, teria o privilegio dc<br />
po<strong>de</strong>r impunemente arriscar-se ú semelhantes repetições.<br />
Ellas só po<strong>de</strong>m escapar á monotonia pela<br />
finura o exactidõo da onalyso moral; conserva-so o<br />
interesse durante a tríplice exposição dos mesmos<br />
factos, referidos por Miss Howc, Miss Harlowe e<br />
Lovclace, cada um por sua vez, porque são tres typos<br />
que so <strong>de</strong>stacão perfeitamente, c cujos traços distinctivosse<br />
reflectem fielmente nas suas narrações. Coseta<br />
e Mario, pelo contrario, são verda<strong>de</strong>iramente<br />
duas almas gêmeos; estão ambos sob a impressão do<br />
primeiro amor: a historia <strong>de</strong> ambos esses corações<br />
é a mesma, e portanto, era inútil repetil-a.<br />
Entretanto João Valjean, apesar do seu zeloso<br />
amor paternal, nada suspeitou da troca dc olhares<br />
c <strong>de</strong> pensamentos que estabelecia entre os dous<br />
amantes. Fugia <strong>de</strong> Mario que para elle era o que é<br />
« um cão <strong>de</strong> fila para um ladrão. » Mudou-se do<br />
seu aposento da rua Occi<strong>de</strong>ntal; foi installar-sc na<br />
rua Plumet, cm uma <strong>de</strong>ssas «casas do segredo» on<strong>de</strong><br />
os gran<strong>de</strong>s fidajgos e os magistrados libertinos do<br />
ultimo século escondião os suas amantes. Abi tudo<br />
está admiravelmentc disposto para viver-se oceulto,<br />
c para, em caso do necessida<strong>de</strong>, illudir-se os investigações<br />
indiscretos. O pcior c quo Valjean, todo<br />
prcoecupado com o perigo que lhe pódc vir pelo lado<br />
da policia, esquece completamente tomar as precauções<br />
rccommendadas pelo mais vulgar bom senso<br />
contra os ladrões e os namorados. Estabelece-se.<br />
como scntinclla vigilante no aposento do porteiro<br />
que dá paro rua, e installa Coseta, sósinha com uma<br />
criado quasi idiota, no corpo principal da caso, situado<br />
entteopatcoe o jardim. Ora, esse jardim,<br />
que quarenta annos do abandono tom reduzido ú um<br />
mato virgem cm miniatura, confina com um boulevard<br />
muito <strong>de</strong>serto c <strong>de</strong> muito má fama; é apenas<br />
separado <strong>de</strong>lle por uma simples gra<strong>de</strong> dc ferro, sem<br />
lotadas nem janellas; c Valjean, cuja profunda experiência<br />
no quo diz respeito á gra<strong>de</strong>s e portas 6 bem<br />
conhecida, nem sequer tem a lembrança <strong>de</strong> examinarse<br />
essa gra<strong>de</strong> offercce bastante segurança l<br />
Nesse seguro asylo, Valjean julga-se feliz relativamente.<br />
Ahi, não lhe fullão distracções. Uma vez,<br />
em um passeio <strong>de</strong> noite escura pelo boulevard<br />
exterior, é assaltado por um bandido á quem elle<br />
entrega <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> a sua bolsa <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />
quasi estrangulado o ladrão c <strong>de</strong> lhe pregar um<br />
grando sermão. Outras vezes vai levar a sua esmola<br />
á casa dos indigentes, d <strong>de</strong>speito dos inconvenientes<br />
que lhe po<strong>de</strong>m resultar <strong>de</strong>ssa maneira dc exercer<br />
a carida<strong>de</strong>, como jo vimos no prece<strong>de</strong>nte volume.<br />
Finalmente, elle vai ás vezes com Coseta dar um<br />
passeio ao amanhecer o dia: é esse « um suave<br />
prazer que agrado a quem entra na vida, c áquclles<br />
que sabem <strong>de</strong>lia, » Em um <strong>de</strong>sses passeios matutinos,<br />
dá-se um terrivcl cnconlro, que o Sr. Hugo<br />
refere, ou antes pinta com o maravilhoso talento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scripções que todos lho conhecem.<br />
a Em uma manha <strong>de</strong> Outubro, tentados pela perfeita calma<br />
do outouno <strong>de</strong> 1831, elles sahírão do casa, e ao amanhecer<br />
achavSo-se perto da barreira do Maiüe. Viao-se aqui c alli<br />
algumas conste)Jaçõcs no pallldo azul do Armamento, a terra<br />
toda.escura, o Cèo todo claro, um leve estremecimento nos<br />
ramiabos das ervas, e por toda a parte a mysteriosa sensação<br />
que produz o crepúsculo. Uma cotovia que se confundia<br />
com as estreitas, contará cm uma altura prodigiosa, e<br />
dlr-sc-bia que esse hymno do átomo ao infinito acalmava a<br />
immcnsidadc. Ao Oriente, o Vai dc Grace, claro com a clarida<strong>de</strong><br />
do aço, <strong>de</strong>stacava do horizonte o seu escora vulto; a<br />
esplendida venus apparacia por <strong>de</strong>traz <strong>de</strong>sse edifício, e parecia<br />
uma alma que foge dc um logar tenebroso, Tudo era<br />
paz e silencio.... Jo.lo Valjean sentou-se em uma das alamedas<br />
lateracs.... Coseta, junto <strong>de</strong>lle contemplava as nuvens<br />
que se íflo tornando côr <strong>de</strong> rosa.»<br />
De repente, Coseta chama a atlenção <strong>de</strong> João<br />
Valjean para uma espécie « dc multidão confusa »<br />
que vem <strong>de</strong>spontando no angulo da calçada do<br />
Maine e do boulevard interior.<br />
« Era uma massa que ia crescendo, c parecia mover-se <strong>de</strong>baixo<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m; porém era uma cousa confusa c movediça,<br />
parecia uma corro ca, mas não se podia perceber dcque éque<br />
vinha carregada, via-se que tinha cavallos e rodas, ouviSo-ce<br />
gritos, e os cstalos do chicote. Pouco a pouco forão-sc divulgando<br />
mais claramente os objectos. Era com cffeito uma carroça<br />
que voltara do boulevard para a estrada, « dirigia-se<br />
paia a barreira perto da qual estava João Valjean ; ú essa,<br />
seguio-se uma outra completamente* semelhante, <strong>de</strong>pois orna<br />
terceira, c uma quarta; sete carroças iguaes <strong>de</strong>sembocarão<br />
suecessi vãmente umas alraz das outras. Dentro d'esses carros<br />
movifto-sc uns vultos escuros; via-se um scinlillar quo parecia<br />
do sabres dcscmhainhados; ouvia-se um tinido que .parecia<br />
dc correntes dc ferro A' proporção que isso ícap-<br />
cynicns, resignação forçada, bocas enormes.... <strong>de</strong>scarnadas<br />
faces <strong>de</strong> esqueletos, nue só tattava estarem mortos. lia primeira<br />
carroça havia om negro que talvez tivesso sido escravo c podia<br />
comparar os grilhões. O horrendo nivel da iufamia, o opprobrio,<br />
passam por rima <strong>de</strong> todas essas cabeças; nesse grão dc<br />
aviltamento suceitavflo-se todos ás mais Imitas transformações,<br />
a ignorância, transformada cm cmbrutccimcuto, era igual<br />
á inteligência transformada cm <strong>de</strong>sespero<br />
« O olhar dc Joílo Valjean tornara-se medonho.... Elle não<br />
contemplava nm espectaculo; supportnva a pre-enra <strong>de</strong> ema<br />
visão. Ficou immovcl, petrificado, estúpido, perguntando a si<br />
mesmo, nu meio <strong>de</strong> uma horrível agonia, o que significava<br />
aquella scpulchral perseguição, e dc on<strong>de</strong> santa aquelle pan<strong>de</strong>mônio<br />
que o atormentava. Dc repente, levou a mão á fronte...<br />
lembrou-se que, com cITcilo, era esse o itinerário; que era<br />
costume darem aquella volta para evitar o encontro do rei, o<br />
que sempre, era possivel no caminho <strong>de</strong> Fontaincblcao, c que<br />
trinta c cinco annos antes, elle também passara por aquellc<br />
logar. »<br />
Bem poucas vezes o Sr. Hugo terá escripto paginas<br />
dc tanta força como esse transporte dos galés.<br />
Essa <strong>de</strong>scripção não é sómento pittoresco, é verda<strong>de</strong>iramente<br />
dramática. Tomaremos apenas a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer-lhe uma critica. Os Miseráveis, na<br />
mente do autor, não são simplesmente um romance,<br />
são um quadro <strong>de</strong> costumes composlo com o<br />
fim <strong>de</strong> urna reforma social. Nesse caso convém lembrar<br />
que esse pelourinho ambulante já foi supprimido<br />
ba muito tempo.<br />
(Continua.)<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />
PARTE I>0 DIA 7 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong><br />
Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas outhorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, João Lopes da Silva, por embriaguez;<br />
Reginaldo Pereiro, paro averiguações sobre<br />
furto; José do Nascimento, por injurias; Thcodoro<br />
Pereira da Rosa, por offensas phisicas; José<br />
da Silva, e João Bernardino da Costa, por vagabundos<br />
; o preto, João, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; c os escravos,<br />
Filippe, por suspeito <strong>de</strong> fugido; Manoel, por<br />
andar fora <strong>de</strong> horas; o João, por embriaguez.<br />
Na frcguezia <strong>de</strong> Santa Rita, (I.° districto), o escravo,<br />
Sabino, por andar fóra dc horas.<br />
Na dc Santo Antônio, Joanna 'Maria da Conceição<br />
, para averiguações acerca do sua condição;<br />
Roque Nicolilo, para averiguações c uso dc arma<br />
<strong>de</strong>fesa; e o africano livre, Fclisberto por uso <strong>de</strong><br />
arma <strong>de</strong>fesa.<br />
Na do Engenho Velho, a escrava, Belinira, por<br />
embriaguez.<br />
Na da Gloria o escravo, Jorge, por <strong>de</strong>sobedien-<br />
cia ao senhor.<br />
Na dc S. Christovão, Anselmo José <strong>de</strong> Brito, por<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m o injurias; um indivíduo quo não <strong>de</strong>clarou<br />
o nome, -por so oppôr a uma prisão; e os<br />
escravos, Joaquim, por embriaguez; e Joaquim,<br />
Cabinda, por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Na do Sacramento, (1.° districto), os escravos, Behèdiclo,<br />
por furto; Antônio, por andar fóra <strong>de</strong><br />
horas; José, e Ivo, por <strong>de</strong>sobediência.<br />
Na mesma, (2.° districto), Joaquim da Silva Ramos,<br />
por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
* Na da Lagoa, o escravo, Manoel, por andar fóra<br />
<strong>de</strong> horas.<br />
Na dc SanfAnna, (2.° districto), o escravo, Lourenço,<br />
por embriaguez e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na mesma, (1.° districto), a escrava, Maria,<br />
suspeita dc fugida.<br />
por<br />
Pelo Corpo Policial da Corte:<br />
João Lopes da Silva, por embriaguez; José da<br />
Silva, c João Bernardino da Costa, por não terem<br />
domicilio; Theodoro Pereira da Rosa, por espancamento<br />
; José do Nascimonto, por insultos e proferir<br />
immoralida<strong>de</strong>s ; Reginaldo Pereira, para averiguações<br />
sobre furto; Filippe, preto escravo, por<br />
fugido: Paulo José <strong>de</strong> Brito, e João, prelo escravo,<br />
por promoverem <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
DIA 8.<br />
Forão presos a or<strong>de</strong>m das<br />
da<strong>de</strong>s:<br />
respectivas autori-<br />
Pele Policia, Lucas José Marques e Antônio Rodrigues<br />
da Silva, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; c os escravos<br />
Francisco c Antônio, por suspeitos dc fugidos.<br />
Na Freguesia 1 do Santo Rita (2.° Districto), os<br />
escravos Procopio c Adriano, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na<strong>de</strong> Santa Anna (1." Districto), o escravo Rulino,<br />
por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
. Na mesma (2.° Districto), Jorge Guilherme Brum,<br />
por embriagues e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
Na <strong>de</strong> Santo Antônio, André Martins, João<br />
da Silva, Manoel José, José <strong>de</strong> Lima Meirelles,<br />
c o preto, José, para averiguações.<br />
Na da Gloria, Manoel do Rego Pinheiro, por<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; Manoel Garcia da Roso, por infracção<br />
<strong>de</strong> posturas, o o escravo, Luiz, por suspeito dc<br />
fugido.<br />
Na do Sacramento, (í.° districto), Victorino dc<br />
Almeida, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>sobediência ao lnspector<br />
dc quarteirão.<br />
Na da Lagoa, Serafim Francisco dc Araújo , por<br />
suspeito dc ser escravo fugido.<br />
Na do Sacrmenlo (2.° dististro) á 1 hora da tar<strong>de</strong>,<br />
tentou suicidar-se com um baroço ao pescoço Antonia<br />
Francisca do Jesus, moradora a rua do Senhor<br />
dos Passos n.° 60, proce<strong>de</strong>u do-so a corpo do<br />
<strong>de</strong>licio.<br />
Na <strong>de</strong> S, José, manifestou-se incêndio na casa<br />
n.° 7 da rua <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> Vasconccllos, o qual foi<br />
logo extineto.<br />
Na da Lagoa, foi arrojado
Capitania 4o porto»<br />
EXPORTAÇÃO DE METAES HE 2 A 8.<br />
Pela Capitania do porto da Còrlc c Província do Bio<br />
Feijão: 5 sacos a Pinto Machado & Comp. — Fer<br />
NU 9.<br />
dc Janeiro, avisa-se, em virtu<strong>de</strong> do que dispõem os arts.<br />
Ouro. Praia. ragens: 2 caixas a F. Caetano <strong>de</strong> Souza Louzada.—<br />
73, 74, 74 e 76, Cap. 4.» do Regulamento <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Paquete inglez Magdalena,<br />
Frutos secas: 8 caixas a Costa Rocha.<br />
Soulhampton e escalas— Paquete Inglez a Vapor Magdalena,<br />
Comm. Wollevard.<br />
Maio <strong>de</strong> 1046, i todas as pessoas possuidoras das em<br />
Imagens: 4 caixas a Jcronimo José do Freitas<br />
Soulbempton:<br />
Canal a or<strong>de</strong>m—Brigue Dinam. Coroline, 276 ton.,m.<br />
barcações miúdas empregadas no trafego do mesmo porto<br />
e na pescaria, pertencem cs ás diversas estações e dis- Guilherme Moon di Comp.<br />
Guimarães.<br />
P. D. Galdmann, equip. 8: c. café.<br />
trictos, das que servem <strong>de</strong> armazéns navaes, <strong>de</strong> todos (em pó 256 oitavas)...... 9215600<br />
Louro: 4 molhos a Manoel Joaquim dc Almeida. — Galera Hamb. Jmperirase, 581 tons., m. H. P. Wolf,<br />
os vapores que' navegSo no interior <strong>de</strong>sta bahia, c das John Moore & Comp. (dito<br />
—Milho: 2 sacos a Pinto Machado
POR ANNO<br />
CORTE.<br />
POR SEIS MEZES. . .<br />
POR TRES MEZES. .<br />
DIÁRIO OFFIOIâL<br />
I2&000<br />
63P000<br />
3&000<br />
IMPÉRIO DO RRASIL.<br />
ANNO DE 1865. DOMINGO, 11 DE JANEIRO.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
CONSUMI*» DB MINISTROS.<br />
CIRCULARES AOS PRESIDENTES DAS PROVÍNCIAS.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro.—' Presidência do Conselho <strong>de</strong><br />
Ministros em 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Illm. c Exm. Sr.— Em additamcnto ás circulares<br />
que dirigi hontem a V. Ex. dando conhecimento<br />
do modo, porque terminou o <strong>de</strong>sagradável conflicto<br />
entre o Governo Imperial e a Legação Britannica<br />
nesta Córle por motivo do naufrágio da Barca inglcza<br />
Prince of Wales, e da prisão do Capeilão<br />
» dos Ofllciaes da Fragata Forte, comm único a<br />
V. Ex. qUe na mesma data, como verá do Diário<br />
Official dc hoje, que envio junto, o Ministério dos<br />
Negócios Estrangeiros expedio á Legação Brasileira<br />
«MU Londres as necessárias or<strong>de</strong>ns, para que tenhão<br />
elfcito as <strong>de</strong>cisões do Governo Imperial acerca daquedas<br />
questões.<br />
Quanto ao Arbitro, que tem dc servir na segunda,<br />
a escolha <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador rccaliio<br />
em Sua Magesta<strong>de</strong> El-Rei da Bélgica.<br />
Deus Guar<strong>de</strong>,a V. Ex.— Marques dc Olinda.<br />
— Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Província do....<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro.—Presidência do Conselho <strong>de</strong> Mi<br />
Illm<br />
nistro em 10 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 18G3.<br />
Exm. Sr.—Além da reoommendação que<br />
fiz a V Ex. em circular dc 8 do corrente mez para<br />
a manutenção da or<strong>de</strong>m publica nessa, Província,<br />
julgo conveniente recommcndar tombem e V.'.Ex.<br />
que aproveite as boas disposições, c os sentimentos<br />
dc patriotismo quo <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>spertar o conflicto quo<br />
ultimamente teve o Governo Imperial com a Legação<br />
Britannica nesta Côr te, para promover a concórdia<br />
e harmonia entre os habitantes da mesma<br />
Provincia, fazendo esquecer as inimiza<strong>de</strong>s, c os ódios<br />
originados pelas lutas políticas; pois agora, inaisdo<br />
que nunca, necessita, o Império da união dc todos<br />
os Brasileiros.<br />
Deus Guar<strong>de</strong>tT. Et.—MãTljflfi <strong>de</strong>OlindST-^rT<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Provincia <strong>de</strong>....<br />
MINISTÉRIO Dl JUSTIÇA.<br />
Por Decretos do 26, 27, 98, 29 e 31 dc Dezembro<br />
c 5 do corrente:<br />
Foi removido o Juiz <strong>de</strong> Direito, José Solomc <strong>de</strong><br />
Quciroga, da Comarca do Rio Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2." entrancia,<br />
para a dc Jeqnilinhonha <strong>de</strong> 1.* entrancia, na Provinciu<strong>de</strong><br />
Minas Gcracs, por assim o haver pedido.<br />
Forão nomeados:<br />
O Bacharel João Maria <strong>de</strong> Moraes Navarro, Juiz<br />
Municipal e dc Orphãos do Termo dc Jpojuco, na<br />
Provincia dc Pernambuco.<br />
O Bacharel Ignacio.Dias <strong>de</strong> Lacerda, Juiz Municipal<br />
c <strong>de</strong> Orphãos dos Termos reunidos da Princesa,<br />
Santa Anna o Angicos, na Província do Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Norte.<br />
O Tenente Coronel Manoel Alves da Silva. Coronel<br />
Commandante Superior da Guarda Nacional<br />
dos Municípios da Capital, S. Gonçalo, Ccara-merim<br />
e Touros, da mesma Provincia.<br />
Custodio Nogueira Rodrigues, Tenenle-Coronel<br />
Commandante do Batalbão do Infantaria n.* 13 da<br />
Guarda Nacional da Província do Minas Geraes.<br />
Manoel Teixeira Duarte, Tcnenlc-Coronel Commandante<br />
do Batalhão dc Infantariu n.° I3daGuarda<br />
Nacional da mesma Provincia.<br />
O Major Francisco Gabriel do Cunha c Castro, Tenente<br />
Coronel Chefe do Estado Maior do Commando<br />
Superior da Guarda Nacionul do Município dc Pitangui,<br />
da mesma Provincia.<br />
José Gomes <strong>de</strong> Oliveira Lima, Tenente Coronel<br />
Commandante do Batalhão do Infantaria n.° 00 da<br />
Guarda Nacional da mesma Província.<br />
O Major Antônio Rufino Aranha, Tenente Coronel<br />
Commandante do 1.° Batalhão da reserva do Guarda<br />
Nacional da Provincia da Parahyba.<br />
O Capitão U<strong>de</strong>fonso Moreira Sérgio, Tenente Coronel<br />
Commandante do Batalhão dc Infantaria n.°<br />
103 da Guarda Nacional da Provincia da Bahia.<br />
O Malpr Ajudante dc Or<strong>de</strong>ns do Commando Superior<br />
da Guarda Nacional dos Municípios do Bananal,<br />
Áreas, Queluz c Silveiras da Provincia dc<br />
S. Paulo, José Ramos da Silva, Tenente Coronel<br />
Chefe do Estado Maior do mesmo Commando Superior.<br />
Forão reformados:<br />
Cosme Coelho dc Souza, Coronel Commandante<br />
Superior da Guarda Nacional do Municipio da Carolina,<br />
da Provincia do Maranhão, no mesmo posto.<br />
João Fernan<strong>de</strong>s Ramos, Tenente Coronel Commandante<br />
do 3.* Batalhão <strong>de</strong> Caçadores da Guarda<br />
Nacional do serviço activo da Provincia <strong>de</strong> Minas<br />
Geraes, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />
João Baptista Drumond, Tenente Coronel Commandante<br />
do Batalhão n.° 67 da Guarda Nacional<br />
da Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />
Theodoro Teixeira Gomes, Tenente Coronel Commadante<br />
do 2.° Batalhão da Guarda Nacional da Provincia<br />
da Bahia, no posto <strong>de</strong> Coronel.<br />
Joaquim Lourenço Corrêa, Tenente Coronel Commandante<br />
do Batalhão dc Infantaria n.° 29 da Guarda<br />
I Nacional da Provincia <strong>de</strong>S. Paulo, no mesmo posto.<br />
Caetano José Cootinho da Fonseca, Major Ajudante<br />
<strong>de</strong> Or<strong>de</strong>ns do Commando Superior du Guarda<br />
Nacional dos Municípios <strong>de</strong> Curvello o Saborá da<br />
Província <strong>de</strong> Minas Geraes, no mesmo posto.<br />
Antônio Teixeira Leal, Tenente Coronel Commandante<br />
do Batalhão <strong>de</strong>* Infantaria n.° 74 do serviço<br />
activo da Guarda Nacional da Provincia da<br />
Bahia, no mesmo posto.<br />
Teve passagem para a reserva José <strong>de</strong> Magalhães<br />
Castro, Tenente Coronel Chefe do Estado Maior do<br />
Commando Superior da Guarda Nacional da Comarca<br />
do Bananal, da Provincia <strong>de</strong> S. Paulo, ficando<br />
aggregado ao Batalhão dc Infantaria do serviço<br />
activo n." 21 da mesma Guarda.<br />
i Fez-se mercê a Antônio Pedro Pinto, da serventia<br />
vitalícia do oflicio <strong>de</strong> Escrivão privativo do Jury do<br />
Termo da capital da Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes.<br />
Foi commutada em 1009000, para o Hospital' dc<br />
Carida<strong>de</strong> da Cida<strong>de</strong> dc Ouro.Preto, a pena dc 30 dias<br />
<strong>de</strong> prisão a quo foi con<strong>de</strong>mnado Francisco Antônio<br />
Teixeira, por sentença do Delegado <strong>de</strong> Policia da<br />
Cida<strong>de</strong> dc Lcopoldina, na Provincia <strong>de</strong> Minas Geraes*<br />
MINISTÉRIO Oi MARINHA.<br />
. EXPEDIENTE DO DIA 29 DE DEZEMBRO DB 1862.<br />
1." Secção.— A' Presidência <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando,<br />
ora solução aò oflicio <strong>de</strong> 12 do mez próximo<br />
pretérito, que convém esperar o regresso do<br />
Vapor Anhambdhy aquella Provincia, para então<br />
partir o Jauru com <strong>de</strong>stino a Montevidéo, on<strong>de</strong><br />
tem <strong>de</strong> lazer os concertos, <strong>de</strong> que precisa.— Dirigio-sc<br />
também o competente^viso ao Quartel General.<br />
— A' mesma, mandando regressar á Corte o Capitão<br />
Tenente José Pereira dc Lima Campos, visto<br />
não po<strong>de</strong>r elle, pela sua enfermida<strong>de</strong>, continuar no<br />
commando do Corpo <strong>de</strong> Imperiaes Marinheiros-da<br />
referida Provincia. — Or<strong>de</strong>nou-se ao Quartel-General<br />
que proponha um Ofllcial, para substituir aquelle<br />
no mencionado commando.<br />
— 2.* Secção.—A' Secção dc Guerrae Marinha<br />
do Conselho <strong>de</strong> Estado, communicando qne Sua<br />
Magesta<strong>de</strong> o Imperador Houve por bem, por Immcdiatá<br />
Resolução <strong>de</strong> 24 do corrente, conformar-se com<br />
o parecer da mesma Secção, exarado cm Consulta dc<br />
7 do Outubro, sobre o requerimento <strong>de</strong> Alexandre<br />
José Fortuna, 3." Eseripturario aposentado da Contadoria<br />
da Marinha.<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda, communicando<br />
quo o Director da Escola <strong>de</strong> Marinha participou cm<br />
oflicio n, 185, <strong>de</strong> 24 do corrente, ter-se n'aquella<br />
dato apresentado o 2.° Tenente Honorário Lauriano<br />
José Martins Penha, e que portanto ficara ultimada<br />
a commissão, do quo estava encarregado o mesmo<br />
2.* Tenente por Aviso <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Agosto próximo pretérito.<br />
— Communicou-sc á Inspecção dó Arsenal c<br />
ã Contadoria da Marinha.<br />
—• A' Presidência da Provincia da Bahia, reoom-%<br />
mondando quo exija da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda<br />
informações sobre adiantamentos dc dinlieiros, que<br />
por ventura tiver feito ao Com missa rio, Antônio José<br />
Moniz <strong>de</strong> Almeida, no tempo, em que este servio á<br />
bordo do Brigue Escuna Eólo. —Communicou-sc á<br />
Contadoria da Marinha.<br />
— A' da Provincia do Piauhy, <strong>de</strong>clarando, cm solução<br />
aos oflicios <strong>de</strong> 23 dc Outubro ultimo, n. 0116 e<br />
17, quo por ora não convém sobrecarregar os cofres<br />
com a construcção da lancha, que reclama o respectivo<br />
Capitão do Porto, para o serviço da praiieagem<br />
, que pô<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sempenhado pela lancha da<br />
Capitania, logo que estejão concluídos os reparos <strong>de</strong><br />
quo carece; c, quanto aosancorotes pedidos, para os<br />
trabalhos da mesma pralicagem, so expe<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ú<br />
Inten<strong>de</strong>ncia, a flm <strong>de</strong> mandar fornecer 2 ou 3, que<br />
<strong>de</strong>verão ser entregues ú Associação dos Práticos. —•<br />
A' Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha dirigio-se o conveniente<br />
Aviso, e communicou-sc á Contadoria.<br />
nas do operário João José Montamos, para encarregar-se<br />
do exame c dos reparos da machina do vapor<br />
Cachoeira; sendo neste serviço coadjuvado pelo<br />
3-.°?machinistn do vapor J'aguardo; e recommcndando<br />
quo organise as competentes instrucçOes por<br />
que se <strong>de</strong>ve dirigir o mencionado operário.<br />
— A' Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, <strong>de</strong>clarando que<br />
o vapor Chuy na sua commissão á ilha da Moela<br />
recebeu, por empréstimo, do vapor S. Pedro 3 toneladas<br />
<strong>de</strong> carvão do pedra, quo <strong>de</strong>vem ser pagas<br />
a dinheiro, ou com gênero igual.— No mesmo sentido<br />
fez-se Aviso á Contadoria.<br />
2« a Secção.—Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, mandando<br />
impor a Lajoux dt Filhos a multa <strong>de</strong> 268600, por<br />
haverem faltado ás condições <strong>de</strong> seu contracto para<br />
fornecimento <strong>de</strong> bolacha, conforme representa a Inten<strong>de</strong>ncia<br />
por oflicío <strong>de</strong> 17 do corrente.—A' Contadoria<br />
rccommendou-sc que fizesse cxlrahir a compclcnte<br />
guia para pagamento da multa citada.<br />
—A* Capitania do Porto d«i Corte, <strong>de</strong>clarando, cm<br />
resposta ao oflicio n.° 132, dê 19 do corrente, relativamente<br />
ao pedido que faz o respectivo Secretario,'<br />
<strong>de</strong> ser «dispensado do pagara <strong>de</strong>speza da impressão<br />
dos papeis, por quo cobra emolumentos, preferindo<br />
escrcvel-os, que o mesmo Secretario <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r<br />
como até agora, <strong>de</strong> modo que o serviço do Repartição,<br />
não soTTra com a tardanea do expediente è<br />
seu cargo; observando-sc á risca o Aviso do 35<br />
dc Julho ultimo.<br />
3.*. Secção. — Ao Sr. Ministro da Agricultura,<br />
Commercio e Obras Publicas, pedindo que haja dc<br />
provi<strong>de</strong>nciar, como julgar conveniente, para eífectuar-se,<br />
com toda a urgência, o supprimento do dinheiro<br />
necessário ao pagamento da diária, que no<br />
art. 4 .* das instrucçOes dadas pelo referido Ministério<br />
em 5 do mez próxima passado foi arbitrada aos trabalhadores<br />
do Kslabclccímcnlo Naval do Itapúra, visto<br />
representar o Director do mesmo Estabelecimento^;<br />
que a Thezouraría <strong>de</strong> Fazenda da Provincia <strong>de</strong><br />
S. Paulo ainda não recebeu or<strong>de</strong>m para esse fim.— -<br />
Communicou-sc ao mencionado Director.<br />
— Ao Quartel General, dizendo que pô<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r<br />
oo Commandante da Força Naval do Rio da<br />
Prata aulorisnção para satisfazer ás requisições do<br />
da Estação <strong>de</strong> Mato Grosso, a flm dc serem fornecidos<br />
dé Monlevidéo certos objectos dc sobrcsalentes,<br />
e quaesquer outros precisos na mesma Estação<br />
; <strong>de</strong>vendo aquelle Commandante enviar sempre<br />
uma nota dos gêneros suppridos, com <strong>de</strong>claração<br />
dos respectivos preços.<br />
1." Serpao—A' Inspecção do Arsenal da Bahia,<br />
aceusando a recepção do oflicio dc 23 do corrente,<br />
em que dú parte do adiantamento, que toem tido<br />
cm escrita os aprendizes' marinheiros.<br />
— Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, <strong>de</strong>clarando que fica<br />
concedido a José Francisco Fernan<strong>de</strong>s Júnior, o<br />
prazo dé 75 dius, para entrega <strong>de</strong> 49 capotes a<br />
conta <strong>de</strong> 100, que contractára com o ineamo Conselho.<br />
3.' Secção.—So Sr. Ministro da Fazenda, remettendo,<br />
para ser pnga a folha dos jornaes vencidos<br />
no mez <strong>de</strong> Novembro próximo passado pelo operário<br />
do Arsenal dc .Marinho da Cdrte, João Antônio<br />
Freire, dispensado dos trabalhos do mesmo<br />
Arsenal.<br />
— Ao mesmo, solicitando a expedição das concernentes<br />
or<strong>de</strong>ns, a fim dc que ao Ajudante do<br />
Director das construcçoes navaes do Arsenal <strong>de</strong><br />
Marinha da Córle, Antônio Luiz Bastos dos Reis,<br />
que está substituindo o mesmo Director durante a<br />
sua commissão na Europa, se abone a 5." parte<br />
dos vencimentos do substituído, conforme requercu.—<br />
Deu-se conhecimento á Inspecção e ú Contadoria.<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO....;.<br />
PCR SEIS MFZES.<br />
POR TRES MEZES.<br />
16&000<br />
8&000<br />
4&000<br />
NUMERO 8/<br />
construcção e uzo d'uma doca no porto da capital<br />
da Província do Ceará.<br />
— A' Capitania do Porto da Corte, <strong>de</strong>clarando*<br />
á vista do que informou cm oflicio n.* 135 dc 20<br />
do corrente, sobre o requerimento <strong>de</strong> José Alves<br />
Portilho Barboza, 3.° Maehinista das Barras <strong>de</strong><br />
Vapor do commercio, que em quanto hão apparecer<br />
um 2.* Maehinista, podo mandar matricular o supplicante<br />
nesta qualida<strong>de</strong> á bordo do Vapor Cardoso,<br />
como pe<strong>de</strong>.<br />
DIA 31.<br />
1.* Secção.— Ao Quartel General, approvando o<br />
termo do contracto celebrado pelo Conselho <strong>de</strong><br />
Compras do Hospital da corte, para supprimento <strong>de</strong><br />
dietas e rações durante o primeiro semestre do<br />
anno próximo futuro. —Communicou-sc á Contadoria<br />
.<br />
— Ao mesmo, <strong>de</strong>terminando que man<strong>de</strong> entregar<br />
á disposição do Sr. Ministro ds Guerra o Soldado<br />
do Batalhão Naval, João Bernardo do Rego Barros,<br />
que'pedira passagem para o exercito, on<strong>de</strong> pretendo,<br />
reconhecer-se 1 .* Ca<strong>de</strong>te.— Fez-se communicação<br />
ao referido Sr. Ministro, rogando-sc ao mesmo.tem-:<br />
po que, no caso <strong>de</strong> não verillcar-se aquelle reconhecimento,<br />
sc sirva or<strong>de</strong>nar a restituição do mencionado<br />
Barros ao dito Quartel General.<br />
— A' Inspecção do Arsenal da Bahia, appro-,<br />
vando o procedimento, que tivera, pelos motivos<br />
expostos em offlcio do 1.° <strong>de</strong>ste mez, <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r<br />
o Enfermeiro, Leopoldo Ramos do Cedro; e <strong>de</strong>clarando,<br />
para lh'o fazer constar, que,será <strong>de</strong>mittido<br />
do serviço, no caso <strong>de</strong> não corrigir-se.—Deu-se<br />
conhecimento ao Quartel General.<br />
— Ao Quartel General, mandando proce<strong>de</strong>r a<br />
uma inspecção sobre -o estado dc saú<strong>de</strong> da praça j pnnhou o oflicio<br />
da Companhia do Artífices Militares, Francisco<br />
Quintaes, quo pe<strong>de</strong> baixa do serviço por motivo<br />
<strong>de</strong> moléstia.—Or<strong>de</strong>nou-se ú Inspecção que mandasse<br />
apresentar a dita praça ao Quartel General<br />
para o indicado fim.<br />
— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Corte,<br />
aceusando o recebimento do seu oflicio u.° 708,<br />
dc 2íL,do*çgrrcpt.cA,em que <strong>de</strong>u BiflfW1" Q"fr 0<br />
2.* Secção.—Ao Conselho <strong>de</strong> Compras, aulorisando<br />
a contractar com quem melhores condições<br />
oflerecer o fornecimento <strong>de</strong> colxõcs e travesseiros;<br />
e bem assim a fazer a acquisição do 12 travesseiros<br />
podidos pela 3.' Secção do Almoxarifado.<br />
— Ao mesmo, mandando abrir concurrencia,<br />
para acquisição dos cabos necessários á 2,<br />
único fundídor <strong>de</strong> ferro, que se propõe a Ir servir<br />
no Arsenal dc Marinha do Mato Grosso, pe<strong>de</strong> o<br />
salário dc 2503000 mensaes, e dizendo que <strong>de</strong>ve<br />
aguardar occazião do obter outro com melhor vantagem<br />
para a Fazenda Nacional.<br />
DIA 30.<br />
1.* Secção.—A.' Presidência do Pará, <strong>de</strong>clarando<br />
quo pódc autorisar a Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha<br />
da Provincia a construir com as ma<strong>de</strong>iras,<br />
que nello existem, um navio, a fim do substituir'<br />
a Escuna Tihagy, que se acha em estado dc ruína:<br />
não <strong>de</strong>vendo exce<strong>de</strong>r a consignação para a rubrica<br />
— Material — daquella Província; u sendo o dito<br />
navio armado a Patacho, Brigue Escuna*, ou Brigue.<br />
—Fizeruo-sc as prccisascommunicaçOes,<br />
a Sucção<br />
do Almoxarifado, conforme o pedido, que acomn.°<br />
3C8, do 30 do corrente.<br />
3a. Secção.— Ao Sr. Ministro do Império, aceusando<br />
o recebimento do seu Aviso <strong>de</strong> 20 do corrente,<br />
que acompanhou um exemplar da. collccrão das<br />
Leis da Província da Parahyba» promulgadas no<br />
presente anno, e cópia do oflicio dc 29 do mez próximo<br />
passado, em que a Presidência da mesma Província<br />
expõe os motivos, porque as sanecionou.—<br />
Renietterão-se i Secção <strong>de</strong> Guerra, e Marinha ao<br />
Conselho dc Estado o exemplai' e n cópia, paru<br />
consultar o respeito das mencionadas Leis, pelo que<br />
toca a este Ministério.<br />
— A' Presidência <strong>de</strong> Meto Grosso, aceusando a<br />
recepção do offlcio o. 42 <strong>de</strong> 20Setembro ultimo, com<br />
que enviou cópia do termo do contracto que a Inspecção<br />
do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da mesma Província,<br />
cm virtu<strong>de</strong> do Aviso do 14 do Junho do corrente<br />
anno, celebrou com o maehinista Silvestre Antônio<br />
Pereira, para embarcar em vapores da Armada por<br />
espaço do 3 annos; o remeltcndo cópia do que foi<br />
ultimamente feito pela Inten<strong>de</strong>ncia da Marinha, a*<br />
flm dc que expeça as convenientes or<strong>de</strong>ns para servir<br />
<strong>de</strong> norma tanto neste, como nos casos idênticos, que<br />
para'O futuro so <strong>de</strong>rem, visto que não so achão<br />
naquelh? contracto acauteladas todas as liypotbeses •<br />
prejudiciaes ú fazenda e serviço publico.<br />
— A' Inspecção do Arsenal dc Marinha da Corte,<br />
para que mando fazer no mesmo Arsenal duas pequenas<br />
bombas do pressão, conforme solicitara o<br />
Ministério da Agricultura, Commercio o Obras Pu- •<br />
blfcas em Aviso n." 18 datado <strong>de</strong> 18 do corrente.<br />
—Communicou-sc ao dito Ministérioe á Contadoria»'<br />
— A" mesma, communicando que o Ministério<br />
da Guerra, cm Aviso <strong>de</strong> 24 do corrente, <strong>de</strong>u parto<br />
<strong>de</strong> haver expedido as convenientes or<strong>de</strong>ns para que<br />
pela Repartição do Ajudante General sejio mini»—<br />
Irados ao Commandante da Fortaleza da Ilha das<br />
Cobras os esclarecimentos por elle pedidos acerca<br />
do folleeiroento <strong>de</strong> um sentenciado, que se achava<br />
<strong>de</strong>stacado no quartel do 1.° Regimento <strong>de</strong> Cavallaria<br />
ligeira, o bem assim participados quaesquer oceurreneiâs<br />
que tiverem iogar a respeito dos senteo- •<br />
ciados que sahirem dà mesma Fortaleza para serem<br />
empregados em serviço da Repartição da Guerra.<br />
—A' Inten<strong>de</strong>ncia, remettendo o oflicío da Inspecção<br />
do Arsenal do Marinha da Corte, n." 715 do 27 do<br />
corrente, com os <strong>de</strong>mais papeis, a qno sc refere,acerca<br />
do engano que o Director das ofllcinas do machinas<br />
encontrou nos chapas <strong>de</strong> ferro vindas ultimamente<br />
<strong>de</strong> Inglaterra, a fim dc que man<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r na fôrma<br />
indicado pelo mesmo Director, para <strong>de</strong>sfazer-se<br />
aquelle engano.— Or<strong>de</strong>nou-se ú contadoria que enviasse<br />
á Inten<strong>de</strong>ncia, para o flm indicado, a faclura<br />
que acompanhou as sobreditas chapas; e commu<br />
ntrou-sc á Inspecção.<br />
— A' da Provincia dc Pernambuco, autorisando I<br />
— A' Inspecção do Arsenal <strong>de</strong> Marinha da Bahia,<br />
a mandar construir no Arsenal <strong>de</strong> Marinha, ou em j<br />
enviando, por cópia, o offlcio do Chefe <strong>de</strong> Esquadra<br />
algum estaleiro particular, para o serviço da Ca<br />
lnspector do da Corte, n.* 712 <strong>de</strong> 26 do corrente,<br />
pitania do Porto da Parahyba, um escaler com 28<br />
a firo dc informar sc existe alli a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> que<br />
O Capitão Prcscíano <strong>de</strong> Barros Accioli, Major pés Inglezes do cumprimento, 4 pés c 8 pollcgudas — A' Presidência do Rio dc Janeiro, aceusando a elle trata, <strong>de</strong>vendo no caso aflirmativo, envial-a pura<br />
Commandante do Esquadrão avulso n.° 7 da Guarda <strong>de</strong> boca, c 2 pés e 4 pol legadas dc pontal; <strong>de</strong>vendo recepção do oflicio n.° 78 <strong>de</strong> 22 do corrente, em que aqui na primeira oceasião opportuna. — Commu<br />
Nacional da Provincia <strong>de</strong> Pernambuco.<br />
remetter, cm oceasião opportuna, o orçamento da <strong>de</strong>u parte <strong>de</strong> haver concedido licença o Fernando* nicou-sc ao dito Chefe <strong>de</strong> Esquadra.<br />
<strong>de</strong>speza a fuzer-se.— Expedio-so Aviso á Presidên José Martins, paru cortar ma<strong>de</strong>iras dc lei em uma<br />
O Alferes José Joaquim Monteiro da Silva, Major<br />
cia da Parahyba, communicando a expedição da or das situações, que possuo na Freguesia <strong>de</strong> S. Fran- |<br />
Commandante do Esquadrão do Cavallaria n." 14<br />
<strong>de</strong>m, que fica extractada.<br />
cisco do Paula da Cidado dc S. João da Barra; e di<br />
da Guarda Nacional da Provincia dc Minas Geraes.<br />
zendo que muito convém, na concessão do taes li<br />
José Nunes <strong>de</strong> Carvalho, Capitão Secretario Geral — A' da Provincia dc S. Paulo, <strong>de</strong>clarando, para cenças, ter em vista o disposto nas circulares <strong>de</strong> 9 do I DUIIIO OFFICIAL<br />
do Commando Superior da Guarda Nacional do Mu- ! fazer constar á Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda* que por Novembro <strong>de</strong> 1857,5 <strong>de</strong> Fevereiro c 19 <strong>de</strong> Março do<br />
nicípio dc Pitangui, da mesma Provincia.<br />
j Aviso <strong>de</strong> 25 do mez passado, dc conformida<strong>de</strong> com 1858, como já foi pon<strong>de</strong>rado cm Aviso <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>ste |<br />
o que informou o Contadoria do Marinha em ofiicio<br />
José Maurício do Magalhães, Capitão Secretario<br />
mez, com referencia ás licenças, que para igual flm<br />
Rio. IO «le Janeiro.<br />
n." 93 do 24 do mesmo mez, foi augmentado com a<br />
Geral do Commando Superior da Guarda Nacional<br />
<strong>de</strong>ra a mesma Presidência a Bernardo Belrsario Soares<br />
quantia <strong>de</strong> 7238300 o<br />
do Município <strong>de</strong> Ubá, da mesma Provincia.<br />
credito concedido a verba I <strong>de</strong> Souza e Cândido Barreto dt<br />
Pelo paquete nacional Brasil chegado hontem<br />
Souza Faria.<br />
- rnaroes » do presente exercício, visto ter subido<br />
dos portos do sul, recebemos datas do Rio Gran<strong>de</strong> até<br />
O Tenente Lasdisláu Febronio Esmeralda, Capitão a <strong>de</strong>speza <strong>de</strong>ssa verba com as InstrucçOes, mandadas<br />
— Ao Conselho Naval, para consultar sobre o<br />
3 do corrente.<br />
Secretario Geral do Commando Superior da Guarda observar em 18 do Fevereiro ultimo.<br />
requerimento quo acompanhou o Aviso do Minis<br />
Nacional do Município <strong>de</strong> Inharobupo, da Provincia<br />
tério da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, O Sr. Dr. Espcridiiip Eloy <strong>de</strong> Barros PimenteL<br />
da Bahia.<br />
— A' Inspecção do Arsenal, approvando a pro<br />
n.* 13, <strong>de</strong> 26 do corrente, o em que Adolpho Her- Presi<strong>de</strong>nte ultimamente nomeado para aquella Proposta<br />
feita peto Directoria dos ofllcinas <strong>de</strong> machi- | bster,<br />
pedo privilegio por noventa anãos para a vincia, seguio no dia 29 do passado da cida<strong>de</strong> do
Rio Gran<strong>de</strong> para a capitai, acompanhado pelo seu<br />
•Secretario e pelo Chefe <strong>de</strong> Policia.<br />
Le-se no Commercial do Rio Gran<strong>de</strong>:<br />
« ü Sr. Dr. Cana rim, como Delegado <strong>de</strong> Policia<br />
, conjunclamcnte com o Sr. Uplon, Cônsul<br />
Norle-Americono, forâo honlem (30} a bordo do<br />
palhabole tlnnrhester, c nada virão nelle qne rausas>e<br />
a menor suspeita <strong>de</strong> ter navio que so cmpregasse<br />
no trafico da escravatura : tendo este navio<br />
cinco pretos a bordo, qne sâo Norte-Americanos,<br />
e pertencentes á tripolação do mesmo navio.<br />
a O Capitão apresentou o recibo da entrega qne<br />
fez em Aseeneão <strong>de</strong> diversos animaes qne levou<br />
para aquellc presidio, apresentando o porão do<br />
navio iodos os indícios dc tal carga.<br />
-ar C) Monrhesier <strong>1a</strong> para o Kio da Prata, porém<br />
lendo-se-lhc partido o páo da retranca na altura<br />
da nossa barra, vio-sc forçado a arribar a este porto.» j<br />
Encalhara na coroa <strong>de</strong> leste da barra, no dia 28,<br />
o Patacho Hollan<strong>de</strong>c Benirick ífreisman.<br />
Referindo este facto diz aquella folha :<br />
« Nio havia signaes na atalaio, em conseqüência<br />
<strong>de</strong> c»tar a barra bravo, a agos muito baixa e havia<br />
forte correnteza <strong>de</strong> vasante, e nem as respectivas<br />
cal raias se acha vão no banco,<br />
• Imnedlatamente sábio para fora a primeira<br />
catraia ao mando do intrépido 1.* pratico lligucl<br />
Moreira da Silva, bem como o vapor Perseverança,<br />
em que foi o digno Sr. lnspector da barra.<br />
Na oceasião <strong>de</strong> dar-se o cabo do reboque, n navio<br />
safou pelas tres noras da tar<strong>de</strong>, lendo perdido unicamente<br />
o sobreçame. Também seguio para o banco<br />
d 2.* catraia, a flm <strong>de</strong> galar o Patacho improviso,<br />
proce<strong>de</strong>nte do Rio do Janeiro, que appareceu<br />
ao NE.<br />
« Logo que o Patacho Hollan<strong>de</strong>z fun<strong>de</strong>ou, seguio<br />
para elle o escaler da Alfân<strong>de</strong>ga, o mesmo Sr. lnspector<br />
da barra, que pedio ao Sr. Ajudante do Guarda-<br />
Mór Bivar, <strong>de</strong>stacado na barro, que se achava á bordo<br />
para proce<strong>de</strong>r é necessária visita, que fizesse rerles<br />
perguntas, por S, 8. dicladas, ao respectivo Capilâo,<br />
sobre o acontecimento.<br />
• « A primeira estreia com o mar que havia roffreu<br />
algumas avaries. »<br />
Da mesma folho extrahimos o seguinte:<br />
o Patacho Guarany.— Este navio, pertencente ;í<br />
massa fallida <strong>de</strong> Louzada Irmão & Comp., achase<br />
cm risco <strong>de</strong> vir a per<strong>de</strong>r-se, sendo abandonado.<br />
Dizem que tendo alguma taboa picada do bicho,<br />
começara a fazer agoa, c augmeotou a ponto o<br />
ovaria, que as bombas lá nio po<strong>de</strong>m dar vasfeo, e<br />
terá dc Ir a pique, segundo nos Infòrmlo.<br />
« Chamamos a atlenção do Sr. capitão do porto<br />
poro dar provi<strong>de</strong>ncias o tempo, a flm <strong>de</strong> quo esto<br />
embarcação não venho a prejudicar ofun<strong>de</strong>adouro.»<br />
O Vapor Brasil retardou a sua viagem cm conseqüência<br />
do um forte temporal quo apanhando<br />
na lagoa dos Patos o vapor que faz a carreira dc<br />
Porto Alegre para o Rio Gran<strong>de</strong>, fcl-o <strong>de</strong>morar-se<br />
alli por espaço dc 4 dias; tendo estado o Brasil<br />
além disto encalhado no Canal da Barra durante<br />
24 horas.<br />
Honlem ás II horas da noile seguia pela rua<br />
dos Ourives um indivíduo que, du pois .soube-se ser<br />
piloto da galera France e Chili, o dous marinheiros<br />
pertencentes a tripolação da mesma galera, conduzindo<br />
cada um um saco contendo calçado, cortes<br />
<strong>de</strong> vestidos <strong>de</strong> seda e diversas pecas da mesma fa<br />
zenda. Uma patrulha do Corpo Policial- foi-lhes<br />
an encalço e pren<strong>de</strong>ndo n todos os recolheu ao<br />
Xadrez da Repartição da Polida para averiguações.<br />
Calculflo-se esses objectos em mois<strong>de</strong> 2:000^000.<br />
Correspondência dt «Diário Official.»<br />
PriifSNia.—Berlim, 2 d> Dezembro <strong>de</strong> 1862.—<br />
Nada hs quo consignar sobre os negócios internos<br />
dcslo pala. A situação do Gabinete continua á ser a<br />
mesmo relativamente ao conflicto constitucional,<br />
cuja solução não é dado prever-sc antes da reunião<br />
da Dieta, o qual <strong>de</strong>verá ser convocada, segundo a<br />
Constituição, no meado <strong>de</strong> Janeiro próximo futuro.<br />
.A Gazeta da Estreita, órgão semi-ofiicial do Governo,<br />
publicou ha dias um artigo que tem causado<br />
<strong>de</strong>sagradável sensação na classe diplomática. £'<br />
do theor seguinte: A' certo diplomata aconteceu,<br />
ha annos a esta porte, ven<strong>de</strong>r, na oceasião da sua<br />
remoção <strong>de</strong> Berlim* a sua secretária c <strong>de</strong>ixar por<br />
esquecimento em uma gaveta secreta, papeis que<br />
comprovávão ler elle trabalhado vivamente pala,<br />
imprensa contra a Corte, junto da qual estava<br />
acreditado.<br />
Nessa gaveta acliárao-sc minutas aulfaographas dc<br />
artigos, cujos autores linhão sido cm vão procurados<br />
em um outro campo, assim como provas <strong>de</strong><br />
relações bem organisadus por meio das quaes o<br />
referido representante dc uma potência amiga havia<br />
secundado a imprensa na sua opposição contra o<br />
governo. Todos estes inateriacs forão postos nas<br />
mios do governo real. Este ultimo preferiu não<br />
faxer uso d'aquellcs papeis contra o diplomata, o qual<br />
aliás linha tido um outro <strong>de</strong>stino. Todavia, nãoduvidamos<br />
que o ministério <strong>de</strong> então, como por certo<br />
qualquer outro governo que se respeite, teria exigido<br />
a retirada do diplomata, se antes do ternio da sua<br />
missão lhe tivesse sido <strong>de</strong>monstrado que. directa ou<br />
índírectamente, por segundas pessoas, elle sc tinha<br />
servido do suas relações ofllciaes em favor da imprensa<br />
hostil ao governo. E' nossa opinião dc que<br />
•Vaquella época como hoje todos os homens competentes<br />
con cordão em que a posição dc nm enviado<br />
diplomático c Incompatível com a participação em<br />
manejos opnosfcionfstas contra o mesmo governo,<br />
junto do qual se acha acreditado. »<br />
— Torna-se a faltar da questão do Zollvcrein,<br />
e <strong>de</strong> tratado franco-prussiano. Em virtu<strong>de</strong> das convenções<br />
existentes do Zollvcrein, as conferências geraes<br />
pare a expedição dos negocias da União reunem-so<br />
annualmente no mez do Junho. Na ultima<br />
conferência, que leve logar no anno dc 1859, foi<br />
e cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Munich <strong>de</strong>signada para assento da próxima<br />
conferência, adiada, a qual tem sido por accordo<br />
commum dos Governos unidos. O Governo <strong>de</strong> Bavicra,<br />
ao qual competia como governo do estado on<strong>de</strong><br />
se rcuno a conferência, expedio as competentes<br />
cartas dc convocação para o principio do futuro<br />
mez dc Janeiro. O governo prussiano annuio 4 esse<br />
convite, <strong>de</strong>clarando que a conferência geral <strong>de</strong>veria<br />
limitar-se, segundo' os tratados da União, ao exame<br />
das questões da tarifa.<br />
O Sr. llenning, conselheiro no ministério da<br />
fazenda, foi nomeado para representar a Prússia<br />
nessas conferências.<br />
O governo da Prússia respon<strong>de</strong>u às ultimas notas<br />
dos governos dc vVurlcmberg e Darmstadt relativamente<br />
ao tratado <strong>de</strong> commercio , <strong>de</strong>clarando<br />
simplesmente que consi<strong>de</strong>rava as respostas <strong>de</strong>stes<br />
governos como uma <strong>de</strong>claração csthegorica <strong>de</strong> não<br />
quererem continuar a unilo aduaneira com a Prússia,<br />
findo o período corrente do Zollvcrein.<br />
A Prússia mostra altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiva neste negocio<br />
e tem <strong>de</strong>clarado aos governos dos Estados secundários<br />
que cila não renova o Zol!verei n senão com os<br />
governos qoe adbertrcm ao tratado frnnco-prus—<br />
signo. NAo obstante os obstáculos que tem encontrado,<br />
o tratado será forçosamente adoptado pelos<br />
Estados, membros do Zollvcrein.<br />
Os negócios <strong>de</strong> Hessc-Cassel tem excitado a attençâo<br />
publica pela persistência que mostra o Eleitor<br />
na sua poli tira reeecionaria. A Prússia c a Áustria<br />
flzerão novamente sentir á S. A. H. a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
marchar <strong>de</strong> accordo com a câmara ultimamente<br />
eleita , e qu« elle havia prorogado. Com elícito o<br />
Eleitor acce<strong>de</strong>u á estes conselhos, convocando a referido<br />
câmara para 5 do corrente, e prometteu apresentar-lhe<br />
o orçamento.<br />
O conflicto Dano-allemão continua em or<strong>de</strong>m do<br />
dia. A Prússia e a Áustria, consi<strong>de</strong>rando terminado<br />
o mandato que tinlião recebido da Dieta germânica,<br />
concordarão em propor é mesma Dieta uma<br />
moção ten<strong>de</strong>nte a provocar medidas para a solução<br />
<strong>de</strong>finitiva do conflicto. Esta medida foi motivada<br />
por persistir a Dinamarca em manter a sua supremacia<br />
política sobre os dons durados <strong>de</strong> Rolstein<br />
e Lancmburgo, sujeitos, segundo os tratados do<br />
1815, á Díéta <strong>de</strong> Francfort.<br />
MR,<br />
Inglaterra.<br />
COBDEA* E LORD PALMERSTOST.<br />
Em Rochdale, que elle representa na Camora dos<br />
Commons» Mr. Cobdcn $es um êlsearso muito notável<br />
em 20 <strong>de</strong> Outubro, no qual mostra duvidar da<br />
aptidão dos Estados do Sul para estabelecerem a sua<br />
in<strong>de</strong>pendência; pronuncia-se abertamente contra O<br />
orçamento da <strong>de</strong>spesa publica da Inglaterra; exprime<br />
a convicção em que eslú <strong>de</strong> que pnra essa <strong>de</strong>speza,<br />
assim como para o augmento da marinha inglesa e<br />
forUficações, não se encontra justificação plausível<br />
na política da França; faz rccahír sobro Lord Palnierston<br />
a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo isso, c sustenta<br />
que o actual estado dos partidos políticos na Inglaterra<br />
é bem pouco aaliatactorio quanto á questão<br />
Americana. Eis o quo elle diz:<br />
• Nio acredito qun n separacSo do Norte o Sul »
Nfio sabendo como so ha <strong>de</strong> dirigir á Coseu sem<br />
assustal-a, Mario lembra-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar no banco<br />
lavorito d*ella as folhas do ca<strong>de</strong>rno on<strong>de</strong> elle escrevia<br />
as suas impressões durante as horas tenebrosas<br />
em que esteve eclipsado o astro da sua vida. No<br />
meio d'esses aphorismos <strong>de</strong> amor, certas allusSes<br />
aos encontros do Luxomburg <strong>de</strong>svanecerão qualquer<br />
duvida qoe restasse à Coseta; o homem que<br />
escreveu aquellas paginas é elle, c o <strong>de</strong>sconhecido <strong>de</strong><br />
seus sonhos. E só <strong>de</strong>pois que ella leu essas phrases,<br />
que parecem « gotas <strong>de</strong> sua alma » no dia seguinte,<br />
quando elle a vc tremula e pensativa, encaminha-se<br />
para o banco on<strong>de</strong> achou aquella extranha revolução,<br />
é que se anima ã apparccer-lhe e fallar-lhe.<br />
« Elle ouvio-tfae a vdz, essa voz qoe nunca ouvira, e que<br />
mal sa elevava acima do fòfiriito da folhagem.... « Perdoe -<br />
,. me, estou aqui. Sentia o coração A trasbordar, não era possível<br />
viver no estado cm que mc achava, vim vôl-a. Leu o que<br />
<strong>de</strong>itei aqui f Reconhece-me ? Nao tenha medo dc mim. Ha<br />
bastante tempo, lembra-ta do dia era qoe olhou para mimf<br />
c aquelle «lia em que passou por porto don<strong>de</strong> eu estava ...<br />
Perdão, fallo-lhe o nem sei o que digo; estou talvez aborreceodo-a;<br />
aborreço-a?.. Pego-lhe na mão, ella ia <strong>de</strong>sfallecendo,<br />
elle segurou-a noa braços, e apertou-a sobre o peito sem ter consciência<br />
do que fazia. Ssotinha-a porque ella vncillava.... Estava<br />
louco dc amor. Ella pegou na mio <strong>de</strong> Mario c levou-a<br />
ao seu coração. Elle sentio o papel qne alli estava guardado<br />
c balbucioni. í<br />
« EnUo, ama-me? » Ella respon<strong>de</strong>u com vóztão sumida,<br />
qne era apenas uni sopro: Cala-te 1 bem o sabes 1» E ocenjtou<br />
o sen rubor no seio do moço, orgulhoso e ébrio <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>.<br />
Mario cahio sobre o banco, Coseta sentou-se A sen<br />
lado. Nio tinliAo maú palavras. ComecavAo a brilhar as estrelas.<br />
Como foi quo os seus lábios se encontrarão ? Como<br />
6 quo o passarinho canta, que a rosa dcaabrocha, qne o<br />
mez <strong>de</strong> Maio se cobre <strong>de</strong> flores, que a aurora br ilha por entre<br />
o escuro arvoredo e no alto das collinas ?<br />
Aqui, torna-se impossível qualquer analysc. E'<br />
preciso ler-se, relcr-sc <strong>de</strong> principio á flm esse esplendido<br />
idylio, essas scenas <strong>de</strong> uma paixão profunda<br />
ainda que infantil, casta ainda que ar<strong>de</strong>nte. Como<br />
Jocelyn e Lourenço, como Paulo e Virgina, Mario<br />
c Coseta tem na fronte a aureola do amor puro<br />
c verda<strong>de</strong>iro. Se não oecupão um logar ao lado<br />
<strong>de</strong>sses immortaes amantes» é porque a linda narração<br />
<strong>de</strong> seus amores não é mais do que um episódio<br />
<strong>de</strong> uma obra singular, cheia <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos, que<br />
multas vezes excita, c ainda maior numero <strong>de</strong> vezes<br />
attenúa a admiração.<br />
( Continuo.)<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA,<br />
PARTE HO DIA 9 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Forão presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autori<br />
da<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia f Roberto Leão, Martier Charles, e<br />
Perlicou François Maru, Franceses, por contrabando<br />
; o Norte Americano Silvestre, por uso <strong>de</strong> arma<br />
dofeza e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, e Antônio Alves Marinho, por<br />
offensa physica.<br />
Na Frcguezia <strong>de</strong> Santo Antônio, o Africano livre<br />
Romão, por uso do arma <strong>de</strong>fesa.<br />
Na da Gloria, José Vicente da Cunha, e Maria<br />
José para averiguações, Francisco Emilio do Jesus,<br />
por offensa physica, e o escravo Francisco, por suspeito<br />
<strong>de</strong> fugido.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Anna, 1.* districto, Molhcus Biltan<br />
court o José da Costa Coimbra, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m*.<br />
Na mesma, 2.° districto, Diogo Teixeira <strong>de</strong> Ma<br />
cedo, por offensa physica; c um indivíduo que não<br />
<strong>de</strong>clarou c nome por ser mudo, por ferimento.<br />
Pela primeira Delegacia da Policia, o escravo Manoel,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Pelo Corpo Policial da Côrtc:<br />
Antônio Alves Marinho, por espancamento; Maria*<br />
José o Francisca Emilia <strong>de</strong> Jesus, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />
o ferimentos; um Norto Americano, por promover<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m c estar armado com um canivete; tres<br />
marinheiros, por suspeitos dc terem passado por<br />
alto uma porção <strong>de</strong> calçado, cortes <strong>de</strong> vestidos <strong>de</strong><br />
s>daechalés, cujos objectos conduziãoas 11 horas<br />
d« noite pela rua dos Ourives.<br />
Lcgitimárão-se na Policia, a fim dc seguirem para<br />
os logares abaixo <strong>de</strong>clarados conforme a <strong>de</strong>signação<br />
feita pelos legitimados:<br />
Porto por Lisboa: Francisco <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, Ma<br />
noel Francisco Nogueira, Raymundo da Silva, An<br />
tou ia <strong>de</strong> Souza, Francisco Lourenço, Domingos<br />
Nunes da Silva, Domingos da Silva, José Domingues<br />
Pardal, Antônio Pereira, José Rodrigues Passo,<br />
Antônio Lopes dos Santos, Antônio Lourenço Gomes,<br />
Manoel Bernardo, Francisco Leite, Manoel Alves,<br />
Miguel da Cunha Tavares, José Alexandre <strong>de</strong> Azevedo,<br />
Manoel Joaquim Fernan<strong>de</strong>s, Albino Francisco<br />
Mala, 'Antônio Joaquim Paes, Manoel José <strong>de</strong><br />
Brito o Francisco Pinto do Carvalho Bastos, Portuguezes.<br />
Costa da Mina pela Bahia: João José Raymundo,<br />
Catharina Joscpha, André Francisco Ramos, Zenc—<br />
bodo Rita dos Reis, Adão José Raymundo, Romana<br />
Roaalioa, Luiza Itebòuçaa e Maria do Bomfim,<br />
pretos forros.<br />
Valparaiso : Patrick Lane, Inglez: •<br />
Itália : Vicenzo Bisane, Italiano.<br />
Hespanha: Emilia Garcia Fernan<strong>de</strong>s, Hespanhola.<br />
Monlevidéo: Manoel José Dias Pereira e Antônio<br />
José Gomes Pereira, Brasileiros.<br />
Secretaria da Policia da Cdrte, 10 <strong>de</strong> Janeiro dc<br />
<strong>1863</strong>.— F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />
Pela Secretaria da Policia da Corte se faz publico<br />
a bem <strong>de</strong> quem convier, que se acha <strong>de</strong>positado<br />
na mesma Repartição um alfinete <strong>de</strong> peito<br />
dc senhora com miniatura em pholographia.<br />
Secretaria du Policia da Corte em 10 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />
Relação das pessoas sepultadas no dia 9 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Marcella Francisca, Africana, 60 annos, solteira.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Júlio Baptista Rodrigues, Fluminense, 12 annos.<br />
Vomito negro.<br />
Joaquim Fernon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Mello, Africano, 40 aonos,<br />
solteiro. Hepatite.<br />
Francisco José Martins, Fluminense, 30 annos,<br />
casado. Ulccras.<br />
Domingos José Teixeira, Fluminense, 66 annos,<br />
solteiro. Apoplcxia.<br />
José Antônio Baptista, Paraense, 32 annos, solteiro.<br />
Bexigas.<br />
Miguel Theodoro Xavier, Brasileiro, 33 annos,<br />
solteiro. Apoplcxia.<br />
Antônio Pedro Saldanha, Rio Gran<strong>de</strong>nse do Norte,<br />
34 annos. Gastro-hepatite.<br />
Luiz Antônio da Cunha, Rio Gran<strong>de</strong>nse do Sul,<br />
19 annos, solteiro. Elephatiasis.<br />
Maria Simplicia, Brasileira, 85 annos, solteira.<br />
Som <strong>de</strong>claração.<br />
Victorino José do Lima, Portuguez, 35 annos,<br />
solteiro. Febre pernicioso.<br />
Joaquim, Africano, 50 annos, solteiro. Tuberculos<br />
pulmonares.<br />
Clementina Theodora r, Fluminense, 40, annos,<br />
solteira. Hypcrtrophia.<br />
Mathil<strong>de</strong>s Bencdicla Brandão, Brasileira, 03 annos,<br />
solteira. Febre perniciosa.<br />
João Luis da Silva, Portuguez, 31 annos, casado.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Joaquina Maria da Conceição, Africana, 36 annos,<br />
casada. Febre perniciosa.<br />
Antônio, filho dc Manoel José Garcia, Fluminense,<br />
7 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />
Elisa, li lha dc Florcntino Montcnegro, Fluminense,<br />
7 mexes. Pleuro-pneumonia.<br />
João, filho <strong>de</strong> Maria Joscpha da Conceição, Fluminense,<br />
4 annos. Febre perniciosa.<br />
Clemente, filho dc José Ferreira da Rocha Sam<br />
paio Filho, Fluminense, 5 mezes. Convulsões.<br />
Thercsa, filha <strong>de</strong> José Joaquim Ferreira<br />
Fluminense, 2 annos. Myelite.<br />
Um feto, filho <strong>de</strong> Maria Clementina dc<br />
Leite.<br />
Simão, exposto, Fluminense,6dias. Diarrhéa.<br />
üosta.<br />
Paiva<br />
BenJamfn, filho <strong>de</strong> Leopoldina Rose <strong>de</strong> Siqueira,<br />
Fluminense, 6 annos. Meningite.<br />
José Leandro dc Moura, remcttido pela Policia.<br />
Sem <strong>de</strong>claração.<br />
Sepultarao-se mais 6 escravos, tendo fallccido 1<br />
<strong>de</strong> hypcrtrophla, 1 <strong>de</strong> hepatite, 1 <strong>de</strong> congestão cerebral,<br />
1 <strong>de</strong> convulsões, 1 <strong>de</strong> marasmo e 1 <strong>de</strong> absorpçao<br />
purulenta.<br />
A1W1MC10S ADMINISTRATIVOS.<br />
Ministério da Justiça.<br />
Acbandc-se vago o oflicio <strong>de</strong> Contador c Distribuidor<br />
do Termo <strong>de</strong>. Sanla .Luzia, na Província <strong>de</strong> Sergipe, requercu<br />
ser provido no mesmo oflicio Torquaio Nunes<br />
dc Jesus,
At transacções cm gorduras vso-se <strong>de</strong>senvolvendo<br />
e comprarão se Já cerca do 8 a 10 mil arrobas, que<br />
se estão embarcando, aos preços <strong>de</strong> 4a s graixa o<br />
59 o sebo.<br />
Os xarqueadores preten<strong>de</strong>rão, <strong>de</strong>pois das primeiras<br />
compras, elevarem os preços a este gênero, nio<br />
o po<strong>de</strong>rio todavia conseguir, c pelo contrario fli erboso<br />
<strong>de</strong>pois tratos para as receber por todo o<br />
Janeiro cerca <strong>de</strong> 6.000 arrobas a 39800 a graixa e<br />
49800 o sebo.<br />
Em couros vacuns secos só na primeira quinzena<br />
torto mais procurados, c montarão as compras<br />
a 14.000 couros , dando-se por elles 205 réis a<br />
libra, promptos e curados a varrer; c por um<br />
loto <strong>de</strong> 2.000 escolhidos que regulou da 22 a 30<br />
libras, <strong>de</strong>rão 240 réis por libro, c por outro 240<br />
o 230 réis.<br />
Nesta segunda quinzena pouco se fez, houverão<br />
compradores mas oao aos preços anteriores: os<br />
barraqueiros exigido 220 a 225 e os compradores<br />
limitárto-sc nos 200 a 210 réis, e não se combinarão.<br />
As compras ultimas regulio <strong>de</strong> 4 a 5.000<br />
rouros em varias fruições.<br />
As entrada da campanha tem avultado mais, e nas<br />
barracas cm Pelotas haverão uns 40 a 45 mil couros,<br />
esperando-sc contlnuoçflo das remessas, poros haver<br />
muitos no interior, Informfio-nns que o <strong>de</strong>posito offcroce<br />
bastante escolha e que sio escassos os couros<br />
pesados.<br />
A maior parte dos couros salgados que se tem<br />
fabricado estão comprados, c uo geral a 130 rs.<br />
por libra, couro dc novilho; o 100 rs. pelos <strong>de</strong><br />
vares. Com tudo flzerfio-se alguns negócios a 135 rs.<br />
a libra, porém com certas condições que modifica<br />
a alta. As notkias do paquete para este artigo nao<br />
forão boas, e consta-nos que alguns exporta tadores<br />
mandarão or<strong>de</strong>ns para Pelotas o seus cominln*iona'lo»<br />
<strong>de</strong> soster por emquanfo suas compras.<br />
Câmbios.—As operações paro esto paquete Brasil,<br />
forão mais valiosos, sem todavia satisfazer nos secadores<br />
sobre a Europa, porque continua a haver na<br />
praça moita falta <strong>de</strong> moeda.<br />
. Sacérãò-sc sobre Londres 23.900 libras esterlinas<br />
i 253/4 o 20 ds, por 19000.<br />
Sobre Paris 1 GO.000 francos o 370 por franco.<br />
Sobre o Rio dc Janeiro, com quanto as remessas a<br />
fazer nio alcançassem a avullados algarismos, houve<br />
no entanto para a procura falta do succadoi es, fazendo-se<br />
ns transacções a 5 e 6 por cento o 90 dias.<br />
Sacou-se sobro a Rahia 50.0009000 a 4% 90 dias.<br />
A morda nacional papel esteve firme a fO f/2 */•<br />
dc prêmio.<br />
Frtlrs.—No <strong>de</strong>curso <strong>de</strong>ste mes frel.ir5o-.se 9 navios:<br />
sendo I <strong>de</strong> 168 toneladas Inglesas para o<br />
Canal, para couros c gorduras, por 000 libras esterlinas<br />
; 1 por 55 chs, por tonelada; 1 por 55 c<br />
5 "/„ e 3 a 57 1/2 3 */ t para couros salgados; 3<br />
para cinza, sendo 1 por 44 chs, 1 por 43 o outro<br />
por 43, 5 "/• chs.<br />
Para o Império regularão os fretes i 300 rs. para<br />
o Rio, 400 rs. Bahia e 500 rs. Pernambuco, ostipulando-se<br />
fretes só para os dous últimos portos.<br />
(Do Commercial.)<br />
2 DB JANEIRO ÁS S nORAS DA TARDE.<br />
Cambio sobre Londres, 93 3/4.<br />
» Paris, 382.<br />
» Hamburgo, nominal.<br />
» Rio, 5c60/0a90ds.<br />
» Bahia, 5 0/0.<br />
» Pernambuco 7 0 0 a 10 ds.<br />
Fretes.<br />
Para o Rio <strong>de</strong> Jonciro, 260 a 320 rs.<br />
» Bahia, 380 a 400 rs.<br />
» Pernambuco, 480 a 600 rs.<br />
Inglaterra, couros salgados 57/6 5 0/0 cinza, 45/6,<br />
Para os Estados-Unidos, 3/4 conta.<br />
Melões,<br />
Onças «•><br />
Pesos. «....<br />
Patacões .'<br />
Peças americanas <strong>de</strong> 5 dlrs<br />
» » <strong>de</strong> 21/2<br />
TJm peso boliviano<br />
Meios pesos bolivianos 1<br />
f/4 dollor americano<br />
Columnarios hcspanhoes.<br />
1/5 <strong>de</strong> pata cão dito<br />
Moeda nacional papel 10 e 10 1/2 */.-<br />
Mesa <strong>de</strong> Rendas.<br />
Rendimento ate o dia 30.<br />
A Alfân<strong>de</strong>ga<br />
98:9609962.<br />
329000<br />
sãooo<br />
29000<br />
10-5000<br />
59000<br />
19200<br />
800<br />
500<br />
500<br />
410<br />
1:1179710<br />
ren<strong>de</strong>u no mez <strong>de</strong> Dezembro<br />
Descargos para o dia 19 dr Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
PiB.4 A UHSNC4.<br />
Aacíos atracados.<br />
Galera franc. Lusitano, <strong>de</strong> Havre.<br />
— franc France e Chiti, i<strong>de</strong>m.<br />
Barca ing. Sitver Craitj, <strong>de</strong> Livcrpool.<br />
Em saveiros.<br />
Barca port. Venturoso, do Porto.<br />
— amer. W. Hatiett, <strong>de</strong> Ncn-Vork.<br />
—- austr. Ida S., <strong>de</strong> Glasgovv.<br />
— hesp. Carmen, <strong>de</strong> Malaga.<br />
— ing. Haitnlota, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
Brigue ing. Geffard, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
— sueco Henrik, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
—- bamb* Feiga, <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Patacho hamb. (Mm, dc Hamburgo.<br />
PABA OS TBAPICHES ALPANDEGADOS, X DESPACHO<br />
SOBRE AG CA.<br />
Galem ing. Bedberg, <strong>de</strong> Cardiff.<br />
Barca ing. Nawris, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
— amer. Whnheimar, <strong>de</strong> Ncw-York.<br />
— amer. Agncs, <strong>de</strong> Baltimore.<br />
— amer. Ctifton, <strong>de</strong> Philadclphia.<br />
— amer. Wkiattand, <strong>de</strong> Baltimore.<br />
— hamb. Rtise Sctmedl, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
• —" franc. Cherreuil, <strong>de</strong> CardiíT.<br />
— argent. Anna,'<strong>de</strong> Buenos-Ayres.<br />
— port. Sfteneío, do Porto.<br />
Lngar dinam. Fiara, <strong>de</strong> Cardiff.<br />
Brigue ing. Helene, <strong>de</strong> New-Castlc.<br />
— hamb. ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
. — sueco inalar, <strong>de</strong> Whesterwcck.<br />
—• amer. Preslissimo, <strong>de</strong> Philadclphia.<br />
— russo Tri<strong>de</strong>nt, <strong>de</strong> Copcnhaguc.<br />
— port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />
— port. Júlio, <strong>de</strong> Lisboa.<br />
— port. Minho, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />
— nac. Alegrete, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />
— nac Piá, dc Montevidéu.<br />
— arg. Chrittina. dc Buenos-Ayres.<br />
Polaca hesp. Theresa, dc Bnenos-Avrcs.<br />
Patacho nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
— orient. Iiatía Livre, dc ãfoatcvtdéO»<br />
Escuna dinam. Ibrpsdronr, dc Cadix.<br />
—- nac Malteza. dc Pavsandú.<br />
EXPORTAÇÃO.<br />
SMBIBCAÇÜBS MseacauoM no Ma 10 nc JANEIBO.<br />
Bahia—Brig. port* Lusitano, <strong>de</strong> 398 tons*, consigs.<br />
Joaquim Lopes <strong>de</strong> Carvalho et Comp.; manif. 315<br />
barricas <strong>de</strong> farinha dc trigo, 180 pipas vastas. Reexporta<br />
2,073 alqueires <strong>de</strong> sal vindos <strong>de</strong> Lisboa no<br />
mesmo navio.<br />
Buenos-Ayres — Brig. bras. JMVrcantil, <strong>de</strong> 197 tons.»<br />
consig. José. da Rocha c Souza; manif. 5.713 alqueires<br />
<strong>de</strong> farinha a gamei, 3.000 sacas dc dita,<br />
10 dúzias <strong>de</strong> coatadibo,<br />
j Ballimorc—Pat. amer. Peeetissttne, <strong>de</strong> 395 tons. consigs.<br />
Ccorgc Kudgc et Comp.; manif. 4.200 sacas<br />
dc café.<br />
Monlevidéo —Brig. bras. Tentador <strong>de</strong> 204 lons.. consig.<br />
Victorino Pinto dc Sá Passos; manif. 150 pipas<br />
<strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte, 332 sacos <strong>de</strong> farinha , 67 tacos dc<br />
feijão, SO meias barricas <strong>de</strong> assucar, 301 barricas<br />
dc dito, 199 rolos <strong>de</strong> fumo.<br />
Paranaguá — Pat. bras. Triumpho da inveja, <strong>de</strong> 126<br />
tens., consig. Aurélio José Leite; manif. vários gêneros.<br />
Amendoim ou mandobim com casca. 19100 Arroba.<br />
» » sem casca. 39800 »<br />
Ararnla (hrinha). 9200 Libra.<br />
Arroz com casca f >200 Arroba.<br />
• <strong>de</strong>scascado ou pilado 2^250 »<br />
Assacar branco. 39580 »<br />
» mascavo ou mascavado.... 29900 •<br />
• Assucar refinado 49000 »<br />
Azeite <strong>de</strong> amendoim ou mondobim. 1*600 Canada.<br />
» <strong>de</strong> égua on potro 49200 Arroba.<br />
• <strong>de</strong> peixe 19500 Canada.<br />
Bagas <strong>de</strong> 111 a mona 13400 Arroba.<br />
Banha ou unto <strong>de</strong> porco, <strong>de</strong>rritida ou<br />
preparada 10*000 d<br />
Barbatana ou barba <strong>de</strong> balia 109900 »<br />
Ba laias alimentícias 39000 »<br />
Biscouf o <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong>.... $320 Libra.<br />
Bolacha ordidaria, própria <strong>de</strong> embarque<br />
ou para marinhagem 49000 Arroba.<br />
» fina 65003 »<br />
Cacio • SUMO »<br />
Café bom 69640 »<br />
» escolha ou restolho 49000 »<br />
» torrado 9300 Libra.<br />
Caixas dc pinbo e <strong>de</strong> outras ma<strong>de</strong>iras<br />
ordinárias vasias 19000 Uma.<br />
Cal 2O90OO Moio.<br />
Carne secea (cliarque) 29500 Arroba.<br />
Carvão animal 29000 »<br />
» mineral 209000 Tonelada.<br />
<strong>de</strong> cedro.. 1.» qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />
» 2.» dita 1509000<br />
dc peroba. 1.* qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />
»<br />
<strong>de</strong> Gonça-<br />
2.'dila 1509000<br />
loAlves. 1.» qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />
• 2.* dita 1509000<br />
<strong>de</strong>gnarahú l. 1 qualida<strong>de</strong>. 1009000<br />
»<br />
<strong>de</strong> jaca<br />
2.* dila 809000<br />
randá. 1.' qualida<strong>de</strong>. 6OO90OO Dúzia.<br />
2.* dila 5009000 »<br />
3.» dita<br />
dc Oleo... l.<br />
»<br />
<strong>de</strong> piquei.<br />
<strong>de</strong> vinhalico.<br />
.. .*<br />
a qualida<strong>de</strong>.<br />
2.* dila<br />
l. a 4009000<br />
1009000<br />
869000<br />
qualida<strong>de</strong>. 1409000<br />
2.* dila. 1003000<br />
I." qualida<strong>de</strong>. 2009000<br />
» 2.» dila 1809000<br />
Queijos<br />
Quina ou casca dc quina ..........<br />
Rape ,<br />
Roscas<br />
9400 Libra,<br />
9320<br />
19000<br />
9160<br />
Sabão commum ou <strong>de</strong> avagem, 9080<br />
MOVIMENTO DO PORTO.<br />
» vegetal 1*000 Arroba.<br />
DESPACHO UB EXPORTAÇÃO NO DIA 10 DE JANEIBO.<br />
Hamburgo—No brig. hamb. Genies, Alexandre Wagner<br />
« Comp., 75 fardos <strong>de</strong> fumo.<br />
IMPORTAÇtO.<br />
Cera animal em brnto ou preparada. 19000 Libra.<br />
' » . » em velas - 19400 »<br />
» vegetal em bnilo ou preparada.. 9400 »<br />
Chá. I9OOO »<br />
Chapcos <strong>de</strong> palha ordinários...... 9320 Um.<br />
» • finos. 9100 »<br />
» dc pello <strong>de</strong> seda ou <strong>de</strong> II semelhantes,<br />
ordinários ... 39000 »<br />
MANIFESTOS.<br />
a <strong>de</strong> pello <strong>de</strong> seda ou dc lã c<br />
semelhantes, finos. 69000 •<br />
BRIGUE IIABIOIRGIEZ — FEIGA— DE LISBOA.<br />
Charutos 39000 Libra.<br />
Alhos: 60 fardos a Carvalho dt Rocha .-—Amên Chocolate commum ou <strong>de</strong> refinação.. 9800 Libra.<br />
doas: 2barris á or<strong>de</strong>m. — Azeite doce: 94 barris a » medicinal 9809 »<br />
Luiz Antônio Alves <strong>de</strong> Carvalho, 20 caixas a A. Cigarros <strong>de</strong> palha 29000 »<br />
J. Pinto Cuímarfles.<br />
> <strong>de</strong> papel 1900O »<br />
Batatas: 200 caixas a Joaquim Lopes <strong>de</strong> Carvalho, Cotia on gelatina, forte ordinária... 9160 »<br />
150 F. Ferreira dos Santos, 100 a Antônio • » fina............ 9250 •<br />
Joaquim dc Cerquei ra.<br />
Cordovõcs. 98OO •<br />
Cornos encaradas: 40 barris a Guimarães e Ribei Crina ou cabcllo <strong>de</strong> cavallo, c <strong>de</strong> ouro.—<br />
Carvão animal: 10 barricas a José Henrique<br />
tros animaes, em bruto ou<br />
cm rama 109000 Arroba.<br />
da Costa.— Cebolas: 150 caixas a KlingcJboefer,<br />
» ou cabcllo <strong>de</strong> cavallo, c <strong>de</strong> ou<br />
75 a A. F. Ferreira dos Santos, 50 a Mendonça dt tros animaes, preparada ou<br />
Irmão, 30 a J. C. Leite Bastos.— Coro: 27 game- beneficiada..,<br />
las pesando 4993 libras a A. J. dc Moura.<br />
» vegetal ,<br />
Doces: 10 caixas a Louzada e Lemos, 1 a A. J.<br />
Alves Souto.— Drogas: 8 volumes a Gary, 3 a<br />
Couçociras <strong>de</strong> aranha qualid.<br />
• » 2.» dita....<br />
Klingelhocfcr, 1 a Mattos Pinto dt Moreira*<br />
» <strong>de</strong> cedro... 1.» qualid ..<br />
Farinha <strong>de</strong> trigo: 250 barricas a Klingcelhoefcr. » » 2." dita,,.,<br />
—Ferragens: 4 caixas a Klingclhoefer.—Figos: 24 » <strong>de</strong> peroba.. 1.' qualid.<br />
calzss a Guimarães o Ribeiro, 10 a J. P. do Sousa » » 2.<br />
Aranha.<br />
Linha ca: 13 brrricas a Costa Rocha.<br />
Massa <strong>de</strong> tomates: 12 barris a Francisco Simões<br />
Corrêa.<br />
Passos 40 caixas, 80 meias e 160 quartos a<br />
Klingelhocfcr.— Peixe : 53 barris a M. J. <strong>de</strong> Menezes,<br />
4 a Sá Passos.<br />
Sal: 125 3/5 moyos n Klingclhoefer.<br />
Vinagre: 22 pipas e 90 barris a Klingclhoefer, 10<br />
pipas a Sã Passos, 7 pipas e 15 barris a J. Affonso<br />
Guimarães. — Vinho branco: 50 décimos a Barbosa<br />
At Dine.—Vinho Unto: 8 pipas e 10 quintos a Barbosa<br />
dt Dino, 5 pipas, 50 quintos o 100 décimos a<br />
f. Machado Coelho. 3 pipos, 10 quintos e lO<strong>de</strong>clmos<br />
a Cosia Rocha.<br />
Mltttrc 11 AMIII BGtEZ — ODIN DE HAMBURGO.<br />
Ácidos: 2 caixas a Klingclhoefer.—Agua <strong>de</strong> Colônia:<br />
4 caixas a M. Kizitaf. —Agua mineral: S0<br />
caixas a Ren<strong>de</strong>r, 30 a J. F. T. Dou te 1, 20 a Oito<br />
Kochlcr.— Azeile doce: 1 caixa a Kerstcin.<br />
Brinquedos: 3 caixas a Kerstcin, 1 a J. A. <strong>de</strong><br />
Mattos.<br />
Cabos: 20 peças a Kerstcin.—Cartas <strong>de</strong> jogar: 1<br />
caixa a Filipono.— Carvão: 40 toneladas a Kerstcin.<br />
—Cerveja : 260 caixas a Kcrslein, 50 a Maciel &<br />
Costa. «-—Cevada preparada: 10 barricas a Michel.<br />
—Charutos: 2 caixas a Heyn, 2 a J. Jacintho Montes,<br />
2 a B. Lejeune, 1 a Ren<strong>de</strong>r, 1 a Wille. — Cimento:<br />
25 barricai e Kcrsteiu.— Cooscrvas: 1 caixa a F.<br />
Schtmidt.<br />
Drogas 11 volumes a Khingclhocfer, 1 a Felipone,<br />
I a Kerstcin.<br />
Espelhos: 2 caixas a A. <strong>de</strong> Souza Neves.<br />
Farello: 206 sacos a Kerstcin.— Fazendas <strong>de</strong><br />
algodão: 9. volumes a Luiz, 8 a Hanscnclever, 5<br />
a Tnrom, 5 a Bebrcod, 3 a D. Hubcr, 2 a Wille.<br />
— Fazendas <strong>de</strong> lia: 7 volumes a Lutz, 9 a Hascnclever,<br />
6 a Le-Cocq dt Oliveira, 2 a Bebrend, 1 a<br />
B. Lejeune, 1 a Ivcrnois, i a or<strong>de</strong>m.— Fazendas<br />
<strong>de</strong> Unho: 8 volumes a D. Huber, 3 a Wille.—<br />
Filtradores: 1 caixa a Le-Cocq dt Oliveira.<br />
Garrafas vazias: 143 cestos a Kerstcin.— Genebra<br />
: 1000 gamtôce a Kerstcin.<br />
Livros : 1 caixa a Hascnclever.<br />
Manteiga: 3 caixas a Tamm.—Meias <strong>de</strong> algodão:<br />
II caixas a Wille, 3 a Le-Cocq o Oliveira.<br />
Objectos <strong>de</strong> armarinho: 9 volumes a Kerstein,<br />
5 a M. Kizítaf, 4 a W. Sibeth, 3 a Ren<strong>de</strong>r, 2<br />
a J. A. dc Mattos, 1 a Heyn, 1 a Umlauf, 1 a<br />
Wahucau, 1 a Moreira Abreu, 1 a Or<strong>de</strong>m.— Objectos<br />
diversos: 1 caixa a Wille.<br />
Papcllio: 17 fardos a Antônio Gonçalves.—Peixe:<br />
2 barris n Oito Koekler.—Pelles preparadas: 1 caixa<br />
a M. Kizitaf.—Perramarias: 2 caixas a Rchdcr.—<br />
Presuntos: 310 a Kerstcin.<br />
Sabão: 1 caixa a Umlauf.<br />
Taboado: 8 4/12 dúzias a Kerstcin, 2 4/12 dúzias<br />
a Bobe.<br />
Vidros: 2 caixas a A. <strong>de</strong> Souza Neves.—Vin ho<br />
11 barris a Otto Kochlcr.<br />
BBTGUE DIXAMARQDEZ — MARIA AUGUSTA — DE<br />
COPEM! AGUE.<br />
Taboado: 328 1/2 dúzias a E. Johnston.<br />
a dita...,<br />
• <strong>de</strong> Gonç. Alves l. a 149000 »<br />
89000 »<br />
8O9OOO Dúzia.<br />
509000 »<br />
1009000 »<br />
8O9OOO »<br />
1009000 »<br />
809000 »<br />
qualid.. IOO9OOO »<br />
2.* dita 659000 »<br />
» <strong>de</strong> guerabú.. 1.* qualid 509000 »<br />
• » 2; dita.... 369O0O<br />
» <strong>de</strong> jacarandá, 1." qualid.. 4OÒã000<br />
» j» 2.» dita ... 2509000 »<br />
» » 3.* dila. . 10U9000 »<br />
» <strong>de</strong> oleo 1.* qualid 60*000 »<br />
» » 2.» dila..., 40-000 »<br />
» <strong>de</strong> piquiá ... 1." qualid 100*000 »<br />
2.» dita .. 509000 »<br />
» <strong>de</strong> vinhalico.. 1.* qualid, 80^000 »<br />
» »j 2.* dita.. 509000 »<br />
Couros <strong>de</strong> boi .1 , 9260 Libra.<br />
» <strong>de</strong> cavallo...............,<br />
» <strong>de</strong> refugo<br />
9260 »<br />
» salgados 89OOO 9259 U-<br />
Crysiacs cm bruto 159000 Arroba<br />
Diamantes em bruto 500*000 Oiiava.<br />
» cortados e lapidados.... 7009000 »<br />
Doces seccos ou em calda c cryslalisada.<br />
9800 Libra.<br />
» em calda<br />
9600 »<br />
» cm massa ou cm gcléá.... 9320 »<br />
» <strong>de</strong> qualquer outro modo preparados.<br />
1600 »<br />
Esteiras para forro ou estiva <strong>de</strong> navios<br />
129000 Cento.<br />
Farinha <strong>de</strong> mandioca............ 9733 Arroba.<br />
» <strong>de</strong> milho..<br />
29000 »<br />
Favas <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong>. 19500 »<br />
Feijão <strong>de</strong> qualquer qualida<strong>de</strong> 19250 »<br />
Frecbses <strong>de</strong> 20 palmos <strong>de</strong> comprimento<br />
89000 Um.<br />
» <strong>de</strong> mais dc 20 até 30 i<strong>de</strong>m. 109000 »<br />
» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 até 40 i<strong>de</strong>m. 149000 »<br />
• <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40 até 60 i<strong>de</strong>m. 189OOO )><br />
» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> SO até 60 i<strong>de</strong>m. 289000 »<br />
» <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 60 i<strong>de</strong>m 4O9O00<br />
Fumo em folha bom I89OOO Arroba.<br />
» » » ordinário ou restolho<br />
89500 ».<br />
•* » rolo bom , 7950O »<br />
» » « ordinário ou restolho...<br />
39000 »<br />
Gado asiníno ,. 1009O00 Por cab.<br />
» caprino 89000 » »<br />
» avaliar... 1009000 »<br />
» lanigero 129000 »<br />
» muar 1509000 Por cab.<br />
» vacam.... 1009000 »<br />
Guaraná 19200 Libra.<br />
Goiabada cm tijolos 89000 Arroba.<br />
Ipecacuanba ou poaia(raiz)....... 29000 Libra.<br />
Li em brnto ./ 59000 Arroba.<br />
» preparada ou beneficiada, cardada<br />
on tinta ..-....* 89000 »<br />
Lenho 29009 C. achas.<br />
Língua <strong>de</strong> vacca secea ou salgada, 39200 Arroba,<br />
licores communs ou doces........ 9800 Canada.<br />
Lombo <strong>de</strong> porco salgado ou era salmoura<br />
' IO9OOO Arroba.<br />
Mantas ou cobertores ordinários <strong>de</strong><br />
algodão 29000 Um.<br />
Mate on berra mate....... 39000 Arroba.<br />
Md <strong>de</strong> abelhas 9200 Libra.<br />
ou melacb 9060 »<br />
Milho 19150 Arroba.<br />
Nervos <strong>de</strong> qualquer animal<br />
Oleo <strong>de</strong> mamona ou ricino impuro..<br />
» » puro ou<br />
expresso<br />
29000 »<br />
9360 Libra.<br />
9480 »<br />
ENTRADAS POR CABOTAGEM BO DIA 10.<br />
Gêneros nacionaes<br />
Aguar<strong>de</strong>nte: 2 pipas.—Arroz: 30 sacos.—Café:<br />
1.261 sacos. —Feijão: 84 sacos. —Ma<strong>de</strong>ira: 40 dú<br />
Opio<strong>de</strong>ldock<br />
Orchata<br />
Ossos <strong>de</strong> boi ou <strong>de</strong> qualquer outros<br />
animaes<br />
Ouro em bruto, ou em barra ....<br />
9120 Onça.<br />
9800 Libra.<br />
19000 Arroba.<br />
39960 Oiiava.<br />
zias. —Milho: 728 sacos.<br />
em pó ou mina<br />
Pios <strong>de</strong> prumo <strong>de</strong> lei*.<br />
vermelhos<br />
39600 »<br />
309000 Dúzia.<br />
209000 »<br />
PAUTA SEMANAL.<br />
Parreira brava ou abutua (raiz)... 9070 Libra.<br />
DE 12 k 17 DE JANEIRO os <strong>1863</strong>.<br />
Pelles <strong>de</strong> cabra<br />
<strong>de</strong> carneiro<br />
9600<br />
9600<br />
»<br />
»<br />
A guar<strong>de</strong>nte dc canua 9420 Canada.<br />
» • distillada 9480 »<br />
» » ou cachaça«... 9280 »<br />
Algodão em caroço 39500 Arroba<br />
» cm Ho 9740 Libra.<br />
» em pasla. cordaão ou em folhas<br />
gommadas 109000 Arroba.<br />
» em rama on cm lã 109900 , ».<br />
» cm tecidos brancos......i-y* 9400 Vara.<br />
n » ou riscados... 9480 »<br />
<strong>de</strong> onça ou tigre 49000 »<br />
Pernas <strong>de</strong> machado 240000 Dúzia.<br />
<strong>de</strong> serra e outras 249000 Dúzia.<br />
Polvilho ; 9200 Libra.<br />
0 on gomma ordinária..... 9050 Libra.<br />
Pólvora 9500 Libra.<br />
Pontas ou chifres <strong>de</strong> vacca 49000 Cento.<br />
» » <strong>de</strong> novilho. 149000 »<br />
Pranchões <strong>de</strong> arariba. L a SAOIDAS BO DIA 10.<br />
| Portos do Norte — Paquete a Vapor Apa, comm.<br />
Alcophorudo; passags. os já publicados hontem<br />
nas folhas diárias.<br />
Pernambuco — Brig. port. Noto Progresso, 261<br />
tons., m. Joaquim José dos Reis, equip. 8.<br />
Em lastro <strong>de</strong> pedra.<br />
Paranaguá—Barca arg. Anna, 405 tons., m. Joaquim<br />
Xavier Neves, equip.' 11: c. sul, passag.<br />
João Alves Ma<strong>de</strong>ira;<br />
Rio do S. Francisco do Sul — Pat. Martins Primeiro,<br />
96 tons., m. Emigdio Silveira do Miranda<br />
e Oliveira, equip. 7: c. vários genorns.<br />
Santa Catharina— Sum. Carolina, 85 tons., m.<br />
Thomaz Xavier dc Souza, equip. 7: c. sal<br />
ncros.<br />
oge-<br />
— Hiatc Paquete Borges, 86 tons., m. Domingos<br />
Lázaro Barros, equip. 7: cm lastro <strong>de</strong> sal* ; passug.<br />
o Portuguez Frucluoso Ribeiro.<br />
Ubaluba — Vap. PurahgUn, 104 tons., m. J. G.<br />
do Freitas, equip. 13 : c. vários gêneros ; passags.<br />
Joaquim Coelho Guimarães, o português Antônio<br />
José .Pereira Braga, o italiano Diogo Massardo.<br />
Rio dc S. Joio — Pat. íephim, 101 ton*., m. Antônio<br />
Ribeiro Dias, equip. 7: c. vários gêneros;<br />
passags. Manoel Marques Pinto; os Portuguezes<br />
Fronciscisco José do Andra<strong>de</strong>, sita mulher o 2<br />
filhos menores, o 2 escravos a entregar. <<br />
Villa do Santa Cruz —Esc.. Completa, 41 tons.,<br />
m. Hermonegtldo Antônio da Costa, equip. 6.<br />
Em lastro <strong>de</strong> pedra.<br />
EBTBAOAS NO DIA 10.<br />
Monlevidéo — 20 ds., Barca bras. Fraternida<strong>de</strong>,<br />
322 tons., m. Manoel Gonçalves dc Oliveira,<br />
equip. 10: c. carne a Souza & Sobrinho; passag.<br />
o Portuguez Joio Teixeira Fale.<br />
Rio Grando — 10 ds., brig. imperatriz Theresa,<br />
200 tons., m. Francisco Ribeiro Chaves, equip.<br />
f I: e. farinha e milho a Militão Máximo <strong>de</strong> Souza;<br />
passags. • João Evangelista <strong>de</strong> Limo e Guilherme<br />
Augusto Dias.<br />
— 10 ds.. Brigue 8. Manoel, 178 tons., m. João<br />
José <strong>de</strong> Mattos Porto, equip. 11; c. voriosgêneros<br />
á Porto Irmão dt Comp.: passag. 1 escravo<br />
a entregar.<br />
— Santa Catharina 5 ds., c 6 hs. (do ultimo 2 ds ,<br />
c 2 hs.) Paquete a Vapor Brasil, Comm. o 1."<br />
Tenente F. M. Alvares <strong>de</strong> Araújo; passags. Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis Pereira da Rocha, o sua familia ;><br />
Padre Antônio da Costa Guiu-arãcs,. Rcrnardino<br />
José Borges o sua familia; Dr. Xavier da Silva<br />
Braga, Alexandre Satameno Filho, Joaquim Vi-;<br />
cento Maleval, Antônio Gonçalves do Valle, D.,<br />
Catharina Francisca <strong>de</strong> Mello Carvalho, e 1 criado<br />
; Carlos Xavier Garcia do Almeida, Christovão<br />
Nunes Pires, Antônio da Rocha Miranda, ns Ca<strong>de</strong>tes<br />
Jovila Duarte Silva, c Leopoldo da Silva o'<br />
Almeida; 1 ex-praça e 2 recrutas paro a Marinha<br />
; es Portuguezes Manoel José Pereira <strong>de</strong><br />
Castro, Manoel Domingos Paços, Antônio Nicoláo<br />
<strong>de</strong> Araújo Noves, os Francezcs D. Amcnia Gorolina<br />
Anorelle, e 1 filho menor e 1 criada; P.<br />
Constunt, J. Levy, c 1 irmão ; o Inglez José Henriquo<br />
Dart, e 3 escravos o entregar.<br />
Rio <strong>de</strong> S. Francisco do Sul— 7 ds., Hiote Subtil,<br />
133 tons., m. Vicente da Silva Santos, equip 6:<br />
c. farinha c ma<strong>de</strong>ira à Pinto dt Por lei Ia; passags.<br />
a Hespanhola Josefu Celestina Puisscgne e 1 preto<br />
forro.<br />
Santa Catharina c intermédio—10 ds., (12 hs. do<br />
ultimo) Paq. a Vapor Imperador, Comm. J. A.<br />
S. Maciel, passags Major José .Mortini n sua familia<br />
; Padre Luiz Nogeira, Dr. Miguel Cerque ira<br />
Lima, Christovão Souza Martins, Joaquim Silverto<br />
<strong>de</strong> Santa Anna , Haymundo Alves Teixeira<br />
sua mulher c f filho; e 2 escravos ã entregar.<br />
Laguna—8 ds., Hiatc Bezerra, 53 tons., m. Bento<br />
Francisco Bezerra, equip. & : c. farinha e gêneros<br />
a José da Rocha e Souza.<br />
Jerumirim por Angra—16 hs., vapor Paquete <strong>de</strong> Jerumirim,<br />
84 tons., in. E. J. Alves, equip. 14:<br />
c. café a Luiz Tavares Guerra; passags. D. Roselína<br />
Olímpia da Luz, Francisco Augusto Luiz,<br />
Fre<strong>de</strong>rico José Figueira, José Lopes da Silva e sua<br />
familia. Ar lindo Barbosa Guimarães, José Francisco<br />
da Silva Marques; os Portuguezes José da<br />
Silva e Oliveira, Joaquim: Augusto da Fonseca o<br />
Franco; o Franecz E. P. Oudin e 1 escravo a<br />
entregar. ,<br />
Guaratuba—17 hs., Brig. Progresso Feliz, 137 tons.,<br />
m. Antônio Gonçalves Vianna, equip. 12: c. ma<strong>de</strong>ira<br />
a Peixoto dr Portclla; passags. Manoel<br />
Leocadio da Costa, e Alexandre José <strong>de</strong> Mirando<br />
e 1 criado.<br />
NOTICIAS MARÍTIMAS.<br />
Navios sabidos do Rio <strong>de</strong> Janeiro e que<br />
ao Rio Gran<strong>de</strong><br />
chegarão<br />
25 dc Dezembro — Pat. Zargo.<br />
26 » — » A pol lo.<br />
28 » — » Improviso.<br />
30 » — Brig. Ligeiro.<br />
qualida<strong>de</strong>. 1209000 Dúzia.<br />
>, 2.» dita 809000 »<br />
Navios sabidos do Rio Gran<strong>de</strong> com <strong>de</strong>stino ao<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
19 dt Dezembro — Brig.SmnpafAia.<br />
30 » — » 5. Manoel.<br />
30 y> — » Imperatriz Tkereza.<br />
30 » —Pat. Dhalia.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typoçraphia Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />
Roa da Guarda Velha junto á Secretaria do Império.
CORTE.<br />
DIÁRIO OFFICIAL<br />
POR ANNO 42&000<br />
POR SEIS 'MEZES.. . 6&000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL.<br />
POR TRRS MEZES. . 3#>0Ò0<br />
PROVÍNCIAS,'<br />
PCR ANNO....:.>y 16#5ÜOO<br />
PCR SEIS HPzâsl.V5;
<strong>de</strong> satisfação rompida para nós, a não ser a morto um inimigo qne não tem marinha absolutamente e senso ao arrastamento das paixões que tem revol<br />
do talento o virtuoso soldado qoe tonto cnnobrcceu<br />
para a eligibilida<strong>de</strong> (6). Des<strong>de</strong> que so toca na le<br />
por conseqüência lodosas frotas são boas para a luta. vido a Europa; via-se um Parlamento, quasi so<br />
o nome da sua pátria. Porém a dôr que a todos a litígislação<br />
<strong>de</strong>sta terra clássica da liberda<strong>de</strong> e da igual<br />
Uma esquadra que mereceria verda<strong>de</strong>iramente o<br />
gio, quando constou esta perda funesta, não <strong>de</strong>svaberano<br />
, governar e administrar a Inglaterra a seu da<strong>de</strong> não se eneontrão senão privilégios, oxcepções<br />
nome dc esquadra <strong>de</strong> guerra teria zombado <strong>de</strong>sta<br />
neceu a esperança nem abateu o esforçado impulso<br />
geito, sem nunca, todavia, atacar, nem levemente; o restricções.<br />
reunião <strong>de</strong> navios improvisados, mas na <strong>de</strong>ficiência<br />
da nação, como o prova o as numerosas legiões que<br />
o prestigio da coroe, elevar hoje os tories ao po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> uma esquadra qualquer a gente do Sul tem sido<br />
das terras mais longínquas vem reunir-se ás tropas<br />
para os substituir amanha pelos xehiys, indo perpe- Nada vos direi das formalida<strong>de</strong>s do poli (escrutínio)<br />
obrigada a soflrer cem resistência o bloqueio <strong>de</strong> seus<br />
do centro, c <strong>de</strong>rramar como cilas o seu sangue cm<br />
tuamente do um extremo a outro sem agitação peri (7), apezar <strong>de</strong> sua e.xentricida<strong>de</strong>; não estabelecerei<br />
portos.<br />
<strong>de</strong>fesa da sua generosa pátria.<br />
gosa , sem perturbações, c sem motins; e só vos nhenhum paralello entro a nossa maneira dc fazer<br />
A questão entretanto tem um outro ponto <strong>de</strong> julgando superficialmente, não pesando nem a diffe<br />
« Dentro em pouco, com as forças que <strong>de</strong>vem che<br />
as leis o os vossos procedimentos legislativos. Talvez<br />
vista; é que não per<strong>de</strong>ndo tempo em transformar rença dc nossos costumes, nem a dos nossos hábitos<br />
gar do interior e com as que se organisárão n'esta<br />
acheis já longa esta digressão. Mas, pergunto-vos<br />
em uma frota os navios que encontra, os Estados e dos nossos caracteres, acreditava-se <strong>de</strong> boa fé, ou<br />
capital e seus subúrbios, augmentaremos o nosso<br />
eu, será a constituição eleitoral anterior a 1832,<br />
Unidos não tem perdido <strong>de</strong> vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fingiu-se acreditar, que o que existia ahi podia exis<br />
exercito e po<strong>de</strong>remos oppor ao inimigo uma resistên<br />
que nos apresentarão para mo<strong>de</strong>lo? Será a que existe<br />
obterem forças mais reaes. Seus construetores tem<br />
cia vigorosa.<br />
tir aqui. Na época mesmo em que as nossas institui hoje, que tantas vezes c tão eloqüentemente, ten<strong>de</strong>s<br />
admitüdo sem resistência os novas theorias da Euções políticas, <strong>de</strong>buxadas das vossas, <strong>de</strong>vessem tirar<br />
a As nossas tropas achâo-se animadas do melhor<br />
combatido, c que os seus próprios autores espesinhãõ<br />
ropa sobre a construcção dos navios encouraçados, e a todo o pretexto á critica, aebar-se-hie ainda quo não<br />
espirito. A revolução <strong>de</strong> 4 annos e os combates com<br />
com tanta razão ? ou será a nova reforma que em<br />
repartição da marinha or<strong>de</strong>nou a promptificaçãodo entraríamos completamente no vosso sulco.—Sabeis<br />
o inimigo estorno tem tornado tao geral o valor<br />
vão foi reclamada por Lord John llusscll o que foi<br />
numerosos navios dos novos mo<strong>de</strong>los.<br />
melhor do quo nós quanto as apparencias liberaes<br />
no nosso exercito qne apenas se dispensão elogios<br />
repeilida por uns como multo radical, c por outros<br />
Neste momento os Americanos do Norte nio tem do vosso governo são enganadoras: vós que passais<br />
aos sues mais brilhantes rasgos <strong>de</strong> valor. A abne<br />
como insuficiente?<br />
menos dc 85 i 30 <strong>de</strong>stes navios no mar e mais <strong>de</strong> por um radical, <strong>de</strong>claro reis certamente o vosso ragação<br />
e perseverança dos nossos soldados são incom-<br />
Desgraçadamente tudo se dá na vossa organisação<br />
37 nos estaleiros. Entretanto em França como na dicalismo salisfcito so a igualda<strong>de</strong> dos direitos for,<br />
pafuvefs subsistindo como sempre umagran<strong>de</strong>ercef-<br />
política: respeito á realeza c omni potência do Par<br />
Inglaterra não sc acredita que neste total respei em matéria eleitoral, tio respeitada ssctualmente na<br />
iroca confiança entre os soldados e seus chefes,<br />
lamento ; licença da imprensa o submissão ás Leis;<br />
tável haja mo<strong>de</strong>lo que se possa comparar com os Inglaterra como o fóra sempre um França.<br />
Eblindo a estas circumstancias a distancia que aos se*<br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s dos direitos eleitoracs e privilégios aris<br />
po<strong>de</strong>rosas machínas dc guerra que fazem a admi<br />
para do Império Francês e os perigos que ameacão<br />
tocráticos ; liberda<strong>de</strong> illlmitada do commercio e da<br />
ração dos nossos mares da Europa. A mesma ne Deixo aqui <strong>de</strong> parte a questão especial do suf-<br />
industria, e monopólios das corporações; cahos da<br />
pTturltar a par da Europa, comprehcn<strong>de</strong>rcmos cessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> andar <strong>de</strong>pressa tem pesado sobre os frsgio universal: mas quando examino, no ponto<br />
justiça c simplicida<strong>de</strong> primitiva das rodas a d mini.s-<br />
que a nossa situação, sondo aliás crave, offercce construetores americanos e os tem impedido <strong>de</strong> tocar do vista eleitoral, os dístineções quo separão na I<br />
tractivas. E' a mistura <strong>de</strong>ssas boas e dVssas más<br />
grenâe probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eo tornar vantajosa para á perfeição á custa da promptidão. Conhecem-se Inglaterra os cidadãos, pagando o mesmo censo,<br />
cousas o que constituo tanto a forç» como u fra<br />
o republica.<br />
perfeilamento as condições exigidas para a cons achando-se em condições do capacida<strong>de</strong> idênticas, queza do vosso governo; é a tradição do todos esses<br />
X nao faço esto juizo porque <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong> tomar em trucção <strong>de</strong>stes navios exccpcionacs, o quando os e que <strong>de</strong>veiüo ser logicamente tratadas como o abusos, e a soa consagração pelo tempo e por um<br />
consi<strong>de</strong>ração as enormes diflVu Ida<strong>de</strong>s que todos os documentos' ofllciaes nos dizem que navios <strong>de</strong>sta forão sempre cm França, isto c, n'um pé da mais constante uso que os faz indistintamente respeitar pelo<br />
dias te oppõem i marcha do governo, assim come or<strong>de</strong>m forão construídos e lançados ao mar em completa Igualda<strong>de</strong>; quando vejo a differença quo povo,. c, eu vol-o disso ao começar esstas cartas,<br />
a pobreza do paiz, a ma «ttíuaçao dos nossas fi alguns mezes ao preço do 80.000 libras sterlinas, se mantém entro os direitos respectivos dos tres no dia em qu levantardos com resolução a mão sonanças<br />
e todos ns elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, bem é fácil do avaliar a qualida<strong>de</strong> dos navios sem velas. reinos que constituem as ilhas Britannicus; quando bre um d'elles, n'esse dia, o prestigio que protege<br />
romo a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, que o estado <strong>de</strong> guerra veio Apesar <strong>de</strong>stas reservas a crcaçio da esquadra fe provo o que se passou ate 1832 e o que sc passa o vosso edificio social, <strong>de</strong>sapparecendo, tudo po<strong>de</strong>rá<br />
naturalmente introduzir nos díffcrentes ramos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ral po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como bem notável. ainda hoje, confesso quo fico estupefacto pela in <strong>de</strong>sapparecer cora cllc.<br />
administração. Isto • sem duvida grave, mas por E' um facto consi<strong>de</strong>rável ver um governo que não genuida<strong>de</strong> ou má fé <strong>de</strong>sses partidários, a todo o preço,<br />
uma parte a <strong>de</strong>cisão do povo mexicano em repellir linha ha um certo numero <strong>de</strong> mezes, senão 40 na do regimen inglez, e não posso resistir ao <strong>de</strong>sejo Cesse-sc pois dc apresentar-nos a Inglaterra como<br />
as sons injustos invasores, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>teres perante vios sob o seu pavilhão, apresentar om cruzeiro 51 <strong>de</strong> lembrar-vos as estranhas anomalias do vosso o exemplo do perfeição. Não <strong>de</strong>veis mais ser nó.*,.,<br />
saerilloio olgum; e por outra o que já temos feito navios ao Sul do Atlântico o 43 ao Norte do me-mio direito político.<br />
assim como nio po<strong>de</strong>mos ser vós. Fiquemos com<br />
<strong>de</strong>ve inspirar-nos constância e brio, ainda que<br />
os nossos (nstinetos, os nossos gostos, os nossos<br />
oceano. Possue uma outra esquadra <strong>de</strong> 57 navios<br />
ninguém acreditasse quo nossa longa campanha ti<br />
Antes da reforma <strong>de</strong> 1832, os fra nc-a r renda la rios hábitos, o as nossas necessida<strong>de</strong>s: a liberda<strong>de</strong> tal<br />
a OEste. do golfo, e uma <strong>de</strong> 21 navios a Este.<br />
véssemos evitado <strong>de</strong>spozas auiltadlssimas <strong>de</strong> pes**<br />
[frcc-hol<strong>de</strong>rs), que rocebião originariameule a sua como a comprehen<strong>de</strong>is, diz-nos respeito monos do que<br />
Demais existe uma flolilha sobre o Potomac contando<br />
sonl e material dc guerra.<br />
investidora do rei <strong>de</strong> Inglaterra, tinlião o direito dc a Igualda<strong>de</strong>; c vós vos Inquietais mediocrcmenlo<br />
24 navios e uma outra sobro o Mississípi compro-<br />
votar nas eleições dos condados, com exclusão dos<br />
« Em presença <strong>de</strong> dados públicos mui apreciá<br />
com a igualda<strong>de</strong> uma vez que tenhais liberda<strong>de</strong>.<br />
hen<strong>de</strong>ndo 29.<br />
outros proprietários, qualquer que fosse a importânveis<br />
o <strong>de</strong> Informações que o Governo consi<strong>de</strong>ra<br />
Guar<strong>de</strong>mos uns c outros o que nos convier.; suum<br />
A porção principal da marinha é empregada nas cia do suas possessões territoriacs. E por muito<br />
como fi<strong>de</strong>dignas, consta qne só a atlitu<strong>de</strong> tomada<br />
quique. »<br />
costas americanas ou oo Interior dos rios para o I tempo o rei escolheu arbitrariamente entre as ci<br />
pela França com relação a nós, impe<strong>de</strong> que a In proseguimento da guerra, mas as estações exteriores |<br />
(srrance.)<br />
da<strong>de</strong>s as que dcvíão enviar <strong>de</strong>putados ao Parlamento.<br />
glaterra e Hespanlia resta belcção com a republica não estão inteiramente abandonadas. A esquadra<br />
As franquezas eleitoracs, concedidas a mór das vezes<br />
as negociações feitas cm Soledad; e isto não seria tem 5 navios no Pacifico; o do Mediterrâneo conta<br />
a pequenas localida<strong>de</strong>s sujeitas ú influencia do sobe<br />
MOVA artilharia.<br />
dtfllnl estando o Governo disposto a reconhecer muito mais. Na estação das índias Orienta cs ha<br />
rano ou do algum gran<strong>de</strong> dignatario, tinhão por fim<br />
todos as reclamações qun com justiça possuo ser dous; nas índias Occidcntacs forão augmcnlados,<br />
augmentar na câmara dos Comm uns o numero do<br />
Do Jornal do Commercio dc Lisboa cxlrahimos<br />
feitas i republica. So fosso necessária só esta dis hoje ha G. Tres <strong>de</strong>stes navios constituem a pequena<br />
o seguinte artigo:<br />
posição para que o Imperador dos Francezes viesse esquadra sob o commando do commodore Wilkes,<br />
votos infeudados ã coroa. Old Sarara, quo so achava<br />
a nm accordo pacifico, por certo não teria reben em Bermuda, e conhecemos suas dimensões e ar<br />
composta <strong>de</strong> uma ei familia <strong>de</strong> eleitores, nomeava « Tem chamado tanto a atlenção da Europa a<br />
tado a guerra actual. Porem no dia <strong>de</strong> hoje ninmamento. dous <strong>de</strong>putados (2). Essas cida<strong>de</strong>s, das quaes u m<br />
questão dos navios encouraçados, e dos melhoraguém<br />
ignora as verda<strong>de</strong>iras intenções do Imperador.<br />
pequeno numero <strong>de</strong> pessoas sujeitas á <strong>de</strong>pendência mentos introduzidos na artilharia, que julgamos <strong>de</strong><br />
O Wochuselt com o pavilhão do commodore, é<br />
As <strong>de</strong>clarações do General Forcy rasgarão o véo<br />
do um único proprietário, forma vão o corpo eleitoral, ver referir aos nossos leitores o que sobre tão impor<br />
uma corveta ã vapor cá belice do 1.032 toneladas<br />
quanto ao respeito pela soborania do México n ao<br />
erão chamadas dose boroughs, que se traduzio por tante assumpto se lè no Times, <strong>de</strong> 14 dc Novembro.<br />
c dc 9 canhões, provavelmente do mesmo mo<strong>de</strong>lo do<br />
nobre <strong>de</strong>sinteresso com que se encarava a ambição<br />
burgos corrompidos.<br />
Tuscarom que sulcou as águas inglezes na ultima<br />
Experiências importantes em Shoeburyness.<br />
dos nossos inimigos; o o homem quo esqueceu os primavera. O Soroma o o Tioya quo acompanhão Quando Pitt propóz, em 1782, o primeiro projecto<br />
seus <strong>de</strong>veres pnra com a sua pátria, sob a protoeção nos Bermudas c são representados como canhoneiras, <strong>de</strong> reforma (3), os escândalos erão taes, não o ígno-<br />
« Uma nova e mais fruetuosa experiência <strong>de</strong> arti<br />
do inimigo estrangeiro, recebeu com a sua miselharia<br />
so efiectuou hontem em Shoeburyness, na<br />
são steamer» <strong>de</strong> rodas dc 6 genhões cada um, sendo roes, que a maior parte das cida<strong>de</strong>s tendo a livre<br />
rável queda o único e terrível castigo moral quo<br />
presença do uma numerosa e dístfncta reunião dc<br />
um dc 955 c outro <strong>de</strong> 819 toneladas. Sabe-se que disposição <strong>de</strong> seus votos, o não estando infeudados<br />
po<strong>de</strong>m pa<strong>de</strong>cer homens sem consciência.<br />
autorida<strong>de</strong>s, ofllciaes dc artilharia c outros indiví<br />
esses tres navios forão construídos nos arscnaes do cm nenhuma familia nobre, rendi&o-sc publicamenduos<br />
. Dizemos fruetuosa pelos admiráveis resultados<br />
« Proclamar, como o fazem os nossos aggrcssorcs, Estado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo da guerra.<br />
te, quer por intermédio <strong>de</strong> um club, quer pelo <strong>de</strong> um<br />
quo se obtiverão, <strong>de</strong>struindo us antigas theorias o<br />
quo não guerreio o paiz mas sim o actual governo, Uma ultima observação o fazer é que apezar da procurador [attomeyl; citou-se por muitas vezes os experiências.<br />
é repetir n vã <strong>de</strong>claração do quantos empreben<strong>de</strong>m atlenção que elles leein dado á construcção dos borough tnongers [mercadores <strong>de</strong> burgos), que dis-<br />
uma guerra offcnsiva e altentoria; e, por outra navios encouraçados tem-se construído igualmente punhao <strong>de</strong> doze assentos no Parlamento. Etn 1795,<br />
• Para bem sc avaliar o importância dos resultados<br />
parte, bom claro está que se ultraja um povo quando um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> navios <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Gatting fóra vendida por 110,000 libras esterlinas<br />
obtidos, <strong>de</strong>ve-se notar qUe os alvos forão construídos<br />
se ataca o po<strong>de</strong>r quo elle mesmo elevou e quer Os fe<strong>de</strong>raes preten<strong>de</strong>m quo clles tem no mar a (2.750,000 fr.), e a primeira eleição cabalada em<br />
da mesma grossura c resistência quo us amurodns<br />
sustentar; Hecorrer ao voto do paiz, sendo elle esquadra eocouraçada mais numerosa que existe Hull, em 1818, porSir James Granam, bem que não<br />
das fragatas encouraçados, os quaes nio tinlião alô<br />
consultado pelos nossos inimigos, não é mais do no mundo; se se consi<strong>de</strong>ra navio encouraçado ca vencesse, custou-lhe 14,000 libras, (350,000 francos).<br />
então sido penetradas, excepto nas ultimas experi<br />
que um sarcasmo, indigno <strong>de</strong> ser tomado em connhoneiras cobertas em parte somente, aquella as- Nas campanhas, não era somente da corrupção quo<br />
ências comas peças dc Mr. Whitworth e com o;<br />
si<strong>de</strong>ração. Em ultima anal)se, a resolução dc não serção é sustentável.<br />
se laslimavão, mas do abuso das influencias lo<br />
projectis <strong>de</strong> frente plana. Um concentrado o vivo<br />
tratar com o governo legitimo, <strong>de</strong> facto e <strong>de</strong> di Um outro facto notável é que clles não tem procaes.<br />
fogo das peças do Armstrong, ou mais <strong>de</strong>struído ra<br />
reito, 6 a <strong>de</strong>claração dc guerra contra o direito das<br />
bala massiça lançada por o antiga peca liso <strong>de</strong> 68.<br />
curado para mo<strong>de</strong>lo nenhum navio <strong>de</strong> linha. Em toda<br />
gentes, porque fecha todas as portas á satisfações<br />
Des<strong>de</strong> a reforma eleitoral, todo o proprietário eonseguio entortar o quebrar algumas chapas, mas<br />
a sua esquadra não ha navio maior do q ue fragatas <strong>de</strong><br />
convencionaes.<br />
territorial da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinte e um annos, tendo nunca a travessa!-as, nem causar-lhes tanto darano<br />
48 peças da classe do Minnesota e apenas ha dous<br />
nos condados uma renda liquida dc <strong>de</strong>z libras es que pozesso em perigo a força ou segurança <strong>de</strong> uma<br />
« Sc cu fosse simplesmente um particular, ou sc do taes dimensões. A massa das forças consiste em<br />
terlinas (250 francos), é eleitor; nas cida<strong>de</strong>s, qualquer fragata navegando.<br />
o po<strong>de</strong>r que exerço fosso o resultado do alguma re chalupas, çorvetas c canhoneiras, cuja gran<strong>de</strong> maioria<br />
quo oecupar, quer como proprietário, quer como<br />
volta vergonhosa, como tantas vezes suecedia antes<br />
« Na sua primeira e recente experiência, Mr.<br />
nao comporta mais dc 10 peças. Essas peças, en<br />
locatário, uma casa <strong>de</strong> um rendimento liquido <strong>de</strong> Whitworth, com admiração geral, conseguiu, cota<br />
da nação sustentar o seu legitimo governo, então | tretanto são dc mui forte calibre e posto que o sys<br />
<strong>de</strong>z libras, pódc igualmente tomar parte nas eleições um dos seus projectis do frente plana, atravessar<br />
não hesitaria cm sacrificara minha posição, se assim tema Dahfgreen não seja muito seguido daquelle<br />
da , câmara dos communs, uma vez quo uns o completamente um <strong>de</strong>sses alvos, a distancia do 300<br />
evitasse a guerra no meu paiz. Como porém a au lado do Atlântico, casos peças parecem mui formidá<br />
outros sc tenhão feito.inscrever na lista eleitoral (4). lerdas.<br />
torida<strong>de</strong> não è meu patrimônio, mas sim um <strong>de</strong>poveis. Para dar uma idéa <strong>de</strong>sses armamentos, uma cor<br />
Emfim, para ser elcgivcl, é preciso ter vinte e<br />
sito que a noção me conferia mui especialmente para<br />
Na segunda experiência, que foi feita ha seis seveta<br />
dc 1.100 toneladas, por exemplo, levaria dous<br />
um annos e Justificar uma ronda dc 600 libras<br />
sustentar a sua in<strong>de</strong>pendência e a suo honra, recebi<br />
manas, com peças <strong>de</strong> calibre 120, construídas em<br />
Obuzes Dahlgreen <strong>de</strong> 11 polegadas, um canhão<br />
esterlinas (15.000 francos), quando se traia <strong>de</strong> ser<br />
e conservarei esto <strong>de</strong>posito omquanto assim o <strong>de</strong>ter<br />
Woolwicg, pelo processo dc sir William Armstrong,<br />
raiado dc 2*, e uma caronada <strong>de</strong> 32 sobre o tom-<br />
eleito por nm condado, e <strong>de</strong> 300 libras aumente<br />
minar a nosso lei fundamental, e não o porei nunca<br />
isto é dc naneis <strong>de</strong> ferro cal<strong>de</strong>ado c comprimidos<br />
badilho<br />
nos burgos.<br />
á discripção do inimigo estrangeiro, preferindo antes<br />
pelo abaixamento <strong>de</strong> temperatura, o raiada pelo<br />
Monileur.<br />
sustentar contra elle a guerra, que toda a nação<br />
principio <strong>de</strong> Whitworth, o carregando pela bocea.<br />
Seessa regra scapplicasse indistinetamente a todos<br />
aceitou, até o Obrigar a reconhecer o justiça <strong>de</strong> nossa<br />
nio só cxpcllio uma bala massiça, quo penetrou<br />
os cidadãos e nos tres reinos, o progresso serie in<br />
cansa. Porém evi<strong>de</strong>ntemente não po<strong>de</strong>ria o governo<br />
_m uma couraça Warrior, d distancia <strong>de</strong> 400 jardas, -<br />
contestável, e ser-sehla menos feliz em reclamar,<br />
cumprir os árduos <strong>de</strong>vores que esta situação extraor<br />
VARIEDADES.<br />
mas tombem uma bomba qne rebentou <strong>de</strong>ntro das<br />
como se faz boje <strong>de</strong> todos os lados, uma nova refordinária<br />
lhe impõe a não ser o po<strong>de</strong>r que até agora<br />
chapas da couraça incendiou a ma<strong>de</strong>ira, forro das<br />
ma. Porém nos condados, não falio ainda senão<br />
tem exercido por autorísação do congresso. Breve<br />
chapas. A penetração das bombas foi .muito justa<br />
França e Inglaterra.<br />
da Inglaterra, noa condados os franc-arrendalarios<br />
mente vos serão apresentados os documentos relatimente<br />
consi<strong>de</strong>rada, como um resultado admirável.<br />
hereditários ou por uma só vida, quaesquer que<br />
vos a esta grave questão.<br />
SUAS INSTfTtIÇÕES POLÍTICAS.<br />
sejão as suas rendas, continuão a gozar do bene<br />
O primeiro e mais importante fim do todas as cou<br />
a Pouco posso dizer acerca dos ramos da admi O honrado Mr. La tou r du Mouliu, <strong>de</strong>putado a ficio da antigo legislação, o os direitos dos donos<br />
raças é Impedir que entrem bombas nas baterias do<br />
nistração, estranhos i fazenda e guerra. Presta- assembléa legislativa, publicou, ha cerca <strong>de</strong> dous <strong>de</strong> herdadas rcsullão tanto do preço, como da du<br />
navio; uma baila massiça prejudica, entrando nelIas,<br />
se-lhes a atlenção possivel na situação que atra annos, um trabalho que foi com toda a Justiça falração do seu arrendamento (5); nas cida<strong>de</strong>s, os<br />
mas é quasi inoffensivo o seu efleito, comparado com<br />
vessamos ; porém é fácil do comprehendcr que, tado, e que, sob o título dc: Cartas sobre a cons membros do corpo <strong>de</strong> mecânicos ou outras corpo<br />
o que uma gran<strong>de</strong> bomba, como as que hoje se fazem,<br />
pelo natureza das cousas, o guerra é para a reputituição <strong>de</strong> 1852, continha um estado serio dos rações dos burgos o da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres (fremen<br />
produz entre os indivíduos que estão grupados, ma-.<br />
blica e para o seu governo • mais preferível das princípios sobre os quaes se basca o systema cons ou liverymen) conservio perpetuamente as sues ve- I<br />
nobrando as peças. Esto facto é tão universalmente<br />
nossas exigências, o a que <strong>de</strong>ve pren<strong>de</strong>r toda a titucional dc segundo Império, uma apreciação lhas franquezas eleitoraes; ainda mais, todos os I<br />
reconhecido, que muitas nações estrangeiras, entro<br />
atlenção o absorver todos os recursos do po<strong>de</strong>r muito imparcial o elevada dos melhoramentos <strong>de</strong> que, anteriormente a 7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, tinlião,<br />
outras o governo fe<strong>de</strong>ral, tem um grando numero <strong>de</strong><br />
fe<strong>de</strong>ral.<br />
que é susceptível, cmtim um paralello cheio <strong>de</strong> por um titulo qualquer, o direito <strong>de</strong> votar, con<br />
canhoneiras encouraçados, com couraça* <strong>de</strong> 2 1/2<br />
« Tenho a convicção dc que, cimentando-se a factos importantes entre as instituições da França servio-o temporariamente.<br />
pollegadas somente do grossura, para evitar que lhe<br />
união do congresso, e buscando ambos a regra da e as da Inglaterra.<br />
entrem bombas, sem sc importar muito com usbntas.<br />
sua condueta na dignida<strong>de</strong> e energia que a repu Duas edições, esgotadas em pouco tempo, 'pro Não voa lembrarei as numerosas reservas que «O nosso governo tem sabiamente procurado obter<br />
blica está <strong>de</strong>senvolvendo, salvaremos a sua in<strong>de</strong>varão o interesse que a opinião publica ligou a teem-se feito nas condições exigidas, em principio, os últimos limites do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fensivo, e forrou as<br />
pendência c todas as suas prerogativas, e altrahi- esta obra. Mr. La toar du Moulin publica uma<br />
fragatas com chapas do 4 1/2 polegadas dc gros<br />
remos para effa o respeito <strong>de</strong> todos os governos 'crecira edição, que apparece boje na livrasura,<br />
o que por muito tempo sc julgou e provou<br />
(t) O direita <strong>de</strong> augmcnlar ou <strong>de</strong> diminuir á vonta<strong>de</strong> o nu<br />
c as sympa liias <strong>de</strong> todos os homens amigos da ria dAmyot; mas não c mais ama brochura; é mero dos borough* fóra contestado e <strong>de</strong>acgado aos reis <strong>de</strong> ser bastante para impedir, não só a penetração das<br />
liberda<strong>de</strong>; »<br />
um livro e um livro substancial, graças ás edições Inglaterra peto Parlamento.—Cida<strong>de</strong>s antigamente consi<strong>de</strong>ra- bombas, mas também <strong>de</strong> projectis <strong>de</strong> todas os formas<br />
reis c mais tar<strong>de</strong> reduzidas a alguns habitantes, conservarão<br />
(Diário <strong>de</strong> Lisboa). numerosas que o autor tem feito, graças aos do<br />
e pesos que a artilharia, quer lisa quer raiada,.<br />
até o acto da reforma a franqueza eleitoral que nflo se es-.<br />
cumentos inéditos <strong>de</strong> que a enriqueceu, graças á ten<strong>de</strong>ra Os cida<strong>de</strong>s obscuras na origem, mas tendo adquirido<br />
podia lançar. Foi esta crença quo as experiências<br />
uma introducçào histórica dc uma gran<strong>de</strong> erudição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então uma gran<strong>de</strong> importância'.—Old Saram tinha sido Whitworth distrairão completamente, porque, tanto<br />
se<strong>de</strong> episcopal. Antes <strong>de</strong> 1882, o direito dos eleitores dos<br />
respeito das origens e do espirito gerei das Ins<br />
a baila como a bomba furarão <strong>de</strong> lado a lado as<br />
A Armada Americana.<br />
burgos <strong>de</strong>pendia inteiramente das diversas castas, costumes,<br />
tituições políticas das duos gran<strong>de</strong>s nações occi c constituições particulares a esses burgos.<br />
Em Janeiro <strong>de</strong> 1861 os Americanos tinhão 41 dcntacs. Propomo-nos a examinar esse obra com<br />
—.<br />
navios dc todas as classes cm commissão: hoje con tão a atlenção que merece. Emquanto não o fazemos, (S) O projecto <strong>de</strong> Pitt foi repellido por uma traquisiima j (6) Os filhos mais velhos dos pares e os membros das uni<br />
256 vasos <strong>de</strong> guerra em que fluciúa o pavilhão es <strong>de</strong>stacamos algumas paginas que fazem conhecer<br />
maioria; uo entretanto os acontecimentos políticos que logo versida<strong>de</strong>s, estão isemplos <strong>de</strong> toda a obrigação'<strong>de</strong> censo. Os<br />
se succedorSo no continente nflo permiltirflo mais tornar a I pares não po<strong>de</strong>m ser eleitos para a câmara dos communs,<br />
treitado. O facto, posto que <strong>de</strong>note um po<strong>de</strong>r dc um dos lados interessantes dos costumes e da cons apresentai o. A revolução <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como nem tomar parte nas etei oes <strong>de</strong>ssa câmara, esceptò os pares<br />
organisação fóra do commum, nada tem entretanto tituição britânica.<br />
a causa <strong>de</strong>terminante da reforma praticada na Inglaterra. <strong>de</strong> Irlanda que nflo Slo eleitos para a câmara dos lórds. Lord<br />
dc extraordinário quando sc consi<strong>de</strong>rão ns condi<br />
O seu recochete fez-sc sentir dé maneira a inquietar o go Palmcrston, par <strong>de</strong> Irlanda, representava na câmara dos- com- •<br />
verno <strong>de</strong> Guilherme IV. Também, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1S31, a câmara dos muns o burgo <strong>de</strong> Tivcrton, no Dcvoushirc. Sc of pares, inções<br />
que presidirão a organisação <strong>de</strong>sta armada. Ua o costume em uma certa roda, c particu comamos acolheu favoravelmente o English reform bül, que glezes nflo soo elegiveís, os membros dc sua familia prevale<br />
Os Jornaes inglezes <strong>de</strong>clarão que em condições<br />
lhe apresentara um ministério composto ad hoc por lord Grcy,<br />
larmente na classe media, <strong>de</strong> exaltar o mérito da<br />
cem-se largamente <strong>de</strong> seus direitos eleitoraes. Notou-se, ei»<br />
e do qual fazia' parte lord Palmcrston, lord Brougliara, c<br />
análogas a marinha britannica po<strong>de</strong>ria pôr um mi<br />
1854, que 145 membros das famílias do paríato tiuhfio assento<br />
constituição ingleza. Não é somente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o resta lord John nussell. Mas na câmara dos tonta, os bispos, os na câmara dos communs.<br />
lhar do cruzeiros no mar. As circumstancias tem belecimento do Império que a nossa burguesia ao pares da Irlanda, os da Escossia c os lord* logar-tencntc», (7) Aa formalida<strong>de</strong>s do poli, bem qne tenhão entre si gran<strong>de</strong>s<br />
sido o gran<strong>de</strong> movei da activida<strong>de</strong> americana. Em extasia, com confiança. a respeito das vantagens 4a<br />
que forma»Io uma maioria <strong>de</strong> tories <strong>de</strong>cidirão a rejeição, c analogias, nflo sfto absolutamente idênticas na Inglaterra, na •<br />
só foi <strong>de</strong>finitivamente i d optada a 4 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1835, sob<br />
vez du concentrarem seus esforços sobre dous ou<br />
Escossia, c na Irlanda. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> convocação -ação é v dada uaaa para pari<br />
vossa organisação política; a angloinania era do me a ameaça <strong>de</strong> uma creaeia <strong>de</strong> pares.<br />
os tres Reinos pelo lord Clumceltor, se se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r 'íi<br />
tres navios <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo aperfeiçoado e giganlhor tom no reinado <strong>de</strong> Luiz Philippe, e durante os<br />
uma eleição geral, e pelo speaker (presi<strong>de</strong>nte da câmara dos<br />
tesco como fazem as nações européas, engajarão primeiros annos da Restauração vós testes nossos<br />
communs), se se trata <strong>de</strong> uma eleição parcial. O escrutínio<br />
(4) Para ser inseripto na lista eleitoral, i preciso ter um<br />
para o serviço da marinha militar todos os que<br />
nio se abre se o numero dos candidatos nio passa v dos<br />
mestres e nossos mo<strong>de</strong>los. A razão d'essa predílecção anno <strong>de</strong> domicilio, seis mezes <strong>de</strong> residência real, e justificar a membros a eleger, e se não i reclamado. O <strong>de</strong>putado acha-se<br />
encontrarão: sJeaners dc rios; ferry boa/s, paquetes, era muito simples; via-se um gran<strong>de</strong> povo, gozando Juitaçio antecipada dos diversos impostos, sobretudo da taxa entflo nomeado por direito pleno (by a show of haitds). Os<br />
navios <strong>de</strong> commercio, <strong>de</strong> cabotagem mesmo tem I<br />
os pobres (poor rate). O eleitor, tendo um direito perpetuo,<br />
<strong>de</strong> uma prosperida<strong>de</strong> excepcional, <strong>de</strong> uma liberda<strong>de</strong><br />
nomes dos votantes tflo inscriptos cm nm registro especial a<br />
per<strong>de</strong> o gozo <strong>de</strong>sse direito se durante dous annos consecutivos<br />
sido comprados, armados a toda a pressa e lan<br />
cada candidato, 0 escrutínio abre-se, na Irlanda (nos
chapas <strong>de</strong> ferro e o forro <strong>de</strong> teca á distancia do<br />
400 jardas.<br />
«Este não esperado resultado foi <strong>de</strong> urna gran<strong>de</strong><br />
vantagem; Mr. Whitworth para tornar a sua bomba<br />
o mais solida possivel—não <strong>de</strong>ixou espaço sufflciente<br />
para a carga da explosão, <strong>de</strong> modo que o<br />
clícito <strong>de</strong>sta não foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração. Os<br />
artilheiros <strong>de</strong>sejavão, antes do admittircm o enorme<br />
po<strong>de</strong>r das peças, experimentar a sua penetração<br />
contra as chapas do ferro á distancia <strong>de</strong> 1000jardas<br />
, porque so a tão gran<strong>de</strong> distancia ferissem o<br />
alvo, ficaria a exccllencia <strong>de</strong>stas peças fóra <strong>de</strong> toda<br />
a duvida ou questão. As experiências do hontem<br />
forão feitas para se <strong>de</strong>cidirem estas duas importantes<br />
questões: — 1.' Para ver se sem diminuíra<br />
força penetrante da bomba, ella po<strong>de</strong>ria conter<br />
tanta pólvora, que tornasse a sun explosão lemivel.<br />
2.* Se o prójeclil massiço cxpellido por esta peça,<br />
a muito maior distancia, po<strong>de</strong>ria causar tanto damno<br />
como havia produzido á dc 400 tardas. O calibre<br />
70 também foi experimentado a 600 jardas <strong>de</strong> distancia.<br />
«O alvo quo anteriormente se tinha empregado<br />
não era igual á amurada do Warfior, que tantos<br />
tiros soffrcu. O ferro era comparativamente inferior<br />
muito rijo o frágil; estes <strong>de</strong>feitos forão consi<strong>de</strong>rados<br />
pelos <strong>de</strong>fensores da artilharia <strong>de</strong>. Mr.<br />
Whitworth, como outras tantas difiiculda<strong>de</strong>s vencidas<br />
por os seus projectis temperados e <strong>de</strong> fôrma<br />
achatada conseguirem abrir caminho, c romperem<br />
atravez <strong>de</strong> Um material tão resistente como elles.<br />
O alvo que hontem servio era completamente<br />
novo, tendo ÍOpés dc altura c 14 ou 15 <strong>de</strong> largura,<br />
formado dc tres sólidas, chapas sem porta ou lenda<br />
alguma, e seguras ao forro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira por<br />
parafuso meltidos obliquamente nas arestas, para<br />
ns não enfraquecer com furos pelo meio como suecedia<br />
ás anteriormente experimentadas. As duas chapas <strong>de</strong><br />
baixo tinlião 5 pollegadas <strong>de</strong> grossura (mais e menos<br />
meia polegada do que a grossura das chapas com<br />
que se,estão oncouroçando as novas fragatas), e a<br />
<strong>de</strong> cima linha 4 polegadas e meia, isto é, a mesma<br />
grossura que a amurada do Warrior. Estas chapas<br />
forão feitas nas ofllcinas do governo, e <strong>de</strong> um exccllente<br />
material. Interiormente forão forradas do<br />
pranchas <strong>de</strong> teca collocadas transversalmente, e<br />
tendo uma 12 polegadas, e outra 6 <strong>de</strong> grossura, e<br />
ainda internamente tinhuo uma chapa <strong>de</strong> ferro batido<br />
do 5/8 <strong>de</strong> pollegada. Os lados o a parte superior<br />
forão igualmente forrados e fechados, <strong>de</strong> modo<br />
que ficou um alvo <strong>de</strong> caixa, similhando uma parte<br />
da amurada e entre cobertas <strong>de</strong> um navio, a fim<br />
<strong>de</strong> que os effeitos cxplusivos das bombas, se ellas<br />
penetrassem fossem bem appreciados.<br />
A peça <strong>de</strong> calibra 70 foi posta á distancia <strong>de</strong> 600<br />
jardas, do alvo, c a <strong>de</strong> calibre 120 a 800 jardas.<br />
Estavão presentes o duque <strong>de</strong> Somerset, lord Grey,<br />
o almirante Fre<strong>de</strong>rico, o almirante Grey, almirante<br />
Drumond, gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> ofllciaes da armada,<br />
quasi todos os membros do instituto d'engenheiros<br />
civis, diflercnles construetores <strong>de</strong> navios e muitas<br />
o ílras pessoas, porque o tempo, que eslava excelle<br />
ite, concorria para excitar a curiosida<strong>de</strong>. As experiências<br />
começarão cerca do meio dia com a peça <strong>de</strong><br />
cilibre 120, o quasi uma hora se gastou a collocul a j<br />
em posição conveniente atirando sobre um alvo <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira. Quando tudo estava prompto fez-se o primeiro<br />
tiro <strong>de</strong> bomba» sendo a carga da peca 27<br />
libras do pólvora e pesando o pròjectil 151 Horas,<br />
carregado com 5 libras <strong>de</strong> pólvora. A velocida<strong>de</strong><br />
inicial do pròjectil foi, muito proximamente 1.500<br />
pós por segundo, c ferio o alvo com terrível estrondo<br />
exactamente no centro <strong>de</strong> uma dos chapas <strong>de</strong> 5 po<br />
legadas com a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.220 pés por segundo<br />
Depois dc uma pru<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>mora, para <strong>de</strong>ixar<br />
cahir os estilhaços, correrão todos ao alvo que pa<br />
recia incendiado, tanto era o fumo que se vis;<br />
dissipado elle examinou-se o interior do alvo c sc<br />
verificou que a bomba tinha atravessado comple<br />
lamente as o polegadas da chapa, as 18 da teca e<br />
os 5/8 <strong>de</strong> polegada <strong>de</strong> ferro da chapa Interna<br />
A explosão com tudo parecia ter-se eflectuado cedo<br />
dc mais c ao tempo em que a bomba ia ainda<br />
atravessando a couraça, porque e parte posterior<br />
da bomba cahio paro fóra do alvo, cm quanto<br />
que os fragmentos <strong>de</strong>lia que penetrarão, parece<br />
haverem perdido a força, cahindo inoffensivamcntc<br />
no espaço que sc pô<strong>de</strong> chamar entre cobertas. Não<br />
obstante o choque tremendo que o alvo recebeu<br />
na oceasião da explosão, o ma<strong>de</strong>iramento interno<br />
do alvo não apresentava damnos notáveis rc<br />
suitanles da explosão das bombas; a couraça<br />
também em nada mostrava ter sido perfurada por<br />
uma bala. Tanto as chapas do ferro como o forro<br />
<strong>de</strong> teca tinlião uma porção perfeitamente bem cortada,<br />
apresentando a fôrma <strong>de</strong> um octogono com<br />
a largura <strong>de</strong> 8 polegadas, abertura esta que fácil<br />
mente se podia tapar da parto dc fóra.<br />
« O segundo tiro foi também com uma bomba <strong>de</strong><br />
151 libras <strong>de</strong> peso sendo a sus carga e a da peça<br />
iguacs á do primeiro tiro. Bateu a bomba na chapa<br />
do meio (também <strong>de</strong> 5 pollegadas <strong>de</strong> grossura<br />
na aresta superior, e como a primeira, atravessou<br />
tudo quanto encontrou, e foi rebentar aparentemente<br />
da parte do <strong>de</strong>ntro da couraça. Despedaçou<br />
o forro <strong>de</strong> teca e fez mais algum damno do que<br />
a primeira, com os fragmentos que baterão na<br />
parle superior e lados dq algo. Mas havia ainda<br />
a - mesma falta comparativa dos effeitos <strong>de</strong>struidores<br />
o a abertura era como a primeira tão bem<br />
cortada e <strong>de</strong> fôrma tão regular que facilmente se<br />
podia tapar.<br />
« A terceira'experiência foi feita com um pròjectil<br />
ouço <strong>de</strong> ferro, fundido e frente plana, pesando 130<br />
libras mas sem carga explosiva. Fez-se este tiro<br />
para mostrar a gran<strong>de</strong>za dos projectis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong><br />
Mr. Whitworth sobre as antigas halos fundidas<br />
até agora empregadas com a artilharia <strong>de</strong> Armstrong<br />
e outras peças contra as couraças.<br />
« O resultado foi conclu<strong>de</strong>nte; a bala em vez <strong>de</strong><br />
peneirar a couraça, quebrou-se em fragmentos <strong>de</strong><br />
encontro a ella, fazendo apenas ns chapa <strong>de</strong> ferro<br />
algumas mossas <strong>de</strong> duos polegadas <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,<br />
sem causar <strong>de</strong> facto mais damno do que o pròjectil<br />
<strong>de</strong> Armstrong <strong>de</strong> calibre 100, pela razão <strong>de</strong><br />
que a baila do ferro fundido, uma vez quebrada<br />
instantaneamente per<strong>de</strong> nos fragmentos a força,<br />
que, teria batendo como uma massa inteira.<br />
. « A quarta experiência foi feita com nma bomba<br />
<strong>de</strong> aço, dc calibro 130 carregada somente com 3 3/4<br />
libras <strong>de</strong> pólvora, expellida por a mesma peça a alcance<br />
ordinário, e com a carga do 27 libras dc pólvora<br />
. Esta não fez menos do que as outras, atravessou<br />
a couraça e rebentou para a parte inferior do alvo,<br />
mas não prejudicou mais do que as interiores nem<br />
na qualida<strong>de</strong> da abertura que fez nem com o resultado<br />
da explosão.<br />
« O quinto e ultimo tiro foi feito com a peça <strong>de</strong><br />
calibre 120, com um pròjectil massiço <strong>de</strong> aço e <strong>de</strong><br />
130 libras <strong>de</strong> pezo. Tombem este atravessou a eouraça<br />
e foi cahir <strong>de</strong>ntro da caixa, se assim se pô<strong>de</strong><br />
chamar.<br />
« As experiências continuarão com peças do calibre<br />
70 á distancia <strong>de</strong> 600jardas. Estas experiências<br />
ehamavão [muito a attonção, porque, pesando estas<br />
peças menos <strong>de</strong> 4 toneladas, erão por isso muito<br />
adaptáveis aos navios, se po<strong>de</strong>ssem penetrar as fragatas<br />
encouraçados.<br />
« A primeira experiência provou que quanto á<br />
força <strong>de</strong> peuctroção, com este calibre se obtinha<br />
quasi o mesmo que com o <strong>de</strong> 120, é distancia <strong>de</strong><br />
600 jardas.<br />
« A peça foi carregada com 13 libras <strong>de</strong> pólvora,<br />
a bomba tinha 81 <strong>de</strong> peso e <strong>de</strong> carga explosiva<br />
3 libras o 12 onças; a bomba bateu na chapa superior<br />
ou couraça <strong>de</strong> rVarrior, <strong>de</strong> 41/2 polegadas<br />
<strong>de</strong> grossura do ferro, tendo exactamente o mesmo<br />
forro dc 18 polegadas <strong>de</strong> teca, atravessou tudo executo<br />
a ultima chapa Interior <strong>de</strong> 5/8 <strong>de</strong> polegada,<br />
rebentando <strong>de</strong>ntro da ma<strong>de</strong>ira que fez, pedaços,<br />
próximo ú aresta do alvo, impedindo esta ultima<br />
circumstancia quasi todo o elle ito explosivo.<br />
a Deu-so outro tiro com melhor resultado, atravessando<br />
a couraça e fazendo muito mais damno<br />
á teca, mais não produzindo uma abertura mais<br />
difllcil <strong>de</strong> tapar do que as anteriores, suece<strong>de</strong>ndo<br />
o mesmo com o terceiro n ultimo tiro*<br />
« Para bem se avaliar a importância <strong>de</strong>sses resultados<br />
<strong>de</strong>ve-se notar que as peças lisos e raiados<br />
teem expeli ido projectis <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 900 libras <strong>de</strong><br />
peso, á distancia <strong>de</strong> 200 Jardas, contra couraças<br />
semelhantes, c nunca obliverão mais do que amolegar<br />
ou rachar algumas, sem as atravessar; temos<br />
além disto uma peça <strong>de</strong> calibra 70 lançando projectis<br />
que atravessem couraças á distancia uV 600<br />
jardas.<br />
« Dizendo isto, <strong>de</strong>vemos acerescentar que Sir Armstrong,<br />
que bateu o alvo Warrior com o pròjectil<br />
do 150, se não conseguio que penetrasse a couraça,<br />
obteve um effeito mais <strong>de</strong>struidor do qne o das<br />
bombas <strong>de</strong> 150 Horas <strong>de</strong> Mr. Whitworth que produzirão<br />
nas experiências <strong>de</strong> hontem.<br />
« Comludo, Sir Armstrong empregava 50 libras <strong>de</strong><br />
pólvora a 300 jardas, e Whitworth somente 27,<br />
á distancia <strong>de</strong> 800 jardas. »<br />
« O artigo conclúc dizendo que foi uma gran<strong>de</strong><br />
vietoria para Whitworth, masque Armstrong não<br />
está ocioso, e que se trata <strong>de</strong> produzir o maior<br />
estrago o <strong>de</strong> tornar os rombos nas couraças difficeis<br />
<strong>de</strong> tapar, a ponto <strong>de</strong> que o navio que as recebe<br />
corra o máximo risco.<br />
« Preten<strong>de</strong>-se que sueceda como quando um vidro<br />
é chocado por forma tal que as muitas rachas e<br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s com que foi partido o tornão inútil<br />
para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r do frio e <strong>de</strong> chuva, o que não acontecera<br />
se lhe fizer um furo tão regular que por<br />
mil modos se possa tapar, e assim continuar a satisfazer<br />
ao fim a que se <strong>de</strong>stinava. E* portanto <strong>de</strong><br />
esperar que brevemente haja novas experiências,<br />
cujos resultados trataremos <strong>de</strong> fazer constar oos<br />
nossos leitores.<br />
I .literatura.<br />
OS MISERÁVEIS.<br />
POR VICTOR HUGO*<br />
Ae duas ultimas partes.—Idylio na rua Plumet<br />
e Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.—João Valjean.<br />
111.<br />
Em toda a éxtericJSo do seu novo romance o Sr.<br />
Hugo reproduz, exagerando sempre, se é possivel,<br />
o seu habitual uso dos contrastes que elle procura<br />
tornar o mais saliente que é possivel.<br />
Dc sorte que, apenas <strong>de</strong>ixa entrever ás furta<strong>de</strong>llas<br />
esse lindíssimo idylio da rua Plumet, através das<br />
scenas copiadas das mais horríveis e ferozes realida<strong>de</strong>s<br />
do roubo e da malva<strong>de</strong>z.<br />
Depois <strong>de</strong> presenciar-mos uma das mais patheticas<br />
entrevistas dos dous amantes, o autor faz-nos<br />
passar o resto da noite sobre os muros que cereão<br />
a Force, para assistir é evasão dc quatro horríveis<br />
bandidos, entre os quaes temos o prnser dc encontrar<br />
o nosso conhecido Thenardier. Menos agil que os<br />
outros, e tendo além d'isso, mais obstáculos que<br />
vencer, este' ultimo, corro gran<strong>de</strong> risco dc ficar no<br />
meio do caminho, se não fosse o auxilio <strong>de</strong> um<br />
garotinho que também pertence ao bando, E' este<br />
que, trepando como uma lagartixa ao alto do muro<br />
on<strong>de</strong> Thenardier procura agarrar-se empregando<br />
as ultimas forças <strong>de</strong> suas mãos entorpecidas e já<br />
todas feridas, pren<strong>de</strong> chi uma corda que facilita a<br />
<strong>de</strong>scida d'esse miserável.<br />
se chora por isso? Toleirões f Venhoo<br />
comigo. « Leva I um sorriso <strong>de</strong> escsrneo: •< Bobo! faze <strong>de</strong>lia tua ama-<br />
seus dous protegidos a uma padaria, e regala-os lauzia!»<br />
Este cynismo em um nonagenario revolta<br />
tamente com um soldo dc pão; era todo o dinheiro<br />
Mário, que sano d'alli furioso. Esta scena é <strong>de</strong> um<br />
que trazia comslgo. Depois põe-os o mais commoda-<br />
péssimo effeito. O Sr. Hugo po<strong>de</strong>ria prolongar a<br />
fiicnte que é possivel no ventre do colosso que esco<br />
<strong>de</strong>sunião entre Mario e o avô, sem fazer com quo<br />
lheu para seu domicilio, e tranqoilisa-os á respeito<br />
este se tornasse <strong>de</strong>sprezível.<br />
dos trovões que roncãO fóra da casa, e do rumor interior<br />
que faz abalar a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> arame que forma a Uma <strong>de</strong>cepção ainda mais cruel espero o amoroso<br />
alcova. Explica-lhes que « arganozes são ratos, » e Mario no seu elyséo da rua Plumet. Encontra o<br />
fal-os adormecer acalentando-os como nunca fizera jardim <strong>de</strong>serto, a casa vasia csem luz. Quando en<br />
sua mãe. « Passfio-se as horas da noite. Densa escucostado ao umbral da porta on<strong>de</strong> habitava a sua<br />
ridão cobria a gran<strong>de</strong> praça, o vento do Inverno mis amada, elle está todo absorto na cruel mudado, ouve<br />
turado coma chuva soprava em rojadas, as patrulhas atras da gra<strong>de</strong> uma voz áspera e rouquenha, quo<br />
passa vão silenciosas diante do elephantc; o monstro, julga reconhecer, annunciando-lhe que os sons<br />
cm pé, im movei, com os olhos abertos no meio das amigos o esperão nas barricados; cruel <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong><br />
trevas, parecia meditar muito satisfeito da sua boa um <strong>de</strong>sespero para outro <strong>de</strong>sespero! Essa tar<strong>de</strong>, é<br />
acção, abrigando do céo edos homens, tres pobres com effeito, o <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1882, e ao idylio<br />
criancinhas que dormião. » Todos esses <strong>de</strong>talhes | segue-se a sinistra epopéa da guerra civil.<br />
são cheios <strong>de</strong> naturalida<strong>de</strong>; se não fosse a primeira<br />
lição <strong>de</strong> gyria que Gavroche enten<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver dar aos<br />
IV.<br />
seus protegidos, esta scens, apesar da inverosimi Deveremos acompanhar o Sr. Hugo no longo<br />
lhança da sua origem, seria uma das mais tocantes <strong>de</strong> preâmbulo histórico que elle enten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>ver col-<br />
todo o romance.<br />
locar na frente d'esse episódio doa fúnebres dias<br />
<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, que fôrma o <strong>de</strong>sfecho dos Miseraveis'.?<br />
Haveria muito que dizer á respeito d'essa<br />
prodigiosa confuzão <strong>de</strong> sophismas sonoros, o do<br />
theorias impcrtubavelmente contraditórias. O constante<br />
empenho do autor é antes fazer effeito do que<br />
ser exceto; e por isso emprega para qualquer cousa<br />
o « cstylo gronitico. n N'csse preâmbulo, não ha<br />
uma pagina que não dé logar ú rectifleação. Eis,<br />
por exemplo, a differença que o autor preten<strong>de</strong><br />
estabelecer entre insurreição e sedição. « Asedição<br />
é causada por um, facto material; a insurreição ó<br />
Sempre um phenomeno moral: A sedição, é Masaniollo;<br />
a Insurreição é Spartaco. A insurreição<br />
tom ligação com o espirito, a sedição com o esto-<br />
.rnago. »<br />
Acabemos <strong>de</strong> uma Vez com o tal gyria visto que<br />
falíamos n'isso.... Realmente, o Sr. Hugo abusa<br />
do emprego d'ella para o effeito dos seus sombrea<br />
dos. Além <strong>de</strong> um livro todo Inteiro, consagrado<br />
ã uma dissertação philologica sobro a origem e as variantes<br />
do dialecto dos ladrões e assassinos sob o<br />
antigo e o novo regimen, encontramos ainda nos<br />
Alisei oveis, paginas inteiras <strong>de</strong> diálogos que<strong>de</strong>verião<br />
ter sido impressos em duas columnas com a traducção<br />
a margem, para commodida<strong>de</strong> do leitor.<br />
Ao ver o Sr. Hugo tirar esses abomináveis bandido,<br />
da Force, on<strong>de</strong> estavão também para a tranquillida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Paris, e fazer-nos aturar a sua agradável<br />
conversação, julgamos que elle os <strong>de</strong>stinava<br />
a alguma obra horrivelmente dramática que scrviria<br />
dc supplemenlo á emboscada Jondrettc. Pois<br />
não é nada disso: a evasão e as tramas são tudo<br />
cm pura perda; as presas <strong>de</strong>sses malfeitores liinimitào-se<br />
a um passeio para o lado da casa da rua<br />
Plumet, que elles tem gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> visitar.<br />
No momento em qué vão praticar a invasão<br />
por essa gra<strong>de</strong> cujos varaes estão tio mal seguros,<br />
apresenta-se om vulto diante <strong>de</strong>lles; é Eponina<br />
Thenardier, que, levando a abnegação ao auge mais<br />
inYeròSimil, faz secretamente sentinella á felicida<strong>de</strong><br />
do seu Rodolfo, Isto é, dc Mario que ahi se achava<br />
em pleno idylio. Ameaça os saltcadores <strong>de</strong> gritar<br />
e pedir soecorro: « Sois seis, diz ella aos bandidos,<br />
e eu, sou todo o mundo, » E os ladrões intimidados,<br />
recuão e somem—se no meio das trevas.<br />
Na verda<strong>de</strong>, não ha lá gran<strong>de</strong> merecimento em<br />
metter modo a uns ladrões tão pusillanimes.<br />
Essa aventura põe termo por algum tempo i<br />
abnegação <strong>de</strong> Eponina; ella começa á dispor as<br />
suas baterias a fim <strong>de</strong> impedir essas entrevistas<br />
que a <strong>de</strong>sesperão. N'esse intuito, acha meios <strong>de</strong><br />
prevenir leio Valjean da conveniência <strong>de</strong> mudar-se<br />
daquella casa.<br />
Diversas circumstanclaa assustadoras dão peso ã<br />
esse aviso, e arrancüo finalmente o pai adoptfvo<br />
<strong>de</strong> Coseta da sua per tinas placi<strong>de</strong>z. Pareceu-lhe<br />
ver Thenardier rondando no boulevard;« e <strong>de</strong>mais<br />
Paris não está em socego, » todos os empregados<br />
da policia estão alerta, e o virtuoso galé tem mala<br />
medo d'elles do qne dos ladrões.<br />
« A policia procurando <strong>de</strong>scobrir um homem<br />
como Pepin e Morey, podia multo bem dar com<br />
nm homem como João Valjean. »<br />
Essa comparação tem ares <strong>de</strong> anaebronismo, porque<br />
a policia não se oecupou especialmente <strong>de</strong> I<br />
procurara Pepin e Morey senão <strong>de</strong>pois do attentado<br />
<strong>de</strong> Fieschi em 1835. Em sum ma, Valjean começa<br />
fina mente á inquietar-se, e a sua ancieda<strong>de</strong> chega<br />
oo maior auge por causa <strong>de</strong> uma enorme e gratuita<br />
asneira do apaixonado Mario. Querendo <strong>de</strong>ixar á<br />
Coseta a indicação da sua residência, cm vez <strong>de</strong><br />
escrever simplesmente essa indicação em um pedacinho<br />
<strong>de</strong> papel, não teve elle a triste lembrança <strong>de</strong><br />
abril-a no muro com o canivete em eslylo lapidaanto<br />
que, indo João Valjean no dia seguinte<br />
rondar a casa, não pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reparar nessa<br />
inscripção, que não existia alli na véspera. Dahi<br />
elle tira a conclusão, aliás muito lógico, <strong>de</strong> que durante<br />
a noite entra-lhe alguém no jardim, e immediatamente<br />
muda-se com a sua pupilla. Esta,<br />
que não per<strong>de</strong> o sangue-frio manda entregar um<br />
bilhete a Mario por ura rapazinho que encontra<br />
perto <strong>de</strong> sua casa. Esse bilhete contém a indicação<br />
do novo domicilio escolhido por Valjean em nma<br />
rua <strong>de</strong>serto no fundo do Mania; infelizmente Coseta<br />
mandou o bilhete por Eponina, que andava<br />
disfarçada em tapas, e a carta corre gran<strong>de</strong> risco<br />
<strong>de</strong> nio chegar ao seu <strong>de</strong>stino.<br />
Nesse tempo, o pobre Mario andava em maré <strong>de</strong><br />
fazer asneiras*.Conhece finalmente qne os seus êxtases<br />
amorosos o impe<strong>de</strong>m absolutamente dc trabalhar,<br />
e que tanto o seu estômago como a sua roupa<br />
vão-so estragando <strong>de</strong> dia em dia.<br />
Isto é que ae chama jogar sem escrúpulo com<br />
as palavras e com as idéas. Spartaco e Masaniello,<br />
são ambos revolucionários, insurgentes, um, contra<br />
a mais odiosa das iniquida<strong>de</strong>s sociaes, e o outro contra<br />
o domínio estrangeiro. Spartaco ó indubitavelmente<br />
um personagem mais nobre do que Masaniello;<br />
porém o movei da sua revolta não foi mais elevado,<br />
e não era esse o exemplo que o Sr. Hugo<br />
<strong>de</strong>vas citar para justificar a sua antithese. Além<br />
<strong>de</strong> tudo, se a quizessem tomar ao serio, se quizessem<br />
por força <strong>de</strong>scobrir n'clla um pensamento<br />
oceulto, seria fácil invertcl-a contra as theorias do<br />
romancista, contra as soas predilecções as mais<br />
manifestos ; seria muito fácil <strong>de</strong>monstrar que nenhum<br />
movimento revolucionário tem « mais evi<strong>de</strong>nte<br />
ligação com o estômago » do que o <strong>de</strong> 1789,<br />
provocado pela fome. Po<strong>de</strong>ríamos ainda apontar<br />
estranhos paradoxos em uma longa tirada sobre<br />
Tácito. •<br />
Na opinião do Sr. Hugo, a provi<strong>de</strong>ncia afasta<br />
Tácito <strong>de</strong> César. « E' uma espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za<br />
da parte da justiça divina que hesita em fazer cahir<br />
o usurpador nas mãos do illustre e formidável historiador.<br />
« E' preciso que o <strong>de</strong>spotismo tenha chegado<br />
ao ultimo ponto para merecer esse immortal<br />
estigma, impresso pelo gênio da historia. Era necessário<br />
que a corrupção, inaugurada pelos tyrannos<br />
illustres, se tivesse tornado « uma peste moral sob<br />
o domínio dos tyrannos infames; » No- reinado <strong>de</strong><br />
Cláudio e dc Domiciano, ha uma <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
baixeza correspon<strong>de</strong>nte á hedion<strong>de</strong>z moral do tyranno.<br />
No reinado <strong>de</strong> César, ainda não sc exhalava do<br />
senado romano senão « o cheiro <strong>de</strong> guano próprio<br />
dos ninhos <strong>de</strong> águias.» Estas phrases são <strong>de</strong> péssimo<br />
gosto, e os idéas não o são menos. No que 'diz respeito<br />
á historia remam a, o Sr. Hugo gosta ainda das<br />
antigas dcclamações, quo elle quer adornar com<br />
bcllezas do gênero d'estas quo acabamos dc citar.<br />
Não era nosso <strong>de</strong>sejo entre termo-dos muito tempo<br />
com esta digressão; porém, antes do irmos adiante,,<br />
per/niiln-se-nos oppôr á esse amontoado <strong>de</strong> palavras, 1<br />
algumas observações fundadas nos factos. Nada differc<br />
mais profundamente do I<strong>de</strong>al dos acluacs <strong>de</strong>mocratas<br />
, do que esse antigo regimen oligarchico du<br />
Roma, senhora do mundo. O império, objecto <strong>de</strong><br />
tantas coloras retrospectivas, foi justamente o primeiro<br />
posso <strong>de</strong> uma transformação social tão legitima<br />
quanto necessária; efle nio somente aproveitou -<br />
s segurança, como á emancipação dc gran<strong>de</strong> maioria<br />
dos membros da socieda<strong>de</strong> romana; foi realmente<br />
mais <strong>de</strong>mocrático, no sentido mo<strong>de</strong>rno d'esta palavra<br />
, do qne a antiga oligarchia, pois dos subditos<br />
elle fez cidadãos. Tácito, <strong>de</strong> quem nos folião<br />
sempre, e que na verda<strong>de</strong> exerceu maior influencia<br />
sobre os mo<strong>de</strong>rnos do que sobre os seus contemporâneos<br />
, Tácito com o sou admirável talento<br />
ajudava um novo movimento social, que, longe<br />
<strong>de</strong> approximar-sc ao antigo systema oligarchico,<br />
afastava-se <strong>de</strong>lle cada vez mais. Profligando tão *<br />
asperamente os vícios da antiga oristrocacia r o mama<br />
e dos Imperadores tirados do seu seio, tomando<br />
á peito sobro tudo <strong>de</strong>struir o prestigio tão<br />
longo tempo duradouro da família dos Julios o dos<br />
Claudios, Tácito, quo escrevia no tempo <strong>de</strong> um César<br />
Hcspanhol (Trajano) não tinha cm vista, certamente,<br />
inspirar aos sons leitores sauda<strong>de</strong>s da antiga oligarchia<br />
cdo seu <strong>de</strong>spotismo sobre os paizes subjugados.<br />
Qucirie, pelo contrario, auxiliar essa rcucção provincial<br />
que se ia tornando cada dia mais po<strong>de</strong>rosa, o<br />
que acabava <strong>de</strong> conhecer ultimamente, com a eleição<br />
do Crctenso Nervo, e do Hcspanhol Traja no, ambos<br />
documente occlamados no capitólio, que se podia<br />
escolher para senhores do mundo outros homens quo<br />
não fossem os antigos romanos, a ir buscal-os fóra<br />
<strong>de</strong> Roma. Tudo isto está hoje admiti ido por espíritos<br />
esclarecidos c imparciais, e é triste ver um<br />
homem dc talento como o Sr. Hugo gastar as suas<br />
forças querendo fazer reviver erros já passados, banidos<br />
ha muito tempo do domínio da verda<strong>de</strong>ira historia.<br />
O garotinho, chamado Gavroche, que já nos appareceu<br />
nos prece<strong>de</strong>ntes volumes, é o próprio filho<br />
do thenardier. Por uma contradicção pouco na<br />
tural mas não impossível, a mulher do ex-esta Ia<br />
ja<strong>de</strong>íro tomou raiva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mais tenra ida<strong>de</strong>,<br />
a esse pequeno que dizia ella, « veio por effeito<br />
do frio. » A's filhas consagrava todo o seu amor,<br />
ao passo que só tinha indfflbrença para esse filho<br />
o para mais dous pequenos que vi erão <strong>de</strong>pois. Era<br />
mais do que indifferepça o sentimento que ella Na sua ultima entrevista, Coseta Já estava triste,<br />
lhes votava, era quasi ódio. Esse <strong>de</strong>spreso foi antes no seu rosto havião vestígios <strong>de</strong> lagrimas recentes,<br />
proveitoso do que prejudicial a Gavroche; como seu pai fallora-lhe em mudarem-se d'alli brevemen<br />
elle mesmo o <strong>de</strong>clara com toda a gravida<strong>de</strong>: « A's te. Nessa conjunetura, Mario toma um partido<br />
vezes, mais vale a gente não saber por on<strong>de</strong> andão violento: vai á casa <strong>de</strong> seu avôGuillcnormand que<br />
seus pais. » O Sr. Victor Hugo afagou com todo elle não via ha quatro annos.<br />
o <strong>de</strong>svello essa physionomia <strong>de</strong> garoto <strong>de</strong> Paris,<br />
espirituoso, atrevido intrépido, e creando-se ao <strong>de</strong>s<br />
Aqui, assistimos nós a uma scena que po<strong>de</strong>ria ser<br />
amparo, exposto ã chuva e ao vento. Esse typo<br />
muito terna, e na qual o Sr. Hugo parece quo tem<br />
faz lembrar, antes pelo contraste do que pela se<br />
prazer cm calcar aos pés todas as conveniências. O<br />
melhança , uma das mais repulsivas figuras dos<br />
velho recebe o neto com maneiras as mais grosseiras,<br />
Myslerios <strong>de</strong> Paris: Gavroche é uma espécie <strong>de</strong><br />
sob as quaes se oceultão uma emoção e um amor<br />
Cambèta, mas um Cambèta com coração dc ouro,<br />
que possão <strong>de</strong>sapercebidos aos olhos dc Mario. Este,<br />
praticando com a mesma alegre esperteza, traves-<br />
hão encontra uma palavra para abrandar a cólera<br />
suras cheias <strong>de</strong> malda<strong>de</strong>, e boas acções ao mesmo<br />
do velho, o que aliás seria bem fácil! Sem mais ro<br />
tempo. Escondido no jardim <strong>de</strong> um bom velho<br />
<strong>de</strong>ios pe<strong>de</strong>-lhe licença para casar com Coseta Corta-<br />
on<strong>de</strong> elle se introduzirt para cear houve uma convento,<br />
uma menina sem dote. Esta ingênua conversação<br />
á respeito da miséria <strong>de</strong>sso casa, que o<br />
fissão excita naturalmente no velho uma recru<strong>de</strong>s<br />
compunge seriamente, e, ao sahlr d'alli, rouba<br />
cendo <strong>de</strong> indignação. «Ah! ah! não é mais do<br />
As theorias do Sr. Hugo quanto aos acouteci-<br />
uma bolsa da algibeira <strong>de</strong> um ladrão seu amigo,<br />
que isso! tu disseste lá comtigo: Vou ter com o<br />
mentos mo<strong>de</strong>rnos não são lambem aceitáveis. Por<br />
e vai multo alegre aliral-a <strong>de</strong>ntro do muro <strong>de</strong>sse<br />
velho da cabelleira! Que pena não ter eu já com<br />
exemplo, elle estabelece como principio qoe o su<br />
jardim.<br />
pletado 25 annos para não precisar mais do seu<br />
frágio universal torna Impossível a sedição, porque,<br />
consentimento! Paciência, vou dizer-lhe: Velho<br />
« dissolve-a no seu principio, pois dando o voto<br />
Gavroche arranjou para si um abrigo muito con basbaque! venho dar-to um olegrio com a minha<br />
a insurreição <strong>de</strong>sarma-a. » Este axioma é eloqüenfortável<br />
no ventre do elephantc da Bastilha; multo visita! Tenho vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> casar; quero casar-mc<br />
temente <strong>de</strong>smentido pelos annaes revolucionárias<br />
sem ceremonia tirou « emprestadas » umas gra<strong>de</strong>s com a senhora não sei quem, filha do senhor não sei<br />
<strong>de</strong> todos os povos, e especialmente pelos nossos,<br />
<strong>de</strong> arame do Jardim das Plantas, para preservar-se ' que. Não tenho um par <strong>de</strong> sapatos para calçar, c<br />
Não é bastante ter proclamado o principio, resta<br />
dos ratos, assim como trouxe <strong>de</strong> lá também, uma ella não tem uma camisa para mudar; Isso não<br />
um outro problema muito mais serio o mais di<br />
esteira das girafas, e um cobertor dos macacos. quer dizer nada! Tenho vonta<strong>de</strong> do dar um golpe<br />
fícil dc resolver, a sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua applicação.<br />
na minha carreira, no meu futuro, na minha moci-<br />
Ora, é a maioria pacifica que se contem por <strong>de</strong>s<br />
E os animaesinhos não reclamarão, dizia elle.<br />
•da<strong>de</strong>, na minha vida! Tenho vonlado dc chafurdar<br />
cuido ou por timi<strong>de</strong>z; ora, c uma minoria violenta<br />
Eu <strong>de</strong>clarei-lhes: é para o elephantc. » Uma noite,<br />
na miséria com uma mulher pendurada ao meu<br />
que recusa sub mel ter-se. Para não citar mais que<br />
esse garoto caritativo e industrioso faz com que<br />
pescoço.' E' meu gosto; ó preciso que tu consintasí<br />
um exemplo ainda bem presente as nossas memó<br />
partilhem o seu singular domicilio duas crianças<br />
E o velho fóssil não tem remédio senão consentir.<br />
rias, a proclamaçào do sufrágio universal, em 1848,<br />
que ;elle encontra abandonadas na rua <strong>de</strong> Santo<br />
Vai, meu filho, faze a tua vonta<strong>de</strong>; casa lá com a<br />
impedio por ventura o attentado <strong>de</strong> 15 dc Maio<br />
Antônio, e que. (entre parontheses), são es seus tua Bompcvento, com a tua Par te vento.... Pois<br />
e esse motim dc Junho, uma das mais tristes re<br />
próprios irmãos, cousa que nem sequer elle pô<strong>de</strong> não! isso nunca! » Até ahi ainda pódc passar; mas<br />
cordações da nossa historia,<br />
suspeitar. Os pobres pequenos tiritavão e chora vão, <strong>de</strong>pois elle torna-se inconveniente e absurdo. No Mas é especialmente quando falia das barricadas<br />
mortos <strong>de</strong> fome, <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> aguaceiro; momento em que Mario vai retirar-se <strong>de</strong>sesperado, <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832, que o Sr. Hugo acha meios<br />
Gavroche corre a traz <strong>de</strong>lles: « O que é que ten<strong>de</strong>s, o velho agarra-o pela golfa da casaca, e exige que do multiplicar as contradições. Aqui (t. VIII) estes<br />
fe<strong>de</strong>lhos?<br />
elle lhe conte todas as particularida<strong>de</strong>s do seu na dias <strong>de</strong>vem ser chamados insurreição, porque são<br />
Não sabemos on<strong>de</strong> havemos da dormir. moro, a <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ouvir essa narração, diz-lhe com « um phenomeno moral; » mais adiante (t. IX,<br />
— E" só Isso.? olhem que gran<strong>de</strong> cousa I lambem<br />
psg. 174) <strong>de</strong>paramos com este aphorlsmo:
« Ha as insurreições aceitas, que so chamiio nivnluçoes;<br />
#* as revoluções recusadas, que se<br />
etiamão sedições. » Logo, OS insurgidos <strong>de</strong> Junho<br />
afio sedleiosos. Qncrcin o seu panegyrico ou antes<br />
a exaltação <strong>de</strong> toda a lentativa <strong>de</strong> guerra civil,<br />
cm qualquer Estado qun ainda não é republicano<br />
ou que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> sôl-o? Enconlrã-no nu VIII volume,<br />
pagina 292.<br />
M Á monarchia ó o estrangeiro; a oppresslo «'•<br />
o estrangeiro; o direito divino é o estrangeiro. O<br />
<strong>de</strong>spotismo viola a fronteira moral, assim remo a<br />
invasão viola a fronteira gcographica. Hepcllir o<br />
lyranno, ou repeli ir os inglcxes, «• cm ambos os<br />
casos, <strong>de</strong>lTen<strong>de</strong>r o seu território. Chega um momento<br />
cm que nlo ó bastante protestar, <strong>de</strong>pois<br />
«l.i philusophia é preciso a acçâo; a viva força concluo<br />
o que a idéa esboçou.... As multidões tem<br />
s -oipre tendência para aceitarem um chefe; só<br />
assim é que as massas sabem da apaUiit. O povo<br />
une-se facilmente por meio da obediência. K' preciso<br />
ter quem o anime, quem o excite, acenar aos<br />
homens com o beneficio da sua liberda<strong>de</strong>; <strong>de</strong>vem<br />
ser elles mesmos um pouco fustigados para seu<br />
proveito. Dnhi vem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar o alarma...<br />
,E* preciso que os gran<strong>de</strong>s combatentes se<br />
ergfio, íIluminem as nações com a sua audácia, e<br />
dêem urn impulso á esto triste humanida<strong>de</strong>, estupldamente<br />
oecupada á contemplar, no seu esplendor<br />
crepuscflJar* os sombrios lriumpbos da noite. » Ouçlo<br />
agora a contra posiçflo d'esto dilhysambo, e notem<br />
bem que, tanto agora como ha ptuco, é sempre<br />
o autor quem falta, « Uma revolução que rompo é<br />
uma Idéa que vai ser examinada perante o povo. Se<br />
o povo <strong>de</strong>ixa cahir a bola preta, a idéa não presta, a<br />
insurreição é mal suecedida (t. IX, p. 171.) Ninguém<br />
po<strong>de</strong> obrigar um povo á andar ma is <strong>de</strong>pressa do<br />
queelle quer. Ai d'aquclle que quer empurrai-o para<br />
diante! Um povo nOo se luva assim. Então elle<br />
abandona a insurreição d si mesma, os insurgidas<br />
tornfio-se pesleados, (i<strong>de</strong>m, 167) » Em summa, ó<br />
preciso convir que ao ver o pedra, vem o urso ,í<br />
lembrança, e é da boa vonta<strong>de</strong> d este que a socieda<strong>de</strong><br />
tem medo. « Estas ultimas palavras são picantes<br />
echeias <strong>de</strong> bom santo; são uma boa resposta<br />
ás p «lavras emphaticas que lemos ha pouco;<br />
mas esse amontoado <strong>de</strong> phrases sonoras, todas cm<br />
sentidos contrários, acaba por atordoar o leitor.<br />
QUQBIO i nos, se tivéssemos <strong>de</strong> escolher enlre<br />
essas apreciações eontradiclorias, o a<strong>de</strong>ptar uma<br />
palavra <strong>de</strong> todo esse aruuiel do Sr. Hugo, diríamos<br />
Mias que esses dias forão « um resto <strong>de</strong> 1M.K).»<br />
As insurreiçõesquo proari<strong>de</strong>m, trazem sempre comsigo<br />
um perigoso cortejo <strong>de</strong> aspirações ás vezes<br />
generosas, porém quasi sempre interesseiras, ou<br />
simplesmente do espnlhafalo, que não fleando satisfeitas<br />
com a vicloria, julgão perfeitamente lógico<br />
o natural começar <strong>de</strong> novo o combate. A tentativa<br />
revolucionaria <strong>de</strong> Junho foi um d'esses choques<br />
u um dos mais notáveis pelo cucarniçamento da<br />
luta. Esses fúnebres dias distinguem-se por um<br />
caracter do franqueza quo nem sempre se dá cm<br />
uualogas clrcumstoncias. A questão foi proposta<br />
muito claramente entro os dous princípios; tiverão<br />
ambos valentes campeões, e po<strong>de</strong>-se dizer que « essa<br />
horrível aventura publica» foi tão gloriosa para<br />
os vencidos como para os vencedores, se é que a<br />
guerra civil pô<strong>de</strong> dar gloria. As victim as das lutas<br />
irotriridas po<strong>de</strong>m merecer lagrimas, mas nunca<br />
apothcoses<br />
Continua.<br />
REPARTIÇÃO DA POLICIA.<br />
1'AM'K DO DIA 10 DB JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Forâo presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s<br />
Pela Policia, Domingos Gomes Ferreira, por uso<br />
do armas <strong>de</strong>fesa; Pedro José dos Santos, por vagabundo<br />
; João Pinto Salame, por alarido; Joio<br />
Baptista dos Santos Ribeiro, por injurias; o africano<br />
livro Ambrozio, por furto; os escravos Koberto<br />
e Agostinho, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m ; Manoel por andar fora<br />
<strong>de</strong> horas.<br />
Na Freguesia da Can<strong>de</strong>lária, os cfcravos Carlos,<br />
por furto; e Felippc, por <strong>de</strong>sobediência. .<br />
Na da Gloria, o americano Koberto para averiguações.<br />
Na do Engenho Velho, Pedro Felippe c outro<br />
que se evadio, por tentativa <strong>de</strong> homicídio.<br />
Na do S. José, José Kodriguos e Joio Eram, os<br />
marinheiros Francisco Vergalet,. c Johm Manon,<br />
á requisição do Cônsul Franccz.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Atuía, 2." districlo, honlcm as7 1/2<br />
horas da noite ouvio-se o estampido <strong>de</strong> uns tiros<br />
que sahião da casa n.° 31 á rua Velha <strong>de</strong>S. Diogo,<br />
resi<strong>de</strong> «cia tíc Francisco Carlos Arcke Estreita. Com-<br />
1 a recendo ao togar do acontecimento a respectiva<br />
autorida<strong>de</strong>, foi informada que da casa acima <strong>de</strong>sfio<br />
2 tiros o atirar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro por Estrclla, uma mulher<br />
<strong>de</strong> nome Maria joaquina Nunes da Silva, que era<br />
amasia d aquclle Estreita. Perguntando por cila, foi<br />
respondido que tinha sido levada para casa <strong>de</strong> uma<br />
irmã na travessa do Gaz, on<strong>de</strong> feito o exame pelos<br />
Médicos verificou-se ter cila levado um tiro no<br />
lado direito da testa, olho c beiço; c passando a<br />
mesma autorida<strong>de</strong> a tomar conhecimento do fado,<br />
foi <strong>de</strong>clarado que Estrclla quando atirou com a<br />
mulher á rua, e presentio forra, disse <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />
que não entrassem, porque quem lá fosse teria a<br />
mesma sorte. Então a autorida<strong>de</strong> cercou convênio<br />
lem en te a casa <strong>de</strong> Francisco Carlos Arcke Estrclla,<br />
para ás horas próprias entrar, o que fez acompanhado<br />
<strong>de</strong> algumas pessoas, encontrando no quintal<br />
perto <strong>de</strong> um galinheiro, o a um canto, Estrclla<br />
com um gran<strong>de</strong> golpe no pescoço, o com um tiro<br />
na cabeça do lado direito sobre a orelha, fazendo<br />
crer que o 2.* tiro foi disparado em si próprio,<br />
e como Estrclla não tivesse o <strong>de</strong>sejado cITcito tratou<br />
<strong>de</strong> outros meios que foi ferir-se com uma faca <strong>de</strong><br />
cosinha. O referido Estrclla foi conduzido para o<br />
hospital da Santa Casa do Misericórdia on<strong>de</strong> pouco<br />
<strong>de</strong>pois fallccêu, c Maria Joaquina Nunes da Silva<br />
foi. para o hospital <strong>de</strong> S. Sebastião.<br />
Pelo Corpo Policial da Côrtc:<br />
Domingos Gomes Ferreira, por estar armado com<br />
um canivete <strong>de</strong> <strong>de</strong> mola; Pedro Jòse dos Santos,<br />
por vagar fora <strong>de</strong> horas; João Pinto Salame, por<br />
fazer alarido; Joço Baptista dos Santos Ribeiro;<br />
por insultos: Ambrosio, Africano livre, por furto;<br />
os escravos Roberto e Agostinho, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
DIA ff.<br />
Forão presos á or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s:<br />
Pela Policia, José Alves Pereira Queiroz, por<br />
oííensa physica; Manoel José <strong>de</strong> Ainorim.eo Africano<br />
livre Hypolito, por embriaguez; Jacintho Antônio<br />
Palmeira, e o preto José, escravo, para averiguações<br />
sobre ferimento; Carlos Augusto Neves<br />
Braga, por furto; Francisco Narciso <strong>de</strong> Araújo, por<br />
injurias; Antônio Teixeira Corrêa, e Leopoldo Ferreira<br />
dr Souza, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m; e os rsrravos Anfd-<br />
[ nio, por suspeito <strong>de</strong> fugido, Henrique o João por<br />
I andar fora <strong>de</strong> horas.<br />
Na Frevuezia do Sacramento, 1 .• districto, Joa-<br />
I quim <strong>de</strong> Magalhães Bastos, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m o offen-<br />
I sa phisica. Ti to do Coração <strong>de</strong> Jesus, por <strong>de</strong>sobediência,<br />
o José Garcia da Silva, Antônio Maria<br />
Vieira, c José Ignacto da Silva, por embriaguez.<br />
Na <strong>de</strong> S, José, Casimiro José Teixeira, por jogo<br />
prohibido, e a encrava Otbarina, por <strong>de</strong>sobediência.<br />
Na <strong>de</strong> Santa Rita, l." districto, os marinheiros<br />
Suecos Francisco Calaus, e Pila por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, c<br />
o escravo Jeremias, por andar fora <strong>de</strong> horas.<br />
Na mesma, 2.* districto, o escravo Manoel, por<br />
! embriaguez c injurias.<br />
Na da Ladga, Manoel da Paixão do Sacramento,<br />
por injurias, e os escravos Luiz, por iujurias, e<br />
Francisco, a requisição do senhor.<br />
Na ile Santo Antônio, Joaquim Francisco Alves<br />
«Ia Silva, por jogo prohibido; o Norte Americano<br />
James Pedro e Joanna Maria, para averiguações sobre<br />
roubo; Joaquim Ferreira Ba 1 th azar o José da<br />
Silva Ramos, por embriaguez, e João Teixeira, por<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m,<br />
Na do Engenho Velho, os escravos A<strong>de</strong>lino e<br />
Bruin, por andar fora do horas.<br />
Na Freguesia <strong>de</strong> Santa Anna, 2.* Districto. fez-se<br />
corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto «m Francisco Ca rios Arena Estreita,<br />
que fallccêu no Hospital da Misericórdia em conseqüência<br />
dos ferimentos, que em si próprio fizera.<br />
Pelo Corpo Policial da Corte.<br />
Manoel José <strong>de</strong> Amorim e Hypolito, Africano<br />
livre, por embriaguez; Jacintho Antônio Palmeira<br />
c José preto, escravo, para averiguações sobre ferimentos<br />
; Francisco Narcizo <strong>de</strong> Araújo, por injuria ;<br />
Carlos José Augusto Neves Braga e Pedro preto; escravo,<br />
por furto; Antônio preto, escravo, por fugido<br />
: José Alves Pereira <strong>de</strong> Queiroz, por ter dado duas<br />
bofetadas cm um indivíduo; João preto, escravo,<br />
por suspeito <strong>de</strong> fugido.<br />
Legitimarão-se nu Policia, a fim <strong>de</strong> seguirem para<br />
os logares abaixo <strong>de</strong>clarados conformo a <strong>de</strong>signação<br />
feita pelos legitimados:<br />
Porto por Lisboa: Miguel da Cunha Tavares, José<br />
Alexandre <strong>de</strong> Azevedo, Manoel Joaquim Fernan<strong>de</strong>s,<br />
Albino Francisco Maia, Antônio Joaquim Paes, Manoel<br />
José <strong>de</strong> Brito, Francisco Pinto <strong>de</strong> Carvalho<br />
Bustos, Antônio <strong>de</strong> Souza, Manoel Rodrigues Moreira,<br />
Manoel da Silva <strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares<br />
Leite, Jofio José da Cunhu, Manoel Lopes, José<br />
do Couto Ferreira, José Netto, Antônio Francisco<br />
Dias, Manoel José da Silva, Antônio <strong>de</strong> Carvalho,<br />
Manoel José da Silva, Antônio Carvalho do Sá, Portuguezes;<br />
Emitia Garcia Fernan<strong>de</strong>s, Hespanholo.<br />
Montoi<strong>de</strong>o: Manoel José Dias Pereira, Antônio<br />
José Gomes Pereira, Brasileiros.<br />
Costa do Mina pela Bahia: Marcolino Teixeira,<br />
preto forro; Constança Maria Carlota, preta forra.<br />
Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />
Adolpho Focrstcr, Allcmfies.<br />
Europa: José Joaquim da Fonseca Coutinho, Caetano<br />
Pinto, Portugueses.<br />
Secretaria da Policia da Corte, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
<strong>1863</strong>.— F. J. <strong>de</strong> Lima.<br />
helação das pessoas sepultadas no dia 10 ds<br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>. .<br />
Scnhorinha Maria da Conceição, Fluminense, 60<br />
annos, viuva. Gastro interite.<br />
Manoel Joaquim Nogueira, Português, 57 annos,<br />
casado. Gastro entero hepato-collite.<br />
Maria* filha <strong>de</strong> José Maria Ribeiro dos Santos,<br />
Fluminense. 10 dias. Convulsões.<br />
Maria, filha <strong>de</strong> José Antônio <strong>de</strong> Silva Guimarães,<br />
Fluminense, 8 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />
Um feto, filho <strong>de</strong> Van<strong>de</strong>ncssc, Fluminense. Inviolabilida<strong>de</strong>.<br />
Ca rol i na, filha do Capitão Luiz José da Fonseca<br />
Ramos, Fluminense, 7 annos. Tétano.<br />
Lúcia na Angélica Ronatur, Brasileira, 45 annos,<br />
viuva. Amolecimento cerebral.<br />
Adolpbo Helmirt, Allcmão, 34 annos. Piarrhèa.<br />
Francisco dos Santos Torres, Fluminense, 26<br />
annos, solteiro. Tuberculos pulmonares.<br />
João, Africano, 39 annos, solteiro. Tuberculos<br />
pulmonares,<br />
Antônio SiIverio dos Santos, Brasileiro, 38 artnos,<br />
viuvo. Tuberculos pulmonares.<br />
Uma criança, do cõr parda, morta na Roda.<br />
Luiz, filho do Adão Luiz <strong>de</strong> Souza, Fluminense,<br />
6 mezes. Convulsões.<br />
Sepultarão-se mais 11 escravos, sendo <strong>de</strong> tuberculos<br />
pulmonares 1. <strong>de</strong> febre typhoi<strong>de</strong> 1, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento<br />
cerebral i, <strong>de</strong> bronchio pneumonia» 2,<br />
<strong>de</strong> hypertrophia 1, <strong>de</strong> febre perniciosa 1, <strong>de</strong> píricardite<br />
I, <strong>de</strong> meningite. 1, <strong>de</strong> congestão cerebral t,<br />
e <strong>de</strong> marasmo 1.<br />
usam ADMINISTRATIVOS.<br />
S E G U N D A PAGADORIA DO THRKOURO<br />
Nacional.<br />
PagSo-se no dia 13 do corrente aos professores paMrcos<br />
os seus or<strong>de</strong>nados e consignações do mez <strong>de</strong> D«<br />
hro próximo passado.<br />
Rio, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—.4. F. Vaz.<br />
PagSo-se no dia 14 do corrente no Barracão do Campo*<br />
da Acclamação aos Srs. dos escravos que trabalharão nas<br />
Obras Publicas, os seus vencimentos até o ultimo do mez<br />
<strong>de</strong> Dezembro findo.<br />
Rio 10 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—A. F. Vax.<br />
Banco DO Brasil*<br />
A taxa dos <strong>de</strong>scontos no Banco do Brasil continua<br />
a ser <strong>de</strong> 10 % para todos os títulos em geral, sendo<br />
8 */• para as letras do próprio Banco.<br />
O Banco empresta sobre caução <strong>de</strong> títulos Commerciaes<br />
pela taxa <strong>de</strong> 10 •/, e <strong>de</strong> apólices e acções <strong>de</strong> companhias<br />
pela <strong>de</strong> 11 •/., conforme a tabeliã afiliada na<br />
sala das propostas do mesmo Banco.<br />
Continua igualmente o Banco a receber dinheiro a<br />
prêmio, somente em conta corrente, pagando á razão<br />
dc 7 •/••<br />
O Banco compra ouro <strong>de</strong> 22 quilates <strong>de</strong>vidamente ensaiado<br />
na Casa da Moeda ao preço dc 4g000 a oitava.,<br />
Secretaria do Banco do Brasil em 12 <strong>de</strong>Janeiro dc <strong>1863</strong>.<br />
— O Secretario do Banco, Manoel Marques <strong>de</strong> Sá.'<br />
O B R A S militares.<br />
A Direciona Geral, em virtu<strong>de</strong> do Aviso do Ministério<br />
da Guerra dc 7 do corrente mez, tem <strong>de</strong> contrariar<br />
os concertos dc que precisão os xadrezes n.°* 14<br />
c 16 e outros compartimentos da fortaleza da Lage:<br />
quem se quiser encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />
nesta Repartição para os esclarecimentos precisos, sendo<br />
as propostas apresentadas firmadas pelos proponentes e<br />
seus fiadores, e isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste mez, ao meio<br />
dia, em que serão abertas, presentes os proponentes.<br />
Em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O 1.° Escripturario, Domingos<br />
José Monteiro Pinto <strong>de</strong> Lacerda»<br />
Correio da Corte.<br />
O lllm. Sr. Administrador do Correio <strong>de</strong>sta Corte e<br />
Província do Rio dc Janeiro, manda annunciar que<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já recebe propostas cm cartas fechadas para a<br />
compra dc lacre encarnado <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> para fechamento<br />
das malas da correspondência; <strong>de</strong>vendo cada proposta<br />
ser acompanhada dc amostra, para preferir-se a<br />
melhor e dc menor preço.<br />
Administração do Correio' da Côrtc cm 12 dc Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Contador, F. Cor<strong>de</strong>iro Men<strong>de</strong>s.<br />
Cartas retidas por diversos motivos<br />
Antônio Joaquim Severol Barbudo. 1 ; Antônio Ncry<br />
da Silva, 1; Antônio Salustiano Machado, f ; Amorno<br />
Thomaz Carvalho Costa Júnior, 1; Bastos Ferreira<br />
& C.\ 1 ; Carlos Augusto Mullcr, 1; Clemente José<br />
Fernan<strong>de</strong>s, 1; Domingos da Cosia Pinheiro, 1; Eclina<br />
Maria dos Santos, 1 ; Emitia Iréné Dodgcon, 1 ; Excquiel<br />
<strong>de</strong> Campos Porto, 1 ; Francisco Luiz dc Vasconçellos,<br />
1; Francis Moran, I; Francisco Tellcs dc<br />
Menezes Júnior, 1; Joaquim Rosa <strong>de</strong> Abreu Magalhães,<br />
1 ; Joaquim Ferreira ' Pinto, 1; Joaquim Francisco<br />
Fernan<strong>de</strong>s, 1 ; José Ignacto Rodrigues, 1; José<br />
Ferreira <strong>de</strong> Cabeça, 1; Josó Francisco da Silva. 1; José<br />
Gomes Pereira Bastos, I; José Joaquim da Silva, 1;<br />
José Marcollioo Pereira dc Yasconcclloi, 1; José Malloso<br />
dc Andra<strong>de</strong> Câmara, 1; Licinto Jaosen Muller 1 :<br />
Manoel Casimiro da Rocha Júnior, 1 ; Manoel Joaquim<br />
Brita, 1 ; Manoel Zeferino Soares 4c C.*, 1; Paulino<br />
da Silva, 1; Circulares' com dirccçüo à Bahia, 51.<br />
Segunda Secção cm 10 dc Janeiro dc <strong>1863</strong>.— J. F.<br />
C. <strong>de</strong> Mello.<br />
PARTE COMERCIAL.<br />
PRAÇA. 12 DE JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Cotações ojficiacs da Junta dos Corretores.<br />
Não houve cotações.<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte. F. D. Machado.<br />
Pelo Secretario, C. Poirson.<br />
Rendimentos MO mez âe Janeiro,<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, .do dia 1 a 10 371:290*783<br />
Do dia 12.<br />
107:078^807<br />
Somma.<br />
Da Rccebcdoria, do dia 2 a 10....<br />
Do dia 12<br />
Somma......<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2 a 10.,<br />
Do dia 12<br />
Somma<br />
478:3685890<br />
BMUBQOE9 DB CAPE NO DU 10 DE JlNFIkO.<br />
M. Lackemam «V Comp. (Hamburgo)....<br />
Johnslon & Comp. (New-York).<br />
W. I. Baird & Comp. (Estados-t'nidos)!<br />
Diversos (Dinercnles portos)...;..<br />
81:8719138<br />
10:5499653<br />
92:420$79i<br />
37:8009705<br />
9:592*974<br />
46:8939079<br />
Sacas.<br />
2.000<br />
1.842<br />
1.063<br />
10<br />
Total. 4.915<br />
Des<strong>de</strong> o 1." do mez ,,,, 34.157<br />
Draeorgas para o dia 15 3 dr J A -<br />
metro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
PARA A ALFÂNDEGA.<br />
Navios atracados.<br />
Galera franc. Lusitano, do Ilavre.<br />
— franc. France At Chily, do Havre.<br />
Barca ing. Silvercraey, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
Em saveiros.<br />
Galera pori. África, do Porto.<br />
Brigue tiamb. Antonie, <strong>de</strong> Santa Helena.<br />
— bamb. Feiga, <strong>de</strong> Lisboa.<br />
— hamb. John Harley, <strong>de</strong> Londics.<br />
— sueco Henrik, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
Pa tacho hamb. Odtn, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
—• franc. Maragnan, <strong>de</strong> Marscille.<br />
PARI OS TBAWCIIES AtFANDEfiADOS, B DESPACHO<br />
SOBBE AGI'A.<br />
Galera ing. Sedbench, <strong>de</strong> Cardiu*.<br />
Barca port. Silencio, do Porto.<br />
— amer. Whnheimer, <strong>de</strong> New-York.<br />
— amer. Agnis, <strong>de</strong> Baltímore.<br />
— amer. Cliflon, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
— franc. ChevreuU, <strong>de</strong> CardiiT.<br />
— hamb. Elite «Sc Schimidt, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
—• argent. Anna, âe Huenos-Ayres.<br />
— ing. Noami, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
!Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> Cardiff.<br />
Brigue port. Conceição <strong>de</strong> Maria, <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />
— port. Minho, <strong>de</strong> Montevidéu.<br />
— port. Júlio, dc Lisboa.<br />
— russo Tri<strong>de</strong>nt, <strong>de</strong> Gopenhaguc.<br />
— amer. Prestissimo, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
— nac. Alegrete, <strong>de</strong> Paisandú.<br />
— Me. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
' — nac. Águia <strong>de</strong> Prata, da Colônia.<br />
—- arg. Christina, do Rio da Prata.<br />
— sueco Guslav, <strong>de</strong> Whesterwcck.<br />
— hamb. Jngeborg, <strong>de</strong> Hamburgo. 1<br />
— norueg. Lidador Ralf, <strong>de</strong> New-Castle.<br />
i — íng. Helena, <strong>de</strong> New-Castle.<br />
JPolaca hesp. Theresa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />
1 'atacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Monlevidéo.<br />
— nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
líscuna nac. Maltesa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />
— dinam. Terpsichore, dc Cadix.<br />
IMPORTAÇlO.<br />
MANIFESTOS.<br />
BABCA BRASILELHA-— EMILIA,—DO BIO DA PRATA.<br />
Carne secca: 3.923 quinta es.— Couros: 33.—<br />
Línguas: 3.664 vem a Costa Pereira Paiva eComp.<br />
BARCA BRASILEIRA — FRATERNIDADE — DE MONTE<br />
VIDÉO.<br />
, Carne secca: 4.900 quintaes. — Couros; 80 a Souza<br />
' Arrox : 454 sacos.—Café: 2.361 sacos.—Couros:<br />
SLfcSSr.—Feijão: 1.147 sacos.—Fumo: 477 rolos.—<br />
Ma<strong>de</strong>ira: 53 1/2 dúzias.—Milho: 1.062 sacas.—<br />
IVrfvtttw: 2 sacos.<br />
MOVIMENTO DO PORTO.<br />
SABIDAS HO DIA 11,<br />
Canal—Rrig- -hamb, Sirius, 317 tons., m. M.<br />
Sohst, equip. 9: c. café.<br />
IBaltimore—»Pat. Norte-Amer. Prestissimo, 396<br />
tons.^ m.. John F. Jantes, equip. 10: c. café.<br />
Cape Town—Brig. ing. Afriçan Maid, 223 tons.,<br />
m. Thomaz Arnison, equip, 9; c. café.<br />
Buenos lyres — Brig. Brasileiro Mercantil, 179<br />
tons m. Manoel Martins da Costa, equip. lo,<br />
r. farinha dc mandioca<br />
Porto Alegro — Brigue Pampa, 165 tons., m. Josó<br />
Joaquim da Fonseca Moirclles, equip. 12; c. vários<br />
gêneros.<br />
Bahia—Brigue Mecklcnburguensc Jnlius, 363 tons.,<br />
m. B. J. Bnsclow equip. 9, em lastro <strong>de</strong> pedras.<br />
— Brigue Port. Lusitano, 328 tons., m. Antônio<br />
José Caiado, equip 13: c. farinha dc trigo.'<br />
Santa Catharina—Brig. Argonauta, 187 tons.; m.<br />
Emílio Deogenes dc Oliveira, equip. 10: em lastro<br />
dc pedra.<br />
Paranoguá—Pat. Triumpho <strong>de</strong> Inveja, 126 tons.,<br />
m. José M
CORTE.<br />
DIÁRIO OFFICIAL<br />
POR ANNO 12#>000<br />
POR SEIS MEZES... 632)000<br />
IMPÉRIO DO BRASIL<br />
POR TRES MEZES. . 3$000<br />
PROVÍNCIAS.<br />
PCR ANNO........ 16&000<br />
PCR SEIS VFZBS. . . Siff)000<br />
POR TRES MEZES... 4$000<br />
ANNO DE 1865. QUARTA FEIRA, 14 DE JANEIRO. NUMERO IO.<br />
PARTE OFFICIAL.<br />
UI\ISTER20 DO I1IPKIIIO.<br />
Pela Secretaria dc Estado dos Negócios do Império<br />
se faz publico, que n 16 do corrente mez<br />
Sua Magesta<strong>de</strong> O Imperador Assistirá no Convento<br />
da Ajuda, ú missa quo se alli lia <strong>de</strong> celebrar, ás 10<br />
horas da manhã, por ser o dia do a aniversário do<br />
fallecimcnto da Senhora Princesa 1). Paula; <strong>de</strong>vendo<br />
a Corte comparecer neste acto 'dc casaca<br />
bordada c vestuário preto.<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado dos Negócios do Império<br />
cm 13 do Janeiro dc 1803. — Fausto Augusto <strong>de</strong><br />
Aguiar.<br />
IIIAISTF.IUO 0,1 GUERRA.<br />
EXPEDIENTE UO niA 3 DF. JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
1*. Directoria Geral.<br />
Ao Sr. Commandante da Escola Central, approvando<br />
a proposta, ú que se refere em seu offlcio,<br />
datado <strong>de</strong> 26 do mez próximo Ondo, o na<br />
qual o Director do Imperial Observatório Astronômico,<br />
apresenta para sen Ajudante o 2.° Tenente<br />
do Corpo do Engenheiros José Augusto da<br />
Rocha Lima.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Hahia, <strong>de</strong>clarando<br />
quo FirminO Cypriano do Espirito Santo <strong>de</strong>vi*<br />
ser consi<strong>de</strong>rado exonerado do logar do Alumno<br />
Pensionista <strong>de</strong> Pharmacia do Hospital Militar d'<br />
— Ao da do Amazonas, rcmctfendo o processo<br />
dc Conselho do Guerra do Soldado do Corpo <strong>de</strong><br />
Artilharia daquclla Provincia Francisco <strong>de</strong> Souza<br />
Lima, a Am do ser cumprida a respectiva sentença.<br />
— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> dn Sul, i<strong>de</strong>m os dc<br />
duas praças dos Corpos em Guamição na mesmo<br />
Provincia. '<br />
i « Diversas <strong>de</strong>speza c Eventuaes » do exercício <strong>de</strong> referida Escola Auxiliar <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer os exames man<strong>de</strong> averbar em seus assentamentos o tempo <strong>de</strong><br />
1861—1862,<br />
práticos; e não po<strong>de</strong>m ser passados pela Escola serviço que se mandou juntar ao que actualmcnle<br />
— Ao mesmo, para qne sc sirva mandar pagar no auxiliar os certificados dos cursos militares aos conta.<br />
j ex-Cabo do Esquadra do Corpo dc Artilharia <strong>de</strong> Màtto alumnos que adquirirem a instrucção .theorice o<br />
Drosso Antônio da Costa Faria, a quantia dc 35*$49, pratica, v isto ser da privativa attribuição da Es<br />
De Luiza Maria da Conceição, pedindo que seu<br />
constante do processo que se remettc sob n.° 5.021. cola Mililar pelo art. 11 f do respectivo Regula filho o Soldado do 1." Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m -an A1 feres Bellar mi no Acçipli<br />
mento.<br />
Iloraeío Francisco Tavares seja transferido para o<br />
4.° Batalhão da mesma arma.<br />
dc Vasconcellos a dc 369600, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m n.° 5.169. — Ao da Bahia, communicando que ao Tenente . Do Cabo <strong>de</strong> Esquadra da Companhia <strong>de</strong> Artífi<br />
— Ao mesmo, para que haja <strong>de</strong> expedir as neces- do Corpo dc Estado Maior <strong>de</strong> 1." classe Antônio ces da Fabrica da Pólvora José Alves Ferreiro <strong>de</strong> Ali<br />
sarias or<strong>de</strong>ns a lim dc que o credito concedido ás dc Scnna Madureira, a quem sc conce<strong>de</strong>u um mez I meida, pedindo transferencia para o Corpo <strong>de</strong> Artífi<br />
Thesourarias <strong>de</strong> Fazenda das, Províncias .do Rio do licença para, ir aquella Provincia, é permitlices da Corte.<br />
:Gran<strong>de</strong> do Norte, Parahyba, Sergipe, Bahia e-Goyaz dç> em <strong>de</strong>ferimento a supplica que o dito Tenente<br />
seja augmenlndo com a somma total <strong>de</strong> 50:04õ>712, dirigio, ao Governo Imperial ir estudar na Europa | Do recruta aggrcgado ao Batalhão <strong>de</strong> Deposito<br />
por conta do*$$3.\ 5.°, 6.°, 7.°, 9.°, 10.°, 13.° e- durante dous annos, vias <strong>de</strong><br />
Rodolpho Savenaire Borges, pedindo ficar como ef-<br />
communicação, ven-<br />
14.° do exereio do 1802-<strong>1863</strong>.<br />
cgndo durante esle<br />
fecÜYO no dito Batalhão.<br />
tempo o respectivo soldo e<br />
. empa<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia da Bahia, <strong>de</strong>cla<br />
Do Anspeçada José Vicente Ferreira, e Soldado<br />
rando mm ter-esla Secretaria dc Estado conhecimento — Ao da dn Ceará, remettendo os processos do José Carlos Malaquias, ambos do 12.* «Batalhão <strong>de</strong><br />
algum da divida reclamada pelo Capitão Manoel Conselho dc Guerra dos Soldados dó respectivo Infantaria, pedindo ser IranfCrídos esle para um<br />
José do Menezes'rio,requerimento á que acompanhou Corpo <strong>de</strong> (iuarnição Pedro Manco do Souza, e José dos Corpos estacionados em Pernambuco e aquelle<br />
o seu offlcio <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro ultimo: cumprindo, Baptista da Costa, a fim do serem cumpridas as para o <strong>de</strong> Guamição do Ceará.<br />
porém, <strong>de</strong>clarar que se 6 esta' a primeira reclamação respectivas sentenças.<br />
Do 1 .* Tenente Secretario do Corpo <strong>de</strong> Artilharia<br />
qne faz o referido Capitão, nada ha a <strong>de</strong>ferir, por — Ao da do Pernambuco,' i<strong>de</strong>m c para o mesmo <strong>de</strong> Mato Grosso Antônio <strong>de</strong> Camargo Bueno, pe<br />
haver prescripto ha mnilo o direito A mesma re , fim os <strong>de</strong> duas praças dos Corpos cm guamição d;idindo que se lhe man<strong>de</strong> tirar a nota <strong>de</strong> seu direito'<br />
clamação.quclla<br />
Provincia.<br />
a accesso.<br />
— Ao da <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, <strong>de</strong>clarando, em — Ao da Bahia, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m.<br />
Do Furricl do 4.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé<br />
resposta ao seu offlcio n. 470 dc 11 <strong>de</strong> Dezembro<br />
T- Ao da do Pará, i<strong>de</strong>m os <strong>de</strong> tres praças do Braulio dos Santos Lima, pedindo ser reengajodo<br />
ultimo, relativamente ds vantagens correspon<strong>de</strong>ntes 3.?|Batalhão dc Anilharia u j-é.<br />
com <strong>de</strong>stino ao 10.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
ao exercício <strong>de</strong> Commandante <strong>de</strong> Guamição, que<br />
convém que prevaleça a este respeito o disposto no. 4- Ao da do IIio Gran<strong>de</strong> do Sul, remettendo Do 1.° Sargento do Corpo <strong>de</strong> Guamição do Piauhy<br />
Aviso dc 30 dc Novembro anterior, não obstante ns a õerlidão do assentamentos do Major do 6." Ba Gerinaldo Claro Vai Ia dão, pedindo transferencia<br />
consi<strong>de</strong>rações da mesma Presidência.<br />
talhão dc Infantaria Antônio da Silva Paranhos. para o .5.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
— Ao da Bahia, i<strong>de</strong>m os dos Alferes do 8.° Batalhão<br />
<strong>de</strong> Infantaria José Cia findo <strong>de</strong> Queiroz, c<br />
Bellsario OI Ímpio dn Carvalho.<br />
— An da <strong>de</strong> Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando que se com.<br />
effeito convém ás Praças da respectiva Companhia<br />
<strong>de</strong> Artífices o distribuição da etapa cm dinheiro,<br />
conforme expon<strong>de</strong> em seu oflicio n. 234 <strong>de</strong> 12 dn<br />
,. „ , , , . « - -, , " """""'"i; DAuviiui: rui sen OU Kl o ll. íh%, ue 12 00<br />
aquella Piovineia, togo que haja assignado termo Novembro ultimo, pô<strong>de</strong> dispensar a organisação do<br />
166 pido qual do Regulamento, so obrigue a qtn satisfazer a condição do art. Conselho cconomic<br />
baixou com o Decreto<br />
econômico.<br />
n." 1.900 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Março<br />
—- Ao lnspector da Thesouraria dc Fazenda da<br />
le 1857 ; do que cabe<br />
Ex. dar conte á est<br />
Provincia da Bahia, para que man<strong>de</strong> fazer carga no<br />
Ministério,<br />
Alferes Agostinho José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, da quantia <strong>de</strong><br />
2.' Directoria Geral.<br />
26<br />
Ao Sr. Ministro do Império <strong>de</strong>volvendo o requerimento<br />
cm que o 1.° Cirurgião do Corpo dc<br />
Saú<strong>de</strong> do Exercito Dr. Augusto Vie.loriano Alves<br />
do Sacramento pe<strong>de</strong> ser nomeado Ofllcial da Or<strong>de</strong>m<br />
du Roza. •<br />
— Ao Sr. Ministro da Fazenda communicando<br />
que falleceu na Provincia da Rahia em 9 <strong>de</strong> Dezembro<br />
ultimo; o Capitão reformado dó Exercito,<br />
Guilherme José da Silva.<br />
— Ao Conselheiro <strong>de</strong> Estado Commandante<br />
da Escola Central remei tendo JNffã informar o re-.<br />
que ri meu lo em que a soldado dò 1." Batalhão <strong>de</strong><br />
Artilharia a pé José Ribeiro Galvão, pe<strong>de</strong> licença<br />
para estudar o curso <strong>de</strong> 'sua arma.<br />
— Ao mesmo i<strong>de</strong>m o do 1.° Ca<strong>de</strong>te t.° Sargento<br />
do 10.* Ra talão <strong>de</strong> Infantaria José. Sérgio Teixeira<br />
Júnior.<br />
— Ao mesmo i<strong>de</strong>m o do Alferes Antônio Alves<br />
Ribeiro pedindo permissão para estudar o curso<br />
do listado Maior <strong>de</strong> 1 .* Classe.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, o do Alferes Alumno do<br />
Exercito FrankHn Men<strong>de</strong>s Vianna, pedindo licença<br />
para estudar o curso <strong>de</strong> Engenharia Civil.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província dn Pernambuco,<br />
<strong>de</strong>clarando cm resposta ao oflicio dc S. Ex. <strong>de</strong><br />
5 dc Dezembro do anno findo, em que communicou<br />
á este Ministério não po<strong>de</strong>r vir para esta Corte<br />
o Tenente Antônio dos Santos Caria, como foi <strong>de</strong>t<br />
cr mi nado em Aviso do 20 dc Novembro do dito<br />
anno, por ter o referido Tenente dc respon<strong>de</strong>r a<br />
Conselho <strong>de</strong> Guerra, que S. Ex. o faça embarcar<br />
com aquellc <strong>de</strong>stino logo que sc conclua o respectivo<br />
processo.<br />
í?G40<br />
• 3.* Directoria Geral.<br />
Typograpliia üaciosaal.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte dá Provincia do Maranhão, <strong>de</strong>clarando<br />
que o vestuário para os réos militares exis<br />
Illm. e E\m. Sr—Em virtu<strong>de</strong> das repetidas<br />
tentes uo' forte dc S. Luiz só pô<strong>de</strong> ser fornecido<br />
<strong>de</strong>nuncias cm cornmunicados do Jornal do Com<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vencido.<br />
mercio sobre a Administração da Typographía Nacional,<br />
e principalmente a que sábio publicada no<br />
i a <strong>de</strong>scontar pela o." parte <strong>de</strong> seu soldo. T \<br />
— Ao Director do Arsenal do Guerra da Corte,<br />
<strong>de</strong>volvendo, com potentemente examinados, os livros<br />
<strong>de</strong> receita e <strong>de</strong>speza da 3." Classe do respectivo Almoxarifado,<br />
relativos ao mez <strong>de</strong> Novembro ultimo,<br />
cuja escrlpturação foi encontrada regular.<br />
— Ao Commandante da Escola Militar, para que<br />
informe acerca da prolenção dos Tenentes do Estado<br />
Maior <strong>de</strong> 1." Classe Júlio Anacleto Falcão da Frota<br />
e Antônio Alves Pereira Salgado, ambos empregados<br />
na Escola Militar Auxiliar, ao abono dc gratificações<br />
durante o tempo em que regerão outras ca<strong>de</strong>iras cumulativamente<br />
com on <strong>de</strong> que são proprietários.<br />
— Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, remettendo<br />
para que man<strong>de</strong> pagar, a folha dos Empregados<br />
e 5 ferias dóT^aboratorio do Campinho, processadas<br />
na somma total <strong>de</strong> 3-.928Í690, ajusfondo-sc<br />
outro sim comas ao respectivo Agente da <strong>de</strong>speza<br />
dc 191 $750, feita por conta da consignação, <strong>de</strong><br />
200^000,tudo no mezdc Dezembro próximo passado.<br />
DIA 5.<br />
1." Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia do Espirito Santo,<br />
aütorisando a conce<strong>de</strong>r, na colônia do Guandu,<br />
ao soldado reformado do Exercito Manoel Ferreira<br />
da Gosta um prazo <strong>de</strong> terra igual ao quo por Lei<br />
compete á praça quo finda o seu tempo <strong>de</strong> serviço;<br />
« a fazer idêntica concessão ao ex-Soldado<br />
do Corpo <strong>de</strong> Guamição <strong>de</strong> Minas Geraes João Vidul<br />
da Silva.<br />
n ?e ao Para, mandando fornecer artigos dc f mesmo Jornal dc 31 do mez findo, entendi do<br />
fardamento ao Corpo <strong>de</strong> Guamição do Amazonas. meu <strong>de</strong>ver tirar a limpo o que havia <strong>de</strong> fundado<br />
— An Director dn Archivo Militar, <strong>de</strong>clarando nas nrgnições feitas ao Administrador daquelle Es<br />
que o concerto do edificio do salilre importou em tabelecimento ; t; para esto'fim .or<strong>de</strong>nei ao Sub-Di-<br />
21)03000.<br />
reclor interino o Sr. Sebastião Ferreira Soares,<br />
— Ao do Hospital Mililar, mandando fornecer que dirigindo-se immcdiatamcnte á Typographía,<br />
medicamentos ao laboratório do Campinho. c tendo em vista o que na já referida communicação<br />
sc <strong>de</strong>ra, bem como na carta anonyma que.<br />
— Ao do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m V. Ex. ha dias recebeu -e mc transmiltio, infor<br />
diversos objectos ao asylo <strong>de</strong> inválidos.<br />
masse minuciosamente dp que constasse.<br />
4.' Directoria Geral.<br />
No Relatório que acabo do receber do dito Sub-<br />
Ao Sr. Ministre da Fazenda, reinei lendo para qne<br />
Dircctor, do que levoá presença do V. Ex., se <strong>de</strong><br />
haja ir mandar pagar-, • a- Teria dos patrões e remonstra<br />
que. não ha procedência nas aceusações<br />
fBltâs ao Administrador da Tvpographia, o qual<br />
mei ros dos escal<strong>de</strong>s das Fortalezas, relativas á 9."<br />
pelo seu procedimento c zelo não <strong>de</strong>smentido con<br />
quinzena do mez <strong>de</strong> Dezembro findo processadas tinua a merecer a confiança que o fez nomear para<br />
na quantia <strong>de</strong> 1:4243000.<br />
aquelle logar.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m a dos Africanos livres Deus Guardo a V. Ex.— Directoria Geral das<br />
e escravos dn Nação pertencentes ao Arsenal do Rendas Publicas cm 3 <strong>de</strong> Janeiro do <strong>1863</strong>.— Illm.<br />
Guerra da Còrlc, relativas á referida quinzena, i<strong>de</strong>m o Exm. Sr. Conselheiro Viscon<strong>de</strong> do Albuquerque,<br />
na <strong>de</strong> 109*620.<br />
Ministro e Secretario <strong>de</strong> Estado dos Negócios da<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província da Bahia, appro Fazenda e Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal dó Thesouro Navando<br />
a reducção no numero dos Serventes do rescional.— O Director Geral, Luiz Antônio <strong>de</strong> Sampectivo<br />
Hospital Mililar, segundo .participa em seu paio Vianna.<br />
offlcio n.* loo <strong>de</strong> 23 dc Dezembro ultimo.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, aütorisando a mandar<br />
effcciuar a compra dos cem cavallos para o respec<br />
Hospital militar da GuarniçiEo da<br />
tivo Corpo do (.avaliaria, sobre quo versa o seu<br />
Vòvte.<br />
oflicio n.* 239 <strong>de</strong> 14 dc Novembro ultimo. Afappa dos doentes que existido em 30 <strong>de</strong> Novembro<br />
—'Ao lnspector da Thesouraria <strong>de</strong> Fazenda <strong>de</strong> e dos que entrarão, sakirão e morrerão em todo<br />
Pernambuco, para que man<strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r, a contar o_ mes <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1802, e doa que ficão exis<br />
do 1.* do corrente mez, a consignação dn 40&000 tindo para oi." <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
mensaes que <strong>de</strong>ixou naquclla Provincia o Major do<br />
Estado Maior <strong>de</strong> 2." Classe Trislão Pio dos Santos,<br />
n.Yrn.lriÃo<br />
enviando a competente guia, com urgência, a esta<br />
Directoria Geral dc Contabilida<strong>de</strong>.<br />
— Ao da dc Mato Grosso, <strong>de</strong>clarando que fica<br />
interinamente approvada» até que sc effectúc a reforma<br />
dos Arscnaes <strong>de</strong> Guerra a nomeação, feita<br />
por S. Ex., do Francisco da Silva-Men<strong>de</strong>s para<br />
Ajudante do Porteiro do Arsenal dc Guerra daquclla<br />
Provincia.<br />
— Ao da dc S. Pedro, i<strong>de</strong>m immcdiatamcnte ao<br />
Tenente Coronel <strong>de</strong> Engenheiros Antônio Carneiro<br />
Leão, a consignação do respectivo soldo que <strong>de</strong>ixou<br />
na mesma Provincia, i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m.<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m que o Governo não conce<strong>de</strong><br />
a licença, qne pe<strong>de</strong>, para tratar <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong><br />
o Escrivão do Arsenal <strong>de</strong> Guerra daquella Provin — Ao dn <strong>de</strong> Mato (irosso, para quo man<strong>de</strong> pagar<br />
cia José Antônio Freitas do Guimarães; o oulrosim an Capitão dn Estado Maior do 2." Classe Bcne- Asylo d> Invalidas.*!<br />
que <strong>de</strong>vo o referido Escrivão continuar susdicto Jorge <strong>de</strong> Faria, o soldo integral, a contar do Alumnos da KSROLA Central<br />
asa<br />
— Ao da <strong>de</strong> Santa Catharina, i<strong>de</strong>m, o do Soldado<br />
I.* Batalhou dc Anilharia<br />
penso dn exercício do seu emprego, conforme foi 1.* tio corrente em quo foi suspensa n Consignação<br />
do Batalhão <strong>de</strong> Deposito Joaquim Lndislau Leal.<br />
apé<br />
1689<br />
por S. Ex. <strong>de</strong>terminado, cmqúonlo não li na lisa r <strong>de</strong> 26?i'.O0, que mensalmente <strong>de</strong>ixava nesta Côrtc; 1." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria. i»|set<br />
379 L<br />
— Ao da <strong>de</strong> Pernambuco, i<strong>de</strong>m os dc tres praças o processo, á que tem <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r perante a au com linda que faça saber ao referido' Official que í.° Batalhão dr Infantaria.<br />
14<br />
do 2.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria.<br />
torida<strong>de</strong> judicial, c do resultado do qual cabe a havendo cabido em exercício findo a consffjmação 6.* Bata hso dp Infantaria.<br />
3<br />
. 11<br />
I." Batalhíld dr Infantaria<br />
— Ao da <strong>de</strong> S. Paulo, <strong>de</strong>volvendo o processo V. Ex. dar prompto conhecimento á este Minis relativa á 18G1—1862 em conseqüência do seu pro da Guarda Narimi.il da<br />
do Conselho <strong>de</strong>. Investigação do Soldado do restério, para sua <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>liberação.<br />
curador não sc ter apresentado em tempo para rc- Corte.,..,,...<br />
pectivo Corpo <strong>de</strong> Guamição, Antônio Luiz Pereira<br />
cebel-a, cumpre-lho requerer quanto antes a liqui 3 ° Batalhão dc Infantaria<br />
dc Sampaio, a flm do que o dito Soldado responda<br />
2.* Directoria Geral.<br />
dação da divida, nos termos da Circular dc 6 dc da Guarda Nacional da<br />
Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />
Ao<br />
Agosto dc 1847.<br />
Curte<br />
Conselho Supremo Militar <strong>de</strong> Justiça Batalhão do Engenheiros.<br />
295<br />
re<br />
3.» Directoria Geral.<br />
mettendo ns processos dc Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> — Ao lnspector da Pagadoría das Tropas, para Corpo dc Artífices da<br />
Corte<br />
20 praças dos dilTercntes Corpos do Exercito, a<br />
Ao Conselho Administrativo do Arsenal dc Guerra<br />
fim<br />
mandar in<strong>de</strong>mnisar o Major do Estado Maior dn 2." Corpo dc Artífices da<br />
dn serem <strong>de</strong>finitivamente julgados.<br />
Classe Trislão Pio dos Santos, da quantia <strong>de</strong> 3318000, Itah ia. Ü<br />
Còrlc, mondando comprar diversos objectos para<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Minas Geraes, que <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u com o seu transporte e dc sua fa Companhia dc Enfermei<br />
trabalhos das onVmas do mesmo Arsenal. M communicando cm resposta ao oflicio <strong>de</strong> S. Ex. mília <strong>de</strong> Cnyabá até Monlevidéo. '<br />
ros<br />
zs<br />
Empregado do Hospital..<br />
— Ao Director do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, do 15 dc Novembro do anno findo que os exem — Ao mesmo, remeltcndo para que man<strong>de</strong> pagar, Presos da Fortaleza <strong>de</strong><br />
31<br />
i<strong>de</strong>m form cr 20 clavinns para instrucção dos aluroplares dos Regulamentos o or<strong>de</strong>naneas mandadas os documentos dc <strong>de</strong>speza da Fabrica da Pólvora pro- Santa Crus -<br />
nos dá Kscola Militui<br />
Presos da Korfalesa da<br />
194<br />
adoplar uo nosso exercito pelo Decreto n.° 2.97b c essa d a na quantia dc 7.139?S0I, ajustando-se con Lago<br />
-— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m. i<strong>de</strong>m o fardamento preciso <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Outubro do dito anno, remeti idos para tas ao respectivo Director interino da <strong>de</strong> 3530280, 1Ke^imenlo <strong>de</strong> Cavalla<br />
13<br />
para guamição do escaler ao serviço da dita Es- o Corpo do Guamição e Companhia dc ("avaliaria cflerlind.i por conta d.» consignarão <strong>de</strong> 5009000, •' ria Ligeira............<br />
SAI<br />
ciln.<br />
da mesma Provincia forão os quo lhe toca vão se tudo no mez do Dezembro ultimo.<br />
I.* llPfiiinenii» <strong>de</strong> Artilha<br />
1720<br />
ria a cavallo<br />
31<br />
gundo a nota dc distribuição: que estão dadas<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m diversos objectos á<br />
Escola <strong>de</strong> Tiro do Campo Gran<strong>de</strong>.<br />
as precisas or<strong>de</strong>ns paro serem-lhe enviadas os oito<br />
->- Ao Director da Colônia Militar do Urucú, <strong>de</strong> Bcforgnadoe.<br />
139<br />
Recrutas da Fortaleza <strong>de</strong><br />
exemplares das inslrucções dc Panot pnra o Corpo «I<br />
volvendo o contracto com o Dr. Gau<strong>de</strong>ncio <strong>de</strong><br />
Santa Cena............<br />
— Ao mesmo, i<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>m 9 Iam peões ao asylo <strong>de</strong> Guamição, e- que ns or<strong>de</strong>ns do dia n.° .''30 e<br />
Araújo e Sá, que acompanhou o seu Ofiicio n." 30 I Sen entes Africanos du<br />
<strong>de</strong> inválidos.<br />
<strong>de</strong> ti
DIÁRIO OFFICIAL.<br />
Rio. 13 «Io Janeiro ato f MS.<br />
A com missão nomeada pela praça do commercio<br />
para promover a subscripçâo nacional, rennio-sc<br />
honlem na casa do Sr. Viscon<strong>de</strong> da Ipanema, que<br />
foi nomeado presi<strong>de</strong>nta. O Sr. T. Ottoni foi no—<br />
meado^Secrctario e o Sr. Barão <strong>de</strong> Ifaua Tlicsonrciro.<br />
Leu-se em seguimento um o<strong>de</strong>io do Conselheiro<br />
Paulo Barbosa, commuoicando que Sua Magcstadc<br />
o Imperador subscreve com 8r000>000 mensaea, a<br />
começar do corrente mez, por todo o tempo que<br />
fdr necessário para so preparar o paiz para qualquer<br />
eventualida<strong>de</strong>; que Sua Magesta<strong>de</strong> a Imperatriz<br />
subscreve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Já com 5:0009000 e mais f:0009000<br />
mensaei pelo mesmo modo; e que cada uma dai<br />
Sereníssimas Princesas subscrevem com 1:0003000<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a mais 5009000 mensaes <strong>de</strong> sua dotação,<br />
também pelo mesmo modo.<br />
Depois <strong>de</strong>sta leitura, t commissão <strong>de</strong>liberou nomear<br />
outras Idênticas, na forma da autorisação conferida<br />
pelo voto da praça» nac capitães dc todas as<br />
províncias, exceplo nas <strong>de</strong> S. Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro |<br />
a Minas.<br />
Correspondência do «Diário Oflicial.»<br />
Ungia (erra. — Londres 8 d* Dezembro <strong>de</strong><br />
1862.—E* saUsfaclorio po<strong>de</strong>r nssignalar que na Inglaterra<br />
, apesar do gran<strong>de</strong> mal proveniente da<br />
guerra civil Americana, as estatísticas <strong>de</strong>ste anuo<br />
âemonslrio uma pequena differença para menos<br />
no balanço commercial do Rcino-ünido comparado<br />
com os dos annos prece<strong>de</strong>ntes. D'ahl resulta proximamento<br />
que a Grã-Bretanha, po<strong>de</strong>ndo assim<br />
equilibrar as suas forças, consolidara a serie do medidas<br />
econômicas que a bem da industria e da liberda<strong>de</strong><br />
do commercio iniciou mediante os recentes<br />
Tratados com a França e Bélgica e as reformas introduzidas<br />
nas suai Pautas do Alfân<strong>de</strong>gas.<br />
O phenomeno econômico, que acima Oca apontado,<br />
pô<strong>de</strong> explicar-se rasoavetmento pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
que em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas reformas tem obtido o com<br />
mercio entre a Grã-Bretanha c as diversas Nações<br />
globo, sendo <strong>de</strong>mais semelhante resultado<br />
assaz conveniente para talvez modificar as idéas daqueffes<br />
que, filiados na escola do systema prohibitivo<br />
cm rnateria dc commercio (embora alguns<br />
fejlo levados a essa crença pelo receio <strong>de</strong> exporem<br />
o direito fiscal, centro da vida social a política, a<br />
uma mina inevitável) combatem a theoria absoluta<br />
da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> commercio. A Grã-Bretanha<br />
tem aclualmentc as suas tarifas simplificadas, reJullando-lhe<br />
como é sabido uma diminuição nas suas<br />
ren<strong>de</strong>s <strong>de</strong> centenares <strong>de</strong> mil libras esterlinas; mas<br />
a conseqüência <strong>de</strong>sse expediente, longe do <strong>de</strong>sequilibrar<br />
<strong>de</strong> modo permanente a receita do listado,<br />
tem sido <strong>de</strong>senvolver a riqueza publica trazendo<br />
comsign a gradual aproximação das som mas que a<br />
Fazenda Publica percebia em tempos menos pros-<br />
I peros para o commercio c Industria nacional. A<br />
França, que outrora resistira a reformai <strong>de</strong>sta espécie,<br />
eioUa boja pelos beneficias que em conseqüência<br />
do abandono do seu systema do prohibiçto<br />
quasi absoluta começa a o solai ir.<br />
As socieda<strong>de</strong>s políticas ou listados vivem doa meios<br />
que lhes procura o Fisco: ninguém <strong>de</strong>sconhece essa<br />
promelter a política da Inglaterra cm relação ao<br />
Gabinete <strong>de</strong> Washington. Ora, uma tão pru<strong>de</strong>nte<br />
abstenção, motivada como foi paio Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Russell,<br />
não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> receber o apoio geral<br />
da Nação, que até hoje tem sempre secundado a<br />
marcha firme, mas suave que o Ministério tem seguido<br />
relativamente aos suecessos políticos da União<br />
Americana. Não é pois dado concluir que esse estratagema<br />
dc partido indique na opinião publica<br />
uma tendência adversa á administração actual, quo<br />
aliás continua a merecer as sympathias geraes do<br />
paiz.<br />
O Gabinete <strong>de</strong> Londres não <strong>de</strong>sconhece, como<br />
por vezes tem significado, o vantagem que haveria<br />
para a Grã-Bretanha na cessação da luta<br />
Americana; nem <strong>de</strong>spresará uma oceasião oportuna<br />
para chegar a esse Um. Mas, conhecendo a<br />
irritação quo no Norte da União existe contra este<br />
paiz, procura para obter o <strong>de</strong>sejado resultado,<br />
servir-se do meios que alem <strong>de</strong> cfilcazcs conciliem<br />
os interesses dos partidos contendores com os da<br />
Nação Britannlce. A dilficulda<strong>de</strong> para este Governo<br />
tem até agora estado em achar esses meios: c o<br />
Ministério Paimerston-Russcl 1 não os <strong>de</strong>scobrio<br />
por sem duvida no projecto <strong>de</strong> mediação dc Mr.<br />
Drouin <strong>de</strong> Lhuys.<br />
O <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 90 dc Outubro ultimo , em que o<br />
Gabinete <strong>de</strong> Paris significou aos <strong>de</strong> Londres c <strong>de</strong> lvtersburgo<br />
a intenção <strong>de</strong> oflerecer aos Governos <strong>de</strong><br />
Washington c <strong>de</strong> Richmond a sua mediação, pedindo<br />
esse fim o apoio da Inglaterra o da Ruasla, as*<br />
signava por certo os verda<strong>de</strong>iros motivos porque o<br />
mundo civilisado, e especialmente essas três Potências,<br />
vê com pecar a continuação <strong>de</strong>ssa tão <strong>de</strong>sgraçada<br />
luta. Não ha duvida <strong>de</strong> que os gran<strong>de</strong>s interesses<br />
que sobro tudo as mencionadas Potências tem comprometlidos<br />
por virtu<strong>de</strong> daquella contenda, as.relações<br />
<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> existentes entre a gran<strong>de</strong> Republica<br />
o cm especial a França, Inglaterra e Rússia,<br />
o finalmente o receio do uma insurreição aarvil<br />
quo ameaça aqwlln parte do continente Americano,<br />
são razões assás fortes para <strong>de</strong>terminar um Governo<br />
neutro e amigos a oiferecer os seus bons ofllolns<br />
ern favor da paz. Asslgnar porém esses motivos<br />
não importa a solução da difliculdadc nem ao<br />
por seu lado a não aceitar aquelle alto posto em<br />
favor do Príncipe que ellas protegem. Tal parece<br />
ser a actual política da Grã-Bretanha a respeito<br />
<strong>de</strong>sse importante acontecimento político.<br />
A Inglaterra vé claramente que a Grécia, escolhendo<br />
para seu Rei o Príncipe Alfredo, leva por<br />
fim seus projectos <strong>de</strong> engran<strong>de</strong>cimento contra o<br />
Protoctbrado das Ilhas Jonicas e mais que tudo<br />
contra a Turquia ; c nestas circumstancías po<strong>de</strong>ria<br />
ella rasoavclmente servir um plano cheio <strong>de</strong> tantos<br />
perigos. Esse pequeno Estado, dilacerado pelo cancro<br />
que o tem roido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> soa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong>fa, apresenta<br />
um espetáculo <strong>de</strong>sanimador; e não é por<br />
certo com tacs condições que o Governo Britannico<br />
substituirá pela influencia da Grécia a sua, naquella<br />
parto do mundo, que interessa tão <strong>de</strong> perto a balança<br />
política da Europa.<br />
Mtteratura.<br />
OS MISERÁVEIS.<br />
POR VICTOR HUGO.<br />
As duos ultimas partes,—ídylio na rua PlumH<br />
e Epopia na rua <strong>de</strong> S. Dinix.—João Yaljran,<br />
As commissões das capitães das províncias nomearád<br />
também commissões loca ei nos municípios<br />
e freguézfas; e o mesmo fará a corri missão central a<br />
respeito do'município neutro c das ires províncias<br />
exeeptuadas.<br />
As G horas da lar<strong>de</strong> a com missão dirigio-sc ao<br />
Paço <strong>de</strong> S. Chfiftovlo; e o Sr. T. Ottoni, <strong>de</strong>signado<br />
pelos outros membros para seu orador, dirigiu<br />
á Sua Ifagcslado o seguinte falia:<br />
« Senhor.—Quando ha poucos dias as nuvens<br />
essomavão ameaçadoras no norisontn da nossa política<br />
externa, Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial reclamou<br />
nobremente a sua qualida<strong>de</strong> do Brasileiro e correu,<br />
como tal, a compartilhar os perigos com os seus<br />
com patriotas.<br />
« A tormenta nbnnançon, 6 verda<strong>de</strong>, mas um<br />
rugido longínquo nos adverte, quo novas paocellus<br />
po<strong>de</strong>m levantar-se.<br />
« Assim o eoÉtpretten<strong>de</strong>u o patriótico povo flo<br />
minense co mo órgão doa sentimentos da nação<br />
inteira.<br />
« O povo fluminense. Senhor, quer sem duvida<br />
a paz, se pu<strong>de</strong>r obtêl-a com honra. Mas enten<strong>de</strong><br />
que nos <strong>de</strong>vemos preparar para qualquer eventualida<strong>de</strong>.<br />
« Por isso forão os cidadãos presentes encarregados<br />
<strong>de</strong> promover uma aubscrlpcáo patriótica para<br />
dotar-se a armada nacional com alguns vasos <strong>de</strong><br />
goefra encoufaçadns.<br />
« Vossa Magesta<strong>de</strong> Imperial », ou por<br />
o ensejo que lhe offcrecêra recentemente a França, terreno naquelle campo político que ella ambiciona, clllpte, Corintho, simplesmente. Essa taberna go-<br />
para uma mediação conjuneta com a Rússia na recorreu aos Gabinetes <strong>de</strong> Paris e <strong>de</strong> S. Pctersburgo sava <strong>de</strong> um nome clássico por causa das suas car-<br />
questão americana, do quo teria talvez provido a para que fosse revalidado o Protocolo que exeluio do pas fritas, que erão annunciadas por este leiteiro<br />
terminação daquello confliclo, tão ambicionada pela Throno da Grécia os Príncipe* das Famílias Reinantes <strong>de</strong> orthograpbia um pouco equivoca: Carpes áo<br />
Grã-Bretanha, attenta a influencia que, sobre suas quo pertencessem as gran<strong>de</strong>s potências signatárias do gra». O tempo, e as chuvas que açoitavão essa ta-<br />
condições internas, está elle exercendo. Significa, Tratado dc 1832: tão convencido parecia estar o bolota, apagarão o S, que terminava a primeira pa<br />
porém, essa voz a expressão dc um sentimento na Gabinete <strong>de</strong> Londres <strong>de</strong> que a escolha do Povo lavra e o (/, que começara a terceira, resultando<br />
cional partilhado pela maioria da Nação, ou c ella Grego para novo Rei não recahiria sobre o Príncipe d'alu uma eplgraphe latina <strong>de</strong> um sentido bastante<br />
acaso a expressão do um sentimento hostil <strong>de</strong> poucos Alfredo da Inglaterra! Os suecessos posteriores, philosophíco: carpe horas.<br />
homens, como suece<strong>de</strong> quando dous partidos extre porem, vicrão mudar i face daquella situação; e<br />
mados se ochão cm luta ? A maioria da imprensa hoje que esse Príncipe lnglez está sendo procla<br />
Em 1832. Corintho era explorada pela viuva<br />
ingleza, que apoiou a política do Ministério Palmado Rei em toda a Grécia, a Grã-Bretanha vê<br />
Hucheloup c suas duas criadas, « Malelotte eGibemerston<br />
acerca da referida proposta do Gabine nisso o direito que pertence a um povo livre, diiotte<br />
D, tres figuras grotesca?, muito bem esboçadas<br />
te <strong>de</strong> Paria, <strong>de</strong>ixa evi<strong>de</strong>ntemente perceber que reito tanto mais amplo que as três Potências sig<br />
pelo Sr. Hugo. Elle <strong>de</strong>screve com a facundia dos-<br />
nesta questão o partido conservador não teve <strong>de</strong> natários do Tratado <strong>de</strong> Londres se apressarão em<br />
seus melhores dias essas Thormopylas da revolta, o<br />
seu lado as sympatbiaa gera es do paiz; e a ver esten<strong>de</strong>r a nova situação política da Grécia o prin<br />
curioso aspecto d essa pequena tropa <strong>de</strong> eatudau*<br />
da<strong>de</strong> é que não só a quasi totalida<strong>de</strong> da imprencipio mo<strong>de</strong>rno da não intervenção!<br />
les c operários, resolvidos á conservarem-se alli<br />
sa, como também a opinião publica, i<strong>de</strong>ntificou-<br />
á pé firme, até chegar a morte ou a resolução. No<br />
se com as rasões que o Governo da Rainha julgou Entretanto o Ministro inglez não parece Incli meio do tumulto c dos preparativos <strong>de</strong> combate,<br />
<strong>de</strong>ver altegar para abster-se <strong>de</strong> uma intervenção nado a aconselhar a aceitação do Th rono da Grécia não achamos graça nas pilhérias do secptico e bêbado<br />
prematura na questão Americana. Não é que o por parte do Princepé Alfredo, porque está con Grantaire, que adormeça alli on<strong>de</strong> vai começar a<br />
Gabinete Brltaonico <strong>de</strong>seje menos do que qualquer vencido, <strong>de</strong>'accordo com a maioria do paiz, que luta, e não acorda senão para morrer.<br />
oniro a solução <strong>de</strong> uma crise, que traz involvidos <strong>de</strong>ssa política surge ria para a Grã-Bretanha um Em compensação, a constante e intrépida joviali-<br />
interesses dc tantos snbditos ingleses; é sim que grave embaraço em relação a questão do Oriente. da<strong>de</strong> dc Gavroche, lança <strong>de</strong> vez em quando um alegre<br />
O objecto da mediação proposta pela França, im Busca todavia utf fixar essa influencia inesperada con reflexo nas peripécias d'esse drama sinistro; elle d<br />
portando para o norte <strong>de</strong>svantagens palpáveis, tra os planos da Bussia e da França, que para seus o Ariel d'essa tempesta<strong>de</strong>, « Já, vinha, subia, <strong>de</strong>scia,<br />
prejudicava por ai só o fim da tentativa, c dahi o fins preten<strong>de</strong>m eollocar o Príncipe <strong>de</strong> Lcuchtcnberg tornava 4 subir, fazia baralho. Todos o vião, todos o<br />
motivo porque ao Gabinete <strong>de</strong> Londres cumpria sobre o Throno Hellcnico; e, intrigando nesse sen ou\ião.—Animo í mais pedrasí mais pipas! mais<br />
<strong>de</strong>clinar a aceitação' <strong>de</strong>ssa proposta, quo a sèr entido, o Gabinete <strong>de</strong> Londres virá provavelmente materiaes! Um pouco <strong>de</strong> entulho para tapar este busaiada<br />
sem resultado favorável só serviria <strong>de</strong> com- a renunciar a candidatura do Príncipe Alfredo com raco. E' multo pequena esta barricada, vamos fa-<br />
tanto quo a França e a Rússia se compromeltão zel-a maior. Tragão para aqui tudo, atirem para
aqui tudo, amontoam aqui tudo f £ correndo, lagarellando,<br />
gesticulando, Gavroche presta um importante<br />
serviço aos seus novos amigos., Descobre entre<br />
elles um sujeito da cara tão impassível que nSo pódc<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser suspeita; examina-o bem. observa-o,<br />
e <strong>de</strong>nuncia ao general Enjolras a presença <strong>de</strong> um<br />
Grego <strong>de</strong>ntro dos muros <strong>de</strong> Trova. Ésso falso insurgente,<br />
é um nosso amigo velho, o inspector Javert.<br />
Enjolras manda immediatamentc algemar esse inimigo,<br />
annunciando-Ihc com a mais doce voz, que<br />
será fuzilado no ultimo momento so a barricada for<br />
vencida. Javert ouve essa communicação com o<br />
maior sangue frio, e contiuúa a dar attenção á<br />
tudo como sc nada tivesse havido, « assistindo ao<br />
progresso da revolta com a resignação dc um mortyr<br />
o a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um juiz. » Decididamente,<br />
Javert é o personagem mais heróico dos Miseráveis.<br />
Durante esse tempo, em quanto não chegava a<br />
hora suprema, alguns estudantes,, reunidos em um<br />
canto da laberna, ouvem um d'cnlrc elles recitar estrophes<br />
amorosas que parecem roubadas da carteira<br />
do jovem o já celebre author das Orientaes. Algumas<br />
d'essas cstrophcs são lindíssimas :<br />
Lembros-te, orchanjo, do viver tão doce<br />
Que ambos gosamos quando bem creanças,<br />
Tendo um <strong>de</strong>sejo, o <strong>de</strong> adorar-nos sempre,<br />
E <strong>de</strong> com flores enfeitar as trancas,<br />
'Quando ajuntando tua ida<strong>de</strong> á minha<br />
Nem quarenta annos o total dizia,<br />
E, na choupana, em primavera tudo,<br />
Té mesmo o inverno, para nós corria ?<br />
Do mundo occultos, nossa vida em riso<br />
Vedado frueto á <strong>de</strong>vorar dc amor,<br />
Era, e seu peito respondia á frase<br />
Mal cm meus lábios <strong>de</strong>spontava a flor.<br />
VI.<br />
Depois d'esse gracioso intervallo, o drama val-sc<br />
tornando cada vez mais triste. Desejaríamos po<strong>de</strong>r<br />
citar por extenso a <strong>de</strong>scri pç.ão do primeiro assalto;<br />
uma das paginas mais bem coloridas <strong>de</strong> toda a<br />
obra. Depois <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scarga, os aggrcssorcs teníão<br />
uma surpresa nocturna que por pouco não teve<br />
bom êxito. Vai ser tomada a barricada, quando<br />
dc repente chega Mario, que dispara immcdiatamcnte<br />
as taes duas pistolas dc Javert, quo a final<br />
lhe servem para alguma cousa. Essa proeza<br />
não seria bastante para proporcionar aos insurgentes<br />
algumas horas <strong>de</strong> folga; porém, aproveftnndo-sc<br />
da escuridão produzida pela fumaça, Mario<br />
lança um barril <strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>ntro da barricada<br />
já invadida, entra para o centro d'clla, e ameaça<br />
os inimigos <strong>de</strong> fazer saltar tudo pelos ares se elles<br />
não sc retirão. O ar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sesperada revolução do<br />
infeliz amante <strong>de</strong> Coseta <strong>de</strong>nota que elle é muito<br />
capaz <strong>de</strong> fazer o qae diz, e á vista d'isso, os mais<br />
<strong>de</strong>stímidos recuão.<br />
Entretanto, Mario, julgou ver na confusão da luta<br />
uma espingarda apontar para elle, e uma mão<br />
tapar a boca da arma mortífera no momento<br />
Legitimarão-se na Polii ia, a fim <strong>de</strong>seguirem para<br />
os In|iaros abaixo <strong>de</strong>clarados conforme a <strong>de</strong>signação<br />
feiti pelos legitimados.<br />
Porto por Lisboa: Manoel lõàquim^jcrnan<strong>de</strong>s,<br />
Francisco Pinto <strong>de</strong> Carvalho Itaslns, Antônio <strong>de</strong><br />
Souza, Manoel Rodrigues Moreira, Manoel da Silva<br />
<strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares Leite, Joio José da<br />
Cunha, Manoel Lopes, José do Couto Ferreira,<br />
José Nettó, Antônio Francisco Dias, Manoel José<br />
Silva, Antônio <strong>de</strong> Carvalho, Caetano Pinto, José<br />
Joaquim da Fonseca Coulinho, Manoel Alves da<br />
Fonseca Júnior, Manoel Moreira Leal, José da Silva<br />
M olheiros, Antônio -da Silva, José Marques, Luiz<br />
Alves <strong>de</strong> Carvalho. Manoel Antônio Gomes, Clementina<br />
Roza, Josó Maria da Silva, Maria José<br />
Pereira, José Domingues, Manoel da Silva Gue<strong>de</strong>s<br />
Rcnto José Pinheiro, Portuguezes; c Kmilia Garcia<br />
Fernan<strong>de</strong>s» flçspanhola.<br />
Itália: Vfneenzo Risano, Italiano.<br />
Montevidéo: Manoel José Dias Pereira, Brasileiro,<br />
Felicc Ijogtari, Palombo Leonardo, l.uca Antonto.<br />
Italianos.<br />
Grata da Mina pela Bahia : Marcellino Teixeira,<br />
Constança Maria Carlota, pretos forros.<br />
Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />
Adolpho Foerster, AilcmOcs; e P. Szoumer, Austríaco.<br />
Europa: Ffrmlno <strong>de</strong> Souza, Firmino Coelho c<br />
Manoel do Amaral, Portogueaes.<br />
Secretaria da Policia da Corte, 13 da Janeiro <strong>de</strong><br />
<strong>1863</strong>.—F. /. <strong>de</strong> Lkm<br />
Pela Secretaria da Policia da Cdrlc se faz poblico,<br />
para conhecimento <strong>de</strong> quem convier, que se aehao<br />
rwwhidos a Casa do Dcteaçio os escravos Manoel, c<br />
Joanna, que dizem pertencer o 1 .• a Júlio Piliout,' o<br />
o S.« a Antônio Martins.<br />
Secretaria da Policia da Corte, 13 dc Janeiro<br />
<strong>de</strong> 18671.—F. J. <strong>de</strong> Lima,<br />
Malúrão-sn anto-hoRtem para o consumo da cida<strong>de</strong><br />
209 rezes incluídas 3 vitelas, asquses forão vendidas<br />
aos preços <strong>de</strong> 40 a 180 réis á libra, sendo 4 regeitadas<br />
pelo Medico dc semana.<br />
Matarão-se honlem para n consumo da cida<strong>de</strong><br />
190 reses incluídas 3 vilelas, as qunes forão vendidas<br />
aos preços <strong>de</strong> 60 a 160 réis a libra*<br />
Relação dai pessoa* sepultadas no dia 11 <strong>de</strong><br />
' Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
Hermenegildo, filho do Dr. José Manoel do Moraes,<br />
Fluminense, 4 annos. Meniugo cncephafite.<br />
Antero, innocento exposto, Fluminense 7 dias.<br />
Febre intermitente.<br />
Salvador, innoccnteexposto. Fluminense, 20 dias.<br />
IctericJA.<br />
Firmina Rosa <strong>de</strong> S. José, Fluminense, 32 annos.<br />
lcloricia.<br />
Fleuterio Bodrlgues Damasceno, Mineiro, 18 annos<br />
. Tuberculos pulmonares.<br />
Francisco Antônio Martins, Portugucz, 45 annos,<br />
solteiro. I<strong>de</strong>in.<br />
Theresa, preta forra, Benguella, 80annos, solteira.<br />
Cachcxia.<br />
Pedro José Serrão, Portugucz, 36 annos, viuvo,<br />
(íastro en tentes.<br />
Antônio, forro, Calharinense, 40 annos, solteiro.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Rosa Maria da Conceição, Angola, 42 annos, casada.<br />
Congestão cerebral.<br />
Eugenia Maria da Conceição, Fluminense, 40<br />
annos, sol lei ra. Gastro cnlcro collte.<br />
Luísa Eugenia Tavares Carmo, Fluminense, 27<br />
annos, casada. Febre perniciosa.<br />
Joaquim Francisco Martins, Portugucz, 23 annos,<br />
solteiro. Meningite.<br />
O cadáver <strong>de</strong> um preto rcmctUdo pela autorida<strong>de</strong><br />
policial.<br />
Sepullarãose mais C escravos sendo <strong>de</strong> tuberculos<br />
pulmonares 1, <strong>de</strong> bexiaas 1, <strong>de</strong> gastro ontentes 1,<br />
<strong>de</strong> congestão cerebral 1, <strong>de</strong> entero collte 1, <strong>de</strong> febre<br />
perniciosa 1.<br />
Dia 13.<br />
Carolína Emitia Lapa dos Prazeres, Fluminense,<br />
32 annos, casada. Tuberculos pulmonares.<br />
Domingos da Costa Faria, Portugucz, 23 annos,<br />
solteiro. Bronchites.<br />
Miguel Antônio, Porluguez, 30 annos, solteiro.<br />
Febre perniciosa.<br />
Francisco Scarpella, Italiano, 20 annos, solteiro.<br />
Tuberculos pulmonares.<br />
Carolína Brandina da Conceição, Fluminense, 43<br />
annos, solteira. Tuberculos pulmonares.<br />
Marcellino Caolho Tavares, Português 18 annos,<br />
solteiro. Febre typhoi<strong>de</strong>.<br />
Joio Ferreira das Chagas, Calharinense, 30 annos,<br />
solteiro. Tísica pulmonar.<br />
Manoel Lourenço <strong>de</strong> Oliveira, Alagoense, 38 an- j<br />
nos. Tuberculos pulmonares.<br />
Calisto José Segundo, Alagocnse, 22 annos. Diarrhéa.<br />
•<br />
José dc Oliveira, Bio-Gran<strong>de</strong>nse do Norte, 20 an- :<br />
nos. Febre perniciosa.<br />
Francisco Carlos Arche Estrclla, Portugucz, 35<br />
annos. Ferida encisa.<br />
Bernardino Joaquim, Porluguez, 14 annos, solteiro.<br />
Bexigas.<br />
Antônio Vieira Serpa, Portugucz, 40 annos, solteiro.<br />
Febre perniciosa.<br />
Manoel Perca Gonsalves, Bahiano, 40 annos, sol- !<br />
tetro. Tuberculos pulmonares.<br />
Isidoro, innoccnte exposto, Fluminense, 9 dias. i<br />
Enterò-colitê.<br />
Maria, filha <strong>de</strong> Manoel Machado dos Santos,<br />
Fluminense, 4 annos. Inviabilida<strong>de</strong>.<br />
Eugênio, filho <strong>de</strong> Felicida<strong>de</strong> Rosa da Conceição,<br />
Fluminense, 3 annos. Entcrocolite.<br />
Francisco, filho <strong>de</strong> Amélia Augusta das Mercês.<br />
Fluminense, 7 annos. Bronchites.<br />
Francisco, filho <strong>de</strong> Joio Antônio <strong>de</strong> Souza Guimarães,<br />
7 annos. Vomito negro.<br />
Henriqucta, filha <strong>de</strong> Domingos Alves Machado,<br />
Fluminense, 8 annos, Dentição.<br />
Ernestina, filha <strong>de</strong> Basilio Antônio Siqueira,<br />
Fluminense, 11 annos. Gastro ontcro-colile.<br />
Anna Maria Josefina Graagier Thevenel, Bélgica,<br />
tV2 annos, casada. Congestão cerebral.<br />
Maria Carolína, Fluminense, 48 annos, solteira.<br />
Tísica pulmonar.<br />
Maria, filha <strong>de</strong> José Francisco Ribeiro, Flumiminense,<br />
18 annos. Entero-colitc.<br />
José, filho dc José Coelho Bailar, Fluminense,<br />
31/2 annos. Gastro hepato-intérifes.<br />
Uma feto, fP.ha da Africana livre. Barbara.<br />
Joio José da Silva, reméltido pela autorida<strong>de</strong>.<br />
Sepultárão-se mais 12 escravos sendo <strong>de</strong> sarampos<br />
1, <strong>de</strong> hcpalils 1, d.e ; ascites 1, do myelitc 1,<br />
<strong>de</strong> bexigas 1, do febre perniciosa 1, <strong>de</strong> tuberculos<br />
pulmonares 3, <strong>de</strong> apnpiexia 1. <strong>de</strong> inanição 1, e<br />
<strong>de</strong> gastro-interiles t.<br />
mmtm ADMINISTRATIVOS.<br />
Segusutei Pa^-aüoria do 'íhesouro<br />
• .\ a«* i«»ii a I.<br />
Paglio-se no dia 14 da corrente no Barracão da Campo<br />
da Acclamacio aos Srs» dos escravos que irabalhárão nas<br />
Obras Publicas, o* seus vencimentos até o ultimo do mez<br />
<strong>de</strong> Dezembro findo.<br />
Rio 10 dc Janeiro <strong>de</strong> 18C3.—A. Fy Voz.<br />
Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo.<br />
EXTEBNATO.<br />
Do dia 1S ao ulümo do corrente eslnráú abertas as<br />
mairiculas dcsic estabelecimento, <strong>de</strong>vendo ser as petições<br />
dirigidas ao respectivo Sr. Reitor e instruídas <strong>de</strong> certidões<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> c <strong>de</strong> varei na com bom exilo. Admíttcm-se externo<br />
e meio-pensionistas, pagando estes quarenta mil réis c<br />
aquclles vinte e quatro mil réis por trimestre adiantado,<br />
além <strong>de</strong> doze mil réis <strong>de</strong> matricula •nanai. Os<br />
que se não mairiculáo no curso completo dc qualquer<br />
anno pagte quatro mil réis por cada matéria.<br />
Exlernato do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo cm<br />
8 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—José Manoel Garcia, Secretario.<br />
IXRUATTOI<br />
Do dia lo an ultimo do corrente estará aberta a matricula<br />
para os aluamos do Interna todo Imperial Collegio<br />
da Pedro II, <strong>de</strong>vendo os que já o frcqucntào matricular-se<br />
a (c o dia 2o, ficando consi<strong>de</strong>rados vagoi os logares<br />
daqucllcs que sc não apresentarem até este dia, e a<br />
admissão dos novos matriculandos terá logar do dia 25<br />
ao ultimo do mez.<br />
Intcrnaio do Imperial Collegio dc Pedro II, cm 13<br />
dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Secretario interino, S. P. dc<br />
Moraes Abunayuba.<br />
Dc or<strong>de</strong>m do Sr. Dr. Bcitor do Internam do Imperial<br />
Collegio <strong>de</strong> Pedro II, faz-se saber aos Srs. pais c correspon<strong>de</strong>ntes<br />
dos alumnos que <strong>de</strong>sta data até o fim do<br />
Corrente mez acha-se aberto o pagamento do 1." trimestre<br />
do presente anno leclivo, <strong>de</strong>vendo os mesmos procurar<br />
do dito estabelecimento das 10 horas da manhã as 2<br />
na Ur<strong>de</strong> as guias com que te <strong>de</strong>vem eflectuar o pagamento<br />
na Bcccbcdoria do município, e levar <strong>de</strong>pois<br />
dc pagas ao dilo estabelecimento afim dc fazerem -se os<br />
<strong>de</strong>vidos assentamentos.<br />
Interna to do Imperial Collegio dc Pedro II. cm 13<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Escrivão Antônio Maria da Luz.<br />
Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte.<br />
CONCERTO OU Slil.l.INS.<br />
A respectiva Dirccluria aceita propostas no dia 17<br />
do corrente até as 11 horas da manha para o concerto<br />
<strong>de</strong> 99 setlins.<br />
As propostas serão abertas cm presença dos Srs. proponentes»<br />
•<br />
Secretaria do Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Corte, cm 13 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—O Secretario, José Antônio Fre<strong>de</strong>rico<br />
da Silva<br />
Edital.<br />
O Doutor Firmo dc Albuquerque Diniz, Juiz Provedor<br />
étr.. Faço saber aos que u presente edital virem que<br />
por este Juizo, e i:os lermos do Regulamento dc quinze<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> mil e oitocenlos e cincoenta e nove tem<br />
<strong>de</strong> ser arrematado a quem mais <strong>de</strong>r c maior lanço offerecer<br />
no dia <strong>de</strong>sannvc do corrente mez em praça extraordinária<br />
<strong>de</strong>ste JUÍZO, ás portas da casa da travessa<br />
da Barreira n." 27, <strong>de</strong>pois da audiência, um cavallo <strong>de</strong><br />
cor castanha, muito magro, sendo capão, com arreios<br />
velhos no valor dc 203000. li cujo cavallo se acha reputado<br />
do evento, visto que achando-se <strong>de</strong>lido no <strong>de</strong>posito<br />
publico c tendo-sc publicado o respectivo Alvará<br />
<strong>de</strong> editos não tem apparecido até hoje pessoa alguma<br />
com direito a reclamal-o. E para que chegue a noticia<br />
dc todos mando ao Porteiro do JUÍZO afilie o presente<br />
no logar do costume publicando lambem pelas folhas.<br />
Dado e passado nesta Còrle e cida<strong>de</strong> do Rio dc Janeiro<br />
aos doze <strong>de</strong> Janeiro dc mil e oitocenlos c sessenta c<br />
Ires. Eu IIyppoliio Cândido <strong>de</strong> Assis Araújo no impedimento<br />
do Escrivão Silva o subscrevi. —F/rmo <strong>de</strong> Albuquerque<br />
Diniz.<br />
Obras Militares.<br />
A Direciona Geral, cm virtu<strong>de</strong> do Aviso do Ministério<br />
da Guerra dc 7 do corrente mez, (cm dc contrariar<br />
os concertos dc que precisão os xadrezes n." 14<br />
e 16 e outros compartimentos da fortaleza da Lage:<br />
quem se quizer encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />
nesta Repartição para os esclarecimentos precisos, sendo<br />
as propostas apresentadas firmadas pelos proponentes c<br />
seus fiadores, c isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste mez, ao meio<br />
dia. cm que serão abertas, presentes os proponentes.<br />
Em 9 <strong>de</strong> Janeiro dc <strong>1863</strong>.—O I." Escrípturario, Domingos<br />
José Monteiro Pinto <strong>de</strong> Lacerda. (•<br />
Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Edital <strong>de</strong> praça.<br />
N. 70.—Pela Inspeciona da Alfân<strong>de</strong>ga da Còrle se<br />
faz publico, que a poria da rua Direita c logar do costume,<br />
no dia 15 dc Janeiro a 1 hora da tar<strong>de</strong>, se hão<br />
<strong>de</strong> arrematar, livres dc direitos, as mercadorias seguintes:<br />
Sem marca: 3 barricas contendo carvão animal pezando<br />
bruto 21 arrobas, tara <strong>de</strong> 10 0/ o 2 arrobas c 3<br />
libras c liqnido 18 arrobas e 29 libras.<br />
I<strong>de</strong>m: 4 barricas contendo sal <strong>de</strong> chumbo pezando<br />
bruto 896 libras, Iara dc 10 % 89 libras e liquido 807<br />
libras.<br />
I<strong>de</strong>m : 9 barricas con lendo potassa estragada pezando<br />
bruto 4.768 libras, tara dc 10 ".„ 476 libras e liquido<br />
4.292 libras.<br />
I<strong>de</strong>m ; 3 barricas contendo pedra pomes pezando 1.907<br />
libras tara dc 10 "'„ 190 libras e liquido 1.717 libras.<br />
I<strong>de</strong>m : 1 barrica contendo 15 pacotes com pedra pomes<br />
pezando 50 libras.<br />
I<strong>de</strong>m: 9 barricas contendo gesso pezando broto 110<br />
arrobas c 17 libras, tara dc 10 °,'„ 11 arrobas c 1 libra<br />
e liquido 99 arrobas e 16 libras.<br />
I<strong>de</strong>m: 3 barricas contendo gesso pezando bruto 57<br />
arrobas e 24 libras, tara dc 10 °/ 0 5 arrobas e 24 libras<br />
e liquido 52 arrobas.<br />
I<strong>de</strong>m *. 4 sacos contendo gesso pezando bruto 772<br />
libras, tara <strong>de</strong> 2 °/« 5 libras c liquido 757 libras ou<br />
23 arrobas e 21 libras.<br />
I<strong>de</strong>m' 3 caixas contendo gesso pezando bruto 844<br />
libras, tara <strong>de</strong> 10 °. 54 libras c liquido 400 libras ou<br />
15 arrobas c 10 libras.<br />
I<strong>de</strong>m: 23 Garranchos.<br />
I<strong>de</strong>m: 1 peça <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com eixos <strong>de</strong> ferro para<br />
carros pezando 192 libras no valor dc 169000.<br />
I<strong>de</strong>m: 4 pequenos raoitõcs pezando 5 libras.<br />
I<strong>de</strong>m : 2 amarradas contendo arcos dc ferro pezando<br />
12 libras.<br />
I<strong>de</strong>m: 4 pacotes contendo rella <strong>de</strong> composição pesando<br />
3 libras.<br />
Marca B: 2 sacos contendo sementes dc eanhamo para<br />
confeilos pezando bruto 160 libras c liquido 157 libras.<br />
Marca VA: 2 caixas contendo macclla pezando bruto<br />
220 libras e liquido 198 libras.<br />
Alfân<strong>de</strong>ga. 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.—Bernardino JPSP<br />
Berée».<br />
Corroí o Geral dst Corte»<br />
Cartas seguras existentes nesta Thesouraria, è que<br />
não tem tido reclamadas até hoje, o que sc faz<br />
publico a fim <strong>de</strong>. que os interessados as venhão<br />
receber.<br />
Os Srs.: Antônio Gomes Leal, Antônio José Ramos<br />
<strong>de</strong> Oliveira, Con<strong>de</strong> dc Baependy, Francisco Dias Leite, Jeronyrno<br />
da Costa Coelho, Dr. Jeronymo Pereira dc Lima<br />
Campos, João José <strong>de</strong> Souza Rabello, João Vicente Sampaio,<br />
Joaquim Carneiro -<strong>de</strong> Mendonça, José Antônio <strong>de</strong><br />
Oliveira 7 cartas, José Guilherme Silva Martins, Magalhães<br />
& Segcsfrado, Manoel Joaquim Mano, Paulo Cândido<br />
Carlos Garcia, Raymundo Ferreira Araújo Lima, Rodrigo<br />
Augusto da Silva, 2 cartas, Sidonio Moreira Lima.<br />
Thesouraria do Correio Geral da Corte, em 11 dc Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— Pelo Thceoureiro, Veríssimo Men<strong>de</strong>s<br />
Vianna <strong>de</strong> Figueiredo.<br />
PARTE COMMERCIAL.<br />
PRAÇA, 13 DB JANEIRO DE <strong>1863</strong>.<br />
Cotações officiacs da Junta dos Corretores.<br />
Gnnos DIVERSOS : Café l, n boa e superior 7ÍJ350 (honlem).<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />
Pelo Secretario, L I. <strong>de</strong> Vasconcellos.<br />
Rendimentos no mez <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia I a 12 478:368^890<br />
Do dia 13 ......... 58:312^675<br />
Da Rccebcdoria, do dia 2 a 12<br />
Do dia 13;.. ,<br />
Somma. 536:681$565<br />
Somma<br />
Da Mesa Provincial, do dia 2 a 12..<br />
Do dia 13<br />
Somma.......<br />
92:420^791<br />
6:0580403<br />
— —• -<br />
09:3790194<br />
EMBARQUES DR CAFÉ NO DIA 10 DE JANEIRO.<br />
W. Scbmlensky & Comp. (Norwcga)....<br />
Johnston & Comp. (New-York).<br />
M. Lackemam & Comp. (Hamburgo)....<br />
Q. Rudge & Comp. (Estados-Unidos)....<br />
Diversos (DitTcrentcs portos).....<br />
Des<strong>de</strong> o i.° do mez.<br />
Total.<br />
46:0930679<br />
2:7689880<br />
19:662*559<br />
Descargas para o dia 14 <strong>de</strong> Janeiro<br />
dc flH«:t.<br />
PARA A ALFÂNDEGA,<br />
Navios atracados.<br />
Galera franc. Lusitano, do Havre.<br />
— franc. France & Chtlt, do Havre.<br />
Barca ing. Silver Craig, <strong>de</strong>• Liverpool.<br />
F.m saveiros.<br />
Galera port. África, do Porto.<br />
Barca hesp. Carmen, dc Malaga.<br />
— franc. Virgilc, <strong>de</strong> Marscille,<br />
Brigue Ing. John Ilarlry, <strong>de</strong> Marscille.<br />
— hamb. Anlnnie, dc Santa Helena,<br />
Pa tacho hamb. Odtn, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
— franc. Maragna, <strong>de</strong> Marscille.<br />
— pruss. Ida S., <strong>de</strong> Glasgow.<br />
PARA A ILHA DAS COBRAS.<br />
Barca ing. Mistletoe, <strong>de</strong> Londres.<br />
PARA OS TRAPICIIES ALFANDF.GÀDOS, R DESPACHO<br />
SOBRE ACUA.<br />
Galera ing. Iltdberg, dc CardiiT.<br />
Barca ing. Nonmi, dc Liverpool.<br />
— amer. WUhelminc, <strong>de</strong> New-York.<br />
— amer. Agnés, <strong>de</strong> Baltimore.<br />
— amer. Ctifton, dc Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
— amer. Wheatland, <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
— hamb. Elite Schmidt, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
— franc. Chevreuil, dc CardiiT.<br />
— franc. Jates, do Havre.<br />
— argent. Anna, dc Bucnos-Ayres.<br />
Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> CardiiT.<br />
Brigue russo Tridcnt, <strong>de</strong> Copcnhague.<br />
— amer. Prestissimo, dc Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
— hamb. Ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
— port. Júlio, dc Lisboa.<br />
— arg. Christina, do Rio da Prata.<br />
— nac. Alegrete, dc Paisano" ú.<br />
— nac. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
— nac. Águia da Prata, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
Polaca hesp. Theresa, dc Paysandú.<br />
Palacho nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
Rscuna nac. MAlleza, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
EXPORTAÇÃO.<br />
1.800<br />
1.458<br />
1.181<br />
1.051<br />
101<br />
EMBARCAÇÕES DESPACHADAS HO DIA 13 DE JANEIRO.<br />
Baltimore—Barca amer. Empress Thereza, <strong>de</strong> 419 tons.,<br />
consigs. George Rudge Júnior & Comp.; roanif.<br />
1.054 sacas <strong>de</strong> café.<br />
Havana—Pol. hesp. Isidra, <strong>de</strong> 322 tons., consig. Jayme<br />
Romaguera; segue com a mesma carga com que<br />
entrou <strong>de</strong> Buenos-A yres por arribada forçada.<br />
Bio Gran<strong>de</strong>—Barca bras. Norma, <strong>de</strong> 244 tons., consig.<br />
Josó JoSo da Cunha Telks; manif. vários gêneros.<br />
DESPACBO DE EXPORTAÇÃO NO DIA 13 DE JANEIRO.<br />
IMPORTAÇÃO.<br />
MANIFESTOS.<br />
BARCA FRANCEZA —JAME -MAME—DO HAVRE,<br />
Farinha <strong>de</strong> trigo: 1.703 barricas a José Antônio<br />
<strong>de</strong> Figueiredo Júnior.<br />
BRIGUE PORTlT.l EZ—UNIÃO—DE MOTEV1RÉO.<br />
Carne secca: 4.034 quinlaes.— Couros: 50.<br />
Línguas: 2.500 vem a Miguel <strong>de</strong> Avellar.<br />
5.594<br />
39.751<br />
Havre—Na gal. fran. Vietoria, Collings Sharps & Comp.,<br />
84 sacas dc café ; Charles Masset & Comp., 151 ditas<br />
<strong>de</strong> dito ; Francisco Joaquim Gomes, 70 barricas <strong>de</strong><br />
goma; A. Binoche & Comp., 450 sacas <strong>de</strong> café.<br />
— Na barca franc. Jufes, Dreyfus Ainé, 1.003 sacas<br />
<strong>de</strong> café.<br />
Noruega—No brig. russo Fre<strong>de</strong>rick, Wille Schmilinsky<br />
Comp., 250 sacas <strong>de</strong> café.<br />
GALERA INGLEZA — EI.IZA CAROLINE— DE CAROIFF.<br />
Carvão: 1.108 toneladas a Scott Hett.<br />
BARCA INGLEZA—FAVORITE—DE NEW-CASTLE.<br />
Carvão: 148 8/20 tons.—Coke: 313 tons. a Companhia<br />
da Estrada <strong>de</strong> Ferro 0. Pedro fl.<br />
BRIGUE INGLBZ — BROTHERS— DE GASPBE.<br />
Bácalháo. 2.317 tinas a E. Johnston.<br />
GALERA INGLEZA — JANE — DE LIVERPOOL.<br />
Carvão: 1.11V tons. a Irencu 15. dc Souza.<br />
ENTRADAS POR CABOTAGEM NO MA 13 DE JANEIRO<br />
DB 1803.<br />
Gêneros nacionaes.<br />
Agoardcnle: 13 pipas. — Assucar: 80 caixas, 2<br />
fechos, 631 sacos.<br />
Café: 1.858 sacos.<br />
Farinha: 875 sacos.<br />
Jararandú:. 10 dúzias.<br />
Ma<strong>de</strong>ira : 3 dúzias.—Milho: 342 sacos.<br />
Polvilho: 20 sacos.<br />
Toucinho: 40 arrobas.<br />
Gêneros estrangeiros.<br />
Cerveja: 2 barricas.<br />
MOVIMENTO<br />
SAUIDAS NO DIA 13.<br />
Nova York — Brig. Ing. Kanagona, 298 tons., m.<br />
P. Bomcril, equip. 9; c. café.<br />
Ilha Terceira — Barca PoTt. Conceição, 271 tons.,<br />
m. Miguel Ferreira Soares, equip. 11: c. vários<br />
gêneros ; passags. 46 portuguezes.<br />
Montevidéo—Brigue bras. Tentador , 204 tona ,<br />
m. Augusto Simões, equip. II: c. vários gêneros;<br />
passag. Leandro José <strong>de</strong> Vasconcellos,<br />
Santos—Brigue Dinam. Ueindal 202 tons., m. T.<br />
Bodkeo, cqnip. 8 : cm lastro dc pedra.<br />
—- Vapor Pirahy, 109 tons., ni. M. da Cosia<br />
Cancclla, equip. 17: c. vários gêneros, passags.<br />
Thomaz Dufles, e 3 escravos, Bernardo <strong>de</strong> Senna<br />
Bois o Almeida, Cândido Caetano <strong>de</strong> Almeida<br />
Heis, D. Maria Angelina dos Santos, D. Francellna<br />
Maria do Carmo, Bomualdo José Monteiro<br />
do Barros, Antônio Ccsof Guimarães, Claudlno<br />
Luiz do Nascimento, Damazlo Ribeiro, Emílio<br />
Alves Bittencourt Sampaio, Baphael Nunes<br />
Machado, José Bedto<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Motas, Francisco<br />
João Jung, 2 Polfciacs, c 1 preso, os Portuguezes<br />
Antônio Pinto Bodrigues, José Fernan<strong>de</strong>s Fassos,<br />
Antônio Francisco Vieira Júnior, D. Jacinlha<br />
Amélia Vieira, Jacinlho Pacheco, Francisco Pereira<br />
da Bocha, Antônio da Silva Bois, Antônio<br />
Bento Fernan<strong>de</strong>s, Josó Maria Monteiro, Antônio<br />
Dias; Antônio du Silva Ferreira ; os Italianos<br />
u. Vila, A. Ponlrcmole, A. Civalc, G. Cocchio.<br />
G. Liolc: os France/.tí» M. Eyrnnd, N. Deslrò;<br />
o lnglez B. J. L. Harpcr; o Dinamarquês, H.<br />
Boh; o 1 escavo a entregar.<br />
llnbapoana—Put. Especulador, 112 tons., m. José<br />
Luiz dc Oliveira, equip. 8: c. sal e generoa.<br />
S. Mathcus—Hiale Gragoatà, 65 tons., m. Josó<br />
Francisco Lopes da Costa, equip. 5: cm lastro <strong>de</strong><br />
pedra o gêneros.<br />
Ubatuba — Vap. Duarte Primeiro , 90 tons., m. J.<br />
B. da Cunha, equip 14: c. vários gêneros; passag.<br />
o Porluguez José Maria <strong>de</strong> Barros Vianna.<br />
Macahú — Patacho Flor do Rio. 118 tons., m. José<br />
Antônio Gomes dos Santos, equip. 7 : em lastro<br />
<strong>de</strong> arca; passags. Custodio José Pinto A yres, Felipfna<br />
Maria da Conceição, c o Port. Joaquim da<br />
Bocha Júnior.<br />
ENTRADAS NO DIA 13.<br />
Campos—-16 hs., Vap. Diligente, 106 tons.,<br />
,eomm. A. Gomes, equip. 25: c. café a Companhia<br />
Macahé & Compôs; passags. Jofio Fer-<br />
• reira Tinoco Júnior, José Lopes da Costa e Souza,<br />
Manoel Carlos da Silva Araújo, Antônio Bodrigues<br />
da Cosia, Joaquim Alves <strong>de</strong> Carvalho<br />
Bastos, Luiz Antônio Cândido <strong>de</strong> Menezes e Sooza,<br />
e 3 escravos; 2 Policiacs e 2 recrutas; os Portuguezes,<br />
Domingos da Costa Assumpçno, Manoel<br />
Joso do Souza liamos. Manoel Pinto Fernan<strong>de</strong>s,<br />
Antônio <strong>de</strong> Souza Bittencourt, e Hcrmencgildo<br />
José.<br />
— 16 hs., Vap. Ceres, 182 tons., m. J. M. <strong>de</strong><br />
Albuquerque Bloen, cqnip. 21 *. c. vários gêneros<br />
a Joaquim Francisco Torres; passags. Joaquim<br />
Pedro Hebe lio Paiva, e 1 escravo; Antônio<br />
Manoel Peixoto <strong>de</strong> Souza, João Francisco dos<br />
Santos Pcçanha, Pedro Josó Gonçalves, Antônio<br />
Pacheco <strong>de</strong> Campos Lima e 2 Olhos; D. Isabel<br />
Maria Teixeira e 1 escrava; José Francisco Ribeiro,<br />
Manoel Joaquim Baptista Cabral Filho,<br />
Elias Antônio <strong>de</strong> Lima, José Luiz <strong>de</strong> Oliveira»<br />
Manoel Antônio <strong>de</strong> Oliveira Cruz; os Portuguezes<br />
Joaquim Pereira Pinto o sua família; Duarte<br />
Furtado, Antônio Cardoso da Costa Guimarães,<br />
Felippe do Oliveira Penalva,{Joaquim Lopes <strong>de</strong><br />
Magalhães e Nicoláo Dias Carneiro.<br />
S. Mathcus—V ds.. Lancha Conceição, 38 tons.,<br />
m. Antônio José Vicpas, equip. 6: c. farinha<br />
a Manoel José <strong>de</strong> Faria,<br />
— 5 ds.. Lancha 5. Mathcus, 38 tons., m. Leoncio<br />
Francisco da Silva, equip. 5; c. farinha á<br />
Manoel José <strong>de</strong> Faria.<br />
—4 ds., Lancha Nossa Senhora da Conceição,<br />
c2 tons., rn. Manoel Martins da Gosta, equip. 6:<br />
. farinha n Isac & Pedro Chaves.<br />
Itapemerim — 3 ds., Sum. Santa Barbara, 54 tons.,<br />
m. MaLhcus Gomes dos Santos, equip. 6: c. café<br />
e jacarandá a Carvalho Pinto Paiva & Comp.,<br />
passags. Antônio Pires Martins, Joaquim Pires<br />
dc Amorim, Padre Antônio Veridiano <strong>de</strong> Almeida<br />
Foijú, os Portuguezes Francisco Antônio<br />
Moreira e José Francisco Moreira du Bocha.<br />
— 2 ds., Sum., Leonov GV (on,, in. Conrado Alves<br />
<strong>de</strong> Souza, equip. 5: c. ma<strong>de</strong>ira c gêneros a Luiz<br />
Pinto Vellascp. -<br />
Benevcnte — 2 ds.. Brigue Luiza, 174 tons., nu<br />
José Pru<strong>de</strong>ncio da Cunha o Mello, equip. 10: c.<br />
milho e ma<strong>de</strong>ira a João Ferreira dc Mattos.<br />
Bio <strong>de</strong> S. João — 2 ds., Sumaca Bom Jesus <strong>de</strong> Mim,<br />
84 tons , m. Joaquim Francisco <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />
equip. 6: c. ma<strong>de</strong>ira a Bocha Brito e Comp.<br />
Cabo Frio — 1 d., Pat. 5. Sebastião. 5S tons., m.<br />
Fortunato José dos Santos, equip. 6: c. café e milho<br />
á José Bodrigues Meira Torres.<br />
Parati Mambueaba o Angra — 6 1/2 lis., do ultimo<br />
Vap. Pedro Segundo, 167 tons., m. L. Machado,<br />
rqtiíp. 23: e. café ao Dr. Cândido José Cardoso,<br />
pássàgsXpjfhmcndador Manoel José Cardoso, Dr.<br />
Francisco José Cardoso Júnior/ Antônio Vicente<br />
Darcníberg,£lanoel José <strong>de</strong> Souza, Antônio Senna<br />
Soares, José .Moreira Fialho htnior, Antônio.4o<br />
Oliveira Coelho, Antônio Coelho Junior, Antônio<br />
Francisco Sanlos Bustos. José, Alves da Silva Junior<br />
, Felippe <strong>de</strong> Castro Albuquerque, Major Vicente<br />
íluet <strong>de</strong> Bacellar Pinto Gue<strong>de</strong>s o 1 escravo;<br />
Anlonio Ribeiro Guimarães Junior, Dr. Theophilo<br />
Ilibeiro dc Rezen<strong>de</strong> e 1 escravo.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Typopraptiia Nacional <strong>1863</strong>.<br />
Roa da Guarda Velha junto á fs*ecrttaria do Imparia,
CORTE.<br />
POR ANNO... fe&OOO<br />
POR SEIS MEZES. . . * CíDOOO<br />
POR TRES MEZES, . 3.°<br />
Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Ricardo Alexandre Corrêa<br />
dc Farias.<br />
— Ao da do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, i<strong>de</strong>m a do Alferes<br />
do 3." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Francisco Galdino<br />
Nepomueeno da Silva.<br />
— Ao da do Paro\ i<strong>de</strong>m ã fio T.°" Tenente do<br />
3.* Batalhão <strong>de</strong> Artilharia a pé, Francisco Anlo- 1<br />
nio dc Moura.<br />
— Ao da dc Pernambuco, i<strong>de</strong>m a do Capitão do<br />
7.° Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Antônio José <strong>de</strong> Corvalho<br />
Júnior, e prevenindo a S. Ex que opportunamente<br />
lhe serão remettidas ns certidões <strong>de</strong><br />
assentamentos das praças do mesmo Batalhão, cons- i<br />
tantos da relação que acompanhou seu ofiicio n." j<br />
1.119 do 12 <strong>de</strong> Novembro do anno findo.<br />
— Ao da do Rio' <strong>de</strong> Janeiro, communicando<br />
que se achão expedidas as convenientes or<strong>de</strong>ns<br />
para serem <strong>de</strong>volvidos os indivíduos <strong>de</strong> nome Mariano<br />
Gonçalves Coelho, e José Antônio Alexandrino<br />
das Chagas, vindos d'aquella Provincia como<br />
recrutas para o Exercito, visto terem sido julgados<br />
incapazes do serviço -militar.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Sergipe, exigindo certidões <strong>de</strong> assentamentos<br />
dos soldados do 7.» Batalhão <strong>de</strong> Infantaria<br />
Antônio Vieira dc Mello o' Manoel Benedicto<br />
<strong>de</strong> Moura vindos daquella Provincia cm 21<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1861.<br />
— Ao da <strong>de</strong> Mato Grosso, i<strong>de</strong>m do soldado do<br />
7." Batalhão <strong>de</strong> Infantaria Manoel Joaquim do Nascimento,<br />
que em 22 do Março <strong>de</strong> 1852 passou para<br />
o mcsuio Batalhão, sendo do 2.* dc Artilharia a<br />
pé.<br />
— Ao da do Ceará, <strong>de</strong>volvendo.o processo do<br />
Conselho dc Investigação do soldado do respectivo<br />
Corpo <strong>de</strong> Guamição João Pinto Bezerra, a fim dc<br />
que o dito soldado responda a Conselho <strong>de</strong> Guerra.<br />
— Ao Conselho Supremo Mililar <strong>de</strong> Justiça remettendo<br />
os processos <strong>de</strong> Conselhos <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong><br />
3 Ofliciaes e 29 praças dos differcntes Corpos do<br />
Exercito a fim <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>finitivamente julgados.<br />
3/ Directoria Geral.<br />
Ao Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná, <strong>de</strong>clarando<br />
que se expedirão or<strong>de</strong>ns ao Arsenal <strong>de</strong> Guerra<br />
e Hospital Militar da Corte, para fornecerem diversos<br />
objectos á Enfermaria Militar da mesma<br />
Provincia.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Provincia do Pará , enviando<br />
por cópia a informação do Director do<br />
Arsenal <strong>de</strong> Guerra da Cdrte, requisitada cm seu<br />
ofiicio n.° 412, acerca das differenças encontradas<br />
nos volumes ultimamente para alli rcmcttidos.<br />
— Ao da Bahia, <strong>de</strong>clarando que <strong>de</strong>ve remetter<br />
para a Côrtc, ou mandar ven<strong>de</strong>r, o cobre velho<br />
alli existente, caso não seja preciso.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Administrativo,<br />
previnindo que <strong>de</strong>ve passar guia no Thesouro, para<br />
cobrar <strong>de</strong> Luiz Alves Pereira Machado, a multa<br />
cm que incorreu, por não ter entrado a tempo<br />
com os diversos artigos que se propoz a ven<strong>de</strong>r.<br />
— Ao Conselheiro Cirurgião mór do Exercito,<br />
para que mando fornecer ao Arsenal do Guerra<br />
da Corte SOO baixas, segundo os mo<strong>de</strong>los n.°* 1 e<br />
5, <strong>de</strong>stinadas á Enfermai ia Militar do Paraná.<br />
— Ao Director do Arsonol <strong>de</strong> Guerra da Corte,'<br />
mandando fornecer ao Corpo <strong>de</strong> Artilharia do Amazonas,<br />
um livro mestre geral, c dous ditos para<br />
as Companhias.<br />
— Ao Director do Hospital Militar da Corte,<br />
mandando fornecer ú Enfermaria Militar do Paraná<br />
diversos objectos.<br />
4." Directoria Geral.<br />
— Ao Sr. Mini.stro da Fazenda, pare que haja<br />
<strong>de</strong> mandar pagar ao Coronel Director das Obras<br />
Militares da Corte, a quantia <strong>de</strong> 859500, proveniente<br />
das <strong>de</strong>spezas miúdas por elle feitas no mez<br />
<strong>de</strong>Dezembro ultimo.<br />
1 Ao lnspector da. Pagadoría das Tropas, para<br />
mandar ajustar contas e abonar ajuda <strong>de</strong> custo pelo<br />
máximo, correspon<strong>de</strong>nto â viagem do Santos a<br />
Goyaz, ao Capitão Joaquim Ferreira <strong>de</strong> Paiva. .<br />
— Ao mesmo, communicando haver sido nesta<br />
data processada a conta <strong>de</strong> réis 2998820, proveniente<br />
da <strong>de</strong>speza feita com o arranjo dos livros<br />
e mais objectos do Archivo da mesma Repartição,<br />
tia intelligencia <strong>de</strong> qúe fica terminada a autorisação<br />
que tem para esse fim.<br />
— Ao Director do Arsenal da Guerra da Côrtc,<br />
pnra que man<strong>de</strong> effectuar na feria da 1 .• quinzena<br />
do corrente mez, o <strong>de</strong>sconto dos 9 dias que faltou<br />
no mez próximo, passado, o Fiel interino Antônio<br />
Corrêa <strong>de</strong> Albuquerque. .<br />
Requerimentos in<strong>de</strong>feridos.<br />
De Thomaz Antônio Maciel Monteiro, Almoxarife<br />
do Hospital Militar <strong>de</strong> Pernambuco, pedindo ín<strong>de</strong>mnisação<br />
da quantia <strong>de</strong> Rs. 1649321, que <strong>de</strong>mais<br />
<strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u no mesmo Hospital, além da consignação<br />
recebida.<br />
— De Maneei Lopes Júnior, soldado do Asylo<br />
<strong>de</strong> Inválidos, pedindo pagamento da differença da<br />
etapa <strong>de</strong> 360 réis; marcada para os Corpos da Corte<br />
e Fortalezas, para a do 400 réis, fixada para as<br />
praças do mesmo Asylo.<br />
MINISTÉRIO DA II1 RI 1111V<br />
! 3." Secção.—Rio <strong>de</strong> Janeiro. Ministério dos Negócios<br />
da Marinha em 20 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
* Na com missão hvnVographiea, <strong>de</strong> que foi incumbido<br />
por Aviso <strong>de</strong> 31) <strong>de</strong> Junho ultimo, <strong>de</strong>ve V.<br />
S. reger-se pelas seguintes instrucçOes :<br />
Art. 1." Colligirá cuidadosamente nas diversas<br />
estações o archivos, quer <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da Marinha,<br />
quer subordinados a outros Ministérios, que para<br />
este efieilo lhe serão franqueados, todas as cartas, ;<br />
mappas, planos, roteiros e memórias sobre a costa<br />
do Brasil, que por ventura alli cxislão, o possão<br />
fornecer elementos para a coor<strong>de</strong>nação da carta<br />
geral da mesma costa.<br />
Art. 2." Reunidos esses documentos em uma dos<br />
salas <strong>de</strong>sta Secreta ria 'dr Estado, para tal firrf^ès^<br />
pecial- o privativamente <strong>de</strong>stinado, organiseri e<br />
registrará om livro próprio um minucioso o methodico<br />
catalogo das plantas, planos e mais trabalhos<br />
obtidos.<br />
Art. 3.° Pela mesma Secretaria <strong>de</strong> Estado dar-seha<br />
conhecimento a V. S. das <strong>de</strong>rrotas apresentadas<br />
pelos com mandantes c ofllciaes dos navios da armada,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> examinadas pela respectiva commissão,<br />
bem como das noticias c communieações que ú<br />
referida repartição forem dirigidas, sobre pharóes,<br />
balisamento <strong>de</strong> portos, <strong>de</strong>scobertas ou reconhecimento<br />
<strong>de</strong> baixios, bancos, recifes, etc , e em geral<br />
<strong>de</strong> quaesquer trabalhos quo se liguem ou possão<br />
interessara empreza que lhe foi commeltida; <strong>de</strong>vendo<br />
não só notar em registro especial as marcações,<br />
cálculos, direcção dos ventos e das correntes, e<br />
observações meteorológicas, <strong>de</strong> que taes <strong>de</strong>rrotas<br />
(ação menção, mas também Indicar as verificações<br />
e estudos, que <strong>de</strong>vão ser leitos, para melhor <strong>de</strong>terminação<br />
o perfeito reconhecimento dos pontos, a<br />
que sc refere a segondu parte <strong>de</strong>ste artigo.<br />
Art. 4.* A fim do dar • necessária unida<strong>de</strong>, e<br />
methodisar as explorações parçiaes o estudos hy-<br />
Urographicos, actual mente em via do execução em<br />
diversos pontos • do nosso litoral, ou que tenhão<br />
<strong>de</strong> ser omprohendidos petas Estações Navaes, <strong>de</strong><br />
conformida<strong>de</strong> com o que está precoituado no art.<br />
5.°' do Regulamento »o Decreto n.° 1.061, dc 3<br />
<strong>de</strong> Novembro do 1852, proporá V. S., <strong>de</strong> acordo<br />
com as presentes instrucçOes, as que <strong>de</strong>vão ser<br />
expedidas, para systematisar taes trabalhos, indicando<br />
os que convenha <strong>de</strong> preferencia encetar ou<br />
Continuar. .<br />
Art. 5.° Quando seja mister verificar a eraclidão<br />
dos trabalhos feitos, ou executar novos, para a ligação<br />
dos existentes eproseguimentoda organisação da<br />
carta geral, o Governo <strong>de</strong>stinará um navio apropositado<br />
á semelhante fim, bem como mandará fornecer<br />
a V. S. os precisos instrumentos, <strong>de</strong>signando<br />
para seus collaboradorcs officiaes que possuão a<br />
Indispensável aptidão e conhecimentos especiaes da<br />
matéria.<br />
Art. 6.° Os estudos e trabalhos hydrographicos<br />
a que se houver <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r, versarão, principalmente,<br />
sobre o seguinte:<br />
1.° Triangulação da costa, e <strong>de</strong>terminação dos<br />
pontos mais notáveis por meio <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> observações<br />
astronômicas; ompregando-se os melhodos<br />
mais seguros e aperfeiçoados para a doducção da<br />
longitu<strong>de</strong>.<br />
2.° Levantamento <strong>de</strong> planos parçiaes <strong>de</strong> todos os<br />
portos, barras o ancoradonros, <strong>de</strong> que não cxislão<br />
plantas dignas dc fé.<br />
3.° Exploração e planta cm separado dos rios<br />
navegáveis por gran<strong>de</strong>s o pequenas embarcações;<br />
o bem assim noticia cifeumstanoinda áccrcA <strong>de</strong> suas<br />
cabeceiras, regimen das suas ngoas, e numero dos<br />
seus tributários.<br />
4." Determinação da profundida<strong>de</strong> das agoas,<br />
com .especificação da qualida<strong>de</strong> do fundo; <strong>de</strong>vendo<br />
as soadas ser expressas em metros e suas subdivisões,<br />
verificar-se. o mais próximo possivel uma<br />
das outras, o até a distancia <strong>de</strong> 4 a 5 léguas do<br />
litoral, reduziodo-se an nível das mais baixas marés<br />
das syngias, as que disserem respeito aos portos o<br />
barras.<br />
5.° Observação não só dos ventos reinantes, durante<br />
a execução dos trabalhos, e sua intensida<strong>de</strong>;<br />
mas ainda da direcção e velocida<strong>de</strong> das correntes. 1<br />
6.° Variação da agulha, quer no mar, quer cm<br />
terra; elevação das marés, estabelecimentos dos portos,<br />
barras e rios, phenomenos do (luxo e refluxo.<br />
Art. 7.* As minutas dos observações, cálculos e<br />
mais trabalhos realisados serão enviadas, por cópia<br />
ou em original, <strong>de</strong> 4 em 4 mezes, á Secretaria<br />
<strong>de</strong> Estado, a flm <strong>de</strong> ahi serem guardadas, e por<br />
este modo acautclar-se o seu <strong>de</strong>scaminho, no caso<br />
<strong>de</strong> algum sinistro.<br />
Art. 8.° Na construcção da carta geral e planos<br />
parçiaes, adoptar-se-ha, como primeiro meridiano,<br />
o que passa pelo Imperial Observatório do Rio dn<br />
Janeiro, com cojovDirector procurará V. S. enten<strong>de</strong>r-se,<br />
a flm <strong>de</strong> conservar-se a par das modificações<br />
ou mudanças resultantes <strong>de</strong> ulteriores observações.<br />
Art. 9.° A escala será uniforme pára todos os<br />
trabalhos <strong>de</strong>sta natureza, expressa em metros o<br />
suas subdivisões, na razão <strong>de</strong> 0,01 por milha <strong>de</strong><br />
gráo do Equador para a carta geral, e <strong>de</strong> 0,05<br />
para os planos e plantas parçiaes.<br />
Art. 10.° A carta será feita em quartéis, que formem<br />
dous atlas; um exclusivamente <strong>de</strong>dicado á<br />
hydrographia geral das costas, outro, especialmente<br />
para os portos, barras, enseadas, &c, <strong>de</strong> formato<br />
tal, que dous planos correspondão a uma folha do<br />
primeiro.<br />
Art. 11.* Quanto ao formato, methodo <strong>de</strong> pre—<br />
jecção, signaca convenciona es, gravuras e mais pormenores<br />
<strong>de</strong> execução, segpjrá,, V. S. os aperfeiçoamentos<br />
mo<strong>de</strong>rnamente aaoptados pelas nações, mais<br />
adiantadas nesta especialida<strong>de</strong>.<br />
Art. 12.° Um roteiro geral, em que, além da<br />
<strong>de</strong>scripção minuciosa <strong>de</strong> todo o litoral, sc especifiquem<br />
e <strong>de</strong>signem marcas fáceis e seguras paro se<br />
<strong>de</strong>mandar os diversos portos, ancoradoures o barras<br />
dos rios navegáveis, se enumerem os perigos, e aconselhem<br />
os meios <strong>de</strong> evitai-os, servirá dc comple- •<br />
mento ás mencionadas cartas, ampliando quaesquer<br />
informações, que o <strong>de</strong>senho não figure, e so reputem<br />
convenientes.<br />
Uma taboa das latitu<strong>de</strong>s e longitu<strong>de</strong>s dos portos<br />
mais notáveis, variações dagul ha, e estabelecimentos<br />
dos portos, drc. acompanhará este roteiro.<br />
Art. 13°. Pela Secretaria <strong>de</strong> Estado serão fornecidos,<br />
mediante requisição <strong>de</strong> V. S. e or<strong>de</strong>m do Ministro,<br />
os instrumentos, livros, papel e mais objectos '<br />
necessários ao expediente e execução dos trabalhos.<br />
O material acima mencionado, c qne por sua natureza<br />
não tenha <strong>de</strong>speza, por * consumo, seira pela<br />
Contadoria lançado em receita n V. S. qne <strong>de</strong>lles '<br />
obterá <strong>de</strong>scarga, mediante as formalida<strong>de</strong>s legaes.<br />
Ari. IA.• Durante a commissfio, <strong>de</strong> qne se oolia<br />
encarregado, ficará V. S.' immcdiatamcnte subordinado<br />
ao Ministro da Marinha, com o qual directamente<br />
sc correspon<strong>de</strong>rá, acerco da quantq_possu interessar<br />
ao bom andamento, e <strong>de</strong>sempenho da mesma<br />
commissão.<br />
Art. 15*. Convindo entabolar e manter relações<br />
e correspondência com o Deposito <strong>de</strong> fartas marítimas<br />
<strong>de</strong> França e Estabelecimentos hydrographicos<br />
ds Inglaterra, Hespanha e Estados-Unidos da<br />
America, V. S. proporá o meio mais fácil e seguro<br />
<strong>de</strong> chegar o esse resultado.<br />
Art. 16*. Terá, outro sim, V. S. por <strong>de</strong>veres:<br />
1.° Propor a acquisição dos instrumentos necessários<br />
ao serviço ds Commissão, tendo em vista as<br />
invenções e aperfeiçoamentos adoptados, liscalisar a<br />
suo compra, e selar a sua conservação.<br />
2.° Dirigir a impressão das cartas, roteiros e<br />
outros documentos relativos á navegação, cuja publicação<br />
for or<strong>de</strong>nada, corrigindo os respectivas<br />
provas.<br />
3.* Indicar d'entre taes publicações as que convenha<br />
expor 4 venda, marcando o preço correspon<strong>de</strong>nte.<br />
4 .* Informar acerca do mérito dos trabalhos d'essa<br />
natureza, apresentados ao Governo, baiisamentos<br />
<strong>de</strong> portos, <strong>de</strong>scrípções e noticias sobre Pharóes, escolhos,<br />
dtc. propondo as correcçoes e additame.ntos<br />
a fazer cm semelhantes documentos, bem como a<br />
suppresxSo daquelles, que, lendo sido dados a lume.<br />
possão prejudicar aos navegantes por suas falsas<br />
indicações.<br />
5.* Relatar annualmcnto, até o fim <strong>de</strong> Fevereiro, :<br />
o movimento o progresso dos trabalhos hydrographicos.<br />
6.° Archivar melhodicamente na sola, para isso<br />
expressamente <strong>de</strong>stinada, as cartas, plantas, planos,<br />
mappas, roteiros, dtc, que possue a Repartição da<br />
Marinha, o aquellcs <strong>de</strong> que venha por qualquer<br />
fôrma a fazer acquisição, velando na sua conservação<br />
e bom arranjo.<br />
Deus Guar<strong>de</strong> a V. S.— Joaquim Raymundo <strong>de</strong><br />
Lamare.— Sr. 1." Tenente da Armada Manoel Antônio<br />
Vital <strong>de</strong> Oliveira.<br />
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,<br />
CO.UM. B OIIRAS riBLICti.<br />
EXPEMENTE DO DIA 2 DE JANEIRO,.DE 1803.<br />
4." Directoria.<br />
Oflicio ao Administrador do Correio da Província<br />
<strong>de</strong> S. Pedro, com o titulo da nomeação do Agente<br />
da Villa <strong>de</strong> S. Jeronymo.<br />
DIA 3.<br />
3.* Directoria.<br />
A Christiano Guilherme, Commandante do Brigue-<br />
Escuna Pi na marquez Haabet, remettendo cópia do<br />
Aviso dirigido oo Presi<strong>de</strong>nte da Província do Paraná,<br />
relativamente ú proposta', que fizera, para compra<br />
<strong>de</strong> terras nas margens do rio Serra Negra no<br />
Assnnguy, a fim, <strong>de</strong> fundar uma Colônia do emigrantes<br />
<strong>de</strong> sua nação.<br />
a>. a Directoria. •<br />
Offlcio ao Director Geral do Correio Franecz, aceusando<br />
o seu <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Novembro, que acompanhou<br />
as contas <strong>de</strong> Julho do anno findo*
— A* Presidência do Para, e quatro á do Maranhão,<br />
aeauanáo vários recebimentos.<br />
— Ao Administrador do Correio, <strong>de</strong>clarando que<br />
Dio se julglo necessárias quaisquer provi<strong>de</strong>ncias<br />
pelo aconlccirnsjnlo que diz alli tivera logar pela<br />
chegada das malas do vapor Brasil, bastando que<br />
man<strong>de</strong> reforçar a gra<strong>de</strong> dc separação,<br />
— Ao Administrador do Correio <strong>de</strong> S. Pedro,<br />
accusandVo recebimento da nota <strong>de</strong> receita c <strong>de</strong>spesa<br />
do primeiro trimestre do aclual exercido.<br />
— Ao Administrador do Correio da Corte, communicando<br />
que o Administrador do Correio da Bahia<br />
Informa ter jé enviado o recibo da carta segura<br />
por Cândido Fernan<strong>de</strong>s Lima paraGodinho Pauto<br />
dr Comp.<br />
—* Ao Administrador do Correio das Alagoas, informando<br />
que o Administrador do Correio da Bahia<br />
par liei pa ter já rcmetlido o recibo do carta segura ,<br />
peto Padre Pedro <strong>de</strong> S. Bernardo para o Vigário<br />
Jacintho <strong>de</strong> Messias Fefjo.<br />
DU 5.<br />
1.' Direcíoria.<br />
1." Serçào.— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Direcíoria da Com -<br />
panhia <strong>de</strong> navegação por vapor no rio Parnahfba,<br />
da Província do Piauby, oulcio, remettendo, por<br />
cópia, os estatutos da mesma Companhia, a llm <strong>de</strong><br />
quo sejão registrados no Tribunal do Commercio<br />
do respectivo districto.<br />
t.° Direcíoria.<br />
Oulcio ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Santa Calhariua, aceusando<br />
o <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro ultimo, cm que informa<br />
ter mandado dar algumas passagens no Vapor<br />
— Ao Administrador do Corre» da Bahia, <strong>de</strong>clarando<br />
ter sido recebido no Correio da Còrle o<br />
recibo <strong>de</strong> carta segura por Cândido Fernan<strong>de</strong>s Lima,<br />
para Godinho Paulo dt Comp., e reclamando o da<br />
carta segura por Manoel Cardoso Moreira para<br />
Kphigcnia Rita da Loureiro.<br />
— Ao Director Geral do Correio Francês, <strong>de</strong>clarando<br />
nio haverem chegado cinco olBcios com<br />
peso <strong>de</strong> SOO grammas, <strong>de</strong> que faz menção o aviso<br />
<strong>de</strong> Pariz.<br />
— Ao Administrador do correio da Bahia com<br />
o titulo do Ajudante da agencia <strong>de</strong> Santo Amaro.<br />
— Ao mesmo com o titulo do Ajudante da agencia<br />
<strong>de</strong> Maragogype.<br />
— Circular aos Directoros das companhias do<br />
Navegação por vapor para que prestem algumas<br />
informações sobre o estado da navegação a cargo<br />
<strong>de</strong>llas.--Derão-se passaportes aos Vapores Apa para<br />
o Norte a Tocantins para o Sul.<br />
DIA 7.<br />
4." Direcíoria,<br />
OfBcio do Administrador do Correio <strong>de</strong> Minas<br />
com os Titulos dos Agentes do Correio <strong>de</strong> Montes-Claros<br />
do Formigas e Capclllnha.<br />
— Ao Administrador do Correio <strong>de</strong> S. Paulo para<br />
quo informo, so n'aquella Administração foi entregue<br />
a Daniel Fox uma carta cujo sobscripto ao reniclte,<br />
e <strong>de</strong>lia se lhe exigio porte: e no caso <strong>de</strong> não<br />
haver sido entregue, ou não haver recordação, <strong>de</strong><br />
informar-se do mesmo Fox por quem a referida carta<br />
lhe foi entregue, se por ella pagou porte, o a quem.<br />
2.' Seeçãv.mandar<br />
pagar<br />
DIA 8.<br />
1.* Direcíoria,<br />
Ao Sr. Ministro da Fazenda, para<br />
Ao Porteiro <strong>de</strong>sta Secretaria <strong>de</strong> Estado, a quantia<br />
do 510700, em que importarão as <strong>de</strong>spezas miúdas<br />
feltra durante o mez passado.<br />
A cada um dos Correios da mesma Secretaria<br />
a quantia <strong>de</strong> 1509000, para cavalgaduras e arrelos.<br />
Os vencimentos que tiverão os empregados da<br />
illuminação a azeite, na importância <strong>de</strong> 32&9000.<br />
— Ao Delegado das Torras Publicas na Província<br />
dc Santa Calharína, para informar quantos colonos<br />
forão imporlados nessa Província pela casa dc Sleinmann<br />
dt Comp., e remetter um mappa geral <strong>de</strong><br />
todos os que ahi entrarão o anno próximo passado,<br />
com <strong>de</strong>claração das Colônias on<strong>de</strong> se estabelecerão.<br />
— Aos Delegados dal Terras Publicas, Offlcio-<br />
Circular, para enviarem mappas <strong>de</strong> todos os colonos,<br />
que entrarão nas respectivas Provincial o anno<br />
próximo passado, <strong>de</strong>clarando o <strong>de</strong>stino que tiverão.<br />
4.' Diraêtorim.<br />
Aviso ao Gerente da Companhia Brasileira <strong>de</strong> Paquetes<br />
para, por conta do Ministério da Fazenda* 1<br />
mandar dar passagem do Governo á ré até o Bio<br />
Gran<strong>de</strong> do Norte a Alexandrino Christiano dé Oliveira.<br />
— Ao mesmo, para igual passagem do Ceará até<br />
o Rio Gran<strong>de</strong> do Norte a D. Leopoldina Amélia <strong>de</strong><br />
Castro Oliveira e nove filhos.— Estes dous Avisos |<br />
forão communicados ao Ministério da Fazenda.<br />
— Ao mesmo Gerente, para mandar dar passagem<br />
<strong>de</strong> convés até Montevidéo ao Alfores José Ignacio da i<br />
Silva Raynaul.<br />
— Ao mesmo para igual passagem até o Pari<br />
•a F. Luiz Henrion.<br />
— Ao mesmo para mandar dar passagem <strong>de</strong><br />
IF.stado a ré até Pernambuco ao Dr. Viclorino do<br />
Mego Toscano Barreto.<br />
— Ao Presi<strong>de</strong>nte da Companhia Intermediária,<br />
ara mandar dar passagem até Paranaguá a João<br />
C rancisco Corrêa, sua mâi, e uma irmã.<br />
— Ao Administrador do correio da Corte com<br />
«m ofRcio do sub<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> S. Sebastião do Alio,<br />
queixando-se do agente, para que informe.—Deuse<br />
passaporte ao Vapor Imperatriz.<br />
DIA 9.<br />
4.* Direcíoria.<br />
OfBcio ao Administrador da OfBcina <strong>de</strong> Estamparia<br />
para mandar fornecer sei 1 os azues ao Admi-<br />
nistrador do Correio dc Pernambuco • Commu-<br />
l V~- —<br />
nicou-se a este<br />
DIA 10.<br />
3.* Direcíoria.<br />
Ao Cônsul da Bélgica nesta Côrtc, communicando<br />
quo o Commandante do navio César se <strong>de</strong>ve<br />
enten<strong>de</strong>r com a Associação Central <strong>de</strong> Colonisação<br />
para o pagamento das <strong>de</strong>spezas feitas com o tratamento<br />
da família do Colono Beckauscn durante<br />
os dias que se <strong>de</strong>morarão a bordo do mesmo navio.<br />
— Ao Cirurgião-Mór da Armada, dizendo que<br />
lhe compete a visita dos navios que entrarem com<br />
emigrantes na semana, que principia no dia 11.<br />
DIÁRIO OFFICIAL<br />
Rio, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> IMS.<br />
2<br />
Temos presente uma carta eacripta da Assumpção,<br />
capital do Paraguay, com data <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Novembro<br />
ultimo, da qual extnhimos as seguintes<br />
informações:<br />
« Continua franca a navegação para a Província<br />
<strong>de</strong> Mato Grosso, sem obstáculo algum da parte<br />
<strong>de</strong>ste Governo.<br />
« Km todo este anno, e neste mez, sahirão <strong>de</strong>ste<br />
porto para o <strong>de</strong> Corumbá, duas Ifrcunas Argentinas,<br />
e uma Igarilc brasileira, medindo todas 75<br />
toneladas o com o carregamento seguinte: 8.000<br />
arroba» <strong>de</strong> sal, 102 barricai e 90 sacos <strong>de</strong> farinha<br />
do trigo, 5 pipas <strong>de</strong> vinho, 339 garrafoes vasios,<br />
10 sacos do arroz, 7 barril <strong>de</strong> azeitonas, 4 barricas<br />
<strong>de</strong> assuear* 5 caixões <strong>de</strong> velas <strong>de</strong> composição,<br />
14 latas <strong>de</strong> biscouto, 30 botijas do azeite, e<br />
1 • 000 sacos vasios.<br />
« Neste mesmo anno até fins do mez passado,<br />
chegou a este porto, em lastro, vinda <strong>de</strong> Corumbá,<br />
aquella Igarilé brasileira.<br />
« A pouca, ou nenhuma tolerância, e a res-<br />
Irfeta observância do Regulamento das Alfân<strong>de</strong>gas<br />
do Império na Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Corumbá tem quasi<br />
que extinguido a navegação para alli.<br />
« Publicando o Semanário, periódico ofBcial,<br />
em resumo a importação, e as sahidas e entradas<br />
das embarcações, não permitts seber-so o consumo<br />
dos prodactos do Brasil. Comtudo, segundo as<br />
informações particulares, consta que o assuear tem<br />
um consumo <strong>de</strong> 20.000 arrobas por anno, o arroz<br />
<strong>de</strong> 4 a 5.000, e o café <strong>de</strong> 200 a 300arrotei.<br />
« Todos estes produetoa vem <strong>de</strong> Buenos-Ayrcs<br />
e <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
« O assuear branco <strong>de</strong> Pernambuco <strong>de</strong> 1.' classe,<br />
que é o único que vem, ven<strong>de</strong>-se a 4 pesos a<br />
arroba <strong>de</strong> 25 libras ou a 09400 da nossa moeda;<br />
o arroz, a 14 rcaes ou a 2a800; e o cale <strong>de</strong> 2.'<br />
classe, que é o que vem, a 6 pesos ou a 9*600.<br />
Estes artigos pagão 25 "/• <strong>de</strong> direito.<br />
a O assuear Americano o o da Havana <strong>de</strong> 1.'<br />
classe vale 4 pesos 2 reaes, ou 69800 ; o arroz do<br />
paiz a 12 reaes ou 20400; e o da Carolína a 2<br />
pesos ou a 35200. O nosso café não tem competidor.<br />
« O commercio <strong>de</strong>ste paiz segue a par <strong>de</strong> seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e da tua producção. O tabaco e<br />
erva mate, que são os seus princípaos produetos,<br />
tem lido este anno bons resultados em Buenos-<br />
Ayrcs, c aqui mesmo. O 1.° tem-se vendido, o <strong>de</strong><br />
commercio, a 4 pesos a arroba, ou a 69400 da<br />
nossa moeda, e o que aqui se fuma <strong>de</strong> 7 1/2 a<br />
8 pesos ou <strong>de</strong> 129800 a 189000; e a erva mate<br />
<strong>de</strong> 4 a 4 1/2 pesos ou dc 69400 a 79200. Os couros<br />
a 4 pesos, peto <strong>de</strong> 35 libras, ou 250 rs.<br />
por Ubra; as sotas, inteiros, a 6 pesos ou 99600;<br />
a clina <strong>de</strong> 20 reaes a 3 pesos por arroba, ou <strong>de</strong><br />
49000 a 498OO: c os charutos, conforme sua qualida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>sdo 20 reaes a 6 pesos o milheiro, ou<br />
<strong>de</strong> 49000 a 09600.<br />
« Não ha nenhum <strong>de</strong>posito <strong>de</strong>stoa artigos, cxceptuando<br />
a erva mate que ó ramo do Estado,<br />
e sempre abunda; os <strong>de</strong>mais, todos que chegão<br />
da Campanha já vem comprados, o os que chegão<br />
som o estarem encontrão logo compradores»<br />
« Nenhuma alteração tem soffrido as Leis e Regulamentos<br />
do Commercio e Navegação, o nenhum<br />
direito <strong>de</strong> porto e <strong>de</strong> estadia pagão as embarcações<br />
estrangeiras: somente á sahida pagão 9 rases ou<br />
400 réis por tonelada em uma Patente <strong>de</strong> Navegação<br />
que são obrigadas a levarem.<br />
« O processo do <strong>de</strong>spacho dos gêneros <strong>de</strong> importação<br />
está o mais simplificado possível. O Vista da<br />
Alfân<strong>de</strong>ga, com um negociante do pais, e outro<br />
estrangeiro, avalião as fazendas com 10 •/, menos<br />
do estado da praça; e se ao avaliarem encontrão<br />
acréscimo ou falta, o Vista anota, sem que por<br />
esta causa oceasione commisso ou multa ao introduetor.<br />
O mesmo faz o nuarda na oceasião da <strong>de</strong>scarga<br />
: anota na permissão, e dà conta.<br />
« São livres dc direitos, todas as machinas o instrumentos<br />
<strong>de</strong> agricultura, industria, navegação,<br />
artes o sciencias que não so fabricarem ou não estiverem<br />
cm uzo no paiz, assim como a prata e<br />
ouro cm moeda.<br />
« Pagão 25 */»: soda em rama ou torcida, Incidas<br />
<strong>de</strong> seda e do lã e seda, fitos, cambraias <strong>de</strong><br />
Unho, fitai, rendai, relógios, moveis, espelhos, carroagens,<br />
sellins, roupa feita, calçado, ponchos, chergas,<br />
vinho, licores, aguar<strong>de</strong>nte, vinagre, cerveja,<br />
cidra, tabaco negro, sal, manteiga, e perfumaria!.<br />
« Pagão 20*/„ todos os <strong>de</strong>mais artigos.<br />
« O contrabando é reputado como tal em todo<br />
tempo; e além do confisco, tem uma multa proporcionada.<br />
« Os produetos estrangeiros que vierem para <strong>de</strong>posito<br />
pagão 1 */• <strong>de</strong> armazém, não passando dc<br />
um mez; passando, 1/2 °/„ mais por cada mez que<br />
estiverem, seja ou não completo o mez.<br />
« Os mesmos produetos pagão, sendo reexportados,<br />
ou tendo sido importados para consumo<br />
2 */• <strong>de</strong> direitos.<br />
« Os introduetores não passão letras para pagamento<br />
<strong>de</strong> direitos: a Alfân<strong>de</strong>ga dá um prazo <strong>de</strong><br />
tres metes, findos os qunes, não pagando, pagão<br />
1 */• DO primeiro mez, 2 no segundo, e no terceiro<br />
dão parte ao Governo, o que ainda não aconteceu.<br />
« Nenhumas operações bancarias oíferece este<br />
paiz; porém consta que o Governo tem em vista<br />
estabelecer um banco, e que mui promplo principiará<br />
a funecionar.<br />
• A moeda papel do Brasil, que vem da Cuyabá,<br />
corre enlre os estrangeiros, na razão dc 21 pesos<br />
ou 33*000 por 319000. »<br />
A Commissão da subscripção nacional encetou hoje<br />
os seus trabalhos e somos enformados que o fez sob<br />
os mais felizes auspícios. Nem um só Brasileiro<br />
a quem a Commissão se dirigio recusou contribuir<br />
com o seu contingente. Consta que entre vinte e<br />
tantos cidadãos á que a Commissão se dirigio realisou-sc<br />
um donativo superior a cento o vinte contos<br />
<strong>de</strong> réis. As listas nominaes dos subscriptores serão<br />
publicadas <strong>de</strong>pois.<br />
A Commissão recebeu diversas communicações<br />
das quacs sc evi<strong>de</strong>ncião que o espirito publico continua<br />
no patriótico empenho dc mostrar que somos<br />
Uma nação que sabe presar os seus foros.<br />
Os Directores e Empregados do Banco Rural e<br />
Uypothecario, consta que subscreverão com <strong>de</strong>z por<br />
cento dos seus vencimentos no anno corrente, o que<br />
eqüivalia a mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z contos.<br />
O Collegio Marinho <strong>de</strong>u o exemplo ás outras<br />
instituições da mesma natureza annuociando á Com-<br />
missão uma lista especial <strong>de</strong> aubacripção entro os<br />
Directores, Professores, e estudantes.<br />
O Engenheiro das Obras da Alfân<strong>de</strong>ga, o Sr,<br />
Raphael Archangclo Galvão Filho, oOBciou á Com*<br />
missão enviando uma relação dos empregados e<br />
operários das obras internas da Alfân<strong>de</strong>ga, que<br />
entre todos subscrevem com 209:800 mensaes a<br />
contar do 1,° <strong>de</strong> Fevereiro próximo.<br />
IITGLTIFCRRA.<br />
Depois <strong>de</strong> longa expectativa, annunciou-se que o<br />
Dr. Thomson, bispo <strong>de</strong> Brislol e Glouoester, foi nomeado<br />
pela Bainha titular do novo arcebispado <strong>de</strong><br />
York. Posto que inteiramente inesperada, essa nomeação<br />
foi acolhida pela opinião muito favoravelmente.<br />
O Dr. Thomson é prelado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> saber,<br />
notável mo<strong>de</strong>ração, pieda<strong>de</strong> sincera, muito liberal<br />
<strong>de</strong> sentimentos, e cheio <strong>de</strong> energia e activida<strong>de</strong>. A<br />
Inglaterra é dividida em Províncias archiepiscopaes:<br />
o arcebispo <strong>de</strong> Cantorbéry é consi<strong>de</strong>rado primaz <strong>de</strong><br />
toda a Inglaterra, o <strong>de</strong> York, porém, o é somente da<br />
Inglaterra propriamente dita»<br />
Essas Províncias são, em matéria ecclcsiasiica, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
umas das outras, e cada uma <strong>de</strong>llas<br />
possuo uma reitoria, conhecida pelo <strong>de</strong>nominação<br />
<strong>de</strong> IIouse of concocaiion. A renda do arcebispado<br />
<strong>de</strong> York é fixada em 8.000 libras sterlinas por anno;<br />
além disso o arcebispo tem um palácio perto da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> York. Durante os dous períodos em que<br />
Lord Palmerslon tem sido chefe do gabinete, tem<br />
havido gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> vacaturaa nas se<strong>de</strong>s episcopaes:<br />
no tempo do primeiro ministério al nomeações<br />
recahirAo especialmente em membros da<br />
baixa Igreja, ou do partido evangélico da igreja <strong>de</strong><br />
Inglaterra; nas recentes nomeações porém, o primeiro<br />
ministro tem nomeado homeos <strong>de</strong>dicados a<br />
conservação e extensão do principio da autorida<strong>de</strong><br />
em matéria ecclesiastica.<br />
(Moniteur.)<br />
Wk. Ceb<strong>de</strong>aa e as snloerls» do I.aiiouslilrc.<br />
M. Cobdcn, sendo eleito pelos amigos do condo <strong>de</strong><br />
Derby, membro da Commissão Central encarregada<br />
<strong>de</strong> suavísar a penúria dos Distrlctos manufacturciros<br />
do algodão em Inglaterra, dirigio a. Commissão as<br />
seguintes consi<strong>de</strong>rações:<br />
E' minha convicção, e a experiência nos <strong>de</strong>ve ter<br />
mostrado, que ainda mesmo quando se trata da causa<br />
t mais Justa, o resultado <strong>de</strong> uma subscripção publica<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> multo da activida<strong>de</strong> d 'aque lies que a promovem;<br />
e para induzir-nos á empregar um geral e patriótico<br />
esforço á fim <strong>de</strong> oblcr-inos gran<strong>de</strong>s quantias<br />
nesta triste emergência, creio que bastará referir um<br />
ou dous factos consignados no relatório que acabamos<br />
<strong>de</strong> ouvir ler. Diz esse relatório que presentemente<br />
o prejuízo dos salários está calculado em £ 136.004<br />
por semana, e é sabido que as economias da classe<br />
operaria estão quasi oxhlustas. Ora, £ 136.094 por<br />
semana são para mais dc 17.000.000 por anno; e<br />
d <strong>de</strong>sse calculo que so tem <strong>de</strong>duzido os salários nesto<br />
districto. Diz mais, que os recursos com que por<br />
ora po<strong>de</strong> contar a Commissão para remediar a recru<strong>de</strong>scénte<br />
miséria, são f 25.000 por mez nestes primeiros<br />
cinco mezes, que vem a ser £ 300.000 por<br />
anno.<br />
Dc sorte que prevêmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Já po<strong>de</strong>r fornecer<br />
um soecorro <strong>de</strong> pouco menos <strong>de</strong> 5 %» sobre a<br />
quantia em que se calcula o aclual prejuízo dos<br />
salários das classes operárias <strong>de</strong>ste paiz. E' <strong>de</strong>snecessário<br />
dizer-lhes, illustres senhores que se achão<br />
presentes, e que tão praticamente conhecem este<br />
districto, que o prejuízo <strong>de</strong> sete milhões por anno<br />
nos salários, é um calculo muito imperfeito do prejuízo<br />
e pobreza a que <strong>de</strong>ve estar reduzida essa<br />
classe d'aqui a Ires ou quatro mezes. Figure-se<br />
que são <strong>de</strong>z milhões; por esses <strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong><br />
prejuízo antes da próxima primavera não sc podo<br />
avaliar as perdas que soffrerà esto districto; poli<br />
<strong>de</strong>ve-se ter em vistas quo os capitalistas lambem<br />
solTreriüo dam nos nas suas machinas o estabelecimentos,<br />
c comquanto o* seus prejuízos não sejão<br />
tão sensíveis como os dos operários, serão consi<strong>de</strong>ráveis<br />
e, na opinião <strong>de</strong> muitas pessoas, talvez<br />
não sejão muito menores. Não é so isso. M. Farnall<br />
disse-nos que o augmento da lava neste districto<br />
está esta avaliado em 10.000 £ por semana.<br />
Isso dá em resultado meio milhão por anno, e necessariamente,<br />
sc continuar a falta <strong>de</strong> algodão, esses<br />
direitos hão <strong>de</strong> aogmentar, c até talvez dupliquem.<br />
Isto mostra o miséria que ameaça esse districto.<br />
Foi sempre minha opinião que a penúria o miséria<br />
aqui chegarião á um ponto que poucas pessoas<br />
terão previsto, porque os meios <strong>de</strong> vencer as diffículda<strong>de</strong>s<br />
hão <strong>de</strong> diminuir justamente na proporção<br />
que dias augmentarem. Diz M. Farnall que um<br />
terço das conslrucções que pagão direitos, <strong>de</strong>ixarão<br />
<strong>de</strong> existir era pouco tempo, ao que parece, e que<br />
então os direitos terão <strong>de</strong> recahir somente sobre<br />
os dous terços que restarem. Mas d'ahi não sc po<strong>de</strong><br />
calcular o estado das cousas d*aqui a dous ou tres<br />
mezes, porque, cada vez que se estabelecem novos<br />
impostos <strong>de</strong>sapparece gran<strong>de</strong> numero dc proprieda<strong>de</strong>s<br />
que po<strong>de</strong>riào pagal-os.<br />
Estas consi<strong>de</strong>rações referem-se também aos logistas,<br />
assim como aos donos dos moinhos e manufaturei<br />
ros que não tem gran<strong>de</strong>s capitães em giro.<br />
Não se po<strong>de</strong> duvidar que uma gran<strong>de</strong> parte dos lugistas<br />
estão ficando rapidamente reduzidos á condição<br />
<strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong>sempregados. Temos pois<br />
a classe dos logistas <strong>de</strong>scendo a operários. E assim<br />
<strong>de</strong>ve ser. Faça-se recahir sobre os logistas os direitos<br />
<strong>de</strong> 7,000,000 £ por anno, que crio pagos sobre<br />
os salários, o a conseqüência disso é clara aos olhos<br />
<strong>de</strong> qualquer pessoa. Temos ainda uma outra classe,<br />
a dos moços <strong>de</strong> superior educação empregados como<br />
caizeiros ou guarda-livros. Gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong>sses<br />
ficaráõ bem <strong>de</strong>pressa reduzidos á condição cm que<br />
esta a classe operaria. Tudo isso ha <strong>de</strong> contribuir<br />
para a penúria e embaraços que pesão sobre esta<br />
parte do reino. Ora, para remediar esse estado <strong>de</strong><br />
cousas, só temos o auxilio da Lei dos pobres, quo<br />
é o único auxilio com que po<strong>de</strong>mos contar, a não ser<br />
algum que provenha dc nossos voluntários esforços. |<br />
Bem, mas quem tiver lido o relatório <strong>de</strong> M. Farnall,<br />
que nos foi apresentado, verá quão improficoo<br />
<strong>de</strong>ve ser rase auxilio. Regula <strong>de</strong> 1 s. 1/2 d. por<br />
libra a 1 s. 4 d. ou 1 s. 5 d ; e ha muito raros<br />
casos em que se conceda 2 s. por semana para cada<br />
indivíduo (não chamarei pobres esses infelizes reduzidos<br />
á penúria). Ha ainda sobre este assumpto,<br />
um outro ponto, para o qual <strong>de</strong>sejo chamar a attenção<br />
da commissão, e que, quanto a mim, é um<br />
doa mais importantes.<br />
Em épocas ordinárias, quando se trata <strong>de</strong> soecorrer<br />
a pobresa, sendo esses soecorros dados quando<br />
a massa dos homens do trabalho está toda empre-<br />
| gada, o soecorro que se presto somente a uma ou<br />
duas famílias que estão na miséria nunca é a quantia<br />
sufflcicnte para a sua subsistência, porque é sabido<br />
que cm tempo do prosperida<strong>de</strong> quando os<br />
trabalhadores achão cm que empregar-se, são todos<br />
muito benevoloi entre si. B* (selo, que os pobres<br />
são os que maíl soecorrem os pobres. Um jornaloiro<br />
<strong>de</strong>sempregado, em tempo prospero, po<strong>de</strong>ria<br />
ir com sua família matar a fome em casa <strong>de</strong> um<br />
visinho, assim como um <strong>de</strong> nós, na nossa classe, iria<br />
Jantar á casa <strong>de</strong> um conhecido se tivesse conveniência<br />
em fazer uma Jornada.<br />
Porém, lembrem-se que agora toda a massa da<br />
população do trabalho está reduzida ao mesmo<br />
nível <strong>de</strong> pobreza, c quo não po<strong>de</strong>m contar com<br />
outros meios <strong>de</strong> subsistência além d'aquellcs quo<br />
lhe são concedidos á costa <strong>de</strong> inequinhos impostos,<br />
e dc alguma subcrlpção voluntária. E sendo essa<br />
<strong>de</strong>sgraça geral, e produzindo ella tanto abatimento<br />
moral como prostração physica, ha gran<strong>de</strong> perigo<strong>de</strong><br />
que a saú<strong>de</strong> e robustez <strong>de</strong>sse povo solTra, se,<br />
como eu receio, não so tomarem outras .provi<strong>de</strong>ncias<br />
para remediar o mal, além das que temos<br />
em vistas. Todo isto leva-me á uma conclusão—-que<br />
esta commissão geral <strong>de</strong>vo fazer mais do que - tom<br />
feito para chamar a attenção do publico sobre esta<br />
parte do paiz. O caso é Inteiramente excepcional.<br />
Este estado <strong>de</strong> cousas não tem igual em toda a<br />
historia. E* impossível que se me aponte um caso<br />
em que, em uma esphera tão limitada como é<br />
Lancashire, e no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> poucos mezes, tenha<br />
havido uma falta <strong>de</strong> trabalho oujo salário seja calculado<br />
cm 7.000.000 por anno. Não ha nada na<br />
historia do mundo com que isto se posso comparar,<br />
quanto á rapi<strong>de</strong>z do mal, quanto á impossibilida<strong>de</strong><br />
do lutar com elle, ou do appllcar-lhc um remédio<br />
cfllcaz.<br />
Pois bem, a nação inteira <strong>de</strong>ve ter conhecimento<br />
<strong>de</strong>stes factos. Como se ha <strong>de</strong> conseguir Isso ? Só<br />
por meio do informações colhidas por esta commissão<br />
central. Deve-se appellar para todo o paiz,<br />
se é que esta gran<strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> pô<strong>de</strong> até certo<br />
ponto ler sua visada por um auxilio espontâneo.<br />
Toda a nação <strong>de</strong>vo ser informada da urgência do<br />
caso, e <strong>de</strong>vemos lembrar-nos da gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />
que pesa sobre nós. Portanto, proponho<br />
quo esta commissão geral se torne nacional, c então<br />
o Lord-May or nos ajudará a vencer as pequenas<br />
difliculdo<strong>de</strong>s. Teremos necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a cooperação<br />
do Lord-Mayor o da cida<strong>de</strong> do Londres;<br />
ê por isso, repito, esta commissão, em vez do pertencer<br />
somente á Lancashire e Manahester, <strong>de</strong>ve<br />
ser uma commissão nacional; o para esse fim, <strong>de</strong>vemos<br />
dirigir-nos á todos os pontos do paiz, principiando<br />
pelos Lords-Lugartcncntes, aos quacs convidaremos<br />
a a ceei tarem a vice-presidência <strong>de</strong>sta<br />
commissão.<br />
A nntexação tran«ntlanti
o 4 exame, do projecto, oxposto <strong>de</strong>ste modo o seu parecer<br />
:<br />
« O pensamento que Inspirou o projecto <strong>de</strong> lei 6<br />
nacional, c do vantagem ao mesmo tempo aos interesses<br />
políticos o aos interesses commerciaes do<br />
paiz. »<br />
£ acerescentavat<br />
« Em Liverpool <strong>de</strong>ve—so ter aberto, no 1. * <strong>de</strong><br />
Junho, com o auxilie <strong>de</strong> uma subvenção consi<strong>de</strong>rável<br />
do governo, um serviço dimensal para Halifax, que<br />
as linhas secundarias vão communicar *com todos os<br />
pontos do Canadá e dos Estados-Unidos.<br />
« Em Soulhampton, á vista das costas ds França,<br />
na distancia <strong>de</strong> algumas horas do Havre, se organlsa<br />
com o mesmo apoio, e sob a <strong>de</strong>nominação — Companhia<br />
real das mallas a vapor—, uma companhia<br />
que se encarrega dc transportar duas vezes por<br />
mez as mallas reaes e a correspondência, assim<br />
como passageiros, a todos os pontos das Antilhas<br />
inglesas, das colônias hespanholas, da costa Firme<br />
e da Guyana ingleza. A Jamaica será seu principal<br />
ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino e <strong>de</strong> abastecimento* Linhas inferiores<br />
partirão do Norte para S. Thomaz, Porto -<br />
Rico, Havana, e d'ahi para Mobile, Nova-Orleans,<br />
para Tampico, Vera-Cruz; outras, ao Sol, para Chngres,<br />
Carthagena, a as agoas <strong>de</strong> Caycnna.<br />
a A America central será portanto toda explorada,<br />
e já as linhas inglezas unem o Pará, Pernambuco<br />
e Rio <strong>de</strong> Janeiro; outras estabelecem-se até<br />
o Oceano Pacifico, ligfio o Chile á Guatemala e ao<br />
México, e comprimem com todos os esforços do<br />
gênio britannico os dous (lanços do isthmo <strong>de</strong> Panamá.<br />
•.. .. '<br />
« O mercado dos Estados-Unidos é o mais importante<br />
em relação á França: ha nelle consi<strong>de</strong>ráveis<br />
interesses, que são communs a todas as partes<br />
do território, e cada dia <strong>de</strong>vem-se esten<strong>de</strong>r mais,<br />
a par dos progressos e das necessida<strong>de</strong>s das nações<br />
americanas.<br />
« A margem do Atlântico fronteira á nossa* tem<br />
eomnosco numerosas relações <strong>de</strong> interesses e <strong>de</strong> idéas.<br />
Toda a America hespanhola aprecia nosso gênio,<br />
nossa litteratura, nossa língua. A França conquista<br />
naturalmente a confiança dos povos.<br />
« Os Americanos não ignor&o a parte que temos<br />
tomado era seus <strong>de</strong>stinos, quando mais nfio fosse<br />
pela abundância <strong>de</strong> idéas que temos <strong>de</strong>rramado no<br />
mundo: e, apezar <strong>de</strong> algumas collisões acci<strong>de</strong>ntaes,<br />
suas tendências, suas relações, pertencem-nos. »<br />
Esse projecto <strong>de</strong> lei passou por gran<strong>de</strong> maioria<br />
na câmara dos <strong>de</strong>putados, e unanimemente na dos<br />
Pares.<br />
28 milhões forão postos á disposição do Ministro<br />
da Marinha para construir 18 barcos a vapor da<br />
forçaj<strong>de</strong> 450 cavallos; o Ministro dos Finanças foi<br />
autorisodo a contratar com uma companhia que se<br />
encarregasse <strong>de</strong> fazer o serviço do Havre a New-York,<br />
com a condicção <strong>de</strong> receber uma subvenção que po<strong>de</strong>ria<br />
elevar-se até 880 francos por força <strong>de</strong> cavallo.<br />
Depois <strong>de</strong> cinco annos <strong>de</strong> estudos, e ensaios, |<br />
reconheceu-se que as construcções feitas pelo Estado<br />
não offerecião todos os elementos <strong>de</strong> um bom<br />
serviço, e não podião realizar as esperanças que se<br />
tinhão concebido: os navios erão mui pesados, e<br />
<strong>de</strong> marcha muito vagarosa. Demais, oa progressos<br />
da Inglaterra nos construcções navaes, as novas<br />
necessida<strong>de</strong>s que se revelarão, e que se não havião<br />
a principio podido apreciar, alteravão já as condi<br />
cçoes <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> empresa. A substituição do<br />
ferro á ma<strong>de</strong>ira, a applicação da helice como propulsor,<br />
o emprego <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>iras tubulares <strong>de</strong> preferencia<br />
a cal<strong>de</strong>iras dc pare<strong>de</strong>s planas, levarão o<br />
governo a oecupar as Câmaras com um novo projecto<br />
<strong>de</strong> lei. PediO elle atttorisaçfio para contractar<br />
com companhias commerciaes o serviço <strong>de</strong> quatro<br />
linhas principaes que partissem da Franca pura o<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, Martinica e New-York.<br />
O projecto foi adoptado; <strong>de</strong>terminou-se que as<br />
quatro linhas psrtirifio do Havre, <strong>de</strong> Saint-Nazaire,<br />
dê Bor<strong>de</strong>aux o <strong>de</strong> Marseillc.<br />
Hm 1847 dous novos projectos <strong>de</strong> lei forão apresentados:<br />
no primeiro pedia o governo approvação<br />
<strong>de</strong> um contracto feito entre o Ministro das Finanças<br />
e a companhio Hérout e <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l, no qual a<br />
companhia se encarregava do serviço do Havre a<br />
New-York mediante a entrega que se lhe fazia <strong>de</strong><br />
quatro 'paquetes, que todavia continuavão a pertencer<br />
ao Estado; no segundo projecto reclamava<br />
autorísação para contractar com uma ou mais companhias<br />
o serviço, por meio <strong>de</strong> barcos a vapor,<br />
ou á vela e o vapor, <strong>de</strong> tres linhas principaes <strong>de</strong><br />
correspondências, partindo <strong>de</strong> Soiht-Naxaire, do Bor<strong>de</strong>aux,<br />
e <strong>de</strong> Marseílle, para o Rio <strong>de</strong> Janeiro, a<br />
Martinica ou a Gua<strong>de</strong>loupe e Havana.<br />
A estas tres linhas principaes <strong>de</strong>vi8o ligar-se<br />
linhas secundarias dirigidos ao Prata, á Guyana,<br />
e aos portos do mar das Antilhas e do golfo do<br />
México.<br />
O projecto relativo ao contracto com a companhia<br />
Hérout o <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l, para o serviço do Havre a<br />
New-York, foi adoptado; a discussão sobre os outros<br />
porém, não pô<strong>de</strong> continuar, em conseqüência dos<br />
acontecimentos <strong>de</strong> 1848.<br />
Entretanto a compangia Hérout e <strong>de</strong> Han<strong>de</strong>l<br />
tinha estabelocido entre o Havre e New-York o<br />
serviço que lhe havia sido concedido; em más condi<br />
cçoes, cumpre dizel-o, não tendo á sua disposição<br />
paquetes que po<strong>de</strong>ssom concorrer com os da Inglaterra<br />
e da America, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> improficuos esforços,<br />
vio-se obrigada a abandonar sua empreza.<br />
INSTRUCÇÃO SUPERIOR.<br />
No ultimo invetno, achando-me em Turim, tive<br />
o prazer <strong>de</strong> conversar a respeito da organisação do<br />
ensino e das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> França e outros logares<br />
com um dos sábios mais illustres da Itália,<br />
a quem já se <strong>de</strong>signava como futuro Ministro da<br />
instrucção publica, e que veio a sôl-o com effeito<br />
quando o Gabinete <strong>de</strong> Mr. Ratazzi constituio-se<br />
<strong>de</strong>finitivamente. Mr. Matteucci o eu comparamos<br />
o systema franecz com o systema allemão, mui differentes,<br />
como so sabe. Em ambos os lados do<br />
Rheno, dizíamos nós, o mérito dos professores, tomado<br />
individualmente, é quasi igual; como não<br />
confessar no entanto que as Faculda<strong>de</strong>s Francezas<br />
tem muito menos fecundidado e vida do que as<br />
Universida<strong>de</strong>s Allemaãs? A França, accresccntava<br />
Mr. Matteucci, não po<strong>de</strong>ria fortalecer por toda a<br />
parte um pouco, nas suas aca<strong>de</strong>mias, o ensino<br />
superior, que, geralmente elevado, cónsciencioso o<br />
sábio, nfio tira o publico da sua indifferença habitual<br />
senão por excepção, quando a ca<strong>de</strong>ira é occupada<br />
por um homem <strong>de</strong> um talento e <strong>de</strong> um<br />
mérito transcen<strong>de</strong>ntes, por um professor, para não<br />
foliar senão em letras, tal como Mr. Saint-Marc<br />
Girardinou Mr. Laboulaye? O segredo ébem fácil<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir: um pouco <strong>de</strong> concurrencia, um<br />
pouco <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, o tudo será estimulado, a sciencia,<br />
os professores e o publico.<br />
Ah! Mr. Matteucci enganavn-se. Em Franca, isso<br />
está bom averiguado, os cttrsos livres não dão bons<br />
resultados. Esmagados pelo peso do Estado que distribuo<br />
ao publico o ensino superior, custfio elles a<br />
elevar a voz ao lado das ca<strong>de</strong>iras officiaes com alguma<br />
vantagem. Fizcrão o, mas não sei que fatalida<strong>de</strong><br />
os persegue no meio mesmo dc triumpho; vio-se,<br />
na rua da Paz, que reunira-se um auditório distineto<br />
e numeroso, mas, oh! <strong>de</strong>sgraça! fecharão-so.<br />
Na Itália, cousa admirável! cnconlrou-se um Ministro<br />
da insirucçfio publica, que julga que o Estado<br />
nfio se teria <strong>de</strong>smoronado se se permlttisse que as<br />
pessóas<strong>de</strong> mérito instruíssem a seus concidadãos nas<br />
letras e sciencias, eque o povo seguisse as lições on<strong>de</strong><br />
encontrasse prazer o proveito. Além d'isso, no seio<br />
mesmo do ensino official, esse Ministro tolera, o que<br />
dizemos? suscita, provoca, e chama a concurrencia,.<br />
sem assustar-se com a idéa do que os professores,<br />
livres ou não, vão talvez disputar-se o quem dará<br />
melhores lições!<br />
Mr. Matteucci, que tem um conhecimento perfeito<br />
do systema francez e do systema allemão, nfio<br />
servio-sc simplesmente <strong>de</strong>lles, refundindo-os como<br />
enten<strong>de</strong>u um com o outro, creou urna organisação<br />
quo chamarei verda<strong>de</strong>iramente italiana, menos centrallsada<br />
do que na França, menos diversificada<br />
do que na Allemanha, on<strong>de</strong> a autorida<strong>de</strong> e a liberda<strong>de</strong>,<br />
o ensino official e o ensino livre, a administração<br />
e a sciencia, a unida<strong>de</strong> do novo reino<br />
e as exigências da tradição se achão conciliadas sem<br />
pretenções systematicas. Successo ainda mais raro<br />
com um Ministro italiano! Emquanto outros muitos<br />
projectos do lei da mais alta importância <strong>de</strong>li<br />
nhão eternamente nos secretarias, que nfio dcsamparão<br />
a presa, Mr. Matteucci chegou a fazer<br />
votar nas câmaras uma reforma administrativa.<br />
Alguns motins havidos, ha alguns mezes em Pavfs,<br />
flzerão então do regulamento das taxas universitárias<br />
uma necessida<strong>de</strong> urgente. Aproveitando-se<br />
<strong>de</strong>ssa oceasião com uma hábil activida<strong>de</strong>, Mr. Matteucci<br />
estabeleceu na lei votada pelas duas câmaras<br />
as partes essenciaes do seu antigo projecto o respeito<br />
da instrucção superior, apresentado a anno<br />
passado.<br />
Além disso, com a autorísoçfio do Parlamento<br />
e o concurso <strong>de</strong> uma commissão, acabou elle um<br />
regulamento geral que organisa a instrucção superior.<br />
A Itália possuirá seis Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
primeira or<strong>de</strong>m: Turim, Pavia, Bolonha, Piia» Nápoles,<br />
e Palermo, sete Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segunda<br />
or<strong>de</strong>m: Gênova, Cagliari, Parma, Mo<strong>de</strong>na, Sienna,<br />
Catanes, e Messino; além <strong>de</strong> um certo numero<br />
<strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>s livres. Em todas as do Estado,<br />
estabelecer-se-hfio os privai docent, que dão ás<br />
Universida<strong>de</strong>s alemães tanta animação e brilhantismo.<br />
Sob a <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong> dor as necessárias provas<br />
<strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> tornar essa luta só<br />
proveitosa a sciencia, o professor livre concorrerá<br />
com o professor ofllcial; disputar-lhes-ha a atlenção<br />
dos estudantes. Desta maneira, pelo systema<br />
<strong>de</strong> Mr. Matteucci, uma rivalida<strong>de</strong> util encontrarse-hn<br />
por toda a parte. Os privai doceni rivalisão<br />
com os funecionarios do ensino, as Universida<strong>de</strong>s<br />
livres com as Universida<strong>de</strong>s do Estado, as<br />
Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m com as <strong>de</strong> primeira.<br />
Cada uma das seis Universida<strong>de</strong>s principaes<br />
formará uma ci rcumscripção. Espécie <strong>de</strong> alto<br />
jury do ensino superior, seis commissões serão encarregadas<br />
dos exames do doutoramento pelos quacs<br />
se termlnão os cursos das Faculda<strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>-se crer<br />
que aqui ainda um benéfico espirito <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong><br />
far-se-ha sentir, e que cada commissfio' terá por<br />
honra fazer laureamentos que nfio cedfio em mérito<br />
aos das outras circumscripções. Os programmas<br />
dos exames serão os mesmos para a Península<br />
inteira; uniformida<strong>de</strong> que manterá toda essa<br />
emulação em exaetos círculos.<br />
Nesta reorganisaçfio dos estudos superiores, Mr*<br />
Matteucí <strong>de</strong>via portar-se com um interesse particular<br />
para com. as sciencias pbysicas e naturaes,<br />
ás quaes <strong>de</strong>ve o nome <strong>de</strong> que goza. Em França,<br />
o ensino scientilico é ora puramente theorico, ora<br />
puramente pratico. Mr. Matteucí enten<strong>de</strong> que os<br />
estudantes conoilião as duos cousas, e que <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> terem ouvido as prelecções do mestre, sejfio<br />
admittidos a fazerem experiências e manipulações.<br />
Accrescontcmos que actualmente Mr. Matteucci<br />
oecupa-se com um selo infatlgavel em fundar em<br />
Pisa uma escola normal <strong>de</strong> instrucção secundaria,<br />
projecto sobre o qual uma collecção recommendavel,<br />
a Revista <strong>de</strong>lia Istruzione publica, publicou ultimamente<br />
um bcllo artigo dc Mr. Ferri, antigo<br />
alumno da Escola Normal superior <strong>de</strong> Paris, e teremos<br />
o direito <strong>de</strong> lembrar a propósito <strong>de</strong>ssas cxcel-<br />
Ientes reformas, o que dissemos já neste jornal:<br />
Quem sabe se a Itália, estabelecendo nas suas instituições<br />
um justo equilíbrio entre o podar central<br />
e as forças locaes e individuaes, nfio noa fornecerá<br />
uteis exemplos, que não erraremos se os emiltarmos?<br />
(Journal <strong>de</strong>s Debati.)<br />
VARIEDADES.<br />
Aperfeiçoa incuto do« eartucliow «essa<br />
envoltório.<br />
Esto invento, dos Srs. Robert Og<strong>de</strong>n Doremus e<br />
Bem L. Budal, <strong>de</strong> New-York, tem por objecto:<br />
•' i.° A formaçfio da pólvora <strong>de</strong> guerra no estado<br />
seceo sob a fôrma solida e compacta <strong>de</strong> cartucho,<br />
por meio da pressão e sem substancia alguma agglutinativa.<br />
2.° A impcrmeabilisação dos ditos cartuchos, cobrindo<br />
a sua superfície com uma matéria ou composição<br />
insoluvel n'agua;<br />
3.* Um meio <strong>de</strong> dar a carga ou cartucho assim<br />
formado o principio <strong>de</strong> acceleração ;<br />
4.° A formação <strong>de</strong> uma munição <strong>de</strong> guerra fixa,<br />
reunindo o cartucho directamente á bola, ou pròjectil.<br />
A <strong>de</strong>scripçfio que se segue <strong>de</strong>senvolve estes quatro<br />
pontos essenciaes da invenção :<br />
1.* ponto.— Os diversos ensaios feitos até agora,<br />
para formar por pressão um cartucho <strong>de</strong> pólvora granuláda,<br />
conservando ella mesma por si a sua fôrma,<br />
sem ser protegida por involtorio algum <strong>de</strong> papel<br />
ou <strong>de</strong> qualquer outra mataria, contra as eventualida<strong>de</strong>s<br />
do transporte o da manipulação, não tem<br />
tido resultado algum vantajoso.<br />
Esta falta <strong>de</strong> bom resultado é <strong>de</strong>vida a introducção<br />
<strong>de</strong> uma matéria agglutinativa, <strong>de</strong>ixando um resíduo,<br />
on inútil ao <strong>de</strong>senvolvimento do po<strong>de</strong>r explosivo<br />
ou á humida<strong>de</strong> da pólvora, ou a qualquer outra<br />
causa, affcctando a combustão da pólvora.<br />
O processo consiste cm tomar a pólvora no estado<br />
secco, comprimil-a neste estado por meio <strong>de</strong><br />
uma forte pressão nas fôrmas sem lhe juntar nenhuma<br />
outra matéria.<br />
A experiência. <strong>de</strong>monstra-nos que a pressão só<br />
permitte o solidíflear-sc em massa compacta á pól<br />
vora secea» sem a hume<strong>de</strong>cer e sem a intervenção<br />
do nenhuma matéria agglutinativa.<br />
Por conseguinte para preparar os cartuchos por<br />
este methodo emprcgflo-se diversos grãos <strong>de</strong> pressão,<br />
segundo a natureza da arma <strong>de</strong>. fogo, do gráo da<br />
pólvora que se emprega ou do pròjectil que se ha <strong>de</strong><br />
lançar.<br />
Portanto, para preparar ura cartucho para uma<br />
peça que lance uma bala <strong>de</strong> tres ki logram mas,<br />
pouco mais ou menos, o para a qual 025 granimos<br />
<strong>de</strong> pólvora <strong>de</strong>vem constituir, por exemplo, uma<br />
carga, faz-se um mol<strong>de</strong> pu uma forma eylindrica<br />
<strong>de</strong> metal; o buraco <strong>de</strong>sta fôrma tem a conformação<br />
do cartucho que se quer fazer.<br />
Introduz-se então a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pólvora, <strong>de</strong> j<br />
quo acima se trata, na fôrma, exerce-se uma pressão<br />
por meio do embolo accionado por uma prensa I<br />
hydraulica ou por qualquer outro apparelho motor;<br />
a pressão ó applicada em gráo suffic.ientc para que<br />
a pólvora seja comprimida por uma força correspon<strong>de</strong>nte<br />
ao peso <strong>de</strong> 15 toneladas pouco mais ou<br />
menos.<br />
Tira-se então o embolo da fôrma» retira-se a<br />
pólvora que foi comprimida o transformada em<br />
uma massa solida e compacta, <strong>de</strong> modo que se<br />
pô<strong>de</strong> manipular sem perigo algum <strong>de</strong> sc quebrar,<br />
apesar <strong>de</strong> ter conservado <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>sta fôrma a sua<br />
configuração granulosa.<br />
O resultado <strong>de</strong>ite processo o portanto um cartucho<br />
formado simplesmente com a pólvora secea,<br />
fortemente comprimida na forma.<br />
2.° ponto.— Para tornar este cartucho impermeável<br />
a agua ou á humida<strong>de</strong> cobre-se-ò <strong>de</strong>pois<br />
ds operação da fôrma com uma camada <strong>de</strong> collodium<br />
ou <strong>de</strong> qualquer meteria insoluvel nagua, como<br />
a gomma laca, o oleo resinoso <strong>de</strong> carvão <strong>de</strong> pedra,<br />
o alcatrão ou qualquer verniz ou substancia impermeável<br />
.<br />
Esta camada impermeável que se pô<strong>de</strong> repelir<br />
muitas vezes esten<strong>de</strong>-se sobre a superlicie do cartucho<br />
<strong>de</strong> pólvora comprimida por immersfio, ou com<br />
uma escova, ou do qualquer outro modo.<br />
3.* ponto.—Para formar cargas ou cartuchos que<br />
tenhão diversos grãos <strong>de</strong> combustibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />
a pólvora introduzida na fôrma em porções suecessivas.<br />
Para obter, por exemplo, tres grãos <strong>de</strong> combustibilida<strong>de</strong><br />
com a mesma pólvora seja esta dividida<br />
cm tres partes.<br />
Uma porção é então entroduzida na fôrma c<br />
submettida a uma pressão <strong>de</strong> 25 tonelladas: tirase<br />
o embolo introduz-se na fôrma a 2.* porção<br />
<strong>de</strong> pólvora sobre a 1.* e exerce-se uma pressão<br />
<strong>de</strong> 20 tonelladas, tira-se o embolo e introduz-se<br />
na fôrma a 3.' porção <strong>de</strong> pólvora e submelte-se<br />
a uma pressão <strong>de</strong> 15 tonelladas.<br />
Toda a pólvora <strong>de</strong> uma carga <strong>de</strong> cartucho será<br />
pelo fuclo <strong>de</strong>sta divisão transformada numa massa<br />
compacla qUe terá tres gráos distinetos dc combustão<br />
; a porção que' tiver recebido maior compressão<br />
se gastará mais <strong>de</strong> vagar que as outras<br />
porções do mesmo cartucho.<br />
Pó<strong>de</strong>-se, pois, obter pela pressão dificrentes gráos<br />
<strong>de</strong> combustão; mas pó<strong>de</strong>-se igualmente variar o<br />
gráo da combustibilida<strong>de</strong> do cartucho empregando<br />
as dilTerentes qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pólvora, variando ou<br />
mantendo a mesma pressão.<br />
4.° Ponto.—Para combinar o cartucho directamente<br />
com o seu pròjectil sem outro envoltório,<br />
se se trata <strong>de</strong> pequenas armas e da bala— Minió —<br />
começo-se por-introduzir a bala na forma, pondo<br />
a extremida<strong>de</strong> bicuda da bala para o lado <strong>de</strong> boivo.<br />
Deita-se por cima na fôrma a carga dc pólvora, e<br />
<strong>de</strong>pois éxêrcc-se a pressão necessária como a cima<br />
se disse para o cartucho.<br />
A poivora torna-se enlão compacta e adherente<br />
ú bala, formando ambas as matérias uma carga fixa.<br />
O processo é o mesmo para fazer adherir a pólvora<br />
a um pròjectil mais forte <strong>de</strong> qualquer natureza<br />
que seja.<br />
(Extra hido.)<br />
IJ t lera t ura.<br />
OS MISERÁVEIS.<br />
POR VICTOR HUGO*<br />
As duas ultimas partes.—Idylio na rua Plumet<br />
è Epopéa na rua <strong>de</strong> S. Diniz.- •João Valjean,<br />
VII.<br />
Graças ao seu Uniforme, Valjean consegue com<br />
facilida<strong>de</strong>, talvez mesmo com <strong>de</strong>masiada facilida<strong>de</strong>,<br />
entrar na barricada cujas honras lhe são feitas por<br />
Mario, que o reconhece logo c fica por seu fiador, c<br />
por Enjobras, que lhe diz com amável sorriso: « Se<strong>de</strong><br />
bem Vindo, cidadão. Bem subeis que vamos morrer.»<br />
Notamos aqui uma inverosimilhança que dá nas vistas.<br />
Valjean c Mario que tinlião tanta cousa a dizer<br />
um ao outro, não sabendo provavelmente por on<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>vião começar, achão mais com modo não dizer<br />
nada. Uma vez admittido entre os insurgentes, Valjean<br />
pratica actos do abnegação á torto c á direito,<br />
a parece esquecer inteiramente o único fim d'essa<br />
perigosa excursão. Veio para salvar Mario, c começa<br />
por. sacrificar espontaneamente um dos meios <strong>de</strong> salvação<br />
<strong>de</strong>spojando-se do seu fardamento <strong>de</strong> guarda<br />
nacional para favorecer a evasão dc um insurgente<br />
« casado, c que era o amparo <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> família.<br />
» Evitando sempre com religioso escrúpulo <strong>de</strong>rramar<br />
sangue, elle presta um serviço aos <strong>de</strong>fensores<br />
da barricada, cortando com dous tiros <strong>de</strong> ca rabina<br />
as cordas quo pren<strong>de</strong>m á um dos andares<br />
superiores <strong>de</strong> uma das casas visinhas, um colxao <strong>de</strong><br />
que elles se servem para amortecer o effeito da<br />
metralha, e com outros dous tiros fazendo voar as<br />
barretinas <strong>de</strong> dous bombeiros que anda vão por cima<br />
dos telhados observando o terreno, empregando<br />
Valjean todo o cuidado para não' os ferir.<br />
« E' um homem que, segundo a expressão <strong>de</strong><br />
um dos chefes dos insurgentes, mostra a sua bonda<strong>de</strong><br />
mesmo quando atira sobre o inimigo. »<br />
Finalmente, a presença do Javert preso e con<strong>de</strong>mnado<br />
a morte offerece a Valjean uma excellentc<br />
oceasião <strong>de</strong> pôr em pratica o velho e antigo preceito<br />
<strong>de</strong> pagar o mal com o bem, i<strong>de</strong>al bem semelhante<br />
ao dos republicanos socialistas. No momento<br />
cm que Enjobras se dispõe á fazer saltar<br />
os miollos <strong>de</strong> Javert, Valjean recupera o dom da<br />
palavra, o pe<strong>de</strong> como recompensa dos seus serviços,<br />
que lho confiem, o encargo <strong>de</strong> dar fim aquelle inimigo.<br />
Enjobras consente, recommendando-lhe unicamente<br />
que <strong>de</strong>sempenhe essa expedição em um<br />
canto retirado, para que o sangue <strong>de</strong> um vil espião<br />
não se misturo com o dos <strong>de</strong>fensores do i<strong>de</strong>al.<br />
Essa recommendação nfio podia vir mais á propósito<br />
; Valjean leva o seu captívo; volta o canto <strong>de</strong><br />
uma das ruas que fica nos fundos, em quanto os<br />
insurgentes concentrfio toda a atlenção na frente<br />
da barricado, on<strong>de</strong> está emminente um novo ataque.<br />
Javert que reconheceu perfeitamente João Valjean,<br />
nfio tem esperança <strong>de</strong> escapar, e acha muito natural<br />
o presença do ex-galé no meio dosrevoltosos, a quem<br />
ao sahir clie dirige estas palavras verda<strong>de</strong>iramente<br />
heróicas: « Até logo! » Ao voltarem a esquina,<br />
quando já ninguém os pô<strong>de</strong> vèr, Valjean puxa pôr<br />
uma faca, c corta os complicados nós com que o seu<br />
inimigo está amarrado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pés até a cabeça, e<br />
dispara a pistola para o ar, dizendo a Javert: «Está<br />
livre? » Ale ahi, vai bem; .mas Valjean exce<strong>de</strong> os<br />
limites da verosimilhança no quo diz respeito ú bravatas<br />
e abnegação, pois chega a indicar a sua morada<br />
e revelar o segredo do seu pscudonymo a Javert, quo<br />
foge d'nlli mais attonito e mais espantado <strong>de</strong>ssa magnânima<br />
temerida<strong>de</strong>, do que do seu próprio perigo..<br />
Os <strong>de</strong>talhes, talvez <strong>de</strong>masiadamente, minuciosos,<br />
das diversas peripécias do combate, fazem realçar<br />
muito o lado enérgico c triste do talento do Sr. Hugo.<br />
Depois das primeiras <strong>de</strong>scargas da metralha sobre<br />
a barricada, elle faz-nos presenciar um ataque <strong>de</strong><br />
guardas nacionaes <strong>de</strong> fóra da cida<strong>de</strong>, cuja intrépida<br />
temerida<strong>de</strong> recebe nm ru<strong>de</strong> castigo. Abi, vem alguns<br />
gracejos mal cabidos. « A guarda nacional dos subúrbios,<br />
da cida<strong>de</strong>, era valente contra as insurreições.<br />
Mostrou-se especialmente encarniçada e intrépida<br />
nos dias <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1832. Um bom taberneiro <strong>de</strong><br />
Panlin, dos Virtu<strong>de</strong>s ou da Cunclte, cujo estabelecimento<br />
não fazia negocio por causa da revolta,<br />
tornou-se leonino quando vio <strong>de</strong>serta a sala <strong>de</strong><br />
dança, e expoz-sc a morrer por amor da or<strong>de</strong>m,<br />
representada pela guinguette. * Nfio pô<strong>de</strong> haver nada<br />
mais inconveniente c mais fóra <strong>de</strong> propósito dn que<br />
essas pilhérias, sobre tudo quando o escriptor que as<br />
emprega tem a pretenção <strong>de</strong> ter excitado a nossa •<br />
Compaixão pela triste sorte dos insurgentes. Diminuindo<br />
assim o interesse, que <strong>de</strong>vem inspirar os<br />
<strong>de</strong>fensores da or<strong>de</strong>m, elle dá logar á muito justas<br />
recriminações; dá-nos o direito <strong>de</strong> fazer também ,<br />
excepções, e <strong>de</strong> estabelecer-mos também distinções<br />
entre os « cavalheiros do i<strong>de</strong>al. » Se quer sustentar<br />
que aqu elles que estorva vão a construcção das bar- ,<br />
ricadas não podião ter senão « motivos prosaicos o .<br />
vulgares» para proce<strong>de</strong>rem assim, obriga-nos a<br />
recordarmo-nos das vaidosas e ambiciosas mediocrida<strong>de</strong>s,<br />
dos orgulhos mal entendidos, das ar<strong>de</strong>ntes<br />
c hypocritas cobiças que fornecem seus contingentes<br />
a todas as insurreições.<br />
Digamol-o com franqueza, essas preocupações<br />
materiaes, <strong>de</strong> que fallfio com tento <strong>de</strong>sdém, exislião<br />
com effeito tanto <strong>de</strong>ntro como fóra das barricadas.<br />
e, entre os cavalheiros do i<strong>de</strong>al mesmo, os mais<br />
puros nfio erão isemptos da ambição do. po<strong>de</strong>r. E<br />
<strong>de</strong>mais, com que direito querem sustentar que o<br />
odio do regimen republicano nfio pô<strong>de</strong> produzir barões<br />
assim como a opinião contraria? No tempo a<br />
que nos faz retroce<strong>de</strong>r o romance do Sr. Hugo, estavão<br />
muito recentes as recordações da onarchia<br />
revolucionaria, e mais <strong>de</strong> uma testemunha <strong>de</strong>punha<br />
contra ella* fazendo-lhc gran<strong>de</strong> carga; muitos velhos<br />
conservavão com horror a lembrança <strong>de</strong>sses<br />
tribunos, que erão agora <strong>de</strong>safiados pelos jovens<br />
insensatos; mas tinlião visto perecer os seus parentes<br />
e amigos, outros, por milagre» linhão escapado<br />
á morte: nessas horas terríveis cada um supportou<br />
o seu quinhão <strong>de</strong> angustias e<strong>de</strong> adicções. Nesses<br />
habitantes dos subúrbios, dc quem se escarnece, a<br />
palavra republica nfio excitava somente ódios recentes,<br />
ia <strong>de</strong>spertar no fundo dos corações prevenções<br />
e rancores muito justos. Recordava-lhes o<br />
tempo em que cada com muna tinha no seu club 1<br />
uma ochtocracla davodios c peraltasquc tyrannisavão<br />
os homens laboriosos o pacíficos, on<strong>de</strong> odiosas leis<br />
sobre o sustento obrigavão a população dos campos<br />
á Ir coser o seu pão no meio do multo, como nas<br />
mais tristes épocas da ida<strong>de</strong> média.<br />
Eis a razão porque esses que ousarão arvorar<br />
abertamente a ban<strong>de</strong>ira republicana, encontrarão<br />
fóra da cida<strong>de</strong> tão implacáveis adversários. D'aqtii s<br />
por diante, a republica, para ser bem suecedida,<br />
precisa que se apresento disfarçada.<br />
Depois do ataque dos guardas nacionaes, assistimos<br />
á morte <strong>de</strong> Gauroche, que se expõe á morrer<br />
indo bnscar o carluxamo dos soldados mortos, passando<br />
por baixo do fogo do inimigo, cujas balas<br />
varrifio a rua. A morte, <strong>de</strong> quem elle zombara<br />
tanto tempo, acaba por carregar esse corajoso garotinho<br />
; e é talvez uma felicida<strong>de</strong> para elle, pois<br />
nfio po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> perverter-se na companhia<br />
do pai e dos outros bandidos cuja lingoagcm elle<br />
já tinha adoptado.<br />
Finalmente, eis chegado o supremo assalto para<br />
o qual o Sr. Hugo reservou toda a força da sua<br />
penna. Depois que as repetidas <strong>de</strong>scargos abrirão<br />
uma gran<strong>de</strong> brecha na barricada; <strong>de</strong>pois dc unia<br />
encarniçada luta corpo á corpo, na primeira linha<br />
<strong>de</strong><strong>de</strong>feza, o centro da barricada é invadido por uma<br />
columna <strong>de</strong> soldados, c o resto dos Insurgentes<br />
vai refugiar-se na casa dc Corintho, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>fesa<br />
rcunio os seus últimos recursos.<br />
A barricada resistira corno uma das portas dc Thcbas; a<br />
Ubcrna lutou como uma dos casis <strong>de</strong> oaregoc*. Essas resistências<br />
são pertinozes. Não dao quartel. NSo admiticin<br />
parlamentares. Querem morrer com tanto que matem. Quando<br />
Suchct diz: « Capitulai! » Pnlafóz respon<strong>de</strong>: « Depois da<br />
guerra <strong>de</strong> artilharia, <strong>de</strong>pois da guerra dc espadas! a Nada<br />
faltou á tomada dc assalto da táberna Huclicloup, nem as<br />
pedradas chovendo da janclla c dos telhados sobre sitiantes<br />
e exasperando os soldados à vista dos companheiros que morrifo<br />
esmagados, nem os tiros que partiao das a<strong>de</strong>gus c das<br />
trapeiras, nem finalmente, <strong>de</strong>pois que a porta ce<strong>de</strong>u, a frenética<br />
<strong>de</strong>mência do extermínio. Quando os sitiantes penetrarão<br />
na taberna, atrapalhados com pedaços da porta arrombada<br />
que lhes embaraçava os pés, nao encontrarão uai só<br />
inimigo. A escada <strong>de</strong> caracol, cortada a machado, estava ,<br />
cabida no meio da sala; alguns feridos acabavfio dc expirar;<br />
todos os que não estavão mortos acharão-se no primeiro andar;<br />
e d'ahi, por um buraco do soalho no logar on<strong>de</strong> havia u<br />
escada, rompeu um fogo horrível. Erflo os últimos carluxos.<br />
Acabados esses, quando esses temíveis apouisantes Gear Ao<br />
sem pólvora nem balas, pegarão nas garrafas dc atua forte<br />
que Knjobras reservara, e tlzcrtlo faço á escalada com essas<br />
massas horrivelmente frágeis, listas tristes particularida<strong>de</strong>s<br />
da carnificina, nós as referimos taes quacs se passarão. O<br />
infeliz sitiado faz dc tudo nma arma. O fogo artificial n.lw<br />
<strong>de</strong>shonrou Archimcdcs; a resina fervendo nfio <strong>de</strong>shonrou<br />
Bayard. Toda a guerra é medonha; nao ha que escolher. A<br />
mosquetaria dos sitiantes, apesar dc ser <strong>de</strong> baixo para cima,<br />
era mortífera. O buraco do soalho iicou bem <strong>de</strong>pressa ro<strong>de</strong>ado<br />
<strong>de</strong> rabecas <strong>de</strong> mortos <strong>de</strong> on<strong>de</strong> corrido limito» lios <strong>de</strong>sangue<br />
fumegante. O tumulto era ihdisivcl; a fumaça <strong>de</strong>nsa<br />
concentrada fazia parecer noite no logar do combate. Faltai»<br />
palavras para exprimir o horror chegado tt esse ponto. Já<br />
nfio hnviao homens nessa luta que se tornara infernal. Kriio<br />
<strong>de</strong>mônios que aecomettiílo, c espectros que resisliüo. Por<br />
li in serviudo-sc dos pedaços da escada quebrado, trepa tido<br />
pelas pare<strong>de</strong>s, a garrando-se ao teclo, aculiiaudo u entrada du<br />
buraco os últimos que resistia o, uns vinte sitiantes; soldados,<br />
guardas nacionaes. guardas municipaes, todos confundido*,<br />
a maior parte distigurados. por golpes que receberão no rosto<br />
durante essa temerária aseençao, cegos pelo sangue, furiosos,<br />
selvagens, -fura dc si, fazem erupção na sala do primeiro<br />
Andar. -<br />
Ahi só restava <strong>de</strong> pé um homem: era Enjobras.<br />
Esse immcdiatamcnte fusilado com o seu amigo o<br />
bêbado Grantaire, cujo som nó lcthargico nem os<br />
tiros da metralha po<strong>de</strong>rão dissipar, n que, quando<br />
accorda, só tem tempo <strong>de</strong> gritar: Viva a Republica<br />
! » o <strong>de</strong> morrer com Enjobras.<br />
( Continua. J
REPARTIÇÃO DA POLICIA<br />
Alfân<strong>de</strong>ga do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
• franc. CkevrmeUl, <strong>de</strong> Cardiff.<br />
Objcctos dc armarinho: 12 volumes a Samuel,<br />
Edital <strong>de</strong> praça.<br />
— hamb. Elite & Sclumidt, <strong>de</strong> Hamburgo. 4 a J. B. da Gosta, 1 a A. F. Alves, 1 a Moss.—•<br />
— argent. Anna, dc Buenos-Ayres.<br />
Objcctos diversos: 5 volumes a J. Moore.—Oleo<br />
PARTE BO MA 13 BB JANEIRO IHE <strong>1863</strong>. N. 70.—Pela Inspeciona da Alfân<strong>de</strong>ga da Còrle se — ing. Noemi, <strong>de</strong> Liverpool,<br />
do linhnça: 135 volumes a Fry, 15 a Moss, 5 a<br />
faz publico, que a poria da rua Direita c logar do cos Lugar dinam. Flora, <strong>de</strong> CardiiT.<br />
Companhia Brasileira do Paquetes a Vapor, 4 a A.<br />
Forio presos a or<strong>de</strong>m das respectivas autorida<strong>de</strong>s: tume, no dia 15 <strong>de</strong> Janeiro a 1 hora da tar<strong>de</strong>, se h5o Brigue port. Júlio, <strong>de</strong> Lisboa.<br />
<strong>de</strong> Érrematar, livres dé direitos, as mercadorias seguintes:<br />
duS Santos Luz.<br />
Pela Policia, os escravos, Guilherme, por <strong>de</strong>so<br />
—• russo Triéenl, <strong>de</strong> Copcnhague.<br />
Sem marca: 3 barricas contendo carvão animal pebediência<br />
a seu senhor,<br />
—• nac. Âiegreíe, <strong>de</strong> Paysandú.<br />
Pellea preparadas: 8 caixas a Fry, 4 a Ewbank,<br />
c João por andar (ora dc cando broto 21 arrotos, (ara <strong>de</strong> 10 •/, 2 arrobas e 3<br />
horas.<br />
— nac. Piá, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
4 a Samuel.—Perlumarias: 1 caixa a Fry.—Pixe:<br />
libras c liquido 18 arrobas e 29 libras.<br />
— nac. Águia <strong>de</strong> Prata, da Colônia.<br />
100 barris a Moss.—Pólvora: 200 barris <strong>de</strong> quinto<br />
Na Freguezía da Can<strong>de</strong>lária, um indivíduo que I<strong>de</strong>m!: 4 >barricas contendo sal dc chumbo pezando — nrg, Christina, do Rio da Prata.<br />
a Fry<br />
não <strong>de</strong>clarou o nome, por furío.<br />
bruto 896 libras, tara <strong>de</strong> 10 % 89 libras e liquido 807 — sueco Gastav, <strong>de</strong> Wcslcrwiclc.<br />
Sabão: 25 caixas a F. A. Vaz, 1 a Moss.—Sa-<br />
Na <strong>de</strong> Santa Bfta, I.* Disiriclo o prelo Benelibras.<br />
— hamb. Ingeborg, <strong>de</strong> Hamburgo.<br />
liire: 50 barricas a Fry.<br />
dicto, por injurias e ameaças.<br />
I<strong>de</strong>m : 9^ barricas contendo potassa estragada pezando — nomeg. Lidador Ralf, <strong>de</strong> New-Gaslle.<br />
Na mesma, S." Districto, José I/mrenço, o Gui<br />
bruto 4.7W libras<br />
Taboado: 116 7/12 a J. Moore.—Tintas: 850<br />
tara <strong>de</strong> 10 */• 470 libras e liquido — ing. Helena, <strong>de</strong> New-Casllc.<br />
lherme, escravo, por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, c Gaspar, escravo,<br />
4.292 libras.<br />
volumes a Fry, 300 a Companhia Brasileira <strong>de</strong><br />
Polaca hesp. Thertsa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />
por suspeito <strong>de</strong> rogffio.<br />
I<strong>de</strong>m : 3 barricas contendo pedra pomes pezando 1.907<br />
Paquetes a Vapor, 276 a M. Abreu, 120 a Wil-<br />
Patacho port. Craveiro, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
libras (ara dc 10 % 190 libras c liquido 1.717 libras.<br />
mot, 20 a A. F. Alves, 10 a Moss, 10 a M. C.<br />
Nt do Engenho Velho, Francisco <strong>de</strong> Paula Fer<br />
— nac. Marcial, <strong>de</strong> Montevidéo.<br />
I<strong>de</strong>m: I barrica contendo 15 pacotes com pedra pomes<br />
reira. José Norberto Valcnça, c Luiz Gonçalves, por<br />
Escuna nac. Malutxa, <strong>de</strong> Paysandú.<br />
<strong>de</strong> M. Guimarães.<br />
pecando 50 libras.<br />
— dinam. Ttrptichere, <strong>de</strong> Cadix.<br />
Velas: 0 caixas a Guimarães & Comp.<br />
ussuada; o pardo Antônio, por entrada cm casa I<strong>de</strong>m : 9 barricas contendo gesso pezando broto 110<br />
alheia; o preto Bomfio, por embriaguez, c o es arrobas c 17 libras, tara da iw*/« ll arrobas e I libra<br />
BARCA FBAXCEZA — MASSALIOTE — DB MARSELHA.<br />
cravo Camilto, por andar /ore <strong>de</strong> hora*.<br />
e liquido 99 arrobas e 16 libras,<br />
Arroz : 150 saccos a Estienne. — Azeito doce :<br />
Na <strong>de</strong> S. José, foi arrojado pelo mar á praia do I<strong>de</strong>m: 3 barricas contendo gesso pezando bruto 57<br />
370 caixas a Estienne, I a Lecomte.— Azeitonas:<br />
Pharoux o eadaver do um preto, que pelo adian arrobas e 24 libras, tara dc 10 5 arrobas e 24 libras EXPORTAÇÃO.<br />
21 barricas a Eslicnne.<br />
tado estado <strong>de</strong> putrefação não se proce<strong>de</strong>u a exame c liquido 52 arrobas.<br />
ti mandou-se sepultar.<br />
I<strong>de</strong>m: 4 sacos contendo gesso pezando broto 772<br />
msiaciçdis nzsaacsuDAS m i>u 14 na Jamneot Batatas : 600 cestos a Estienne.<br />
libras, tara <strong>de</strong> 2 % 5 libras e liquido 757 libras ou<br />
Castanhas : 12 cestos a Estienne.—Cimento : 600<br />
Algoa-Bay—Brig. ing. Emcly Smith, dc 212 tons.,<br />
Pelo Corpo Policial da Corte:<br />
23 arrobas e 2t libras.<br />
barricas a Estiepnc. — Cognac: 200 caixas a Es<br />
consigs, Napier Aslley 6t Comp; manif. 1.950sacas<br />
José Lourenço, o Guilherme, prelo escravo, para I<strong>de</strong>m: 3 caixas contendo gesso pezando brnlo 544 <strong>de</strong> café.<br />
tienne. —Crina vegetal: 30 barricas a Estienne.<br />
averiguações acerca <strong>de</strong> um opancamonto.<br />
libras, tara <strong>de</strong> 10 5t libras e liquido 490 libras ou Montevidéo—Brig. port. Aetiro, <strong>de</strong> 373 tons., consig. Doces: 4 caixas a J. M. Pereira do Vasconcellos,<br />
15 arrobas c 10 libras.<br />
Antônio Joaquim Cerqueira; manif. 154 rolos <strong>de</strong> 2 a Estienne 1 a Uegis.<br />
I<strong>de</strong>m: 23 Garranchos,<br />
fumo, 80 sacas <strong>de</strong> café, 22 barricas <strong>de</strong> assuear. Becx- Enxofre : 100 caixas a Estienne.<br />
I<strong>de</strong>m; 1 peça <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com eixos <strong>de</strong> fervo para porta 1.487 barricas <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> trigo,<br />
Kirsch : 20 caixas a Duelos.<br />
Legitimarão-se na Policia, a flm do seguirem pari carros pezando 192 libres no valor <strong>de</strong> 169000. New-Vork—Brig. esc. hanov. Sonhie, dc 262 tons., Licores : 00 caixas a Estienne, 16 a Deroche, 6<br />
na foforos abaixo <strong>de</strong>clarados conformo a <strong>de</strong>signação I<strong>de</strong>m: 4 pequenos moilocs pecando 5 libras. consiga. Estienne cr Comp. ,* manif. 9.300 sacas <strong>de</strong> a or<strong>de</strong>m.<br />
feita petos legitimados.<br />
I<strong>de</strong>m : 2 amarradai contendo arcos <strong>de</strong> ferra pezando café.<br />
musica: 2 caixas a Baphael Coelho Machado.<br />
12 libras.<br />
Porto por Lisboa: Manoel Bodrigues Moreira,<br />
Santa Catharina—-Brig. bras. Maria ét Virgínia, <strong>de</strong> Objcctos diversos : 3 vols. a Lesqolmer, 1 a L.<br />
I<strong>de</strong>m: 4 pacotes contendo vclla <strong>de</strong> composição pe<br />
Manoel da Silva <strong>de</strong> Oliveira, Jacintho Soares Leite,<br />
195 tons., consigs. Nogueira & Irmão; manif. varias<br />
sando 3 libras.<br />
Ferre*<br />
gêneros.<br />
Jnto José da Cunha, Manoel Lopes, José do Couto Marca fi: 2 sacos contendo sementes <strong>de</strong> ca n ha mo para<br />
Papel: 66 caixas a Lecomte.— Plantas : 1 caixa<br />
Valparaiso—Barra ing. Noami, <strong>de</strong> 554 tons., consigs.<br />
Ferreira, José Nctto, Antônio Francisco Dias, Cae confiei tos pezando brnlo 160 libras r liquido 157 libras.<br />
a Hegis.<br />
Irineu Evangelista <strong>de</strong> Sousa & Comp. ; manif, 510<br />
tano Pinto, José Joaquim da Fonseca Coutlnho, Marca VA: 2 caixas contendo macei Ia pecando bruto sacas <strong>de</strong> café.<br />
Quinquilharias: 1 caixa a Begis.<br />
Manoel Alves da Fonseca Junior, Manoel Moreira 120 libres e liquido 198 libres.<br />
Sabão: 100 caixas a Estienne.<br />
Leal, José da Silva Malheitas, Antônio da Silva, Alfân<strong>de</strong>ga, 12 dc Janeiro <strong>de</strong> 18f>3.—fíernardino José<br />
Velas : 200 caixas n Estienne. — Vermouth : 50<br />
José Marques, Luiz Alves <strong>de</strong> Carvalho, Manoel An Borges.<br />
caixas a Estienne.— Vinho branco: 60 pipos, 120<br />
DESPACHO DB RKVOCVàÇÃO NO DIA 14 DE JANEIBO.<br />
tônio Gomes, Clementina Rosa, José Maria da Silva,<br />
quintos 160 décimos a Drcyfu*, 57 pipas, 65 quintos<br />
Maria José Pereira, José Domingues, Bento José<br />
Obras Militares.<br />
Buenos-Ayrcs—No vapor belga Gustau> Pastor, José<br />
o 50 décimos a Estienne, 30 pipas, 75 quintos o<br />
Pinheiro, Manoel da Silva Gue<strong>de</strong>s, Manoel do A Direcíoria Geral, em virtu<strong>de</strong> do Aviso do Minis Francisco Bodrigues da Silva, 50 pipas <strong>de</strong> aguar<br />
Amaral, Fírmíno <strong>de</strong> Sousa, Firmino Coelho, Thomaz tério da Guerra <strong>de</strong> 7 do corrente mez, tem <strong>de</strong> oen<strong>de</strong>nte. 50 décimos a F. Schmidt, 200 quintos a Decosterd.<br />
Alves Coelho, Manoel José Alves, Antônio Manoel tractar os concertos dc que precisão os xadrezes n.°* 14 Havre— Na gal. fran. Viciaria, Antônio Carneiro Sal<br />
—Vinho tinto: 40 pipas. 12 meia, 20 quintos e 40<br />
Pereira, Antônio Gomes, Francisco da Koza, Fran- \ c 16 c outros compartimen tos da fortaleza da Lage: danha , 270 barricas <strong>de</strong> tãpioca; Moslc Lackemam décimos a Decosterd, 20 pipas e 75 quintos a Es<br />
risca <strong>de</strong> Jesus, Thomaz Alves Coelho, Bartholomeo j quem se qnizer encarregar <strong>de</strong>stas obras, compareça<br />
& Comp., 100 sacas <strong>de</strong> café.<br />
tienne, 6 quintos a Castagnior.<br />
José, José Antônio Moreira, Joaquim André dos ]<br />
nesta Beparliçao pare os esclarecimentos precisos, sendo<br />
New York—No brig. ing. Onda, Eduardo Johnston<br />
Santos, Manoel Domingues Poço, Portuguezes<br />
as propostas apresentadas firmadas peles proponentes e<br />
d( Comp., 120 sacas <strong>de</strong> café.<br />
seus fiadores, e isto até o dia 19 <strong>de</strong>ste met, ao meio<br />
Porto—Na gal. port. Europa, Jota Pereira Monteiro ESTRADAS POR CABOTAGEM NO PIA 14 DE JlNEIRO<br />
Itália: Carmine Martino, Felicc Antônio, Vln-<br />
Junior, 100 caixas <strong>de</strong> assuear.<br />
.DE <strong>1863</strong>.<br />
dia, eus que serio abertas, presentes cs proponentes.<br />
eooao Btsano, Felice Logearí, Palombo Leonardo, Em 9 dc Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— O 1." Escripturario, Jto-<br />
Gêneros nacionaes.<br />
Loca Antônio, Italianos*<br />
mingos José Monteiro P ito <strong>de</strong> Lacerda.<br />
Costa ds Mina pela Bahia : Marcellino Teixeira,<br />
Amear: 12caixas e 13 barricai.—Café: 2.073<br />
Constança Maria Cartola, pretos forros.<br />
IHIPORTAÇlO.<br />
sacos.— Farinha; 1.525 sacos. — Feijão 17 sacos ^<br />
—Fumo: 32 rolos. —Jacarandá; 151/2 dúzias. —<br />
Cabo da Boa Esperança: Alfredo Busck, Carlos<br />
Adolpho Focrsler, Ailcmàes; c P. Szoumcr, Aus mmm PARTICULARES.<br />
MANIFESTOS.<br />
Ma<strong>de</strong>ira: 01 dúzias.—Milho: 620 sacos.<br />
tríaco.<br />
Europa: o Commcndador José Albino Pereira<br />
<strong>de</strong> Farta, Brasileira.<br />
Secretaria da Polida da Cdrte, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
1803 — F. J. <strong>de</strong> liara<br />
Nnbiverlpejto Naelosassl.<br />
As pessoas que <strong>de</strong>sejarem inscrever-se acharão<br />
as listas <strong>de</strong> subscripção ú rua Direita n.* 82,1.° andar,<br />
em casa do Exm. Sr. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ipanema, Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Commissão, om qualquer dia ulil das<br />
0 horas ao meio dia. Os senhoras que tiverem<br />
subscripto terão a bondado <strong>de</strong> realizar b pagamento<br />
no banco Maná* Mac Gregor & Comp.<br />
Bio do Janeiro, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.— T. B.<br />
Ottoni, Secretario da Commissão.<br />
BARCA INGLEZA — DEOGAÜM— DE LIVERPOOL.<br />
Aço: 40 volumes a or<strong>de</strong>m, 13 a Samuel, 8 a J.<br />
Moore, 5 a E. Johnston. — Aguaraz: 13 volumes a<br />
J. Moore.—Aguar<strong>de</strong>nte: 50 caixas a C. Spcnce.—<br />
MOVIMENTO DO PORTO.<br />
SAI1IDAS NO DtA 14.<br />
Alcatrão 1 barril a J. Moore. — Aniagens: 5 fardos<br />
a Phipps<br />
Baltimore — Barca Norte Americana Empresa The-<br />
Pelo Secretaria da Policia da Corte se faz pu<br />
Banha: 100barria aC. Spencc.—Barrilha: 100<br />
reza, 419 tons., m. C. Johnson, equip. 9: c.<br />
blico, paçii conhecimento <strong>de</strong> quem convier, que<br />
barris a or<strong>de</strong>m, 50 a Fry.—Bigornas: 4 a J. Moore.<br />
em lastro o café; passag. a americana Eiisabeth<br />
se acha recolhido á Casa <strong>de</strong> Detenção o escravo José,<br />
Dorsey.<br />
Canos <strong>de</strong> chumbo: 3 barris a or<strong>de</strong>m.—Cerveja:<br />
<strong>de</strong> nação ItebOJo, que diz pertencer a José Mon<br />
130 barricas e 227 caixas a A. M. Fernan<strong>de</strong>s, 200 a Havana—Polaca hesp. Izidra, 322 tons., m. Boateiro.<br />
Dreyfus, 120 a A. Ricke, 100a J. J. dos Bois. — ventura Colopié, equip. 13*. c. a mesma que<br />
Secretaria da Policia da Corte, 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
Cevada preparada : 32 barricas a Heyn.— Chumbo<br />
trouxe.<br />
em lençol: 2 volumes a Samuel, 2 a or<strong>de</strong>m.—Ci Valparaizo—Fragata Ingleza a Vapor Sutley, Comnt.<br />
mento : 200 barricas a Moss.—Cobre: 43 caixas, M. Connoly.<br />
PARTE COMMERfliL 123 fundos e 11 feixes pesando 17 tons., 7 quinlaea Portos do Norte—Barca Ingleza ÍJirhsa, 471 tons.,<br />
Relação da$ pessoas sepultadas no dia 13 <strong>de</strong><br />
e 01 libras a Samuel .—Conservas: 10 caixas a Wil- m. Bobcrt Yeoman, equip. 11. Em lastro <strong>de</strong><br />
Janeira <strong>de</strong> <strong>1863</strong>.<br />
mont.—Correntes: 8 barris a Shaw. — Cutclaria: pedra.<br />
PB A ÇA , 14 DE JANEIBO DE <strong>1863</strong>. 11 volumes a Samuel, 3 a or<strong>de</strong>m, 2 a Moreira & Bio Gran<strong>de</strong> por Santa Catharina — Barca Norma,<br />
Joaquim José da Silva Monteiro, Porluguez, 64<br />
Campbell, 1 a A. F. Alves.<br />
annos, casado. Gastro-enlero-colite.<br />
Celãcies officiaes da Junta aos Cos reteres.<br />
224 tons., m. Fre<strong>de</strong>rico José Pratos, equip. li:<br />
Drogas: 2 volumes a J. Moore.<br />
Em lastro <strong>de</strong> pedra; passag, Francisco Damas<br />
Luiz <strong>de</strong> Saldanha, Africano, 40 annos, viuvo, en-<br />
Não houve cotações.<br />
Estanho: 10 barricas a or<strong>de</strong>m, 2 a Samuel.— Schutcl.<br />
lerite. '<br />
Estopim: 3 barricas a J. Moore, 2 a E. Johnston. Iguapc — Brigue Iguapense, 135 tons., m. José Nu<br />
Joaquim Baptista Monviar, Fluminense, 42 annos,<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte, F. D. Machado.<br />
Fazendas <strong>de</strong> algodão: < 41 volumes o or<strong>de</strong>m, 12 nes da Costa, equip. 9: c. vários gêneros; passags.<br />
solteiro. Entero-colite.<br />
Pelo Secretario, L J. dr Vasconcellos.<br />
a Durham, 9 a Gomes Pacheco, 8 a Samuel, 6 a João Luiz da Costa, Antônio Rodrigues Vianna, o .<br />
Marcolina Luiza dos Santos, Fluminense, 20<br />
S. Busk, 1 a J. Freeland, 1 a V. dc Carvalhaes.— port. José Cândido, e 1 escravo á entregar.<br />
annos, casada Tísica pulmonar.<br />
Fazendas <strong>de</strong> 15: 10 volumes a S. Busk, 7 a Phipps, Santa Catharina—Sum. Nova Castro, 113 tons.,.,<br />
José do Carmo Si mas, Fluminense, 40 annos,<br />
casado. Febra typhoi<strong>de</strong>.<br />
Rendimentos no ate: <strong>de</strong> Janeiro.<br />
6 a li. Pecha.*, 0 a or<strong>de</strong>m, 5 a Samuel.—Fazen m. Manoel Berlink da Silva, equip. 7: c. vario*<br />
das <strong>de</strong> linho, 12 volumes a Coilings, 1 a Samuel. gêneros.<br />
Folippa Maria <strong>de</strong> Oliveira, Fluminense, 17 annos, Da Alfân<strong>de</strong>ga, do dia 2 a 13., 536:6819565 Ferragens: 116 volumes a Samuel, 56 a Shaw, 25 Itabapoana— Hiatc Floresta, 30 tons., m. Manoel<br />
solteiro. Parto.<br />
Do dia 14..,,<br />
66:1539404 a Moreira & Campbell, 14 a E. Johnston, 202 po dos Santos.Oliveira, equip. 4: em lastro <strong>de</strong> terra.,<br />
Jacintha Condida, 35 annos, casada. Gastro-bo»<br />
ças a or<strong>de</strong>m.—Ferro: 158 toneladas a or<strong>de</strong>m, 14 A ri ré por Angra—Sum. Voadora, 64 tons., m.<br />
pato-enteril.es.<br />
Somma*... 602:8349969 a Gomes Pacheco, 5 3/4 a Samuel.—Folha <strong>de</strong> ílan- Antônio da Bocha Oliveira, equip., 7: c. vá<br />
_ Margarida Josepha do Almeida, Bio Gran<strong>de</strong>nsc do<br />
dres: 20 caixões a Samuel.—Folies; 2 a J. Moore. rios gêneros; passag. 1 escravo a entregar.<br />
Sul, 57 aanos, casada. Cancro no utero.<br />
Da Becebedoría, do dia 2 á 13... 90:3799284 Garrafas vasias; 20 gigos a A. M. Fernan<strong>de</strong>s.—<br />
Mambucnba por Angra — Pat. Campeador Fio*<br />
Lcopoldina Cândida Braid, Fluminense, 28 annos, , Do dia 14 ... 11:4029069 Genebra: 100 caixas a Wilmot.<br />
minense, 88 tons., m. Anlonio José do Souza,<br />
solteira. Pcritonitcs.<br />
equip., 7: c. vários gêneros; passags. 3 escra<br />
Linha <strong>de</strong> algodão: 1 caixa a Freire <strong>de</strong> Souza.<br />
Um innocente. filho <strong>de</strong> Miguel doa Anjos Pires.<br />
Somma 110:7819353<br />
vos a entregar.<br />
— Louça: 194 gigos e 10 barricas a Collíngs, 10<br />
Nsseéo morto<br />
Angra—Sum. Conceição, 3V tons., m. Francisco<br />
gigos a Bastos, 9 gigos e 2 barricas a or<strong>de</strong>m, 10<br />
Vn criança <strong>de</strong> cor branca encontrada morta na Da Mesa Provincial, do dia 2 a 13..... 49:6629559<br />
Dias do Nascimento, equip. 5: c. vários<br />
barricas a Shaw, 1 a J. Moore.<br />
geroda.<br />
ncros, passag. Francisco José Moreira.<br />
Do dia 14<br />
i 599360 Manteiga: 100 barris a Samuel, 100 aC. Spcnce.<br />
.Eusebio, innocente exposto, Fluminense, 26 dias.<br />
Campos—Pat. D• Francisco, 165 tons., m. Joa<br />
Objectos <strong>de</strong> armarinho: 5 volumes a Samuel.—<br />
Slomalites.<br />
quim Men<strong>de</strong>s da Silva Bibairo, equip. 9: c.<br />
Somma.......... 49:8219919 Objcctos diversos: 8 volumes a Companhia <strong>de</strong> Pa<br />
Manoel, innocente exposto, Fluminense, 18 dias.<br />
vários. gêneros, passags Vicencia Maria da Conquetes<br />
Brasileiros.— Oleo: 1 barril a J. Moore.<br />
Convulsões.<br />
ceição, c 1 filha menor, os Portuguezes Josó<br />
Pão: 120 a Shaw.— Panei Ias <strong>de</strong> ferro: 2070 a Bento, e Francisco Dias.<br />
Antônio, filho dc Antônio Ignacio Villa Real,<br />
EHSABQÜES DE CAFÉ «O VIA 13 DB «MKRBO. A. F. Alves.— Pedras <strong>de</strong> amolar: da E. Johns Villa <strong>de</strong> Santa Cruz—Sum. Perpetua Segunda, 124<br />
Fluminense, 14 mezes. Convulsões.<br />
ton, 2 a J. Moore.— Pelles preparadas: 1 caixa a tons., m. Antônio Joaquim da Silva, equip. 8 :•<br />
Maria, filha <strong>de</strong> Joaquim José <strong>de</strong> Souza Ribeiro,<br />
J. J. <strong>de</strong> Araújo Coelho.— Phosphoros: 8 caixas cm lastro do arca e gêneros.<br />
Fluminense, 1 anno. Bexigas.<br />
Jonhnston (New-York). 2.500 a Samuel.—* Pregos: 25 barris a Samuel, 4 a J. Macahc—Pat. Con<strong>de</strong> Primeiro, 1(2 tons., m. Joa<br />
Manoel, filho dc Antônio Men<strong>de</strong>s Moreira Junior, N. Aslley (Cabo da Boa Esperança) «V 1.950 Moore, 1 a Shaw.<br />
Fluminense. Apoplexia.<br />
Boje tV Comp. (Havre)............,.... 912<br />
quim Gonçalves <strong>de</strong> Oliveira, equip. 9: c. varioa<br />
Roupa feita: 2 caixas a J. Moore.<br />
Bernardino, filho <strong>de</strong> João José das Chagas, Flu Beba Vista âc Comp. (Dito) ...... 260<br />
gêneros; passags,, qs portugueses Thomaz Pinto<br />
Sal: 50 caixas a Wilmot.<br />
minense, 3 anãos. Tuberculos mesen tericos. W. Schnnihis (.Vorwega) ........... 250<br />
Moreira, Manoel Pinto Moreira Gafanhoto, e Luiz<br />
Vinho branco: 49 cestos a Lc-Cocq e Oliveira.<br />
Elvira, filha <strong>de</strong> José Coelho, Fluminense, 3 annos.<br />
Diversos (Diffcrenies portos).............. 400<br />
Ferreira da Siíva Campos, os Italianos L. Mar-<br />
Boubas.<br />
BARCA INGLEZA — P. C. E. — DE LONDRES. chi, c B Luisí, e 9 escravos á entregar.<br />
Total 6.272<br />
O cadáver <strong>de</strong> om preto remettido pela autorida<strong>de</strong><br />
Ácidos: garra Pões a Príns.— Aguar<strong>de</strong>nte : 89<br />
ENTRADAS NO DIA 14.<br />
Policial.<br />
Des<strong>de</strong> o 1.° do mez.................... 46.023 caixas a Moss.— Alvaia<strong>de</strong> : 8 barris a Fry.— Ar<br />
Catharina, filha <strong>de</strong> Rodrigo da Rocha, Fluminense,<br />
retes: 6 caixas a Gillea, 1 a J. M. da Silva.—<br />
Cadiz—39 ds., Brigue lnglez Texian, 139 tons.,<br />
7 dias. Tétano dos recém-nascidos.<br />
Assuear: 1 caixa a F. A. Vaz,<br />
in. P. BroAvn, equip. 7: c. sal a iliich Stongcl<br />
d\ Comp.<br />
Antônio Bahia, Africano, 40 annos. A mo 1 feri<br />
Bolaxinha : 5 caixas a Monteiro dr Machado.<br />
mento cerebral.<br />
Descargas* para o dia AS <strong>de</strong> Ja<br />
Buenos-Ayrcs.— 20 ds<br />
— Ca<strong>de</strong>iras : 11 caixas a Legcr.— Calçado : 5 cai<br />
Pat. Arg. N aposta, 150.<br />
neiro <strong>de</strong> 1H«3.<br />
tons., m<br />
Jose, filho <strong>de</strong> Ricardo <strong>de</strong> Souza Peixoto, Flumixas<br />
a M. A. Guimarães.—-Canhamo: 10 fardos<br />
Agostin Jlalors, equip. 8: c. carne ao<br />
capitão.<br />
nense, 18 meses. Gastro cncophalite. ><br />
PABA A ALFÂNDEGA.<br />
a Moss.—Canos: 1.468 a J.Moore.— Canos <strong>de</strong><br />
chumbo: 17 volumes a or<strong>de</strong>m.—Cervejaí 1.175 Santa Catharina—o ds., Hiate Corsor, 123 ton. r<br />
Sepultarão-se mais 4 escravos sendo dc congestão<br />
Navios atracados.<br />
caixas a S. Busk.— Cevada preparada: 30 barri m. José Ignacio da Silva, equip. 9: c. farinha a<br />
cerebral 1, insuíRciencia das válvulas do coração 1,<br />
absorpção purulénta 1 e encephalitc 1.<br />
Galera franc. Trance át Chily, do Havre.<br />
cas a or<strong>de</strong>m.— Chã : 2 caixas com 146 libras a M. . Ricardo Antônio Men<strong>de</strong>s Gonçalves, passags. Dio-<br />
Barca ing. Silvcr Craig, <strong>de</strong> Liverpool.<br />
Abreu, 2 meias com 90 libras a W. Fox.—Chumbo nizio Josó Fagueira, e o lnglez W. Bennet.<br />
em lençol: 10 rolos a or<strong>de</strong>m.—Chumbo <strong>de</strong> mu Guarapary—2 da., pat. Hortense, 102 tons., nu,<br />
Em saveiros.<br />
nição : 50 barris a Moreira & Campbell.—Cimento: Duarte Ribeiro Pinto, equip. 8: e. ma<strong>de</strong>ira a João<br />
AnCIOS ADMINISTRATIVOS. Galera port. África, do Porto.<br />
400 barris a H. Prins. 300a J. Moore, 100a M. José Fernan<strong>de</strong>s dc Magalhães & Comp.<br />
Barca MassaUoU. <strong>de</strong> Marscille.<br />
Abreu, 25 a Fry.—Cobre: 3 caixas e 0 feixes, pe Itabapoana—2 ds., pat. Estreita do Norte, t25t<br />
Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segando. — aust. Ida S., <strong>de</strong> Giasgow.<br />
sando 33 quintaes o 31 libras a or<strong>de</strong>m.<br />
tons., m. João Baymundo dos Santos, equip. 9 ;.<br />
— hesp. Caemen, <strong>de</strong> Malaga.<br />
c. ma<strong>de</strong>ira a Bernardo Murat; passag. Antônio<br />
Drogas: 60 volumes a Souza Pinto, 38 a II.<br />
EXTEBNATO.<br />
— ing. Uaimtote, <strong>de</strong> Lirerpoal.<br />
<strong>de</strong> Sá Marques Guimarães.<br />
Prins, 10 a A. F. Alves, 10 a Klingelboefer, 4<br />
— ing. Mcsteliote, <strong>de</strong> Londres.<br />
a Via!lis, 1 a Moss.<br />
Paraty e escalas—16 hs. do ultimo. Vapor D. Af-<br />
Do dia 15 ao ultimo do corrente estarão abertas as Brigue ing. John Barley, <strong>de</strong> Londres.<br />
Enxofre: 50 barris a Moss, 50 a Fry.<br />
fonso, 124 tons., m. J. C. <strong>de</strong> Meírelles, equip. 20:<br />
matrículas <strong>de</strong>ste estabelecimento, <strong>de</strong>vendo serás petições — ing. tíeffcrd, <strong>de</strong> Liverpool,<br />
Fazendas <strong>de</strong> linbo : 4 volumes a or<strong>de</strong>m.-^Fer<br />
c. caféefumo o Luiz Tavares Guerra; passags.<br />
dirigidas ao respectivo Sr. Reitor c instruídas <strong>de</strong> certidões — hamb. AnUmie, <strong>de</strong> Santa ITelenff,<br />
ragens: 4 volumes a Shaw, 4 a F. A. Vaz, l a<br />
Geraldo Braga do S. Sabás, João Leandro <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> vaccina com bom êxito. Admillcm-seexterno — hamb. Feiga, <strong>de</strong> Eamburgo.<br />
e meío-pensíonislas, pagando estes quarenta mil réis c<br />
Pinto Gomes & Vaz. 1 a Moss.—Folha <strong>de</strong> flandres:<br />
Araújo Silva. Antônio Francisco Pinto Junior,.<br />
aquclles vinte e quatro mil réis por trimestre adian PARA OS TRAPICHES ALKANDEGADOS, X DESPACHO 400 caixas a Fry,<br />
José Antônio da Silva, Joaquim Teixeira da Cutado,<br />
além <strong>de</strong> doze mil réis <strong>de</strong> matricula ano uai. Os<br />
SOBBE AGÜA.<br />
Gesso: 100 barricas a Fry,<br />
nha, Joaquim Francisco da Silva, Joaquim Hen-<br />
qUe se não matrírulão no curso completo <strong>de</strong> qualquer<br />
Instrumentos <strong>de</strong> agricultura: 3 caixas a IreneO.<br />
riques, 1 forricl e 3 praças poliefaes, 2 recrutas, o<br />
Galera ing. Udberg, dc Cardiff.<br />
anno pagão quatro mil réis por cada mataria.<br />
Linha: 13 caixas a Samuel.—Louça: 2 gigos a<br />
1 escravo a entregar.<br />
Barca port. Silencio, do Porto.<br />
Externa Io do Imperial Collegio <strong>de</strong> Pedro Segundo em<br />
A. F. Alves, 1 caixa a J. F. Moller.<br />
— amer. Whuheimar, <strong>de</strong> New-York.<br />
8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> imH.^~José Maneei Garcia, Secretario. — amer. Ctifíon. <strong>de</strong> Phila<strong>de</strong>lphia.<br />
Marhinismo: 5 volumes a l. P. Cor<strong>de</strong>iro.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. — Tfpographia Nacional.—<strong>1863</strong>.<br />
Roa ds Guarda Velha junto ô Secretaria oa laiparist