Estratégias de Prevenção da Alergia Alimentar - Sociedade ...
Estratégias de Prevenção da Alergia Alimentar - Sociedade ...
Estratégias de Prevenção da Alergia Alimentar - Sociedade ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
controu evidências que <strong>de</strong>ssem apoio<br />
a essa associação57 .<br />
Um position paper do ESPGHAN publicado<br />
em 2008 afi rma que é <strong>de</strong>sejável a<br />
manutenção por 6 meses do aleitamento<br />
materno exclusivo e que a alimentação<br />
complementar po<strong>de</strong>ria não ser introduzi<strong>da</strong><br />
antes <strong>de</strong> 17 semanas e to<strong>da</strong>s as<br />
crianças po<strong>de</strong>riam iniciar alimentação<br />
complementar com 26 semanas58 .<br />
O estudo <strong>de</strong> Prescott et al., já comentado<br />
nesta revisão, enfoca o papel <strong>da</strong><br />
introdução <strong>de</strong> alimentos sólidos no período<br />
crítico para indução <strong>de</strong> tolerância,<br />
ressaltando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção<br />
do aleitamento materno nesse<br />
período <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> novos alimentos.<br />
Tal conduta propiciaria, inclusive, um<br />
estímulo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
uma fl ora intestinal a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> necessária<br />
para a indução <strong>de</strong> tolerância34 .<br />
Pelas diferenças entre os gui<strong>de</strong>lines,<br />
é fun<strong>da</strong>mental a realização <strong>de</strong> novos<br />
estudos bem controlados para que se<br />
atinja um consenso quanto ao tempo<br />
a<strong>de</strong>quado para introdução <strong>de</strong> sólidos na<br />
alimentação <strong>da</strong> criança e sua relação<br />
com a prevenção <strong>da</strong> AA.<br />
MUDANÇAS NA DIETA DAS<br />
CRIANÇAS PARA PREVENÇÃO<br />
DE DOENÇAS ATÓPICAS<br />
Muitas tentativas têm sido realiza<strong>da</strong>s<br />
com o objetivo <strong>de</strong> prevenir o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> doenças atópicas nas<br />
crianças. O uso <strong>de</strong> ômega 3 e ômega<br />
6 foi analisado no estudo <strong>de</strong> Almmqvist<br />
et al., com o objetivo <strong>de</strong> avaliar se tal<br />
Nestlé Nutrition Institute<br />
conduta po<strong>de</strong>ria alterar a evolução para<br />
doença atópica59 . Neste estudo houve<br />
suplementação <strong>de</strong> ômega 3 com concomitante<br />
redução <strong>de</strong> ômega 6 na dieta<br />
<strong>da</strong>s crianças, avaliando-se a presença<br />
<strong>de</strong> doença atópica aos 5 anos. Ao fi nal,<br />
os autores concluem que essa conduta<br />
não interferiu no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
atopia e asma.<br />
Outra conduta dietética avalia<strong>da</strong> foi o<br />
papel <strong>da</strong> dieta mediterrânea no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> asma e outras doenças<br />
alérgicas. Chatzi et al. avaliaram áreas<br />
rurais <strong>da</strong> região <strong>de</strong> Creta, incluindo<br />
crianças e adolescentes <strong>de</strong> 7 a 18<br />
anos, quanto à dieta e à presença <strong>de</strong><br />
doenças alérgicas. A dieta nessa região<br />
é bastante rica em frutas, vegetais e<br />
castanhas produzi<strong>da</strong>s localmente. Na<br />
avaliação, os autores concluem que a<br />
dieta mediterrânea aqui <strong>de</strong>scrita po<strong>de</strong>ria<br />
ter um papel na prevenção <strong>de</strong> doenças<br />
alérgicas respiratórias e um dos possíveis<br />
efeitos seria a presença <strong>de</strong> antioxi<strong>da</strong>ntes,<br />
que po<strong>de</strong>riam interferir na expressão <strong>de</strong><br />
doenças alérgicas60 . Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
estudos bem <strong>de</strong>senhados e controlados<br />
para avaliar a real efi cácia <strong>de</strong> tais dietas<br />
na prevenção <strong>de</strong>stas doenças, em<br />
especial <strong>da</strong> AA.<br />
PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS<br />
A microbiota intestinal parece representar<br />
um importante papel no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>da</strong> TO aos alimentos. Manipulações<br />
<strong>de</strong>ssa microbiota po<strong>de</strong>m constituir<br />
importante intervenção na prevenção e<br />
no tratamento <strong>da</strong> AA61 .<br />
17