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A Gênese - Evangelho no Lar

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Capítulo XVIII<br />

da fraternidade nasce o da reciprocidade e dos deveres sociais, de homem para<br />

homem, de povo para povo, de raça para raça; desses dois sentimentos bem compreendidos<br />

sairão, forçosamente, as instituições mais proveitosas ao bem-estar de<br />

todos.<br />

15. A fraternidade deve ser a pedra angular da <strong>no</strong>va ordem social, mas não há<br />

fraternidade real, sólida e efetiva, se ela não está apoiada em uma base inabalável,<br />

e essa base é a fé; não a fé em tais ou quais dogmas particulares que mudam com o<br />

tempo e os povos e que se apedrejam mutuamente, uma vez que se amaldiçoando<br />

elas alimentam o antagonismo, mas a fé <strong>no</strong>s princípios fundamentais que todo o<br />

mundo pode aceitar: Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefi nido e<br />

a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os homens estiverem<br />

convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que esse Deus, soberanamente<br />

justo e bom, não pode querer nada de injusto, que o mal vem dos homens e não<br />

dele, eles se olharão como os fi lhos de um mesmo Pai e estenderão as mãos uns<br />

aos outros.<br />

Essa é a fé que o Espiritismo proporciona e que doravante será o eixo em<br />

tor<strong>no</strong> do qual se moverá o gênero huma<strong>no</strong>, quaisquer que sejam o seu modo de<br />

adoração e as suas crenças particulares, que o Espiritismo respeita, mas dos quais<br />

não pode se ocupar.<br />

Somente dessa fé pode sair o verdadeiro progresso moral, porque somente<br />

ela dá uma sanção lógica aos legítimos direitos e aos deveres; sem ela, o direito é<br />

aquele que a força dá; o dever, um código huma<strong>no</strong> imposto pelo constrangimento.<br />

Sem ela, o que é o homem? Um pouco de matéria que se dissolve; um ser efêmero<br />

que passa; o próprio gênio é uma centelha que brilha um instante para se apagar<br />

por todo o sempre; não há, certamente, muito de que exaltá-lo aos seus próprios<br />

olhos.<br />

Com um tal pensamento, onde estão realmente os direitos e os deveres? Qual<br />

é o objetivo do progresso? Somente essa fé consegue fazer o homem sentir sua<br />

dignidade pela perpetuidade e adiantamento de seu ser, não em um futuro mesquinho<br />

e circunscrito à personalidade, mas grandioso e esplêndido; esse pensamento<br />

o eleva acima da Terra; ele se sente crescer pensando que tem o seu papel <strong>no</strong><br />

Universo; que esse Universo é seu domínio que ele poderá percorrer um dia, e que<br />

a morte não fará dele uma nulidade ou um ser inútil a ele mesmo e aos outros.<br />

16. O progresso intelectual realizado até o presente nas mais largas proporções<br />

é um grande passo e marca a primeira fase da humanidade, mas sozinho ele<br />

é impotente para regenerá-la. Enquanto o homem for dominado pelo orgulho e pelo<br />

egoísmo, ele utilizará sua inteligência e seus conhecimentos em proveito de suas<br />

paixões e de seus interesses pessoais, razão por que ele os aplica <strong>no</strong> aperfeiçoamento<br />

dos meios de prejudicar os outros e de destruí-los.<br />

Somente o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a<br />

Terra, colocando um freio nas más paixões; somente ele pode fazer com que reinem<br />

a concórdia, a paz e a fraternidade entre os homens.

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