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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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porque assim, e somente assim, po<strong>de</strong> ele prosseguir; e sofre o lapso da memória que<br />

tem durante essas encarnações porque sabe que passará inalterado.<br />

“Portanto, você po<strong>de</strong> ter um número infinito <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses, individuais e iguais,<br />

embora diversos, cada um supremo e inteiramente in<strong>de</strong>strutível. Esta é, também, a<br />

única explicação <strong>de</strong> como um ser po<strong>de</strong>ria criar um mundo no qual a guerra, o mal, etc.<br />

existem. O mal é apenas uma aparência, porque (como o bem) não é capaz <strong>de</strong> afetar a<br />

própria substância, mas somente multiplicar suas combinações. Isto é algo idêntico ao<br />

monoteísmo místico, mas a objeção a essa teoria é que Deus tem que criar coisas que<br />

são todas partes d’Ele mesmo, <strong>de</strong> maneira que a interação <strong>de</strong>las é falsa. Se<br />

pressupomos muitos elementos, sua interação é natural.”<br />

Essas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> ser, pensamento e êxtase constituem as qualida<strong>de</strong>s mínimas<br />

possíveis que um ponto precisa possuir para ter uma experiência sensível e real <strong>de</strong> si<br />

mesmo. Correspon<strong>de</strong>m aos números 9, 8 e 7. A primeira i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>, tal como<br />

conhecida pela mente, é, portanto, conceber o ponto como se constituído por aqueles<br />

nove <strong>de</strong>senvolvimentos sucessivos, anteriores ao zero. Aqui, então, finalmente está o<br />

número <strong>de</strong>z.<br />

Em outras palavras, para <strong>de</strong>screver a realida<strong>de</strong> sob forma <strong>de</strong> conhecimento é<br />

preciso postular essas <strong>de</strong>z i<strong>de</strong>ias sucessivas. Na Qabalah são chamadas <strong>de</strong> Sephiroth, o<br />

que significa Números. Como se po<strong>de</strong>rá ver na sequência, cada número possui um<br />

significado própria; cada um correspon<strong>de</strong> a todos os fenômenos, <strong>de</strong> uma maneira tal que<br />

sua disposição na Árvore da Vida (v. diagrama) é um mapa do universo. Esses <strong>de</strong>z<br />

números são representados no Tarô pelas quarenta cartas menores.<br />

O TARÔ E A FÓRMULA DO TETRAGRAMMATON<br />

O que são, então, as cartas da corte? Esta questão envolve outro aspecto do<br />

sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Qual foi o primeiro processo mental? Na obrigação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>screver o nada, o único modo <strong>de</strong> fazê-lo sem <strong>de</strong>struir sua integrida<strong>de</strong> foi representá-lo<br />

como a união <strong>de</strong> um mais alguma coisa com um menos alguma coisa equivalente.<br />

Po<strong>de</strong>-se chamar estas duas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> o ativo e o passivo, o Pai e a Mãe. Mas a <strong>de</strong>speito<br />

<strong>de</strong> o Pai e a Mãe serem capazes <strong>de</strong> realizar uma perfeita união, retornando assim ao zero<br />

‒ o que é um retrocesso ‒ são eles capazes também <strong>de</strong> avançar para a matéria, <strong>de</strong> modo<br />

que sua união produza um Filho e uma Filha. Na prática, a i<strong>de</strong>ia funciona como um<br />

método <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver como a união <strong>de</strong> duas coisas quaisquer produz uma terceira coisa<br />

que não é nenhuma <strong>de</strong>las.<br />

A mais simples ilustração disso se encontra na química. Se tomamos os gases<br />

hidrogênio e cloro e passamos uma faísca elétrica através <strong>de</strong>les, ocorre uma explosão,<br />

produzindo-se ácido hidroclórico. Temos aqui uma substância positiva, que nos é<br />

possível chamar <strong>de</strong> o Filho do casamento <strong>de</strong>sses elementos, sendo um avanço para a<br />

matéria. Mas, também, no êxtase da união, liberam-se luz e calor, fenômenos que não<br />

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