Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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Até aqui, o principal tema <strong>de</strong>ste ensaio foi a Árvore da Vida em sua essência: as<br />
Sephiroth. Convém consi<strong>de</strong>rar agora as relações das Sephiroth entre si (ver diagrama).<br />
Perceber-se-á que vinte e duas linhas são empregadas para completar a estrutura da<br />
Árvore da Vida. No <strong>de</strong>vido tempo, será explicado como tais linhas correspon<strong>de</strong>m às<br />
letras do alfabeto hebraico. Nota-se que, em alguns aspectos, a maneira como são unidas<br />
parece arbitrária. É <strong>de</strong> se notar que existe um triângulo equilátero ‒ que se po<strong>de</strong> encarar<br />
como uma base natural para as operações <strong>de</strong> filosofia ‒ que consiste dos números 1, 4 e<br />
5. Mas não há linhas unindo 1 e 4, ou 1 e 5. Isto não é aci<strong>de</strong>ntal. Em lugar algum da<br />
figura há um triângulo equilátero ereto, embora haja três triângulos equiláteros com o<br />
ápice para baixo. Isso ocorre por causa da fórmula original “Pai, Mãe, Filho”, que se<br />
repete por três vezes numa escala <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> simplicida<strong>de</strong> e espiritualida<strong>de</strong>. O<br />
número 1 está acima <strong>de</strong>sses triângulos, porque é uma integração do zero e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />
tríplice véu do Negativo.<br />
Por outro lado, as Sephiroth, que são emanações do número 1, como já foi<br />
mostrado, são coisas em si, quase no sentido kantiano. As linhas que as unem são forças<br />
da natureza, <strong>de</strong> um tipo muito menos completo; são menos abstrusas, menos abstratas.<br />
AS VINTE E DUAS CHAVES,<br />
ATU, OU TRUNFOS DO TARÔ<br />
Eis um excelente exemplo da doutrina do equilíbrio que a tudo permeia. Lê-se<br />
sempre a equação ax 2 + bx + x = 0. Se não for igual a zero, não é uma equação. E assim,<br />
sempre que qualquer símbolo per<strong>de</strong> importância em um lugar na Qabalah, ele a ganha<br />
em outro. As cartas da corte e as cartas menores formam o esqueleto do Tarô em sua<br />
principal função, como mapa do universo. Mas, no que diz respeito ao significado<br />
especial do baralho como chave para fórmulas mágicas, os vinte e dois trunfos adquirem<br />
importância peculiar.<br />
A que símbolos são atribuídos? Não po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificados com nenhuma das<br />
i<strong>de</strong>ias essenciais, porque este lugar está tomado pelas cartas <strong>de</strong> 1 a 10. Não po<strong>de</strong>m<br />
representar primordialmente o complexo Pai, Mãe, Filho, Filha em sua plenitu<strong>de</strong>,<br />
porque as cartas da corte já assumiram essa posição. Sua atribuição é a seguinte: as três<br />
letras-mãe do alfabeto hebraico, Shin, Mem e Aleph, representam os três elementos<br />
ativos; as sete chamadas letras duplas, Beth, Gimel, Daleth, Kaph, Pé, Resh e Tau<br />
representam os sete planetas sagrados. As doze letras restantes, Hé, Vau, Zain, Cheth,<br />
Teth, Yod, Lamed, Nun, Samekh, Ayin, Tzaddi e Koph representam os signos do<br />
zodíaco.<br />
Há um ligeiro emparamento ou <strong>sobre</strong>posição nesse arranjo. A letra Shin tem que<br />
servir tanto para o fogo quanto para o espírito, da mesma maneira que o número 2<br />
participa da natureza do número 1; e a letra Tau representa tanto Saturno, quanto o<br />
elemento terra. Nessas dificulda<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong> uma doutrina.<br />
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