Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
assunto, consi<strong>de</strong>rando a disposição <strong>de</strong> suas forças num dado lugar e tempo, e o melhor<br />
modo <strong>de</strong> empregá-las contra seu adversário. Isto se revela verda<strong>de</strong>iro, é claro, não<br />
apenas em relação aos trunfos, mas em relação a todas as outras cartas, tendo que ser<br />
verda<strong>de</strong>iro no que se refere a quaisquer estudos especializados. Se alguém entra numa<br />
loja e pe<strong>de</strong> um mapa <strong>de</strong> certo país não é possível que consiga um mapa completo,<br />
porque tal mapa se fundiria necessariamente ao universo, à medida que se aproximasse<br />
da completitu<strong>de</strong>, pois o caráter <strong>de</strong> um país é modificado pelos países adjacentes, e assim<br />
por diante para sempre. Nem mesmo seria completo um mapa útil e prático mais vulgar<br />
sem levar à confusão. O ven<strong>de</strong>dor da loja <strong>de</strong>sejaria saber se o cliente <strong>de</strong>seja um mapa<br />
geológico, um mapa orográfico, um mapa comercial, um mapa indicativo da<br />
distribuição da população, ou um mapa estratégico, e assim por diante para sempre.<br />
O estudante do Tarô não <strong>de</strong>ve, portanto, esperar encontrar nada além <strong>de</strong> uma<br />
seleção cuidadosa dos fatos a respeito <strong>de</strong> qualquer carta dada, uma seleção feita para um<br />
propósito mágico bem <strong>de</strong>finido.<br />
E, contudo, o Tarô tenta resumir num símbolo pictórico único o máximo possível<br />
<strong>de</strong> aspectos úteis da i<strong>de</strong>ia. Ao estudar qualquer carta, não se <strong>de</strong>ve negligenciar qualquer<br />
das atribuições, porque cada classe <strong>de</strong> atribuição realmente modifica a forma e a cor da<br />
carta e o uso <strong>de</strong>sta. Neste ensaio se fará um esforço, na seção <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong> cada carta,<br />
no sentido <strong>de</strong> incluir o máximo possível <strong>de</strong> correspondências.<br />
OS NÚMEROS ROMANOS DOS TRUNFOS 15<br />
Os trunfos são numerados mediante algarismos romanos, para evitar a confusão<br />
com os algarismos arábicos das Sephiroth. Foi <strong>de</strong>sconcertante para os escritores<br />
tradicionais que se ocuparam do Tarô, admitirem que esses números <strong>de</strong>vessem ir <strong>de</strong> 0 a<br />
XXI. Parecem ter pensado que seria a<strong>de</strong>quado supor que o “0” era O Louco porque era<br />
uma nulida<strong>de</strong>, um imprestável. Fizeram esta suposição simplesmente porque<br />
<strong>de</strong>sconheciam a doutrina secreta do zero qabalístico. Desconheciam matemática<br />
elementar. Não sabiam que os matemáticos começam a escala <strong>de</strong>cimal pelo zero.<br />
Para <strong>de</strong>ixar absolutamente claro, aos iniciados, que não compreendiam<br />
o significado da carta chamada O Louco, eles o colocaram entre as cartas XX e XXI,<br />
por um motivo cuja concepção só po<strong>de</strong> aturdir a imaginação humana. Atribuíram então<br />
a carta número I, O Prestidigitador, à letra Aleph. Desta maneira simples, porém<br />
habilidosa, obtiveram a atribuição errada <strong>de</strong> todas as cartas, exceto a <strong>de</strong> O Universo,<br />
XXI.<br />
15 Em alguns parágrafos <strong>de</strong>sta seção, serão repetidas, em frases ligeiramente diferentes, afirmações já<br />
feitas nas páginas anteriores. É proposital.<br />
44