11.05.2013 Views

1 Adelino Torres “Oração de Sapiência” proferida na cerimónia do ...

1 Adelino Torres “Oração de Sapiência” proferida na cerimónia do ...

1 Adelino Torres “Oração de Sapiência” proferida na cerimónia do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong>mocracia em Cabo Ver<strong>de</strong>, que “poucos são os povos cujo passa<strong>do</strong> não<br />

esteja pontua<strong>do</strong> <strong>de</strong> tragédias” (2005: 66).<br />

Essa poesia <strong>de</strong> protesto social e <strong>de</strong> reivindicação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

<strong>na</strong>ção maltratada, estava já patente nos cinco poemas fi<strong>na</strong>is <strong>do</strong> livro em<br />

prosa Toda a gente fala sim senhor, publica<strong>do</strong> <strong>na</strong> sau<strong>do</strong>sa colecção<br />

Imbon<strong>de</strong>iro, em Luanda, no seu Ca<strong>de</strong>rno nº 9 <strong>do</strong>s anos 50 <strong>do</strong> século<br />

passa<strong>do</strong>, colecção que se <strong>de</strong>veu à iniciativa abnegada <strong>de</strong> Leonel Cosme<br />

et Garibaldino <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, cujo trabalho editorial pioneiro se prolongou<br />

durante vários anos. Ainda hoje possuo muitos <strong>de</strong>sses ca<strong>de</strong>rnos<br />

O grito <strong>do</strong>s versos encontra-se <strong>de</strong> novo no livro <strong>de</strong> poemas Hora<br />

Gran<strong>de</strong> (1962) cuja jovem editora <strong>de</strong> vida efémera era dirigida por<br />

Ernesto Lara Filho e Inácio Rebelo <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> angola<strong>na</strong> que<br />

se chamava então Nova Lisboa, hoje Huambo.<br />

Para acrescentar outra “coincidência” às anteriormente referidas, tanto<br />

o Ernesto Lara Filho como o Inácio Rebelo <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> contam-se<br />

também entre os meus companheiros. O Ernesto faleceu mais tar<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pois da in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> Ãngola. O Inácio continua a publicar<br />

romances com a regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um relógio que <strong>do</strong>mi<strong>na</strong> o tempo, com a<br />

exigência e qualida<strong>de</strong> que honrariam Angola se esta <strong>de</strong>sse por isso.<br />

Quanto à obra poética <strong>de</strong> Onésimo Silveira, o livro Hora gran<strong>de</strong> foi<br />

posteriormente integra<strong>do</strong>, em 2008, num outro seu livro com o belo<br />

título Poemas <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> trevas publica<strong>do</strong> no Min<strong>de</strong>lo pelo Instituto<br />

da Biblioteca Nacio<strong>na</strong>l e <strong>do</strong> Livro.<br />

No romance <strong>de</strong>staco A sage das as-secas e das graças <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora, edita<strong>do</strong> em Lisboa em 1991 (Edições Europa-América). Já<br />

esgota<strong>do</strong>, aguarda uma merecida reedição em Lisboa ou em Cabo<br />

Ver<strong>de</strong>.<br />

7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!