relatório de actividades 2011 - aldeia
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CERVAS – Relatório <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>2011</strong><br />
o Inverno nestas áreas, nomeadamente quais as espécies presentes, a distribuição e<br />
a abundância das mesmas. A influência da Serra da Estrela sobre a área <strong>de</strong> estudo<br />
po<strong>de</strong>rá levar à ocorrência, a baixas altitu<strong>de</strong>s (inferior a 1000 metros), <strong>de</strong> espécies que<br />
não se encontram noutras regiões do País mas que ocorrem regularmente no Inverno<br />
na Serra da Estrela. As saídas <strong>de</strong> campo foram realizadas por técnicos do<br />
CERVAS/ALDEIA mas também eram abertas a todos os colaboradores da associação,<br />
bem como público geral interessado em participar. Foram realizados 15 percursos<br />
divididos em transeptos por cada habitat, num total <strong>de</strong> 76,25Km percorridos. Além<br />
<strong>de</strong>stes percursos foram realizados ainda 75 pontos <strong>de</strong> amostragem distribuídos pela<br />
área <strong>de</strong> estudo. Foi registado um total <strong>de</strong> 78 espécies, das quais se po<strong>de</strong>m realçar o<br />
tartaranhão-azulado (Circus cyaneus), o maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos), o<br />
pica-pau-galego (Dendrocopos minor), o bico-<strong>de</strong>-lacre (Estrilda astrild), o tentilhãomontês<br />
(Fringilla montifringilla), a narceja-comum (Gallinago gallinago), o melro-azul<br />
(Monticola solitarius), o estorninho-malhado (Sturnus vulgaris), o abibe (Vanellus<br />
vanellus), a andorinha-dos-beirais (Delichon urbica), a garça-real (Ar<strong>de</strong>a cinerea), o<br />
lugre (Carduelis spinus), o milhafre-real (Milvus milvus), o mocho-galego (Athene<br />
noctua), o pardal-francês (Petronia petronia), o corvo-marinho-<strong>de</strong>-faces-brancas<br />
(Phalacrocorax carbo), a petinha-dos-prados (Anthus pratensis), a petinha-ribeirinha<br />
(Anthus spinoletta), a tarambola-dourada (Pluvialis apricaria), a tordoveia (Turdus<br />
viscivorus) e o tordo-ruivo (Turdus iliacus).<br />
3.3.1.4. Biometrias <strong>de</strong> crias <strong>de</strong> aves <strong>de</strong> rapina nocturnas<br />
As biometrias são por vezes uma ferramenta importante para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
espécies, sub-espécies, sexos e ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algumas aves. No caso das crias e juvenis,<br />
as biometrias po<strong>de</strong>rão ajudar a <strong>de</strong>terminar o estádio do <strong>de</strong>senvolvimento das mesmas.<br />
Nos centros <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> animais selvagens, existe uma gran<strong>de</strong> percentagem<br />
<strong>de</strong> ingressos <strong>de</strong> crias <strong>de</strong> aves, em particular aves <strong>de</strong> rapina nocturnas, o que torna<br />
bastante importante haver informação disponível para <strong>de</strong>terminar a ida<strong>de</strong> ou a fase do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das crias. Assim será mais fácil <strong>de</strong>terminar a melhor altura para<br />
<strong>de</strong>volver essas crias à natureza, <strong>de</strong> acordo com a bibliografia existente e com a<br />
observação <strong>de</strong>ssas crias no centro <strong>de</strong> recuperação, aumentando assim a<br />
probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso das mesmas na natureza.<br />
Durante 2010 e <strong>2011</strong> foram retiradas biometrias das crias <strong>de</strong> aves <strong>de</strong> rapina nocturnas<br />
que ingressaram no CERVAS. Foram estudadas as quatro espécies que apresentam<br />
uma maior percentagem <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong> crias no centro, tendo sido retiradas<br />
biometrias a 8 crias <strong>de</strong> mocho-d‟orelhas, 18 <strong>de</strong> mocho-galego, 27 <strong>de</strong> coruja-das-torres<br />
e 16 <strong>de</strong> coruja-do-mato. Sempre que eram recolhidas as biometrias (peso,<br />
comprimento, largura e profundida<strong>de</strong> do tarso, comprimento da asa, do bico + cera, do<br />
bico e da cabeça) eram fotografadas as crias em diferentes posições, <strong>de</strong> modo a<br />
permitir um cruzamento da informação visual com a fornecida pelas biometrias, para<br />
apoiar a <strong>de</strong>terminação da ida<strong>de</strong> das crias.<br />
Gráficos 2 e 3: Exemplos <strong>de</strong> gráficos que foram obtidos através da recolha e análise das biometrias das crias<br />
<strong>de</strong> aves <strong>de</strong> rapina nocturnas, neste caso o peso médio (à esquerda) e o comprimento médio da asa (à direita)<br />
ao longo do <strong>de</strong>senvolvimento das crias <strong>de</strong> mocho-galego galego. - - - Fledging; In<strong>de</strong>pendência.<br />
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