Relações de causa e efeito no diagrama da estratégia do ... - ABEPRO
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XXIV Encontro Nac. <strong>de</strong> Eng. <strong>de</strong> Produção - Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 <strong>de</strong> <strong>no</strong>v <strong>de</strong> 2004<br />
<strong>do</strong> pensamento sistêmico (Bartlett, 2001), representa<strong>do</strong> na Figura 1.<br />
PENSAMENTO ANALÍTICO PENSAMENTO SISTÊMICO<br />
PENSAMENTO<br />
ANALÍTICO<br />
PENSAMENTO<br />
ANALÍTICO<br />
PENSAMENTO<br />
SINTÉTICO<br />
Figura 1 – Pensamento Analítico x Pensamento Sistêmico<br />
Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bartlett (2001) pelos autores<br />
Uma organização não po<strong>de</strong> ser vista ou analisa<strong>da</strong> por um <strong>de</strong>partamento ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Uma<br />
empresa é forma<strong>da</strong> por um conjunto <strong>de</strong> processos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes uns <strong>do</strong>s outros, interliga<strong>do</strong>s<br />
entre si, que fazem uso <strong>da</strong> estrutura organizacional como recurso. A estrutura organizacional<br />
funcional constitui-se <strong>no</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong>s competências, que são mobiliza<strong>da</strong>s para a geração <strong>de</strong><br />
valor para o cliente através <strong>do</strong>s processos, que são trans<strong>de</strong>partamentais. Resumi<strong>da</strong>mente, o<br />
uso <strong>da</strong> visão sistêmica em uma relação <strong>de</strong> <strong>causa</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> serve para reforçar a afirmativa <strong>de</strong> que<br />
se <strong>de</strong>ve procurar o máximo <strong>de</strong> <strong>causa</strong>s possíveis que possam afetar o sistema ou interferir <strong>no</strong><br />
seu resulta<strong>do</strong>. Uma organização efetivamente existe como uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> coletiva que atinge<br />
um objetivo comum quan<strong>do</strong> o teci<strong>do</strong> <strong>de</strong> vários executivos é costura<strong>do</strong> e forma uma trama<br />
única e coesa (GOSLING e MINTZBERG, 2003, pg. 49).<br />
Bourne e Neely (2002) chamam a atenção para o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> que se <strong>de</strong>ve ter ao analisar os<br />
elementos <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>causa</strong> e <strong>efeito</strong>, e também para a forma como se me<strong>de</strong>m os resulta<strong>do</strong>s,<br />
pois caso as medi<strong>da</strong>s sejam feitas <strong>de</strong> uma forma equivoca<strong>da</strong>, o resulta<strong>do</strong> a que a meta se<br />
propõe a atingir po<strong>de</strong> ser bem diferente <strong>do</strong> espera<strong>do</strong>. Goldratt (1998) analisa esta questão e<br />
<strong>de</strong>fine: “dize como me me<strong>de</strong>s e eu te direi como me comporto”, indican<strong>do</strong> claramente que na<br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>vem ser usa<strong>do</strong>s para influenciar comportamentos e não para<br />
controlar eventos passa<strong>do</strong>s. Por esta razão a correta <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res tem tão profun<strong>da</strong><br />
importância para o cumprimento <strong>da</strong> <strong>estratégia</strong>, pois indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente<br />
po<strong>de</strong>rão conduzir a comportamentos absolutamente <strong>de</strong>svia<strong>do</strong>s <strong>da</strong> intenção estratégica. As<br />
pessoas agem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a forma como são medi<strong>da</strong>s, e não conforme o que se espera<br />
<strong>de</strong>las.<br />
5. O <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>da</strong> <strong>estratégia</strong> e as relações <strong>de</strong> <strong>causa</strong> e <strong>efeito</strong><br />
Montar uma <strong>estratégia</strong> não é fácil. Implementá-la é ain<strong>da</strong> mais difícil (Charan e Colvin,<br />
1999). A tarefa mais complexa e que requer muita atenção é estabelecer os meios para atingir<br />
os objetivos estratégicos. Como po<strong>de</strong>m colaborar os executivos, gerentes, supervisores e o<br />
pessoal operacional para o sucesso <strong>da</strong> implementação? O que estas pessoas <strong>de</strong>vem fazer <strong>de</strong><br />
diferente em seus trabalhos para alcançar os objetivos estratégicos? Operacionalmente, aí<br />
resi<strong>de</strong> a principal dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. Alinhar os interesses <strong>da</strong>s pessoas com os interesses <strong>da</strong><br />
organização. O FPNQ (2002) reconhece que um <strong>do</strong>s vetores para o comprometimento é a<br />
participação <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> organização. Gosling & Mintzberg<br />
(2003) falam que esta forma engaja<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> administrar é basea<strong>da</strong> na colaboração, e não <strong>no</strong><br />
que chamam <strong>de</strong> “gestão heróica” (basea<strong>da</strong> <strong>no</strong> eu). Estes mesmos autores ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que<br />
a<strong>do</strong>tar uma postura mental colaborativa significa estar inseri<strong>do</strong>, engaja<strong>do</strong>, administran<strong>do</strong> por<br />
to<strong>da</strong> a re<strong>de</strong>. Existe aí um significa<strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong>: garantir que a administração transcen<strong>da</strong> o<br />
administra<strong>do</strong>r. Para <strong>de</strong>senvolver-se uma visão <strong>da</strong> organização, é preciso que se <strong>de</strong>senvolva a<br />
<strong>no</strong>ção <strong>de</strong> subsidiarie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> organização.<br />
ENEGEP 2004 <strong>ABEPRO</strong> 3392