12.05.2013 Views

Relações de causa e efeito no diagrama da estratégia do ... - ABEPRO

Relações de causa e efeito no diagrama da estratégia do ... - ABEPRO

Relações de causa e efeito no diagrama da estratégia do ... - ABEPRO

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

XXIV Encontro Nac. <strong>de</strong> Eng. <strong>de</strong> Produção - Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 <strong>de</strong> <strong>no</strong>v <strong>de</strong> 2004<br />

Quan<strong>do</strong> Kaplan e Norton (1997) sugerem seus processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento estratégico em<br />

suas quatro perspectivas já conheci<strong>da</strong>s, veremos que o assunto está em plena efervescência <strong>no</strong><br />

campo conceitual <strong>da</strong> administração e vários mo<strong>de</strong>los propon<strong>do</strong> fases distintas <strong>no</strong> processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento estão em construção por vários autores diferentes, com ênfases diferentes.<br />

Examinemos sucintamente o que outros autores sugerem como etapas ou “perspectivas” <strong>de</strong>ste<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento. Rummler e Brache (1994) propõem um mo<strong>de</strong>lo em três níveis:<br />

Objetivos <strong>da</strong> Organização Processos Chave Desempenho <strong>da</strong>s pessoas. Rummler e<br />

Brache <strong>de</strong>stacam com clareza cristalina a questão <strong>da</strong> coexistência <strong>da</strong> estrutura funcional com a<br />

organização orienta<strong>da</strong> para processos, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> que as áreas funcionais <strong>de</strong>vem estar volta<strong>da</strong>s<br />

e <strong>de</strong>vem ser avalia<strong>da</strong>s conforme sua colaboração para o atingimento <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong>s<br />

processos. Este mo<strong>de</strong>lo está ilustra<strong>do</strong> na Figura 2. Ao analisar o mo<strong>de</strong>lo proposto, é saliente a<br />

falta <strong>de</strong> um elo fun<strong>da</strong>mental: o cliente. As organizações não sobrevivem sem clientes. As<br />

organizações se distinguem pela sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superior <strong>de</strong> atrair e manter clientes (Day,<br />

2001; Hammer, 2002). A meto<strong>do</strong>logia se ressente <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> foco <strong>no</strong> cliente <strong>no</strong> processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, ain<strong>da</strong> que os próprios autores enfatizem que muitos administra<strong>do</strong>res<br />

esquecem os clientes e os produtos ou serviços presta<strong>do</strong>s a eles (RUMMLER e BRACHE,<br />

1994, pg. 7).<br />

OBJETIVOS DA<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

Figura 2 – Visão <strong>da</strong> estrutura organizacional <strong>de</strong> Rummler e Brache<br />

Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Rummler e Brache (1994) pelos autores.<br />

Rucci, Kirn e Quinn (1998), construíram um mo<strong>de</strong>lo teórico aplica<strong>do</strong> na Sears que se<br />

constitui na ca<strong>de</strong>ia Funcionários Serviços ao Cliente Acionistas. To<strong>da</strong>via, é consenso <strong>da</strong><br />

mo<strong>de</strong>rna literatura <strong>de</strong> negócios a importância <strong>do</strong> foco <strong>no</strong>s processos (Hammer, 2001). O elo<br />

que une funcionários satisfeitos a clientes satisfeitos não recebe o <strong>de</strong>staque que na reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

os processos organizacionais <strong>de</strong> atendimento e geração <strong>de</strong> valor ao cliente merecem e exigem<br />

para o bom <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s organizações. Ain<strong>da</strong> que numa análise ex-post a crítica seja o ato<br />

mais fácil e as falhas se tornem mais evi<strong>de</strong>ntes, a lacuna se evi<strong>de</strong>ncia na ca<strong>de</strong>ia representa<strong>da</strong><br />

na Figura 3.<br />

FUNCIONÁRIOS<br />

SATISFEITOS<br />

PROCESSOS<br />

CHAVE<br />

CLIENTES<br />

SATISFEITOS<br />

DESEMPENHO<br />

DAS PESSOAS<br />

ACIONISTAS<br />

SATISFEITOS<br />

Figura 3 – Visão <strong>da</strong> estrutura organizacional <strong>de</strong> Rucci, Kirn e Quinn<br />

Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Rucci, Kirn e Quinn (1998) pelos autores.<br />

Isto porquê é através <strong>do</strong>s processos que os funcionários interagem com os clientes, é através<br />

<strong>da</strong> padronização <strong>de</strong> processos e <strong>da</strong> incorporação nestes <strong>da</strong>s “best practices”, que uma<br />

organização consoli<strong>da</strong> sua excelência. É importante que o framework meto<strong>do</strong>lógico exija <strong>no</strong><br />

seu processo <strong>de</strong> aplicação a atenção para este elo chave. O óbvio precisa ser dito e<br />

explicita<strong>do</strong>, senão as pessoas o esquecem. Hammer (2001) enfatiza a importância <strong>do</strong>s<br />

processos quan<strong>do</strong> assume que estava erra<strong>do</strong> ao eleger como palavra-chave <strong>da</strong> reengenharia a<br />

palavra radical, quan<strong>do</strong> se referia a uma mu<strong>da</strong>nça radical <strong>no</strong>s processos. Hoje ele enten<strong>de</strong> e<br />

ENEGEP 2004 <strong>ABEPRO</strong> 3393

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!