Semi-extensivo • Uno • Biologia • Caderno de Teoria 4 Semi ...
Semi-extensivo • Uno • Biologia • Caderno de Teoria 4 Semi ...
Semi-extensivo • Uno • Biologia • Caderno de Teoria 4 Semi ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Semi</strong>-<strong>extensivo</strong> <strong>Uno</strong> <strong>Biologia</strong> <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> <strong>Teoria</strong> 4<br />
FOTOPERIODISMO<br />
A floração <strong>de</strong> algumas plantas é influenciada<br />
pela duração do dia (fotoperíodo). A floração induzida<br />
pelo fotoperíodo é uma resposta fotoperiódica,<br />
assim como a queda <strong>de</strong> folhas (abscisão).<br />
Na floração, as gemas <strong>de</strong>senvolvem-se em<br />
flores sob estimulação hormonal. As folhas são<br />
as estruturas sensíveis ao fotoperíodo; apresentam<br />
um pigmento chamado fitocromo, <strong>de</strong> cor azul e <strong>de</strong><br />
natureza protéica, que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia as mudanças<br />
que conduzem à floração.<br />
Em relação ao fotoperíodo há três tipos <strong>de</strong><br />
plantas:<br />
<strong>•</strong> Planta <strong>de</strong> dia curto (PDC)<br />
<strong>•</strong> Planta <strong>de</strong> dia longo (PDL)<br />
<strong>•</strong> Planta indiferente<br />
B1<strong>•</strong>T7 6<br />
Plantas indiferentes não são afetadas pelo<br />
fotoperíodo na indução <strong>de</strong> floração. É o caso do<br />
tomate e do milho. Para facilitar o entendimento<br />
do significado <strong>de</strong> PDC e PDL, vamos consi<strong>de</strong>rar<br />
dois exemplos:<br />
Exemplo 1: uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> morango é<br />
planta <strong>de</strong> dia curto (PDC) e seu fotoperíodo crítico<br />
é <strong>de</strong> 10 horas. Isso significa que essa planta tem<br />
sua floração induzida quando exposta a 10 horas<br />
diárias <strong>de</strong> iluminação (seu fotoperíodo crítico) e<br />
também floresce com menos horas <strong>de</strong> exposição<br />
à luz (9 h, 8 h, 7 h, ..., 1 h).<br />
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998.<br />
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998.<br />
<strong>Semi</strong>-<strong>extensivo</strong> <strong>Uno</strong> <strong>Biologia</strong> <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> <strong>Teoria</strong> 4<br />
548 549<br />
As curvaturas diferentes <strong>de</strong>vem-se ao acúmulo<br />
<strong>de</strong> auxina na face inferior da planta. Alto teor <strong>de</strong><br />
auxina estimula o caule (que se volta para cima)<br />
e inibe a raiz (cuja parte superior cresce mais e<br />
ocorre sua curvatura para baixo).<br />
O fototropismo é influenciado pela luz. Sob<br />
iluminação unilateral, o caule volta-se para a luz<br />
(fototropismo positivo) e a raiz afasta-se da<br />
luz (fototropismo negativo).<br />
A auxina é produzida no ápice do caule e<br />
migra em direção à extremida<strong>de</strong> da raiz. Com a<br />
iluminação lateral, há uma migração <strong>de</strong> auxina<br />
para o lado não iluminado, que passa a ter, em<br />
toda a sua extensão, maior concentração <strong>de</strong><br />
hormônio. O alto teor auxínico estimula o caule<br />
(que se volta para a luz) e inibe a raiz, cuja parte<br />
iluminada cresce mais e ocorre curvatura com o<br />
afastamento da luz.<br />
Auxina<br />
Coleóptilo<br />
Figura 7. A luz promove <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> auxina, que<br />
se concentra no lado não iluminado, <strong>de</strong>terminando o<br />
fototropismo positivo do caule e o fototropismo negativo<br />
da raiz.<br />
1 h<br />
Com luz: floração<br />
10 h<br />
Fotoperíodo<br />
crítico<br />
O fotoperíodo crítico é específico <strong>de</strong> cada<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> planta, sendo i<strong>de</strong>ntificado experimentalmente.<br />
Exemplo 2: uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aveia é planta<br />
<strong>de</strong> dia longo (PDL) e seu fotoperíodo crítico é <strong>de</strong><br />
9 horas. Isso significa que a planta tem sua floração<br />
induzida quando exposta a 9 horas diárias<br />
<strong>de</strong> iluminação (seu fotoperíodo crítico) e também<br />
floresce com mais horas diárias <strong>de</strong> exposição à luz<br />
(10 h, 11 h, ..., 24 h).<br />
9 h<br />
Fotoperíodo<br />
crítico<br />
Com luz: floração<br />
24 h<br />
Assim, conhecido o fotoperíodo crítico <strong>de</strong> uma<br />
planta, ela será consi<strong>de</strong>rada PDL se florescer acima<br />
<strong>de</strong>le; caso floresça abaixo do fotoperíodo crítico,<br />
a planta é do tipo PDC.<br />
Com o tempo foi <strong>de</strong>scoberto que o fator indutor<br />
da floração não é o tempo diário <strong>de</strong> exposição<br />
à luz e sim o tempo diário <strong>de</strong> permanência da<br />
planta no escuro. Isso significa que:<br />
<strong>•</strong> Planta <strong>de</strong> dia curto = Planta <strong>de</strong> noite longa;<br />
<strong>•</strong> Planta <strong>de</strong> dia longo = Planta <strong>de</strong> noite curta.<br />
(A) (B) (C)<br />
Dia longo Dia curto Dia curto com interrupção noturna<br />
24 h<br />
24 h 24 h<br />
Planta <strong>de</strong> dia curto<br />
Planta <strong>de</strong> dia longo<br />
Figura 8. (A) Em dias <strong>de</strong> verão, sob fotoperíodo longo, a planta<br />
<strong>de</strong> dia curto (<strong>de</strong> noite longa) não floresce e a <strong>de</strong> dia longo, sim.<br />
(B) Sob fotoperíodo curto, como nos dias <strong>de</strong> inverno, ocorre o<br />
inverso. (C) Se o período <strong>de</strong> escuridão for interrompido por curtos<br />
períodos <strong>de</strong> luz, a planta <strong>de</strong> dia curto não floresce e a <strong>de</strong> dia<br />
longo (<strong>de</strong> noite curta), sim.<br />
Retornando aos exemplos apresentados, temos:<br />
Exemplo 1: morango = PDC = Planta <strong>de</strong> noite longa<br />
Essa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> planta tem a sua floração induzida com mais <strong>de</strong> 10 horas<br />
diárias no escuro (“noite longa”). A planta é induzida a florescer com longa exposição<br />
ao escuro. Caso ocorra uma interrupção no tempo <strong>de</strong> exposição ao escuro,<br />
iluminando a planta por alguns minutos, uma planta <strong>de</strong> noite longa (“dia curto”)<br />
<strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> florescer.<br />
Exemplo 2: aveia = PDL = Planta <strong>de</strong> noite curta<br />
Essa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> planta tem sua floração induzida com menos <strong>de</strong> 9 horas diárias<br />
no escuro (“noite curta”). A planta é induzida a florescer com curta exposição ao<br />
escuro. Caso ocorra uma interrupção no tempo <strong>de</strong> exposição ao escuro, iluminando<br />
a planta por alguns minutos, uma planta <strong>de</strong> noite curta (“dia longo”) continuará<br />
florescendo.<br />
7<br />
B1<strong>•</strong>T7