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Os desafios do continente asiático e o comércio internacional

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Comércio Internacional e<br />

<strong>desafios</strong> <strong>do</strong> <strong>continente</strong> <strong>asiático</strong><br />

Do uniforme chinês ao florescimento das trocas<br />

comerciais e apetite pelas Marcas de Luxo


Características <strong>do</strong>s países <strong>asiático</strong>s consoante as<br />

suas dinâmicas. Grupos de países <strong>asiático</strong>s<br />

Federação Russa, Japão, Republica da Coreia, Singapura, Taiwan - os<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s;<br />

China, Índia, In<strong>do</strong>nésia, Malásia, Tailândia e Vietname – impulsiona<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento (eleva<strong>do</strong>s índices de industrialização) e;<br />

Paquistão, Filipinas, Laos, Sri Lanka, Bangladesh, Nepal, Maldivas –<br />

deficiente desenvolvimento sustentável (baixo rendimento p/ capita,<br />

eleva<strong>do</strong>s níveis de pobreza e deficientes políticas ambientais).<br />

a) Deficientes políticas de desenvolvimento sustentável;<br />

b) Atrasos na aplicação de politicas de liberalização económica;<br />

c) Dificuldade de atracção de investimento estrangeiros devi<strong>do</strong> à insegurança;<br />

d) Envolvimento estéril, em conflitos arma<strong>do</strong>s (diferen<strong>do</strong> entre India e Paquistão<br />

sobre Cachemira, movimentos guerrilheiros/terroristas nas Filipinas e Sri Lanka,<br />

entre outros).


Enquadramento<br />

Cultura oriental de “abertura” ao negócio com base no<br />

conhecimento e confiança pessoal <strong>do</strong>s interlocutores;<br />

Deslocalização de investimento e de <strong>comércio</strong> <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />

tradicionais, Japão e Coreia para a Índia, China e Su<strong>do</strong>este <strong>asiático</strong><br />

criou condições favoráveis aos últimos;<br />

Crise monetária/financeira (1997) afectou fortemente a Tailândia,<br />

In<strong>do</strong>nésia e Malásia e, muito menos a Índia e a China;<br />

Abertura à inovação e receptivos aos negócios e produtos novos<br />

Globalização como factor dinamiza<strong>do</strong>r crescimento;


Entrada para a Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio da Índia (1997) e da<br />

China (2001);<br />

Participação simultânea da Índia e Paquistão nos Grupos, G20, ASEAN<br />

e APEC proporcionou-lhes projecção <strong>internacional</strong> e eleva<strong>do</strong> peso, nas<br />

decisões politicas e económicas mundiais;<br />

Impacto sem precedentes, na economia global decorrente <strong>do</strong><br />

desenvolvimento e crescimento económico de alguns <strong>do</strong>s países <strong>asiático</strong>s;<br />

Alteração profunda na atitude <strong>do</strong>s <strong>asiático</strong>s decorrente <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong><br />

crescimento económico de alguns países e enriquecimento<br />

progressivo das classes alta e média alta (Singapura, Malásia, Índia e<br />

China) concorreu para a transformação <strong>do</strong> <strong>continente</strong>, num excelente<br />

laboratório de “lifestyle” – onde grandes marcas europeias e americanas<br />

se implantaram e, novas marcas asiáticas (especialmente chinesas)<br />

surgiram;


Entrada da China e Índia para OMC<br />

Que pensavam então responsáveis Orientais e Ocidentais<br />

“ Nous sommes pleinement confiants que la participation de la Chine à l’OMC fera entrer le<br />

dévelopement du commerce exterieur de la Chine dans uns nouvelle ère, et qu’elle marquera le<br />

début d’une époque de coopération économique et commerciale entre la Chine et le monde. Ce<br />

contexte créera de nouvelles occasions favorables pour l’economie et une prospérité durable<br />

pendant le nouvelle siécle”<br />

Shi Guangsheng, ministre du Commerce et de la Coopération économique<br />

avec l’étranger<br />

La Chine aprés l’OMC sera la Chine des changements rapides et du dynamism de l’esprit<br />

entrepreunerial. L’OMC sert de catalyseur pour accentuer l’introduction des investissements et<br />

de la libéralisation du commerce, ce qui, en retour, harmonisera davantage l’environement<br />

d’investissement complexe de la China avec les normes internationales. Ainsi, l’investissement<br />

étranger será encouragé sur une échelle encore plus large que prévu.<br />

Laurence J. Brahm, PDG, SARL, Naga Group


DAS QUOTAS DE MERCADO AO COMERCIO LIVRE, NO ÂMBITO DA OMC<br />

Alteração quadro de referência” negocial” sede OMC (eleva<strong>do</strong> peso das economias) .<br />

Adequação regras e regulamentos existentes e partilha de novas regras pelos restantes<br />

membros OMC;<br />

Criação de consensos, à custa de contrapartidas a alguns sectores, em detrimento de outros,<br />

nem sempre coincidentes com interesses nacionais;<br />

Harmonização de regras e procedimentos, com vantagens para <strong>comércio</strong> <strong>internacional</strong> e<br />

“ambientes” de investimento, de acor<strong>do</strong> com as normas internacionais;<br />

Impacto no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios:<br />

a) redução das restrições fiscais;<br />

b) extensão das isenções fiscais usufruídas por investi<strong>do</strong>res das zonas costeiras aos agentes<br />

económicos que investiam, nas zonas interiores;<br />

c) autorização para investimento estrangeiro no <strong>comércio</strong> a retalho e na abertura Centros<br />

Comerciais;<br />

d) simplificação de procedimentos na aprovação de investimentos locais (visan<strong>do</strong><br />

desenvolvimento regional no interior);<br />

Reconhecimento pelos agentes económicos internacionais <strong>do</strong> espírito altamente empresarial<br />

<strong>do</strong>s parceiros <strong>asiático</strong>s;


Desafio e oportunidades decorrentes<br />

Disciplinou as autoridades indianas e chineses obrigan<strong>do</strong>-as a enquadrarem-se na economia<br />

global e minimizar os efeitos <strong>do</strong> seu individualismo na participação na referida economia.<br />

Adesão destes países à OMC contribuiu para que os países concretizassem os objectivos de<br />

desenvolvimento;<br />

Influenciou as relações de trabalho, em especial nas sociedades estrangeiras proceden<strong>do</strong>, de<br />

forma mais ou menos subtil, a alterações que melhoravam a ética e a transparência de negócios<br />

Efeitos imediatos: a) formação acelerada de quadros e trabalha<strong>do</strong>res para melhorar a gestão e<br />

as competências, em particular informática e instrumentos digitaliza<strong>do</strong>s; b) concorrência entre<br />

trabalha<strong>do</strong>res qualificadas à medida que aumentam os investimentos das sociedades<br />

estrangeiras e c) maior rotatividade <strong>do</strong>s funcionários mais habilita<strong>do</strong>s; d) formação aos<br />

expatria<strong>do</strong>s, em detrimento de contratação trabalha<strong>do</strong>res chineses altamente qualifica<strong>do</strong>s<br />

- as empresas estrangeiras facultam formação para evitar migração trabalha<strong>do</strong>res para outras<br />

empresas e sectores;


A Ásia no Mun<strong>do</strong><br />

A Ásia tem vin<strong>do</strong> a ganhar “terreno” e a participar, no debate e no processo<br />

decisório da regulamentação <strong>internacional</strong> afirman<strong>do</strong>-se como, “major<br />

player” na Governação Global;<br />

A Ásia tem vin<strong>do</strong>, à medida que emerge e, é “reconheci<strong>do</strong> pelos outros<br />

actores” como “Global Leader”, a desempenhar tal papel como parceiro<br />

responsável e cooperante na cena <strong>internacional</strong> (p.e participação<br />

permanente nas operações de defesa e construção da paz da ONU, entre<br />

outras).


ASIA nos Negócios “TO DO”<br />

e “NOT TO DO”<br />

<strong>Os</strong> povos <strong>asiático</strong>s, nos negócios, necessitam estabelecer contactos directos e relações<br />

pessoais;<br />

As relações de confiança são essenciais, como factor de sucesso <strong>do</strong> negócio;<br />

O conhecimento e a percepção das sensibilidades e especificidades locais e <strong>do</strong>s estilos de vida<br />

levam tempo a estabelecer, pelo que os interessa<strong>do</strong>s devem passar tempo no local onde<br />

pretendem realizar o seu negócio;<br />

O conhecimento e a boa reputação <strong>do</strong>s parceiros ajuda a manter e a perspectivar futuros<br />

negócios;<br />

<strong>Os</strong> Asiáticos tendem a “agradar e acomodar, em vez de confrontar”;<br />

As reuniões devem ser marcadas com antecedência;<br />

Favorecem-se relações “Win-Win”. (filosofia oriental <strong>do</strong> equilíbrio - China), embora subtilmente<br />

cada agente económico pretenda atingir ao máximo o seu interesse pessoal;


“DOING BUSINESS in ASIA”<br />

O desenrolar <strong>do</strong>s negócios demora tempo, pelo que exige paciência re<strong>do</strong>brada;<br />

A cultura de negócios asiática tem especificidades próprias que se devem<br />

conhecer. Rituais a observar quanto ao uso <strong>do</strong> imprescindível uso cartão de visita:<br />

identificação da pessoa (em inglês e na língua local), entrega obrigatória <strong>do</strong> cartão<br />

de visita, em todas as reuniões. Objectivo é o reconhecimento <strong>do</strong> estatuto e papel<br />

<strong>do</strong> parceiro de negócios;<br />

Não perder o controlo em publico;<br />

O vestuário a usar no oriente tende a ser menos formal que na Europa (nalguns<br />

países não é necessário vestir casaco durante as reuniões).


A alteração <strong>do</strong> paradigma <strong>do</strong> vestuário<br />

das classes altas e média alta, de alguns povos <strong>asiático</strong>s (da uniformização às<br />

marcas de luxo)<br />

A globalização e o aumento <strong>do</strong> rendimento das famílias das classes média<br />

(alta) e classe alta contribuiu para a referida alteração;<br />

A filosofia consumista <strong>do</strong>s orientais, onde é mais importante “ter ” <strong>do</strong> que “ser”;<br />

<strong>Os</strong> hábitos de vestir <strong>do</strong>s orientais também seguiram filosofia da importância <strong>do</strong> “ter”.<br />

A atitude da insinuação através da demonstração <strong>do</strong> poder e da riqueza reflectemse<br />

através <strong>do</strong> tipo vestuário de luxo e <strong>do</strong> que se mostra possuir;<br />

A importância de se mostrar o poder através <strong>do</strong> que se têm é um factor cultural.<br />

A) Manga esquerda da camisa <strong>do</strong>s homens é mais curta <strong>do</strong> que à direita - para que<br />

se relógio rel gio de marca luxuosa – só usada por quem detém elevadíssimo poder de<br />

compra possa ser visto.<br />

B) O uso <strong>do</strong> monograma na camisa com o nome próprio, em vez da marca <strong>do</strong><br />

vestuário é, sinal de eleva<strong>do</strong> poder de compra


O Luxo é tão velho como o Mun<strong>do</strong><br />

Conceito é que foi evoluin<strong>do</strong><br />

Antiguidade oriental - luxo era associa<strong>do</strong> ao uso, por reis e rainhas, de determina<strong>do</strong>s objectos -<br />

só as famílias da elite real tinham acesso.<br />

Actualmente - luxo é associa<strong>do</strong> ao uso, por actores mediáticos de sucesso (artistas de<br />

cinema, joga<strong>do</strong>res de ténis, football, da moda/desporto/artístico internacionais) de<br />

determina<strong>do</strong>s objectos. A propaganda alcança os públicos alvo velozmente por ser feita através<br />

da internet e media). <strong>Os</strong> objectos embora produzi<strong>do</strong>s industrialmente mas, a sua posse denota<br />

eleva<strong>do</strong> poder de compra.<br />

O luxo através das marcas <strong>do</strong>s produtos está, em to<strong>do</strong>s os <strong>continente</strong>s mas, a sua ostentação<br />

tem vin<strong>do</strong> a aumentar na Ásia.<br />

Até quan<strong>do</strong> as marcas europeias e asiáticas não correm o risco de banalização?<br />

O risco de banalização das marcas de luxo pode ser evita<strong>do</strong> - pela gestão criteriosa <strong>do</strong> luxo e<br />

<strong>do</strong>s agentes/fenómenos que possam levar a essa banalização;<br />

Que se passará então com as marcas europeias de luxo se, estas não forem capazes de<br />

continuar a inovar e renovar os seus produtos, através da criatividade de que têm feito prova.


A China e as Marcas<br />

• A China, ao contrário <strong>do</strong> que é ti<strong>do</strong> como senso comum<br />

tem vin<strong>do</strong>, desde a dinastia <strong>do</strong>s Quing, a interessar-se<br />

pelas marcas, brevets e “copyright”, através de<br />

regulamentos / regras /leis;<br />

• Esta legislação foi abolida durante a Revolução<br />

cultural e politica chinesa ten<strong>do</strong>, volta<strong>do</strong> a ser<br />

promulgada, no inicio anos 1990. Legislação revista<br />

posteriormente, em 2001, para estar em consonância<br />

com a legislação da OMC;


OMC e Marcas: Da Convenção de Paris ao<br />

Acor<strong>do</strong> “Trips”<br />

• A Convenção de Paris trata <strong>do</strong>s registos das marcas;<br />

• O Acor<strong>do</strong> TRIPS “trade related aspects of intelectual<br />

property rights” trata da protecção de direitos da<br />

propriedade Intelectual e <strong>do</strong>s aspectos regula<strong>do</strong>res das<br />

marcas.


A China e a Índia na OMC: criação de marcas<br />

Comércio mais transparente e pressão sobre a sociedade e<br />

empresas para se ajustarem às normas existentes;<br />

Ajustamento às regras OMC na criação de novas marcas, deve<br />

obedecer a:<br />

a) Maior investimento em inovação sobre produtos e ambientes<br />

sociais;<br />

b) Maior consciencialização das subtilezas inerentes aos “gostos”<br />

e percepções <strong>do</strong>s sub-merca<strong>do</strong>s existentes (especialmente no<br />

caso da China);<br />

c) Melhor conhecimento <strong>do</strong>s requisitos que levam os<br />

consumi<strong>do</strong>res à escolha de um produto/marca, em detrimento de<br />

outro/a;


8 Questões a ter em conta ao lançar uma marca e se<br />

recorrer às relações publicas/publicidade<br />

• Qual o público alvo que se pretende atingir com o produto, inerente à marca?.<br />

• Qual as tendências sociais com impacto na procura <strong>do</strong> produto de marca e qual a<br />

tendência para aumento/redução da procura da marca no futuro?;<br />

• Quais os factores externos que influenciam, positiva ou negativamente a procura da<br />

marca a criar?;<br />

• Quem tem influência na percepção <strong>do</strong> que é produto de luxo associa<strong>do</strong> à marca e qual<br />

o conhecimento que os consumi<strong>do</strong>res têm <strong>do</strong> produto cuja marca se está a criar?;<br />

• Qual o opinião <strong>do</strong>s peritos sobre a marca a criar, em termos de estímulo que esta<br />

suscita. O que pensam/manifestam?<br />

• Qual a imagem que a marca imprime no individuo, enquanto cidadão. Será que a<br />

imagem é suficientemente forte e largamente consensual, nessa sociedade?<br />

• As marcas de origem nacional tendem a ter mais procura, devi<strong>do</strong> ao nacionalismo <strong>do</strong>s<br />

consumi<strong>do</strong>res <strong>asiático</strong>s;<br />

• O conhecimento sobre as características <strong>do</strong>s produtos associa<strong>do</strong>s às marcas tem<br />

muita importância nos decisores das grandes empresas. Será que esta postura começa a ser<br />

partilhada também pelos consumi<strong>do</strong>res?


Crescimento <strong>do</strong> <strong>comércio</strong> das marcas / versus redução<br />

<strong>do</strong>s preços matérias primas<br />

O montante auferi<strong>do</strong> pelo <strong>comércio</strong> de marcas asiáticas ou co- produção de marcas<br />

europeias/americanas têm vin<strong>do</strong> a crescer;<br />

O montante auferi<strong>do</strong> pelo <strong>comércio</strong> de matérias primas para a industria têxtil não<br />

se valorizou ao mesmo ritmo, <strong>do</strong> que o das marcas. Isto deve-se a:<br />

a) preço das matérias primas é regula<strong>do</strong> por um sistema <strong>internacional</strong> de<br />

cotações nas Bolsas de “comodities” , influencia<strong>do</strong> por interesses alguns países<br />

ocidentais e orientais, com eleva<strong>do</strong> peso negociação (China e Índia) ;<br />

b) contratos de compra de matérias primas, vantajosas para China e Índia.<br />

Situação privilegiada destes junto produtores de matérias primas:<br />

<strong>Os</strong> baixos preços resultam <strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s estabeleci<strong>do</strong>s por Índia e China países<br />

produtores que, em contrapartida, recebem avulta<strong>do</strong>s montantes, destina<strong>do</strong>s à<br />

cooperação bilateral, o qual não tem de respeitar os, complexos formalismos<br />

impostos pelas organizações internacionais (Banco Mundial, OCDE, União Europeia,<br />

PNUD, entre outras).


Industria Têxtil na Ásia<br />

Factores indutores de sucesso<br />

A competitividade da Industria têxtil <strong>do</strong>s países <strong>asiático</strong>s, em especial<br />

da China e da Índia, intensificou-se devi<strong>do</strong> a:<br />

Fabricas de grandes dimensões<br />

Mão de obra abundante e a baixo preço;<br />

Flexibilidade na utilização <strong>do</strong>s factores de produção (mão de obra);<br />

Capacidade de copiar produtos <strong>do</strong> ocidente;<br />

Investimento avulta<strong>do</strong>s em inovação;<br />

Utilização de novas tecnologias adaptadas às necessidades;<br />

Produção em larga escala e eleva<strong>do</strong>s volumes de exportação;<br />

Apoio activo <strong>do</strong>s governos com vista ao fomento e aumento das<br />

exportações têxteis;


Escassez de mão de obra barata<br />

Com a implantação das industrias eléctrica e electrónica nas<br />

zonas costeiras e algumas interiores, a mão de obra barata que<br />

existia na industria têxtil começou a escassear;<br />

<strong>Os</strong> trabalha<strong>do</strong>res que migram das suas aldeias para as cidades<br />

industrias à procura de emprego, preferem as industrias não<br />

têxteis porque ganham mais e têm melhores condições de<br />

empregabilidade nas industria eléctricas e electrónicas;<br />

A deslocação da força de trabalho da industria têxtil para outras<br />

industrias coloca problemas de difícil resolução pela instabilidade<br />

que cria na produção - nem sempre possível de resolução pelos<br />

novos processos tecnológicos existentes.


Qualidade como factor de<br />

sucesso?<br />

• A globalização trouxe novas tecnologias que estão ao alcance de to<strong>do</strong>s os<br />

países não sen<strong>do</strong> mais, um produto exclusivo <strong>do</strong>s países industrializa<strong>do</strong>s;<br />

• A qualidade <strong>do</strong>s produtos têxteis fabrica<strong>do</strong>s países <strong>asiático</strong>s não tem si<strong>do</strong><br />

uma constante, ao longo <strong>do</strong>s tempos;<br />

• A copia de produtos e de modelos pelos países <strong>asiático</strong>s proporcionou-lhes<br />

sucesso mas, tem agora um fim à vista. A produção em massa gera, numa<br />

1ª fase superavits “ comerciais mas, a longo prazo não consegue competir<br />

com as industrias têxteis inova<strong>do</strong>ras que acrescentam valor ao produto que<br />

vai para além, da fabricação <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e sua confecção.<br />

• A qualidade e a inovação são factores de competitividade e de sucesso.


Deslocalização <strong>do</strong>s factores de<br />

produção<br />

Factores de produção na industria têxtil na China e Índia estão a deslocar-se de:<br />

A) Cidades costeiras para Cidades <strong>do</strong> interior da China ;<br />

B) China e Índia para Paquistão e Bangladesh – porque clientes europeus e<br />

americanos já não conseguem abastecer-se de produtos finais/semi-acaba<strong>do</strong>s ;<br />

C)China e Índia para Paquistão e Bangladesh - para manufactura de produtos<br />

finais / semi-acaba<strong>do</strong>s a que, se incorpora elementos novos (inova<strong>do</strong>res e criativos) -<br />

caracterizan<strong>do</strong> o produto final pela marca que lhe está associada (requinte e bom<br />

gosto associa<strong>do</strong> a marca de luxo) . Esta incorporação é apanágio de alguns países<br />

ocidentais (Itália entre outros) que criaram imagem de marca;<br />

D) Países <strong>asiático</strong>s para países <strong>do</strong> ex-leste europeu (p.e. pertencentes à União<br />

Europeia, caso Roménia, Bulgária, Republica Checa);<br />

E) Países <strong>asiático</strong>s para países de origem (ocidentais), para que na fase terminal<br />

da produção, o produto receba incorporação de novos ícone que lhe dê uma<br />

característica de produto de luxo e que lhe permita ser exporta<strong>do</strong> para os BRIC<br />

(Brasil, Rússia, Índia e China) destinan<strong>do</strong>-se a uma clientela, mais sofisticada <strong>do</strong><br />

que os importa<strong>do</strong>res locais;


A Crise financeira <strong>do</strong>s países ocidentais<br />

A crise económica e financeira que se tem feito senti, desde 2007 nos países da<br />

Europa ocidental e EUA diminuiu o poder de compra de produtos de luxo da classe<br />

média <strong>do</strong>s europeus e americanos. Em contrapartida, tem-se verifica<strong>do</strong> um aumento da<br />

procura desses produtos, pelos clientes mais sofistica<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s BRICs (Brasil, Russia,<br />

Índia e China), fazen<strong>do</strong> aumentar as exportações para esses países;<br />

As importações <strong>do</strong>s países europeus de vestuário de luxo não se destinam ao<br />

consumo <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> interno mas, os produtos semi-acaba<strong>do</strong>s importa<strong>do</strong>s após lhes ser<br />

acrescenta<strong>do</strong> um “toque” inova<strong>do</strong>r são, mais tarde exporta<strong>do</strong>s para os BRICs onde, a<br />

capacidade de compra desses produtos, tem vin<strong>do</strong> a aumentar exponencialmente.


Referências<br />

Laurence J. Brahm, Columbus University 2010 “La Chine après<br />

l`OMC”:<br />

Stephen S. Roach, NYC, John Villey, 2009;<br />

Huang Wei, Foreign Institute, 2007 “The Next Asia Opportunities<br />

and Challenges for a new Globalization: Intellectual Property Rights”<br />

Thomas Friedman; 2008, “Hot, Flat and Crowded<br />

Thomas Friedman, 2004; “The World is Flat”<br />

Ricar<strong>do</strong> Ijeda Marins “Banalização das marcas de Luxo”<br />

Glebors: Global Financial Reports: United King<strong>do</strong>m 2005 ;<br />

European Commission - DG Trade , 2008. As Marcas e a OMC”;<br />

A deslocalização : Memorandum da Comissão Europeia 2007;<br />

India Brand Equity Foundation (IBEF): Textiles;


Meus Senhores e minhas Senhoras muito<br />

obrigada, pela vossa atenção!

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