COIMBRA —Domingo, 16 de junho de 1895 A PENA DE MORTE
COIMBRA —Domingo, 16 de junho de 1895 A PENA DE MORTE
COIMBRA —Domingo, 16 de junho de 1895 A PENA DE MORTE
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A mania do Ennes Bergeret pelos gran<strong>de</strong>s<br />
apparatos marciaes, na Africa, datam <strong>de</strong><br />
quando ministro, pois em 1891 partiu do<br />
Tejo â sua or<strong>de</strong>m, no Malange, uma expedição<br />
para a Beira, regressando á metropole<br />
mezes <strong>de</strong>pois no Loanda, sem dar um tiro,<br />
gastando-se, pelo que se disse então uns 8is<br />
contos.<br />
Descobre-se agora a falsida<strong>de</strong> da verba e<br />
no Diário do Governo, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> fevereiro<br />
vê-se <strong>de</strong>scriminada a relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza,<br />
pela fórma que segue:<br />
Vencimentos 59:079^75<br />
Pensões «5:5293562o<br />
Lettras 74:634® 106<br />
Material e mantimentos 134:76230508<br />
Passagens e fretes 94:58830117<br />
Moeda remettida para Moçambique<br />
97:50030000<br />
Dinheiro entregue aos conselhos<br />
administrativos 15:27030039<br />
E tadias dos paquetes Malange,<br />
Loanda e Ibo 29:35030000<br />
Agio <strong>de</strong> 7:50030000 réis, moeda<br />
remettida para Moçambique<br />
12030000<br />
Total 540:83430265<br />
Foi quanto custou o capricho do sr.<br />
Ennes Bergeret, quando ministro da marinha,<br />
além dos estragos no exercito, adoecendo<br />
gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> soldados das febres.<br />
Pois a comedia que o Ennes Bergeret<br />
está fazendo representar em Lourenço MarqUes—cincoenla<br />
mil réis por dia — é já muito<br />
superior, ascen<strong>de</strong>ndo até agora a Ssooo<br />
contos, o que ha <strong>de</strong> contribuir muito para<br />
a prosperida<strong>de</strong> do paiz.<br />
Não se acaba com a raça dos larapios.<br />
Movimento operário<br />
Parece que se renova a gréve e que a classe<br />
dos tecelões abandonará o trabalho, pois que se<br />
recusa ao operário a justiça do seu pedido, qual i<br />
é o augmento <strong>de</strong> 10 réis em metro.<br />
Numerosos grupos <strong>de</strong> tecelões sem trabalho<br />
percorrem as casas dos operários que teem teares<br />
nos seus domicílios, avisando-os a que se preparem<br />
para nova gréve geral, enr vista da attitu<strong>de</strong><br />
assumida por muitos industriaes, que, tendo<br />
assignario a tabella <strong>de</strong> preços augmenlados, se recusam<br />
a cumprir.<br />
Lavra gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento na classe, que<br />
reforçou a sua commissão central com mais quinze<br />
membros, (içando agora composta <strong>de</strong> vinte. Não<br />
admira que a gréve assuma agora um caracter<br />
verda<strong>de</strong>iramente grave. Queixarn-se também alguns<br />
tecelões <strong>de</strong> que vários industriaes os haviam<br />
<strong>de</strong>spedido, fazendo-os substituir por mulheres.<br />
Depois dos compromissos tomados pelos industriaes<br />
e os operários principiarem o trabalho, é<br />
que vem o arrependimento d'aquelles, prelen<br />
<strong>de</strong>ndo-se voltar ao estado antigo, o que sem duvida<br />
produzirá o protesto dos operários, que se<br />
constituirão em gréve.<br />
O procedimento dos industriaes está sendo<br />
con<strong>de</strong>mnado pelos jornaes do Porto, que vão presencear<br />
novamente as scenas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgraça <strong>de</strong>ssa<br />
infeliz classe, exposta ás privações da miséria, porque<br />
homens houve que faltaram com impodor ás<br />
suas promessas.<br />
Veremos se uma boa guia leva a porto <strong>de</strong> salvamento<br />
estes infelizes e se os proprietários das<br />
fabricas, mantém as suas <strong>de</strong>clarações e cumprem<br />
a sua palavra.<br />
Que ao meãos sejam honrados.<br />
O advogado<br />
FRANCISCO LOPES <strong>DE</strong> SOUSA GAMA.<br />
Domingo, 30 <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> <strong>1895</strong>—N.° 18<br />
foios, Philomeno da Camara e José Nazareth,<br />
CARTA <strong>DE</strong> LISBOA<br />
que recebem os pobres, nos seus consultorios,<br />
Noticiam que o sr. José Mariani, propriela- todos os dias, ás 3 da tar<strong>de</strong>; e além d'isto<br />
; rio da fabrica a vapor <strong>de</strong> tecidos das Devezas es- : ha as visitas medicas aos domicílios, on<strong>de</strong> os<br />
27 <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> i8g5.<br />
Manipuladores do pão j taheleceu soccorros médicos e pharmaceulicos para enfermos obtêm da pharmacia da Santa Casa<br />
i os seus operários da fabrica, sendo os médicos os<br />
Que belleza !... Que belleza !.. .<br />
os medicamentos necessários, sejam <strong>de</strong> que<br />
Levanta-se no Por;o uma questão entre os ma- ! srs. drs. Romulo Farme Ribeiro e Antonio Florido<br />
Vingado em toda a linha...<br />
preço forem.<br />
nipuladores do pão e os pa<strong>de</strong>iros industriaes, reu- da Cunha Toscano.<br />
Que ridículo!. . . que farçada !. ..<br />
A cida<strong>de</strong>, para este serviço, está dividida<br />
nindo-se aquelles para apreciarem a petição dos in- Uma bella acção para confronto do que se está<br />
Os fra<strong>de</strong>s, as virgens, os esbirros e os fi-<br />
j em tres zonas e a cada clinico cabe o tratadustriaes<br />
<strong>de</strong> padaria, com relação ao nugmento do passando com outros collegns do sr. Mariani, que<br />
dalgos !...<br />
mento dos enfermos, adultos e creanças, logo<br />
preço <strong>de</strong> farinhas.<br />
preferem reduzir o operário á fome do que augmen- que attestem a sua pobreza.<br />
E a cavalgada ?!....<br />
N'essa reunião começou o sr. Mendonça por tar-lhe os míseros 10 réis 110 metro <strong>de</strong> mão (Cobra.<br />
E o Burnay ?!. ..<br />
Tem, portanto, a Santa Casa bem pro-<br />
censurar os fabricantes <strong>de</strong> pão e <strong>de</strong>pois expondo A liberalida<strong>de</strong> d'uns e a sordi<strong>de</strong>z d'outros.<br />
Ahi não se adivinha nem se calcula. ..<br />
tegida na cida<strong>de</strong> a indigência enferma, não<br />
algumas consi<strong>de</strong>rações sobre a fórma do fabrico 12' mau, muito mau acirrar os que não tem pão.<br />
Se quizessem, propositadamente, arran-<br />
lhe faltando os soccorros médicos, nem phar-<br />
e frau<strong>de</strong>s que se dão 110 peso do genero, mostrou<br />
jar uma parodia, que rebaixasse e esmagasse<br />
maceuticos, sem que dispenda um real, dire-<br />
— — —<br />
os lucros que os industriaes auferem n'uma coze-<br />
por completo a commemoração Antonina,<br />
j cta ou indirectamente.<br />
dura <strong>de</strong> 150 kilogrammas, e a agua que comporia<br />
não seria possível, por mais que pensásse- cada Icilo dc farinha manipulada.<br />
«A Republica Portugueza» Ora com o medico do partido não se<br />
mos, fazer um conjuncto tão harmonico como<br />
dá essa circumstancia, pois sendo pago pelo<br />
Pelos cálculos que apresentou, cada kilogramma<br />
o que elles fizeram para patentearem á mul-<br />
Recebemos o i.° numero d este semana- município lá vae entrar em fonte <strong>de</strong> <strong>de</strong>speza,<br />
<strong>de</strong> farinha consome SOO grammas d'agua, sendo,<br />
tidão o que é tudo aquillo.<br />
rio republicano, dirigido por Tavares Couti- indo-se onerar mais o contribuinte que é<br />
portanto, o producto dos ISO kilos, <strong>de</strong> 225:000 !<br />
== Já sonhei com o bispo <strong>de</strong> barbas <strong>de</strong><br />
nho, o sympathico revolucionário <strong>de</strong> 3i <strong>de</strong> quem paga todos estes patronatos com que<br />
grammas, as quaes, reduzidas a pães <strong>de</strong> 120<br />
estôpa e com as virgens, a 800 réis por ca-<br />
| janeiro, e Francisco Pacheco.<br />
a camara solve dividas politicas, contraídas<br />
grammas, dão 1:875, ou sejam 130 dúzias, cujo<br />
beça !. . .<br />
E' variado na collaboração e propÕe-se á em eleições.<br />
rendimento bruto é <strong>de</strong> 24^960 reis.<br />
= Bom a valer as fontes luminosas ás es-<br />
propaganda <strong>de</strong> incitar a colonia portugueza Não nos queiram tapar os olhos, cegan-<br />
Deduzindo-se as <strong>de</strong>spezas a fazer com a macuras<br />
. ..<br />
aos princípios <strong>de</strong>mocráticos.<br />
do-nos a ponto <strong>de</strong> não vermos perfeitamente<br />
nipulação, na importancia <strong>de</strong> 20$799 réis, fica<br />
:<br />
-Temos que ir todas as noutes ao ar-<br />
Saudamos o nosso collega e avante pela a marosca que se armou para favorecer <strong>de</strong>s-<br />
um lucro para o industrial, por dia, isenlo <strong>de</strong> toraial<br />
do Terreiro do Paço, porque em cada<br />
emancipação do povo!<br />
contentes, que morrem por se anichar e que<br />
dos os compromissos, <strong>de</strong> 4$! 61 réis.<br />
noute accen<strong>de</strong>m um bocadinho...<br />
só encontram no governo, que servem, a<br />
Kcfériu-se aos or<strong>de</strong>nados dos manipuladores,<br />
•••<br />
indiflérença e o <strong>de</strong>sprezo pelas suas preten-<br />
= Muito bôa a Spampani na cavalgada... aconselha e pe<strong>de</strong> a união da classe.<br />
ções.<br />
= 0s pescadores iam <strong>de</strong> botas <strong>de</strong> mon-<br />
Fadaram ainda alguns oradores no mesmo sentar<br />
..<br />
E' o que nos regala!<br />
tido e o srs. Alves Guimarães e Teixeira dos Reis<br />
= O Quirino está damnado com os so-<br />
Posto isto digam-nos a que vem o partido<br />
são os únicos que não concordam com a postura<br />
cialistas da rua, e disse a alguém que, se<br />
medico, quando a cida<strong>de</strong> é do que menos<br />
do pão, pois julgam que ella vae aflectar a classe<br />
houvesse Inquisição que os havia <strong>de</strong> matar a<br />
precisa ?<br />
em geral, pois é essa a opinião do seu patrão e Sustentação <strong>de</strong> embargos ás execuções da Fazenda<br />
todos...<br />
Porque em vez <strong>de</strong> crear o partido medico,<br />
<strong>de</strong> vários industriaes.<br />
Pum!...<br />
por impostos<br />
não organisa mais escolas — o gran<strong>de</strong> me-<br />
Em replica diz o sr. Mendonça se os indusdico<br />
da infanda — que a educa e instrue, em<br />
O Macedinho diz que os ha <strong>de</strong> procestriaes não querem que lhes <strong>de</strong>scubram o segredo<br />
beneficio da socieda<strong>de</strong> cheia <strong>de</strong> analphabetos,<br />
sar!...<br />
do seu negocio, revoltem-se contra aquelles que AUDITORIOS DA CIDA<strong>DE</strong> DO PORTO e abarrotada <strong>de</strong> camaristas do peso e feitio<br />
=Saiu hoje o cyrio em viagem <strong>de</strong> recreio os exploram, mas menos contra uma classe como<br />
v<br />
<strong>de</strong> quem ahi está a dar provas <strong>de</strong> incompe-<br />
para Marrocos.<br />
a nossa á qual <strong>de</strong>vem os meios da sua subsistêntência,<br />
no longo período <strong>de</strong> dois annos e<br />
Houve alteração na carta geographica e cia.<br />
CONCLUSÃO<br />
meio, feitos.<br />
parece que vae haver protestos.. .<br />
Foi apresentada a seguinte moção:<br />
O peior é que os mata a farça do eleva-<br />
= Está resolvido o restabelecimento das<br />
A lei <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 189\ veio 'condor,<br />
e talvez, quem sabe, a ban<strong>de</strong>irola do<br />
or<strong>de</strong>ns religiosas em Portugal. . .<br />
«Consi<strong>de</strong>rando que as reclamações dos industriaes firmar a citada lei <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> 1880 ar-<br />
<strong>de</strong> padaria não teem razão <strong>de</strong> ser;<br />
matadouro.<br />
Foi <strong>de</strong>cidido pelo congresso dos sábios...<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a manipulação, pelo preço actual<br />
tigo 9.°, e confirmar também esta interpretação,<br />
E não ficaremos por aqui, <strong>de</strong>monstrando<br />
O que ehes dizem é uma escriptura... das farinhas, ainda <strong>de</strong>ixa muitos lucros aos industriaes; elevando o imposto <strong>de</strong> 3 a 10 p c. exceptuando<br />
para o proximo artigo que a indigência co-<br />
Bem acabadinhos é que todos elles são. .. Consi<strong>de</strong>rando que a ameaça <strong>de</strong> cessarem a manipu- expressamente os capitaes empregados em títulos<br />
nimbricense nada lucra com o beneficio ao<br />
= Receita para a nostalgia: — Um cortejo lação é mais uma vergonha para os fabricantes <strong>de</strong> pão; do estado e em acções <strong>de</strong> bancos e companhias<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o povo não po<strong>de</strong> nem <strong>de</strong>ve estar<br />
apaniguado!<br />
allegorico...<br />
sugeitos á contribuição bancaria e á industrial. A<br />
á mercê dos caprichos mesquinhos dos proprietários da<br />
= Meio efficaz <strong>de</strong> propaganda anti-jesui- padaria, a asseinblèa resolve offkiar á camara munici- carta <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1882 (do tempo<br />
tica: — Uma cavalgada vestida a capricho, pal offerecendo-lhe os seus braços para manipular pão <strong>de</strong> Fontes) aboliu o imposto <strong>de</strong> rendimento na O João Alagoas<br />
sob a direcção do general Topa.<br />
para o povo, caso os industriaes teimem em cessar a parte, cuja cobrança havia ficado suspensa, inter-<br />
sua laboração.»— (a) Francisco Gonçalves Mendonça.<br />
=Consta para aqui, que vae ser creada<br />
pretando machiavelicamente o citado <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> Quem não conhece em Coimbra esta pé-<br />
uma or<strong>de</strong>m, para agraciar o mérito incompa-<br />
21 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1881 ; pois este <strong>de</strong>creto não harola <strong>de</strong> rapaz, sempre bom e jovial, com o<br />
Foi approvada esta moção por unanimida<strong>de</strong>.<br />
rável do auctor da mais extraordinaria exhivia<br />
suspendido a cobrança que nunca fóra feita ; seu nervosismo a arrazar tudo: clero e no-<br />
Como se vê a attitu<strong>de</strong> dos manipuladores <strong>de</strong><br />
bição comico-mimica, que até hoje se tem<br />
havia, sim, suspendido a execução da lei: eon- breza, rei e burguezes — quando era anar-<br />
pão é sympalbica, por isso que con<strong>de</strong>mnam a ex-<br />
visto na capital...<br />
»a« «listinctas.<br />
chista?ploração<br />
do industrial, que só atten<strong>de</strong> aos seus<br />
Quem se não lembra d'aquella alma arre-<br />
= 0 Cohen copiou os fatos dos persona-<br />
interesses, quando está <strong>de</strong>monstrado que os seus<br />
Pelo que respeita ao processo <strong>de</strong> execução<br />
batada pelas affrontas da patria, fulminar<br />
gens da cavalgadas, porque foi incumbido <strong>de</strong> lucros são sufficientes, como acima se vê e lho<br />
lambem não foi apreciada a nullida<strong>de</strong> arguida —<br />
protestos contra os seus traidores, e num<br />
vestir a nova peça do Burnay, intitulada — provou um manipulador.<br />
a falta d'um documento legal, que servisse <strong>de</strong><br />
relampago <strong>de</strong> inspiração poética dar-nos em<br />
Os ridículos do centenário. ..<br />
hasse, que tivesse força <strong>de</strong> sentença. Uma sim-<br />
A moção que a assembiêa approvou é uma li<br />
rubras imagens a visão dum novo Alagoas,<br />
Parece que ainda estou a ver o bispo das<br />
ples certidão, (|ne assevera ter sido lançado cm<br />
ção <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong> dada aos fabricantes, que amea-<br />
mares em fóra, em <strong>de</strong>manda do exílio?'<br />
barbas d'estopa.<br />
1893 e 1894 o imposto <strong>de</strong> 3:283$413 (!), não<br />
çam cessar a manipulação, o que seria um perigo<br />
Todos sabem quem elle é, Coimbra bem<br />
=Brilhantissimo o congresso socialista...<br />
é fundamento legal para exigir esse imposto <strong>de</strong><br />
para o povo, se o offerecimento que fazem os ma-<br />
o conhece da bohemia <strong>de</strong> ha annos, e vae<br />
Que explendida antithese... e que es-<br />
13 annos, em <strong>de</strong>sharmonia com os relatorios da<br />
nipuladores lhes não <strong>de</strong>tesse os interesseiros <strong>de</strong>-<br />
ter sauda<strong>de</strong>s d'elle, d'esse arrojado e <strong>de</strong>ste-<br />
companhia embargante <strong>de</strong> fl. 24 e seguintes, e<br />
magadoras afirmações.<br />
sejos.mido<br />
jornalista preso no Limoeiro.<br />
em <strong>de</strong>sharmonia com o citado <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 1892.<br />
Todos os oradores bem. Ernesto da<br />
Pois vae embora o João <strong>de</strong> Menezes —<br />
Não se apreciavam também os fundamentos<br />
Silva superior!...<br />
Manipuladores <strong>de</strong> phosphoros<br />
o sr. dr. Menezes —que concluiu a sua for-<br />
da prescripção, a<strong>de</strong>gada com referencia aos an-<br />
ARMANDO VivAr.no.<br />
matura em Direito, num acto on<strong>de</strong> affirmou o<br />
_ •••<br />
nos <strong>de</strong> 1881 a 1892 ; pois a embargante e accio-<br />
Estão na mesma situação estes operários que<br />
seu talento.<br />
nistas estiveram na boa fé, á sombra do <strong>de</strong>creto<br />
reuniram para nomear uma commissão que trate<br />
Que no a<strong>de</strong>us a Coimbra recor<strong>de</strong> a boa<br />
<strong>de</strong> 1881, na posse, sem que o parlamento aucto-<br />
Em outros tempos<br />
a questão da classe com os directores e adminis-<br />
camaradagem <strong>de</strong> companheiros <strong>de</strong> lucta e<br />
risasse esse imposto <strong>de</strong> rendimento durante esses<br />
tradores da fabrica do Porto.<br />
não esqueça a protervia infame dos trai-<br />
annos <strong>de</strong> 1881 a 1892 sobre os divi<strong>de</strong>ndos aos<br />
Continúa a gréve abrindo-se subscripçõcs para<br />
dores.<br />
accionistas.<br />
os soccorrer.<br />
Um abraço ao doutor.<br />
Não se apreciou também a duplicação do im-<br />
Vão-se todos. .. até o Antonio José d'Alposto,<br />
ao qual se refere a legislação citada, a<strong>de</strong>-<br />
A gréve dos tecelões<br />
meida!gada<br />
nos embargos: impor a bancaria <strong>de</strong> 20 p. c.;<br />
e ainda a do rendimento, c duplicar, sem lei que<br />
o permitia.<br />
Luiz Kosette<br />
A questão <strong>de</strong> competencia ou incompelencia<br />
do< tribunaes judiciaes também não foi apreciada Este nosso amigo, que frequenta o 2.<br />
<strong>de</strong> harmonia com a legislação citada nos embargos<br />
á execução, e nos embargos ao accordão artigo<br />
8.°.<br />
Em face do exposlo, e do que consta dos autos<br />
e documentos, espera-se dos meretissimo* e<br />
exímios juizes justiça nos termos das citadas leis.<br />
0<br />
anno <strong>de</strong> preparatórios médicos, fez exame<br />
<strong>de</strong> botanica ficando nemine.<br />
E' o resultado d um perseverante estudo<br />
e do seu muito talento que o tem levado a<br />
seguir a carreira académica com muita proficiência.<br />
Parabéns sinceros.<br />
Assumptos <strong>de</strong> interesse local<br />
Partido medico<br />
Foi approvada pela commissão districtal<br />
<strong>de</strong> Coimbra, a <strong>de</strong>liberação da camara municipal,<br />
relativo á creação <strong>de</strong> um partido medico<br />
para as freguezias da cida<strong>de</strong>.<br />
Está consummado o escandalo!<br />
Ultimado o arranjo!<br />
Porque não se pô<strong>de</strong> dizer com verda<strong>de</strong>,<br />
que esta resolução da camara obe<strong>de</strong>ceu ao<br />
fim <strong>de</strong> beneficiar os seus munícipes; antes<br />
pelo contrario os aggrava, pois vae onerar<br />
mais as receitas do seu minguado cofre,<br />
quando é bem indispensável na cida<strong>de</strong> o partido<br />
medice.<br />
E vamos a ver se provamos a affirmação.<br />
Tem a Misericórdia d'esta cida<strong>de</strong> tres<br />
médicos distinctissimosj srs. drs. Sousa Re-<br />
Afogado no Mon<strong>de</strong>go<br />
Por or<strong>de</strong>m superior na sexta feira foi<br />
<strong>de</strong>terminado que algumas praças <strong>de</strong> pret fossem<br />
banhar-se ao rio.<br />
De manhã cedo, marcharam para junto<br />
do Choupal, proximo da Memoria, e ahi<br />
muitos soldados se <strong>de</strong>itaram á agua.<br />
As correntes <strong>de</strong> agua formam n'aquelle<br />
sitio —a Memoria —um gran<strong>de</strong> poço e ao<br />
dirigirem-se para alli os soldados, o impedido<br />
do sr. capitão Cavaco submergiu-se na profundida<strong>de</strong><br />
das aguas, e os outros que o seguiam<br />
iam tendo a mesma sorte, salvando-se<br />
por felicida<strong>de</strong>.<br />
Foi o funeral do infeliz rapaz no mesmo<br />
dia. Acompanhou-o um numeroso grupo <strong>de</strong><br />
seus camaradas que choravam a sua perda,<br />
e alguns officiaes superiores.<br />
O feretro era coberto por uma ban<strong>de</strong>ira<br />
nacional, e da egreja ao cemiterio foi conduzido<br />
n'uma carreta. Teve as <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong>?<br />
vidas.