revista concluida - Fapese
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Márcia Eliane Silva Carvalho; Aracy Losano Fontes<br />
Gráfico 2 - Empreendimentos de carcinicultura por bacia hidrográfica em Sergipe (2004).<br />
Fonte: CODISE, 2004. Organização: Márcia E. S. Carvalho.<br />
Com relação ao tamanho das unidades produtivas<br />
de camarão e tomando como base a Resolução 312/<br />
2002 do CONAMA, 78,5% dos empreendimentos são<br />
de pequeno porte (lâmina d’água inferior a 10ha);<br />
16,5% possuem porte médio (lâmina d’água entre 10 e<br />
50ha) e apenas 5% são empreendimentos de grande<br />
porte (acima de 50ha) (CODISE, 2004).<br />
Os municípios com maior número de empreendimentos<br />
de carcinicultura em produção são Pacatuba<br />
(14), Nossa Senhora do Socorro (10), Barra dos Coqueiros<br />
(8) e Itaporanga d’Ajuda (7).<br />
Por outro lado, até abril de 2004 existiam setenta e<br />
seis empreendimentos de carcinicultura marinha<br />
protocolados para avaliação ambiental do projeto, na<br />
Administração Estadual do Meio Ambiente (ADEMA).<br />
De acordo com ent<strong>revista</strong> realizada neste órgão, já foram<br />
realizadas vistorias em todos estes empreendimentos,<br />
mas ainda existem pendências em termos da legislação<br />
em vigor.<br />
Analisando o número de estabelecimentos em processo<br />
de licenciamento na ADEMA destaca-se o município<br />
sergipano de Nossa Senhora do Socorro com<br />
vinte e três processos, sendo a maioria de pequeno<br />
porte. Estância, São Cristóvão, Itaporanga d’Ajuda,<br />
Barra dos Coqueiros e Indiaroba são os outros municípios<br />
vários processos neste órgão. O município de<br />
Pacatuba, que se destaca em termos de área produtiva<br />
em Sergipe, possui apenas um empreendimento solicitando<br />
licenciamento.<br />
Dentre todos os empreendimentos citados, licenciados<br />
ou não, foram analisados treze estabelecimentos<br />
de carcinicultura no estado, abrangendo as bacias dos<br />
rios São Francisco, Sergipe, Vaza Barris, Piauí e Real<br />
(Quadro 1, Figura 2).<br />
De acordo com as ent<strong>revista</strong>s realizadas nestes<br />
empreendimentos, a produção em escala comercial é<br />
recente, a partir do ano 2000, exceto na SIBRA, que é<br />
pioneira no estado, tendo iniciado suas atividades<br />
produtivas há seis anos.<br />
Com relação ao tamanho dos empreendimentos<br />
analisados, 38,5% são de pequeno porte, ou seja, o<br />
espelho d’água em produção possui menos de 10ha;<br />
15,5% possuem porte médio (entre 10 e 50ha em produção)<br />
e 7,5% são de grande porte, com área produtiva<br />
superior a 50ha. Outros 38,5% não souberam informar<br />
a lâmina d’água produtiva.<br />
De acordo com as ent<strong>revista</strong>s realizadas, na maioria<br />
destes empreendimentos as áreas destinadas aos<br />
atuais viveiros de camarão eram utilizadas com piscicultura<br />
(38%) ou antigos coqueirais (31%) (Gráfico 3).<br />
Segundo os ent<strong>revista</strong>dos, a mudança para a<br />
carcinicultura ocorreu em função da maior<br />
lucratividade apresentada pelo cultivo do camarão.<br />
Revista da <strong>Fapese</strong>, v.3, n.1, p. 87-112 jan./jun. 2007