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descarregar - Federação Portuguesa de Teatro

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FS – Recorro ao Prof. José Hermano Saraiva. Poesia é A Alma da Gente.<br />

MRC – <strong>Teatro</strong>?<br />

FS – Livros e livros, mestrados e doutoramentos sobre a sua história, o que é e para que<br />

serve. Fico ainda pela resposta anterior: teatro é A Alma da Gente.<br />

MRC – Foi o teatro que te encontrou ou foste tu que encontraste o teatro?<br />

FS – Tenho a certeza absoluta que foi ele que chegou muito antes <strong>de</strong> mim.<br />

MRC – O que é ser-se ator?<br />

FS – Voltamos ao problema das <strong>de</strong>finições, não é? O Herberto Hél<strong>de</strong>r disse: (…) ninguém<br />

ama tão corporalmente como o ator (…). Com o corpo e com a alma. É verda<strong>de</strong>. O ator é<br />

isso.<br />

MRC – Como ator, qual foi a peça em que<br />

te estreaste? Conta como foi.<br />

FS – O Doido e a Morte, <strong>de</strong> Raul Brandão,<br />

já lá vão trinta e tal anos, no <strong>Teatro</strong> dos,<br />

então, TLP do Porto, com direção do Raul<br />

Leite. «Profissionalmente» A Lição <strong>de</strong> E.<br />

Ionesco, há cerca <strong>de</strong> doze anos, no <strong>Teatro</strong><br />

do Noroeste, em Viana do Castelo, com<br />

direção do Jorge Castro Gue<strong>de</strong>s. Foi<br />

muito agradável, uma e outra. Tempos<br />

diferentes, maturida<strong>de</strong> diferente,<br />

recursos diferentes, mas experiências<br />

muito boas, até porque se tivessem sido<br />

más, ter-me-ia ficado por aí.<br />

MRC – Além <strong>de</strong> ator és também<br />

encenador. Como te vês num e noutro<br />

papel? Estas duas pessoas dão-se bem?<br />

Completam-se? Ou preferem trabalhar<br />

separadamente?<br />

FS – Ser-se as duas coisas ao mesmo tempo e no mesmo espetáculo é muito complicado.<br />

Tenho muita dificulda<strong>de</strong> em fazê-lo. Falta espaço <strong>de</strong> leitura. Distanciação. Geralmente,<br />

quando interpreto e dirijo arranjo uma cobaia para <strong>de</strong> vez em quando po<strong>de</strong>r sair e<br />

observar.<br />

MRC – Quais foram os projetos teatrais mais marcantes da tua vida artística?<br />

FS – Não gosto muito <strong>de</strong> algumas coisas que fiz, sobretudo das que pelo trabalho que me<br />

<strong>de</strong>ram, e pela qualida<strong>de</strong> que atingiram e da importância que tiveram para a<br />

comunida<strong>de</strong>, se per<strong>de</strong>ram no caminho. Reconheço que em alguns projetos não fui<br />

suficientemente criterioso na escolha das pessoas em quem <strong>de</strong>leguei a continuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sse projeto. Tirando isso, tive e tenho o privilégio <strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da valia e<br />

Revista<br />

#04<br />

palcos<br />

04<br />

novembro ‘12

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