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ESTRANGEIRISMO –PROTEÇÃO E DEFESA DA LÍNGUA ... - Ulbra

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<strong>ESTRANGEIRISMO</strong> <strong>–PROTEÇÃO</strong> E <strong>DEFESA</strong> <strong>DA</strong> <strong>LÍNGUA</strong> PÁTRIA.<br />

*Alexandra Lima da Silva<br />

** Adriana Lemes<br />

RESUMO<br />

O Projeto de lei, de autoria do Deputado Aldo Rebelo,tem como objetivo,promover,proteger e<br />

defender a Língua Portuguesa,bem como definir o seu uso em certos domínios sócioculturais.O<br />

projeto trata com generosidade as exceções e ainda abre á regulamentação, a<br />

possibilidade de novas situações excepcionais.Por outro lado, introduz as importantes noções<br />

de prática abusiva, prática enganosa e prática danosa, no tocante á língua, que poderão<br />

apresentar eficientes instrumentos na promoção, na proteção e na defesa do idioma pátrio.A<br />

proposta em apreço tem cláusula de sanção administrativa, em caso de descumprimento de<br />

qualquer uma de suas provisões, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis; e ainda prevê a<br />

adoção de sanções premiais, como incentivo á reversão espontânea para o português de<br />

palavras e expressões estrangeiras corretamente em uso.Nos termos do projeto, a Academia<br />

Brasileira de Letras continuará cabendo o seu tradicional papel de centro maior de cultivo da<br />

Língua Portuguesa no Brasil.<br />

Palavras-chave: História da Língua-Proteção da Língua-A defesa-A soberania-A cultura.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Procuro mostrar neste Artigo o projeto do Deputado Federal Aldo Rebelo expõe a<br />

defesa da Língua Portuguesa em nosso país.O deputado procura mostrar que a língua tem de<br />

ser democratizada e facilitada pelos seus falantes,pois ela é essencial para que o conhecimento<br />

e o auto conhecimento de um povo.A formação e a identidade se dêem ao longo do<br />

tempo.Para isto,é necessário que o país se feche as outras línguas.Basta que o maior número<br />

de pessoas compreendem o que é dito.O conhecimento a arte,a música,a beleza possam ser<br />

compartilhadas e não depredadas.<br />

*Acadêmica da universidade Luterana do Brasil-Campus Guaíba / RS-3º semestre do curso de<br />

Letras 2005/02-Aluna da disciplina de Morfologia Funcional.<br />

**Orientadora e professora Adriana Lemes.


O deputado fala, que é essencial o fortalecimento da língua portuguesa e que seja<br />

sugerida uma colaboração do governo e das escolas e a todos os interessados.<br />

1 CULTA E BELA<br />

Ele ressalta que a Língua Portuguesa que o poeta Olavo Bilac chamou de “Inculta e<br />

Bela” está sendo vitima de uma degradação que a torna de fato rude e feia.Apesar de dispor<br />

400 mil vocábulos o mesmo número do inglês, segundo a estimativa do filólogo Antonio<br />

Houaiss,o português vem sendo substituído por palavras e expressões estrangeiras em nomes<br />

de empresas,lojas,produtos,etc...<br />

O deputado ressalta que é hora de reagir,de exaltar,valorizar e proteger,a graça,a beleza,e a<br />

sonoridade a elegância do nosso idioma que ele acha “Culta e Bela” ao contrario de Olavo<br />

Bilac.<br />

Segundo seu projeto, o uso desnecessário ,de palavras ou expressões<br />

estrangeiras,será lesivo ao patrimônio cultural brasileiro.Os infratores serão punidos com<br />

multas de até 13,000 UFIRs (R$12,610,00),sem prejuízo de sanções de natureza civil e penal<br />

pelo crime de corromper o idioma.Ele fala que quer criar um Movimento Nacional de Defesa<br />

da Língua Portuguesa.Assim será possível resgatar o idioma da desnacionalização,do<br />

ostensivo bilingüismo que desfigura e infunde nos brasileiros a deprimente conclusão de que a<br />

língua é feia,limitada e vaga,e que apesar das regras por vezes tortuosas,o português é<br />

belo,pródigo e preciso,dotado de recursos léxicos suficientes para acompanhar as inovações e<br />

descobertas que transformam o mundo.<br />

2 A INTRIGA <strong>DA</strong>S LINGUAS<br />

“Embebedaram-se ambos<br />

garrafas secaram três<br />

cachorro fez um discurso<br />

falando na língua inglês;<br />

2


O gato embolava no chão<br />

Também falando francês”<br />

(José Pacheco -A Intriga do Cachorro com o Gato)<br />

O projeto de lei que se dispõe do Deputado,sobre a promoção,a proteção,a defesa<br />

e o uso da Língua Portuguesa do qual ele teve apoio de<br />

professores,lingüistas,jornalistas,advogados e de simples cidadãos que amam seu idioma e<br />

querem defender da Saraivada e de estrangeirismos que deformam a língua e truncam a<br />

comunicação do povo.<br />

O uso da palavra conquistada de nações e territórios tem um exemplo eloqüente no<br />

Brasil.Quando Portugal decidiu empreender a colonização,cuidou de providenciar um idioma<br />

para a comunicação com os nativos.Ao contrário que se pensa,os dois milhões de índios não<br />

falavam como os 200mil remanescentes,não falavam apenas o tupi,e, sim numerosas línguas e<br />

dialetos.O tupi era o tronco idiomático dos grupos indígenas com quem os portugueses<br />

tiveram os primeiros contatos.<br />

As palavras,batuque,cafuné,maxixe,mocambo,samba,camundongo enriqueceram o<br />

nosso falar da mesma forma que abacaxi caipira,cambembe,maracanã,piracema nos<br />

ampliaram a comunicação pela herança indígena..As incorporações e empréstimos indígena e<br />

africano apenas prosseguiram a grande capacidade do português contribuir de outras<br />

línguas.O deputado ressalta que jamais rejeita contribuições de línguas estranhas, mas deseja<br />

a valorização da nossa.<br />

3 IMPRENSA E OS SUDITOS DE CAMÕES<br />

Desde 1808 a Gazeta no Rio de Janeiro, ou seja, a imprensa tem sido um<br />

instrumento de zelo da língua portuguesa.Naquela época o uso de palavras estrangeiras era<br />

uma exceção. Apesar de todos quererem ser poliglotas, o povo brasileiro não tem obrigação<br />

de conhecer outras línguas.Esporadicamente se recorria ao latim (idioma científico da época)<br />

ou outras recorriam ao neologismo que designava a colônia.O tempo passou, a imprensa e o<br />

idioma mudaram, mas não há mudança capaz de justificar a saraivada de estrangeirismos que<br />

3


nos obriga usar dicionário de inglês para entender o significado de uma frase bilíngüe, na qual<br />

palavras e expressões concorrem com o português.<br />

O projeto valoriza o português e incentiva á imprensa, assim como a todos os<br />

brasileiros, a seguir o caminho da auto-afirmação nacional.Em nenhum momento permite a<br />

interpretação de que limita a liberdade da imprensa.<br />

Desde 1998, a Constituição proíbe qualquer restrição á liberdade de imprensa.Como toda uma<br />

geração de jornalistas formados sob a treva da censura.Sabemos não menos que ninguém, que<br />

a liberdade é o oxigênio da imprensa.Os “colunistas de português” de hoje não são, como<br />

muitos pensam, uma inovação dos nossos dias.Esta espécie de “consultório ortográfico”.Foi<br />

exercida no Brasil por luminares do idioma, como Candido Figueiredo, um dos mais que<br />

combateram os estrangeirismos. É um luxo histórico para a imprensa ter tido sumidades como<br />

Aurélio Buarque de Holanda e Graciliano Ramos como revisores de texto, no extinto correio<br />

da manhã..Os jornalistas já tiveram como colegas Machado de Assis, Coelho Neto, Carlos<br />

Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, João Cabral de Melo Neto e muitos outros<br />

artistas da pena que engrandeceram a literatura brasileira,sempre atentos á beleza e á<br />

integridade do idioma.<br />

4 SABEDORIA DO PORTUGUÊS<br />

Esse projeto fala que não e necessário o uso de outro idioma, porque temos um<br />

dicionário com 400mil vocábulos o mesmo do inglês.Isso ele acha admissível que palavras<br />

portuguesas seja substituídas por termos travos estrangeiros de oficial escrita<br />

tortuosa.Pronuncias como breakfast,carring,e-mail,new-look.O contrário que diz o famoso<br />

poema de Olavo Bilac ,símbolo da baixo auto-estima idiomática.Segundo ele com sta que a<br />

nossa língua é “culta e bela”.Que cabe a nós, defender-se desses palavrões do exterior, com<br />

palavras e expressões enganosas que muitas vezes falamos e nem sabemos o que estamos<br />

falando.<br />

5 NEO<strong>LÍNGUA</strong> NEOLIBERAL<br />

4


“Acreditávamos num mundo sem fronteiras, mas solidário, e a palavra patriotismo<br />

se fazia esquecida. Hoje é dele que precisamos:tudo mudou.A nossa soberânia está<br />

ameaçada,e defendê-la deve ser nossa maior preocupação”.(Oscar Niemeyer-arquiteto).O<br />

artigo décimo terceiro da Constituição assegura a todos brasileiros o direito de se<br />

comunicarem em Língua Portuguesa: ”A Língua Portuguesa é o idioma oficial da Republica<br />

Federal do Brasil”,diz o singelo Artigo.Confesso que temo pelo futuro do modesto dispositivo<br />

constitucional.<br />

A língua é algo vivo, que precisa respirar, e, não duvido, se enriquece e fortalece<br />

em contato com outras línguas e culturas. É viva justamente porque é um das relações sociais<br />

e não tem, como aparecem acreditar ilustres professores, vida própria independente da ação<br />

dos homens e da sociedade.A vulgaridade dos argumentos de alguns detratores do projeto que<br />

apresentei na Câmara dos Deputados deveu-se,creio eu,a ignorância desse ambiente<br />

político,ideológico e cultural carregado de conflitos que conduzem para a encruzilhada da<br />

sobrevivência ou da degradação povos e nações em todos os quadrantes da terra.<br />

6 NOSSA <strong>LÍNGUA</strong> PORTINGLESA<br />

O deputado descreve que o presidente da Academia Brasileira de Letras.Arnaldo<br />

Niskier,protestou contra a língua portinglesa ,dizendo que hoje no Brasil não há mais<br />

boutiques e sim lojas com nome-fantasia em inglês e francês.O presidente alega que as lojas<br />

ostentam o seu “pedigree” em palavras estrangeiras e preços altos.Segundo o deputado o<br />

estrangeirismo é uma qualidade que todos almejamos, mas nunca em prejuízo da língua<br />

materna em que fomos alfabetizados.Defende que a língua padece atual mente de dois<br />

problemas graves:<br />

1ºExcesso do estrangeirismo<br />

2ºRelaxamento das normas de inclusão de palavras e expressões no vocabulário nacional .<br />

Ele ressaltou segundo seu artigo, que o governo tem contribuído para conter a balbúrdia.Em<br />

1931 o Presidente Getulio Vargas autorizou a Academia de Letras a fazer um acordo<br />

ortográfico com a Academia de Ciências de Lisboa.O acordo regulou o leso de acentos (mas<br />

não do trema), eliminou as com soantes mudas (sinal e não mais signal ),substituiu o k por qu<br />

e c,o w por u ou v,o y por i.<br />

5


O decreto da lei nº 292,de 23 de Fevereiro de 1938,tornou obrigatório o uso da<br />

ortografia em todos estabelecimentos de ensino.E assim fez outros acordos ortográficos em<br />

(1943-1990-1996) a comunidades da Língua Portuguesa.<br />

7 CONLUSÃO<br />

O artigo pelo qual apresentei sobre o Deputado Federal, em que a defesa da língua<br />

portuguesa nos faz olhar com mais cuidado, esse bem imaterial que nos acompanha desde o<br />

nascimento com suas cantigas e histórias, que nos identificam como cidadãos brasileiros e<br />

aproximam-nos ao longo da vida.<br />

Este projeto serve para mostrar que desde a antiguidade, os povos são capazes de<br />

trocar conhecimento, e que isso é essencial para a convivência e o crescimento do ser<br />

humano.<br />

Muitos lingüistas questionam o uso de língua estrangeira em nosso português que<br />

é desnecessário ao passo que outros questionam, pois acham que a nossa história deve ser,<br />

enriquecida pelo estrangeirismo para o bem dos povos.Trocando experiências lingüísticas<br />

com outros países, assim obtendo novas informações, visando o convívio e o entendimento<br />

entre os povos.<br />

Deste modo, que foi colocado pode-se concluir que e de extrema importância que<br />

as pessoas reflitam e questionem mais sobre este assunto.<br />

Resta ainda salientar que a atual geração e as próximas que deverão lançar mão de<br />

novas palavras estrangeiras, mas devem acima de tudo, defender e mostrar que a língua pátria<br />

e a expressão viva da liberdade de um povo.<br />

6


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

FARACO,Carlos Alberto.Estrangeirismo guerras em torno da língua,São Paulo,Parábola<br />

Editorial,2002.<br />

BAGNO,Marcos.preconceito lingüístico.São Paulo,Parábola Loyola,1998.<br />

POSSENTI,Sírio.Por que (não ) Ensinar Gramática nas Escolas.1996<br />

REBELO,Audo.Estrangeirismo.Disponível<br />

em.Acesso em 15/08/05.<br />

7

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