a mudança ortográfica como unificação da língua portuguesa - Ulbra
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A MUDANÇA ORTOGRÁFICA COMO UNIFICAÇÃO<br />
DA LÍNGUA PORTUGUESA<br />
∗ Robson Arndt Salvadori<br />
∗∗ Márcia Gil Wagner<br />
RESUMO: Tendo em vista o restrito conhecimento dos professores <strong>da</strong> rede pública tanto dos anos<br />
iniciais <strong>como</strong> dos anos finais sobre o novo acordo ortográfico, o presente artigo científico<br />
apresentará a principal trajetória <strong>da</strong> Língua Portuguesa que é a <strong>língua</strong> oficial em oito países:<br />
Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.<br />
Tendo <strong>como</strong> proposta principal a preparação de professores com a Nova Ortografia que será váli<strong>da</strong><br />
a partir do dia 1 de janeiro de 2012. O objetivo é preparar os educadores para uma área nova de<br />
estudos, ou seja, atualizados com a sua própria <strong>língua</strong>.<br />
Palavras-chave: Língua Portuguesa, Ortografia, Acordo Ortográfico.<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O presente trabalho irá abor<strong>da</strong>r as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s que vêm deixando dúvi<strong>da</strong>s<br />
sobre a escrita gramaticalmente correta <strong>da</strong>s palavras nos dias atuais, para isso iniciará com<br />
o primeiro capítulo explicando o que é Ortografia. No segundo, terceiro e quarto capítulo<br />
irá falar dos primeiros acordos ortográficos em nossa <strong>língua</strong>. O quinto capítulo encarrega-se<br />
de exemplificar o acordo atual que nos rodeia, subdividindo-se nos prós e contras a nova<br />
reforma <strong>ortográfica</strong> e para encerrar uma tabela que exemplifica as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s de<br />
<strong>como</strong> era e <strong>como</strong> ficará a ortografia de algumas palavras a partir de agora.<br />
2 ORTOGRAFIA<br />
A palavra ortografia vem do grego orthós, que significa organização, correção; e<br />
gráphein, que significa escrever, ou seja, ortografia é a parte <strong>da</strong> gramática que trata <strong>da</strong><br />
escrita correta <strong>da</strong>s palavras. E essa escrita baseia-se no padrão culto <strong>da</strong> <strong>língua</strong>.<br />
Segundo Morais 1 (2010) é possível vermos que as escolas cobram dos alunos que<br />
escrevam certo, mas criam poucas oportuni<strong>da</strong>des para refletir com eles sobre as<br />
dificul<strong>da</strong>des <strong>ortográfica</strong>s de nossa <strong>língua</strong>. Então a escola deveria se unir aos professores de<br />
diferentes áreas para fazer a <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong> necessária: “Creio que é preciso superar esse duplo<br />
∗ Acadêmico do Curso de Letras <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Luterana do Brasil e autor do trabalho.<br />
∗∗ Docente do Curso de Letras e <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Luterana do Brasil e orientadora do trabalho.<br />
1 MORAIS, Arthur Gomes de. Ortografia: Ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010.
desvio: em vez de se preocupar mais em avaliar, em verificar o conhecimento ortográfico<br />
dos alunos, a escola precisa investir mais em ensinar, de fato, a ortografia. (MORAES,<br />
2010, p. 26)”.<br />
Através dessa afirmação podemos nos questionar, será que os professores estão<br />
preparados para li<strong>da</strong>r com as dificul<strong>da</strong>des na aquisição de escrita e ortografia?<br />
PELLEGRINI 2 afirma que "Não é só o aluno que tem de desenvolver competências. O<br />
professor precisa dominar o oficio". (PELLEGRINI, 2002, p.54) importante fazer<br />
levantamento de que não é apenas os professores de Língua Portuguesa que devem estar<br />
capacitados para trabalhar ortografia em salas de aulas, pois as demais áreas têm ela<br />
presente no seu contexto. No entanto, exige-se que o professor seja dinâmico e crítico,<br />
buscando inovar suas estratégias de ensino. As dificul<strong>da</strong>des existem, as formas de superá-<br />
las precisam ser cria<strong>da</strong>s.<br />
Penso que o ensino de ortografia não evoluiu <strong>como</strong> os outros aspectos do ensino <strong>da</strong><br />
<strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong>. Se no caso <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> produção de textos forma feitas várias<br />
transformações na atuação professor junto a seus alunos na sala de aula, na tentativa de<br />
resolver deficiências, acredito que o mesmo não ocorreu com o ensino <strong>da</strong> ortografia.<br />
Segundo PELLEGRINI (2002) as escolas continuam sem uma meta defini<strong>da</strong> para trabalhar<br />
a ortografia, por isso continuam, muitas vezes, sendo um objeto de avaliação, de<br />
verificação e não de ensino. Um exemplo claro são os ditados, onde o professor verifica se<br />
o aluno está escrevendo corretamente, ao invés de criar situações de ensino sistemático.<br />
Nos dias de hoje os erros ortográficos funcionam <strong>como</strong> uma fonte de censura e de<br />
discriminação, tanto nas escolas, universi<strong>da</strong>des perante a socie<strong>da</strong>de, diversas pessoas têm<br />
“medo de errar” ao produzirem textos, <strong>como</strong> afirma Morais: precisamos entender que a<br />
ortografia é uma convenção social cuja finali<strong>da</strong>de é aju<strong>da</strong>r a comunicação escrita, ou seja,<br />
os futuros e atuais professores devem saber atuar nessas situações fazer com que seus<br />
alunos não se sintam autocensurados ao produzirem um texto.<br />
Segundo Morais as pessoas, às vezes, pensam que a ortografia é uma imposição<br />
inútil e que tudo ficaria mais fácil “se pudéssemos escrevas as palavras tal <strong>como</strong> as<br />
falamos”. Ao pensarem assim as pessoas não se dão conta que a linguagem oral as palavras<br />
2 PELLEGRINI, Denise. Só ensina bem quem sabe fazer. Editora Abril. Nº149. Ano XVII.<br />
Janeiro/Fevereiro de 2002. NOVA ESCOLA<br />
2
é pronuncia<strong>da</strong> de diferentes maneiras, ou seja, diversas formas varia<strong>da</strong>s, pois tudo depende<br />
<strong>da</strong> região em que ca<strong>da</strong> leitor se pronuncia, vêm a diferenças dos grupos socioculturais,<br />
nascimentos em épocas diferentes, dialetos, to<strong>da</strong>s essas hipóteses geram uma pronuncia<br />
diferente, por exemplo, o carioca ao pronunciar a palavra “tio” se fosse representado <strong>como</strong><br />
se fala ficaria “tchiô” já um pernambucano ao pronunciar a mesma palavra ficaria “tiu”.<br />
Então essa é a função do professor saber explicar o porquê <strong>da</strong>s palavras não serem<br />
escritas conforme são fala<strong>da</strong>s. E que seria complicado realizar a leitura “compreensão” do<br />
texto produzido através de <strong>como</strong> se fala.<br />
A ortografia é uma invenção relativamente recente nas diversas <strong>língua</strong>s, pois <strong>como</strong><br />
o espanhol e o francês não tinham sua ortografia a trezentos anos, já a Língua Portuguesa:<br />
“No caso <strong>da</strong> <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong>, foi só no século XX que se fixaram normas <strong>ortográfica</strong>s no<br />
Brasil e em Portugal (MORAES, 2010).”<br />
Importante pronunciar que embora a <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong> seja muito pareci<strong>da</strong>, a<br />
ortografia desses dois países não são exatamente iguais: “Por isso, nos últimos anos, foi<br />
assinado um acordo entre os vários países de <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong> para “unificar” as normas<br />
<strong>ortográfica</strong>s usa<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> um deles (MORAES, 2010, p. 27).”<br />
Mexer na ortografia não é mexer na <strong>língua</strong>, pois to<strong>da</strong>s as palavras continuarão a ser<br />
pronuncia<strong>da</strong>s <strong>como</strong> até aqui e a sintaxe continuará, sem <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s. E nunca podemos<br />
esquecer que as <strong>língua</strong>s estão em permanente transformação.<br />
Mu<strong>da</strong>r a ortografia não implica mu<strong>da</strong>r instantaneamente todos os livros de estudo,<br />
nem mesmo os dicionários. Essa <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong> será gradual, feita ao longo de anos.<br />
Podemos dividir a ortografia <strong>da</strong> Língua Portuguesa em três períodos:<br />
- fonético, que foi até o século XVI;<br />
- pseudo-etimológico, desde o século XVI até 1911;<br />
- moderno, desde 1911 até os dias de hoje.<br />
3 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1911<br />
Quando a Língua Portuguesa começou a ser escrita, quem escrevia procurava<br />
representar foneticamente os sons <strong>da</strong> fala. Até o século XX, a Língua Portuguesa tanto de<br />
Portugal <strong>como</strong> a do Brasil, tinham <strong>como</strong> regra <strong>ortográfica</strong>, que a ortografia era basea<strong>da</strong> nos<br />
3
étimos latino ou grego, segue alguns exemplos: phosphoro (fósforo), orthographia<br />
(ortografia), exhausto (exausto).<br />
Ao chegar 1911, surgiu o primeiro acordo ortográfico na Língua Portuguesa, mas<br />
não se tornou oficial em alguns países, inclusive Brasil foi um dos que não aceitou a<br />
proposta de <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s nas palavras, pois os linguistas brasileiros acreditavam<br />
que a ortografia era representa<strong>da</strong> através <strong>da</strong> etimologia <strong>da</strong>s palavras. Portugal foi o único<br />
país a aceitar as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s que foram estabeleci<strong>da</strong>s pelo acordo de 1911, a<br />
partir <strong>da</strong>í modificou-se completamente os aspectos <strong>da</strong> <strong>língua</strong> escrita essa <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong><br />
<strong>ortográfica</strong> foi a primeira oficial de Portugal. Então foi, pode dizer-se, uma <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong><br />
ver<strong>da</strong>deiramente radical e feita sem qualquer acordo com o Brasil.<br />
Pode-se afirmar que a partir desse acordo que a Língua Portuguesa se dividiu em<br />
duas a ortografia reforma<strong>da</strong> que foi a de Portugal aceitando as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s e a<br />
segun<strong>da</strong> ortografia tradicional que permaneceu no Brasil por justificaram que a ortografia<br />
se formava através <strong>da</strong> etimologia. Ambas tendo a ortografia diferencia<strong>da</strong> com significados<br />
opostos.<br />
As principais <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s estabeleci<strong>da</strong>s no acordo ortográfico de 1911:<br />
- Eliminação de todos os dígrafos de origem grega com substituição por grafemas<br />
simples: th (substituído por t), ph (substituído por f), ch (com valor de [k], substituído por c<br />
ou qu de acordo com o contexto) e rh (substituído por r ou rr de acordo com o contexto);<br />
- Eliminação de y (substituído por i);<br />
- Redução <strong>da</strong>s consoantes dobra<strong>da</strong>s (ou gemina<strong>da</strong>s) a singelas, com exceção de rr e<br />
ss mediais de origem latina, que têm valores específicos em português;<br />
- Eliminação de algumas "consoantes mu<strong>da</strong>s" em final de sílaba gráfica, quando não<br />
influíam na pronúncia <strong>da</strong> vogal que as precedia;<br />
- Introdução de numerosa acentuação gráfica, nomea<strong>da</strong>mente nas palavras proparoxítonas.<br />
Segundo Nunes pode-se afirmar que essa reforma apenas fez desaparecer os<br />
exageros etimológicos, promovendo o regresso ao período fonético: “Pena é que a<br />
ortografia nova, que, em rigor, é velha, não seja compreendi<strong>da</strong> por todos, ou antes, que se<br />
4
não queira ver a sua justeza, acabando-se de vez com os desconchavos que ain<strong>da</strong> perduram,<br />
quase sempre resultantes <strong>da</strong> ignorância...(NUNES, 1918).”<br />
A importância <strong>da</strong> reforma <strong>ortográfica</strong> de 1911 foi acabar com o despotismo <strong>da</strong><br />
etimologia, aproximando a ortografia oficial de uma escrita fonética.<br />
Em 1931 pela Academia <strong>da</strong>s Ciências de Lisboa juntamente com a Academia<br />
Brasileira de Letras estabeleceram uma acordo entra Portugal e Brasil com a tentativa de<br />
surgir uma grafia comum entre esses estados, então Portugal em 1940, Brasil em 1943,<br />
publicam os vocabulários, mas continuavam a conter algumas divergências. Forçando o<br />
surgimento de um novo acordo ortográfico para unificar a Língua Oficial desses países.<br />
4 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1945<br />
Após a publicação dos vocabulários de Portugal e Brasil entre 1940 e 1943, por<br />
continuarem com divergências os linguistas providenciaram em Lisboa, uma Convenção<br />
Ortográfica, que deu origem a um novo acordo para unificar o português lusitano com o<br />
português brasileiro. Este acordo foi assinado entre a Academia de Ciências de Lisboa e a<br />
Academia Brasileira de Letras tornando-se lei em todos os países. Mas o acordo tornou-se<br />
oficial apenas em Portugal, os brasileiros continuaram a regular-se pelo formulário de 1943.<br />
As principais <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s estabeleci<strong>da</strong>s no acordo ortográfico de 1911:<br />
- Determina a composição do alfabeto português com 23 letras, permitindo o emprego<br />
<strong>da</strong>s letras K, W e Y apenas em casos especiais.<br />
- K, W, Y: apresenta as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s gráficas de termos que até então empregavam essas<br />
letras - k por qu (antes de e e i) ou por c (antes <strong>da</strong>s outras vogais). O w, substituído por v<br />
ou u, de acordo com seu valor fonético. O y substituído sempre por i. As únicas<br />
exceções foram às letras que compõem abreviaturas internacionais ou fazem parte de<br />
antropônimos estrangeiros.<br />
- H: esta letra passou a ser conserva<strong>da</strong> apenas no princípio <strong>da</strong>s palavras cuja etimologia<br />
a justificasse, nos dígrafos ch, lh e nh, em interjeições e nos compostos com hífen. Foi<br />
abolido em compostos sem hífen.<br />
5
- Consoantes mu<strong>da</strong>s: extinção completa de quaisquer consoantes que não se<br />
proferissem, ressalva<strong>da</strong>s as palavras que tivessem variantes com letras pronuncia<strong>da</strong>s ou<br />
não.<br />
- SC: eliminação do sc no início <strong>da</strong>s palavras e manutenção apenas quando os<br />
vocábulos já estivessem formados.<br />
- Letras dobra<strong>da</strong>s: permanência dos grupos rr e ss com som único e do grupo cc (ou cç)<br />
com sons distintos.<br />
- Vogais nasais: fixação <strong>da</strong> grafia dessas vogais.<br />
- Ditongos: regras para a grafia de ditongos orais e nasais.<br />
- Hiatos: uso de oe e ue nos verbos terminados em oar e uar na 1ª, 2ª e 3ª do singular do<br />
subjuntivo.<br />
- Parônimos e vocábulos de grafia dupla: fixação de grafias de e/i, o/u, c/q, ch/x, g/j,<br />
s/ss/c/ç, s/x, s/z e com os vários valores fonéticos do x.<br />
- Nomes próprios: regras do formulário para a<strong>portuguesa</strong>mentos e nomes próprios.<br />
Ressalva ao direito de manter a grafia original dos nomes próprios de pessoas e<br />
empresas. Exceção feita aos topônimos de tradição histórica, tais <strong>como</strong> "Bahia".<br />
- Acentuação gráfica: regras para grafar os acentos nas oxítonas, paroxítonas e<br />
proparoxítonas.<br />
- Apóstrofo: apenas para supressão de letras em versos, reprodução de pronúncias<br />
populares, supressão de vogais em palavras compostas com consagração pelo uso,<br />
<strong>como</strong> em d'oeste", d'alho", "d'arco", etc.<br />
- Hífen: uso de hífen em verbos e palavras compostas com prefixos e sufixos, além de<br />
verbos.<br />
6
- Divisão silábica: determinou que a separação silábica devesse ser feita pela soletração<br />
e não mais pela etimologia.<br />
- Emprego <strong>da</strong>s iniciais maiúsculas: apresentou as regras para o uso de maiúsculas,<br />
excluindo-o para meses do ano, pontos cardeais, nomes de povos e nacionali<strong>da</strong>de.<br />
- Sinais de pontuação: uso <strong>da</strong>s aspas (aspas americanas), do parênteses, do travessão e<br />
do ponto final.<br />
5 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1971<br />
Em 1971, Brasil adota mais um acordo ortográfico, que aproximava um pouco mais a<br />
ortografia do Brasil com a de Portugal, tudo isso através <strong>da</strong> rejeição do Acordo Ortográfico<br />
de 1945, que com o passar do tempo surgiram muitas diferenças <strong>ortográfica</strong>s,<br />
especialmente no uso de palavras que vinham com o acento para diferenciar. Em abril de<br />
1971 a Academia Brasileira de Letras e a Academia <strong>da</strong>s Ciências de Lisboa providenciaram<br />
o novo Acordo Ortográfico de 1971 o qual houve muitas transformações, mas apenas nas<br />
regras de acentuação, com o foco de diferenciar.<br />
Vejamos algumas <strong>da</strong>s <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s:<br />
pilôto (substantivo) / piloto (ó) (do verbo "pilotar");<br />
côr (vermelho, amarelo, etc) / Cor (ó) (coração);<br />
êle (pronome) / ele (é) (nome <strong>da</strong>do à letra L);<br />
govêrno (substantivo) / governo (é) (verbo);<br />
êste (pronome) / este (é) (Leste);<br />
por (preposição) / pôr (verbo)<br />
pode (verbo poder, presente) / pôde (verbo poder, pretérito)<br />
7
Também entre essas regras se a palavra original tivesse acento agudo ( ´ ), com o<br />
acréscimo do sufixo, passava a acento grave ( ` ): inegável > inegàvelmente, sensível ><br />
sensìvelmente.<br />
Regras de acentuação:<br />
1. Oxítonas termina<strong>da</strong>s em a(s); e(s); é(s); o(s); e ó(s); além de em em e ens onde<br />
deveria ser ẽ.<br />
2. Paroxítonas termina<strong>da</strong>s em r; x; n; l; ditongos; i(s); u(s); um; uns; ão(s); ps; ou ã(s).<br />
3. To<strong>da</strong>s as proparoxítonas.<br />
4. I e u, quando são a segun<strong>da</strong> vogal do hiato sós ou seguidos “s” na sílaba, excepto<br />
antes do “NH”.<br />
5. E e o tônicos fechados.<br />
6. Levam acento grave onde antes havia agudo, mas a palavra recebeu sufixo iniciado<br />
em z ou o sufixo mente.<br />
7. Levam trema o u átono dos grupos gue; gui; que; e qui.<br />
8. Primeira vogal dos diptongos éu(s); ói(s); e éi(s) quando abertos; ôo(s) quando<br />
fechado; e êem e êm quando indicam a terceira pessoa do plural.<br />
9. Quando deveria ser hiato, mas é ditongo.<br />
10. Usa-se o acento grave na crase.<br />
6 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990<br />
O surgimento deste acordo tem <strong>como</strong> principal objetivo a <strong>unificação</strong> <strong>da</strong> Língua<br />
Portuguesa entre os países que a tem <strong>como</strong> <strong>língua</strong> oficial, tendo em foco por fim à<br />
existência ortografias divergentes, ou seja, a ortografia brasileira e a ortografia lusitana.<br />
Querendo <strong>da</strong>r o nascimento a uma única e oficial ortografia <strong>da</strong> <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong>.<br />
Para Edite Fátima dos Santos Marreiros Estrela várias pessoas linguísticas ou não,<br />
mas principalmente os leitores iram se questionar sobre essa <strong>unificação</strong>, o querer deixar<br />
iguais as <strong>língua</strong>s entre os países que têm a Língua Portuguesa <strong>como</strong> oficial, não será uma<br />
<strong>mu<strong>da</strong>nça</strong> radical, pois serão modifica<strong>da</strong>s poucas palavras. E a reforma trata-se <strong>da</strong> ortografia<br />
8
e não de <strong>como</strong> são pronuncia<strong>da</strong>s as palavras. Estrela mostra <strong>como</strong> não são a mesmas coisas<br />
a pronúncia e a ortografia:<br />
Há quem questione a uniformização <strong>da</strong> escrita, invocando as diferenças<br />
vocabulares e de pronúncia entre Portugal e o Brasil. Ora, escrever do mesmo<br />
modo não significa falar do mesmo modo, <strong>como</strong> provam, designa<strong>da</strong>mente, os<br />
alentejanos e os micaelenses. E, quanto ao vocabulário, recordo que em território<br />
português, por exemplo, o estrugido e a sertã convivem, sem problemas, com o<br />
refogado e a frigideira. (ESTRELA, 2009)<br />
Para D’ Silvas Filho a escrita é um modo de reduzir a fonética <strong>da</strong>s palavras, pois<br />
não é o simplificar a ortografia que será esqueci<strong>da</strong> o <strong>como</strong> se originou as palavras, e que o<br />
escrever é transcrever o que se teve entonação que se compreende ao pronunciar as<br />
palavras:<br />
A <strong>língua</strong> precisa de ser simplifica<strong>da</strong>. Sem abandonar a sua matriz etimológica,<br />
para que se a<strong>da</strong>pte às várias pronúncias, deve, no entanto, expurgar-se de<br />
elementos presentemente inúteis (…). Por mais que alguns linguistas defen<strong>da</strong>m<br />
paradoxalmente o contrário, o senso comum diz-nos que é mais lógico ler e é<br />
mais fácil escrever as palavras sem as letras que não têm qualquer função na<br />
orali<strong>da</strong>de (FILHO, 2008)<br />
Através dessa simplificação podemos compreender o porquê <strong>da</strong> eliminação do uso<br />
do trema, por se tratar de um sinal de acentuação que pouco era usado entre os escritores<br />
perdendo sua credibili<strong>da</strong>de nas palavras.<br />
Segundo Deonísio <strong>da</strong> Silva, esse novo Acordo Ortográfico será um sucesso para a<br />
<strong>unificação</strong> <strong>da</strong> Língua Portuguesa, pois irá acabar com as duas ortografias presentes<br />
tornando-se uma só <strong>como</strong> em outras <strong>língua</strong>s, mas para que obtenha um resultado<br />
satisfatório deverá ter o apoio de todos os usuários <strong>da</strong> linguagem:<br />
Línguas de cultura <strong>como</strong> o latim, o grego, o inglês, o francês, o alemão, o<br />
espanhol e o italiano estão unificados há muito tempo. Até o árabe, que tinha<br />
catorze grafias, agora tem uma só. Passou o tempo de lamentar e reiterar que o<br />
Acordo poderia ter sido feito de outro modo. É hora de, todos juntos,<br />
colaborarmos para sua aplicação. O Acordo agora é lei. (SILVA, 2010)<br />
Pela trajetória de reformas <strong>ortográfica</strong>s que a Língua Portuguesa já tem enfrentado<br />
essa será a mais razoável, pois serão menos de 2% as alterações que os países deverão<br />
acrescentar aos seus vocabulários. No Brasil serão apenas 0,45% <strong>da</strong>s alterações entre as<br />
palavras. Os linguistas esperam que esse seja o último acordo ortográfico de Língua<br />
9
Portuguesa e que através dele venha o nascimento de uma única ortografia oficial <strong>da</strong><br />
Língua Portuguesa.<br />
Como vimos nesse capítulo o principal objetivo do Acordo Ortográfico de 1990 é<br />
unificar a Língua Portuguesa entre os países, formando através dela uma única ortografia<br />
oficial, Então a <strong>unificação</strong> é o principal motivo para justificar a pergunta sobre o porquê do<br />
Acordo Ortográfico.<br />
As regras que ocorreram nesse acordo ortográfico serão demonstra<strong>da</strong>s no<br />
subcapítulo 4.2, expostas em uma tabela exemplifica<strong>da</strong> sobre as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s <strong>ortográfica</strong>s.<br />
6.1 PRÓS E CONTRAS O ACORDO ORTOGRÁFICO<br />
Com o novo acordo ortográfico entre os linguistas surgiram várias opiniões, <strong>como</strong> os a<br />
favor <strong>da</strong> nova <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong> e os que não são a favor, vejamos alguns exemplos na tabela a<br />
seguir:<br />
PRÓ CONTRA<br />
- aproximação <strong>da</strong> orali<strong>da</strong>de à escrita - evolução não natural <strong>da</strong> <strong>língua</strong><br />
- simplici<strong>da</strong>de de ensino e aprendizagem - tentar resolver um “não-problema”, uma vez<br />
que as variantes escritas <strong>da</strong> <strong>língua</strong> são<br />
perfeitamente compreensíveis por todos os<br />
leitores de todos os países <strong>da</strong> CPLP<br />
- <strong>unificação</strong> de todos os países de <strong>língua</strong> - desrespeito pela etimologia <strong>da</strong>s palavras<br />
oficial <strong>portuguesa</strong><br />
- fortalecimento <strong>da</strong> cooperação educacional<br />
dos países <strong>da</strong> CPLP<br />
- a não correspondência <strong>da</strong> escrita à orali<strong>da</strong>de.<br />
Por exemplo, existem consoantes cuja função<br />
é abrir vogais, mas que o novo acordo<br />
considera mu<strong>da</strong>s nomea<strong>da</strong>mente em tecto,<br />
passando a escrever-se teto, dever-se-ia ler<br />
<strong>como</strong> teto (de seio)?<br />
- evolução <strong>da</strong> <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong> - processo dispendioso (revisão e nova<br />
publicação de to<strong>da</strong>s as obras escritas, os<br />
materiais didáticos e dicionários tornar-se-ão<br />
obsoletos, reaprendizagem por parte de um<br />
grande número de pessoas, inclusive crianças<br />
que estão agora a <strong>da</strong>r os primeiros passos na<br />
- pequena quanti<strong>da</strong>de de vocábulos alterados<br />
(1,6% em Portugal e 0,45% no Brasil)<br />
escrita).<br />
- o fato de não haver acordo, facilita o<br />
dinamismo <strong>da</strong> <strong>língua</strong>, permitindo ca<strong>da</strong> país<br />
divergir e evoluir naturalmente, pelas próprias<br />
pressões evolutivas dos diferentes contextos<br />
geo-sócio-culturais <strong>como</strong> no caso do Inglês<br />
10
Contudo isso pode concluir que todos os prós e contra a nova reforma <strong>ortográfica</strong><br />
sabem defender seu ponto de vista e por incrível que pareça todos fazem sentido sobre o<br />
que se justifica, pois a ortografia dos brasileiros nunca ficará igual a ortografia dos<br />
portugueses, mas pareci<strong>da</strong>, pois muitas palavras iguais no vocabulário tem seu significado<br />
diferente, ou seja, palavras que em Portugal não fecha com o significado <strong>da</strong> mesma no<br />
Brasil.<br />
6.2.1 REGRAS ORTOGRÁFICAS DE 1990<br />
Inserção <strong>da</strong>s letras<br />
K,W, Y<br />
ALFABETO<br />
COMO ERA<br />
a b c d e f g h i j l m<br />
n o p q r s t u v x z<br />
TREMA<br />
DESAPARECE: em quase COMO ERA<br />
to<strong>da</strong>s as palavras<br />
lingüiça<br />
conseqüência<br />
pinguim<br />
CONTINUA: em palavras de <strong>língua</strong>s estrangeiras e<br />
derivados.<br />
DIFERENCIAL<br />
COMO FICA<br />
a b c d e f g h i j k l<br />
m n o p q r s t u v w x<br />
y z<br />
COMO FICA<br />
linguiça<br />
consequência<br />
pinguim<br />
NÂO MUDA<br />
Mülleriano, Bündchen<br />
ACENTUAÇÃO GRÁFICA<br />
ACENTOS Novas Regras COMO ERA COMO FICA<br />
DESAPARECE: eles vêem<br />
eles veem<br />
CIRCUNFLEXOS nas paroxítonas eles lêem<br />
eles leem<br />
termina<strong>da</strong>s em<br />
“-eem” e “oo”<br />
vôo, enjôo voo; enjoo<br />
DESAPARECE:<br />
em quase to<strong>da</strong>s<br />
palavras<br />
pára<br />
pêlo<br />
pólo<br />
pêra<br />
O trânsito sempre para.<br />
O pelo do animal caiu.<br />
Faz frio no polo Norte.<br />
Comi uma pera doce.<br />
CONTINUA: no<br />
infinitivo do verbo<br />
“pôr” e no pretérito<br />
perfeito de “poder”<br />
(pôde)<br />
FACULTATIVO:<br />
para distinguir<br />
NÃO MUDA<br />
É preciso pôr a mesa.<br />
Ontem ele não pôde sair.<br />
11
AGUDO NOS<br />
DITONGOS<br />
ABERTOS<br />
“EI” e “OI”<br />
AGUDO NO “I” E<br />
NO “U” EM<br />
HIATO<br />
AGUDO EM<br />
VERBOS<br />
“forma” de “fôrma”<br />
DESAPARECE:<br />
nas paroxítonas<br />
(acento tônico na<br />
penúltima sílaba)<br />
CONTINUA: nas<br />
palavras oxítonas e<br />
nos monossílabos<br />
tônicos<br />
DESAPARECE:<br />
nas paroxítonas,<br />
quando a sílaba<br />
tônica é antecedi<strong>da</strong><br />
de ditongo<br />
CONTINUA: em<br />
todos os outros<br />
casos determinados<br />
pela regra anterior<br />
DESAPARECE: o<br />
acento agudo<br />
desaparece na letra<br />
U em algumas<br />
formas de verbos<br />
<strong>como</strong> apaziguar,<br />
aguir, aveiguar,<br />
re<strong>da</strong>rgüir.<br />
assembléia<br />
platéia<br />
idéia<br />
heróico<br />
jóia<br />
feiúra<br />
bocaiúva<br />
apazigúe<br />
averigúe<br />
argúem<br />
argúi<br />
NÃO MUDA<br />
Piauí<br />
Tuiuiú<br />
Saúde<br />
assembleia<br />
plateia<br />
ideia<br />
heroico<br />
joia<br />
feiura<br />
bocaiuva<br />
apazigue<br />
averigue<br />
arguem<br />
argui<br />
HÍFEN<br />
Prefixos Novas Regras<br />
PASSA A SER<br />
USADO: quando o<br />
COMO ERA COMO FICA<br />
TERMINADOS segundo elemento microon<strong>da</strong>s micro-on<strong>da</strong>s<br />
EM VOGAIS E se inicia por vogal anti-semita antissemita<br />
FALSOS idêntica a vogal<br />
PREFIXOS final do prefixo ou<br />
por H<br />
DESAPARECE:<br />
nos outros casos<br />
É USADO: quando<br />
infra-estrutura infraestrutura<br />
TERMINADOS o segundo elemento<br />
EM B é iniciado por B, H<br />
ou R.<br />
subepático sub-hepático<br />
12
CO(M)<br />
É USADO: quando<br />
o segundo elemento<br />
é iniciado por H<br />
DESAPARECE:<br />
nos outros casos<br />
AD É USADO: quando<br />
o segundo elemento<br />
é iniciado por D, H<br />
ou R<br />
PASSA A SER<br />
USADO: quando o<br />
CIRCUM segundo elemento é<br />
iniciado por vogal<br />
H, M, ou N<br />
TERMINADOS CONTINUA:<br />
EM R quando o segundo<br />
elemento é iniciado<br />
por H ou R.<br />
Algumas palavras compostas perderam<br />
o o hífen<br />
NÃO MUDA: co-he<strong>da</strong>r<br />
MUDA: co-habitar<br />
co-edição<br />
co-autor<br />
circumurado<br />
pára-que<strong>da</strong>s<br />
man<strong>da</strong>-chuva<br />
NÃO MUDA<br />
ad-digital<br />
NÃO MUDA<br />
super-homem<br />
inter-relação<br />
coedição<br />
coautor<br />
circum-murado<br />
paraque<strong>da</strong>s<br />
man<strong>da</strong>chuva<br />
FORMAS DUPLAS<br />
Na acentuação gráfica: Antônio / António; bônus / bônus.<br />
Em sequências consonantais: afetar / afectar; caráter / carácter.<br />
Verbos terminados em iar: premio / premeio; negocio / negoceio.<br />
Nomes próprios estrangeiros: Judite / Judith; Davi / David.<br />
TRANSLINEAÇÃO<br />
Única alteração é a obrigatorie<strong>da</strong>de de A diretora <strong>da</strong> escola não está, mas a vicerepetir<br />
o hífen na linha seguinte (-/-) -diretora se encontra pode ser com ela?<br />
Fonte: Tabela construí<strong>da</strong> pelo acadêmico Robson Arndt Salvadori.<br />
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
A partir do trabalho realizado na Escola Municipal de Ensino Fun<strong>da</strong>mental Breno<br />
Guimarães foi possível perceber que os professores estão capacitados quanto sua a<br />
ortografia, todos aptos com as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s ocorri<strong>da</strong>s pelo Novo Acordo Ortográfico. Com<br />
isso pode-se concluir que estão mais que preparados para iniciar o ano com a nova<br />
ortografia acrescenta<strong>da</strong> em seus vocabulários.<br />
13
Esse trabalho foi uma experiência muito gratificante visto que proporcionou um<br />
grande conhecimento acerca desse material, que será de grande importância no dia a dia<br />
não só dos professores, mas de to<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Pois se refere a um meio de comunicação<br />
muito utilizado, a nossa linguagem quando representa<strong>da</strong> ortograficamente.<br />
8 REFERÊNCIAS<br />
FILHO, Silvas D’. Os argumentos pró-Acordo Ortográfico e a importância de um<br />
vocabulário comum. Disponível em:<br />
http://www.ciberduvi<strong>da</strong>s.com/controversias.php?rid=1702 Acesso em: outubro de 2011.<br />
LEDUR, Paulo Flávio. Guia prático <strong>da</strong> nova ortografia: as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s do Acordo<br />
Ortográfico. Porto Alegre. Editora AGE, 2009.<br />
MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Manual básico de re<strong>da</strong>ção e gramática aplica<strong>da</strong>. São<br />
Paulo. Difusão Cultural do Livro, 1996.<br />
MORAIS, Arthur Gomes de. Ortografia: Ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010.<br />
PELLEGRINI, Denise. Só ensina bem quem sabe fazer. Editora Abril. Nº149. Ano XVII.<br />
Janeiro/Fevereiro de 2002. NOVA ESCOLA<br />
SILVEIRA, Bueno. Minidicionário <strong>da</strong> <strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong>. Ed. FDT. São Paulo, 2008.<br />
Manual “Tem hífen?”. Ed. FDT. São Paulo.<br />
SILVEIRA, Rosa Maria Hessel. Silêncio: Ditado. Editora Abril. Nº 178. Ano XIX. 1986.<br />
AMAE EDUCANDO.<br />
Disponível em:<br />
http://books.google.com.br/books?id=JldFNOmIWIAC&printsec=frontcover&hl=pt-<br />
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false<br />
Acesso em: setembro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
http://www.portal<strong>da</strong>lingua<strong>portuguesa</strong>.org/acordo.php?action=acordo&version=1990<br />
Acesso em: setembro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf<br />
Acesso em: setembro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
http://conversadeportugues.com.br/category/ortografia/acordo-ortografico/<br />
Acesso em: setembro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
14
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Ortogr%C3%A1fica_de_1911<br />
Acesso em: outubro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
http://www.portal<strong>da</strong>lingua<strong>portuguesa</strong>.org/acordo.php<br />
Acesso em: outubro de 2011.<br />
Disponível em:<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Ortogr%C3%A1fica_de_1971<br />
Acesso em:<br />
Disponível em: outubro de 2011.<br />
http://www.ciberduvi<strong>da</strong>s.com/pergunta.php?id=20570<br />
Acesso em: novembro de 2011.<br />
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