a mudança ortográfica como unificação da língua portuguesa - Ulbra
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desvio: em vez de se preocupar mais em avaliar, em verificar o conhecimento ortográfico<br />
dos alunos, a escola precisa investir mais em ensinar, de fato, a ortografia. (MORAES,<br />
2010, p. 26)”.<br />
Através dessa afirmação podemos nos questionar, será que os professores estão<br />
preparados para li<strong>da</strong>r com as dificul<strong>da</strong>des na aquisição de escrita e ortografia?<br />
PELLEGRINI 2 afirma que "Não é só o aluno que tem de desenvolver competências. O<br />
professor precisa dominar o oficio". (PELLEGRINI, 2002, p.54) importante fazer<br />
levantamento de que não é apenas os professores de Língua Portuguesa que devem estar<br />
capacitados para trabalhar ortografia em salas de aulas, pois as demais áreas têm ela<br />
presente no seu contexto. No entanto, exige-se que o professor seja dinâmico e crítico,<br />
buscando inovar suas estratégias de ensino. As dificul<strong>da</strong>des existem, as formas de superá-<br />
las precisam ser cria<strong>da</strong>s.<br />
Penso que o ensino de ortografia não evoluiu <strong>como</strong> os outros aspectos do ensino <strong>da</strong><br />
<strong>língua</strong> <strong>portuguesa</strong>. Se no caso <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> produção de textos forma feitas várias<br />
transformações na atuação professor junto a seus alunos na sala de aula, na tentativa de<br />
resolver deficiências, acredito que o mesmo não ocorreu com o ensino <strong>da</strong> ortografia.<br />
Segundo PELLEGRINI (2002) as escolas continuam sem uma meta defini<strong>da</strong> para trabalhar<br />
a ortografia, por isso continuam, muitas vezes, sendo um objeto de avaliação, de<br />
verificação e não de ensino. Um exemplo claro são os ditados, onde o professor verifica se<br />
o aluno está escrevendo corretamente, ao invés de criar situações de ensino sistemático.<br />
Nos dias de hoje os erros ortográficos funcionam <strong>como</strong> uma fonte de censura e de<br />
discriminação, tanto nas escolas, universi<strong>da</strong>des perante a socie<strong>da</strong>de, diversas pessoas têm<br />
“medo de errar” ao produzirem textos, <strong>como</strong> afirma Morais: precisamos entender que a<br />
ortografia é uma convenção social cuja finali<strong>da</strong>de é aju<strong>da</strong>r a comunicação escrita, ou seja,<br />
os futuros e atuais professores devem saber atuar nessas situações fazer com que seus<br />
alunos não se sintam autocensurados ao produzirem um texto.<br />
Segundo Morais as pessoas, às vezes, pensam que a ortografia é uma imposição<br />
inútil e que tudo ficaria mais fácil “se pudéssemos escrevas as palavras tal <strong>como</strong> as<br />
falamos”. Ao pensarem assim as pessoas não se dão conta que a linguagem oral as palavras<br />
2 PELLEGRINI, Denise. Só ensina bem quem sabe fazer. Editora Abril. Nº149. Ano XVII.<br />
Janeiro/Fevereiro de 2002. NOVA ESCOLA<br />
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