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Programa do Festival de Mafra. - Sapo

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Palácio-Convento <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

Manda<strong>do</strong> construir por D. João V, o Real Convento <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> é<br />

o mais importante monumento <strong>do</strong> barroco português. O conjunto<br />

arquitectónico <strong>de</strong>senvolve-se simetricamente a partir <strong>de</strong> um eixo<br />

central, a basílica, ponto principal <strong>de</strong> uma longa fachada la<strong>de</strong>ada por<br />

<strong>do</strong>is torreões, localizan<strong>do</strong>-se na zona posterior o recinto conventual<br />

da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> São Francisco da Província da Arrábida. A direcção<br />

da obra coube a João F Lu<strong>do</strong>vice, ourives alemão, com formação <strong>de</strong><br />

arquitectura em Itália, que a<strong>do</strong>ptou um mo<strong>de</strong>lo barroco classicizante,<br />

inspira<strong>do</strong> na Roma papal e <strong>de</strong> influência berniniana, on<strong>de</strong> não faltam<br />

igualmente elementos borrominianos, nomeadamente nas torres e<br />

algumas influências germânicas. As obras iniciaram-se em 1717, ano <strong>do</strong><br />

lançamento da primeira pedra. A 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1730, dia <strong>do</strong> 41º<br />

aniversário <strong>do</strong> rei, proce<strong>de</strong>u-se à sagração da Basílica.<br />

O Palácio-Convento possui uma das mais importantes bibliotecas<br />

portuguesas, constituída por cerca <strong>de</strong> 40.000 livros, e numerosas obras<br />

artísticas encomendadas pelo monarca no país, França, Flandres (<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>m os <strong>do</strong>is carrilhões <strong>de</strong> 92 sinos) e Itália. Inácio <strong>de</strong> Oliveira<br />

Bernar<strong>de</strong>s, Massuci, Giaquinto, Lironi ou Lu<strong>do</strong>visi são alguns <strong>do</strong>s<br />

artistas que participaram nesta empreitada joanina e, durante o reina<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> D. José, criou-se mesmo a Escola <strong>de</strong> Escultura <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, dirigida pelo<br />

italiano Alessandro Giusti, e por on<strong>de</strong> passou Macha<strong>do</strong> <strong>de</strong> Castro.<br />

No reina<strong>do</strong> <strong>de</strong> D. João VI o Palácio foi habita<strong>do</strong> durante to<strong>do</strong> o<br />

ano <strong>de</strong> 1807, antes da partida da corte para o Brasil, e a ele se <strong>de</strong>ve<br />

a renovação <strong>de</strong>corativa <strong>de</strong> algumas das salas mais importantes, cujos<br />

projectos foram entregues a homens como Ciryllo Wolkmar Macha<strong>do</strong>,<br />

Domingos Sequeira ou Vieira Lusitano. Porém, a maior parte <strong>do</strong> tempo<br />

o Palácio-Convento só foi visita<strong>do</strong> esporadicamente e o mesmo se<br />

passou <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> regressada a corte a Portugal. Daqui partiu para o<br />

exílio o último rei português, D. Manuel II, a 5 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1910,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> proclamada a República.<br />

Na actualida<strong>de</strong>, o imóvel encontra-se parcialmente afecto ao IPPAR<br />

que <strong>de</strong>senvolve um <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> recuperação e valorização, a partir <strong>de</strong><br />

um Estu<strong>do</strong> prévio, elabora<strong>do</strong> entre 1994 e 1997. Entre as várias acções<br />

previstas, em andamento ou já concluídas, <strong>de</strong>stacam-se a recuperação das<br />

fachadas, caixilharias e cobertura, bem como a reformulação <strong>do</strong> circuito<br />

<strong>de</strong> visitas ao Palácio. Outra priorida<strong>de</strong> absoluta foi a recuperação <strong>do</strong>s<br />

órgãos históricos, apoiada em regime <strong>de</strong> mecenato pelo Barclays Bank<br />

e que conta com a participação <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Apoio Científico,<br />

forma<strong>do</strong> por especialistas nacionais e internacionais; estan<strong>do</strong> já<br />

concluí<strong>do</strong> o restauro <strong>de</strong> quatro <strong>do</strong>s órgãos, os da Capela-Mor (Evangelho<br />

e Epístola) e <strong>do</strong> Transepto Norte (São Pedro <strong>de</strong> Alcântara e Santíssimo<br />

Sacramento), <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> momento o restauro <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is últimos, situa<strong>do</strong>s<br />

no Transepto Sul (Santa Bárbara e Nossa Senhora da Conceição).<br />

Horário <strong>do</strong> Palácio: 10h00-17h30 (última entrada às 16:30)<br />

Encerra<strong>do</strong> à terça-feira e nos feria<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro, Sexta-Feira Santa,<br />

Domingo <strong>de</strong> Páscoa, 1 <strong>de</strong> Maio, Quinta-feira <strong>de</strong> Ascensão (feria<strong>do</strong><br />

municipal) e 25 <strong>de</strong> Dezembro.

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