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A PSICOLOGIA NO CTI – ADULTO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ...

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cada indivíduo, uma série de fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que<br />

merecem ser levados em conta.<br />

Utilizar todos os recursos para resgatar pessoas é tarefa fundamental das UTIs.<br />

Entretanto, prolongar indefinidamente processos nos quais não se sabe se impera a vida ou<br />

a morte, nos quais só se fala de funções e sinais, e não mais de um ser humano, com uma<br />

vida de relação. Surge assim, um questionamento, pois é possível considerar a morte de<br />

alguém quando sua respiração para ou quando sua “consciência para? ” Será que podemos<br />

considerar vivos o paciente em coma que está esquecido?<br />

O conflito doente-família relaciona-se à família como um sistema e o quanto esta<br />

consegue respeitar as decisões que o paciente tomou, quando ainda lúcido, para ele mesmo.<br />

Ao mesmo tempo, a morte é um tabu, muitas vezes nem existe a possibilidade de falar<br />

abertamente em família sobre essas questões. De um lado, observa-se um desenvolvimento<br />

científico e tecnológico enorme, e de outro, uma dificuldade de comunicação entre o<br />

doente, seus familiares e a equipe de saúde.<br />

Fica evidente a lacuna na formação dos profissionais de saúde no que se refere ao<br />

tema da morte. Muitas vezes é com assombro, tristeza e cobranças que para enterrar as<br />

emoções esses profissionais associam “ser profissional” a não demonstrar emoções. O ideal<br />

seria permitir a tais profissionais que seus sentimentos emergissem, pudessem ser expressos<br />

e elaborados. Assim, quem sabe o relacionamento com os pacientes pudesse modificar e o<br />

sujeito passar a ser “visto”.Diante da morte considerada como fracasso, poderiam surgir<br />

sentimentos de raiva, impotência, fragilidade, frustração, o que pode dificultar um<br />

discernimento na hora das decisões.<br />

“ Falar de morte é falar de vida; é poder pensar<br />

numa qualidade de vida durante o processo de<br />

morrer. É pensar na morte digna, com controle da<br />

dor, dos efeitos colaterais da medicação. É pensar<br />

no enfermo como ser humano e participante, quando<br />

consciente, de seu processo de doença. E se isso não<br />

for possível, pensar numa atitude de respeito com o<br />

paciente em coma e com sua família. A qualidade<br />

de vida, ainda que subjetiva,pode ser entendida

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