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DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL ...

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<strong>DIAGNÓSTICO</strong> <strong>NUTRICIONAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>A<strong>DO</strong>LESCENTES</strong> <strong>DO</strong> <strong>COLÉGIO</strong><br />

<strong>ESTADUAL</strong> ANTONIO GARCEZ NOVAES <strong>DO</strong> MUNICÍPIO <strong>DE</strong><br />

ARAPONGAS – PR<br />

Resumo<br />

ASCÊNCIO, C. C.; MARIN, T.<br />

A nutrição se envolve diretamente com os cuidados e modificações na<br />

adolescência. Objetivou-se classificar o estado nutricional de adolescentes, e<br />

seus hábitos alimentares. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com a utilização<br />

de um questionário e aplicando da avaliação antropométrica (IMC). Resultados<br />

mostram que 22,4% dos adolescentes estão sobrepeso e obesos e a maior<br />

preferência, ou seja, 33% levam bolachas recheadas e chips de lanche para a<br />

escola, diminuindo consumo de alimentos saudáveis.<br />

Palavras-chaves: Hábitos alimentares, adolescência, nutrição.<br />

Abstract<br />

Nutrition is directly involved with the care and changes in adolescence. The<br />

objective was to classify the nutritional status of adolescents and their eating<br />

habits. This is a descriptive study, using a questionnaire and applying the<br />

anthropometric (BMI). Results show that 22.4% of adolescents are overweight or<br />

obese, and more preferably, ie, 33% lead and biscuits stuffed chips snack to<br />

school, decreasing consumption of healthy foods.<br />

Keywords: Eating habits, teens, nutrition.<br />

Introdução<br />

A adolescência é uma fase dinâmica complexa merecedora de atenção<br />

especial, uma vez que esta etapa do desenvolvimento define padrões biológicos e<br />

de comportamentos que irão se manifestar durante o resto da vida do indivíduo.<br />

Sendo a adolescência definida entre o período dos 10 aos 19 anos,<br />

caracterizada como uma fase de intenso e rápido crescimento e desenvolvimento<br />

físico, psíquico e social, as quais podem se manifestar de maneira e em períodos<br />

diferentes para cada indivíduo, por isso a nutrição adequada é uma necessidade<br />

básica para que o adolescente alcance o máximo de seu potencial biológico de<br />

crescimento e desenvolvimento (AQUINO et al., 2003).


Além disso, as práticas alimentares nesta fase da vida podem ser<br />

influenciadas por propagandas ou modismos que incentivem o consumo de<br />

alimentos de alta densidade calórica. Essas práticas alimentares associadas a<br />

pouca atividade física contribuem para o excesso de peso, um problema que vem<br />

aumentando em jovens, tanto em países desenvolvidos quanto em<br />

desenvolvimento (MATTOS, 2010).<br />

Esta pesquisa tem como objetivo identificar e classificar o estado<br />

nutricional de adolescentes através do índice de massa corporal (IMC), avaliar o<br />

consumo de água ingerida, qualidade das refeições e hábitos alimentares.<br />

Referencial teórico metodológico<br />

Segundo Escott-Stump (2007), os adolescentes necessitam de nutrientes<br />

adequados para normalizar e atender ao crescimento acelerado que acontece<br />

nesse período. Por outro lado, algumas deficiências nutricionais na adolescência<br />

podem acarretar diminuição da estatura, osteoporose e atraso no progresso<br />

sucessivo para a maturidade sexual. Cabe então à nutrição, como ciência,<br />

disseminar informações corretas, para que as deficiências nutricionais desta fase<br />

não prejudiquem o crescimento adequado do adolescente, evitando os problemas<br />

futuros.<br />

O aumento da alta prevalência de obesidade em adolescentes tem sido<br />

relatado em diversos países do mundo. No Brasil, a incidência de sobrepeso em<br />

adolescentes aumentou de 4,1 para 13,9%. Como motivos para esse aumento<br />

podem ser citados os fatores comportamentais, como o estilo de vida sedentário e<br />

o excessivo consumo de alimentos de alta densidade energética (ROSSI, 2010).<br />

É fato que a obesidade está relacionada a diversas doenças, desde a<br />

adolescência. Em decorrência disso, vem sendo fortemente estimulado o<br />

desenvolvimento de estratégias de intervenção nutricional, inseridas no campo da<br />

educação em saúde, como uma perspectiva para o controle dos eventuais<br />

problemas que apareçam nessa fase da vida. Acredita-se que o oferecimento de<br />

novas informações sobre alimentação e nutrição venha a promover um aumento<br />

do conhecimento individual, o que por sua vez, resulta em melhorias no<br />

comportamento alimentar (TORAL, 2009).


A pesquisa foi realizada no Colégio Estadual Antonio Garcez Novaes –<br />

Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante de Arapongas – PR, com alunos<br />

da faixa etária de 10 a 12 anos que apresentaram o termo de autorização para a<br />

pesquisa.<br />

Para diagnosticar o estado nutricional dos indivíduos, foram utilizados<br />

métodos antropométricos e um questionário do consumo alimentar validado. Na<br />

avaliação antropométrica as medidas aplicadas foram: peso e estatura, que são<br />

utilizadas para avaliar a saúde e o risco nutricional de cada indivíduo. Com esses<br />

dados foram calculado o IMC de cada aluno, que consiste em peso em kg,<br />

dividido pelo quadrado da altura em metros.<br />

Resultados<br />

Dos 106 escolares adolescentes selecionados para a pesquisa, houve<br />

uma participação de 58 alunos. Os 48 escolares que não participaram da<br />

pesquisa obtiveram recusa por parte dos pais e por eles mesmos.<br />

Sobre o gênero (sexo) dos entrevistados onde os percentuais foram<br />

calculados sobre o total de 58 crianças que responderam ao questionário<br />

apresentado. Observou-se que 53% representam 31 meninas e 47% representam<br />

27 meninos. A idade média variou dos 10 aos 12 anos.<br />

De acordo com o estado nutricional da amostra foi possível verificar que a<br />

desnutrição foi encontrada em apenas 1,72% (1 adolescente), a eutrofia foi<br />

encontrada em 75,9% (44 adolescentes), enquanto o sobrepeso foi encontrado em<br />

13,8% (8 adolescentes) e a obesidade foi encontrado 8,6% (5 adolescentes).<br />

Foi possível observar que os escolares costumavam a levar lanche com<br />

baixo teor nutritivo o que nos mostra na figura 1 que foi respondido apenas por 26<br />

adolescentes, ou seja, por 45% do total de entrevistados que costumam a levar<br />

lanche: sendo que 6 crianças ou 10% dos entrevistados costumam levar frutas; 1<br />

criança ou 2% delas leva salgado e 19 adolescentes perfazendo um total de 33%<br />

levam bolachas recheadas e chips. Nota-se nesta figura que a maioria das 26<br />

entrevistadas leva como lanche alimentos inadequados para uma alimentação<br />

saudável como lanche.


Figura 1 – Porcentagem dos alimentos que os alunos costumam levar de<br />

lanche<br />

35%<br />

30%<br />

25%<br />

20%<br />

15%<br />

10%<br />

5%<br />

0%<br />

Fonte: Autora da pesquisa, 2012<br />

Analisando esses resultados foi possível perceber que a troca de<br />

alimentos saudáveis por alimentos com alta concentração de sódio, açúcar e<br />

gorduras está cada vez mais presente na vida dos adolescentes.<br />

De acordo com o estudo de Andrade, Pereira e Sichieri (2003), os<br />

mesmos perceberam que os adolescentes estão consumindo abaixo do<br />

recomendado porções de frutas, leguminosas e grãos integrais e os produtos<br />

industrializados acima das recomendações.<br />

Em outra questão analisada os escolares relataram quanto ao consumo<br />

de frutas e verduras que 76% ou 44 crianças afirmam que consomem e 24% ou<br />

14 crianças responderam não.<br />

Quando questionados sobre o hábito de ingerir água, dos entrevistados<br />

90% ou 52 alunos ingerem habitualmente e 10% ou 6 crianças não costumam<br />

ingerir água com frequência. Isso indica que a maioria dos adolescentes ingere<br />

água habitualmente, o que é um hábito necessário e saudável para o organismo.<br />

Conclusão<br />

10%<br />

2%<br />

33%<br />

Frutas<br />

Salgados<br />

Bolacha recheada<br />

e Chips


Com a pesquisa, pode-se concluir que os adolescentes de hoje preferem<br />

alimentos calóricos e com isso vem o aumento de adolescentes sobrepeso e<br />

obesos.<br />

Podemos concluir também que se os adolescentes tivessem hábitos<br />

alimentares saudáveis desde a infância e adolescência teriam uma vida mais<br />

saudável.<br />

Referências<br />

ANDRA<strong>DE</strong>, R.G.; PEREIRA, R.A.; SICHIERI, R. Consumo alimentar de<br />

adolescentes com e sem sobrepeso do município do Rio de Janeiro. Caderno de<br />

Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 5, setembro/outubro, 2003.<br />

AQUINO, E.M.L.; HEILBORN, M.L.; KNAUTH, D.; BOZON, M.; ALMEIDA, M.C.;<br />

ARAÚJO, J.; MENEZES, G. Adolescência e reprodução no Brasil: A<br />

heterogeneidade dos perfis sociais. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro,<br />

v. 19, n. 2, p. 377-388, 2003.<br />

ESCOTT-STUMP, S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento.<br />

Editora Manole: 5ª ed., p. 23, Barueri, 2007.<br />

MATTOS, M C.; NASCIMENTO, P.C.D.; ALMEIDA, S.S.; COSTA, T.M.B.<br />

Influência de propagandas de alimentos nas escolhas alimentares de crianças e<br />

adolescentes.Psicologia teoria e pratica, São Paulo, v. 12, n. 3, Março, 2010.<br />

ROSSI, C. E.; ALBERNAZ, D. O.; VASCONCELOS, F. A. G.; ASSIS, M. A. A.;<br />

PIETRO, P. F. D. Influência da televisão no consumo alimentar e na obesidade<br />

em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática. Revista de Nutrição,<br />

Campinas, v. 23, n. 4, Julho/Agosto. 2010.<br />

TORAL, N.; CONTI, M. A.; SLATER, B. A alimentação saudável na ótica dos<br />

adolescentes: percepções e barreiras à sua implementação e características<br />

esperadas em materiais educativos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de<br />

Janeiro, v. 25, n. 11, Novembro. 2009.

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