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X – SAÚDE DO ADULTO - ABEn-CE

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Faculdade do Vale<br />

do Jaguaribe<br />

Prefeitura Municipal<br />

de Aracati<br />

Associação Brasileira<br />

de Enfermagem<br />

70ª SEMANA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM<br />

VI CONGRESSO <strong>CE</strong>ARENSE DE ENFERMAGEM<br />

VI MOSTRA DE ENFERMAGEM, TALENTO E ARTE<br />

21ª CONVENÇÃO INTERIORANA DE ENFERMAGEM<br />

Período: 14 a 16 de maio de 2009<br />

Aracati - Ceará<br />

CIRURGIA CARDÍACA: COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO<br />

Keila Maria De Azevedo Ponte 1<br />

Antonia Eliana de Araújo Aragão 2<br />

INTRODUÇÃO: A cirurgia cardíaca é um procedimento invasivo de alto risco que tem como alvo um órgão vital e<br />

necessita de assistência sistematizada. Durante a cirurgia cardíaca ocorrem períodos distintos de instabilidade<br />

hemodinâmica, onde fatores como a indução anestésica, ventilação mecânica, circulação extracorporea, o uso<br />

de drogas, a dor, o estresse físico e emocional podem ocasionar complicações no pós-operatório necessitando<br />

de intervenção imediata (MANO 2006). OBJETIVOS: Identificar as complicações do pós-operatório de cirurgia<br />

cardíaca. METO<strong>DO</strong>LOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e documental. A coleta de dados<br />

ocorreu no período de junho a agosto de 2008. A amostra foi composta por 176 prontuários de todos os<br />

pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no Hospital do Coração de Sobral - <strong>CE</strong> no ano de 2007. Esse estudo<br />

foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), sob o protocolo<br />

número 600. RESULTA<strong>DO</strong>S: Das 176 cirurgias. Ocorreram as seguintes complicações: cardíacas 64% (113),<br />

pulmonares 24% (42), hemorragias 08% (14), insuficiência renal aguda 02% (04), as complicações neurológicas<br />

02% (03) e a mediastinite ocorreu em 01% (02). Observou-se maior frequência das complicações cardíacas e<br />

pulmonares, as demais ocorreram em menor intensidade, porém, poderá desencadear consequências<br />

irreversíveis como é o caso do acidente vascular cerebral e da insuficiência renal. As complicações cardíacas<br />

incluem os pacientes que alteraram a pré carga que é hipovolemia, hipotensão arterial com taquicardia,<br />

sangramento abundante e tamponamento cardíaco. Smeltzer e Bare (2000) relatam que a hipovolemia e o<br />

tamponamento cardíaco são as causas mais comuns de redução do débito cardíaco após cirurgia cardíaca,<br />

entretanto a hipertensão também é outra causa comum no pós-operatório e o infarto do miocárdio pode ocorrer<br />

no trans ou pós-operatório. As arritmias foram evidenciadas em 21% (36), sendo as mais frequentes os<br />

bloqueios átrio-ventricular, fibrilação atrial, taquicardia ventricular, extrassistole ventricular, sobrecarga de<br />

ventrículo, dentre outros menos comuns, é importante ficar alerta as arritmias, pois podem evoluir para outro tipo<br />

mais grave e ser fatal. Woods et al (2005) referem que as arritmias são comuns e, causa prevalente de aumento<br />

do tempo de permanência após cirurgia cardíaca, sendo as arritmias atriais as mais comuns ocorrendo em 20%<br />

a 40% dos pacientes, já as arritmias ventriculares são descritas em 8,9% a 24% de pacientes após cirurgia de<br />

RM. As complicações pulmonares foram edema agudo de pulmão, derrame pleural, atelectasia e pneumonia.<br />

Devido ao uso de ventilação mecânica, as complicações pulmonares podem estar presentes, por isso a<br />

enfermagem atua nos cuidados com a ventilação mecânica, e mesmo após a extubação a assistência junto ao<br />

paciente é intensiva e sistematizada estimulando a tosse e a respiração profunda minimizando os riscos de<br />

complicações. A hemorragia foi relacionada ao sangramento aumentado pelos drenos nas primeiras horas.<br />

Souza e Elias (2006) relatam que todos os pacientes submetidos à <strong>CE</strong>C apresentam sangramento nas primeiras<br />

horas do pós-operatório, sendo que a drenagem decresce de 3 a 6 horas, mas a drenagem que excede a 03<br />

ml/kg/hora, durante as três primeiras horas, é sinal de sangramento anormal e ocorre em 5-10% dos pacientes<br />

operados. O sangramento aumentado pelos drenos precisam ser cuidados com eficiência, pois, pode levar o<br />

________________________________<br />

1 Enfermeira Especialista; Coordenadora Adjunta do Curso de Enfermagem do Instituto de Teologia Aplicada <strong>–</strong> INTA em Sobral - <strong>CE</strong>;<br />

Enfermeira do Hospital do Coração de Sobral - <strong>CE</strong>; Endereço: Rua Osvaldo Rangel 313, Coelce, Sobral- <strong>CE</strong>; Telefone: (88)<br />

36131462 (88) 99281268; E-mail: keilinhaponte@hotmail.com<br />

2 Enfermeira Mestre; Coordenadora do Curso de Enfermagem do Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA em Sobral <strong>–</strong> <strong>CE</strong><br />

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