Glossário de Álcool e Drogas - Observatório Brasileiro de ...
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na tipologia <strong>de</strong> Jellinek). Um conceito mais restrito é o <strong>de</strong> alcoolismo<br />
como uma doença (veja doença alcoólica), caracterizado pela perda<br />
do controle sobre o beber, causado por uma anormalida<strong>de</strong> biológica<br />
pré-existente e que tem um curso progressivo previsível. Posteriormente,<br />
o termo foi usado por Jellinek e outros para indicar o consumo<br />
<strong>de</strong> álcool que leva a qualquer tipo <strong>de</strong> dano (físico, psicológico ou social,<br />
tanto para o indivíduo como para a socieda<strong>de</strong>). Jellinek subdividiu o<br />
alcoolismo assim <strong>de</strong>finido em uma série <strong>de</strong> “tipos” <strong>de</strong>signados por<br />
letras gregas (veja tipologia <strong>de</strong> Jellinek).<br />
A inexatidão do termo levou uma Comissão <strong>de</strong> Peritos da OMS,<br />
em 1979, a <strong>de</strong>saprová-lo, preferindo estreitar a formulação para<br />
síndrome <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência do álcool como um dos muitos problemas<br />
relacionados com o álcool. O alcoolismo não está incluído como uma<br />
entida<strong>de</strong> diagnóstica na CID 10 (veja síndrome <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência).<br />
Apesar <strong>de</strong> seu significado ambíguo, alcoolismo é ainda amplamente<br />
usado como termo diagnóstico e <strong>de</strong>scritivo. Em 1990, por<br />
exemplo, a Socieda<strong>de</strong> Norte-americana <strong>de</strong> Adicções <strong>de</strong>finiu o alcoolismo<br />
como “uma doença crônica primária que tem seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e suas manifestações influenciados por fatores genéticos,<br />
psicossociais e ambientais. A doença freqüentemente é progressiva<br />
e fatal. É caracterizada por uma perturbação contínua ou periódica<br />
do controle sobre a ingestão, uma preocupação com o álcool, o seu<br />
uso apesar das conseqüências adversas e distorções <strong>de</strong> pensamento,<br />
notadamente, negação”. Outras formulações têm dividido o alcoolismo<br />
em diversos tipos: algumas o consi<strong>de</strong>ram como doença e outras, não<br />
(veja tipologia <strong>de</strong> Jellinek). Distingue-se: o alcoolismo essencial do<br />
alcoolismo reativo, sendo que “essencial” tem o objetivo <strong>de</strong> indicar que<br />
o alcoolismo não é secundário nem provocado por nenhuma outra<br />
condição; alcoolismo primário <strong>de</strong> secundário, para indicar a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
início, em casos <strong>de</strong> duplo diagnóstico; e o tipo I do tipo II, tendo este<br />
último um componente genético fortemente ligado ao sexo masculino.<br />
Antigamente, a dipsomania (ingestão episódica) e a adicção ao<br />
álcool referiam-se à perda do controle sobre a ingestão <strong>de</strong> bebidas;<br />
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