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Na Estrada do Bosque - Unifenas

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Em “Gato Preto em Campo de Neve”, Érico Veríssimo<br />

relata seu encontro com o cônsul brasileiro em Los Angeles,<br />

Fleury de Barros. Para quem não sabe, foi mari<strong>do</strong> da alfenense<br />

Quely Tamburini.<br />

No mesmo livro, seu atropelamento por uma bicicleta e o<br />

diálogo final com o garoto que se desculpa e localiza de onde<br />

vinha aquele senhor: Ah, o Brazil, o país <strong>do</strong> café. E Érico<br />

Veríssimo, na década de 40, responde, patriotica e esperançosamente,<br />

ao menino que o Brasil será um grande país. Onde<br />

estará esse menino? Já morreu? E onde está o Brasil pensa<strong>do</strong><br />

no momento por Érico Veríssimo?<br />

Quan<strong>do</strong> lia o primeiro volume de “O Tempo e o Vento”,<br />

fui ao enterro de <strong>do</strong>na Rosinha Nunes. Havia tons no crepúsculo.<br />

Tons que variavam enquanto os minutos passavam.<br />

Atrás, no enterro, podia ver a torre da igreja da Aparecida e o<br />

crepúsculo. Pude me sentir como o Dr. Winter, personagem<br />

de Veríssimo nesse romance, ao contemplar o crepúsculo de<br />

Santa Fé.<br />

De longe, certa vez, ouvi, no banco da praça, Nelson de<br />

Almeida, que havia mora<strong>do</strong> nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e estava<br />

estudan<strong>do</strong> O<strong>do</strong>ntologia em Alfenas, descrever Washington.<br />

Um clarão de aço me jogou novamente junto com Érico<br />

Veríssimo. Quan<strong>do</strong> visitei Israel, tinha visão permanente de<br />

“Solo de Clarineta”. E tu<strong>do</strong> começou porque Waldir de Luna<br />

Carneiro deixou naquela tipografia alguns livros de Érico<br />

Veríssimo. Depois vieram “Clarissa”, “O Resto é Silêncio”,<br />

“Incidente em Antares” e, o de que menos gostei, “Olhai os<br />

Lírios <strong>do</strong> Campo”.<br />

Quan<strong>do</strong> Waldir se mu<strong>do</strong>u para o Rio, comprei dele alguns<br />

discos. Ficou na memória, com Marion Anderson: “Carry me<br />

back to old Virginy”. A primeira vez que estive em Washington,<br />

disse ao taxista, como se soubesse muito bem a língua<br />

inglesa: “Leve-me de volta para a velha Virginia.” A precária<br />

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