os exergames ea educação física escolar na ... - Marcinho Lima
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agradável para a aprendizagem, e o professor assume uma importante configuração<br />
no processo, provocando a troca de saberes e a interatividade entre <strong>os</strong> alun<strong>os</strong>.<br />
Para esta utilização d<strong>os</strong> jog<strong>os</strong> eletrônic<strong>os</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>física</strong>, Feres Neto (2001,<br />
2007) traz a prop<strong>os</strong>ta de “mixagem” e “estéreo” de Babin e Koulomdjian (1989). Em<br />
um primeiro momento aplica-se a mixagem, <strong>na</strong> qual <strong>os</strong> jog<strong>os</strong> eletrônic<strong>os</strong> auxiliariam<br />
o professor <strong>na</strong>s aulas de <strong>educação</strong> <strong>física</strong>, contribuindo <strong>na</strong> aprendizagem de técnicas<br />
de movimento. Em seguida, o estéreo, em que <strong>os</strong> jog<strong>os</strong> eletrônic<strong>os</strong> seriam <strong>os</strong> objet<strong>os</strong><br />
de estud<strong>os</strong>, criando espaç<strong>os</strong> de discussão e trazendo a criticidade a<strong>os</strong> alun<strong>os</strong>,<br />
que poderão passar de mer<strong>os</strong> jogadores passiv<strong>os</strong> a sujeit<strong>os</strong> crític<strong>os</strong> e conscientes.<br />
Azevedo, Pires e Silva (2007, p. 98) afirmam que essa estratégia também é<br />
citada por outr<strong>os</strong> autores (FERES NETO, 2005, 2007; MOITA, 2004, 2006, 2007a,<br />
2007b; MARTINS, COUTO JUNIOR, 2007), e acrescentam:<br />
[...] a escola parece ser o local adequado para a apropriação esclarecida e criativa d<strong>os</strong> JE’s 4 ,<br />
inserindo assim uma das atividades preferidas d<strong>os</strong> jovens em seu currículo, ao invés de<br />
permanecer distante das suas r<strong>ea</strong>lidades, aproveitando o seu potencial educativo. Através<br />
da mediação d<strong>os</strong> professores, num primeiro momento, <strong>os</strong> JE’s poderiam ser utilizad<strong>os</strong><br />
para abordar <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> conteúd<strong>os</strong> das discipli<strong>na</strong>s sendo jogad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> alun<strong>os</strong>; num<br />
segundo momento, <strong>os</strong> professores e <strong>os</strong> alun<strong>os</strong> poderiam discutir as características e <strong>os</strong><br />
valores vinculad<strong>os</strong> a estes jog<strong>os</strong>, como <strong>os</strong> seus divers<strong>os</strong> gêner<strong>os</strong>, as diversas formas de<br />
serem jogad<strong>os</strong>, seus preconceit<strong>os</strong> e estereótip<strong>os</strong>.<br />
Para a prop<strong>os</strong>ta de inserção d<strong>os</strong> EXG <strong>na</strong> Educação Física, acredita-se que existem<br />
alguns limites a serem superad<strong>os</strong>, conforme Feres Neto (2007), Vaghetti e Botelho<br />
(2010), e Azevedo (2008): a falta de recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> da escola; a mentalidade d<strong>os</strong><br />
agentes envolvid<strong>os</strong>; a desvalorização do lúdico <strong>na</strong>s atividades <strong>escolar</strong>es em prol das<br />
dimensões mais técnicas da informática <strong>na</strong> escola; o a<strong>na</strong>cronismo da escola em relação<br />
às novas tecnologias e, consequentemente, com as necessidades de seus alun<strong>os</strong>; <strong>os</strong><br />
diferentes temp<strong>os</strong> da escola e d<strong>os</strong> jog<strong>os</strong> eletrônic<strong>os</strong>; a capacidade ou falta de formação<br />
d<strong>os</strong> professores para o uso das novas tecnologias, para o pleno aproveitamento da<br />
mesma. Os obstácul<strong>os</strong> e desafi<strong>os</strong> são muit<strong>os</strong>, mas é preciso que <strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is de<br />
<strong>educação</strong> <strong>física</strong> iniciem essa discussão, que a <strong>educação</strong> <strong>física</strong> se p<strong>os</strong>icione frente a esse<br />
novo paradigma, e que se reconfigurem diante dessa nova cultura digital.<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Reconhecendo as limitações de um estudo descritivo-exploratório, e não<br />
negligenciando o indispensável cuidado em relativizar <strong>os</strong> depoiment<strong>os</strong> d<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong><br />
4. JE’s: jog<strong>os</strong> eletrônic<strong>os</strong><br />
Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 34, n. 1, p. 111-126, jan./mar. 2012 121