17.06.2013 Views

Interpretação de textos Prof. Dalvani profguri@gmail.com ... - ALUB

Interpretação de textos Prof. Dalvani profguri@gmail.com ... - ALUB

Interpretação de textos Prof. Dalvani profguri@gmail.com ... - ALUB

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Interpretação</strong> <strong>de</strong> <strong>textos</strong> 20<br />

<strong>Prof</strong>. <strong>Dalvani</strong><br />

6°) Os relativos on<strong>de</strong>, aon<strong>de</strong>: essas duas formas<br />

sempre indicam lugar e têm empregos diferentes.<br />

On<strong>de</strong> – indica “lugar em que”. Exemplo:<br />

Fui à cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> você nasceu. (quem nasce, nasce em).<br />

Aon<strong>de</strong> – indica “lugar a que”. Exemplo:<br />

Conheço a cida<strong>de</strong> aon<strong>de</strong> você vai. (quem vai, vai a ).<br />

7°) Os relativos quanto(s) e quanta(s) são precedidos<br />

<strong>de</strong> tudo, todo, tanto (e variações). Exemplos:<br />

Esqueceu-se <strong>de</strong> tudo quanto prometera.<br />

Todos quantos assistiram ao filme ficaram<br />

<strong>de</strong>cepcionados.<br />

Você quer provas <strong>de</strong> concurso? Pois pegue tantas<br />

quantas quiser.<br />

8°) O relativo <strong>com</strong>o tem sempre as palavras “modo”,<br />

“maneira” ou “forma” <strong>com</strong>o antece<strong>de</strong>ntes e equivale<br />

semanticamente a pelo qual (e variações). Exemplos:<br />

Contaram-se a maneira <strong>com</strong>o você se <strong>com</strong>portou.<br />

(pela qual)<br />

Vamos acertar o modo <strong>com</strong>o irei trabalhar.<br />

(pelo qual)<br />

9°) O relativo quando sempre terá um antece<strong>de</strong>nte que<br />

dê i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> tempo. Nesse caso, ele equivale<br />

semanticamente a em que. Veja os exemplos:<br />

Era chegado o dia quando teríamos que resolver o caso.<br />

(em que)<br />

Bendita a hora quando você apareceu aqui!<br />

(em que)<br />

PRONOMES DEMONSTRATIVOS – pronomes<br />

que situam elementos <strong>de</strong>ntro do texto, ou seres – no<br />

tempo e no espaço – em relação a cada uma das três<br />

pessoas gramaticais. São eles:<br />

MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO TEXTUAL<br />

(Têm função anafórica e catafórica) – servem para<br />

situar elementos no contexto linguístico.<br />

Esse, essa, isso, nesse, nessa, nisso, <strong>de</strong>sse,<br />

<strong>de</strong>ssa e disso são termos anafóricos (retomam o que<br />

foi mencionado).<br />

Este, esta, isto, neste, nesta, nisto, <strong>de</strong>ste,<br />

<strong>de</strong>sta e isto são termos catafóricos (referem-se ao que<br />

será mencionado).<br />

Aquele(s), aquela(s), aquilo são usados –<br />

conjuntamente <strong>com</strong> os pronomes este(s), esta(s) –<br />

para fazer referência a elementos já citados. Sendo<br />

assim:<br />

Aquele (e variações) – refere-se ao elemento<br />

citado primeiro;<br />

Este (e variações) – refere-se ao elemento<br />

citado por último.<br />

Exemplo: Brasil e Uruguai são dois países sulamericanos.<br />

Aquele foi colonizado pelos portugueses;<br />

este, pelos espanhóis.<br />

Aquele – Brasil (citado primeiro);<br />

Este – Uruguai (citado por último).<br />

MECANISMOS DE REFERÊNCIA NO ESPAÇO<br />

(Têm função dêitica) – localizam seres ou coisas<br />

no espaço.<br />

Usa-se este, esta, isto, <strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>sta, disto,<br />

neste, nesta e nisto para o que está próximo da<br />

pessoa que fala.<br />

Usa-se esse, essa <strong>de</strong>sse, <strong>de</strong>ssa, nesse e nessa<br />

para o que está próximo da pessoa <strong>com</strong> quem se fala.<br />

Aquele, aquela, aquilo, naquele, naquela,<br />

naquilo, daquele, daquela e daquilo indicam o que<br />

está longe <strong>de</strong> quem fala e também longe <strong>de</strong> quem ouve.<br />

Exemplo:<br />

“O que é aquilo que está lá no fim da rua?”<br />

MECANISMOS DE REFERÊNCIA NO TEMPO<br />

(Têm função dêitica) – localizam seres ou coisas<br />

no tempo.<br />

Este, esta, isto, neste, nesta, nisto, <strong>de</strong>ste,<br />

<strong>de</strong>sta e disto indicam um tempo presente atual.<br />

Exemplo: “Este ano tem sido muito bom para quem quer<br />

passar em um concurso público”. (ano <strong>de</strong> 2009).<br />

Usa-se esse, essa, isso, nesse, nessa, nisso,<br />

<strong>de</strong>sse, <strong>de</strong>ssa e isso indicam um tempo passado ou<br />

futuro, mas não muito distante.<br />

Exemplos: “A seleção brasileira jogará no Chile<br />

nesse fim <strong>de</strong> semana.”<br />

Aquele, aquela, aquilo, naquele, naquela,<br />

naquilo, daquele, daquela e daquilo indicam um<br />

tempo distante.<br />

Exemplos: “Mu<strong>de</strong>i para Brasília há vinte anos.<br />

Naquela época aqui não havia tantos mendigos nas<br />

ruas”.<br />

Atenção!<br />

Os pronomes adjetivos (último, penúltimo,<br />

antepenúltimo, anterior, posterior) e os numerais<br />

ordinais (primeiro, segundo, etc.) também po<strong>de</strong>m ser<br />

usados para se fazer referências em geral.<br />

FATORES LINGUÍSTICOS DE COESÃO TEXTUAL:<br />

PARALELISMOS E DÊIXIS<br />

1.1 Paralelismo sintático é a <strong>com</strong>binação <strong>de</strong><br />

palavras em estruturas sintáticas que se repetem ao<br />

longo o texto. Nesse caso, não se repetem as palavras,<br />

mas a mesma construção sintática (o mesmo tipo <strong>de</strong><br />

sujeito, seguido do mesmo tipo <strong>de</strong> verbo <strong>com</strong> o mesmo<br />

tipo <strong>de</strong> <strong>com</strong>plemento, etc.). O paralelismo sintático serve<br />

para mostrar que os sentidos transmitidos pelas<br />

construções paralelas mantêm entre si algum tipo <strong>de</strong><br />

simetria ou <strong>de</strong> assimetria. Exemplos:<br />

Nas ondas da praia quero ser feliz / Nas ondas do<br />

mar quero me afogar.<br />

Os amores (estão) na mente / As flores (estão) no<br />

chão / A certeza (está) na frente / A história (está) na<br />

mão.<br />

1.2 Paralelismo semântico é a relação <strong>de</strong><br />

semelhança (correspondência <strong>de</strong> sentidos) quanto ao<br />

sentido das orações. Observe os exemplos:<br />

1) Nas ondas da praia quero ser feliz<br />

Nas ondas do mar quero me afogar (Manuel Ban<strong>de</strong>ira)<br />

(Nesse caso, o paralelismo ocorre pela correspondência<br />

do <strong>de</strong>sejo, da atração pelo mar e pela morte).<br />

2) A semente que tu semeias, outro colhe;<br />

A riqueza que tu achas, outro guarda;<br />

As roupas que tu teces, outro veste;<br />

As armas que tu forjas, outro empunha. (Shelley)<br />

(Nesse caso, o paralelismo põe em relevo o mesmo<br />

tema: quem faz alguma coisa não a faz para si; ou<br />

ainda, ninguém usufrui dos bens que produz).<br />

<strong>profguri@gmail</strong>.<strong>com</strong> www.profguri.blogspot.<strong>com</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!