paralisia facial periférica: impacto na qualidade de vida - Ubi Thesis
paralisia facial periférica: impacto na qualidade de vida - Ubi Thesis
paralisia facial periférica: impacto na qualidade de vida - Ubi Thesis
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Paralisia <strong>facial</strong> <strong>periférica</strong>: Impacto <strong>na</strong> <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> Junho 2010<br />
DISCUSSÃO<br />
Os movimentos da expressão <strong>facial</strong> são reconhecidos universalmente e garantem<br />
a efecti<strong>vida</strong><strong>de</strong> da comunicação entre indivíduos, sendo portanto muito importantes no<br />
processo <strong>de</strong> socialização. Os músculos faciais além <strong>de</strong> estarem envolvidos <strong>na</strong> expressão,<br />
estão também envolvidos <strong>na</strong> sensação e experimentação das emoções (43).<br />
Os vários estudos sobre o tema <strong>de</strong>formação <strong>facial</strong> têm <strong>de</strong>monstrado<br />
consistentemente que os indivíduos que apresentam <strong>de</strong>sfiguração da face experimentam<br />
problemas psicológicos e sociais (6). Estes problemas são provocados não só pela<br />
estigmatização social mas pela sua própria auto-estigmatização. Existem factores que<br />
me<strong>de</strong>iam a resposta individual à <strong>de</strong>sfiguração como a resiliência, apoio familiar e social e<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias a<strong>de</strong>quadas para lidar com a situação (6).<br />
Os doentes com <strong>paralisia</strong> <strong>facial</strong> <strong>de</strong>monstram sentimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão (5). Van<br />
Swearingen et al (1999) <strong>de</strong>scobriram que a severida<strong>de</strong> dos sintomas <strong>de</strong>pressivos <strong>na</strong>s<br />
doenças neuromusculares estava relacio<strong>na</strong>da com a afectação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sorrir<br />
(44).<br />
Embora actualmente já se reconheça que a PFP provoca efeitos secundários<br />
<strong>de</strong>bilitantes como incompetência oral, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, irritação ocular,<br />
lacrimação excessiva, dor <strong>facial</strong>, estigmatização social, as escalas <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> PFP<br />
geralmente não os têm em conta (8).<br />
Um instrumento que pretenda avaliar correctamente a disfunção provocada pela<br />
PFP <strong>de</strong>ve avaliar não só a <strong>de</strong>ficiência como também a incapacida<strong>de</strong>. A <strong>de</strong>ficiência<br />
refere-se às anormalida<strong>de</strong>s a<strong>na</strong>tómicas e fisiológicas do movimento <strong>facial</strong>, a incapacida<strong>de</strong><br />
engloba os aspectos funcio<strong>na</strong>is como o <strong>de</strong>sconforto físico, dificulda<strong>de</strong>s <strong>na</strong>s acti<strong>vida</strong><strong>de</strong>s<br />
40