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simulado fuvest 2012 - UNESP - Rio Claro

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a) trabalho, emprego, desemprego e economia são fatores iguais, o que se comprova pela metáfora criada por meio da palavra túmulo.<br />

b) trabalho e emprego são conceitos estritamente interligados.<br />

c) trabalho e emprego tiveram, no passado, estrita ligação, mas, hoje, encontram-se totalmente dissociados.<br />

d) o trabalho é o resultado da ação de máquinas.<br />

e) a crise econômica do mundo é uma fase histórica transitória.<br />

Texto para a questão 8.<br />

A torre de Babel<br />

RIO DE JANEIRO – O grande público ignora, mas está em discussão – aliás, continua em discussão – o acordo ortográfico entre<br />

Brasil, Portugal e demais países que falam e escrevem o português, designados eruditamente como “lusófonos”. Uma velha questão que<br />

motivou diversos acordos – e nenhum deles foi realmente respeitado.<br />

Tanto na academia brasileira como na congênere portuguesa, sempre houve comissões mais ou menos permanentes em busca da<br />

unificação ortográfica – que, a bem da verdade, é quase completa, com exceção de pequeno número de palavras sobre as quais não existe<br />

consenso. Exemplo: dificilmente o Brasil aceitará escrever “facto” em vez de “fato”, duas palavras que, em Portugal, têm sentidos diferentes.<br />

Em linhas gerais, os especialistas lusitanos obedecem ao critério histórico das palavras: “Súbdito” em lugar de “súdito”, em respeito<br />

ao prefixo “sub”, que indica submissão. E por aí vai.<br />

Problema maior será obter consenso com os povos africanos que falam português. Alguns deles não abrem mão das origens, que<br />

nascem dos diversos dialetos espalhados pelo imenso território da África. É o caso da letra “K”, muito usada em todos eles. Não vejo a<br />

possibilidade de adotarmos aqui no Brasil a grafia de “kiabo” no lugar de “quiabo”, ou “muleke” no lugar de “moleque”.<br />

Pessoalmente, me abstenho dos debates lá na academia. Não sou especialista e aproveito a erudição alheia. Considero que língua,<br />

linguagem, fonética e ortografia são como a famosa “La donna è mobile”, cantada na ária de Verdi.<br />

Não adianta regredir aos tempos anteriores à construção da torre de Babel, quando, segundo o relato bíblico, os homens começaram<br />

a falar cada qual à sua maneira e a torre do consenso humano jamais chegaria ao céu.<br />

CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, 4 de maio de 2008.<br />

8. Segundo Carlos Heitor Cony, a reforma ortográfica:<br />

a) trará benefícios aos povos lusófonos.<br />

b) não causará grandes mudanças, pois os povos lusófonos têm a mesma origem cultural e lingüística.<br />

c) é uma tentativa eficaz de assegurar a comunicação entre os povos lusófonos.<br />

d) as grandes diferenças ortográficas que existem não trazem problemas, mas a unificação trará ainda mais benefícios.<br />

e) é uma ilusão, pois ambiciona neutralizar diferenças que estão relacionadas a questões culturais.<br />

Texto para as questões 9 a 11<br />

A Rosa e Hiroxima<br />

Pensem nas crianças<br />

Mudas telepáticas<br />

Pensem nas meninas<br />

Cegas inexatas<br />

5 Pensem nas mulheres<br />

Rotas alteradas<br />

Pensem nas feridas<br />

Como rosas cálidas<br />

Mas oh não se esqueçam<br />

10 Da rosa da rosa<br />

Da rosa de Hiroxima<br />

A rosa hereditária<br />

A rosa radioativa<br />

Estúpida e inválida<br />

15 A rosa com cirrose<br />

A antirrosa atômica<br />

Sem cor sem perfume<br />

Sem rosa sem nada.<br />

9- Neste poema,<br />

Vinicius de Moraes, Antologia poética.<br />

a) a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.

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