Prova de Português 1, Português 2 e Inglês - Colégio Santa Clara
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58. A partir da leitura do texto, consi<strong>de</strong>re as seguintes<br />
afirmativas:<br />
1. A escrita é um recurso tecnológico, um código, e sua<br />
invenção redimensionou o conhecimento humano.<br />
2. Na escrita, observa-se o problema da invariância quando um<br />
mesmo sinal gráfico é usado para representar letras<br />
diferentes.<br />
3. O aprendizado da leitura é análogo ao da oralida<strong>de</strong>: ambos<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> instrução formal e treinamento.<br />
4. A escrita não possibilita apenas a ampliação da memória<br />
humana, mas também a interligação e o compartilhamento<br />
<strong>de</strong> informações.<br />
Correspon<strong>de</strong>(m) ao ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Schwartsman no texto<br />
a(s) afirmativa(s):<br />
a) 1 apenas.<br />
b) 2 apenas.<br />
c) 2 e 3 apenas.<br />
d) 1 e 4 apenas.<br />
e) 1, 3 e 4 apenas.<br />
59. Para a a<strong>de</strong>quada interpretação do texto, é necessário<br />
i<strong>de</strong>ntificar a que informações apresentadas previamente<br />
correspon<strong>de</strong>m algumas expressões <strong>de</strong> sentido vago empregadas<br />
pelo autor. Consi<strong>de</strong>re as seguintes correspondências:<br />
1. "Isso" (ref. 1) refere-se à existência <strong>de</strong> leitores experientes.<br />
2. "Aqui" (ref. 2) refere-se à adaptação do cérebro para o uso<br />
da escrita.<br />
3. "A coisa" (ref. 3) refere-se ao fenômeno da reciclagem<br />
neuronal.<br />
4. "Algo" (ref. 4) refere-se ao <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />
sua função original para possibilitar a leitura.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Somente a afirmativa 4 é verda<strong>de</strong>ira.<br />
b) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verda<strong>de</strong>iras.<br />
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verda<strong>de</strong>iras.<br />
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verda<strong>de</strong>iras.<br />
e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verda<strong>de</strong>iras.<br />
60. Compare os seguintes trechos extraídos dos textos<br />
“Conversando com os mortos” e “Sobre quem gosta <strong>de</strong> ler”:<br />
— “Não, não estou falando do computador nem da transmissão<br />
<strong>de</strong> dados pela internet [...]”. (Schwartsman)<br />
— “Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor”.<br />
(Tom Zé)<br />
Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negação<br />
para:<br />
a) questionar possíveis inferências que o leitor possa fazer a<br />
partir <strong>de</strong> afirmações anteriores.<br />
b) retificar afirmações feitas em trechos anteriores dos textos.<br />
c) dar ênfase aos trechos, <strong>de</strong>stacando sua relevância na<br />
exposição do ponto <strong>de</strong> vista dos autores.<br />
d) inverter o sentido das frases, já que duas negações<br />
equivalem a uma afirmação.<br />
e) respon<strong>de</strong>r questões formuladas pelos próprios autores ao<br />
longo dos textos.<br />
61. Os textos <strong>de</strong> Hélio Schwartsman e Tom Zé têm um tema<br />
em comum: a leitura. Sobre a abordagem <strong>de</strong>sse tema pelos dois<br />
autores, é correto afirmar:<br />
a) Os aspectos neurofisiológicos da leitura são abordados em<br />
ambos os textos, embora os autores adotem pontos <strong>de</strong> vista<br />
diversos.<br />
b) Os aspectos interativos da leitura são abordados em ambos<br />
os textos, sendo sinalizados pelo título do texto <strong>de</strong><br />
Schwartsman e tratados como tema central por Tom Zé.<br />
c) Ambos os autores têm como interlocutores principais as<br />
pessoas que não gostam <strong>de</strong> ler e apresentam argumentos<br />
para convencê-las da importância da leitura.<br />
d) Os dois autores focalizam as dificulda<strong>de</strong>s relacionadas ao<br />
processo <strong>de</strong> aprendizagem da leitura, tema que tem a mesma<br />
relevância em ambos os textos.<br />
e) A contribuição do leitor na construção do sentido do texto é<br />
um tema recorrente nos dois textos, com maior ênfase no<br />
texto <strong>de</strong> Schwartsman.<br />
62. Aquele bêbado<br />
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os<br />
indicadores. Acrescentou: — Álcool.<br />
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas<br />
<strong>de</strong> Tom Jobim, versos <strong>de</strong> Mário Quintana. Tomou um pileque<br />
<strong>de</strong> Segall. Nos fins <strong>de</strong> semana embebedava-se <strong>de</strong> Índia<br />
Reclinada, <strong>de</strong> Celso Antônio.<br />
— Curou-se 100% <strong>de</strong> vício — comentavam os amigos.<br />
Só ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu<br />
<strong>de</strong> etilismo abstrato, no meio <strong>de</strong> uma carraspana <strong>de</strong> pôr do sol<br />
no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas <strong>de</strong> exalcoólatras<br />
anônimos.<br />
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Record, 1991.<br />
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo,<br />
adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da<br />
narrativa, ocorre uma<br />
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.<br />
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.<br />
c) apresentação gradativa da coloquialida<strong>de</strong> da linguagem.<br />
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.<br />
e) citação aleatória <strong>de</strong> nomes <strong>de</strong> diferentes artistas.<br />
63. A partida<br />
Acor<strong>de</strong>i pela madrugada. 1 A princípio com tranquilida<strong>de</strong>, e<br />
logo com obstinação, quis novamente dormir. Inútil, o sono<br />
esgotara-se. Com precaução, acendi um fósforo: passava das<br />
três. 2 Restava-me, portanto, menos <strong>de</strong> duas horas, pois o trem<br />
chegaria às cinco. Veio-me então o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> não passar mais<br />
nem uma hora naquela casa. 4 Partir, sem dizer nada, <strong>de</strong>ixar<br />
quanto antes minhas ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> disciplina e <strong>de</strong> amor.<br />
Com receio <strong>de</strong> fazer barulho, dirigi-me à cozinha, lavei o rosto,<br />
os <strong>de</strong>ntes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me.<br />
3 Calcei os sapatos, sentei-me um instante à beira da cama.<br />
Minha avó continuava dormindo. 5 Deveria fugir ou falar com<br />
ela?<br />
Ora, algumas palavras... Que me custava acordá-la, dizer-lhe<br />
a<strong>de</strong>us?<br />
LINS, O. A partida. Melhores contos. Seleção e prefácio<br />
<strong>de</strong> Sandra Nitrini. São Paulo: Global, 2003.<br />
No texto, o personagem narrador, na iminência da partida,<br />
<strong>de</strong>screve a sua hesitação em separar-se da avó. Esse sentimento<br />
contraditório fica claramente expresso no trecho:<br />
a) “A princípio com tranquilida<strong>de</strong>, e logo com obstinação, quis<br />
novamente dormir” (ref.1).<br />
b) “Restava-me, portanto, menos <strong>de</strong> duas horas, pois o trem<br />
chegaria às cinco” (ref. 2).<br />
c) “Calcei os sapatos, sentei-me um instante à beira da cama”<br />
(ref. 3).<br />
d) “Partir, sem dizer nada, <strong>de</strong>ixar quanto antes minhas ca<strong>de</strong>ias<br />
<strong>de</strong> disciplina e amor” (ref. 4).<br />
e) “Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras...”<br />
(ref. 5).