27.06.2013 Views

Fechamento Percutâneo do Canal Arterial com a Prótese Amplatzer ...

Fechamento Percutâneo do Canal Arterial com a Prótese Amplatzer ...

Fechamento Percutâneo do Canal Arterial com a Prótese Amplatzer ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

Objetivo - Relatar os resulta<strong>do</strong>s da oclusão percutânea<br />

da persistência <strong>do</strong> canal arterial <strong>com</strong> a prótese <strong>Amplatzer</strong><br />

em <strong>do</strong>is centros de cardiologia no Brasil.<br />

Méto<strong>do</strong>s - De maio/98 a julho/00, 33 pacientes <strong>com</strong><br />

diagnóstico clínico/laboratorial de persistência <strong>do</strong> canal arterial<br />

sofreram tentativas de implante por via percutânea. A<br />

mediana de idade foi de 36 meses (6 meses a 38 anos) e de peso<br />

de 14kg (6 a 92). Dezesseis pacientes (48,5%) tinham menos<br />

de <strong>do</strong>is anos na época <strong>do</strong> procedimento. To<strong>do</strong>s os pacientes<br />

foram segui<strong>do</strong>s <strong>com</strong> avaliações clínicas e ecocardiográficas<br />

periódicas a fim de avaliar a presença e o grau de shunt residual<br />

e possíveis <strong>com</strong>plicações, <strong>com</strong>o pseu<strong>do</strong>coartação de<br />

aorta e estenose de artéria pulmonar esquerda.<br />

Resulta<strong>do</strong>s - O diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal arterial variou<br />

de 2,5 a 7,0mm (média de 4,0±1,0; mediana de 3,9). O<br />

índice de sucesso no implante foi de 100%. Um paciente<br />

apresentou perda de pulso femoral. O ecocardiograma revelou<br />

oclusão total antes da alta em 30 pacientes e no retorno<br />

de três meses nos três restantes. O tempo médio de<br />

seguimento foi de 6,4±3,4 meses. To<strong>do</strong>s os pacientes estavam<br />

bem <strong>do</strong> ponto de vista clínico, assintomáticos e sem<br />

medicações. Em nenhum paciente foi evidencia<strong>do</strong> estreitamentos<br />

na artéria pulmonar esquerda ou na aorta. Não<br />

houve nenhum evento embólico precoce ou tardio, necessidade<br />

de reinternação ou endarterite infecciosa.<br />

Conclusão - A prótese <strong>Amplatzer</strong> para persistência<br />

<strong>do</strong> canal arterial é segura e altamente efetiva para oclusão<br />

de canais de diâmetro variável, incluin<strong>do</strong> os calibrosos<br />

em pequenos lactentes sintomáticos.<br />

Palavras-chave: persistência <strong>do</strong> canal arterial, oclusão<br />

percutânea, prótese <strong>Amplatzer</strong><br />

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo e Instituto Nacional de<br />

Cardiologia Laranjeiras - Rio de Janeiro<br />

Correspondência: Carlos A. C. Pedra - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - Av.<br />

Dr. Dante Pazzanese, 500 - 04012-180 - São Paulo, SP - Email: vffontes@uol.<strong>com</strong>.br<br />

Recebi<strong>do</strong> para publicação em 9/10/00<br />

Aceito em 7/3/01<br />

520<br />

520<br />

Arq Bras Cardiol, volume 77 (nº 6), 520-5, 2001<br />

Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

<strong>Fechamento</strong> <strong>Percutâneo</strong> <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>Arterial</strong> <strong>com</strong> a <strong>Prótese</strong><br />

<strong>Amplatzer</strong>. Experiência no Brasil<br />

Luiz Carlos Simões, Carlos A. C. Pedra, César A. Esteves, Ronal<strong>do</strong> Camargo, Sérgio L.N. Braga,<br />

Pedro Loureiro, Marco Aurélio Santos, Valmir Fernandes Fontes<br />

São Paulo, SP - Rio de Janeiro, RJ<br />

Artigo Original<br />

Vários dispositivos têm si<strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>s no tratamento<br />

percutâneo <strong>do</strong> canal arterial, desde a introdução da<br />

técnica por Porstman e cols. em 1967 1,2 . Devi<strong>do</strong> a simplicidade<br />

<strong>do</strong> procedimento, baixo custo, boa eficácia e baixo índice<br />

de <strong>com</strong>plicações, os coils de Gianturco tornaram-se os dispositivos,<br />

mais freqüentemente emprega<strong>do</strong>s, <strong>com</strong> aplicação<br />

inequívoca para pequenos canais 3-5 . Entretanto, a abordagem<br />

de canais maiores que 3-3,5mm <strong>com</strong> tal méto<strong>do</strong>, além de<br />

estar associada a uma taxa maior de embolização, requer<br />

adaptações na técnica de implante, múltiplos dispositivos,<br />

uso de espiras de liberação controlada ou mais calibrosas 6-10 .<br />

A umbrella de Rashkind, melhor indicada para tais situações<br />

3 , devi<strong>do</strong> a índices significativos de shunt residual 11 foi<br />

recentemente retirada <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Após a publicação de<br />

trabalhos experimentais convincentes 12 , a prótese <strong>Amplatzer</strong><br />

para oclusão percutânea <strong>do</strong> canal arterial foi introduzida<br />

para aplicação clínica <strong>com</strong> resulta<strong>do</strong>s anima<strong>do</strong>res 13-14 . Este<br />

trabalho relata a experiência de <strong>do</strong>is grandes centros de<br />

cardiologia pediátrica brasileiros no uso de tal dispositivo.<br />

Méto<strong>do</strong>s<br />

De maio/98 a julho/00, 33 pacientes (13 <strong>do</strong> sexo masculino<br />

e 20 <strong>do</strong> feminino) sofreram tentativas de implante da<br />

prótese <strong>Amplatzer</strong> por via percutânea. Consentimento por<br />

escrito foi obti<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os pacientes ou responsáveis<br />

após explicação detalhada <strong>do</strong>s riscos e benefícios <strong>do</strong> procedimento.<br />

A idade variou de 6 meses a 38 anos (mediana de<br />

36 meses) e o peso de 6 a 92kg (mediana 14kg). Dezesseis<br />

(48,5%) pacientes tinham menos de <strong>do</strong>is anos na época <strong>do</strong><br />

procedimento. Em to<strong>do</strong>s os pacientes auscultou-se sopro<br />

contínuo em região infraclavicular esquerda, e a ecocardiografia<br />

transtorácica bidimensional <strong>com</strong> uso de Doppler colori<strong>do</strong><br />

foi diagnóstica para toda a casuística. Em to<strong>do</strong>s os<br />

pacientes notou-se sinais de sobrecarga volumétrica em<br />

átrio e ventrículo esquer<strong>do</strong>s, evidencia<strong>do</strong>s pela ecocardiografia<br />

e/ou angiografia. Como lesões associadas tivemos<br />

um paciente de 14 meses <strong>com</strong> <strong>com</strong>unicação interventricular<br />

muscular mínima sem repercussão clínica/hemodinâmica.


Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

A prótese de <strong>Amplatzer</strong> (AGA Medical Corporation,<br />

Golden Valley MN, USA) para oclusão <strong>do</strong> canal arterial é um<br />

dispositivo auto-expansível, <strong>com</strong> formato de cogumelo ou<br />

bala de revólver, feito de uma malha metálica de nitinol <strong>com</strong><br />

espessura de 0,004 polegadas que possui uma memória intrínseca<br />

(fig. 1) 12,13 . Existe um disco ou saia de retenção distal,<br />

4mm maior que o diâmetro <strong>do</strong> dispositivo, designa<strong>do</strong><br />

para ancoramento na ampola aórtica <strong>do</strong> canal. Retalhos de<br />

fibras de poliester são costura<strong>do</strong>s à malha metálica na<br />

porção interna <strong>do</strong> dispositivo, sen<strong>do</strong> responsáveis pela<br />

indução de trombose local <strong>com</strong> conseqüente interrupção<br />

<strong>do</strong> fluxo pelo canal. Um pino fêmea de aço inoxidável é solda<strong>do</strong><br />

a laser na extremidade proximal <strong>do</strong> dispositivo. O cabo<br />

libera<strong>do</strong>r, feito de aço inoxidável, conecta-se a este pino por<br />

um mecanismo de parafusar. Uma bainha tipo Mullins (fabricada<br />

pela AGA), um carrega<strong>do</strong>r de plástico e um dispositivo<br />

designa<strong>do</strong> para rodar o cabo libera<strong>do</strong>r <strong>com</strong>pletam o<br />

sistema para implante.<br />

A prótese está disponível em cinco tamanhos, correspondentes<br />

a <strong>do</strong>is diâmetros <strong>do</strong> cone interno; um mais proximal<br />

e outro perto da saia de retenção (fig. 1). As próteses 6-<br />

4 e a 8-6 possuem 7mm de extensão e as restantes 8mm. O<br />

perfil das bainhas necessárias para o implante varia de 5 a<br />

7Fr, conforme o diâmetro <strong>do</strong> dispositivo seleciona<strong>do</strong> (tab. I).<br />

Um cateterismo esquer<strong>do</strong>/direito diagnóstico de<br />

Dimensões da <strong>Prótese</strong><br />

10 mm - 8 mm<br />

Fig. 1 - Desenho da prótese vista de perfil, mostran<strong>do</strong> suas dimensões: proximal e<br />

distal junto a saia de retenção.<br />

Tabela I - Dimensões das próteses e perfil das bainhas necessárias<br />

para o implante<br />

<strong>Prótese</strong> Bainha Extensão<br />

6-4 5-6 Fr 7mm<br />

8-6 5-6 Fr 7mm<br />

10-8 6-7 Fr 8mm<br />

12-10 6-7 Fr 8mm<br />

14-12 6-7 Fr 8mm<br />

Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

rotina foi realiza<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os pacientes antes <strong>do</strong> implante.<br />

Um introdutor 4 ou 5Fr foi utiliza<strong>do</strong> para a artéria femoral<br />

e um 6 ou 7Fr para a veia. Anestesia geral <strong>com</strong> intubação<br />

orotraqueal ou máscara laríngea foi empregada nos lactentes<br />

e crianças de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> a prática local de cada centro 15 .<br />

Heparina foi utilizada de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> a preferência <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r<br />

(<strong>do</strong>se inicial entre 75 e 150U/kg). Uma aortografia na<br />

aorta descendente em projeção lateral esquerda foi realizada<br />

para caracterização angiográfica <strong>do</strong> canal, segun<strong>do</strong> a classificação<br />

de Krishenko 16 e para mensuração de seu menor<br />

diâmetro através de méto<strong>do</strong> digital <strong>com</strong> correção da magnificação.<br />

Com a ajuda de um fio-guia de ponta reta, o canal foi<br />

cruza<strong>do</strong> anterogradamente da artéria pulmonar para a aorta<br />

e um cateter de furo terminal (tipo Judkins de coronária<br />

direita ou Lehman ou multipurpose) posiciona<strong>do</strong> na aorta<br />

descendente. Este cateter foi troca<strong>do</strong> pela bainha longa tipo<br />

Mulllins (AGA) por sobre um fio-guia de troca 0,035”. O<br />

guia e o dilata<strong>do</strong>r foram retira<strong>do</strong>s e a bainha deixada na aorta<br />

descendente. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> trabalhos experimentais e experiência<br />

clínica prévios, o dispositivo escolhi<strong>do</strong> para o implante<br />

foi de 1 a 2mm maior que o diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal,<br />

levan<strong>do</strong>-se em conta o diâmetro mais proximal <strong>do</strong> cone da<br />

prótese, que efetivamente fica dentro <strong>do</strong> trajeto <strong>do</strong> canal.<br />

Por exemplo: para um canal de 4mm, a prótese 8-6 era selecionada.<br />

A prótese escolhida foi então aparafusada na extremidade<br />

distal <strong>do</strong> cabo libera<strong>do</strong>r e sob selo d’água, puxada<br />

para dentro <strong>do</strong> carrega<strong>do</strong>r de plástico, introduzi<strong>do</strong> na bainha<br />

tipo Mullins, que, empurran<strong>do</strong> o cabo <strong>com</strong> o cuida<strong>do</strong> para<br />

não rodá-lo, a prótese foi avançada até a extremidade distal<br />

da bainha na aorta descendente. O disco distal da prótese<br />

foi aberto na aorta descendente, puxan<strong>do</strong>-se levemente a<br />

bainha por sobre o cabo. To<strong>do</strong> o sistema (bainha e cabo) foi<br />

então traciona<strong>do</strong> <strong>com</strong>o uma unidade até que o disco ou a<br />

saia distal ficasse bem acoplada na ampola aórtica <strong>do</strong> canal.<br />

Tal posição foi confirmada através de pequenas injeções de<br />

contraste <strong>com</strong> o cateter arterial. Manten<strong>do</strong>-se uma tensão<br />

discreta no cabo libera<strong>do</strong>r, a bainha foi então tracionada por<br />

sobre este, liberan<strong>do</strong>-se o corpo da prótese dentro <strong>do</strong> trajeto<br />

<strong>do</strong> canal arterial. Uma nova aortografia foi realizada para<br />

confirmação da posição da prótese <strong>com</strong> esta ainda conectada<br />

ao cabo libera<strong>do</strong>r. No caso de uma localização não<br />

satisfatória, a prótese era recolocada dentro da bainha e reposicionada<br />

após nova passagem anterógrada pelo canal.<br />

Confirma<strong>do</strong> um posicionamento adequa<strong>do</strong>, a prótese era<br />

liberada giran<strong>do</strong>-se o cabo libera<strong>do</strong>r no senti<strong>do</strong> antihorário,<br />

<strong>com</strong> a ajuda <strong>do</strong> dispositivo plástico conecta<strong>do</strong> à<br />

extremidade proximal <strong>do</strong> cabo. Uma aortografia final foi<br />

realizada após 5-15min <strong>do</strong> implante para avaliação da presença<br />

e <strong>do</strong> grau de shunt residual (figs. 2A a 2E).<br />

Os pacientes foram acorda<strong>do</strong>s e extuba<strong>do</strong>s ainda na<br />

sala de cateterismo após obtenção de hemostasia por <strong>com</strong>pressão<br />

manual local, e transferi<strong>do</strong>s para uma unidade pós<br />

anestésica para observação clínica.<br />

Na manhã seguinte <strong>do</strong> procedimento, uma radiografia<br />

de tórax foi obtida para checagem da posição da prótese e<br />

um ecocardiograma bidimendional <strong>com</strong> Doppler colori<strong>do</strong><br />

realiza<strong>do</strong> para avaliação da presença e <strong>do</strong> grau de shunt resi-<br />

521 521<br />

521


Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

A<br />

B<br />

C<br />

Fig. 2 - Seqüência de implante <strong>do</strong> dispositivo <strong>Amplatzer</strong> no canal arterial. A)<br />

aortografia na aorta descendente mostra canal arterial <strong>do</strong> tipo cônico (A de<br />

Krishenko), medin<strong>do</strong> 3,8mm em seu ponto mais estreito; B) após o canal ser cruza<strong>do</strong><br />

anterogradamente, uma bainha longa tipo Mullins é deixada na aorta descendente;<br />

C) a prótese é avançada por dentro da bainha e liberada na aorta. To<strong>do</strong> o sistema é trazi<strong>do</strong><br />

de encontro ao canal, <strong>com</strong> ancoramento da saia distal na ampola aórtica.<br />

dual, <strong>com</strong>o também de possíveis estreitamentos em artéria<br />

pulmonar esquerda e aorta descendente. Avaliações clínicas<br />

seriadas, a<strong>com</strong>panhadas de novo ecocardiograma,<br />

foram realizadas de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o cardiologista responsável<br />

522<br />

522<br />

D<br />

E<br />

Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

Fig. 2 cont. D) a porção mais proximal é exteriorizada após retração da bainha por sobre o<br />

cabo libera<strong>do</strong>r. Uma aortografia na seqüência confirma o posicionamento adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

dispositivo, sem protusão para aorta ou artéria pulmonar, <strong>com</strong> o mesmo ainda conecta<strong>do</strong><br />

ao cabo libera<strong>do</strong>r. Neste ponto ainda é possível a recaptura da prótese para dentro da bainha<br />

e reposicionamento da mesma; E) uma aortografia realizada 10min após a liberação da<br />

prótese evidencia oclusão <strong>com</strong>pleta <strong>do</strong> canal ainda na sala de cateterismo.<br />

pelo paciente, de mo<strong>do</strong> geral ocorren<strong>do</strong> após 1, 3, 6 e 12<br />

meses após o procedimento. Profilaxia para endarterite<br />

infecciosa foi orientada por seis meses até haver en<strong>do</strong>telização<br />

da prótese nos casos de persistência <strong>do</strong> canal arterial<br />

isola<strong>do</strong>s. Nos casos de lesões associadas, a profilaxia foi<br />

orientada de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> as normas vigentes, segun<strong>do</strong> a<br />

American Heart Association.<br />

Os valores são expressos em média e desvio padrão ou<br />

medianas e variância conforme indicação.<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

Os da<strong>do</strong>s clínicos e os resulta<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os pacientes<br />

estão resumi<strong>do</strong>s na tabela II. O diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal<br />

arterial variou de 2,5 a 7,0mm (média de 4,01±1,0 e mediana<br />

de 3,90). O Qp/Qs, medi<strong>do</strong> pelo méto<strong>do</strong> de Fick em 12<br />

pacientes, variou de 1,8 a 3,2 <strong>com</strong> média de 2,2±0,5. Seis pacientes<br />

eram menores de um ano, apresentavam sintomas e<br />

utilizavam medicação anticongestiva. Nesses pacientes, o


Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

peso médio foi de 6,8±1,0kg (6 a 8,7kg) e o diâmetro mínimo<br />

<strong>do</strong> canal foi de 4,4±0,6mm (3,9 a 5,6mm). Segun<strong>do</strong> a classificação<br />

de Krishenko, 24 pacientes apresentavam canal <strong>do</strong><br />

tipo A, 5 <strong>do</strong> tipo E e 4 <strong>do</strong> tipo C. Em to<strong>do</strong>s os pacientes, a<br />

prótese foi implantada <strong>com</strong> sucesso. As próteses utilizadas<br />

foram 6/4 (10 casos), 8/6 (20 casos), 10/8 (<strong>do</strong>is casos) e 12/10<br />

(um caso) (a média <strong>do</strong> menor diâmetro da prótese foi de<br />

5,6±1,4mm). O tempo de fluoroscopia foi de 10,8±3,7min e o<br />

de procedimento de 80,6±15,5min. O sopro contínuo desapareceu<br />

em to<strong>do</strong>s os pacientes, imediatamente, após o implante.<br />

Nenhum paciente necessitou de transfusão sangüínea.<br />

Como <strong>com</strong>plicações, tivemos uma fratura de um cateter<br />

pig-tail arterial, no momento em que era retira<strong>do</strong>. O<br />

fragmento intra-vascular foi resgata<strong>do</strong> <strong>com</strong> algum grau de<br />

dificuldade <strong>com</strong> um cateter tipo laço introduzi<strong>do</strong> pela artéria<br />

contra-lateral. Esse paciente evoluiu <strong>com</strong> perda de pulsos<br />

femorais bilateralmente, não responden<strong>do</strong> à utilização de<br />

terapêutica trombolítica. Com exceção desse paciente,<br />

to<strong>do</strong>s receberam alta no dia seguinte. Antes da alta, o ecocardiograma<br />

revelou oclusão total em 30 pacientes. Os três<br />

restantes apresentavam shunt residual trivial ou discreto,<br />

segun<strong>do</strong> protocolos publica<strong>do</strong>s anteriormente 3 . Em nenhum<br />

paciente foi evidencia<strong>do</strong> estreitamentos na artéria<br />

pulmonar esquerda ou na aorta.<br />

Tabela II - Características <strong>do</strong>s pacientes submeti<strong>do</strong>s ao procedimento<br />

Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

Paciente Idade meses Peso kg Sexo DMCA Tipo <strong>Prótese</strong> Tfluro SRI Segui SRT<br />

1 27 11,9 F 4,8 A 8-6 10,1 N 6 N<br />

2 17 10,0 F 3,8 E 8-6 12,7 D 3 N<br />

3 24 12,9 F 4,1 A 8-6 13,0 N 6 N<br />

4 9 8,7 F 3,9 A 8-6 9,6 N 6 N<br />

5 21 9,9 F 3,8 E 8-6 16,4 N 6 N<br />

6 51 17,0 F 3,5 C 6-4 8,9 N 3 N<br />

7 18 13,0 M 3,9 A 8-6 9,4 N 6 N<br />

8 36 15,6 M 5,6 A 10-8 11,8 N 6 N<br />

9 88 24,0 F 3,3 A 6-4 10,3 N 6 N<br />

10 34 14,1 M 4,4 A 8-6 11,2 N 6 N<br />

11 144 29,0 F 3,4 A 8-6 7,6 N 6 N<br />

12 48 21,2 F 3,4 A 6-4 10,7 N 6 N<br />

13 192 72,0 M 3,3 A 6-4 11,4 N 6 N<br />

14 408 68,0 F 4,4 E 8-6 10,9 N 6 N<br />

15 456 74,0 F 4,5 A 8-6 14,2 N 6 N<br />

16 38 14,6 M 3,3 A 6-4 7,9 N 6 N<br />

17 8 6,5 M 4,6 A 8-6 12,9 D 3 N<br />

18 64 18,7 F 5,6 C 10-8 13,3 N 6 N<br />

19 17 9,0 F 3,1 E 6-4 8,2 N 6 N<br />

20 24 10,0 F 2,5 A 6-4 8,7 N < 3 -<br />

21 24 10,0 F 2,5 A 8-6 11,7 N < 3 -<br />

22 9 6,0 F 5,6 C 8-6 6,3 N 12 N<br />

23 14 7,2 M 2,5 A 6-4 6,6 N 12 N<br />

24 54 16,4 M 3,0 A 6-4 6,6 N 12 N<br />

25 288 70,0 F 3,0 C 8-6 6,0 N 12 N<br />

26 48 15,0 F 2,8 A 6-4 8,0 N 12 N<br />

27 6 6,5 M 4,0 A 8-6 25,3 N 12 N<br />

28 408 92,0 M 3,4 A 8-6 12,0 N 12 N<br />

29 168 54,0 F 4,0 A 8-6 ND N 6 N<br />

30 23 14,0 M 7,0 A 12-10 ND N 6 N<br />

31 16 9,8 F 4,0 A 8-6 ND N < 3<br />

32 10 6,0 M 4,0 A 8-6 ND N < 3<br />

33 10 7,0 M 4,5 E 8-6 ND N < 3<br />

M- masculino; F- feminino; DMCA- diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal arterial em mm; Tipo- tipo anatômico <strong>do</strong> canal segun<strong>do</strong> Krishenko 16 ; TFluro- tempo de fluoroscopia<br />

em minutos; SRI- shunt residual imediato; SRT- shunt residual tardio; N- ausente; D- discreto; ND- não disponível.<br />

Durante o seguimento, o paciente que evoluiu <strong>com</strong><br />

perda de pulsos femorais foi submeti<strong>do</strong> a novo cateterismo<br />

10 meses após o procedimento inicial. Ambas as artérias<br />

femorais estavam ocluídas, <strong>com</strong> presença de extensa rede de<br />

circulação colateral local, não haven<strong>do</strong> nenhum estreitamento<br />

na aorta causa<strong>do</strong> pela prótese. Vinte e oito pacientes<br />

<strong>com</strong>pletaram pelo menos três meses de seguimento, to<strong>do</strong>s<br />

apresentan<strong>do</strong> oclusão total <strong>do</strong> defeito pelo ecocardiograma,<br />

sem estenoses na artéria pulmonar esquerda e aorta<br />

descendente. Nos cinco pacientes restantes <strong>com</strong> seguimento<br />

menor de três meses, o ecocardiograma de 24h já<br />

mostrava oclusão <strong>com</strong>pleta <strong>do</strong> canal. O tempo médio de seguimento<br />

foi de 6,4±3,4 meses. Não houve nenhum evento<br />

embólico tardio, necessidade de reinternação ou endarterite<br />

infecciosa. To<strong>do</strong>s os pacientes estavam bem <strong>do</strong> ponto de<br />

vista clínico, assintomáticos e sem medicações.<br />

Discussão<br />

Este estu<strong>do</strong> mostra a experiência inicial de <strong>do</strong>is<br />

grandes centros brasileiros no fechamento <strong>do</strong> canal arterial,<br />

através <strong>do</strong> cateterismo intervencionista, utilizan<strong>do</strong>-se uma<br />

nova prótese. Devi<strong>do</strong> a sólida experiência prévia de ambas<br />

as instituições no manuseio percutâneo de tal defeito 1,3,6 ,<br />

523 523<br />

523


Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

aliada às excelentes propriedades intrínsecas da prótese,<br />

praticamente não houve curva de aprendiza<strong>do</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

encontra<strong>do</strong>s foram muito bons, <strong>com</strong> índices de sucesso<br />

no implante e de oclusão total de 100%. O sistema se mostrou<br />

simples, de fácil manuseio e aprendiza<strong>do</strong>, seguro e <strong>com</strong><br />

baixíssima probabilidade de embolização devi<strong>do</strong> à liberação<br />

totalmente controlada. A <strong>com</strong>plicação arterial observada,<br />

não foi decorrente <strong>do</strong> procedimento de oclusão per se, poden<strong>do</strong><br />

acontecer inclusive em cateterismos diagnósticos.<br />

O sistema oferece vantagens consideráveis, aproximan<strong>do</strong>-se<br />

das características ideais para este tipo de<br />

procedimento. O implante é realiza<strong>do</strong> através de via anterógrada,<br />

utilizan<strong>do</strong>-se introdutores e bainhas de baixo perfil,<br />

minimizan<strong>do</strong> o risco de dano vascular e possibilitan<strong>do</strong> a<br />

abordagem de pacientes de baixo peso. Com isto, a via<br />

arterial é utilizada apenas para a simples realização de angiografias<br />

<strong>com</strong> cateteres de baixo perfil, o que também permite<br />

uma plena monitorização da posição da prótese em qualquer<br />

passo <strong>do</strong> procedimento. Se a localização não for satisfatória,<br />

o dispositivo pode ser recoloca<strong>do</strong> na bainha e reposiciona<strong>do</strong><br />

até que o local ideal para liberação final seja atingi<strong>do</strong>.<br />

Devi<strong>do</strong> à memória <strong>do</strong> nitinol, tal manobra pode ser repetida<br />

quantas vezes forem necessárias, sem que haja uma<br />

deformação na malha metálica <strong>do</strong> dispositivo. Para dispositivos<br />

10-8, 12-10 e 14-12, apesar <strong>do</strong> manufatura<strong>do</strong>r afirmar<br />

que o implante é factível, utilizan<strong>do</strong>-se bainhas 6Fr, aconselhamos,<br />

sempre que possível, a utilização de bainhas 7Fr, a<br />

fim de se evitar qualquer dificuldade para recaptura da prótese<br />

no caso da necessidade de reposicionamento.<br />

Conforme publicações anteriores 3 , lactentes sintomáticos<br />

menores de um ano de vida, porta<strong>do</strong>res de canais calibrosos,<br />

são os maiores beneficia<strong>do</strong>s desta nova técnica, o<br />

que foi demonstra<strong>do</strong> nesta experiência inicial, onde os seis<br />

lactentes <strong>com</strong> canais amplos (média de 5,6mm) tiveram seus<br />

defeitos ocluí<strong>do</strong>s de forma simples, segura e eficaz. Tal feito<br />

seria de difícil execução ou até mesmo impossível <strong>com</strong> o uso<br />

de outras próteses. Recém nasci<strong>do</strong>s e lactentes <strong>com</strong> peso<br />

inferior a cerca de 4kg ainda se constituem em uma limitação<br />

deste méto<strong>do</strong>.<br />

Apesar de não termos aborda<strong>do</strong> os tipos angiográficos<br />

B e D nesta experiência inicial, o sistema tem aplicação potencial<br />

para to<strong>do</strong>s os tipos de canal. Especulamos que a prótese<br />

<strong>Amplatzer</strong> possa resultar em distúrbios de fluxo ou até<br />

mesmo estenoses, tanto na aorta descendente quanto na<br />

artéria pulmonar, quan<strong>do</strong> utilizada em pequenos lactentes<br />

<strong>com</strong> canal <strong>do</strong> tipo B (em janela). Tal situação não é difícil de<br />

ser imaginada, consideran<strong>do</strong>-se o pequeno tamanho das estruturas<br />

vasculares nessa faixa etária, o <strong>com</strong>primento de 7 ou<br />

8mm da prótese e o pouco espaço no trajeto deste tipo de canal<br />

para seu ancoramento. Há um caso descrito de obstrução<br />

aórtica significativa em um paciente de <strong>do</strong>is anos, causa<strong>do</strong><br />

por um malposicionamento da prótese, necessitan<strong>do</strong> de<br />

retirada cirúrgica 17 . Preocupação que é menos crucial em<br />

crianças maiores devi<strong>do</strong> ao maior diâmetro <strong>do</strong>s vasos.<br />

A experiência mundial <strong>com</strong> esta prótese cresce exponencialmente<br />

18-22 . No último encontro <strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>do</strong>s multicêntricos das próteses <strong>Amplatzer</strong> (para canal<br />

524<br />

524<br />

Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

arterial, <strong>com</strong>unicação interatrial, <strong>com</strong>unicação interventricular<br />

e persistência <strong>do</strong> forame oval) realiza<strong>do</strong> em junho/<br />

2000 em Strassbourg (França), o número de casos de<br />

fechamento <strong>do</strong> canal já chegava próximo de 1.000. O índice<br />

de sucesso no implante é de mais de 97% e não há nenhum<br />

caso relata<strong>do</strong> de shunt residual (eficácia de 100%). Embolização<br />

é ocorrência rara, assim <strong>com</strong>o as <strong>com</strong>plicações,<br />

que são geralmente de natureza menor, incluin<strong>do</strong> hemólise<br />

autolimitada 23 e redução de pulsos femorais. Há apenas um<br />

relato de caso <strong>com</strong> óbito em decorrência direta <strong>do</strong> procedimento<br />

(David Nykanen, The Hospital for Sick Children,<br />

Toronto, ON, Canada, <strong>com</strong>unicação pessoal). O paciente<br />

tinha 2,5 anos de idade, era porta<strong>do</strong>r de síndrome de Down e<br />

de hipertensão pulmonar grave. A prótese utilizada (6-4) foi<br />

sub-dimensionada para o diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal (4mm),<br />

<strong>com</strong> embolização precoce (


Arq Bras Cardiol<br />

2001; 77: 520-5.<br />

de outros defeitos e malformações vasculares <strong>com</strong>o fístulas<br />

coronarianas e artério-venosas pulmonares, shunts sistêmico-pulmonares<br />

(Blalock-Taussig), colaterais sistêmicopulmonares,<br />

colaterais veno-venosas após cirurgia de<br />

Glenn, Fontan fenestra<strong>do</strong>s, entre outros 24-26 .<br />

Concluin<strong>do</strong>, a prótese <strong>Amplatzer</strong> apresenta proprieda-<br />

1. Pedra CAC, Esteves CA, Braga SLN, Kambara A, Fontes VF. Oclusão percutânea<br />

<strong>do</strong> canal arterial: Esta<strong>do</strong> da Arte. Rev Bras Cardiol Inv 1997; 5: 22-35.<br />

2. Porstman W, Wierny L, Warnke H. Closure of persistent ductus arteriosus<br />

without thoracotomy. Ger Med Mon 1967; 12: 259-61.<br />

3. Pedra CAC, Pedra SRFF, Esteves CA, et al. Experiência global no fechamento<br />

percutâneo <strong>do</strong> canal arterial. Arq Bras Cardiol 1998; 71: 769-80.<br />

4. Lloyd TR, Fedderly R, Medelsohn AM, Sandhu SK, Beekman RH III. Transcatheter<br />

occlusion of patent ductus arteriosus with Gianturco coils. Circulation 1993;<br />

88: 1412-20.<br />

5. Hijazi ZM, Geggel RL. Results of anterograde transcatheter closure of patent<br />

ductus arteriosus using single or multiple Gianturco coils. Am J Cardiol 1994;<br />

74: 925-9.<br />

6. Simões LC, Santos MA, Tavares V, et al. Segunda Espira durante o fechamento percutâneo<br />

<strong>do</strong> ducto arterioso: Quan<strong>do</strong> decidir-se já no primeiro procedimento. Rev<br />

Soc Cardiol Rio Janeiro 1999; 12(supl A): 99.<br />

7. Sommer RJ, Gutierrez A, Lai WW, Parness IA. Use of preformed Nitinol snare to<br />

improve transcatheter coil delivery in occlusion of patent ductus arteriosus. Am<br />

J Cardiol 1994; 74: 836-9.<br />

8. Kuhn MA, Latson LA. Transcatheter embolization coil closure of patent ductus<br />

arteriosus – modified delivery for enhanced control during coil positioning. Cathet<br />

Cardiovasc Diagn 1995; 36: 288-90.<br />

9. Esteves CA, Pedra CAC, Braga SLN, Fontes VF. Implante assisti<strong>do</strong> de coil no canal<br />

arterial através da ajuda de um cateter balona<strong>do</strong>. Rev Bras Cardiol Inv 1997;<br />

5: 6-11.<br />

10. Owada CY, Teitel DF, Moore P. Evaluation of Gianturco coils for closure of large<br />

(>3.5mm) patent ductus arteriosus. J Am Coll Cardiol 1997; 30: 1856-62.<br />

11. Hosking MCK, Benson LN, Musewe N, Dyck JD, Free<strong>do</strong>m RM. Transcatheter<br />

occlusion of the persistently patent ductus arteriosus: fourty-month follow-up<br />

and prevalence of residual shunting. Circulation 1991; 84: 2313-7.<br />

12. Sharafuddin MJ, Gu X, Titus JL, et al. Experimental evaluation of a new sel-expanding<br />

patent ductus arteriosus in a canine model. J Vasc Interv Radiol 1996; 7:<br />

877-87.<br />

13. Masura J, Walsh KP, Thanopoulous B, et al. Catheter closure of moderate-to largesized<br />

patent ductus arteriosus using the new <strong>Amplatzer</strong> duct occluder: immediate<br />

and short term results. J Am Coll Cardiol 1998; 31: 878-82.<br />

Referências<br />

Simões e cols<br />

<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />

des que a tornam a melhor prótese já desenhada para o tratamento<br />

percutâneo <strong>do</strong> canal arterial, estan<strong>do</strong> muito próxima<br />

de possuir todas as características consideradas ideais para<br />

o tratamento de uma <strong>do</strong>ença simples, de excelente prognóstico,<br />

que pode e deve ser tratada de forma não cirúrgica,<br />

sempre que possível.<br />

14. Simões LC, Santos MA, Oliveira PS, et al. <strong>Fechamento</strong> percutâneo de ductos modera<strong>do</strong>s<br />

a grandes <strong>com</strong> prótese de <strong>Amplatzer</strong>. Rev Soc Cardiol Rio Janeiro 1999;<br />

12(supl A): 100.<br />

15. Ibiapina RCP, Pedra CAC, Costa LR, et al. Implicações anestésicas em Cardiologia<br />

Invasiva Pediátrica. Rev Bras Cardiol Inv 1998; 6: 35-40.<br />

16. Krishenko A, Benson LN, Burrows P, Moes CAF, McLaughlin P, Free<strong>do</strong>m RM.<br />

Angiographic classification of the isolated, persistently patent ductus arteriosus<br />

and implications for percutaneous occlusion. Am J Cardiol 1989; 67: 877-80.<br />

17. Duke C, Chan KC. Aortic obstruction caused by device occlusion of patent arterial<br />

duct. Heart 1999; 82: 109-11.<br />

18. Thanoppoulos BD, Hakim FA, Hiari A, Goussous Y, Basta E, Zarayelyan AA,<br />

Tsaousis GS. Further experience with transcatheter closure of the patent ductus arteriosus<br />

using the <strong>Amplatzer</strong> duct occluder. J Am Coll Cardiol 2000; 35: 1016-21.<br />

19. Podnar T, Gavora P, Masura J. Percutaneous closure of patent ductus arteriosus:<br />

<strong>com</strong>plementary use of detachable Cook PDA coils and <strong>Amplatzer</strong> duct occluders.<br />

Eur J Pediatr 2000; 159: 293-6.<br />

20. Simões LC, Santos MA, Camargo R, et al. <strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> ducto arterioso<br />

maior de 3.8mm em lactentes e pré escolares: <strong>Prótese</strong> de <strong>Amplatzer</strong> ou múltiplos<br />

coils. Arq Bras Cardiol 2000; 74(supl I ): 23.<br />

21. Marwah A, Radhakrishnan S, Shrivastava S. Immediate and early results of closure<br />

of moderate to large patent arterial ducts using the new <strong>Amplatzer</strong> device. Cardiol<br />

Young 2000; 10: 208-11.<br />

22. Saliba Z, Aggoun Y, Hausse AO, et al. Percutaneous closure of patent ductus arteriosus<br />

with the <strong>Amplatzer</strong> duct occluder. Arch Mal Coeur Vaiss 2000; 93: 533-8.<br />

23. Godart F, Rodes J, Rey C. Severe haemolysis after transcatheter closure of a patent arterial<br />

duct with the new <strong>Amplatzer</strong> duct occluder. Cardiol Young 2000; 10: 265-7.<br />

24. Tofeig M, Walsh KP, Arnold R. Transcatheter occlusion of a post-Fontan residual<br />

hepatic vein to pulmonary venous atrium <strong>com</strong>munication using the <strong>Amplatzer</strong><br />

septal occluder. Heart 1998; 79: 624-6.<br />

25. Pedra CAC, Pihkala J, Nykanen DG, Benson LN. Antegrade transcatheter closure<br />

of coronary artery fistulae using vascular occlusion devices. Heart 2000;<br />

83: 94-6.<br />

26. Chessa M, Chaudhari M, DeGiovanni JV. Aorto-left ventricular tunnel: transcatheter<br />

closure using an <strong>Amplatzer</strong> duct occluder device. Am J Cardiol 2000; 86:<br />

253-4.<br />

525 525<br />

525

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!